CORPO DE BOMBEIROS MILITAR / MINAS GERAIS
- REPRODUÇÃO PROIBIDA –
ÍNDICE
Psicopatologia fenomenológica e psicanalítica.............................................................03 Psicologia do trabalho...................................................................................................30 Relações grupais e institucionais..................................................................................61 Métodos e técnicas em avaliação psicológica...............................................................70 Procedimento de diagnóstico e intervenção psicológica...............................................94 Administração de Recursos Humanos........................................................................106 Ética profissional.........................................................................................................109 Psicologia e Direitos Humanos....................................................................................119 Avaliação Psicológica..................................................................................................122 Legislação e Resoluções CFP e Conselho Regional de Psicologia (CRP).................122 Profissiografia..............................................................................................................122 Planejamento de seleção............................................................................................125 Elaboração de bateria de testes..................................................................................127 Aplicação, cotação e análise de testes.......................................................................127 Entrevista de devolução..............................................................................................127 Laudo psicológico........................................................................................................127 Diagnóstico organizacional..........................................................................................130 Treinamento de pessoal..............................................................................................133 Referências bibliográficas...........................................................................................135
PSICOPATOLOGIA FENOMENOLÓGICA E PSICANALÍTICA
Fenomenologia1 Para falarmos de método fenomenológico faremos uma recapitulação históricofilosófica para compreendermos em que circunstâncias a Fenomenologia torna-se um corpo filosófico, a qual embasará práticas futuras (NIELSEN, 1986). Se voltarmos na história, a partir de Aristóteles, percebemos que, até o século XIX, duas vertentes filosóficas predominaram no campo do conhecimento, que são: o Dualismo lógico e o Psicológico. Isto quer dizer que foi através do Dualismo Lógico ou do paradigma designado como Psicológico que as correntes filosóficas contemporâneas se estruturaram para compreender e/ou explicar o mundo e o homem neste mundo (NIELSEN, 1986). Com a evolução desses dois paradigmas surgiram, no meio filosófico, duas tendências antagônicas: o psicologismo e o logicismo. Ambas encaravam o conhecimento humano sob a perspectiva das experiências sensíveis do homem (NIELSEN, 1986). O que ficou conhecido como psicologismo foi a tendência desta corrente, pautada nas experiências sensíveis, que encarava a psicologia como mãe de todas as ciências. Dessa forma, todo e qualquer conhecimento seria necessariamente um subtema, um capítulo, de uma única fonte, a psicológica (NIELSEN, 1986). Daí decorre que esta corrente filosófica não encarava as representações sensíveis e a construção de conceitos teóricos como atos diferentes em si, pois eram frutos de um mesmo ato cognitivo e este ato seria necessariamente psíquico (NIELSEN, 1986). Segundo esta visão filosófica, o logicismo, quer dizer, a lógica enquanto sistema filosófico de construção do conhecimento era encarado como um subtema do psicologismo, isto é, a lógica nada mais seria do que uma forma de se pensar estando dentro de um sistema maior, que seria o psíquico; portanto, não compreenderia um método filosófico propriamente dito (NIELSEN, 1986). Neste momento de discussões paradigmáticas, surge a Filosofia de Edmund Husserl (1859-1938), que foi o criador do método fenomenológico. Sua metodologia recebeu influências do pensamento de Platão, Descartes e Bretano. Por outro lado, 1
Retirado de apostilas EducaPsico. Elaborado por Rodrigo Pucci.
ele exerceu grande influência na Filosofia Existencialista de: Martin Heidegger (18891976), Jean Paul Sartre (1905-1980), Merleau-Ponty (1908-1962), entre outros (SILVA; LOPES; DINIZ, 2008). Esse método nasceu da crítica que Husserl fez ao psicologismo e ao empirismo em lógica. Postulava constituir a fenomenologia, enquanto procurava definir o objeto, anteriormente a qualquer experimentação, e ao mesmo tempo buscar compreender o significado fundamental, especialmente quando frente a uma análise crítica voltada à ferramenta mental (SILVA; LOPES; DINIZ, 2008). Ele refuta a ideia de que a filosofia seria apenas esquematização das estruturas psíquicas do homem, ao mesmo tempo em que não exclui a existência de influências psicológicas na própria lógica, tais como juízo, verdade, necessidade etc. (NIELSEN, 1986). Da crítica ao psicologismo e ao logicismo, Husserl propõe uma ciência da essência do conhecimento ou doutrina universal das essências, ou seja, o estudo dos fenômenos (fato que se manifesta por si mesmo e que aparece para a consciência) o que ele batiza como uma fenomenologia pura (SILVA; LOPES; DINIZ, 2008). Segundo Husserl: Continua...
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