“Da
Mito Mitoco cosm smol olog ogiia
Tra radi dici cion onal al,” ,”
Jean Jean
Borella POR CARLOS GUL!"RM" SL#"RA $ SL#"RA $ %LOSO%A %LOSO%A,, R"#STA $OUT &'()
Tradução
do
artigo
1
do
capítulo
I
de
“La
Crise
Du Symbolisme Religieux” 1!!"#$ de %ea& 'orella(
A
*ro*+sito de m rito -am.nico reali/ado *or m 0ndio Cna, com
a inten12o de a-iliar ma ml3er a dar 4 l/, C5 L67i8Strass o9ser7a o seginte: “Uma 7e/ ;e a sociedade e a ml3er creem na mitologia do -am2, *oco im*orta o
cada5 Os ocidentais imaginam, de 9om grado, ;e o rito consiste nma es*6cie de “ placebo s+cio8cltral”, ;e <nciona como se c@ci e>c@cia a do conte contedo do intelig7el do signo5 Tal o ;al signo casa a sade *or;e a signi>ca, dir direta eta o indi indirreta etamente ente,, atra tra76s de ma analogi logia a o de ma ma seme se mel3 l3an an1a 1a de nat natrre/a e/a sem)&tica entre tre am9os este a-ioma 6 indiss indissoci oci@7e @7ell de ma ma co conce nce*12 *12o o tradic tradicion ional al da sim9+l sim9+lica ica55 ?o ?oss ritos ritos sagrados, na astrologia, nas o*era1es al;micas, o ;e age n2o s2o tant tanto o as cam n2o *or
&
)
rela12o ontol+gica ;e ele esta9elece entre os signos e as coisas5 "m ma *ala7ra, 6 *roceder a ma netrali/a12o onto8cosmol+gica do sm9olo5 ?2o s2o a*enas os >l+sol+soc@cia dos signos5 Poderia ele manter sa <6 religiosa, isto 6, continar a crer no ;e di/ a Re7ela12o, sem aderir, *or essa ra/2o, 4 maneira como 6 dita ?2o seria necess@rio, =stamente, lan1ar8se m2o de ma 3ermenEtica ?2o se est@ arriscando a “=ogar grati7a do ;e *ertence 4 e-*ress2o *r+*ria e direta Acaso a car 4 mercE do gosto dos 3ermenetas Como se 7E, o aca7alamento das ;estes 6 ;ase ine-tric@7el5
N
Come1aremos *ela *ergnta mais sim*les: *or ;e C5 L67i8Strass e A5 #ergote n2o creem maisIo n2o *odem crerK no ;e o mito a>rma A res*osta 6 e7idente: 6 em 7irtde de sas *r+*rias ontologias de rermar ;e o discrso religioso im*lica ma ontologia de recamente inaceit@7el A essa ltima ;est2o *retendemos res*onder nma o9ra <tra5 Digamos somente ;e, se a ciEncia moderna *ermite, so9 certos *ontos de 7ista, restarar m sentido ao cosmos sim9+lico, a <sica galilaica, *or
sa 7e/, o*e8se a9soltamente a isso5 Ora, em9ora, atalmente, ela n2o *ossa se ga9ar de rmar He, segndo a e-*ress2o de Ricoer, ele 7isa a m sentido segndo atra76s de m sentido *rimeiro Desde logo, n2o seria necess@rio admitir ;e a consciEncia “sim9+lica” de7eria se erger so9re a desa*ari12o da inconsciEncia mtica ?2o se de7eria reser7ar o termo “mito” *ara ;ali>car m *ensamento inca*a/ de *erce9er a natre/a “sim9+lica” dos ennciados escritrais, isto 6, no <ndo, inca*a/ de dissociar as *ala7ras das coisas ;e elas designam "ssa 6, segramente, a con7ic12o de m grande nmero de e-egetas contem*or.neos, e em *articlar de Bltmann: “As conce*1es mitol+gicas *odem ser sadas como sm9olos o imagens, ;e tal7e/ se=am necess@rios *ara a lingagem religiosa e, conse;entemente, tam96m *ara a <6 crist25 IK os ennciados ;e descre7em a a12o de Des so9 a cial, n2o s2o legtimos a menos ;e se=am entendidos em m sentido *ramente sim9+lico” 5 Dessa maneira, restiti8se ao mito sa 7erdadeira signi>ca12o: “contra se *ro*+sito 7erdadeiro,Io *ensamento mitol+gicoK re*resenta8se o Transcendente como ma realidade distante no es*a1o, e sa *otEncia como ma intensi>ca12o ;alitati7a do *oder 3mano” 5 Por conseginte, o 7erdadeiro crist2o de7eria ser grato 4 ciEncia moderna, ca*a/ de nos cond/ir a tal desmiti>ca12o5 e-atamente isso o ;e a>rma m te+logo cat+lico, ali@s tomista: “a e-*ans2o da cosmologia s+ 6 *oss7el se o c6 cadoV, cessando de ser a morada dos Q
deses5 Ora, nada alcan1a t2o *lenamente esse eca12o ;anto a a>rma12o monotesta e o recon3ecimento de m Des ;e n2o 3a9ita nen3ma *arte do es*a1o c+smico5 ?esse sentido, a o9ra de Galile 6 *ro<ndamente crist2” 5 A sita12o do sim9olismo sagrado *arece, *ortanto, estar em +tima ca12o e do realismo ingEno de ma mitologia ignorante de sa 7erdadeira signi>ca12o, o sim9olismo de7eria *oder e-*rimir ade;adamente a 7erdade da re7ela12o religiosa5 Contdo, e mesmo sem le7ar em conta as re<ta1es e7identes ;e nos mostram a realidade dos ca12o est@ longe de resol7er a ;est2o5 Pois agora a ;est2o seria certi>car8nos das 7erdadeiras inten1es dos te-tos sacros e das mitologias tradicionais5 A *ro9lem@tica ainda *ersiste5 O ;e nos garante ;e a inten12o 7erdadeira dos mitos n2o 6 =stamente alo=ar o di7ino dentro do es*a1o distante Seramos, tal7e/, le7ados a admiti8lo caso o discrso mtico se desdo9rasse inteiramente so9re o estado de inconsciEncia sim9+lica5 "le *oderia, ent2o, con7erter8se em “sm9olo”5 Mas *arece ;e as coisas n2o <ncionam assim sem*re5 Seria necess@rio, de incio, e restringindo8nos 4 cltra ocidental, le7ar em considera12o as contesta1es mais antigas ao discrso mitol+gicoIas do racionalismo grego e as ;e im*e a <6 crist2K, como mostra Jean P6*in em se estdo so9re *ito e +legoria5 O nascimento da consciEncia sim9+lica seria, *ortanto, 9em anterior ao a*arecimento da ciEncia galilaica5 A no12o mesma de alegoria nos d@ testemn3o disso5 Mas isso n2o 6 tdo5 *reciso nos *ergntarmos se os *r+*rios te-tos sagrados n2o los+>co5 Pois se torna necess@rio nos *ergntarmos: *or onde *assa a lin3a di7is+ria entre allegoria i& -erbis eallegoria i& .actis He crit6rio saremos *ara tra1@8la %ica e7idente ;e tal crit6rio n2o 6 o mesmo *ara m Agostin3o e *ara m Bltmann, am9os crist2os5 Onde est@, W
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*ois, a dirmar ;e de*endemos da <sica galilaica na ;est2o do sim9olismo De certa maneira, sim mas, no <ndo, ;e *6trea certe/aX !@ 9astante tem*o o mndo =@ o *erce9e5 Resta, somente, dir8se8ia, tirar dela as conse;Encias "scritrais, isto 6, *assar *ara o regime “sim9+lico” a;ilo ;e, *ara Agostin3o, *ertence ao regime da 3ist+ria5 9em 7erdade ;e s9siste certo nmero de crist2os ;e acreditam na 3istoricidade da re7ela12o =daico8crist2, sem contar o grande nmero da;eles ;e *re
*or esta ra/2o, na 7erdade, ;e s+ a “colna do meio” 6 essencial o ;e signi>ca ;e 6 a ela ;e se de7e relacionar as das otras, ;e n2o s2o sen2o ses as*ectos -ar5 Segramente, *ode8se considera8los somente do *onto de 7ista de sa manica12o sim9+lica5 A 3ermenEtica ;e a des7ela n2o acrescenta essa signi>ca12o desde o e-terior, mas atali/a a realidade do cante ;e ele e-*rime5 "m ltima an@lise, toda e-*ress2o sim9+lica se a*oia so9re a rela12o ontol+gica ;e o signi>cante cor*+reo esta9elece com a realidade e-*rimida5 Ora, s2o *recisamente esses dois ti*os de rela1es ;e a <sica galilaica torna im*oss7eis5 O sm9olo, como =@ mostramos mais de ma 7e/ , constiti ma ordem de realidade sui ge&eris e atnoma, lgar de comnica12o entre o sens7el e o intelig7el, onde se d2o sas transcanteK5 Ora, o mndo galilaico recsa am9os: o cor*+reo se torna *ra es*acialidade, e o intelig7el *ra racionalidade matem@tica5 Com Galile, n2o 6 a*enas o mndo a;i de 9ai-o ;e se transcati7o, a esse res*eito, do ;e o dalismo cartesiano de alma e cor*oIem9ora o Descartes meta<sico le7e em conta a ((
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*resen1a do c6 di7ino na s9st.ncia da alma 3manaK, e do ;e o desen7ol7imento “3manista” da >loso>a de LocYe e de !me5 De nita de e-istentes cor*+reos: a *ossi9ilidade de ma cosmologia *arece de>niti7amente descartada5 Mas *ara isso se tornar claro, ser@ *reciso es*erar *or ant, a dial6tica da ra/2o *ra e a resol12o das antinomias cosmol+gicas, o ;e ant c3ama de Resolução crítica do co&4ito cosmol3gico da ra5ão com ela mesma(