APOSTILA DE ANGEOLOGIA E DEMONOLOGIA Anjos e Demônios - A Luta Contra o Poder das Trevas Gustavo Antônio Solímeo - Luiz Sérgio Solímeo Editora - Artpress
Os anjos e os demônios não são um fruto da fantasia do homem nem mera e!pressão de suas esperan"as e temores# Eles e!istem são seres reais dotados de uma natureza puramente espiritual muito mais perfeita do $ue a nossa de uma intelig%n&ia agudíssima e uma vontade possante# Eles interv%m &ontinuamente em nossa vida' os santos anjos por meio das (oas inspira")es $ue nos sugerem' os demônios pelas tenta")es a $ue nos su(metem# *uais são os poderes reais dos anjos e dos demônios+ ,omo devemos nos portar diante da a"ão angéli&a e &omo reagir em fa&e da atividade dia(li&a+ .ais espe&ifi&amente &omo resistir /s tenta")es do demônio / sua a"ão e!traordin0ria /s infesta")es e / possessão+ O $ue pensar da feiti"aria dos sa(0s e das missas negras+ E!istem ainda hoje (ru!os e feiti&eiras+ O espiritismo e a ma&um(a t%m alguma influ%n&ia dia(li&a+ E!iste alguma rela"ão entre 1o&2 3n3 1oll e satanismo+ 4ara responder a estas perguntas os autores de Anjos e demônios 5 A luta &ontra o poder das trevas &onsultaram um sem-n6mero de o(ras espe&ializadas re&olhendo o ensinamento de uma &entena de telogos moralistas e &anonistas &atli&os' per&orrer per&orreram am ainda as p0ginas p0ginas de numerosos numerosos jornais e revistas revistas tanto tanto na&ionais na&ionais &omo estrangei estrangeiros# ros# Eles apresentam a$ui numa linguagem a&essível o resultado de sua pes$uisa &olo&ando nas mãos do leitor nãoespe&ializado um tra(alho denso de &onte6do (í(li&o e teolgi&o e ao mesmo tempo de leitura amena e atraente# “Sede sóbrios e vigiai, porque o demônio, vosso adversário, anda como um leão que ruge, ruge, buscan buscando do a quem quem devorar. devorar. Resisti-lh Resisti-lhe e fortes fortes na f!. "#rimeira "#rimeira $p%stola $p%stola de São #edro &,'(
Índice INTOD!"#O Os anjos os demônios e o homem# I$ OS PÍNCIPES DOS E%&CITOS DO SEN'O Ca()tu*o + O admir0vel mundo angéli&o Ca()tu*o , A natureza angéli&a Ca()tu*o .inistérios .inistérios dos anjos Ca()tu*o . Os Anjos da Guarda Ca()tu*o / Os 7r%s Gloriosos Ar&anjos Ca()tu*o 0 8evo"ão aos Santos Anjos II - SATAN1S E OS AN2OS E3ELDES Ca()tu*o + O pro(lema do mal Ca()tu*o , A $ueda dos anjos maus Ca()tu*o 4si&ologia do demônio Ca()tu*o . O poder dos demônios III - A"#O ODIN1IA E E%TAODIN1IA DO DEM4NIO
Ca()tu*o + A tenta"ão Ca()tu*o , A infesta"ão Ca()tu*o A possessão Ca()tu*o . 4ossessão dia(li&a9 o diagnsti&o I5$ A L!TA CONTA O PODE DAS TE5AS Ca()tu*o + 1emédios gerais preventivos e li(erativos Ca()tu*o , E!or&ismo9 aspe&tos histri&os Ca()tu*o E!or&ismo9 o $ue é + Ca()tu*o . E!or&ismo9 legisla"ão Ca()tu*o / :Somos todos e!or&istas; 5$ SATANISMO MAGIA 6 7EITI"AIA Ca()tu*o + 8a supersti"ão / adora"ão ao demônio Ca()tu*o , .agia negra ou feiti"aria9 aspe&tos histri&os Ca()tu*o .agia 5 Espiritismo 5 .a&um(a Ca()tu*o . Sa(0s e .issas negras Ca()tu*o / O Satanismo moderno Ca()tu*o 0 O 1o&2 Sat
5I$ CASOS DE IN7ESTA"#O E POSSESS#O 6 CENAS DE E%OCISMO- C!LTO IDOL1TICO AO DEM4NIO Ca()tu*o + A mo"a infestada e o menino possesso Ca()tu*o , .adalena9 da frustra"ão frustra"ão ao pa&to &om o demônio Ca()tu*o Anneliese9 possessão o(lativa Ca()tu*o . O 8ia(o no ,onvento Ca()tu*o / Sa&rifí&ios humanos em honra do demônio CONCL!S#O A 1ainha dos Anjos terror dos demônios
INTOD!"#O OS AN2OS8OS DEM4NIOS E O 'OMEM “(Jacó) teve um sonho: Uma escada se erguia da terra e chegava até o céu, e anjos de Deus subiam e desciam desciam por ela" (!en #, #, $)
,O=S>8E1A=8O ?S @EES a (eleza de um panorama marítimo a eleg
Os Santos Anjos ,oroando a &ria"ão a&ima dos seres inanimados do mundo vegetal e animal do homem $ue é o 1ei dessa o(ra 8eus &olo&ou os espíritos angéli&os dotados de intelig%n&ia in&omparavelmente mais perfeita $ue a nossaF porém não sujeitos /s limita")es do &orpo &omo ns# E!pli&a São 7om0s $ue 8eus &riou todas as &oisas para tornarem manifesta a sua (ondade e de algum modo parti&iparem dessa (ondade# Ora essa parti&ipa"ão e manifesta"ão não seriam perfeitíssimas senão no &aso em $ue houvesse além das &riaturas meramente materiais outras &ompostas de matéria e espírito os homensF e por fim outras puramente espirituais $ue pudessem as similar de modo mais pleno as perfei")es divinas# A verdade maravilhosa maravilhosa da e!ist%n&ia dos anjos seres intermedi0rios entre 8eus e os homens 5 é ilustrada poéti&amente na Es&rituras pelo sonho de a& 4atriar&a do 4ovo eleito9 eleito9 Ha&F teve um sonho9 Ima es&ada se erguia da terra terra e &hegava até o &éu e anjos de 8eus su(iam e des&iam por ela; Gen JK JF# 8o 0pi&e da es&ala da &ria"ão os puros espíritos des&em até a &riaturas inferiores governando o mundo material amparando amparando protegendo o homem' e so(em até 8eus para ofere&er-Lhe a glria da &ria"ão (em &omo a ora"ão e as (oas o(ras dos justos# Essa realidade angéli&a foi pressentida pelos povos antigos em meio /s (rumas do paganismo e das supersti")es so( a forma de g%nios (enfazejos das fontes dos (os$ues dos mares os $uais garantiriam a harmonia do Iniverso e eram propí&ios aos homens# .as .as foi a revela revela"ão "ão divina divina $ue aprese apresento ntou u aos homens homens a verda verdadei deira ra figura figura dos espíri espíritos tos angéli angéli&os &os desem(ara"ada de toda forma de supersti"ão# As Sagradas Es&rituras e a 7radi"ão forne&eram os elementos fundam fundament entais ais $ue os grande grandess te telog logos os 8outor 8outores es da >greja >greja 5 em espe&i espe&ial al São 7om0s de A$uin A$uino o 5 sistematizaram sistematizaram dando-nos uma doutrina slida e &oerente so(re o mundo angéli&o# D essa doutrina $ue pro&uramos sintetizar no presente tra(alho seguindo o 8outor Angéli&o (em &omo autores mais re&entes $ue trataram do tema# Estamos &ertos de $ue o &onhe&imento desta doutrina ser0 proveitoso para todos os fiéis# ,onhe&endo melhor os anjos teremos mais intimidade &om eles e seremos assim levados a re&orrer mais ami6de / sua prote"ão e ao seu amparo nesta nossa jornada terrestre rumo ao 4araíso# So(retudo na luta tremenda $ue devemos travar &ontra o Advers0rio o ,aluniador $ue anda ao redor de ns no um leão feroz $uerendo nos devorar 4ed M K-NF9 Satan0s Satan9s e os anjos re:e*des 8a maravilhosa realidade dos santos anjos des&emos assim para tene(rosa realidade dos espíritos infernais os demônios# .ais ainda do $ue em rela"ão aos anjos os povos pagãos da Antiguidade &omo tam(ém os primitivos de hojeF tiveram a per&ep"ão dos demônios# A tal ponto $ue mentalidades ra&ionalistas do sé&ulo passado e deste $uiseram ver na &on&ep"ão (í(li&a de anjos e demônios uma mera influ%n&ia (a(ilôni&a e grega# Essa apre&ia"ão é &ompletamente falsa pois a &on&ep"ão (í(li&a e &ristã so(re os anjos est0 inteiramente imune dos a(surdos supersti&iosos dos pagãos# Em rela"ão aos demônios os po vos antigos (a(ilônios &aldeus
ou gregosF manifestaram uma grande &onfusão por não terem &onseguido resolver o pro(lema da origem do mal# Em suas &on&ep")es o (em e o mal se mes&lam e se &onfundem de tal maneira $ue tanto os deuses &omo os g%nios perversos mostram-se am(íguos representando e prati&ando uns e outros tanto o (em &omo o mal# Entre os gregos o vo&0(ulo daimon designava os deuses e outros seres &om for"as divinas so(retudo os maléfi&os dos $uais os homens deveriam guardar-se por meio da magia da feiti"aria e do es&onjuro# A &on&ep"ão revelada pela Sagrada Es&ritura e pela 7radi"ão é (em outra9 os demônios não são divindades mas simples &riaturas dotadas de uma perfei"ão natural muitíssimo a&ima da do homem porém infinitamente a(ai!o da perfei"ão de 8eus seu &riador a&ima da do homem porém infinitamente a(ai!o da perfei"ão de 8eus seu &riador# Se eles são perversos não é por terem uma natureza essen&ialmente m0 e sim por prevari&a"ão' feitos (ons por 8eus os anjos maus ou demônios se revoltaram e não $uiseram su(meter-se ,riador servi-Lo e ador0-Lo &omo sua &ondi"ão de &riatura o e!igia# Ima vez revoltados os anjos re(eldes fi!aram-se no mal e passaram a tentar o homem pro&urando arrast0-lo / perdi"ão eterna# Essa atividade demonía&a 5 a tenta"ão 5 os telogos $ualifi&am de ordin0ria por ser a mais fre$Bente e tam(ém a menos espeta&ular de suas atua")es so(re o homem# Além dessa atividade ele pode 5 &om a permissão de 8eus 5 pertur(ar o homem de um modo mais intenso mais sensível provo&ando-lhe vis)es fazendo-o ouvir ruídos e sentir dores' ou então atuando so(re as &riaturas inferiores 5 as planta animais os elementos atmosféri&os 5 para desse modo atingir o homem# D a infesta"ão pessoal ou lo&al atividade menos fre$Bente mais visível &hamada por isso e!traordin0ria# Em &ertos &asos e!tremos podem os demônios &hegar a possuir o &orpo do homem para atorment0-lo# 7emos a$ui a possessão a mais rara manifesta"ão e!traordin0ria do .aligno# 8eus não nos dei!ou / mer&% dos espíritos depravados# Além da prote"ão espe&ial de nosso Anjo da Guarda e demais espíritos &elestes entregou / >greja os meios preventivos e li(erativos para enfrentar a a"ão do demônio9 ora")es sa&ramentos sa&ramentais (%n"ãos medalhas es&apul0riosF# O mais efetivo desses meios so(renaturais para os &asos de infesta"ão e possessão são os e!or&ismos pelos $uais se dão ordens ao demônio em virtude do nome esus para a(andonar o &orpo da pessoa ou o lugar $ue ele infesta ou possui# 8evido / sua import
greja a respeito# 8a atua"ão espontgreja e pela unanimidade dos telogos e moralistas# 8edi&amos algumas p0ginas / revives&%n&ia do satanismo nos dias de hoje salientando o papel do 1o&23 n31oll so(retudo do PeavQ .etal 1o&2 4esadoF na sua difusão# A título de ilustra"ão da doutrina a$ui desenvolvida apresentamos alguns &asos de infesta"ão possessão dia(li&a uns de&orrentes de interven"ão espontnvo&amos tam(ém o patro&ínio do glorioso 4atriar&a São osé e a prote"ão do inven&ível Ar&anjo São .iguel 5 $ue derrotou Satã no Hpraelium magnum in &aelo; Apo& J UlVF 5 e dos santos anjos $ue atenderam ao seu (rado de guerra9 H*uis ut 8eus+; 5 H*uem é &omo 8eus+;
I - OS PÍNCIPES DOS E%&CITOS DO SEN'O AS =OWXES $ue &orrem entre os fiéis mesmo dentre os mais fervorosos a respeito dos santos anjos são muito vagas e superfi&iais# .eras reminis&%n&ias e imagens da inf
O admir9ve* mundo an;<*ico
"% ouvi a vo& de muitos anjos em volta do trono e era o n'mero deles milhares de milhares" ( p ,$$)
ALD. 8O .I=8O @>SY@EL e material &riou 8eus tam(ém o mundo invisível e espiritual o admir0vel mundo angéli&o# A e!ist%n&ia dos anjos foi negada na Antiguidade entre judeus pela seita dos sadu&eus &f# At JT KF# .ais tarde por &ertas seitas protestantes &omo os ana(atistas# Em nossos dias ela tem por advers0rios os ateus materialistas e positivistas $ue não &r%em senão na$uilo $ue seus olhos v%em e seus sentidos apalpam# Os ra&ionalistas para en&ontrar uma e!&usa aparentemente ra&ional / sua in&redulidade alegam $ue os anjos foram inventados pelos judeus no tempo do &ativeiro da Ra(ilônia por imita"ão das entidades ali &ultuadas' ou então &onsideram os anjos &omo simples modo poéti&o e sim(li&o de referir-se /s virtudes divinas e aos ví&ios humanos### ,ontra todos esses falam os dados da razão a &ren"a &omum dos povos e a revela"ão divina# Os anjos e=istem 4ela simples razão independentemente da revela"ão o homem pode &hegar de algum modo ao &onhe&imento da e!ist%n&ia dos anjos# ,om efeito a e!ist%n&ia de seres puramente espirituais não repugna / razão# E um e!ame da &ria"ão / mera luz do intele&to pode levar-nos / &on&lusão de $ue a e!ist%n&ia de &riaturas puramente espirituais &onvém / harmonia do Iniverso pois assim estariam representados os tr%s g%neros possíveis de seres9 os puramente espirituais a&ima do homem' outros puramente materiais a(ai!o do homem' por fim seres &ompostos dotados de matéria e espírito 5 os homens# E a &ren"a &omum dos povos &onstante em todos os lugares e em todas as épo&as sempre afirmou a e!ist%n&ia desses seres de natureza superior aos homens e inferior / divindade# Ima &oisa porém é a mera possi(ilidade da e!ist%n&ia de seres puramente espirituais e outra é a sua realidade o(jetiva# A e!ist%n&ia dos anjos e dos demônios anjos de&aídosF seria para ns um pro(lema
insol6vel não houvesse a tal respeito espe&ial revela"ão divina por meio da Es&ritura e da 7radi"ão $ue nos garantem a &erteza da e!ist%n&ia dos anjos# > Tradi?@o8 em sentido am(*o8 < o conjunto de idgreja $ue as &onserva e transmite sem altera"ão# Essa revela"ão foi feita a nossos primeiros pais e se &onservou na Pumanidade por via de transmissão oral pelos 4atriar&as# ,om o tempo e tam(ém por o(ra do demônio sem d6vidaF essa revela"ão primitiva foi-se &orrompendo restando dela meros vestígios no paganismo antigo e no atual# =as (rumas desse paganismo en&ontramos seres in&orpreos ora malfazejos ora (enignos $uase sempre &ultuados &omo divindades ou $uase-divindades# 4ara preservar o povo judeu da &ontamina"ão por essa deforma"ão politeísta pagã os Autores sagrados durante largo período evitaram men&ionar nominalmente o espírito das trevas# E pela mesma razão não se en&ontram muitos pormenores no Antigo 7estamento so(re a natureza dos anjos e dos demônios em(ora sejam men&ionados a &ada passo# A revela"ão definitiva s se verifi&a =osso Senhor esus ,risto# 4orém a Rí(lia não traz toda a revela"ão so(re o mundo angéli&o sendo ne&ess0rio re&orrer / 7radi"ão Esta &omo se sa(e en&ontra-se re&olhida nos do&umentos dos Santos 4adres e es&ritores e&lesi0sti&os dos primeiros tempos assim &omo nos do&umentos do .agistério 4apas e ,on&ílio - na Liturgia e nos monumentos da Antiguidade &ristã &ata&um(as &emitérios etF# >Camam-se Santos Padres ou Padres da I;reja certos escritores ec*esi9sticos anti;os8 Bue se distin;uiram (e*a doutrina ortodo=a e santidade de vida e s@o reconecido I;reja como testemunas da tradi?@o divina$ A e!ist%n&ia dos anjos é uma verdade de fé provada pela Es&ritura e pela 7radi"ão# A Sagrada Es&ritura referese in6meras vezes a seres ra&ionais inferiores a 8eus e superiores aos homens' logo segundo ela esses seres $ue ns denominamos anjos e!istem# > 5erdade de < < aBue*a Bue se encontra na eve*a?@o e < (ro(osta (e*a I;reja aos i@ de Latrão JMF9 H8eus## desde o prin&ípio do tempo &riou do nada duas espé&ies de seres 5 os espirituais e os &orporais isto é os anjos e o mundo;# 8e forma igual se e!pressa o > ,on&ílio do @ati&ano KUVF# Os nove coros an;<*icos E!istem diferen"as entre os anjos mas não &onsta na 1evela"ão $ual sua origem nem seu modo pre&iso# D $uestão de livre dis&ussão se os anjos são todos da mesma espé&ie ou se e!istem tantas espé&ies $uantos são os &oros ou se &ada indivíduo &onstitui uma espé&ie por si opinião de São 7om0sF# 8e a&ordo &om uma tradi"ão $ue remonta ao 4seudo-8ionísio Areopagita os telogos &ostumam agrup0-los em nove ordens ou &oros angZli&os distri(uídos em tr%s hierar$uias os nomes são tomados da Sagrada Es&rituraF9 >enomado escritor ec*esi9stico dos (rimeiros s
>> Por e=em(*o Serains F Is 08,HJ Kueru:ins F Gen 8,.J E= ,/8 +J eis 08,J S* +8 ++J E +8J Dan 8//HJ Arcanjos F + Tes .8+/J 2ud HJ Anjos8 Potestades8 5irtudes F+ Ped 8,,HJ Princi(ados8 Domina?es F E +8,-,+HJ Tronos FCo* +8+0H$ 4rimeira hierar$uia - Serafins *ueru(ins 7ronos' Segunda hierar$uia - 8omina")es 4otestades @irtudes'
7er&eira hierar$uia - 4rin&ipados Ar&anjos e Anjos# Os anjos dos tr%s primeiros &oros ou primeira hierar$uia - Serafins *ueru(ins e 7ronos &ontemplam e glorifi&am &ontinuamente a 8eus9 [ @i o Senhor sentado so(re um alto e elevado trono### Os Serafins estavam por &ima do trono ### E &lamavam um para o outro e diziam9 Santo Santo Santo é o Senhor 8eus dos e!ér&itos[ >s \ -T F# [ O Senhor reina ### est0 sentado so(re $ueru(ins[ Sl NKF' os tr%s &oros seguintes - 8omina")es @irtudes e 4otestades - o&upam-se do governo do mundo' finalmente os tr%s 6ltimos - 4rin&ipados Ar&anjos e Anjos - e!e&utam as rdens de 8eus9 [Rendizei ao Senhor vs todos os seus anjos fortes e poderosos $ue e!e&utais as suas ordens e o(ede&eis as suas palavras[ Sl VJ JVF# 7odos eles podem entretanto ser &hamados generi&amente anjos estando / disposi"ão de 8eus para e!e&utar suas vontades# Em(ora o Evangelho na Anun&ia"ão a .aria se refira ao anjo Ga(riel L& J\F isto não $uer dizer $ue ele perten"a / 6ltima das hierar$uias angéli&as pois a su(limidade dessa em(ai!ada leva a supor $ue se trate de um dos primeiros espíritos $ue assistem diante de 8eus# Os tr%s ar&anjos - &omo são &onhe&idos &omumente São .iguel São Ga(riel e São 1afael - perten&em provavelmente / mais alta hierar$uia angéli&a# Calaremos deles mais adiante# Em(ora não &onhe"amos o n6mero e!ato dos anjos sa(emos pelas Es&rituras e pela 7radi"ão $ue são muitíssimos# D o $ue lemos no livro do Apo&alipse9 [E ouvi a voz de muitos anjos em volta do trono ### e era o n6mero deles milhares e milhares[ Apo& M F# E no livro de 8aniel9 HEram milhares de milhares de milhares os anjosF $ue o serviam e mil milh)es os $ue assistiam diante dele; 8an U VF# .uitos telogos deduzem $ue o n6mero dos anjos é superior ao dos homens $ue e!istiram desde o prin&ípio do mundo e e!istirão até o fim dos tempos# A razão disso é dada por São 7om0s ao dizer $ue tendo 8eus pro&urado prin&ipalmente a perfei"ão do universo ao &riar os seres $uanto mais estes forem perfeitos 8eus os ter0 &riado &om maior prodigalidade# Ora os anjos são mais perfeitos $ue os homens logo foram &riados em maior n6mero#
A naturea an;<*ica
“%nt+o o anjo do enhor tornou-o pelo alto da cabe.a e, tendo-o pelos cabelos, levou-o com a impetuosidade do seu esp/rito até 0abil1nia, sobre a cova" (Dan $2, 3-3)
D 7AL O ES4LE=8O1 de um anjo $ue as pessoas /s $uais eles apare&em muitas vezes se prostram por terra por temor e rever%n&ia para ador0-los pensando $ue se trata do prprio 8eus 5 &onforme relato das Es&rituras e da vida dos santos# E assim $ue São oão &onta no Apo&alipse9 H4rostrei-me aos pés do anjo para o adorar' porém ele disse-me9 @% não fa"as tal' por$ue eu sou servo de 8eus &omo tu #### Adora a 8eus; Apo& JJNF# D essa natureza maravilhosa $ue vamos estudar agora# Seres racionais e *ivres Os anjos são seres intele&tuais ou ra&ionais inferiores a 8eus e mais perfeitos $ue os homens# Eles são puros espíritos não estando ligados a um &orpo &omo ns' são dotados de uma intelig%n&ia luminosa e de vontade livre e possante# 7endo sido &riados por 8eus do nada &omo tudo o mais os pelo prprio fato de serem puramente espirituais são imortais pois não t%m nenhuma liga"ão &om a matéria &orruptível &omo os homens# Ao &ontr0rio da natureza do homem $ue é &omposta isto é formada de dois elementos distintos o &orpo e a almaF os anjos t%m natureza simples puramente espiritual# Em(ora a alma humana seja igualmente espiritual ela foi &riada por 8eus para viver em união su(stan&ial &om o &orpo' $uando se d0 a morte e a alma se separa do &orpo ela permane&e em um estado de viol%n&ia en$uanto não se d0 a ressurrei"ão dos &orpos# 0 os anjos não t%m ne&essidade de um &orpo &omo o homem# 8esse modo é um ser muito mais perfeito
sendo inferior $uanto / natureza apenas ao prprio 8eus# =ão se pode pois ao pensar nos anjos &on&e(%-los / maneira de uma alma humana separada de seu &orpo# Esta 6ltima não é &apaz da$uilo $ue o anjo pode fazer sua simples natureza# 7al &omo o homem os anjos e!istem realmente en$uanto pessoas' ou seja eles são su(st & c*9ssica a deini?@o de (essoa dada (or 3o
Os anjos foram elevados / ordem so(renatural isto é &hamados a parti&ipar da vida da gra"a &ujo fim é a visão (eatífi&a de 8eus# Esta eleva"ão é gratuita mas dis&ute-se em $ue momento se deu para São 7om0s foi no momento mesmo de sua &ria"ãoF' é de fé $ue os anjos deveram sofrer uma prova porém não se sa(e $ual teria sido# 8epois da prova &essou para eles o tempo de mere&er' é tam(ém de fé $ue os anjos (ons gozaram e gozam para sempre visão (eatífi&a e $ue os maus foram &ondenados a uma pena eterna# Conecimento e comunica?@o an;<*ica D $uestão de livre dis&ussão tudo $uanto se refere ao &onhe&imento angéli&o / &omuni&a"ão de uns &om os outros (em &omo o $ue se refere ao seu ato de vontade' é &erto $ue sua &apa&idade de &onhe&er 5 em(ora in&omparavelmente superior / do homem 5 é limitada9 eles não &onhe&em naturalmente os mistérios divinos nem o futuro livre ou &ontingente' tam(ém é &erto $ue t%m pleno livre ar(ítrio# >Os anjos Fe tam:
São 7om0s e!pli&a do seguinte modo a &omuni&a"ão dos anjos entre si9 &omo ns homens os anjos t%m o ver(o interior ou ver(o mental &om o $ual falamos a ns mesmos ou formulamos os &on&eitos interiormente# .as en$uanto ns s podemos &omuni&ar esse pensamento a outros por meio da palavra oral ou de outro
meio e!terno pois entre ns e os demais e!iste a (arreira do nosso &orpo $ue vela o pensamento os anjos não t%m essa (arreira &orprea' assim (asta a eles por um ato de vontade se dirigirem a outros anjos para $ue seu pensamento 5 ou seja esse ver(o interior ou ver(o mental 5 se manifeste a eles# ,omo os anjos são diferentes entre si e uns são mais perfeitos $ue outros os mais perfeitos iluminam os menos perfeitos &or &omuni&ando-lhes a$uilo $ue eles v%em mais em 8eus# 8o mesmo modo eles podem iluminar os homens &omuni&ando-lhes (ons pensamentos em(ora de forma diferente da$uela pela $ual um anjo se &omuni&a &om outro# ,omo a mente humana ne&essita do &on&urso da fantasia para entender as &oisas os anjos &omuni&am as verdades ao homem por meio de imagens sensíveis# *uanto / vontade humana s 8eus ou o prprio homem são &apazes de mov%-la efi&azmente' o anjo ou outro homem# s podem mov%-la por meio da persuasão# Poder dos anjos so:re a mat Por e=em(*o8 (ara mover uma caneta so:re o (a(e* no escrever8 ns (recisamos se;ur9-*a com a m@o e atrav
HIm r0pido e!ame dos fenômenos $ue o&orrem no mundo físi&o (astar0 para nos dar uma idéia dos maravilhosos efeitos a $ue os seres angéli&os podem dar &ausa# Em primeiro lugar assim &omo devido /s for"as da natureza massas enormes se podem deslo&ar ou so( a a"ão de agentes físi&os os elementos da matérias dissolvem ou tra(alham em &onjunto &omo $uando provo&am as tempestades fura&)es e pro&elas 5 assim tam(ém um anjo sem a &oopera"ão de $uais$uer agentes intermedi0rios transfere de um lugar para outro os &orpos mais pesados levanta-os e &onserva-os suspensos durante determinado tempo agita as mais pesadas su(st
Poder dos anjos so:re o omem O anjo pode produzir efeitos &orpreos maravilhosos# Ele pode através do movimento $ue imprime / matéria produzir mudan"as nos &orpos mas de tal forma $ue apenas se sirva da natureza desdo(rando as poten&ialidades dela# Assim ele pode nos homens favore&er ou impedir a nutri"ão ou provo&ar doen"as# .as ele não pode fazer $ual$uer &oisa $ue esteja &ompletamente a&ima da natureza &omo por e!emplo ressus&itar pessoas mortas# O anjo tem ainda o poder de favore&er ou impedir os movimentos da sensualidade a dele&ta"ão a dor a ira a memria e afetar de v0rios modos os sentidos e!ternos e internos isto é os &in&o sentidos a memria e a imagina"ão# 8o mesmo modo o anjo pode agu"ar a for"a da intelig%n&ia e de um modo indireto mover $uer o intele&to 5 e!&itando imagens na fantasia ou propondo $uest)es 5 $uer a vontade soli&itando-a para $ue es&olha algo# O anjo pode formar para si um &orpo &om o $ual apare&e aos homens &omo por e!emplo o ar&anjo São 1afael fez &om 7o(ias# Santo Agostinho diz $ue os anjos apare&em aos homens &om um &orpo $ue eles não somente podem ver mas tam(ém to&ar &omo é provado pela Es&ritura Gen K Jss' L& J\ss' At J Uss' o livro de 7o(iasF# O anjo move o &orpo $ue assume &omo ns poderíamos mover um (one&o dando a impressão de $ue ele est0 vivo fazendo-os imitar os movimentos do homem# *uando São 1afael pare&ia &omer na &ompanhia de 7o(ias ele apenas fazia o &orpo do $ual estava se servindo mover-se &omo faz um homem nessa &ir&unstssF et
Minist
OS .>=>S7D1>OS dos anjos são9 em rela"ão a 8eus ador0-lo louv0-Lo servi-Lo e!e&utando todos os Seus de&retos em rela"ão aos demais anjos $uer aos homens &omo tam(ém a toda a natureza material animada e inanimada' em rela"ão aos demais anjos os de natureza superior iluminam os inferiores# dando-lhes a &onhe&er a$uilo $ue v%m em 8eus' em rela"ão aos homens eles são ministros de 8eus para en&aminh0-los / p0tria &eleste protegendo-os &orrigindo-os instruindo-os animando-os' em rela"ão ao mundo material eles são agentes de 8eus para o governo do Iniverso# Ministros da *itur;ia ce*este O prin&ipal ministério dos anjos &onsiste em adorar louvar e servir a 8eus9 HAnjos do Senhor (endizei ao Senhor ### E!ér&itos do Senhor (endizei ao Senhor' louvai-O e e!altai-O por todos os sé&ulos; 8an T MK-\F# HRendizei ao Senhor vs todos os seus anjos fortes e poderosos $ue e!e&utais as suas ordens e o(ede&eis as suas palavras; Si VJ JVF# HOs Serafins estavam por &ima do trono ### E &lamavam um para o outro e diziam9 Santo Santo Santo é o Senhor 8eus dos e!ér&itos; >s \J-TF# Os santos anjos desem(enam assim a *itur;ia ce*este [E vi os sete anjos $ue estavam de pé diante de 8eus ### E veio outro anjo e parou diante do altar tendo um turí(ulo de ouro' e foram-lhe dados muitos perfumes a fim de $ue ofere&esse as ora")es de todos os santos so(re o altar de ouro $ue est0 diante do trono de 8eus# E o aroma dos perfumes das ora")es dos santos su(iu da mão do anjo até / presen"a de 8eus; Apo& KJ-]F# Esses puros espíritos são pois ministros do altar e ministros do trono de 8eus9 eles &antam os louvores de 8eus na presen"a do Altíssimo e apresentam-Lhe as nossas pre&es e as nossas (oas o(ras' ao mesmo tempo des&em até ns e nos trazem as gra"as e (%n"ãos divinas verdade (elamente e!pressa na visão da es&ada de a&9 Ha&F teve um sonho9 Ima es&ada se erguia da terra e &hegava até o &éu e anjos de 8eus su(iam des&iam por ela; Gen JK JF# Essa verdade em termos pr0ti&os signifi&a $ue eles são inter&essores poderosíssimos diante de 8eus# A efi&0&ia da inter&essão angéli&a é testemunhada entre muitas outras passagens da Es&ritura por esta do livro do 4rofeta a&arias9 HE o anjo do senhor repli&ou e disse9 Senhor dos e!ér&itos até $uando diferir0s tu o &ompade&er-te de erusalém e das &idades de ud0 &ontra as $uais te iraste+ Este é j0 o ano septuagésimo# ### >sto diz o Senhor dos e!ér&itos9 Eu sinto um grande zelo por erusalém e por Sião### 4ortanto isto diz o Senhor9 @oltarei para erusalém &om entranhas de miseri&rdia; a& J-\F# >sto nos deve mover a re&orrer sempre &om fervor e &ada mais a eles# Guerreiros dos e= No Anti;o Testamento os anjos s@o desi;nados das mais diversas ormas R(r)nci(esRJ Ri*os de DeusRJ RsantosRJ Ranjos santosRJ Rsentidos vi;i*antesRJ Res()ritosRJ RomemR$ O prprio 8eus a $uem servem esses anjos guerreiros é apresentado &omo o 8eus dos e!ér&itos# O profeta Oséias des&revendo a fidelidade de a& registra9 HE o Senhor 8eus dos e!ér&itos este Senhor fi&ou sempre na sua memria; Os J ]-MF# Ams profetiza a prevari&a"ão de >srael em nome do Senhor 8eus dos e!ér&itos9 [Ouvi isto e de&larai-o / &asa de a& diz o Senhor dos e!ér&itos;# E adiante9 H4ois sa(e &asa de >srael diz o Senhor 8eus dos e!ér&itos $ue eu vou sus&itar &ontra vs uma na"ão vos oprimir0; Am T T' \ MF# =a visão
do profeta >saías9 [Os serafins ## &lamavam um para o outro e diziam9 Santo Santo Santo é o Senhor 8eus dos e!ér&itos; >s \ J-TF# A mesma e!pressão é utilizada nos Salmos de 8avi9 H*uem é esse 1ei da Glria + O Senhor dos e!ér&itos' esse é o 1ei da glria H# HO Senhor dos e!ér&itos est0 &onos&o' o 8eus de a& é a nossa &idadela[ Sl JTV' ]M KF# O Senhor 8eus dos e!ér&itos aps a deso(edi%n&ia de nossos primeiros pais Hpôs diante do paraíso de delí&ias *ueru(ins (randindo uma espada de fogo para guardar o &aminho da 0rvore da vida[ Gen TJ]F# As hostes &elestes &om(ateram no ,éu uma Hgrande (atalha[ Apo& J UF derrotando e e!pulsando Satan0s e os anjos re(eldes# E na noite su(lime do =atal esses guerreiros &elestes apare&eram aos pastores9 HE su(itamente apare&eu &om o anjo uma multidão da milí&ia &eleste louvando a 8eus e dizendo9 Glria a 8eus no mais alto dos ,éus e paz na terra aos homens de (oa vontade; L& J K-]F# 8eus &onfia / milí&ia &eleste a defesa da$ueles $ue O amam# Segundo os intérpretes um anjo e!terminador matou em meio / noite todos os primog%nitos do Egito E! J JNF' e ao serem os judeus perseguidos pelo e!ér&ito do Cara o anjo do Senhor $ue ia diante deles se interpôs entre os egíp&ios e o povo es&olhido E! ] NF# *uando Sena$ueri( amea"ava o povo eleito 8eus enviou um de seus terríveis guerreiros angéli&os9 [=a$uela mesma noite saiu o anjo de >avé e e!terminou no a&amento assírio &ento e oitenta e &in&o mil homens; ] 1eis N TMF# ?s vezes os &om(atentes &elestes se juntam aos &om(atentes terrestres para dar-lhes a vitria &omo se deu numa (atalha de&isiva de udas .a&a(eu9 H.as no mais forte do &om(ate apare&eram do &éu aos inimigos &in&o homens em &avalos adornados de freios de ouro $ue serviam de guia aos judeus# 8ois deles tendo no meio de si .a&a(eu &o(rindo-o &om suas armas guardavam-no para $ue andasse sem ris&o da sua pessoa' e lan"avam dardos e raios &ontra os inimigos $ue iam &aindo feridos de &egueira e &heios de tur(a"ão# Coram pois mortos vinte mil e $uinhentos homens e seis&entos &avalos; J .a& V JK-TJF# O Senhor 8eus dos e!ér&itos envia igualmente seus guerreiros para livrar seus amigos das mãos dos ímpios9
H8eitaram os judeusF as mãos so(re os Apstolos e meteram-nos na &adeia p6(li&a# .as um anjo do Senhor a(rindo de noite as portas do &0r&ere e tirando-os para fora disse9 >de e apresentando-vos no templo pregai ao povo toda as palavras desta vida; At M K-JVF# HPerodes ### mandou tam(ém prender 4edro ### E eis $ue so(reveio um anjo do Senhor e resplande&eu de luz no aposento' e to&ando no lado de 4edro o despertou dizendo9 Levanta-te depressa# E &aíram as &adeias das suas mãos# E o anjo disse-lhe9 7oma a tua &inta e &al"a as tuas sand0lias# E ele fez assim# E o anjo disse-lhe9 4)e so(re ti a tua &apa e segue-me# E ele saindo seguia-o e não sa(ia $ue era realidade o $ue por interven"ão do anjo mas julgava ter uma visão# E depois de passarem a primeira e a segunda guarda &hegaram / porta de ferro $ue d0 para a &idade a $ual se lhes a(riu por si mesma# E saindo passaram uma rua e imediatamente o anjo afastou-se dele9 Então 4edro voltando a si disse9 Agora sei verdadeiramente $ue o Senhor mandou o seu anjo e me livrou da mão de Perodes e de tudo o $ue esperava o povo dos judeus; At J -F# O prprio Salvador para dei!ar &laro aos Apstolos $ue Ele sofria a 4ai!ão por espont
=o fim do mundo9 [O Cilho do homem enviar0 os seus anjos e tirarão do seu reino todos os es&srael por$ue morreram os $ue pro&uravam tirar a vida ao menino; .t J N-JVF# Conso*adores e conortadores Em diversos episdios a Sagrada Es&ritura nos mostra os anjos no seu ministério de &onsoladores e &onfortadores dos homens em difi&uldades# O profeta Elias sendo perseguido pela ímpia rainha eza(el a $ual introduzido em >srael o &ulto idol0tri&o de RaalF fugiu para o deserto' ali prostrado de des
Em sua vida terrena o prprio Salvador foi servido e &onfortado anjos# Assim se deu aps o prolongado jejum no deserto e a tenta"ão do demônio9 HEntão o demônio dei!ou-o' e eis $ue os anjos se apro!imam e o serviam; .t ] F# =a terrível agonia do Porto das Oliveiras depois de esus e!&lamar9 H4ai se é do teu agrado afasta de mim este &0li&e H o 4adre enviou um anjo para &onfort0-Lo9 HEntão apare&eu-lhe um anjo do &éu $ue o &onfortava; L& JJ ]J-]TF# =a 1essurrei"ão Hum anjo do Senhor
des&eu do &éu e apro!imando-se revolveu a pedra e estava sentado so(re ela' e o seu aspe&to era &omo um relgreja re&onhe&em nos anjos um grande poder não s so(re as plantas e animais mas até so(re o prprio homem# A Sagrada Es&ritura fala-nos tam(ém do anjo $ue tem poder so(re o fogo Apo& ] KF e da$uele $ue manda nas 0guas Apo& \ MF# Santo Agostinho diz $ue &ada espé&ie distinta nos diferentes reinos da natureza é governada pelo poder angéli&o# Segundo São 7om0s 8eus mesmo esta(ele&eu até os mínimos detalhes seu plano de governo do mundo# .as ele &onfia a e!e&u"ão desse plano em graus variados primeiro aos anjos depois aos homens segundo suas fun")es diversas e por fim /s outras &riaturas# Os anjos são os agentes da e!e&u"ão de 8eus em todos domínios# ,omo 8eus governa tudo os anjos O ajudam e o(ede&em em tudo# Ele e!er&e seus desígnios no ,osmos pelo ministério dos anjos# HE &laro $ue as gal0!ias do &éu assim &omo as feras das florestas e os p0ssaros $ue &antam para ns e o trigo de nossos &os os minerais e os gases os prtons e os n%utrons sofrem a a"ão dos anjos; &omenta .ons# ,ristiani# FM;r L$ CISTIANI8 Les An;es8 ces inconus8 ($ 0/+$H São 7om0s é &ategri&o a esse respeito9 H7odas as &orporais são governadas pelos anjos# E este é não somente o ensinamento dos 8outores da >greja mas tam(ém de todos os filsofos[FSuma contra Genti*es8 *i:$ III8 c$ +$ H E o ,ardeal 8aniélou e!pli&a9 H7rata-se pois de uma doutrina esta(ele&ida pela tradi"ão e pela razão# E ns de nossa parte pensamos $ue o governo inteligente e forte do $ual d0 testemunho a ordem do &osmos pode (em ter por ministros os espíritos &elestes em $ue pese o ra&ionalismo de alguns de nossos &ontempor
Os Anjos da Guarda
“%is *ue eu enviarei o meu anjo, *ue v adiante de ti, e te guarde pelo caminho, e te introdu&a no lugar *ue preparei" (%8 3, ;-3)
8EIS no seu amor infinito pelos homens entregou &ada um de ns / guarda e &uidado espe&ial de um anjo $ue nos a&ompanha desde o nas&imento até a morte9 o Anjo da Guarda# Essa doutrina foi sempre ensinada pela >greja FC$ Catecismo omano8 Parte I58 ca($ I%8 n$ .$ H e se (aseia em testemunhos da Sagrada Es&ritura e da 7radi"ão 5 Santos 4adres .agistério E&lesi0sti&o Liturgia#
As Escrituras e os Santos Padres O Antigo 7estamento faz &ontínuas refer%n&ias a esses anjos $ue nos servem de protetores# .ais do $ue nos ensinar e!pli&itamente tal verdade pare&e d0-la por suposta em suas narra")es# a& ao a(en"oar seus netos filhos de osé diz9 H*ue o anjo $ue me livrou de todo o mal a(en")e estes meninos; Gen ]K \F# =as palavras seguintes de 8eus a .oisés en&ontramos os m6ltiplos ofí&ios $ue in&um(em ao Anjo da Guarda de prote"ão e de &onselho9 HEis $ue eu enviarei o meu anjo $ue v0 adiante de ti e te guarde pelo &aminho e te introduza no lugar $ue preparei# 1espeita-o e ouve a sua voz e v% $ue não o desprezes' por$ue ele não te perdoar0 se pe&ares e o meu nome est0 nele# Se ouvirdes a sua voz e fizerdes tudo o $ue te digo eu serei inimigo dos teus inimigos e afligirei os $ue te afligem# E o meu anjo &aminhar0 adiante de ti[ E! JTJV-JTF# 4or meio do profeta Raru& 8eus &omuni&a a >srael9 H4or$ue o meu anjo est0 &onvos&o e eu mesmo terei &uidado das vossas almas[ Rar \\F# O Salmo NV e!prime &om muita poesia a soli&itude de 8eus para &onos&o por meio do Anjo da Guarda9 HO mal não vir0 so(re ti e o flagelo não se apro!imar0 da tua tenda# 4or$ue mandou 8eusF os seus anjos em teu favor $ue te guardem em todos os teus &aminhos# Eles te levarão nas suas mãos para $ue o teu pé não trope&e em alguma pedra; S> NV V-JF# E outro Salmo pro&lama9 HO anjo do Senhor assenta os seus a&amentos em volta dos $ue o temem e os li(erta; S> TT KF# Lan"ado na &ova dos le)es por intriga de invejosos 8aniel foi so&orrido por um anjo9 HO meu 8eus enviou o seu anjo e fe&hou as (o&as dos le)es e estes não me fizeram mal algum; 8an \ JF# Cala-se no Livro dos 1eis de um e!ér&ito de &arros $ue &er&avam o profeta Eliseu ] 1eis \ ]-UF# São 7om0s v% aí uma imagem do poder dos Anjos ,ustdios e a preponderEste *ivro da Sa;rada Escritura < todo e*e rico de ensinamentos so:re esta doutrina8 de maneira Bue n@o :asta transcrever aBui uma ou outra (assa;em de*eJ assim8 convida-mos o *eitor a *-*o diretamente na 3):*ia$ Esse ensinamento se torna mais pre&iso no =ovo 7estamento onde a e!ist%n&ia do Anjo da Guarda é &onfirmada pelo prprio Salvador# Aos seus dis&ípulos advertindo-os &ontra os es&
Os Santos Padres ensinam desde cedo essa doutrina São Rasílio TJN-TUNF entre os gregos afirma9 H*ue &ada $ual tenha um anjo para o dirigir &omo pedagogo e pastor é o ensinamento de .oisés; FA(ud Card$ 2$ DANIELO!8 Les An;es et *eur mission8 ($ $ H$ E entre os latinos São erônimo T]J-]JVF assim &omenta passagem de São .ateus K VF a&ima &itada so(re os anjos das &rian"as9 H>sto mostra a grande dignidade das almas pois &ada uma tem desde o nas&imento um anjo en&arregado de sua guarda[ FComm$ in Evan;$ /$ Matt$8 *i:$ III8 ad ca($ %5III8 + A(ud Card$ P$ GA/PAI Catecisme Cato*iBue (our Adu*tes8 ($ .0$ H A &ren"a na e!ist%n&ia e atua"ão dos Anjos da Guarda est0 tão firmemente esta(ele&ida na tradi"ão da >greja $ue desde tempos imemoriais foi instituída uma festa espe&ial em louvor deles J de outu(roF# O ensinamento dos te*o;os
A partir dos dados da Sagrada Es&ritura e da 7radi"ão telogos foram e!pli&itando ao longo dos sé&ulos uma doutrina slida e &oerente so(re os Anjos da Guarda# O prín&ipe dos telogos São 7om0s de A$uino na sua &éle(re Suma 7eolgi&a FSuma Teo*;ica8 +8B$ ++$H e!p)e largamente essa doutrina# O santo 8outor justifi&a a e!ist%n&ia dos Anjos da Guarda pelo prin&ípio de $ue 8eus governa as &oisas inferiores e vari0veis por meio das superiores e invari0veis# O homem não s é inferior ao anjo mais ainda est0 sujeito a insta(ilidades e
varia")es por &ausa fra$ueza de seu &onhe&imento das pai!)es et Assim ele é governado e amparado pelos anjos $ue servem &omo instrumentos da provid%n&ia espe&ial de 8eus para &om os homens# A fun"ão prin&ipal do Anjo da Guarda é iluminar-nos em rela"ão a verdade / (oa doutrina' mas sua &ustdia tem tam(ém muitos efeitos tais &omo reprimir os demônios e impedir $ue nos sejam &ausados outros danos espirituais ou &orporais# ,ada homem tem um anjo espe&ialmente en&arregado de guard0-lo distinto do das &oletividades humanas de $ue fa"am parte# Estas t%m anjos espe&iais para &ustodi0-las' en$uanto os anjos dos indivíduos perten&em ao 6ltimo &oro angéli&o o das &oletividades ou institui")es podem fazer parte dos &oros e hierar$uias superiores# ,omo h0 v0rios títulos pelos $uais um homem ne&essita ser espe&ialmente protegido ou seja &onsiderado en$uanto parti&ular ou &omo o&upando um &argo ou fun"ão na >greja a ou na so&iedadeF um mesmo homem pode ter v0rios anjos para &ustodi0-lo# A @irgem Santíssima 1ainha dos Anjos teve tam(ém não um mas os Anjos da Guarda# En$uanto homem esus teve Anjos da Guarda' não evidentemente para proteg%-Lo pois o inferior não guarda o superior mas para servi-Lo# .esmo os infiéis t%m Anjos da Guarda e até o Anti-,risto o ter0# O Anjo da Guarda nun&a a(andonar0 o homem mesmo aps a morte se ele for para o 4araíso pois a &ustdia angéli&a é parte da provid%n&ia espe&ial de 8eus para &om o homem o $ual jamais estar0 totalmente privado da provid%n&ia divina# Em(ora estejam normalmente no ,éu &ontemplando a 8eus os Anjos da Guarda &onhe&em tudo o $ue se passa na terra &om seus protegidos' podem então $uase imediatamente passar de um lugar ao outro para proteg%-los ou influen&i0-los (enefi&amente# Santo Agostinho pergunta9 H,omo podem os anjos estar longe $uando nos foram dados por 8eus para ajudarnos+; E responde9 HEles não se apartam de ns em(ora a$uele $ue é assaltado pelas tenta")es pense $ue estão longe;# FA(ud A$ 2$ MacINTE8 Os anjos8 urna rea*idade admir9ve* ($ ,+$ H Os Anjos ,ustdios nun&a estão em oposi"ão ou diverg%n&ia real entre si# O relato (í(li&o da luta entre o anjo da 4érsia e o anjo 4rotetor dos udeus &f# 8an V T-JF em $ue o primeiro $ueria reter os he(reus na Ra(ilônia e o segundo desejava &onduzi-los de volta / sua p0tria en&ontra a seguinte e!pli&a"ão9 /s vezes 8eus não revela aos anjos os méritos ou os deméritos das diversas na")es ou indivíduos $ue eles &ustodiam# En$uanto não &onhe&em &om &erteza a vontade divina os Anjos da Guarda pro&uram santamente proteger de todas as formas os $ue estão so( a sua prote"ão mesmo &ontrariando os desejos de outros Anjos ,ustdios# .as logo $ue a vontade de 8eus fi&a &lara para eles todos se su(metem pressurosos pois o $ue desejam sempre é fazer a vontade divina# 8o mesmo modo $ue os homens tam(ém as institui")es os povos e os países &ontam &om um anjo espe&ialmente en&arregado de velar por eles# Essa doutrina tem (ase nas palavras da Sagrada Es&ritura onde é dito $ue um anjo &onduzia o povo judeu pelo deserto E! JTJVF e tam(ém na passagem j0 referida so(re a luta entre o anjo dos udeus e o anjo dos 4ersas 8an V T-JF# D tam(ém o $ue ensina São Rasílio9 HEntre os anjos uns são prepostos /s na")es' os outros são &ompanheiros dos fiéis;# F A(ud Card$ 2$ DANIELO!8 Les An;es et *eur Mission8 ($ $ H São .iguel Ar&anjo era o protetor de >srael en$uanto povo eleito 8an V T-JF' atualmente ele é o protetor do novo povo de elei"ão a >greja# As apari")es de =ossa Senhora em C0tima# foram pre&edidas pela do Anjo de 4ortugal# Eeitos da custdia dos anjos Os efeitos da &ustdia dos anjos são uns &orporais outros espirituais ordenados uns e outros / salva"ão eterna do homem# Os efeitos são &orporais na medida em $ue impedem ou livram dos perigos ou males do &orpo ou au!iliam os homens nas $uest)es materiais &onforme &onsta no livro de 7o(ias &ap# M e seguintesF# E são espirituais sempre $ue os anjos nos defendem &ontra os demônios 7o( K TF' rezam por ns e ofere&em nossas pre&es a 8eus tornando-as mais efi&azes pelas sua inter&essão Apo& K T' JF' nos sugerem (ons pensamentos in&itando-nos assim a fazer o (em At K J\' V TssF por meio de estímulos da imagina"ão ou do apetite sensitivo' do mesmo modo $uando nos infligem penas medi&inais para nos &orrigir J 1eis J] \F' ou ainda na hora da morte fortale&em-nos &ontra o demônio' os anjos &onduzem diretamente para o ,éu as almas da$ueles $ue morrem sem pre&isar passar pelo 4urgatrio e levam para o 4araíso as almas $ue j0 passaram pela purga"ão ne&ess0ria' eles tam(ém visitam as almas do 4urgatrio para as &onsolar e fortale&er es&lare&endo-as glria do &éu et >'9 v9rios e=em(*os disso na Sa;rada Escritura
Os Atos dos Apstolos relatam a apari"ão de um anjo ao ,enturião ,ornélio homem religioso e temente a 8eus para instruí-lo so(re &omo pro&eder para &onhe&er a verdadeira religião9 [Este ,ornélioF viu &laramente numa visão $ue um anjo de 8eus se apresentava diante dele e lhe dizia9 ,ornélio ### as tuas ora")es e as tuas esmolas su(iram &omo memorial / presen"a de 8eus# E agora envia homens a ope a &hamar um &erto Simão $ue tem por so(renome 4edro ### ele te dir0 o $ue deves fazer[ At V -\F# E nos mesmos Atos se l% &omo um anjo inspira São Cilipe 8i0&ono a desviar-se de seu &aminho para faz%-lo en&ontrar-se &om o ministro da 1ainha ,anda&e da Etipia e (atiz0-lo depois de instruí-lo na doutrina &ristã At K J\F# A &ustdia dos anjos nos livra de in6meros perigos tanto para a alma &omo para o &orpo# Entretanto ela não nos livra de todas as &ruzes e sofrimentos desta vida $ue 8eus nos manda para nossa prova"ão e purifi&a"ão' nem da$uelas tenta")es $ue 8eus permite para $ue mostremos nossa fidelidade# 4orém eles sempre nos ajudam a tudo suportar &om pa&i%n&ia e ven&er &om perseveran"a# ?s vezes pare&e $ue os anjos não nos estão atendendo' é pre&iso então rezar &om mais insist%n&ia até $ue esse so&orro se per&e(a# .as pode o&orrer de não sermos ouvidos não por$ue faltem aos anjos poder ou desejo de nos ajudar mas é $ue a$uilo $ue estamos pedindo não é o melhor para a nossa eterna salva"ão $ue é o $ue antes de tudo eles pro&uram# Nossos deveres em re*a?@o aos Santos Anjos Custdio São Rernardo resume assim nossos deveres em rela"ão aos nossos Anjos da Guarda9 a$ 1espeito pela sua presen"a# 8evemos evitar tudo o $ue pode &ontristar um espírito assim puro e santo# So(retudo evitar o pe&ado# H,omo te atreverias 5 interpela o santo 8outor 5 a fazer na presen"a dos anjos a$uilo $ue não farias estando eu diante de ti+[ :$ ,onfian"a na sua prote"ão# Sendo tão poderoso e estando &ontinuamente diante de 8eus e ao mesmo tempo &onhe&endo as nossas ne&essidades &omo não &onfiar na sua prote"ão+ A melhor maneira de provar essa &onfian"a é re&orrer a ele pela ora"ão nos momentos difí&eis espe&ialmente nas tenta")es# c$ Amor e re&onhe&imento por sua prote"ão# 8evemos am0-lo &omo a um (enfeitor um amigo e um irmão e ser agrade&idos pela sua prote"ão diligentíssima#
HSejamos pois devotos; 5 es&reve o mesmo São Rernardo# HSejamos agrade&idos a guardi)es tão dignos de apre"o &orrespondamos a seu amor honremos-lhe $uanto possamos e $uanto devemos; F A(ud 2esus 5AL3!ENA O$P$8 Tratado de* Go:ierno de* Mundo 6 Introducciones8 ($ $ H A ora"ão por e!&el%n&ia para invo&ar e honrar o Anjo da Guarda da é o Santo anjo do Senhor9 HSanto anjo do Senhor meu zeloso guardador j0 $ue a ti me &onfiou a piedade divina sempre me rege guarda governa e ilumina[#
Os Trs G*oriosos Arcanjos
"%is *ue veio em meu socorro ,) “%u sou o anjo 4a?ael, um dos sete *ue assistimos diante do enhor7 (@ob $, $)
A >greja e o povo fiel veneram de modo espe&ial os tr%s gloriosos Ar&anjos 5 São .iguel São Ga(riel e São 1afael# Em(ora eles sejam &omumente &hamados de Ar&anjos segundo telogos e &omentaristas das Es&rituras eles &ertamente perten&em ao primeiro dos &oros angéli&os o dos Serafins# S@o Mi;ue* Kuem < como DeusUV Em he(rai&o9 m`2<3%l $ue signifi&a9 H*uem éF &omo 8eus+; As Es&rituras se referem nominalmente ao Ar&anjo São .iguel em $uatro passagens9 duas delas na profe&ia de 8aniel &ap# V T e J' e ap# J F' uma na Epístola de São udas 7adeu &ap# 6ni&o vers# N F e finalmente no Apo&alipse &ap# J U-JF# =o livro de 8aniel o Santo Ar&anjo apare&e &omo Hprín&ipe e protetor de >srael; $ue se op)e ao Hprín&ipe; ou &elestial protetor dos persas# Segundo São erônimo e outros &omentadores o anjo protetor da 4érsia teria desejado $ue fi&assem ali alguns judeus para mais dilatarem o &onhe&imento de 8eus' porém São .iguel teria desejado e pedido a 8eus $ue todos os judeus voltassem logo para a 4alestina a fim de $ue o templo do Senhor fosse re&onstruído mais depressa# Essa luta espiritual entre os dois anjos teria durado vinte e um dias# > Nas escrituras os anjos s@o camados com reBWncia (r)nci(es$ São udas na sua Epístola alude a uma disputa de São .iguel &om o demônio so(re o &orpo de .oisés9 o glorioso Ar&anjo por disposi"ão de 8eus $ueria $ue o sepul&ro de .oisés permane&esse o&ulto' o demônio porém pro&urava tom0-lo &onhe&ido &om o fim de dar aos judeus o&asião de &aírem em idolatria por influ%n&ia dos povos pagãos &ir&unvizinhos# =o Apo&alipse São oão apresenta São .iguel &apitaneando os anjos (ons em uma grande (atalha no &éu &ontra os anjo re(eldes &hefiados por Satan0s ali &hamado dragão9 HE houve no &éu unia grande (atalha9 .iguel e os seus anjos pelejavam &ontra o dragão e o dragão e seus anjos pelejavam &ontra ele' porém estes não prevale&eram e o seu lugar não se a&hou mais no &éu# E foi pre&ipitado a$uele grande dragão a$uela antiga serpente $ue se &hama demônio e Satan0s $ue seduz todo o mundo' e foi pre&ipitado na terra e foram pre&ipitados &om seus anjos; Apo& J U-JF# A >greja não definiu nada de parti&ular so(re São .iguel mas tem permitido $ue as &ren"as nas&idas da tradi"ão &ristã a respeito do glorioso Ar&anjo tenham livre &urso na piedade dos fiéis e na ela(ora"ão dos telogos# A primeira &ren"a é a de $ue São .iguel era no Antigo 7estamento o defensor do povo es&olhido 5 >srael' e hoje o é do novo povo es&olhido 5 a >greja# 7al piedosa &ren"a est0 em &onsonsrael J F# Essa &ren"a é muito antiga sendo j0 &onfirmada pelo 4astor de Permas &éle(re livro &ristão do sé&ulo >> no $ual se l%9 HO grande e digno .iguel é a$uele $ue tem poder so(re este povo; os &ristãosF# Ademais tal &ren"a é partilhada pelos telogos e pela prpria >greja $ue a manifesta de muitas maneiras# A segunda &ren"a geral é a de $ue São .iguel tem o poder de admitir ou não as almas no 4araíso# =o Ofi&io 1omano deste Santo no antigo Rrevi0rio São .iguel era &hamado de H4raepositus paradisi; 5 HGuarda do paraíso; ao $ual o prprio 8eus se dirige nos seguintes termos9 H,onstitui te 4rin&ipem super omnes animais sus&ipiendas; 5 HEu te &onstituí &hefe so(re todas as almas a serem admitidas;# E na .issa pelos defuntos rezava-se9 [ Signifer San&tus .i&hael representet eas in lu&em san&tam; 5 [O 4orta-estandarte São .iguel &onduzi-as / luz santa;# A ter&eira &ren"a ou melhor opinião é a de $ue São .iguel o&upa o primeiro lugar na hierar$uia angéli&a# So(re este ponto h0 diverg%n&ia entre os telogos mas tal opinião tem a seu favor v0rios 4adres da >greja gregos e pare&e ser &orro(orada pela liturgia latina $ue se referia ao glorioso Ar&anjo &omo [4rin&eps militiae &oelestis $uem honorifi&ant &oelorum &ives; 5 [4rín&ipe da mili&ia &eleste a $uem honram os ha(itantes do ,éu[' e pela liturgia grega $ue o &hama HAr&histr0tegos H isto é [Generalíssimo#[ O grande &omentador das Sagradas Es&rituras 4e# ,ornélio a Lapide jesuíta do sé&ulo b@> es&reve9 [.uitos julgam $ue .iguel tanto pela dignidade de natureza &omo de gra"a e de glria é a(solutamente o primeiro e o 4rín&ipe de todos os anjos# E isso se prova primeiro pelo Apo&alipse J UF onde se diz $ue .iguel lutou &ontra L6&ifer e seus anjos resistindo / sua so(er(a &om o (rado &heio de humildade9 *uem éF &omo 8eus+3 4ortanto assim &omo L6&ifer é o &hefe dos demônios .iguel o é dos anjos sendo o primeiro entre os serafins# Segundo por$ue a >greja o &hama de 4rín&ipe da .ilí&ia ,eleste $ue est0 posto / entrada do 4araíso# E é em seu nome $ue se &ele(ra a festa de todos os anjos# 7er&eiro por$ue .iguel é hoje ao &ultuado &omo o protetor da >greja &omo outrora o foi da Sinagoga# Cinalmente em $uarto lugar prova-se $ue São .iguel é o 4rín&ipe de todos os anjos e por isso o primeiro entre os Serafins por$ue diz São Rasílio na Pomilia
8e Angelis9 :A ti .iguel general dos espíritos &elestes $ue por honra e dignidade estais posto / frente de todos os outros espíritos &elestiais a ti supli&o### [# FCorn<*io A LAPIDE8 Commentaria in Scri(turam Sacram8 t$ +8 (($ ++,-++. H O mesmo dizem in6meros outros autores entre os $uais São 1o(erto Rellarmino# =a >dade .édia São .iguel era padroeiro espe&ial das Ordens de ,avalaria $ue defendiam a ,ristandade &ontra o perigo metano# S@o Ga:rie* 7or?a de DeusV Em he(rai&o9 ga(r`3%l $ue $uer dizer9 HPomem de 8eus[ ou H8eus se mostrou forte; ou ainda HCor"a de 8eus[# O prprio Ar&anjo disse a a&arias9 HEu sou Ga(riel $ue assisto diante do tronoF de 8eus; L& JNF# >sto leva a &rer $ue se trata de um dos primeiros espíritos angéli&os# O j0 &itado ,ornélio a L0pide argumenta do seguinte modo para &omprovar esta opinião9 # Se os Serafins alguma vez são enviados por 8eus em missão junto aos homens um deles devia ser enviado / .ãe do 1edentor para anun&iar o insigne mistério da En&arna"ão do @er(o# =ão somente pela e!&elsitude de tal mistério mas por$ue a Santíssima @irgem supera a todos os &oros de anjos em dignidade e gra"a# J# Ora São 4aulo na Epístola aos Pe(reus ]F afirma $ue 8eus pode enviar &omo mensageiro um anjo de $ual$uer hierar$uia9 H4orventura não são todos esses espíritos uns ministros de 8eusF enviados para e!er&er o seu ministério a favor da$ueles $ue hão de re&e(er a heran"a da salva"ão+; T# Logo deve-se &rer $ue São Ga(riel perten&e / mais alta &ategoria angéli&a isto é ao &oro dos Serafins# FCorn<*io A LAPIDE8 Commentaria in Scri(turam Sacram8 t$ +8 (($ +.,-+. H São Ga(riel o Anjo da En&arna"ão é &onsiderado igualmente &omo o Anjo da ,onsola"ão e da .iseri&rdia' mas de &om o signifi&ado de seu prprio nome representa o poder de 8eus# D por isso $ue as Es&rituras ao referir-se a ele utilizam e!press)es &omo poder for"a grande poderoso &f# 8an K-VF# A tradi"ão judai&a atri(uía a esse glorioso Ar&anjo a destrui"ão de Sodoma &f# Gen N -JNF (em &omo o ter mar&ado &om um 7au a fronte dos eleitos Ez N ]F' e apresentava-o &omo o Anjo do ulgamento Cinal# A tradi"ão &ristã v% nele o anjo $ue apare&eu aos pastores para anun&iar o nas&imento do Salvador L& J K-]F e a São osé em sonhos para e!pli&ar a &on&ep"ão virginal de .aria Santíssima .t JVF# 7eria sido ele tam(ém $uem &onfortara esus em sua agonia no Porto &f# Pino de Laudes do dia J] de mar"oF#
S@o aae* Medicina de DeusV Em he(rai&o9 ref<3%l &ujo sentido 5 é igual a9 H8eus &urou; ou [.edi&ina de 8eus;# Ele prprio revelou sua elevada hierar$uia depois de ajudar o jovem 7o(ias $ue &ria estar em presen"a de um simples homem9 [Eu sou o anjo 1afael um dos sete espíritos prin&ipaisF $ue assistimos diante do Senhor; 7o( J MF# ,ornélio a Lapide tam(ém &onsidera o Ar&anjo São 1afael Serafim# FCorn<*io A LAPIDE8 Commentaria in8 Scri(turam Sacram8 t$ .8 ($ ,,$H Este insigne Ar&anjo é protetor espe&ial &ontra o demônio padroeiro e guia dos viajantes sanador dos enfermos# 7odos esses ofí&ios estão amplamente ilustrados no livro de 7o(ias9 ele protege na viagem o jovem 7o(ias &aps# M a VF' restitui a vista ao velho 7o(ias mediante a apli&a"ão do fel de um pei!e &ap# T-MF' livra o jovem 7o(ias e Sara das insídias do demônio mediante a fuma"a das vís&eras do mesmo pei!e e en&adeia o demônio no deserto do Egito &ap# K J-TF' apresenta as (oas o(ras e as ora")es do velho 7o(ias a 8eus &ap# J JF#
Devo?@o aos Santos Anjos "Aormamos com os anjos uma 'nica cidade de Deus7 (anto gostinho)
A DE5O"#O AOS SANTOS AN2OS < uma dessas devo?es Buase es(ontQneas do (ovo crist@o$ A legitimidade do &ulto aos anjos &onstitui uma verdade de fé afirmada pelo .agistério ordin0rio da >greja interpretante da 7radi"ão9 &ondena"ão dos i&ono&lastas no sé&ulo @ pelo Jc ,on&ílio de =i&éia e dos protestantes no sé&ulo b@> pelo ,on&ílio de 7rento# Ori;em e desenvo*vimento da devo?@o aos anjos Entre os judeus e na Anti;uidade crist@
,om e!&e"ão dos sadu&eus $ue não &riam neles HOs sadu&eus dizem $ue não h0 ressurrei"ão nem anjos nem espírito[ At JTKF F essa devo"ão j0 e!istia entre os judeus $ue veneravam parti&ularmente o Hgrande prín&ipe .iguel; protetor dos filhos do povo de >srael 8an J F# =os primeiros tempos do ,ristianismo essa devo"ão não era muito a&entuada em razão do paganismo ainda dominante na so&iedade $ue podia levar os gentios neo-&onvertidos a &onfundirem os espíritos &elestes &om os g%nios 5 espé&ies de divindades menores falsamente &ultuadas por &ertas religi)es 5 o $ue e$uivaleria a &air no politeísmo pagão# 4orém j0 no sé&ulo >> São ustino e Aten0goras dão testemunho so(re o &ulto &ristão aos santos anjos# 8ídimo Ale!andrino TNMF atesta $ue desde os primrdios do ,ristianismo surgiram igrejas e oratrios &onsagrados a 8eus so( a invo&a"ão dos ar&anjos# Santo Am(rsio sé >@F j0 e!ortava os fiéis9 HOs anjos devem ser invo&ados por ns pois para nossa prote"ão nos foram dados[# FDe 5iduis8 ca($ I58 //J PL +08 ,0.c A(ud Mons$ 7$ TINELLO8 La devoione a;*i an;e*i8 co*$ +,/,$H E Santo Agostinho ensinava9 HCormamos &om os anjos uma 6ni&a &idade de 8eus ### da $ual uma parte somos ns peregrinos por este mundo e a outra $ue são os anjos est0 sempre pronta a so&orrer-nos# [Se a$uele junto de $uem devemos e!er&er o(ras de miseri&rdia do $ual as re&e(emos &om razão se &hama nosso pr!imo $ue no pre&eito a ns imposto de amar o pr!imo estão in&luídos os anjos dos $uais todos os dias re&e(emos tantos e tão insignes atos de miseri&rdia# [Os anjos nos amam ### por nossa &ausa por$ue lhes somos semelhantes na natureza ra&ional' por &ausa deles prprios por$ue nos $uerem sentados na$ueles tronos de glria $ue eram dos anjos $ue prevari&aram; # FA(ud Arci:a*d 2$ MacINTE8 Os anjos8 uma rea*idade admir9ve*8 (($ ,- ,+$H Na Idade Mdade .édiaF foi uma épo&a angéli&a não s pela pureza dos &ostumes e das doutrinas e pelo fervor ser0fi&o do povo fiel mas tam(ém pela familiaridade &om os santos anjos# Coi nessa épo&a $ue surgiu a pre&e ao mesmo tempo tão singela tão do&e e tão &onfiante9 HSanto anjo do Senhor###; Coi igualmente nessa épo&a $ue surgiram os grandes tratados so(re os anjos dos $uais o mais admir0vel é a$uele pre&isamente de autoria do 8outor Angéli&o São 7om0s de A$uino# São Rernardo de ,laraval &antor da 1ainha dos Anjos deu um parti&ular impulso a essa devo"ão' a >greja fez suas as palavras do insigne 8outor para louvar os espíritos &elestiais no Rrevi0irio festa dos Anjos ,ustdios J de outu(roF# Sua frmula reflete e sintetiza a tradi"ão ininterrupta da >greja9 aos anjos devemos Hrever%n&ia por sua presen"a devo"ão por sua (enevol%n&ia &onfian"a por sua &ustdia;# F A(ud 2esus 5AL3!ENA O$P$8 Tratado de* Go:ierno de* Mundo 6 Indroducciones8 ($+$H
Na Contra-eorma Os ímpios Lutero e ,alvino depois do &ulto dos santos rejeitaram tam(ém o dos anjos# .as a devo"ão aos espíritos angéli&os re&e(eu novo alento &om os paladinos da ,ontra-1eforma# Santo >n0&io re&omenda aos seus religiosos imitarem a pureza dos anjos# 4or o(ra dos jesuítas multipli&am-se os tratados manuais de piedade so(re os anjos# Entre eles o 7ratado e prati&a da devo"ão aos anjos de São Cran&is&o de Rorja e o 7ratado dos anjos &ustdios do 4e# Cran&is&o Al(ertini# 7am(ém &ontri(uíram muito para a difusão dessa devo"ão o ,ardeal de Rérulle e o @ener0vel Olier# O ,on&ilio de 7rento &ondenando a ímpia doutrina dos pretensos reformadores definiu a legitimidade dessa devo"ão $ue ad$uiria assim maiores títulos para ser divulgada# I;rejas e santu9rios 6 Ladainas e ora?es 0 no sé&ulo >@ en&ontram-se testemunhos so(re a ere"ão de igrejas e oratrios em honra dos ar&anjos# =o tempo de São Gregrio .agno \V]F o &ulto a São .iguel j0 tinha um &entro no .onte Gargano na Ap6lia região da >t0lia junto ao Adri0ti&oF onde o Ar&anjo havia apare&ido no tempo do 4apa São Gel0sio > ]N\F pedindo $ue lhe erguessem ali um santu0rio# =o sé&ulo @>> o 4rín&ipe da .ilí&ia &eleste apare&eu so(re um ro&hedo da =ormandia Cran"aF o .onte 7om(es onde se prati&avam &ultos pagãos e ali se ergueu uma a(adia $ue se tornou um dos mais &éle(res santu0rios em louvor do santo Ar&anjo# E o monte passou a &hamar-se .onte Saint-.i&hel# Em 1oma no sé&ulo >b sete oratrios eram j0 dedi&ados ao santo Ar&anjo# Surgiram v0rias festas lit6rgi&as em honra dos santos anjos9 São Ga(riel J] de mar"oF' Apari"ão de São .iguel no .onte Gargano K de maioF' 8edi&a"ão de São .iguel Ar&anjo JN de setem(roF' Santos Anjos ,ustdios J de outu(roF' São 1afael Ar&anjo J] de outu(ro F# E!istem ora")es e ladainhas em louvor de &ada um dos tr%s dos Ar&anjos dos Santos Anjos do Anjo da Guarda# 7alvez a ora"ão mais divulgada seja o HSanto anjo do Senhor meu zeloso guardador###[ - (ela e!pressão da piedade medieval para &om nosso angéli&o guardião# Outra (ela ora"ão $ue teria sido inspirada pela prpria 1ainha dos AnjosF é a$uela $ue &ome"a pelas palavras [Augusta 1ainha dos ,éus e so(erana Senhora dos Anjos H de &ar0ter e!or&ísti&o depre&ativo muito efi&az# >Essa :e*a ora?@o oi com(osta em +0 (e*o 5ener9ve* Padre Louis de Cestac F++- +0 H (or ins(ira?@o de Nossa Senora$ Na anti;a disci(*ina tina / dias de indu*;ncia decreto da sa;rada Con;re;a?@o das Indu*;ncias8 de de ju*o de + e da Sa;rada Penitenciaria8 de , de mar?o de +/$ Seu te=to com(*eto < o se;uinte Augusta 1ainha dos ,éus e so(erana Senhora dos Anjos @s $ue desde o primeiro instante de vossa e!ist%n&ia re&e(estes de 8eus o poder e a missão de esmagar a &a(e"a de Satan0s humildemente vô-lo pedimos enviai as legi)es &elestes dos santos anjos perseguirem por vosso poder e so( vossas ordens os demônios &om(atendo-os por toda a parte reprimindo-lhes a insol%n&ia e lan"ando-os nas profundezas do a(ismo# *uem é &omo 8eus+ (oa e terna .ãe s%de sempre o nosso amor e a nossa esperan"a# .ãe divina mandai-nos os vossos santos anjos $ue nos defendam e repilam para (em longe de ns o maldito demônio nosso &ruel inimigo# Santos anjos e ar&anjos defendei-nos e guardai-nos# Amém# A devo"ão aos santos anjos é pois não s lí&ita mas e!tremamente louv0vel e re&omend0vel# ,omo em toda devo"ão &umpre entretanto o(servar sempre fielmente as pres&ri")es da Santa >greja afim de evitar $ue desvios doutrin0rios ou pr0ti&as mal sonantes se introduzam nela# 8esde os primeiros sé&ulos para evitar supersti")es a >greja permitiu o &ulto nominal apenas aos tr%s anjos &ujo nome &onsta na Sagrada Es&ritura São .iguel São Ga(riel e São 1afael - proi(indo a invo&a"ão de anjos pelos nomes men&ionados em es&ritos ap&rifos ou &onhe&idos apenas mediante revela"ão parti&ular# II - SATAN1S E OS AN2OS E3ELDES 8IAS 4OS>WXES Eb71E.A8AS devem ser evitadas no $ue diz respeito ao demônio# A primeira &onsiste em negar sua e!ist%n&ia ou senão $ual$uer influ%n&ia na Pistria e na vida dos homens o $ue em termos pr0ti&os e$uivale a negar $ue e!istaF# Esta é a oposi"ão de agnsti&os ra&ionalistas e materialistas# 8entre estes alguns pro&uram &olorir sua des&ren"a &om tintas de &i%n&ia9 o demônio seria simplesmente a personifi&a"ão de nossos prprios defeitos### A segunda posi"ão errada est0 em atri(uir-lhe um papel e!agerado nos a&onte&imentos &onferindo-lhe poderes e!&essivos $uase &omo se fosse um deus &om sinal negativo# E a posi"ão de satanistas e o&ultistas
(em &omo da$ueles $ue sem &hegar a esse e!tremo se entregam entretanto a pr0ti&as m0gi&as e supersti&iosas &omo o&orre em muitas das religi)es de povos primitivos hoje tão em voga mesmo em &ír&ulos &ultos### O demônio não é nem uma &oisa nem outra9 nem uma simples personifi&a"ão do mal nem uma espé&ie de divindade maligna# Ele é simplesmente um anjo de&aído $ue &onserva os poderes e as limita")esF da natureza angéli&a porém s pode fazer uso deles na medida $ue 8eus o permita# E 8eus s permite sua atua"ão $uando ela redunde na glria divina ou &ontri(ua para a salva"ão dos homens ou ainda sirva para o &astigo destes $uando mere&edores A posi"ão e$uili(rada é a$uela ensinada pela doutrina &atli&a $ue v% o demônio &omo ele é de a&ordo &om os dados da 1evela"ão o ensinamento dos 4apas e dos ,on&ílios e a doutrina ela(orada pelos 8outores# Essa é a doutrina $ue passamos a e!por#
O (ro:*ema do ma* “% Deus viu todas as coisas *ue tinha ?eito, e eram muito boas" (!en $,3$)
A=7ES 8E ES7I8A1.OS a $ueda de uma parte dos anjos assim &omo a figura e a a"ão do demônio pare&e &onveniente deter-nos ainda $ue rapidamente no e!ame do pro(lema do mal# 4ois evidente $ue se o mal não e!istisse não haveria possi(ilidade de e!istirem seres malignos $ue não visam senão o mal9 os demônios# Naturea e ori;em do ma* 8e onde pro&ede o mal+ ,omo se podem &on&iliar a (ondade a onipot%n&ia de 8eus &om a e!ist%n&ia do mal+ Se 8eus podia impedir o mal e não o $uis impedir onde est0 a sua (ondade+ E se 8eus $ueria impedir o mal e não o pôde onde est0 a sua onipot%n&ia+ Em am(os os &asos onde est0 a sua 4rovid%n&ia+ Esse foi um dos pro(lemas $ue mais angustiaram a Pumanidade em todos os tempos e $ue s en&ontra uma solu"ão satisfatria &om o ,ristianismo# Os povos pagãos antigos premidos por duas realidades aparentemente in&on&ili0veis 5 de um lado a (ondade e a onipot%n&ia de 8eus' do outro a e!ist%n&ia do mal 5 pro&urando evitar o a(surdo de atri(uir ao ser (om por e!&el%n&ia 8eusF a origem do mal &aíram em outro a(surdo $ue é o de supor a e!ist%n&ia de dois um deuses9um deus (om &riador do (em ao lado do um deus mau $ue seria o &riador do mal# Essa &on&ep"ão 5 &onhe&ida em filosofia &omo dualismo - é tão a(surda &omo se para e!pli&ar a noite e o frio se admitisse a e!ist%n&ia de um sol negro e gélido distinto do sol radioso e $uente fonte do dia e do &alor# ,omo é evidente é o mesmo e 6ni&o sol $ue d0 origem ao dia $uando nas&e e provo&a a noite $uando se es&onde' $ue a$ue&e $uando est0 pr!imo da terra e faz &om $ue surja o frio $uando dela se afasta# Assim tam(ém não é ne&ess0rio imaginar dois prin&ípios antagôni&os 5 ou seja dois deuses 5 para e!pli&ar a origem do mal# O $ue é pre&iso antes de tudo é determinar a natureza do mal para depois indagar $ual a sua origem# O dualismo erra não somente ao &on&e(er duas &ausas primeiras &ontraditrias entre si para o Iniverso - uma originando o (em e outra o mal 5 mas tam(ém ao tomar o mal &omo se fosse um ser uma &oisa $ue e!iste por si mesma# Ora &omo ensinou Santo Agostinho9 HO mal não tem uma natureza9 a$uilo $ue é &hamado mal é mera falta de (em# H8e ,iv# 8ei N#F Ou no dizer de São 7om0s de A$uino9 [=isto &onsiste a ess%n&ia do mal9 a priva"ão do (em[#Suma 7eolgi&a $# ] a# V#F O mal não é portanto uma &oisa e sim a falta de alguma &oisa# 4or isso o mal não e!iste por si mesmo mas apenas &omo defi&i%n&ia &omo priva"ão de algo# Logo não foi &riado por ninguém# =ão é porém $ual$uer priva"ão $ue d0 origem ao mal mas somente priva"ão de algo $ue é prprio ne&ess0rio por natureza / integridade de um determinado ser# 4or e!emplo a priva"ão da &apa&idade de voar não &onstitui um mal para o homem uma vez $ue não é prprio 0 sua natureza' j0 a priva"ão da vista é um mal para ele pois en!ergar é prprio / natureza humana# 8e onde pro&ede essa possi(ilidade de a &riatura sofrer a priva"ão do (em $ue é prprio / sua natureza+ Em outros termos $ual é a raiz primeira a origem a$uilo $ue toma possível o mal+ 8eus fez (oas todas as &riaturas porém não as poderia ter dotado de uma perfei"ão infinita a(soluta pois a perfei"ão a(soluta s é possível no ser infinito ou seja no prprio 8eus# 4ara fazer &riaturas dotadas de uma perfei"ão a(soluta 8eus teria $ue &riar outros deuses o $ue é a(surdo' logo s podia &riar seres finitos
limitados' portanto imperfeitos sujeitos a priva")es# D nessa limita"ão inerente / &ondi"ão de &riatura $ue os filsofos seguindo Santo Agostinho v%em a raiz primeira do mal# 8aí de&orre $ue a 6ni&a maneira de evitar o mal seria 8eus não ter feito a &ria"ão pois toda &riatura é ne&essariamente limitada# O mal pode ser &onsiderado so( diversos aspe&tos de a&ordo &om a priva"ão a $ue se refere# Se o&orre priva"ão de um (em físi&o ou da natureza inanimada temos o mal físi&o ou natural' se a priva"ão se refere a um (em moral ou uma perfei"ão espiritual estamos diante do mal moral# O mal físi&o &ompreende todas as desordens da natureza inanimada9 terremotos inunda")es in&%ndios' e em parti&ular as desordens das &riaturas sensíveis9 o sofrimento as doen"as e a morte# O mal moral &ompreende as desordens da vida moral9 o pe&ado o ví&io a injusti"a a viola"ão das leis esta(ele&idas por 8eus# Por Bue Deus (ermite o ma*U 4or $ue 8eus permite as &at0strofes mais ou menos fre$Bentes as doen"as a morte enfim+ ,omo pode um pai dei!ar sofrer assim os seus filhos+ =ão tem Ele poder para impedir o mal+ E se não Lhe falta poder onde est0 a sua (ondade se não o impede+ Ensina São 7om0s $ue 8eus não permite o mal físi&o senão de um modo inteiramente a&idental &omo o&asião para os justos e!er&erem a virtude da &onst
e!pli&ita9 H8eus não fez a morte nem se alegra &om a perdi"ão dos vivos# 4or$uanto &riou le &riou todas as &oisas para $ue su(sistissem e não havia nelas nenhum veneno mortífero nem o domínio da morte e!istia so(re a terra; Sal T-]F# 8iz ainda a Es&ritura $ue oi na so:er:a Bue teve in)cio a (erdi?@oV FTo: .8 +.J 5u*;ataH$ 4arte dos anjos se revoltou &ontra 8eus e foram e!pulsos do ,éu transformando-se em demônios' do mesmo modo nos primeiros pais deso(ede&eram o ,riador &om o pe&ado original perderam o estado de ino&%n&ia e de integridade sendo e!pulsos do 4araíso terrestre# ,omo de&orr%n&ia do pe&ado original houve uma de(ilita"ão da natureza humana tornando-se o homem mais vulner0vel /s pai!)es e /s sedu")es do demônio e mais in&linado ao pe&ado' em &astigo desse mesmo pe&ado 8eus permitiu $ue o sofrimento se a(atesse so(re o homem e a terra se lhe tomasse ingrata# =o G%nesis depois da narra"ão da primeira deso(edi%n&ia v%m as palavras do ,riador ao primeiro homem9 H4or$ue deste ouvidos / voz de tua mulher e &omeste da 0rvore de $ue eu te tinha ordenado $ue não &omesses a terra ser0 maldita por tua &ausa' tirar0s dela o sustento &om tra(alhos penosos todos os dias da tua vida# Ela te produzir0 espinhos e a(rolhos; Gen T U-KF# E o inspirado autor do E&lesi0sti&o es&reve numa alusão ao pe&ado original9 H8a mulher nas&eu o prin&ípio do pe&ado e por &ausa dela é $ue todos morremos[ E&&li JM TTF#
O Apstolo São 4aulo resume magnifi&amente essa doutrina so(re o pe&ado original nos seguintes termos9 HAssim &omo por um s homem o pe&ado entrou no mundo e pelo pe&ado a morte assim tam(ém a morte atingiu todos os homens por$ue todos pe&aram###4ois o sal0rio do pe&ado é a morte; 1om M J JTF# Em virtude da 1eden"ão operada por esus ,risto entretanto o sofrimento e a morte podem ser aproveitados pelo homem &omo meio de aperfei"oamento moral de santifi&a"ão# D assim $ue o mesmo São 4aulo e!&lama9 HA morte foi tragada na vitria de ,ristoF# .orte onde est0 a tua vitria+ .orte onde est0 teu aguilhão+; E prossegue9 HSejam dadas gra"as a 8eus $ue nos d0 a vitria por nosso Senhor esus ,risto# 4or isso meus irmãos amados s%de firmes &onstantes progredi sempre na o(ra do Senhor sa(endo $ue o vosso esfor"o não é in6til no Senhor ,or M M]-MKF# Est0 esperan"a $ue nos d0 a for"a para lutar &ontra a a"ão do mal em ns mesmos e no mundo# E é a doutrina a respeito do pe&ado original $ue nos es&lare&e $uanto 0 origem histri&a do mal e $uanto ao verdadeiro sentido da presen"a do mal no mundo# 8o &ontr0rio o pro(lema do mal fi&aria insol6vel e nos atiraria no desespero da in&ompreensão e da revolta#
PATE , A Bueda dos anjos maus
"@u, desde o principio, *uebraste o meu jugo, rompeste os meus la.os e disseste: 5 B+o servireiC7 (Jer ,;)
8EIS ,1>OI OS A=OS num alto estado de perfei"ão natural e além disso os elevou / ordem so(renatural# D de fé $ue todos os espíritos angéli&os foram &riados (ons# >Essa < uma conseBWncia o:ri;atria da verdade de <8 de Bue todos os es()ritos an;<*icos oram criados (or Deus8 atestada (e*o s)m:o*o niceno-constantino(o*itano F o Credo da MissaH8 o Bua* (roc*ama Creio em Deus Pai Todo-(oderoso8 criador $$$ das coisas vis)veis e invis)veisVJ essa verdade oi ainda deinida nos Conc)*ios I5 de Latr@o e I 5aticano$ A Sagrada Es&ritura &om efeito &hama-os Hfilhos de 8eus[ TK UF Hsantos; 8an K TF Hanjos de luz; J ,or ]F# Entretanto os prprios Livros Sagrados se referem a Hespírito imundos; L& K JNF' Hespíritos malignos; Ef \ JF' Hespíritos piores[ L& J\F' e outras e!press)es an0logas# >sto indi&a $ue &ertos anjos tornaram-se maus tiveram sua vontade pervertida# Em suma9 pe&aram#
A :ata*a no C># O 4ontífi&e responde9 HOs 4adres da >greja e os telogos não hesitam em falar de &egueira produzida pela supervaloriza"ão da perfei"ão do prprio ser levada até o ponto de o&ultar a suprema&ia de 8eus a $ual e!igia ao &ontr0rio um ato de d&il e o(ediente su(missão# 7udo isto pare&e e!presso de maneira &on&isa nas palavras9 [=ão servirei[ er J JVF $ue manifestam a radi&al e irreversível rejei"ão de tomar parte na edifi&a"ão do reino de 8eus no mundo &riado# Satan0s o espírito re(elde $uer seu prprio reino não o de 8eus e se levanta &omo o primeiro advers0rio do ,riador &omo opositor da 4rovid%n&ia antagonista da sa(edoria amorosa de 8eus; FA(ud Mons$C$ 3ALD!CCI8 E* d)a:*o8 ($ ,$H E o 4apa e!pli&a $ue os anjos por serem &riaturas ra&ionais são livres isto é t%m a &apa&idade de es&olher a favor ou &ontra a$uilo $ue &onhe&em ser o (em9 H7am(ém para os anjos a li(erdade signifi&a possi(ilidade de es&olha a favor ou &ontra o (em $ue eles &onhe&em $uer dizer o prprio 8eus;#F2o@o Pau*o II8 Mcm8 i:idemH$ ,riando os anjos ra&ionais e livres $uis 8eus $ue eles - &om o au!ílio da gra"a 5 fossem os agentes de sua prpria feli&idade ou de sua perda &aso &ooperassem ou resistissem / gra"a# 4ara $ue mere&essem a feli&idade eterna su(meteu-os a uma prova# D de fé $ue todos os espíritos angéli&os foram su(metidos a uma prova# Entretanto não sa(emos $ual teria sido essa prova# Os telogos pro&uram e!&ogitar $ual teria sido# O (ecado dos anjos maus *ual teria sido a prova a $ue foram su(metidos os anjos+ E $ual teria sido o pe&ado dos $ue su&um(iram / prova+ !m (ecado de so:er:a A&redita-se &omumente $ue tenha sido um pe&ado de orgulho de so(er(a pois a Es&ritura diz $ue Hfoi na so(er(a $ue teve iní&io toda a perdi"ão; 7o( ] ]F# Santo Atan0sio sé >@F o afirma e!pli&itamente9 [O grande remédio para a salva"ão da alma é a humildade# ,om efeito Satan0s não &aiu por forni&a"ão adultério ou rou(o mas foi o seu orgulho $ue o pre&ipitou ao fundo do inferno# 4or$ue ele falou assim9 [Eu su(irei e &olo&arei meu trono diante de 8eus e serei semelhante ao Altíssimo[ >s ] ]F# E é por essas palavras $ue ele &aiu e $ue o fogo eterno se tornou sua sorte e sua heran"aV$FA(ud Card$ P$ GASPAI8 Catecisme Cato*iBue (our Adu*tes$ ($ ./$H Em $ue teria &onsistido essa so(er(a+ Segundo São 7om0s de A$uino essa so(er(a &onsistiu em $ue os anjos maus desejaram diretamente a (emaventuran"a final não por uma &on&essão de 8eus por o(ra da gra"a e sim por sua virtude prpria &omo
mera de&orr%n&ia de sua natureza# 8esse modo $uiseram manifestar sua independ%n&ia em rela"ão a 8eus' eles re&usaram assim a homenagem $ue deviam a 8eus &omo seu &riador e desejaram su(stituir-se a Ele e ter o domínio so(re todas as &oisas9 ser &omo deuses &f#Gen TMF# São 7om0s faz igualmente refer%n&ia / seguinte passagem de >saías 5 referente ao rei de Ra(ilônia mas geralmente apli&ada a Satan0s 5 para ilustrar o pe&ado dele e dos anjos maus $ue o a&ompanharam na revolta9 H,omo &aíste do &éu astro (rilhante em latim9 HL6&ifer; $ue ao nas&er do dia (rilhavas+ ### *ue dizias no teu &ora"ão9 ### serei semelhante ao Altíssimo; >s ] T-]F# O pe&ado de L6&ifer e dos anjos $ue se revoltaram &om ele teria sido pois um pe&ado de so(er(a ou seja de &ompla&%n&ia na prpria e!&el%n&ia &om menos&a(o da honra e respeito devidos a 8eus# Estes elementos se en&ontram em todo pe&ado 5 e!pli&a o 4e# Rujanda 5 pois $uem ofende a 8eus prefere a prpria vontade em vez da vontade divina e nela se &ompraz# eve*a?@o da Encarna?@o =ão est0 formalmente revelado no $ue &onsistiu e!atamente a prova dos anjos' os telogos fazem hipteses teolgi&as &omo a de São 7om0s e!posta a&ima# Cran&is&o Su0rez telogo jesuíta do sé&ulo b@>> levanta outra hiptese9 a prova dos anjos teria &onsistido na revela"ão ante&ipada por 8eus da En&arna"ão do @er(o# Os anjos maus se teriam revoltado &ontra a su(missão em $ue fi&ariam em rela"ão / natureza humana do @er(o En&arnado a $ual en$uanto natureza seria / natureza angéli&a# Ima variante dessa hiptese é a $ue afirma $ue L6&ifer e os anjos revoltados não $uiseram su(meter-se / .ãe do @er(o En&arnado pela sua dignidade fi&aria &olo&ada a&ima dos prprios anjos em(ora inferior a eles por natureza# Essa hiptese entretanto est0 ligada a uma outra $uestão9 se o @er(o se teria en&arnado mesmo sem o pe&ado de Adão# Su0rez &om algumas adapta")es segue a opinião de 8uns Es&oto e de Santo Al(erto .agno a $ual sustenta $ue sim' São Cran&is&o de Sales tam(ém parti&ipa dessa opinião# São 7om0s porém é de outro pare&er# Argumenta ele9 [Seguindo a Sagrada Es&ritura $ue por toda a parte apresenta &omo razão da En&arna"ão o pe&ado do primeiro homem é &onveniente dizer-se $ue a o(ra da En&arna"ão est0 ordenada por 8eus &omo remédio &ontra o pe&ado# 8e tal modo $ue se não e!istisse o pe&ado não teria havido a En&arna"ão em(ora a pot%n&ia divina não esteja limitada pelo pe&ado podendo pois 8eus en&arnar-se mesmo $ue não houvesse o pe&ado; Suma 7eolgi&a T $# a# T#F São Roaventura re&onhe&e $ue a opinião tomista é mais &onsoante &om a Cé en$uanto a outra favore&e mais a razão# >n >>> Sent#8ist#>a#J$#J#F Em(ora am(as as opini)es sejam sustent0veis o &omum dos 8outores a&ha $ue a hiptese tomista é mais prov0vel sendo predominante entre os Santos 4adres# Santo Agostinho afirma9 HSe o homem não tivesse &aído não se teria feito &arne; Serm# U]J#F Em favor dela fala igualmente o Sím(olo dos Apstolos isto é o ,redo $uando pro&lama9 HO *ual o @er(o por ns homens e por nossa salva"ão des&eu dos &éus H# 7am(ém a liturgia pas&al $ue &anta9 H &ulpa feliz $ue nos mere&eu um tal 1edentor[ O 4e# ,hristiano 4es&h S## diz $ue a posi"ão tomista de tal modo se tornou &omum $ue hoje h0 pou&os defensores da esposada por Su0rez $uanto / En&arna"ão do @er(o# 8aí de&orreria $ue a hiptese de Su0rez &om rela"ão ao pe&ado dos anjos fi&aria tam(ém prejudi&ada# ,# 4ES,P MT 8e Angelis >>> p# U' &f# tam(ém .ons# 4# 4A1E=7E# >n&arnazioni &ol #UM' ># SOLA=O 8e @er(o in&arnato pp# M-J]F#F
A o:stina?@o dos demônios =s homens temos &erta difi&uldade psi&olgi&a em &ompreender $ue os demônios por um s pe&ado tenham sido &ondenados eternamente en$uanto Adão e Eva puderam ser perdoados# 4or isso desde os primeiros tempos do ,ristianismo não faltaram autores $ue sustentaram a possi(ilidade de re&on&ilia"ão dos anjos de&aídos &om 8eus# Essa doutrina foi &ondenada pela >greja e São 7om0s e!pli&a a razão pela $ual isso não é possível9 em primeiro lugar por$ue a prova a $ue os anjos foram su(metidos a fim de mere&erem a (emaventuran"a eterna teve para eles o mesmo efeito $ue tem para ns homens a morte' ou seja en&erra o período em $ue podemos ad$uirir méritos e nos introduz na vida eterna imut0vel por natureza# Os anjos (ons tendo sido fiéis passaram a gozar da (em-aventuran"a eterna' os anjos maus ou demônios foram pre&ipitados no inferno por toda a eternidade# Em segundo lugar por &ausa da natureza angéli&a9 os anjos uma vez feita
uma es&olha não podem voltar atr0s seja para o (em seja para o mal# 4or$ue eles não estão sujeitos / mo(ilidade das pai!)es humanas sua intelig%n&ia é perfeita de modo $ue eles não podem fazer es&olhas provisrias &omo o homem# Antes de fazer uma es&olha o anjo é perfeitamente livre' feita esta sua vontade adere a ela para sempre pois todas as raz)es $ue o levaram a fazer essa es&olha j0 estavam perfeitamente &laras para ele antes $ue a fizesse# O *u;ar de condena?@o dos demônios O Inerno A tremenda realidade do inferno &omo lugar &riado para os demônios e os malditos é atestada pelo 8ivino Salvador ao falar do uízo Cinal9 HApartai-vos de mim malditos para o fogo eterno $ue foi preparado para o 8emônio e para os seus anjos; .t JM]F# São 4edro ensina $ue 8eus não perdoou aos anjos $ue pe&aram prepitou-os no t0rtaro para serem atormentados J 4ed J ]F# E São udas es&reve $ue 8eus Hprendeu em &adeias eternas no seio das trevas H os anjos prevari&adores ud v# \F#Assim &omo o lugar para os anjos (ons é o ,éu para os demônios é o inferno# .as os demônios t%m dois lugares de tormento9 um em razão de sua &ulpa $ue é o inferno' outro em fun"ão das tenta")es a $ue su(metem os homens9 a atmosfera tene(rosa pelo menos até terminar o mundo# Os demônios dos ares A doutrina de $ue os demônios vagueiam pelos ares para tentar os homens é &laramente afirmada por São 4aulo na Epístola aos Efésios9 HO prín&ipe $ue e!er&e o poder so(re este ar ### os dominadores deste mundo tene(roso os espíritos malignos espalhados pelos ares; Ef JJ' \ JF# E é &onfirmada pela >greja por e!emplo na ora"ão a São .iguel Ar&anjo $ue o 4apa Leão b>>> &ompôs e mandou re&itar ao fim da .issa na $ual invo&a o 4rín&ipe da milí&ia &eleste para $ue 5 pelo divino poder 5 pre&ipite no inferno [ a Satan0s e aos outros espíritos malignos $ue andam pelo mundo para perder as almas;# A ierarBuiaV entre os demônios Entre os demônios e!iste urna Hhierar$uia; $ue de&orre do fato de sendo anjos uns terem a natureza mais perfeita do $ue outros# 4or isso se diz $ue Satan0s é o prín&ipe o &hefe dos demônios# =ão $ue e!ista entre eles uma su(missão por amor ou respeito &omo na verdadeira hierar$uia' os demônios se odeiam mutuamente e s se unem &ir&unstan&ialmente para atormentar os homens# D o mesmo $ue 5 e!pli&a São 7om0s 5 se d0 entre os homens maus9 eles formam $uadrilhas e se su(metem a um &hefe apenas &omo meio de melhor &ometerem seus rou(os ou homi&ídios &ontra os homens honestos F Suma Teo*;ica8 +8K$ +8 A$+-,$ H Os nomes dos demônios Os judeus não tinham uma palavra espe&ífi&a para indi&ar os espíritos malignos' a designa"ão geral de demônio para os anjos de&aídos vem da versão grega do Antigo 7estamento# A palavra daimon entre os gregos designava os seres &om for"as so(re-humanas espe&ialmente os maléfi&os# A palavra he(r0i&a ssaías >s ] JF $ue &ostuma ser interpretada &omo uma refer%n&ia / $ueda do 8emônio' em geral esse apelativo é utilizado igualmente &omo sinônimo de Satan0s# > Cama-se 5u*;ata a tradu?@o *atina da 3):*ia eita em ;rande (arte (or s@o 2erônimo8 Bue iniciou seu tra:a*o (or vo*ta do ano .$ Essa tradu?@o *atina oi a(erei?oada (or iniciatiiva da santa S<8 dando ori;em a camada 5u*;ata Si=to-C*ementina (u:*icada em +/, (e*o Pa(a C*emento 5III8 em uso ainda oje$
Psico*o;ia do demônio
"%le ?oi homicida desde o princ/pio e n+o permaneceu na verdade é mentiroso e pai da mentira" (Jo #,22)
,om (ase nas Sagradas Es&rituras e em outras fontes poderíamos ressaltar alguns aspe&tos da psi&ologia de Satan0s e seus anjos malignos#Em(ora os demônios sejam diferentes entre si assemelham-se em seu desejo de fazer o mal e em sua natureza de&aída' por isso o $ue é dito a respeito de Satan0s seu &hefe p ode-se dizer dos outros demônios# !ma vontade (ervertida Os demônios puros espíritos &omo anjos $ue são não t%m as fra$uezas e as de(ilidades dos homens' de onde sua revolta &ontra 8eus ser permanente imut0vel eterna# Sua vontade dei!ando de ter &omo o(jeto o Sumo Rem tornou-se uma vontade pervertida fi!ada no mal# 8essa forma os demônios não desejam senão o mal em todos os seus atos volunt0rios e mesmo $uando fazem algum (em &omo por e!emplo restituir a sa6de a alguém o(ter-lhe ri$uezas ou ensinar-lhe algoF fazem-no apenas para dai tirar o mal &onduzir a pessoa / perdi"ão eterna $ue é a 6ni&a &oisa $ue almejam para os homens# 7endo sido &riados (ons por 8eus sua natureza ainda &ontinua (oa em si mesma' porém eles se tornaram seres pervertidos em sua vontade (us&ando não mais seu fim 6ltimo $ue é o servi"o e a glria de 8eus mas justamente o &ontr0rio isto é tudo fazer para impedir $ue 8eus seja glorifi&ado# =ão podendo atingi-Lo diretamente eles pro&uram agir so(re as &riaturas de 8eus na medida em $ue Ele o permite# 'omicida e mentiroso6 Astuto8 a*so8 en;anador O divino 1edentor resumiu em pou&as palavras essa psi&ologia dia(li&a9 HEle foi homi&ida desde o prin&ípio e não permane&eu na verdade' por$ue a verdade não est0 nele' $uando ele diz a mentirafala do $ue lhe é prprio por$ue é mentiroso e pai da mentira[ o K ]]F# O demônio é homi&ida e o pai da mentira o mentiroso por e!&el%n&ia $ue odeia a verdade por$ue a verdade nos &onduz a 8eus9 [Eu sou o &aminho a verdade a vida; o ] MF' ele odeia o ,riador e tendo-se separado de 8eus separou-se para sempre da verdade e da vida# E através da mentira $ue ele d0 a morte a morte espiritual# Santo Agostinho a respeito da afirma"ão de esus de $ue o demônio é homi&ida e mentiroso &omenta9 H4erguntamos de onde veio ao dia(o o ser homi&ida desde o prin&ípio e respondemos $ue matou o primeiro homem não enterrando-lhe o punhal ou infligindo-lhe $ual$uer outro dano no &orpo senão persuadindo-o a $ue pe&asse pre&ipitando-o da feli&idade do paraíso;# Apud # .AL8O=A8O S## ,omentarios a los ,uatro Evangelios p# M\TF 4e# oão .aldonado erudito e!egeta jesuíta do sé&ulo b@> o(serva so(re essa mesma frase - H4or$ue é mentiroso e pai da mentira; o K ]]F9 HA maior parte dos autores entendem isto da$uelas palavras $ue o dia(o disse a Eva9 :Sereis &omo deuses &onhe&endo o (em e o mal#3 Gen T MF' palavras em $ue evidentemente mentiu' $uer dizer uniu a mentira &om o homi&ídio espiritualF perpetrando os dois &rimes ao mesmo tempo# ### ,hama-se ao dia(o pai da mentira por$ue é ele o autor e inventor da mesma de tal modo $ue pode dizer-se $ue deu / luz a ela; # .AL8O=A8O S## op# &it# pp# M\]-M\\F# *uando tenta o homem pro&urando afast0-lo de 8eus ele mente apresentando uma falsa imagem da realidade es&ondendo seus verdadeiros fins e enredando sua vítima no engano no sofisma e na falsidade# E*e < astuto8 a*so8 en;anador HSatan0s se distingue por sua ast6&ia 5 es&reve .ons# ,ristiani# O $ue $uer dizer esta palavra+ A ast6&ia é um artifí&io enganador# O ser $ue age por ast6&ia tem m0s inten")es# Se ele fala não é para dizer a verdade mas para enganar para &onduzir ao erro / inverdade# Satan0s é falso# =ão se pode &onfiar nele# O $ue falta antes de tudo nele é a e$Bidade a lealdade a fran$ueza# Ele é e$uivo&o voluntariamente o(s&uro e dissimulado; FM;r L$ CISTIANI8 Pr
Advers0rio# =o livro do E&lesi0sti&o esta &onse$B%n&ia do orgulho é posta em evid%n&ia9 :O prin&ípio do orgulho é a(andonar o Senhor e ter seu &ora"ão afastado do ,riador por$ue o prin&ípio do orgulho é o pe&ado a$uele $ue se entrega a ele espalha a a(omina"ão#: E&li V J-TF# ### ,ompreendemos então por$ue esus ,risto $ue é a @ia a @erdade a @ida tenha definido Satan0s &omo o 4ai da mentira o homi&ida desde o &ome"o# E para ns este termo de homi&ida longe de ser e!&essivo não diz senão um aspe&to da verdade total9 Satan0s é &om efeito a&ima de tudo o 8E>,>8A; FM;r L$ CISTIANI8 o($ cit$8 ($ $H O orgulho de Satan0s e seus anjos malignos não &onhe&e limites9 [*ue orgulho demen&ial 5 &omenta ainda .ons# ,ristiani 5 nessa palavra de Satan0s a ,risto mostrando-lhe em espírito todos os reinos da terra9 :7udo isto eu te darei se prostrado por terra me adorares^O fundo 6ltimo da am(i"ão satS7>A=> op# &it# p# T#F# São os famosos demônios (uf)es $ue fazem talhar a manteiga se&am o leite das va&as desen&adeiam en!ames de vespas ou de a(elhas et tudo para fazre os homens perderem a pa&i%n&ia praguejarem (lasfemarem# .ons# C# .# ,atherinet demonlogo fran&%s analisando a a"ão dos demônios segundo as narra")es evangéli&as tra"a deles o seguinte perfil9 [.edrosos o(se$uiosos poderosos malfazejos vers0teis e mesmo grotes&os### F M;r 7$ M$ CAT'EINET8 Les D.A 7E=A,>8A8E[ FM;r L$ CISTIANI8 o($ cit$8 ($ +,$H O (oder dos demônios " próprio atans se dis?ar.a em anjo de lu&7 ( Eor $$, $2)
7I8O *IA=7O 8>SSE.OS a respeito do poder e do modo de agir dos anjos so(re a matéria apli&a-se igualmente aos demônios $ue são anjos de&aídos mas $ ue &onservaram a natureza angéli&a e os poderes a ela inerentes# Poder dos demônios so:re a mat
em $ual$uer &orpo e aí permane&er sem o menor o(st0&ulo e impedimento;# FIn II Sent$8 Dist$ 8 ($ ,8 a$ um$8 B$ +8 a(ud Mons$ C$ 3ALD!CCI8 G*i Indemoniati8 ($+,$H 8e um modo direto e imediato os demônios podem produzir na matéria apenas movimentos lo&ais ou e!trínse&os transferindo uma &oisa de um lugar para outro sem entretanto alterar a natureza ou su(st
HAfirma São 7om0s $ue nos sentidos do homem sejam internos sejam e!ternos os anjos podem influir e agir a partir de fora e a partir de dentro dos mesmos $uer dizer e!trínse&a e intrise&amente' mas em rela"ão ao entendimento e / vontade humanas s os podem mover e influir indireta e e!teriormente $uer dizer propondo a estas pot%n&ias espirituais de uma maneira a&omodada a elas seus o(jetos $ue são a verdade e o (em e influindo nelas indiretamente mediante os sentidos as pai!)es as altera")es &orporais sensíveis et em(ora não possam nun&a &hegar a do(rar ou &ompletamente a vontade do homem se este se a&ha em estado normal; F2$ 5AL3!ENA O$P$8 Tratado de* Go:ierno de* Mundo6 Introduccion8 ($ $H =os &asos de Eva e de =osso Senhor o demônio Hapresentou suas raz)es; tomando uma forma &orprea produzindo sons e arti&ulando as palavras oralmente' no geral dos &asos entretanto o demônio para persuadir o homem a pe&ar &onjuga sua a"ão sensi(ilidade a memria e a imagina"ão# As doutrinas (erversas do demônio O demônio tem uma doutrina mentirosa8 Bue o(e Z doutrina de Cristo$
Em sua introdu"ão ao 7ratado so(re os anjos de São de A$uino &omenta o 4e# Aureliano .artínez O#4#9 HO demônio tem suas doutrinas perversas /s $uais o Apstolo &hama espírito do erro e ensinamentos do demônio 7im ] F &om as $uais &omo deus deste mundo &ega a intelig%n&ia dos homens para $ue não (rilhe nelas a luz do Evangelho J ,or ] ]F' doutrinas $ue propala mediante falsos apstolos e oper0rios enganadores $ue se disfar"am em apstolos de ,risto' e não é de espantar pois o prprio Satan0s se disfar"a em anjo de luz J ,or T-]F tentando os fiéis de in&ontin%n&ia ,or U MF e de ira Ef ] JUF;# FA MATÍNE[ O$P$8 Tratado de Los An;e*es 6 Introduccin8 ($ /++$H Coi por essa razão $ue o 8ivino Salvador definiu o demônio &omo a$uele [$ue não permane&eu na verdade' por$ue a verdade não est0 nele' $uando ele diz a mentira fala do $ue lhe é prprio por$ue é mentiroso e pai da mentira; o K ]]F# 4or meio dessa a"ão de persuasão o demônio pro&ura na tenta"ão não apenas induzirnos a &ometer este ou a$uele pe&ado mas afastar-nos &ompletamente de 8eus#
Limites Z a?@o do demônio 4or mais poderoso $ue seja &om uma &apa&idade de a"ão superior / de $ual$uer outro ser &riado o demônio entretanto não é onipotente# Sendo mera &riatura ele tem suas limita")es de&orrentes de tr%s fatores9 sua prpria natureza a &ondi"ão parti&ular de &ada demônio e a vontade permissiva de 8eus# Limites im(ostos (or sua (r(ria naturea ,om toda &riatura o demônio est0 limitado em sua atua"ão pela sua prpria natureza9 por mais elevado $ue seja seu poder este não pode ultrapassar os limites de sua natureza &riada# Ele é um ser finito &ontingente# =ão se deve pois de forma alguma julgar $ue ele é &apaz de sa(er tudo onis&i%n&iaF de poder tudo onipot%n&iaF e estar em todo lugar onipresen"aF9 esses atri(utos são e!&lusivos de 8eus# Sua intelig%n&ia em(ora se tenha mantido inta&ta est0 privada de todo au!ílio so(renatural# Os demônios perderam &om o pe&ado toda forma de &onhe&imento so(renatural' en$uanto os anjos (ons v%em em 8eus o estado de uma alma se ela est0 na gra"a divina ou em pe&adoF os demônios s podem fazer &onjetura a respeito O mesmo se deve dizer $uanto a &ertos a&onte&imentos futuros $ue 8eus revela aos anjos#
4or sua natureza nem os anjos (ons nem os demônios podem &onhe&er o futuro livre ou futuro &ontingente isto é a$uele $ue depende da vontade divina e do livre ar(ítrio humano mas apenas 8eus $ue o pode revelar aos seus anjos# Outro limite natural / a"ão do demônio é &omo vimos sua impossi(ilidade de agir diretamente so(re a intelig%n&ia e a vontade humanas' ele tem de usar meios indiretos9 a sensi(ilidade a imagina"ão as pai!)es e so(retudo a persuasão#
Limites devidos Z condi?@o (articu*ar de cada demônio Outro limite / atua"ão demonía&a vem da diversa &ondi"ão de &ada demônio# Assim &omo e!istem desigualdades entre o homens tam(ém entre os anjos e os demônios não h0 dois iguais# 4or isso nem todos os demônios t%m o mesmo poder# Outro fator de limita"ão é a posi"ão relativa de &ada demônio na es&ala dos anjos de&aídos e as eventuais ordens e proi(i")es $ue e!istam entre eles#
Limites im(ostos (or Deus O demônio s pode agir em detrimento do homem &om a permissão de 8eus# Ensina o ,ardeal Lepi&ier9 HD pre&iso $ue nos lem(remos sempre de $ue por muito grande $ue seja o poder do demônio tem limites $ue lhe foram sa(iamente determinados pelo 7odo-4oderoso# Ele pode sem d6vida fazer-nos mal mas não além da$uilo $ue lhe é permitido e (em &onhe&e $ue o seu poder não pode durar muito# 4ode ser $ue o &onhe&imento da &urta dura"ão do seu reino &ontri(ua para $ue redo(re a sua atividade nos tempos $ue vão &orrendo' mas todos os seus esfor"os o(ede&em aos impenetr0veis desígnios da 4rovid%n&ia $ue s permite $ue a sua influ%n&ia seja e!er&ida até &erto grau de forma $ue nos possamos &olo&ar de(ai!o da prote"ão de 8eus e ganhar pelos nossos méritos a vitria final e a &oroa da imortal glria $ue nos espera no ,éu[ F Cardea* A$ L&PICIE8 O$S$M$8 O Mundo invis)ve*8 ($,.,$H
=o livro de no $ual é nomeado pela primeira vez nas Es&rituras Satan0s apare&e &omo agente do mal porém a(solutamente su(ordinado a 8eus# Em(ora tenha inveja do justo e $ueira pôr sua virtude / prova por meio da infeli&idade Satan0s não pode agir senão &om a autoriza"ão divina# Ele tem ne&essidade de uma permissão ou até mesmo de uma delega"ão do Senhor# Sua a"ão é estritamente limitada / vontade de 8eus $ue permite primeiro ata&ar seu servidor e!&lusivamente em seus (ens e não em sua pessoa' depois em sua pessoa mantendo entretanto sua vida \-J' J -UF# São 4aulo nos tran$Biliza9 [8eus é fiel o $ual não permitir0 $ue sejais tentados além do $ue podem as vossas for"as' antes &om a tenta"ão vos dar0 as for"as ne&ess0rias para sair dela e para suport0-la[ ,or VTF# 4or $ue 8eus permite $ue o demônio tente o homem &omo tam(ém o prejudi$ue muitas vezes de tantos modos+ ,omo fi&a patente em tantas passagens da Es&ritura e ensinamentos do .agistério e&lesi0sti&o essa permissão divina tem &omo es&opo santifi&ar o homem por meio de prova")es puni-lo por alguma falta grave servir de o&asião para $ue se manifeste o poder divino de um modo visível &omo no &aso dos e!or&ismos de possessos# Poder dos anjos :ons so:re os demônios Ensina São 7om0s $ue os anjos (ons mesmo $ue por natureza perten"am a uma hierar$uia inferior / de algum demônio por e!emplo em rala"ão a Satan0sF sempre t%m um domínio so(re os anjos de&aídos# 4ois os anjos gozam de perfei"ão da amizade de 8eus da $ual estão privados os demônio' e esta perfei"ão é superior / mera e!&el%n&ia natural a 6ni&a $ue permane&esse nos demônios F Suma Teo*;ica8 +8B$ +8a$.$ H 4or isso o(serva o ,ardeal Lepi&ier9 [ A sa(edoria de 8eus torna-se ainda mais manifesta $uando &onsideramos $ue ele &olo&ou os espíritos malignos de(ai!o do domínio dos anjos (ons e deu a &ada homem neste mundo um anjo (om $ue o ilumina guia os seus passos e o defende &ontra os seus inimigos# 4or isso os assaltos do inimigo das almas são ani$uilados pela interven"ão da$ueles espíritos $ue se &onservam fiéis a 8eus e o demônio a&a(a por &ontri(uir para a maior glria do ,riador[# FCardea* A$ L&PICIE8 o($ cit$8 ($ ,.+$ H III - A"#O ODIN1IA E E%TAODIN1IA DO DEM4NIO 8EIS GO@E1=A O .I=8O respeitando sua ordem e suas leis' isto é a normalidade a simpli&idade o usual das &oisas' tudo a$uilo $ue sai desta linha e $ue pare&e maravilhoso prodigioso milagroso é e!&ep&ional muito raro# 8eus nos &riou livres e espera de ns um livre &onsentimento / fé sem $ue nisto sejamos influen&iados por uma manifesta"ão ha(itual do preternatural e do so(renatural# Entretanto para provar-nos para $ue mere"amos a (em-aventuran"a eterna &omo tam(ém muitas vezes para &astigo nosso permite 8eus $ue o demônio nos atormente#
A in&lina"ão para o mal nos provém de tr%s &ausas9 de nossa natureza ferida pelo pe&ado original' do mundo e do demônio# Entretanto Satan0s desperta em ns &ontinuamente a trípli&e &on&upis&%n&ia &om insistentes tenta")es de so(er(a e orgulho de lu!6ria de avidez em todos os níveis# Essa é a a?@o ordin9ria &omum &orrente do demônio 5 ou seja8 a tenta?@o# Além dela pode o .aligno e!er&er uma a"ão e!traordin0ria# A a"ão ou atividade demon)aca e=traordin9ria pode ser assim $ualifi&ada por duas raz)es9 em primeiro lugar pelo seu &ar0ter surpreendente sensa&ional espeta&ular' em segundo pela sua relativa raridade se &omparada &om a a"ão ordin0riaF# Estamos nos referindo / inesta?@o e Z (ossess@o dia:*ica$ 7rataremos em primeiro lugar da tenta"ão' a seguir das duas formas de infesta"ão - a lo&al e a pessoal' no &apítulo seguinte da possessão#
A tenta?@o “0em-aventurado o homem *ue so?re (com paciFncia) a tenta.+o por*ue depois *ue tiver sido provado, receber a coroa da vida, *ue Deus promete aos *ue o amam" (@iag $,$)
A AWO .A>S ,O.I. e &onstante do demônio em rela"ão ao homem é a tenta"ão# 4or esse seu aspe&to &omum e tam(ém por ser a mais fre$Bente pode-se &ham0-la de a"ão ordin0ria do demônio# Naturea da tenta?@o Em seu sentido etimolgi&o tentar alguém signifi&a pô-lo / prova para $ue se &onhe"am suas disposi")es ou $ualidades# Tenta?@o (ro:atria e tenta?@o en;anadora ou sedutora Santo Agostinho esta(ele&eu uma distin"ão $ue se tomou &l0ssi&a entre a tenta"ão pro(atria tentatio pro(ationisF e a tenta"ão enganadora ou sedutora tentatio de&ep&ionis vel sedu&ionisF# A tenta"ão pro(atria não visa levar ao pe&ado e sim tornar patente a virtude de alguém ou fortale&%-la por meio da prova"ão# =esse sentido é $ue se pode falar de tenta"ão de 8eus &omo por e!emplo as prova")es $ue o ,riador servindo-se do demônio enviou a para provar sua fidelidade &f# ] ssF# 4ode-se falar tam(ém de tentar a 8eus $uando se pretende pôr 8eus / prova e!igindo dele um milagre ou uma a"ão e!traordin0ria &om o fim de satisfazer nossa &uriosidade nossos &apri&hos ou livrar-nos das &onse$B%n&ias de nossas irrefle!)es ou imprud%n&ias# H7entar a 8eus 5 es&reve 8# 8uarte Leopoldo e Silva - é e!por-se ao perigo a grandes tenta")es sem ne&essidade e depois pedir um milagre para não su&um(ir# 8eus protege no perigo mas nem por isso devemos e!por-nos temerariamente por$ue diz o Espírito Santo $uem ama o perigo nele pere&er0; # FCon$ Duarte LEOPOLDO E SIL5A8 Concordancia dos Sanctos Evan;e*os8 Esco*a TY(o;ra(ica Sa*esiana8 S@o Pau*o8 I edi?@o8 +$H
A tenta"ão enganadora ou sedutora visa levar o homem / ruína espiritual' ela prop)e-lhe um mal so( a apar%n&ia de um (em pro&urando arrast0-lo ao desejo desse mal isto é ao pe&ado# 4ode então ser definida &omo uma in&ita"ão ao pe&ado# ,onsiste em um estímulo uma soli&ita"ão da vontade para o mal# *uando pro&ede de ns mesmos tenta"ão internaF pode ser indi&ada mais (em &omo in&lina"ão arre(atamento estímulo' se provém de outros in&lusive do demônio podemos referir-nos a ela &omo &onvite soli&ita"ão in&ita"ão#
Causas naturais da tenta?@o o mundo e a carne =em todas as tenta")es $ue o homem pade&e provém do demônio' tam(ém o mundo e a &arne t%m nelas uma grande parte9 [=em todos os pe&ados são &ometidos por instiga"ão do demônio mas alguns são &ometidos pela livre vontade e &orrup"ão da &arne; - ensina São 7om0s# FSuma Teo*;ica8 +8B$++.8a$$H A raiz mesma da tenta"ão est0 na prpria natureza humana livre porém demasiado fr0gil so(retudo depois $ue de&aiu de sua integridade em &onse$B%n&ia do pe&ado original# H,ada um é tentado pela sua prpria &on&upis&%n&ia $ue o atrai e o ali&ia; - es&reve o Apstolo São 7iago 7iag ]F $ue repete a mesma idéia pou&o / frente9 H8e onde v%m as guerras e as &ontendas entre vs+ =ão v%m elas das vossas &on&upis&%n&ias $ue &om(atem em vossos mem(ros+; 7iag ] F# São 4aulo des&reve em termos dram0ti&os essa terrível realidade9 [Sinto imperar em mim unia lei9 $uerendo fazer o (em eis $ue o mal se apresenta a mim# Segundo o homem interior a&ho satisfa"ão na lei de 8eus' mas em meus mem(ros e!perimento outra lei $ue se op)e / lei do meu espírito e me en&adeia / lei do pe&ado $ue reina em meus mem(ros; 1om U J-J]F >S@o Pau*o descreve a *uta Bue se trava no interior do omem entre a carne e o e es()rito$ O omem reconece a justi?a e a :ondade da *ei8 mas a concu(iscncia e=cita-o ortemente a deso:edecer-*eV FPe$ MATOS SOAESH$ A carne8 aBui8 si;niica a naturea umana deca)da em conseBWncia do (ecado ori;ina*8 Bue a tornou desre;rada$ De si8 a carne ou seja8 a naturea umana < :oa8 (ois criada (or Deus$ Essa a *ei da carne 7am(ém o mundo pro&ura arrastar-nos ao pe&ado pois [est0 so( o jugo do maligno; o M NF e Ha amizade deste mundo é inimiga de 8eus; 7iag ] ]F# Se rompermos &om o mundo ele nos perseguir0 adverte o Salvador pois não somos do mundo o M NF# 4or isso esus disse e!pressamente $ue não rezava pelo mundo o U NF# Im homem pode ser tentador de outro homem segundo o espírito do mundo# Coi o $ue fez São 4edro pro&urando desviar o Senhor do &aminho da ,ruz9 HA partir da$uele momento &ome"ou esus a revelar a seus dis&ípulos $ue era ne&ess0rio $ue fosse a erusalém pade&esse muito da parte dos an&iãos dos sumos sa&erdotes e dos es&ri(as e fosse &ondenado / morte e ao ter&eiro dia ressus&itasse# 4edro tomando-o / parte &ome"ou a admoest0-lo dizendo9 ^8eus te livre Senhor >sto não te pode a&onte&er^Ele porém voltando-se disse a 4edro9 1etira-te de mim Satan0s 4ois és para mim o(st0&ulo isto é tenta"ãoF' os teus pensamentos não são de 8eus mas dos homens H .t \ J-JTF# Somos pois tentados pela nossa prpria fragilidade pelo nosso temperamento nossa índole forma"ão am(iente familiares amigos situa")es e o&asi)es' em uma palavra9 pela &arne e pelo mundo# A tenta?@o demon)aca 4orém &onforme ensina o Apstolo Hnão temos $ue lutar somente &ontra a &arne e o sangue mas sim &ontra os prin&ipados e as potestades &ontra os dominadores deste mundo de trevas &ontra os espíritos malignos espalhados pelos ares## HEf \ V-F# D fora de d6vida $ue muitíssimas tenta")es são o(ra direta do demônio &ujo ofi&io prprio 5 diz São 7om0s 5 é tentar# Suma 7eolgi&a $# ]a #J# F A maior parte da atividade demonía&a se &on&retiza na tenta"ão# 4or isso o demônio no Evangelho é &hamado tentador &f# .t ] TF# As demais &ausas da tenta"ão 5 o mundo e a &arne 5 podem atuar dependentemente umas das outras' entretanto é &omum $ue nas tenta")es a atra"ão do mundo se una / revolta da sensualidade e a am(as se some a a"ão ali&iante do demônio#
8e tal modo $ue em(ora os telogos a&eitem no plano teri&o a possilidade de a tenta"ão poder ter uma &ausa apenas natural o mundo ou a &arne sem entrar ne&essariamente a a"ão do demônio no plano pr0ti&o em geral admitem $ue o .aligno sempre / espreita se aproveita de todas as &ir&unst
O omem diante da tenta?@o A tenta?@o n@o < (ecado A tenta"ão de si mesma o(viamente não é pe&ado# 4ois o prprio salvador permitiu ser tentado pelo demônio .t ] -' .& J-T' L& ] -TF# ,omo dissemos o demônio não pode agir diretamente so(re a intelig%n&ia ou a vontade humanas e por isso pro&ura influen&i0-las por meios indiretos em seu es&opo de fazer-nos pe&ar# .esmo podendo resistir ao tentador o homem fre$Bentemente se dei!a seduzir# 4ara nos tentar o demônio pode e!&itar a imagina"ão de modo a formar nela imagens e representa")es l6(ri&as ou pertur(adoras' interferir em movimentos &orporais $ue favore"am os maus atos ou maus pensamentos intensifi&ar as pai!)es pro&urar enredar-nos em sofismas em erros et Entretanto o homem não é &ulpado das tenta")es $ue sofre a não ser $uando elas são &onse$B%n&ia de imprud%n&ias permitidas ou pro&uradas voluntariamente por e!emplo &om olhares indevidos fre$B%n&ia a lugares perigosos m0s &ompanhias et 8o &ontr0rio ele s ser0 &ulpado nos &asos em $ue der um &onsentimento pleno e deli(erado 0s soli&ita")es das tenta")es#
>Trs coisas devemos distin;uir na tenta?@o a su;est@o8 a de*eita?@o e o consentimento$ A su;est@o n@o < um (ecado8 (orBue n@o de(ende da nossa vontade8 A sim(*es de*eita?@o8 Buando invo*unt9ria8 tam:
A inesta?@o
"B+o temos *ue lutar somente contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os esp/ritos malignos espalhados pelos ares " (%? 9, $;-$$)
A 7E1.>=OLOG>A a respeito da a"ão e!traordin0ria do demônio so(re os homens as &oisas e os lo&ais não é uniforme9 alguns autores falam em o(sessão para designar essa atua"ão demônio $uer se trate de sua simples presen"a lo&al $uer de atua"ão so(re o homem mas sem possuí-lo $uer da possessão# Adotamos a$ui a terminologia utilizada por .ons# ,orrado Raldu&&i por pare&er-nos simples e direta9 infesta"ão lo&al infesta"ão pessoal e possessão dia(li&a# FC Mons$ C$ 3ALDI2CcI8 G*i indemoniati8 ($ J E* dia:*o8 (($ +/0-+/$H 7rataremos em primeiro lugar das duas formas de infesta"ão 5 a lo&al e a pessoal' no &apítulo seguinte da possessão# Inesta?@o *oca* A infesta"ão lo&al &onsiste em uma atividade pertur(ara $ue o demônio e!er&e diretamente so(re a natureza inanimada reino mineral elementos atmosféri&os etF e animada inferior reino vegetal e reino animalF e tam(ém so(re lugares pro&urando desse modo atingir indiretamente o homem sempre em modo maléfi&o# ,om efeito todas as &riaturas mesmo as irra&ionais por maldi"ão do pe&ado fi&aram so( o poder do demônio &f# 1om K JssF# Assim os lugares e as &oisas do mesmo modo $ue as pessoas estão sujeitas / infesta"ão demonía&a# E pre&iso não es$ue&er a atua"ão dos demônios dos ares a respeito das $uais nos adverte o Apstolo9 H=ão temos $ue lutar somente &ontra a &arne e o sangue mas sim &ontra os prin&ipados e as potestades &ontra os dominadores deste mundo de trevas &ontra os espíritos malignos espalhados pelos ares###; Ef \ V-F# Entram nessa &ategoria as &asas e lugares infestados9 o(jetos $ue voam ou se deslo&am de lugar sons estranhos ou pertur(adores passos pedradas nas vidra"as ou no telhado uivos gritos gargalhadasF' impressão de presen"as invisíveis sensa"ão de perigos ine!istentes et' dist6r(ios visíveis estranhos e repentinos $ue se verifi&am no mundo vegetal e no mundo animal 0rvores ou planta")es $ue se&am repentinamente doen"as des&onhe&idas nos animais pragas etF# ,ertos fenômenos ou &alamidades de apar%n&ia e estruturas naturais tempestades terremotos e outros &ata&lismos in&%ndios desastres etF podem ter igualmente o demônio &omo autor senão 6ni&o direto &omo na possessãoF ao menos par&ial e dirigente# 4or e!emplo o raio $ue &aiu do &éu e &onsumiu os pastores e as ovelhas de do mesmo modo $ue o vento do deserto $ue fez &air a &asa dos filhos do 4atriar&a esmagandoos so( as ruínas foram sus&itados por Satan0s J \-NF# =esse &aso podem ser in&luídos essas manifesta")es demonía&as e!traordin0rias# .uitas vezes tais manifesta")es o&orrem em &on&omit
Inesta?@o (essoa* Fo:sess@oH A infesta"ão pessoal é uma pertur(a"ão $ue o demônio e!er&e j0 não mais so(re o mundo material e as &riaturas irra&ionais mas so(re uma pessoa diretamente sem &ontudo impedir-lhe o uso da intelig%n&ia e da livre vontade# Apesar de ser e!&ep&ional é talvez o mais fre$Bente dos tr%s tipos de atividade maléfi&a e!traordin0ria - isto é infesta"ão lo&al infesta"ão pessoal possessão# ,omo a infesta"ão lo&al a pessoal tam(ém &omporta graus de intensidade e diversa modalidade# A infesta"ão pessoal pode ser e!terna ou físi&a e interna ou psi&olgi&a &onforme se e!er"a so(re os sentidos e!ternos ou internos e so(re as pai!)es do homem# ,om fre$B%n&ia a infesta"ão é simultaneamente e!terna e interna# =a infesta"ão e!terna ou físi&a demônio age so(re nossos sentidos e!ternos9 a vista provo&ando apari")es sedutoras ou &ontr0rio apavorantes' a audi"ão fazendo ouvir rumores palavras ou &an")es o(s&enas (lasf%mias &onvites agrados ou amea"as' o ta&to &om sensa")es provo&antes a(ra"os movimentos &arnais' então dores doen"as et .as o demônio pode atuar tam(ém so(re os sentidos internos fantasia e memriaF e so(re as pai!)es# A infesta"ão interna ou psi&olgi&a &onsiste em sugest)es violentas e tenazes9 idéias fi!as imagens e!pressivas e a(sorventes movimentos profundos de emotividade e de pai!ão - por e!emplo desgostos amargura ressentimentos dio ang6stias desespero' ou ao &ontr0rio in&lina"ão para algum o(jeto ilí&ito ou in&lina"ão de si lí&ita mas desregrada $uanto ao modo e / intensidade# ,omenta o 4e# 7an$uereQ9 HA pessoa se sente em(ora &om desgosto invadida por fantasias importunas tediosas $ue persistem não o(stante os esfor"os vigorosos para afast0-las' ou então por fr%mitos de ira ang6stia desespero ímpetos instintivos de antipatia' ou pelo &ontr0rio por perigosas ternuras sem razão alguma $ue as justifi$uem; # FAdo*(e TANK!EE8 Precis de T
tenha sua li(erdade diminuída# Ele &onserva o poder de reagir &ontra as sugest)es do interior por e!emplo sugest)es de (lasf%miasF de julgar so(re o valor moral destas sugest)es a&hando-as a(omin0veis# Ima das modalidades de infesta"ão pessoal talvez das mais fre$Bentes são as doen"as muitas vezes des&onhe&idas e in&ur0veis $ue &hegam a levar / morte se 8eus o permitir# D o $ue ali0s lemos no livro de 09 H8isse pois o Senhor a Satan0s9 Eis $ue ele F est0 na tua mão' &onserva porém a sua vida; J \F# As es&rituras apresentam v0rios &asos de tais enfermidades de origem de dia(li&a# E!emplo &l0ssi&o é a lepra $ue &o(re de &hagas o justo da planta dos pés até o alto da &a(e"a J U-KF# Seriam igualmente vítimas de infesta"ão dia(li&a a mulher en&urvada atormentada pelo demônio havia dezoito anos de tal sorte $ue não se podia endireitar e $ue foi &urada por =osso Senhor Lu& T F' o menino epiléti&o .t U ]' .& N U' Lu& N TKF' o mudo .t NTJF' e o &ego mudo .t J JJF# .ons# Raldue&&i se refere a doen"as de origem demonía&a por efeito de malefí&ios o(servando $ue nestes &asos os dist6r(ios são &om fre$B%n&ia de ordem físi&a sendo difi&ilmente diagnosti&ados pelos médi&os' outras vezes se trata de in&onvenientes $ue ata&am a vida psí$ui&a a prpria personalidade do indivíduo tomando-o difí&il raivoso e até in&apaz de atuar no $ Os e!or&istas e demonlogos9 a razão é tão (via $ue $uase não é pre&iso d0-la' os primeiros &om seu ministério fazem diminuir a presen"a do demônio no mundo e li(ertam suas vítimas' os segundos &om seus estudos es&lare&em os fiéis &om rela"ão / e!ist%n&ia e atividade demonía&as# Os malefi&iados vítimas de malefí&ioF por permissão de 8eus para seu &astigo ou prova"ão ou para manifestar o poder divino# ,f# .ons# ,# RAL8I,,> El dia(lo p# UN#F > Esta Santa *ei;a8 ;rande m)stica8 rece:eu os esti;mas da Pai=@o8 tina reBWentes vises de Nosso Senor e de Nossa Senora8 e um com
A (ossess@o
“% pela tarde apresentaram-=he muitos possessos do dem1nio" (
A 4OSSESSO é a mais espeta&ular das manifesta")es dia(li&as e a $ue mais impressiona as imagina")es' a tal ponto $ue dei!a na penum(ra o tra(alho &onstante do demônio $ue por meio d a tenta"ão pro&ura seduzir os homens ao pe&ado# ea*idade da (ossess@o dia:*ica =o $ue se refere / possessão dia(li&a h0 duas posi")es erradas $ue é pre&iso evitar9 a primeira &onsiste em a&reditar &om fa&ilidade $ue uma pessoa est0 possessa sem maior e!ame pela impressão &ausada por sintomas $ue podem (em &orresponder a outros estados não sendo de si sufi&ientes para &ara&terizar a possessão' a segunda posi"ão est0 em negar $ue hoje o&orram &asos de possessão' &hega mesmo a negar $ue alguma vez se tenham dado# Esta posi"ão e!tremada se &ho&a &om uma verdade &laramente ensinada pela Sagrada Es&ritura pela 7radi"ão e pela pr0ti&a da >greja# Os ra&ionalistas pretendem $ue os &asos de possessão dia(li&a relatados na Es&ritura não passam de &asos patolgi&os 5 mania lou&ura histeria e epilepsia# 8izem $ue esus não pretendia $ue esses infelizes enfermos &hamados endemoniados estivessem realmente possessos mas tratava-os de a&ordo &om as &onvi&")es dos seus &ontemporgreja &om a institui"ão dos e!or&ismos (em &omo o ensinamento dos telogos indi&am $ue Ela &r% na possessão dia(li&a# Ao mesmo tempo esta(ele&endo $ue os e!or&ismos so(re possessos não sejam feitos senão depois de maduro e!ame e mediante espe&ial autoriza"ão a >greja indi&a $ue não se deve &rer levianamente nos &asos de possessão#
Em resumo $ue se tenham dado alguns &asos pelo menos de verdadeira possessão dia(li&a &omo os relatados nos Evangelhos é verdade de fé' $ue depois se tenham dado outros é doutrina &omum dos telogos $ue não pode ser negada sem temeridade# Naturea da (ossess@o A possessão &onsiste em um domínio $ue o demônio e!er&e diretamente so(re o &orpo e indiretamente so(re a alma de uma pessoa# Esta se &onverte em um instrumento &ego d&il fatalmente o(ediente ao poder perverso e despti&o do demônio# O indivíduo em tal estado é &hamado justamente possesso endemoniado en$uanto instrumento vitima do poder demonía&o ou energ6meno por$ue mostra uma agita"ão inslita# Caracter)sticas A possessão se &ara&teriza por dois elementos9 aF presen"a do demônio no &orpo do homem' (F e!er&í&io de um poder por parte demônio so(re o mesmo# *uanto < presen"a demonía&a ela não signifi&a uma presen"a físi&a &omo anjo de&aídoF o demônio é puro espírito' sua presen"a se d0 pelo &onta&to operativo isto é o demônio est0 onde atua desse modo o demônio pode desenvolver sua atividade por toda a parte tanto fora &omo dentro dos &orpos humanos# Sendo assim
um indivíduo pode estar possuído por v0rios demônios os $uais operam simultaneamente so(re ele em(ora so( aspe&tos diversosF &omo um s demônio pode possuir v0rias pessoas atuando su&essivamente so(re &ada uma delasF# O modo &omo se opera a possessão é e!pli&ado por São 7om0s de A$uino9 [Os anjos (ons e os maus t%m o poder em virtude de sua natureza de modifi&ar nossos &orpos &omo $ual$uer outro o(jeto material# E &omo eles estão presentes num lugar na medida em $ue operam nele assim eles penetram em nossos &orpos# 8o mesmo modo ainda eles impressionam as fa&uldades ligadas a nossos rgãos9 /s modifi&a")es dos rgãos respondem as modifi&a")es das fa&uldades# .as a impressão não &hega até / vontade por$ue a vontade nem seu e!er&í&io nem em seu o(jeto depende de um rgão &orporal' ela re&e(e seu o(jeto da intelig%n&ia na medida em $ue esta desentranha do $ue ela per&e(e a no"ão de (ondade do ser;# FIn ,dum Sent$8 Dist$ 5III8 B$ un$ a$ /8 so*$ a(ud L$ O!E8 Possession Dia:o*iBue8 co*$H Em outro lugar o Santo 8outor e!pli&a $ue o dia(o não pode penetrar diretamente na alma do homem pois isto somente a Santíssima 7rindade pode fazer# FSuma Teo*;ica8 8B$ 8a$H >sto $uer dizer $ue na possessão em(ora o demônio domine o &orpo so(retudo o sistema nervoso e possa impedir o uso das pot%n&ias da alma ele não pode penetrar nela e o(rigar sua vítima a &ometer um pe&ado ou a&eitar as doutrinas dia(li&as# O possesso não é moralmente respons0vel por seus atos por piores $ue sejam uma vez $ue não tem plena &ons&i%n&ia deles nem e!iste &ola(ora"ão da vontade# Eeitos da a?@o do demônio so:re o (ossesso A presen"a operante do demônio no endemoniado não é &ontínua mas se manifesta por períodos de &rise# =ão falta ao demônio poder nem vontade de atormentar ininterruptamente sua vítima tal o dio ao homem' 8eus é $ue não o permite pois a pessoa não resistiria# A influ%n&ia do demônio so(re os possessos não é simplesmente indireta ou moral &omo por e!emplo nas tenta")es mesmo as mais fortes' ela é uma a"ão direta e físi&a e!er&ida pelos espírito das trevas so(re os rgãos &orporais do infeliz su(metido ao seu império# 8e onde resulta para este 6ltimo um estado doentio estranho $ue sai das leis ordin0rias das afe&")es mr(idas em(ora fre$Bentemente a&ompanhado de fenômenos de ordem puramente natural $ue o demônio determina nele simultaneamente &om a$ueles $ue ultrapassam a esfera prpria aos agentes físi&os# Esses fenômenos são ha(itualmente uma super-e!&ita"ão geral e profunda de todo o sistema nervoso# Outras vezes ao &ontr0rio o demônio &omuni&a / sua vítima um &res&imento e!traordin0rio da for"a mus&ular# O infeliz entra em f6ria a ponto de espumar de raiva ranger os dentes soltar gritos espantosos pre&ipitar-se na 0gua ou no fogo# Ele se torna então perigoso para a$ueles $ue se apro!imam dele' destri &omo simples peda"o de palha as &adeias de feno &om as $uais o $uerem prender' e se ele não puder atingir os outros volta &onta si mesmo o seu furor arranhando-se &om as unhas ma&hu&ando-se &om as pedras do &aminho# Essa a"ão pertur(adora e no&iva do demônio so(re os rgãos &orporais e!pande-se so(re as fa&uldades mistas &omo a imagina"ão a memria a sensi(ilidade# Estende-se mesmo mais longe e mais alto no ser humano por$ue ela tem sua reper&ussão até na intelig%n&ia# As opera")es intele&tuais apresentam /s vezes um tal &ar0ter de in&oer%n&ia $ue os demonía&os pare&em atingidos de aliena"ão mental# =ão é raro tam(ém ver-se produzir no domínio do espírito um fenômeno an0logo /$uele $ue se passa no seus rgãos# Assim &omo o demônio em lugar de paralisar as energias &orporais do demonía&o aumenta seu poder do mesmo modo em vez de diminuir suas luzes naturais ele &omuni&a / sua intelig%n&ia &onhe&imentos $ue ultrapassam de muito seu poder# Possess@o e inesta?@o enômenos da mesma es(
D verdade 5 e!pli&a o 4e# 1oure 5 $ue a possessão não penetra até o íntimo da alma' &onse$Bentemente ela não pode ditar impor ao possesso um ato pessoal de intelig%n&ia ou de vontade' mas a a"ão dia(li&a &hega a neutralizar a impedir o e!er&í&io da intelig%n&ia e da vontade de modo $ue o possesso torna-se in&apaz de &onhe&er de julgar e de $uerer tudo o $ue se passa e se agita nele# =a infesta"ão tal não se d0' a vítima &onserva o domínio de suas fa&uldades superiores a intelig%n&ia e a vontadeF e pode mesmo servir-se delas para enfrentar os assaltos do .aligno# 8essa forma a&onte&e $ue a eferves&%n&ia dia(li&a pode dei!ar o fundo da alma em paz# FC$ L$ O!E8 Possession Dia:o*iBue8 co*s$ ,0./-,0.0$H
Causas da (ossess@o Puni?@o8 (rova?@o$$$ A permissão dada por 8eus ao demônio de na possessão apoderar-se assim dos rgãos &orporais e das fa&uldades espirituais de uma &riatura humana é /s vezes puni"ão de &ertos pe&ados graves &ometidos pelos possessos em parti&ular os pe&ados da &arne# Entretanto não é sempre assim# Im endemoniado não é ne&essariamente &ulpado# Algumas vezes 8eus permite esse estado para ressaltar sua glria pela interven"ão ostensiva de seu poder a(soluto &f# o N -KF ou para provar os possessos# São Roaventura e!pli&a $ue 8eus permite a possessão Hseja em vista de manifestar sua glria o(rigando o demônio pela (o&a possesso a &onfessar por e!emplo a divindade de ,risto seja para puni"ão do pe&ado seja para nossa instru"ão# .as por $ual dessas &ausas pre&isamente ele dei!a o demônio possuir um homem é o $ue es&apa / saga&idade humana9 os julgamentos de 8eus são es&odidos aos homens# O $ue é &erto é $ue eles são sempre justos; FIn ,dum Sent$ dist$ 5III$ (art II$ B$ + art \nico a(ud L$ O!E8 Possession Dia:o*iBue$8 co*$ ,0..$H O &ar0ter espeta&ular da possessão a&a(a por apresentar um efeito apologéti&o e as&éti&o (enéfi&o pois torna patente e $uase visível a e!ist%n&ia do Espírito das trevas# Esta é uma das raz)es pelas $uais 8eus permite a possessão dia(li&a pois o(riga o .aligno a agir &omo $ue a des&o(erto dando mostras p6(li&as da sua maldade do seu dio &ontra o homem e a &ria"ão# Pr9ticas su(ersticiosas8 es(iritismo8 macum:a =ão devemos es$ue&er entre as &ausas das infesta")es e da possessão as pr0ti&as supersti&iosas o re&urso a magos pais-de-santo &artomantes adivinhos et [O demônio $uando um homem &ola(ora &om ele em pr0ti&as superti&iosas fa&ilmente e!er&e so(re esse indivíduo a mais &ruel e impla&0vel tirania; 5 o(serva o ,ardeal Lepi&ier# Ele &hama a aten"ão para as pr0ti&as espíritas9 H=ão pode haver d6vida de $ue atuar &omo médium é o mesmo $ue e!por-se aos perigos da o(sessão dia(li&a ### 1e&orrer a um médium é pois e$uivalente a &ooperar na o(sessão de uma pessoa;# FCard$ A$ LEPICIE8 O Mundo Invis)ve*8 (($ ,,,-,,$H Ima das &ausas muito &omuns da a"ão e!traordin0ria do demônio so(re pessoas é o malefí&io a respeito do $ual falaremos adiante# O 4e# Ga(riele Amorth e!or&ista da 8io&ese de 1oma afirma $ue os &asos mais difí&eis de infesta"ão e de possessão dia(li&a $ue ele tem en&ontrado são os resultantes de ma&um(as realizadas no Rrasil e na kfri&a# FC$ G$ AMOT'8 !n esorcista racconta8 (($ ++0 e +/$H E!istem ainda &asos de possessão volunt0ria em $ue a pessoa $ue re&orreu ao dia(o e fez um pa&to &om ele pode agir &omo um instrumento do .aligno para levar avante os desígnios dele# A figura típi&a do médium de Satan0s foi Pitler segundo julga o telogo e demonlogo (eneditino austría&o 8om Alos .ager#[=ão h0 nenhuma outra defini"ão mais (reve mais pre&isa mais adaptada / natureza de Pitler $ue esta tão a(solutamente e!pressiva9 .edium de Satã; 8# Alos .AGE1 O#S#R# Satan de nos jours p# \TNF#F 4oderiam ser men&ionadas igualmente as figuras sinistras de Lenin Stalin e tantos outros### 7reBWncia da (ossess@o Aps o esta(ele&imento da >greja o n6mero dos endemoniados diminuiu de muito nas na")es tomadas &ristãs# E $ue pelo Ratismo e demais Sa&ramentos os fiéis são preservados desses ata$ues sensíveis do demônio# Este perdeu seu império mesmo so(re a$ueles $ue em(ora (atizados vivem de maneira pou&o &onforme &om / Cé de seu Ratismo# .em(ros da >greja em(ora mem(ros mortos eles en&ontram nessa união entretanto imperfeita ao ,orpo .ísti&o de ,risto um so&orro em geral sufi&iente para $ue o demônio não possa apoderar-se deles &omo faria se se tratasse de pagãos# HEntretanto 5 o(serva o 4e# Ortolan 5 não
somente nas regi)es $ue não re&e(eram o Evangelho mas tam(ém na$ueles em $ue a >greja est0 esta(ele&ida en&ontram-se ainda demonía&os# Seu n6mero aumenta na propor"ão do grau de apostasia das na")es $ue outrora &atli&as a(andonam pou&o a pou&o a Cé e retornam ao paganismo teri&o e pr0ti&o; FT$ OTOLAN8 DemoniaBue8 co*$.+$H 4ara avaliarmos &orretamente a presen"a e atua"ão do demônio no mundo atual é pre&iso &onsiderar $ue o estado de apostasia a $ue se referia o 4e# Ortolan h0 mais de $uarenta anos 5 &hegou em nossos dias a um grau inimagin0vel# E $ue mais ainda do $ue os &asos de possessão o n6mero dos infestados é sem &onta#
Possess@o dia:*ica o dia;nstico "Gara estabelecer a realidade de uma possess+o, um 'nico método é vlido: provar a presen.a dos sinais indicados no 4itual 4omano7 (Dom =ouis de Eooman, 0ispo-missionrio e e8orcista)
Estados (ato*;icos e (ossess@o dia:*ica Pro:*ema com(*e=o
Im dos pro(lemas mais &omple!os &olo&ados pela a"ão dia(li&a e!traordin0ria so(re o homem é o seu diagnsti&o# A $uestão &onsiste em sa(er $uando estamos realmente em presen"a de uma a"ão preternatural isto é provo&ada por anjos ou demôniosF ou diante meras manifesta")es de mor(idez ou de outro g%nero por &erto in&omuns mas $ue não es&apam ao
&om isso dei!ar-se levar pela impressão $ue pode ser enganosa# Esse e!ame &ríti&o tem por finalidade eliminar alguma possível e!pli&a"ão natural o(serv0vel na presumida manifesta"ão dia(li&a# .ons# .a$uart e!pli&a $ue um &erto n6mero de sintomas da possessão são &omuns &om os de algumas doen"as &omo a psi&astenia a histeria algumas formas de epilepsia et ,omo fazer para dis&ernir então entre um simples doente mental e um possesso pelo demônio+ Entram em jogo os outros sinais da possessão $ue não t%m e!pli&a"ão natural9 falar línguas estrangeiras não aprendidas &onhe&er fatos / dist
Im diagnsti&o errado não é isento de perigos tanto de ordem moral e espiritual &omo até mesmo físi&a# Em primeiro lugar a pr0ti&a de e!or&ismos em simples doentes mentais sem $ue estes o(viamente e!perimentem $ual$uer melhora pode &onduzir ao des&rédito em rela"ão aos mesmos e!or&ismo e /s &oisas sagradas de modo geral# 4ode ainda ofere&er argumentos aos &éti&os $ue se aproveitarão para ta&har a pr0ti&a dos e!or&ismos &omo puramente supersti&iosa# Além do mais a pr0ti&a dos e!or&ismos solenes representa para o e!or&ista um desgaste muito grande o $ual seria sem fruto em &aso de erro de diagnsti&o# 4or fim o e!or&izar doentes mentais ofere&e o perigo de agravar seus males seja pela grande tensão e esfor"o mental e até físi&o $ue o e!or&ismo &omporta seja pelo &ar0ter impressionante deste# D o $ue afirma .ons# .a$uart e!perimentado demonlogo fran&%s9 H=ão seria sem in&onvenientes graves e!or&izar so( simples apar%n&ias de possessão doentes mentais# Em vez de os &urar o e!or&ismo teria o ris&o de agravar seu mal;# FM;r 7$ %$ MAK!AT8 L ]E=orciste devam *es manjestations dia:o*iBues8 ($ ,$H
O mesmo assegura 8om Gustavo affelaert Rispo de RrugesF9 [P0 in&onveniente real em e!or&izar uma pessoa não possessa# 4or ela antes de tudo' pois o e!or&ismo pela forte impressão $ue produz pode afetar desfavoravelmente um sistema nervoso j0 pertur(ado e a&a(ar de o arruinar' ele é tam(ém um poderoso meio de sugestão e arris&a desenvolver num indivíduo fra&o h0(itos mr(idos# Além do $ue não se tem o direito de empregar sem motivo grave as ora")es sagradas do 1itual9 é pre&iso $ue elas tenham um o(jeto# 8essa forma a >greja para pemitir o e!or&ismo re$uer a prud%n&ia e um julgamento moralmente &erto ou ao menos prov0vel da possessão; # FM;r G$ $ ^A77ELAET8 Possession Dia:o*iBue$ co*$ //$H Em muitos lugares 5 &omo nas dio&eses de 1oma e @eneza - os e!or&istas tra(alham sempre em estreita união &om psi$uiatras &atli&os os $uais os ajudam a distinguir meros doentes de eventuais possessos' por seu lado esses profissionais muitas vezes re&orrem aos servi"os dos e!or&istas $uando per&e(em em seus &lientes sinais $ue ultrapassam os limites da .edi&ina# =a realidade &ertas manifesta")es / primeira vista patolgi&as podem es&onder a a"ão do .aligno# 4or isso o médi&o &atli&o não deve e!&luir sem mais a possi(ilidade dessa a"ão &onforme o(serva .ons# ,atherinet9 HO médi&o $ue $uiser manter-se um homem &ompleto so(retudo se ele possuir as luzes da fé não e!&luir0 a priori a presen"a do demônio podendo em &ertos &asos suspeitar por tr0s da doen"a a presen"a e a a"ão de alguma for"a o&ulta &ujo estudo ele pedir0 ao filsofo ou ao telogo os $uais se guiam segundo seus prprios métodosF# FM;r 7$ M$ CAT'E2NET$ Les DemoniaBues dons * &van;i*e8 (($ ,.-,$H Critgreja nun&a negou essa difi&uldade de diagnsti&o da possessão' ao &ontr0rio sempre foi muito &autelosa no pronun&iar-se so(re os &asos &on&retos re&omendando $ue na avalia"ão de &ada um deles se e!amine &om muito &uidado se o fenômeno pode ter uma origem natural# S depois de diligente e a&urado e!ame e de des&artadas todas as possi(ilidades de e!pli&a"ão natural é $ue a >greja autoriza a pro&eder aos e!or&ismos solenes so(re os possessos# 4ara garantir tal rigor de pro&edimento a >greja esta(ele&eu $ue esses e!or&ismos s podem ser prati&ados por sa&erdotes devidamente autorizados pelo Ordin0rio do lugar para &ada &aso &on&reto' (ispo não pode dar essa autoriza"ão senão a um padre de &onhe&ida &i%n&ia prud%n&ia piedade e integridade de vida# FC$ Cdi;o de Direita Canônico8 cQnon ++, _ _ + e ,$H
8om Louis de ,ooman antigo @ig0rio Apostli&o no @ietnã ele prprio e!or&ista em um &aso famoso de possessão &oletiva $ue ser0 relatado adianteF d0 o 6ni&o &ritério $ue &onsidera seguro para se determinar se h0 ou não possessão9 H4ara esta(ele&er a realidade de uma possessão um 6ni&o método é v0lido9 provar a presen"a dos sinais &l0ssi&os indi&ados pela >greja no 1itual 1omano; FM;r Louis de COOMAN8 Le Dia:*e au Couvent8 ($ +,$H O 1itual 1omano $ue data do sé&ulo b@>F esta(ele&eu para orientar e!or&istas os seguintes indí&ios por parte do suposto possesso9
# Calar ou &ompreender línguas estrangeiras sem t%-las antes aprendido' J# 1evelar &oisas se&retas ou distantes' T# .anifestar for"a físi&a a&ima de sua idade e &ondi"ão' ]# E outras manifesta")es do mesmo g%nero $ue $uanto mais numerosas forem mais &onstituem indí&ios# Fitua*e omanum8 Tit$ %I8 Ca($ +8 n$ $H Se &ertas manifesta")es &omo por e!emplo demonstrar uma for"a e!traordin0ria dar uivos animales&os gritar (lasf%mias ou palavr)esF podem ser &ausadas por uma doen"a a revela"ão de pensamentos o&ultos ou o &onhe&imento de &oisas $ue se passam / distS 8E 7E1.OS ES7I8A8O a atividade demonía&a ordin0ria a tenta"ãoF e a atividade e!traordin0ria infesta"ão pessoal e a lo&al possessãoF de ter visto os &ritérios para o diagnsti&o dessas manifesta")es pare&e-nos indispens0vel dar a$ui os meios $ue temos para fazer fa&e /s investidas dia(li&as# O homem não est0 desarmado diante do poder das trevas# Ele disp)e de armas so(renaturais e tam(ém naturais &om $ue enfrentar as investidas dia(li&as# 4rimeiramente &a(e ver de $ue meios preventivos dispomos' ou seja &omo fazer para evitar tanto $uanto est0 em ns as investidas do demônio# A seguir $uais os meios terap%uti&os 0 nossa disposi"ão para nos &urarmos &aso nos o&orra sermos atingidos por tais investidas# Esses meios podem ser &hamados remédios por$ue a a"ão demonía&a provo&a em ns dist6r(ios $ue não são menos in&ômodos $ue as enfermidades do &orpo# E assim &omo as doen"as do &orpo podem &onduzir / morte físi&a a atua"ão do demônio visa produzir a morte da alma#
em
E n@o nos dei=eis cair em tenta?@o8 mas *ivrai-nos do ma*V$ FMt 08 +H =A LI7A ,O=71A a atividade demonía&a ordin0ria tenta")esF e e!traordin0ria infesta"ão lo&al infesta"ão pessoal sessão e possessãoF os autores re&omendam em primeiro lugar os remédios gerais ofere&idos pela >greja# Pr9ticas re*i;iosas e devocionais Ora?@o e (enitnciaJ sacramentos e sacramentais Antes de $ual$uer outro vem o grande remédio indi&ado pelo prprio Salvador &omo o 6ni&o &apaz de ven&er &erta &asta de demônios 5 a ora"ão e o jejum a&ompanhados por a$uela fé $ue move as montanhas &f# .t U ]-JVF#
A ora"ão por e!&el%n&ia é a$uela $ue o prprio ,risto ensinou $uando seus dis&ípulos Lhe pediram9 HSenhor ensina-nos a rezar[ 5 o 4ai-=osso L& -]' .t \N-TF# =as duas 6ltimas peti")es rogamos ao 4ai &eleste $ue nos d% for"as para resistir aos assédios da &arne do mundo e do demônio9 H=ão nos dei!eis &air em tenta"ão[' e $ue nos livre do mal do supremo mal 5 o pe&ado' e de seu instigador 5 o demônio9 livrai-nos do mal; ou Hlivrai-nos do .aligno;# A liturgia em v0rias &erimônias re&ita o 4ai-=osso todo ou apenas essas duas peti")es# D re&itado por inteiro nos e!or&ismos solenes so(re possessos# Os espe&ialistas e!pli&am $ue no te!to grego dos Evangelhos podemos entender essa peti"ão tanto no sentido de sermos livres do mal &omo do autor do mal o .aligno o demônio# H8e fato as duas interpreta")es não se e!&luem 5 &omenta o 4# ean ,armigna& - uma vez $ue o fim do demônio é o pe&ado e o pe&ado tem o demônio por instigador# ,ontudo segundo as diretrizes de ,risto devemos pedir o afastamento não somente do pe&ado mas so(retudo do demônio; A::< 2ean CAMIGNAC8 1 *X
8evemos lem(rar tam(ém o poder do Sinal da ,ruz para afugentar o demônio9 o sím(olo de nossa 1eden"ão $ue destruiu seu reino &ausa-lhe parti&ular terror' o demônio foge### &omo o dia(o da &ruz###5 segundo o dito popular# Além das $uatro &ruzes $ue se fazem no Sinal da ,ruz as prprias palavras pronun&iadas são de natureza e!or&ísti&a depre&atria9 [4elo sinal F da Santa ,ruz livrai-nos 8eus F =osso Senhor dos nossos F inimigos# Em nome do 4ai e do Cilho F e do Espírito Santo# Amém#[ 4or isso devemos fazer o Sinal da ,ruz nas mais diversas o&asi)es9 ao levantar e ao deitar antes das refei")es ao sair de &asa nas viagens antes de tomar alguma resolu"ão et A 0gua-(enta é feita e!pressamente para afastar dos lugares e das so(re as $uais é aspergida Htodo o poder do inimigo e o prprio inimigo &om seus anjos apstatas; &onforme se l% no 1itual 1omano# 1ituale 1omanum tit# @>>> J# F# São numerosas no mesmo 1itual as (%n"ãos ora")es e &erimônias &om o mesmo fim apli&adas a o(jetos e lugares diversos as $uais &ontém a mesma frmula depre&atria &ontra Satan0s#
A coniss@o mais orte Bue o e=orcismo ,onvém insistir na &onfissão fre$Bente 5 apesar das difi&uldades $ue hoje se apresentam para essa pr0ti&a sa&ramental - pelo empenho dos telogos e dos e!or&istas $uanto / sua efi&0&ia# O e!or&ista da ar$uidio&ese de @eneza 4e# 4ellegrino Emetti da Ordem de São Rento enfatiza9 HO sa&ramento da ,onfissão ns o sa(emos é a segunda t0(ua de salva"ão depois do Ratismo# ### A e!peri%n&ia ensina $ue difi&ilmente Satan0s &onsegue penetrar em uma alma $ue se lava fre$Bentemente &om o Sangue pre&iosíssirno de esus# Este sangue torna-se a verdadeira &oura"a &ontra a $ual Satan0s pode for"ar porém não &onsegue a(rir nenhuma (re&ha# A fre$B%n&ia assídua e &onstante desse sa&ramento é ne&ess0ria seja para $uem faz o e!or&ismo seja para $uem dele tem ne&essidade# Estou &erto por urna longa e!peri%n&ia $ue o sa&erdote deveria lavar a sua alma no sangue de esus até mesmo diariamente se $uiser lutar juntamente &om esus &ontra Satan0s e sair vitorioso# D verdadeiramente este o sa&ramento do $ual Satan0s tem medo ### ,risto
ven&eu Satan0s &om o prprio Sangue# E o Apo&alipse e!pli&itamente nos diz9 [Estes são a$ueles $ue ven&eram Satan0s &om o Sangue do ,ordeiro H# FD$ P$ ENETTI O$S$3$8 La Catecesi di Satana8 ($ ,/+$H D igualmente ta!ativo o 4e# Ga(riele Amorth e!or&ista da dio&ese de 1oma9 H.uitas vezes es&revi $ue se &ausa muito mais raiva ao demônio &onfessando-se ou seja arran&ando do demônio a alma do $ue e!or&izando e arran&ando-lhe assim o &orpo# ### A &onfissão é mais forte $ue o e!or&ismo H# FG$ AMOT'8 !n esorcista racconta8 (($ 0 e 0$H Des(reo so:erano ao demônio A esses meios os santos e autores espirituais a&res&entam o desprezo so(erano ao demônio# Ou"amos Santa 7eresa9 HD muito fre$Bente $ue esses espíritos malditos me atormentem' mas eles me inspiram muito pou&o medo por$ue eu o vejo (em eles não podem se$uer se me!er sem a permissão 8eus### *ue se sai(a (em9 todas as vezes $ue ns desprezamos os demônios eles perdem sua for"a e a alma ad$uire so(re eles mais domínio### @erem-se desprezados por seres mais fra&os é &om efeito uma rude humilha"ão para esses so(er(os# Ora &omo dissemos apoiados humildemente em 8eus ns temos o direito e o dever de os desprezar9 Se 8eus est0 &onos&o $uem ser0 &ontra ns+ Eles podem latir mas não podem nos morder senão no &aso em $ue 5 seja por imprud%n&ia seja por orgulho 5 nos &olo&aremos em seu poder;# FA(ud Ad$ TANK!EE - 2ean GA!TIE8 A:r<;< de Tsto manter0 o demônio distante de ns o $uanto é possível# 7orta*ecimento da inte*i;ncia e da vontade Im grande meio preventivo na luta &ontra o demônio é o fortale&imento de nossa intelig%n&ia e de nossa vontade# ,om efeito a prin&ipal defesa de ordem natural $ue temos &ontra as investidas dos espíritos malignos é a inviola(ilidade dessas fa&uldades superiores as $uais mais nos assemelham a 8eus# =a medida em $ue permitimos seu enfra$ue&imento estamos nos &olo&ando 0 mer&% de Satan0s e seus se$Bazes# 4ois o demônio tem lu&rado tanto &om o enlou$ue&imento geral a $ue estamos assistindo em nossos dias $ue é o &aso de perguntar se não é ele $uem o est0 provo&ando# Sem o &onsentimento da vontade humana nenhuma a"ão e!terna 5 $uer da parte dos anjos $uer dos demônios 5 pode surtir o seu efeito9 nenhum anjo pode &onstranger o homem a uma a"ão (oa e nenhum demônio o pode fazer pe&ar# 8eus dotou o homem de vontade livre dom natural inapre&i0vel $ue lhe permite de&idir se a&olhe ou não as (oas inspira")es se &ede ou não /s tenta")es por mais $ue estas possam ser apresentadas &om grande ha(ilidade e ast6&ia &omprometendo a fantasia ou &om veem%n&ia e!a&er(ando as pai!)es e os instintos# O homem não é mero o(jeto passivo de disputa entre os anjos e os demônios nem simples espe&tador inerte mas um sujeito eminentemente ativo e operante# Os autores &ostumam ressaltar os perigos de uma pretensa místi&a $ue &onduz ao a(andono volunt0rio da intelig%n&ia e da vontade# D &erto $ue 8eus nos pode &on&eder a gra"a e!&ep&ional da &ontempla"ão passiva dos místi&os' isso porém s a&onte&e por uma elei"ão gratuita e!&lusiva de 8eus sem &oopera"ão de nossa parte a não ser uma humilde prontidão em fundir inteiramente a nossa vontade &om a divina unindo-nos misti&amente &om 8eus# Se entretanto pro&uramos &ulpavelmente provo&ar em ns mesmos essa passividade da vontade por e!emplo por meio do hipnotismo do transe do uso de estupefa&ientes e nar&ti&os de v0rios tipos de té&ni&as &orporais ou espirituaisF podemos nos transferir ao mundo do preter-sensível &omo a&onte&e no sono e na &ontempla"ão místi&a' mas esse estado ao invés de nos elevar nas vias luminosas dos %!tases pode arrastar-nos para (ai!o rumo a es&uros a(ismos onde não en&ontraremos anjos e sim demônios $ue nos tratarão &omo presas sem vontade podendo levar-nos / possessão# 8e onde o perigo de &ertas es&olas ou &orrentes $ue se apresentam &omo meras té&ni&as de medita"ão de &on&entra"ão espiritual ou &oisa pare&ida as $uais infelizmente t%m en&ontrado a&eita"ão até mesmo em
setores e movimentos &atli&os# Es&revem =oldin-S&hmitt9 HAs Gnoses modernas $ue seguem tesofos e antropsofos e as té&ni&as de medita"ão e &on&entra"ão hinduístas ioga (udismoF $ue (us&am &onhe&er ordens superiores não estão isentas de influ!o demonía&o espe&ialmente $uando diretamente (us&ados; P# =OL8>=-A# S,P.>77 Summa 7heologiae .oralis >> nn ]Kss pp TK-MMF#F Evitar toda su(ersti?@o8 rerear a v@ curiosidade8 e 4or fim é pre&iso evitar $ual$uer forma de supersti"ão de &uriosidade malsã e /s vezes mr(ida &om rela"ão ao mundo do Além# A$uilo $ue 8eus $uis $ue sou(éssemos a esse respeito Ele em sua (ondade e miseri&rdia revelou aos homens e &olo&ou essa 1evela"ão so( a guarda e a interpreta"ão da Santa >greja# E aí $ue devemos pro&ur0-la de a&ordo &om nossas &apa&idades e não nas fal0&ias de adivinhos e de médiuns &om ris&o de entrar em promis&uid promis&uidade ade &om os espíritos espíritos infernais# infernais# *uanto *uanto ao nosso futuro imediato imediato terreno tam(ém devemos devemos respeitar o mistério no $ual 8eus o mantém envolto# 4odemos rezar pedindo-Lhe $ue nos es&lare"a algo se essa for a Sua vontade e se isso for 6til para nossa eterna salva"ão# 4orém ir mais longe é &orrer o ris&o de &air em supersti"ão e assim fi&armos e!postos ao demônio &omo tam(ém faltar &om a &onfian"a em 8eus $ue sa(e melhor do $ue ns o $ue nos &onvém &onhe&er# 8evemos antes agrade&er-Lhe por nos poupar tantas ang6stias es&ondendo-nos hoje os males e preo&upa")es de amanhã# ,omo disse o Salvador9[A &ada dia (asta o seu &uidado; .t \ T]F# E=orcismo as(ectos istricos
“e eu, porém, lan.o ?ora os dem1nios pela virtude do %sp/rito de Deus, é chegado a vós o reino de Deus" (
OS EbO1,>S.OS &onstituem a grande arma ou remédio espe&ífi&oF da >greja e dos fiéis &ontra a a"ão e!traordin0ria do demônio 5 isto é a infesta"ão e a possessão# 4ara melhor &ompreender o $ue são os e!or&ismos &onvém estudar sua origem natureza e histria# O (oder e=orc)stico8 sina* do eino de Deus esus d0 &omo &ara&terísti&a do 1eino de 8eus por Ele fundado a e!pulsão de satan0s e dos seus demônios e transmite este &arisma &arisma e!or&ísti&o aos seus Apstolos Apstolos / sua >greja# Aos judeus in&rédulos disse esus9 HSe eu porém lan"o fora os demônios pela virtude do Espírito de 8eus é &hegado a vs o reino de 8eus; .t J JKF# HSe eu pelo dedo de 8eus lan"o fora os demônios &ertamente &hegou a vs o reino de 8eus; L& JV F# Aps a 1essurrei"ão pou&o antes de su(ir aos ,éus =osso Senhor enviou os Apstolos pregar o Evangelho por todo e fez a seguinte promessa9 HE eis os milagres $ue a&ompanharão os $ue &rerem9 e!pulsarão os demônios em meu nome###;.& \ UF# O Salvador destruiu as o(ras dia(li&as triunfou so(re Satan0s e &om a humilha"ão levada até a prpria morte na &ruz mere&eu um nome superior a $ual$uer outro nome por &uja invo&a"ão todos os joelhos se do(ram seja dos seres &elestes terrestres ou infernais9 [ 8eus o e!altou a esusF e lhe deu um nome $ue est0 a&ima de todo o nome' para $ue ao nome de esus se do(re todo o joelho no &éu na terra e no inferno; Cilip J N-VF# [Santo e terrível é o seu nome[ 5 e!&lamara profeti&amente profeti&amente o Salmista Sl VNF# Ao &omuni&ar &omuni&ar depois o poder poder e!or&ísti e!or&ísti&o &o esus re&ordou re&ordou e!pressamente e!pressamente $ue a efi&0&ia efi&0&ia dele provém provém de um modo todo espe&ial da utiliza"ão do Seu nome &f# .& \ UF' de modo $ue invo&0-Lo so(re os endemoniados e$uivale a es&onjur0-los e li(ertar a pessoa pela mesma virtude de ,risto# Santos 4adres repetidamente e!altam a pot%n&ia de um tal remédio# São ustino por e!emplo nos diz9 H>nvo$uemos o Senhor de &ujo simples nome os demônios temem a pot%n&ia' e ainda hoje es&onjurados em nome de esus ,risto### se su(metem a ns ### 7odo demônio es&onjurado no nome do Cilho de 8eus ### permane&e ven&ido e atado;# FA(ud Mons$ C$ 3ALD!CCI8 G*i Indemoniati8 ($ 0$H
O ministgreja de modo parti&ular# Na I;reja (rimitiva =os primeiros sé&ulos da >greja o poder e!or&ísti&o &arism0ti&o &pn&edido por esus aos Apstolos e aos 8is&ípulos .t V e K' .& T ]-M' .t \U' V U-JVF e prometido mais tarde antes da As&ensão a todos os &ristãos .& \ UF era muito difundido in&lusive entre os simples fiéis por um desíginio parti&ular da 8ivina 4rovid%n&ia $ue assim fa&ilitar nos iní&ios a difusão da fé &ristã# 7odos os &ristãos &lérigos ou simples fiéis e!pulsavam os demônios' o fato era tão generalizado $ue &onstituía até um argumento utilizado pelos apologistas para provar a divindade do ,ristianismo# Os testemunhos são numerosos nos Santos 4adres e es&ritores e&lesi0sti&os tanto o&identais &omo orientais# ,om o &orrer do tempo e esta(ele&ida j0 a >greja esse poder poder e!or&í e!or&ísti sti&o &o &arism &arism0ti 0ti&o &o foi dimin diminuin uindo do porém porém não desapa desapare& re&eu eu totalm totalment entee da >greja >greja &omo &omo o testemunham a vida dos santos e as &rôni&as mission0rias# Em todas as épo&as houve servos de 8eus $ue pela sua simples simples presen"a presen"a ou pelo &ontato &ontato de algum o(jeto $ue lhes perten&ia perten&ia ou ainda por interméd intermédio io de $ual$uer relí$uia sua muitas vezes e!pulsaram os demônios ou dos &orpos $ue eles molestavam ou dos lugares por eles infestados#
A i;ura do e=orcista E!or&ista do grego e2sor2istésF é a$uele $ue prati&a e!or&ismos so(re pessoas ou lugares $ue se a&redita estarem su(metidos a algum influ!o ou a"ão e!traordin0ria do demônio' em outros termos é a$uele $ue em nome de 8eus imp)e ao demônio $ue &esse de e!er&er influ!os maléfi&os em um lugar ou so(re determinadas pessoas ou &oisas# Em um sentido mais estrito a palavra e!or&ista na pra!e re&ente da >greja latina até NUJF indi&ava $uem havia re&e(ido a ordem menor do e!or&istado $ue &onferia o poder de e!pulsar os demônios ou seja de realizar e!or&ismos# Atualmente &hama-se E!or&ista o sa&erdote $ue re&e(e do (ispo a in&um(%n&ia e a fa&uldade de fazer e!or&ismos so(re possessos# Ele s pode usar dessa fa&uldade de a&ordo &om as normas esta(ele&idas esta(ele&idas as $uais serão vistas adiante# .uitas dio&eses t%m pelo menos um e!or&ista permanente' em outras o (ispo nomeia e!or&istas &onforme o&orram os &asos em $ue sua interven"ão se faz ne&ess0ria# =os primeiros sé&ulos sendo muito difundido na >greja mesmo entre os simples fiéis o poder &arism0ti&o de e!pulsar os demônios não havia uma dis&iplina espe&ial para os e!or&ismos so(re os endemoniados nem uma &ategoria espe&ial de pessoas e&lesi0sti&as in&um(idas de prati&0-los em nome da >greja# 8esde &edo porém se esta(ele&eu um &erimonial para os e!or&ismos (atismais 5 isto é a$ueles $ue se pro&ediam so(re os &ate&6menos &omo prepara"ão para o Ratismo' e logo se &onstituiu uma &lasse parti&ular de pessoas para pro&eder a eles# Era a ordem menor dos e!or&istas $ue surgia na >greja latina &om a in&um(%n&ia num primeiro momento de realizar apenas os e!or&ismos (atismais e não a$ueles so(re os possessos os $uais &omo fi&ou dito eram feitos por $ual$uer fiel sem mandato espe&ial# ,om o passar do tempo e &om a &onsolida"ão e e!pansão da >greja a fre$B%n&ia do poder e!or&ísti&o &arism0ti&o foi diminuído se (em $ue de forma desigual &onforme os lugares' os fiéis se voltaram então nos &asos de infesta"ão infesta"ão ou possessão possessão demonía&a demonía&a para as pessoas pessoas revestida revestidass do poder de ordem 5 isto é os di0&onos os sa&erdotes e os (ispos (ispos 5 e igualmente &omo &omo era natural# e!or&istas e!or&istas dos &ate&6menos# A >greja san&ionou essa pr0ti&a &om o seu poder ordin0rio &onferindo a tais e!or&istas tam(ém a fa&uldade e o poder de e!or&izar possessos#
Entretanto devido / difi&uldade no diagnosti&ar a possessão (em &omo por &ausa da deli&adeza e importgreja foi limitando pou&o a pou&o o e!er&í&io desse poder a um n6mero restrito de pessoas# Ima &arta do 4apa Santo >no&%n&io > a 8e&%n&io (ispo de Gu((io >t0liaF do ano de ]\ sup)e j0 $ue os e!or&ismos so(re possessos eram feitos em 1oma uni&amente por sa&erdotes ou di0&onos $ue para isso tinham re&e(ido autoriza"ão epis&opal# O e!or&istado passar0 a ser &onsiderado desde então somente &omo um dentre os v0rios graus através do $ual o futuro sa&erdote se preparava para as ordens maiores# Em(ora essa ordem menor &on&edesse sempre um poder poder efetiv efetivo o so(re so(re Satan Satan0s 0s o e!er&í e!er&í&io &io desse desse poder poder fi&ava fi&ava ligado ligado a outro outross re$ui re$uisi sitos tos## Essa Essa dis&ip dis&iplin lina a esta(ele&ida pelo menos desde o sé&ulo @ foi prevale&endo &om o tempo em toda a >greja do O&idente até tornar-se norma universal universal e assim &hegou até os nossos dias &om o ,digo de 8ireito ,anôni&o de NU &greja latina até ser &ompletamente a(olida por 4aulo @> em NUJ juntamente &om as demais ordens menores# =as >grejas orientais o ofi&io de e!or&ista era &onhe&ido desde o sé&ulo >@ porém não &onstituía uma ordem menor e seus mem(ros não faziam parte do &lero#
E=orcismo o Bue
OS EbO1,>S.OS ,O=S7>7IE. atos insignes de fé religião e de religião pois sup)em a &ren"a no poder so(erano de 8eus so(re os demônios sendo mesmo uma apli&a"ão pr0ti&a dessa &ren"a# =o presente &apítulo aprofundaremos um pou&o mais a no"ão de e!or&ismo em $ue &onsistem $ual o seu fundamento teolgi&o e a sua efi&0&ia &omo se dividem e so(re $uem podem ser feitos# No?@o e divis@o Os e!or&ismos não são simples ora")es a 8eus / @irgem aos anjos e santos pedindo $ue nos livrem dos ata$ues do .aligno ou gra"as para enfrent0-los# >sso é ne&ess0rio sem d6vida mas &onstitui apenas um dos re&ursos ordin0rios / disposi"ão de $ual$uer pessoa# Os e!or&ismos são mais do $ue isso9 são um ato pelo $ual o e!or&ista pela autoridade da >greja ou pela for"a do nome de 8eus imp)e ao demônio $ue o(ede"a e &esse a presen"a ou atua"ão nefasta $ue est0 e!er&endo so(re lugares &oisas ou pessoas# Assim fazem-se e!or&ismos so(re lugares e &oisas in&luindo aí o reino vegetal e o reino animal e tam(ém os elementos atmosféri&osF &om os $uais se proí(e $ue o demônio e!er"a m0s influ%n&ias so(re eles infesta"ão lo&alF' prati&am-se igualmente e!or&ismos so(re pessoas atormentadas ou pertur(adas pelos espíritos malignos infesta"ão pessoalF ou até possuídas por eles possessão dia(li&aF $ue t%m a finalidade de li(ertar essas pessoas das influ%n&ias maléfi&as e do poder e domínio de Satan0s# =o &aso das &riaturas irra&ionais a adjura"ão se dirige mais propriamente /$uele $ue $ueremos mover' isto é ou se dirige a 8eus a modo de s6pli&a para $ue evite $ue essas &riaturas sirvam de instrumento do demônio' ou se dirige ao demônio impondo-lhe $ue dei!e ou &esse de se servir delas# E este é o sentido da adjura"ão da >greja nos e!or&ismos e tam(ém nas (%n"ãos depre&atrias &ontra ratos gafanhotos vermes e outros animais no&ivos# Os e!or&ismos podem ser divididos segundo v0rios &ritérios# Assim no $ue diz respeito / solenidade &om $ue se fazem os e!or&ismos se &lassifi&am em solenes e simples# Os e!or&ismos solenes tam(ém &hamados e!or&ismos maiores são /$ueles feitos so(re pessoas possessas e visam li(ert0-las do domínio e!er&ido so(re elas pelo espírito do mal# ,onstituem o e!or&ismo-tipo isto é o $ue $ue retém o sentido mais estrito da palavra e se en&ontram no 1itual 1omano# Fitua*e omanum8 tit$ %I c$ , itus e=orciandi o:sessos a daemonio 6 ito (ara e=orciar os (ossessos (e*o demônio$H Os e=orcismos sim(*es s@o de dois ;neros aF a$uele feito para impedir ou &oar&tar o influ!o do demônio so(re as pessoas &oisas e lugares infesta"ão pessoal ou lo&alF &hamado E!or&ismo de Leão b>>> ou pe$ueno e!or&ismo &ontido igualmente no 1itual' Fitua*e omanum8 tit$ %I c$ E=orcismus in satanam et an;e*os a(ostaticos 6 E=orcismo contra Satan9s e os anjos a(statas$H
(F e!or&ismos v0rios $ue se efetuam nas &erimônias do Ratismo solene na (%n"ão da 0gua e do sal e na &onsagra"ão dos Santos leos et& Fencontram-se no itua* omano e *ivros *it\r;icos corres(ondentesH$ O prin&ipal &ritério entretanto para a divisão dos e!or&ismos é a$uele referente / autoridade em nome da $ual e por &ujo poder se fazem# 8e a&ordo &om esse &ritério os e!or&ismos se dividem em p6(li&a e privados segundo sejam feitos em nome e pela autoridade da >greja no primeiro &aso ou em nome do prprio e!or&izante no segundo# Essa distin"ão é fundamental para as &onsidera")es $ue v%m adiante# Ori;em e undamento teo*;ico do (oder e=orc)stico O homem não tem nenhum poder natural so(re os demônios uma vez $ue estes em(ora de&aídos não perderam sua natureza angéli&a# 4or isso tem $ue re&orrer o(rigatoriamente a uma natureza superior / deles para livrar-se dos ata$ues e insídias dos espíritos malignos# 4or natureza os demônios dependem e!&lusivamente de 8eus 6ni&a natureza a&ima da angéli&a# S 8eus tem um poder a(soluto so(re todas as &riaturas' portanto s Ele pode dominar de modo a(soluto so(re os demônios# ,ontudo Ele pode &onferir a $uem desejar o poder de dominar so(re os demônios pela virtude de Seu =ome# 4or isso a for"a &oer&itiva dos e!or&ismos e a garantia de sua efi&0&ia 5 assim &omo a sua li&eidade 5 estão em serem prati&ados em nome de 8eus e por a$ueles $ue dEle re&e(eram tal poder#
Algum anjo poderia ter uma natureza mais elevada do $ue a de L6&ifer' entretanto segundo a &ren"a &omum L6&ifer teria sido o anjo mais elevado naturalmente falando estando assim por natureza a&ima de todos os
demais anjos# *uanto aos outros demônios alguns são mais elevados outros menos $ue os anjos (ons estando pois no $ue se refere a pura natureza a&ima ou a(ai!o deles# 4ela gra"a todos os anjos (ons estão a&ima dos demônios 5 in&lusive de L6&ifer 5 ainda $ue inferiores em natureza# A Buem coneriu Deus ta* (oder so:re os demôniosU Em primeiro lugar ,risto &onferiu / Sua >greja por meio dos Apstolos um Hpoder so(re os espíritos imundos para os e!pelir[ .t V ' .& \U' L& N F# E o $ue se &hama poder e!or&ísti&o ordin0rio da >greja# Além disso alguns &ristãos 5 sa&erdotes ou mesmo simples fiéis 5 re&e(em de 8eus um &arisma de e!pulsar os demônios# D o $ue se &hama poder e=orc)stico carism9tico$> ,hama-se poder &arism0ti&o a$uele $ue deriva de um &arisma# Os &arismas são dons gratuitos e!traordin0rios e em geral transitrios &on&edidos por 8eus a algumas pessoas não tanto para proveito prprio delas em(ora possam &ontri(uir para sua santifi&a"ãoF mas so(retudo para o (em do pr!imo e a edifi&a"ão da >greja# O fundamento da doutrina so(re os &arismas se en&ontra em São 4aulo &f# ,or J U' Ef# ] J 1om J \-KF# Os telogos distinguem tr%s &lasses de &arismas9 dons de governo dons de ensino e e!orta"ão e dons de assist%n&ia &orporal# Entre estes 6ltimos estão os dons de &ura dos $uais uma espé&ie é o de e!pulsar os demônios o $ue &onstitui uma forma de &ura# 4or fim os telogos e!pli&am $ue e!iste um outro poder e!or&ísti&o $ue tem sua origem e fundamento numa apropria"ão do poder e!or&isti&o por parte de $ual$uer fiel Hseja motivada pela vida $ue ,risto =osso Senhor o(teve so(re Satan0s seja da união &om Ele pela fé ao menos atual;# FMons$ C$ 3ALD!CCI8 G*i indemoniati8 (($ -+J E* dia:*o8 ($ ,/0$H
,om efeito todo &ristão pode fazer uso do poder e!or&ísti&o $ue ,risto prometeu generi&amente a todos os $ue &rerem nEle $uando disse9 HE eis os milagres $ue a&ompanharão os $ue &rerem9 e!pulsarão os demônios em meu nome; .& \ UF# Ou então apli&ar a si mesmo a$uela outra promessa ainda mais ampla9 [Em verdade em verdade vos digo $ue a$uele $ue &r% em mim far0 tam(ém as o(ras $ue eu fa"o e far0 outras ainda maiores; o ] JF# Ora entre as o(ras de esus desta&a-se a e!pulsão dos demônios e a vitria final so(re Satan0s# Cinalmente pode fazer valer para si a$uele poder &on&edido por =osso Senhor aos Seus seguidores9 HEis $ue eu vos dei poder de &al&ar serpentes e es&orpi)es e toda a for"a do inimigo e nada vos far0 dano; L& V NF# 8e onde poder-se indi&ar um trípli&e título ou fundamento teolgi&o do poder e!or&ísti&o9 # uma &on&essão ordin0ria feita por ,risto / sua >greja' J# uma &omuni&a"ão &arism0ti&a e!traordin0ria a alguns de seus servidores independentemente de perten&erem ou não ao &lero' T# uma apropria"ão de tal poder por parte de $ual$uer fiel# 8essas tr%s vias a primeira &onstitui o fundamento dos e!or&ismos p6(li&os en$uanto as duas 6ltimas fundamentam os e!or&ismos privados# 8aí se deduz a efi&0&ia de uns e de outros &omo veremos a seguir#
Eic9cia dos e=orcismos E=orcismos (\:*icos P0 uma diferen"a relevante entre os e!or&ismos p6(li&os e os privados' no primeiro &aso o e!or&ismo ser0 um sa&ramental $ue não o&orre &om os 6ltimos# > Por sacramentais entendem-se certas coisas sens)veis F9;ua-:enta8 ve*as :entas8 A;nus Dei8 meda*asH ou certas a?es F:n?@os8 e=orcismos8 consa;ra?es8 etc$H da Buais a I;reja se serve (ata o:ter determinados eeitos es(ecia*mente es(irituais$ A or?a dos sacramentais vem do (oder de intercess@o da I;reja$
En$uanto sa&ramentais os e!or&ismos p6(li&os t%m uma efi&0&ia toda parti&ular $ue depende não s das disposi")es do e!or&ista e do pa&iente mas tam(ém e prin&ipalmente da ora"ão da >greja a $ual tem um espe&ial valor impetratrio junto a 8eus# A efi&0&ia dos e!or&ismos p6(li&os se (em $ue muito grande não é infalível' e isto por$ue as ora")es mesmas da >greja segundo a e&onomia ordin0ria $ue 8eus segue no atend%las não t%m efeito infalível' e tam(ém por$ue o poder da >greja so(re os demônios não é a(soluto mas &ondi&ionado ao (enepl0&ito do poder divino $ue /s vezes pode ter justos motivos para retardar ou proi(ir a saída deles de um lugar ou de uma pessoa# Este valor &ondi&ionado porém não est0 minimamente em &ontradi"ão &om a forma imperativa do e!or&ismo pois $ue a &ondi"ão diz respeito / vontade divina não / demonía&a a $ual de si est0 plenamente sujeita ao poder da >greja# E=orcismos (rivados Os e!or&ismos privados não &onstituem um sa&ramental &omo o p6(li&o isto é não &ontam &om a for"a inter&essora da >greja# Assim a sua efi&0&ia vem ou da for"a do &arisma por (ase a fé na promessa feita pelo Salvador# A efi&0&ia do poder e!or&ísti&o &arism0ti&o é segura infalível uma vez $ue o prprio 8eus ao &on&eder o &arisma garante por meio de uma inspira"ão $ue o uso desse &arisma est0 &onforme &om os Seus desígnios e o(ter0 por &onseguinte o efeito $ual foi &on&edido# Segundo os telogos 8eus &on&ede o dom do &arisma &om muita par&imônia' de modo $ue se deve pro&eder &om muita prud%n&ia antes de &on&luir $ue alguém é possuidor de algum &arisma' maior prud%n&ia ainda é e!igida da prpria pessoa $ue presume ser possuidora de algum deles# Os autores de teologia as&éti&a e místi&a seguindo o ensinamento de São oão da ,ruz a&onselham a não se desejar nem pedir gra"as e dons e!traordin0rios9 deve (astar-nos a via normal' pois esses dons não são ne&ess0rios para al&an"ar a salva"ão e a perfei"ão &ristã e até ao &ontr0rio por &ausa de nossas m0s in&lina")es podem servir de o(st0&ulo a elas# 4or outro lado < muito reBWente o demônio imiscuir-se nessas vias e=traordin9rias8 de maneira Bue nem sem(re < 9ci* distin;uir o Bue vem do Es()rito de Deus e o Bue vem do es()rito das trevas$ =o &aso da apropria"ão do poder e!or&ísti&o por parte do fiel ao &ontr0rio a efi&0&ia resulta inferior /$uela do e!or&ismo p6(li&o pois falta-lhe a for"a impetratria da >greja por não &onstituir ele um sa&ramental# Em &onse$B%n&ia a efi&0&ia do e!or&ismo privado não-&arism0ti&o depende muito da virtude 5 so(retudo da fé da$uele $ue o prati&a &ondi&ionada sempre ao divino (enepl0&ito# D pre&iso a&entuar &omo a&ima fi&ou dito $ue muitas vezes os e!or&ismos não t%m efeito não pela falta de fé da pessoa e!or&izante ou pelo poder dos demônios mas pelos desígnios de 8eus seja para &astigo seja para a purga"ão e santifi&a"ão da vítima ou por outro motivo $ue s Ele &onhe&e# A Buem e=orciarU =6mero infinito de infelizes atormentados pelo demônio O 1itual 1omano reserva os e!or&ismos solenes somente /s pessoas $ue d%em sinais ine$uívo&os de possessão# .as os e!or&istas e não s eles tam(ém os demais sa&erdotesF se deparam &om &asos muito mais fre$Bentes de pessoas $ue sem estarem propriamente possessas estão sofrendo ve!a")es do demônio# O 4e# oseph de 7on$uéde& S## $ue por mais de vinte anos foi e!or&ista da ar$uidio&ese de 4aris e grande demonlogo es&revia j0 em N]K# [A $uestão $ue vamos tratar não é do &o da psi&ologia ou da e!peri%n&ia em geral' ela é propriamente teolgi&a#; [O $ue nos levou a refletir so(re ela foi a insist%n&ia de um n6mero infinito de infelizes $ue não apresentando os sinais de possessão dia(li&a não se &omportando &omo possessos re&orrem entretanto ao ministério do e!or&ista para serem li(ertados de suas misérias9 doen"as re(eldes azar infeli&idade de toda espé&ie# HEn$uanto os possessos são muito raros os pa&ientes dos $uais falo são legião# =ão seria legítimo trat0-los &omo possessos uma vez $ue em toda evid%n&ia eles não o são# 4or outro lado eles não são tam(ém sempre e ne&essariamente doentes mentais so(re os $uais um tratamento psi$ui0tri&o teria &han&e de dar &erto###
HEm $ual$uer &aso estamos simplesmente em presen"a de infelizes de toda espé&ie &ujas $uei!as nos fazem &ompreender a gama dos infort6nios humanos# 7omados de pena por eles ns nos perguntamos a $ue meios re&orrer para os ajudar# HEntão nos v%m / lem(ran"a &ertas p0ginas dos nossos Santos Livros &ertas ora")es ou pr0ti&as lit6rgi&as $ue sup)em a influ%n&ia do demônio presente muito além das regi)es onde temos o &ostume de o &onfinar;# O autor re&omenda $ue nesses &asos se usem os sa&ramentais 0gua-(enta sal (entoF ora")es (%n"ãos o E!or&ismo de Leão b>>> E!or&ismo &ontra Satan0s e os anjos apstatasF et F2$ de TONK!EDEC S$2$8 Kue*Bues as(ects dei *]action de Satan eu ce monde8 ($ .$H 4or seu lado o e!or&ista da dio&ese de 1oma 4e# Ga(riele Amorth &omenta9 HAtualmente o 1itual &onsidera diretamente s o &aso de possessão dia(li&a ou seja o &aso mais grave e mais raro# =s e!or&istas nos o&upamos na pr0ti&a de todos os &asos nos $uais per&e(emos uma interven"ão satgreja para a 7eologia .oral falando para os &onfessores diz $ue antes de $ual$uer &oisa o sa&erdote deve e!or&izar privadamente $uando se en&ontra diante de algo $ue possa ser infesta"ão demonía&a[ FG$ AMOT'8 !n esorcista racconta8 (($ +-,$H !so reBWente dos e=orcismos sim(*es e dos e=orcismos (rivados =esses &asos a solu"ão pare&e estar no uso mais fre$Bente dos e!or&ismos p6(li&osF simples $ue são sa&ramentais e por isso t%m a uma for"a prpria $ue é a da >grejaF por parte dos sa&erdotes 5 tanto e!or&istas &omo não-e!or&istas j0 $ue não e!igem delega"ão espe&ial 5 so(re todas essas pessoas $ue sem serem possessas são perseguidas ou influen&iadas pelo demônio# D o $ue re&omendam os .oralistas' assim os jesuítas 4es# P# =oldin e A# S&hmitt9 [8eve-se persuadir muitíssimo os ministros da >greja a $ue mais fre$Bentemente fa"am uso do e!or&ismo simples lem(rando-se das palavras do Senhor9 Em meu nome e!pulsarão os demônios' fa"am uso so(retudo so(re a$ueles $ue sejam o(jeto de tenta"ão veemente so(re penitentes nos $uais per&e(em difi&uldades em e!&itar a dor e os propsitos a respeito dos pe&ados ou em manifestar sin&eramente os seus pe&ados# 4odem utilizar esta frmula ou semelhantes9 Eu te ordeno em nome de esus espírito imundo $ue te afastes desta &riatura de 8eus; F'$ NOLDIN S$2$ - A$ SC'MITT S$2$ - G$ 'EIN[EL S$2$8 Summa Teo*o;iae Mora*is8 ($ .$H =ada impede 5 &omo veremos 5 $ue em tais &ir&unst
E=orcismo *e;is*a?@o "em licen.a peculiar e e8pressa do rdinrio do lugar, ninguém pode reali&ar legitimamente e8orcismos sobre os possessos" (Eódigo de Direito Ean1nico)
8E4O>S 8E @E1 a no"ão o fundamento teolgi&o e a efi&0&ia dos e!or&ismos pare&e &onveniente dar em linhas gerais a legisla"ão atualmente em vigor so(re a matéria# Das ori;ens ao Cdi;o de Direito Canônico Direito da I;reja de restrin;ir (oderes A >greja detentora do poder das &haves tem o direito de reservar aos sa&erdotes &ertas pr0ti&as $ue em si mesmas teologi&amente falando poderiam ser realizadas tam(ém por leigos por não e!igirem o poder de ordem# Assim foi &om a distri(ui"ão da Sagrada Eu&aristia $ue nos primeiros tempos era feita tam(ém por simples fiéis sendo mais tarde reservada aos di0&onos e sa&erdotes e s re&entemente voltando a ser permitida aos leigos mediante li&en"a do respe&tivo (ispo# Coi o $ue se deu igualmente &om rela"ão aos e!or&ismos so(re os possessos9 nos primrdios da >greja $uando a a(undgreja ao reservar os e!or&ismos solenes so(re os possessos apenas aos padres autorizados9 H8iversas raz)es levaram a >greja a reservar muito estritamente a pr0ti&a dos e!or&ismos solenes# A luta do e!or&ista &ontra o demônio não est0 isenta de perigos morais mesmos físi&os para o padre e!or&ista' a >greja não $uer e não pode e!por des&onsideradamente seus ministros;# FM;r 7$ %$ MAK!AT8 Le=orciste devant *es maniestations dia:o*iBues8 ($ ,$H Entre as raz)es dessa reserva dos e!or&ismos so(re os possessos a sa&erdotes $ue satisfa"am a &ertos re$uisitos 5 &om a &onse$B%n&ia proi(i"ão aos leigos 5 os Autores enumeram as seguintes9 a$ 4erigos espirituais e mesmo físi&os a $ue o e!or&ista est0 e!posto9 tenta")es &ontra a fé &ontra a pureza' agress)es psí$ui&as ou mesmo físi&as por parte do demônio### :$ =e&essidade de grande &i%n&ia piedade e prud%n&ia para o &onfronto direto &om o demônio9 preparo para enfrentar as fal0&ias sofismas e em(ustes do pai da mentira' para sa(er &omo &onduzir o e!or&ismo' para &ertifi&ar-se de $ue o demônio saiu realmente do &orpo do possesso ao fim dele' e tam(ém para dis&ernir a verdadeira possessão de outros fenômenos até naturais pare&idos &om ela &omo estados mr(idos alu&ina")es ilus)es### c$ 1is&o de se profanar o =ome de 8eus tomando-O em vão na falsa possessão sendo o e!or&ismo a adjura"ão do demônio em nome de 8eus a $ue a(andone a &riatura $ue possui ou infesta a o(rigatoriedade de re&orrer ao (ispo de &ada vez &onduz a $ue os &asos estudados &om maior &uidado os indí&ios e!aminados &om maior prud%n&iaF# d$ 4ossi(ilidade de a(usos &omo e!or&izar doentes mentais &om perigo de agravar seus males pela grande tensão e esfor"o mental até físi&o $ue o e!or&ismo &omporta e pelo &ar0ter impressionante desteF' gan
A *e;is*a?@o em vi;or E=orcismos so*enes so:re (ossessos Em(ora $ual$uer sa&erdote e mesmo &omo veremos $ual$uer fielF seja teologi&amente &apaz de fazer e!or&ismos mesmo so(re possessos entretanto desde h0 muitos sé&ulos a >greja d0 a fa&uldade de e!or&izar solenemente isto é de fazer e!or&ismos so(re possessosF s a sa&erdotes distintos pela piedade e prud%n&ia mediante uma e!pressa li&en"a do Ordin0rio e &om a o(riga"ão de o(servar fielmente o disposto no ,digo de 8ireito ,anôni&o e no 1itual 1omano# Os e!or&ismos so(re possessos e!or&ismos solenes'F s podem ser feitos legitimamente9 a$ mediante li&en"a pe&uliar para &ada &aso &on&retoF e e!pressa não pode ser presumidaF do Ordin0rio do lugar# ,>,-KT &,- U &,-KT &,-U & #F d$ os e!or&istas o(servarão &uidadosamente os ritos e as f ormulas aprovados pela >greja# ,,- KT &,-U & J#F Os e!or&ismos são feitos normalmente na igreja ou em algum outro lugar pio ou religioso salvo os &asos de enfermos ou a presen"a de motivos graves em &ontr0rio' não porém diante de um p6(li&o numeroso# Sempre $ue os e!or&ismos devam fazer-se so(re uma mulher é ne&ess0rio $ue assistam a ele parentes pr!imos ou mulheres de honestidade e!emplar' e $ue a vítima esteja vestida de&orosamente# =o e!or&izar o ministro deve ater-se ordinariamente /s frmulas do 1itual 1omano evitando em &ada &aso o uso de remédios ou de pr0ti&as supersti&iosas# 8eve evitar a(solutamente fazer perguntas não oportunas ou não adaptadas ao es&opo ou não ne&ess0rias ou de mera &uriosidade (em &omo a$uelas $ue visem a des&o(rir a&onte&imentos futuros# 4or outro lado o e!or&ista deve perguntar ao demônio se ele est0 s ou &om outros espíritos malignos $ual o nome deles o tempo do iní&io da possessão e a &ausa dela# Os e!or&ismos podem ser realizados não apenas so(re possessos &atli&os prati&antes ou não e até e!&omungados mas tam(ém so(re pessoas de outras religi)es ou de todo pagãs desde $ue em &ada &aso se tenha uma &erteza moral de $ue se trata de verdadeiros endemoniados# ,digo de 8ireito ,anôni&o NUF &>> aos (ispos e padres autorizados pelo (ispo dio&esano# 1ituale 1omanum tit# b>> T# F ,omo simples ora"ão pode ser re&itado por $ual$uer pessoa sa&erdote ou leigo sem ne&essidade de nenhuma autoriza"ão espe&ial#F# Além disso um do&umento re&ente da Santa Sé transforma em norma dis&iplinar essa ru(ri&a do 1itual reiterando assim a proi(i"ão de os sa&erdotes não autorizados pelos respe&tivos (ispos - &omo tam(ém os leigos 5 utilizarem a referida frmula FCONGEGA"#O PAA A DO!TINA DA 7&8 Carta aos Ordin9rios de *u;ar$ re*e:rando as normas vi;entes so:re os e=orcismos8 , de setem:ro de +/8 in Acta A(oca*i(se Sedis8 An$ et vo*$ L%%5II8 , Decem:ris +/8 N$ +,8 (( ++0-++$H O mesmo do&umento proí(e ainda ao sa&erdote não autorizado pelo Ordin0rio a presid%n&ia de Hreuni)es de li(erta"ão do demônio[ nas $uais se d%em ordens diretamente ao demônio ainda $ue não se trate propriamente de e!or&ismos so(re possessos desde $ue pare"a haver algum influ!o dia(li&o# ,arta &it# T# F
Outros e=orcismos Os e!or&ismos $ue se efetuam nas &erimônias do (atismo solene na (en"ão da 0gua e do sal e na &onsagra"ão dos Santos leos apresentados no 1itual 1omano e demais livros lit6rgi&os podem ser feitos legitimamente pro&eder /s &erimônias em $ue eles o&orrem por e!emplo os &ate$uistas e outros ministros e!traordin0rios do Ratismo mesmo $ue sejam leigos e até mulheresF# Somos todos e=orcistasR "%m meu nome e8pulsar+o os dem1nios" (
8O A7D A*I> Eb4OS7O fi&ou &laro $ue tam(ém os leigos podem pro&eder a e!or&ismos pelo menos em &ertas &ir&unst esse ministério relativamente aos e!or&ismos (atismais passou a ser novamente &onfiado a leigos9 os atuais &ate$uistas e outros ministros e!traordin0rios do Ratismo# =um e noutro &aso - isto é no dos primitivos e!or&istas e no dos novos ministros e!traordin0rios do Ratismo 5 trata-se de fiéis $ue &omo fi&ou dito não re&e(eram a ordena"ão sa&erdotal no segundo esse ministério é &onfiado in&lusive a mulheresF o $ue indi&a $ue tal ordena"ão não é teologi&amente ne&ess0ria para $ue alguém possa pro&eder efi&azmente a e!or&ismos mesmo em &ar0ter ofi&ial isto é em nome da >greja# 4orém não é a estes &asos de pessoas delegadas pela >greja $ue $ueremos nos referir pois se poderia pensar $ue sempre é ne&ess0ria alguma espé&ie de investidura e&lesi0sti&a para ad$uirir a &apa&idade teolgi&a para e!or&izar o demônio# O $ue investigamos a$ui é se o simples fiel sem nenhuma investidura ofi&ial tem poderes 5 teologi&amente falando 5 para pro&eder efi&azmente aos e!or&ismos# Poder dado (e*o 3atismo8 (e*a Conirma?@o e (e*a Eucaristia O homem não tem nenhum poder natural so(re Satan0s e os espíritos infernais9 se não fosse so&orrido por 8eus fi&aria inteiramente / mer&% do .aligno# E de fato pelo pe&ado original todos nos tínhamos tornado es&ravos dele# =osso Senhor na sua miseri&rdia resgatou-nos da tirania do demônio por sua morte de ,ruz# E Ele $ue parti&ipemos de sua luta assim &omo nos asso&ia ao seu triunfo# >sto se d0 pelo Ratismo $ue nos in&orpora a ,risto e nos faz partí&ipes de sua luta e de sua vitria# 4ois o &orpo parti&ipa de toda a vida da ,a(e"a# Eis aí o título fundamental $ue nos faz e!or&istas a todos os (atizados# D por isso $ue 8om 4ellegrino Ernetti V#S#R# 5 e!or&ista da ar$uidio&ese patriar&al de @eneza d0 ao &apítulo final de seu livro o seguinte título9 HSomos todos e!or&istas H# Es&reve 8om 4ellegrino9 HAs ora")es e o e!or&ismo preventivo são inerentes ao prprio estado de ser &ristão en$uanto (atizado &rismado e $ue vive a vida da Eu&aristia# 8o &ar0ter (atismal lhe provém j0 o título de verdadeiro lutador &ontra Satan0s# E a prpria ora"ão do 4ai-=osso lhe &onfere o título v0lido para lutar em forma preventiva# O &ristão não somente tem o estrito dever de soldado e seguidor de ,risto o $ual veio 0
terra para e!pulsar e destruir a o(ra do demônio mas tem in&lusive o direito de parti&ipar nesta luta direito sempre proveniente seja do &ar0ter (atismal seja &rismal e nutrido de esus na mesa eu&arísti&a se torna sempre mais forte para o(ter a vitria juntamente &om seu 1ei e @en&edor ,risto# H4ortanto9 todos somos e!or&istas lutadores e ven&edores de Satan0s ,omo e!or&ista o fiel no faz outra &oisa senão e!er&itar o seu jus nativum &onsu(stan&iado no sa&erd&io &omum dos fiéis;# FD$ Pe**e;rino ENETTI O$S$3$8 La Catecesi di Satana8 (($ ,./-,.0H 7eolgi&amente falando 5 e a(straindo igualmente de &arismas e!traordin0rios 5 todos os fiéis somos pois e!or&istas sem $ue seja ne&ess0ria nenhuma espé&ie de investidura e&lesi0sti&a para ad$uirir a &apa&idade para e!or&izar o demônio# Essa &apa&idade est0 in radi&e no Ratismo $ue nos faz filhos de 8eus mem(ros do ,orpo .ísti&o de $ue ,risto é a ,a(e"a' e é reafirmada pela ,onfirma"ão $ue nos faz soldados de ,risto e nos d0 junto &om o dever de lutar por Ele a &apa&idade para tal &om(ate' e é alimentada pela Eu&aristia# 4orém esse poder e!or&ísti&o por s0(ias raz)es de prud%n&ia est0 limitado pela leis da >greja &omo se ver0 a seguir# Limita?es canônicas Se não e!istem empe&ilhos de natureza teolgi&a para $ue um leigo possa prati&ar e!or&ismos o&orrem entretanto impedimentos de natureza &anôni&a isto é de lei positiva da >greja# O primeiro deles é a proi(i"ão de prati&ar e!or&ismos so(re possessos os $uais &omo fi&ou e!posto anteriormente são reservados aos sa&erdotes devidamente autorizados pelo respe&tivo (ispo# Outra restri"ão diz respeito ao emprego da frmula do &hamado E!or&ismo de Leão b>>> reservada para os (ispos e sa&erdotes autorizados# Os simples fiéis tam(ém não devem realizar sess)es de e!or&ismos nas $uais se interpele diretamente o demônio ainda $ue não se trate de &asos de possessão propriamente dita desde $ue se suspeite de presen"a demonía&a ,O=G1EGAWO 4A1A A 8OI71>=A 8A CD ,arta aos Ordin0rios de lugar relem(rando as normas vigentes so(re as e!or&ismos JN de setem(ro de NKM#F
Kuando e como os *ei;os (odem e=orciar Nas inesta?es *ocais ou (essoais Então os leigos fi&am / mer&% dos ata$ues do demônio j0 $ue não podem e!or&izar os possessos+ 8e nenhum modo# ,onvém lem(rar $ue a prin&ipal defesa &ontra o demônio é a gra"a de 8eus $ue se re&e(e no Ratismo e se re&upera na ,onfissão sendo alimentada pelos sa&ramentos sa&ramentais (oas o(ras e vida de piedade# 4ortanto mesmo $ue um leigo possa fazer e!or&ismos so(re possessos ele não est0 indefeso diante do demônio# D pre&iso re&ordar ainda $ue a possessão de si não é um o(st0&ulo / salva"ão nem / santifi&a"ão das pessoas podendo mesmo ser uma prova"ão 6til para a vida espiritual da vítima ou de seus familiares e amigos e mesmo do prprio e!or&ista# ,a(e &onsiderar ainda $ue a possessão não é a ofensiva e!traordin0ria mais fre$Bente do demônio# E!&etuando a tenta"ão $ue é uma ofensiva ordin0riaF os Autores dizem $ue a ofensiva e!traordin0ria mais &orrente é a infesta"ão tanto lo&al &omo pessoal# Eles dizem $ue é grande o n6mero de pessoas $ue pro&uram os e!or&istas por estarem atormentadas pelo demônio sem $ue entretanto se trate de &asos de possessão# E $ue se sentem aliviadas &om e!or&ismos simples ou apenas &om (%n"ãos e outros remédios espirituais# Ora &om rela"ão / infesta"ão lo&al e mesmo pessoal não e!iste na legisla"ão &anôni&a nenhuma proi(i"ão9 os leigos podem fazer e!or&ismos privados desde $ue não empreguem a frmula do E!or&ismo &ontra Satan0s e os anjos apstatas o &hamado E!or&ismo de Leão b>>>F nem Hse interpele diretamente o demônio e se pro&ure &onhe&er sua identidade[# E o $ue adverte a ,ongrega"ão para a 8outrina da Cé no do&umento a&ima &itado# FCONGEGA"#O PAA A DO!TINA DA 7&8 Doc8 cit$H 4ortanto nos &asos menos raros de a"ão demonía&a e!traordin0ria isto é nas infesta")es lo&ais e nas pessoais os fiéis não estão indefesos em de&orr%n&ia da regulamenta"ão dos e!or&ismos esta(ele&ida pelo ,digo de
8ireito ,anôni&o e por do&umentos da ,ongrega"ão para a 8outrina da Cé# Além dos remédios gerais ordin0rios podem eles &om as &autelas adiante indi&adas fazer uso do remédio e!traordin0rio do e!or&ismo privado# Para re(e*ir as tenta?es e (ertur:a?es do demônio =ão é apenas em &asos ou situa")es de &erto modo e!tremas $ue os leigos são livres para pro&eder a e!or&ismos privados# Eles os podem prati&ar preventivamente sempre $ue se sentirem tentados ou pertur(ados pelo demônio# D o $ue ensinam os moralistas e &anonistas# 4or e!emplo es&reve o 4e# Celi! .# ,A44ELLO S##9 HO e!or&ismo privado pode ser realizado por todos os fiéis# 4or$ue $ual$uer um pode para repelir as tenta")es ou pertur(a")es do demônio ordenar a ele por 8eus ou esus ,risto $ue não prejudi$ue a si ou a outros# O efeito desse e!or&ismo não deriva da autoridade e pre&es da >greja uma vez $ue não se faz em seu nome mas somente pela virtude do nome de 8eus e esus ,risto;# Celi! .# ,A44ELLO S### 7ra&tatus ,anoni&o-.oralis 8E SA,1A.E=7>S# p#K]F# =o mesmo sentido es&reve o 4e# .ar&elino ALRA S##9 HE!or&ismos9 ### privados imperativamente pode ser feitoF por $ual$uer um somente para &oar&tar a influ%n&ia dos demônios###;.ar&elino ALRA S## 7heologiae .oralis ,ompendium p# \\F#F D igualmente o $ue diz o e!or&ista de @eneza 8# 4ellegrino Ernetti9 H4ara todas as outras atividades demonía&as a&ima elen&adas tenta")es infesta")es lo&ais e pessoais todos os (atizados e &rismados indistintamente t%m o munus e o dever de lutar juntamente &om esus para de(elar o inimigo infernal;# 8# 4ellegrino E1=E77> O#SR# La ,ate&hesi di Satana pp# J]U-J]N#F Em resumo9 os simples fiéis podem e até devem realizar e!or&ismos privados nas tenta")es ou infesta")es demonía&as' não porém nos &asos de possessão pois os e!or&ismos so(re possessos são reservados &omo fi&ou afirmado aos sa&erdotes autorizados# Evitar uso de rmu*as so*enes e a(arncia de carisma *uanto ao modo de fazer os e!or&ismos os leigos devem evitar o uso das frmulas do 1itual 1omano reservadas apenas aos sa&erdotes $ue re&e(eram a devida li&en"a do (ispo pois tal uso podia fazer &rer $ue se ten&iona fazer os e!or&ismos em nome da >greja ou seja $ue se est0 investido de um mandato e&lesi0sti&o# D re&omendada uma prud%n&ia parti&ular para evitar toda solenidade e formalidade in&lusive a forma imperativa sempre $ue isso possa fazer pensar $ue se trata de um &arisma e!traordin0rio pois isso poderia &ausar estranheza a muitos dada a raridade dos &arismas hoje# D pre&iso pre&aver-se ainda &ontra o perigo do es&grejaF devendo dirigir-se a um sa&erdote' podem entretanto fazer uma ora"ão pedindo a 8eus - por inter&essão de =ossa Senhora de São .iguel dos anjos e dos santos 5 $ue li(ertem a$uela pessoa do domínio de Satan0s e impe"am $ue o espírito maligno fa"a mal a outras pessoas# 7am(ém nos &asos de infesta"ão lo&al ou pessoal grave em $ue a atua"ão do demônio seja &erta ou ao menos muito prov0vel ou haja manifesta")es e!traordin0rias ser0 mais prudente a(ster-se da frmula imperativa ao fazer e!or&ismos privados# O mais re&omend0vel seria &hamar igualmente um sa&erdote sempre $ue possível# 8o mesmo modo deve-se evitar $ual$uer pro&edimento $ue possa dar a impressão de vã presun"ão nos prprios méritos# O 4e# Guillerme Arendt jesuíta (elga &uja orienta"ão estamos seguindo neste itemF o(serva $ue uma ordem dada ao demônio por um simples fiel em nome de 8eus &om presun"ão de %!ito sem ter em &onta a vontade divina pode &onstituir uma tenta"ão a 8eus uma vez $ue é $uase o(rig0-Lo a interferir por respeito ao prprio =ome# .as $uando não h0 essa presun"ão e se espera uni&amente em 8eus e no poder do nome e da &ruz de ,risto então não h0 esse perigo# =esse &aso o $ue se est0 fazendo é apenas uma ora"ão a 8eus $ue Ele atender0 segundo seus augustos desígnios# 7rata-se tam(ém de um ato de fé e de esperan"a na promessa do 1edentor de $ue a$ueles $ue &ressem teriam o poder de e!pulsar os demônios# *uando se tratar somente de repelir a tenta"ão do dia(o pe&ar para pe&ar é &onveniente desprezar e &al&ar aos pés pela virtude de ,risto a so(er(a dia(li&a &om e!pro(a"ão imperativa de modo $ue o inimigo &onfundido seja posto em fuga em virtude de sua prpria impot%n&ia# ,f# \# A1E=87 8e Sa&ramentali(us n# T apud .ons# RAL8I,,> Gli >ndemoniati pp# NN-VV#F
Ora?es de *i:erta?@oV ,a(e a$ui uma palavra so(re as &hamadas ora")es de li(erta"ão# HOra")es de li(erta"ão 5 define .ons# ,orrado Raldu&&i - são a$uelas &om as $uais pedimos a 8eus / @irgem a São .iguel aos Anjos e aos Santos sermos li(ertos das influ%n&ias maléfi&as de Satan0s# São muito distintas dos e!or&ismos nos $uais nos dirigimos ao dia(o ainda $ue em nome de 8eus da @irgem et' distintas seja pelo destinat0rio direto seja o(viamente pela modalidade pelo tom9 depre&ativo e supli&ante no primeiro &aso imperativo e amea"ador no segundo;# FMons$ C$ 3ALD!CCI8 E* dia:*o8 ($ ,0+$H =essas ora")es em vez de se impor ao demônio em nome de esus ,risto $ue dei!e a$uela pessoa a$uele lugar ou $ue &esse a$uela situa"ão implora-se a 8eus $ue 5 pelos méritos de =osso Senhor pela inter&essão de =ossa Senhora dos Anjos dos Santos de pessoas virtuosas 5 nos proteja e li(erte do jugo do .aligno sem interpelar diretamente o demônio nem pro&urar &onhe&er sua identidadeF# 8evemos fazer essa s6pli&a &om humildade e &onfian"a pois 8eus não o despreza um &ora"ão &ontrito e humilhado S> MV NF# 8eus não dei!ar0 &ertamente de nos atender so(retudo se tivermos em vista antes de tudo a sua glria# [Orar para sermos li(ertados do dia(o de suas tenta")es de suas ma$uina")es enganos e influ%n&ias 5 es&reve .ons# Raldu&&i - é louv0vel e não s re&omend0vel e sempre se fez assim em privado e em p6(li&o' esta peti"ão esus a in&luiu na 6ni&a ora"ão $ue nos ensinou o 4ai-=osso' e se fazia assim &omo fi&ou dito no final de &ada .issa &om a ora"ão a São .iguel Ar&anjo;# 4orém &ontinua o 4relado ultimamente em algumas reuni)es de grupos de ora"ão e outras ini&iativas privadas nas $uais se faziam ora")es de li(erta"ão 0s vezes se saía dos @>.OS a interfer%n&ia espont
O feiti&eiro não desenvolve no malefí&io as suas for"as# A interven"ão de Satan0s é aí evidente e 8eus a permite &omo permite a tenta"ão as infesta")es e mesmo as possess)es# As provas dessa interven"ão demonía&a são tão a(undantes nas Sagradas Es&rituras e na Pistria religiosa $ue a ninguém é legítimo duvidar dela# *uando se &r% no demônio no $ue os Livros Sagrados e a Pistria dizem dele rejeitar essa possi(ilidade é irra&ional# =a verdade diante de testemunhos tão irrefut0veis não se pode não &rer na e!ist%n&ia de feiti&eiros e na efi&0&ia de seus feiti"os por o(ra do demônio sempre $ue 8eus o permitir#
Da su(ersti?@o Z adora?@o do demônio “s *ue se apegam s supersti.Kes enganosas abandonam a gra.a *ue lhes era destinada" (Jonas , >, Lulg)
A su(ersti?@o A supersti"ão é um arremedo indigno do verdadeiro &ulto a 8eus por depositar a &onfian"a em frmulas e ritos empregados para for"ar 8eus a atender o $ue Lhe é pedido e para desvendar o futuro# ,hama-se tam(ém supersti"ão a venera"ão de &ar0ter religiosos tri(utada a Hfor"as; reais ou imagin0rias em lugar de 8eus# A supersti"ão pro&ura aprisionar o so(renatural mediante frmulas ou ritos para pô-lo ao seu servi"o# O supersti&ioso $uer servir-se da religião para proveito prprio e não para &ultuar desinteressadamente a 8eus# 4or isso 8eus através do 4rofeta onas adverte9 [Os $ue se apegam /s supersti")es enganosas a(andonam a gra"a $ue lhes era destinada; n J NF# O supersti&ioso p)e uma &onfian"a indevida em pr0ti&as /s $uais nem 8eus nem a >greja por &on&essão divinaF nem a natureza &onferiram o poder de o(ter &ertos efeitos# Sempre $ue se pro&uram determinados efeitos por meios despropor&ionados os $uais de nenhum modo podem &onduzir ao resultado desejado se &onfia na atua"ão de for"as misteriosas ao menos impli&itamente para o(ter esse resultado# ,omo essas for"as v%m de 8eus nem de seus anjos s podem provir do espírito das trevas# E assim a partir da supersti"ão se &hega fa&ilmente ainda $ue de forma não inteiramente &ons&iente ao re&urso implí&ito ao demônio# 8aí para a invo&a"ão e!plí&ita não h0 senão u m passo# Em suma o desejo de su(jugar as for"as superiores e de as instrumentalizar para proveito prprio e dessa maneira &hegar a [ser &omo deuses; &f# Gen T MF é o fundamento de toda a supersti"ão de toda a magia# Pacto com o demônio Possi:i*idade de (acto com o demônio Sa(emos pela 1evela"ão $ue os homens podem entrar em &omuni&a"ão volunt0ria &om os demônios e pedir $ue eles fa"am ou &on&edam &oisas $ue superam as for"as humanas# Est0 fora de d6vida $ue o demônio intervém espontaneamente de um modo sensível na vida dos homens' por$ue não haveria ele de intervir diante da soli&ita"ão de uma vontade humana+ =ão h0 nisto nada $ue seja &ontr0rio 0 ordem das &oisas nem da parte de 8eus nem do demônio# 8a parte de 8eus Ele pode permitir / a"ão do demônio &omo &astigo para o homem por &ausa de suas faltas ou &omo prova"ão para a vítima ou para algum outro efeito $ue Ele &onhe&e nos Seus desígnios de sa(edoria e justi"a# 8o lado do demônio est0 (em de a&ordo &om a sua psi&ologia atender a uma soli&ita"ão $ue tanto lisonjeia seu orgulho gratifi&a seu dio a 8eus e do homem e satisfaz seu desejo de fazer o mal# >& o Bue (ensava santo A;ostino8 o Bua* airma Bue os omens Bue se dedicam Z su(ersti?@o Rs@o entre;ues8 como suas vontades m9s merecem8 aos anjos (revaricadores8 (ara serem escarnecidos e en;anadosR$ O homem pode entrar em rela"ão &om os anjos e &om os demônios uma vez $ue uns e outros são seres inteligentes e livres# =essa &ondi"ão tanto o homem $uanto os anjos e os demônios podem fazer uso de sua li(erdade e unir-se para a o(ten"ão de um fim &omum# .as para isso é pre&iso haver um ponto de &onta&to entre uns e outros' $uer dizer é pre&iso $ue uns e outros tenham disposi")es an0logas# *uando as rela")es são esta(ele&idas entre seres de natureza diversa é evidente $ue o ser de natureza superior imp)e as suas disposi")es ao inferior9 é a lei do mais forte# Se o ser mais elevado é um espírito (om isto é um anjoF o a&ordo se faz para o (em' se ao &ontr0rio o ser mais elevado é um espírito maligno o a&ordo não pode fazer-se senão
para o mal# 4ois o demônio espírito pervertido não visa senão o mal# ,omo todo &ontrato &ada parte pro&ura atender aos seus interesses# Se de um lado o espírito maligno a&eita o a&ordo uni&amente para o mal a outra parte o homem poder0 e!igir $ue esse mal lhe traga alguma vantagem ao menos su(jetiva9 dinheiro honras vingan"a prazer' do &ontr0rio não haver0 razão para haver a&ordo# 4or sua intelig%n&ia e seu poder os demônios são superiores aos homens# Eles &onhe&em os segredos da natureza e os agentes físi&os (em melhor $ue os s0(ios jamais &hegarão a &onhe&er# Eles são &apazes de produzir resultados surpreendentes e mesmo $uando isso serve a seus pérfidos desígnios o(ter vantagens materiais $ue re&orrem a eles# ,omo é evidente o homem não tem poder so(re os demônios e estes não são o(rigados a atender aos desejos do homem não o faz por$ue esteja a isso o(rigado' seja for"ado a isso pelo homem mas sim por$ue satisfaz / sua so(er(a ver-se soli&itado pelo homem e até venerado por ele em lugar de 8eus' de outro lado atendendo a esses pedidos ele prati&a o mal $uer em rela"ão a ter&eiros &omo se d0 &om fre$B%n&ia $uer em rela"ão ao prprio soli&itante &uja alma &onduz / perdi"ão $ue é o $ue ele tem em vista ao a&eitar o pa&to#
Es(
+b Pacto e=(*)cito O pa&to &om o demônio &onsiste num a&ordo entre uma pessoa e o demônio pelo $ual essa pessoa se o(riga a algo em rela"ão ao demônio em tro&a da ajuda deste para &onseguir a$uela vantagem $ue deseja# .uitas vezes o pa&to é feito por es&rito e o demônio e!ige $ue o homem o assine &om o prprio sangue# 4ara esta(ele&er o pa&to não é ne&ess0rio $ue as duas partes estejam presentes pessoalmente9 elas podem atuar por meio de pro&uradores# O demônio $uase sempre é representado pelo feiti&eiro pai-de-santo médium et E isto j0 nos en&aminha para o estudo da feiti"aria da magia da ma&um(a $ue ser0 feito a seguir# Outras vezes o pa&to se faz por meio de sociedades secretas inici9ticas e &om &ertas formalidades ou ritos esta(ele&idos# 4or fim h0 o&asi)es em $ue o pa&to se faz &om a apari"ão real do demônio# P0 &asos de feiti&eiros $ue t%m um &omér&io ha(itual &om o Espírito das trevas o $ual v%em so( as mais variadas formas9 humana animal fant0sti&a# ,b Pacto im(*)cito .as ao lado do pa&to e!plí&ito h0 o pa&to implí&ito &om o demônio# D f0&il so(retudo para os &ristãos &ompreender $ue um pa&to formal um re&urso e!plí&ito ao demônio é &ontr0rio / lei de 8eus# .as o re&urso implí&ito mediante pr0ti&as supersti&iosas nem sempre apare&e &laramente &omo um re&urso ao .aligno e &ho&a menos o senso moral# 4ara $ue se possa dizer $ue h0 pa&to implí&ito &om o demônio é pre&iso (em entendido $ue se tenha uma esperan"a mais ou menos firme de $ue o efeito pretendido realmente ser0 o(tido' tam(ém é pre&iso $ue se trate de pr0ti&as feitas &om seriedade e não por mera (rin&adeira em(ora seja muito perigoso (rin&ar nessa matéria pois o demônio pode tomar a &oisa a sérioF# ,omo esse efeito não pode ser esperado dos meios empregados $ue evidentemente não são aptos para &onduzir a esse resultadoF ao menos impli&itamente se &r% na presen"a de &ertas for"as misteriosas e!tra-naturais para o(ter a$uele resultado# *ue for"as são essas+ Se não v%m de 8eus seja diretamente ou indiretamente através dos seus anjos ou da >grejaF de onde pro&ederão+ A resposta não pode ser outra9 v%m do .aligno# Em muitos &asos o homem se d0 &onta disso' porém &ego por suas pai!)es desregradas j0 não &ogita de averiguar a origem do resultado o(tido9 o $ue lhe interessa é al&an"0-lo# Assim vai-se a&ostumando aos pou&os a ver o demônio não &omo o espírito do mal $ue ele é mas apenas &orno urna ser poderoso $ue ele pode utilizar em seu proveito' &omo uma espé&ie de divindade &onivente &om suas pai!)es a $uem &onvém &ultuar#
A supersti"ão em $ual$uer de suas formas por &onter sempre um re&urso &laro ou velado e!plí&ito ou implí&ito ao demônio &onstitui um pe&ado gravíssimo &ontra a virtude da religião $ue nos pres&reve prestar &ulto somente a 8eus e s a Ele re&orrer e nun&a ao poder das trevas 5 [Adorar0s ao Senhor teu 8eus e s a Ele servir0s[ L& ]KF# Adora?@o do demônio sacri)cios umanos Cu*to ido*9trico do es()rito das trevas A &redulidade indis&iplinada soltando o freio da fantasia no &o duplamente misterioso das for"as so(rehumanas e do mal adultera o &on&eito de Satan0s 5 inimigo de 8eus e dos justos porém mera &riatura limitada 5 para fazer dele uma espé&ie de divindade malfazeja a $ue se deve servir e agradar no interesse pessoal# 8e onde alguns ritos &omo na ma&um(a um(anda e &andom(lé se fazerem ofertas de alimentos e sa&rifí&ios de animais para apla&ar o dia(o e tom0-lo propí&io a $uem re&orre a ele# Essa postura pode levar e muitas vezes leva o supersti&ioso a fazer uma aut%nti&a su(stitui"ão de 8eus pelo demônio e a realizar pardias (lasfemas do &ulto divino &omo nas .issas negras# ,hega-se então ao satanismo pleno $ue se &ara&teriza pela vontade de prati&ar o mal pelo dio ativo em nome da li(erdade a(soluta $ue investe &ontra toda lei religiosa e moral# Esse dio não é e!pli&0vel pela psi&ologia humana parti&ipando do mistério do mal do Hmistério da ini$uidade[ de $ue fala São 4aulo &f# J 7es J UF# E assim se passa do pa&to implí&ito ao pa&to e!plí&ito &om o demônio e se &hega ao &ulto idol0tri&o do espírito das trevas invo&ado /s vezes so( nomes (0r(aros &omo ori=9s8 =an;ôs8 e=\s e outros so(retudo nos ritos da ma&um(a da um(anda do &andom(lé e nas pr0ti&as de magia em geral# O sacri)cio ato de cu*to de adora?@o 8e a&ordo &om a doutrina &atli&a s se pode ofere&er sa&rifí&ios a 8eus por se tratar de ato essen&ial do &ulto de adora"ão pelo $ual re&onhe&emos o poder a(soluto $ue o ,riador tem so(re ns# 7odo sa&rifí&io ofere&ido a outrem $ue não a 8eus reveste-se de um &ar0ter idol0tri&o pe&ado gravíssimo de lesa-majestade divina# O sa&rifí&io &onsiste no ofere&imento e na imola"ão de uma vítima sa&rifí&io propriamente ditoF ou no ofere&imento e entrega de um (em em honra da divindade sa&rifí&io impropriamente ditoF &om a finalidade de pro&lamar $ue 8eus é o Senhor de todas as &oisas e $ue ns não ternos nada de prprio mas tudo perten&e a Ele# 4or &ausa do pe&ado ns mesmos é $ue deveríamos ser imolados a 8eus' mas o ,riador não permite a imola"ão &ruenta do prprio homem &orno faziam as religi)es pagãs &f# Lev K J' JV -M' 8eut J T' K NssF# Assim não pode haver um sa&rifí&io de imola"ão &ruenta de seres humanos# =ão podendo fazer a imola"ão de nossa vida a 8eus imolamos nossa vontade $ue é no $ue &onsiste o sa&rifí&io interno# O sa&rifí&io e!terno &onsiste no ato de ofere&imento de uma vítima ou de uma &oisa a 8eus e deve ser apenas um sinal do sa&rifí&io interno do ofere&imento de ns mesmos# >Kuando a*;uns judeus8 no Anti;o Testamento8 (or imita?@o dos (ovos (a;@os viinos imo*aram v)timas umanas Fc$ + eis +08.H8 Deus8 (or meio dos Proetas (roeriu severas condena?es a esses atos Fc$ 2os 08 ,0J SI +/8 ssJ MiB 08 J 2er 8 +J +8/J ,8 /J E +08 ,OssJ ,8 ,0H$ Sacri)cios umanos O demônio em sua so(er(a demen&ial $uer se pôr no lugar de 8eus e ser adorado9 H7udo isto eu te darei se prostrado me adorares[ o \ NF ousou ele dizer ao prprio Salvador ofere&endo-lhe os reinos deste mundo E este é o &onvite $ue ele faz aos homens so(retudo aos $ue o pro&uram9 HAdorem-me $ue eu lhes darei tudo[ [Pomi&ida desde o prin&ípio[ &omo o &ara&terizou =osso Senhor o K ]]F o demônio não se satisfaz apenas &om as oferendas de animais alimentos velas &a&ha"a et segundo se prati&a &orrentemente nos &ultos de ma&um(a# Sempre $ue pode ele e!ige sa&rifí&ios humanos# >sto não é algo $ue se tenha dado apenas na Antiguidade ou entre os povos (0r(aros mas o&orre ainda em nossos dias# E entre ns &onforme veremos adiante#
PATE Ma;ia ne;ra ou eiti?aria as(ectos istricos "B+o vos dirijais aos magos, nem interrogueis os adivinhos, para *ue vos n+o contamineis por meio deles" (=ev $>,3$)
Anti;uidade da ma;ia ne;ra ou eiti?aria HA magia negra ou dia(li&a ou simplesmente feiti"aria &onsiste em um poder o&ulto $ue permite ao mago o(ter efeitos superiores / efi&i%n&ia dos meios realmente empregados; 5 define o 4e# Leonardo Azzolini S## FPe$ Leonardo A[[OLINI S$2$8 La Ma;ia Secondo *a Teo*o;ia Mora*e8 co*$ +,H A feiti"aria é en&ontrada em todas as &ulturas e em todas as épo&as' apresenta-se so( aspe&tos diversos mas sempre &om &ara&terísti&a em &omum $ue é o re&urso a frmulas e rituais m0gi&os &a(alísti&os para &urar doen"as prever &oisas futuras assegurar o su&esso de empreitadas et .ais parti&ularmente a &apa&idade de fazer o mal de prejudi&ar outros# A magia estava tão difundida na AntigBidade $ue &onsistia um perigo para o 4ovo Eleito o $ual era tentado a imitar vos vizinhos# A Rí(lia ressalta essa pr0ti&a no Egito# O livro do !odo U ssF narra &omo tendo .oisés e Arão feito prodígios diante do Cara transforma"ão de uma vara em serpente e as 0guas do rio em sangueF os magos do Cara pela a"ão do demônio fizeram o mesmo# O livro de >saías ]U lJssF e o de 8aniel JV' J JssF mostram a importgreja &om(ateram muito a feiti"aria' e na >dade .édia os grandes 8outores - &omo oão de Salis(urQ JV-KVF São 7om0s de A$uino JJM-JU]F e São Roaventura JJ-JU]F entre outros &ontinuaram o mesmo &om(ate estudando a fundo a feiti"aria# A épo&a entretanto em $ue o pro(lema se tornou mais vivo foi o &ome"o dos 7empos .odernos em virtude da enorme de&ad%n&ia religiosa $ue se seguiu ao de&linar da >dade .édia &om a e!plosão de orgulho e sensualidade do 1enas&imento e finalmente a &rise de revolta &ontra a >greja $ue deu no 4rotestantismo# 8e fato so(retudo nos sé&ulos b@ ao b@>> in6meros 4apas e ,on&ílios provin&iais promulgaram do&umentos alertando &ontra a pr0ti&a da feiti"aria# D nessa épo&a $ue surge um dos do&umentos mais autorizados so(re a a"ão de (ru!os e feiti&eiras a (ula Summis desiderantes do 4apa >no&%n&io @>>> ]K]-]NJF#
Documentos (onti)cios contra a eiti?aria A :u*a de Inocncio 5III A (ula Summis desiderantes de \ de dezem(ro de ]K] des&reve a perversa a"ão dos feiti&eiros em &ertas regi)es da Alemanha# O 4apa &ome"a manifestando o seu sumo desejo de $ue Htoda deprava"ão heréti&a seja varrida de todas as fronteiras e de todos os re&antos dos fiéis;# A feiti"aria é aí tratada &omo deprava"ão heréti&a# E a razão é por$ue em geral as pessoas $ue se entregam / feiti"aria a&a(am por ter urna &on&ep"ão heréti&a a respeito do demônio atri(uindo-lhe $ualidades divinas ou su(stituindo-o ao prprio 8eus# A (ula passa então / des&ri"ão das muitas pr0ti&as de feiti"aria tal &omo &onstava o&orrer na Alemanha9
H,hegou-nos re&entemente aos ouvidos não sem $ue nos afligíssemos na mais profunda amargura $ue em &ertas regras da Alemanha ### muitas pessoas de am(os os se!os negligen&iando a prpria salva"ão e desgarrando-se da Cé ,atli&a entregaram-se a demônios ín&u(os e s6&u(os Yn&u(o é a forma mas&ulina e s6&u(o a forma feminina tomada pelo espírito das trevas para manter rela")es &om feiti&eiros de um e outro se!oF e pelos seus en&antamentos pelos seus malefí&ios e pelas suas &onjura")es e por outros en&antos e feiti"os amaldi"oados e por outras tam(ém amaldi"oadas monstruosidades e ofensas horríveis t%m assassinado &rian"as ainda no 6tero materno além de novilhos e t%m arruinado os produtos da terra as uvas da vinha os frutos das 0rvores e mais ainda9 t%m destruído homens mulheres (estas de &arga re(anhos animais de outras espé&ies parreirais pomares prados pastos trigo e muitos outros &ereais' estas pessoas miser0veis ainda afligem e atormentam homens e mulheres animais de &arga re(anhos inteiros e muitos outros animais &om dores terríveis e lastim0veis e &om doen"as atrozes $uer internas $uer e!ternas' e impedem os homens de realizarem o ato se!ual e as mulheres de &on&e(erem de tal forma $ue os maridos não v%m a &onhe&er as esposas e as esposas não v%m a &onhe&er os maridos' porém a&ima de tudo isso renun&iam de forma (lasfema / Cé $ue lhes perten&e pelo Sa&ramento do Ratismo e por instiga"ão do >nimigo da Pumanidade não se e!&usam de &ometer e de perpetrar as mais srdidas a(omina")es e os e!&essos mais as$uerosos para o mortal perigo de suas prprias almas pelo $ue ultrajam a .ajestade 8ivina e são &ausa de es& es&reveu ao 4rior de losterneu(ourg e ao in$uisitor ramer para se informar dos progressos da feiti"aria na Roémia e .or0via# Alguns anos mais tarde o 4apa 6lio >> ordenava ao in$uisitor de ,remona $ue tomasse medidas &ontra a$ueles $ue a(usavam da Eu&aristia num sentido maléfi&o ou $ue adoravam o dia(o# O 4apa Leão b pela Rula Ponestis petentium votis de MJ elevava um protesto &ontra a atitude do Senado veneziano $ue se opunha / a"ão dos in$uisitores de Rres&ia e de Rérgamo &ontra os feiti&eiros# O 4apa fazia amea"as de e!&omunhão e de interdito# 4ou&o depois Adriano @> adotava atitude semelhante &om a Rula 8udum uti no(is dirigida ao in$uisitor de ,remona# Seu su&essor ,lemente @>> es&reveu no mesmo sentido ao governador de Rolonha# D verdade $ue Ir(ano @>>> \JT-\]]F &hamou a aten"ão dos juízes para $ue não se dei!assem levar por uma repressão in&onsiderada em rela"ão / feiti"aria# FC$ &mi*e 3O!TTE8 La Civi*isation Cr e b@>> é e!&essivo para ser &itado a$ui# Em todos eles as autoridades e&lesi0sti&as insistem na repressão das pr0ti&as de feiti"aria e no julgamento dos &ulpados# As *eis civis As leis &ivis da épo&a proi(iam igualmente tais pr0ti&as e os magistrados leigos instruíam os pro&essos de feiti"aria9 HOs juristas opuseram a rigidez do 8ireito ao fanatismo da supersti"ão a serenidade da legisla"ão ao dio dos &oneses &heios de preven"ão# ### Os pro&essos se fazem &uidadosamente &om um desejo profundo de &onhe&er a verdade# Sua dura"ão não é &om fre$B%n&ia senão um sinal a mais do desejo de evitar todo erro judi&i0rio ### O feiti&eiro tido &omo &ulpado é &ondenado ao fogo# E a 6ni&a pena $ue &onhe&e a lei# .as essa senten"a tem numerosas suaviza")es[# F&mi*e 3O!TTE 8o($ cit$8 ($ $H *ue possa ter havido e!&essos e erros judi&i0rios não h0 d6vida# .as estamos muito longe do $uadro ar(itr0rio pintado pelos historiadores rom e b@>> eram &onhe&idos pelo seu espírito de erudi"ão verdadeira universal a(ar&ando $uase todos os &os do sa(er e sua independ%n&ia de julgamento# As &anhas desen&adeadas &ontra a (ru!aria no &ome"o dos tempos modernos em uma épo&a de grande tensão religiosa $ue &ulminou &om a e!plosão protestante não foram privilégio das regi)es
&atli&as mas se deram 5 e até &om mais intensidade - nos países $ue passaram para a heresia# 4orém mais do $ue o pro(lema histri&o sempre difí&il de pre&isar o $ue importa a$ui é a $uestão de doutrina9 a possi(ilidade segundo a teologia &atli&a da e!ist%n&ia de feiti&eiras e (ru!os# Consenso dos te*o;os e mora*istas cat*icos A referida (ula de >no&%n&io @>>> deu o&asião a $ue dois telogos nomeados in$uisidores pelo 4apa 5 os j0 &itados 4adres Penri$ue ramer e a& Sprenger 5 es&revessem um livro para analisar do ponto de vista teolgi&o a pr0ti&a da feiti"aria9 .alleus .allefi&arum 5 O .artelo das Ceiti&eiras &ontinuamente traduzido e pu(li&ado nas v0rias línguas do O&idente# Peinri&h 1A.E1 e ames S41E=GE1 O .artelo das Ceiti&eiras .alleus .alefi&arum tradu"ão de 4aulo Cres Editora 1osa dos 7empos 1io de aneiro Jc edi"ãoNN# ,f# # 4a$uier >no&ent @>>> 87, @>> J%me partie &ols# JVVJ-JVVM#F =uma argumenta"ão es&ol0sti&a eles re&orrem aos grandes 8outores da >greja 5 em espe&ial a Santo Agostinho e São 7om0s de A$uino 5 para mostrar &omo 8eus pode permitir ao demônio $ue atenda /s soli&ita")es de homens e mulheres pérfidos $ue re&orram / sua ajuda' $ue os fatos e!traordin0rios atri(uídos em geral aos (ru!os e feiti&eiras não estão a&ima da &apa&idade angéli&a do demônio so(re a matéria# A e!ist%n&ia de (ru!os e feiti&eiras tem sido a&eita pa&ifi&amente por todos moralistas &atli&os# Ademais de todas as provas $ue se podem tirar das Sagradas Es&rituras e do .agistério da >greja a pr0ti&a da (ru!aria é &onfirmada Hpela opinião de todos os telogos &uja unanimidade traz uma &erteza a(soluta em matéria de doutrina# Ora não e!iste um manual de teologia moral $ue não fale da magia e da feiti"aria &omo tendo sempre e!istido e e!istindo ainda;# [L^Ami du &lergé; Le demonisme nc]] NVJF p# NUK#F
Ma;ia - Es(iritismo - Macum:a "B+o se ache entre vós *uem seja encantador nem *uem consulte os pitKes ou advinhos, ou indague dos mortos a verdade Gor*ue o enhor abomina todas estas coisas, e, por tais maldades e8terminar estes povos" (Deu >,$;-$)
Ma;ia A .agia geralmente é definida &omo a arte de operar prodígios por meios o&ultos# A$ui não nos referimos /s artes dos prestigiadores impropriamente &hamada de magia nem a outros tipos de magia natural $ue não são outra &oisa $ue a arte de operar prodígios e &oisas inslitas por meios naturais' o&upamo-nos s da magia propriamente dita magia supersti&iosa ou simplesmente feiti"aria $ue se define &omo a arte de operar prodígios por o(ra do demônio# 8esde $ue se trate de magia propriamente dita isto é de prodígios al&an"ados &om o au!ílio do demônio não vem muito ao &aso $ue se trate da &hamada magia (ran&a $ue o(teria vantagens sem prejudi&ar ter&eirosF ou a &hamada magia negra $ue operaria o mal &ontra ter&eiros# 4ois todo o re&urso ao .aligno é &onden0vel em si mesmo não importando os efeitos $ue se $uer al&an"ar# ,omo nas outras formas de supersti"ão tam(ém a magia pode dar-se por invo&a"ão e!plí&ita ou implí&ita do demônio# A magia / $ual se re&orre para prejudi&ar outros &hama-se malefí&io en&antamento feiti"oF $ue podemos definir &omo a arte de prejudi&ar outros por o(ra do demônio# Os autores &ostumam distinguir dois tipos de malefí&ios9 amatrio filtros de amorF - se a a"ão do demônio e!&ita em alguém veementíssimo sentimento de amor ou de dio em rela"ão a determinada pessoa' e venéfi&o envenamentoF 5 se provo&ar dano em pessoas ou em seus (ens# =ão se pode negar $ue o demônio seja por si mesmo seja por meio dos homens maus 5 desde $ue 8eus assim o permita 5 pode prejudi&ar por v0rios modos o &orpo ou os (ens de &ertas pessoas visadas# 8eus em seus insond0veis desígnios é &erto $ue assim algumas vezes o permite &omo testemunha o e!emplo de &f# J E! JJ KF# Em(ora não se deva &rer fa&ilmente na e!ist%n&ia de malefi&io seria entretanto imprudente
neg0-lo sempre# ,onvém ressaltar entretanto $ue o malefí&io amatrio não elimina a li(erdade e a a"ão demonía&a pode ser resistida &om a ajuda da gra"a divina' mas $uando se &ede a ele o pe&ado &ometido ser0 mais grave ou menos em razão da deli(era"ão e do grau de li(erdade# O malefí&io &ontém dupla malí&ia uma &ontra a religião outra &ontra a &aridade e a justi"a uma vez $ue prejudi&a o pr!imo# ,onstitui um pe&ado gravíssimo &ontra a virtude da religião $ue nos pres&reve prestar &ulto somente a 8eus e s a Ele re&orrer e nun&a ao poder das trevas 5 :Adorar0s ao Senhor teu 8eus e s a %le servir0s: L& ] KF# O malefí&io tam(ém &onhe&ido em nosso país por despa&ho tra(alho feiti"o etF é uma das &ausas muito &omuns da a"ão e!traordin0ria do demônio so(re pessoas infesta"ão e possessãoF# Es(iritismo Ima das formas de supersti"ão mais difundida em nossos dias e $ue &olo&a as pessoas em ris&o de se pôr em &onta&to &om o demônio são as pr0ti&as espíritas# Su(ersti?@o er,>E1 O .undo >nvisível pp# U\-UUF#F A >greja repetiu &om insist%n&ia ser pe&ado de heresia o $uerer apli&ar meios puramente naturais &om o fim de o(ter efeitos não-naturais preternaturais# 4ortanto o Espiritismo em sua pretensão de $uerer &hamar ou evo&ar espíritos do Além é heréti&o além de impossível# Essa supersti"ão é &ondenada não apenas &omo ilí&ita ou &ontr0ria / moral &ristã mas tam(ém &omo heréti&a e &ontr0ria / fé# Atua?@o do demônio no Es(iritismo [Os vivos do lado de &0; &omenta 8om Roaventura lopen(urg [não disp)em de meios efi&ientes $ue possam &ausar a manifesta"ão de espíritos do lado de l0 isto é do mundo para além da natureza humana ou para além da morte# 8o lado de l0 porém e!istem espíritos malignos $ue teriam muito interesse em pertur(ar transtornar e perverter os do lado de &0# =ão o podem fazer / vontade por$ue sua li(erdade é limitada pela permissão divina e 8eus não o permite fa&ilmente;#
Espiritismo fa&ulta ao demônio o am(iente mais propí&io para $ue o espírito sat
Macum:a8 Candom:*<8 !m:anda$$$ untamente &om o espiritismo a ma&um(a o &andom(lé a um(anda estão amplamente difundidas no Rrasil' nelas é fre$Bente o re&urso ao demônio so( nomes afri&anos de supostas entidades espirituais# A ma&um(a o &andom(lé e a um(anda são diferentes formas de sin&retismo de ritos e &ren"as pagãs afri&anas &om elementos e!ternos do ,ristianismo imagens invo&a")esF do espiritismo reen&arna&ionista e de &ultos indígenas (rasileiros# Essas formas superti&iosas de religião (aseiam-se em prin&ípios dualistas9 elas admitem a e!ist%n&ia de entidades (oas e entidades m0s igualmente poderosas' a&reditam $ue estas 6ltimas em(ora inimigas do homem devem entretanto ser &ultuadas para evitar $ue se vinguem fazendo o mal# 8aí deriva o mais &ompleto amoralismo pela nega"ão da distin"ão entre o (em e o mal fundamento de toda a moralidade# A antroplogo @agner Gon"alves da Silva $ue apresentou uma tese na Iniversidade de São 4aulo so(re o ,andom(lé dis&orrendo so(re as religi)es afro-(rasileiras afirma9 H=essas religi)es não e!iste o &on&eito de (em e de mal e por isso são mal-&ompreendidas; HColha de S# 4aulo; JN-U-NJF# >nfelizmente o n6mero de pessoas 5 mesmo &atli&as 5 $ue re&orrem a tra(alhos despa&hos ou seja sa&rifí&ios ofere&idos ao demônio so( a invo&a"ão de divindades pagãsF para solu&ionar seus pro(lemas satisfazer suas pai!)es ou am(i")es e mesmo prejudi&ar outros é &ada vez maior# E isso em todas as &lasses so&iais' por e!emplo nos 6ltimos anos por o&asião das elei")es para preen&himento de &argos políti&os em todos os níveis grande n6mero de &andidatos re&orreu pu(li&amente a pais-de-santo médiuns videntes et &onforme noti&iou a imprensa# E!6 entidade / $ual se ofere&em os sa&rifí&ios nesses &ultos não é outro senão o prprio demônio &onforme demonstra 8om Roaventura loppen(urg &itando livros um(andistas9 H7oda e $ual$uer reunião de Im(anda ini&ia &om um presente ofere&ido ao E!u :agente m0gi&o universal por &ujo intermédio o mundo dos vivos se &omuni&a &om o mundo espiritual em seus diversos planos3 FDoutrina e itua* de !m:anda8 io8 +/+8 ($ ++H$$$$ E não se diga $ue o &ulto de E!u é e!&lusivo da *uim(anda da .a&um(a do ,andom(lé ou do Ratu$ue#; E faz des&ri"ão do livro O Espiritismo e a Lei de Im(anda de A# Contenelle sa&erdote de um(anda o $ual afirma9 H=a Im(anda os E!us são &onstantemente invo&ados e tra(alho algum é &ome"ado sem $ue sejam salvadas isto é reveren&idasF essa entidades; p# JF# 4rossegue o (ispo de =ova Pam(urgo9 HO Sr# Aluísio Contenelle ### e outros doutrinadores de Im(anda identifi&a sem mais os e!us &om o $ue ns &atli&os denominamos demônios p# NT VT-\F onde des&reve a histria da revolta dos anjos &hefiadas por L6&ifer9 estes anjos revoltados são os e!us;F# Crei Roaventura LO44E=RI1G A 8emonolatria nos 7erreiros de Im(anda pp# TN->]V#
Até mesmo um di&ion0rio &orrente da língua portuguesa o &hamado 8i&ion0rio Aurélio assim define9 HE!6 8o ioru(aF S#m# # Rras# Ori!0 $ue representa as pot%n&ias &ontr0rias ao homem e assimilado pelos afro-(aianos ao 8emônio dos &atli&os porém &ultuados por eles por$ue o temem' J# Rras# =E# v# 8ia(o#; As (essoas Bue se envo*vem com as (r9ticas de macum:a8 candom:*< e um:anda (odem estar certas de Bue < ao (r(rio demônio a Buem est@o recorrendo8 so: nomes e=ticos$ E n@o (oderia ser de outro modo8 visto Bue os \nicos seres inte*i;entes Bue e=istem no !niverso s@o 6 a*oga (udismoF $ue (us&am &onhe&er &oisas superiores / natureza humana não estão isentas de influ!o demonía&o espe&ialmente $uando diretamente (us&adas[ FNOLDINSC'MITT-'EIN[EL8 *oc8$ cit$H
Rem entendido os demônios não t%m poder de &onhe&er o futuro propriamente dito 5 o &hamado futuro &ontingente ou futuro livre isto é os fatos &uja o&orr%n&ia depende da vontade de 8eus e do livre ar(ítrio dos homens# Estes nem os anjos do &éu o &onhe&em &f# .& T TJF# .as sendo seres superiormente inteligentes podem deduzir $ual ser0 o desfe&ho de a&onte&imentos &ausas uma vez postas &hegarão a seu termo de determinado modo9 é o &hamado futuro ne&ess0rio# Ele prev% este futuro do modo $ue um &ientista $ue &onhe&e as leis da sua &i%n&ia - as $uais são &omo $ue mistérios para o &omum dos homens e mesmo para homens instruídos porém não espe&ialistas na$uelas matérias 5 e sa(e o $ue o&orrer0 de a&ordo &om essas leis# Assim lan"ada urna semente / terra ela &umprir0 seu &i&lo germinativo em determinadas &ondi")es e se não houver fatores adversos produzir0 ne&essariamente a planta &orrespondente no tempo &erto' o mesmo $uanto ao desenvolvimento de &ertas doen"as et Sempre naturalmente 8eus pode intervir para frustrar os &0l&ulos do demônio mas normalmente Ele permite $ue as &ausas naturais produzam seus resultados# 8aí o a&erto das previs)es do demônio# Sem falar $ue o 4ai da mentira pode anun&iar um fato e!traordin0rio $ue ele mesmo vai produzir e $ue por isso prev% &om tanta seguran"a### 4orém a$uilo $ue depende da vontade de 8eus ou da li(erdade dos homens es&apa inteiramente de suas &apa&idades de previsão# 7oda forma de adivinha"ão &onstitui uma supersti"ão e uma invo&a"ão ao menos
implí&ita ao demônio' por isso sua utiliza"ão é mesma ilí&ita' em outro termos &onstitui 5 segundo a .oral &atli&a 5 um pe&ado de si grave#; [A$ueles $ue &onsultam adivinhos ou &iganos pe&am gravemente se o fazem &om firme fé ou &om es&nstru")es sinodais $ue Hh0 supersti"ão todas as vezes $ue se p)e toda a efi&0&ia nas palavras por santas $ue sejam ou em $ual$uer &ir&unst
,omo nos &asos anteriores não se pode esperar séria e ra&ionalmente $ue esses o(jetos esses animais ou essas pr0ti&as possam impedir males &urar doen"as ou dar sorte na vida# Se se der um &rédito real a essa pretensa a"ão protetora dos amuletos e mas&otes e / efi&0&ia das simpatias não por mera (rin&adeira por sinal perigosa pois o demônio pode infiltrar-se nelaF teremos mais um &aso de invo&a"ão implí&ita ao demônio# Cor(o ecadoV Outra pr0ti&a supersti&iosa &onsiste no re&urso a feiti&eiros ou pais-de-santoF para o(ter a$uilo $ue se &hama &orpo fe&hado isto é a invulnera(ilidade a agress)es &om armas (ran&as ou armas de fogo# Essas pessoas mesmo $ue não tenham inteira &ons&i%n&ia disso estão re&orrendo ao demônio de forma pelo menos implí&ita &onforme j0 fi&ou e!pli&ado# E o demônio pode atend%-las se 8eus o permitir para &astigo dessas mesmas pessoasF desviando os golpes e tiros ou impedindo seu efeito# ? maneira de ilustra"ão trans&revemos a &onsulta feita por um mission0rio fran&%s no Oriente no &ome"o deste sé&ulo a [L^- Ami du ,lergé; 5 &on&eituada revista e&lesi0sti&a 5 e a respe&tiva9 [O $ue os Srs# pensam do seguinte fato do $ual fui testemunhar o&ular+[ [Im pagão desferia golpes de sa(re so(re um de seus &orreligion0rios# O sangue deveria (rotar em a(und
lhes são fiéis e tam(ém de punir a$ueles $ue se deram a ele $uando eles deso(ede&em a seu senhor# ,omo o homem é &omposto de um &orpo e de uma alma 8eus se serve de Sa&ramentos e de sinais e!teriores para lhe dar sua gra"a e o proteger9 do mesmo modo o demônio $ue por orgulho e por dio e vingan"a $uer imitar ou ao menos ma&a$uear os sinais e!teriores usa de amuletos et para &hegar aos seus fins; # F LAmi du C*er;V8n / F+,H8 ($ 0$H O uso de crues e meda*as ,aso muito diferente é o uso de &ruzes medalhas es&apul0rios e outros o(jetos (entos assim &omo a pr0ti&a de e!er&í&ios piedosos &omo novenas et A$ui não se est0 atri(uindo a esses o(jetos e pr0ti&as uma efi&0&ia $ue eles de si não t%m nem se pretende atrair o divino por meio de pro&edimento meramente natural# 7rata-se de &onfian"a nas ora")es da >greja $ue (enzeu esses o(jetos e aprovou essas pr0ti&as &omo tam(ém na prote"ão de =ossa Senhora ou do Santo &uja medalha se usa e &uja novena se faz em sinal de devo"ão# =ão se atri(ui ao uso desses o(jetos nem a essas pr0ti&as um valor infalível e imediato mas apenas se deposita neles uma &onfian"a razo0vel $ue a fé em 8eus e na >greja permite rela&ionando tudo &om a salva"ão eterna $ue é o $ue mais importa# Ser9 Bue o ma*e)cio (e;aUV Os meios preventivos &ontra o malefí&io são os mesmos antes indi&ados em rela"ão / tenta"ão / infesta"ão e / possessão9 vida sa&ramental vida de piedade uso de o(jetos (entos et Ima vez produzidos os efeitos do malefí&io é pre&iso aumentar as ora")es sa&rifí&ios e pode ser $ue seja ne&ess0rio em &ertos &asos re&orrer aos e!or&ismos# Crei Severino Gisder O#C#.# indi&a o estado de espírito $ue devemos ter diante das maldi")es e dos malefí&ios9 H=ão se tenha medo da maldi"ão injustifi&ada ou gratuita# Ela não atinge sua meta 4elo &ontr0rio não raras vezes tal maldi"ão re&ai so(re $uem a proferiu# Leia o Salmo N \9 H4ere&eram no fosso $ue eles mesmos a(riram e na armadilha $ue armaram prenderam os prprios pés# H Ou veja o Salmo U M-U9 HEis $ue o ímpioF &on&e(eu ini$Bidade e est0 &heio de malí&ia e d0 a luz / fraude# A(riu e &avou urna &ova e &aiu na prpria &ova $ue fez# So(re sua prpria &a(e"a re&air0 a sua maldade e so(re a sua fronte voltar0 a sua viol%n&ia#; [Os assim &hamados despa&hos da ma&um(a in&luem via de regra uma maldi"ão em termos de $uerer fazer mal a alguém# 7ais despa&hos ou feiti"os de (ru!aria ser0 $ue podem fazer mal ou prejudi&ar+ 8eles vale o $ue dissemos da maldi"ão gratuita9 4ro&ura viver na gra"a santifi&ante isto é na intimidade de 8eus e nada sofrer0s# *uem não deve não teme;# F7r$ S$GISDE O$7$M$8 3n?@o e Ma*di?@o8 (($ +-++$H Se a regra geral é esta apontada pelo piedoso fran&is&ano 5 $ue a maldi"ão ou o malefí&io não atingem a pessoa em estado de gra"a 5 no entanto muitas vezes 8eus permite $ue a pessoa virtuosa seja atingida por tais pr0ti&as maléfi&as para sua prova"ão# Aí é o &aso de re&orrermos /s (%n"ãos e aos e!or&ismos9 HA maldi"ão pode ser neutralizada ou desfeita pela (%n"ão; 5 e!pli&a Crei Severino#
Sa:9s e Missas ne;ras “Mue o seu sangue caia sobre nós e sobre nossos ?ilhos" (
4elo nome de sa(0s se designavam as reuni)es de magos (ru!os feiti&eiras 5 (em &omo da$ueles $ue $ueriam &onsagrar-se ao demônio 5 so( a presid%n&ia do prprio prín&ipe dos infernos#Seguimos a$ui de perto o &apitulo @>> Le demonisme dans les sa((atsF da série de artigos so(re demonismo pu(li&ada pela &on&eituada revista e&lesi0sti&a fran&e[L^Ami du ,lergé[ n ]M NVJ pp# NNT-NNUF#
=ão e!iste a&ordo $uanto / origem do nome sa(09 uns dizem $ue foi tomado do he(r0i&o sha((ath $ue designava o dia repouso dos judeus por$ue o demônio gosta de ma&a$uear as o(ras de 8eus' outros pro&uram a etimologia no grego sa(azios $ue em latim deu Ra&&hus - Ra&o o deus do vinho e das orgias# Os sa(0s seriam então a &ontinua"ão dos a(omin0veis e vergonhosos mistérios do paganismo# .uitos são os pontos o(s&uros e misteriosos em torno dos sa(0s $ue os seus parti&ipantes e o prprio demônioF tinham interesse em $ue não fossem &onhe&idos# Essas reuni)es se realizavam no meio das florestas no alto dos montes numa planí&ie ou praia deserta e outros lugares ermos inspitos na noite de $uarta para $uinta-feira ou de $uinta para se!ta-feira ou enfim mais fre$Bentemente da se!ta-feira para o s0(ado# @igias eram &olo&ados para evitar $ue algum profano se apro!imasse mas a&onte&eu algumas vezes de serem interrompidos por pessoas vindas de fora $ue faziam o sinal da &ruz e jogavam 0gua-(enta produzindo-se então uma algazarra indes&ritível e em pou&os instantes os parti&ipantes desapare&iam do mesmo modo &omo tinham vindo9 voando pelos ares montados em um &a(o de vassoura ou a &avalo so(re um (ode ou algum outro animal imundos' outro a pé mas numa velo&idade vertiginosa $ue ninguém podia a&ompanhar# As des&ri")es variam um pou&o $uanto ao &en0rio onde se realizavam essas reuni)es e $uanto ao &erimonial o(servado mas são &on&ordes nas linhas gerais9 no &entro do lo&al armava-se um altar so(re o $ual &olo&avam um ídolo em geral um demônio &om forma humana e &a(e"as e pés de (ode ou de um sapo imensoF# 7odos vinham prestar-lhe homenagem ador0-lo (eijar-lhe os pés as mãos e outras partes do &orpo menos honrosas' outras vezes não era um ídolo e sim o prprio Satan0s 5 so( forma visível 5 $ue se sentava em um trono so(re o altar# 7odos tinham $ue trazer-lhe uma oferenda# Esses atos de &ulto e vassalagem eram prestados no terror e no tremor e a$ueles $ue assim se entregavam ao dia(o sa(iam $ue se $uisessem se su(trair / sua tirania seriam &ruelmente &astigados por ele# Pavia nos sa(0s prazeres destinados a satisfazer os mais (ai!os instintos 5 espe&ialmente a gula e a sensualidade 5 por meio de (an$uetes orgias dan"as e lu!6ria# =p (an$uete eram servidos pratos repugnantes9 &arne de &avalo de &a&horro de gato e /s vezes até &arne humana so(retudo de &rian"as ainda não (atizadas &ujos sangue era &hupado ou (e(ido# As dan"as &ome"avam ao som de m6si&as dissonantes (arulhentas agitadas arran&adas de instrumentos (izarros um peda"o de pau $ual$uer uma $uei!ada de &avalo ossos humanos ou de animal et&F $ue imitavam flautas agudas tam(ores ensurde&edores guitarras estridentes aos $uais se juntavam as vozes rou&as ou penetrantes dos demônios e dos (ru!os e (ru!as tudo n um ritmo frenéti&o alu&inante# *uanto mais a m6si&a era dis&ordante mais as dan"as se tomavam voluptuosas fazendo girar os dan"armos num tur(ilhão in&ontrol0vel &omo nas dan"as giratrias sagradas dos dervi!es tur&os# .uitos estavam &ompletamente nus e outros sumariamente vestidos# Em suma tudo se assemelhava a um moderno sho_ de 1o&23 n :1oll em espe&ial de Pard 1o&2# Seguiam-se as mais as$uerosas pr0ti&as de deprava"ão se!ual de (ru!os e (ru!as entre si em liga")es hetero ou homosse!uais e tam(ém &om animais e &om os prprios demônios $ue para tal assumiam formas humanas# Essa e!plosão da lu!6ria era a&ompanhada de uma e!plosão inaudita de impiedade &om a pardia mais sa&rílega das pr0ti&as e devo")es &ristãs# Em lugar da 0gua-(enta aspergia-se os assistentes &om urina' &rian"as não re&e(iam o (atizado sat
Cre$Bentemente o sa(0 se en&errava &om uma .issa negra da $ual os o&uparemos adiante# E=ame doutrin9rio P0 dis&ussão entre os Autores so(re v0rios desses pontos# Se as (ru!as se transportavam pelos ares e parti&ipavam fisi&amente desses sa(0s# =o $ue diz respeito a se de fato as (ru!as se transportavam realmente pelos ares para essas assem(léias depois de apli&arem ao &orpo um ungBento m0gi&o argumentam alguns $ue esse ungBento era &omposto de ervas alu&ingenas $ue produziam nelas a sensa"ão de estarem voando e de prati&arem o $ue a&ima fi&ou des&rito' tudo não passaria nesse &aso de uma alu&ina"ão provo&ada por essas su(stgreja[# Santo ACO=SO 7eologia .oral in 8# =Eq1AGIE7 ,ompendio .oral de S# Alfonso .aria de Ligorio p# TV#F As duas o(inies8 entretanto8 (odem conci*iar-se$ Os frades domini&anos P# ramer e # Sprenger julgam &om (ase em sua e!peri%n&ia de in$uisidores $ue umas vezes os (ru!os e feiti&eiras são fisi&amente transportados pelos ares para os sa(0s e outras vezes parti&ipam deles apenas em espírito por meio de alu&ina")es $ue o demônio provo&a em sua imagina"ão e a"ão so(re seus sentidos#,f# P# 1A.E1 - # S41E=GE1 O .artelo das Ceiti&eiras pp# JJT-JT# F J ,omér&io &arnal &om os demônios Segundo a &on&eituada revista e&lesi0sti&a fran&esa HL3Ami du ,lergé[ não se pode negar a possi(ilidade do &omér&io &arnal entre homens e demônios9 H8igamos mesmo $ue é impossível negar esse g%nero de fatos
aps o testemunho tão numeroso &laro e &onvin&ente dos Santos 4adres# Raste-nos &itar as palavras de Santo Agostinho9 :Os fatos de demônios ín&u(os ou s6&u(os são tão m6ltiplos $ue não se poderia neg0-los sem imprud%n&ia9 a autoridade de tantos personagens graves as narra")es de fatos indis&utíveis tanto entre os povos &ivilizados $uanto entre os (0r(aros as &onfiss)es enfim de v0rios milhares de pessoas devem ser tomadas em &onsidera"ão3 8e ,ivit# 8ei b@F;# [L ^ Ami du ,lergé; Le 8emonisme NVJ p# V\M#F Ainda no sé&ulo b@>>> 5 o &hamado Sé&ulo das Luzes### 5 tal pr0ti&a é &onfirmada por autores sérios e doutos &omo Cr# ,harles-1ené Rilluart O#4# \KM-UMUF &éle(re telogo fran&%s e Santo Afonso .aria de Ligrio \N\-UKUF 8outor da >greja# ,f# C# ,#-1# R>LLIA17 Soturno San&ti 7ornae @ p# J\]' Santo ACO=SO 7eologia .oral in 8# =Eq1AGIE7 op# &it# p# J]K#F *uanto ao modo &omo se pode dar esse &omér&io &arnal &om o demônio é &erto $ue este sendo puro espírito não pode &ometer atos de lu!6ria# Entretanto nada impede $ue ele fa"a (one&os aos $uais d% apar%n&ia de vida apresentando-os ora so( de aspe&to de homem o &hamado demônio ín&u(oF ora de mulher s6&u(oF# para $ue sirvam de o(jeto de satisfa"ão da lu!6ria dos $ue ele se entregam# Im grande &onhe&edor dessas matérias o s0(io ,ardeal Ale!is Lepi&ier e!pli&a o modo &omo um anjo ou um demônio $ue é anjo de&aídoF pro&ede para fa(ri&ar tais (one&os de apar%n&ia viva9 :P0 na natureza uma tão a(undante variedade de elementos um anjo pode por uma h0(il &om(ina"ão e &ondensa"ão desses elementos dar-lhes a forma e até a &or dum &orpo humano# 8e mais a mais não est0 fora do seu poder ir (us&ar nos animais e até mesmo em &ertos &asos em pessoas vivas esses elementos ainda $ue eles estejam distantes do lugar onde tais fenômenos se produzem; FCardea* A$ LEPICIE8 O Mundo Invis)ve*8 (($ 0-H$ Era &om um (one&o assim fa(ri&ado pelo demônio $ue as feiti&eiras e os (ru!os prati&avam o ato &arnal# E uma das raz)es para isso é $ue o demônio despreza a natureza humana e pro&ura avilt0-la de todos os modos# Segundo os moralistas o pe&ado daí resultante sendo &ometido &om um ser $ue não é da mesma espé&ie $ue o homem pois se trata de um mero (one&o animado artifi&ialmente pelo demônioF é o pe&ado de (estialidade an0logo ao $ue é &ometido &om animais Fc$ Santo A7ONSO8 Teo*o;ia Mora* in NEAG!ET8 o($ cit$8 ($ ,.J 3ILL!AT8 Summa Sancti Tomae8 t$ 58 ($ ,0.H$ São 7om0s de A$uino indaga se pode nas&er prole da união uma de mulher &om um demônio#,f# 8e 4otentia $# \ art K' Suma 7eolgi&o $# M a T apud HL3Ami du ,lerge[ n ]K NVJFp# V\M n# #F E responde $ue este não tendo pot%n&ia divina não pode &riar e sendo um espírito não pode &riar e sendo um espírito não pode engendrar# .as &on&lui $ue pare&e $ue ele pode gerar não &om s%men seu é evidente mas indo (us&0lo em algum homem e infudindo-o na mulher# 8essa forma diz o 8outor Angéli&o a &rian"a assim &on&e(ida não é gerada pelo demônio mas sim por um homem indiretamente e de modo artifi&ial#As modernas e!peri%n&ias de fe&unda"ão artifi&ial o(viamente des&onhe&idas do Santo 8outor medievalF mostram $ue sua hiptese est0 perfeitamente &onforme &om a &i%n&ia#F Missas ne;ras 8urante os sa(0s fre$Bentemente havia uma pardia da Santa .issa ofi&iada por um demônio ou por de seus sa&erdotes ou sa&erdotisas' ou então uma .issa sa&rílega &ele(rada por um infeliz padre pervertido /s pr0ti&as sat@ .adame de
.ontespan# Essa favorita entrou em &ontato &om a feiti&eira @oisin e parti&ipou de uma .issa negra ofi&iada por um padre desviado o 4e# Gui(ourg &om a finalidade de assegurar a pai!ão ad6ltera do 1ei# Em depoimento ao magistrado e &hefe de polí&ia La 1eQnie a filha da feiti&eira de&larou o seguinte9 HO 4e# Gui(ourg apresentou na missa de .adame de .ontespan por ordem de minha mãe um menino pare&endo ter nas&ido antes do termo# Ele o ps numa (a&ia o degolou derramou o sangue no &0li&e &onsagrou-o juntamente &om a hstia a&a(ou a missa e depois tomou as entranhas do menino' no dia seguinte minha mãe levou tudo / 8umesnit outra (ru!a para ele destilar o sangue e juntamente &om a hstia preparar um filtro $ue .adame de .ontespan levou &onsigo;# Esse fato terrível foi muito (em do&umentado tendo em vista a importsso ele opera para provo&ar impa&i%n&ia no homem e faz%-lo revoltar-se &ontra a 4rovid%n&ia divina# O &aso de é muito ilustrativo a este respeito# Outras vezes porém de provo&a esses fenômenos e!traordin0rios para atender / soli&ita"ão $ue re&e(e de feiti&eiros através dos malefí&ios tam(ém &hamados despa&hos tra(alhos arranjos feiti"osF# Os historiadores registram em diversas épo&as &asos pessoas de todas as &ondi")es 5 1eis e no(res simples (urgueses ou &oneses - $ue se viram impossi(ilitados de manter rela")es &onjugais por efeito de malefí&ios# Em muitos desses &asos pode-se supor tratar-se de fenômenos puramente naturais doen"as des&onhe&idas estados psi&olgi&os anômalos etF' em &erto n6mero de vezes poder0 ter havido a"ão demonía&a# Lo:isomem e outros seres ant9sticos 7ema &orrelato &om o $ue a&a(amos de e!por é o rela&ionado &om a realidade ou fantasia a respeito do alegado poder das (ru!as de transformarem pessoas em animais# 8esde a AntigBidade fala-se da possi(ilidade de homens serem transformados em (i&hos por artes m0gi&as# Assim na Odisséia# Pomero sé >b a#,#F &onta $ue os &ompanheiros de Ilisses foram transformados em por&os pela feiti&eira ,ir&e# 0 em tempos &ristãos men&ionam-se &asos de homens $ue em &onse$u%n&ia de pa&to &om o demônio ou por efeito de algum feiti"o transformam-se ou são transformados em animais# Em relatos de mission0rios europeus na kfri&a no sé&ulo passado e ainda neste sé&ulo e tam(ém na selva amazôni&a apare&em men")es a feiti&eiros pagãos $ue se transformavam em animais para aterrorizar os padres e os neo-&onversos#
Essa $uestão é estudada por São 7om0s e outros 8outores os $uais negam a possi(ilidade de o homem ser transformado em animal# E isto por uma razão fundamental de natureza filosfi&a9 a alma humana não pode unir-se a um &orpo &omo o de um (i&ho $ue não é ade$uado a ela# Os testemunhos entretanto são numerosos e dignos de &rédito para $ue se possa duvidar da realidade dos fatos# ,omo e!pli&0-los então / luz da filosofia e da teologia &atli&a+ O mesmo S@o Tom9s assevera Bue o demônio (ode deormar ao m9=imo os tra?os e os mem:ros de um omem8 dando-*e uma a(arncia ant9stica$ N@o mais do Bue isso# ,ontudo ele pode agir tam(ém so(re a fantasia e os sentidos $uer da prpria pessoa $uer da$ueles $ue a v%em de modo a $ue por ilusão tanto ela se sente transformada em (i&ho &omo os demais t%m a impressão de estar vendo um animal ou um ser fant0sti&o meio homem meio animal9 um lo(isomem por e!emplo# FC$ Suma Teo*;ica8 I8B$+J +/8a$ ad +J ++.8a$. ad ,$H Os in$uisidores Penri$ue ramer e a& Sprenger analisam a $uestão e &ontam o &aso de um homem $ue julgava transformar-se em lo(o9 de fato ele &aía em sono profundo e por a"ão do demônio so(re sua fantasia e sua sensi(ilidade julgava $ue &orria &om os lo(os ata&ava e devorava &rian"as satisfazia seus instintos &om as lo(as et =a realidade o demônio entrava em um lo(o $ue fazia todos esses estragos de maneira a dei!ar vestígios da$uela alu&ina")es# 1elatam ainda outro &aso de uma jovem $ue tendo sido enfeiti"ada por uma (ru!a era vista por todos &omo uma potran&a e ela prpria se via assim# Levada / presen"a de São .a&0rio este sofria a ilusão dos demais e a via &omo ela era9 uma (ela mo"a# 1ezando so(re ela o Santo fez &om $ue &essasse o en&antamento e a jovem voltasse a se sentir e a ser vista normalmente# F'$ AME - 2$ SPENGE8 O Maneio das 7eiticeiras8 (($ +/-+/.$H ?s vezes o demônio pode possuir um animal um lo(o por e!emploF e faz%-lo realizar &oisas fant0sti&as# Ele pode ainda para o(ter seus desígnios perversos formar um (one&o de animal ou ser fant0sti&o do mesmo modo $ue &omo vimos pode fazer o (one&o de um homem# Esta poderia ser uma e!pli&a"ão para &ertos seres fant0sti&os &omo drag)es mulas- sem-&a(e"a sa&is-perer%s &aiporas e outros tantos assim &orno fantasmas e assom (ra")es $ue mesmo dei!ando de lado os e!ageros e fantasias da imagina"ão popular e!altada não h0 d6vida de $ue de vez em $uando se manifestam realmente#F P0 in6meros &asos histri&os de animais misteriosos $ue assolam &ertas regi)es dizimando o re(anho e aterrorizando as popula")es sem $ue jamais se &onseguisse &aptur0-los por meio de armadilhas nem mat0-los &om armas de &orte ou de fogo9 as l>>F $ue até hoje intriga os historiadores' sup)em alguns $ue se tratasse de um lo(o possesso pelo demônio#
O Satanismo moderno “@remei, tremei, as bru8as est+o de volta" (Galavra de ordem de um des?ile ?eminista) "De& milhKes de americanos praticam magia negra7 (0 Nenisch, atanismo)
5aio e rustra?@o *evam ao satanismo 4are&e ina&redit0vel $ue o homem moderno seja &apaz de fazer pa&tos &om o demônio# 8ir-se-ia $ue ele &onsidera tudo isso &omo histrias de épo&as de trevas nas $uais a ignor
a$uilo $ue a &i%n&ia do tempo não lhes permitia al&an"ar por outros meios# 8o mesmo modo ali0s &omo outros se voltavam para 8eus para a @irgem os anjos e os santos do &éu# Ins e outros se auto-sugestionariam e a&reditariam ter o(tido o $ue almejavam por &on&essão de seres ou for"as so(renaturais# .as o homem atual homem $uase j0 do ter&eiro mil%nio não teria ne&essidade nem de uma &oisa nem de outra9 (astar-lheiam a &i%n&ia e a té&ni&a as $uais somadas ao seu tra(alho garantir-lhe-iam os elementos para a &ompleta feli&idade nesta terra9 m0$uinas e aparelhos para lhe reduzirem os esfor"os' remédios e tratamentos para &onservarem a sa6de para o tra(alho e a disposi"ão para o prazer# Essa &on&ep"ão materialista e ingenuamente otimistaF &ontrasta &om os fatos $ue se passam diariamente so( os olhos até do o(servador menos atento9 ai estão nas p0ginas dos jornais e nos noti&i0rios da televisão as notí&ias de &rimes hediondos prati&ados fim de &onseguir de for"as e!tra-naturais uma vantagem para si prprio ou para ter&eiros ou um mal para algum inimigo#
=a realidade ao mesmo tempo em $ue a &i%n&ia e a té&ni&a vão desvendando os segredos da natureza e despertando for"as $ue o homem j0 $uase não &onsegue &ontrolar (asta men&ionar a$ui a engenharia genéti&a &om a planejada produ"ão em la(oratrio de seres humanos $ue se pretende perfeitos e se re&eia sejam monstruososF# Ao mesmo tempo em $ue isso se passa uma imensa sensa"ão de vazio espiritual dei!a sem sentido todo esse pro&esso e faz o homem voltar-se de novo para algo $ue seja mais do $ue a prosai&a realidade &on&reta# =a mesma épo&a em $ue a &i%n&ia e a té&ni&a pare&em não ter limites para progredir as manifesta")es de re&urso a for"as e!tra-naturais pare&em maiores do $ue em $ual$uer outra épo&a pre&edente# O neo-satanismo Satanismo *iter9rio 0 no sé&ulo passado e &ome"os deste o movimento liter0rio teve um filão satanista ou ao menos demonfilo no $ual se desta&aram os poetas fran&eses @i&tor Pugo KVJ-KKMF 4aul @alérQ KU-N]MF e ,harles Raudelaire KJ-K\UF o 6ltimo dos $uais &hegou a es&rever ladainhas satt0lia o literato Giosué ,ardu&&i KTM-NVUF &ompôs uma Ode a Satã $ue se tornou muito &onhe&ida# O es&ritor oris arl PuQsmans K]K-NVUF em seu livro L/-(as des&reve um am(iente o&ultista-satanista $ue havia nos &ír&ulos liter0rios e artísti&os de 4aris in&lusive &om &ele(ra"ão de .issas negras# HO romantismo ama a infeli&idade &ele(ra as ilustres vítimas da fatalidade ### $uer se persuadir de $ue o mal e a infeli&idade vão ser ven&idos# Satan0s nessa literatura fala&iosa e angustiada torna-se uma figura sim(li&a figura na $ual se reflete o esplendor do .al mas figura $ue um dia deve ser reintegrada numa luz negra# @ignQ alimentou longamente o projeto de um Satã perdoado $ue ser0 es&rito muito mais tarde por @i&tor Pugo no poema O Cim de Satã; Al(ert REGL>= Ralza& et la fin de Satan p# M]VF# Em nossos dias mais do $ue a literatura $ue perdeu muito de sua for"a de atra"ãoF o satanismo é difundido pela m6si&a pelo &inema e pela televisão# 3ru=as na te*evis@o Rernhard enis&h demonlogo alemão traz dados interessantes a propsito do papel da televisão na difusão do satanismo em espe&ial mas não e!&lusivamente so(re a juventude9 [4ara a propaga"ão do satanismo $ue de modo algum s atinge a juventude e nem mesmo preponderantemente &ola(oraram nos 6ltimos tempos os meios eletrôni&os#[ [Assim por e!emplo apare&eu na 7@ alemã em NK] e na 7@ austría&a em NKM a satanista Illa von Rernus $ue de&larou poder matar pessoas através de rituais m0gi&os# O ritual $ue mostrou &onsistia na $ueima de um (one&o &om a apar%n&ia da vítima invo&ando Satan0s e pronun&iando repetidas vezes o es&onjuro9 @o&% pre&isa $ueimar @o&% pre&isa morrer lentamente3 =a dis&ussão da 7@ austría&a a mulher se mostrou &omprometida tam(ém &om a pr0ti&a da .issa negra# Algum tempo depois a 7@ austría&a apresentou Ela Pard $ue se de&larou (ru!a e afirmou $ue tam(ém dominava a &apa&idade de matar por m0gi&a# Em seus livros des&revia minu&iosamente sua ini&ia"ão na magia negra por um a(orígene australiano e seus rituais &oroados &om %!ito# Ela Pard morreu em iní&ios de NKK;#
,ontinua o mesmo autor9 [D possível o(servar a onda satanista em toda parte do mundo o&idental# Em muitas &idades alemãs são &ele(radas .issas negras# A 7@ alemã mostrou em NK] o modo pela $ual uma jovem mulher era &onsagrada a Satan0s &omo (ru!a 5 in&lusive era su(metida nua a uma flagela"ão ritual# 0 a&onte&eu $ue nessas &erimônias pessoas fossem sa&rifi&adas ao dia(o# Em NK\ um desses rituais de assassinato planejado &ontra duas jovens de 8ortmund pôde ser impedido pela polí&ia# P0 satanistas $ue se sentem inspirados pelo demônio para simplesmente eliminar pessoas $ue julgam perigosas;# 4assa em seguida a tratar do fenômeno em outros países do O&idente9 [7am(ém em outros países o satanismo vem ganhando terreno# Em NKM a 7@ fran&esa não s informou so(re a &ren"a nas (ru!as $ue &ontinua persistindo entre o povo mas tam(ém apresentou um (ru!o $ue &om a ajuda de for"as demonía&as produziu feiti"os# Ima espe&ialista norueguesa em &i%n&ias da religião $ue parti&ipou &omo o(servadora de v0rias .issas negras na &idade de Rergen informou $ue nessas missas tratase prin&ipalmente de se!o e homi&ídio# E $ue os prprios satanistas estão &onven&idos de $ue em suas reuni)es estão presentes for"as so(renaturais das $uais t%m medo# =ão assumiam $ual$uer responsa(ilidade por seus atos por$ue j0 não possuíam &ontrole so(re si mesmos# As .issas negras terminavam &om se!o grupal ritual# 8a Sué&ia h0 informes so(re rou(o de &ad0veres e viola"ão de t6mulos em &one!ão &om o satanismo# O Satã flores&e tam(ém na >nglaterra;# Rernhard E=>S,P Satanismo pp# JN-TV#F I;rejas satanistas nos Estados !nidos Segundo enis&h onde o satanismo se tem espalhado mais são os Estados Inidos onde e!istem v0rias >grejas SatS,P Satanismo p# T#F Ima das mais ativas dessas >grejas Satgreja ofi&ialmente re&onhe&ida nos Estados Inidos desde lN\K;# FM$ A$ COSTA8 Kuando 2esus Crista < e=(u*so$$$ ($ +/$H =a &idade de .atamoros no .é!i&o a polí&ia $ue estava / pro&ura de um jovem universit0rio desapare&ido en&ontrou em uma propriedade rural ] &ad0veres de homens# Estes apresentavam sinais de terem sido vítimas de um ritual sat
7eminismo8 eco*o;ismo e satanismo “
Coi na >t0lia em NUU $ue a palavra (ru!a foi empregada pela primeira vez no movimento feminista# Ima jovem havia morrido em &onse$B%n&ia de estupro violento# Os jovens &ulpados foram &ondenados a penas relativamente leves# >sto o&asionou uma &olossal demonstra"ão feminista de protesto# Apro!imadamente VV mil mulheres se reuniram / noite nas ruas de uma importante &idade italiana fazendo grande alarido e gritando em &oro9 H7remei tremei as (ru!as estão de volta;# >(idem p# TM#F ,ertas militantes do movimento feminista &onsideram as (ru!as &omo sím(olo ade$uado de seu anseios# 4ara elas as (ru!as teriam sido perseguidas por$ue eram entendidas em medi&amentos parteiras $ue &onhe&iam métodos a(ortivos e de preven"ão da gravidez' mulheres $ue tentavam li(ertar-se do domínio mas&ulino rompendo &om a ordem religiosa e so&ial dominante# Segundo ainda as feministas é a memria dessas mulheres as (ru!asF $ue serve de inspira"ão para sua prpria luta &ontra as estruturas patriar&ais da so&iedade atual# Além disso algumas feministas se dedi&am a pr0ti&as magi&o-o&ultistas &omo meio de o(ter a sua suposta eman&ipa"ão# O movimento ^icca D o &aso do poderoso movimento feminista 5 na realidade uma verdadeira seita satanista 5 $ue se apresenta a si mesmo &omo uma forma de &ontinua"ão das (ru!as e feiti&eiras medievais# 7rata-se do movimento i&&a palavra inglesa ar&ai&a da $ual deriva o moderno vo&0(ulo _it&h (ru!a# A seita i&&a se define de&ididamente &omo pagã e se &olo&a &ons&ientemente &ontra o ,ristianismo# @enera a Grande 8eusa donde provém toda a vida e para onde tudo retorna# Ao lado ou antes a(ai!o dessa Grande 8eusa est0 o poderoso deus &ornudo derivado do prin&ípio feminino o $ual dizem elas na épo&a de persegui"ão /s (ru!as era identifi&ado &om demônio (í(li&o# 7rata-se de um panteísmo de &unho feminino e não é de admirar $ue a seita pro&ure vin&ula")es &om o movimento feminista e se &onsidere parte integrante e militante dele por raz)es religiosofilosfi&as# As adeptas dessa nova (ru!aria se re6nem em grupos de no m0!imo T pessoas para prati&ar a magia# >nsistem em $ue não h0 magia negra e portanto feiti"aria prejudi&ial mas $ue a for"a m0gi&a s é usada para fins positivos# Seja &omo for $uem &riou rituais para grupos i&&a foi nada menos $ue o notrio satanista ingl%s Aleister ,ro_leQ# Outro o&ultista (ritn&arnate o 8emônio En&arnadoF' ele des&reve um ritual para a &onjura"ão de um demônio $ue &onsistia na pr0ti&a de um ato m0gi&o-se!ual de in&esto &om a prpria irmã# FC$ 3$ ^ENISC'8 Satanismo$ (($ ,-.$H Em uma pu(li&a"ão fran&esa en&ontramos outros dados so(re as feiti&eiras do movimento i&&a9 [,onhe&em-se atualmente os ritos do movimento i&&a &ele(rados na ilha de .an >nglaterraF ou na floresta de Containe(leau Cran"aF# A grande sa&erdotisa .oni$ue .aria .auri&ette ilson $ue se faz &hamar LadQ Ol_en ofi&ia nua &omo nos antigos sa(0s# ### [So(re o altar são &olo&ados re&ipientes para sal e 0gua hervas um in&ensador velas um &0li&e e outros o(jetos# A feiti&eira-&hefe en$uanto todos se ajoelham em &ír&ulo em torno dela ajoelha-se por sua vez (enze o sal e a 0gua e os mistura &om um punhal de punho negro sím(olo do poder lu&iferino $ue toda feiti&eira possui# [A .issa negra $ue é difí&il de se distinguir do sa(0 &omporta um ritual lit6rgi&o an0logo ao das missas &omuns &atli&asF &om e!&e"ão de &ertas ora")es re&itadas ao &ontr0rio por espírito de profana"ão# A
eleva"ão é o momento esperado para a profana"ão suprema# A hstia é ora uma fatia de pão negro ora uma rodela de r0(ano# O ofi&iante a eleva em geral so(re o &orpo de uma jovem nua so(re um altar proferindo inj6rias' ele atira depois a hstia para as feiti&eiras e (ru!os os $uais se pre&ipitam para &al&0-la aos pés# A missa termina &om uma frase ritual9 >de ao dia(o[ FC*aude PETIT-CASTELLI8 Les Sectes ener ou (aradis8 ($ +/.$H A$ui se faz uma pardia sa&rílega da Santa .issa# Entretanto sempre $ue &onseguem os satanistas preferem $ue um sa&erdote &atli&o $ue esteja num grau de apostasia sufi&iente para se prestar a tal a(omina"ão &ele(re uma .issa durante uma &erimônia dessas na $ual o&orra verdadeira &onsagra"ão' ou senão pro&uram o(ter hstias verdadeiramente &onsagradas em .issas v0lidas para serem profanadas nesses rituais sat
Eco*o;ismo e ocu*tismo
R# enis&h &ontinua na sua an0lise do movimento feminista-o&ultista9 HA onda esotéri&a apare&e tam(ém nos grupos alternativo-e&olgi&os#; E se refere a uma autora feminista-e&ologista $ue Hprati&a rituais m0gi&os sente-se em &onta&to &om seres espirituais e (aseada em supostas e!peri%n&ias de vida terrena pregressa a&redita na reen&arna"ão# ,onsidera-se a reen&arna"ão de uma (ru!a e!e&utada nos iní&ios da >dade moderna;# F3 $ ^ENISC'8 Satanismo8 ($ $H Oensiva da :ru=aria 6 A*erta aos :rasi*eirosR =o Rrasil devido / espantosa de&ad%n&ia religiosa $ue presen&iamos e / des&atoli&iza"ão $ue se opera em todas as &lasses so&iais o &aminho est0 a(erto para todas as formas de satanismo desde as a(erra")es sonoras e (lasfemas do 1o&2 PeavQ .etal ao o&ultismo difundido por autores &omo 4aulo ,oelho dis&ípulo do satanista ingl%s Aleister ,ro_leQ# ,f# HColha de S# 4aulo; J-K-NJ &aderno .ais p# \ Gloss0rio#F 8e modo espe&ial &res&e o re&urso ao demônio por meio da ma&um(a a $ual passou a ser a&eita &om normalidade' mais do $ue isso a re&e(er o apoio das autoridades# 4or e!emplo na &idade de São 4aulo durante a gestão da 4refeita Luiza Erundina 47F foram &riados Hma&um(dromos; 5 espa"os para a pr0ti&a de rituais de ma&um(a 5 em v0rios &emitérios paulistanos# So( o titulo Erundina &ria ] :ma&um(ôdromos H o jornal HColha de S# 4aulo; de N de julho de NNJ informa $ue se trata de Hespa"os sem teto &om muros altos e tran&ados# 8entro haver0 um &ruzeiro uma &ruz simulando en&ruzilhada e est0tuas dos ori!0s e >ansã[#F ,om &hamada de &apa $ue serve de título a este tpi&o o mens0rio [,atoli&ismo; trou!e reportagem so(re o avassalador progresso de feiti"aria no Rrasil da $ual ressaltamos 5 a título de amostra 5 algumas &ita")es tiradas da imprensa di0ria9 Gregrio LO4ES Rru!aria9 os antros se a(rem in H,atoli&ismo; n ]N novem(ro NN# pp# \-N#F 5 [=ada de vassoura &hapéu nariz ou verruga #### Os (ru!os modernos estão &hegando /s pen&as# ### vestemse &om roupas a(solutamente &omuns; Hornal da 7arde; São 4aulo JJ-M-NF# 5 HO (ru!o Eri2 assegura $ue :(rotar0 uma nova &ons&i%n&ia e $ue passaremos então para uma nova era; Hornal da 7arde[ JJ-M-NF# 5 Coi realizado em Clorianpolis um Cestival da .agia &om velas defumadores estandartes de ori!0s e pessoas vestidas de demônio# O festival foi a(erto &om dis&urso do 4refeito da &idade na presen"a de Hmísti&os médiuns dr0&ulas uflogos e &artomantes; H7ri(una da Rahia; J-U-N' HEstado; de Clorianpolis T-K-NF# 5 Em São 4aulo a ] ,onfer%n&ia >nterna&ional de .etafísi&a o&orre nos sal)es do Anhem(i onde H(ru!os de todo o mundo se re6nem; H ornal da 7arde; JJ-M-NF# 5 =a mesma &idade foi fundada uma Es&ola de >ni&ia"ão / Alta .agia para Hmagia (ran&a; e Hmagia negra;# Segundo um vespertino Has es&olas de (ru!aria no passado dei!aram de e!istir por persegui"ão do ,ristianismo; Hornal da 7arde[ K-U-NF#
5 =o 1io de aneiro foi anun&iado para o 4lanet0rio da G0vea o En&ontro de .agos &om dias de dura"ão e a presen"a de (ru!os espíritas e &avaleiros de L6&ifer Hornal aneiro[ K e J-N-NV' Hornal da 7arde; JU-N-NVF# ,om tudo isso vemos a $ue ponto a des&ristianiza"ão est0 levando nosso Rrasil jogando-o nos (ra"os de Satan0s' longe de serem fenômenos do passado o satanismo e a feiti"aria ressurgem em nosso país des&ristianizado so( a forma de o&ultismo esoterismo de &erto e&ologismo &ultos de origem afri&ana ma&um(a vodu etF e outros#
O oc SatQnico “Eanto para meu doce sat+ Muero ir para o in?erno" (Ean.+o do conjunto =ed Qeppelin)
"Gra&er em conhecF-la Ehame-me apenas ='ci?er7 (Da can.+o 4ocR impatia pelo dem1nio, do conjunto 4olling tones)
O 1o&23 n3 1oll não é somente um tipo de m6si&a popular' mais do $ue isso é uma &ultura &om um modo prprio de vestir-se de falar de &omportar-se' trata-se de uma atitude diante da vida empanada de anar$uismo de uma postura religiosa $ue se &ara&teriza pela revolta &ontra 8eus e a religião# Em 6ltima an0lise &onstitui uma espé&ie de &ontra-religião uma religião satanista#
oc8 um dos meios mais (oderosos (ara a dius@o do satanismo .uitos espe&ialistas t%m visto na &ultura 1o&2 um dos meios mais poderosos para a difusão do satanismo# ,f# Rernhard E=>S,P Satanismo p# JN' # S# 8>AS 4or detr0s do 1o&2 in 1io9 presen"a do satanismo+ pp# ]-\#' ,# A# .E8E>1OS 1o&2 and 1oll e satanismo pp# -U#F In*uncia de Crof*eY8 Ro (ersona;em mais imundo e (erverso da Gr@-3retanaV 4ara melhor &ompreendermos essa afirma"ão devemos re&ordar ainda $ue rapidamente um dos inspiradores &onfessos desse movimento 1o&2 so(retudo do 1o&2 pesado Pard 1o&2F onde as &ara&terísti&as satanistas são mais mar&antes# 7rata-se do satanista ingl%s Sir Aleister ,ro_leQ KUM-N]UF &onsiderado pela justi"a inglesa &omo Ho personagem mais imundo e perverso da Grã-Rretanha; $ue morreu amaldi"oando seu médi&o por ter-lhe negado mais uma dose de morfina# So(re sua tum(a aps o enterro foram realizadas &erimônias satanistas &om o &= On l3appelait :la Grande R%te3 p# J nota #F A doutrina de ,ro_leQ de maneira mais insinuada do $ue e!pli&ita foi popularizada pelos Reatles e difundida por meio dos movimentos hippie e 1o&2 a partir dos anos N\V# 7al doutrina se resumia na seguinte frase9 HCa"a o $ue $uiser esta é toda a lei; ,f# R# enis&h op# &it# p# JU#F O prprio ,ro_leQ &onsiderava esse programa an0r$ui&o &omo algo sat
O cu*to (ro(osto (or Crof*eY < todo (ermeado de or;ia se=ua*8 Bue (ara e*e < a meta ina*8 divina e a:so*uta8 orma mais e*evada da vida satQnico-divinaV$ F3$ ^ENI/C'8 Satanismo8 ($ ,$H o**in; Stones Sim(atia (e*o demônioV Rernhard enis&h es&reve em seu livro Satanismo9 HIma fonte $ue es&lare&e em parte a difusão das idéias satanistas entre a juventude é o 1o&2 pesado Pard-1o&2F# A onda j0 &ome"ou no final dos anos \V $uando foi lan"ada por e!emplo a m6si&a dos 1olling Stones 5 Simpatia pelo demônio SQmpathQ for the 8evilF# 8esde NUV o &onjunto musi&al Rla&2 Sa((ath 5 Sa(0 =egro apresentou &ontinuamente temas satron .aiden# Atualmente $uase todos os grupos de Pard-1o&2PeavQ .etal-Rand apresentam o tema satS,P Satanismo p# JN#F Essa liga"ão é atestada por e!emplo por um e!-ro$ueiro ameri&ano ,harles Gugel $ue tendo a(andonado o movimento 1o&2 de&larou o seguinte9 HimmQ 4age autor das m6si&as e líder do grupo Led eppelin admitiu a(ertamente por diversas vezes sua fas&ina"ão por magia negra e feiti"aria# Ele possui uma livraria o&ultista em Londres &hamada 7he E$uino! e vive num &astelo infestado pelo demônio $ue perten&eu a Aleister ,ro_leQ;# #S# 8>AS 4or detr0s do 1o&2 in 1io9 presen"a do satanismo+ p# M#F Can?es satQnicas *uanto / influ%n&ia satanista nas letras das &an")es 1o&2 (asta tomar algumas delas para fazer a &onstata"ão9 as mais e!plí&itas &omo as $ue &itaremos a seguir &hegam a evo&ar diretamente o demônio e a e!e&rar =osso Senhor esus ,risto e sua >greja &omo o fariam &an")es &ompostas pelo prprio demônio# Outra &ara&terísti&a $ue &hama a aten"ão e $ue est0 (em de a&ordo &om a psi&ologia de Satan0s é o desespero $ue domina essas &an")es a nota de uma &ondena"ão irremissível ao inferno# Sinos do inerno @ejamos em primeiro lugar a &an"ão Pell3s Rells - Sinos do >nferno do &onjunto australiano A,8, siglas $ue segundo alguns $uer dizer Anti-,risto,ompanheiros do 8emônioF9 @o&% é ainda muito mo"o# mas vai morrer# Eu te levarei ao inferno# Satan0s vai te pegar Sinos do inferno sinos do inferno# # S# 8>AS 4or detr0s do 1o&2 in 1io9 presen"a do satanismo+ p# ]#F Auto-estrada do interno Outra &an"ão desse &onjunto apresenta a mesma nota de desespero sat(idemp# ]#F ,anto para meu do&e satã 5 *uero ir para o interno# A nota de desespero (lasfemo e lu&iferismo é ainda mais a&entuada na letra a(ai!o do &onjunto Led eppelin9
8eus me a(andonou =ão h0 es&apatria# ,anto para meu do&e satã# 7odo poder é de meu satã $ue nos dar0 o \\\ o Anti-,risto# *uero ir para o inferno# #S# 8>AS# op &it# p# \#F Meu nome < L\cier O &onjunto Rla&2 Sa((ath 5 &ujo nome j0 é uma profissão de fé satanista lem(rando os sa(0s das feiti&eiras 5 &anta &omo se fosse o prprio demônio9 Agora vo&% est0 &omigo em meus pensamentos# =osso amor a &ada momento se torna mais forte# Olhe dentro de meus olhos# @o&% ver0 $uem eu sou# .eu nome é L6&ifer# 4egue minha mão por favor# ,#A# .E8E>1OS 1o&2 and 1oll e satanismo p# ]#F Sim(atia (e*o demônio Os 1olling Stones um dos mais famosos &onjuntos 1o&2 não hesitam em &antar a m6si&a &om o título inteiramente e!plí&ito de Simpatia pelo demônio na $ual tam(ém é o prprio Satan0s $uem fala numa so(er(a demen&ial9 4e"o li&en"a para me apresentar### Eu estava por perto $uando esus ,risto teve seu momento de d6vida e de dor# Assegurei-me amaldi"oadamente de $ue 4ilatos lavaria as mãos e de&idiria seu destino# 4razer em &onhe&%-lo# Espero $ue adivinhe meu nome### ,hame-me apenas L6&ifer#,# A# .E8E>1OS 1o&2 and 1oll e satanismo p# \#F O Deus do Trov@o 7alvez a &an"ão mais e!pli&itamente satanista seja God of 7hunder 5 8eus do 7rovão do &onjunto iss $ue a apresentou a uma platéia de milhares de jovens no Est0dio do .orum(i eu São 4aulo em junho de NKT# Segundo algumas interpreta")es o nome do &onjunto iss palavra $ue signifi&a (eijo em ingl%sF seria de fato uma sigla formada pelas ini&iais de nights >n Satan Servi&e 5 ,avaleiros a servi"o de Satan0s# Eis a sua tradu"ão9 Eu fui &riado por demônios# E &heguei a reinar &omo o Senhor por$ue eu sou o 8eus do 7rovão e do 1o&2^n :1oll### Eu fui &riado por um demônio# Cui treinado para reinar &omo um deles# Eu sou o Senhor da terra desolada# >(idem p# J#F Eu n@o ;osto de Cristo$$$ Eu n@o ;osto da I;reja 0 o &onjunto (rasileiro 7itãs faz uma profissão de fé anar$uista-religiosa e!plode numa revolta sat
Eu não gosto do (er"o de esus de Relém# Eu não gosto do 4apa eu não &reio na gra"a do milagre de 8eus# Eu não gosto da >greja Eu não entro na >greja# =ão tenho religião# ,#A .E8E>1OS 1o&2 and 1oll e satanismo p# U#F Ns destruiremos o a*tar-mor$$$ Outro &onjunto (rasileiro Sepultura na m6si&a intitulada ,ru&ifi!ão faz tam(ém profissão anar$uista-religiosa e nega diretamente a divindade de =osso Senhor9 =s negamos os deuses e suas leis# 8esafiamos seu supremo poder &ru&ifi&ado pelo poder das trevas### Ele dei!ou as igrejas para nos atormentar# =s destruiremos o altar-mor### .ostraremos ao mundo nosso dio# Os padres terão seu tormento final# 1omperemos as igrejas ns temos um ideal### O g%nero humano ruma para o sui&ídio Eles t%m fé no falso 8eus se &hamam ,risto# $ue prega o (em e a (eleza# >(idemp#U#F 8iante desse satanismo e!plí&ito do movimento 1o&23 n3 1oll $ue reune dezenas e /s vezes &entenas de milhares de jovens em sho_s-monstro 5 aut%nti&as orgias anti-&ristãs 5 $ue propor")es tomam os sa(0s de sé&ulos passados &ontra os $uais lutou tanto a >greja+ 4or $ue o sil%n&io em rela"ão a esses sa(0s modernos+ 5I - CASOS DE IN7ESTA"#O E POSSESS#O 6 CENAS DE E%OCISMO 6 C!LTO IDOL1TICO AO DEM4NIO A41ESE=7A.OS alguns &asos de infesta"ão ou possessão e algumas &enas de e!or&ismo $ue ilustram $uanto foi dito so(re a a"ão e!traordin0ria do demônio# O primeiro &aso de uma jovem do >nterior de São 4aulo sujeita a uma infesta"ão pessoal em &onse$B%n&ia de um malefí&io revela &omo não devemos temer o demônio mas antes enfrent0-lo &om &oragem e so(retudo &om muita fé# Outro &aso relatado o&orrido na >t0lia de possessão de um menino de onze anos é muito ilustrativo $uanto ao valor da ora"ão fervorosa e de outros meios ordin0rios para a li(erta"ão de um possesso mesmo sem o re&urso aos meios e!traordin0rios &omo os e!or&ismos solenes# A histria de .adalena não é muito diferente da de in6meras pessoas em nossa triste épo&a9 (em &asada e &om filhos j0 &riados sem preo&upa")es finan&eiras pare&ia uma pessoa feliz# =a realidade ela se sentia frustrada por uma vida vazia e aparentemente sem sentido# Essa frustra"ão levou-a a pro&urar algo diferente $ue preen&hesse o vazio de sua vida# Assim dei!ou-se envolver por um am(iente o&ultista onde a droga e as ini&ia")es a &onduziram ao pa&to &om o demônio e a urna frustra"ão e desespero maiores ainda# .ovida pela gra"a su(meteu-se a uma séria terapia religiosa &onstante de e!or&ismos ora")es e &ate$uese &onseguindo sair de sua triste situa"ão# A &omovente histria de Anneliese .i&hel &onstitui impressionante e!emplo de possessão peniten&ial ou o(lativa# 4or desígnios insond0veis de 8eus a jovem vítima sofreu essa dura prova"ão &omo vítima e!piatria de pe&ados alheios e para o(ter gra"as espirituais de santifi&a"ão e de reavivamento da fé para si e para outras pessoas# Esse &aso é muito revelador $uanto / in&apa&idade do demônio de penetrar no fundo da alma# 4ois mesmo tendo o(tido de 8eus permissão para possuir o &orpo da jovem alemã e para atuar em suas fa&uldades
inferiores o demônio jamais &onseguiu faz%-la pe&ar nem impedi-la de &ontinuar unida a 8eus de progredir na virtude e se santifi&ar# =ão menos impressionante é a histria da jovem novi"a vietnamita .aria ,atarina 8ien perseguida pelo demônio para $ue desistisse da vida religiosa a pedido de um pagão $ue $ueria &asar &om ela# Apesar de todos os tormentos físi&os e morais a $ue foi su(metida pelo demônio a jovem não s perseverou na sua vo&a"ão mas ainda se serviu desse sofrimento para santifi&ar-se# 7odos esses &asos nos levam a re&ordar o $ue dizem os santos9 deve-se temer antes o pe&ado do $ue o demônio# 7erminamos esta se&"ão &om o relato de &asos impressionantes de sa&rifí&ios humanos em honra do demônio o&orridos re&entemente no Rrasil os $uais mostram o grau de apostasia e entrega ao .aligno a $ue se &hegou em nossa p0tria# Eles nos levam / pergunta so(re se esta não é a &ausa mais profunda da grave &rise $ue a sa&ode em todos os planos#
A mo?a inestada e o menino (ossesso “Desgra.adoC
G*ria inesta?@o dia:*ica (or ma*e)cio A vigilnterior de São 4aulo# 1eletado pelo 4e# Ga(riele A.O17P =uovi ra&&onti pp# VM-VK# Os nomes dos protagonistas são fi&tí&ios mas o &aso é real#F Glria era aluna interna da Es&ola =ormal dirigida por freiras# Oriunda da zona rural ela era rfã de pai' o avô materno &usteava seus estudos para $ue ela uma vez formada professora prim0ria ajudasse na edu&a"ão de seus irmãos menores# 8e volta de &asa ao fim das férias a mo"a &ome"ou a manifestar sintomas estranhos# Até então a jovem tinha sido a melhor aluna de sua &lasse sempre fôra respeitosa o(ediente e de &onduta e!emplar# >rmã .aria 7eresa de na&ionalidade italiana notou $ue a mo"a estava mudada' outras professoras se $uei!aram dela so(retudo $uanto / falta de aten"ão /s aulas# O *encino misterioso A zelosa >rmã &hamou-a para &onversar alegando um prete!to $ual$uer# 8urante o &ol$uio Glria a(riu ma$uinalmente um de seus livros de aula e para espanto da freira um len&inho de &ores muito vivas esvoa"ou de dentro dele e em(ora am(as tentassem agarr0-lo desapare&eu &ompletamente# Aterrada a mo"a e!&lamou9 H4o(re de mim =ão posso perd%-lo;# ,omo to&asse o sinal das aulas a >rmã .aria 7eresa mandou depressa a aluna para a &lasse des&onfiada j0 do $ue se tratava# Em seguida dirigiu-se ao dormitrio das edu&andas e &ome"ou a e!aminar os livros e &adernos de Glria# 8epois de muita (us&a en&ontrou o len&inho dentro de um &aderno ,omo teria ido parar l0+ ,heia de fé a >rmã dirigiu-se ao len&inho &omo se fosse o prprio demônio e!&lamando9 H8esgra"ado .aria Santíssima j0 te esmagou a &a(e"a[# E agarrando-o &om for"a &orreu / &ozinha e o lan"ou ao fogo#
A rea"ão do .aligno não se fez esperar9 Glria &ome"ou a se sentir mal e a não &onseguir reter nenhum alimento# Estava &laro $ue se tratava de um &aso de malefí&io# 7eiti?o de uma viina A >rmã .aria 7eresa &hamou a mo"a para nova &onversa e &onseguiu $ue ela &ontasse tudo o $ue se tinha passado &om ela $uando estivera em &asa nas 6ltimas férias# Glria &ontou $ue uma vizinha a havia pro&urado num dia em $ue ela estava s na &asa e lhe havia dito9 HLogo $ue tirar o diploma vo&% vai se &asar meu filho;# 8eu-lhe então o len&inho &olorido a&res&entando9 H@o&% deve guardar este len&inho e não pode perd%-lo em hiptese alguma' do &ontr0rio vo&% não poder0 mais estudar e morrer0 A po(re mo"a havia fi&ado tão aterrorizada &om as amea"as da vizinha ao $ue tudo indi&a uma feiti&eiraF $ue em vez de pedir &onselho /s 1eligiosas pro&urou o(ede&er-lhe &om medo de não poder terminar o &urso e &om isso prejudi&ar seus irmãos mais novos $ue dependiam dela para poderem tam(ém estudar# >rmã 7eresa 1eligiosa e!periente e $ue tinha muita fé disse / mo"a9 H7enha &onfian"a em =ossa Senhora $ue tudo se resolver0[# ,omo primeira medida levou Glria para fazer uma (oa ,onfissão - remédio ideal nos &asos de persegui"ão dia(li&a pois a alma em estado de gra"a tem muito mais possi(ilidade de resistir /s ve!a")es do demônio# Em seguida foi &om a mo"a e!aminar seu dormitrio' tomou o travesseiro e pediu-lhe $ue o a(risse para ver se havia algo anormal dentro dele# Glria tremia de medo ao des&osturar o travesseiro e jogar as penas na &ama' apare&eu então um o(jeto estranho uma (olota envolta em pano' ao a(rir o em(rulho a mo"a e!&lamou aterrada9 H.eus &a(elos; 8e fato a vizinha ao mesmo tempo $ue dirigia amea"as 0 jovem &ortara-lhe um &huma"o de &a(elos levandoos &onsigo# Este é dos feiti"os ou malefí&ios mais &orrentes9 ofere&er ao demônio &a(elos ou unhas da prpria pessoa a ser prejudi&ada' ou então uma fotografia dela peda"os de sua roupa et ,omo esse o(jeto teria ido parar na$uele lugar+ O demônio 5 sempre $ue 8eus o permita 5 pode mover os o(jetos de um lugar para outro &omo neste &aso primeiro o len&inho $ue foi parar no meio de um &aderno' depois a (olota de &a(elos en&ontrada dentro do travesseiro# Ma*e)cio deseito ,ontinuando nas (us&as des&o(riram outro len&inho igual ao primeiro# A >rmã pegou os o(jetos &om pre&au"ão 5 sem to&0-los diretamente &om as mãos o $ue é perigoso 5 jogou gasolina so(re eles e ateou fogo' apesar da intensidade das &hamas o pe$ueno len"o não se $ueimava# A freira &ome"ou então a rezar fervorosamente e a (radar9 [Os pés de .aria Santíssima &ontinuam a te esmagar a &a(e"a espírito maldito[ até $ue finalmente os (ru!edos se &onsumiram pelas &hamas# 8epois $ue os (ru!edos foram $ueimados Glria voltou a levar vida normal e apli&ar-se nos estudos# 7ais &asos $uando (em aproveitados servem para afervorar religiosamente as pessoas e esta é uma das raz)es pelas $uais 8eus permite $ue eles su&edam# Na It9*ia va*or da ora?@o e dos sacramentais O 4e# Ga(riel Amorth e!or&ista da dio&ese de 1oma relata o seguinte &aso o&orrido na >t0lia# Em NKU um &asal pro&urou seu p0ro&o pedindo-lhe $ue desse uma (%n"ão a seu filho o $ual apresentava um &omportamento estranho# 7ratava-se de um menino de onze anos de apar%n&ia &alma e am0vel# O p0ro&o pediu a um &onfrade $ue o ajudasse' apenas os sa&erdotes &ome"aram a rezar o menino passou a espumar a (lasfemar e proferir amea"as# Os padres talvez por não terem li&en"a do seu (ispo ou por não estarem seguros de $ue se tratava de &aso de possessão dia(li&aF não pro&ederam aos e!or&ismos solenes $ue se fazem so(re possessos mas mantiveram-se em ora"ão dando repetidas (%n"ãos ao menino ao mesmo tempo $ue re&orriam ao uso de sa&ramentais &omo velas 0gua-(enta in&enso et
4or $uinze dias seguidos o menino foi trazido / presen"a dos padres $ue prosseguiram nas mesmas ora")es (%n"ãos e uso dos sa&ramentais# =o dé&imo-$uinto dia pre&isamente o demônio &ome"ou a dar sinais de raiva impotente e de e!austão até $ue 5 ao ser pedido o au!ílio da .ãe de 8eus e ser invo&ado o Espírito Santo 5 pôs-se a gritar pela (o&a da pe$uena vítima9 H=ossa Senhora não; 5 HA pom(a (ran&a não; Aps este 6ltimo grito o menino &aiu por terra e um sil%n&io &ompleto se fez na igreja# 7udo indi&ava $ue o demônio havia sido e!pulso# ,om efeito nos dias seguintes o menino não apresentou mais os sintomas de possessão# Entretanto &ome"ou a manifestar sinais de infesta"ão pessoal tendo vis)es aterradoras#O 4e# Amorth &om sua e!peri%n&ia de e!or&ista afirma $ue isto a&onte&e &om fre $B%n&ia aps as possess)es o $ue é muito perigoso sendo ne&ess0ria a assist%n&ia do e!or&ista ainda por algum tempo depois da e!pulsão do demônio#F 4ela atua"ão prudente e zelosa dos dois sa&erdotes esse estado de infesta"ão tam(ém foi ven&ido e o menino passou a gozar de e!&elente sa6de e a ter (oa vida de piedade# ,f# # A.O17P =uovi ra&&onti pp# VK-VN#F# Mada*ena da rustra?@o ao (acto com o demônio H1e&usar o(edi%n&ia a 8eus e dizer sim a Satan0s a L6&ifer; a Relze(6[# 8o pa&to &om o 8emônioF O ,ASO *IE SE SEGIE passou-se Cran"a na dé&ada passada e é relatado pela 8ra# .arie-8omini$ue Cou$ueraQ psi$uiatra $ue parti&ipa da e$uipe $ue au!ilia o e!or&ista dio&esano# 1elatrio trans&rito pelo 4e# Ga(riele A.O17P =uovi ra&onti di un esor&ista pp# M-MM#F Organista na par$uia e### sa&erdotisa do 8ia(o [Im dos primeiros &asos $ue tivemos $ue enfrentar foi o de uma senhora de seus $uarenta anos &asada e mãe de $uatro filhos $ue tra(alhava &omo edu&adora espe&ializada# A &ausa dos seus males devera-se ao fato de $ue por mais de dez anos fre$Bentara uma seita sat
Missas ne;ras e esc9rnio da Pai=@o HCoi ini&iada nas .issas negras e em &ele(ra")es de triunfo sat
Anne*iese (ossess@o (enitencia* " dem1nio abomina gua-benta e objetos consagrados %le tem medo do nome de Jesus e da ora.+o" (Do %8orcismo de nneliese
O ,ASO 1ELA7A8O a seguir &onstitui impressionante e!emplo de possessão peniten&ial ou o(lativa na $ual a vítima sofre essa dura prova"ão para segundo os desígnios insond0veis de 8eus e!piar pe&ados alheios e o(ter para si prpria ou para outras pessoas gra"as espirituais de santifi&a"ão e de reavivamento da fé# !m caso muito :em documentado A razão da es&olha deste &aso deve-se a $ue os fatos se passaram prati&amente em nossos dias de NU] a NU\F e al&an"aram grande reper&ussão na imprensa estando muito (em do&umentados uma vez $ue os e!or&ismos foram gravados em fitas magnéti&as e o &aso foi parar nos tri(unais alemães# Seguimos a$ui o livro da 8ra# Celi&itas 8# Goodman antroploga ameri&ana não-&atli&a $ue estudou o &aso por interesse a&ad%mi&o apli&ando ao e!ame do mesmo o rigor &ientífi&o# Ela reuniu toda a do&umenta"ão a respeito in&lusive as fitas magnéti&as &om a grava"ão dos e!or&ismos# Celi&itas 8# GOO8.A= 7he E!or&ism of Anneliese .i&hel 8ou(ledaQ =e_ qor2 NK JMMpp# A 8ra Goodman utilizou ]J fitas &assete &om a grava"ão dos e!or&ismos forne&idas pel o 4e# Ernst Alt um dos e!or&istas e um dossier de mais de KVV p0ginas de do&umentos propor&ionados pela advogada da família .i&hel 8ra# .arianne 7hora depoimentos &artas laudos peri&iais et&F# Menina inte*i;ente8 a*e;re e (iedosa Anneliese .i&hel nas&eu em J de setem(ro de NMJ em Lei(lfing na Raviera sendo a mais velha das $uatro filhas do &asal osef e Ana .i&hel &atli&os prati&antes# Ainda na infn&ontrol0vel repulsa pelas &oisas sagradas Ao mesmo tempo surgiram outros sinais mais in$uietadores9 uma estranha e in&ontrol0vel repulsa pelas &oisas sagradas difi&ilmente de entrar em igrejas# A jovem fazia esfor"os para ven&er essa estranha repugnt0lia onde tinha ido em peregrina"ão não &onseguia avan"ar um passo pois o &hão lhe $ueimava os pés &omo se estivesse em (rasas# Em diversas o&asi)es $uando pretendia levantar-se do lugar para ir &omungar seus mem(ros pare&iam pesados &omo &hum(o e ela não &onseguia mover-se# Im dia sua mãe a surpreendeu fazendo &aretas de dio e arreganhando os dentes para um &ru&ifi!o# Apesar dessas manifesta")es anormais $ue iam se tornando &ada vez mais intensas a mo"a foi-se tomando mais religiosa e ligada a outras mo"as igualmente piedosas' ao mesmo tempo mantinha um namoro &asto e (em inten&ionado &om um &olega de &lasse# E=ame cuidadoso reve*a (ossess@o A partir de NU] Anneliese por &ausa das pertur(a")es a&ima referidas prin&ipiou a pro&urar o 4e# Emst Alt seu p0ro&o o $ual lhe dava uma simples (%n"ão &om o $ue ela se sentia aliviada# A falta de melhora &om o tratamento médi&o ao &ontr0rio do alívio $ue e!perimentava &om as (%n"ãos e a presen"a de sinais estranhos $ue aumentavam dia a dia levaram Anneliese seus parentes amigos e igualmente o sa&erdote $ue a assistia 4e# Alt / &onvi&"ão de $ue se tratava de alguma influ%n&ia dia(li&a# @0rios sa&erdotes doutos e!aminaram a mo"a entre eles o 4e# Adolph 1ode_Q2 S## &onhe&ido espe&ialista em demonologia e possessão &om importantes o(ras pu(li&adas so(re a matéria#
O p0ro&o fez então v0rios pedidos ao (ispo de Brz(urg 8om oseph Stangl no sentido de o(ter a devida li&en"a para a realiza"ão dos e!or&ismos solenes# 8epois de muito hesitar o (ispo por fim em setem(ro de NUM deu autoriza"ão para $ue se pro&edesse a eles nomeando e!or&istas para a$uele &aso o 4e# Arnold 1enz salvatoriano antigo mission0rio na ,hina e Superior 1eligioso e o prpio p0ro&o da mo"a 4e# Ernst Alt# 5)tima e=(iatria 8e fins de NUM a junho de NU\ foram realizados in6meras sess)es de e!or&ismos durante as $uais fi&ou &laro $ue os demônios não tinham li&en"a para a(andonar sua vítima pois se tratava de uma po ssessão o(lativa em $ue a mo"a sofria &omo vítima e!piatria# Simultaneamente o tratamento médi&o prosseguia porém se mostrava inefi&az pois os médi&os se apegaram ao diagnsti&o de epilepsia sem $ue os e!ames de eletroen&efalografia fossem &on&ludentes# 4or fim os demônios foram e!pulsos porém $uando os presentes entoavam &
=ão &a(e trans&rev%-los todos a$ui de maneira $ue damos alguns e!&ertos &omo amostra terrível amostra da voz do prprio demônio# Eis o $ue diz a 8ra# Goodman9 H=a fita original ns sentimos &omo os $ue &er&avam Anneliese algo dessa presen"a autônoma e alienígena $ue no sentido do dogma &atli&o esta(ele&eu sua resid%n&ia no &orpo da mo"a $ue usa para os seus propsitos demonía&os# HP0 os gritos ondulados e rou&os e os guin&hos e grunhidos furiosos $ue &ara&terizam o demônio - &onforme os ensinamentos da >greja - alienígena das profundidades emiss0rio das trevas de tudo a$uilo $ue é amedrontador e poluído# Os sons infernais fervem e &ho&am-se formando de vez em $uando algumas palavras ou frases# E $uando isso a&onte&e $uando o demônio fala a for"a do mal transforma-se numa pessoa# =ão porém uma pessoa $ual$uer por$ue fala no dialeto da Cloresta R0vara no linguajar de mer&ado ele o demônio medieval nas o(s&enidades de seus assaltos ver(ais &ontra o padre;#
Ma*e)cio eito (or inveja [Ele toma as palavras latinas do sa&erdote e responde a elas &om revolta9 >mma&ulata >ma&uladaF ### :@o&% &om suas por&as palavras###nem vo&% a&redita nisso3# Sae&ula sae&ulorum 4elos sé&ulos dos sé&ulosF###3=ão é verdade nem se devia falar isso a$ui#3 Edu&to 1etira-teF### :4ode falar o dia todo eu não vou sair3# It dis&edas a( ha& famula dei Anneliese 4ara $ue a(andones esta serva de 8eus AnnelieseF ### :=ão não ela perten&e a mim d% o fora da$ui velha &ar&a"a;# [D a aldeia $ue vive e respira na resposta da $uestão de por$ue Anneliese estava possessa9 :Ela não havia nas&ido ainda $uando foi amaldi"oada3 5 revela um dos demônios# Ima mulher fez o malefí&io por inveja# *uem era ela+ :Ima vizinha de sua mãe em Lei(lfing^5 responde o d emônio#; A mo"a est0 possuída por v0rios demônios# Em determinado momento um deles dei!a es&apar seu lamento infernal no $ual não entra nenhum arrependimento apesar da intensidade do sofrimento9 [8anados por toda a eternidade o-oooh;# Demônios a:ominam 9;ua-:enta8 tm medo do nome de 2esus 8e uma outra sessão de e!or&ismo9 [O padre pode tam(ém o(rigar o demônio a dizer o $ue é no&ivo para ele e en&urral0-lo &omo o faria um senhor &ontra seus s6ditos re(eldes#[ [Os assistentes do e!or&ismo des&o(rem $ue o demônio a(omina 0gua-(enta e o(jetos &onsagrados# Eles t%m medo do nome de esus da imita"ão por alguém da vida de esus da ora"ão# 1eze diz um dos demônios e nada pode realmente a&onte&er de mau &om vo&% seu por&o imundo ### .as felizmente não muitos a&reditam mais nisso3# Eles não toleram as s6pli&as a São .iguel# &uja missão é a de e!pulsar para o inferno os espíritos vagando pelo e tentando as almas# HEles temem o Anjo da Guarda e gritam de horror $uando a Ladainha das ,in&o ,hagas de esus é entoada9 :Eu sa6do a adoro a &haga sagrada de vossa mão direita oh esus3# 8ei!am-se levar por um verdadeiro furor $uando &hega a invo&a"ão da *uinta ,haga9 :Eu sa6do e adoro a &haga do vosso Sagrado ,ora"ão e nessa &haga eu es&ondo a minha alma3# Então essas ora")es são repetidas &ontinuamente &omo uma potente amea"a uma arma inven&ível para e!pulsar a horda infernal# HEstou &ondenado por$ue não $uis servir a 8eus; HA arma mais efetiva $ue os padres t%m &ontra o demônio é o interrogatrio su(met%-lo a $uest)es# A$ui os demônios estão em desvantagem pois eles não podem fazer o mesmo e interrogar o padre# O padre faz um uso agressivo do interrogatrio durante todo o e!or&ismo# Suas $uest)es martelam o demônio in&essantemente voltando sempre ao mesmo ponto9 4or$ue eles estão na$uele &orpo+ *uantos e $uais são os demônios presentes+ *uando eles sairão+ *ue mensagens da parte da .ãe de 8eus eles t%m+ 4or$ue eles &aíram no >nferno+; Em um dos e!or&ismos o(rigado pelo sa&erdote um dos demônios e!pli&a a &ausa de sua dana"ão9 HEu estou danado por$ue eu não $uis### eu não $uis servir## a 8eus# Eu $ueria ser a regra para mim mesmo em(ora eu fosse uma mera &riatura;# 8e outro e!or&ismo9 HEu### vou dizer algo; diz um demônio# Segue-se uma série de gritos e (lasf%mias e ele prossegue9 [Ela =ossa SenhoraF est0 feliz &om vo&%s todos; e seguem-se mais gritos# H4or$ue vo&%s &ontinuam a rezar# @o&%s devem &ontinuar o $uanto vo&%s puderem; 5 no vos gritos e (lasf%mias# [Cui para o inferno por$ue me desesperei; O padre impôs &omo sinal de $ue os demônios sairiam $ue eles ao sair dissessem9 Ave .aria ,heia de gra"a# Eles relutaram de todo modo mas pela for"a do poder e!or&ísti&o foram o(rigados a a&eitar# *uando &hegou a vez de sair o demônio $ue se &hamava a si mesmo de udas deu-se o seguinte di0logo9 [udas >s&ariotes vo&% est0 aí+; Gritos# O 4e# 1enz repete a frmula e!or&ísti&a de mando ouvem-se gritos do demônio# E depois a &onfissão9
[Eu fui para o inferno por$ue eu me desesperei;# O demônio fala &omo se fosse o prprio Apstolo traidor#F [4or$ue vo&% traiu o Salvador+[ [Sim ### mas eu não vou sair+[# Ele &ontinua resistindo até $ue o 4e# Penz repete tr%s vezes mais a frmula e!or&ísti&a e lem(ra ao demônio a ordem dada por =ossa Senhora para $ue ele saísse#9 :Em nome do 4ai e do Cilho e do Espírito Santo em nome da Santa .ãe de 8eus###;# udas &ontinua desafiador9 H=ão### não### não### não3 [Em nome de###; [udas tenta nego&iar9 :4ara onde eu devo ir+3 [4ara o >nferno#[ [=ão; [D l0 $ue é o seu lugar[ [=ão[ [@o&% deve fi&ar l0 @o&% não $uis servir ao Senhor[ [udas não pode mais resistir# Seus gemidos e gritos são mais assustadores do $ue antes# Ima vez mais o 4e# 1enz repete a ordem e então diz enfadado9 :@amos s0ia3# udas sa6da a @irgem e sai# 1enz se distende um pou&o;# [.uitas almas estão sendo salvas por este sofrimento; O &ar0ter peniten&ial dessa possessão se depreende de todo o &onjunto da histria e da atitude da mo"a e foi posto em relevo por um dos e!or&istas o p0ro&o 4e# Alt em uma &arta de J] de junho de NU\ ao (ispo de Brz(urg9 H=s não estamos &onseguindo for"ar o demônio a falar novamente# >sto me pare&e se deve ao fato de $ue ns estamos lidando &om um &aso típi&o de possessão penitente# Em v0rias &onversas $ue eu tive &om a mo"a re&entemente ela me dei!ou entender $ue as &oisas ainda fi&arão piores para si# Estava muito amedrontada triste &om isso# .as disse $ue deve passar por isso tam(ém# =o &aso de uma possessão penitente as &oisas fi&am muito difí&eis para o e!or&ista por$ue é muito difí&il entender o signifi&ado da penit%n&ia# >sso foi o $ue o 4e# 1ode_Q2 S## de Cran2furt me disse# A 6ni&a &onsola"ão $ue temos é $ue muitas almas estão sendo salvas por este sofrimento;# Este &aso ilustra (em &omo o e!or&ismo apesar de seu poder so(re os espíritos infernais est0 &ondi&ionado / vontade de 8eus $ue muitas vezes pode retardar a saída do demônio segundo algum desígnio seu &omo o da prova"ão e santifi&a"ão da pessoa# D igualmente muito revelador $uanto ao $ue foi dito anteriormente so(re / in&apa&idade do demônio de penetrar no fundo da alma# 4ois mesmo $uando tem permissão de 8eus para possuir o &orpo de uma pessoa e de atuar em suas fa&uldades inferiores o demônio jamais tem o poder de faz%-la pe&ar de impedi-la de &ontinuar unida a 8eus de progredir na virtude e se santifi&ar &omo foi o &aso de Anneliese .i&hel# 4or isso &a(e (em lem(rar a$ui o $ue dizem os santos9 deve-se temer a pe&ado do $ue o demônio#
O Dia:o no Convento “%u n+o a dei8arei em pa& en*uanto vocF n+o sair do convento7 (mea.a do Diabo a
O 8>ARO =O ,O=@E=7O9 não se trata de título de alguma novela# D o relato real de um impressionante &aso de infesta"ão e possessão &oletivas narrado pelo prprio e!or&ista $ue fez os e!or&ismos e e!pulsou os demônios9 8om Louis de ,ooman .#E#4# antigo (ispo no @ietnã# Ele pu(li&ou mu livro &om esse título no $ual relata de modo o(jetivo a a"ão e!traordin0ria do demônio em um &onvento desse país onde foi mission0rio por muitos anos#3 .gr Louis de ,OO.A= Le 8ia(le au ,ouvent et .Zre .arie-,atherine 8ien =ouvelles Dditions Latines 4aris N\J#F
Pa;@o invoca os demônios (ara tirar mo?a do convento Os fatos se passaram de NJ] a NJ\ em 4hat-8i%m no então protetorado fran&%s do 7on2in hoje @ietnãF no &onvento e novi&iado das >rmãs Amantes da ,ruz# 4or permissão de 8eus o demônio &ome"ou a agir nesse &onvento pela seguinte &ausa9 .inh um mo"o pagão havia-se apai!onado por uma jovem &atli&a .aria 8ien' a jovem entretanto $ueria ser freira e ingressou na ,ongrega"ão das >rmãs Amantes da ,ruz# >n&onformado .inh dirigiu-se ao &éle(re pagode (udista de 8en Song e ali &onjurou os g%nios na verdade demôniosF a $ue fizessem a mo"a a(andonar sua vo&a"ão religiosa e &asar-se &om ele# O demônio para atend%-lo passou a infestar o &onvento pro&urando tornar a vida nele impossível de maneira a o(rigar .aria 8ien a a(andon0-lo ou então ser e!pulsa por suas &ompanheiras $ue per&e(iam $ue a jovem estava no &entro dessa a"ão dia(li&a# Surrada (e*o demônio Apesar de todos os tormentos físi&os e morais a $ue foi su(metida pelo demônio a jovem novi"a não s perseverou na sua vo&a"ão mas ainda se serviu desse sofrimento para santifi&ar-se# As primeiras manifesta")es e!traordin0rias do demônio foram de infesta"ão lo&al e pessoal' vozes noturnas e pedradas $ue impediam as novi"as de dormir# .aria 8ien /s vezes era surrada por mão invisível durante toda a noite# >sto se deu em meados de setem(ro de NJ]#
O então 4e# Louis de ,ooman jovem mission0rio a $uem estava su(ordinado o &onvento foi &hamado pelas freiras $ue o informaram do $ue estava o&orrendo# 8e iní&io o padre não deu muito &rédito /$uelas histrias# 7omou entretanto algumas medidas de prud%n&ia9 proi(iu as freiras de &onversar &om as vozes misteriosas e de falar entre si so(re esses fatos e!traordin0rios# Ele esperava $ue em pou&o tempo os fenômenos &essassem &aso fossem de origem meramente natural por sugestão &oletiva ou algum dist6r(io nervoso das novi"as#
4elo &ontr0rio as &oisas não fizeram senão se agravar# =a noite de J para JJ de setem(ro en$uanto o demônio atormentava .aria 8ien - o $ue todas as novi"as testemunhavam 5 uma delas levou um &ru&ifi!o e o apresentou / jovem freira para os&ular surpreendentemente a imagem de ,risto desapare&eu e s en&ontrada no dia seguinte# Pedradas no te*ado8 ru)dos es(antosos8 antasmas *uase todas as noites &ontinuava a &air so(re o &onvento misteriosa e aterrorizadora &huva de projéteis 5 pedras tijolos paus (atatas garrafas vazias et
.ais impressionantes eram os ruídos $ue duraram dois anos9 piados de p0ssaros relin&hos de &avalos (uzinas de &arro sirenes de (ar&o &horos dila&erantes risos sardôni&os ranger (atidas (atidas de porta to$ue de tam(ores et >sso tornava as noites terríveis e su(metia os nervos das freiras a uma prova tremenda# Sem o au!ílio da gra"a divina elas não teriam resistido9 ou teriam a(andonado &onvento ou fi&ado lou&as# O demônio havia dito / >rmã .aria 8ien9 H0 vieram $uatro vezes ao meu pagode de 8en SongF pedir-me $ue eu a fa"a voltar ao mundo' eu não a dei!arei em paz en$uanto vo&% não sair do &onvento[# ,ome"aram então as apari")es de fantasmas9 seres fant0sti&os de tamanho e!traordin0rio e aspe&to amedrontador# Outras vezes o demônio tomava a apar%n&ia do &onfessor e dava &onselhos $ue &onfundiam as jovens novi"as# A 6ni&a &oisa $ue as salvava era &umprirem fielmente &om a o(edi%n&ia de tudo relatar /s superioras $ue desfaziam as tramas do demônio# Possess@o conta;ia outras reiras Ima noite .aria 8ien foi levantada nos ares pelo demônio o $ual lhe disse $ue ia lev0-la para a &asa do seu apai!onado# Aps ser &arregada por &er&a de U metros até o e!tremo do dormitrio das novi"as a freira &onseguiu os&ular uma relí$uia de Santa 7erezinha do .enino esus $ue trazia &onsigo e o .aligno a soltou# Ela &aiu de uma altura de tr%s metros sem se ma&hu&ar#
Aos pou&os v0rias das novi"as foram manifestando sinais estranhos de forte infesta"ão demonía&a e mesmo de possessão# 8emonstrando agilidade fora do &omum para mo"as sem nenhum treinamento físi&o saltavam so(re os galhos das 0rvores e su(iam aos &imos mais ina&essíveis# Ou então deitavam-se so(re galhos muito finos $ue deveriam vergar e $ue(rar-se &om seu peso e nada a&onte&ia# 4ara faz%-las des&er era pre&iso rezar muito jogar-lhes 0gua-(enta# ,erta vez uma das novi"as na presen"a do então 4e# Louis de ,ooman deu um pulo para o alto sem tomar impulso &onseguindo agarrar-se / trave do teto na altura de $uase tr%s metros do &hão# 8epois erguendo-se nos (ra"os al"ou o &orpo para &ima e deitou-se so(re a trave onde permane&eu por longo tempo jogando-se depois ao solo# O ruído da $ueda foi forte mas a novi"a levantou-se rindo e sem ter sofrido nada# Demônio semeia discrdia na comunidade Ima outra prova"ão 5 talvez mais terrível do $ue todas - foi a dis&rdia $ue o demônio &onseguiu introduzir na &omunidade9 todas as freiras fi&aram &om uma profunda antipatia em rela"ão a .aria 8ien a $ual s não foi e!pulsa do &onvento gra"as / prud%n&ia dos superiores $ue per&e(eram tratar-se de infesta"ão dia(li&a# ,om efeito depois de algum tempo essa antipatia &essou por &ompleto e as freiras re&onhe&eram $ue haviam sido injustas &om ela# Aps um período de estudo da situa"ão os superiores en&arregaram o prprio 4e# Louis de ,ooman de pro&eder aos e!or&ismos so(re as irmãs atingidas pela infesta"ão ou possessão dia(li&a# E=orcismos8 novenas8 (enitncias Ao todo foram nove novi"as $ue passaram por in6meras sess)es de e!or&ismos# Elas tinham $ue ser arrastadas / for"a# até o lo&al dos e!or&ismos sendo ne&ess0rias v0rias freiras para levar &ada uma delas# 4ou&o a pou&o gra"as aos e!or&ismos /s novenas penit%n&ias et as possess)es foram &essando e em NJ\ terminaram &ompleto# As infesta")es lo&ais e pessoais ainda duraram por alguns anos até &essarem inteiramente# Piedosa vida e santa morte de Maria Catarina Dien Apesar de todo o esfor"o demonía&o nenhuma postulante ou novi"a dei!ou o &onvento' mais tarde tr%s delas a(andonaram a vida religiosa mas por outras raz)es# *uanto / >rmã .aria ,atarina 8ien ela não somente perseverou na vida religiosa mas foi ainda agra&iada por 8eus &om gra"as místi&as9 &ol$uios &om o 8ivino Salvador e assist%n&ia espe&ial e visível de sua padroeira Santa ,atarina de Siena# =os 6ltimos anos de sua vida ela foi .estra de =ovi"as e guiou os passos de in6meras freiras na vida religiosa# Cale&eu santamente no dia \ de agosto de N]]#
Sacri)cios umanos em onra do demônio "%ste menino ?oi v/tima de um crime sat6nico" (4evista "
ALGI.AS =O7Y,>AS pu(li&adas na grande imprensa na&ional nos anos de NNJ-NNT demonstram a $ue ponto o satanismo homi&ida vai se e!pandindo no Rrasil sem $ue nos demos &onta# E o satanismo homi&ida é apenas o aspe&to mais (rutal de um &ulto ao demônio $ue se difunde &omo uma man&ha de azeite em nossa po(re p0tria# =ão foi feita uma pes$uisa e!austiva nem aproveitado todo o material re&olhido pois isso tornaria este &apítulo por demais e!tenso# Menino oerecido em sacri)cio a E=u T de a(ril NNJ9 estranho ritual / (eira-mar =a noite de T de a(ril de NNJ por volta das JT9]M horas o Sr# AR estava passeando na praia em Guaratu(a &idade (alne0ria do 4aran0 $uando um &arro Es&ort &om as lanternas a&esas &hamou-lhe a aten"
(em pr!imo ao mar $uatro pessoas faziam um despa&ho de ma&um(a# O Sr# AR parou e fi&ou a espreit0-los a pe$uena distne!pli&avelmente uma enorme onda veio $uase derru(ando o Sr# AR e levou tudo para dentro do mar# O $ue mais o assustou é $ue o mar estava &almo não havendo e!pli&a"ão de &omo surgiu a$uela enorme onda assim tão de repente# 8epoimento de 7estemunha no in$uérito poli&ial in G# 4O=7GL>O 1itual sat
U de a(ril NNJ9 Sa&rifí&io de &rian"a em honra ao demônio =a noite de U de a(ril de NNJ na &idade (alne0ria de Guaratu(a - 4aran0 o menino Evandro 1amos ,aetano de seis para sete anos de idade foi sa&rifi&ado ritualmente a E!u# 4arti&iparam do ritual sat
[O sa&rifí&io da &rian"a seria ofere&ido a :E!u3 $ue é um espírito $ue tanto faz o (em &omo o mal; 5 de&larou posteriormente um dos ma&um(eiros-assassinos# ma&um(eiros-assassinos# Osvaldo .ar&eneiro# .ar&eneiro# G# 4O=7GL>O op# &it# p# NV#F HO lo&al onde o ato foi realizado era es&uro iluminado somente por sete velas (ran&as sete velas pretas e sete velas vermelhas# 8urante o ritual Osvaldo &antava &antava hinos de um(anda em louvor a :E!6;# 8epoimento do paide-santo @i&ente de 4aula Cerreira in G# 4O=7GL>O# op# &it# p# K#F HA medida $ue iam sendo retirados os rgãos da &rian"a ,elina ia fazendo pedidos de prote"ão e vitria ou seja prote"ão no &omér&io e :a(rir3 o lado finan&eiro e :for"a3 na políti&a# ,elina agia normalmente não tendo sentido nenhum tipo de repulsa durante todo o ritual;# 8epoirneoto do pai-de-santo Osvaldo .ar&eneiro in G# 4O=7GL>O# op# &it# p# N#F Ao final deste as tigelas de (arro ou alguidares &ontém os rgãos e o sangue do menino sa&rifi&ado foram &olo&ados numa &asinha do tamanho de uma &asa de &a&horro &onstruída no $uintal para essa finalidade trata-se de uma espé&ie de pe$ueno templo dedi&ado a E!u e!istente em todos os terreiros de um(andaF# =o interrogatrio poli&ial /s perguntas 5 H4or $ue foi feito isso+ 4or $ue foi sa&rifi&ada a &rian"a+; 5 a filha do prefeito respondeu9 HE pr0 vir mais fortuna justi"a### pra minha família;# HO Estado de S# 4aulo; V-U-NJ' G# 4O=7GL>O op# &it# p# TM#F @i&ente de 4aula disse $ue o tra(alho foi realizado &om o o(jetivo de salvar da fal%n&ia a serraria perten&ente / família de ,elina# G# 4O=7GL>O op# &it# pp# KV-KJ#F A revista H.an&hete; Edi"ão de K-U-NJ#F pu(li&ou ampla reportagem so(re esse &rime satgreja ,atli&a9 H,elina era &atli&a mas a sua fé em ,risto ao $ue pare&e desde $ue o marido se tornou prefeito &ome"ou a falhar# Afastou-se aos pou&os da >greja ### em &ompensa"ão podia ser vista &om fre$B%n&ia em terreiros de ma&um(a# O(&e&ada por saídas saídas m0gi&a m0gi&as s ,elina ,elina de&idi de&idiu u levar levar para para Guarat Guaratu(a u(a o pai-de pai-de-sa -santo nto Osval Osvaldo do .ar&e .ar&enei neiro ro tam(é tam(ém m &onhe&ido por Rru!o $uando sentiu $ue a situa"ão finan&eira e políti&a da família amea"ava degringolar# Ela j0 o &onhe&ia de ,uriti(a pois havia re&orrido aos seus tra(alhos $uando o marido estava em &anha eleitoralF em NKK;# 7oda a família do prefeito ali0s parti&ipava &om fre$B%n&ia de rituais de ma&um(a# Im dos feiti&eiros Osvaldo de&larou H$ue Reatriz a filha do prefeitoF lhe &ontou $ue esteve juntamente &om o seu pai em um terreiro de &andom(lé ### onde tomou alguma &oisa pare&ida &om sangue durante um :tra(alho3 $ue ali se realizava[# G#4O=7GL>O# G#4O=7GL>O# op# &it# p# NT# F
Outros casos [ovem mata menino em .agé - atendendo a ordens de E!6; [Em &umprimento a ordens $ue disse ter re&e(ido do E!u 7ran&a-1ua 5 uma entidade de um(anda $ue teria in&orporado antes de &ometer o &rime 5 1o(erto Silva 7ei!eira de K anos matou ,arlos Eduardo dos Santos de J atirando-o assim &omo sua irmã @anessa dos Santos de ] num po"o;# [O Glo(o;# T-J-NJ#F [.enino é morto em magia negra; [Im garoto negro não identifi&ado &om apro!imadamente T anos foi en&ontrado morto ontem entre re&ipientes de (arro e de 0gata &om oferendas para ori!0s num terreno (aldio na ona Oeste do 1io de aneiroF# ### 4elo menos J &rian"as e adoles&entes morreram e outras foram gravemente feridas nos 6ltimos ] anos em &asos de grande reper&ussão por prati&antes de magia negra ou por pessoas $ue diziam ter re&e(ido mensagem do além;#[O Glo(o;# K-J-NT#F H.agia negra9 suspeito não foi lo&alizado pela polí&ia;
HRalne0rio de ,am(ori6# 5 A polí&ia ainda não havia &onseguido prender o prin&ipal suspeito do assassinato do pes&ador 1omQ Smillaanit&h de \V anos #### O prin&ipal suspeito é um pai-de-santo $ue morava em um (arra&o pr!imo do pes&ador# ### O suspeito tra(alhava &om sa&rifí&io de animais fazia ma&um(a usava muita &a&ha"a vela &igarro e muitas vezes os vizinhos viram &a&horros sangrando e galinhas &om fa&as atravessadas no &orpo# 8isseram tam(ém $ue havia um grande movimento de &arros / noite em dire"ão do (arra&o do pai-desanto# Segundo eles eram &anos novos de :figur)es3 [# [ornal de Santa ,atarina; ,atarina; JU-T-NT#F H=um ritual de magia negra rapaz se$Bestra estupra $ueima e mata garotinha; HO oper0rio desempregado orge 4aulo da Silva 7ei!eira de JJ anos se$Bestrou estuprou e matou num ritual de magia negra Luana da ,on&ei"ão da Silva de \ anos# O &rime o&orreu em ,ampos no Estado do 1io# ### =a &asa de 7ei!eira os poli&iais apreenderam um livro so(re o&ultismo roupas sujas de sangue e &artu&hos da plvora utilizada para $ueimar $ueimar a menina;# HO Estado de S# 4aulo; J-]-NT#F H.ãe e filha mortas em ritual a E!6; HSalete C0tima de Azevedo de TJ anos e sua filha 8aniela Ratista de Azevedo de T anos foram mortas num ritual de magia negra realizado na tarde da 6ltima ter"a-feira em ,ri6va distrito de ,a!ias do Sul# Os respons0veis pelo assassinato um menor de U anos e sua esposa de M anos ### de&lararam $ue a sessão de magia negra foi realizada por intermédio do pai-de-santo oão ,laudionir Anasta&io de N anos# HSegundo a menor ela est0 gr0vida de tr%s meses e o pai-de-santo havia afirmado $ue o feto s so(reviveria &aso ela matasse uma &rian"a e um adulto# ### HO pai-de-santo nega ser o mentor do assassinato9 :=ão tenho &ulpa foi a entidade E!u $ue mandou matar a mulher e a &rian"a# >sto não é &omum mas eventualmente a entidade determina este tipo de ritual3 afirmou Anast0&io;# [,orreio do 4ovo; 4orto Alegre U-\-NT# F [4C investiga rede na&ional de magia negra;# Em Altamira 4ar0 tr%s pessoas - J médi&os e um fazendeiro - são a&usados de matar &in&o meninos e &ortar seu rgão genital# Segundo o Superintendente da 4olí&ia 4olí&ia Cederal He!iste a suspeita suspeita de $ue os a&usados fa"am parte de uma rede na&ional de magia negra $ue promoveria o sa&rifí&io de &rian"as;# [Colha de S# 4aulo; \-U-NT#F [O demônio est0 solto no 1io; A jornalista Elleni&e Rottari em HO Glo(o; do 1io de aneiro es&reve so(re a dissemina"ão dissemina"ão do satanismo na e!,apital Cederal e Rai!ada Cluminense9 H1ituais sat
CONCL!S#O - A AIN'A DOS AN2OS8 TEO DOS DEM4NIOS E=,E11A.OS A*I> o estudo $ue nos &onduziu da maravilhosa realidade dos anjos de luz / tene(rosa dos anjos de&aídos' da fidelidade e amor enlevado a 8eus dos primeiros / revolta desesperada dos segundos' da soli&itude dos anjos por ns homens ao dio impla&0vel $ue nos t%m os demônios# @imos os &uidados $ue devemos ter em rela"ão a toda forma de superti"ão $ue é uma porta de a&esso do .aligno e a $ue grau de sujei"ão ao anjo do mal pode &hegar o homem passando de um pa&to implí&ito da mera supersti"ão ao pa&to e!plí&ito a um verdadeiro &ontrato &om o demônio# E aí se a(re o a(ismo terrível da possessão volunt0ria da feiti"aria do malefí&io das .issas negras dos ritos sa&rílegos os sa&rifí&ios humanos### @imos tam(ém o renas&er do satanismo &onse$B%n&ia do tremendo pro&esso de des&ristianiza"ão e de de&ad%n&ia moral pelo $ual passa a Pumanidade# 8eve-se temer mais o pe&ado do $ue o demônio =ão devemos entretanto ter um medo &heio de p
*uando 8eus permite uma a"ão mais intensa do 7entador uma infesta"ão ou mesmo em &asos e!tremos a possessão temos nos e!or&ismos realizados &om fé e devo"ão por $uem de direito uma forma segura de li(erta"ão# 8evemos re&orrer espe&ialmente ao nosso Anjo da Guarda aos tr%s gloriosos Ar&anjos São .iguel São Ga(riel e São 1afael# A São osé 4atriar&a da Sagrada Camília ao $ual 8eus nada re&usa# 8evemos so(retudo ter uma devo"ão sin&era e enlevada para a 1ainha dos Anjos 7error dos demônios# Ima luta efetiva &ontra a a"ão demonía&a não pode ser realizada sem a espe&ial ajuda e patro&ínio da Santíssima @irgem# 4or sua dignidade de .ãe do 1edentor seu grau de união &om 8eus sua parti&ipa"ão ativa na 4ai!ão do Salvador &omo verdadeira ,o-1edentora e .edianeira de todas as gra"as Ela é nosso apoio de&isivo &ontra os anjos malditos $ue se revoltaram &ontra seu ,riador# .aria a mais terrível inimiga $ue 8eus armou &ontra o demônio O grande apstolo da devo"ão marial São Luís Grignion de .ontfort no seu &éle(re 7ratado da @erdadeira 8evo"ão / Santíssíma @irgem sintetiza de modo admir0vel o papel 6ni&o de .aria na luta &ontra Satan0s9 [.aria deve ser terrível para o demônio e seus se$uazes &omo um e!ér&ito em linha de (atalha prin&ipalmente nesses 6ltimos tempos pois o demônio sa(endo (em $ue lhe resta pou&o tempo para perder as almas redo(ra &ada dia seus esfor"os e ata$ues# Sus&itar0 em (reve persegui")es &ruéis e terríveis em(os&adas aos servidores fiéis e aos verdadeiros filhos de .aria $ue mais tra(alho lhe darão para ven&er# HD prin&ipalmente a estas 6ltimas e &ruéis persegui")es do demônio $ue se multipli&arão todos os dias até o reino do Anti&risto $ue se refere a$uela primeira e &éle(re predi"ão e maldi"ão $ue 8eus lan"ou &ontra a serpente no paraíso terrestre# @em a propsito e!pli&0-la a$ui para glria da Santíssima @irgem salva"ão de seus filhos e &onfusão do demônio# H4orei inimizades entre ti e a mulher e entre a tua posteridade e a posteridade dela# Ela te pisar0 a &a(e"a e tu armar0s trai")es ao seu &al&anhar[ Gen T MF# HIma 6ni&a inimizade 8eus promoveu e esta(ele&eu inimizade irre&on&ili0vel $ue não s h0 de durar mas aumentar até ao fim9 a inimizade entre .aria sua digna .ãe e o demônio' entre o filhos e servos da Santíssima @irgem e os filhos e se$uazes de L6&ifer' de modo $ue .aria é a mais terrível inimiga $ue 8eus armou &ontra o demônio# O ca*canar Bue esma;a a ca:e?a da ser(ente HEle lhe deu até desde o paraíso tanto dio a esse amaldi"oado inimigo de 8eus tanta &larivid%n&ia para des&o(rir a malí&ia dessa velha serpente tanta for"a para ven&er esmagar e ani$uilar esse ímpio orgulhoso $ue o temor $ue .aria inspira ao demônio maior $ue o $ue lhe inspiram todos os anjos e homens e em &erto sentido o prprio 8eus# =ão $ue a ira o dio o poder de 8eus não sejam infinitamente maiores $ue os da Santíssima @irgem pois as perfei")es de .aria são limitadas mas em primeiro lugar Satan0s por$ue é orgulhoso sofre in&omparavelmente mais por ser ven&ido e punido pela pe$uena e humilde es&rava de 8eus &uja humildade o humilha mais $ue o poder divino' segundo por$ue 8eus &on&edeu a .aria tão grande poder so(re os demônios $ue &omo muitas vezes se viram o(rigados a &onfessar pela (o&a dos possessos infundelhes mais temor um s de seus suspiros por uma alma $ue as ora")es de todos os santos' e uma s de suas amea"as $ue todo outros tormentos#[ HO $ue L6&ifer perdeu por orgulho .aria ganhou por humildade# O $ue Eva &ondenou e perdeu pela deso(edi%n&ia salvou-o .aria pela o(edi%n&ia; São Luís .aria G1>G=>O= 8E .O=7CO17 7ratado da @erdadeira 8evo"ão / Santíssima @irgem# nn# MV-M]#F >nvo$uemos .aria Santíssima a 1ainha dos Anjos e 7error dos demônios# *ue Ela nos assista de um modo espe&ial para $ue revestidos da armadura de 8eus possamos resistir /s &iladas do demônio Ef\ -UF#