Demonologia Católica 101
Crux Sacra Sit Mihi Lux/Non Draco Sit Mihi Dux Vade Retro Sátana/Nunquam Suade Mihi Vana Sunt Mala Quae Libas/Ipse Venena ibas !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! " Cru# Sa$rada se%a a minha lu# lu# / N&o se%a o dra$&o o meu meu $uia' Retira!te( Satanás / Nunca me aconselhes coisas )&s' * mal o que tu me o+ereces / ebe tu mesmo os teus )enenos'
- São Bento de Núrsia
O Catolicismo talvez seja o maior saco de pancadas da história das religiões - não que não tenha dado motivos para isso. Cruzadas, Inquisição e lertes cont!nuos com o poder ol!tico izeram da Igreja "omana o alvo preerido tanto por parte dos ateus que a acusam de inventar o assustador mito do #ia$o quanto por outras denominações cristãs que a acusam de servir a este mesmo ser do mal. %ome a isto o ato de que a maior parte dos católicos sequer conhece os ensinamentos oiciais de sua própria Igreja e entender& porque 'oll()ood sempre escolhe um *adre para contar suas histórias so$re o Capeta. +ntretanto se voc j& teve a curiosidade de sa$er o que os documentos tim$rados pelo aticano, a amosa papelada oicial da igreja, realmente tem a dizer so$re o assunto inalmente encontrou um artigo coni&vel. / 0!$lia por si só não serve d $ase para airmarmos se de ato %atan&s e os dem1nios e2istem ou não. *or esta razão os cristãos do mundo de hoje, em geral, dei2am esta questão em a$erto, alguns airmam que o dia$o 3 a representação da raqueza e da maldade dos homens, outros que 3 apenas uma parte menor do plano divino e ainda h& aqueles que airmam que o so$renatural non ecziste. 4m católico, entretanto, não pode se dar a este lu2o, pois historicamente a Igreja sempre teve uma posição muito $em deinida so$re o #ia$o. 5a verdade 3 imposs!vel citar um 6nico homem entre os *ais da Igreja que não tenha destacado a import7ncia deste conhecimento. /ssim toda airmação eita a partir deste ponto neste te2to ter& como $ase um documento oicial da Igreja Católica, em especial o tomo do "itual "omano, so$re +2orcismo, o Catecismo promulgado pela Carta /postólica 8aeatur 9agnopere e a Constituição /postólica :idei #epositum por ocasião do Conc!lio aticano II. /s inormações destes te2tos undamentais oram, por im, enriquecidas com o conte6do do documento :3 Cristã e #emonologia, assinado pela Congregação pela #outrina da :3, assinado em "oma em ;<=>.
I. / e2istncia do #ia$o ?uando um católico termina de rezar o *ai 5osso ele diz@ 8ivrai-nos do 9al. +le pode pensar que est& pedindo para não ter uma dia 9al, uma vida 9& ou mesmo que se livre da maldade humana que parece estar cada dia mais ora de controle. +ntretanto, segundo o par&grao AB; do Catecismo de Igreja Ddoravante CIE este não 3 o caso@ 5esta petição, o 9al não 3 uma a$stração, mas designa uma pessoa, %atan&s, o 9aligno, o anjo que se opõe a #eus. O F#ia$oF Ddia-$olosE 3 aquele que Fse atravessaF no des!gnio de #eus e na sua o$ra de salvação realizada em Cristo. /ssim, a Igreja Católica se opõe logo de in!cio G tendncia moderna de relativizar a e2istncia do #ia$o como um s!m$olo do +go ou um mero arqu3tipo piscológico. O te2to prossegue azendo algumas citações da 0!$lia ABA CI@ /ssassino desde o princ!pio, H... mentiroso e pai da mentiraJ DKo B, LLE, %atan&s, que seduz o universo inteiro D/p ;A,
/o pedirmos para sermos li$ertados do 9aligno, pedimos igualmente para sermos livres de todos os males, presentes, passados e uturos, dos quais ele 3 autor ou instigador.
II. / origem do 9al / e2plicação para a e2istncia do 9al do mundo 3 oerecida pela Igreja como uma decorrncia do mal uso do livre ar$!trio. +m geral este 3 um mal uso eito pelos próprios seres humanos entretanto em M<; CI lemos que@ *or detr&s da opção de deso$edincia dos nossos primeiros pais, h& uma voz sedutora, oposta a #eus, a qual, por inveja, os az cair na morte. / +scritura e a Nradição da Igreja vem neste ser um anjo deca!do, chamado %atan&s ou #ia$o. %egundo o ensinamento da Igreja, ele oi primeiro um anjo $om, criado por #eus. F Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura creati sunt boni( sed ipsi per se +acti sunt mal, #e acto, o #ia$o e os outros demónios oram por #eus criados naturalmente $onsP mas eles, por si, 3 que se izeram maus. *ortanto a Igreja Católica ensina que a queda dos anjos consiste na livre opção destes esp!ritos criados que, radical e irrevogavelmente, recusaram a #eus e a seu "eino. M
III. / Origem do #ia$o e dos #em1nios /o contr&rio que se popularizou no imagin&rio coletivo, um anjo não 3 uma criança loira com asas, nem um esguio guerreiro trajando uma armadura dourada. +ssa iconograia possui sua relev7ncia na história da igreja, mas sendo o dia$o um anjo 3 importante entender com o que realmente estamos lidando. /njo, no grego original - aggelos - oi a palavra usada para traduzir o termo original he$raico que indicava um mensageiro. 5a tradução da 0!$lia para o latim a palavra usada oi angelus. Originalmente, em he$raico, a palavra era indierente G natureza do mensageiro, se divino ou humanoP na %eptuaginta encontramos o termo grego aggelos, que tam$3m pode ser aplicado tanto para homens quanto para criaturas celestiais. :oi na tradução latina que tal distinção oi criada, usando-se o termo angelus para mensageiros divinos e legatus ou nuntius para os mensageiros humanos, MA< CI rememora as palavras que %anto /gostinho registra a este respeito@ /ngelus H... oicii nomen est, non naturae. ?uaeris nomen naturae, spiritus estP quaeris oicium, angelus est@ e2 eo quod est, spiritus est@ e2 eo quod agit, angelus ----------------/njo 3 nome de o!cio, não de natureza. #esejas sa$er o nome da naturezaR +sp!rito. #esejas sa$er o do o!cioR /njo. *elo que 3, 3 esp!rito@ pelo que az, 3 anjo Danjo S mensageiroE. /qui temos duas inormações relevantes nos dizendo que os /njos possuem@
;. 4ma 5atureza@ /njos são seres puramente espirituais D+sp!ritoE, não possuem assim um corpo !sico como nós em$ora com permissão de #eus possam se maniestar visualmente. MMT CI esclarece@ +nquanto criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligncia e vontade@ são criaturas pessoais e imortaisE. +2cedem em pereição todas as criaturas vis!veis. O esplendor da sua glória assim o atesta. A. 4m O!cio@ /njo 3 um cargo. %ão 9ensageiros de #eus, e2ecutores de %ua ontade. 5esse aspecto anjo 3 algo que se az não algo que se 3. / F?ueda dos anjosF signiica no conte2to católico o a$andono do o!cio mas não o a$andono da natureza. O #ia$o 3 assim um ser puramente espiritual, imortal e dotado de inteligncia e uma vontade que optou por não servir #eus. Isso 3 o que o Compndio do Catecismo da Igreja Católica no artigo M= ensina ao dizer que no princ!pio do mundo, antes da criação do homem, ocorreu a queda dos anjos, uma re$elião entre os anjos contra #eus. / distinção entre anjos $ons e maus constantemente aparece na 0!$lia, mas não e2iste qualquer sinal de dualismo ou conlito entre os dois princ!pios - $em e mal. +ste conlito 3 mostrado em disputas que surgem na Nerra entre o "eino de #eus e o "eino do 9aligno, mas a inerioridade do 6ltimo 3 sempre dada como certo.
I. #a queda dos anjos nas %agradas +scrituras / tomada de conscincia judaica neste ponto 3 claramente deinida nas escrituras sagradas, o relato da queda de nossos primeiros pais DUnesis ME 3 colocado de tal orma que não restam d6vidas de que tratam do reconhecimento de um princ!pio do mal que possuia grande inveja da raça humana. +m Unesis >@; onde lemos que os ilhos de #eus se casaram com as ilhas dos homens 3 e2plicada a queda dos anjos - em +noque I-VI e nos códices #,+,: a / da %eptuaginta requentemente encontramos o termo oi aggeloi tou theou para designar os :ilhos de #eus. Nam$3m vale notar que a palavra he$raica nephilim, traduzida como gigantes DUen >,LE tam$3m pode signiicar ca!dos. +m Kó ; e A, temos a primeira individualização do anjo ca!do, %atã, que suge como um intruso que tem inveja de Kó. +sta passagem nos mostra que mesmo com seus poderes, pode apenas tocar em Kó com a permissão de #eus. 4m e2emplo interessante disso surge da comparação de duas passagens 0!$licas, respectivamente A %amuel AL,; e ;Cr1nicas A;,;, onde na primeira passagem lemos que o pecado de #avi oi causado pela ira do %enhor, que oi despertada em #avi, na segunda lemos que +ntão %atan&s se levantou contra Israel, e incitou #avi a numerar a Israel. oltando a Kó, L,;B, encontramos uma declaração clara da queda@ +is que ele não conia nos seus servos e aos seus anjos atri$ui loucura. 5o livro de Kó da %eptuaginta e2istem passagens instrutivas a respeito de anjos vingadores que podemos encarar como esp!ritos ca!dos, em MM,AM@ %e mil anjos da morte se colocassem Dcontra eleE nenhum deles seria capaz de eri-loP e M>,;L, onde lmos@ / sua alma morre na mocidade, e a sua vida perece entre os anjos impuros, entre outros. Q em Isaias ;L e em +zequiel AB que temos a descrição da queda actual@ Como ca!ste desde o c3u, ó estrela da manhã, ilha da alvaW Como oste cortado por terra, tu que de$ilitavas as naçõesW Isa!as ;L,;A e inalmente@ Nu eras o queru$im, ungido para co$rir, e te esta$eleciP no monte santo de #eus estavas, no meio das pedras aogueadas andavas. *ereito eras nos teus caminhos, desde o dia em que oste criado, at3 que se achou iniqXidade em ti. 5a multiplicação do teu com3rcio encheram o teu interior de violncia, e pecasteP por isso te lancei, proanado, do monte de #eus, e te iz perecer, ó queru$im co$ridor, do meio das pedras aogueadas. +levou-se o teu coração por causa da tua ormosura, corrompeste a tua sa$edoria por causa do teu resplendorP por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. *ela multidão das tuas iniqXidades, pela injustiça do teu com3rcio proanaste os teus santu&riosP eu, pois, iz sair do meio de ti um ogo, que te consumiu e te tornei em cinza so$re a terra, aos olhos de todos os que te vem. +zequiel AB,;L-;B
/m$as as passagens sendo resumidas por 8ucas, quando rece$eu a inspiração de #eus e escreveu@ +u via %atan&s, como raio, cair do c3u. 8ucas ;T,;B O porque de #eus permitir uma re$elião da onde nasceu tantos males 3 um 9ist3rio para a Igreja, 9ist3rio que 3 acompanhado pela coniança de que da li$erdade mal usada do dia$o #eus ar& nascer um $em ainda maior. O *apa Koão *aulo II deiniu em seu pronunciamento %alviici #olores que o mal 3 uma certa alta, limitação ou distorção do $em. 5o Compndio do Catecismo = e B lemos que #eus não permitiria o mal se do próprio mal não e2tra!sse o $em. O e2emplo mais marcante disso seria a morte e ressurreição de Kesus, que, sendo o maior mal moral, trou2e a salvação para a humanidade. %eja como or o mal e2iste hoje e pode ser visto e e2perimentado todos os dias e o #ia$o não est& sozinho mas acompanhado de uma enorme legião.
. O #ia$o e Os #em1nios
5as escrituras e na teologia católica a palavra Fdem1nioF aca$ou, com o tempo, tendo um signiicado muito semelhante a Fdia$oF, e denota um dos esp!ritos do mal, ou anjos ca!dos. Inclusive em alguns lugares do 5ovo Nestamento o original daemonium oi traduzido como dia$o. / principal distinção entre os dois termos, no uso eclesi&stico, pode ser encontrada na amosa e2pressão presente no decreto do ?uarto Conc!lio de 8atrão, convocado pelo *apa Inocncio III pela $ula ineam #omini %a$aoth, de novem$ro de ;A;@ #ia$olus enim et alii daemones - O #ia$o e os outros dem1nios - que mostra que todos são dem1nios, e ao chee dos dem1nios damos o t!tulo de dia$o. +sta distinção 3 o$servada no 5ovo Nestamento da ulgata, onde dia$olus 3 usado como tradução para o dia$olos grego, e em quase todos os momentos az alusão ao próprio %atã, enquanto todos os seus su$ordinado são sempre descritos como daemones ou daemonia. 9as isso não deve ser entendido como uma dierença entre as naturezas do dia$o e dos dem1nios, pois %atã est& claramente incluso entre os daemones em Niago A,;< e 8ucas ;;,;-;B. 5os aproundando mais ainda, diz o *romio do "itual "omano so$re +2orcismo que na %agrada +scritura, o #ia$o e os dem1nios são identiicados com v&rios nomes alguns dos quais, de certa orma, indicam sua natureza e unção. +m$ora a re$eldia de recusar a #eus tenha partido de um esp!rito, hoje identiicado como O #ia$o, O 9aligno, O Nentador entre tantos outros nomes, os esp!ritos malignos que lhe deram ouvidos e razão são chamados dem1nios, ou anjos de %atan&s Dc. 9t A,L;P ACor ;A,=P /p ;A,=.,;A, Cor!ntios ;;,;L e ;A@=E. Q, tam$3m, graças ao 5ovo Nestamento que temos uma imagem do #ia$o D/po <,;;-; e ;A,=-
I. O /lcance do *oder dos #em1nios *ara entendermos a natureza de %atan&s devemos entender qual a natureza dos anjos segundo o Catolicismo. Como vimos acima enquanto o homem são compostos de corpo e esp!rito, os dem1nios são criaturas
puramente espirituais, dotadas de inteligncia e vontade@ são criaturas pessoais e imortais. MABCI diz que tratam-se de seres espirituais, não-corporais. / iconograia monstruosa da tradição 3 parcialmente uma reerncia de sua degradação moral e parcialmente herdada pela tradição da imagem dos antigos deuses pagãos e não devem ser consideradas senão como sim$ólicas. %a$endo que tanto anjos como dem1nios são portanto inteligncias sem corpos, livres portando de muitas das limitações do corpo humano não ressurrecto, não devemos achar que o poder do #ia$o 3 ininito. CI M< dei2a claro que@ %atan&s 3 uma simples criatura, poderosa pelo acto de ser puro esp!rito, mas, de qualquer modo, criatura@ impotente para impedir a ediicação do "eino de #eus. +le tem o poder de estar em qualquer lugar que quiser a qualquer momento, como os %antos pode estar em v&rios lugares ao mesmo tempo. %atan&s e2erce no mundo sua ação de ódio contra #eus e seu reinado em Kesus Cristo e pode causar graves preju!zos de natureza espiritual e indiretamente, tam$3m, de natureza !sica pois se não pode levantar um simples peso de papel, pode por suas sugestões, certamente levar os homens a azer sua vontade, incluindo homens poderosos. %eu modo de agir 3 pereitamente descrito logo no in!cio das %agradas +scrituras, na história de Unese onde por meio de sugestões erradas /dão e +va aca$am sendo e2pulsos do jardim do Qden. Os dem1nios nos tenta com id3ias e vontades que parecem ser nossas mesmas. 5a verdade 3 muito di!cil de distinguir entre uma m& inclinação pessoal e uma m& sugestão dmeoniaca, pois o homem tam$3m pode errar sozinho. Contudo assim como os dem1nios são livres para deso$edecer #eus, por outro lado os homens tam$3m são livres para deso$edecer os dem1nios.
II. %ervos do #ia$o
+m$ora muitas pessoas sejam tentadas e enganadas pelo #ia$o 3 verdade tam$3m que algumas pessoas voluntariamente são partid&rias de suas id3ias. 5a $ula %ummis desiderantes o *apa Inocncio III torna este conhecimento oicial@ 9uitas pessoas de am$os os se2os, sem se importar com a própria salvação e desviando-se da 3 católica, a$andonaram-se a dem1nios, !ncu$os e s6cu$os, e por seus encantamentos, eitiços, conjurações e outros encantos malditos e atrocidades, sortil3gios e crimes horr!veis, matam $e$s ainda no ventre da mãe, como tam$3m as crias do gado, estragam a produção da terra, as uvas da vinha, os rutos das &rvores, e o pior de tudo@ homens e mulheres. +sses miser&veis ainda aligem e atormentam homens e mulheres, $estas dom3sticas e animais selvagens, $em como animais de outras esp3cies, com dores terr!veis e provocam doenças dolorosas, tanto internas como e2ternas, impedem os homens de realizar o ato se2ual e as mulheres de conce$er, e maridos não podem conhecer suas esposas, nem as esposas rece$er seus maridosP e acima de tudo isso eles $lasemam renunciando a 3 que 3 deles pelo %acramento do 0atismo, e por instigação do inimigo da humanidade não se urtam de cometer e perpetrar as mais vis a$ominações e e2cessos imundos para o perigo mortal de suas próprias almas, causam indignação na 9ajestade #ivina e são causa de esc7ndalo e de perigo para muitos D...E as a$ominações e atrocidades em questão não devem permanecerr impunes pois representam perigo a$erto para as almas de muitos e perigo de condenação eterna. / $ula acima oi o ponto de partida para a Inquisição que se seguiu. +la não entra em detalhes de como as $ru2as tra$alham ou como uma tortura deve ser eita, so$re isso leia no item IV a verdade so$re o 9alleus 9alleicarum, o iname manual da caça as $ru2as. / istória nos mostra que ao não querer dei2ar inpune os servos de %atã muitos males e crueldades oram realizados por homens dentro da própria Igreja. Isso nos azendo pensar se não era esse o plano de %atan&s desde o in!cio.
/inda hoje e2istem $ru2as e eiticeiros que azem e2atamente o que est& descrito na $ula acima, como o *apa Koão *aulo em seu discurso de ;
III. %o$re o ritual de +2orcismo O par&grao ;>=MCI destaca que@ ?uando a Igreja pede pu$licamente e com autoridade, em nome de Kesus Cristo, que uma pessoa ou o$jeto seja protegido contra a ação do 9aligno e su$tra!do ao seu dom!nio, ala-se de e2orcismo. Kesus praticou-o - e 3 dF+le que a Igreja o$t3m o poder e encargo de e2orcizar. +ntretanto o Código de #ireito Can1nico esta$elece no canon ;;=A que a ningu3m 3 l!cito proerir e2orcismo a não ser com permissão do $ispo do lugar e este por sua vez só pode dar este direito a um padre dotado de piedade, sa$edoria, prudncia e integridade de vida. #esta orma segue que o aticano torna il!cito aos i3is leigos utilizar a órmula de e2orcismo contra %atan&s e seus anjos apóstatas muito menos lhes 3 l!cito aplicar o te2to inteiro do "itual "omano. O e2orcismo solene, chamado Urande +2orcismo, oi promulgado por ordem do *apa 8eão VIII e seu uncionamento se $aseia na tradição da Igreja que conirma a autoridade espiritual que Kesus transmitiu aos seus apóstolos para e2pulsar os dem1nios e estes por sua vez transmitiram aos $ispos e pres$!teros at3 chegar os dias de hoje. ?ualquer pessoa que não tenha rece$ido as FchavesF necess&rias e alegue pode e2pulsar os dem1nios est&, segundo a tradição católica, enganando ou sendo enganada. CI;>=M esta$elece ainda que esse ritual deve ser realizado com prudncia, o$servando estritamente as regras esta$elecidas pela Igreja. 9uito dierente 3 o caso das doenças, so$retudo ps!quicas, cujo tratamento depende da cincia m3dica. *or isso, antes de se proceder ao e2orcismo, 3 importante ter a certeza de que se trata duma presença dia$ólica e não de uma doença ou ngodo e para isso a pessoa deve passar por todos os canais m3dicos competentes a im de se certiicar que seu mal não tem natureza !sica ou ps!quica.
IV. / luta contra os dia$o e seus dem1nios +m$ora o "itual do +2orcismo seja regulado pelo #ireito Can1nico, um outro documento chamado F+pistula Ordinariis locorum missa@ in mentem normae vigentes de e2orcismis revocantur, de ;,;ME. /l3m disso, os *astores poderão valer-se desta oportunidade para lem$rar o que a Nradição da Igreja ensina a respeito da unção própria dos %acramentos e a propósito da intercessão da 0em-/venturada irgem 9aria, dos /njos e dos %antos na luta espiritual dos cristãos contra os esp!ritos malignos. 5a verdade toda Igreja Católica e2iste em unção de esta$elecer o "eino dos C3us na Nerra Dinde a nós o vosso "einoE, sendo assim, cada aspecto nela e2iste como parte de uma cont!nua luta contra o dia$o e seus dem1nios. Ou seja, em$ora a autoridade para e2pulsar os dem1nios de outras pessoas, lugares e o$jetos sejam uma prerrogativa dos pres$!teros com permissão do episcopado, toda vida do cristão 3, em si uma longa $atalha, no qual ele $usca livrar a si mesmo da inluncia neasta do #ia$o e seus dem1nios. CI;AM= mostra que logo durante o $atismo pronuncia-se um ou v&rios e2orcismos so$re o candidato. 9as isso por si só não $asta, pois não tendo os dem1nios corpos eles não se cansam. Q preciso dei2&-los entediados com suas investidas inrut!eras e horrorizados de santidade. Q necess&rio constante vig!lia e em caso de queda
constante, +sse
3
humildade o
propósito
da
8iturgia,
para diz
o o
documento
arrependimento :3
Cristã
e
e
#emonologia,
retorno. citado
acima@
+la inteira 3 a e2pressão concreta da 3 vivida, sem com isso atiçar a curiosidade inrutiera so$re a natureza dos dem1nios, suas categorias e seus nomes.F / liturgia insiste somente no essencial, na e2istncia de dem1nios e a ameaça para os cristãos, lem$rando-se de que a vida dos $atizados 3 uma luta empreendida, com a graça de Cristo e o poder do seu +sp!rito, contra o mundo, a carne e os seres demon!acos. +2pulsar o dem1nio neste sentido não 3 apenas uma tarea do padre, mas de todo católico. O documento reorça por im que@ %eria um erro lament&vel a agir como se a história j& estivesse terminada e a "edenção atingido todos os seus eeitos, como se não houvesse necessidade de continuar a conduzir o com$ate de que ala o 5ovo Nestamento e os mestres da vida espiritual. *ara isso e2iste um verdadeiro arsenal a disposição dos cristãos leigos@ a participação nos %acramentos Dem especial o da *enitncia e "econciliação e +ucaristiaE, a leitura da %agrada +scritura, o uso de sacramentais consagrados Dcruici2os, &gua $enta, sal, óleo e vela consagradosE e a pr&tica da oração com destaque para o terço de 5ossa %enhora. + mais importante ainda, viver o evangelho sem esquecer do conselho dado por Kesus aos apóstolos@ Yigiai e orai para que não entreis em tentação. O esp!rito est& pronto, mas a carne 3 raca.Z D9t A>,L;E.
V. *ara sa$er mais / F+pistula Ordinariis locorum missaF mencionada acima, ao destacar que a 8iturgia insiste apenas no essencial so$re demeonologia e de certa orma assim previne os cristãos de desenvolver um interesse demasiado pelo #ia$o e seus anjos ca!dos. O estudo dos dem1nios não 3 proi$ido pelo aticano mas desaconselhado na medida em que pode apresenta alguns riscos@ G superstição, a preocupação o$sessiva com %atan&s e seus dem1nios ou em casos mais graves a pr&ticas de adivinhação, magia e por im idolatria. / postura de conhecer seu inim!go 3 importante, mas pode ser tam$3m um caminho de ru!na se este conhecimento torna-se desordenado. :alando aos cristãos de /ntioquia, %ão Koão Crisóstomo declarou@ Certamente não me d& prazer alar com vocs so$re o dia$o, mas o ensinamento deste assunto me d& a oportunidade de e2por algo da maior utilidade para vocs. /l3m destes cuidados, deve-se ter vigia redo$rada so$re qual material 3 ou não coniavel para leitura. O j& citado 9alleus 9aleicarum, por e2emplo, entrou para a história como o manual da Caça Gs 0ru2as, mas apesar de ter sido escrito por um sacerdote poucos sa$em que este livro oi proi$ido por "oma logo no ano de sua pu$licação, em ;LB=, por ser considerado supersticioso e anti3tico sendo inclusive parte da 8ista de O$ras *roi$idas DInde2 8i$rorum *rohi$itorumE daquela 3poca. Com isso em mente, seguem algumas sugestões de leitura i3is aos ensinamentos da Igreja e conduta católica. Os livros estão na ordem sugerida de leitura para quem quer uma ormação sólida so$re o assunto@
Catecismo de Igreja Católica. Indicado por ser o compndio sistematico dos ensinamentos oiciais da Igreja Católica. 5ão se aprounde no assunto de demonologia se ainda não conhecer o $&sico da doutrina católica. O Diabo Hoje, Ueorges 'u$er. Indicado para quem acha que os dem1nios são apenas s!m$olos ou não
est& convencido de que o dia$o 3 um ser real.
Summa Daemoniaca, *adre Kos3 /ntonio :ortea. O mais completo tratado de demonologia
atualmente e2istente na Igreja Católica e atualmente usado na ormação dos seminaristas.
Diabo: …Vivo e Atuante no undo , Corrado 0alducci %K. 9onsenhor 0alducci 3 um dos principais
demonologistas da Igreja. 5este livro ele mostra como a presença do dia$o e seus dem1nios podem ser identiicadas por sinais ordin&rios e e2traordin&rios e sugere meios para a sua prevenção e cura.
!n esorcista racconta, Ua$riele /mort. +2iste uma tradução em portugus so$ o t!tulo 4m e2orcista
conta-nos. +ste, assim como qualquer outro livro de Ua$riele /morth 3 indicado por ser ele a principal autoridade so$re e2orcismo no aticano atualmente. Contudo certiique-se de ler os livros acima primeiro. Oct&vio e Nhiago