13- Contextualizar a vaga de autoritarismos dos anos 20.
Após a Primeira Guerra Mundial, as populações da Europa aderiram a projectos políticos extremistas - quer de extrema-direita, extrema-direita, quer de extrema-esquerda. extrema-esquerda. Por Por um lado, a vitória dos olc!eviques na "#$$ serviu de exemplo exemplo a diversos levantamentos revolucion%rios na Europa, uma ve& que provou a possiilidade de o proletariado se tornar a classe dominante. Entre as principais revoluções de esquerda, salientaram-se, apesar de 'racassadas, o espartaquismo (nome escol!ido em !onra do escravo romano revoltoso $partacus), em *erlim, em ++, liderado por #o #osa sa uxemur/ uxemur/ e 0arl ie1nec!t, e as revoltas dos camponeses sem terras e de oper%rios em 2t%lia, em ++-+34. Por outro lado, os movimentos de extrema-direita /an!aram apoios em v%rios países da Europa, destacando-se, nomeadamente5 o 'ascismo, vitorioso, na 2t%lia, desde +33, quando *enito Mussolini demonstrou a 'orça social dos camisas ne/ras naMarc!a sore sore #oma6 o /olpe de Estado (puts!, em alem7o), perpetrado por 8itler, em +39 (após o qual este esteve preso) e a ditadura do /eneral Primo de #ivera, em Espan!a, entre +39 e +94. A tentaç7o do povo pelos autoritarismos de extrema-direita extrema-direita deve ser contextuali&ada no :mito da devastaç7o que a Grande Guerra provocou sore sore a Europa, a v%rios níveis5 -a in;aç7o in ;aç7o atin/iu numerosos numerosos países (al/uns, como a Aleman!a, a ncia da maioria da populaç7o6 -a a/itaç7o social era constante va/as /revistas e mani'estações perturavam a produtividade económica6 -as constantes lutas partid%rias nas democracias lierais provocaram o descr?dito do povo em relaç7o ao valor dos sistemas parlamentares6 -os resultados visíveis da /uerra cerca de +4 mil!ões de mortos e 34 mil!ões de inv%lidos, a desor/ani&aç7o =nanceira, =nanceira, a instailidade política - desiludiram as populações que j% n7o acreditavam acreditavam no espírito espírito dos @+ pontos@ pontos@ do presidente Bilson6 Bilson6 -por Cltimo, o medo do olc!evismo e dos seus ataques 7 propriedade privada pode explicar o apoio das classes m?dias e altas D ideolo/ia 'ascista. antiolc!evismo cresceu D medida que, na #Cssia, o socialismo tomava uma 'eiç7o mais dura, em consequ>ncia das decisões tomadas em ++ durante a 222 2nternacional Fomunista (tam?m c!amada 0omintern). 0omintern). esta internacional proclamou-se proclamou-se o modelo da #Cssia como o Cnico a se/uir pelos restantes países e rompeu-se com todas as ideolo/ias
re'ormistas, instituindo-se, aertamente, a pr%tica das depurações (perse/uições a memros do Estado ou do Partido Fomunista com o ojectivo de tornar mais @pura@ a pr%tica do marxismo-leninismo).
15-Reconhecer a emergência do relativismo científco a in!uência da "sican#lise e a revolu$%o artística como três im"ortantes vectores da mudan$a cultural.
A crise de valores que caracteri&ou o período do pós-/uerra re;ectiuse nas v%rias dimensões da viv>ncia !umana, exercendo uma in;u>ncia assinal%vel sore a ci>ncia e a arte. 1-Ciência & a crença inaal%vel na capacidade da ci>ncia para explicar todos os
'enómenos característica do =nal do s?culo H2H a que se deu o nome de cientismo - 'oi aandonada no s?culo HH. Em seu lu/ar, os cientistas propuseram o relativismo cientí=co, se/undo o qual a ci>ncia n7o atin/e o con!ecimento asoluto. Iuatro teorias novas, em particular, contriuíram para colocar em quest7o a '? no determinismo da ci>ncia5 -a teoria da relatividade, de Alert Einstein, que demonstrou a
variailidade do tempo e do espaço (os quais se pensava serem =xos)6 -a teoria qu:ntica, de Max Plan1, que revelou a exist>ncia de
unidades mínimas de mat?ria (os quanta) cujo movimento n7o oedeceria a leis rí/idas, -o intuicionismo, de 8enri *er/son, =lóso'o que contrapun!a ao
espírito racionalista a intuiç7o corno via para o con!ecimento6 -a teoria psicanalítica de $i/mund Jreud, que revolucionou a
interpretaç7o dos actos dos indivíduos ao descorir uma dimens7o oculta do pensamento !umano K o inconsciente. Jreud alterou, para sempre, o entendimento dos prolemas de 'oro mental, ao propor como explicaç7o para as neuroses a doutrina do recalcamento,
se/undo a qual a doença mental derivaria da luta entre o consciente K que quer recalcar experi>ncias traum%ticas K e o inconsciente K que as quer tra&er a lemrança. A cura consistiria em descorir os recalcamentos (m?todo da psican%lise). Jreud escandali&ou, ainda, os seus contempor:neos pela import:ncia que con'eriu D sexualidade !umana (presente desde antes do nascimento) na 'ormaç7o do indivíduo. 2-'rte & a arte das primeiras d?cadas do s?culo HH receeu, sinteti&ou e
devolveu em oras de imensa /enialidade todas as convulsões da vida europeia. As desilusões da /uerra, o relativismo cientí=co, o nascimento da psican%lise in;uíram na criaç7o artística dos jovens europeus. resultado 'oi um movimento de amplas dimensões & a que c!amamos modernismo, pautado pela ruptura em relaç7o Ds
oras criadas nas academias do s?culo H2H. A total lierdade de criaç7o, sem receio do esc:ndalo ur/u>s, proporcionou o sur/imento de al/umas das mais enriquecedoras tend>ncias est?ticas do s?culo HH.
1(- Caracterizar as "rinci"ais vanguardas artísticas. 2-)x"ressionismo- tal como acontece no Jauvismo, o
Expressionismo estaelece o primado da cor6 por?m, nesta corrente evidencia-se um acentuado pessimismo. Atrav?s da express7o de temas e sentimentos ne/ativos reivindicava-se, na arte, a lierdade do pintor e a crítica dos padrões o=ciais ur/ueses. Pode considerarse que Lan Go/! e Edvard Munc! 'oram precursores do Expressionismo. ratou-se de um movimento alem7o, iniciado em +4N e que aarcou, no essencial, dois /rupos artísticos5 -A Ponte (Oie *rc1e) - /rupo 'ormado em Oresden, em +4N, liderado
por Ernst udQi/ 0irc!ner, que procurava a autenticidade na arte. A express7o dos impulsos do pintor era conse/uida por meio de aproximações D arte a'ricana e oce:nica, D arte popular e Ds mani'estações artísticas in'antis. - Favaleiro A&ul (Oer *lau #eiter) - associaç7o de artistas que
nasceu em Munique, em +++, após urna exposiç7o de BassilR 0andins1R e Jran& Marc. rata-se de uma vertente mais racionali&ada
do Expressionismo. Apesar da sua curta duraç7o (=ndou com o de;a/rar da Primeira Guerra Mundial), estaeleceu contactos com os pintores 'auves 'ranceses e teve um papel determinante na eclos7o da corrente astraccionista.
3-Cu*ismo -tem como principais representantes Palo Picasso -
nomeadamente na tela As Meninas de Avi/non - e Geor/es *raque na tela Fasas dSEstaque. Este movimento nasceu cerca de +4T, apoiado nas se/uintes ideias5 -/eometri&aç7o das 'ormas5 concepç7o, j% de'endida pelo pintor F?&anne, de que toda a ature&a pode ser representada em esquemas /eom?tricos nomeadamente, em cuos, o que provocou o coment%rio jocoso de um critico de arte que !averia de dar o nome ao movimento6 -representaç7o de visões simult:neas - a representaç7o de v%rios :n/ulos de um mesmo ojecto ? considerada mais verdadeira do que aquela que mostra apenas um plano. Fuismo desenvolveu-se so duas 'acetas5 a+ cuismo analítico (desde +4T at? cerca de ++3) - sem deixar o
=/urativismo (n7o c!e/a a ser pintura astracta), explorava ao m%ximo as possiilidades de decompor os ojectos em 'acetas /eom?tricas que se justapun!am. A destruiç7o das leis da perspectiva tornava mais di'ícil, para o oservador, identi=car o ojecto representado, o que contriuiu para re'orçar o esc:ndalo deste novo estilo artístico. Ao contr%rio do que acontecia com o Jauvismo e com o Expressionismo, o Fuismo analítico prescindia das cores 'ortes para salientar o e'eito das perspectivas conjuntas. *+ Fuismo sint?tico (desde ++3 ate meados dos anos 34) -
emora continuando a decompor as =/uras em v%rias 'acetas, eliminou o pormenor, criando, por isso, uma síntese das v%rias perspectivas. A cor re/ressou Ds telas, as quais 'oram traal!adas com o aproveitamento de materiais de uso quotidiano (espel!os, cordas. PapeisU). al como as correntes artísticas anteriormente descritas, o Fuismo tam?m procurava uma verdade na arte que n7o podia ser redu&ida D representaç7o de, apenas, uma perspectiva ou da imitaç7o da cor percepcionado pelos sentidos. ,- urrealismo -em +3, Andre *reton pulica, em Jrança, o
Mani'esto do $urrealismo. ranspondo para a arte o imenso campo do
inconsciente aerto por Jreud, os surrealistas exprimiam-se a partir do @automatismo psíquico puro@, isto ?, procurando astrair-se da racionalidade. A representaç7o dos son!os e das sensações, o desen!o e a escrita autom%ticos revelariam, assim, um mundo que se sorepõe ao real (em 'ranc>s, surr?alisme, si/ni=cando, literalmente, @soreV o real). $urrealismo receeu in;u>ncias de outras van/uardas5 aproximava-se do Oadaísmo na lierdade 'ormal (uso de di'erentes t?cnicas) e no jo/o do acaso6 por?m, este ? revelador do inconsciente para os surrealistas, enquanto para os dadaístas o acaso n7o tem uma ló/ica a desvendar. Por seu turno, a express7o de uma interioridade do artista, que n7o precisa de col!er os seus temas no mundo exterior, aproxima o $urrealismo da corrente expressionista. Entre os principais artistas surrealistas contam-se, alem de Andr? *reton, Max Ernst, #en? Ma/ritte, uís *uWel, $alvador Oalí, Xoan MiróS e Andr? Masson. /rupo de artistas 'ranceses separou-se em +3, no entanto, o $urrealismo n7o terminou.
1,- alientar a novidade das suas "ro"ostas est/ticas As primeiras d?cadas do s?culo HH 'oram caracteri&adas, ao nível da arte, pelo Modernismo5 um conjunto de propostas est?ticas extremamente ricas que revolucionaram a arte europeia e anteciparam processos artísticos actuais. Por se colocarem na dianteira da inovaç7o 'oram c!amadas van/uardas. Apesar das di'erentes correntes que inte/ram, partil!am entre si v%rios aspectos nomeadamente5 1-A reivindicaç7o da lierdade artística contra os preceitos
acad?micos, isto ?, contra as re/ras artísticas convencionais ensinadas nas escolas de arte. 2-A inspiraç7o na arte de outros continentes (a'ricano, asi%tico,
oce:nico). 3-A procura de uma autenticidade na arte, de uma verdade
intrínseca. -A recusa em imitar a realidade detectada pelos sentidos. 5-A in;u>ncia das novas correntes cienti=ca que destronaram o
cientismo do s?culo H2H.
(-Em termos t?cnicos, a pintura suverteu re/ras centen%rias, propondo5 - a destruiç7o das leis da perspectiva (inicialmente pelo
Jauvismo e pelo Expressionismo e explorada apro'undadamente pelo Fuismo)5 - a ousadia das cores puras (no Jauvismo e no Expressionismo) ou das cores neutras (no Fuismo) -a mistura de materiais anteriormente despre&ados (introdu&ida pelo Fuismo). ,- aandono da arte =/urativa (Astraccionismo). -A tentativa de representar o tempo na ora de arte (em
especial. no Juturismo). a literatura n7o 'oi menor o comate pela lierdade artística5 a sustituiç7o de uma narraç7o descritiva do exterior pela representaç7o do sujeito narrativo (por exemplo, em Proust), a 'us7o entre palavra e 'orma (nomeadamente, nos poemas cali/ramados de Apollinaire), a escrita autom%tica, de pendor dadaísta (em Paul Yluard e em Andr? *reton) e, =nalmente, o monólo/o interior em Xames XoRce condensam al/umas das revoluções que trans'ormaram para sempre o conceito de literatura no s?culo HH.
20- )x"licar o crash *olsista de 12 cras! de +3 'oi uma típica crise de tipo capitalista, do /?nero das que a'etaram os E"A, ciclicamente, desde ++4. Por?m, a crise de +3 'oi t7o /rave que 'e& repensar os próprios 'undamentos da livreconcorr>ncia. Oepois de uma 'ase de alta na economia (entre +3N e +3), que tomou o nome de @loucos anos 34@ (@t!e roarin/ tQenties@), relacionada com a depend>ncia dos capitais e dos empr?stimos americanos no pós-/uerra e com a aplicaç7o do taRlorismo, se/uiu-se uma tend>ncia depression%ria. A crise teve ori/em em dois 'atores5 por um lado, na superproduç7o de ens de consumo6 por outro, na especulaç7o olsista - as cotações das ações da *olsa, cada ve& mais altas, n7o correspondiam D situaç7o real das empresas. A 'acilidade de recurso ao cr?dito mantin!a os cidad7os na ilus7o da prosperidade. Perante os rumores de crise, a partir do dia 33 de uturo as tentativas de vender as ações aumentaram. Em 3 de uturo (a @quinta-'eira ne/ra@) 'oi posta D venda uma enorme quantidade de ações. ra, de acordo com a lei capitalista da o'erta e da procura, quanto mais ações estavam D venda, menos valiam, pelo que, rapidamente, as ações, dias antes valiosíssimas, n7o passavam de ocados de papel que nin/u?m queria comprar5 estava instalado o cras! (descida r%pida do valor das ações).
21-Relacionar o crash com a de"ress%o econmica e o desem"rego 4ue aetaram os anos 30.
cras! n7o teve apenas e'eitos sore os acionistas, mas tam?m se repercutiu sore todos os sectores da economia5 -os ancos, sem !ipótese de reaverem o cr?dito concedido, 'oram D
'al>ncia6 -as empresas, sem o apoio do cr?dito anc%rio e com os stoc1s a
acumularem, diminuíram os preços e o volume da produç7o -muitas empresas 'aliram e despediram os seus traal!adores5 -os cidad7os, desempre/ados retraíram as suas compras6 -por 'altas de consumidores e excesso de produç7o os a/ricultores
aixaram os preços ou destruíram as produções. Em termos sociais, a crise teve e'eitos desastrosos5 as populações, arruinadas, percorriam extensões inima/in%veis em usca de empre/o5 construíam-se airros-de-lata, 'a&iam-se lon/as =las de espera para uma sopa. Em suma, a /ravidade da crise evidenciou a 'al>ncia do lieralismo puro, exi/indo medidas de intervenç7o do Estado na economia.
22- 6ustifcar a mundializa$%o da crise.
o intuito de deelar a crise, o presidente dos E"A 8oover, tomou medidas no sentido de redu&ir as despesas. Por?m, essas medidas apenas vieram a/ravar a crise, pois os países da Europa que dependiam dos empr?stimos e do cr?dito dos E"A para a recuperaç7o do pós-/uerra viram-se, suitamente, sem apoios, o que de/enerou numa crise a nível mundial. Por seu turno, os países que exportavam mat?rias-primas tam?m entraram em crise. s E"A, !aitualmente /randes compradores, !aviam redu&ido as trocas internacionais para re/ulari&ar a economia interna. Oeste modo, praticamente todo o mundo (exceç7o 'eita, quando muito, D "#$$, que n7o se/uia o
modelo económico capitalista) 'oi atin/ido pela crise de +3, a qual se estendeu pelos anos 94, na c!amada @Grande Oepress7o@.
23-7ntegrar a im"lanta$%o dos ascismos na con8untura dos anos 20 e 30.
crescimento da ideolo/ia 'ascista nos anos 34 e 94 - liderada pela 2t%lia e pela Aleman!a - inte/ra-se na conjuntura de pro'unda crise D qual a democracia parlamentar n7o conse/uiu responder satis'atoriamente. A 2t%lia, apesar de 'a&er parte do /rupo dos países vencedores da Primeira Guerra Mundial, n7o otivera as compensações territoriais que ac!ava devidas. A crise económica resultante do pós-/uerra era dram%tica e, em consequ>ncia, a a/itaç7o social crescia. Esta conjuntura explica que, lo/o em ++ (veja-se a proximidade em relaç7o D data do armistício), surja em 2t%lia o movimento 'ascista (Jasci di Fomattimento),tornado Partido acional-Jascista em +3+. o ano se/uinte, os 'ascistas, liderados por *enito Mussolini, receem o poder do próprio rei após a demonstraç7o do seu poder na Marc!a sore #oma. A Aleman!a 'oi a /rande derrotada na Primeira Guerra Mundial. Z crise económica, marcada pela in;aç7o /alopante e pelos mil!ões de desempre/ados, juntou-se a !umil!aç7o do ratado de Lersal!es (++), considerado pelos alem7es como uma imposiç7o sem mar/em para ne/ociações K o di1tat. Fonsequentemente, em +34 ? criado o Partido acional$ocialista (a&ional-$o&ialist, ou, areviadamente, a&i), desde lo/o de nature&a violenta, encarnada pelas milícias $.A., tam?m de +34. Em +39, 8itler tentou um /olpe de Estado (Putsc!) que 'racassou5 a democracia ainda resistia. Por?m, os e'eitos da /rande depress7o americana dos anos 94 des'eriram o Cltimo /olpe na #epClica de Beimar5 os investimentos e os empr?stimos dos E"A com que a Aleman!a recuperava economicamente 'oram cancelados. Em Xaneiro de +99, 8itler 'oi escol!ido para o car/o de c!anceler (primeiroministro) da Aleman!a pelo presidente 8indenur/.
2- 9istinguir os "rincí"ios ascistas dos ideais democr#ticos e do socialismo.
'ascismo de=niu os seus princípios por oposiç7o aos pressupostos iluministas que 'undamentaram a criaç7o das democracias lierais. A ideolo/ia 'ascista tin!a por ase os se/uintes postulados 1- totalitarismo (primado do Estado) - ao contr%rio do
individualismo de'endido, desde o s?culo HL222, pelo lieralismo, o 'ascismo valori&a o indivíduo apenas se este @'orma corpo com o Estado@ (Mussolini). 2- anti"arlamentarismo - em lu/ar da ideia de i/ualdade entre os
!omens, o 'ascismo a=rmava a desi/ualdade @en'a&eja@, ra&7o por que proiia o su'r%/io universal que con'ere i/ualdade política a todos os cidad7os. Ao contr%rio do sistema pluripartid%rio, presente nas democracias, o 'ascismo impun!a o partido Cnico. 3- culto do chee - o desd?m pelo sistema democr%tico,
considerado por Mussolini @um re/ime sem rei, mas que o sustitui por numerosos reis@, condu&iu ao re'orço do poder executivo, personi=cado na =/ura de um líder carism%tico e inquestionado. A separaç7o de poderes, considerada, nos re/imes democr%ticos, um /arante de justiça, deixou de existir. - militarismo - a crença nas virtudes da /uerra e no sacri'ício
individual opõe-se aos ideais lierais, rejeitados como [mito da 'elicidade e do pro/resso inde=nidoV. 5- cor"orativismo -partindo da ideia de que os sindicatos criavam
divisões na sociedade, o 'ascismo de'endeu as corporações (or/anismos que reuniam patrões e oper%rios em corpos pro=ssionais). 'ascismo opun!a-se, tam?m, ao socialismo, pois ne/ava a teoria da luta de classes enunciada pelo marxismo-
leninismo. os re/imes 'ascistas os sindicatos e as /reves eram, por isso, proiidos. (- im"erialismo -o nacionalismo exacerado da ideolo/ia 'ascista
condu&iu, em termos de política internacional, ao expansionismo territorial (evidenciado, nomeadamente, na conquista da Etiópia, em +9N, pela 2t%lia de Mussolini, e na @teoria do espaço vital@ de 8itler). Anulava-se, assim, o princípio das nacionalidades enunciado no contexto do lieralismo6 aoliam-se, tam?m, as premissas do socialismo, que exortavam D associaç7o dos oper%rios de todo o mundo na luta contra o capitalismo.
25-)xem"lifcar ormas de en4uadramento das massas nos regimes ascistas.
"m dos veículos primordiais da di'us7o da ideolo/ia 'ascista era a propa/anda política minuciosamente planeada para levar as populações a aceitar os valores 'ascistas (como o culto do c!e'e, a disciplina, o auto controlo, a /uerra). s cidad7os deviam inscrever-se num ou, se possível, em v%rios, dos se/uintes or/anismos do Estado5 1-rganiza$:es 8uvenis - desde a in':ncia (os @Jil!os da oa@, na
2t%lia, aceitavam meninos desde os anos de idade) at? ao estado adulto (Xuventudes Jascistas, na 2t%lia, e Xuventudes 8itlerianas, na Aleman!a, amas para jovens desde os + anos) 'ormavam as consci>ncias, predispondo-as ao autoritarismo. 2-;artido
a&i na Aleman!a con'eria a esse cidad7o um estatuto superior e o acesso 'acilitado a car/os e enesses. 3-'s cor"ora$:es italianas e a =rente do >ra*alho ?acionalocialista -destinavam-se a inte/rar a classe traal!adora so a
vi/il:ncia do Estado, de maneira a impossiilitar a contestaç7o social. -rganiza$:es recreativas e culturais -na 7t#lia a 9o"olavoro
-@depois do traal!o@ - e, na Aleman!a, a 0ra't durc! Jreud - @arte pela ale/ria@ - encarre/avam-se de estender a 'unç7o doutrinal de índole 'ascista aos momentos de descanso.
5-@aniesta$:es -cuidadosamente encenadas, inte/ravam,
/eralmente, discursos in;amados dos líderes, paradas militares, estandartes e uni'ormes, de maneira a tirar o maior partido do e'eito da concentraç7o de multidões.
25-Relacionar o culto do chee no totalitarismo ascista com a deesa das elites
Após a Primeira Guerra Mundial, a desor/ani&aç7o socioeconómica 'oi aproveitada pela ideolo/ia 'ascista para impor no poder novas elites. A destruiç7o da ideia de representatividade popular 'e& com que o poder emer/isse das or/ani&ações 'ascistas5 as elites eram compostas pelos memros do partido 'ascista, li/ados D milícia e ao ex?rcito e considerados de raça superior. A c!e=%-las estava um !omem elevado D cate/oria de !erói, apresentado como um ser providencial (tra&ido pelo destino) capa& de resolver todos os prolemas. A ideia de representatividade popular 'oi sustituída pela ideia do /overno dos [mel!oresV, uma aristocracia liderada pelo c!e'e incontestado a quem todos tin!am de prestar adoraç7o5 na 2t%lia, *enito Mussolini era, assim desi/nado por 2l Ouce@ e na Aleman!a 8itler era @der J!rer@ (expressões que si/ni=cam @o c!e'e@).
2(-@ostrar o exercício da violência nos ascismos
A ideolo/ia 'ascista de'endia a viol>ncia, nomeadamente a /uerra, justi=cando-a como o meio de preparar o /?nero !umano para suportar sacri'ícios e, deste modo, aper'eiçoar-se. A viol>ncia 'oi utili&ada pelos 'ascistas para c!e/arem ao poder e continuou a utili&ar-se para se manterem no poder. Ela tradu&iu-se, nomeadamente, pelas se/uintes or/ani&ações5 1-Milíciasna 2t%lia e na Aleman!a, 'oram criados /rupos armados ao
serviço da perse/uiç7o política. a 2t%lia, ainda antes de +33, os esquadristas lideravam ataques a sindicatos e a partidos políticos de esquerda, cujos c!e'es eram espancados, permaneceram depois da implantaç7o do 'ascismo, so a desi/naç7o de
Milícia Lolunt%ria para a $e/urança acional. a Aleman!a, as milícias eram as $.A. (criadas em +34) e as $.$. (de +3N), cuja rivalidade deu ori/em aos assassinatos da @noite das 'acas lon/as@, de +9, com vanta/em para as $.$. 2-Polícias políticas - a repress7o de toda a 'orma de crítica ao re/ime
era, tam?m, asse/urada pela polícia política5 na 2t%lia, esta era desi/nada por r/ani&aç7o de Li/il:ncia e #epress7o do Anti'ascismo (L#A) e na Aleman!a era c!amada Gestapo (de +99). 3-Fampos de concentraç7o - criados na Aleman!a, lo/o a partir da
instauraç7o do totalitarismo !itleriano (+99), eram locais onde as vítimas do re/ime 'ascista eram sujeitas a traal!os 'orçados, D tortura e ao assassínio em c:maras de /%s. A descoerta das terríveis condições a que estavam sujeitos os presos dos campos de concentraç7o c!ocou a 8umanidade quando os soreviventes 'oram =nalmente liertados, no =nal da $e/unda Guerra Mundial.
2,-@ostrar o exercício da violência nos ascismos.
A ideolo/ia 'ascista de'endia a viol>ncia, nomeadamente a /uerra, justi=cando-a como o meio de preparar o /?nero !umano para suportar sacri'ícios e, deste modo, aper'eiçoar-se. A viol>ncia 'oi utili&ada pelos 'ascistas para c!e/arem ao poder e continuou a utili&ar-se para se manterem no poder. Ela tradu&iu-se, nomeadamente, pelas se/uintes or/ani&ações5 1-Milícias na 2t%lia e na Aleman!a, 'oram criados /rupos armados ao
serviço da perse/uiç7o política. a 2t%lia, ainda antes de +33, os esquadristas lideravam ataques a sindicatos e a partidos políticos de esquerda, cujos c!e'es eram espancados, permaneceram depois da implantaç7o do 'ascismo, so a desi/naç7o de Milícia Lolunt%ria para a $e/urança acional. a Aleman!a, as milícias eram as $.A. (criadas em +34) e as $.$. (de +3N), cuja rivalidade deu ori/em aos assassinatos da @noite das 'acas lon/as@, de +9, com vanta/em para as $.$.
2-Polícias políticas - a repress7o de toda a 'orma de crítica ao re/ime
era, tam?m, asse/urada pela polícia política5 na 2t%lia, esta era desi/nada por r/ani&aç7o de Li/il:ncia e #epress7o do Anti'ascismo (L#A) e na Aleman!a era c!amada Gestapo (de +99). 3-Fampos de concentraç7o -criados na Aleman!a, lo/o a partir da
instauraç7o do totalitarismo !itleriano (+99), eram locais onde as vítimas do re/ime 'ascista eram sujeitas a traal!os 'orçados, D tortura e ao assassínio em c:maras de /%s. A descoerta das terríveis condições a que estavam sujeitos os presos dos campos de concentraç7o c!ocou a 8umanidade quando os soreviventes 'oram =nalmente liertados, no =nal da $e/unda Guerra Mundial.
2- Relacionar as "ersegui$:es antissemitas com a violência racista nazi.
antissemitismo (ódio aos judeus) n7o 'oi inventado por 8itler5 em v%rias ?pocas da 8istória, os judeus 'oram perse/uidos e esti/mati&ados (a'astados da conviv>ncia com os restantes cidad7os). Por?m, o re/ime na&i aproveitou o preconceito /eral contra os judeus para insti/ar a populaç7o alem7 ao racismo. 8itler, no seu livro Mein 0amp' (A Min!a uta), tentou justi=car o racismo atrav?s de uma pseudocienti=cidade - a doutrina da superioridade da raça ariana. a pr%tica, esta teoria serviu de justi=caç7o D perse/uiç7o, n7o só aos judeus, mas tam?m a todas as 'ormas de di'erença em relaç7o aos @arianos@ (alem7es que n7o tivessem nen!um parente judeu at? aos quatro avós) e nomeadamente, !omossexuais, ci/anos, eslavos, pessoas portadoras de de=ci>ncia mental ou 'ísica, opositores políticos. Em nome do mel!oramento da raça (eu/enismo) o racismo na&i adquiriu contornos de sadismo que s7o, ainda !oje di'íceis de explicar em termos !istóricos. A viol>ncia contra os judeus, principal alvo do na&ismo, mani'estou-se r%pida e persistentemente, passando por v%rias etapas5 -133 - os cidad7os 'oram impedidos de comprar ens em lojas de
judeus6 estesn7o podiam exercer pro=ssões lierais ou no 'uncionalismo pClico6 apenas um nCmero restrito de judeus podia 'requentar o ensino universit%rio6
-135 -as leis de uremer/a impediam o casamento e as relações
sexuais entre judeus e arianos e privavam os alem7es de ori/em judaica do direito D nacionalidade6 -13 as empresas judaicas 'oram encerradas e os seus ens 'oram
con=scados. a c!amada oite de Fristal (de para +4 de ovemro), os na&is levaram a cao um po/rom (perse/uiç7o) nas ruas5 vandali&aram sina/o/as e lojas judaicas, tendo exi/ido o pa/amento dos estra/os D comunidade judaica. s judeus 'oram ori/ados a usar uma estrela de pano amarela cosida na man/a da roupa para serem imediatamente identi=cados. Estavam, ent7o, proiidos de exercer qualquer pro=ss7o e de 'requentar lu/ares pClicos6 -10 - os judeus 'oram ori/ados a viver em /uetos - airros
separados do resto da populaç7o e com uma %rea insu=ciente para todas as 'amílias judaicas da cidade (por exemplo, o /ueto de Larsóvia, na Polónia)6 -13-15 - durante os anos da $e/unda Guerra Mundial, os na&is
causaram a morte de cerca de \ mil!ões de judeus. A sua política de /enocídio (extermínio em massa) dos judeus era desi/nada por @soluç7o =nal@. Pela dimens7o das atrocidades cometidas nos campos de concentraç7o, este /enocídio =cou con!ecido por 8olocausto ou $!oa! (cat%stro'e, em !eraico). A teoria de que uma @raça@ t7o especial como a ariana precisaria de mais espaço para se desenvolver condu&iu, por outro lado, ao expansionismo a/ressivo do re/ime !itleriano, so o nome de @teoria do espaço vital@5 os alem7es arianos seriam reunidos so o imp?rio na&i - o 9] #eic!. -em +9 a Aleman!a anexou a
Polónia, 'acto que provocou a reaç7o da 2n/laterra e da Jrança, dando início D $e/unda Guerra Mundial.
2-Caracterizar o modelo econmico seguido "elos totalitarismos ascistas.
Em 2t%lia e na Aleman!a, os re/imes 'ascistas suiram ao poder, em /rande medida devido ao desespero das populações 'ace D crise económica. Mussolini e 8itler propun!am-se resolver os prolemas da !iperin;aç7o, do desempre/o, da destruiç7o material. modelo económico se/uido pelos totalitarismos 'ascistas 'oi a autarcia que consistia em atin/ir um ideal de autossu=ci>ncia. P^s-se em pr%tica uma 'orte intervenç7o do Estado (como ? próprio dos re/imes, totalit%rios) em todas as atividades económicas5 -'gricultura - Mussolini apoiou as atal!as da produç7o,
nomeadamente5 a atal!a do tri/o (+3N), para tornar a 2t%lia autossu=ciente na produç7o desse cereal, e a atal!a da oni=caç7o, para recuperaç7o e povoamento das terras pantanosas. Ourante a vi/>ncia do re/ime na&i, a Aleman!a tornou-se autossu=ciente em al/uns ens de consumo de primeira necessidade, como o tri/o e o açCcar. -Com/rcio - procedeu-se a um protecionismo económico
(suindo as taxas al'ande/%rias e controlando as importações e as exportações) e o Estado =xou preços para a venda de produtos.
-7nd
para ajudar D recuperaç7o do sector industrial enquanto o sistema de corporações permitia um maior controlo sore a indCstria. a Aleman!a, al/uns /randes capitalistas aderiram ao na&ismo de maneira a oter encomendas do Estado. Graças a essa injeç7o de capitais, 8itler 'omentou uma política de construç7o de oras pClicas (auto-estradas, camin!os de 'erro) e procedeu ao rearmamento do país, desrespeitando as cl%usulas do ratado de Lersal!es. o entanto, a recuperaç7o económica t7o apre/oada teve enormes custos !umanos5 -a populaç7o era sujeita aos racionamentos6 -comate ao desempre/o 'oi em-sucedido D custa do
a'astamento e /enocídio de mil!ões de judeus e da utili&aç7o da populaç7o ativa na economia de /uerra e no ex?rcito (a Be!rmac!t inte/rava +9 mil!ões de soldados, na d?cada de 94 do s?culo HH, na Aleman!a)6 -a extraç7o de mat?rias-primas 'oi conse/uida atrav?s da
coloni&aç7o italiana (caso da conquista da Etiópia, em +9-9N) ou do
imperialismo !itleriano (conquistas no :mito da eoria do espaço vital).