Manuel Meireles
Como investir na Bolsa e ganhar Dinheiro.
SÃO PAULO
2 0 0 0
2000, by
Editora Arte & Ciência
Direção Geral Henrique Villibor Flory Editor e Projeto Gráfico Karel Henricus Langermans Arte-Final e Diagramação Alain F. Nascimento Capa K. Langer
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5988 de 14/12/73 É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da editora.
Dados Internacionais Internacionais de de Catalogação Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) MEIRELES, Manuel. -(1949) A277t A arte de operar na Bols@ pela Internet/ Manuel António Meireles da Costa; São Paulo: Arte&Ciência, 2000 São Paulo: Arte & Ciência - Villipress, 2000. Bibliografia ISBN Nº 85-7473-017-3 1.Bolsa de Valores. Valores. 2. Ações 3. Mercado Financeiro 4. Gestão de portfólios 5. Seleção e acompanhamento de ativos 6. Indicador Kanitz-Morante 7. Oscilador SMI Stress Market Index CDU: 332.679(81)
Este texto destina-se a proporcionar orientação básica sobre a arte de operar nas Bolsas de Valores. Nem o Autor nem a Editora se responsabilizam responsabiliza m por quaisquer resultados colhidos pelo Leitor em decorrência da aplicação de técnicas aqui oferecidas.
ência ncia - Villipress Editora Arte & Ci ê
Rua Treze de Maio, 71 – Bela Vista São Paulo – SP - CEP 01327-000 Tel/fax: el/fax: (011) 257-5871 257-587 1 Na internet: http://www.arteciencia.com.br
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações Capí tulo tulo 4
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
A Edmar Figueiroa - meu
mestre na arte de especular com ações.
Dez coisas que você pode aprender com este livro Parte 1: Prepare-se para operar
1. -Adquira conceitos básicos 2. -Tenha -Tenha postura postur a adequada 3.-Saiba ler os Relatórios da Bolsa 4. -Aprenda a construir o INDAÇ de uma ação 5. -Cadastre-se numa Corretora Parte 2: Entenda os métodos
6. -Como selecionar ações pelo indicador KM 7. -Como acompanhar ações pelo SMI 8. -Outras técnicas de seleção de ações 9. -Métodos para acompanhar ações Glossário Bibliografia Obras recomendadas Outras obras Revistas e jornais Referências bibliográficas Websites
A quem este livro se destina? Este livro pode ajudar tanto aquele que não conhece absolutamente nada sobre o mercado de ações, como o que é experiente e conhecedor dos seus aspectos mais relevantes e do seu jargão. Para o primeiro oferece, passo a passo, as noções conceituais e as ferramentas técnicas que o capacitarão a selecionar e acompanhar ações; para o segundo, oferece subsídios adicionais e um conjunto sistematizado de técnicas. O objetivo geral geral desta obra é lhe possibilitar possibilitar (caso não o tenha), o entendimento do mercado de ações como um todo sua linguagem especifica e suas características operacionais - e capacitá-lo a direcionar direcionar seus investimentos para este segmento do mercado de capitais com razoável grau de sucesso. Dei ênfase especial ao modo de operar via v ia Internet - modo que se está rapidamente difundindo - na medida em que permite um fácil acesso aos dados que o investidor técnico requer. requer. O tema é apresentado em duas partes: na primeira preparálo-ei para operar; na segunda lhe mostrarei mostrarei métodos para você selecionar e acompanhar ações. Fundamentalmente este livro consta de 9 capítulos. No capítulo 1, serão apresentados alguns conceitos básicos, especialmente lhe mostrarei como o mercado de ações funciona e os motivos disso. No capítulo capítul o 2, chamo a sua atenção para a necessidade de você adotar uma postura adequada - seja como inveso. tidor, seja como especulador - uma espécie de filosofia de a çã çã o Recomendo-lhe a Filosofia do Dan ç a tulo 3, você aprençarino rino . No capí tulo derá a buscar e entender dados para, a partir deles, decidir em quais ações investir seu tempo e seu dinheiro. Um aspecto muito
importante é saber como se constr ói os í ndices ndices das ações que você administrar á. Isso ser á visto no capí tulo tulo 4. No cap í tulo tulo 5, você vai ver como deve proceder para se cadastrar numa corretora Home Broker a fim de poder operar - comprando co mprando e vendendo a ções. O cadastramento n ão é instantâneo, pois requer uma s érie de procedimentos. Depois Depoi s de ler os primeiros cap í tulos, tulos, leia o cap í tulo 5 e escolha uma Corretora para operar. operar. Depois de ter efetuado o cadastro estude os cap í tulos tulos 6 a 9, que constituem a segunda parte deste livro, com o objetivo de definir seus m étodos de seleção e acompanhamento de a ções. O método CAPM é o método "clássico", reputado por muitos acadêmicos como o único consistente metodologicamente para definir a melhor carteira de a ções. É um método indicado, digamos, para profissionais, considerando a complexidade da sua metodologia. De qualquer forma, um livro que apresente m étodos de selecionar e acompanhar a ções não pode deixar de o mencionar. nar. Ele foi considerado ainda que resumidamente. Há um jargão, um linguajar todo especial no que se refere ao mercado acion ário. Não deixe de consultar o Glossário para buscar a compreens ão de algum termo que n ão compreenda. Me esforcei para cobrir todas as d úvidas que um leitor sem experiência no mercado pode ter, incorporando muito da experiexperi ência obtida em cursos para alunos universit ários. Espero que, após a leitura do livro n ão lhe restem muitas d úvidas.
Boa leitura, Boa sorte e Bons investimentos.
Dez coisas que você pode aprender com este livro: 1. conceitos básicos referente ao mercado de a ções; 2. a diferença significativa entre as posturas de investidor e de especulador; especulador; 3. a import ância de ter uma filosofia de a ção para atuar no mercado; 4. como se cadastrar numa corretora Home Broker, para operar via Internet; 5. as melhores fontes dos dados que necessita para pa ra operar com ações; 6. como ler e interpretar as listagens das Bolsas; 7. como construir í ndices ndices para as a ções; 8. como investir e especular com a ções; 9. como selecionar empresas lucrativas; 10. como acompanhar, de forma especulativa, as a ções de empresas selecionadas.
A arte de operar na Bols@ pela Internet #
PREPARE-SE PARA PARA OPERAR OPER AR
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
PARTE 1
A arte de operar na Bols@ pela Internet
PREPARE-SE PREPARE-SE PARA OPERAR
%
Est Es tá preparado? Desde já cabe um alerta: as técnicas de operação enfocadas nestas obra s ão apenas orientativas de procedimentos para minimizar preju í zos. zos. Entretanto, qualquer t écnica por si s ó não garante ganhos em todas as aplica ções. Você deve estar ciente de que o mercado acionário é um mercado de risco e que, portanto, há a possibilidade de que as operações lhe causem preju í zo. zo. O assunto é tão importante que vale a pena destacar duas informações: a) 72,0 % das pessoas f í sicas sicas que investem ma Bolsa de Valores de Nova York York perdem perde m dinheiro; dinheir o; b) 70,0 % das opera ções realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo dão prejuí zo zo ao investidor. “Ao longo do tempo, perdem feio” 1 Você deve levar em conta o seguinte: A) Nenhum método é absolutamente absolutamente certo nas suas “informações”. No entanto, os m étodos têm-se revelado muito melhores do que as ordens ao simples acaso. B) Você deve escolher um dos m étodos — e aplicá-lo. Usar mais de um m étodo na maioria das vezes é desaconselhável. Entretanto, há investidores que usam um m étodo básico e um outro para “confirma ção”. Basicamente tal investidor s ó executa a ordem recomendada pelo m étodo básico se o de confirma ção também estiver recomendando ou com tend ência para tal. C) Os outros investidores t écnicos fazem tamb ém uso de métodos. Possivelmente todos os m étodos abordados neste livro
ç a Fortuna com Açõ es BAZIN, Décio. Fa ç es — antes que seja tarde. São Paulo: JMJ, 1992, p. 219 1
M ANUEL MEIRELES &
PREPARE-SE PARA PARA OPERAR OPER AR
estão sendo usados pelos investidores. Os resultados deles n ão são coincidentes, isto é: nem todos d ão ordens de compra ou de venda ao mesmo tempo. D) Nem todos os investidores possuem a mesma aborda- gem face gem face ao mercado. Isto quer dizer que h á investidores cujo horizonte de aplica ção é a longo prazo, outros, outros, de médio prazo e outros de curto ou curt í ssimo ssimo prazos. Os de curt í ssimo ssimo prazo — alguns dias ou semanas — são designados de especuladores , mas este termo deve ser lido sem nenhuma conota ção pejorativa. E) A maioria dos m étodos adota um certo per í odo odo de an á - á- lise . Por exemplo, quando se trabalha com o m étodo das M é d édias ias M ó v eis podemos ter como base a m édia móvel dos últimos 9 óveis dias, ou 15 ou 21 ou 60 ou 200 dias. Isto, por si s ó, já define o tipo de abordagem que se est á fazendo. Embora o método seja o mesmo, como as bases temporais s ão diferentes, as ordens de compra e venda tamb ém não são coincidentes. F) Os investidores t écnicos não só se defrontam contra outros investidores t écnicos2 , mas contra milhares e milhares de investidores individuais que não seguem método algum, que vão ao sabor das ondas do mercado: entram comprando quando ele já subiu ou parou de subir; correm vendendo ao primeiro sinal de queda. Portanto, em épocas de “boom” os métodos — qualquer deles — são menos eficientes, pois n ão conseguem captar as loucuras que os “especuladores” andam fazendo. Qual dos métodos é o melhor? É uma pergunta que talvez não tenha resposta. Eu, por exemplo, uso o indicador KM para selecionar as ações com as quais vou operar e o oscilador SMI — Stress Market Index ( Í ndice ndice de Tens Tens ão de Mercado) para saber quando devo comprar e vender as a ções que acompanho. Estes métodos são melhores do que os outros? N ão sei responder a esta questão — nem sei se algu ém sabe. Para isso, seria necessário efetuar uma pesquisa, usando usan do todos os m étodos sobre um grupo especí fico fico de ações e comparar os resultados.
2
O que representa um método enfrentar outro método
A arte de operar na Bols@ pela Internet
PREPARE-SE PARA PARA OPERAR OPER AR
'
Investidor versus Especulador Inicialmente devemos considerar a diferen ça entre um investidor e um especulador. espe culador. Não é uma diferença qualitativa; não se trata de afirmar que um é, eticamente, melhor do que o outro. Não se trata disso: a diferen ça reside essencialmente no horizonte da aplica ção e na forma como buscam os ganhos. O investidor tem prazos longos de atua ção, medidos em anos: compra uma a ção com a inten ção de permanecer longo tempo com ela. Seus ganhos ou rendimentos prov êm basicamente dos dividendos proporcionados pela ação. A sele ção da ação é feita primordialmente com base no indicador Cash-yield, Cash-yield , que considera a relação do dividendo anualizado pelo preço de mercado da ação; o acompanhamento é feito também pelo mesmo indicador. Veremos adiante, ao estudar o indicador Cash-yield, que, para o investidor, a queda do mercado pode constituir-se em algo desejável, e é possí vel vel que, muitas vezes, provoquem quedas acentuadas nas Bolsas gerando prejuí zos zos consideráveis para os especuladores. especulador es. O investidor orienta-se pelo dividendo da ação não pela cotação da ação na Bolsa. O especulador tem prazos curtos de atua ção, medidos em dias ou semanas: compra uma a ção com a intenção de se desfazer dela rapidamente, aproveitando sua poss í vel vel valorização na cotação. A seleção e o acompanhamento da a ção é feita por meio de indicadores que mostrem poss í vel vel variação no preço da ação na Bolsa. O especulador orienta-se pela cota ção da ação — não pelos dividendos. Uma queda acentuada na Bolsa geralmente tende a lhe causar grandes preju í zos. zos. Este livro é destinado especialmente a especuladores — aplicadores com horizonte curto, orientados pela varia ção das cotações das ações na Bolsa — embora possa ser usado, também, pelos investidores. Uma pessoa, ali ás, pode adotar estas duas posturas: pode gerir parte dos seus fundos dispon í veis veis numa postura de investidor e outra parte com uma postura de especulador. É óbvio que a postura de especulador traz um maior risco mas proporciona, de forma geral, um retorno maior. mai or.
M ANUEL MEIRELES
PREPARE-SE PARA PARA OPERAR OPER AR
A propósito do termo especulador conv especulador convém anotar as palavras de d e Tamer Tamer3 : O que é um especulador? Esta é uma palavra decididamente marcada no Brasil — onde se explora sem pudor — com um sentido popular e generalizado extremamente negativo. Para o público, o especulador é aquele que aproveita as oportunidades para auferir á rio grandes lucros prejudicando outros. O Dicion á rio Au- é lio r é lio é muito contraditório ao definir as palavras espe- cular e especulador , refletindo talvez o duplo sentido que se dá a elas. Vemos ali que especular é examinar com aten çã o; averiguar minuciosamente; observar; indagar; pesquisar. É também valer-se de certa posição, de circunstância, de qualquer coisa para auferir vantagens; explorar. explorar. Ou meter-se meter-se em negócios mirando lucros; agenciar, traficar, negociar. Para nós do merélio lio tem uma defini çã çã o cado de capitais o Aur é o : Especular é operar na Bolsa, jogando na alta ou na baixa de tí tulos. tulos. Neste sentido, todos os que entram na Bolsa, de uma forma ou de outra, poderiam ser classificados como especuladores , já que têm como objetivo comprar na baixa e vender na alta, ou até mesmo comprar na alta esperando que a ação suba mais ainda. Ninguém entra na Bolsa para perder. Todos para ganhar. Portanto, todos estão especulando, segundo a definição do Aur é é lio. lio.
Miguel Delmar de Oliveira, Oliveira , na sua obra Introdu çã çã o ao mer- cado de a çõ es afirma que çõ es afirma o especulador é um protagonista ativo do mercado, porém ele não forja o mercado, criando condições artificiais que venham facilitar o objetivo de realização de lucro a curto prazo. A especulação não se reveste de qualquer ilegalidade, quando praticada dentro das regras de jogo, e garante certo grau de liquidez às Bolsas.
3
TAMER, Alberto. Os caminhos do dinheiro. São Paulo: Ática, 1988.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
!
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 1
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
#
Você não pode operar com a ções se não dominar um con junto mí nimo nimo de conceitos que s ão abordados neste cap í tulo. tulo. Tais conceito conceitos s são básicos para a compreensão do mercado como um todo e para o entendimento de como os investidores atuam. Inicialmente, você vai ver como o mercado funciona, isto é: o que dá origem à negociação de ações. Você deve entender claramente que há o mercado prim ário— no qual a empresa vende suas ações aos investidores — e o mercado secund ário — no qual os investidores atuam. A Bolsa auxilia o processo de compra e venda de a ções entre investidores — o que corresponde ao mercado secundário — mas também é um instrumento importante para as empresas levantarem recursos vendendo vendend o a ções para novos acionistas ou acionistas existentes. Uma vez compreendido isto, voc ê vai ver que grande parte dos investidores compra e vende a ções apoiada em algumas técnicas, técnicas estas que ajudam o investidor a selecionar e acompanhar ações. Tais técnicas, pelas suas caracter í sticas, sticas, são divididas em duas grandes correntes ou Escolas. Neste cap í tulo, tulo, você verá um resumo das t écnicas de cada Escola. Se voc ê pretende ser um investidor consciencioso, obviamente voc ê deve operar com a ções baseado em alguma técnica. Caso contr ário, você estará operando com base na intuição, nos conselhos de amigos, nas leituras de jornais, em boatos ou qualquer outra fonte. E isso n ão costuma fazer o capital do investidor inves tidor aumentar.
Como o mercado funciona? Entenda, agora, como funciona o mercado de ações. Para tal vamos imaginar uma empresa e simular algumas situa ções, incluindo o lançamento de a ções por parte dessa empresa e, depois, a negociação dessas ações pelos seus portadores. portad ores. VaVamos ver, por meio deste exemplo, os motivos que levam os portadores de ações (investidores e especuladores) a vender ou com-
M ANUEL MEIRELES $
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
prar certas a ções. Veremos que a negocia ção de ações está muito associada ao pre ço das mesmas que depende, substancialmente, das perspectivas de lucratividade atribu í das das à empresa. O exemplo abaixo é detalhado, pois tenho percebido, pela experiência dos cursos que dei sobre opera ção no mercado de ações, que a maioria das pessoas tem dificuldade dificulda de de entender os aspectos básicos do mercado. Costumo propor a cria ção de uma empresa — que geralmente leva o nome de Franguix SA. Imagine que alguém pretende constituir uma empresa de grande porte para produzir carne e derivados de frango, buscando suprir especialmente os mercados externos. Consideremos que a empresa vender á para Portugal, Ir ã e Iraque. A empresa ser á de grande porte, exigindo um capital de $30 milhões. Os organizadores da empresa, aqueles que inicialmente a est ão constituindo, n ão possuem esse dinheiro, pelo que necessitam de o captar de outras pessoas. Para isso eles preparam um briefing 1 , e, com a autoriza ção da CVM—Comiss ão de Valores Mobili ários e a coopera ção de sociedades distribuidoras2 e Bancos oferecem suas a ções ao público. A esta opera ção de fazer o lan çamento de a çõ es ao p úblico d á-se o nome de underwriting 3 . As sociedades distribuidoras distribuidor as e os bancos entram em contato com seus principais clientes e lhes oferecem as a ções da Franguix SA. É assim que as ações chegam ao p úblico. Uma ação4 nada mais é do que uma fra ção do capital social da empresa. Embora possam n ão ter valor de face, isto é, embora possam não ter escrito o seu valor, h á sempre um valor de lançamento. Admita-se que o capital de $30 milh ões é representado por 30 milh ões de ações, cada uma valendo $1 no seu lançamento. O investidor que adquirir 1000 a ções pagará $1000 e 1
Um caderno sobre a empresa, mostrando especialmente a potencialidade de lucros do negócio, com vistas a obter interessados em se associar à empresa. O mesmo que prospecto . As chamadas DTVM—Sociedades Distribuidoras de Tí tulos tulos e Valores Mobiliários, criadas pela Lei 4595 e regulamentadas pela resolução 76 do Banco Central 2
3
É o mesmo que subscrição. Veja no Glossário os diversos tipos de
underwriting existentes. Veja no Glossário o conceito de ação e os diversos tipos de ações que existem. 4
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
%
será um acionista detendo uma parcela do capital social 5 . Observe-se que todo o dinheiro arrecadado via sociedades distribuidoras e Bancos, no lan çamento das ações, chega à empresa Franguix SA, que passa a dispor de $30 milh ões. É eleita uma diretoria (pelos acionistas 6) e, com parte desse dinheiro arrecadado a empresa compra os ativos (terrenos, m áquinas, etc) necessários à produção de carne e derivados de frango. Parte do dinheiro é destinado a outras despesas, incluindo o pagamento de salários aos funcion ários. No presente est ágio a empresa Franguix SA est á operando e muitas pessoas possuem a ções — ações que indicam que seus titulares s ão co-proprietários da empresa tendo direito à divisão dos lucros. A administra ção da empresa está agora ocupada com a produ ção de frangos, com o objetivo de exportar carne e derivados para o mercado externo: Portugal, Ir ã e Iraque. A diretoria estima que as vendas ser ão de 50% para Portugal; 20% para o Ir ã; 10% para o Iraque e 20% para o mercado nacional. Estima a diretoria, tamb ém, que, ao término do primeiro ano de operação a empresa ter á um lucro bruto de $10 milh ões. Pagando-se o imposto de renda ($3,5 milh ões) e retendo-se $2,0 milhões para reinvestimentos, ser ão distribuí dos dos aos acionistas dividendos no valor total de $4,5 milh ões. Sabendo-se que a Franguix SA tem 30 milh ões de ações, estima-se que cada a ção receberá de dividendo $0,15 7 . Repare que eu disse: estima-se.
É preciso atentar que, provavelmente, ningu ém compraria uma ação da Franguix SA — no mercado prim ário — se não soubesse que, a qualquer momento pode desfazer-se dela, vendendo-a. Para facilitar a venda e compra das a ções, a Franguix SA, com autoriza ção da CVM inscreve-se numa Bolsa de ValoNeste caso o investidor investidor teria $1.000/$30.000.000, ou ou seja, 1/30.000 do capital social da empresa, tendo direito a receber 1/30.000 dos lucros gerados pela empresa.
5
Só os acionistas portadores de ações ordinárias (ON) possuem direito a voto. Cada acionista tem tantos votos quantas ações ON tiver 6
Ou seja: quem adquiriu a ação por $1,00 receberá $0,15 de dividendos —o que corresponde a uma taxa de 15% ao ano. 7
M ANUEL MEIRELES &
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
res — por exemplo, na Bolsa Bo lsa de Valores Valores de S ão Paulo — e suas ações passam a ser negociadas no preg ão de tal Bolsa 8 . A partir do momento em que as a ções da Franguix SA são distribuí das das ao público, via underwriting , a empresa passa a ser de "capital aberto", isto é: a participa ção no seu capital social é facilitada amplamente e suas ações podem passar a ser negociadas numa ou mais Bolsas de Valores 9 . Mas quem pode vender a ções da Franguix SA? Quem as possui. E onde as venderá? No pregão da Bolsa de Valores onde on de a empresa Franguix SA est á inscrita. Portanto, os titulares das ações da Franguix SA podem vender suas a ções para qualquer pessoa que as queira queir a comprar. A negocia ção (venda e compra), entretanto, só é possí vel vel por meio de intermedi ários especiais — as chamadas Corretoras de Valores Valores Mobili ários10 . Imaginemos o investidor Alfredo que tem 1000 a ções da empresa Franguix SA e deseja vende-las. Para isso, ele deve procurar uma corretora, cadastrar-se nela, e solicitar que seja sej a feita a venda das 1000 a ções da Franguix SA. E a que pre ço? Qual o valor que o sr. Alfredo deve pedir pelas suas 1000 a ções? O que ele desejar, desej ar, mas, fundamentalmente, o valor que alguém estiver disposto dispo sto a pagar. Admita-se que o sr. Alfredo diga para a sua corretora correto ra vender cada ação a $1,10. A corretora passa para o setor de opera ções da Bolsa a informação de que alguém quer vender 1000 a ções da Franguix SA a $1,10 cada uma, procedendo a uma esp écie de leilão. Admitamos que um outro investidor, o sr. Batista, por meio de uma outra corretora 11, aceita comprar as 1000 a ções a esse Para que uma uma companhia companhia possa ter suas suas ações negociadas em Bolsa ela deve cumprir certas exigências legais e institucionais que exigem a divulgaçã o de um conjunto de informações periódicas e çõ es eventuais. Ver no Glossário, Informa çõ es das companhias abertas . 8
Uma empresa, sociedade anônima, é considerada de capital fechado se tiver 20 ou menos acionistas. Neste caso, está dispensada de fazer convocaçã o dos acionistas pelos jornais e de publicar suas Demonstraçõ es Financeiras pela imprensa. 9
10
As Sociedades Corretoras foram criadas pela Lei 4728 de 14.07.1965. As corretoras têm o privilégio legal de operar com exclusividade nas bolsas de valores.
11
Poderia até ser a mesma corretora do sr. Alfredo.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
'
preço. A negociação é fechada: o sr. Alfredo, por meio da corretora X, vendeu 1000 a ções da Franguix SA ao sr. sr. Batista, representado pela corretora Y. As corretoras informam aos seus clientes que a operação foi realizada. A corretora Y informa ao sr. Batista — comprador —que ele deve depositar: • $1.100,00 referente às 1000 ações (a $1,10 cada) • +$ 18,99 referente a taxa de corretagem 12 ; 0,39 referentes a emolumentos (0,035%); • +$ 0,45 referente ao ANA 13 • +$ =$1.119,63 total a pagar 14 . • =$1.119,63 A corretora X informa ao sr. Alfredo —vendedor —que ele irá receber lí quido: quido: • $1.100,00 referente às 1000 ações (a $1,10 cada) • - $ 18,99 referente à taxa de corretagem; 0,39 referentes a emolumentos (0,035%); •-$ 0,45 referente ao ANA •-$ • =$1.080,17 total a receber. Cabe observar que a empresa Franguix SA nada tem a ver com a transa ção das suas ações na Bolsa: a transa ção é feita, por intermédio de corretoras, entre investidores. Um vende as ações, e, por isso, recebe o valor correspondente à venda (no exemplo: $1.080,17); o outro compra as a ções, e, por isso, paga o valor correspondente (no exemplo: $1.119,63). $1.119,63). Este tipo de negociação caracteriza o mercado secund ário. Fato semelhante ocorre cotidianamente cotidianamen te no mercado de autom óveis usados: alguém vende um ve í culo culo Ford para um terceiro por um determinado valor: esta transa ção não tem rela ção com a empresa Ford SA, salvo pelo fato de o ve í culo culo ter sido fabricado por essa empreA tabela de corretagem para compra e venda de ações depende do valor da operaçã o. Consulte seu corretor para obter tal tabela. Muitas corretoras dão descontos em função do volume operado pelo cliente. 12
ANA—Aviso de Negociação de Ações emitido pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) informando os termos da negociação. 13
É necessário considerar ainda o valor correspondente à CPMF decorrente da movimentação bancária
14
M ANUEL MEIRELES !
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
sa. A Ford SA recebeu apenas quando qua ndo vendeu o ve í culo culo para o primeiro proprietário (mercado prim ário); quando este revendeu para um terceiro a Ford SA fica à margem do neg ócio (mercado secundário). Deve-se também atentar que outras opera ções de compra e venda podem ser feitas, com a mesma a ção, no mesmo dia. Ao término do preg ão a Bolsa emite uma listagem onde todas as negociações são computadas. Para cada a ção a Bolsa informa uma série de elementos, tais como: pre ço mí nimo, nimo, preço máximo, preço médio, etc. Estes pre ços orientarão, certamente, futuras negociações. Você vai ver quais as informa ções que a Bolsa divulga e como elas devem ser entendidas no cap í tulo tulo 3: Saiba ler os relat ó órios rios da Bolsa. O que se pode depreender daqui é que a empresa Franguix SA não tem preju í zo zo pelo fato das suas a ções caí rem rem na Bolsa; nem lucra, tampouco, se elas subirem. Observe-se que o comprador, o sr. Batista, comprou 1000 ações da Franguix Frangui x SA pagando um total to tal de $1119,63. $1119,63. O pre ço de cada ação, para ele, foi de, praticamente praticamen te $1,12. Ele sabe que a Franguix SA estima pagar o primeiro dividendo de $0,15 referente ao exercí cio cio corrente, e isto significa que, para ele, cada a ção renderá cerca de 13,39% de dividendos 15 no ano — o que é uma excelente taxa. O que pode afetar a varia ção do preço da ação Franguix SA no mercado, ou seja, na Bolsa? Obviamente algo que esteja ligado à geração de dividendos. Por exemplo: as concorrentes da Franguix SA, no Brasil, pressionam o mercado baixando o pre ço do frango. A empresa, para manter a sua fatia de mercado merca do tem de acompanhar a redu ção de preço. É possí vel vel que isso diminua os lucros. Se se esperava lucros de $10 milh ões no total, é possí vel vel que os lucros reduzam para $9,5 milh ões. O dividendo previsto j á O Sr. Batista, como titular das ações receberá os dividendos. Como dito anteriormente, é previsto que cada acionista deverá receber $0,15 de dividendos, por ação. 15
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
!
não é mais de $0,15 mas de $0,14. Faria sentido que certos investidores se desfizessem das suas a ções da Franguix SA face a este evento. Ao se desfazerem das a ções eles forçam a queda do preço, talvez para $1,05. Por outro lado, o fechamento de novos contratos para Portugal, aumentando o volume de vendas, pode significar mais lucros, mais dividendos e desejo dos investidores adquirirem mais a ções da Franguix SA o que pressionaria o preço da ação para cima. O surgimento de um conflito envolvendo o Irã — que é um grande comprador da Franguix SA — poderia significar redu ção nas vendas, redu ção nos lucros e nos dividendos, levando os titulares das a ções da Franguix SA a se desfazer delas. Quando os investidores pretendem se desfazer de ações, o preço destas tende a cair no mercado. É fácil entender que o pre ço de uma a ção tenderia a acompanhar a direção do volume de dividendos que a empresa v á distribuir — e estes, por sua vez, derivam dos lucros, dos resultados das operações das empresas. Eventos que podem afetar os lucros das empresas podem provocar reflexos nos pre ços das ações. Aumento de juros, n í vel vel da inflação, taxa de desemprego, taxa de câmbio, conflitos, etc. s ão alguns dos eventos que podem afetar, de algum modo, para mais ou para menos, os lucros de empresas e, por conseguinte, o n í vel vel dos dividendos. Tais Tais eventos, assim, podem explicar a varia ção dos preços das ações nas Bolsas. Desta forma, o pre ço de uma ação na Bolsa não tende a ter uma relação lógica com o pre ço das demais, e, muito menos com o desempenho das da s outras Bolsas de Valores de outros pa í ses. Não tem qualquer fundamento l ógico pretender explicar uma queda generalizada genera lizada na Bolsa de Valores de São Paulo porque a Bolsa de Tóquio desceu 1,5%. O que significa dizer di zer que a Bolsa de Tóquio desceu 1,5%? Significa dizer que o pre ço de uma dada cesta de ações negociadas na Bolsa de T óquio baixou 1,5% em relação ao dia anterior. Acaso isto afetar á os negócios da Franguix SA? Por que, ent ão, o preço das ações da Franguix SA deveria cair?16 Você encontrará muitas pessoas tentando justificar o injustificável çã o inserindo tudo no contexto de uma globaliza çã o da economia. Na maioria das vezes as explicaçõ es são il ógicas, inconsistentes ou fundamentadas em dados equivocados. Não estou exagerando. Se tiver tempo leia Paul Krugman: Internacionalismo pop. São Paulo: Publifolha, 1999. Você ficará admirado das bobagens que os economistas dizem. Não pense que estou exagerando: Robert Samuelson em uma das suas Cartas de Washington , afirmou que a a estupidez dos editores em economia produz lixo jornal í stico. stico. 16
M ANUEL MEIRELES !
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
Entretanto, a justificativa da queda da Bolsa de S ão Paulo decorrente da queda da Bolsa em T óquio, Nova York ou qualquer qu alquer outra parte do mundo é freqüentemente usada. Mas é uma justificativa sem sustenta ção lógica.
Escolas de investidores Os investidores, como viu, operam no mercado secund ário de ações, comprando e vendendo a ções. O que leva um investidor a comprar uma a ção? E o que o leva a vend ê-la? Neste livro você vai ver alguns dos in úmeros métodos que os investidores técnicos utilizam para operar no mercado mercad o de ações. Cada m étodo estrutura-se sobre um determinado pressuposto pressu posto e aplica um algoritmo especí fico fico - uma f órmula especí fica. fica. Investidores estruturados seguem m étodos para selecionar e acompanhar a ções, como por exemplo, os tradicionais m étodos CAPM, Markowitz e Sharpe (que possuem o mesmo fundamento, distinguindo-se apenas entre si quanto à operacionaliza ção). Tais modelos podem ser utilizados pelo investidor para selecionar carteiras de t í tulos. tulos. Além dos modelos tradicionais há muitos outros — mais ou menos refinados — que os investidores consideram para selecionar e acompanhar t í tutulos. Tais Tais modelos model os s ão agrupados em duas grandes "escolas": a Fundamentalista e a Técnica. Neste capí tulo, tulo, você verá o conjunto das principais t écnicas e as caracter í sticas sticas de tais escolas. As técnicas são descritas em detalhe na parte 2 desta obra: En- tenda os m é t odos. étodos. A Escola Fundamentalista Esta escola repousa na tese de que que existe uma correla correlação lógica entre o valor intrí nseco nseco de uma ação e seu preço de mercado. O valor intr í nseco n seco para a Escola Fundamentalista é representado pela avalia çã o do patrimônio da empresa, seu desempenho e sua posição no respectivo setor de atuação, pela intensidade da concorrência e pela exist ência de produtos ou ser-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
!!
viços alternativos, pelo grau de utilização tecnológica do empreendimento, pelo ní vel vel de intervenção estatal na área de atuação (controle de preços, proteção tributária, subsí dios, dios, etc), por seu programa de investimentos, por sua polí tica tica de distribuiçã o de lucros e pelo cálculo do valor presente dos lucros futuros estimados do s17.
Os investidores fundamentalistas podem ser genericamente divididos em dois grupos: I) os que trabalham prioritariamente sobre as previs ões de lucros futuros das diversas empresas, e procuram localizar no mercado as que, tendo boas perspectivas, tenham cota ções baixas à luz dos resultados esperados; e II) os que procuram empresas com baixas cota ções em relação a seus ativos e que n ão tenham seu controle acionário concentrado com o objetivo muitas vezes de concretizar um takeover18 , reunindo um lote expressivo de a ções suficiente para garantir a participa ção no processo decis ório da empresa. A Escola Fundamentalista aprimorou diversos m étodos e indicadores que se tornaram cl ássicos para a avalia ção de empresas. Eis alguns: 1. Í ndice ndice Preço-Lucro - PL, que decorre da divis ão entre o preço de mercado de um determinado papel, em certo momento, pelo lucro lí quido quido anualizado19 da ação; 2. Cash-yield: Cash-yield: relação do dividendo anualizado pelo preço de mercado da a ção. Este é o método que a maior parte dos investidores, com horizonte de longo prazo, adota; DEHNER, Paulo. An á Fundamentalista. Investidor Profissional álise lise Fundamentalista. - Caderno de Análise Técnica, Investidor Profissional Editora, Rio de Janeiro, 1994 17
Aquisição de uma companhia por outra, em geral amigavelmente, mas por vezes com uma proxy fight (luta fight (luta de procurações).
18
19
Anual ou anualizado por alguma técnica adequada.
M ANUEL MEIRELES !"
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
3. Cotação/Valor o/Valor patrimonial: patrimonia l: quociente entre o preço de mercado da a ção e o valor patrimonial da mesma; 4. Análise Estrutural da Ind ústria: stria: fundamentada na proposta de Michael Porter. Proponho a inclus ão da Análise Estrutural da Indústria como um m étodo adequado não só para selecionar empresas mas tamb ém, especialmente, selecionar ind ústrias — técnica esta que é, essencialmente, fundamentalista. A origem da Análise Estrutural da Ind ústria é de cunho estrat égico; 5. Í ndice ndice Sharpe: Sharpe: mede o grau de risco de uma carteira em relação à sua rentabilidade. O í ndice ndice é calculado pela diferen ça entre a rentabilidade da carteira Rc e do ativo Ri utilizado como comparação, dividido pelo desvio padr ão da carteira. O ativo i pode ser um certificado de dep ósito bancário (CDB-over) ou semelhante: 6. Capital Asset Pricing Model: Model : que relaciona os pre ços das ações com taxas de retorno, determinando uma linha caracterí stica stica para o t í tulo tulo i, genericamente na forma Ri= bi Rm, onde Ri o retorno excessivo esperado no t í tulo tulo genérico i pode ser calculado pelo produto de bi pelo ß21 do tí tulo tulo i pelo Rm retorno excessivo20 esperado na carteira de mercado. Este m étodo, pela sua complexidade n ão recomendo para investidores investidores individuais22 ; 7. Indicador KM: KM: indicador que eu elaborei, fundamentado nos estudos de Kanitz e Morante. É a técnica que recomendo para a seleção de empresas cujas a ções devem ser compradas. Este indicador é visto com detalhe no Cap í tulo tulo 6.
O retorno excessivo é o retorno acima ou abaixo do retorno de um investimento sem risco - normalmente considerado o retorno de uma letra de câmbio. 20
21
ß é o ní vel vel de risco não diversificável da ação. É a tangente da linha
que indica a sensibilidade do analista em acreditar que o retorno excessivo da ação seja afetado por variações no retorno excessivo do mercado. Um valor igual a um (ß=1) significa que o tí tulo tulo é do tipo médio; dio; ß<1 significa que o tí tulo tulo é defensivo; defensivo; ß>1 significa que o tí tulo tulo é agressivo. agressivo. 22
Conceito que se opõe ao de investidor profissional.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
! #
A Escola Técnica Os primeiros m étodos usados pelos investidores eram essencialmente grafistas , isto é: levavam em conta n ão só os gráficos como as forma çõ es espec í çõ es íficas que ficas que os gráficos faziam. Por este motivo, esta Escola T écnica - cujos defensores usam essencialmente gráficos para se orientarem nas aplica ções na Bolsa - é chamada de Grafista. Esta escola faz repousar seus seus fundamentos nos seguintes fatores apontados por Paulo Dehner 23 : a) a conotação psicológica básica (e permanente) do conjunto da massa de investidores é de avidez na busca de lucros e medo de sofrer preju í zos; zos; b) essa circunst ância coletiva é identificável pelos analistas técnicos por ser um padr ão de comportamento seguidamente verificado na realidade, sendo uma informação de extrema import ância na previsão de tendências; c) os fatos relevantes referentes às empresas com ações negociadas em bolsas de valores n ão são imediatamente divulgados para todo o mercado e, portanto, a intensidade da rea ção dos investidores a esses fatos é variável ao longo do tempo; e d) as oscilações de preços decorrem dessas reações, e podem ser representadas por gr áficos que facilitam sua visualiza ção e acompanhamento. Os principais métodos usados pelos Tecnicistas, Tecnicistas, s ão: 1. Teoria de Dow D ow - considerado o fundador da Escola T écnica - que afirma que, antes de um movimento significativo de alta ou de baixa nas cota ções de um determinado papel, ocorrem formações que sinalizam previamente a movimenta ção que deverá ocorrer;
álise lise T é é cnica DEHNER, Paulo. An á cnica . Investidor Profissional - Caderno de Análise Técnica, Investidor Profissional Editora, Rio de Janeiro, 1994 23
M ANUEL MEIRELES ! $
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
2. Teoria de Elliot - ou Teoria das Vagas - que se fundamenta teoricamente nas propriedades de uma s érie numérica estudada no s éculo XIII pelo matem ático italiano Leonardo Fibonacci; 3. Gráfico de Barras, Barras, no qual se faz an álise das linhas e se identificam configurações denotadoras da tendência dos preços; 4. Gráfico Ponto-Figura, Ponto-Figura , atemporal, que faz uso de dois sí mbolos mbolos (o ponto • e a figura 6) para indicar movimentos de baixa e de alta das a ções; 5. Médias móveis: simples, ponderadas ou exponenciais usadas para determinar revers ões de tendências, em especial a Linha dos 200 dias (L200D); 6. Osciladores: Osciladores: que permitem detectar o enfraquecimento ou fortalecimento do mercado antes que as mudan ças ocorram. Os mais comuns deste m étodo são: o oscilador do momento - relacionado à velocidade de subida ou queda do valor de uma a ção; o oscilador de avanços e declí nios nios - que mede os avan ços e retrações do mercado, atrav és da acumula ção da diferença entre o número de ações em alta e o n úmero de ações em queda; o oscilador de pressão do pregão, que se baseia na diferença entre os pre ços de oferta de compra e venda e os preços reais de compra e venda; o ndice de Força Relativa, que varia de 0 a 100, e que IFR - Í ndice indica se um papel est á excessivamente comprado ou excessivamente vendido; 7. Estocástico: stico: elaborado por George Lane sob o pressuposto de que, quando os preços sobem, os valores de fechamento devem estar pr óximos dos valores m áximos alcançados no perí odo odo e, quando os pre ços descem, os valores de fechamento devem estar pr óximos aos valores m í nimos nimos alcançados no perí oodo; 8. On-balance-volume (Preço-Volume): desenvolvido por J. Granville, que associa o volume negociado com a evolu e volução do pre ço do mercado. Tamb ém é conhecido por OBV ou CVICumulative Volume Indicator;
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
! %
9. Candlestick : método que data de 1750 - usado pelos japoneses nas suas transa ções com arroz- pretende antecipar a oscilação dos preços da commodity commod ity.. É conhecido, também, pelo nome de Teoria das da s Velas; 10. Regras de Donchian, Donchian, que orientam de forma geral o investidor, sem necessidade de c álculos complexos; ricos, como é o caso dos Ciclos da lua : sem 11. Esotéricos, pressuposto metodol ógico; 12. Opinião contrária, ria, que parte do pressuposto que o p úblico está quase sempre errado ( o que é provado por estat í sticas sticas que indicam que 70% das ordens de compra e venda s ão erradas); 13. Teoria das Caixas, Caixas, de Nicolas Darvas; 14. Buy-and-Hold: Buy-and-Hold: método passivo de administra ção de portfólio que consiste em comprar e guardar t í tulos, tulos, incorporando cios recebidos; à carteira os benefí cios 15. Indicador SMI, SMI, um oscilador do tipo press ão de pregão que leva em considera ção o n í vel vel das Ofertas de Compra e de Venda para antecipar altas ou quedas nas a ções. Este m étodo é desenvolvido detalhadamente detalhadamente na Segunda parte deste livro (Cap í tulo 7).
Premissas das Escolas Os modelos da escola Fundamentalista pretendem ser "superiores" aos modelos da escola T écnica ou Grafista. Embora a transcri ção seja longa, o texto de Cláudio Contador24 é significativo para que se possa perceber o tipo de cr í tica tica que as escolas técnicas ou grafistas recebem: A melhor maneira de identificar as origens de um desempenho satisfatório superior à média do mercado é registrar os fatores que determinam a performance : 1. habi habililida dade de na sele seleção dos ativos; 2. flex flexib ibililid idad ade e de muda mudan nças na carteira; CONTADOR, Cláudio R. Os investidores institucionais no Brasil. p89. 24
M ANUEL MEIRELES ! &
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS 3. ausência de limitações ou restrições orçament árias; 4. eficiência na diversificação; 5. qual qualid idad ade e das das estr estrat atégias de predição; e 6. capaci capacidad dade e de redu reduzir zir custos custos de tran transa sação e de informaçã o. Dentre os fatores mencionados, a habilidade na seleção dos ativos tem recebido maior atenção e mais recursos financeiros para pesquisas. Pode-se mesmo dizer que a escolha ótima do investimento vem preocupando os investidores há mais de um século. Como resultado, surgiu um número razoável de teorias algumas ditas "infalí veis". veis".
É interessante atentar para o fato de ainda hoje o mercado brasileiro preocupar-se com técnicas já ultrapassadas e demonstradas falí veis veis em outros paí ses, ses, e até mesmo, investir nelas. Será interessante discutir algumas das estratégias historicamente mais historicamente mais importantes, e de aceitação mais generalizada pelos técnicos do Brasil. São elas, basicamente, quadro.: •Sistema Filtro ; •Teoria Dow ; •Sistema Pre ç ç o-Volume o-Volume ; e •Técnica Buy-and-Hold A técnica do Filtro baseia-se Filtro baseia-se na idéia de que se o preço de uma açã o está subindo deverá continuar subindo, e se estiver caindo, deverá continuar caindo. O Filtro é aplicado quando o preço da açã o apresenta uma reversão. Se o preço tiver atingido o mí nimo, nimo, e então subir uma determinada porcentagem (por exemplo 5%), diz-se que esta ação continuará subindo. A estraté gia consiste em comprar ações que estão subindo e vender aquelas em queda. Os defeitos deste sistema compreendem desde os gastos excessivos em despesas de transação, até à suspeita da validade da t écnica. A idéia de uma tendência nos retornos ou ponto de revers ão nos preços tem sido adotada em outros métodos, á fica sendo a mais conhecida a técnica gr á fica , amplamente empregada ainda hoje pelos analistas brasileiros. A teoria Dow tem diversas variantes, sendo a mais recente a que afirma que, quando o mercado de uma ação atinge um pico e declina em seguida, o pico atingido define uma
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
! '
á rea ou ê ncia rea ou linha de resist ê ncia . Toda a vez que o mercado ou a ação aproxima-se do pico de resistência, a atenção deve ser redobrada. Se o mercado ou a ação rompe a linha de resistência, é provável que prossiga avançando por mais algum tempo, devendo o administrador atentar para este fato na sua estratégia de transações. Analogamente, esta teoria define também uma linha de resistência para o mercado ou ação em baixa, sendo as sugestões similares às anteriores. Assim, diz-se que o mercado ou ação oscila entre linha de resistência — uma inferior e outra superior — e qualquer ocorrência de rompimento dos limites pré-estabelecidos é uma alerta para os t écnicos. Acadêmicamente (grifo meu), a teoria Dow é rejeitada sobe a alegação de que os picos, anti-picos, etc. nada significam em termos de movimentos de mercados ou de ações. Empiricamente, os resultados são igualmente duvidosos. Naturalmente, é sempre possí vel vel encontrar inúmeros casos em que esta teoria propiciou resultados satisfatórios, mas seria poss í vel v el encontrar um grande número de casos, infelizmente não anotados e facilmente esquecidos pelos analistas , nos quais os resultados foram negativos.
ç o-Volume De acordo com a técnica Pre ç o-Volume , o preço de uma ação, ao crescer paralelamente a um grande volume de transaçõ es, reflete um excesso de demanda pela açã o, que deve perdurar nos perí odos odos seguintes. Conseqüentemente, o preço deve continuar crescente. Por outro lado, um preço em queda, paralelamente a um volume amplo de transaçõ es, indica um excesso de oferta que deverá refletir-se em quedas subseqüentes nos preços. A falácia da técnica resume-se em ignorar que o volume de transações decorre da divergência de expectativas quanto a preços futuros, e que, portanto, deve ser distribuí do do independentemente do ní vel vel de preço. A estratégia Buy-and-Hold é, sem dúvida, o método mais simples de seleçã o de ativos e formaçã o de Carteiras. Com esta estratégia, a atuação do administrador é puramente passiva. Após selecionar os tí tulos, tulos, deve mantêlos, por um certo horizonte, incorporando os retornos da í provenientes (dividendos, desdobramentos, subscriçõ es etc) sem modificar a composição da carteira. O acréscimo de recursos adicionais de novos investidores implica num crescimento proporcional no valor de todos os tí tulos tulos e no
M ANUEL MEIRELES "
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS patrimônio da Carteira. As vantagens da técnica buy-and- Hold são basicamente três: 1. considerável economia no que diz respeito às despesas de transações e de obtenção de novas informações presumivelmente ú teis teis ; 2. avaliação contí nua nua mais fácil das condições de retorno e risco da carteira em comparação com a do mercado, se n ão ocorrem mudan ç as freqü entes na composiçã o da Carteira. De fato, nestas condiçõ es, a carteira estar á posicionada ao longo da linha de mercado. Se todos os investidores e/ou seus administradores acreditam que o mercado é eficiente e aceitam, com algumas restriçõ es, os fundamentos teóricos de Markowitz, Sharpe e outros, eles buscarão Carteiras extremamente diversificadas nas quais o risco diversific ável ou evitável é praticamente nulo. Este comportamento implica no fato de os retornos da carteira estarem perfeitamente correlacionados com os
retornos do mercado;: 3. cre crescen scente te evid vidência de que sua performance é, com maior freqüência, superior a outras técnicas. A desconfiança acadêmica (grifo meu) com relaçã o às propaladas vantagens de estratégias imaginosas sobre a t écnica pura e simples Buy-and-Hold , não deve ser confundida com a afirmativa de que aquelas estratégias conduzem sistematicamente a um desempenho inferior ao da técnica Buy-and-Hold . Simplesmente, argumenta-se que o seu desempenho é, na maioria das vezes, inferior ao da técnica Buy-and-Hold . Ademais, implí cita cita em toda esta argumentação está a hipótese de que as informaçõ es sobre uma açã o são de domí nio nio público, ou seja, não existem insiders sistematicamente bem informados. Toda essa discuss ão não pretende desestimular a criação de novas técnicas. Qualquer que seja a nova técnica, existem alguns procedimentos fáceis, capazes de testar a sua eficiência. Em primeiro lugar, desde que a técnica não tenha sido criada a partir da observação sobre dados passados, é conveniente testá -la nos dados existentes. É necessário alguma atençã o quanto ao perí odo odo utilizado para o teste. Se possí vel, vel, devemos adotar perí odos odos nas mais distintas condiçõ es.
As crí ticas ticas às teorias grafistas parecem possuir um foco
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
"
que se assenta em algumas premissas de atua ção do mercado e dos administradores: mercado eficiente, administradores racionais e ausência de insiders sistematicos . As teorias grafistas, salvo melhor ju í zo, zo, não devem ser sujeitas a cr í ticas ticas de tal jaez, porquanto elas s ão construí das das sobre bases fundamentalmente diferentes: fundamentam-se na atua ção psicológica dos sujeitos e rejeitam, em princ í pio, pio, mercados eficientes e administradores de Carteiras racionais. Uma an álise da "crise" do mercado acionário mundial nos anos de 1997-1998 1997-1 998 pode vir a dar substancial razão aos grafistas. N ão se pode esquecer que os academi- camente corretos Black e Scholes , literalmente, faliram.
Justificando as técnicas propostas Recomendo, nesta obra, particularmente particularme nte o uso de uma técnica para selecionar um conjunto de a ções (o indicador KM) e de uma outra para acompanhar a evolução de tais a ções, determinando o melhor momento de compra ou de venda (o oscilador SMI). Quaisquer outras t écnicas, dentre as muitas indicadas nesta obra, podem ser usadas. O que reitero é a necessidade de voc ê fazer uso consciente, sistem ático e preciso de t écnicas evitando desastres econ ômicos. Considero as duas t écnicas que destaco, simples e adequadas à maioria dos investidores ou especuladores, embora n ão deixe de apresentar muitas outras técnicas de domí nio nio do mercado. A escolha das ações ou de outros ativos financeiros que poderão ser objeto de investimento, por parte de um investidor, num dado perí odo odo de tempo, é feita mediante vários métodos, mas nem sempre eles s ão coincidentes quanto aos resultados que produzem. A prova disso é que, periodicamente, analistas econômicos emitem seus pareceres recomendando a compra ou não de determinados ativos. Por exemplo, a Gazeta Mercantil 25 dava a conhecer que os analistas da Robert Fleming, Bear Sterms e Banco Bozano Simonsen recomendavam a compra de ações da Companhia Siderúrgica Paulista; os analistas do ING Barings não recomendavam tal compra e os analistas da Merrill Lynch estavam neutros quanto ao assunto. Que recomenda ção o investidor deveria seguir? 25
ó rios ú rgico" 14-01-97 p.C-4, "Relat ó rios recentes sobre o setor sider ú rgico"
M ANUEL MEIRELES "
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
No mesmo periódico26 , o analista Rodrigo Bresser, Bresser, do Banco Matrix, recomendava a compra de a ções da Bosh Continental, da Marisol, e da Ind ústrias Vilares. O analista Sidney Chameh, do Banco Fator, recomendava a compra de a ções da Arno, da Inepar e da Renner-Hermann. Renner-Hermann. Flávio Teles Teles de Menezes, Mene zes, do Banco Patrimônio, indicava a compra de ações da Lorenz, da Mangels, da Trafo, da Fras-Le e da Agrale. Observa-se, assim, que a subjetividade dos processos de avaliação de empresas est á muito presente na maioria deles. Existe algum indicador que permita ver a justeza de tais recomendações? A seleção e acompanhamento de a ções pode ser feita fundamentada, como vimos acima, em m étodos propostos pelas chamadas escolas T écnica e Fundamentalista. É o que ocorre quando se usam métodos tais como: cash-yield ou IFR- Í ndice ndice de Força Relativa.
É sabido que todo investimento assenta, geralmente, num tripé constitu í do do pela segurança, lucratividade e liquidez. liquidez. É possí vel vel gerir ativos com lucratividade, lucratividade, resguardada a segurança e a liquidez dos mesmos? Um método hábil na seleção de ativos que venha a desenvolver uma satisfat ória performance , é pois do interesse dos investidores, e, com freq üência novos m étodos são sujeitos a investigação. Um deles, por exemplo, é o "Modelo de previs ão de rentabilidade rentabilidad e com base em controles" proposto por Armando de Santi Filho e Jos é Olinquevitch27. Tal Tal método tem como proposta prever a rentabilidade/lucro rentabilidade/lu cro com base na utilização de controles gerenciais, mas sua operacionaliza ção parece pouco pr ática, porquanto requer uma entrevista de coleta de dados para cada empresa em estudo. Dizem os autores: Para que fosse poss í vel vel medir a qualidade dos controles gerenciais, tivemos de atribuir pontos a cada tipo de controle previsto no modelo. O critério utilizado para a atribui ção dos pontos partiu da seguinte premissa: quanto mais recente for a infor26
çõ es" Edição de 13-02-97, p.B1, "Analistas mostram melhores op çõ es"
An á lise de balan ç os para controle gerencial. S ã á lise ç os ã o Paulo: Atlas, 1995. P.227-273 27
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
"!
ma çã o, menor será a possibilidade de ela estar defasada; com isso a probabilidade de o tomador de decisões falhar será minimizada. Será mostrado o roteiro, bem como a planilha, a ser utilizado na entrevista de coleta de dados...
Não parece muito pr ático tal modelo. Na Bolsa de Valores de São Paulo, por exemplo, cerca de 50 empresas costumam compor o í ndice ndice Ibovespa — que engloba as a ções mais negociadas e, portanto, com maior liquidez. Se o investidor pretender selecionar seus ativos dentre este universo, ele teria de aplicar apl icar 50 entrevistas e, para cada uma delas, elaborar uma planilha com o objetivo de quantificar o "term ômetro da rentabilidade"— um número entre 0 e 96,01, sendo que as empresas com rentabilidade ren tabilidade satisfat ória teriam de obter 50 ou mais pontos. O que ofereço, nesta obra, s ão dois métodos que considero mais simples e tão ou mais eficientes. Um deles, elaborado por mim, o indicador KM, tem origem na fusão de dois indicadores: • "termômetro de insolvência" de Kanitz28 (TIK), e o • "estipulador do Limite de Crédito de Morante"29 (LCM). O indicador de Kanitz, quando aplicado a uma determinada empresa por um investidor, investido r, mostra a potencial segurança que tal investidor tem em n ão perder o valor investido em decorr ência de falência da empresa. É um indicador que pode relativizar duas ou mais empresas quanto à ameaça de uma insolv ência. A fórmula de Morante indica qual o limite de cr édito (LCM) KANITZ, Stephen Charles. Indicadores contábeis e financeiros de previsão de insolvência: a experiência da pequena e média empresa brasileira. brasileira . Tese apresentada apresent ada à Faculdade de Economia e Administração da USP para obtenção do tí tulo tulo de Livre Docente em 1976. 28
MORANTE, Antonio Salvador. Uma contribuição ao estudo de indicadores de limite de crédito. Dissertação apresentada à Pontifí cia cia Universidade Católica de São Paulo, para obtenção do tí tulo tulo de mestre em Ciências Contábeis. 29
M ANUEL MEIRELES ""
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
que um investidor pode dar a determinada empresa. Um uso extrapolativo de tal f órmula é o de indicador do potencial de lucratividade de uma empresa: quanto maior é a capacidade da empresa honrar cr éditos maior é a potencialidade de tal empresa gerar recursos para tal e, portanto, maior é a potencialidade de produzir resultados. Em outras palavras: l ógica e empiricamente há uma associação positiva muito forte entre o Limite de Cr édito atribuí do d o segundo Morante (LCM), com base em Balan ço Patrimonial de uma empresa, e o resultado que essa empresa tem no exerc í cio cio imediatamente subseqüente. As propostas de Kanitz e de Morante, devidamente adequadas, constituem um único e eficiente indicador para a sele ção de ativos. Estudos explorat órios mostraram que efetivamente o indicador KM30 é eficiente como m étodo de seleção de ativos potencialmente seguros e lucrativos. Com base em estudos explorat órios, fazendo uso do m étodo estatí stico stico denominado Q de Yule, Yule, pode-se afirmar:
• Há uma associação positiva muito forte (71,43%) entre o ndice KM de uma empresa e o LL/PL (Lucro L í quido/Patrim quido/Patrim ônio í ndice Lí quido), quido), no exercí cio cio imediatamente subseq üente. Um valor de Q de 0,7143 significa que se faria 71,43% melhor do que ao acaso ao predizer a ordem na vari ável LL/PL a partir da ordem na variável KM; ou, em outras palavras: as empresas de melhor í ndindice KM, no exerc í cio cio subseqüente tendem a ter uma rela ção LL/ PL também melhor do que as demais; • Há uma associação positiva muito forte (74,40%) entre LCM/PL e LL/PL no exerc í cio cio imediatamente subseq üente. Em outras palavras: as empresas para as quais Morante recomenda atribuir maior Limite de Cr édito em relação ao seu Patrim ôno Lí quido, quido, no exercí cio cio subseqüente tendem a ter a melhor rela ção LL/PL. • Há uma associação positiva substancial (63,60%) entre o Limite de Crédito negativo (-LCM) e o preju í zo zo no exercicio subseDoravante se denotará de KM o indicador construí do do a partir das fórmulas propostas propostas por Kanitz e Morante, como se verá adiante. 30
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS
" #
qüente, ou seja: quanto pior pio r for o Limite de Cr édito que uma empresa pode obter, segundo Morante, pior ser á o seu Lucro L í quido quido no exercí cio cio imediatamente subseqüente. • Há uma associação positiva muito forte (72,7%) entre LCM/ AT e LL no exercí cio cio imediatamente subseq üente. Isto é: quanto maior for a proporção do Limite de Crédito que uma empresa pode obter em rela ção ao seu Ativo Total, maior ser á o seu Lucro Lí quido quido no exercí cio cio imediatamente subseq üente. O SMI é um oscilador que prop õe ao investidor, informar o momento para compra ou venda de um t í tulo tulo negociado em Bolsa de Valores. Valores. O pressuposto pressu posto deste m étodo assenta numa rela ção entre os pre ços de oferta e os pre ços reais praticados no mercado. A tens ão entre estes dois valores tende a determinar para onde se deslocar á o preço da ação. As pesquisas explorat órias do método SMI, realizadas sobre o comportamento de a ções na Bolsa de Valores de S ão Paulo, tamb ém mostram que ele traz vantagens em rela ção à técnica Buy-and-Hold. Cabe ressaltar que o investidor teria executado operações com um acerto em 88% das ordens.
A arte de operar na Bols@ pela Internet " %
TENHA POSTURA ADEQUADA
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 2
A arte de operar na Bols@ pela Internet
TENHA POSTURA ADEQUADA
" '
Para operar na Bolsa de d e Valores, Valores, comprando e vendendo ações, não basta conhecer t écnicas. É preciso algo mais: é preciso ter uma postura, adotar e acatar um conjunto de princ í pios pios de ação, ter o que costumeiramente se denomina de filosofia . A filosofia do investidor nada mais é do que um padr ã o comportamental, um conjunto de h ábitos, um estilo de atuar. a tuar. Você pode pretender adotar uma t écnica qualquer de operar, mas se n ão a respeita, se n ão a acata, se entra em p ânico ao menor sinal de fraqueza, pode-se dizer que n ão tem técnica alguma. Neste cap í tulo tulo você vai ver que além de técnica você precisa ter uma filosofia orientativa de a ção.
Sucesso na Bolsa exige uma filosofia Para ter sucesso nas opera ções das Bolsas de Valores - e sempre falamos de um sucesso relativo, em rela ção à média do mercado - o investidor deve ter, entre outras coisas: 1 a) técnica para selecionar ativos; b) técnica para acompanhar os ativos selecionados; c) flexibilidade para mudar a constitui ção da carteira. Além desse conhecimento t écnico, deve ter uma determinada postura frente ao mercado - uma esp écie de "filosofia de especulador" . Quanto a esta filosofia eu sempre recomendei e apliquei a filosofia do dan ç a çarino rino . Nicolas Darvas, era um dan çarino quando herdou alguns lotes de ações. Ele n ão entendia nada de a ções e come çou a operar na Bolsa, inicialmente inicia lmente como um tolo comum, um desses tolos que topamos sempre pela frente e contra os quais precisapreci samos defender nossos neg ócios. Tinha todas as caracter í sticas sticas 1
Ver também, Contador, p. 88
M ANUEL MEIRELES #
TENHA POSTURA ADEQUADA
dos tolos especuladores: era cr édulo, altamente influenciável e achava que entendia do negócio. Perdeu dinheiro, até que descobriu, por acaso, como podia deixar de ser tolo. A vida de dan çarino o levava a ficar distante da Bolsa, dos corretores e dos jornais. Por esse motivo ele ficou impossibilitado impossibilitad o de agir como um tolo. E foi o que lhe garantiu garan tiu o sucesso: começando com uns poucos milhares de dólares herdados acabou por ganhar dois milhões de dólares na Bolsa. E escreveu um livro 2, que lhe deve ter dado mais alguns milh ões, pois tornou-se um best-seller . Efetivamente Darvas ganhou esse dinheiro, pois todas as operações foram checadas e confirmadas por uma comissão independente. independente . Nessa obra ele mostra a sua Teoria Teoria das Caixas que veremos adiante. Nesse livro, ele tamb ém divulgou a postura que adotava frente ao mercado. Eu tenho usado essa teoria - à qual dei o nome de Teoria do Dan ç a çarino rino - pois foi esta a condi ção que o levou a "descobrir" como enfrentar o mercado. Disse Darvas: -N ã es: eles n ã o ão siga nenhum servi ç ço de informa çõ çõ es: ão s ã ã o infal í v eis. Eu não sigo. Mas de vez em quando dou uma espiada íveis. nas revistas especialistas e confirmo a assertiva desta norma: tais servi ços pouco mostram de útil. -Tenha -Tenha cautela com conselhos consel hos dos corretores: eles ele s podem estar errados. Nunca peço conselhos ou indicações ao meu corretor. retor. Mas sempre que podia ele e le me "recomendava" Acesita. Acesi ta. Me parece que ele é um especialista nessa a ção. Coincidentemente nunca comprei Acesita. -Ignore ditados da Bolsa. Eu ignoro ditados e coment á r ios. ários. Nada mais absurdo do que coment ários de jornalistas sobre o comportamento da Bolsa. Quando a Bolsa de Nova York cai e, por simples coincid ência, a Bovespa tamb ém cai - l á vem a globalização do mercado financeiro mundial para explicar isto; mas quando a de Wall Street cai e a daqui sobe, ningu ém diz nada. Parece que a globaliza ção do mercado financeiro s ó se aplica em certos dias. -N ã ã o negocie no mercado paralelo . Negociar no mercado paralelo significa comprar a ções fora da Bolsa, por outras vias. Costuma dar mais trabalho. Eu n ão negocio no mercado paralelo e, dentro da Bolsa tenho uma forte tend ência para negociar ape2
´DARVAS, Nicolas. Como ganhei dois milh õ ões es de d ó ólares lares na Bolsa.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
TENHA POSTURA ADEQUADA
#
nas com a ções componentes do IBOVESP IBOVE SPA A - quase todas com presença diária nos preg ões. -N ã ão d ê ê ouvidos a boatos . Nem é preciso comentar isto. -Tenha uma orienta çã s ica de opera çã o. Traduzido em çã o b á ásica çã o miúdos isto significa: tenha uma t écnica para selecionar a ções e uma técnica para acompanhar a ções. Com a t écnica de seleção de ações se escolhe uma meia d úzia de ações que se deve acompanhar; com a técnica de acompanhamento se vê quando se deve comprar e vender as a ções. Seguir técnica significa ter um m étodo definido para operar na Bolsa de Valores, deixando de lado quaisquer palpites e intuições. A respeito disto, costumo contar o seguinte caso. Numa dada ocasi ão tinha aplicado algum dinheiro em ações da Paranapanema e, certo dia, quando me dirigia para o escrit ório, comentei com a minha esposa 3 , que achava que o preço da Paranapanema ia cair. - Ent ã ão porque n ã ão ven- des ? — perguntou ela. Respondi que o gr áfico de acompanhamento não mandava vender. E foi assim que surgiu uma pequena discussão - coisa corriqueira e trivial - com minha mulher. mulhe r. Expliquei-lhe que se desse ouvidos à minha intuição, estaria vendendo por intuição e comprando tamb ém por intuição. Donde, concluí , não necessitaria de nenhuma técnica para selecionar e acompanhar ações - mas me tornaria exatamente igual aos milhares e milhares de investidores que operam sem qualquer t écnica. Eu sei que a minha t écnica não é infalí vel, vel, já que está 70% das vezes certa; mas n ão a troco pela t écnica do palpite que costuma estar 70% das vezes errada. Claro que n ão vendi a Paranapanema. Paranapanema. Esperei a ordem do gráfico, que s ó ocorreu três dias depois. Ela tinha caí do do de preço. -O jogo da Bolsa é contra fortes advers á r ios . Eu digo que ários o jogo da bolsa é contra advers á rios tolos ou loucos incomprens í veis, veis, ilógicos - que se comportam como as mulheres4. -Nada existe seguro no mercado mercado - metade do tempo estamos errados . Bom: se for metade do tempo é excelente. Como se 3
Sublime jararaca
Le Bon é quem afirma isto: uma multidão de homens comporta-se com os mesmos caprichos de uma mulher. Se você entender de mulheres - o que n ão é o meu caso - tem a possibilidade de entender a ilógica atuação dos especuladores nas Bolsas. 4
M ANUEL MEIRELES #
TENHA POSTURA ADEQUADA
sabe, a maioria dos investidores est á errada 70 % do tempo. -Lide apenas com a çõ es de grande volume : n ã çõ es ão se grudam nas m ã o ãos s na hora da venda . Aqui, Darvas, recomenda que se lide com ações que têm presença constante nos preg ões. Desta forma são fáceis de comprar e vender. Isto é importante para uma atuação como especulador; como investidor, com prazo longo, não. -N ã rio . Eu não leio. Quando estou ão leia nenhum coment á á rio errado estou por conta pr ópria. -N ã n ão existe rela çã çã o entre as tend ê ências cias do mercado e as tend ê ências ncias de uma a çã çã o considerada isoladamente : podem ser coincidentes ou opostas. É uma verdade. Mas, estatisticamente, sabe-se que o mercado como um todo afeta 80 % o desempenho de uma ação. Estatistamente, tamb ém se pode avaliar a correlação que uma ação tem com o mercado como um todo, que é representado pelo í ndice ndice IBOVESPA ou semelhante. O aviso de Darvas só serve para lembrar que o mercado pode subir e a a ção descer. Ou vice versa. Warren Buffett é um bem sucedido investidor e divilgou sua filosofia — a Value Oriented — que, de uma forma geral prop õe o seguinte: 1. Compre um neg ócio, não uma ação. Compre a ções de empresas que tenham rentabilidade superior à média do setor; 5 2. Administre uma carteira de neg ócios, não de ações. Invista em a ções de empresas cujo neg ócio você entenda e tenham boas perspectivas a longo prazo; 3. Não diversifique exageradamente a sua carteira: um portfólio com ações de meia duzia de empresas pode ser acompanhado melhor do que contiver muitas empresas; 4. Desligue-se do mercado de ações. Não se preocupe muito com as varia ções de curto prazo, nem com opini ões alarmistas sobre a tend ência do mercado. O mais importante de seguir uma filosofia de a ção que você deve ter como investidor é evitar fazer o papel de tolo. Para isto consulte revistas especializadas como Quem é Quem da Revista Exame e Balanço Anual Anual da gazeta gazeta Mercantil. Mercantil. Mas não esque ça que sucesso passado não assegura sucesso futuro. 5
A arte de operar na Bols@ pela Internet
TENHA POSTURA ADEQUADA
#!
Quase todo especulador é um tolo Nã o é f ácil entender a irracionalidade que norteia os especuladores, quando julgados como um todo. Nenhum observador, quando analisa os especuladores à distância, acredita que as ações desenvolvidas por eles no mercado de a ções sejam de "homens de negócios". Este "homem de neg ócios" - que perde, como as estat í sticas sticas mostram, em mais de 70 % dos casos - talvez possa ser entendido pela leitura de Viana6 , Le Bon 7 ou Gasset 8 . As massas t êm caracter í sticas sticas muito semelhantes às multid ões. Elas s ão: -crédulas - acreditam no notici ário dos jornais, acreditam nas calúnias mais absurdas, nas promessas mais ut ópicas, acreditam na propaganda, etc.; -fortemente sugestionáveis: submetem-se facilmente a uma doutrina, a uma t écnica, a uma moda, a um homem; -enfátuas, cheias de si: julgam-se de n í vel vel superior não obstante a sua mediocridade e insufici ência. Podemos afirmar que a maioria dos especuladores é composta de tolos e pretensiosos; pessoas cr édulas, altamente sugestion áveis e que se julgam de intelig ência superior. Na maioria das vezes - acima de 70 % - perdem perde m dinheiro. Negociar com tolos - n ão o sendo - n ão é uma tarefa f ácil. São eles que conduzem os negócios nas bolsas. Quando menos se espera, uma a ção, sem nada de substancial para isso, começa a subir; outra, nas mesmas condi ções, começa a cair. Por quê? Ninguém, absolutamente ninguém, conseguirá responder a esta questão. O governo brasileiro — ao contrário do que ocorre nos outros paí ses ses — ainda é o grande acionista do pa í s9:
á rias. VIANA, Mário Gonçalves. Psicologia das massas multitudin á rias. Porto: Domingos Barreira, 1944.
6
õ es ç as LE BON, Gustave. As opini õ es e as cren ç as , São Paulo: Brasil Editora, 1956 e, Psychologia pol í tica , Rio de Janeiro: Garnier, 1910 í tica 7
ão das massas . São Paulo: PublicaGASSET, José Ortega. A rebeli ã ções Brasil, 1933. 8
9
Nelson Niero, O governo ainda reina nas bolsas . Gazeta Mercantil, 30.06.99, p.1.
M ANUEL MEIRELES #"
TENHA POSTURA ADEQUADA Em meados de junho, a União possuí a sozinha R$26,5 bilhões em participações, o equivalente a 9,9 do valor total das açõ es das maiores companhias de capital aberto do paí s. s.
Na condição de grande acionista, o Governo é também um grande investidor — com presen ça constante na Bolsa por meio de diversas institui ções. A pessoa f í sica, sica, no mercado à vista, representa cerca de 16% do volume negociado 10 ; as instituições financeiras representam representa m cerca de 40% e os investidores estrangeiros cerca de 25%. Os investidores do tipo "pessoa f í sica" sica" representam uma substancial parcela capaz de tumultuar o mercado.
Tenha um plano de investimento Zaremba11, recomenda que você tenha um plano de investimento que nada mais é do que um esforço consciente e ordenado de aplicar seu dinheiro. Voc Você deverá acompanhar resultados, diversificar investimentos, procurar atender objetivos de renda e crescimento do patrimônio que respondam aos seus anseios pessoais.
Ter um plano de investimento significa pensar no melhor modo de alocar as suas poupan ças em investimentos. Operar com ações, a longo prazo, tende a trazer mais benef ben ef í cios cios do que quaisquer outros tipos de aplica ção12 . Mas, voc ê deve operar
10
Soma dos volumes volumes de compra compra e venda. Para conhecer o grau da participaçã o dos investidores na Bolsa de S ão Paulo, consulte: www.bovespa.com.br þ INFORMAÇÕES DO MERCADO þ PARTICIPAÇÃO DOS INVESTIDORES. ZAREMBA, Victor. Cuidando do seu dinheiro. São Paulo: Saraiva, 1997 11
12
O que é compatí vel vel com o risco: maior o risco maior a lucratividade. lucratividade.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
TENHA POSTURA ADEQUADA
# #
como investidor e como especulador. especulad or. Destine parte da sua poupança e a administre como investidor 13 ; outra outra parte parte administre-a como especulador — é mais arriscado, mas muito mais emocionante.
Dez regras para você seguir Não é difí cil cil ser um tonto despassarado no mercado de ações. Você evitará isso tendo um conjunto de regras balizando suas atitudes. Acho de bom alvitre seguir os seguintes conselhos:
çã o b á á sica çã o 1. - Tenha uma orienta çã sica de opera çã o : tenha uma técnica para selecionar açõ es e uma técnica para acompanhar ações; ão siga nenhum servi ç ç o de informa çõ çõ es 2. - N ã es : Limite-se, de vez em quando, a dar uma espiada nas revistas especialistas; ã o d ê ê ouvidos a boatos ; 3. - N ã ão leia coment á ários rios sobre as Bolsas ; 4. - N ã çõ es 5. - Lide apenas com a çõ es de grande liquidez — aquelas que pertencem ao í ndice ndice da Bolsa — para operar como especulador. Ações com baixa liquidez só podem ser operadas como investidor; ã o diversifique exageradamente a sua car- 6. - N ã teira : no máximo acompanhe dez ações; 7. - Tenha um plano de investimento : planeje o que vai aplicar em a ções, dividindo a poupança em duas estratégias: uma de longo prazo — administrada pelos princí pios pios dos investidores — outra de curto prazo — administrada mais din â mica e emocionantemente sob os princ í pios p ios do especulador; 8. - Aplique na bolsa apenas o que tiver poupado . Jamais venda algo ou tome empréstimos para aplicar na Bolsa; Buscando empresas com bons dividendos, orientando-se pelo cash-yield, cash-yield , por exemplo. 13
M ANUEL MEIRELES # $
TENHA POSTURA ADEQUADA 9. - Espere o fechamento do preg ã ã o para ver as çõ es cota çõ es : evite ficar on-line, acompanhando a todo o instante as cotações. Isto gera ansiedade e tenderá a fazer com que você comece a atuar como um tolo. Poupe-se. Tenha calma. Não se angustie. Se você não for capaz disto caia fora do mercado: você não é suficientemente forte para o negócio da Bolsa;
ã o comente seus neg ó ó cios é m 10. - N ã cios com ningu é m çã o da sua carteira . nem divulgue a composi çã Luí s Eduardo de Assis 14 recomenda algumas regras pr áticas de sobrevivência na selva financeira: 1. Estabeleça um objetivo. Saiba o que você quer; 2. C o n h e ç a seu perfil de risco. A cada perfil corresponde um produto — ou uma combinaçã o de produtos — diferente; 3. Espe Espere re o seu seu mome moment nto. o. O temp tempo o é seu aliado: nos últimos dez anos, um investidor que permaneceu 18 meses na bolsa teve 4,5 vezes mais chances de dobrar o capital investido que outro aplicador que tenha ficado apenas 6 meses; 4. Confie Confie seus seus inves investime timentos ntos a um admi administ nistrad rador or profissional; 5. Dive Divers rsifi ifiqu que e suas suas apli aplica caçõ es; 6. Reje Rejeit ite e dic dicas as em gera geral; l; 7. Seja discipl disciplina inado. do. Invista Invista regular regularment mente. e.
Recomendaçõ es Nesta obra, voc ê verá inúmeros métodos para sele ção e acompanhamento de ações. Siga um dos m étodos recomendados ou quaisquer quaisqu er outros, mas siga. siga . Tenha Tenha uma filosofia de atuação e não se deixe levar por boatos ou "informa ções especiais". Não abandone a sua postura perante postura perante o mercado: investiASSIS, Luí s Eduardo. A ansiedade mata . Exame, 697 (suplemento), p.32-3 14
A arte de operar na Bols@ pela Internet
TENHA POSTURA ADEQUADA
# %
dor ou especulador. especulador . Recomendo que especule com apenas uma parte do seu dinheiro. Como investidor voc ê deve orientar-se pelo Cash-yield, Cash-yield, tendo um horizonte de longo prazo; como especulador oriente-se fazendo uso de quaisquer outros indicadores. Mas, siga o que o indicador informa. Outra coisa: n ão aplique na Bolsa dinheiro que não constitua sua poupan ça. Bolsa é investimento; investimento é poupança. Aplique, portanto, as sobras do seu orçamento doméstico. Uma vez selecionadas as ações que deve acompanhar com atenção — de 6 a 10 — atualize as suas planilhas diariamente e compre ou venda de acordo com o que indica a t écnica. Não seja ansioso: não "antecipe" compras ou vendas. Se o seu indicador não mandar comprar, comprar, n ão compre — fique fora do mercado. O investidor em ações, que é cuidadoso, via de regra segue três recomendações básicas: 1. Careful selection (sele ção cuidadosa); 2. Wide diversification (ampla diversifica ção); 3. Constant supervision (supervis ão constante). Uma seleção cuidadosa, cuidadosa, significa escolha de boas empresas - empresas que possam gerar resultados positivos e, desta forma, ter suas a ções crescendo, em valor, na bolsa. As t écnicas para uma seleção cuidadosa voc ê verá adiante, no Capí tulo tulo 6. Ampla diversificação, significa seguir o ditado de n ão colocar todos os ovos na mesma cesta. H á autores que afirmam que nenhuma ação deve representar mais do que 5% de toda a carteira - o que significa ter pelo menos uma carteira de 20 t í tutulos. Análises estatí sticas, sticas, porém, demonstraram que cinco ou seis ações, de empresas de setores diferentes, s ão suficientes para constituir uma carteira adequadamente diversificada. Embora devamos ter uma meia d úzia de ações na nossa carteira, devemos fazer o acompanhamento de uma dezena delas. Constante supervis ão, significa acompanhar o desempenho das ações no mercado. Operando ou não pela Internet voc ê deve ter bem presente estas recomendações.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
# '
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os ndices das suas í ndices ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 3
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
$
Não faz sentido você pretender operar no mercado de a ções e não possuir um adequado banco de dados, porquanto o mercado de ações é muito técnico e exige do investidor uma aten ção especial. Desta forma, voc ê deve ter um banco de dados sobre o mercado de ações: um conjunto de dados racionalmente armazenados que expressem os itens mais importantes sobre as ações, os indicadores de mercado e as empresas. Você pode, obviamente, operar com base na intui ção, em palpites de terceiros ou por algum outro meio. Claro que pode. Mas é algo que sai muito caro. Se pretender operar no mercado de ações sem estar apoiado em um m étodo, sugiro que gaste seu dinheiro de outra forma: apostando em cavalos. cavalo s. Pelo menos é mais emocionante.
A necessidade de informação Um investidor - seja qual for o seu holding period 1 necessita de informa ções, e o tipo de informa ções depende do método que usa. Quando se opera op era com a ções deve-se ter dois métodos: a) um para escolher as empresas das quais deve operar com ações na Bolsa de Valores — é o método de seleção de ações b) outro para saber quando comprar e vender a ções das empresas escolhidas — é o método de acompanhamento de ações. Dependendo dos métodos que fa ça uso, voc ê necessitar á de um conjunto de informa ções. Se voc ê fizer uso do indicador Perí odo odo de tempo em que um investidor investidor mantém ações de uma empresa 1
M ANUEL MEIRELES $
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
KM e do oscilador SMI — como recomendo, voc ê deve obter algumas informações especí ficas, ficas, a saber: a) o indicador KM exige os balan ços das empresas; b) o método do oscilador SMI requer o comportamento dinimo, máximo, médio, ário da ação na Bolsa, isto é: os preços mí nimo, de fechamento, oferta de compra e oferta de venda. Requer tamdeflator, que geralmente é um í ndice bém o valor de um deflator, ndice como o IGP-M ou semelhante. Considerando estes dois métodos, para operar voc ê precisa ter: I) Balanços de todas as empresas constituintes do Ibovespa (para através deles fazer o ranking do indicador KM) Os dados necessários ao c álculo deste indicador devem estar armazenados em planilhas no computador. Voc ê só acompanhar á as 10 empresas com o melhor indicador KM. Trimestralmente, com novos balanços, você recalcular á o ranking. Recomendo uma planilha para cada empresa, onde os balan ços sucessivos v ão sendo gravados. II) Informa ções Gerais e Eventos das empresas. Estas informações podem estar na mesma planilha dos balan ços. São dados referentes à empresa e ao setor em que a empresa emp resa atua, e informações úteis para tomada de decis ão: quantidade de ações, dividendos, bonificações, subscri ções, etc. III) Deflator di ário. Você construirá um deflator diário fundamentado no IGP-M, que é mensal. Deve-se usar uma planilha para conter o deflator. IV) Dados dos preg ões: Ibovespa e as 10 a ções sob acompanhamento diário. E onde você encontra as informa ções de que necessita? Em alguns ve í culos, culos, a saber: q No jornal diário Gazeta Mercantil; Mercantil; q Na Internet O objetivo principal deste capí tulo tulo é capacitá-lo a encontrar e entender as informa ções que precisará para operar.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
$!
Bolsas & Bolsas No mercado financeiro encontramos dois tipos de bolsas: a) as Bolsas de Valores - nas quais são negociadas ações, opções, recibos e outros direitos referentes ao capital social das Sociedades Anônimas de capital aberto; e b) as Bolsas de Mercadorias & Futuros - bolsas onde se negociam os chamados derivativos, commodities (mercadorias) commodities (mercadorias) e í ndices. ndices. Nas Bolsas de Mercadorias os investidores negociam: a) metais: nio, metais: ouro, prata, platina, cobre, pal ádio, alumí nio, chumbo, estanho, zinco, etc. b) carnes: nos, frango, etc. carnes: gado em p é, suí nos, c) moedas estrangeiras: estrangeiras: franco suíço, marco alemão, iene japonês, libra esterlina, d ólar canadense, etc. d) taxas de juros: juros: letras do tesouro, letras hipotec árias, obrigações do tesouro, etc, e) cereais: cereais: soja, milho, trigo, aveia, cevada, centeio, óleo de soja, farelo de soja, etc. f) outros produtos: produtos: café, cacau, algod ão, suco de laranja, lã, ovo, batata, a çúcar, borracha, madeira bruta, madeira compensada, etc. g) í ndices: ndices, como o Ibovespa. ndices: diversos í ndices, Aqui não nos ocuparemos disso. Vamo-nos ocupar, nesta obra, essencialmente das Bolsas de Valores e da negocia ção de ações.
Fontes de Dados Para você, que pretende operar com a ções, há duas grandes fontes de dados, como viu: a Gazeta Mercantil e alguns sites na Internet. Tradicionalmente Tradicional mente os jornais são as principais fontes de da-
M ANUEL MEIRELES $"
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
dos para os investidores. investid ores. O Boletim da Bolsa de d e Valores Valores de S ão Paulo é publicado no jornal Gazeta Mercantil . É deste jornal que você pode extrair os dados que os m étodos de seleção e acompanhamento de ações requerem. Internet, pode acessar Dispondo de computador voc ê, via Internet, também os dados de que necessita. Os dados, essencialmente são os mesmos: unicamente muda a fonte. Desta forma, para cada tipo de dado informarei onde ele pode ser encontrado dentro da Gazeta Mercantil e dentro da Internet .
Gazeta Mercantil A Gazeta Mercantil é um dos mais importantes jornais do Brasil - se n ão o mais importante - e deve ser de leitura obrigatória por parte do investidor. Ele é editado simultaneamente em diversas capitais (S ão Paulo, Rio de Janeiro, Bras í lia, lia, Salvador Salvado r, Porto Alegre, Belo Horizonte e Bel ém), o que lhe d á um caráter nacional. Além de inúmeros suplementos a Gazeta Mercantil é constituí da da basicamente por 3 cadernos: a) Caderno A, que se ocupa do notici ário Nacional, Pol í tica, tica, Legislação e Internacional; Mercados, que se ocupa de: b) Caderno B: Finanças & Mercados, Finanç as, Bolsas, Fundos, Commodities, Indicadores e Agribusiness; c) Caderno C: Empresas & Carreiras que se ocupa de: Empresas, Inform ática & Telecomunicações, Administra ção & Marketing. Os cadernos B e C s ão muito importantes para os investidores, pois eles possuem os dados prim ários para alimentar os algoritmos (isto é, as fórmulas) das técnicas de seleção e acompanhamento de ações. Particularmente eu coleciono, h á anos, o caderno B FinanMercados, além de uma página do caderno Empresas & ças & Mercados, Carreiras: Carreiras: aquela que cont ém a seção Bovespa . Veremos adi-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
$ #
ante o motivo disto. Além disto, a Gazeta Mercantil possui Mercantil possui um centro de informações eletrônicas que presta alguns servi ços aos leitores, a saber: — InvestNews : serviço de informações eletrônicas em tempo real dividido em m ódulos; ci— Gazeta Mercantil On Line: resumo das principais not í cias da Gazeta Mercantil, a partir das 5 horas da manh ã; cias de eco— Real Time News: divulga ao longo do dia notí cias nomia, negócios e pol í tica; tica; — Cotações: fornece em tempo real as flutua ções dos principais ativos financeiros negociados no Brasil: d ólar, CDB, ouro, interbancário, etc., bem como taxas de empr éstimos; — Fundos: informações sobre o desempenho de todos os fundos de investimento; — Balanços: possibilita a consulta das 17 principais contas do balanço de 11 mil empresas, a partir de 1990; 19 90; - Banco de Dados : Centro de Informa ções que dispõe de séries históricas dos indicadores econ ômicos publicados no jornal; - Balan ç o ços s de Empresas : Balanços completos de empresas, a partir de 1996. O caderno B da Gazeta Mercantil - Finanças & Mercados, é a principal fonte de dados para o investidor que n ão dispõe da Internet. Abra um desses cadernos e observe as partes principais em que ele se divide, lendo os t í tulos tulos que dividem o caderno. Você verá, numa edição tí pica, pica, algo como: — Finanças — Finanças Internacionais — Bolsas Nacionais — Bolsas Internacionais — Fundos de Investimentos — Commodities Minerais colas — Commodities Agrí colas — Agribusiness
M ANUEL MEIRELES $ $
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
— Indicadores Nacionais Para o nosso prop ósito nos interessa a parte Bolsas Nacionais - e mesmo assim s ó algumas seções. O conteúdo de cada uma dessas partes do caderno pode ser assim descrito:
• -Finanças Informações sobre o mercado financeiro. De importante para o nosso objetivo o box que cont ém os principais indicadores da inflação. • -Finanças Internacionais Ocupa-se do mercado financeiro internacional: c âmbio em outros paí ses, ses, juros externos, taxas taxa s de juros Libor, etc • -Bolsas Nacionais É a parte que mais interessa ao investidor do mercado de ações. Contém o desempenho das a ções e opções nas Bolsas de Valores Valores - especialmente especial mente da Bovespa. Fornece Forn ece tamb ém outras informações aos investidores. investidores. • -Bolsas Internacionais Informa sobre os í ndices ndices de fechamento das principais Bolsas de valores em todo o mundo e os pre ços das ações mais importantes negociadas negociada s nas bolsas de: Buenos Aires, Caracas, Madrid, México, Nova No va York, York, Santiago San tiago,, Taip Taip é, Tóquio e Toront Toronto. o. • -Fundos de Investimentos Informa o desempenho de diversos fundos: Fundos de Renda Fixa, Fundos de Ações e de Carteira Livre. • -Commodities Minerais Faz o acompanhamento dos pre ços das commodities minerais negociadas nas Bolsas Mercantis estrangeiras: petr óleo, metais, etc. • -Commodities Agrí colas colas Faz o acompanhamento dos pre ços das commodities agrí colas negociadas nas Bolsas Mercantis nacionais e estrangeiras: boi, frango, l ã, laticí nios, nios, ovos, su í nos, nos, derivados de su í nos; nos; produtos vegetais: a çúcar, algodão, alho, amendoim, arroz, aveia, batata, borracha, cacau, caf é, cebola, farinha de mandioca, fei • — Agribusiness
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
$ %
• — Indicadores Nacionais Resumo dos principais indicadores e outras informa ções.
A hemeroteca de um investidor Para quem, além da Internet, pretende acompanhar a Gaze- ta Mercantil, é interessante constituir uma hemeroteca espec í fifica. A palavra hemeroteca veio do grego hemera que hemera que significa dia e de theke , que significa local ou dep ó s ito . Hemeroteca é o local ósito onde se guardam, conservam e s ão consultados os jornais e revistas ou outras publica ções periódicas. O investidor deve possuir a sua hemeroteca onde possa pesquisar dados. Particularmente eu coleciono: 1. O caderno Finanças & Mercados colocando na parte superior direita, com uma caneta de ponta grossa, a data do pregão; 2. Dentro desse caderno coloco a folha inteira que cont ém a seção Bovespa e que está no caderno Empresas e Carreiras; Carreiras; 3. Coleciono também os balanços (e demonstrativos financeiros) das empresas que fazem parte do Ibovespa - Í ndice ndice da Bolsa de Valores de S ão Paulo. Particularmente, nunca recorto o balan ço ou a seção: eu arquivo a página completa. completa. Os balanços podem ter sido publicados em qualquer caderno (A, B ou C). A t écnica consiste em colocar dentro do caderno B (Finanças e Mercados) as p áginas inteiras, contendo recortes dos outros cadernos. Minha hemeroteca de investidor investido r, portanto, consta, do caderno Finanças & Mercados da Gazeta Mercantil, complementado por folhas inteiras destacadas de outros cadernos. Essas folhas contêm: a se ção Bovespa e Balan ços das empresas que me interessam.
Internet As mesmas informa ções disponibilizadas pela Gazeta
M ANUEL MEIRELES $ &
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
Mercantil voc Mercantil você pode encontrar na Internet. Os websites que websites que possuem os dados que voc ê vai necessitar s ão: www.bovespa.com.br e www.cvm.gov.br.
Mapa do
www.bovespa.com.br
Este é o site da Bolsa de Valores de S ão Paulo. Nele voc ê poderá encontrar na p ágina A BOVESPA a hist ória da instituição e outras informa ções, como as regras de negocia ção em pregão. Na página INFORMAÇÕES DO MERCADO, você pode encontrar as cotações e os í ndices, ndices, incluindo o de at é nove pregões anteriores. Encontra tamb ém nesta p ágina os tí tulos tulos negociáveis na Bolsa ou na p ágina CIAS LISTADAS, voc ê encontrar á informaç õ es sobre as empresas ou na p á gina SOCIEDADES CORRETORAS, você encontra a lista de todas as Sociedades Corretoras (Membros e Permission árias) com assento na Bovespa, mas é na página HOME BROKER que voc ê encontra a lista das corretoras que operam via Internet 2 .
Mapa do site
www.bovespa.com.br
A CVM — Comiss ão de Valores Mobili ários, tem a fun ção de disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de valores mobili mobil i ários, de forma a assegurar o exerc í cio cio de práticas eqüitativas e coibir quaisquer tipos de irregularidades. É para esta institui ção que as companhias abertas devem enviar os seus relat órios, cujo tipo, prazo e periodicidade de entrega obedecem à seguinte tabela:
No momento em que escrevo — final de janeiro de 2000 — existem 15 sociedades corretoras que possuem Home Broker, isto é, permitem que o cliente opere via Internet. Obviamente que a tendência é todas as corretoras se conectarem ao sistema. 2
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA TIPO
PERIOCIDADE
IAN: Informações anuai s anualmente DFP: Demonstrações Fi nancei ras Anualmente Padroni zadas DF: Demonstrações Fi nancei ras
anualmente
ITR: Informações Tri mestrai s
tri mestralmente
$ '
PRAZO DE EN TREGA
Até 31.05 Até 31.03 Até 31.03 Até 30.03; 30.06 e 30.09
São estes relatórios, que as companhias enviam para a CVM, que devem ser consultados de forma a se buscar os dados necessários às técnicas de sele ção. Os relatórios podem ser também obtidos no site www.cvm.gov www.cvm.gov.br/pub/cvm .br/pub/cvm O site da CVM na sua p ágina CIAS ABERTAS, ABERTAS, apresenta as Demonstra ções Financeiras das empresas que operam na Bolsa. Para fazer, entretanto, a leitura de tais relat rela t órios é necessário fazer uso de um programa especial, que a pr ópria CVM fornece3 . Portanto, as informa ções vitais podem ser buscadas na Internet ou na Gazeta Mercantil. O foco da leitura de um investidor nas Bolsas de d e Valores Valores s ão as notí cias cias referentes às empresas de capital aberto, cujas a ções são negociadas no preg ão.
Programas de Leituras dos Relatórios A CVM disponibiliza no seu site o programa que permite ao investidor consultar os relat órios das companhias abertas. Para obter a versão integral basta fazer um download do download do Divext : Siste- ma de Divulga çã çã o Externa . Este programa permite o acesso aos relatórios que as companhias abertas enviam periodicamente à CVM. O Sistema de Divulga ção Externa — ITR/DFP/IAN, foi desenvolvido pela Bovespa em apoio à CVM. Uma vez obtido este Os programas do Sistema de Divulgação Externa possuem versões para Windows 95 e para DOS. 3
M ANUEL MEIRELES %
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
programa, no site da CVM www.cvm.gov.br þ COMPANHIAS ABERTAS ABERTAS e indique o tipo de consulta: n Demonstrações Financeiras ou n Dados cadastrais. Na janela de Busca , coloque a palavra chave referente à empresa que deseja. Por exemplo: Perdigao (n Perdigao (não use acentos). Clique em Busca e Busca e aguarde o resultado da pesquisa. Serlhe-á informado a quantidade de companhias selecionadas. Selecione a companhia que deseja e clique em Entrar . Surge uma lista de diversos relatórios do tipo ITR, DFP ou IAN com o indicativo do tamanho do arquivo em Bytes e a data de disponibiliza ção. Clique sobre o relat ório desejado e automaticamente come ça a fazer-se o download. Para arquivar adequadamente o subdiret ório de destino, clique no diretório DIVEXT , na pasta DADOS e selecione a subpasta correspondente. correspondente. No caso de um relat ório ITR selecione a subpasta ITR. Complete o download. O arquivo é gravado com uma definição do tipo: 01629999.wtl, onde: n As primeiras 5 posi ções (no exemplo: 01629) cont êm o código de registro da empresa na CVM. É o caso da Perdig ão SA; n As 2 posições seguintes (no exemplo: 99) indicam o ano do término do perí odo odo informado; n A última posição indica o mês de término do perí odo odo informado, utilizando 1 a 9 para os meses de janeiro a setembro e A, B, 0, para os meses de outubro, novembro e dezembro. dezemb ro. A extensão dos arquivos cont ém 3 letras: © W na primeira posi ção; © T, T, F ou A na segunda segund a posi ção: T indica IT ITR; F indica DF D FP e A indica IA IAN; © L, M ou N na terceira posi ção: L indica demonstra ções financeiras apresentadas, segundo o crit ério da Legisla çã o societária; M indica demonstrações financeiras, segundo o crit ério de Moeda de capacidade aquisitiva aquisiti va constante (nos casos de ITR ou DPF); N para IAN. Para ter acesso ao arquivo gravado, voc ê deve fazer uso do
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
%
programa Divext . Feche inicialmente todos os programas que estiver usando e abra Divext . Selecione em Abrir, Carregar Arqui- vo . Com o cursor selecione o arquivo que deseja abrir nos subdiretórios ITR, DFP ou IAN. O arquivo selecionado ser á descompactado. Por meio do Divext, é possí vel vel ter acesso (para visualizar ou imprimir) a todo o relat ório ou qualquer parte dele — o que se denomina quadro Um relatório tí pico, pico, como o ITR, constitui-se em cerca de 30 páginas. Por exemplo, o relat ório 01629999.wtl, da Perdig ão SA, referente às informações trimestrais (ITR) com data base em 30/ 09/99, constitui-se num total de 32 p áginas, comportando alguns quadros tais como: composi ção do capital social; caracter í sticas sticas da empresa; balan ço patrimonial; demonstra ção do resultado; notas explicativas; coment ário do desempenho, entre outros.
Dados que o investidor deve procurar Você cotidianamente deve estar esta r atento ao mercado. E isso exige que você procure informa ções que possam ser relevantes para a gestão da sua carteira. Essas informa ções podem ser tanto procuradas na Gazeta Mercantil quanto Mercantil quanto na Internet. Abaixo listarei as informa ções que devem ser alvo da sua aten ção e o local onde elas s ão encontradas
Lendo os Relatórios da Bolsa www.bovespa.com.br þ INFORMA ÇÕES DO MERCADO
GM: BOLSA DE VALORES DE S ÃO PAULO Para o investidor que opera nas n as Bolsas de Valores, Valores, importa sobretudo esta parte, que, usualmente se divide em alguns boxes, ou páginas: ndice BOVESPA: BOVESPA: Comportamento • Í ndice • Mercado à Vista -Cotações Unitárias • Mercado à Vista- Lote de Mil A ções • Concordatárias
M ANUEL MEIRELES
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
%
• • • • • • • •
Fundos e Certificados Mercado a Termo Termo (30, 60, ... dias) Opções (de compra, venda) Avisos Ajustes e proventos Custódia e Liquidação Bolsa de Valores Valores do Rio de Janeiro Jan eiro SENN
Nosso estudo est á limitado às ações e à Bolsa de Valores de S ão Paulo. Desconsideraremos, portanto, tudo quanto diga respeito a outros t í tulos, tulos, como as op ções, e a outras Bolsas de Valores. Também não nos ocuparemos dos Fundos (mesmo os Fundos Mútuos de Ações) nem das opera ções nas Bolsas de Mercadorias (commodities e derivativos). Vamos ver, ver, portanto, os principais boxes da Bolsa de Valores de S ão Paulo. Paulo. BOVESPABOVESPA- Informações do mercado www.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADO þ NDICES þGM: BOLSA DE VALORES DE S ÃO PAULO þ Í NDICES RESUMO Na página referente a Informa ções do Mercado, em Í ndices, ndices, podem ser vistas diversas vari áveis, tais como : q Comportamento do dia , (dos í ndices ndices Ibovespa, IBX e IEE); q M á x imo e m í áximo ínimo nimo no ano; q Comportamento das a çõ es que comp õ e ndices; çõ es õem m os í ndices; q Evolu çã çã o do fechamento; q Gr á ficos; á ficos; q Mais informa çõ es sobre os í ndices. ndices. çõ es
Comportamento do dia Nesta página, você pode ver como ocorreu a evolu ção de
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
%!
três í ndices: ndices: o Ibovespa, o IBX e o IEE. Eis um exemplo 4 : C omportamento no D ia
Abertura Mí ni mo Máxi mo Fechamento Médi o
IBOVESPA 16.777 16.777 17.104 17.091 16.989
IBX 3.166 3.166 3.238 3.238 3.204
IEE 3.560 3.480 3.591 3.591 3.529
A primeira coluna mostra os pontos de refer ência mais importantes de um preg ão: o de Abertura que, Abertura que, contraposto ao de Fechamento mostra a t ônica geral do mercado como um todo; o M í x imo além do valor M é d ínimo nimo e o M á áximo al édio io . Observar que o valor M é dio não é a m édia dos valores apresentados, mas um valor é dio n ponderado5 . Recomendo que voc ê confronte especialmente a Abertura e o M í ximo com o Fechamento . ínimo bem nimo bem como o M á á ximo com Observe no exemplo dado que, que , no caso do Ibovespa, a Abertura constituiu o preço M í n Fechamento esteve muito pr óínimo e imo e que o Fechamento esteve ximo do valor M á x imo , denotando um mercado ascendendo firmeáximo mente. O valor do Í ndice ndice Bovespa, (bem como os dos outros í ndindices) é mostrado em pontos 6. O número de pontos representa de certa forma o valor monet ário das ações que constituem uma cesta especial de a ções. Tal cesta constitui uma carteira te órica de ações, e seu valor serve como indicador do comportamento do mercado. A carteira te órica é integrada pelas ações que, em con junto, representam 80% do valor transacionado à vista nos 12 meses anteriores à formação da carteira. A a ção também deve estar presente, no m í nimo, nimo, em 80% dos pregões realizados no perí odo. odo. Ou seja: a carteira te órica constitui-se das a ções mais negociadas na Bolsa. Quadrimestralmente é feita uma reavaliação que pode incluir ou excluir a ções de tal carteira. O Ibovespa, assim, não tem um número fixo de a ções — pois constitui-se do conjunto de ações que representam representam 80% do valor transacionado transacionado 4
Referente ao pregão do dia 30.12.1999.
Considera o preço médio das ações que constituem o í ndice ndice e a quantidade negociada.
5
6
Equivalente a um montante em moeda corrente
M ANUEL MEIRELES %"
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
— mas seus n úmero, ao longo dos últimos anos, tem oscilado entre 47 e 53. Podemos dizer que cerca de 50 a ções respondem por 80% do valor transacionado e constituem o Ibovespa. O Í ndice ndice não ultrapassa o valor de 100.000 pontos: quando ele está próximo de ultrapassar este limite o Ibovespa é dividido por 10. Assim, quando o í ndice ndice chega a 98710, por exemplo, ele passa para 9871. Isto ocorreu diversas vezes ao longo dos anos, unicamente para efeito de divulgação, de forma que n ão podemos comparar o í ndice ndice atual com algum í ndice ndice no passado, sem sabermos quantas vezes ocorreu este ajuste 7 . Os outros í ndices ndices — o IBX, ndice Brasil, constitu í do do pelas IBX, Í ndice 100 ações mais negociadas e o IEE, ndice setorial composto IEE, Í ndice pelas ações do setor elétrico — devem ser analisados da mesma forma. O valor de Fechamento do Ibovespa deve Ibovespa deve ser acompanhado por meio de gráficos de médias móveis, como veremos adiante. É aqui que você deve vir buscar a informa ção.
Máximo e mí nimo nimo no ano Este box dá uma informação geral sobre o comportamento do mercado como um todo, mostrando como est á o pregão corrente em relação aos pontos M á x imo e M í n áximo e ínimo imo . O box indica não só os valores para esses dois pontos mas, tamb ém, as datas em que eles ocorreram. Pelo exemplo, observa-se que o Ibovespa e o IBX fecharam o ano de 1999 no climax. O mesmo n ão ocorreu com o IEE, cujo ponto m áximo ocorreu em 30/3/99. Máximo e Mí nimo no Ano
Máxi mo Mí ni mo
IBOVESPA M 17.091 30 / 12 / 99 5.057 14 / 1 / 99
IBX 3.238 30 / 12 / 99 972 14 / 1 / 99
IEE 5.291 30 / 3 / 99 1.075 14 / 1 / 99
Consulte a página www.bovespa.com.br þA BOVESPA þMERCADOS E Í NDICES NDICES DA BOVESP BOVES PA para ver a Carteira Teórica do Í ndice ndice Bovespa vigente e a Metodologia do Cálculo. Na Metodologia você poderá ver as datas em que ocorreram ajustes no Í ndice. ndice. 7
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
% #
Comportamento das ações que compõem os Í ndices ndices Este box é muito importante para o investidor que acompanha a Bolsa, e fonte de informa ção relevante para a LAD — Linha de Ascensões e Declí nios, nios, técnica que veremos adiante. Eis um exemplo: Comportamento das Ações que compõem os Í ndices
Altas Baixas Estávei s Sem Neg. Total
IBOVESPA 33 9 2 44 44
IBX 71 22 10 106 106
IEE 11 3 2 16 16
Neste box tem importância decisiva a quantidade de a ções, do Ibovespa, que subiram (Altas) e desceram (Baixas). Observe, no exemplo, que todas as a ções do í ndice ndice foram negociadas.
Evolução dos fechamentos Este box fornece informa ções sobre a variação dos í ndices ndices em relação a alguns perí odos odos temporais. Considerando o exemplo abaixo, observa-se que o Ibovespa, em rela ção ao dia anterior, anteri or, teve seu Fechamento incrementado em 2,41% e no ano incrementou 151,92%. t ulo da informa ç ã o É preciso tomar aten ç ã o ao t í tulo disponibilizada: q No dia , significa a evolução ocorrida no í ndice ndice entre a Abertura e o Fechamento ; q Ontem , expressa a evolução entre o Fechamento de hoje de hoje e o Fechamento do Fechamento do pregão anterior; q Na semana , indica a evolução ocorrida na semana que está correndo, e cujo iní cio cio foi a última segunda-feira. Se você se encontrar numa quinta-feira, o indicador expressa a variação ocorrida desde segunda-feira;
M ANUEL MEIRELES
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
% $
Em uma semana , indica a evolução ocorrida nos últimos 7 dias;
q
q No m ê s, indica a evolução considerando o in í ê s cio do mês corrente. Se você se encontrar no dia 12, o indicador exprimirá a evolução dos 12 primeiros dias do mês corrente;
ê s q Em um m ê s , considera a evolu çã o do í ndice ndice nos últimos 30 dias, ou, mais precisamente, a variação experimentada em relação ao mesmo dia do mês anterior; q No ano , indica a variação tomando como referência o dia primeiro de janeiro; q Em uma ano , toma como referência os 365 dias anteriores. No exemplo abaixo, como se refere ao pregão de 30/12/1999, obviamente a variaçã o no ano e em um ano coincidem. Evolução dos Fechamentos
No dia
IBOVESPA +1,89%
IBX +2,33%
IEE +1,92%
Ontem Na semana Em uma semana
+2,41% +7,13% +7,13%
+2,23% +6,67% +6,67%
+0,48% +5,56% +5,56%
No mês Em um mês
+24,04% +24,04%
+22,68% +22,68%
+12,32% +12,32%
No ano Em um ano
+151,92% +151,92%
+153,96% +153,96%
+132,56% +132,56%
Gr áficos Nesta página você pode observar os gr áficos do dia, do m ê ndices Ibovespa, IBX e IEE. ês e de 120 dias , referentes aos í ndices Obviamente, é uma página para consulta r ápida.
Mais informações sobre os Í ndices ndices Nesta página, você encontra informa ções sobre a compo-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
% %
sição e metodologia dos í ndices ndices Ibovespa, IBX e IEE. Para cada um destes í ndices ndices você encontrar á os seguintes t ópicos: q q q q q
Introdução; ndice Ibovespa (ou IBX ou IEE); Í ndice Aspectos Metodológicos do Í ndice; ndice; Ajustes do Í ndice; ndice; Composição Atual da Carteira (per í odo odo de vigência).
É claro que esta é uma página que você não pode deixar de consultar, especialmente se n ão conhecer muito bem como os ndices são constituí dos dos e operados. í ndices Nesta página, você encontra também informações complementares sobre o funcionamento do mercado. Veja, Veja, por exemplo o que é e como opera cada um dos mercados: q Mercado a Vista; q Mercado a Termo; q Mercado de Opções: Opção Ibovespa; • Opção IBX. •
VOLUMES NEGOCIADOS þINFORMAÇÕES DO MERCADO þ OPERAÇÕES þGM: BOLSA DE VALORES DE S ÃO PAULO þ www.bovespa.com.br
RESUMO Na página Opera çõ es , é possí vel vel tomar pulso do montante çõ es negociado pelo mercado. No box Resumo do Dia , pode-se ver a participa ção de cada tipo de negócio: ações, opções, mercado a termo, etc.
BOLETIM þ INFORMA ÇÕES DO MERCADO þBOLETIM GM: EMPRESAS & CARREIRAS þ BOVESPA www.bovespa.com.br
M ANUEL MEIRELES % &
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
Esta página contém informa ções muito importantes para o investidor. O próprio site indica site indica o seu conte údo e sua finalidade: O Boletim é um novo serviço que a BOVESPA está colocando à sua disposição e que reúne Comunicados recebidos das Empresas negociadas na BOVESPA, informa ç õ es sobre Subscri ç õ es, Assembl é ias, Proventos, Leilões, Mercados de Opções e a Termo, Custódia e Liquidação, além de muitas outras. Para obter essas novas informações, basta transferir os arquivos abaixo, através de download:
Estão disponibilizados os Boletins referentes aos últimos dez pregões. O download é um arquivo zipado nomeado bolxxyy , por exemplo: bol3012 . Algumas informa ções disponibilizadas referem-se a: q Informativo; q Comunicados; q Empresas.
INFORMATIVO Este box contém informa ções que interessam aos investidores e aos corretores. S ão informações sobre algumas alterações que ocorrem nas ações, geralmente decorrentes de proventos, previstas para o pr óprio ou próximo pregão.
Alterações no pregão A leitura atenta desta se ção permite extrair informa ções referentes aos lotes padrão de cada ação. Na Bolsa de Valores, para cada a ção, h á um determinado lote padrão - quantidade mí nima nima de ações que podem ser negociadas no preg ão, sem que a operação seja considerada no "mercado fracion ário". Um investidor pode comprar ou vender um ou mais lotes padr ões; se a quantidade não alcançar o lote padrão as ações devem ser negociadas no mercado fracionário - geralmente a pre ços inferiores.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
% '
A lista do lote padr ão, para cada a ção, é periodicamente publicada pela Bolsa; mas tamb ém pode ser obtida parcialmente pela leitura dos quadros "altera ções". De qualquer forma, se o investidor pretender dar uma ordem que n ão seja lote padrão ou múltiplo inteiro deste o Corretor informa isso. Exemplos: Alterações no pregão de 30/12/99 BANESTADO - Ações nominativas ex-subscrição. As ações ex continuam sendo negociadas com distinçã o de dividendo. Direitos até 20/1/2000. MERC BRASIL/MERC FINANC - Ações escriturais ex-juros. Alterações previstas para o pregão de 3/1/2000 ANTARCT NORD/DROGASIL/ELETROBRÁS/POLAR/ EMBRATEL PAR/TELE CL SUL/TELE CTR SUL/TELE NORD CL - Ações escriturais ex-juros. BRAHMA - Ações escriturais ex-juros. As ações PN ex continuam a ser negociadas com distinção de dividendo. CIM ITA Ú /MAGNESITA/SEG MIN BRAS - Aç õ e s nominativas ex-juros. RCTB 31 e 41 - Ex-juros. ITAUBANCO - Ações escriturais ex-juros mensais. ITAUTEC - As ações PNA passam a ser negociadas com distinção de dividendo. MERC S PAULO - Ações escriturais ex-dividendo mensal. PETROBRÁS BR - Os atuais bloqueios em circulação no mercado perdem a validade para negociaçã o em razão da adoção do sistema escritural OT-1 Bradesco.
COMUNICADOS No Boletim, você também toma conhecimento de comunicados das empresas ao p úblico. Eis um exemplo de comunicado:
M ANUEL MEIRELES &
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA LEILÃO DE VENDA DE AÇÕES DE PROPRIEDADE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE OLIVEN Ç A/AL NA BOVESPA Papel/Tipo/Código/ igo/ Qua Quan ntid tidade/ ade/ Preço Mí nimo nimo R$ Petrobrás ONPETR3 /23.786
335,00/mil açõ es
Petrobrás PN/PETR4/8.853
420,00/mil açõ es
Dia, horário e local: 4/1/2000, das 13h35 às 13h50, no Sistema Eletrônico; Intermediadora: SLW CVC Ltda. (110). A Corretora informou que se trata de ações de propriedade da Prefeitura Municipal de Olivença, Estado de Alagoas, e que a venda dessas ações foi autorizada conforme Lei 0018/99, de 23/11/99, de acordo com as Instruções CVM 286, de 31/7/98, e 318, de 15/10/99.
Notas da BOVESPA: BOVESPA: ser á n á permitida a livre interfer ê ência cia de Corretoras compradoras e vendedoras no leil ã o ão; ; caso ocorra ra- teio entre as Corretoras, o mesmo crit é rio rio dever á á ser observado para os clientes.
EMPRESAS Neste box, s ão encontradas as informa ções de interesse geral dos acionistas das empresas, tais como: avisos, distribuição de proventos, resumos das Atas das Reuni ões das Assembléias Gerais e semelhantes.
Avisos aos acionistas þ INFORMAÇÕES DO MERCADO þBOLETIM GM: EMPRESAS E CARREIRAS þ BOVESPA www.bovespa.com.br
As companhias de capital aberto t êm milhares (e muitas delas: milhões) de acionistas. E a Lei das Sociedades An ônimas obriga que os acionistas sejam informados, atrav és de anúncios veiculados em jornais de grande circula ção, de certos eventos. Eis um exemplo de um Aviso aos Acionistas:
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
&
ÁS DISTRIBUIDORA PETROBR Á
• Atendimento aos Acionistas. Em decorrência da rescisão contratual da prestação de serviço pelo Banco Itaú, a partir de 3/1/2000 o atendimento aos acionistas da Empresa será prestado pelo Banco Bradesco S.A. Os atuais bloqueios em circulação no mercado terão validade para liquidar as operações realizadas até 30/12/99, inclusive, e serão aceitos para depósito até 6/1/2000. Após essa data os bloqueios não depositados perderão sua validade, devendo ser substituí dos. dos. çã o Nota: a partir de 3/1/2000, os atuais bloqueios em circula çã o çã o, ã o da ado- no mercado perdem a validade para negocia çã o, em raz ã çã o do sistema escritural OT- 1 Bradesco. Fonte: www.bovespa.com.br þ Informações do mercado þ Boletim (dia 29.12.1999)
Distribuição Pública de Ações Os acionistas, ou potenciais acionistas, s ão informados de que a empresa est á recorrendo ao mercado para aumentar o seu capital social. Ás vezes, tais avisos s ão acompanhados de artigos. Por exemplo, ao lado do aviso de distribui ção pública de ações da Lorenz , numa determinada edição, a Gazeta Mercantil noticiava: Lorenz emitir Lorenz emitirá ações para investir . E continuava: Companhia quer captar $18 milh ões e montar uma nova fábrica de amidos especiais. Por um bom tempo, a Lorenz foi uma das companhias abertas que os investidores mal davam atenção. Sua linha de produtos ajudava a situação. Ela incluí a conservas, condimentos, adesivos vegetais e até máquinas para a indústria alimentí cia. cia. No ano passado foram acrescidos novos itens: os amidos modificados de milho e mandioca. Poderia ser uma forma de complicar ainda mais seu entendimento, mas foi justamente aí que a empresa resolveu sair a campo para mostrar que é um bom negócio.
A reportagem, de autoria de Hilton Hida, Hi da, ainda trazia a evolução das cotações das ações Lorenz PN, que estavam beirando o valor $20,00 por lote de 1000 a ções. A subscri ção pelos investidores a R$16,00 o lote de 1000, era interessante para os atuais
M ANUEL MEIRELES &
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
acionistas. Caso um acionista n ão tivesse interesse em subscrever as ações a que tem direito, ele poderia vender esse seu direito de subscrição a um terceiro. Observe-se que a Companhia Lorenz estava captando dinheiro ($18 milhões) para ampliar seus negócios - no caso, montar uma nova f ábrica. Ela estava dando 1000 a ções ao investidor e, em troca, recebia $16 do investidor. in vestidor. Este neg ócio opera-se no mercado primário. rio. O investidor, de posse das 1000 a ções pode recorrer ao mercado acionário para negociar as a ções que possui, vendendo-as para outro investidor no preg ão da Bolsa de Valores ao preço que desejar. No primeiro caso, a Lorenz capta dinheiro, inverte-o numa nova fábrica para realizar lucros de forma a distribuir dividendos dividendo s aos acionistas - aos portadores das suas a ções no momento em que ela distribuir os dividendos. No segundo segun do caso, o investidor, na Bolsa de Valores negocia as a ções que possui. Os mercados primário e secundário são diferentes - mas interdependentes. As empresas de capital aberto desejam desej am ter um mercado secundário ativo, que garanta liquidez aos seus acionistas - que garanta que eles, a qualquer tempo, possam comprar e vender a ções sem dificuldade. Embora a empresa n ão tenha a ver com o lucro auferido pelo investidor na compra ou venda das suas a ções, ela sabe que um mercado acion ário com liquidez possibilita que novos lançamentos de a ções sejam levados a cabo com mais facilidade. Se um investidor n ão vê a possibilidade de converter em dinheiro o dinheiro que aplicou na compra de a ções de uma dada empresa a tend ência é não adquirir ações de tal empresa. Nesta caso, a empresa tem muita dificuldade para fazer novos lan çamentos.
Fatos relevantes As empresas tamb ém comunicam aos seus acionistas, ou potenciais acionistas, fatos importantes para ela e para eles. É o que se chama de disclosure: disclosure: revelação de informações, por parte da empresa, aos acionistas. É um instrumento imprescind í vel, vel,
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
&!
não só para a tomada de decis ão pelo investidor, como para sua proteção. Exemplo de informação de fato relevante: ELETROBR Á S ÁS • Fato Relevante
Informou que, com fundamento no disposto nos incisos I, II e III do art. 31 da Medida Provisória 1.985-22, de 10/12/99, a União foi autorizada a reembolsar à Eletrobrás valores correspondentes a: custo excedente de geração de energia nucleoelétrica pela Usina de Angra I, determinado em relação ao custo de geração de energia hidrelétrica por usina de semelhante capacidade; investimentos complementares efetuados na Usina Angra I, a partir de 1º /1/85; e gastos efetuados, com recursos pró prios, na constru ç ã o das usinas nucleoelétricas de Angra II e Angra III, até 31/12/80. Em virtude dessas disposições legais foi assinado, em 17/12/99, contrato de confissão e quitação de dí vidas vidas entre a União e a Eletrobr ás, com a interveni ê ncia de Furnas Centrais El é tricas S.A. e Eletrobr á s Termonuclear S.A. - Eletronuclear, no valor de R$ 2.487.988.146,60, posição em 30/11/99, para equacionamento do pagamento das referidas dí vidas, vidas, em conformidade com o previsto no art. 32, incisos I e II, da Medida Provisória citada. Informou ainda que, do montante acima, R$ 1.805.865.120,56 foram pagos mediante a desobrigação das dí vidas, vidas, registradas na Secretaria do Tesouro Nacional - STN, em nome de Furnas, inclusive aquelas transferidas para a Eletronuclear, decorrentes dos acordos de refinanciamento das dí vividas, firmados pela República Federativa do Brasil. O valor remanescente de R$ 682.123.026,04 foi pago mediante a emissão de ativos securitizados, por meio do efetivo registro escritural de 677.425 ativos JSTN_A005, no Cetip. Fonte: www.bovespa.com.br þBoletim (dia 23.12.1999)
þ
Informa ç õ es do mercado
Editais de Convocação e Resumo de Atas de Assembléias Gerais www.bovespa.com.br
þINFORMAÇÕ ES DO MERCADO
þBOLETIM GM: Em p ágina indeterminada Anualmente, os acionistas devem reunir-se para para apreciar o
M ANUEL MEIRELES &"
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
Relatório da Administra ção (Balanço, Demonstração do Resultado e outras informa ções). Tal Tal reuni reu nião deve ocorrer nos primeiros 4 meses após o encerramento do exerc í cio cio social - que geralmente é no último dia útil do ano. A essa reuni ão dos Acionistas se d á o nome de AGO - Assembl éia Geral Ordinária. Mas, a qualquer altura os acionistas podem se reunir para discutir dis cutir outros assuntos, segundo uma pr évia Ordem do Dia. A essa reuni ão se dá o nome de AGE - Assembl éia Geral Extraordin ária. Na maioria das vezes a Administra ção da empresa convoca os acionistas para uma AGOE- Assembl éia Geral Ordinária e Extraordin ária. Para a convoca ção a Administração da empresa publica Editais. Observe-se que nesse Edital deve constar a Ordem do Dia e o alerta de que, para participarem da AG dever ão observar o disposto no artigo 126 da lei 6404/76 8 . Uma vez realizada a Assembl éia Geral a companhia publica um resumo da Ata dessa Assembl éia. Abaixo alguns exemplos extraí dos dos do site da Bovespa.
çõ es é ia es de Assembl é ia DATAMEC • Delibera çõ Na AGE de 28/12/99 foi aprovado o cancelamento de registro de companhia aberta de que trata o artigo 21 da Lei 6.385/76. O acionista controlador Unisys Brasil Ltda. pretende realizar oferta pública para aquisição da totalidade das ações do capital social, ao preço de R$ 1.019,00/mil ações a ser pago a vista.
Se você tivesse ações da Datamec em carteira, este aviso seria extremamente relevante, porquanto o acionista controlador decidiu adquirir todas as a ções da Datamec em m ãos do público, pagando R$1019 por lote de 1000 a ções. es de Assembl é ia TELE CENTRO OESTE • Delibera çõ çõ es é ia Na AGE de 23/12/99 foi aprovada a incorporação da Coverage Participa çõ es S.A. (controladora), sem alteraçã o do capital social, nos seguintes termos. O ágio que poderá ser amortizado pela TCO é de A lei das das SA exige que que as pessoas presentes à assemblé ia devem provar a sua qualidade de acionistas" arrolando algumas normas. 8
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
& #
R$ 322.673.331,00, estimando-se a sua utilização integral em cinco anos, contados da incorporação. Os acionistas da Coverage receber ão, em substituiçã o aos direitos de sócios que se extinguir ão, ações de emissão da TCO em igual número, mesma espécie e com iguais direitos das açõ es de emissão da TCO atualmente detidas pela Coverage, que serão canceladas em razão da incorporação.
Pagamento de Dividendos e de Juros þINFORMAÇÕ ES DO MERCADO þBOLETIM GM: EMPRESAS E CARREIRAS þ BOVESPA www.bovespa.com.br
Quem investe dinheiro numa aplicação de "renda fixa" recebe juros; quem investe dinheiro adquirindo o capital social de d e uma empresa aufere dividendos (no dividendos (no caso das sociedades an ônimas) ou lucros no lucros no caso das demais empresas. O dividendo é, desta forma, um dos elementos importantes para o acionista, quando ele adquire a ções de uma empresa. Ele pode ter a estrat égia de adquirir a a ção e guardá-la - adotando a filosofia buy and put away 9 - ou de permanecer um curto per í odo de tempo com a a ção, esperando que ela suba de pre ço no mercado. Mas a subida de pre ço está, pelo menos teoricamente, associada ao desempenho futuro da empresa, isto é, à distribuição de dividendos. Os dividendos são uma parte do lucro que a empresa obteve num dado perí odo, odo, parte do lucro essa que é entregue aos acionistas na propor ção do capital social que cada um tem. A tí tulo tulo de exemplo, admitamos que uma empresa - a Batatix SA - tenha constitu í do do seu capital, arrecadando $100. Tr ês acionistas entraram com o capital: o acionista A que subscreveu $40, o acionista B que subscreveu $30 e o acionista C que subscreveu $30. A empresa recebeu o dinheiro dinheir o e entregou ao acionista A 400 ações, ao acionista B 300 a ções e ao acionista D 300 a ções num total de 1000 ações. A empresa ficou com o dinheiro e come çou a fazer os seus negócios - por exemplo, comprar e vender batatas. Os acionistas Filosofia de investimento: a melhor maneira de ganhar é comprar ações e guardá-las. 9
M ANUEL MEIRELES & $
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
ficaram com as suas a ções - podendo fazer com elas o que dese jassem. O acionista A adotou a a filosofia buy and put away e permaneceu com as 400 a ções; o acionista B, que tinha inicialmente adquirido 300 a ções, ficou com 100 e vendeu vendeu 200 para o (novo) acionista D, na Bolsa, pelo valor valo r de $22; o acionista C, que inicialmente havia adquirido 300 ações vendeu todas para um outro (novo) acionista E, pelo valor de $34. Encerrou-se o exerc í cio cio social e a Administra ção da Batatix SA apurou um lucro de $40. Convocou os acionistas para uma Assembl éia Geral Ordinária. Reunidos, os acionistas deliberaram o seguinte: do lucro ($40), $20 seriam distribu di stribu í das das aos acionistas e o restante seria reaplicado na empresa. Alguns dias depois da AGO a Batatix publicou um resumo da Ata da Assembl éia Geral e, mais tarde, um aviso de distribuição de dividendos, em que informava que cada a ção tinha direito a receber $0,02 de dividendo (correspondente a $20 dividido por 1000 ações). Desta forma, os acionistas receberam, de dividendos, os seguintes valores: A: 400 ações. $0,0 $0,02 2 = $8,00 $8,00 B: 100 ações. $0,0 $0,02 2 = $2,00 $2,00 C: (não é mais acionista) D: 200 ações. $0,02 $0,02 = $4,00 $4,00 E:: 300 ações.$0,0 es.$0,02 2 = $6,00 $6,00 Cabe lembrar que os acionistas atuais n ão s ó receberam dinheiro (os dividendos distribuí dos), dos), mas as pr óprias ações que possuem também valorizaram. valorizar am. Vamos Vamos ver por qu ê. A empresa Batatix SA come çou com um patrim ônio de $100 - correspondente ao valor inicial entregue à empresa pelos acionistas. No primeiro exerc í cio cio a empresa teve um lucro de $40, e distribuiu $20 de dividendos. O patrim ônio lí quido quido da empresa, após a distribui ção dos dividendos pode ser assim descrito:
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA Balanço em 30.12.199x C api tal Soci al
& %
em $ 100
Lucros do Exercí cio
40
D ividendos di stribuí dos
-20
Total do Patrimônio Lí quido
120
Quanti dade de Ações Valor Patrimoni al de C ada Ação
1000 0,12
Se analisarmos o caso do acionista A, por exemplo, verificamos que ele, logo ap ós ter embolsado os dividendos, possui: a) 400 ações, cada uma com o valor patrimonial $0,12, no total de $48,00 b) $8,00 em dinheiro provenientes dos dividendos recebidos Total: $56,00 . Lembremo-nos que o acionista A, inicialmente, havia comprado as 400 a ções por $40. A tí tulo tulo de exemplo, podemos ver abaixo o aviso de distribuição de dividendos da COFAP que, em 28.12.1999, deu in í cio cio à distribuição de um dividendo de R$0,01606 por ação - por conta de lucros apurados no exerc í cio cio social de 1998. COFAP • Pagamento de Dividendo
Em 28/12/99 dará iní cio cio ao pagamento de dividendo referente ao exercí cio/98, cio/98, aprovado na AGO de 15/3/99, no valor de R$ 0,015823686/ação, sem retenção de IR na fonte. Sobre esse montante houve correção via Ufir, resultando no valor de R$ 0,000236314/ação, no qual incidirá IR à alí quota quota de 20%. O valor total corrigido é de R$ 0,01606/ação.
Observando-se o que estatui a Lei das Sociedades An ônimas, a companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro lí quido quido do exercí cio, cio, de lucros acumulados e de reserva reserv a de lucros. Os acionistas t êm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exerc í cio, cio, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto, ou, se este for omisso, omisso, metade do lucro l í quido quido do exercí cio cio diminuí do do ou acrescido das quotas destinadas à constitui-
M ANUEL MEIRELES & &
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
ção da reserva legal, da reserva para conting ências e lucros a realizar. realizar. A companhia que levantar balanço semestral, poderá pagar dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço. O pagamento de dividendo de a ções nominativas ser á feito à pessoa que, na data do ato de declaração do dividendo, dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação. Os proprietários de uma empresa, independen-temente do tipo dela, seja uma sociedade an ônima, seja uma sociedade por quotas devem, a rigor, apenas receber a sua quota-parte quo ta-parte dos lucros. Não faz sentido que um acionista ou um quotista receba juros do capital investido. Por ém10 , as companhias pagam juros aos acionistas, que s ão, para efeitos pr áticos, equivalentes a dividendos. O exemplo abaixo 11 mostra o pagamento de juros a acionistas: PERDIGÃO S.A. o Distribui çã çã o de Juros Na RCA de 22/12/99 foi aprovada a distribuição de juros sobre capital próprio, no valor de R$ 0,025062/mil ações, a ser pago em 29/2/2000. Haverá retenção de IR na fonte à alí quota quota de 15%, exceto para os acionistas pessoas jur í dicas dicas imunes ou isentas, que dever ã o apresentar documenta ç ã o comprobatória até 29/12/99
çõ es Nota: desde 23/12/99, a çõ es nominativas ex-juros. Obs.: no pregão de 23/12/99 foi adiada para as 11h30 a abertura dos neg ó cios com as a çõ es de emiss ã o dessa Empresa
Observe-se que as ações da Perdigão SA, na Bolsa passaram a ser negociadas EJ - Ex-Juros - a partir da data de 23.12.1999, isto é, no dia imediatamente subseq üente à decisão da RCA12 . O comprador da ação Perdigão PN*EJ não tem direito a receber os juros distribu í dos dos pela companhia.
Com base no Decreto-Lei 1598 de 26.12.1977, que alterou a legislação do imposto sobre a renda. 10
11
Extraí do do de www.bovespa.com.br do dia 23.12.1999.
12
RCA: Reunião do Conselho de Administração.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
& '
Acompanhe um extrato das listagens 13 das negociações das ações PN (Preferenciais Nominativas) 14 da Perdigão (Código PRGA4) alguns dias antes e depois desta data: Negs. Qtde. Perdigão SA Código M éd. Ação Realiz. Tí tulos tulos Data PRGA4 PN * 3,01 15 104.500.000 14.12.99 PRGA4 PN * 3,07 27 75.100.000 15.12.99 PRGA4 PN * 3,08 17 47.600.000 16,12,99 PRGA4 PN * 3,00 19 1.193.700.000 17.12.99 PRGA4 PN * 3,09 26 299.700.000 20.12.99 PRGA4 PN * 3,26 15 62.100.000 21.12.99 PRGA4 PN * 3,32 43 389.700.000 22.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,29 23 285.200.000 23.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,29 23 285.200.000 27.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,24 15 509.200.000 28.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,21 21 505.700.000 29.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,27 15 100.000.000 30.12.99 Pela figura acima, observa-se que os neg ócios após EJ foram feitos em 23.12.1999 ao pre ço médio de $3,29 por lote de mil ações. O acionista que vendeu a a ção nessa data a $3,29 embolsou este valor e ainda tem mais R$0,025062 a receber da Perdig ão SA. Desta forma, o investidor que vendeu a a ção em 23.12.99, tem no seu bolso o correspondente a $3,29+$0,025 $3,29+$0 ,025 = $3,315. Se dividirmos este valor pelo valor val or m édio do dia anterior ($3,32) verifica-se que, ocorreu uma queda no pre ço médio de $3,32 para $3,315, ou seja, de se seja, ja, de -0,15%. Voc Voc ê verá adiante que, por ocasi ão de proventos estes ajustes devem ser consicon siderados. Seria err ôneo considerar a variação existente entre os dois valores médios. As listagens dos dias 14.12.99 ao dia 29.12.99, foram extraí das das de www.bovespa.com.br þINFORMA ÇÕES DO MERCADO þPREGÕES ANTERIORES þ COTAÇÕES (HORÁRIO REGULAR) þ MERCADO À VISTA þ LOTE PADRÃO: COTAÇÃO POR LOTE DE MIL. Como se pode observar, a Bolsa, dia 31.12.99, disponibilizava 12 pregões: o do dia 30 e 11 anteriores a essa data. Selecionando com o cursor os dados da açã o e copiando, é poss í vel vel arquivar tais dados numa planilha. 13
14
O asterisco * indica que o pre ço se refere a lote de mil ações.
M ANUEL MEIRELES '
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
Informações Financeiras www.cvm.gov.br (para obter as informa ções) www.bovespa.com.br
þINFORMAÇÕES DO MERCADO þ
BOLETIM (para saber as empresas que disponibilizaram seus relatórios na Bovespa) GM: Balanços publicados em p áginas indeterminadas. Em EMPRESAS & CARREIRAS þBOVESPA pode-se ver as empresas que disponibilizaram seus relat órios. Os relatórios contábeis são peças muito importantes para os acionistas e p úblico em geral. É através desses relat órios que muitos acionistas ou potenciais acionistas definem suas pol í titicas de investimento, determinando quais a ções devem comprar e quanto de cada ação. A CVM- Comiss ão de Valores Mobili ários exige que a cada trimestre as empresas de capital aberto, emitam um relat ório contábil: Balanço e Demonstra ção de Resultados.
É preciso atentar para o fato de as informa ções contidas nos Balanços conterem, potencialmente pelo menos, algum desvio. Isso se deve ao fato de o governo brasileiro, no esfor ço de acabar com a indexa ção da economia, ter extinto, em 1966, a correção monetária nos balan ços - o que acabou por gerar algumas distorções. Até 1995, as companhias abertas eram obrigadas a fazer balanços para divulgação ao mercado de capitais com corre çã integral - em que todas as contas eram reajustadas para çã o integral a moeda do último dia do exerc í cio, cio, eliminando as distorções provocadas pela inflação. Além desse balanço, as empresas, de acordo com a legisla ção societária, devem emitir um outro. Neste, não se aplica a corre çã çã o integral . Desta forma, as companhias abertas divulgam geralmente dois balan ços: um com Corre- r ia Integral e Integral e outro segundo a Legisla çã ria . çã o Monet á ária çã o Societ á á ria As distor ções entre tais balan ços acabam sempre por surgir - e, às vezes, s ão expressivas. Por exemplo, no balan ço do primeiro trimestre de 1966, a Cesp pela Legislação Societária teve um prejuí zo zo de $117 milhões e, pela Corre ção Integral, lucrou $100 milhões. No balanço do trimestre seguinte, essa mesma empresa apresentava, pela Legislação Societária um prejuí zo zo de $293 milhões e, pela Corre ção Integral um lucro de $157 milh ões.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
'
Jorge Kotani, da Lafis, uma prestadora de servi ços ao mercado de capitais diz que em qualquer circunst ância, a correção integral é um retrato mais fiel da situação das empresas. "A realidade da Cesp n ão é um prejuí zo zo de quase R$300 milhões, mas um lucro", observa. Outros analistas, como Marcelo Audi, do Banco Patrimônio, consideram que, por isso mesmo haverá uma tendência de o mercado "dar desconto" para as ações de companhias que não divulguem seus balanços pelo método da moeda constante. Elas podem alegar razões econômicas para calcular apenas as demonstra ç õ es pela legisla ç ã o societária.15 Sob o tí tulo tulo "Demonstra ções financeiras recebidas pela Bovespa", no site www.bovespa.com.br, encontra-se a lista das empresas que entregaram suas demonstra ções financeiras obedecendo à lei 6404/76 16
Deflator Você necessita de um deflator que torne possí vel vel expressar os valores das a ções em termos de moeda constante. Usando um deflator, voc ê pode comparar os pre ços de uma ação ao longo do tempo, pois os valores est ão expressos em uma "moeda forte" com poder aquisitivo razoavelmente constante. O deflator que uso - e veremos adiante como isso é feito - é a MF$ (moeda forte) derivada do IGP-M — Í ndice ndice Geral de Preços- Mercado.
EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL www.bovespa.com.brþCIAS LISTADAS þDEMONSTRA ÇÃO
DA EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL HIDA, Hiltom, Distorções de balanço aumentam. Gazeta Mercantil 30.8.96, p.C-4 15
16
Também conhecida como Lei das SA
M ANUEL MEIRELES '
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
GM: FINAN ÇAS E MERCADOS þ BOLSAS NACIONAIS þ Demonstrativo da Evolução do Capital Social das Empresas (Alterações da Semana)17 Esta página é de vital importância para você obter informações sobre os proventos das ações das empresas que você acompanha. O demonstrativo da evolu ção do capital social social informa ao acionista como se distribui o capital social e quais os direitos que têm sido distribu í dos dos aos acionistas. A maioria das vezes o investidor atento sabe, atrav és dos Editais ou de outras fontes, quais os valores dos direitos referentes a Dividendos, Bonifica ções e Subscrições. Mas este quadro faz um resumo completo. O demonstrativo é apresentado em forma de um quadro sinóptico com as seguintes colunas: 3 Empresa / C ó ódigo digo - Data — indica o nome da empresa e o código da empresa, Por exemplo: FOSFÉRTIL FFTL Uma data após o código da empresa indica a partir de quando as a ções passaram a ser cotadas por unidade. Exemplo: SUL TEP TE PA SULT SULT 01/09/94 01/09/9 4 A partir desta data as a ções da Sultepa passaram a ser cotadas por unidade, e todas as informa ções referentes a proventos (dividendos, subscri ções, bonificações) estão com seus valores expressos por unidade. 3 Capital Social R$ - Quantidade de a çõ es/mil — Indiçõ es/mil ca o capital social da empresa e a quantidade de ações correspondentes. Este valor est á dividido por mil, pelo que o n úmero total de a ções deve ser multiplicado por mil. Por exemplo, no caso da SUL AMER NAC, cujo c ódigo é SASG: 246.837.639 Na Gazeta Mercantil este box sai apenas nas edições de segunda -feira 17
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
3
3
3
3
3
n
n
'!
1.250.847 Significa isto que a empresa tem um Capital Social de R$246.837.639,00 dividido por 1.250.847.000 ações. Forma — indica o modo como as a ções foram emitidas: ES significa ações escriturais; NO significa ações nominativas. BON - SUB - DIV — indica a ocorrência de proventos correspondentes a bonifica ções, subscrições e dividendos. Aprovado em — indica a data da Assembléia Geral na qual o provento foi aprovado. Por exemplo, no caso da SUL SU LTEPA temos: BON 09/12/94 SUB 03/07/95 DIV 30/04/99 O relatório apresenta sempre o último evento. O conteúdo não significa que a SUTELPA apenas concedeu uma bonificação, uma subscri ção e uma distribuição de dividendos, mas sim, que, a última vez que ocorreram tais eventos foram nessas datas. Neg ó cios com at é ó cios com é — indica a data do preg ão no qual foram realizadas negociações com proventos. No pregão seguinte ao da data anunciada as a ções foram negociadas ex-proventos. Percentagens e pre ç o ços s — esta coluna é única para BON e tripla para SUB e DIV. DIV. Convém ler os valores e as observações contidas na coluna seguinte. Consideremos caso a caso: BON — Percentagem : indica a percentagem da bonificação. Por exemplo, um valor de 4900 indicaria que o acionista receberia 4900 a ções por lote de 100 ações das quais fosse titular, titul ar, passando a ter, portanto, 5000 a ções. SUB — Percentagem / Percentagem / Pre Pre ç o / Negociac. ço emiss ã ã o / Direitos: indica, no caso de subscri ção qual a per-
M ANUEL MEIRELES
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
'"
n
centagem que o acionista poderia poderi a subscrever, qual o preço que ele deveria pagar pela a ção subscrita (ou lote de mil a ções, conforme o caso) e o per í odo odo de negocia çã o dos direitos de subscri çã o na Bovespa18 . Quando a companhia aumenta seu capital social, permite que seus acionistas subscrevam ações, isto é, comprem a ções a um determinado preço — preço de emissão. Obviamente este pre ço de emissão tende a ser inferior ao valor de mercado, já que não faria sentido um acionista comprar uma ação a $10 da empresa se pudesse compr á-la a $8 na Bolsa. Ocorre justamente o oposto: o acionista pode comprar a $8 quando a a ção está a $10 no mercado, o que constitui uma boa vantagem. Se o acionista não quiser subscrever as a ções, poderá vender este direito a terceiros, negociando-os na Bolsa no prazo indicado. Por exemplo, no caso da SUTELPA: SUB 0,09523809 1.000,00 6/7/95 6/7/95 a 28/7/95 Significa isto que o acionista que possu í sse sse um milhão de ações poderia comprar 952,38 a ções ao preço de $1000 cada uma delas. DIV — Valor p/ ord. ord . / Valor Valor p/ pref pre f / relativo a: indica o valor dos dividendos relativos às ações ordinárias, o valor relativo às ações preferenciais e a descri ção do exercí cio cio aos quais os dividendos se referem. Por exemplo, no caso da USIMINAS temos: DIV
0,177436
0,1951796
INTERM/99
Isto significa uma distribui ção de um dividendo de $0,177436 para a a ção ordinária, um dividendo de $0,1951796 para a a ção preferencial, referentes ao Balanço intermediário levantado em 1999. Em ob- serva çõ es pode-se verificar que o in í çõ es ício cio do paga- mento ocorreu em 20/09/99. Veremos que os dados constantes do Demonstrativo da Evolução do Capital Social das Empresas s ão muito importantes Se o acionista não quiser fazer uso do direito de subscrever ações ele pode vender esse direito na Bolsa.
18
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
' #
para o estabelecimento correto do INDA Ç — o í ndice ndice da ação, que será visto no capí tulo tulo seguinte.
COTA ÇÕ E S þINFORMAÇÕ ES DO MERCADO ÞCOTA-ÇÕESþ HORÁRIO REGULAR GM: FINAN ÇAS & MERCADOS þ BOLSAS DE VALORES www.bovespa.com.br
Na Bolsa de Valores de S ão Paulo, são feitos inúmeros tipos de negócios. E esses neg ócios são agrupados por alguma das suas caracter í sticas. sticas. As opera ções que envolvem o maior volume de dinheiro são aquelas que representam negocia ção de ações em Lotes Padrão e Opções de Compra. Compra. Estes tipos de negócios representam, na maioria das vezes 98%, do volume de tudo o que foi negociado. Mas h á outros tipos de neg ócios, como por exemplo: a) concordatárias - referentes a empresas que pediram concordata (acordo com os credores). H á um quadro que mostra os negócios feitos com empresas nesta situa ção b) Direitos e Recibos: direitos de subscri ção ou recibos representando ações. c) Fracionário: negociações fora do lote padr ão.
Mercado à Vista Vamo-nos apenas ocupar o cupar do mercado à vista -portanto, do mercado em que a liquidação se faz praticamente no dia seguinte. Na verdade, aquele que compra as a ções deve liquidar 19 o negócio no terceiro dia útil não feriado bancário após a ordem de compra. Por exemplo, se o investidor realizou a ordem na segunda feira(D+0), deve pagar na quinta-feira (D+3). Com o que vendeu acontece o mesmo: vende na Segunda, Segund a, mas s ó recebe na quinta. As informa ções do quadro Mercado à Vista são muito importantes para o investidor. N ão as informa ções referentes a O valor total é correspondente ao valor das ações, mais a taxa de corretagem, mais as taxas da Bolsa.
19
M ANUEL MEIRELES ' $
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
um único pregão, mas as informa ções referentes a v ários pregões. Desta forma, o investidor consegue definir defini r a "tend ência" da ação. Por herança dos sucessivos Planos Econ ômicos a Bolsa de Valores Valores herdou diversos problemas. prob lemas. Entre eles, destaca-se o fato de certas a ções serem negociadas unitariamente e outras em lotes de 1000. O Boletim da Bolsa separa as listagens. Por convenção, um asterisco (*) ap ós o tipo da ação significa que o preço indicado se refere a um lote de 1000 20 ações. Por exemplo: ON* significa um lote de mil a ções ordinárias nominativas. Na p ágina Cota çõ es — Mercado à Vista , a Bovespa disponibiliza disponibili za um conjunto de listagens, a saber: n Lote padrão: cotação por lote de mil; n Lote padrão: cotação unitária; n Concordatárias: cota ção por lote de mil; n Direitos e recibos: cota ção por lote de mil; n Direitos e recibos: cota ção unitária; n Bônus (Privados): cota ção por lote de mil; n Leilão: cotação unitária; n Outros: cota ção por lote de mil; n Lote fracion ário: cotação por lote de mil; n Lote fracion ário: cotação unitária. Interessa-nos, sobremaneira, sobremaneir a, as cota ções dos Lotes Padrão. Tanto para pa ra as cota cot ações por lote de mil quanto para cota ções unitárias, as listagens apresentam-se em 12 colunas: 1. Cód. : informa o c ódigo da ação na Bolsa de Valores de São Paulo21 . O código da ação é composto por quatro letras seguido de um n úmero que indica o tipo de a ção. O número 3 ON, o n úmero 4 indica PN, PN, os números 5 ou 6 indicam indica ON, ações do tipo PN de s éries distintas; PNA ou PNB, por exemplo. Ao dar uma ordem de compra ou de venda venda o investidor deve fazer uso do nome e c ódigo da ação - para evitar confus ões. Na Gazeta Não confundir isto com Lote Padrão. O lote padrão de uma ação unit ária pode ser 1, 10, 100 ou 1000 ações. 20
Que pode ser diferente do código da mesma açã o em outra Bolsa. 21
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
' %
Mercantil, antes do c ódigo da ação pode aparecer um s í mbolo, mbolo, cujo significado é o seguinte: & indica ações negociadas no META — programa de incentivo à liquidez; • indica preço por ação unitária; * indica cota ção ou preço de exercí cio cio por lote de mil; $ indica opções referenciadas em dólar; @ indica ação componente do Í ndice ndice Bovespa. Eis alguns c ódigos de ações: ACES3 Acesita ON* ACES4 Acesita PN ARCZ6 Aracruz PNB CRUZ3 Souza Cruz ON 2.Emp/Ação: indica o nome da empresa emitente da a ção e o tipo da ação, que geralmente é ON (Ordinária Nominativa) ou PN (Preferencial Nominativa). Nominativa ). Se a indica ção do tipo da ação vier acompanhada de um asterisco, por exemplo, PN*, voc ê já sabe que indica que a cota ção refere-se a um lote de mil a ções. A descrição do tipo de ação pode vir acompanhada de outras informações, como por exemplo: • PN*INT — indicando ação que faz juz a dividendo integral, para a distinguir de outra que faz juz a dividendo parcial. 22 . Às vezes em vez de INT vem a express ão I99, por exemplo, para significar que a a ção faz juz a todos os benef í cios cios referentes ao exercí cio cio de 1999. As a ções não integrais - pr ó-rata - fazem juz apenas a uma parte dos resultados. Neste caso, s ão destacadas com a letra R; • PNA ou PNB: a ções de séries distintas (s érie A ou série B); • ON ED — ação ordinária nominativa ex-dividendo: não faz juz ao dividendo; Isto ocorre porque muitas vezes novas ações são subscritas com parte de um exercí cio cio social já transcorrido. Uma ação que foi lançada em junho não pode ter direito, obviamente, ao mesmo dividendo de uma ação que já existia em janeiro. Esta última faz juz ao dividendo integral. 22
M ANUEL MEIRELES ' &
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
• PN EJ — ação preferencial nominativa ex-juros; • ON ES — ação ordinária nominativa ex-subscri ção: o comprador não tem direito a subscrever a ções; • PN EB — ação preferencial nominativa ex-bonifica ção. 3. Abt.: Abt.: indica o pre ço de abertura, ou seja, o valor do primeiro negócio feito no preg ão com a a ção. Enquanto não ocorre o primeiro negócio, diz-se que a a ção não abriu. Para ocorrer o primeiro negócio, é necess ário que um vendedor encontre um comprador e que ambos acertem pre ço e quantidade. No site da Bovespa, as cota ções apresentadas s ão apenas das a ções negociadas. Na Gazeta Mercantil, voc ê encontra a listagem integral, podendo ver as ofertas de compra e venda de a ções que não chegaram a ser negociadas. Por exemplo, a ação CEPE5 (Celpe PNA*), num dos preg ões em que n ão ocorreu negocia ção, havia um comprador disposta a pagar $5,00 $5 ,00 por um lote de mil a ções, mas o vendedor s ó vendia por $5,47. Não foi realizado negócio: a ação n ã ão abriu. nimo, o preço mais baixo que a 4. Min.: Min.: indica o preço mí nimo, ação atingiu no pregão. O preço de uma ação, isoladamente, não dá qualquer atributo de qualidade à ação. Por exemplo, no último pregão de 1999, um lote de mil a ções BCAL6 (Bic Caloi PNB*), foi adquirido ao m í nimo nimo de $0,16; no mesmo preg ão mil ações da BDLL4 (Bardella PN), foram negociadas ao pre ço mí nimo nimo de $67.000,0023. Isto n ão significa dizer que a a ção mais cara é melhor do que a mais barata: significa dizer que o Capital Capita l Social de cada uma das empresas est á dividido de forma diferente. Uma empresa com um capital social de $100 milh ões pode ter 100 milhões de ações — cada uma com o valor de $1,00; outra empresa com o mesmo mesmo capital social social pode emitir apenas um milh ão de ações — cada uma com o valor de $1000. A qualidade da a çã o se verifica pelos resultados da empresa. çã o se 5. Méd.: representa o pre ço médio de todas as a ções negociadas no pregão. É um preço ponderado. Por exemplo, se 1000 ações foram negociadas a $10 cada uma e 2000 a ções a 23
Cada ação unitária foi negociada a $67,00.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
' '
$11, $11, significa que 3000 30 00 ações foram negociadas por um total de $32000, o que dá um preço médio de $10,67 6. Máx.: indica o pre ço máximo que a a ção atingiu. 7. Fech.: Fech.: indica o pre ço da ação no último negócio realizado. É considerado o preço mais importante da a ção no pregão. Geralmente, ao nos referirmos a uma a ção num determinado dia, costumamos dizer, por exemplo, que ela "fechou a $3,80". 8.Oscil. 8.Oscil. (%): (%): Indica a varia ção da ação considerando os preços de fechamento do dia e os do preg ão imediatamente anterior. É calculado dividindo o preço de fechamento do atual preg ão pelo preço de fechamento do último pregão na qual ela foi negociada. Se a última negociação foi há mais de 15 dias a oscilação não é apontada; também não é apontada se a a ção distribuiu "benefí cios": cios": dividendos ou subscri ção. Também não é apontada se a variação tiver sido nula. Neste caso, dizemos que a a ção permaneceu "estável", o que é indicado, na coluna varia ção, pelo sí mbolo mbolo (=). N ão é muito significativo o valor referente a uma oscilação diária, porquanto a a ção pode simplesmente estar se recuperando de uma queda maior ocorrida no preg ão anterior. A oscilação de um dia é pouco representativa da tendência da ação. 9. Oferta Compra: Compra: indica o mais alto valor que alguém estava ofertando para comprar a a ção quando o pregão encerrou. 10. Oferta Venda: enda: indica o menor valor que alguém estava ofertando para vender a a ção, quando o pregão encerrou. 11. Negs.Realiz. Negs.Re aliz.:: indica a quantidade de negócios realizados. Não indica o número de investidores que participaram do negócio. Uma corretora para comprar a ções para um único investidor pode ter feito 2, 3 ou mais neg ne g ócios. Isso é comum quando as ordens s ão grandes. Se voc ê der uma ordem de compra de 10.000 ações, é provável que a Corretora a execute em partes: compra 1000 a um preço, mais 5000 a outro e ainda mais 4000 a outro preço.
M ANUEL MEIRELES
SAIBA LER OS RELAT RELATÓRIOS DA BOLSA
12.Quantidade de t í tulos: tulos: indica a quantidade de a ções que foram negociadas no preg ão. A quantidade de t í tulos tulos negociada, multiplicada pelo preço médio, dá o volume negociado com a a çã o. çã o. Esta listagem é a mais importante para pa ra o investidor, pois é dela que ele extrai as informa ções que o orientarão nas suas decisões de comprar ou vender. Observe que praticamente todas toda s as a ções do Í ndice ndice Bovespa são altamente negociadas; t êm o que se chama de "liquidez". Muitas a ções não são negociadas: aparecem apenas ofertas para comprar ou vender - sem que o negócio se concretize. Por exemplo, no último pregão de 1999, a ação PRGA4 (Perdigão PN*) foi listada desta forma: Código
Empresa
Ação
Abert.
Min.
Máx.
PRGA4
PERDIGAO S/A
PN *EJ
3,29
3,21
3,29
Méd.
Fech.
Osc.
3,27
3,29
3,13
Ofertas Compra 3,30
Ofertas Venda 3,40
Negs. Realiz. 15
Qtde. Tí tulos tulos 100.000.000
A ação é negociada em lotes de mil a ções, o que é indicado pelo asterisco (*) ap ós o tipo de a ção (Preferencial Nominativa). Recentemente distribuiu distribui u juros e está sendo negociada ex-juros. Abriu a $3,29, atingindo um m í nimo nimo de 3,21. O seu pre ço máximo foi de $3,29, que foi tamb ém o preço de fechamento. Seu pre ço médio foi de $3,27. Em rela ção ao fechamento anterior a a ção teve um incremento de 3,13%. Apesar do fechamento a $3,29, havia comprador a $3,30, mas os vendedores queriam queri am $3,40. Foram feitos 15 neg ócios movimentando um total de 100 milh ões de tí tulos. tulos. Cabe destacar que as ofertas, tanto de compra quanto de venda, são sempre as melhores que existem no momento: é a de preço de venda mais baixo e a de pre ço de compra mais alto. Supondo que existia, para essa a ção, três investidores, pretendendo compra a $3,25, $3,28 e $3,30 e dois investidores in vestidores pretendendo vender a $3,40 e $3,50, no quadro qua dro surge apenas $3,30 e $3,40.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA
Concordat árias As empresas que entraram em concordata continuam sendo negociadas na Bolsa, mas é feita uma listagem listage m particular. As concordatárias - embora pela possibilidade de fal ência representem um alto risco - costumam ser um excelente neg ócio a longo prazo. O que é que se faz com um centavo hoje em dia? Pois bem: esse foi o pre ço média de mil a ções das Lojas Hering PN* no último pregão de 1999. Mil ações da Tectoy Tectoy foram negociadas neg ociadas nessa mesma data a cinco centavos.
Outras Negociações Há outras negociações das quais não vou vou me ocupar aqui, e que envolvem: • Direitos e recibos; • Fundos e certificados; • Bônus privados; • Mercado a termo (30, 60, 90, 150 e 180 dias); Também não nos ocuparemos do mercado de op ções, nem do mercado fracion ário.
CONCLUSÃO Você viu, neste cap í tulo tulo a informação que é relevante para um investidor, especialmente onde ela se encontra dispon í vel vel e o que ela significa. A informa ção que você deve buscar depende fundamentalmente fundamentalmente do método que adotar para selecionar e acompanhar ações. Os diversos m étodos serão vistos adiante.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
!
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
PARTE 4
A arte de operar na Bols@ pela Internet
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
#
O INDAÇ de uma ação Quando se olha as cotações de uma ação ao longo do tempo, pelos jornais, não se pode falar nada sobre o desempenho dessa ação. Os preços nos preg ões retratam as negociacios ções da ação na Bolsa - mas n ão informam sobre os benef í cios que os investidores receberam. Considere-se o exemplo da Magnesita PNA: a figura 4.1 mostra os pre ços: mí nimo, nimo, máximo e de fechamento, fechamento, num deterdeterminado perí odo. odo. Nessa figura o pre ço de fechamento da Magnesita passou, dia 2/5 de $2,05 para $2,00. Pode-se afirmar afirmar que, neste caso, o valor da a ção caiu? Para se dar uma resposta segura a esta pergunta é necessário construir o INDA Ç — Í ndice ndice da Ação. Este í ndice ndice nada mais é do que o valor de um certo n úmero de ações, no caso, Magnesita PNA - como se fosse a carteira de um investidor - que sofre os efeitos dos pre ços do mercado e dos benef í cios cios que o investidor recebe - e se expressa em moeda forte (MF$) 1 . Por isso, para se construir o Í ndice ndice da Ação, é preciso saber: o valor diário do deflator e todos os benef í cios cios distribuí dos dos aos investidores no perí odo: odo: bonificações, subscri ções, dividendos. Com tal ndice é possí vel vel discorrer sobre a evolu ção real da ação ao longo í ndice do tempo - por mais longo que este seja.
Dê o nome que desejar à sua moeda forte. O conceito, independente do nome, é que é uma moeda com poder aquisitivo constante, isto é: comprar sempre o mesmo conjunto de bens, independentemente dos efeitos da inflação. 1
M ANUEL MEIRELES $
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
Data 22/4 24/4 28/4 2/5 5/5 6/5 7/5 8/5 9/5 12/5 13/5 14/5
Magnesita PNA M in M áx 2,05 2,05 2,05 2,05 2,05 2,05 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,02 2,02 2,01 2,10 2,01 2,12 2,08 2,10 2,10 2,10 2,01 2,01
Fech 2,05 2,05 2,05 2,00 2,00 2,00 2,02 2,10 2,12 2,10 2,10 2,01
Figura 4.1
Fonte: Gazeta Mercantil. Dados compilados pelo Autor
A figura 4.2 amplia a anterior, anterior, mostrando o valor da moeda forte MF$ e o INDA Ç da Magnesita PNA. Observe a presen ça de uma coluna intitulada "Dir", de direitos. O INDA Ç é constru í do do basicamente da seguinte forma: Escolhe-se um lote de a ções (100, 500, 1000 ou um outro valor que seja conveniente), e multiplica-se esse lote de a ções pelo Preço de Fechamento, dividindo-se o resultado pelo valor da MF$. INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$ Se o Lote for igual a 1000: INDAÇ= (1000 * Fech) / MF$ Olhando a última coluna na figura 4.2, pode-se ver que a ação no dia 2/5 subiu o seu INDAÇ de $13,41 para $13,62: esta foi a verdadeira evolu ção da Magnesita PNA no perí odo odo considerado. A MF$, no per í odo odo considerado, passou de MF$152,82 para MF$154,04.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
%
O INDAÇ leva em conta, portanto, a infla ção, a evolução do preço de fechamento da ação e os direitos percebidos pelo investidor. Observe que em 2/5 a a ção passou a ser negociada exdividendos. Data 22/4 24/4 28/4 2/5 5/5 6/5 7/5 8/5 9/5 12/5 13/5 14/5
M in 2,05 2,05 2,05 2,00 2,00 2,00 2,02 2,01 2,01 2,08 2,10 2,01
Magnesita PNA Máx Fech 2,05 2,05 2,05 2,05 2,05 2,05 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,02 2,02 2,10 2,10 2,12 2,12 2,10 2,10 2,10 2,10 2,01 2,01
DIR
ed ed ed ed ed ed ed ed
M F$ 150,40 151,60 152,82 154,04 155,27 156,51 157,77 159,03 160,30 161,58 162,87 164,18
INDAÇ 13,63 13,52 13,41 13,62 13,51 13,40 13,43 13,85 13,87 13,63 13,52 12,84
Figura 4.2
O princí pio pio do INDAÇ é a constituição de um í ndice ndice teórico em que o investidor recebe benef í cios cios e os aplica na pr ópria ação. No caso de Dividendos, Bonifica ção ou Subscrição o investidor vê sua carteira alterada. Ele necessita, portanto, de fazer ajustes no INDAÇ. Abaixo mostro como isso ocorre. I)—no caso de Dividendos: Dividendos: Pode-se ver que em 2/5, a Magnesita PNA passou a ser negociada ex-dividendos. Consultando o quadro Evolu çã çã o do Ca- pital Social das Empresas, (www.bovespa.com.brþCIAS LISTADAS CAPITAL SOCIAL) o þDEMONSTRA ÇÃO DA EVOLUÇÃO DO CAPITAL investidor veria que ocorrera uma distribui ção de dividendos: $0,0977 por ação preferencial. Neste caso, deve-se calcular os dividendos recebidos pelo investidor que tem um determinado Lote de ações. No exemplo dado, partiu-se de um lote inicial inici al de 1000 ações Dividendos a receber = Lote * Ddistribu í do do D= 1000 * $0,0977 = $97,70
M ANUEL MEIRELES &
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
Que faz o investidor com esse dinheiro? O que faz o investidor com os $97,70? $97,70 ? Vai Vai ao mercado e compra mais a ções, isto é: ele reinveste os dividendos recebidos. Quantas ações esse investidor pode comprar? Basta dividir o valor recebido ($97,70) pelo Preço de Fechamento da ação2: sLote= D/Fech sLote= $97,70 / $2,00 = 48,85 a ções. O preço de Fechamento é o correspondente ao do primeiro dia ex-dividendo (ed). Observa-se assim, que o Lote original de 1000 a ções, em 2/ 5, passou para 1048,85 ações . A partir desta data, o INDA Ç é calculado considerando este lote: 1048,85 a ções3: INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$ INDAÇ= (1048,85 * Fech) / MF$ Pode-se ver a diferença que ocorre, na figura 4.2. No dia 28/ 4, a ação fechou em $2,05, com um INDA Ç de 13,41; no dia seguinte, 2/5, a a ção fechou ex-dividendo a $2,00 e o seu INDAÇ era de 13,62. O INDA Ç efetivamente aumentou porquanto ele incorporou os dividendos recebidos. E se os dividendos n ão forem recebidos na data ex-dividendos? E se eles forem recebidos posteriormente? Uma alternativa é trazer o valor a receber no futuro para o valor presente - usando uma taxa de desconto corrente no mercado. Equivaleria ao investidor fazer um empr éstimo para comprar a ções no primeiro dia, e de pagar tal empr éstimo no dia em que efetivamente recebesse recebess e o dividendo. Essa situa ção, conquanto teoricamente correta, n ão é muito prática. O mais pr óximo do real é o investidor receber os dividendos na data definida pela pel a empresa e nessa data ir a mercado para adquirir mais a ções. Neste caso, o Lote s ó se altera no dia do efetivo recebimento dos dividendos. O INDA Ç considera esta prática.
Embora o preço médio seja o mais representativo, por tradição, usa-se o preço mais significativo, que é o de Fechamento. 2
3
Como o lote é teórico, usamos sempre as casas decimais.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
'
II) no caso de Bonificação: Quando um acionista recebe uma bonifica ção ele recebe da empresa, sem quaisquer ônus, uma determinada quantidade de ações. Uma bonifica ção geralmente é expressa pela forma x % no tipo. Por exemplo, a Mangnesita em uma determidada época deu uma bonificação de 1,16279069% ON em ON em ON e ON e PNA em PNC . Significa que quem tinha 100 a ções ON recebeu mais 1,6279069 ações ON, e quem tinha 100 a ções PNA recebeu 1,16279069 ações, mas do tipo PNC. Os casos mais comuns s ão bonificação em ações do mesmo tipo. Só para ilustrar suponha-se que o investidor de Magnesita PNA recebeu uma bonifica ção de 5% em a ções do mesmo tipo no caso PNA, num determinado dia. Neste caso, seu lote de 1048,85 ações passará a conter mais 5% (0,05) de a ções: Lote ex-bonifica ção = Lotecorrente * (1+Bonificação) Lote ex-bonifica ção = 1048,85 * (1+ 0,05) Lote ex-bonifica ção = 1048,85 * (1,05)= 1101,293 1101,293 A partir da data do recebimento da bonifica ção o INDAÇ passaria a ser calculado pela f órmula: INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$ INDAÇ= (1101, (1101, 203 * Fech) / MF$ E se a bonificação não é no tipo? Teoricamente o investidor recebe n ações de outro tipo e, na mesma data, vende-as e compra ações do tipo que possui. III) no caso de Subscrição: Suponha que o investidor, que agora est á com 1101,203 ações PNA, tem direito a subscrever x% de a ções do mesmo tipo a um determinado determinado pre ço. Suponha, também, que a a ção esteja cotada no mercado a $2,15 e o investidor possa subscrever subsc rever 8% de a ções ao preço de subscri ção $2,02. O pressuposto deste ajuste é que o investidor deve vender n
M ANUEL MEIRELES
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
ações cheias 4 para arranjar dinheiro para subscrever 8% das ações que lhe restaram (Lote ( Lote - n ). ). O cálculo deste ajuste é o seguinte: [(L - n) . S] p s = pc .n onde : L= Lote de a ções que o investidor possui; n= quantidade de a ções que o investidor precisa vender para realizar a subscri ção; S= percentual da subscri ção; ps = preço de cada ação a subscrever; Pc= preço da ação cheia (com direito a subscri ção). No exemplo: [(L - n) . S] p s = pc . n [(1101,293 [(1101,293 - n) 0,08] 2,02 = 2,15 .n [(88,103 - 0,08n) ] 2,02 = 2,15.n [(177,969 - 0,1616n) ] = 2,15.n 177,969 - 0,1616n = 2,15.n 177,969 = 2,15.n + 0,1616n 177,969 = 2,3116 2,3116 n 177,969 / 2,3116 = n 76,990 = n Isto significa que o investidor deve vender 76,990 a ções a $2,15 5 , auferindo pela venda um total de (76,990 * 2,15=) $165,50. Desta forma o investidor ficou com: 1101,203 - 76,990 = 1024,213 a ções Destas ações ele pode subscrever 8%, ou seja: 1024,213 * 0,08 = 81,937 a ções A subscrição é feita ao preço de $2,02, pelo que o investidor deve pagar: 81,937 * 2,02 = R$165,50 4 5
Com direito a subscrição. Preço da ação cheia.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
Este dinheiro ele j á possui decorrente da venda de 76,990 ações. Desta forma o Lote do investidor foi diminu í do do de 76,990 ações e incrementado de 81,937 a ções. Lote após a subscri ção: 1101,203 - 76,99 + 81,937 = 1106,150 A partir da data ex-sub o INDA Ç passa a ser calculado da seguinte forma: INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$ INDAÇ= (1106,150 (1106,150 * Fech) / MF$ Observe que, embora voc ê possua um indicador denominado MF$ — moeda forte — comum a todas as suas a ções, o INDAÇ é peculiar a cada uma delas. Cada ação tem o seu INDA Ç.
Sua Moeda Forte MF$ A concepção mais simples e mais pr óxima de n ós, de moeda forte, é a do dólar norte-americano. Você poderia usar o valor comercial desta moeda como indicador direto: neste caso sua MF$ seria igual a US$. O problema é que esta moeda é intensamente especulativa — subindo e descendo — não tendo uma relação muito direta com a nossa infla ção. Você precisa construir este indicador indi cador.. A melhor forma para construir a sua moeda forte é considerar um í ndice ndice de pre ços. Há muitas instituições que calculam e divulgam í ndices ndices de preços, entre elas o IBGE, o DIEESE e a FGV. FGV. Considerando Considerand o um perí odo odo relativamente longo, os í ndices ndices são coerentes: a curto prazo podem apresentar discrep âncias, porquanto as metodologias de c álculo diferem. O DIEESE — Departamento Intersindical Intersindica l de Estudos e Estatí sticas sticas S ócio-Econ ômicas, calcula o ICV — Í ndice ndice de Custo de Vida, — na região metropolitana de S ão Paulo, a partir de duas amostras da popula ção: um dos í ndices ndices refere-se a fam í lias lias com renda entre um e cinco sal ários mí nimos nimos e o outro refere-se a famí lias lias com rende mensal entre um e trinta sal ários mí nimos. nimos. O IGP-DI (Í ndice ndice Geral de Pre ços — disponibilidade disponibilidade inter-
M ANUEL MEIRELES
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO
na), é calculado pela p ela FGV. É um í ndice ndice ponderado que leva em consideração três outros í ndices ndices6 . O IGP-DI é calculado entre os dias primeiro e 30 de cada m ês. O IGP-M é semelhante ao IGPDI, diferenciando-se no per í odo odo de coleta de informações: o IGPM vai do dia 21 do m ês anterior ao dia 20 do m ês de referência. Pela sua mais r ápida disponibilidade disponibilidade é muito utilizado no mercado financeiro. Aconselho-o a considerar o IGP-M, cujo valor voc ê encontra em muitos sites : o da sua corretora possivelmente o ter á. Ocorre contudo que você tem a necessidade de estabelecer uma projeção para o mês seguinte e tamb ém de calcular a evolu ção diária da sua MF$. É isso o que você vai ver como se faz, a seguir.
Projetando a inflação Para projetar a infla ção do mês seguinte, voc ê necessita ter uma planilha e fazer uso de um algoritmo 7 . A primeira planilha que você deve construir é a Planilha 1. Na figura 4.3 mostro o seu layout e, layout e, depois, o algoritmo (f órmulas). Voc ê pode facilmente reproduzir reproduzi r tal planilha no seu computador. Faça uso dos dados j á disponí veis, veis, insira as f órmulas como mostra o algoritmo e atualize-a mensalmente. Veja como é o algoritmo da Planilha 1:
O IGP-DI é composto por p or 0,6 do IPA (Í ndice ndice de Preços por Atacado), 0,3 do IPC(Í ndice ndice de Preços ao Consumidor) e 0,1 do INCC — Í ndice ndice Nacional da Construção Civil. 6
Por comodidade se considera o software Microsoft software Microsoft Excel, por ser um dos mais difundidos.
7
A arte de operar na Bols@ pela Internet
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA A ÇÃO B
C
D
2 3 Ano Ano/Mês IGP-M IGPMac 4 Alfa= 2/(n+1)=0,2 100,00 5 19 1998-Out 0,08 100,08 6 19 1998-Nov -0,32 99,76 7 19 1998-Dez 0,45 100,21 8 19 1999-Jan 0,84 101,05 9 19 1999-Fev 3,61 104,70 10 19 1999-Mar 2,83 107,66 11 19 1999-Abr 0,71 108,43 12 1999-Mai -0,29 108,11 13 1999-Jun 0,36 108,50 14 19 1 999-Jul 1,55 110,18 15 19 1 999-Ago 1,56 111,90 16 19 1999-Set 1,45 113,52 17 19 1999-Out 1,70 115,45 18 19 1 999-Nov 2,39 118,21 19 19 1 999-Dez 1,81 120,35 20 2000 2000-Ja -Jan n Figura 4.3
E
F G Cálculo da MF$ MF$ St-9 Tend
105,03 104,96 105,50 106,09 106,49 106,89 107,55 108,42
-0, 07 -0, 07 0, 06 0, 16 0, 21 0, 25 0, 33
108,24 109,92 112,12 114,17 116,29 119,21 121,67
H
I
Minha estimativa de inflação (variação da MF$)
1,55 2,00 1,82 1,86 2,50 2,07
! J
Pregões
Variação diária da MF$ no mês
22 21 20 20 22 21
0,07 0,10 0,09 0,09 0,11 0,10
s coloque o ano e o m ês. A colu• Na coluna B, em Ano/M ê ê s coloque na B é uma coluna de texto. • Na coluna C introduza o valor do IGP-M correspondente ao mesmo. Use o formato comum. Se a infla ção for de 3,5% digite 3,5. IGPMac (í ndice ndice IGPM acumula• Na coluna D, sob o nome IGPMac ( do), você tem um acumulado geral. Neste caso, a base 100 é considerada em primeiro de outubro outub ro de 1998. Em D4, coloque o valor base (=100) e em D5, a f órmula: =D4*(1+(C5/100)). =D4*(1+(C5/1 00)). A partir daí repita-a. • Na coluna E, St-9 , você tem o valor da m édia móvel ponderada com alisamento exponencial. O alisamento exponencial é um método comum de an álise de séries temporais, e é um caso especí fico fico de média móvel que faz uso de um fator de alisamento que representa a sensibilidade da m édia. O fator de alisamento exponencial é dado por α = 2 / (n+1) onde n representa o comprimento da média. Aqui se usa n igual a 9 meses, pelo que o fator α = 0,2. A m édia móvel ponderada faz refer ência à média móvel ponderada anterior. Como você não tem este valor em E12, calcule a média simples, usando a f órmula = MÉDIA(D7:D12). Em E13, insira a f órmula da m édia móvel ponderada e repita-a: =0,2*D9+0,8*E12. col una F, F, voc ê encontra a tendência (Tend) (Tend) da inflação. • Na coluna Em F13, coloque a f órmula inicial = E13-E12; em F14, a f órmula ponderada: = (0,2*(E13-E12))+(0,8*F13). Repare que o valor 0,8 corresponde a 1-a. Repita esta f órmula, depois.
M ANUEL MEIRELES "
APRENDA A CONSTRUIR O INDA Ç DE UMA AÇÃO
• Na coluna G, você obtém o valor da sua moeda forte MF$: corresponde ao IGP-M incorporando a tend ência. Em G14, insira a fórmula: = D13+4*F13. O valor 4 corresponde ao resultado de (1-α )/ α , onde þ=0,2. Observe na figura 4.3 que a sua MF$ em dezembro de 1999 val valia ia 119,21 119,21 contra uma infla ção acumulada de 120,35 pelo IGP-M. Quanto mais pr óximos estiverem estes valores melhor: significa que sua MF$ evolui de acordo com o IGP-M. • Na coluna H, voc ê obtém a estimativa da infla ção para o mês subsequente. Insira em H5 a f órmula: = 100*((G15/G14)-1). Observe que você, por volta do dia 25 de cada m ês, já tem disponibilizado disponibilizado o IGP-M desse mês. Introduzindo esse valor na coluna C, voc ê encontra o valor da MF$ para o m ês seguinte. Desta forma, voc ê estima a inflação que irá ocorrer: é o valor que surge na coluna H. e • Na coluna I, Preg õ ões s , introduza a quantidade de dias úteis no mês, isto é, a quantidade de pregões que a Bolsa ter á. • Na coluna J, voc ê obtém o incremento di ário que a sua MF$ deve ter. Em J15, insira a f órmula:=H15/I15. Este incremento será usado para o c álculo do INDA Ç de cada uma das ações que você controlar. Você viu, neste capí tulo, tulo, como pode construir o seu pr óprio indicador; viu tamb ém que é capaz de projetar a infla ção para o mês seguinte. T ão bem como qualquer economista.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
%
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 5
A arte de operar na Bols@ pela Internet
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
'
Preparando-se para operar As Bolsas de Valores representam um mercado secundário - um mercado no qual os investidores negociam a compra ou a venda de ações com outros investidores. Mas, a negocia ção entre dois investidores n ão é feita diretamente. É necessário que ambos usem uma Corretora de T í tulos tulos e Valores Mobili ários (CTVM) que tenha assento na Bolsa onde o investidor quer operar. Portanto, um investidor que queira operar na Bovespa, Bovesp a, deve cadastrar-se previamente numa Corretora que atue na Bovespa, isto é, que seja uma Sociedade Membro 1 ou Permission ária da Bovespa. Para o investidor — como é o seu caso — operar via Internet precisa estar cadastrado numa corretora Home Broker reconhecida pela Bovespa, isto é, precisa estar devidamente inscrito numa corretora que esteja interligada ao sistema Home Broker da Bovespa. O sistema Home Broker 2 é semelhamte ao sistema Home Banking, por meio do qual os bancos oferecem diversos servi ços aos seus clientes. Os sistemas Home Brokers, das corretoras, são interligados aos sistemas sistema s da Bovespa, e permite que o investidor faça o papel de corretor, isto é, envie, automaticamente, através da Internet, ordens de compra e de venda de a ções. Para operar com a ções via Internet é necessário que você seja cliente de uma corretora Home Ho me Broker, isto é: uma corretora que possua tal sistema. H á inúmeras Sociedades Corretoras que j á possuem esse servi ço. Por ordem alfab ética3:
• Agora CTVM: www.agoractvm.com.br 1
Sociedades Corretora filiada à Bolsa de Valores.
2
A palavra inglesa broker [broukâr] significa corretor
3
Sociedades Corretoras Home Brokers no iní cio cio de 2000
M ANUEL MEIRELES
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
• Bancocidade CVMC: www.bancocidade.com.br • Bandeirantes CCVM: www.bandeirantes2000.com.br • Bozano Simonson CCVM: www.investshop.com.br • Coinvalores CCVM: www.coinvalores.com.br • Comercial CVC: www.comercialcvc.com.br • Hedging-Griffo CV: www.griffo.com.br • Indusval: www.indusvaltrade.com.br • Novação CCVM: www.navacao.com.br • Safra CVM: www.safra.com.br SLW CVC: CVC : www.netacoes.com.br • SLW • Socopa SC Paulista: www.socopa.com.br B arros CT: www.souzabarros.com.br • Souza Barros • Planibanc CV: www.planibanc.com.br tulo CV: www.titulo.com.br • Tí tulo O caminho mais curto para descobrir todas as sociedades corretoras Home Brokers existentes é na página Home Broker do site da Bovespa: www.bovespa.com.brþHOME BROKER. Nem todas as Sociedades Corretoras s ão iguais nos serviços que prestam aos clientes e nas facilidades que oferecem. São como os Bancos, que selecionam seus clientes pelas exigências que imp õem. Por isso, aconselho-o a dar uma boa pesquisada em todas elas. H á corretoras que limitam aos seus clientes um montante para uma ordem de compra ou de venda; outras não estabelecem tais limites. Isto faz parte da pol í tica tica interna da corretora. Pesquise cada uma das corretoras e decidase por uma delas. Pense na comodidade que é de você poder operar com uma corretora ligada a um Banco do qual voc ê seja correntista: isso pode facilitar facilita r o trâmite dos pagamentos e recebimentos. A NetTrade é um produto da Bancocidade CVMC que apenas faz corretagem via Internet. Por exemplo, esta corretora disponibiliza disponibili za um impresso por meio do qual o investidor pode fazer o seu cadastro. Eis, a t í tulo tulo de exemplo, as recomenda ções
A arte de operar na Bols@ pela Internet
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
que a Bancocidade (NetTrade) d á ao investidor para este se cadastrar 4: 1.
Preencha os campos da ficha cadastral;
2.
Não esqueça de preencher um endereço de e-mail. Este será nosso principal canal de comunicação e será utilizado para o recebimento de confirmações, notí cias cias e posiçõ es 5;
3.
Tenha à mão o nome, agência e número da conta corrente de um banco do qual você seja correntista. Para sua proteção, este será o endereço para o qual você fará suas movimentações. Você pode cadastrar até três bancos diferentes;
4.
Escolha um nome de usuário e senha;
5.
Leia com atenção o contrato no final do documento;
6.
Se você tiver impressora, imprima a ficha cadastral em sua casa. Se você preferir nós lhe enviaremos a ficha cadastral pelo correio;
7.
Assine e reconheça firma na ficha cadastral; anexe uma cópia autenticada dos documentos listados abaixo e envie tudo isso para a NetTrade Banco Cidade CVMC. (os documentos para pessoa fí sica sica são: RG, CPF e comprovante de residência: conta de água, luz, telefone);
8.
Envi Envie e os os rec recu ursos rsos para ara abr abriir uma uma cont conta a. Se Se qui quiser ser fa faça um DOC para a conta corrente da NetTrade.
Uma diferença significativa entre as corretoras ocorre no item recursos para abrir uma conta : algumas corretoras exigem valores que podem ser considerados altos; al tos; outros n ão colocam quaisquer limites. Ao se cadastrar numa Corretora, al ém de assinar alguns contratos e declara ções, o investidor recebe algumas informações que deve ter sempre presente ao emitir ordens de compra e 4
modo é praticamente o mesmo para todas as Home Brokers.
O termo posi çõ es significa um balanço da sua carteira: quantidade çõ es significa de ações, tipo e valor; o termo status refere-se à situação das ordens de compra e venda dadas. 5
M ANUEL MEIRELES
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
venda. Geralmente a Corretora d á informa ções sobre Impostos que incidem nas operações e a Tabel Tabela a de Corretagem . Uma tí pica pica corretora Home H ome Broker, al ém de oferecer serviços práticos e rapidez nas negocia ções, ainda oferece vantagens permitindo que o investidor: • consulte a posi ção da sua carteira e as a ções que tem custodiadas; • acompanhe sua carteira de ações; • acesse cotações de todas as a ções negociadas; • obtenha algumas an álises do mercado; e muito mais. Para mandar comprar ou vender voc ê precisa cadastrar-se numa corretora, isto é, deve preencher uma ficha que ser á sujeita à apreciação da diretoria da Corretora, pois esta é responsável perante a Bolsa por eventuais preju í zos zos que você venha a causar decorrentes de inadimplência ou algo semelhante 6. Há corretoras que estipulam o m í nimo nimo que você deve aplicar, ou o m í nimo nimo da sua carteira; outras n ão. Mas lembre-se: quanto menor for o valor das suas ordens mais voc ê paga de corretagem proporcionalproporcionalmente. Veja uma t í pica pica tabela de corretagem para compra e venda de ações em vigor em dezembro de 1999 7: Valor da operação
Corretagem
Até $135,07
$2,70
De $135,07 a $498,62
2,0%
De 498,63 a $1514,69
1,5% + $2,49
De 1514,50 a $3029,38
1,0% + $10,06
Acima de $3029,38
0,5% + $25,21
Emolumentos: 0,035% Taxa ANA (Bovespa) ou AMA (BVRJ): $0,45
Portanto, o primeiro passo é cadastrar-se numa Sociedade Corretora que permita operações por meio da Internet — as chamaEm se tratando de compra e venda de ações o risco é praticamente nulo para a Corretora e para a Bolsa, mas isso já é bem diferente no caso de Opções. Nesta obra não abordo Opções que merecem um tratamento especial dada a sua complexidade. 6
7
Compra e venda venda de ações on-line da BB DTVM — Banco do Brasil.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
!
das corretoras Home Brokers. Embora o n úmero de corretoras com essa caracter í stica stica esteja aumentando, a lista n ão é muito grande, como viu. Uma vez cadastrado numa corretora, atrav és dessa, voc ê passa a dar ordens de ordens de compra ou venda de a ções. Para fazer isso, voc ê se servirá da página de operações fornecida pela corretora — um documento e-mail que deve ser preenchido e enviado. Para indicar a a ção a comprar voc ê deve digitar o c ódigo dela. As ordens podem ser colocadas colocada s no sistema a qualquer hora do dia — entretanto elas apenas são efetuadas durante o funcionamento do pregão. A Bolsa de Valores lhe enviar á o ANA- Aviso de Negocia- es , apontando as opera ções feitas em seu nome na çã o de Açõ es Bolsa, num determinado dia. É um documento comprobat ório da operação. A corretora lhe enviar á a Nota de Corretagem, informando o total que você deve pagar (no caso de compra de a ções) ou a receber — no caso de venda de a ções. Nesse total s ão incluí dos: dos: o valor das a ções, a taxa de corretagem - que depende do montante do negócio - o custo do aviso ANA e Emolumentos. Emolu mentos. Recebida a Nota de Corretagem resta ao investidor efetuar o pagamento. Através de um DOC ou uma Ordem Banc ária o pagamento pode ser efetuado. O dinheiro é enviado para a conta bancária da corretora. corretora. No caso caso de venda venda de ações a corretora deposita o valor na conta co nta corrente do investidor. Observe, assim, que o investidor opera na Bolsa, por meio da sua Corretora: ele n ão tem contato com a outra parte, parte , com o outro investidor. Tanto o pagamento quanto o recebimento são em D+3, isto é, no terceiro dia subsequente à operação. A liquidação de uma operação é fí sica sica e financeira: f í sica sica no que tange ao t í tulos tulos (papéis) envolvidos; financeira no que diz respeito aos valores. No mercado à vista vigora o seguinte calend ário de liquidação:
• D+0: dia da operação; • D+1: as corretoras especificam as opera ções que executaram na Bolsa; tulos para liquidação fí sica sica • D+2: entrega e bloqueio dos t í tulos da operação, caso eles n ão estejam na cust ódia da CBLC — Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia;
M ANUEL MEIRELES "
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA sica e financeira da opera ção. • D+3: liquidação fí sica
Você deve estar bem ciente que uma corretora é apenas uma entidade que o representa perante pera nte a Bolsa de Valores, Valores, nas ordens de compra ou de venda. Uma corretora n ão é uma consul- tora de investimentos . Embora ela possa pretender agradar ao cliente, fornecendo certas informa ções, deve-se ter em conta que este é um serviço subsidiário. As operações de compra compra e venda - pelo investidor investidor t écnico são ditadas por indicadores especiais. Você deve fazer o mesmo caso pretenda ter sucesso na Bolsa. Informa ções de terceiros bem ou mal intencionados - n ão costumam produzir bons efeitos. Por isso, escolha um m étodo que seja razoavelmente eficiente esteja mais certo do que errado 8 - e siga esse m étodo. Cabe, portanto, a voc ê, dar ordens de compra e venda ao seu corretor, sem ocup á-lo com outras quest ões.
Como o investidor dá uma ordem Um investidor técnico segue um determinado m étodo seja um dos que indico, seja um outro qualquer. qua lquer. O método deve acompanhar algumas a çõ es 9 , pois não tem sentido - salvo se o çõ es montante do investimento for imenso - acompanhar todas as a ções listadas na Bolsa ou que fazem fa zem parte do Ibovespa. O m étodo de seleção indica a dezena de ações - n ão mais - que o investidor deve acompanhar diariamente. diariamente . Para esta dezena de a ções o investidor constr ói um Banco de Dados. Atrav és de um algoritmo especial, o método de acompanhamento 10 indica qual a ação que deve ser comprada ou vendida. A t í tulo tulo de exemplo, admitamos que o investidor verificou 8 Ou, dizendo de uma outra forma, tenha uma esperança matemática positiva. Selecionadas através de um indicador qualquer. No meu caso, uso o indicador KM, mas você pode usar um outro método qualquer. A premissa desta técnica é que não vale a pena acompanhar todas as açõ es mas apenas aquelas que tiverem melhores perspectivas de resultados. 9
A arte de operar na Bols@ pela Internet
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
#
um sinal de compra num gr áfico de acom-panhamento de uma determinada ação. Ele deve comprar, comprar, portanto, nesse dia, a ções da empresa indicada. Seja, a t í tulo tulo ilustrativo, ações da Siderúrgica Tubarão PN (CSTB4). O investidor verifica qual foi o último preço de fechamento — que é um preço meramente orientativo da provável cotação da ação — e o dinheiro que qu e tem para aplicar. Com base nisso, acessa o site da sua corretora e preenche a boleta de compra, especificando o código da ação, a quantidade a comprar e o tipo de ordem. No mercado de a ções, ordem é o ato mediante o qual o cliente determina à corretora a compra ou a venda de a ções. As ordens podem ser transmitidas verbalmente verbalmen te (desde que não haja manifesta ção contrária por escrito do cliente) ou por escrito. As ordens transmitidas por carta, fax e e-mail s ão consideradas ordens escritas. As ordens podem ser de alguns tipos, sendo as mais comuns: 1. Ordem a mercado : o investidor especifica apenas a a ção e a quantidade a comprar ou a vender. vender. N ão estipula nenhum preço limitativo. Por exemplo: comprar 1000 a ções CSTB4. 2. Ordem limitada : o investidor especifica n ão só a ação, a quantidade mas tamb ém um valor. A corretora deve executar a ordem a um pre ço melhor do melhor do que o valor estipulado: Por exemplo: comprar 1000 a ções CSTB4 a $25,90. Neste caso, na ordem de compra, $25,90 é o preço máximo que o investidor est á disposto a pagar. Num caso de venda de a ções este seria o pre ço mí nimo. nimo. 3. Ordem casada : o investidor faz uma ordem de venda e uma de compra aproximadamente no mesmo valor. valor. Os neg ócios devem ser executados simult âneamente. O princí pio pio desta ordem é que o dinheiro da venda deve suportar a compra. Uma ordem verbal — caso não disponha da rede no momento — é feita, geralmente, mediante liga ção telefônica. O investidor liga para a corretora e fala com algum dos corretores. Pode travar-se um di álogo semelhante a este: -Bom dia, M á r io. Aqui é Meireles. ário. -Tudo bem, Meireles? O que manda? -Como est á r gica Tubar ã á a Sider ú úrgica ão CSTB4? 11 10 No meu caso aplico o método SMI. 11 11 Fornecer o c ódigo da ação ajuda o corretor a consultar o terminal.
M ANUEL MEIRELES $
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
-At é c ios. Abriu a $25,80 mas é agora tivemos poucos neg ó ócios. agora est á á a $25,70. -Ok. Compra mil delas. -A que pre ç o ço? ? -A mercado. Faz o melhor que puderes. Recomendo que não limite a ordem de compra ou de venda a um dado pre ço: dê sempre ordens "a mercado" mostrando que confia na sua corretora. Uma ordem ao mercado — como vimos — significa que a corretora deverá vender pelo melhor preço, mais alto possí vel vel ou comprar pelo pre ço mais baixo que puder. H á boas razões para isso: a opera ção de compra e venda tem mais chance de ocorrer se você não colocar limitações para a corretora12. De qualquer forma é bom você controlar o grau de efici ência da sua corretora: compare o valor m édio com que ela comprou ou vendeu suas ações (sem incluir a corretagem, obviamente) com o valor médio do dia, que a a ção obteve. Se voc ê ganhou, coloque um sinal (+); se perdeu, adote um sinal (-). Uma corretora que atua adequadamente deve ter distribu í dos dos de forma praticamente igual sinais (+) e (-). Se houver preponder ância de (-) envie sua análise para a corretora e pe ça-lhes um pouco mais de dedicação no atendimento das suas ordens. Um outro aspecto a considerar é que o investidor não deve importunar seu corretor ligando ligand o repetidas vezes para ele para saber se fez ou n ão a operação, ou ficando pendurado na rede para ver se veio ou n ão a confirma ção do negócio. Operar com a ções requer do investidor calma e paci ência e muito respeito pelo corretor: este é um parceiro e está interessado em trabalhar da melhor forma para o seu cliente - devendo, portanto, fazer o melhor serviço. A Internet, est á possibilitando uma maior comodidade para o investidor, investidor, na medida em que este pode operar, operar, a qualquer hora, por meio dela. Esta simplifica ção, se por um lado beneficia o investidor, por outro possibilita um uso intensivo e desordenado de ordens que podem redundar em grandes preju í zos. zos. A minha intenção, com este livro é orientar os investidores de forma a obter ganhos nas opera ções com a ções — especialmente aqueles Lembre-se que você deve comprar ou vender no dia recomendado pelo indicador e não no dia seguinte. 12
A arte de operar na Bols@ pela Internet
CADASTRE-SE NUMA CORRETORA
%
que não possuem experi ência alguma. A dinâmica permitida pela Internet pode ser facilitadora de ordens inadequadas e prejudiciais. Recomendo que, ao operar com a ções, o investidor ou o especulador saiba muito bem o que est á fazendo, ciente dos riscos de perda e das potencialidades de ganho. O "dinamismo é a marca do investidor on-line". Foi assim que Josette Goulart 13 intitulou seu artigo no qual aborda o investimento em a ções pelo sistema Home Broker. O jornal j á havia feito uma chamada na primeira p ágina na qual alertava: Os investidores que começam a aplicar em ações aproveitando as facilidades da Internet são mais agressivos do que aqueles que operam através das mesas corretoras. Eles mudam mais vezes suas carteiras, estratégia nem sempre bem-sucedida.
13
Gazeta Mercantil de 27-09-1999 p. B1
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ENTENDA OS M ÉTODOS
'
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
PARTE 2
A arte de operar na Bols@ pela Internet
ENTENDA OS M ÉTODOS
!
Nesta parte, voc ê vai ver alguns m étodos para selecionar e acompanhar ações. Particularmente recomendo o indicador KM, para selecionar as melhores empresas e o oscilador SMI, para fazer o acompanhamento especulativo das especulativo das ações selecionadas. Mas, é claro, você pode adotar outro m étodo qualquer. Eu n ão recomendo o uso de dois m étodos simultâneamente — salvo se você adotar estratégias diferentes. Isso evita ansiedade 1. Você sabe que pode adotar duas posturas no mercado de ações — e, para cada uma delas, ter t écnicas diferentes tanto para selecionar a ções quanto como para acompanh á-las. Por exemplo: Postura Investi dor Especulador
Técnica para selecionar Indi cador KM Cash-yield
Técnica para acompanhar Oscilador SMI Buy-and-Hold
As técnicas, conquanto sejam relativamente eficientes, estruturam-se sob premissas distintas distinta s e, obviamente, geram resultados diferentes. Assim voc ê pode adotar técnicas que apresentam resultados conflitantes — e isso prejudicará a sua operação, pois o tornar á indeciso e inseguro. Veja os resultados que poderia colher num simulador de aplicações: o Investiment Challenge. Voc ê receberá um crédito fictí cio cio e opera de acordo com os movimentos reais do mercado. merca do. Esse software voc ê pode encontrar no site da NetTrade: www.nettrade.com.br.
Se puder leia o artigo intitulado A ansiedade mata , de Luí s Eduardo de Assis, ex-diretor de Polí tica tica Monetária do Banco Central, num (Exame N 697, encarte : Os melhores fundos de investimento de 1999). 1
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM
!!
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 6
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM
! #
Seleção de ações Na Bovespa est ão listadas mais de 600 a ções; perto de meia centena delas - as mais negociadas - constituem o í ndice ndice Ibovespa. Para comprar e vender a ções, você precisa saber que elas estão no ponto de compra ou compra ou no ponto de venda venda - e, para tal, você tem de acompanhar cada ação diariamente. "Acompanhar" uma ação significa: introduzir no banco de dados da a ção os valores referentes aos pre ços dessa ação no pregão do dia anterior e processar tais dados por meio de um algoritmo espec í fico. fico. Dependendo do resultado fornecido pelo algoritmo, voc ê se mantém na posição, ou compra ou vende. Implica isto dizer que, para cada ação que você acompanha, deve introduzir, diariamente dados no computador e observar os "sinais" emitidos pelo algoritmo. Fazer isto para meia d úzia de ações não consome muito tempo mas acompanhar 600 a ções não é fácil: consome tempo, espaço na memória do computador e a nossa paci ência. Se voc ê for um investidor "profissional", "profission al", com grandes recursos para aplicar, pode e deve acompanhar as ações constituintes do Ibovespa e mais algumas. Para um investidor individual basta individual basta acompanhar uma dezena de ações - n ão mais do que isso. Mas que ações devem ser acompanhadas? A ções de que empresas? A resposta é simples: acompanham-se a ções das empresas que t êm uma maior probabilidade de ter bons resultaresul tados nos próximos 12 meses. Para selecionar as empresas listadas listad as na Bolsa, cujas a ções seriam alvo da minha observa ção diária, desenvolvi um indicador ao qual dei o nome de KM, porquanto ele é construí do do a partir de dois outros indicadores: do term ômetro de insolvência de Kanitz e do estipulador do limite de cr édito de Morante. Vamos ver, inicialmente, o que significam estas duas coisas, e, depois, como elas se juntam para fazer o indicador KM. Neste capí tulo, tulo, você vai ver a base te órica do indicador KM
M ANUEL MEIRELES ! $
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
e como ele é operado; no capí tulo tulo 8, são mostrados outros m étodos para selecionar a ções. Para entender a estrutura te órica do indicador KM, voc ê precisa conhecer o term ô n- ômetro metro de insolv ê ê n- cia, proposto por Kanitz e o estipulador do limite de cr é dito para é dito para uma empresa proposto propo sto por Morante. Vamos Vamos ver, portanto, portanto , inicialmente estas dois componentes. "Termômetro de insolv ência" de Kanitz O tema "previs ão de falências" já foi objeto de estudo de muitos autores. Morante 1 , cita os mais importantes, desde William H. Beaver at é Stephen Kanitz, passando por Edward Altman, Roberto Elizabetsky e Alberto Borges Matias. Quanto ao trabalho de Kanitz sobre o tema, Morante afirma 2 : Stephen Charles Kanitz, primeiro na tese apresentada à Faculdade de Economia de Administração da USP para obtenção do tí tulo tulo de Livre Docente em 1976, deá beis nominada "Indicadores Cont á beis e Financeiros de ão de Insolv ê ê ncia: ê ncia Previs ã ncia: A Experi ê ncia da Pequena e é dia M é dia Empresa Brasileira" , e, posteriormente, posteriormente, em 1978 1978 ências" ncias" , legou-nos preem seu livro "Como Prever Fal ê ciosos ensinamentos para a previsão de falências. Embora reconheça as dificuldades a um modelo absolutamente perfeito, Kanitz desenvolveu uma fórmula que julgamos bastante eficiente, à qual denominou de "termômetro de insolvência" FI= 0,05 x1 + 1,65 x2 + 3,55 x3 - 1,06 x4 - 0,33 x5 FI é a somatória dos pontos obtidos [onde]: x1=Lucro Lí quido quido / Patrimônio Lí quido; quido; x2=(Ativo Circulante + Realizável L. Prazo) / Exigí vel ve l ToTotal; x3=(Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante x4=Ativo Circulante / Passivo Circulante x5=Exigí vel vel Total / Patrimônio Lí quido quido O ponto crí tico tico do modelo indica: 1
Op. cit. p.195-207
2
Idem p.200-201.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM Se FI estiver entre
! %
A empresa
é solvente Estará indefi nida Estará insolvente
0e7 0 e -3 -3 e -7
Este modelo de Kanitz, constituir á um dos fatores do indicador KM, como voc ê verá adiante. O estipulador do Limite de Cr édito de Morante Morante, no trabalho mencionado, ao abordar a quest ão da limitação do crédito faz menção a algumas f órmulas conhecidas, mas acaba propondo a sua 3: O analista de crédito percorre pelo sistema convencional de informações comerciais e pela análise de balanços, um caminho árduo de buscar a segurança que lhe indique, ou n ão, a certeza de, uma vez concedido concedido o crédito, não vir a empresa ou a instituição a ter problemas futuros com o cliente. As informaçõ es comerciais pelo sistema convencional nos propõem parâmetros de risco muito elásticos, em virtude da potencialidade diversa dos fornecedores e bancos. A análise de balanços preocupa-nos, no Brasil, pela fidelidade dos números apresentados nas demonstra tr açõ es. es .
É evidente que, se os dados não forem fiéis, qualquer an álise será distorcida, podendo levar-nos a difí ceis ceis conclusões, muitas vezes até totalmente diferentes da realidade, para melhor ou para pior. Outro aspecto que é também muito relevante, é o das modificações econômicas do paí s, s, alterada aos quatro ventos nos últimos anos. Os par â metros tornam-se diferenciados, principalmente quando os indexadores da economia alternamse a cada reforma econômica. O que se pretende é demonstrar que, para empresas 3
Ibidem p.220-222
M ANUEL MEIRELES ! &
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM com balanços diferenciados ou manipulados, é possí vel vel limitar-lhes o crédito, quando merecido, bastando apenas que tenhamos à disposi çã o, pelo menos realisticamente, algumas informa çõ es extra í das d as da contabilidade. O objetivo do presente trabalho é contribuir para o estudo de indicadores de limite de cr é dito, pela propositura de um modelo prático, segundo o qual se possa atribuir o valor do limite de crédito através da apresentação pura e simples de oito informações ponderadas, extraí das das ou não dos balanços patrimoniais das empresas. Tem ainda, a pretensão de comprovar que independentemente da análise de balan ços, o modelo apresenta condiçõ es isoladamente de conceder o crédito ou de simplesmente negá-lo. O crédito que se pretende limitar neste trabalho, é aquele que ir á provocar um melhor equil í brio b rio no ciclo operacional das empresas, e não aquele de investimentos em ativos fixos tí picos picos de projetos de implantação ou ampliação de negócios. Deseja-se, também, eliminar os atritos hoje existentes entre os setores credití cios cios e comerciais, quando na maioria das vezes os clientes encaminham compras superiores ao que tem como segurança fornecer-lhes, auxiliando na melhoria da qualidade das deci s õ es . Justificando, o modelo foi assim formulado: LC = ( 0,10 PL + 0,05 EST + 0,08 DR + 0,02 DISP) ( 0,10 FORN + 0,02 SAL + 0,10 EBCP + 0,03 OCP )
À primeira somatória de informaçõ es denominou-se Fontes Positivas de Cr é dito e os significados de abreé dito e via ção são os seguintes: — Patrimônio Lí quido; PL quido; EST — Estoques; DR — Duplicatas a Receber; DISP — Disponibilidades. À segunda somatória de informações denominou-se de Fontes Negativas de Cr é dito , e os significados de é dito abrevia çã o são os seguintes:
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM
! '
FORN — Fornecedores;
— Salários, Contribuições e Tributos; EBCP — Empréstimos Bancários de Curto SAL SAL
Prazo; OCP —Outras Contas a pagar. [...] Os itens componentes do modelo, exceçã o ao Patrimônio Lí quido, quido, são extraí dos dos exclusivamente dos Ativo Circulante e Passivo Circulante.
Este modelo de estipular limites de cr édito, devidamente adaptado, constitui o segundo fator constituinte do indicador KM.
Limite de Crédito de Morante A partir de análise de balanços, Morante prop ôs um modelo que demonstrou ser confi ável para atribui ção de crédito a uma empresa - em caso de grandes montantes. O modelo foi comparado com outros mecanismos de An álise de Crédito e foi considerado correto quanto aos resultados atingidos. Morante, comparou sistematicamente os resultados dos Limites de Cr édito estabelecidos pela sua equa ção com outros modelos de Análise de Crédito - que se utilizam de outras ferramentas - de outros autores renomados e conhecidos, usados tradicionalmente pelos Bancos, pelo SERASA e por outras empresas. A equa ção de Morante é mais funcional e atende mais rapidamente e com maior confiabilidade. A fórmula proposta e testada por ele leva em conta alguns aspectos positivos e negativos do balan ço. Podemos dizer, desta forma, que, aplicando-se a equa ção Morante sabemos definir o Limite de Cr édito (LC) máximo que uma empresa poderia obter de um dado investidor que estivesse disposto a emprestar dinheiro a tal empresa. Porém, o que a f órmula de Morante d á é um valor absoluto já que estabelece o Limite de Cr édito máximo que se pode dar a uma empresa. O limite de cr édito - quando absoluto - não é um número que interessa a quem est á analisando um conjunto de
M ANUEL MEIRELES "
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
empresas. Mas, j á é um indicador expressivo quando se coteja com o porte da empresa. O porte de uma empresa é representado quase sempre pelo Total Total do Ativo 4. Se dividirmos o Limite de Crédito pelo Total Total do Ativo, temos o indicador LCM/AT que nada mais é do que o Limite de Cr édito que a empresa pode ter em relação ao seu Ativo Total. No caso da Perdig ão, como mostra a figura 6.1, considerando o Balan ço de 30-09-99, o Limite de Cr édito é de $11831 $11831 mil, o que significa 0,69% do Patrim ônio Lí quida quida da empresa. Ao aplicar este m étodo para a sele ção das empresas, se adota o pressuposto de que as empresas que merecerem proporcionalmente mais cr édito estarão numa condição mais vantajosa de produzir melhores resultados nos per í odos odos subsequentes. Planilha 2: Cálculo do LCM/AT
B 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
C
D
Fator 0,10 do 0,05 do 0,08 de 0,02 de
Empr mpresa: sa: Código 2.05 1.01.03 1.01.02 1.01.01
0,10 de 0,02 de 0,02 de 0,10 de 0,03 de
2.01.03 2.01.04 2.01.08 2.01.01 2.01.02
1
E
F
PERDIGÃO Processo Morante: Patrimonio lí quido Estoques Duplicatas a receber Disponibilidades Total positivo Fornecedores Im postos, Taxas, Contr. Outros (Salários/ Obrig) Empréstim os/Financiam. Outras contas Total negativo Limite de Crédito Morante Total do Ativo INDICADOR
Balanço 30-Set-99 493709 215540 115481 340924 93743 21079 23379 538745 7851
G LCM 30-Set-99 49371 10777 9238 6818 76205 9374 422 468 53875 236 64373 11831
1722109 0,0069
Figura 6.1
Desta forma, basta calcular o í ndice ndice LCM/AT para todas as empresas constituintes do Ibovespa, listar os valores em ordem decrescente e acompanhar a primeira dezena do ranking. Periodicamente — idealmente a cada tr ês meses — deve-se produzir idêntica listagem com base nos balan ços divulgados pelas empresas. Você não precisa ser um Contador para fazer estes c álculos. Fazendo uso dos c ódigos usados nas demonstra ções 4
Muitas vezes se expressa pelo seu Faturamento.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
"
contábeis da CVM, você pode facilmente calcular o indicador LCM/ AT. Veja, abaixo, abaixo , como isso é fácil. Em primeiro lugar, voc ê deve obter as demonstra ções contábeis das empresas no website da website da CVM. Voc ê já viu como se obtém essas informa ções no cap í tulo tulo 3. Quando você obtém tais demonstra ções, vai perceber que o Balan ço Patrimonial é emitido em duas p áginas: numa voc ê tem o Ativo; noutra voc ê tem o Passivo. Tanto para o Ativo, quanto quan to para o Passivo h á uma série de "contas", tais como: Disponibilidades, Disponibilid ades, Impostos a Realizar, Cr éditos diversos, Obriga ções tibrutárias, etc. N ão se preocupe com isso. Voc ê só precisa localizar o c ódigo da conta. Veja o exemplo da figura 6.1, em que se calcula o valor LCM/AT: Limite de Crédito Morante/Ativo Moran te/Ativo Total. Total. Planilha 2: Algoritmo Algoritmo do LCM/AT
B 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
C
D
Fator 0,10 do 0,05 do 0,08 de 0,02 de
Empr mpresa esa: Código 2.05 1.01.03 1 .0 .01.02 1.01.01
0,10 de 0,02 de 0,02 de 0,10 de 0,03 de
2.01.03 2.01.04 2.01.08 2.01.01 2.01.02
1
E
F
G
PERDIGÃO Processo Morante: Patrimonio lí quido Estoques Duplicatas a receber Disponibilidades Total positivo Fornecedores Impostos, Taxas, Contr. Outros (Salários/ Obrig) Empréstimos/Financiam . Outras contas Total negativo Limite de Crédito Morante Total do Ativo INDICADOR
Balanço 30-Set-99 493709 215540 115481 340924
LCM 30-Set-99 0,1*F5 0,05*F6 0,08*F7 0,02*F8 SOMA(G5:G8) 0,1*F10 0,02*F11 0,02*F12 0,1*F13 0,03*F14 SOMA(G10:G14) G9-G15
93743 21079 23379 538745 7851
1722109 G16/F17
Figura 6.2
Observe que você só tem que procurar o valor correspondente ao c ódigo descrito. Voc ê procura o código da conta 2.05 (Patrimônio Lí quido) quido) e verifica o valor que lhe corresponde. Faz o mesmo para os demais c ódigos. Observe que o c ódigo de Ativo Total é 1. A pequena planilha 2 deve ser reproduzida para cada LCM/AT LCM/AT que você for calcular. calc ular. Voc Você só tem que alterar o nome da empresa, em E2, e os valores correspondentes na coluna F. O algoritmo, mostrado na figura 6.2 lhe dar á o valor LCM/AT em G17:
M ANUEL MEIRELES "
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
• Em E2, coloque o nome da empresa e em F3, a data do Balanço. • Os valores obtidos no Balan ço são introduzidos na coluna F, de F4 a F16. LCM/AT é dado na coluna G. • O algoritmo para o c álculo do LCM/AT L CM/AT T surge na c é• O valor desejado, isto é, o Indicador LCM/A lula G17 Planilha 2: Cálculo do LCM/AT
B 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
C
D
Fator 0,10 do 0,05 do 0,08 de 0,02 de
Empre mpres sa: Código 2.05 1.01.03 1. 1.01.02 1.01.01
0,10 de 0,02 de 0,02 de 0,10 de 0,03 de
2.01.03 2.01.04 2.01.08 2.01.01 2.01.02
1
E
F
Perdig rdigão Processo Mo Morante: Patrimonio lí quido Estoques Duplicatas a receber Disponibilidades Total positivo Fornecedores Impostos, Taxas, Contr. Outros (Salários/ Obrig) Empréstimos/Financiam. Outras contas Total negativo Limite de Crédito Morante Total do Ativo INDICADOR
Balanço 30-Jun-99 492538 222612 108836 366293
67345 19014 26582 531431 128
G LCM 30-Jun-99 49254 11131 8707 7326 76417 6735 380 532 53143 4 60793 15624
1651111 0,0095
Figura 6.3
Você deve ter depreendido que um investidor poderia emprestar com seguran ça relativa, à Perdig ão, segundo Morante, um crédito que representa 0,69% do seu Ativo Total. Este é um número relativo - que pode ser comparado entre v árias empresas ou com a mesma empresa ao longo do tempo. Se se considerar conside rar o Balanço do trimestre anterior (30-06-99) o LCM/AT LCM/AT, da Perdig ão era de 0,95% — o que representa uma diferença significativa. Ou seja: pelo Balan ço de junho de 1999, 1 999, o LCM/AT da perdigão era de 0,95% — como mostra a figura 3 — e, pelo Balanço de setembro era de 0,69%. Não nos interessa agora cotejar as planilhas para verificar poss í veis veis causas, mas d á para perceber que o indicador LCM/AT da perdig ão modificou-se significativamente. significativamente. Como você percebeu pelos exemplos dados, o indicador LCM/AT é obtido com base no Limite de Cr édito de Morante, dividindo-se, este valor, depois pelo Ativo Total Total da empresa. Isto deve ser feito feito para o maior número possí vel vel de empresas — idealmente todas as componentes do Ibovespa.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
"!
Elementos das Contas Para o cálculo do indicador LCM/AT, é necessário fazer uso de um Balan ço completo - os sint éticos na maioria das vezes não destacam as contas adequadamente. As contam também não aparecem nos Balanços sempre com os mesmos nomes - por isso voc ê precisa ter o cuidado de buscar os valores que devem compor a mesma. Fazendo-se uso dos Balan ços padronizados da CVM, pelo c ódigo da conta é fácil obter o valor correspondente. As contas do sistema Morante, com os respectivos c ódigos da CVM, s ão as seguintes: 2.05—Patrimônio Lí quido: quido: Não existe dúvida alguma em obter este valor dos balan ços ou balancetes. Inclui geralmente o capital Social Realizado, Reali zado, as Reservas de Capital e de Lucro. 1.01.03—Estoques: Estoques: É uma conta do Ativo Circulante. Geralmente aparece com este nome. Outras vezes vem decomposta em: Produtos Prontos, Produtos em Elabora ção, Mercadorias, Mercadorias em Estoque, Mercadorias em Tr ânsito. Todas estas contas constituem o valor de Estoques. 1.01.02—Duplicatas a receber (Créditos): ditos): É uma conta do Ativo Circulante e engloba tudo o que que a empresa tem a recereceber dos clientes em virtude das vendas dos produtos ou serviços. Pode surgir com o nome de Clientes. Se as Provis ões para Riscos de Cr éditos estiverem destacadas, deve-se subtrair este valor das Duplicatas a Receber. Pode surgir tamb ém com os nomes de Clientes e Provis ão para Devedores Duvidosos. Na maioria dos balanços o valor expresso j á processou o desconto das Provisões para Devedores Duvidosos ou das Duplicatas Descontadas. Caso isto n ão ocorra, e estas contas apare çam listadas, é preciso proceder a este ajuste. 1.01.01 —Disponibilidades: Disponibilidades : É uma conta do Ativo Circulante, e representa todos os valores val ores que a empresa tem em grande liquidez. Aparece com o nome de Disponibilidades ou Disponí vel vel ou pode estar desdobrada em algumas contas: Bancos, Aplicações Financeiras, ou Aplica ções de Liquidez Imediata ou Tí tulos tulos e Valores Mobili ários. Deve-se somar estes dois valores se eles estiverem listados separadamente.
M ANUEL MEIRELES ""
COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM
2.01.03 — Fornecedores: Fornecedores : É uma conta do Passivo Circulante Circulante e inclui tudo o que se deve aos Fornecedores devido, basicamente, às compras de mat érias primas. 2.01.04—Impostos, taxas e contribui ções: es: É uma conta do Passivo Circulante e representa tudo o que ela deve ao Governo devido a Impostos e Contribui ções. As contas referentes a este conjunto surgem geralmente com os nomes de: Obriga ções Sociais e Trabalhistas , Obrigações Fiscais e Empregatí cias, cias, Impostos e Contribui ções, Obrigações Tributárias, Provis ão para Imposto de Renda e Contribui ção Social. 2.01.08 —Salários e outras obriga ções: es: É um grupo de contas tamb ém do Passivo Circulante. Seus valores devem ser somados, já que, usualmente são listadas em separado. Este conjunto de contas representa tudo o que se deve de ve aos empregados incluindo outras obrigações não classificadas em contas especí ficas. ficas. As contas referentes a este conjunto surgem geralmente com os nomes de: Sal ários a pagar e Outras obrigações. 2.01.01—Empréstimos Bancários de Curto Prazo (Empr é stimos e Financiamentos): Financiamentos) : É uma conta do Passivo Circulante e representa o que a empresa deve aos Bancos, com data de vencimento dentro dos pr óximos 12 meses. Pode aparecer com o nome de Institui ções Financeiras. Financeiras . Pode surgir com o nome de Bancos, Empr éstimos Banc ários, Empréstimos e Financiamentos ou Institui ções Financeiras. Pagar : Também é uma conta 2.01.02 —Outras Contas a Pagar: do Passivo Circulante. Pode surgir surg ir com o nome de Outras Contas a Pagar ou Outras Obriga ções. Uma vez obtidos os valores acima indicados, deve-se proceder ao cálculo do Limite de Cr édito, multiplicando-se cada um dos valores por um determinado fator, fator este que est á indicado na coluna C (Figura 6.1). Os resultados resultados referentes referentes ao Patrimônio Lí quido, quido, Estoques, Duplicatas a Receber e Disponibilidades constituem valores positivos para o Limite de Cr édito; os resultados referentes a Fornecedores, Sal ários, Contribuições e Tributos, Bancos e Outras Contas constituem valores negativos para o Limite de Cr édito. O Limite de Cr édito é a diferença entre estes valores, e aparece sob o t í tulo tulo de Limite de Cr édito de Morante. Uma vez obtido o Limite de Crédito de Morante (LCM), basta dividi-lo pelo Ativo Total Total (AT) (AT) da empresa para se ter o indica-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
" #
dor LCM/AT. LCM/AT. Este indicador indic ador mostra mostr a a propor ção do Ativo Ati vo Total Total da da empresa que um investidor poderia emprestar a tal empresa, com certa segurança.
Termômetro de Insolvência de Kanitz. Uma vez obtido o btido o valor LCM/AT, LCM/AT, voc ê necessita calcular o Termômetro de Insolv ência de Kanitz (TIK). O processo tamb ém é simples como ilustra a figura 6.4.Observe que os dados s ão retirados do Balanço. Para facilitar a busca, forneceu-se o c ódigo da CVM. O exemplo da figura 6.4 mostra que o TIK da Perdig ão pelo balanço de junho de 1999 era de 2,221. 2,22 1. Este valor deve ser interpretado como mostra o quadro abaixo: Se TIK estiver entre...
0 0
e e
7 -3
-3
e
-7
...a empresa
é solvente estará i ndefi nida estará i nsolvente
Planilha 4: Cálculo do TIK
B C D mpres sa: Perdig rdigão 2 Empre 3 Código Processo Kanitz: 1.01 1.01.03 1.02 2.01 2.02 2.05 2.05.05 Fator 0,05 1,65 3,55 1,06 0,33 Figura 6.4
AC (Atico circulante) Estoques RLP (Realizável L. Prazo) PC (Passivo Circulante) PELP (Passivo L. Prazo) PL (Patrim ônio Lí quido) Lucros/Prej. acumulados
E Balanço 30-Jun-99 746815 222612 237671 670926 487647 492538 10366
LL/PL 0,021 (AC+RLP) / ET 0,850 (AC-Est) / PC 0,781 AC / PC 1,113 ET / PL 2,352 Termômetro Insolvência Kanitz =
F TIK
0,001 1,402 2,774 1,180 0,776 2,221
M ANUEL MEIRELES " $
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM Planilha 4: Cálculo do TIK
B
C
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
D
Empr mpresa: Perdigão Código Processo Ka Kanitz: 1.01 AC (Atico circulante) 1.01.03 Estoques 1.02 RLP (Realizável L. Prazo) 2.01 PC (Passivo Circulante) 2.02 PELP (Passivo L. Prazo) 2.05 PL ( Patrimônio Lí quido) 2.05.05 Lucr os/Prej. acum ul ados Fator 0,05 LL/PL 1,65 (AC+RLP) / ET 3,55 (AC-Est) / PC 1,06 AC / PC 0,33 ET / PL
19
E
F
Balanço 30-Set-99 723932 215540 281960 708020 520380 493709 11537
TIK
0 ,0 2 3 0 ,8 1 9 0 ,7 1 8 1 ,0 2 2 2,488
0 ,0 0 1 1 ,3 5 1 2,549 1 ,0 8 4 0 ,8 2 1
Term ômetro Insolvência Kanitz =
1,996
Figura 6.5
Segundo Kanitz, a Perdig ão é uma empresa solvente, j á que seu indicador TIK tinha o valor positivo de 2,221. Mas, an álise semelhante é possí vel vel com os dados do Balan ço do trimestre seguinte (setembro de 1999). O resultado aparece ap arece na figura 6.5. Veja que no trimestre seguinte o TIK da perdig ão baixou para 1,996. Ainda continua solvente, é óbvio, mas apresenta um grau de solvência menor do que q ue o anterior. O que recomendei para a planilha plani lha LCM/AT LCM/AT recomendo para a planilha TIK. O algoritmo desta planilha é bem simples como mostra a figura 6.6. Planilha 4: Cálculo do do TIK TIK (Algoritmo)
B 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
C Empre mpresa sa:: Código 1.01 1.01.03 1.02 2.01 2.02 2.05 2.05.05 Fator 0,05 1,65 3,55 1,06 0,33
19 Figura 6.6
D Perd erdigão Processo Kanitz: AC (Atico circulante) Estoques RLP (Realizável L. Prazo) PC (Passivo Circulante) PELP (Passivo L. Prazo) PL (Patrim ônio Lí quido) Lucros/Prej. acumulados LL/PL (AC+RLP) / ET (AC-Est) / PC AC / PC ET / PL
E Balanço 30-Set-99 723932 215540 281960 708020 520380 493709 11537 0,023 0,819 0,718 1,022 2,488
F TIK
0,05*E14 1,65*E15 3,55*E16 1,06*E17 0,33*E18 F14+F15+F16 Term ômetro Insolvência Kanitz = -F17-F18
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM
" %
• Em D4, coloque o nome da empresa e em E5, a data do Balanço. • Os valores obtidos no Balan ço são introduzidos na coluna E, de E6 a E12. • O algoritmo para o cálculo do TIK é dado na coluna F. Indicador TIK surge na c élula • O valor desejado, isto é, o Indicador F19.
Indicador KM O Indicador KM deriva, como sabe, da jun ção dos dois indicadores vistos acima: o TIK — Termômetro de Insolv ência de Kanitz e o LCM/AT LCM/AT — Limite de Cr édito de Morante/Ativo Total. Total. Numa primeira abordagem pode-se afirmar que o Indicador KM é igual ao produto de TIK T IK pelo LCM/AT LCM/AT .De uma forma gen érica pode-se dizer que, para uma dada empresa: Indicador KM = 100*( LCM / AT)*TIK Empresas com LCM/AT ou TIK negativos s ão descartadas. Você já percebeu quão fácil é calcular o indicador KM de uma empresa tendo seus valores valo res LCM/AT LCM/AT e TIK. Para a empresa Perdigão, dada aqui como exemplo, considerando as datas-base dos seus balanços, temos: Perdigão
D ata 30 / 06 / 99
LC M / AT 0,0095
TIK 2,221
KM 2,11
30 / 09 / 99
0,0069
1,996
1,38
vel determinar, portanto, o valor do indicador indicad or KM para É possí vel um conjunto de empresas. Este indicador é calculado periodicamente. Voc ê pode, assim, ter para cada empresa um gr áfico da evolução do seu KM — mas, o importante, é acompanhar de perto as empresas que tiverem o í ndice ndice KM maior. Para isso basta montar a Planilha 5, cujo layout é dado abaixo, com um exemplo.
M ANUEL MEIRELES " &
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
A planilha 5, fundamentalmente fundamentalmente é constitu í da da por 4 colunas: • Na coluna C, insere-se o nome da empresa; na coluna seguinte o valor do d o seu LCM/AT LCM/AT e do seu TIK; F, calcula-se o indicador KM, cujo algoritmo • Na coluna F, pode ser visto na figura 6.8. Observe que para as empresas com LCM/AT negativo ou TIK negativo (ou ambos os casos) n ão se calcula o KM. As empresas s ão, depois de feito o c álculo do indicador KM, ordenadas decrescentemente. As 10 empresas com maior í ndice ndice KM devem ser acompanhadas de perto. Os dados constantes da figura 6.7 referem-se a perí odo odo anterior a 1999. Nem todas as empresas pertencem ao Ibovespa. B 2 3 4 Arno 5 Semp Thoshiba Amazonas Guararapes - Confeccões 6 Guararapes 7 Copesul - Petroquímica 8 Avipal Agricultura e Pecuária 9 Dixie Toga 10 Duratex 11 Alpargatas, São Paulo 12 La Fonte 13 Lojas Renner 14 Klabin 15 Usiminas Sementes 16 Agroceres, Sementes 17 Metal Leve 18 Copel - Cia Paranaense de Energia 19 Perdigão Agroindustrial 20 Freios Varga 21 Inepar- Indústria e construções 22 Cofap 23 Tilibra - Indústria Gráfica 24 Sadia Concordia 25 Brahma C omércio 26 Braspérola - Ind e Comércio 27 Ceval Alimentos 28 IAP 29 Artex 30 Rhodia-Ster 31 Sharp Equipamentos Eletronicos 32 Hering, Cia Polímeros 33 Polibrasil Polímeros 34 Tupy AS 35 Varig Figura 6.7
Data-Base=
0,087 0,078 0,089 0,068 0,082 0,075 0,070 0,065 0,057 0,059 0,068 0,070 0,068 0,058 0,066 0,054 0,043 0,034 0,042 0,032 0,028 0,030 0,048 0,033 0,023 0,015 0,043 0,015 0,002 -0,008 -0,002 -0,004
6,56 6,65 4,34 4,77 3,91 3,58 3,45 3,66 4,10 3,90 3,28 2,65 2,44 2,37 1,89 2,09 1,89 2,41 1,75 2,12 2,16 1,85 1,04 1,42 1,62 1,34 0,40 0,95 0,18 -0,72 -0,97 -1,23
Dez/xx 57,14 52,00 38,65 32,35 32,20 26,71 24,21 23,86 23,49 22,86 22,33 18,58 16,50 13,76 12,47 11,31 8,18 8,16 7,36 6,83 6,04 5,48 4,96 4,74 3,66 1,96 1,71 1,44 0,04
G Acomp S S S S S S S S S S S
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO SELECIONAR A ÇÕES PELO INDICADOR KM
" '
Você, neste capí tulo, tulo, viu que h á um método coerente que o leva a selecionar empresas. Se as empresas selecionadas pertencerem ao Ibovespa, voc ê passa a dispor de uma lista de empresas potencialmente lucrativas, solventes e de boa liquidez. Aconselho-o a fazer o c álculo do Indicador KM para todas as empresas nas quais aplique dinheiro — escolhidas por um outro critério qualquer. Deve ter percebido que a an álise dos indicadores LCM/AT, LCM/AT, TIK e KM, ao longo lon go do tempo, temp o, é muito ilustrativa da qualidade da empresa empre sa para o investidor. C D E F B Data-Base= 2 Planilha 5: Indicador KM (Algoritmo) Dez/xx LCM/AT TIK KM 3 Empresa 4 Arno 0,087 6,56 100*D4*E4 5 Semp Thoshiba Amazonas 0,078 6,65 100*D5*E5 6 Guararapes - Confeccões 0,089 4,34 repete mica 7 Copesul - Petroquí mica 0,068 4,77 repete 8 Avipal Agricultura e Pecuária 0,082 3,91 repete 9 Dixie Toga 0,075 3,58 repete 10 Duratex 0,070 3,45 repete 11 Alpargatas, São Paulo 0,065 3,66 repete 12 La Fonte 0,057 4,10 repete 13 Lojas Renner 0,059 3,90 repete 14 Klabin 0,068 3,28 repete Figura 6.8
G Acomp S S S S S S S S S S S
Selecionadas as empresas, veja no cap í tulo tulo seguinte, como as deve acompanhar. acompanhar. Outras t écnicas para selecionar a ções são mostradas no cap í tulo tulo 8.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
#
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os ndices das suas í ndices ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 7
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
#!
Acompanhando as ações selecionadas Acompanhar as ações previamente selecionadas significa dar a tais a ções uma aten ção diária — apenas diária e não mais do que isto — e atuar de acordo com o m étodo escolhido, m étodo este que indica o momento de comprar ou de vender. Evite a postura neurótica de ficar continuamente olhando as cota ções: estabeleça uma rotina adequada e siga-a. Na verdade voc ê precisa atualizar apenas uma dezena de a ções, no seu banco de dados, e atuar de acordo com os sinais emitidos pelo algoritmo. Esses sinais dizem se voc ê deve manter a sua posi ção (comprado ou não comprado) ou alterar tal posi ção (vender / comprar). Para atualizar seu banco de dados, voc ê deve aguardar o fechamento do pregão. Eu costumo fazer isso pela manh ã: entro no website da website da Bovespa, www.bovespa.com.br www.bovespa.com.brþINFORMAÇÕES DO MERCADO þCOTAÇÕESþHORÁRIO REGULAR, seleciono toda a linha referente a uma a ção que controlo, copio-a e colo-a na planilha correspondente. correspondente. Faço a mesma coisa para as demais ações. Uma vez atualizadas as planilhas, aplico a f órmula do algoritmo aos novos dados e vejo o sinal emitido. Dependendo do sinal posso ter que atuar (comprar ou vender) ou posso me manter na mesma posi ção — o que implica, obviamente, em n ão fazer nada. Há muitos métodos de acompanhamento de a ções, como você pode ver no Cap í tulo tulo 9, mas eu dou preferência ao oscilador SMI, que é detalhado neste capí tulo. tulo. Fica a seu crit ério escolher e seguir o método. Este método de supervisão de ações que adoto e recomendo é extremamente extremamente dinâmico, pois você pode aproveitar todas as oscilações que os pre ços oferecem na Bolsa.
M ANUEL MEIRELES #"
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
Oscilador SMI O oscilador SMI tem uma estrutura semelhante aos osciladores mais comuns da Escola T écnica e o seu uso ainda é recente. No Brasil tem sido usado desde 1980, com razo ável sucesso. Veja qual a l ógica que presidiu à constru ção deste indicador. dor. A figura 7.1, mostra a estrutura t í pica pica de preços de uma ação: preços mí nimo, nimo, máximo e de fechamento; ofertas de compra e de venda. O preço de fechamento (Fech) fica, obviamente, entre os valores Máx e Min — podendo ser até igual a um deles. Tipicamente as ofertas de venda (OV) tendem a estar acima do Max; as ofertas de compra (OC) tendem a estar abaixo do Min. Min . n
Oferta de Venda
n
OV
Máximo
OV
Máxi g
g
n
Máx
Fech
Fechamento g
Mí nimo nimo n
Oferta de Compra
Mí n n
OC
Pressã Pressão de Compra
Fech.
Mí n n
OC
Pressão de Venda
Figura 7.1 O oscilador SMI considera unit ária a distância que separa OV de OC, isto é: OV-OC=1. Partindo disto, ele situa a posi ção do Fech ao longo dessa distância. É o que se denomina Press ão do Pregão (PP). Se Fech estiver exatamente no meio de OV e OC, PP=0,5; se Fech coincidir com OC, ent ão PP=0; se Fech coincidir com OV, ent ão PP=1. Entre 0 e 1, PP pode assumir quaisquer valores. Na figura 7.1, as press ões de preg ão ilustradas correspondem a 0,5 ( à esquerda), 0,8 e 0,2 (à direita). Quanto maior for o valor de PP maior é a pressão exercida pelos investidores para comprar a a ção: eles est ão dispostos a pagar o m áxi-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
# #
mo por ela. Valores de PP acima de 0,5, indicam press ão compradora; valores de PP abaixo de 0,5, indicam indi cam press ão vendedora. É claro que o objetivo do oscilador é antecipar tendências. Ele trabalha com valores m édios. Eu uso a m édia de cinco preg ões. A operacionalização é feita da seguinte forma: • As ordens de compra s ão dadas sempre que SMI >0,5; • As ordens de venda s ão dadas sempre que SMI<0,50; • Uma vez compradas (D+0) as a ções só podem ser vendidas no mí nimo nimo no terceiro dia (D+3). Para facilitar a interpreta ção, o algoritmo cont ém uma fórmula que coloca o sinal ($) referente ao holding periodo — tempo durante o qual a a ção deve ser mantida em carteira. Assim: • As ordens de compra s ão dadas sempre que surge $; • As ordens de venda s ão dadas sempre termina $; Fech
1,50 1,50 1,49 1,54 1,56 1,57 1,56 1,57
OC
1,49 1,50 1,49 1,50 1,55 1,56 1,55 1,56
OV
1,51 1,51 1,50 1,54 1,57 1,57 1,57 1,57
PP 0,50 0,00 0,00 1,00 0,50 0,99 0,50 0,99
SM I 0,60 0,40 0,30 0,30 0,40 0,50 0,60 0,79
Operacionalização $ $ compra $ $ $ ve venda
1,49
1,57
Figura 7.2
Eis alguns exemplos que podem facilitar a sua compreensão para o momento de compra ou de venda. Na figura 7.2, voc ê pode observar uma forma ção tí pica. pica. A ordem de compra é dada após o primeiro sinal $; e a de venda é dada quando a série termina. Muitas vezes uma ordem de compra é dada imediatamente a seguir a uma ordem de venda, como mostra a figura 7.3:
M ANUEL MEIRELES # $
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
Fech
2, 85 2, 82 2, 85 2, 85 2, 81 2, 82 3, 05
OC
2, 85 2, 80 2, 82 2, 81 2, 81 2, 85 3, 00
OV
2, 89 2, 90 2, 85 2, 90 2, 85 2, 90 3, 10
PP 0, 00 0, 20 1, 00 0, 44 0, 00 -0, 60 0, 50
SM I 0, 33 0, 37 0, 57 0, 53 0, 33 0, 21 0, 27
Operacionalização $ $ ve v ende $ $ com pra $
2, 85 2, 82
Figura 7.3
Ordens de compra podem ser frustradas. A venda, entretanto, só deve ocorrer se n ão aparecer, por dois pregões seguidos, nenhum sinal de confirma ção, como mostra a figura 7.4. Fech
4,05 4,05 4,05 4,00 4,00 3,90 3,70 3,70 3,65
OC
4,01 4,00 3,95 3,70 3,90 3,90 3,70 3,50 3,55
OV
4,05 4,08 4,05 4,05 4,00 4,00 3,75 3,69 3,65
PP 1,00 0,62 1,00 0,86 1,00 0,00 0,00 1,05 1,00
SM I Operacionalização 0,54 0,47 $ 0,67 co c ompra 4,05 0,84 0,90 0,70 ve v ende 3,90 0,57 0,58 0,61
Figura 7.4 O sinal de compra surgiu com o SMI a 0,47. No dia seguinte, a ordem de compra foi dada (compra (comp ra a $4,05). Ao t érmino do pregão observou-se o n ão surgimento do sinal, confirmando a operação. Deve-se aguardar mais dois do is dias antes de se vender. vender.
O método SMI é extremamente din âmico e o investidor realiza constantemente operações com as a ções que estão sob a sua supervisão. Portanto, é um método altamente especulativo. A listagem de alguns preg ões mostra isso:
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI F e ch
OC
OV
PP
Operacionaliz ação
SMI
2,15
2,19
2,23 -1,00
2,21 2,30 2,30
2,21 2,29 2,28
2,24 0,00 2,30 1,00 2,30 1,00
2,35 2,36
2,33 2,38
2,40 0,29 0,26 2,40 -1,00 0,26
$ $
2,35 2,20 2,20
2,01 2,00 2,16
2,35 1,00 2,35 0,57 2,20 1,00
0,46 0,37 0,37
$ $ $
2,19
2,10
2,19 1,00
0,51
2,20 2,20 2,19
2,15 2,15 2,00
2,20 1,00 2,20 1,00 2,19 1,00
0,91 0,91 1,00
2,19 2,19 2,19 2,25
2,19 2,19 2,19 2,20
2,19 2,20 2,35 2,50
0,00 0,00 0,00 0,17
0,80 0,60 0,40 0,23
$ $
2,25 2,21 2,21 2,21 2,30
2,24 2,21 2,21 2,21 2,25
2,30 2,30 2,30 2,30 2,40
0,17 0,00 0,00 0,00 0,33
0,07 0,07 0,07 0,07 0,10
$ $ $ $ $
2,50 2,60 2,70 2,82 2,80 2,75 2,75 2,75 2,75 2,70 2,71 2,71 2,80 2,80 2,81 2,85 2,85 2,90
2,45 2,53 2,70 2,80 2,70 2,75 2,75 2,70 2,70 2,70 2,70 2,71 2,79 2,80 2,80 2,82 2,86 2,86
2,50 2,60 2,80 2,85 2,80 2,78 2,80 2,80 2,90 2,80 2,80 2,75 2,90 2,90 2,90 2,90 3,00 2,90
1,00 1,00 0,00 0,40 1,00 0,00 0,00 0,50 0,25 0,00 0,10 0,00 0,09 0,00 0,10 0,37 -0,07 1,00
0,27 0,47 0,47 0,55 0,68 0,48 0,28 0,38 0,35 0,15 0,17 0,17 0,09 0,04 0,06 0,11 0,10 0,28
$ $ $
vende
compra 2,25
vende $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
2,20
2,80
compra 2,75
# %
M ANUEL MEIRELES
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
# &
2,90
2,81
2,90 1,00
0,48
$
2,90
2,90
2,95 0,00
0,46
$
2,90
2,90
2,90 0,00
0,39
$
2,95 2,95 3,00
2,91 2,95 2,95
3,00 0,44 3,00 0,00 3,00 1,00
0,49 0,29 0,29
$ $ $
2,90 2,92
2,90 2,91
3,00 0,00 2,99 0,12
0,29 0,31
$ $
2,95 2,95 2,95
2,91 2,95 2,95
2,95 1,00 2,95 0,00 3,00 0,00
0,42 0,42 0,22
$ $ $
2,91
2,91
2,95 0,00
0,22
$
2,90 2,90 2,90
2,90 2,70 2,80
2,95 0,00 3,00 0,67 2,90 1,00
0,20 0,13 0,33
$ $ $
2,85 2,82
2,85 2,80
2,89 0,00 2,90 0,20
0,33 0,37
$ $
2,85 2,85
2,82 2,81
2,85 1,00 2,90 0,44
0,57 0,53
2,81 2,82 3,05 3,00
2,81 2,85 3,00 3,05
2,85 2,90 3,10 3,10
0,00 -0,60 0,50 -1,00
0,33 0,21 0,27 -0,13
$ $ $ $
2,95 3,05 2,95 3,05 3,10 3,35 3,10 3,25 3,25 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,32 3,56 3,56 3,55
2,95 2,95 2,95 3,05 3,00 3,35 3,15 3,20 3,22 3,25 3,25 3,20 3,20 3,25 3,31 3,56 3,56 3,50
3,00 3,05 3,05 3,10 3,15 3,40 3,40 3,25 3,40 3,44 3,30 3,30 3,30 3,40 3,35 3,60 3,60 3,60
0,00 1,00 0,00 0,00 0,67 0,00 -0,20 1,00 0,17 0,26 1,00 1,00 1,00 0,33 0,25 0,00 0,00 0,50
-0,22 -0,02 0,10 0,00 0,33 0,33 0,09 0,29 0,33 0,25 0,45 0,68 0,69 0,72 0,72 0,52 0,52 0,42
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
vende
compra 2,82
vende
$
2,85
3,30
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI 3,55
3,40
3,50 1,50
0,52
3,40
3,40
3,55 0,00
0,45
$
3,50
3,50
3,59 0,00
0,40
$
3,60 3,75 3,70
3,60 3,75 3,70
3,65 0,00 3,75 0,00 3,85 0,00
0,40 0,30 0,00
$ $ $
3,75 3,85
3,70 3,85
3,85 0,33 3,85 0,00
0,07 0,07
$ $
3,90 3,90 3,90 3,90 3,90 3,95 3,96 3,93 4,05 4,05 4,05 4,00 4,00 3,90 3,70 3,70 3,65 3,64 3,65 3,50 3,50 3,35 3,30 3,45 3,78 3,69 3,69 3,67 3,67 3,67 3,67 3,36 3,36
3,80 3,83 3,85 3,80 3,70 3,95 3,96 3,80 4,01 4,00 3,95 3,70 3,90 3,90 3,70 3,50 3,55 3,50 3,58 3,50 3,45 3,00 3,30 3,30 3,78 3,69 3,69 3,40 3,40 3,40 3,40 3,37 3,37
3,90 3,90 3,90 3,90 3,90 3,98 3,99 3,98 4,05 4,08 4,05 4,05 4,00 4,00 3,75 3,69 3,65 3,64 3,64 3,54 3,50 3,39 3,45 3,45 3,76 3,70 3,69 3,67 3,60 3,66 3,67 3,67 3,61
0,27 0,47 0,67 0,80 1,00 0,80 0,60 0,54 0,54 0,47 0,67 0,84 0,90 0,70 0,57 0,58 0,61 0,61 0,84 0,84 0,83 0,81 0,61 0,58 0,58 0,38 0,20 0,40 0,47 0,68 0,88 0,87 0,66
$ $
1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 0,00 0,72 1,00 0,62 1,00 0,86 1,00 0,00 0,00 1,05 1,00 1,00 1,16 0,00 1,00 0,90 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,35 1,04 1,00 -0,03 -0,04
compra 3,55
vende
3,90
$ compra 4,05
vende
$ $ $ $
3,90
compra 3,69
vende
3,67
# '
M ANUEL MEIRELES
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
$
3,36
3,37
3,61 -0,04 0,38
$
3,69
3,69
3,69 0,00
0,18
$
3,69
3,69
3,64 0,00
-0,02 $
3,55 3,50 3,65
3,55 3,45 3,30
3,67 0,00 3,58 0,38 3,70 0,87
-0,02 $ 0,07 $ 0,25 $
3,70 3,71
3,70 3,70
3,76 0,00 3,76 0,17
0,25 0,29
$ $
3,73 3,70 3,70 3,80 3,90 4,05 4,05 4,05 4,10 4,29 4,45 4,50 4,50 4,45 4,47 4,50 4,50 4,60 4,65 4,99 4,90 4,90 4,74 4,75 4,50 4,39 4,45 4,45 4,39 4,35 4,35 4,35 4,40
3,73 3,70 3,70 3,80 3,90 4,05 3,91 3,90 4,08 4,30 4,45 4,50 4,50 4,30 4,47 4,50 4,50 4,60 4,65 4,94 4,80 4,90 4,70 4,75 4,50 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,35 4,30 4,36
3,74 3,76 3,76 3,85 3,95 4,10 4,05 4,05 4,12 4,40 4,49 4,50 4,50 4,49 4,49 4,60 4,60 4,60 4,70 4,99 5,00 4,90 4,90 4,75 4,69 4,39 4,45 4,44 4,39 4,35 4,40 4,39 4,45
0,29 0,21 0,03 0,03 0,00 0,00 0,20 0,40 0,50 0,48 0,48 0,28 0,08 0,14 0,16 0,16 0,16 0,16 0,00 0,20 0,30 0,30 0,34 0,34 0,14 0,24 0,44 0,60 0,80 1,00 0,80 0,72 0,60
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00 0,50 -0,10 0,00 0,00 0,00 0,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,50 0,00 0,20 0,00 0,00 1,00 1,00 1,02 1,00 1,00 0,00 0,55 0,44
compra 3,69
vende
4,39
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI 4,50
4,45
4,52 0,71
0,54
4,59
4,55
4,60 0,80
0,50
4,55
4,55
4,55 0,00
0,50
4,50 4,45 4,70
4,35 4,45 4,65
4,50 1,00 4,58 0,00 4,70 1,00
0,59 0,50 0,56
4,65
4,60
4,70 0,50
0,50
$
$
A figura 7.5 resume as sete opera ções realizadas. Das sete,duas produziram resultados negativos ( o que significa 71% de ordens com resultado positivo). Em m édia, cada operação dura cerca de 15 preg ões –o que corresponde a tr ês semanas corridas. Cada operação, em m édia, produziu um resultado positivo de 9,96%. gõ
2,25 2,75 2,82 3,55 4,05 3,69 3,69
2,80 2,85 3,30 3,90 3,90 3,67 4,39 Médias=
24,44 3,64 17,02 9,86 -3,70 -0,54 18,97 9,96
10 30 15 11 4 4 35 15,57
Fi ur ura a 7.5
Para cada ação que você acompanha com o oscilador SMI, você deve ter uma planilha. Para facilitar a inclus ão dos dados obtidos via Internet, as colunas desta planilha devem seguir a mesma ordem: • A—:Código; • B—: Pregão (Empresa); • C—:Ação; • D—:Abert.; • E—:Min.; • F—:Máx.; • G—:Med.; • H—:Fech.;
M ANUEL MEIRELES $
• I—:Oferta Compra; • J—:Oferta Venda; • K—:Negs Realizados; tulos; • L—:Qtde Tí tulos; Depois destas colunas reserve mais duas: uma para a coluna M (MF$) e outra para para a coluna N (INDA Ç). Após isso coloque as colunas referentes ao oscilador SMI. • O—:PP (pressão do pregão) • P—:SMI (Stress Market Index) • Q—:$ (sinal) A construção da planilha é feita como mostra a figura 7.6. Muitas das colunas mostradas acima est ão ocultas —na medida em que apenas contêm valores. Para a constru ção do indicador são relevantes as colunas apresentadas na figura citada. De qualquer forma o conte údo de todas as colunas é o seguinte: Planilha 6: SMI (Algoritmo) H FEC
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
·22,,1251 2,30 2,30 2,35 2,36 2,35 2,20 2,20 2,19 2,20
I OC 2,19 2,21 2,29 2,28 2,33 2,38 2,01 2,00 2,16 2,10 2,15
J OV 2,23 2,24 2,30 2,30 2,40 2,40 2,35 2,35 2,20 2,19 2,20
O PP (H4-I4)/ (J4-I4+0,0001) repete repete repete repete repete repete repete repete repete repete
P SMI
Q $
MÉDIA(O4 DIA(O4:O8) :O8) SE(P SE(P8>0 8>0,5; ,5; " "; "$") "$") repete repete repete repete repete repete repete repete repete repete repete repete
Figura 7.6
Coluna A: Código da empresa. É importado via Internet. Recomendo que tenha esta coluna pois ajuda a perceber erros. Voc Você se surpreenderá com o número de vezes que copiou ação indevida. • Coluna B: Pregão: Inicialmente é importada com o nome da empresa. Delete o nome e introduza a data do preg ão. • Coluna C: Ação. É o tipo da ação, uma informa ção importada também via Internet. Embora voc ê saiba qual é o tipo (PN ou ON) este campo pode trazer informa ções adicionais referentes à ocorrência de proventos.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
$!
• Colunas D, E, F, G, H: São os preços que a ação atingiu no pregão: abertura, mí nimo, nimo, máximo, médio e fechamento. • Coluna I: Oferta de Compra. Cont ém o valor da Oferta de Compra (OC) registrada. Caso n ão conste da listagem a Oferta de Compra considere como indicado abaixo. • Coluna J: Oferta de Venda. Cont ém o valor da Oferta de Venda (OV) registrada. Caso n ão conste da listagem a Oferta de Venda considere como indicado abaixo. • Coluna K: Negócios realizados. tulos. • Coluna L: Quantidade de tí tulos. Valor da sua moeda forte fo rte (MF$) referente à data • Coluna M: Valor do pregão. • Coluna N: INDAÇ da ação. Veja que para as colunas M e N deve ver o que foi considerado no cap í tulo tulo 4. • Coluna O: PP (press ão do pregão). Veja a figura 7.6 a f órmula a usar. Repita depois continuamente essa e ssa f órmula. • Coluna P: SMI (Stress Market Index). É uma média móvel simples dos cinco últimos valores da press ão do pregão. (sina l). Veja Veja na figura 7.6 a f órmula a usar. • Coluna Q: $ (sinal). Preste aten ção que os valores correspondentes às ofertas de compra e de venda devem constar obrigatoriamente da planilha. Ocorre, entretanto, que muitas vezes, no fechamento do preg ão, pode não haver oferta para compra ou venda da a ção. Assim, considere o seguinte: q se na listagem não aparece o valor correspondente a OC: toma-se como valor da OC o pre ço de Fechamento ou da OC anterior - o menor dos dois. q se na listagem não aparece a OV: toma-se como valor da OV o preço do Fechamento ou da OV anterior- o menor dos dois. Para indicar que tais valores foram estimados, use tipo negrito na célula. Cabe observar que acompanhar uma acompanhar uma ação através de um método significa exatamente operar de acordo com o que preconiza tal método. Muitas vezes voc ê verá que não tem a ção alguma para adquirir. fique fora do mercado. Aproveite a lista abaixo
M ANUEL MEIRELES
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
$"
para se exercitar: verifique se determinaria determinar ia corretamente os momentos de compra ou de venda. Observe, tamb ém, que o sistema não acerta todas. F e ch
OC
OV
PP
Operacionaliz ação
S MI
1,77 1,75 1,70 1,62 1,55 1,55 1,52 1,53 1,50 1,50 1,49 1,54 1,56
1,74 1,75 1,62 1,60 1,53 1,54 1,51 1,53 1,49 1,50 1,49 1,50 1,55
1,78 1,76 1,70 1,62 1,55 1,56 1,52 1,54 1,51 1,51 1,50 1,54 1,57
0,75 0,00 1,00 1,00 1,00 0,50 0,99 0,00 0,50 0,00 0,00 1,00 0,50
0,75 0,70 0,90 0,70 0,60 0,40 0,30 0,30 0,40
1,57 1,56 1,57 1,56
1,56 1,55 1,56 1,55
1,57 1,57 1,57 1,56
0,99 0,50 0,99 0,99
0,50 0,60 0,79 0,79
1,52 1,52 1,55 1,61
1,51 1,51 1,55 1,61
1,53 1,53 1,56 1,63
0,50 0,50 0,00 0,00
0,79 0,69 0,60 0,40
1,55 1,72 1,72 1,60 1,60 1,60 1,61 1,60 1,61 1,61 1,61 1,69 1,72 1,75 1,77 1,74 1,75 1,81 1,75
1,55 1,70 1,70 1,60 1,59 1,59 1,58 1,59 1,60 1,60 1,61 1,68 1,70 1,75 1,76 1,73 1,74 1,81 1,74
1,56 1,72 1,72 1,61 1,63 1,63 1,61 1,63 1,61 1,64 1,61 1,69 1,72 1,76 1,77 1,75 1,75 1,82 1,75
0,00 1,00 1,00 0,00 0,25 0,25 1,00 0,25 0,99 0,25 0,00 0,99 1,00 0,00 0,99 0,50 0,99 0,00 0,99
0,20 0,30 0,40 0,40 0,45 0,50 0,50 0,35 0,55 0,55 0,50 0,50 0,64 0,45 0,60 0,69 0,69 0,50 0,69
$ $ $ $
compra 1,49
$ venda
1,57
$ $ $ $ $ $ $ $ $
compra 1,55
venda $ $
1,61
compra 1,69
$ venda
1,74
$ compra 1,75
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI 1,85
1,83
1,86 0,66
0,63
1,88
1,86
1,88 1,00
0,73
1,86 1,82 1,77
1,85 1,80 1,76
1,86 0,99 1,82 1,00 1,77 0,99
0,73 0,93 0,93
1,74 1,74
1,73 1,72
1,74 0,99 1,74 1,00
0,99 0,99
1,74 1,70 1,62
1,73 1,69 1,61
1,75 0,50 1,70 0,99 1,62 0,99
0,89 0,89 0,89
1,57
1,56
1,57 0,99
0,89
1,53 1,57 1,51
1,53 1,56 1,51
1,54 0,00 1,57 0,99 1,52 0,00
0,69 0,79 0,59
1,45 1,41 1,48 1,38
1,43 1,41 1,48 1,38
1,45 1,42 1,50 1,40
1,00 0,00 0,00 0,00
0,60 0,40 0,40 0,20
$ $ $
1,46 1,55 1,55 1,47
1,46 1,53 1,55 1,47
1,48 1,55 1,56 1,48
0,00 1,00 0,00 0,00
0,20 0,20 0,20 0,20
$ $ $ $
1,43 1,45 1,51 1,52 1,57 1,52 1,62 1,65 1,63 1,59 1,64 1,61 1,59 1,59 1,59 1,58 1,58 1,62 1,61
1,43 1,43 1,51 1,51 1,55 1,52 1,61 1,64 1,63 1,59 1,64 1,60 1,58 1,59 1,58 1,57 1,57 1,62 1,60
1,44 1,45 1,52 1,51 1,58 1,53 1,62 1,65 1,64 1,61 1,65 1,61 1,59 1,61 1,59 1,58 1,59 1,63 1,61
0,00 1,00 0,00 100,00 0,66 0,00 0,99 0,99 0,00 0,00 0,00 0,99 0,99 0,00 0,99 0,99 0,50 0,00 0,99
0,20 0,40 0,20 20,20 20,33 20,33 20,33 20,53 0,53 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,59 0,79 0,69 0,50 0,69
$ $ $
venda
compra 1,48
venda
$ $ $ $ $
1,86
1,57
compra 1,64
venda
1,58
$ compra 1,61
$ #
M ANUEL MEIRELES
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
$ $
1,61 1,60 1,59
1,60 1,60 1,57
1,61 0,99 1,61 0,00 1,59 1,00
0,69 0,50 0,50
compra 1,61 $ $
1,55
1,55
1,57 0,00
0,40
$
1,63 1,61 1,65 1,80 1,78 1,77 1,74
1,61 1,61 1,63 1,80 1,78 1,77 1,74
1,63 1,63 1,65 1,82 1,79 1,79 1,75
1,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,60 0,40 0,60 0,40 0,40 0,20 0,20
1,77 1,77 1,74 1,78
1,77 1,76 1,74 1,77
1,78 1,77 1,76 1,79
0,00 0,99 0,00 0,50
0,00 0,20 0,20 0,30
$ $ $ $
1,83 1,83 1,80 1,77 1,80 1,79 1,77 1,75 1,80 1,77 1,78 1,77 1,79 1,80 1,76 1,77 1,76 1,76 1,80 1,78 1,80 1,78 1,78 1,79 1,79 1,79 1,78
1,83 1,79 1,78 1,76 1,80 1,79 1,77 1,75 1,77 1,77 1,77 1,77 1,78 1,79 1,76 1,75 1,76 1,75 1,78 1,77 1,77 1,75 1,78 1,77 1,78 1,79 1,77
1,85 1,82 1,80 1,77 1,81 1,80 1,78 1,77 1,80 1,78 1,78 1,78 1,80 1,80 1,78 1,78 1,77 1,76 1,80 1,78 1,80 1,77 1,79 1,79 1,79 1,80 1,78
0,00 1,33 1,00 0,99 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,99 0,00 0,50 0,99 0,00 0,66 0,00 0,99 1,00 0,99 1,00 1,49 0,00 0,50 0,99 0,00 0,99
0,30 0,56 0,56 0,76 0,66 0,66 0,40 0,20 0,20 0,20 0,40 0,40 0,50 0,50 0,50 0,43 0,43 0,53 0,53 0,73 0,79 1,09 0,89 0,30 0,89 0,70 0,40
$
$
venda 1,61 compra 1,65
$ $ $ $
venda
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
1,80
compra 1,75
venda
1,80
$
$
compra 1,78
A arte de operar na Bols@ pela Internet
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI 1,77
1,77
1,79 0,00
0,40
$
1,78
1,77
1,78 0,99
0,40
$
1,78 1,76 1,72 1,73 1,77 1,78 1,78
1,77 1,76 1,72 1,71 1,77 1,77 1,77
1,78 1,78 1,72 1,74 1,79 1,78 1,78
0,99 0,00 0,00 0,66 0,00 0,99 0,99
0,59 0,59 0,40 0,53 0,40 0,40 0,59
1,76 1,72 1,73 1,78
1,76 1,72 1,71 1,76
1,78 1,72 1,74 1,78
0,00 0,00 0,66 1,00
0,59 0,40 0,53 0,53
1,83 1,89 1,84 1,87 1,89 1,91 1,97 1,94 1,93 1,89 1,87 1,90 1,93 1,91 1,89 1,85 1,88 1,87
1,82 1,84 1,84 1,86 1,87 1,90 1,97 1,90 1,92 1,87 1,87 1,90 1,91 1,89 1,85 1,85 1,87 1,85
1,84 1,89 1,86 1,87 1,89 1,91 1,98 1,94 1,93 1,89 1,88 1,95 1,93 1,91 1,89 1,87 1,90 1,87
0,50 1,00 0,00 0,99 1,00 0,99 0,00 1,00 0,99 1,00 0,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,00 0,33 1,00
0,43 0,63 0,63 0,70 0,70 0,79 0,60 0,79 0,79 0,79 0,60 0,60 0,60 0,40 0,60 0,60 0,46 0,66
1,85 1,84 1,83 1,79 1,76 1,77 1,80 1,80 1,80 1,76
1,85 1,83 1,82 1,79 1,75 1,77 1,78 1,77 1,78 1,76
1,87 1,85 1,84 1,80 1,80 1,79 1,82 1,81 1,79 1,77
0,00 0,50 0,50 0,00 0,20 0,00 0,50 0,75 1,98 0,00
0,46 0,36 0,46 0,40 0,24 0,24 0,24 0,29 0,69 0,65
venda
1,76
$ compra 1,73 $ $ venda
1,76
$ compra 1,73 $ venda
1,84
$
compra 1,91
$
venda 1,88 compra 1,87
$ $ $ $ $ $ $ $ venda
1,76
$ %
M ANUEL MEIRELES
COMO ACOMPANHAR A ÇÕES PELO SMI
$ &
1,70
1,67
1,70 1,00
0,84
1,69 1,72
1,69 1,72
1,70 0,00 1,72 0,00
0,75 0,60
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
%
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 8
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
%!
Mais técnicas para selecionar ações As técnicas para selecionar as empresas que devem ter suas ações acompanhadas atentamente pelo investidor s ão dados, principalmente, pela Escola Fundamentalista. cujo fundamento repousa na tese de que existe uma correla ção lógica entre o valor intr í nseco nseco de uma ação e seu pre ço de mercado. Os investidores fundamentalistas, acompanham as empresas que possuem as melhores previsões de lucros futuros, futuros, e procuram localizar no mercado as que, tendo boas perspectivas, tenham cotações baixas à luz dos resultados esperados. São seguros os m étodos que os investidores usam? No meu entender todos os m étodos — incluindo o KM e o SMI — são tão seguros quanto os m étodos de previsão do tempo. Previs ões são previs ões; só a realidade poderá mostrar, com o passar do tempo, se tais previs ões estavam certas ou n ão. Mas, indiscutivelmente, costumam ser melhores do que investir sem qualquer orientação. Eis alguns dos m étodos: 1. Í ndice ndice Preço-Lucro-PL; 2. Cash-yield; 3. Cotação / Valor Valor patrimonial; patrimonia l; 4. Análise Estrutural da Ind ústria; 5. Í ndice ndice Sharpe; 6. Capital Asset Pricing Model (CAPM) e 7. Indicador KM (j á apresentado no cap í tulo tulo 6). Veja os princí pios pios nos quais tais m étodos se fundamentam.
1.—PL: Í ndice ndice Preço / Lucro O PL, decorre da divis ão entre o pre ço de mercado de um
M ANUEL MEIRELES %"
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
determinado papel, em certo momento, pelo lucro l í quido q uido anualizado1 da ação. O método consiste em dividir o lucro l í quido quido por ação, obtido em um dado balanço, e dividi-lo pelo pre ço da ação. Para que o cálculo seja mais preciso, é conveniente que os valores sejam em moeda forte. Exemplo: Num Relatório Financeiro da Copesul, podemos ver na Demonstra ção do Resultado, que o lucro lí quido quido por lote de 1000 ações foi de $5,98. Considerando a mesma data de fechamento desse relatório, a nossa moeda forte MF$ valia $1,0386. Portanto, podemos dizer que o lucro l í quido quido da Copesul, por lote de 1000 ações, $5,98/1,0386= MF$5,7578. Em uma altura posterior, observou-se que o lote de 1000 ações da Copesul ON (CPS3) era negociado negociad o ao pre ço médio de $39,03. Nesta data a MF$l valia 1,0730 Desta forma, o lote de 1000 ações da Copesul custava $39,03/1,0730= $36,3747. Temos os dois valores, lucro l í quido quido e preço de custo m édio da ação, na mesma moeda forte. Podemos agora calcular o P/L da ação: PL= Preço / Lucro PL = $36,3747/$5,7578 $36,3747/$5,7578 PL = 6,3175 anos. Teoricamente, eoricamente , o PL indica em quantos qua ntos anos o Lucro L í quido quido - permanecendo no mesmo n í vel vel - pagaria a a ção que estamos adquirindo. No caso, só ao fim de 6,375 anos a Copesul pagaria p agaria o nosso lote de 1000 a ções, se o adquirirmos ao pre ço médio de MF$36,3747 - desde que continue a dar um lucro l í quido quido de MF$5,7578 por lote de 1000 a ções nos próximos anos - tal como deu referente ao ano passado. Por este m étodo deve-se escolher as a ções das empresas com o PL menor, isto é: cujo retorno ocorre mais rapidamente. Observe-se, contudo que um Lucro L í quido quido anual de MF$5,7578 Anual ou anualizado por alguma técnica adequada. Você pode usar um deflator como o IGP-M ou algo equivalente, como a MF$.
1
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
% #
para um investimento de MF$36,3747 representa uma rentabilidade de 15,83%. Isto deve ser tomado em conta quando se considera outras alternativas de investimento. Cabe também notar que neste m étodo falamos de Lucro Lí quido quido e não de Dividendos distribu í dos dos ao investidor. investid or. Já tive a oportunidade de lhe mostrar — com o exemplo da Batatix SA — que mesmo que a empresa n ão distribua dividendos o valor patrimonial da ação aumenta2 , afetando o pre ço da ação na Bolsa.
2.— Cash-yield O cash-yield é a relação do dividendo anualizado pelo preço de mercado da a ção. É semelhante ao PL, em termos de cálculo, mas baseia-se num conceito diferente: o que importa não é o lucro apurado, mas o dividendo distribu í do. do. Embora seja um dos indicadores mais usados pelos investidores tradicionais, o m étodo, como se v ê, é incoerente, pois não leva em conta que o lucro retido tamb ém é um "ganho" do acionista, e que este ganho acaba por se expressar atrav és da elevação do preço da ação no mercado. Mas, o conceito que está por detrás dele é a sobrevivência do investidor t í pico, pico, aquele que vive dos dividendos das a ções que possui. Neste sentido, não lhe interessa ser acionista de empresas altamente rent áveis mas pouco voltadas para os seus interesses. O pressuposto deste método é o seguinte: o investidor deve adquirir e manter no seu portfólio3 ações cujos dividendos anuais representem pelo menos 6% do custo da ação. Para comprar hoje uma ação, o investidor deve observar se os dividendos distribu í dos dos correspondem a pelo menos 6% do valor dela; para manter a a ção em carteira, o investidor deve observar se os dividendos distribuí dos dos correspondem a pelo menos 6% do valor pelo qual a ação foi comprada — não interessa quando. Por exemplo: um investidor observa que uma a ção ABC, tem o preço de mercado (custa) MF$100,00 e recebeu, no 2
Pelo valor dos dividendos retidos.
3
Carteira de ações ou de tí tulos. tulos.
M ANUEL MEIRELES % $
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
cio, MF$12,00 de dividendos. Ótimo: o cash-yield último exercí cio, desta ação é de MF$12,00 / MF$100,00= 12,00%. É um bom cash-yield. O investidor compra, portanto a a ção. No ano seguinte a a ção sobe, no mercado, para MF$300,00 e os dividendos distribuí dos dos são de MF$13,00. Para o nosso investidor que adquiriu a a çã o ABC a MF$100,00, os MF$13,00 recebidos a tí tulo tulo de dividendos, correspondem a uma remunera ção de 13,00% do capital investido. Ótimo, para quem se contenta com 6%. Portanto, nosso investidor, feliz, mant ém a ação ABC em sua carteira. Agora vejamos um outro investidor que pretende pretend e usar este método para selecionar suas ações e que não tem a ABC na sua carteira. Ele observa que a a ção ABC tem um pre ço de MF$300,00 no mercado, mas distribuiu dividendos de apenas MF$13,00. Calculando o cash-yield ele obt ém o valor de: Cash-yieldABC= MF$13,00 / MF$300,00 Cash-yieldABC=0,0433 ou 4,33% Como o cash-yield n ão é pelo menos de 6%, este nosso investidor não adquire a ação ABC. Se uma empresa remunera seus acionistas acionistas durante o ano, diversas vezes, por meio de distribui ção de juros ou antecipando dividendos, é necessário calcular o valor total recebido pelo acionista. Tais Tais valores devem estar, esta r, obviamente deflacionado defl acionados. s. Por este m étodo selecionam-se, inicialmente, as ações com maior cash-yield que superem um determinado valor — normalmente considerado de 6%. Nos anos subsequentes, tira-se da carteira qualquer a ção cujos dividendos recebidos n ão representem pelo menos 6% do valor efetivamente pago pela ação, e coloca-se, em troca, uma que possua o cash-yield igual ou superior a 6%. A revista Investidor Profissional publica Profissional publica nas suas edi ções os cash-yields das empresas que analisa. Olhando Olhand o a lista, voc ê ficará abismado com a quantidade de empresas com cash-yields nulos ou muito baixos. Mas preste aten ção: ter um cash-yield baixo pode não ser um dem érito da administra ção da empresa — mas uma decorr ência das for ças de mercado. No exemplo da empresa ABC, apresentado acima, a administra ção obteve lucros — tanto que distribuiu num ano MF$12,00 e no ano seguinte MF$13,00. E t ão boas eram as expectativas dos investidores
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
% %
que a ação, no mercado, passou de $100,00 para $300,00. Ocorre que, para a t écnica do cash-yield, a a ção passa a n ão ser boa: seu preço de mercado est á muito alto. Os investidores — aqueles que administram capitais objetivando dividendos — como os administradores de grandes fundos, precisam continuamente de ampliar sua carteira. Num mercado que tenha subido persistentemente, é possí vel vel que os investidores n ão encontrem ação comprável — ação que, pelo menos, ofereça 6% de dividendos a cada ano. O que é que você imagina que ocorre? O que é que você faria se tivesse o problema deles: dinheiro na m ão e mercado sem a ções compráveis? Se respondeu, — derrubaria a Bolsa , respondeu muito bem. E provocar uma queda na Bolsa, Bolsa , para um investidor ou um con junto de investidores de porte n ão é nada difí cil: cil: compram meia dúzia de ABC a MF$300,00 e vendem por MF$280;00; depois recompram a MF$280,00 e vendem a MF$260,00. MF$260,00. O pânico dos especuladores instala-se e a a ção acaba por atingir o valor que possuia há um ano: MF$100,00. Nesta altura — quando todo mundo lamenta a crise na Bolsa — eles, investidores, felizes, compram de baciada. A ABC incorpora agora ago ra as suas carteiras, prometendo dividendos em n í veis veis excelentes: MF$13,00 / MF$100,00 = 13,00%. Como voc ê pode ver, o termo crise na Bolsa é sempre um termo relativo. Você, se tiver paci ência, pode construir um indicador especial que lhe mostrar á a tendência da Bolsa. Pegue na carteira teórica do Ibovespa, onde cada ação tem um certo peso (Qtde), e multiplique o peso de cada a ção pelo cash-yield (CY) atualizado. Faça a somatória tanto da quantidade das ações (Qtde) quanto dos resultados dos produtos (Qtde*CY). Dividindo a somat ória dos produtos Qtde*CY pela somat ória das Qtdes, voc ê tem um precioso indicador do cash-yield m édio do mercado. Este valor é preditivo do comportamento geral do mercado: quanto mais alto o valor melhor para a estabilidade do mercado. Isso significa que os investidores possuem a ções compr á veis ; se o indicador estiver á veis baixo, é possí vel vel que o mercado venha a ser derrubado. Se voc ê pesquisar as grandes crises nas crises nas Bolsas, vai perceber que nada mais ocorreu do que um ajuste de cash-yield. cash-yield . Em agosto de 98, o cash-yield Ibovespa era inferior a 2,8% — com empresas de porte oferecendo cash-yields nulos ou pr óximos disso. Para voltar a um patamar de cash-yield considerado m í nimo nimo (de 6%), os preços das ações precisavam cair cerca de 53% [100- (2,8%/
M ANUEL MEIRELES % &
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
0,06) =53,3]. E foi o que ocorreu: no preg ão de 11 de setembro de 1998, os indicadores da evolu ção dos fechamentos, da Bovespa, oferecia o seguinte quadro: Periódo
Variação
Na semana No mês
-7,5% -16,5%
No ano
-47,0%
Há uma semana Há um mês Há um ano
-7,5% -38,6% -51,%
Máxi mo no ano (15 / 4) Mí nimo no ano (10 / 9)
1229 9 476 0
O pregão de 10 de setembro de 1998, foi realmente at í pico: pico: por volta das onze horas a desvalorização já tinha atingido 10% e o circuit breaker — uma espécie de limitador de insensatez — foi acionado pela primeira vez. No final da tarde foi acionado novamente. Os tolos, como v ê, estavam agindo. Mas, o pior, pior, eram as justificativas apresentadas apresenta das para a histeria dos especuladores: a tentativa dos investidores estrangeiros em vender suas a ções, a qualquer preço foi apontada como uma das principais causas da queda de 15,82% que a Bolsa de Valores Valores de S ão Paulo registrou nesta data. Os investidores estavam conscientemente fazendo o seu trabalho de colocar a Bolsa no seu devido lugar, mas levavam a culpa da atuação insensata dos especuladores. especulador es.
3.—Cotação / Valor Patrimonial Este indicador representa o quociente quocie nte entre o pre ço de mercado da ação e o valor patrimonial da mesma. O preço do mercado, é o preço médio da ação negociada na data em que estamos procedendo à análise - representa o preço mais provável que deveremos pagar por tal a ção se decidirmos adquiri-la. O valor patrimonial da ação, é o resultado da divis ão do patrimônio lí quido quido pelo número total de ações. O Patrim ônio Lí quido reflete todo o Ativo da empresa menos o que ela el a deve. Portan-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
% '
to, o valor patrimonial de uma a ção expressa, teoricamente, o quanto o acionista receberia se a empresa fosse liquidada em determinada data. A revista Investidor Profissional publica, Profissional publica, também semanalmente, uma relação de Cota ção/Valor Patrimonial. Mas, voc ê pode facilmente calcular este indicador, servindo-se dos Balanços das empresas. L á você encontra o número de ações que a empresa possui e o Patrim ônio Lí quido quido da Empresa. Por exemplo, em 30/9/99, a Perdig ão SA tinha um Patrim ônio Lí quido quido (PL) de $493709000, e um total de 222544717996 ações. Dividindo-se o PL pelo número de ações, obtém-se o valor de $2,22 por lote de mil ações. Este era o Valor Patrimonial de cada a ção. Nessa mesma data as a ções estavam sendo negociadas, ou seja, eram cotadas, a $2,67 por lote de mil. O indicador Cota ção / Valor Patrimonial Patrimonial nada mais é do que, no exemplo, a divis ão de $2,67 por $2,22 — o que resulta em 1,20. O que significa isto? Que no mercado acion ário a ação da Perdigão pode ser comprada por 20% acima do seu valor patrimonial. Este indicador é apenas orientativo, n ã o tendo uma aplicabilidade maior, embora seu pressuposto seja de que o investidor deva escolher as a ções das empresas com a menor relaquido. O equí voco voco deste método é consição Preço/Patrimônio Lí quido. derar que o PL expressa o real patrim ônio de uma empresa — o que está distante de ser verdade.
4.—Análise Estrutural da Indústria Estamos vendo alguns m étodos que se destinam a apontar as melhores a ções — ou, falando de outra forma — que se destinam a predizer quais empresas tender ão a gerar mais lucros. Isso mesmo: lucros. O que nos interessa é antever empresas potencialmente lucrativas. O indicador KM, o í ndice ndice PreçoLucro, o cash-yield e a rela ção Cotação/Valor Patrimonial, s ão métodos relativamente f áceis — principalmente se comparados ao modelo CAPM. O método que você vai ver nesta se ção, é um método que n ã o costuma ser listado como m é todo t í pico p ico das Escola
M ANUEL MEIRELES &
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
Fundamentalista — até porque não foi desenvolvido para tal — mas cumpre facilmente o objetivo que se pretende alcan çar. E é um método que tem a vantagem de ser relativamente simples de aplicar. O que é que você quer saber como investidor? Quer saber de bons neg ócios, não é verdade? Bons negócios devem gerar bons lucros e, por conseguinte, bons dividendos. Ent ão, porque não considerar o m étodo da Análise Estrutural da Ind ústria, idealizado por Porter? Veja como você pode, então, usar Porter para selecionar as empresas de uma ind ústria rentável. Michael Porter 4 identificou seis fatores determinantes, cuja atuação, em conjunto, resulta em uma mesma base para o n í vel vel de lucratividade (baixa, m édia ou alta) das empresas no neg ócio. Um neg ó ócio cio ideal é aquele que apresenta: altas barreiras para a entrada; inexistência de barreiras para a sa í da; da; pequeno grau de rivalidade; inexistência de produtos substitutos; maior poder de negociação que os clientes e maior poder de negocia nego cia ção que os fornecedores. À análise para verificar a "qualidade de um negócio", Porter deu o nome de An álise Estrutural da Ind ústria. Portanto, An álise Estrutural da Ind ústria é um procedimento destinado a diagnosticar a qualidade de um neg ócio, com base em seis fatores determinantes que mensuram os componentes de sucesso e de insucesso de um neg ócio de uma empresa e dos seus concorrentes. Para se fazer cuidadosamente uma An álise Estrutural do negócio deve-se avaliar os poss í veis veis componentes de cada um dos seis determinantes do sucesso (ou insucesso) do neg ócio5 Porter é, reconhecidamente, o mais importante teórico de estratégia no mundo. Editou, em 1980, o primeiro livro notável com desené gia volvimento de conceitos próprios de estratégia: Estrat é gia Competi- tiva , pela editora Campus. Em 1990 editou Vantagem Competitiva çõ es , das Na çõ es , pela mesma editora. Nesta obra ampliou os conceitos de estratégia para problemas macro-econômicos. Porter, no livro çõ es Vantagem competitiva das na çõ es prop ôs que os pa í ses ses fossem classificados de acordo com as vantagens competitivas que suas empresas têm . 4
Indispensável a leitura das revistas Mercado de Capitais, da Abamec, e Informe Financeiro, da Adinvest, com as suas análises setoriais. Você também pode encontrar preciosas informações nos relatórios de Análise Setorial da Gazeta Mercantil, contendo estudos completos dos mais destacados setores da economia. 5
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
&
indicados por Porter. Porter. Um bom negócio possibilita que todas as empresas que estejam nele sejam bem sucedidas. Existe uma tend ência para que todas as empresas de um neg ócio tenham o mesmo n í vel vel de sucesso. Todas Todas as cervejarias cervej arias de um pa í s, s, todas as franquias de fast-food, todas as editoras de livros, etc. t êm lucratividade semelhante entre si. Isso indica que existem determinantes para o sucesso (ou insucesso) que s ão comuns a todas as empresas do negócio ou ramo industrial. Eles afetam simultaneamente todas as empresas de um mesmo neg ócio. Se unirmos os dois primeiros fatores - que se referem a barreiras - e os dois últimos - que se referem a poder de negociação - temos quatro b ásicos fatores determinantes do sucesso de um negócio: 1. altas barreiras para a entrada e inexist ência de barreiras para a saí da; da; 2. pequeno grau de rivalidade; 3. inexistência de produtos substitutos; 4. maior poder de negocia ção que os clientes e maior poder de negociação que os fornecedores Veja cada um destes quatro conceitos separadamente: I—Barreiras: Barreiras são dificuldades para o ingresso ou sa í da da de empresas de uma determinada ind ústria. A exist ência de barreiras para a entrada dificultam o surgimento de novos competidores para dividir o mercado. A inexist ência de barreiras para a sa í da, da, especialmente nos momentos de crise, facilitam o fechamento de empresas, deixando as remanescentes remanescente s com a maior fatia do mercado. O fechamento de um concorrente, facilita facili ta a sobreviv ência e o sucesso das empresas que resistiram às dificuldades do mercado. As barreiras de entrada t êm uma importância alternativa em relação às de saí da, da, já que as primeiras s ão mais importantes num mercado em crescimento e, as últimas, são decisivas num mercado em crise. Constituem barreiras de entrada, entrada, em especial:
M ANUEL MEIRELES &
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
A) tamanho m í nimo nimo do empreendimento: quanto maior for o volume de capital para iniciar um neg ócio tí pico, pico, maior é barreira. Uma indústria quí mica mica tem um tamanho m í nimo nimo de empreendimento maior do que uma papelaria; B) sofisticação tecnológica: quanto maior o grau de tecnologia que o negócio requer (tanto em m áquinas quanto em pessoal), maior é a barreira. Uma ind ústria quí mica mica tem uma sofistica ção tecnológica maior do que uma sapataria; C) complexidade da distribui ção: quanto maior for a complexidade da distribuição do produto ou do servi ço, maior é a barreira. Distribuir medicamentos é mais complexo do que distribuir sapatos; D) fontes de insumos: quanto maior for a complexidade para a obtenção de insumos, maior é a barreira. Os insumos quí micos micos são mais difí ceis ceis de obter do que insumos para uma padaria; E) normas governamentais: quanto mais exigentes ou abundantes forem as normas governamentais pertinentes ao neg ócio, maiores são as barreiras. As normas governamentais de uma industria quí mica mica são mais complexas que as normas que regem uma sorveteria. São t í picas picas barreiras de saí da: da: F) número de concorrentes no mercado: quanto menor o número de concorrentes maior é a barreira à saí da da da empresa (ela tenta resistir, pois se um outro concorrente sair a fatia de mercado crescer á substancialmente para ela); G) recuperação de investimentos: quanto menor for a possibilidade de se recuperar o que foi investido, maior é a barreira de saí da; da; H) restri ções legais e sociais: quanto maiores e mais complexas forem as restri ções legais para uma empresa encerrar suas atividades, maior é a barreira de saí da. da. Uma faculdade tem muitas restri ções ao seu fechamento. II—Rivalidade: cil ter sucesso quando os concorrentes disputam É mais difí cil palmo a palmo sua posi ção no mercado atual e futuro. Para
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
&!
Zaccarelli (1996), o grau de rivalidade é determinado, principalmente, pelas caracter í sticas sticas da ind ústria, e, em menor grau, pela personalidade dos executivos: a rivalidade praticamente n ão envolve "fatores pessoais" dos executivos que comandam as organizações. São os seguintes os fatores impessoais da rivalidade entre as empresas: I) concorrentes todos equilibrados: equilibrado s: quanto mais equilibrados em porte e em faturamento forem os concorrentes, maior é o grau de rivalidade entre as empresas; J) taxa de crescimento do neg ócio: quanto menor for a taxa de crescimento do negócio, maior é a rivalidade. A rivalidade entre os provedores da Internet n ão será muita se a ades ão à rede se ampliar a taxas significativamente elevadas; K) custos fixos elevados: a rivalidade é alta se os custo fixos, em rela ção aos custos vari áveis, forem altos. É preciso lutar por vendas para gerar uma boa receita para pagar os custos fixos; L) excesso cr ônico de capacidade capacidade instalada: instalada: a rivalidade é maior entre as empresas se houver capacidade instalada superior à demandada. Se todas as empresas do setor estiverem sem capacidade ociosa, n ão buscarão novos clientes — que não poderão atender; M) módulo de acréscimo da capacidade: é maior a rivalidade entre as empresas se a amplia ção do negócio requerer pequenos módulos. O módulo de crescimento de uma sider úrgica é um alto-forno — algo dispendioso; para uma faculdade o m ódulo de crescimento é de uma ou duas salas, capazes de acomodar mais uma ou duas turmas. III–Produtos/Serviços Substitutos: O negócio ideal não possui produtos/servi ços substitutos, que diminuem o tamanho e a natureza do mercado, dando outras opções aos clientes. Um bom produto/servi ço substituto pode significar a extin ção de todas as empresas, que n ão se adaptarem no devido prazo. A esferogr áfica substituiu a caneta; o computador substituiu as m áquinas de escrever; os softwares CAD estão substituindo as pranchetas prancheta s e as réguas T.
M ANUEL MEIRELES &"
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
Quanto menor for o grau de substituí bilidade bilidade do produto ou do serviço, melhor é para a indústria. Quanto à substitu í bilidade bilidade deve-se considerar consider ar,, pelo menos: N) preço / benefí cio cio relativos: quanto melhor for esta relabilidade. ção, para o produto substituto, maior é o grau de substitu í bilidade. O gás encanado tem um pre ço menor do que que o gás em botij ão cio; — oferecendo o mesmo benef í cio; O) custo da mudan ça: os consumidores que fazem uso de gás em botijão pensarão no custo que significa mudar para o g ás encanado — o que exigirá algum custo inicial. Quanto menor o custo da mudan ça, maior é o grau de substitu í bilidade; bilidade; P) confiabilidade do substituto: o g ás encanado é tão confiável quanto o em botij ão — mas se o servi ço de distribuição d e g á s encanado apresentasse problemas cr ô nicos a substituí bilidade bilidade seria reduzida. Quanto maior for a confiabilidade do produto substituto maior é o grau de substitu í bilidade. bilidade. IV—Poder de Negociação: Um maior poder de negocia ção que os clientes, resulta em bons preços de venda; um maior poder de negocia ção que os fornecedores, resulta em bons pre ços de compra. Se as empresas de uma ind ústria não tiverem maior poder de negociação na cadeia de suprimentos, o lucro que poderiam poderia m gerar por sua atividade vai ser transferido para os clientes ou para os fornecedores, ou para ambos. Aumentam o poder de negocia ção da empresa: Q) ter alternativas de fornecedores dos seus insumos. Poucas alternativas indicam pouco poder de negocia ção; R) operar com volumes relativamente elevados. Volumes Volumes elevados aumentam o poder de negocia ção; S) ter custos de estocagem reduzidos. Custos reduzidos de estoques elevam o poder de negocia ção; T) lidar com produtos não perecí veis veis — ou que não perdem rapidamente rapidamente a validade após a fabrica ção aumenta o poder de negociação; U) ter muitos clientes — especialmente consumidores finais — aumenta o poder de negociação.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
& #
Avaliação da Qualidade do neg ócio6 Você pode fazer a an álise da qualidade de qualquer ind ústria, ou de qualquer setor, setor, tendo presente os conceitos acima listados. A t énica consiste em avaliar a qualidade de diversas indústrias e adquirir a ções de empresas pertencentes a tais indústrias. Para cada ind ústria analisada, voc ê precisa estabelecer uma nota quanto aos quesitos : barreiras, rivalidade, substituí bilidade bilidade dos produtos e poder de negocia ção. Barreiras Barreiras de Entrada
Lucros
Altas
Baixas Baixas
baixos e constantes
altos e constantes
Barreiras de sa í d a
Altas
altos e incontantes
baixos e inconstantes
Os lucros da indústria estão muito associados ao composto das barreiras de entrada e de sa í da. da. Segundo Porter Porte r, empresas com altas barreiras de entrada e baixas barreiras de sa í da da tendem a produzir lucros altos e constantes. Para você fazer uma avalia ção das barreiras de entrada e de saí da, da, oriente-se pelo quadro abaixo: Análise Estrutrural da Industria Indústria analisada: Quesito ou Critério (Barreiras de entrada e de sa í da) da)
0
1
2
3
A:Tamanho mí nimo nimo do empreendimento empreendimento
4
5
4
B:Sofisticação tecnológica e d s a r i e r r a B
a d a r t n e
5
C:Complexidade da distribuição do produto
4
D:Dificuldade na obtenção de insumos
3
E:Complexidade das normas governamentais
5
F:Quantidade de concorrentes no mercado s a r i e r r a B
a d í a s e d
21
3
G:Possibilidade de recuperação dos investimentos H:Restrições legais e sociais para fechamento
s o t n o P
4 1
8
Para um melhor estudo do assunto ver: ZACCARELLI, Sérgio B. é gia Estrat é gia moderna nas empresas . São Paulo: Zarco, 1996.. 6
M ANUEL MEIRELES & $
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
Faça depois uma análise dos demais quesitos, como mostra o quadro seguinte. Observe muito bem a pontua ção que atribui a cada quesito. Oriente-se pelo texto acima, para que a atribuição seja correta. Quesito ou Critério (Rivalidade, substituibilidade e poder de
0
1
2
3
4
5
negociação) I:Grau de equilí brio brio dos concorrentes
4
J:Taxa de crescimento do negócio e d a d i l a v i R
3
K:Relação custos fixos/ custos variáveis
5
L:Relação capacidades ociosa / instalada
3
M:Tamanho do módulo de acréscimo
4
N:Relação preço / benefí cio cio i u t i t s b u S
e d a d i l i b
19
3
O:Custo da mudança
5
P:Confiabilidade do substituto
5
Q: Alternativa de fornecedores
13
4
R: Volume elevado de compras e o d ã ç r a e i d c o o P g e n
s o t n o P
5
S: Custos de estocagem reduzidos
1
T: Produtos não-perecí veis veis
1
U: Muitos clientes
4
15
Uma vez obtida a pontua ção, complete o quadro abaixo. Observe que os pontos obtidos em cada quesito quesi to s ão multiplicados por um fator (peso), mostrando a import ância relativa de cada critério de julgamento. Às barreiras de entrada foi dado um peso maior, podendo uma indústria ou um setor totalizar 50 pontos. Análise Estrutural da Ind ústria Resumo da Pontuação Indústria ou Setor: Critérios (Qtde.)
Pontos atribuí dos dos
Peso
Pontos ponderados
Barreiras de entrada (5) Barreiras de saí da da (3) Rivalidade (5) Substituibilidade (3)
21 8 19 13
+10
210
-2
-16
-3
-57
-5
-65
Poder de negociação (5)
15
+3
45
Total de pontos=
117
Uma análise estrutural de uma indústria exige que voc ê conheça razoavelmente as caracter í sticas sticas das empresas pertencentes a ela — mas certamente o esfor ço produzirá bons resultados. Veja o exemplo abaixo.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
& %
Análise Estrutrural da Industria Indústria analisada: Quesito ou Critério
0
(Barreiras de entrada e de sa í da) da)
1
2
3
4
A:Tamanho mí nimo nimo do empreendimento empreendimento
4
B:Sofisticação tecnológica e d s a r i e r r a B
a d a r t n e
5
C:Complexidade da distribuição do produto
4
D:Dificuldade na obtenção de insumos
3
E:Complexidade das normas governamentais
5
F:Quantidade de concorrentes no mercado s a r i e r r a B
a d í a s e d
s o t n o P
5
21
3
G:Possibilidade de recuperação dos investimentos
4
H:Restrições legais e sociais para fechamento
1
8
Quesito ou Critério (Rivalidade, substituibilidade e poder de
0
1
2
3
4
5
negocia ção) I:Grau de equilí brio brio dos concorrentes
4
J:Taxa de crescimento do negócio e d a d i l a v i R
3
K:Relação custos fixos/ custos variáveis
5
L:Relação capacidades ociosa / instalada
3
M:Tamanho do módulo de acréscimo
4
N:Relação preço / benefí cio cio i u t i t s b u S
e d a d i l i b
19
3
O:Custo da mudança
5
P:Confiabilidade do substituto
5
Q: Alternativa de fornecedores
13
4
R: Volume elevado de compras e o d ã ç r a e i d c o o P g e n
s o t n o P
5
S: Custos de estocagem reduzidos
1
T: Produtos não-perecí veis veis
1
U: Muitos clientes
4
15
Análise Estrutural da Ind ústria
Resumo da Pontuação Indústria ou Setor: Critérios (Qtde.)
Barreiras de entrada (5) Barreiras de saí da da (3) Rivalidade (5) Substituibilidade (3) Poder de negociação (5)
Pontos atribu í dos dos
21 8 19 13 15 Total de pontos=
Peso
Pontos ponderados
+10
210
-2
-16
-3
-57
-5
-65
+3
45
117
M ANUEL MEIRELES & &
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
5.—Í ndice ndice Sharpe: O í ndice ndice Sharpe mede o grau de risco de um t í tulo tulo (uma ação ou uma carteira de ações) em relação à sua rentabilidade. rentabilidade. O í ndice ndice é calculado pela diferença entre a rentabilidade da ação Ra e de um ativo R i utilizado como compara ção, dividido pelo desvio padrão da ação. Ou seja: é a média da rentabilidade real dividida pelo desvio padrão. O ativo i pode ser um certificado de depósito bancário (CDB-over), uma caderneta de poupan ça ou algo semelhante. Quanto maior a rela ção, melhor. O í ndice ndice foi desenvolvido por William Sharpe, em 1966, e considera a variabilidade do retorno real (por exemplo, ganho sobre a poupança) como sendo o risco da a ção. Este método, embora fácil, não tem sido muito aplicado para a seleção de ações. Tendo-se o INDAC da a ção ou o preço de fechamento pode-se calcular facilmente o í ndice ndice Sharp: • calcula-se o desvio padr ão de uma série de preços — geralmente de 30 preg õ e s — usando-se a fun ç ã o =DESVPAD(B2:B31); • calcula-se a m édia dessa mesma s érie de pre ços: = MÉDIA(B2:B31); • divide-se o primeiro valor pelo segundo, multiplicando-se por 100 para o í ndice ndice Sharp se expressar em %: =100*C31/D31 6.— CAPM: Capital Asset Pricing Model Não é meu intuito fazer uma descri ção deste m étodo, mas apenas abordar o princí pio pio geral sobre o qual ele se estrutura. Com o objetivo de reduzir o risco do portf ólio, os investidores repartem ao m áximo a sua aplica ção entre as alternativas oferecidas. Com isto, eles conseguem redu ção do risco sistem ático, mas est á provado que não h á um n úmero ótimo de ativos que devem ser inclu í dos dos num portfólio com este objetivo. H élio de
A arte de operar na Bols@ pela Internet
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
& '
Paula Leite7 ,dá a conhecer que J.H. Evans e S.H. Archer 8 , determinaram o impacto da diversifica ção simples sobre a redu ção do ní vel vel do risco. Nessa pesquisa, os autores simularam portf ólios randomicamente selecionados entre as 470 a ções ordinárias negociadas na Bolsa de Nova York. Esse estudo demonstrou que portfólios construí dos dos apenas com 10 a 15 a ções,são suficientes para reduzir a variabilidade total ao n í vel vel da variabilidade variabilidade media atribu í vel vel ao risco sistem ático. Com isso os autores demonstraram que, simplesmente, ao buscar uma diversifica ção m áxima se pode incorrer em uma diversifica ção supérflua. Outro estudo de Fisher e Lorie, conforme relata Leite 9 , demonstrou que os resultados da diversifica ção por setores ou simples (randômica) são equivalentes. Ambos os estudos, no entanto, demonstraram que a diversificação simples poderá reduzir o retorno da carteira de investimentos. Daqui se deduz que é importante saber escolher os ativos que devem compor os portfólios. Para se constituir uma carteira de t í tulos tulos que satisfa ça os interesses do investidor em rela ção à otimiza ção do binomio Máximo Retorno versus Menor Risco, desenvolveu-se uma teoria da seleção de carteiras. Essa teoria objetiva combinar v ários ativos disponí veis veis no mercado de modo a obter uma carteira que prometa o maior retorno para um dado ní vel vel de risco ou que prometa o menor n í vel vel de risco para um dado nivel de retorno. Foi Harry Markowitz 10 quem desenvolveu um sistema para a determina çã o de carteiras eficientes. Mas o problema da metodologia desenvolvida por Markowitz reside no n úmero de elementos que devem ser determinados para se selecionar o con junto de carteiras eficientes, pois é necess ário estimar-se a correlação entre os retornos de v ários tí tulos tulos dois a dois. Assim, LEITE, Hélio de Paula. Introdução à administração financeira. São Paulo: Atlas, 1991, p.410
7
Num trabalho publicado no Jornal of Finance, dez. 1968, intitulado "Diversification and the Reduction of Dispersion: an empirical analysis" 8
9
Idem.
No Journal of Finance, de março de 1952, num artigo intitulado "Portfolio Selection" apud SÁ, Geraldo Tosta de. Investimentos no mercado de capitais. p.226 10
M ANUEL MEIRELES '
OUTRAS TÉCNICAS DE SELE ÇÃO DE AÇÕES
num conjunto de 50 ativos, além de 50 retornos m édios esperados e dos 50 desvios-padrões (riscos);se deveria calcular 1225 coeficientes de correlação.11 Alem disso, a determina ção do conjunto de carteiras eficientes, resultantes da combina ção dos diferentes t í tulos tulos em v ários percentuais, é feita através de programação quadrática que torna a determinação longa e onerosa. Foi devido a estas dificuldades que Sharpe 12 usou um modelo de í ndices ndices que prescinde da estimativa da correla ção entre os retornos dos diversos t í tulos tulos i considerados. 0 modelo de Sharpe, já visto acima, admite como como hipótese básica que o retorno associado a cada a ção é linearmente relacionado com o n í vel vel de um í ndice ndice geral, tal como o n í vel vel do mercado como um todo (IBV por exemplo).
O número de coeficientes que devem ser calculados é de (n2-n)/ 2, onde n é o número de ações ou de tí tulos. tulos. 11
SHARPE, apud SÁ, Geraldo Tosta de. Investimentos no mercado de capitais. p.226 12
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
'!
COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet
Prepare-se para operar
Entenda os métodos
PARTE 1
PARTE 2
Adquira Conceitos Básicos
Cadastrese numa Corretora
Capí tulo tulo 1
Capí tulo tulo 5
Tenha postura adequada
Saiba ler os Relatórios da Bolsa
Capí tulo tulo 2
Capí tulo tulo 3
Aprenda a construir os í ndices ndices das suas ações
Como selecionar ações pelo indicador KM
Como acompanhar ações pelo oscilador SMI
Capí tulo tulo 6
Capí tulo tulo 7
Por meio de outras técnicas
Por meio de outras técnicas
Capí tulo tulo 8
Capí tulo tulo 9
Capí tulo tulo 4
CAPÍ TULO TULO 9
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
' #
Quando comprar e vender ações? O acompanhamento de ações - das empresas previamente selecionadas - requer que o investidor use um m étodo adequado. Neste capí tulo, tulo, dou um resumo dos principais m étodos, mas, em especial, destaco dois importantes m étodos para os investidores: o oscilador IFR e o Estoc ástico. Não significa que estes métodos sejam os melhores. Já viu que o investidor em a ções, que é cuidadoso, via de regra segue tr ês recomendações básicas: 1.seleção cuidadosa; 2.ampla diversificação; 3.supervisão constante. A supervisão, para o investidor, consiste em seguir atentamente a evolução das ações previamente selecionadas. Não estou falando do m étodo buy and put away que é o método usado pelos investidores que seguem o princí pio pio de que; a melhor forma de investir, inve stir, é comprar ações e guardá-las. Este seria um processo para longo prazo. Neste caso, o investidor faz apenas uma seleção cuidadosa dos t í tulos tulos e compra-os beneficiando-se dos dividendos e da valoriza ção dos mesmos na Bolsa. Neste caso, conv ém adquirir tí tulos tulos que tenham uma rela ção boa entre seu pre ço no mercado e o seu valor patrimonial. patrimonia l. As a ções de empresas concordatárias também podem ser objeto de atenção para quem deseja seguir este m étodo. Neste capí tulo, tulo, você vai ver alguns m étodos de supervisão ou de acompanhamento de ações, e, por meio deles, voc ê poderá acompanhar ações previamente selecionadas ou ter uma noção da tendência da Bolsa. -Acha que a Bolsa vai cair? Esta é uma pergunta que me fazem com freq üência. Nunca soube satisfazer o meu interlocutor - porque nunca soube so ube se ela iria subir sub ir ou cair. Tenho Tenho alguma nono -
M ANUEL MEIRELES ' $
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
ção do seu status; mas nunca tive meios para poder dizer qual o seu direcionamento. Posso dizer é que fico muito preocupado quando o porteiro do restaurante ou o motorista de t áxi me perguntam: - E a í í, dou- tor? D á á para vender meu carrinho e apostar tudo na Bolsa ? Para mim este é o sinal derradeiro de que é a hora de estar fora da Bolsa. Como diz meu pai: — Bolsa, virou manchete, caia fora. O investidor técnico deve sempre saber como est á a Bolsa, pois deve acompanhar o desenvolvimento desta; al ém das ações sob o seu controle. Estima-se que o impacto do mercado como um todo sobre qualquer a ção corresponda a 80%. Ou seja: a Bolsa despencando ou subindo afeta o desenvolvimento de qualquer ação, esteja ela fazendo ou n ão parte do Ibovespa. Há dois bons indicadores para acompanhar o mercado como um todo: a m édia móvel de 200 dias (200 D) e a LAD. VejaVejaos, respectivamente, nos itens 5.1 e 6.2.
1.—Teoria de Dow Charles Dow D ow,, é considerado o fundador da Escola T écnica, que afirma que, antes de um movimento significativo de alta ou de baixa nas cota ções de um determinado papel, ocorrem formações que sinalizam previamente a movimenta ção que deverá ocorrer. rer. Dow afirmava, com base nas n as suas observa ções, que as ações costumam seguir tend ências. E passou a elaborar um conjunto de princí pios. pios. Os principais s ão os seguintes: 1. O mercado tem tr ês tendências: ncias: a primária, a secundária e a terci ária. A prim ária é a mais importante e a de maior duração - é uma tendência a longo prazo. Seu percurso pode ser temporariamente interrompido interrompi do por uma tendência secundária, e esta, por sua vez, pode ser quebrada por uma tend ência terciária. Daqui surgiu basicamente a escola grafista que se ocupa em desenhar gráficos da ação e procurar, nesses gr áficos: a tendência da ação; formações peculiares e n í veis veis de suporte ou resistência 2. Os indicadores refletem tudo. As mudanças diárias nos preços refletem o julgamento e as emo ções do todos os investidores. Assim, os indicadores de mercado (Ibovespa, etc) re-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
' %
fletem isso a qualquer momento. 3. Há uma relação entre pre ços e volumes. O volume cresce com o aumento dos pre ços e decresce com a ca í da da destes. Comportamentos diferentes podem indicar a proximidade de reversão da tendência. 4. Os preços indicam tend ências. Quando os preços rompem ní veis veis de suporte indicam tend ência de baixa; quando os preços rompem n í veis veis de resist ência indicam tend ência de alta. 5. Os í ndices ndices de Mercado comandam o Mercado. Se os indicadores de mercado (Ibovespa, etc) caem, a probabilidade de alguma ação subir -contra a tend ência do mercado - é reduzida. Se o mercado indica tend ência de alta a probabilidade de uma ação descer se reduz. 6. Há uma relação entre preços e volumes. Quando os preços e os volumes est ão subindo, os pre ços tendem a aumentar mais ainda. Quando os pre ços estão subindo mas o volume está diminuindo deve haver uma revers ão da tendência em breve. Quando os preços estão caindo e o volume est á subindo, a tendência é de diminuição de preços. Quando os pre ços e o volume estão caindo deve haver uma revers ão de tendência em breve. A Teoria Teoria de Dow D ow faz uso de gr g ráficos nos quais se plotam os preços e volumes e deles o investidor investido r tenta extrair certas informações. Há toda uma complexa teoria que envolve uma s érie de configurações denotadoras de tend ências - como tri ângulos, flâmulas e bandeiras, ombro-cabe ça-ombro, etc - mas isso foge ao escopo desta obra. 2.—Teoria de Elliot ou Teoria das Vagas A Teoria Teoria de Elliot- ou Teoria das Vagas- se fundamenta teoricamente nas propriedades de uma s érie numérica estudada no século XIII pelo matem ático italiano Leonardo Fibonacci. Segundo Elliot os pre ços avançam num determinado sentido até que surgem forças que temporariamente se op õem a esse avan ço; vencidas essas for ças os pre ços retornam o movimento anterior mas sem tanto vigor, e assim sucessivamente. As linhas tra çadas parecem ondas, vagas, cada vez com amplitude menor. Uma s érie completa de movimentos de alta e de baixa forma o que Elliot chamou de movimento inteiro. inteiro. Um movimento de alta inteiro é
M ANUEL MEIRELES ' &
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
constitu í do do de 5 vagas, sendo 3 de impulso e duas de sentido contrário; um movimento de baixa inteiro é constituí do do de duas de impulso e uma de corre ção. Desta forma, segundo Elliot, os preços nas Bolsas de valores se comportariam como mostra a figura 9.1.
Figura 9.1
As vagas ocorrem sempre obedecendo à mesma regra. A primeira vaga em um processo de alta é sempre composta de cinco ondas (tr ês para cima e duas para baixo) geralmente numeradas de 1 a 5. A segunda vaga é de correção e compõe-se de 3 ondas (duas para baixo e uma para cima) geralmente indicadas indi cadas por A,B,C. Há softwares especiais que determinam o in í cio cio e término das vagas. Alguns softwares software s chegam a plotar os pre ços das ações a cada 30 minutos de preg ão.
3.—Gráfico de Barras O Gráfico de Barras, no qual se faz an álise das linhas e se identificam configurações denotadoras da tendência dos preços é o instrumento técnico através do qual os seguidores de Dow atuam. Portanto, o gr áfico de Barras nada mais é do que a ferramenta de Dow, cujos princ í pios pios você viu acima.
4.—Gráfico Ponto-Figura O Gráfico Ponto-Figura é um instrumento muito simples e
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
' '
razoavelmente eficiente. É um gráfico atemporal, na medida em que nele não se indica o tempo. É constitu í do do por colunas alternadas de pontos ( •) e figuras (5). Os pontos ( •) indicam movimentos de baixa e as figuras (5) movimentos de alta. Para se traçar adequadamente um gráfico Ponto-Figura dois requisitos são fundamentais: a) ter o INDA Ç da ação — isto é, ter o valor ajustado da ação expresso numa moe moeda da forte (MF$). Voc ê pode fazer o gr áfico ponto-figura com o pre ço de fechamento da a ção, por exemplo, mas em caso de direitos é necessário proceder a um ajuste; b) ter os valores no gr áfico com incrementos de 3% - isto é: o preço da linha superior corresponde a 1,03 do pre ço da linha inferior. A figura 9.2 mostra um gr áfico ponto-figura contruí do do a partir do preço de fechamento considerando a listagem do final do capí tulo tulo 7. Como se pode ver, 164 preg ões foram reduzidos a apenas 9 colunas em tal gráfico. O gráfico mostrado obedece às exigências mí nimas: nimas: os preços colocados à margem esquerda diferem, de linha para linha, em 1,03; e referem-se, neste exemplo, ao pre ço de fechamento da ação. Fech 2,00 1,94 1,89 1,83 1,78 1,73 1,67 1,63 1,58 1,53 1,49 1,44 1,40 1,36 1,32 Fi ura 9.2
gu
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
Como valor inicial da listagem, escolhi, arbitrariamente o valor $2,00 para a coluna de pre ços de fechamento. O valor constante na linha imediatamente inferior corresponde ao valor de $2,00 / 1,03. Isso foi feito para as demais linhas. Ou seja: cada valor apresentado, difere do anterior a nterior e do posterior, em 3%. Para iniciar a constru ção do gráfico ponto-figura precisamos ter cota ções de alguns dias. O primeiro valor era 1,77 e o quinto 1,55, pelo que foram postos alguns sinais ( •) frente aos valores 1,73 a 1,53. Observe que a linha que cont ém o preço 1,73. comporta todos os valores compreendidos entre 1,73 e 1,77: o valor 1,78, j á pertence à linha seguinte. Ocorre uma revers ão quando o preço que ação atingiu permite que coloquemos tr ês sinais diferentes acima ou abaixo da linha base. Observe-se que a primeira coluna colun a de pontos ( •) desceu de 1,77 at é 1,49. A segunda coluna — uma coluna ascendente com sinais de alta (5) s ó começa quando é possí vel vel colocar pelo menos tr ês sinais. Isto é: tendo atingido o valor de 1,49, só se considera revers ão da baixa se o pre ço atingir pelo menos 1,63. Uma reversão no sentido oposto é feita do mesmo jeito. S ó há revers ão da alta quando é possí vel vel colocar pelo menos tr ês sinais diferentes, na coluna seguinte - não contando a linha de base - o ponto mais alto ou mais baixo que qu e a a ção tiver atingido na coluna que se est á trabalhando. As reversões indicam momentos de compra e de venda. Quando a ação reverte a baixa, come çando a subir, deve-se comprar; quando ela reverte a alta come çando a descer, deve-se vender. Resumindo: a) para que se d ê uma reversão - uma mudan ça de movimento de alta para baixa ou vice-versa - é necessário uma variação de pelo menos 3 quadrados; b) movimentos de alta s ão assinalados por (5); c) movimentos de baixa s ão assinalados por ( •); d) não existe correspond ência temporal entre as colunas. Os investidores tamb ém consideram particularmente a formação de certas figuras:
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
a) TOPO DUPLO (forma ção de alta) que é formada por: - duas colunas de alta; - intercaladas por uma coluna de baixa; - o topo da segunda coluna de alta alcan ça ní veis veis superiores ao primeiro topo de alta; -o movimento deve ser de alta quando o segundo topo de alta ultrapassa o primeiro topo de alta em pelo menos um quadrado. A este quadrado damos o nome de ponto de rompimento. Recomenda-se a compra. Ver figura 9.3. o o du
Ponto de rompimento
Fi ura 9.3
b) FUNDO DUPLO (forma ção de baixa) é constituí do do por: -duas colunas de baixa; -intercaladas por uma coluna de alta; -a segunda coluna de baixa alcança preços inferiores ao primeiro fundo; -tradicionalmente esta forma ção antecede uma baixa e é confirmada quando a segunda segund a coluna de baixa ultrapassa a primeira coluna de baixa em pelo menos um quadrado. Este ponto é considerado ponto de rompimento, pelo que se recomenda a venda. A forma ção é semelhante à mostrada na figura 9.3 — mas invertida, obviamente.
5.— Médias Móveis
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
As Médias móveis são usadas para determinar revers ões de tendências e pontos de compra ou venda. Duas destas importantes médias móveis simples s ão a linha dos 200 dias (L200 D) e a de 21 dias (L21D). As m édias móveis podem ser de tr ês tipos: simples, ponderadas ou exponenciais. 1. Médias simples: simples: são as médias móveis compostas pelos preços de n dias. n dias. 2. Médias ponderadas: ponderadas: estas m édias dão aos últimos preços um peso maior. Por exemplo, numa m édias de 9 dias, somam-se os valores dos últimos 9 dias, depois soma-se mais 2 vezes o valor referente ao último pregão e mais uma vez o valor referente ao penúltimo pregão. Como entram 12 valores na soma, o total deve ser dividido por 12. O último pregão, o mais importante, entra com peso 3; o pen último com peso 2 e os demais com peso 1. 3 . M é dias m ó veis ponderadas com alisamento exponencial: exponencial: as mais comuns s ão as de 9 e 21 dias, mas pode-se construir uma média com os dias que desejarmos. Quanto mais curto for o per í odo odo mais dinâmica é a média. Uma média móvel ponderada com alisamento exponencial considera um fator chamado constante de alisamento. Essa cons- tante de alisamento é obtida pela fórmula: α = ( 2 / (n+1)) onde n é o número de dias da m édia. Por exemplo, se a m édia for de 9 dias, a constante de alisamento será: α = (2 / (9+1) ) = 2 /10 = 0,2 Se a média for de 21 dias a constante de alisamento ser á: α = (2 / (21+1)) = 2 / 22 = 0,0909 A figura 9.4 mostra como a média móvel exponencial com constante de alisamento é construí da. da. No caso trata-se da m édia móvel ex exponencial de de 9 dias. A média é construí da da idealmente com os valores do INDA Ç, (coluna G) mas pode ser constru í da, da, obviamente, com os valores de fechamento.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
!
M édia móvel ponderada com alisamento exponencial
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Figura 9.4
G 209,41 215,23 223,91 223,91 228,79 229,75 228,60 213,86 213,32 212,56 213,57
H
Algoritmo
Alfa= 0,2; 1-alfa = 0,8
220,75 M ÉDIA(H3:H11) 219,11 (0,2*H12)+(0,8*I11) 218,01 (0,2*H13)+(0,8*I12)
Em H11 é calculada a média simples dos primeiros nove valores. O segundo valor da média (219,11) e os demais fazem uso da constante de alisamento. No caso, esta constante é igual a 0,2. Portanto a m édia móvel exponencial é dada pela fórmula: MMEXP= α . Xt + (1-α ) Mt-1 Com esta média é possí vel vel calcular a tend ência dos preços e a previs ão para o dia seguinte. a) tendência é dada por: Tt = α (Mt - M t-1) + ( 1- α ) Tt-1 b) previsão é dada por: Pt+1= Mt + [ (1-α )/ α ] Tt Você já viu uma aplicação da média móvel com alisamento exponencial no cap í tulo tulo 4: INDA Ç de uma ação.
5.1—Linha dos 200 dias: L200D A linha média móvel dos 200 dias tem sido considerada pelos investidores tradicionais como uma linha informativa e confiável. A L200D deve ser usada com outra de curt í ssimo ssimo pra-
M ANUEL MEIRELES "
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
zo: a linha m édia móvel de 21 dias. O cálculo da linha média móvel L200D exige, obviamente, o lançamento de pelo menos 200 preg ões. Tendo Tendo os dados da dos dispodisp oní veis veis numa planilha é possí vel vel construir duas importantes linhas médias móveis: a de 21 dias e a de 200 dias. Os valores de a s ão diferentes para cada s érie: α de 21 dias = 2 / (21+1) = 0,09091 α de 200 dias = 2 / (200+1) = 0,00995 Estas duas linhas devem ser usadas em conjunto conjun to para se determinar épocas para atuar na Bolsa e épocas de atuar mais cautelosamente ou simplesmente ficar fora do mercado: comprar: quando a L21D penetra a L200D de baixo • para cima - estando a L200D est ável ou ligeiramente ascendente; vender: quando a L21D dias penetrar a L200D de • cima para baixo - estando esta est ável ou ligeiramente descendente. Atenção: reconsidere os sinais de compra de a ções estando a L21D acima da L200D mas inclinando-se em dire ção a esta. O inverso tamb ém é válido: reconsidere os sinais de venda de ações estando a L21D abaixo da L200D mas inclinando-se inclinando -se em direção a esta. Neste caso indica que, pelo menos nos pr óximos pregões, a Bolsa se elevar á arrastando, com grande probabilidade, também os preços das ações que voc ê possui em carteira.
6. —Osciladores Os osciladores permitem detectar o enfraquecimento ou fortalecimento do mercado antes que as mudan ças ocorram. Os mais comuns deste m étodo são: q os osciladores do momento, momento, relacionados à velocidade com que ocorrem as varia ções dos pre ços de uma ação; q a LAD — Linha de Avan ços e Declí nios, nios, que mede os avanços e decl í nios nios do mercado, atrav és da acumulação da diferença entre o n úmero de ações em alta e o
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
#
número de a ções em queda. A LAD é muito usada para prognosticar a tend ência do mercado como um todo; q osciladores de pressão do pregão que se baseiam nas forças dos compradores e dos vendedores. O oscilador SMI, já visto, é um exemplo tí pico. pico.
6.1—Oscilador do momento O oscilador do momento est á relacionado à velocidade de subida ou queda do valor de uma a ção. Para entender o conceito ligado a este método, imagine-se uma bola jogada para o alto. Ela está subindo e cada vez com uma velocidade menor; em certo momento p ára. O s c ila d o r d e
M o m e n to
L a y o u t
4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8 F ig u ra
P r 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 9 .5
e 0 1 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1
ç o 9 5 3 3 8 9 8 3 3 2 3 4 5 6 9
, , , , , , , , , , , , , , ,
M o m 4 2 9 9 7 7 6 8 3 5 5 5 8 5 2
1 3 1 1 9 5 0 6 2 6 7 0 6 8 6
-1 -1 -1 -
3 2 0 9 2 3 9
,9 ,6 ,3 ,4 ,9 ,1 ,3
M o m .%
1 7 4 1 3 7 4
-
1 3 5 5 5
,4 ,4 ,0 ,4 ,3
2 8 5 7 9
Pode-se medir o momento , medindo a velocidade que a bola percorre num certo espa ço de tempo. O mesmo ocorre com as ações: o momento expressa a diferen ça entre os pre ços (velocidade) num certo per í odo odo de tempo. Temos, portanto: MOMENTO= preçot- preçot-n onde n é o número de dias (geralmente 9 ou 21). A figura 9.5 mostra a aplica ção deste método. A planilha é constru í da da da seguinte forma: a coluna Mom. Mom. indica o momento de 9 dias (a diferen ça do preço do último pregão com a do pre ço
M ANUEL MEIRELES $
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
e do pregão de há 9 dias atrás,coluna Mom.% contém uma média de 3 dias apenas para suavizar a coluna anterior e exprime o momento numa porcentagem do último preço. Ver o algoritmo na figura 9.6. Oscilador de Momento Algoritmo
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Figura 9.6
H I 209,41 215,23 223,91 223,91 228,79 229,75 228,60 213,86 213,32 H12-H4 212,56 H13-H5 213,57 H14-H6 214,50 repete 215,86 repete 216,58 repete 219,26 repete
J
100*(MÉDIA(I12:I14)/H14) repete repete repete repete
Este método recomenda que as compras sejam feitas quando o momento for negativo e as vendas quando quand o a a ção estiver perdendo seu momento positivo.
6.2—LAD: Linha de Avanços e Declí nios nios Um popular oscilador de f ôlego do mercado é a LAD - Linha de Avanços e Declí nios. nios. O oscilador do f ôlego do mercado mede os avanços e declí nios nios do mercado, atrav és da acumulação da diferença entre o número de ações em alta e o n úmero de ações em queda. Na figura 9.7 é mostrado o layout de uma planilha t í pica pica para o cálculo do í ndicador ndicador LAD. Os dados para tal planilha planil ha são
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
%
encontrados em www.bovespa.com.br þ INFORMAÇÕES DO MERCADO þ Í NDICES, NDICES, como voc ê viu no cap í tulo tulo 3. LAD - Linha de Avanços e Declí nios nios (layout) Pregão 14/12/99
15/12/99 20/12/99 21/12/99 22/12/99 23/12/99 27/12/99 28/12/99 29/12/99 30/12/99 03/01/00 04/01/00 05/01/00 06/01/00 07/01/00 10/01/00 11/01/00 12/01/00 13/01/00 14/01/00 17/01/00 18/01/00 19/01/00 20/01/00 21/01/00 24/01/00 26/01/00 27/01/00
Ibovespa Fec.
14497 14788 15110 15591 15916 15953 16011 16376 16772 17091 16930 15851 16245 16106 16309 17022 16572 16616 17298 17657 18053 17903 17470 17176 17034 16971 17105 17081 Figura 9.7
Altas
Baixas
34
8
31 36 32 19 25 18 31 27 39 18 6 29 18 32 37 10 21 21 23 30 18 4 10 18 21 18 27
8 7 9 19 15 17 10 14 9 27 37 15 25 13 6 35 23 21 13 12 24 38 33 25 23 24 14
Carteira Ibovespa 44 44 44 44 44 44 44 44 44 44
46 46 46 46 46 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45
Altas%
Baixas%
77,27 70,45 81,82 72,73 43,18 56,82 40,91 70,45 61,36 88,64 39,13 13,04 63,04 39,13 69,57 82,22 22,22 46,67 46,67 51,11 66,67 40,00 8,89 22,22 40,00 46,67 40,00 60,00
18,18 18,18 15,91 20,45 43,18 34,09 38,64 22,73 31,82 20,45 58,70 80,43 32,61 54,35 28,26 13,33 77,78 51,11 46,67 28,89 26,67 53,33 84,44 73,33 55,56 51,11 53,33 31,11
I-LAD
70,28 70,49 66,00 58,11 56,79 55,83 56,87 60,58 54,60 52,65 48,75 51,19 57,53 54,96 51,39 45,91 40,90 43,92 43,35 45,07
Essencialmente extra í mos mos desse quadro o Fechamento em Fechamento em pontos e a quantidade de ações Altas e Baixas bem como a quantidade Total de a ções que constituem o Ibovespa. No exemplo podemos ver que o Ibovespa dia 27 janeiro 2000 fechou em 17081 pontos e que 27 ações, das 45 do í ndice, ndice, tiveram alta e 14 fecharam em baixa. Quando a Bolsa encontra-se em alta o indicador I-LAD é maior do que 50. É recomend ável acompanhar o I-LAD com um gráfico. Considera-se que uma revers ão ocorre quando tr ês pontos consecutivos superam a baixa (caso mostrado na figura 9.8) ou ficam abaixo do m áximo.
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
&
I-LAD Ibovespa 80,00
.
70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 1
3
5
7
9
11 13 15 17 19
Figura 9.8 O algoritmo referente ao I-LAD pode ser visto na figura 9.9: • a coluna C cont ém a data do preg ão; • a coluna D cont ém o Fech do Ibovespa; • a coluna E cont ém o número de Altas e a F a de Baixas; • a coluna G informa quantas a ções constituem o Ibovespa — um número que se mant ém constante por um quadrimestre, salvo ajustes espor ádicos; • As colunas H e I calculam, percentualmente quantas a ções do í ndice ndice subiram e quantas desceram; • A coluna J faz o cálculo do I-LAD como mostrado. Neste caso o I-LAD foi calculado com m édias de 9 dias. S ão comuns os I-LADs de 21 dias. A f órmula usada, em I45, é: 100-(100/ ((MÉDIA(H37:H45)/MÉDIA(I37:I45))+1)).
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES B
C
D
E
F
G
H
I
'
J
LAD - Linha de Avanços e Decl í nios nios (algoritmo) Pregão
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47
14/12/99
15/12/99 20/12/99 21/12/99 22/12/99 23/12/99 27/12/99 28/12/99 29/12/99 30/12/99 03/01/00 Figura 9.9
Ibovespa Fec.
14497 14788 15110 15591 15916 15953 16011 16376 16772 17091 16930
Altas
Baixas
34
8
31 36 32 19 25 18 31 27 39 18
8 7 9 19 15 17 10 14 9 27
Carteira Altas% Baixas% I-LAD Ibovespa 100*(E37 100*(E37/G37 /G37)) 100*(F37 100*(F37/G37 /G37)) 44 repete repete 44 repete repete 44 repete repete 44 repete repete 44 repete repete 44 repete repete 44 repete repete 44 repete repete 100-(100/((M ÉDIA(H37:H45)/M ÉDIA(I37:I45))+1)) 44 repete repete repete 44
46
repete
repete
repete
6.3—IFR: Í ndice ndice de Força Relativa Um oscilador tipo press ão do pregão relaciona os preços praticados no mercado com os de oferta e procura. S ão tí picos picos osciladores de press ão do pregão o SMI (que j á viu em detalhe) e o IFR—Í ndice ndice de Força Relativa. Este é um oscilador de grande popularidade e intensa aplica ção. Este número indica se um papel está excessivamente comprado ou excessivamente vendido. Este í ndice ndice é também conhecido como indicador da opini ã o ã o contr á r ia. ária. Este oscilador foi concebido por um dos teóricos da análise técnica: Welles Wilder. Wilder. O indicador IFR, oscila entre um m í nimo nimo de zero e um m áximo de 100. Nos n í veis veis 20 e 80 tra çam-se duas linhas de refer ência. Quando o IFR est á entre zero e 20 diz-se que ele está oversold (supervendido) (supervendido ) sugerindo a compra pelo investidor; quando o IFR est á acima de 80 diz-se que ele est á overbought (supercomprado), (supercomprado), recomendando a venda. A fórmula geral do IFR é: IFR= MOSC.Positivas / MOSC.Negativas onde MOSC. Positivas é a média das oscila ções positivas de n dias, e MOSC.Negativas MOSC.Negativas é a média das oscilações negativas dos mesmos n dias. n dias. Recomenda-se usar o INDA Ç para a construção deste í nndice, pois não está sujeito a quebras por altura de benef í cios cios (bonificações, subscrições ou dividendos). A tabela seguinte mostra o IFR da Aracruz PNB num determinado perí odo. odo. Foi usado o INDA Ç da ação. A coluna Altas (oscilações positivas), cont ém um valor diferente de zero se a diferença entre o preço do pregão do dia e o do anterior for positiva; o mesmo ocorre para a coluna Baixas, (oscila ções negati-
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
vas), em caso de diferen ça negativa. O investidor deve comprar quando o IFR estiver abaixo de 20 - indicado pelo sinal sina l ($), e deve vender se o IFR estiver acima a cima de 80 (indicado pelo sinal #). Recomendo: a) que se compre ao t érmino dos sinais de $; b) que se venda quando o sinal # se extingue. IFR- Í ndice de Força Relativa Fec
D ir
LOTE
Altas
B aixas
Operacionali zação
IFR
1,77
183,1
$
#
1,75
181,0
0,00
2,07
1,70
179,0
0,00
2,09
1,62
168,6
0,00
10,34
1,55
160,4
0,00
8,26
1,55
162,4
2,05
0,00
1,52 1,53
156,2 157,2
0,00 0,99
6,22 0,00
1,50
156,1
0,00
1,03
1,50
155,0
0,00
1,10
8,89
$
1,49
155,0
0,00
0,02
9,46
$
1,54
155,0
0,00
0,00
10,12
$
1,56
160,0
5,02
0,00
32,64
1,57
162,0
1,91
0,00
54,36
1,56
161,9
0,00
0,10
48,31
1,57
161,8
0,00
0,03
77,63
1,56
161,7
0,00
0,12
74,30
1,52
158,6
0,00
3,14
60,62
1,52
158,4
0,00
0,21
65,72
1,55
160,4
2,04
0,00
71,36
1,61
164,5
4,11
0,00
78,42
1,55
160,4
0,00
4,11
51,12
1,72
174,8
14,38
0,00
72,69
1,72
174,8
0,02
0,00
72,96
1,60
167,6
0,00
7,20
58,17
1,60
163,5
0,00
4,11
52,26
1,60
163,5
0,00
0,00
56,79
1,61
163,3
0,00
0,13
56,91
1,60
163,5
0,12
0,00
54,49
1,61
166,6
3,10
0,00
53,10
1,61
165,5
0,00
1,05
58,51
1,61
165,5
0,00
0,03
20,54
1,69
169,5
4,06
0,00
36,75
1,72
176,5
6,94
0,00
72,75
1,75
178,2
1,69
0,00
92,91
#
1,77
180,2
1,99
0,00
93,65
#
1,74
177,8
0,00
2,32
84,04
#
C / V
Preço
C
1,57
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES 1,75
178,8
0,95
0,00
84,64
#
1,81 1,75
182,9 178,8
4,11 0,00
0,00 4,07
85,30 75,44
#
1,85 1,88
187,0 191,1
8,17 4,09
0,00 0,00
81,37 81,39
# #
1,86 1,82 1,77
191,1 187,0 183,9
0,00 0,00 0,00
0,02 4,07 3,10
76,61 64,83 56,05
1,74 1,74 1,74 1,70 1,62 1,57 1,53 1,57 1,51 1,45 1,41 1,48 1,38 1,46 1,55 1,55 1,47 1,43 1,45 1,51 1,52 1,57 1,52 1,62 1,65 1,63 1,59 1,64 1,61 1,59 1,59 1,59 1,58
175,7 175,7 178,8 175,4 165,1 160,7 156,6 157,8 156,6 151,2 145,6 150,2 146,0 149,1 155,3 158,4 151,2 146,0 147,1 151,1 157,3 160,1 154,8 160,9 167,1 167,1 163,7 166,9 163,9 162,8 161,7 161,7 160,7
0,00 0,00 3,08 0,00 0,00 0,00 0,00 1,15 0,00 0,00 0,00 4,55 0,00 3,09 6,18 3,07 0,00 0,00 1,05 4,08 6,14 2,87 0,00 6,13 6,15 0,00 0,00 3,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
8,16 0,02 0,00 3,41 10,32 4,42 4,04 0,00 1,20 5,33 5,60 0,00 4,15 0,00 0,00 0,00 7,15 5,23 0,00 0,00 0,00 0,00 5,34 0,00 0,00 0,03 3,30 0,00 3,07 1,08 1,05 0,03 0,98
47,14 45,72 44,12 44,98 19,78 8,43 7,59 11,22 11,82 12,83 10,97 14,23 13,97 26,21 42,41 52,55 41,88 38,07 44,77 57,12 58,83 68,14 56,90 56,85 59,86 71,37 75,28 76,71 67,58 58,85 52,72 64,34 49,44
ed ed ed ed ed ed ed
V
1,85
C
1,55
$ $ $ $ $ $ $ $ $
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
1,58
160,7
0,00
0,98
49,44
1,58 1,62
160,7 164,9
0,02 4,19
0,00 0,00
25,19 43,74
1,61 1,60
165,0 163,0
0,10 0,00
0,00 2,02
54,68 34,30
1,59 1,55 1,63
159,9 158,7 162,6
0,00 0,00 3,91
3,07 1,20 0,00
34,29 33,99 52,91
1,65 1,80 1,78 1,77 1,74 1,77 1,77 1,74 1,78 1,83 1,83 1,80 1,77 1,80 1,79 1,77 1,75 1,80 1,77 1,78 1,77 1,79 1,80 1,76 1,77 1,76 1,76 1,80 1,78 1,80 1,78 1,78 1,79
166,6 185,0 178,8 181,9 177,9 179,6 179,6 175,5 178,6 182,6 186,6 182,4 179,4 182,6 181,5 180,5 178,5 180,5 181,3 180,1 180,1 180,9 183,0 179,8 179,9 177,9 179,0 179,9 180,9 180,8 179,8 180,8 179,8
2,08 18,39 0,00 3,10 0,00 1,69 0,00 0,00 3,03 4,04 3,96 0,00 0,00 3,15 0,00 0,00 0,00 2,01 0,81 0,00 0,00 0,85 2,06 0,00 0,13 0,00 1,05 0,97 0,94 0,00 0,00 1,03 0,00
0,00 0,00 6,17 0,00 3,99 0,00 0,00 4,06 0,00 0,00 0,00 4,13 3,02 0,00 1,03 1,01 2,05 0,00 0,00 1,14 0,09 0,00 0,00 3,16 0,00 2,02 0,00 0,00 0,00 0,11 0,97 0,00 1,01
65,84 82,90 67,87 70,18 67,01 73,19 75,31 65,58 66,55 68,02 52,66 56,50 45,55 58,60 53,67 51,68 55,77 53,93 46,91 32,54 41,72 56,17 51,83 43,47 47,64 47,73 43,28 44,08 53,20 53,11 45,10 39,65 50,00
ed ed ed ed ed ed
# V
1,77
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES 1,79
181,7
1,91
0,00
58,91
1,79 1,78
180,5 179,4
0,00 0,00
1,24 1,04
63,86 52,54
1,77 1,78
179,4 179,4
0,02 0,00
0,00 0,04
47,06 40,09
1,78 1,76 1,72
178,4 178,2 176,0
0,00 0,00 0,00
1,04 0,16 2,15
35,58 39,44 22,37
1,73 1,78 1,83 1,89 1,84 1,87 1,89 1,91 1,97 1,94 1,93 1,89 1,87 1,90 1,93 1,90 1,91 1,89 1,85 1,88 1,87 1,85 1,84 1,83 1,79 1,76 1,77 1,80 1,80 1,80 1,76 1,70 1,69
174,0 177,1 184,9 185,9 184,9 185,8 187,8 189,7 194,9 196,7 194,5 189,6 187,4 189,4 192,3 192,3 189,3 189,3 185,3 186,2 189,2 185,2 184,2 183,1 183,0 178,0 177,9 177,8 180,8 179,6 176,6 171,6 169,4
0,00 3,05 7,86 0,99 0,00 0,93 1,92 1,91 5,18 1,86 0,00 0,00 0,00 1,99 2,87 0,02 0,00 0,02 0,00 0,89 2,97 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,94 0,00 0,00 0,00 0,00
2,03 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,20 4,96 2,16 0,00 0,00 0,00 2,97 0,00 4,03 0,00 0,00 3,99 1,00 1,11 0,05 5,02 0,09 0,07 0,00 1,14 3,01 5,07 2,11
20,00 28,48 62,83 68,73 64,93 66,75 73,38 76,25 87,80 95,93 86,56 61,04 53,36 59,69 62,81 59,77 49,26 35,50 23,09 29,09 48,89 44,36 36,10 22,93 22,77 20,32 20,15 25,39 34,28 19,10 20,38 15,90 15,08
!
# # #
$ $ $
C
1,70
M ANUEL MEIRELES "
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
1,72
168,3
0,00
1,13
14,29
1,71
171,2
2,90
0,00
31,64
$
As fórmulas a usar, para o c álculo do IFR são: • Coluna Altas : =SE(P4>P3; (P4-P3); 0,0000001) • Coluna Baixas: =SE(P4
80; "#"; "")
7. —Estocástico O método Estocástico foi elaborado por por George Lane Lane sob o pressuposto de que, quando os pre ços sobem, os valores de fechamento devem estar pr óximos dos valores máximos alcançados no perí odo odo e, quando os preços descem, os valores de fechamento devem estar pr óximos aos valores m í nimos nimos alcançados no perí odo. odo. É muito usado pelos investidores dos mercados futuros e de opções. O indicador possui uma escala de 0 a 100 e duas marcas em 20 e em 80 - indicando, tal como no IFR, um mercado supervendido ou supercomprado. A opera ção deste método é semelhante ao m étodo SMI. A lista abaixo mostra uma aplica ção deste método. Os dados considerados foram os mesmos para pa ra o oscilador SMI. Compare os resultados.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
#
E S T OC ÁS T IC O Min
Max
F e ch
Mmin
Mmax
F e-Mi
Max-Fe E ST
1,74 1,74 1,70 1,60 1,53
1,78 1,75 1,74 1,70 1,59
1,77 1,75 1,70 1,62 1,55
1,55 1,50 1,50 1,49 1,50 1,49 1,48
1,58 1,53 1,54 1,52 1,51 1,51 1,54
1,55 1,52 1,53 1,50 1,50 1,49 1,54
1,50 1,50 1,49 1,49 1,49 1,48
1,78 1,75 1,74 1,70 1,59 1,58
0,06 0,05 0,02 0,07
0,72 0,66 0,54 0,34
1,53 1,56 1,56 1,56
1,57 1,58 1,59 1,57
1,56 1,57 1,56 1,57
1,48 1,48 1,48 1,48
1,57 1,58 1,59 1,59
0,14 0,23 0,25 0,26
0,15 0,06 0,05 0,06
1,56 1,51 1,51 1,52
1,58 1,56 1,56 1,56
1,56 1,52 1,52 1,55
1,48 1,48 1,51 1,51
1,59 1,59 1,59 1,59
0,25 0,21 0,13 0,09
0,08 0,12 0,17 0,18
33,33 41,81 49,84 57,39
1,58 1,52 1,67 1,67 1,60 1,57 1,57 1,57 1,57 1,61 1,60 1,60 1,60 1,68 1,71 1,74 1,72 1,72 1,76 1,72 1,80 1,84 1,85 1,78 1,76 1,70
1,65 1,56 1,72 1,72 1,66 1,61 1,61 1,61 1,61 1,64 1,62 1,62 1,69 1,73 1,77 1,78 1,75 1,76 1,82 1,76 1,86 1,89 1,88 1,86 1,82 1,75
1,61 1,55 1,72 1,72 1,60 1,60 1,60 1,61 1,60 1,61 1,61 1,61 1,69 1,72 1,75 1,77 1,74 1,75 1,81 1,75 1,85 1,88 1,86 1,82 1,77 1,74
1,51 1,51 1,51 1,51 1,51 1,52 1,52 1,52 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,60 1,60 1,60 1,60 1,68 1,71 1,72 1,72 1,72 1,72 1,70
1,65 1,65 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,66 1,64 1,69 1,73 1,77 1,78 1,78 1,78 1,82 1,82 1,86 1,89 1,89 1,89 1,89 1,89
0,15 0,18 0,35 0,46 0,51 0,38 0,25 0,25 0,20 0,16 0,11 0,12 0,20 0,31 0,45 0,50 0,49 0,46 0,50 0,43 0,42 0,37 0,44 0,40 0,29 0,19
0,15 0,18 0,14 0,10 0,12 0,24 0,36 0,35 0,35 0,34 0,28 0,19 0,08 0,04 0,03 0,04 0,07 0,08 0,08 0,11 0,09 0,09 0,05 0,11 0,22 0,34
62,64 62,50 62,33 63,80 65,27 63,73 60,39 59,01 57,84 55,69 53,94 51,15 48,55 47,03 50,37 57,50 64,14 70,89 77,92 82,78 85,84 86,18 86,38 84,78 80,85 74,95
$
#
# # # # # #
CV
P reço
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
$ 1,70
1,74
1,74
1,70
1,89
0,13
0,42
67,74
1,74 1,68 1,60 1,57
1,75 1,75 1,69 1,62
1,74 1,70 1,62 1,57
1,70 1,68 1,60 1,57
1,89 1,88 1,86 1,82
0,12 0,10 0,08 0,04
0,45 0,48 0,57 0,67
59,74 52,23 43,71 35,10
1,52 1,51 1,49 1,45 1,41 1,42 1,38 1,43 1,49
1,57 1,57 1,56 1,51 1,44 1,52 1,48 1,50 1,55
1,53 1,57 1,51 1,45 1,41 1,48 1,38 1,46 1,55
1,52 1,51 1,49 1,45 1,41 1,41 1,38 1,38 1,38
1,75 1,75 1,75 1,75 1,69 1,62 1,57 1,57 1,56
0,03 0,07 0,09 0,08 0,02 0,07 0,07 0,15 0,25
0,71 0,65 0,64 0,72 0,82 0,72 0,61 0,44 0,31
25,79 18,88 14,71 12,23 9,94 8,84 8,26 9,39 12,87
1,52 1,47 1,40 1,42
1,57 1,51 1,46 1,46
1,55 1,47 1,43 1,45
1,38 1,38 1,38 1,38
1,57 1,57 1,57 1,57
0,42 0,43 0,31 0,21
0,14 0,13 0,26 0,36
19,46 25,86 30,25 33,74
1,45 1,51 1,53 1,50
1,52 1,56 1,60 1,55
1,51 1,52 1,57 1,52
1,40 1,40 1,40 1,40
1,57 1,57 1,60 1,60
0,23 0,30 0,40 0,41
0,32 0,23 0,14 0,16
39,41 45,84 53,68 59,08
1,52 1,61 1,63 1,59 1,61 1,61 1,58 1,57 1,59 1,57 1,57 1,58 1,61 1,58 1,56 1,55 1,57 1,61 1,62 1,80 1,66 1,75 1,73 1,76 1,76 1,71
1,62 1,65 1,68 1,63 1,66 1,64 1,65 1,60 1,60 1,59 1,58 1,63 1,62 1,60 1,60 1,59 1,63 1,64 1,65 1,84 1,79 1,80 1,76 1,78 1,78 1,76
1,62 1,65 1,63 1,59 1,64 1,61 1,59 1,59 1,59 1,58 1,58 1,62 1,61 1,60 1,59 1,55 1,63 1,61 1,65 1,80 1,78 1,77 1,74 1,77 1,77 1,74
1,40 1,42 1,45 1,50 1,50 1,50 1,52 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,56 1,55 1,55 1,55 1,55 1,55 1,55 1,55 1,57 1,61 1,62 1,66
1,62 1,65 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,66 1,66 1,65 1,65 1,63 1,63 1,63 1,63 1,64 1,65 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84
0,51 0,57 0,63 0,50 0,41 0,34 0,32 0,20 0,11 0,05 0,04 0,07 0,10 0,12 0,10 0,06 0,11 0,14 0,24 0,41 0,58 0,70 0,62 0,55 0,48 0,39
0,11 0,08 0,05 0,14 0,18 0,20 0,20 0,25 0,27 0,26 0,25 0,19 0,15 0,10 0,11 0,15 0,12 0,11 0,03 0,07 0,10 0,17 0,23 0,24 0,24 0,24
63,51 65,31 67,61 70,28 73,74 75,93 76,45 73,95 70,81 65,76 59,09 51,26 45,68 41,93 38,41 32,95 32,20 35,43 44,75 56,72 66,43 71,93 73,09 73,65 74,51 74,19
V
1,70
C
1,43
$ $ $ $ $ $ $ $ $
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES 1,70
1,74
1,74
1,70
1,89
0,13
0,42
67,74
1,74 1,68 1,60 1,57
1,75 1,75 1,69 1,62
1,74 1,70 1,62 1,57
1,70 1,68 1,60 1,57
1,89 1,88 1,86 1,82
0,12 0,10 0,08 0,04
0,45 0,48 0,57 0,67
59,74 52,23 43,71 35,10
1,52 1,51 1,49 1,45 1,41 1,42 1,38 1,43 1,49
1,57 1,57 1,56 1,51 1,44 1,52 1,48 1,50 1,55
1,53 1,57 1,51 1,45 1,41 1,48 1,38 1,46 1,55
1,52 1,51 1,49 1,45 1,41 1,41 1,38 1,38 1,38
1,75 1,75 1,75 1,75 1,69 1,62 1,57 1,57 1,56
0,03 0,07 0,09 0,08 0,02 0,07 0,07 0,15 0,25
0,71 0,65 0,64 0,72 0,82 0,72 0,61 0,44 0,31
25,79 18,88 14,71 12,23 9,94 8,84 8,26 9,39 12,87
1,52 1,47 1,40 1,42
1,57 1,51 1,46 1,46
1,55 1,47 1,43 1,45
1,38 1,38 1,38 1,38
1,57 1,57 1,57 1,57
0,42 0,43 0,31 0,21
0,14 0,13 0,26 0,36
19,46 25,86 30,25 33,74
1,45 1,51 1,53 1,50
1,52 1,56 1,60 1,55
1,51 1,52 1,57 1,52
1,40 1,40 1,40 1,40
1,57 1,57 1,60 1,60
0,23 0,30 0,40 0,41
0,32 0,23 0,14 0,16
39,41 45,84 53,68 59,08
1,52 1,61 1,63 1,59 1,61 1,61 1,58 1,57 1,59 1,57 1,57 1,58 1,61 1,58 1,56 1,55 1,57 1,61 1,62 1,80 1,66 1,75 1,73 1,76 1,76 1,71
1,62 1,65 1,68 1,63 1,66 1,64 1,65 1,60 1,60 1,59 1,58 1,63 1,62 1,60 1,60 1,59 1,63 1,64 1,65 1,84 1,79 1,80 1,76 1,78 1,78 1,76
1,62 1,65 1,63 1,59 1,64 1,61 1,59 1,59 1,59 1,58 1,58 1,62 1,61 1,60 1,59 1,55 1,63 1,61 1,65 1,80 1,78 1,77 1,74 1,77 1,77 1,74
1,40 1,42 1,45 1,50 1,50 1,50 1,52 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,56 1,55 1,55 1,55 1,55 1,55 1,55 1,55 1,57 1,61 1,62 1,66
1,62 1,65 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,66 1,66 1,65 1,65 1,63 1,63 1,63 1,63 1,64 1,65 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84
0,51 0,57 0,63 0,50 0,41 0,34 0,32 0,20 0,11 0,05 0,04 0,07 0,10 0,12 0,10 0,06 0,11 0,14 0,24 0,41 0,58 0,70 0,62 0,55 0,48 0,39
0,11 0,08 0,05 0,14 0,18 0,20 0,20 0,25 0,27 0,26 0,25 0,19 0,15 0,10 0,11 0,15 0,12 0,11 0,03 0,07 0,10 0,17 0,23 0,24 0,24 0,24
63,51 65,31 67,61 70,28 73,74 75,93 76,45 73,95 70,81 65,76 59,09 51,26 45,68 41,93 38,41 32,95 32,20 35,43 44,75 56,72 66,43 71,93 73,09 73,65 74,51 74,19
%
V
1,70
C
1,43
$ $ $ $ $ $ $ $ $
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
& 1,74
1,78
1,78
1,66
1,80
0,35
0,19
74,10
1,78 1,80 1,75 1,76
1,84 1,85 1,81 1,80
1,83 1,83 1,80 1,77
1,71 1,71 1,71 1,71
1,84 1,85 1,85 1,85
0,32 0,36 0,33 0,27
0,13 0,05 0,08 0,15
73,21 73,23 72,31 70,31
1,79 1,79 1,77 1,75 1,77 1,77 1,77 1,77 1,78
1,81 1,81 1,80 1,78 1,80 1,79 1,78 1,79 1,80
1,80 1,79 1,77 1,75 1,80 1,77 1,78 1,77 1,79
1,71 1,74 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75
1,85 1,85 1,85 1,85 1,81 1,81 1,81 1,81 1,80
0,24 0,20 0,16 0,07 0,07 0,07 0,10 0,07 0,09
0,18 0,19 0,19 0,24 0,19 0,15 0,08 0,11 0,08
68,68 66,97 65,17 62,16 59,06 55,49 51,01 45,79 43,15
1,79 1,76 1,77 1,76
1,83 1,79 1,79 1,77
1,80 1,76 1,77 1,76
1,75 1,76 1,76 1,76
1,83 1,83 1,83 1,83
0,11 0,09 0,06 0,01
0,08 0,11 0,16 0,20
41,78 40,29 37,82 36,61
1,75 1,74 1,78 1,76
1,78 1,82 1,80 1,80
1,76 1,80 1,78 1,80
1,75 1,74 1,74 1,74
1,83 1,83 1,83 1,82
0,02 0,07 0,11 0,16
0,20 0,17 0,15 0,10
34,64 34,25 33,33 36,55
1,78 1,77 1,78 1,79 1,79 1,76 1,77 1,77 1,77 1,76 1,72 1,72 1,74 1,79 1,82 1,84 1,84 1,85 1,87 1,94 1,94 1,92 1,85 1,87 1,88 1,91
1,78 1,80 1,79 1,80 1,80 1,78 1,78 1,78 1,78 1,77 1,77 1,74 1,80 1,90 1,89 1,88 1,87 1,89 1,91 2,00 1,99 1,94 1,92 1,89 1,90 1,93
1,78 1,78 1,79 1,79 1,79 1,78 1,77 1,78 1,78 1,76 1,72 1,73 1,78 1,83 1,89 1,84 1,87 1,89 1,91 1,97 1,94 1,93 1,89 1,87 1,90 1,93
1,74 1,74 1,74 1,74 1,76 1,76 1,76 1,76 1,76 1,76 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72 1,74 1,79 1,82 1,84 1,84 1,85 1,85 1,85
1,82 1,82 1,82 1,82 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,78 1,80 1,90 1,90 1,90 1,90 1,90 1,91 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
0,14 0,14 0,13 0,14 0,13 0,10 0,06 0,05 0,05 0,04 0,02 0,01 0,07 0,18 0,34 0,40 0,44 0,44 0,49 0,52 0,47 0,39 0,26 0,16 0,12 0,15
0,11 0,10 0,11 0,10 0,07 0,06 0,06 0,07 0,07 0,08 0,14 0,17 0,15 0,14 0,10 0,14 0,10 0,10 0,04 0,04 0,09 0,16 0,24 0,31 0,34 0,30
37,56 38,10 39,25 42,59 48,37 53,59 56,35 57,38 55,62 53,85 48,65 42,25 37,86 38,16 45,56 52,25 58,71 63,40 68,88 74,68 78,82 80,13 78,78 74,53 69,85 64,94
# V
1,87
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES 1,90
1,94
1,90
1,85
1,99
0,18
0,26
60,62
1,88 1,87 1,83 1,84
1,92 1,90 1,88 1,88
1,91 1,89 1,85 1,88
1,85 1,85 1,83 1,83
1,94 1,94 1,94 1,94
0,19 0,15 0,12 0,11
0,19 0,17 0,17 0,20
55,84 50,12 44,56 39,78
1,87 1,85
1,90 1,87
1,87 1,85
1,83 1,83
1,94 1,94
0,11 0,11
0,22 0,22
37,39 37,46
1,83 1,82 1,79
1,86 1,84 1,85
1,84 1,83 1,79
1,83 1,82 1,79
1,92 1,90 1,90
0,07 0,04 0,02
0,24 0,24 0,26
37,66 36,12 32,51
1,75 1,76 1,78 1,80
1,84 1,79 1,80 1,83
1,76 1,77 1,80 1,80
1,75 1,75 1,75 1,75
1,90 1,90 1,87 1,86
0,02 0,03 0,08 0,12
0,32 0,38 0,34 0,26
26,88 21,88 19,60 19,48
'
$ $
A construção da planilha para o c álculo do Estocástico é feita da seguinte maneira: Coluna
Linha
Fórmula
A:Mi n B:Max
3 3
Contém o valor Mí ni mo da ação no pregão Contém o valor Máxi mo da ação no pregão
C :Fech
3
Contém o preço de Fechamento da ação
D :Mmi n E:Mmax F: Fe-Mi
9 9 12
= MÍ NIMO(A3:A9) = MÁXIMO(B3:B9) = (C11-D 11)+(C 10-D 10)+(C9-D 9)
G:Max-Fe H: EST I: $
12 19 19
= (E11-C11)+(E10-C 10)+(E9-C 9) =100-(100 / ((MÉDIA(F11:F19) / MÉD IA(G11:G19))+1)) = SE (H19<20; "$"; "")
J: # K: C / V
19
= SE (H19>80; "#"; "") Pontos de Compra e Venda
Tal como no caso do IFR o investidor investido r deve comprar quando o Estocástico estiver abaixo de 20 - indicado pelo sinal ($), e deve vender se o Estoc ástico estiver acima de 80 (indicado pelo sinal #). Recomendo: a) que se compre ao t érmino dos sinais de $; b) que se venda quando o sinal # se extingue.
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
8.—OBV: On-Balance-Volume O método On-balance-volume foi desenvolvido por J. Granville, que associou o volume negociado com a evolu ção do preço do mercado. Também é conhecido por OBV ou CVI-Cumulative VoluVolume Indicator. Granville dedicou muito do seu tempo a este e ste m étodo, que combina o pre ço com o volume (quantidade) de tí tulos tulos negociados. O gráfico OBV é calculado da seguinte forma: a) Parte-se de um volume inicial ( volume do primeiro preg ão que estamos considerando); b) no pregão seguinte: I- se o pre ço de fechamento tiver sido maior do que o fechamento do dia anterior soma-se o volume negociado ao volume acumulado anterior; II- se o pre ço de fechamento tiver sido menor do que o fechamento do dia anterior subtrai-se o volume negociado ao volume acumulado anterior. O resultado é um saldo acumulado (OBV). Portanto, este indicador é fácil de se traçar; a cada dia que o pre ço da ação fechar em alta adiciona-se o volume correspondente, ao saldo anterior (OBV); caso contr ário subtrai-se o volume do saldo anterior. Se a cotação tiver fechado est ável o saldo OBV permanece o mesmo. Desta forma o OBV pode assumir uma s érie de valores positivos e negativos, s érie esta que os investidores usam para captar sinais de compra ou de venda. Por esta teoria certos momentos s ão relevantes, como mostra a figura 9.10: Cotação
OBV
Status
+ +
+ +
UP
-
-
DOWN
Figura 9.10
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
a) cotação sobe durante dois preg ões e OBV dos dois últimos pregões é crescente: UP b) cotação desce durante dois preg ões e OBV dos dois últimos pregões é decrescente: DOWN. É assim que se forma o conceito de Up ou Down. São necessários quatro agrupamentos consecutivos, intercalando-se Up e Down para indicar indi car a tend ência da ação - semelhante, neste caso às vagas de Elliot. Por exemplo admitamos que temos a seguinte s érie de Ups e Downs: Up com OBV a 240.000.000 Down com OBV a 150.000.000 Up com OBV a 270.000.000 Down com OBV a 220.000.000 Estes valores indicam uma tend ência altista pois cada Up tem um valor superior ao anterior (270.000.000 > 240.000.000) e cada Down tamb ém (220.000.000 > 150.000.000) Um exemplo oposto representaria uma tend ência baixista. Não se apresentando os campos Up e Down nesta ne sta forma tem-se uma situação duvidosa: o investidor deve aguardar para poder formular sua opinião1 .
9—Clandstick ou Teoria das Velas O Candlestick é um método que data de 1750- usado pelos japoneses nas suas transa ções com arroz. Este m étodo pretende antecipar a oscila ção dos preços dos t í tulos. tulos. É conhecido, também, pelo nome de Teoria Teoria das Velas Velas 2. Este método foi precursor da teoria teori a de Dow, e passou a ser empregado nos Estados Estados Unidos no iní cio cio da década de 90. Seu Informa çõ es complementares encontram-se no artigo de Paulo Dehner Jr: Investidor profissional, N 108, out. 1991, p.24-6.
1
Um bom desenvolvimento da teoria encontra-se no artigo de Sérgio Pequeno e Elaine Restier Gon çalves: Investidor Profissional, N 115, nov. 1991, p.29-31
2
M ANUEL MEIRELES
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
nome deriva da apresenta ção das cota ções - que se assemelham a uma vela, como pode po de ser vista na figura 9.11. Uma vela bem constituí da, da, como mostra a figura 9.12, compõe-se de corpo e sombra: o corpo expressa a diferen ça entre ofechamento (último) e abertura. Atrav és da sombra se marca os valores máximo e m í nimo. nimo.
Figura 9.11
Se o pre ço de fechamento é maior do que o de abertura a vela tem corpo branco. Uma vela negra significa signi fica que o pre ço de fechamento (último) foi menor do que o de abertura. O gr áfico que usa clandsticks, tem a apar ência mostrada na figura 9.13, e segue os mesmos princ í pios pios da d a Teori Teoria a de Dow, inclusive com as mesmas forma ções gráficas - linhas de suporte, de resist ência, bandeiras, tri ângulos, etc.
Figura 9.12
Figura 9.13
10 — Regras de Donchian As regras de Donchian orientam orienta m o investidor, que não necessita de fazer c álculos complicados. S ão as seguintes as regras: 1. Compre quando o preço superar o mais alto pre ço das quatro semanas anteriores; 2. Venda quando o preço cair abaixo do m í nimo nimo das quatro semanas anteriores.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
!
Este m é todo é muito usado pelos investidores de commodities, e baseia baseia-se -se no pressuposto de que, se o pre ço do tí tulo tulo tiver for ça para vencer a resist ência (ou romper o suporte) dos preços das últimas 4 semanas continuar á a tendência.
11.—Esotéricos O mundo está mesmo cheio de "t écnicas" - digamos, um pouco esotéricas. A Gazeta Mercantil 3 no artigo Os astros aju- dam as empresas de Wall Street, relacionava uma extensa bibliografia sobre astrologia e finan ças. que ia desde Planetary Effects on Stock Market Prices 4 , até An Astrological Analysis of the Dow Jones Averages 5 . Obviamente não abordarei aqui qualquer método esotérico, mas recomendo que esteja aberto para possí veis veis relações que possam existir entre certos í ndices, ndices, por mais estranhas que tais rela ções possam parecer. Edward Dewey, na sua obra Ciclos - as for ç a ças s misteriosas que guiam os fatos 6 , mostra in úmeras relações entre diversos ciclos e estuda os ciclos das Bolsas. Dewey mostra, por exemplo, que os ciclos dos pre ços combinados de ações, no per í odo odo de 1871 a 1956, eram os mesmos dos ciclos de abund ância de galos silvestres ou de manchas solares; os pre ços de ações de estradas de ferro acompanham os dos pre ços do açúcar, da pressão barométrica ou da precipita ção pluviométrica; e muito mais. Isto faz lembrar outra hist ória, que ocorreu em 1960, na Universidade de Harvard7 : Tendo sido convidado convi dado para proferir proferi r uma palestra so3
Relatório Gazeta Mercantil - A Bolsa do Rio , de 14.6.1995
á rios ços s das Bolsas , de LANGHAM, James Os efeitos planet á rios nos pre ç o Mars, The Maghnal Publishing, Los Angeles, 1932, 178 páginas.
4
ma an á lise astrol ó gica do Í ndice ndice Dow Jones , de WATTERS, Ú ma á lise ó gica Barbara H., Valhalla, Washington, 1982, 301 páginas.
5
6
Editada no Brasil pela Editora Record.
MONROE, Rafael. O caos e a Bolsa de Valores. Revista Limite, Número 10, 1993, Nova Sampa Diretriz Editora, p.42 7
M ANUEL MEIRELES "
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES bre a distribuição de rendas nos EUA, dentro de um ciclo de confer ências econômicas, um palestrante, ao entrar na sala, foi tomado por uma irrita çã o profunda.No quadro negro, encontrou desenhado o mesmo gráfico que iria apresentar como resultado de seus estudos. Sua raiva era justificada. O gr áfico indicava não só que alguém tinha feito um trabalho similar, tornando seu estudo n ão original, como também que a Universidade Universidad e tinha convidado outro colega para falar do mesmo assunto, para a mesma platéia, sem lhe informar. i nformar. Chamou o coordenador do evento e perguntou: "Como pode o meu diagrama aparecer antes da minha palestra?" Ouviu, ent ão, que o gráfico na lousa representava a varia ção dos pre ços do algodão nos últimos 8 anos, e nada tinha a ver com a distribui ção de rendas.
Seu nome era Benoit Mandelbrot. E a cena n ão saiu mais de sua mente. N ão podia ser apenas coincid ência. Ele voltou para casa e continuou a pesquisar n ão só os preços do algodão, mas também as cheias do Nilo, os ru í dos dos em linhas telef ônicas... e assim começou a formular a chamada Matem ática dos Fractais: um conjunto novo de abordagens cujos princ í pios pios parecem se encaixar à grande maioria dos fen ômenos naturais. Mandelbrot foi um dos pioneiros da chamada Ci ência do Caos. Desde então, muitos outros pesquisadores t êm seguido seus passos, na tentativa de encontrar formula ções matemáticas que expliquem o funcionamento funcionamento dos mercados financeiros. O Ciclo da Lua Este esotérico método baseia-se na mudança das fases da lua, e recomenda comprar por ocasi ão da lua cheia e vender na lua nova. É evidente que n ã o h á qualquer pressuposto metodológico para este método que é citado pela sua forma curiosa. Certa vez, em 1996, testei este "m étodo" — sobre a Aracruz PNB — e fiquei surpreendido com os resultados: resulta dos: das 10 ordens,
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
#
7 foram boas e 3 ruins - o que é uma excelente taxa de acerto. Teria ganho um total de 11,40%. É um método que recomendo para se discutir à mesa de um bar, jogando conversa fora.
12. —Opinião contrária O pressuposto desta teoria é que o público está geralmente errado — o que é uma grande verdade. Para acertar basta fazer exatamente o oposto. Mas como se sabe se o p úblico está comprando ou vendendo - para que o investidor fa ça exatamente o oposto? É o IFR - Í ndice ndice da Força Relativa que nos diz se o t í tulo tulo está supercomprado (IFR> 80) ou supervendido supervendi do (IFR <20). Portanto, esta teoria da opini ão contrária estriba-se no seguimento do IFR. Centí metros metros de cota ções Um amigo meu 8 aplicava este m étodo e com muitos bons resultados. Ele é um tipo muito especial de investidor que compra e vende a ções sempre com um horizonte longo. Mas n ão administrava as ações individualmente: selecionava algumas ações e comprava-as e vendia-as sempre todas ao mesmo tempo. O momento de comprar e vender era baseado na opini ão contrária — mas é muito curioso como ele determinava a hora de comprar e vender: era com uma r égua. Para saber se a Bolsa estava boa bo a para comprar ou vender ele media quantos cent í metros metros tinha a listagem da Gazeta Mercantil das a ções que come çavam por A: uma lista com poucos cent í metros, metros, indicava que ninguém estava comprando — e ele comprava de uma s ó vez; uma lista com muitos centí metros metros indicava que todo mundo estava comprando. tudo, punha o dinheiro em alguma aplica ção, e aguardava a lista diminuir. Certa vez perguntei-lhe: — Já compraste? E ele responDesculpe-me Edmar Figeiroa, mas não resisti a revelar seu segredo. Foi Edmar Edmar quem, em 1975, me ensinou ensinou a "apostar" na Bolsa e em corridas de cavalos. 8
Não há dúvida que este método — conquanto um tanto estranho quanto à sua operacionalização — é baseado na operação contrária. 9
M ANUEL MEIRELES $
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR AÇÕES
deu: — Ainda não: vou esperar a lista encolher mais dois cent í metros9 .
13.—Teoria das Caixas de Nicolas Darvas A teoria das Caixas, de Nicolas Darvas - o bailarino - baseia-se no princí pio pio de que as ações possuem uma tend ência definida, para cima ou para baixo, e que, uma vez estabelecida essa tendência, as ações movem-se dentro de diversas molduras ou caixas - limites inferiores e superiores. Quando ocorrer um movimento súbito, brusco, com energia para a pr pr óxima caixa é a altura da compra ou da venda. A ação deve ser vendida ou comprada quando as caixas começam a mover-se em sentido contr ário. A negocia ção deve ser feita no momento em que a a ção é atraí da da para o limite (m áximo ou m í nimo) nimo) da Caixa.
14. —Buy-and-Hold Esta é uma técnica muito simples: consiste em comprar ações e guardá-las. Não é, portanto, uma técnica para especulador, mas sim a t écnica que se ajusta à teoria do cash-yield. Se voc ê adotar o cash-yield como selecionador de a ções você só pode adotar buy-and-hold 10 como a técnica complementar de acompanhamento.
Conclusã o Você viu neste cap í tulo tulo os princí pios pios básicos e gerais de alguns indicadores que especuladores e investidores usam para orientar as suas opera ções nas Bolsas. Tal como o SMI — que Não há dúvida que este método — conquanto um tanto estranho quanto à sua operacionalização — é baseado na operação contrária. 9
10
Compre e guarde.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
MÉTODOS PARA PARA ACOMPANHAR A ÇÕES
%
eu adoto —nenhum deles é totalmente confiável, mas posso afirmar seguramente que sua aplica ção produz resultados melhores do que o uso da intui ção, do palpite ou outro m étodo11 . Para os métodos que reputo mais importantes — e que você pode adotar — forneci os algoritmos que lhe permitir ão construir a base de dados necess ária às suas opera ções.
11
Excluí dos dos os esotéricos, é claro.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
'
GLOSSÁRIO RIO
M ANUEL MEIRELES !
GLOSSÁRIO
A ABAMEC: ABAMEC: Associa ção Brasileira dos Analistas de Mercado de Capitais ABRASCA: ABRASCA: Associação Brasileira das Companhias Abertas. Ação: 1. Menor parcela de capital social de uma sociedade anônima, e representa um t í tulo tulo patrimonial sem data de resgate e, geralmente, sem valor facial. 2. Unidade de constituição do capital social das sociedades an ônimas. 3. T í tutulo negociável, geralmente em Bolsas de Valores. Valores. 4. T í tulo tulo negociável, geralmente sem valor nominal, sem data de vencimento, representativo de propriedade de uma fra ção do capital social de uma sociedade anônima. tulo negociável, geralmente geralmen te em Bolsas de ValoValoAção cheia: cheia: 1. Tí tulo res, com direito a benef í cios. cios. (Ver Benef í cios) cios) 2. Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos concedidos pela empresa emissora. Ação de segunda linha: linha : A ção com menos liquidez do que as blue-chips. Ver blue chip. menor do do que as Ação de terceira linha: linha: ação liquidez ainda menor ações de segunda linha. Ação escritural: escritural: ação mantida em contas de dep ósito, em nome do titular, sem emiss ão de certificado. Ação listada na Bolsa: Bolsa : ação de empresa de capital aberto, que pode ser negociada no recinto da Bolsa de Valores, por intermédio de Corretoras. Ação nominativa: nominativa : a ção que identifica o nome do propriet ário. Na empresa h á o Livro de Registro de A ções Nominativas que indica o nome de todos os acionistas. Ação ordinária: ria: ação que concede ao propriet ário direito a voto nas reuniões dos acionistas. O controle da empresa é feito pela posse das a ções ordinárias. Ação preferencial: preferencial: ação que dá ao seu proprietário prioridade
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
!
no recebimento de dividendos ou, em caso de dissolu ção da empresa, prioridade no reembolso de capital. Excepcionalmente dá direito a voto nas assembl éias dos acionistas - quando a empresa deixa de distribuir dividendos dividendo s por 4 ou mais anos consecutivos. Ação registrada: registrada: ação controlada pela empresa emitente, ou por terceiros, com corrrespondente (ou n ão) certificado de emissão. tulo negociável, geralmente geralme nte em Bolsas de ValoAção vazia: vazia: 1. Tí tulo res, que já exerceu direito de benefí cios. cios. (Ver Benef í cios). cios). 2. Ação que já exerceu os direitos concedidos pela empresa emissora. Acionista: Acionista : proprietário de uma ou mais a ções representativas do capital social de uma sociedade an ônima. Acionista majoritário: rio: acionista que det ém ações com direito a voto que lhe permite controlar - indicar o presidente e diretores - a empresa. Acionista minorit ário: rio: acionista propriet ário de ações com direito a voto, mas cuja quantidade n ão garante o controle da sociedade. Distribuidora s de Valores Valores ADEVAL: ADEVAL: Associação das Empresas Distribuidoras ADR (American Depositary Receipt) Recibo de a ções de uma companhia, sediada fora dos Estados Unidos, custodiado por um banco dos Estados Unidos e outorgando aos acionistas o direito sobre todos os dividendos e ganhos de capital. Em vez de comprar a ções de companhias estrangeiras nos mercados externos, os norte-americanos podem comprá-las nos Estados Unidos sob a forma de um ADR. Os ADRs tamb é m s ão conhecidos como American Depositary Shares .Os .Os ADRs s ão divididos em ní veis veis . O ní vel vel 3 permite que sejam listados nas Bolsas. After-market: After-market: 1.Programa lan çado pela Bovespa em 20/09/99 permitindo negociações fora do hor ário regular. 2. Negociação de ações, que tiverem sido transacionadas no preg ão regular (11:00 (11:00 às 18:00 h), no mercado à vista. 3. A variação máxima permitida, nos pre ços das ações negociadas after-market é de 2% positiva ou negativamente em relaodo diurno. ção ao preço de fechamento do perí odo Algoritmo: Algoritmo: f órmulas a que se sujeitam dados para que produ-
M ANUEL MEIRELES !
GLOSSÁRIO
zam um certo resultado. Por exemplo, exemplo , dado n n úmeros, a média desses números é obtida é obtida através do seguinte algoritmo: Sn /n. Valores que regisAMEX: AMEX: (American Stock Exchange) Bolsa de Valores tra o segundo maior volume de neg ócios dos Estados Unidos. Está localizada no centro comercial de Manhattan. Até 1921 era conhecida como Curb Exchange, a ainda hoje tulos negoé designada por Curb. A maioria das a ções e tí tulos ciados na Amex pertence a pequenas e m édias empresas. As ações das grandes companhias norte-americanas s ão negociadas na NYSE. Inúmeras companhias de petr óleo e gás têm suas a ções negociadas na Amex. ANA: ANA: (Aviso de Negocia ção de Ações) - comprovante de operacomitente (investição enviado pela Bolsa de Valores ao comitente (investidor). ANAAI: ANAAI: Associação nacional dos Agentes Autônomos de Investimentos. ANBID: ANBID: Associação Nacional dos Bancos de Investimento ANCOR: ANCOR: Associa ção Nacional das da s Corretoras de Valores, Valores, C âmbio e Mercadorias. Ativo: Ativo: Conta do Balanço patrimonial, compreendendo bens e direitos que s ão apresentados em ordem de liquidez, iniciando com o dispon í vel vel (caixa e bancos), ba ncos), contas a receber, estoques e assim sucessivamente.
B Balancete: Balancete: demonstrativo cont ábil do estado patrimonial e da situação econômico-financeira de uma empresa, referente odo do exercí cio cio social. à parte do perí odo Balanço: Demonstrativo cont ábil do estado patrimonial ou situação econômico-financeira de uma empresa, referente a um dado exercí cio cio social. BBF: BBF: Bolsa Brasileira de Futuros, foi a primeira bolsa de futuros a ser criada no pa í s, s, fundada em 1983. A compensa ção das operações da BBF ficou a cargo de uma empresa criada especialmente para este fim: a C âmara Brasileira de Compensação, similar à ICCH: International Commodities Clearing House. Em 1989 a BBF foi incorporada incorpor ada pela Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
!!
BDI: BDI: Boletim Diário de Informa ções sobre as opera ções realizadas na Bovespa. O BDI pode ser visto na Gazeta Mercantil ou no site da Bovespa. Benefí cios: cios: 1. Dividendos, bonificações, direitos de subscri ção, juros sobre o capital ou quaisquer outras vantagens atribudas aos portadores ou titulares de a ções. 2. Bonifica ções, í das dividendos, juros e direitos de subscri ção distribuí dos dos aos acionistas. Beta (ß): Medida do risco de um ativo baseada na covari ância de sua taxa de retorno com a do mercado (normalizado pela divisão desta covariância pela variância da taxa de retorno de mercado). Blue chip: chip: 1. ação com grande liquidez e procura no mercado. 2. Ação de primeira linha. BM&F: BM&F: Bolsa de Mercadorias & de Futuros. Boleta: Boleta: documento no qual os operadores registram os neg ócios de compra e venda de a ções no Recinto de Negociações das Bolsas de Valores. Bolsa Brasil: Brasil: Fusão patrimonial das Bolsas de valores de S ão Paulo e do Rio de Janeiro ocorrida em 27 de janeiro de 2000. A Bovespa passa a ser o centro de neg ócio de ações e a BVRJ de t í tulos tulos públicos. Bolsa de Valores: Valores: associação civil sem fins lucrativos com o objetivo básico de manter local adequado para encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transa ções de compra e venda de t í tulos tulos de valores mobili ários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pelas autoridades monet árias. Bolsahoje: Bolsahoje: Boletim oficial da BVRJ publicado no caderno de Economia do jornal O Globo . das gratuitamente aos acionistas, Bonificação: A ções distribuí das em decorrência de aumento de capital realizado por incori ncorporação de reservas. tulo nominativo, negociável em bolsa, Bônus de subscrição: tí tulo que confere ao seu titular o direito direi to de subscrever a ções. Bovespa: Bovespa: Bolsa de Valores de São Paulo: associa ção civil sem fins lucrativos com o objetivo b ásico de de manter local adequado ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de t í tulos tulos e valores mobiliários.
M ANUEL MEIRELES !"
GLOSSÁRIO
Valores Minas-Esp Minas- Espí rito rito Santo-Brasí lia, lia, opera BOVMESB: BOVMESB: (Bolsa de Valores interligada à Bolsa do Rio de Janeiro pelo SENN. Foi fundada em 1947 e re úne os estados de Minas, Esp í rito rito Santo e Distrito federal, com jurisdi ção em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima Rorai ma e Tocantins. Tocantins. Briefing: Briefing: Ver prospecto Buy and put away: away : Filosofia de investimento: a melhor maneira de ganhar é comprar ações e guardá-las. Buy side: analista respons ável pela escolha dos t í tulos tulos que devem compor a carteira de uma institui ção financeira. con sisBuy-and-Hold: Buy-and-Hold: Técnica ou filosofia de investimento que consiste em comprar e guardar ações. O mesmo que Buy and Put Away. ond e s ão negoBVES: BVES: (Bolsa de Valores do Extremo Sul) Bolsa onde ciadas as ações das companhias abertas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina., através dos sistemas SENN e CATS. BVRJ: BVRJ: Bolsa de valores do Rio de Janeiro.
C Cadastro de clientes: conjunto de dados e informa ções gerais sobre a qualificação dos clientes das sociedades corretoras. Capital: Capital: 1. Soma de todos os recursos, bens e valores mobilizados para a constitui ção de uma empresa. 2. Numer ário disponí vel vel para investimento. tulos de renda vari ável) Carteira de ações: es: conjunto de a ções (tí tulos de propriedade de uma pessoa f í sica sica ou jurí dica. dica. tulos de renda fixa ( obriga ções Carteira de tí tulos: tulos: conjunto de t í tulos governamentais, debêntures, letras imobili árias, etc) e de renda variável (ações) de propriedade de uma pessoa f í sica sica ou jurí dica. dica. tulos constituindo uma carteira Carteira Eficiente: Eficiente: Conjunto de tí tulos que pertence ao conjunto de carteiras que se situam sobre a linha Cb-Cd (ver figura 2.7) que oferecem a maior taxa de retorno para um dado risco. Carteira Carte ira Te Teórica Bovespa: Bovespa: Ver Ibovespa. Cash-yield : indicador que mede o retorno financeiro de uma a ção. CATS: CATS: (Computer Aided Trade System) Sistema de computa ção
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
! #
que prestava informações sobre o Mercado e permite realizar negócios fora do preg ão de viva voz. Foi absorvido e substitu í do, do, em julho de 1997, pelo sistema Megabolsa. Cautela: Cautela: certificado que materializa a exist ência de um n úmero de ações. CBLC: CBLC: Companhia Brasileira de Liquida ção e Custódia. Clearing criada em 1998 decorrente da reestrutura ção patrimonial da Bovespa. tulo emitido por banCDB: CDB: 1. Certificado de Dep ósito Bancário: tí tulo cos para captar dinheiro do p úblico. 2. Rendimento oferecido pelos Bancos aos compradores de CDB, cuja taxa m édia é calculada pela Associa ção nacional de Bancos de Investimento e Desenvolvimento (ANBID). CDB-over: CDB-over: Remuneração paga a um investidor de CDB para um dia di a útil e que a uma taxa exponencial 1/d, onde d corresponde ao n úmero de dias corridos do m ês. Chamada de capital: subscri ção particular ou pública de ações novas pelo valor nominal ou outro ou tro valor, com ou sem ágio, para aumentar o capital social de uma empresa. CIB: CIB: 1. Curva de Indiferen ça Básica ¾gráfico que expressa a reladetermina do investidor, entre risco e ção aceitável por um determinado retorno. 2. Centro de Informa ções Bovespa, destinado a atender dúvidas do p úblico em geral sobre o Mercado de Ações e sobre a Bolsa de valores de S ão Paulo. Circuit-breaker: Circuit-breaker : 1. mecanismo de controle de oscila ção da Bolsa, implantado pela Bovespa em 31/10/97: interrompe as negociações por trinta minutos quando o Ibovespa atinge baixa de 10% em rela ção ao í ndice ndice de fechamento do dia anterior; reabre e interrompe por uma hora se o í ndice ndice atingir o patamar de 15% negativo em rela rel ação ao dia anterior anter ior.. 2. Mecanismo anti-p ânico, que protege os investidores de grandes baixas. CIS: CIS: Curva de Indiferen ça Secundária — gráfico derivado da Curva de Indiferença Básica, por "deslocamento paralelo" desta. Clearing: Clearing: Empresa que gerencia sistemas e garantias para a liquidação das operações realizadas em bolsa e para a custódia de valores mobili ários. Clube de investimento: investimento : conjunto de pessoas que se re únem com o objetivo de aplicar suas economias em conjunto,
M ANUEL MEIRELES ! $
GLOSSÁRIO
e m t í tulos t ulos negociados no mercado financeiro. Na BOVESPA os Clubes de Investimento foram regulamentaregulame ntados pelas resolu ções 181/85-CA e 189-86-CA. Esta brilhante idéia não se tornou realidade porque a administração dos Clubes de Investimento deve ser exercida por sociedade corretora, sociedade distribuidora ou banco de investimento. H á pouquí ssimos ssimos Clubes de Investimento. CNBV: CNBV: Comissão Nacional de Bolsa de Valores. CODIMEC: CODIMEC: Comitê de Divulgação do Mercado de Capitais. Organismo sem fins lucrativos composto por associa ções do mercado financeiro. tulo. Ver Beta Coeficiente angular: angular : O mesmo que ß de um tí tulo. (ß). encarrega a uma outra de comprar co mprar,, vender Comitente: Comitente: pessoa que encarreg ou praticar qualquer ato, sob suas ordens orde ns ou por sua conta, mediante certa remunera ção a que se dá o nome de comissão ou corretagem. Commercial paper: paper: obrigação de curto prazo, com vencimento que varia de 2 a 270 dias, emitida por banco, companhia ou outro tomador para subscri ção por investidores cujos recursos estejam temporariamente desaplicados. O papel não é garantido e geralmente é negociado com des ágio, embora haja commercial paper que renda juros. Commodities: Commodities : (sing.: commodity) Mercadorias como gr ãos, metais e alimentos negociados em Bolsas de Mercadorias. Companhia: Companhia: o mesmo que sociedade an ônima. Uma sociedade anônima, ou companhia, pode po de ser aberta ou fechada. Ver Companhia aberta . Companhia aberta: aberta: 1. Empresa sociedade anônima cujos valores mobiliários são negociados nas na s Bolsas de Valores Valores ou no mercado de balcão. 2. Sociedade anônima cujas ações são negociadas em Bolsa de Valores. Valores. para "abrir" o capital a empresa deve atender às exigências da CVM- Comissão de Valores Mobili ários - e da Bolsa de Valores onde se inscreve. Confirmação: aviso que o corretor d á ao cliente da efetiva ção de uma negociação com ações. tuContas a receber: receber: Conta do Ativo composta pelo valor dos t í tulos que a empresa tem a receber menos provis ão para re-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
! %
duzi-los ao valor prov ável de realização. Corretagem: Corretagem: taxa de remunera ção da sociedade corretora ao efetuar uma compra ou venda de a ções em nome de uma pessoa fí sica sica ou jurí dica. dica. tulos. 2. FunciCorretor: Corretor: 1.Intermedi ário na compra e venda de t í tulos. onário de Corretora, que atende a pessoa f í sica sica ou jurí dica, dica, nos assuntos referentes a ordens de compra ou venda de ações. Corretora: Corretora: Ver Sociedade Corretora . Cotação: 1. Preço registrado em Bolsa de Valores na negociação de ações. 2. Preços relativos a dada a ção em momentos especí ficos ficos do preg ão (abertura, fechamento) ou a determinadas caracter í sticas: sticas: m áxima, média, mí nima. nima. tulos e de exerc í cio cio Custódia de tí tulos: tulos: serviço de guarda de t í tulos de direitos aos investidores. Custódia fungí vel: vel: serviço de custódia onde os valores mobiliários retirados podem n ão ser os mesmos depositados, embora sejam das mesmas esp écies, qualidade e quantidade. Deixa de existir a necessidade de se retirar exatamente o mesmo certificado depositado. Os dep ósitos de moeda nos bancos s ão fungí veis: veis: a pessoa que deposita uma certa nota de R$100 mais tarde poder á retirar R$100 mas não necessariamente a mesma nota depositada. CVM: CVM: Comissão de Valores Mobili ários: autarquia especial, vinculada ao Ministério da fazenda, criada pela lei 6385 de 712-1976 com a fun ção de disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de valores.
D DDM: DDM: (Discagem Direta ao Mercado) sistema de acesso às informações da BVRJ. tulo nominativo, representativo de um empr éstiDebênture: nture: 1. t í tulo mo, geralmente de longo prazo, feito por um debenturista a uma empresa. 2. T í tulo tulo que representa um empr éstimo contraí do do por uma Sociedade An ônima mediante lançamento público ou particular, garantido pelo ativo da sociedade e com preferência para o resgate sobre quase todos os demais créditos. Debênture conversí vel vel em ações: es: debêntude cujo "pagamen-
M ANUEL MEIRELES ! &
GLOSSÁRIO
to" pode ser feito em a ções, em épocas e condi ções prédeterminadas. Derivativos: Derivativos: basicamente contratos cujo valor muda de acordo com movimentos de preços de determinado ou determinados instrumentos financeiros ou commodities. As pe çaschave do mercado do mercado de derivativos s ã ão os con- tratos futuros, os contratos a termo, e os contratos contrato s de op- es . O conceito de derivativo est á intimamente ligado ao çõ es de "hedge", ou prote ção contra situações de risco. A expressão derivativo decorre derivativo decorre do fato do valor do instrumento se basear em um outro tipo. Por exemplo, uma op çã o é çã o um instrumento derivativo porque seu valor deriva do valor da ação à qual a opção está atrelada. Direito de subscrição: direito de prefer ência que um acionista tem de subscrever novas a ções de uma Sociedade An ônima, quando do aumento do Capital mediante subscri ção. O direito pode ser negociável ou não. Subscrever o Capital significa informar a companhia, mediante certa documentação que está interessado em adquirir certa quantidade de ações. A seguir vem a fase de integraliza ção, isto é, a fase do pagamento das a ções anteriormente subscritas. O direito de subscri ção assegura que o acionista pode subscrever um percentual de a ções igual à sua participação na empresa. Por exemplo, um acionista que tem 2,7% de ações, tem direito a subscrever 2,7% das novas a ções. Disclosure: Disclosure: revelação de informações, por parte da empresa, aos acionistas; é um instrumento imprescind í vel vel não só para a tomada de decisão pelo investidor como para sua proteção. tulos integrantes do ativo duma DISP: DISP: Disponibilidades: valores e tí tulos empresa, que podem ser prontamente convertidos em numerário. Diversificação: Técnica que consiste em constituir uma Carteira com diversos t í tulos tulos que possam tornar nulo, a qualquer momento, o risco diversific ável. Ver Risco diversific diversi fic ável. do aos acionistas, em proporção à quanDividendo: Dividendo: Valor distribu í do tidade de ações possuí das das e com recursos oriundo dos lucros obtidos pela empresa num determinado per í odo. odo. A Lei das Sociedades An ônimas obriga a um dividendo mí nini-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
! '
mo de 25% do lucro l í quido quido apurado no exerc í cio cio social. Dow Jones Industrial Average: Í ndice ndice da Bolsa de Valores semelhante ao Ibovespa. Foi inicialmente criado por Charles Henry Dow em 3 de julho de 1884 -e era a m édia aritmética de onze preços de fechamento de ações escolhidas por Dow; em 1896 passou para 12 a ções; atualmente o Dow Jones é um í ndice ndice composto de 30 a ções. DR: DR: 1. Depositary Receipts : certificado de dep ósito de ações emitido por um banco estrangeiro (Banco deposit ário ou emissor) e lastreado em a ções brasileiras, custodiadas por um Banco brasileiro brasileir o (Banco custodiante). custodiante ). Ver Ver ADR. 2. T í tulo de crédito formal, nominativo, emitido por negociante com a mesma data, valor global e vencimento vencime nto da fatura, e representativo e comprobatório de crédito preexistente (venda de mercadoria a prazo), destinado a aceite e pagamento por parte do comprador, circul ável por meio de endosso, e sujeito à disciplina do direito cambiário. 3. Abreviatura de Duplicatas a receber: 1.Conta do Ativo Circulante.
E EBCP: EBCP: Empréstimos Bancários de Curto Prazo: 1. Conta do Passivo Circulante. 2. Valores Valores a pagar a Bancos dentro de ntro de 12 meses. tulos ou dinheiro. Emissão: ato de emitir t í tulos Endividamento geral geral:: Participação dos recursos financiados por terceiros; é considerado um indicador indicado r de risco da empresa. É aferido por: EL P + Dd) / AT onde: ECP por: E= (ECP + ELP vel a curto prazo; ELP é o exigí vel vel a longo prazo; é o Exigí vel Dd é o valor das duplicatas descontadas; AT é o ativo total. Escola fundamentalista: fundamentalista : corrente de pensamento, referente à análise de tí tulos, tulos, que baseia sua escolha nos dados econ ômico-financeiros da empresa (balan ços, vantagens competitivas, etc.). cnica . é cnica Escola Grafista: Grafista: Ver Escola T é base ia, para Escola Técnica: cnica: 1. Corrente de pensamento que se baseia, gerir portfólios, do comportamento dos t í tulos tulos no mercado, sendo os gráficos seu material de apoio principal. 2. O mesmo que Escola Grafista.
M ANUEL MEIRELES "
GLOSSÁRIO
Especulador: Especulador: Pessoa f í sica sica ou jurí dica dica que aplica recursos (n ão necessariamente necessariamente suas economias economias ou disponibilidades) disponibilidades) na aquisição de ações ou tí tulos tulos no mercado financeiro, num horizonte de curto ou curt í ssimo ssimo prazo, tendo por base uma expectativa na eleva ção de preços das ações. da de merEst: Estoques: Estoques : 1. Conta do Ativo Circulante constitu í da cadorias ou produtos, avaliados pelo custo de aquisi ção ou de fabricação, reduzidos de provis ão para ajustá-los ao preço de mercado quando este for inferior. inferior. 2. Conta do Ativo Circulante compreendendo: produtos acabados, mercadorias para revenda, produtos em elabora ção, matérias-primas, materiais de acondicionamento e embalagem, Execução de ordem: ordem: efetiva realiza ção de uma ordem de compra ou de venda de valores mobiliários. odo com iní cio cio em 1/4/9x e 31/3/ Exercí cio cio operacional: operacional: perí odo 9x+1.
F ndice de ações, criado em 1987 pela Fundações GetúFGV-100: FGV-100: Í ndice lio Vargas composto por empresas n ão-estatais e não-financeiras. FIF: FIF: fundos de investimento financeiro. da FORN: FORN: Fornecedores: Conta do Passivo Circulante constitu í da por valores a pagar a fornecedores nacionais ou estrangeiros dentro de 12 meses. Fundo de A ções: es: (ou Fundo M útuo de Ações) 1. Conjunto de recursos administrados por uma Sociedade Corretora ou Banco de Investimento, que os aplica em uma carteira constituí da da no mí nimo nimo por 67% de a ções negociadas nas Bolsas de Valores. 2. Fundo de renda vari ável. Fundos cambiais: cambiais : fundos de investimento em ativos cujo rendimento está associado à variação cambial: swap de swap de dólar, export notes , por exemplo. Fundos de carteira Livre: Livre : Aplicam em a ções ou derivativos. Fundos de derivativos: derivativos : fundos cuja carteira é predominantemente composta de derivativos, como contratos futuros, opções e operações a termo. nimo, o retorno Fundos garantidos: garantidos : fundos que garantem, no m í nimo,
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
"
do capital investido.
G Gestão de portfólio: lio: Análise, seleção, aquisição, acompanhamento e venda de t í tulos, tulos, de renda fixa e vari ável (ações) com o objetivo de obter ganhos.
H Habilidade de sele ção: 1. Capacidade de um método em selecionar ativos que, decorrido um determinado perí odo odo estejam incluí dos dos no ranking Classe A, segundo Nihans, Niha ns, de ativos mais rent áveis. 2. Propor ção com que ativos selecionados previamente compunham a Classe A, segundo Nihans, dos ativos mais rent áveisnum dado perí odo. odo. Essa proporção pode ir de 0% a 100%. Dependendo do valor da proporção, pode-se rotular rotular a habilidade: de 00,0% a 09,9% 09,9% habilidade desprezí vel; vel; de 10,0% a 29,9% habilidade baixa; de 30,0% a 49,9% habilidade moderada; de 50,0% a 69,9% habilidade substancial; acima de 69,9% habilidade muito forte. Hedge: Hedge: (proteção) operação que tem por objetivo proteger uma outra contra riscos decorrentes de varia ções negativas. É, portanto, uma estratégia usada para compensar investimentos de risco. Um hedge perfeito é aquele que elimina a possibilidade de ganhos ou perdas futuras. Home Broker: Broker: 1.Sistema que permite o investimento direto na Bolsa de Valores de São Paulo atrav és da Internet. 2. Sistema semelhante ao servi ço Home Banking, implantado pela Bovespa, permitindo permitindo que investidor, investidor, previamente cacadastrado numa corretora (que fa ça parte do sistema), envie, automaticamente, atrav és da Internet, ordens de compra e venda de a ções à vista
I IAN: IAN: Informa ções anuais: documento mais detalhado do que o ITR, apresentado apresentado anualmente pelas companhias abertas, abertas, ao mercado. IBMEC: IBMEC: Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais.
M ANUEL MEIRELES "
GLOSSÁRIO
ndice da Bolsa de Valores de São Paulo 2. ConjunIbovespa: Ibovespa : 1. Í ndice to de ações que, numa certa propor ção constituem tal í ndindice. Fazem parte da carteira os t í tulos tulos que representam 90% do total de dinhei dinheiro ro negociado na Bolsa de d e Valores Valores de São Paulo nos últimos 12 meses. A carteira Ibovespa é revista de 4 em 4 meses. 3. Lucratividade Lucratividad e de uma carteira de ações, hipotética e suposta como sendo a carteira pertencente ao Mercado. ndice da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro .Fazem .Fa zem parte IBVIBV- Í ndice do IBV os t í tulos tulos que representam 90% do total do dinheiro negociado na BVRJ nos últimos 12 meses. A composi ção da carteira do IBV é revista a cada 4 meses. O IBV, IBV, na sua estrutura, difere do Ibovespa e do I-Senn, pois pondera p ondera as ações pelo valor de mercado destas e n ão por sua participação no volume de neg ócios. O Í ndice ndice composto da Bolsa de Nova York é de estrutura semelhante ao do IBV. A ponderação é feita segundo o valor de mercado das a ções em circulação, ou seja, de acordo com o valor que custaria para alguém comprar em bolsa todas as a ções de uma empresa que não estão nas mãos dos seus controladores. Este método evita que um determinado papel tenha uma participa ção inflada. Para que um papel seja inclu í do do no IBV ele precisa atender a tr ês critérios: o primeiro é ter sido negociado em pelo menos 80% dos preg ões dos 12 meses anteriores; o segundo é que não tenha ficado mais de cinco vezes por perí odo odo de cinco dias consecutivos sem negócios, tamb ém nos últimos 12 meses; o terceiro é que apresente um m í nimo nimo de 1000 neg ócios nos mesmos 12 meses anteriores. ndice Brasil, constitu í do do pelas 100 a ções mais negociadas. IBX: IBX: Í ndice ndice setorial composto pelas a ções do setor el étrico. IEE: IEE: Í ndice ndice Nacional das Bolsas de Valores. Mede os ganhos INBV: INBV: Í ndice do Mercado nacional referentes às bolsas de S ão Paulo e Rio de Janeiro. Valor deflacionado deflaci onado de um lote de a ções ao longo do temINDAÇ: Valor po, incorporando todos os benef í cios cios por esse lote obtidos pela ação nesse perí odo odo . Í ndice ndice de negociabilidade: negociabilidade : indicador que mostra qu ão relativa é a presença de uma ação no mercado, levando em conta
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
"!
as proporções do número e do volume de neg ócios feitos com a a ção em relação ao número de negócios totais feitos na Bolsa. Informações das companhias abertas: abertas: Para terem suas a ções negociadas em Bolsa, as companhias devem divulgar um conjunto de informações periódicas e eventuais, entre elas: a) Relatório da Administra ção, Demonstrações Financeiras Anuais e parecer de Auditoria independente; b) DFP: Demonstrações Financeiras Padronizadas; c) ITR: Informações trimestrais; d) IAN: IAN: Informações Anuais; e) Atas das Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordin árias; f) Divulgação de Fatos Relevantes. Insider: Insider: [insaider] aquele que tem conhecimento dos acontecimentos de uma empresa, que nunca vir ão a público ou só virão mais tarde. O que "est á por dentro". Investidor: Investidor : 1. Pessoa que faz aplica ções no mercado financeiro. 2. Pessoa fí sica sica ou jur í dica dica que aplica suas economias ou disponibilidades na aquisição de ações ou tí tulos tulos no mercado financeiro, num horizonte a longo prazo, objetivando auferir renda principalmente derivada dos benef í cios cios de tais tí tulos: tulos: dividendos, bonificações. investidor técnico: cnico: investidor que segue um determinado método - qualquer que ele seja seja - para para fazer fazer suas ordens de compra e venda. Segue, obrigatoriamente uma ou mais t écnicas das Escolas Grafista ou Fundamentalista. ndice do Sistema Eletr ônico de Negocia ção Nacional. I-Senn: I-Senn: Í ndice que se assemelha ao Ibovespa. É calculado a partir das 50 ações mais negociadas no preg ão eletrônico nacional, ponderadas de acordo com o volume de neg ócios que representam. tulo brasileiro obedecendo ao padrão ISSO ISIN: Codificação de tí tulo 6166. Por exemplo, o ISIN do Banco Banco do Brasil é : BRBBASA. ITR: ITR: Informações trimestrais: documento legal por meio do qual a companhia aberta divulga ao mercado dados cont ábeis acompanhados de explicações sintéticas.
M ANUEL MEIRELES ""
GLOSSÁRIO
J i nt ventx â r ] empreendimento formado por duas óint âr Joint-venture: Joint-venture : [dj ó ou mais empresas existentes, com finalidade e dura ção limitadas. Juros do capital: capital: 1. Prêmio de reembolso, pago ou creditado ao acionista. 2. Esp écie de dividendo assegurado pelo estatuto societário.
K Kanitz : Stephen Charles Kanitz (1946- ) é consultor de empresas, criador e respons ável pela publicação Melhores e Maiores da Maiores da revista Exame , professor titular da Faculdade de Economia, Administra ção e Contabilidade, da Universidade de São Paulo. Fez Mestrado na Harvard Business School. É autor dos livros Como Prever Fal ê ncias , e O ê ncias Brasil que d á r ia . á certo , e co-autor de Contabilidade Introdut ó ória Foi assessor para Assuntos de D í vida vida Externa do Minist ério de Planejamento em 1986. Em 1985 recebeu o pr êmio Analista Financeiro do Financeiro do Ano —Abamec e, em 1992, o pr êmio Profissional do Ano — Anefac. Sua import ância para este trabalho explica-se pela constru ção do "termômetro" ou í ndice ndice de insolvência das empresas, que foi objeto da sua tese de livre doc ência, em 1976. Ver tamb ém Term ô - ô- metro de insolv ê n ência. cia.
L Lance: Lance: preço oferecido pelos representantes das Sociedades Corretoras em p úblico Pregão, para a compra ou venda de um lote de a ções. Valor calculado calcula do segundo f órmula de Morante, Limite de Crédito: dito: Valor e que representa o m áximo que se poderia emprestar a uma empresa, com base nos seus dados extra í dos dos das demonstrações contábeis. Linha caracterí stica: stica: (capital line) de uma carteira ou de um mercado — conjunto das carteiras eficientes, isto é, que oferecem o maior retorno para um dado risco. Linha de resistência: ncia: limite de preço máximo que uma a ção não deve ultrapassar. Rompendo esse limite podemos di-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
" #
zer que a a ção está definindo uma tendência de alta. nimo que, teoricamente uma Linha de suporte: suporte : limite de preço mí nimo ação alcançará, segundo a teoria de Dow. Acredita-se que a ação não caia abaixo desse limite a n ão ser que esteja estabelecendo uma tendência de queda. Liquidez: Maior ou menor facilidade de convers ão de um tí tulo tulo em dinheiro. Liquidez geral: geral: Indicador que mede quanto a empresa possui de recursos n ão imobilizados em ativos fixos em rela ção ao seu exigí vel. vel. É aferida por: L= (Ac+RLP+Dd)/(ET+ Dd) onde: Ac é o ativo circulante; RLP é o realizável a longo prazo; Dd é o valor das duplicadas descontadas; ET é o exigí vel vel total. quido sobre o Patrimônio Lí quido. quido. Ver Lucratividade. LL/PL: LL/PL: Lucro Lí quido Lote: Lote: quantidade de tí tulos tulos com caracter í sticas sticas idênticas. tulos de caracter í sticas sticas idênticas e em Lote padrão: lote de tí tulos quantidade prefixada pelas Bolsas de valores. Lote fracionário: rio: quantidade de a ções inferior ao lote padr ão Lote redondo: redondo: lote totalizando um n úmero inteiro de lotes padrão. Lucratividade: Lucratividade : 1. Diferen ça, geralmente expressa de forma percentual, entre compra e venda de t í tulo tulo ou semelhante. 2. Vari Varia ação, geralmente expressa de forma percentual, no valor de um ativo, num dado per í odo odo de tempo. 3. Mede o retorno do investimento aos acionistas. É calculada por: Rp= LL / PL onde: LL é o lucro lí quido, quido, ou seja, o resultado do exercí cio cio depois de descontada a provis ão para o imposto de renda; PL é o patrimônio lí quido, quido, que é a soma do capital, das reservas e dos resultados futuros, menos a soma do capital a integralizar e dos preju í zos zos acumulados. É um indicador da riqueza da empresa.
M Megabolsa: Megabolsa: 1. Sistema eletr ônico de negociação de ações da Bovespa, que absorveu, em julho de 1997 o CATS, CATS, e que permite realizar transfer ência de dados, fazer consultas, atualizar estatí sticas, sticas, imprimir janelas do sistema, utilizar informações na forma gr áfica entre outras fun ções. Mercado: Mercado: Mercado financeiro (ver) cuja dinâmica é expressa e
M ANUEL MEIRELES " $
GLOSSÁRIO
representada por uma carteira te órica composta de n t n tí tutulos, cada um com um dado peso na composi ção da carteira. A composi ção da Carteir C arteira a Te Teórica Ibovespa é um exemplo. O í ndice ndice Ibovespa, no caso espelha a din âmica do mercado de ações negociadas na Bolsa de valores de São Paulo. Mercado aberto. aberto. 1. Local onde se efetuam as compras e vendas de tí tulos tulos por parte do governo ou das institui ções financeiras oficiais. [Tb. se usa o equiv. equiv. ingl ês, open market.] Mercado a termo. termo. 1. Negociação de mercadorias ou de valores para entrega e pagamento em data futura, preestabelecida, mas ao pre ço do dia da transa ção. 2. Opera ções de compra e venda, em que a liquida ção se faz ao fim de um determinado prazo, ou antecipadamente, por solicita ção do liquidante. Mercado à vista: vista: mercado no qual a liquida ção (pagamento) é feito logo ap ós a realização do negócio em pregão. No mercado à vista na verdade a liquida ção é sempre feita no terceiro dia. Mercado futuro: futuro: operações de compra e venda de contratos para liquidação em data futura. tulos. 2. MerMercado secundário -1. Mercado de revenda de t í tulos. cado no qual os investidores negociam a compra ou a venda de ações com outros investidores: neste caso um investidor vende para p ara outro investidor. investi dor. Ver: Ver: Mercado prim á r io . ário Mercado de balc ã o . 1. O que vende maci ç a e indiscriminadamente tí tulos tulos de novas empresas, ainda n ão registradas na Bolsa Bo lsa de Valores. Valores. Mercado de capitais. capitais. 1.Conjunto das operações financeiras çom qualquer horizonte temporal, normalmente efetuadas diretamente entre poupadores e Empresas, ou atrav és de intermedi ários financeiros n ão bancários, geralmente destinadas ao financiamento de investimentos fixos. 2. O que opera com capitais para financiamentos. Mercado financeiro. financeiro. 1. O que, operando com capitais para financiamento, se restringe à negociação de tí tulos tulos e valores representados por operações monetárias. Morante: Morante: Antonio Salvador Morante (1945 - ) é Contabilista, Economista e Adminis Administrador trador de empresas, consultor e pro-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
" %
fessor universit ário. Sua disserta ção de mestrado apresenta um indicador f ácil de calcular que estipula o cr édito máximo que se pode conceder a uma empresa. tuMercado primário: rio: local onde as empresas colocam seus t í tulos para serem adquiridos pelos investidores: neste caso a empresa é a vendedora e o investidor é o comprador. compra dor. . Mercado secundário: rio: local onde os investidores adquirem, trocam ou vendem t í tulos tulos originários do mercado prim ário. O mercado secund ário, por excel ência, é o mercado de ações.
N Nasdaq: Nasdaq: (National Association of Securities Dealers Automated Quotations) Primeira bolsa eletr ônica do mundo. Desde janeiro de 1992 a bolsa tornou-se pioneira dos Estados Unidos no exterior, abrindo uma extens ão em Londres, que permite a negociação de suas a ções durante o hor ário europeu. Negociação comum: comum: operação realizada em preg ão, entre dois representantes de diferentes sociedades corretoras, a um preço ajustado entre ambos. Negociação direta: direta: operação realizada sob normas especiais por um mesmo representante de sociedade corretora para comitentes diversos. Os interessados nessa opera ção devem preencher o cart ão de negociação ou digitar um comando especí fico fico -no caso de negocia ção eletrônica - indicando que estão atuando como comprador e vendedor ao mesmo tempo. ndice da Bolsa de T óquio, criado em 1949 com o nome Nikkey: Nikkey: Í ndice Nikkey Dow Jones Jones Average. Em 1975 o jornal Nihon Keizai adquiriu os direitos para c álculo e divulgação e, em 1985, rebatizou-o de Nikkei Stock Average. Assemelha-se ao Dow Jones. Nota de corretagem: corretagem: documento que a sociedade corretora apresenta ao seu cliente, registrando a operação realizada, com indicação da espécie, quantidade de t í tulos, tulos, preço, data do pregão, valor da negocia ção, da corretagem cobrada e dos emolumentos devidos.
M ANUEL MEIRELES " &
GLOSSÁRIO
York Stock Exchnge) Bolsa de Valores Valores de Nova NYSE: NYSE: (New York York. É a mais antiga e a maior bolsa de valores dos Estados Unidos e localiza-se loca liza-se em Wall Street, em New York. York.
O OC: OC: Último e maior preço estabelecido por investidores que dese jam comprar determinada ação, no pregão de uma Bolsa de Valores. Pa gar. OCP: OCP: Outras Contas a Pagar. Oferta de compra : Ver OC. Oferta de Venda: Venda: Ver OV. operador Cats: Cats: representante de uma sociedade corretora que executa ordens de compra e venda de a ções ou de opCATS Bovespa. ções, através do sistema CATS operador de pregão: representante de uma sociedade corretora, que executa atrav és de ordens de compra e de venda de ações no pregão de uma Bolsa de valores. ordem: ordem: instrução dada por um cliente a uma sociedade corretora, para a execução de compra ou venda de valores mobili ários. ordem a mercado: mercado: ordem em que o investidor s ó especifica a quantidade e as caracter í sticas sticas do tí tulo. tulo. Deve ser efetuada desdo o momento de seu recebimento no preg ão. Por exemplo, o investidor diz para o seu corretor: "Compra "Compr a 10000 Telepar PN". ordem limitada: limitada: ordem na qual o investidor estabelece um preço. A ordem deve ser executada por um pre ço igual ou melhor do que o especificado pelo investidor. investidor. OV: OV: Oferta de venda — Último e menor pre ço estabelecido por investidores titulares titulare s de uma ação, para a vender no pregão de uma Bolsa de Valores. Valores.
P Performance: Performance: Desempenho, quanto a lucratividade ou outra variodo. ável, de um portf ólio num determinado perí odo. Permissionária: ria: sociedade corretora especialmente admitida no pregão de uma Bolsa de Valores, Valores, da qual não possui um tí tulo tulo patrimonial.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
" '
Permissionária CA CATS: TS: sociedade corretora que pode apenas executar ordens no sistema CATS. CATS. quido — conta do Ativo e que é calculado como PL: PL: Patrimônio Lí quido sendo a diferença entre direitos e obriga ções da empresa, num dado momento. Potencial de lucratividade: lucratividade : Grau de certeza, derivado do LCM — Limite de Cr édito de Morante, que o investidor tem de o valor invertido num investimento ser lucrativo. Potencial de segurança: Grau de certeza, derivado do TIK — Termômetro de insolvência de Kanitz, que o investidor tem de não perder o valor invertido num investimento em decorrência da falência da empresa. Preço do mercado de uma a ção é o preço médio da ação negociada na data em que estamos procedendo à análise - representa o pre ço mais provável que deveremos pagar por tal a ção se decidirmos adquiri-la. Preço de abertura: abertura: Cotação da ação na primeira transa ção realizada em determinado preg ão. Preço de fechamento: fechamento : Cotação da ação na última transação realizada em determinado preg ão. Preço máximo: ximo: Maior cota ção da ação nas transa ções realizadas em determinado preg ão. Preço médio: dio: Cotação ponderada da ação considerando todas as transações realizadas em determinado preg ão. Preço mí nimo: nimo: Menor cota ção da ação nas transa ções realizadas em determinado preg ão. Pregão: 1. Recinto de negocia ções nas Bolsas de Valores. 2. Negociações de compra e venda realizadas num determinado dia em local mantido por Bolsa Bol sa de Valores. Valores. Prospecto: Prospecto: folheto contendo informa ções sobre a oferta ou lantulos de uma empresa. O prospecto deve conçamento de tí tulos ter informa ções completas sobre a situa ção e as perspectivas da empresa, bem como sobra a natureza dos t í tulos tulos que estão sendo oferecidos.
Q stico, proposto por G. Udny Yule Q de Yule: Yule: 1. Método estatí stico, utilizado para descrever o grau de rela ção entre duas vari áveis. 2. Grau Q (em honra do estat í stico stico Quételet) que va-
M ANUEL MEIRELES #
GLOSSÁRIO ria de -1 a +1 e que e exprime xprime a rela ção entre duas variaáveis.
R Razão Crí tica: tica: (RC) quociente entre a m édia µ e o Desvio Padrão da Média s x|. cio de Recibo de subscrição: documento que comprova o exerc í cio direito de subscri ção. Recompra de ações: es: ato pelo qual a pr ópria empresa compra as suas ações para as manter em tesouraria. Registro em bolsa: bolsa: condição necessária para que uma empresa de capital aberto seja negociada negociad a em determinada Bolsa de Valores. Para tal ela de deve ve atender a uma s érie de exigências da própria Bolsa onde pretende ter suas a ções negociadas. Rentabilidade: Rentabilidade: ver Lucratividade . Rentabilidade do patrim ônio: nio: ver Lucratividade . tulo acima de um outro Retorno excessivo: excessivo: Rentabilidade de um tí tulo tomado como paradigma e considerado de risco nulo. nul o. Risco: Risco: 1. Probabilidade de obten ção de retornos abaixo daqueles esperados. 2. Desvio padr ão dos retornos ou um conceito derivado, como a vari ância dos retornos. tulo Risco diversificável: vel: 1. Probabilidade da lucratividade do t í tulo divergir da sua reta caracter í stica. stica. 2. Risco que se anula com o risco diversific ável dos outros tí tulos tulos que constituem o portfólio, ou ao longo do tempo. 3. Risco que "a rigor" não existe. Risco não-diversific ável: vel: 1. Risco oferecido pelo mercado onde o tí tulo tulo se insere, como um todo. 2. Risco que afeta igualmente todos os t í tulos tulos de um dado mercado. 3. Componente não diversificável do risco. 4 b do t í tulo. tulo. o v el ou co- ão-diversific -diversific á ável ou Risco sistemático: tico: O mesmo que risco n ã eficiente beta.
S SAFEX: SAFEX: (The South African Futures Exchange): Bolsa de Futuros da África do Sul. SAL: SAL: Salários, Contribui ções e Tributos — conta do passivo circulante que incorpora o total de sal ários, contribui ções
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
#
e tributos decorrentes do uso de recursos recurso s humanos, a pagar. Segurança: Ver Risco . Sell side: analista que indica para os investidores, quais os melhores papéis. SENN: SENN: (Sistema Eletr ônico de Negociação Nacional): sistema eletrônico que integra oito Bolsas de Valores Valores brasileiras. É um pregão virtual. As opera ções de compra e venda s ão feitas através de terminais de computadores. O indicador é o I-Senn. Foi constitu í do do em 1991 e é administrado pela Comissão nacional de Bolsas de valores. Integram o SENN as Bolsas de Valores: Valores: 1. do Rio de Janeiro, 2. MinasEspí ritoSanto-Bras ritoSanto-Brasí lia, lia, 3.Bahia-Sergipe-Ala-goas, 4. do ExtremoSul, 5. Paran á, 6.Pernambuco, 7.Para í ba, ba, 8.Regional (Ceará) 9. e a de Santos SMI: SMI: Stress Market Index — oscilador baseado na rela ção entre os preços de oferta e os pre ços reais de determinada ação, praticados no preg ão, que propõe ao investidor, informar o momento de compra ou venda da a ção. Sociedade Anônima: nima: Empresa cujo capital social é representado por ações, que podem ser de dois tipos: ordin árias ou preferenciais. No m í nimo nimo deve haver 1/3 de a ções ordinárias e 2/3 de ações preferenciais. Sociedade civil: civil: empresa sem objetivos comerciais; pode seguir o modelo de qualquer sociedade, exceto o da Sociedade Anônima (SA). Sociedade corretora: corretora: instituição auxiliar do Sistema Financeiro que opera no mercado de capitais com t í tulos tulos e valores mobiliários, em especial no mercado de a ções. É o intermediário entre os investidores e as Bolsas de valores. Administram carteiras de a ções, fundos m útuos, fundos fiscais de investimento e clubes de investimentos, entre outras atribui ções. Sociedade distribuidora: distribuidora : Institui ção auxiliar do Sistema Financeiro que participa do sistema de intermedia ção de ações e outros t í tulos tulos no mercado prim ário, colocando-as à venda junto ao público. Sociedade limitada: limitada : sociedade em que o capital geralmente é dividido em cotas, e na qual os s ócios respondem integral-
M ANUEL MEIRELES #
GLOSSÁRIO
mente pelas obrigações da empresa at é ao valor total do capital. Sociedade membro: membro: sociedade corretora filiada a uma Bolsa de Valores Valores e que se subordina às exigências da Bolsa. Split: Split: desdobramento de ações. Cada ação divide-se em um certo número de ações. Com isto eleva-se o n úmero de ações representativas do capital social de uma empresa. O capital social permanece o mesmo, mas o n úmero de a ções que representam essa capital aumenta. Subscrição: Chamada de capital feita por uma empresa, via lançamento de novas ações, para serem subscritas pelos acionistas, com vistas a obter capital para fazer frente a seus investimentos. Swap: Swap: operações pelas quais as institui ções financeiras e as empresas fazem hedge . Freqüentemente os swaps servem para "casar" ativos e passivos, isto é, para fazer com que ambos fiquem atrelados às mesmas taxas de juro ou aos mesmos indexadores. Os contratos de swap foram lançados em 1993 pela pel a BM&F. BM&F.
T Telepregão: sistema em que se fecham neg ócios na Bolsa através de terminais de computa ção. Ver CATS, SENN e Nasdaq. ndice calculado Termômetro de Insolvência de Kanitz: Kanitz: (TIK) Í ndice por uma f órmula especí fica fica proposta por Stephen Kanitz, com dados extra í dos dos das demonstra ções financeiras de uma empresa, que varia de -7 a +7 e que indica o grau de insolvência da empresa. A empresa é considerada insolvente se obtiver valor entre -3 e -7; indefinida se obtiver valor entre 0 e -3; e solvente se obtiver ob tiver valor entre 0 e +7. tulo para o qual se conhece, a priori , a Tí tulo tulo de renda fixa: fixa : Tí tulo lucratividade que vai proporcionar. proporcionar. tulo em que a lucratividade s ó é coTí tulo tulo de renda vari ável: vel: tí tulo nhecida após o encerramento da opera ção. Tí tulos tulos de d í vida vida pública: blica: obrigações federais, estaduais ou municipais. Tais t í tulos tulos de crédito são emitidos e garantidos pela União, por um Estado ou por um Munic í pio. pio. Normalmente, trazem indicados o prazo do resgate e a taxa
A arte de operar na Bols@ pela Internet
GLOSSÁRIO
#!
de juros. tulo sem qualquer risco, que proporciona uma Tí tulo tulo hipotético: tico: Tí tulo lucratividade real especí fica. fica.
U Underwriters: Underwriters: instituições financeiras altamente especializadas em operações de lançamento de ações no mercado prim ário. No Brasil, tais institui ções são, em geral: bancos de investimento, sociedades distribuidoras e as sociedades corretoras, que mant êm equipes formadas por analistas e técnicos capazes de orientar os empres ários, indicandolhes as condi ções e a melhor oportunidade para que a Empresa abra seu capital ao p úblico investidor, investi dor, atrav és de operações de lançamento. Underwriting: Underwriting: operação realizada por uma institui ção financeira mediante a qual, sozinha ou organizada em consórcio, subscreve tí tulos tulos de emissão por parte de uma empresa, para posterior revenda ao mercado. A Institui ção financeira subscreve somente as sobras da emiss ão, nos casos em que a lei assegura aos acionistas o direito de prefer ência à subscrição das novas a ções a serem emitidas. Underwriting firme: firme : o intermedi ário subscreve integralmente a emissão para revendê-la posteriormente ao p úblico. A Empresa emissora das a ções n ão tem risco algum, pois tem a certeza da entrada de recursos, j á que o intermediário subscreve por si s ó toda a emissão. Underwriting tipo best-eforts: best-eforts : a institui ção financeira apenas se compromete a realizar "os melhores esfor ços", no sentido de colocação junto ao Mercado, das sobras de subssub scrição. Não há nenhum comprometimento por parte do intermediário para a coloca ção efetiva de todas as a ções do lançamento. Por outro lado, a empresa n ão tem a certeza de conseguir aumentar seu capital na propor ção desejada. sticas do "bestUnderwriting tipo stand-by: stand-by : reúne as caracter í sticas eforts"e do "under-writing "under-writin g firme". Neste caso, o intermedi ário se compromete a colocar as sobras junto ao p úblico em determinado espa ço de tempo, ap ós o qual ele pr óprio subscreve o total de a ções não colocadas.
M ANUEL MEIRELES #"
GLOSSÁRIO
V tulo especial, referente a uma empresa de Valor mobiliário: rio: tí tulo capital aberto, do tipo: a ção, bônus de subscri ção, debênture, parte beneficiária e nota promiss ória para distribuição pública. Valor nominal: nominal: valor de uma a ção, no momento da sua emissão. Valor patrimonial patrim onial de uma a ção: é o quociente entre o patrim ônio lí quido quido da empresa e o número de ações da empresa. Atualmente este valor tem pouco sentido no entender dos analistas estratégicos, porquanto o valor real de uma empresa ultrapassa o valor cont ábil. O valor intang í vel vel - dado pelas vantagens competitivas - n ão é adequadamente expresso no balanço. desta forma o Valor Valor patrimonial de d e uma a ção pouco expressa. Cabe lembrar, lembrar, a propósito, que o patrimônio contábil da Microsoft é de 30 bilhões de dólares e o seu patrimônio, envolvendo as vantagens competitivas, entre as quais está a marca, é de 110 bilhões de dólares. Valor de mercado mercad o: multiplicação do número total de a ções pela cotação média da ação do tipo mais negociado. ndice que envolve 1700 ações (das Bolsas: Value Line Index: Index : Í ndice NYSE, AMEX e Nasdaq) representando 95% do valor de mercado total das empresas norte americanas. É uma média geométrica das varia ções de preços das ações componentes da carteira. Variabilidade: Variabilidade: dispersão de uma vari ável, quantificada pelo desvio padrão dessa variável. Viva-voz: Viva-voz: pregão tradicional, nos quais se realizam neg ócios com a participação do operador no recinto da Bolsa. Bo lsa. Est á perdendo sua importância em relação aos outros tipos de pregão.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
BIBLIOGRAFIA
# #
A bibliografia sobre t écnicas para selecionar e acompanhar tí tulos tulos nas Bolsas Bols as de Valores Valores n ão é muito grande. Há porém algumas obras que nos podem ajudar o leitor que está procurando uma abordagem inicial ao tema:
OBRAS RECOMENDADAS es - antes que seja tarde . ça fortuna com a çõ çõ es BAZIN, BAZIN, D écio. Fa ç São Paulo: JMJ, 1992. É um livro escrito por um jornalista que mostra como é a especulação no mercado acion ário. Chama atenção para as épocas de crise. O autor é um apaixonado defensor da técnica cash-yield. cash-yield. No apêndice dá uma introdução excelente ao Mercado de Op ções. BRITO, BRITO, Ney Roberto O. O Mercado de Capitais e a estrutura Empresarial Brasileira. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981. O capí tulo tulo 5 traz uma introdu ção à constitui ção de carteiras ótimas e o cap í tulo tulo 6 fala sobre risco, retorno e Betas ou seja, a t écnica Capital Asset Pricing Model. CASTRO, CASTRO, Helio Portocarrero. Introdu ção ao Mercado de Capi- tais . Rio de Janeiro: IBMEC, 1979. Aborda a t écnica grafista Ponto-Figura. l. CONTADOR, CONTADOR, Cláudio. Os investidores institucionais no Brasi l. Rio de Janeiro: IBMEC. 1975. No cap í tulo tulo III aborda os fatores que determinam a performance de uma carteira em relação à média do mercado. DESCHATRE, DESCHATRE, Gil Ari. Ganhe nas bolsas com o seu micro . Rio de Janeiro, Ciência Moderna, 1994. Contém as principais técnicas de acompanhamento de ações. SÁ, Geraldo Tosta. Investimentos no Mercado de capitais . Rio de Janeiro: Livro Técnico, 1979. Seguramente um dos melhores livros sobre o assunto. Aborda de forma completa a técnica grafista incluindo Ponto-Figura. Ponto-Figura . SANTANA, SANTANA, Genilson Fernandes. O poder de previsão da análise técnica. São Paulo: FGV. FGV. 1997 (Tese (Tese de Mestrado em Economia de Empresas) "SMITH, "SMITH, Adam" (psedônimo) O jogo do dinheiro . Rio de Janeiro; Expressão e Cultura, 1969. O autor discorre sobre sob re o mer-
M ANUEL MEIRELES # $
GLOSSÁRIO
cado acionário nos Estados Unidos e questiona as teorias dos grafistas. Reduz sua cr í tica tica a uma frase: "Em " Em suma, o mercado n ã ão subir á á, a menos que des ç ça e permanecer á á estacion á r io, a menos que suba ou des ç a". ário, ç a". ________________, Super Moeda , Rio de Janeiro: Express ão e Cultura, 1974. É um best-seller sobre o mercado de capitais norte americano. Faz uma cr í tica tica à técnica Capital Asset Pricing Model. es no Brasil -estra- çõ es TREUHERZ, TREUHERZ, Rolf Mário. Como investir em a çõ t é t ica operacional . São Paulo: Edgard égia gia de mercado e t á ática Blücher, 1972. Ocupa-se fundamentalmente da An álise Técnica por meio de gráficos de barras: tend ências, formaveis de suporte e resist ência. No cap í ções peculiares, n í veis tulo 7 fala de alguns Indicadores de Mercado formulados por Joseph Granville. Go an T. T. Opera çõ es a termo de mercadorias " mercadorias "commodities ". ". YO, YO, Goan çõ es São Paulo, Brasimex, 1984. Uma abordagem às operações nas bolsas de mercadorias. Traz alguns "m étodos para especular": a m édia móvel, a regra "donchian " donchian"" de 4 semanas; os ciclos da lua, a teoria da opini ão contrária ri a .
A arte de operar na Bols@ pela Internet
BIBLIOGRAFIA
# %
OUTRAS OBRAS ALVES, ALVES, Herculano Anibal. Avalia ção de performance de Fundos M útuos de A çõ es. S ã o Paulo: FGV. 1989 (Tese de Mestrado em Administra ção) AMORIM, AMORIM, Paulo Henrique. De olho no dinheiro . Rio de janeiro: Globo, 1988. APPEL, APPEL, Gerald. Winning market systems. New York: Capital Reporter:1973. APPEL,Gerald APPEL,Gerald e ZWEIG, Martin. New directions in technical analysis. NY: NY: Signalert; 1976. Volume cycles in the stock market. New ARMS Jr, Jr, Richard. Volume Jersey: Prentice Hall; 1975. BARROS, BARROS, Benedicto Ferri. Mercado de capitais e ABC de inves- timentos . São Paulo: Atlas, 1970. BASSO, BASSO, Thomas F. Investimento à prova de pânico — lições de investimentos lucrativos por um expert do expert do mercado. São Paulo: Makron, 1997. BASTIANI, BASTIANI, Ivoneti Catharina Rig ão. Risco e taxa de retorno: agroindústria cooperativa versus propriedade rural. S ão Paulo: FGV. FGV. 1992. (Tese (Tese de Doutorado em Administra ção) BOTELHO, BOTELHO, Fausto de Arruda. Manual de an álise técnica. São Paulo: Enfoque Gráfico, 1986. NY: Randon House; BRIMELLOW, BRIMELLOW, Peter. The Wall Street gurus. NY: 1982. Futuros - sua relev â n ância cia e ex- BRITO, BRITO, Ney Roberto O. Mercados Futuros peri ê n ência cia . Rio de Janeiro: Livro T écnico, 1984. CECCO, CECCO, Nilo Marcos Mingroni. A estabilidade do coeficiente beta rica no mercado de a ções de São Pau— uma ánálise empí rica lo. São Paulo: FGV F GV.. 1988 (Tese (Tese de Mestrado Mest rado em AdminisAdm inistração) cio. Jogo aberto aberto - a b ú ússola ssola no mercado de CIBULARES, CIBULARES, Maurí cio. capitais . Rio de Janeiro: Express ão e Cultura, 1971. es . Rio de Janeiro: ComisCNBV, CNBV, Introdu çã çã o ao mercado de a çõ çõ es são Nacional de Bolsas Bolsa s de Valores, Valores, 1985. dollar s in the Stock DARVAS, DARVAS, Nicolas — How I made two million dollars Market. Marke t. NY, NY, 1960. 1960 . DEHNER, DEHNER, Paulo. Caderno de Análise Técnica. São Paulo: Investidor profissional, 1991.
M ANUEL MEIRELES # &
BIBLIOGRAFIA
DINIZ JÚNIOR, NIOR, Ary Avellar. An álise de desempenho de Fundos M útuos de A çõ es. S ã o Paulo: FGV. 1997 (Tese de Mestrado em Administra ção) analysi s of stock trends. EDWARDS e MAGEE. MAGEE . Tecnical analysis Massachusets: John Magee; 1966 EID JÚNIOR, NIOR, William. A redu ção do risco das carteiras de investimento através da diversificação aleatória ¾ estudo de caso na Bovespa. São Paulo: FGV FG V. 1991. (Tese (Tese de Mestrado Mest rado em Administração). r ia do mer- ória FERREIRA, FERREIRA, Alcides e HORITA, Nilton. BM&F - a hist ó cado futuro no Brasil. São Paulo: Editores Associados, 1996. FOSBALK, FOSBALK, Norman. Stock market logic. Florida: The Institute for Economic Research; 1985. GOMES, GOMES, Francisco Carlos. O modelo de avalia ção de ativos (Capital Asset Pricing Model). S ão Paulo: Paul o: FGV. 1983 (Tese (Tese de Mestrado em Administra ção) GRANVILLE, GRANVILLE, J. Granville's new key to stock market profits.New Jersey, Jersey, Prentice Hall, 1977. _____________. A strategy of daily stock market timing for maximum profit. N. Jersey: Prentice Hall; 1960. es . GROWALD, GROWALD, Ernest G. A arte de aplicar no mercado de a çõ çõ es São Paulo: Edição do Autor. 1997. zurique - os conselhos dos ban- GUNTER, GUNTER, Max. Os axiomas de zurique queiros su íç os para orientar os seus investimentos . Rio de íç os Janeiro,: Record, 1985. Valores HAZZAN, HAZZAN, Samuel. Desempenho de a ções da Bolsa de Valores de São Paulo e sua rela ção com o í ndice ndice Preço-Lucro. São Paulo: FGV F GV.. 1992 (Tese (Tese de Mestrado Mes trado em AdministraAdmin istração). HURST, James. The profit magic of stock transaction timing. New Jersey: Prentice Hall; 1976. JENSEN, JENSEN, Edward. Stock market blueprints. Portland: Strother; 1967. JUCHEM, JUCHEM, Peno Ari. Como administrar melhor seu dinheiro . Rio de Janeiro: Record, 1986. LEVY, LEVY, Maria Bárbara. História da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IBMEC, 1977.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
BIBLIOGRAFIA
# '
MANASSERO, MANASSERO, Cl á usio Augusto de Lima. Avalia ç ã o d a performance dos Fundos Mútuos de Investimento. S ão Paulo: FGV. FGV. 1986 .(Tese .(Tese de Mestrado em Administra ção) l ise de Balan ç MANDARINO, MANDARINO, Umberto. An á álise ço no mercado de capi- tais . São Paulo: 1970. MEIRELES, MEIRELES, Manuel. Administra ção de Portfólios. São Paulo: Lambda, 1986. ndiMOREIRA, MOREIRA, Eunice Maria Sampaio. An álise de tendência do Í ndice Bovespa em Tempo Tempo real utilizando-se uti lizando-se t écnicas de inteligência artificial. São Paulo: FGV. FGV. 1992 (Tese (Tese de Mestrado em Administração) NAGAO, NAGAO, Carlos Hiroaki. Estrat égia competitiva para os Fundos Mútuos de Ações — um enfoque na segmentação do mercado. São Paulo: FGV F GV.. 1989 (Tese de Mestrado em Administração) NEPOMUCENO, NEPOMUCENO, F. Ações e dividendos. S ão Paulo: Ipanema; 1978. PEIXOTO, PEIXOTO, João Francisco Freitas. A diversifica ção de risco no mercado acionário brasileiro: uma análise empí rica rica na Bolsa de valores do Rio de Janeiro. S ão Paulo: FGV. 1994 (Tese (Tese de Mestrado em Administra ção) PEREIRA JUNIOR, JUNIOR, Márcio Guedes. Redu ção de risco em um portfólio internacional. S ão Paulo: FGV. 1995 (Tese de Mestrado em Administra ção) PRING, PRING, Martin J. Investment psychology explaned — classic strategies. NY N Y: John-Wiley John-Wi ley,, 1993. rica do comportaSALAZAR, SALAZAR, José Nicolás Albuja. Avaliação empí rica mento das ações no contexto da reavalia ção da Carteira Teórica do Í ndice ndice Bovespa. São Paulo: Paulo: FGV. 1997 (Tese (Tese de Mestrado em Administra ção) da . CPAM CPAM—Capital Asset Pricing Model — SILVA, SILVA, José Oliveira da. o modelo de avaliação de ativos. Uma revis ão da literatura e dos testes emp í ricos. ricos. São Paulo: FGV. 1985 (Tese de Mestrado em Administra ção) SILVA, SILVA, José Pereira da. Modelos para classifica ção de empresas com vistas à concess ão de crédito. São Paulo: Pau lo: FGV FG V. 1982 (Tese (Tese de Mestrado Mestrad o em Administra ção) SLATER, SLATER, Robert. Estrat égias de investimento de George Soros.
M ANUEL MEIRELES $
BIBLIOGRAFIA
São Paulo: Publifolha, 1999. SPÍ NOLA, NOLA, Noenio. O futuro do futuro. S ão Paulo: Futura, 1998. TAMER, TAMER, Alberto. Os caminhos do dinheiro. S ão Paulo: Ática, 1988. TAVARES, TAVARES, Miguel R. An álise técnica: gráfico de barras, an álise de investimentos em a ções. Rio de janeiro: IBMEC, 1987. t ico do investi- ático TONG, TONG, Chang J.Y. A bolsa é a bossa - guia pr á dor . São Paulo: APEC, 1971. Victor. Cuidando do seu dinheiro. dinh eiro. S ão Paulo: SaraiZABEMBA, ZABEMBA, Victor. va, 1997.
M ANUEL MEIRELES $
BIBLIOGRAFIA
REVISTAS E JORNAIS AMÉRICA ECONOMIA — publicação mensal da Editora Amec. DINHEIRO VIVO - publica ção diária da Agência Dinheiro Vivo, de Luis Nassif. Boletin de 8 p áginas trazendo indicadores diversos. EXAME —publicação quinzenal da Editora Abril: www.exame.com. br. br.
GAZETA GAZETA MERCANTIL MERCAN TIL - diário indispensável. vel. Nos cadernos Fi- nan ç a c ios entre outras ças s & Mercados e Empresas & Neg ó ócios entre coisas traz o Boletim da Bolsa de Valores de S ão Paulo e de outras Bolsas. www.gazetamercantil.com.br INDIVIDUAL INVESTOR: — publicação mensal da Individual Investor Group (Nova York): York): www.iionline.com INFORME FINANCEIRO: — publicação semanal da Adinvest: Consultoria e Administra ção de Investimentos. ISTO É DINHEIRO — publicação semanal da Editora Tr ês. INVESTIDOR INDIVIDUAL — publicação mensal da Ponto de Vista Editorial: www.investidor-online.com.br INVESTIDOR INSTITUCIONAL — publicação mensal da Ponto de Vista Editorial: www.investidor-online.com.br INVESTIDOR PROFISSIONAL -publica ção semanal da Investidor Profissional Editora Ltda. Semanalmente publica gr áfico das ações negociadas nas Bolsas. Indicadores: Cotação/Valor o/Valor Patrimonial; Cash Yield. Periodicamente traz artigos sobre t é cnicas de an á lise. www.investidorprofissional.com.br
INVESTIMENTOS — Publica ção semanal da Blue Chip. Gr áficos dos precós semanais e di ários. [email protected] INVESTORS CHRONICLE — Publicação semanal da Financial Times Business (Londres): www.investorschronicle.co.ku MERCADO DE CAPITAIS CAPITAIS — Revista bimestral da ABAMEC: Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais. E-mail: [email protected].
M ANUEL MEIRELES $"
BIBLIOGRAFIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Lu í s Eduardo. A ansiedade mata. Exame, 697 (suplemento), p.32-3 BASSO, Thomas F. Investimento à prova de pânico. São Paulo: Maron, 1997. BAUTZER, Tatiana. A roleta com a çõ es de concordat á rias . Gaçõ es á rias zeta Mercantil, 13-10-1995, p.1. BAZIN, Décio. Faça fortuna com a ções. São Paulo: JMJ; 1992. BESSASA, Octavio. O mercado futuro e de op ções. Rio de Janeiro: Record, 1995. BITTENCOURT, Getúlio. Astros ajudam as empresas de Wall Street . Gazeta Mercantil , 14-6-1995, Relat ório, p.13. BOTELHO, Fausto A. Manual de análise técnica. São Paulo: Enfoque Gráfico, 1985. BRITO, Ney R. O. O mercado de capitais e a estrutura empresarial brasileira. Rio de Janeiro: Guanabara Dois; 1981. ____________. Mercados Mercados Futuros. Rio de Janeiro: Livro Livro Técnico; 1984. CAPARELLI, Estela. 'Private equity', um neg ó c io para poucos ócio bancos . Gazeta Mercantil. 31-10-1996, Caderno Fundos de Investimentos,p.6. __________________.Global __________________. Global hedge funds . Gazeta Mercantil. 3110-1996, Caderno Fundos de Investimentos, Investimentos, p.7 CASTRO, Hélio. Introdução ao Mercado de capitais. Rio de Janeiro: BMEC; 1979. CIBULARES, Mauricio. Jogo aberto. Rio de Janeiro: Janeiro: Express Express ão e Cultura; 1971. COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS DE VALORES. VALORES. Introdu ção ao mercado de a ções. Rio de Janeiro: Ja neiro: CNBV, CNBV, 1985 CONTADOR, C. Os investidores institucionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBMEC; 1975. COSTA, COSTA, Roberto Batista Bati sta da. A an álise do risco em investimento.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
BIBLIOGRAFIA
$ #
São Paulo: FGV F GV.. 1976 (Tese (Tese de Mestrado Mestr ado em AdministraAdmin istração) DAMODARAN, Aswath. Avalia ção de investimentos: ferramentas e técnicas para determina ção do valor de qualquer ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. DANTAS, DANTAS, Fernando. Maior controle do risco. Gazeta Mercantil, 611-1995 p. A-11 _______________. Como funciona um sistema de gest ão de riscos. Gazeta Mercantil, 6-11-1995 p. A-13. DESCHATRE, Gil Ari. Ganhe nas bolsas com seu micro. Rio de Janeiro: Ciência Moderna; 1994. BEAUD, Michel. Arte da tese. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 1997. BOLSA DE VALORES DO RIO DE JANEIRO. Dicion ário do Mercado de Capitais e Bolsas de Valores. Rio de Janeiro; BVRJ; sd DAVIS, DAVIS, Morton S. Teoria Teoria dos do s jogos. S ão Paulo: Cultrix, 1973. DEHNER, Paulo. Bolsa de Mercadorias & Futuros. Investidor Profissional , 10 fev 1992 p.30. _____________. Caderno de Análise Técnica. Investidor Profissional. Suplemento, sd. DEHNER Jr. Paulo. Oscilador Estoc ástico. Investidor Profissional, 25-11- 1991. _______________. On-balance-volume-OBV On-balance-volume-OBV.. Investidor Profissi- onal , 7-10-1991 p.24. ________________. ________________. Gráficos Ponto & Figura (I,II e III). Investidor Profissional , 26-8-1991, 2-9-1991 e 9-10-1991. ________________. Í ndices ndices do mercado acionário. Investidor Profissional, 23-9-1991. EXAME. GUIA dos Fundos de Investimentos 1996. Revista Exame, nov 1966, Suplemento ao n. 622 nov 1996. FERREIRA, Alcides e HORIT HO RITA, A, Nilton. BM&F- A hist ória do mercado futuro no Brasil. São Paulo: Cultura, 1996. GITMAN, Lawrence J. Princ í pios pios de administra ção financeira. 7 ed. São Paulo: Harbra, 1997. GUROVITZ, Hélio. Bolsas evitam cifras redondas. Folha de São Paulo, 3-7-1994 p.6.17. HESS, Geraldo. Investimentos e mercado de capitais. Rio de Janeiro: Forum; 1971.
M ANUEL MEIRELES $ $
BIBLIOGRAFIA
KANITZ, Stephen Charles. Como prever fal ências. São Paulo: McGraw-Hill, 1978. _____________. Indicadores contábeis e financeiros de previs ão de insolvência: a experi ência da pequena e m édia empresa brasileira. S ão Paulo: FEA-USP, 1976 (Tese de livre docência) KANNO, Shiguenori. Análise empí rica rica de desempenho do mercado brasileiro de t í tulos tulos de renda fixa. S ão Paulo: FGV FG V. 1990. (Tese (Tese de Mestrado em Administra ção) KAUFMANN, Arnold. A ci ência da tomada de decis ão. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. KRUGMAN, Paul. Internacionalismo pop. S ão Paulo: Publifolha, 1999. LE BOM, Gustave. As opini ões e as cren ças. São Paulo: Brasil Editora. 1956. LEITE, Hélio de Paula. Introdu ção à administração financeira. São Paulo: Atlas, 1991. __________________. Risco. São Paulo: FGV. 1977. (Tese de Mestrado em Administra ção) __________________. Avaliação, decomposição e diversificação do risco no mercado paulista de a ções. São Paulo: Paulo : FGV. FGV. 1993. (Tese (Tese de Doutorado em Administração) LEVY, Maria B árbara. História da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IBMEC; 1977. LIMURA, Herbert. Value-at-Risk. Revista Trevisan. Trevisan. Junho 1997 p.24 MATTOS, MATTOS, Elpidio. Elpidio . 150 anos de neg ócios no mercado de capitais. Gazeta Mercantil, 14-06-1995, Relat ório especial. MOBIUS, Mark. O guia do investidor para mercados emergentes. São Paulo: Makron, 1996. MORANTE, Antonio Salvador. Uma contribui ção ao estudo de Indicadores de limite de cr édito. São Paulo: Paul o: PUC-SP, PUC-SP, 1991. (Tese (Tese de mestrado mestra do em Ci ências Contábeis) PEQUENO, Sérgio e GONÇALVES, Elaine R. Candlestick. In- vestidor Profissional , 25-11-1991, 25-11-1991, p. 29. REBOUÇAS, Lúcia. A redenção dos especuladores. Gazeta Mer- cantil . 18-08-95, p.12 RODRIGUES, Jos é. Subscrição de capital e avaliação de ações. Rio de Janeiro: Interci ência; 1979.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
BIBLIOGRAFIA
$ %
RODRIGUES, Jos é Honório. As primeiras bolsas: a bolsa de valores e a bolsa de Joseph de La Veja Veja . Digesto Econ ômico, n. 223 Jan-fev 1972 ROSA, Fernando de. Sistemas especialistas para a an álise de risco de concess ão de crédito bancário — uma perspectiva de planejamento estrat égico. São Paulo: FGV. 1992. (Tese (Tese de Mestrado em Administra ção) ROSS, Stephen A., WESTERFIELD, Randolph W. e JAFFE, Jeffrey F. F. Administra Admin istra ção financeira. São Paulo: Atlas, 1995. SÁ, Geraldo Tosta de. Investimentos no mercado de capitais. Rio de Janeiro: Livro T écnico; 1979. SAMANEZ, Carlos Patricio. An álise técnica fundamentalista e mercados eficientes: o que s ão, o que sup õe, para que servem? Investidor Profissional , 18-11-1991, p.6. SAMUELSON, Robert. J. Bando de ignorantes. Revista Exame, N 621, p.79. SANTI FILHO, Armando e OLINQUEVITCH, Jos é Leônidas. Análise de Balanços para controle gerencial. gerencial . 3 ed. São Paulo: Atlas, 1995. SANTOS, José Amaro dos. Sobre a pr ática do gerenciamento de riscos por grandes empresas privadas do setor industrial — um estudo exploratório. São Paulo: FGV. 1989. (Tese de Mestrado em Administra ção) SCHEEL, Marion. Me Medidas didas de desempenho desempenho tradicionais tradicio nais e EVATM: EVATM: uma descrição da evolução das principais medidas de desempenho tradicionais at é o surgimento surgi mento do EVA EVATM, suas implica ções e limitações. São Paulo: Paul o: FGV. FGV. 1997. 1997 . (Tese (Tese de Mestrado em Administra ção — MBA) SILV SILVA, Afonso Simoens Simoe ns da. Bolsas de mercadorias a termo: teoria e evidências. São Paulo. Paulo . FGV. FGV. 1979. (Tese (Tese de Mestrado Mes trado em Administração) SILV SILVA, Luiz O.C. Manual de estrat égia operacional. São Paulo: Enfoque Gráfico; 1985 . SILVEIRA, Jos é Augusto Giesbrecht da. Riscos versus retorno a partir de dados cont ábeis de empresas brasileiras. Uma contribui ção empí rica. rica. São Paulo: FGV. 1990. (Tese de Doutorado em Administração) SOLOMON, Alexandre. Alexa ndre. Teoria Teoria da carteira. carteir a. S ão Paulo: FGV. FGV. 1975 (Tese (Tese de Mestrado em Administra ção)
M ANUEL MEIRELES $ &
BIBLIOGRAFIA
TAVARES, Miguel Migue l R. An álise técnica: gráfico de barras, an álise de investimentos em ações. Rio de Janeiro: IBMEC; 1987. TEIXEIRA, M. e outros. Mercado de op ções-estrat es-estrat é g égias ias de avali- a çã m çã o de pr ê êmios ios . Teresópolis: Correio da Serra; 1984. THORSTENSEN, Vera Helena. A teoria da efici ência no mercado de capitais. São Paulo: FGV F GV.. 1977. (Tese (Tese de Mestrado Mestr ado em Administra ção) TRAJTENBROT, TRAJTENBROT, B. A. Los algotitmos y la resoluci ón automática de problemas. Moscovo: MIR, 1977. TREUHERZ, Rolf M ário. Como investir em a ções no Brasil. São Paulo: Edgard Bl ücher; 1972. TONG, John Yeh Chang. A bolsa é a bossa. Rio de Janeiro: APEC; 1971. VIANA, Mário Gonçalves . Psicologia das massas multitudin árias. Porto: Domingos Barreira. Sd. WEISZ, Rafael. Causas do risco sistem ático — desenvolvimento de um modelo teórico. São Paulo: FGV. 1980. (Tese de Mestrado em Administra ção) WILDER Jr. Jr. J. Welles. New concepts in technical trading systems. NY: Trends Research; 1981. YO, Goan T. Operações a termo de mercadorias 'commodities'. São Paulo: Brasimex; 1984. ZACCARELLI, S érgio B. A estrat égia moderna nas empresas. São Paulo: Zarco, 1996. ZAREMBA, Victor. Cuidando do seu dinheiro. S ão Paulo: Saraiva, 1997.
A arte de operar na Bols@ pela Internet
WEBSITES
$ '
WEBSITES
M ANUEL MEIRELES %
WEBSITES
Muitas home pages de institui ções financeiras oferecem informaçõ es importantes para investidores. Eis alguns dos websites que voc ê pode pesquisar: www.andima.com.br
— site da Andima com pr évias do mercado
financeiro com o movimento das bolsas de valores. www.abamecrio.com.br — site da Abamec: acesso ao cronograma
das reuniões das companhias abertas com os analistas anal istas de mercado; matérias da revista do órgão (Mercado de Capitais). www.bmf.com.br — site da Bolsa Mercantil e de Futuros (BM&F):
cotações, volumes e boletins de fechamento do mercado do dia anterior. Links com Links com todas as Bolsas do mundo e tamb ém com as corretoras. www.bovespa.com.br — site da Bolsa de S ão Paulo: listagem das
companhias abertas; cota ções, informações. Links com Links com as sociedades corretoras corretora s Home Brokers e com todas as Bolsas do mundo. Valores s Mobili áriwww.cvm.gov.br — site da CVM : Comiss ão de Valore os. Balanços e balancetes das companhias abertas; publica ções, atos normativos, leis e medidas provis órias. www.exame.com.br
— site da revista Exame.
www.iionline.com — site da revista Individual Investor. www.ibge.com.br — site do IBGE. www.investidorprofissional.com.br
— site da gestora de investi-
A arte de operar na Bols@ pela Internet
WEBSITES
%
mentos Investidor Profissional. www.smartmoney.com — site da revista americana Smart Money. www.somacesso.com.br —Normas, boletins e listagem das empre-
sas que participam do mercado de balc ão. Informações completas sobre formadores de mercado (market ( market makers ). ).