Os distúrbios da vida familiar, as perdas, as rupturas de relacionamentos e o mau viver contribuem fortemente para este estado de coisas. As pessoas desenvolvem um estilo de vida antinatural, ou patológico, e as consequências aí estão:
Cerca de 25% dos portugueses sofre de depressão, uma doença mental com tendência a aumentar, embora passe muitas vezes desapercebida, disse hoje o presidente da Sociedade Portuguesa Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM). Adriano Vaz Serra, presidente da SPPSM, afirmou que a depressão é «recorrente e incapacitante», afectando desta forma a vida pessoal, familiar e profissional dos doentes. «É provavel que a depressão venha a ultrapassar a gripe no século XXI», disse, acrescentando que esta doença mental, apesar de ser actualmente melhor reconhecida, é recorrente e, como a longevidade é cada vez é maior, tem tendência a aumentar. Falando aos jornalistas à margem do debate «A Saúde Mental um Mundo em Mudança: O Impacto da Cultura e da Diversidade», a decorrer no Porto no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental, Vaz Serra destacou o facto de o suicídio estar associado à depressão. «Cerca de 800 mil pessoas por ano, no Mundo, suicidam-se. Os transtornos mentais são uma das causas mais proeminentes no suicídio», afirmou.
Na sua opinião, uma doença psíquica não é localizada, pois é um transtorno do próprio cérebro que impede o funcionamento funcionamento normal das pessoas, devendo caber aos responsáveis pelos cuidados primários de saúde detectá-las. «Os clínicos gerais são os psiquiatras de vanguarda», defendeu, afirmando que «um doente [mental] não se queixa do que tem mas do que pensa ter». «A identificação de uma doença mental, em especial da depressão, deve ser feita por um clínico, embora haja muitas depressões que passam desapercebidas, acabando a pessoa por não receber r eceber qualquer tipo de tratamento», salientou. Vaz Serra considerou «essencial manter um Serviço Nacional de Saúde adequado» que permita o tratamento a todas as pessoas que sofrem de uma doença mental. Contudo, na sua opinião, o SNS «falha muito» porque a identificação precoce das situações, bem como os tratamentos, são «feitos de forma muito lenta». Vaz Serra acusou ainda algumas seguradoras de discriminarem os doentes mentais, pelo facto de não comparticiparem as consultas de psiquiatria e psicologia.
O Programa de Reabilitação "Fórum Sócio-Ocupacional" da ARIA, resulta de um acordo de cooperação celebrado entre o Centro Regional de Segurança Social de Lisboa e Vale do Tejo, a Administração Regional de Saúde de Lisboa (ARS) e a ARIA, celebrado de harmonia com as orientações aprovadas pelo Despacho conjunto nº 407/98, publicado no Diário da República II Série nº 138 de 18 de Junho de 1998. Consiste num Programa Sócio-Reabilitativo dirigido a pessoas com problemas de Saúde Mental, em desvantagem psicossocial, transitória ou permanente, incapazes na altura de inserção social, familiar e/ou profissional. Ou seja, pretende-se dotar os beneficiários de competências necessárias à sua progressiva autonomização, através da estimulação das suas capacidades residuais, promovendo as potencialidades de cada um, o relacionamento interpessoal e a ligação às famílias, como partes integrantes do plano de reabilitação. Por conseguinte, o Programa "Fórum Sócio-Ocupacional" oferece um leque de serviços de orientação, programas de promoção de saúde/qualidade de vida e treino de competências sociais e interpessoais. Objectivos: