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AMOSTRA GRÁTIS DO MATERIAL DE ESTUDOS O termo teologia, segundo seus aspectos etimológicos, é composto de duas palavras gregas: Theos (Deus) e logos (palavra, fala, epress!o). Tanto "risto, a #alavra $iva, como a %&blia, a #alavra 'scrita, s!o o ogos de Deus. 'les s!o para Deus o ue a epress!o é para o pensamento e o ue a fala é para a ra*!o. + teologia, é portanto uma Theologia, isto é, uma palavra, uma fala ou epress!o sobre Deusuma doutrina sobre Deus. o estudo sobre a revela/!o de Deus ue é a epress!o dos 0eus pensamentos e, logo, é, também, o estudo sobre 0ua própria própria #essoa. #ortanto teologia é o estudo sobre Deus, sua obra e sua revela/!o. 'mbora n!o encontremos nas 'scrituras a palavra teologia, ela é b&blica em seu car1ter. 'm 2m.3:4 encontramos ta logia tou Theou (os or1culos de Deus)- em 56 #e.7:55 encontramos logia Theou (or1culos de Deus), e em c.8:45 temos t emos ton ogon tou Theou (a #alavra de Deus).
TEOLOGIA SISTEMÁTICA 9enhuma eposi/!o sobre Deus seria completa se n!o contemplasse 0uas obras e 0eus caminhos no universo ue 'le criou, além de 0ua #essoa. Toda cincia provm e mantm rela/!o com o "riador de todas as coisas e com 0eu propósito na cria/!o. ' toda verdade é verdade de Deus, onde uer ue ela se;a encontrada. Deus se revelou na cria/!o e nas 'scrituras, e a verdade achada pelas cincias naturais e sociais, por crist!os ou profanos, n!o é verdade profana- é verdade sagrada de Deus ("l.4:3). Toda verdade, onde uer ue se;a encontrada, tem peso e valor iguais como verdade, como ualuer outra verdade.
ncia, e uma outra em outra, mas ambas tm valor como verdade. #ortanto é perfeitamente l&cito utili*ar se de outras fontes, enuanto verdade, para o estudo da teologia. O estudo teológico ue incorpora em seu esc?po o eame das cincias naturais e sociais, é denominado teologia sistem1tica.
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - 2
DIVERSAS DEFINIÇÕES DE TEOLOGIA 5.
"hafer:
4.
+leander: + cincia de Deus... um resumo da verdade religiosa cientificamente arran;ada, ou uma cole/!o filosófica de todo o conhecimento religioso (A. indsa@ +leander).
3.
Bodge: + teologia sistem1tica tem por ob;etivo sistemati*ar os fatos da %&blia, e averiguar os princ&pios ou verdades gerais ue tais fatos envolvem ("harles Bodge).
7.
0trong: + cincia de Deus e dos relacionamentos de Deus com o universo (+. B. 0trong).
C.
Thomas: + cincia é a epress!o técnica das leis da nature*a- a teologia é a epress!o técnica da revela/!o de Deus. a* parte da teologia eaminar todos os fatos espirituais da revela/!o, calcular o seu valor e arran;1los em um corpo de ensinamentos. + doutrina, assim, corresponde Es generali*a/Fes da cincia (A. B. Griffith Thomas)
H.
0hedd:
I.
Defini/Fes Jnadeuadas: #ara definir teologia foram empregados alguns termos enganadores e in;ustificados. K1 se declarou ue ela é La cincia da religi!oL- mas o termo religi!o de maneira nenhuma é um sin?nimo da #essoa de Deus e de toda a 0ua obra. Da mesma forma ;1 se disse ue ela é Lo tratamento cient&fico dauelas verdades ue se encontram na %&blia- mas esta cincia, embora etrai a por/!o maior do seu material das 'scrituras, etrai também o seu material de toda e ualuer fonte. + teologia sitem1tica também tem sido definida como o arran;o ordeiro da doutrina crist!- mas como o cristianismo representa apenas uma simples fra/!o de todo o campo da verdade relativa E #essoa de Deus e o 0eu universo, esta defini/!o n!o é adeuada.
OUTRAS TEOLOGIAS 5.
Teologia 9atural: 'studa fatos ue se referem a Deus e 0eu universo ue se encontra revelado na nature*a.
4.
Teologia 'egética: 'studa o Teto 0agrado e assuntos relacionados, através do estudo das l&nguas originais, da arueologia b&blica, da hermenutica b&blica e da teologia b&blica.
3.
Teologia %&blica: Jnvestiga a verdade de Deus e o 0eu universo no seu desenvolvimento divinamente ordenado e no seu ambiente histórico conforme apresentados nos diversos livros da %&blia. + teologia b&blica é a eposi/!o do conte=do doutrin1rio e ético da %&blia, conforme originalmente revelada. + teologia b&blica etrai o seu material eclusivamente da %&blia.
7.
Teologia Bistórica: "onsidera o desenvolvimento histórico da doutrina, mas também investiga as varia/Fes sect1rias e heréticas da verdade. 'la abrange história b&blica, história da igre;a, história das missFes, história da doutrina e história dos credos e confissFes.
C.
Teologia Dogm1tica: a sistemati*a/!o e defesa das doutrinas epressas nos s&mbolos da igre;a. +ssim temos LDogm1tica "rist!L, por B. Martensen, com uma eposi/!o e defesa da doutrina luterana- LTeologia Dogm1ticaL, por Am. G. T. 0hedd, como uma eposi/!o da "onfiss!o de Aestminster e de outros s&mbolos presbiterianos- e LTeologia 0istem1ticaL, por ouis %erNhof, como uma eposi/!o da teologia reformada.
H.
Teologia #r1tica: Trata da aplica/!o da verdade aos cora/Fes dos homens. 'la busca aplicar E vida pr1tica os ensinamentos das outras teologias, para edifica/!o, educa/!o, e Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - (
aprimoramento do servi/o dos homens. 'la abrange os cursos de homilética, administra/!o da igre;a, liturgia, educa/!o crist! e missFes.
8.SOBRE A EDUCAÇÃO TEOLÓGICA 'stamos vivendo tempos de fome espiritual, onde heresias tm procurado se instalar no seio da Jgre;a- Deus levantou o pro;eto para um grande avivamento espiritual. 9!o basta apenas termos talentos naturais ou compreens!o das consencias das crises ue o mundo atravessa. #recisamos eercer influncias com nosso testemunho perante os ue dispomos a ensinar a #alavra de Deus. muito importante porue nos dar1 ampla vis!o da teologia Divina, atrair1 futuros l&deres ao aprendi*ado e criar1 um ambiente mais espiritual na nossa Jgre;a (Poinonia). +prendi*ados errados geram desastres e resistncia E Obra de Deus. 0omente o correto de forma correta leva ao sucesso, na conscincia e submiss!o ao 'sp&rito 0anto ue rege a igre;a. Temos ue combinar estratégias de ensino com o car1ter revelado em nossas vidas- devemos incentivar a confian/a dos alunos na 'scritura, com coerncia e potencial. Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, come/ando do mundo interior das conscincias humanas dos alunos, ue se tornar!o futuros evangeli*adores capacitados na %&blia. Tome esta certa decis!o: 'stude, antes, o material, re=na seus alunos, apresente os planos de aula, d um tempo para refletirem, divulgue a doutrina, em con;unto, como facilitador do processo educacional, tranili*e e encora;e os outros a fa*erem parte de novas turmas. 9!o preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para destruir, mas para a;udar e corrigir as almas, com amor, esperando ue Deus lhes conceda o entendimento do 2eino dos "éus. "omo facilitador da vis!o de ensino, conhe/a os uatro pilares da 'duca/!o: 5. +prender a "onhecer: Tenha a humildade de saber ue n!o sabes tudo- 0e;a competente, compreensivo, =til, atento, memori*ador e informe o assunto de forma contetuali*ada com a realidade atual. 4. +prender a fa*er: 0e;a #reparado para ministrar as aulas, conhecendo a matéria previamente, estimulando a criatividade dos alunos, preparandoos para a tarefa determinada de Kesus de serem disc&pulos. 3. +prender a $iver ;untos: 'stimule a descoberta m=tua entre os alunos da #alavra de Deus, em forma de solidariedade, cooperativismo, promovendo autoconhecimento e autoestima entre os alunos, na solidariedade da compreens!o m=tua- o ob;etivo do curso n!o é apenas ter conhecimento, mas Qser crist!oR. 7. +prender a 0er: 2esgate a vis!o hol&stica (completa) e integral dos alunos, preparandoos para integrarem corpo, alma e esp&rito com sensibilidade, ética, responsabilidade social e espiritualidade, formando ;u&*o de valores, levandoos a aprenderem a decidirem por si mesmos, com a a;uda do 'sp&rito 0anto. embremse de ue a primeira impress!o é a ue fica marcada na conscincia. Temos ue ser perceptivos, h1beis para lidar com as d=vidas, sem agressFes, procurando solu/Fes com base b&blicas sem fundamentalismo de usar tetos sem contetos por pretetos de posicionamentos individuais. 'stimule os alunos, com liberdade de pensamento para terem respostas. Tome comum a mensagem, filtrando os resultados no bomsenso. 0e;a am1vel, compreensivo, sincero, sem ter uma vis!o eclusivista do seu ponto de vista, em detrimento da #alavra de Deus, ue sempre é o referencial.
1-
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA PRÓPRIA
+s obras de dogm1tica ou de Teologia 0istem1tica geralmente come/am com a Doutrina de Deus. B1 boas ra*Fes para come/ar com a Doutrina de Deus, se partirmos da admiss!o de ue a Teologia é o conhecimento sistemati*ado de Deus de uem, por meio de uem, e para uem s!o todas as coisas. 'm ve* de surpreendernos de ue a dogm1tica come/a a Doutrina de Deus, bem poder&amos esperar ue fosse completamente um estudo de Deus, em todas as suas ramifica/Fes do Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - )
come/o ao fim. Jniciamos o estudo de Teologia com duas pressuposi/Fes, a saber:
5. Sue Deus eiste. 4. Sue 'le se revelou em 0ua #alavra Divina. #ara nós a eistncia de Deus é a grande pressuposi/!o da Teologia, pois n!o h1 sentido em falarse do conhecimento de Deus, sen!o se admite ue Deus eiste. 'mbora a verdade da eistncia de Deus se;a aceita pela fé, esta fé se baseia numa informa/!o confi1vel. O "rist!o aceita a verdade da eistncia de Deus pela fé. Mas esta fé n!o é uma fé cega, mas fé baseada em provas, e as provas se acham, primariamente, na 'scritura como a #alavra de Deus inspirada, e, secundariamente, na revela/!o de Deus na nature*a. 9esse sentido a %&blia n!o prova a eistncia de Deus. O ue mais se aproima de uma declara/!o talve* se;a o ue lemos em Bebreus 55:H: + %&blia pressupFe a eistncia de Deus em sua declara/!o inicial: Q9o principio criou Deus os céus e a TerraR. $se Deus em uase todas as p1ginas da 'scritura 0agrada em ue 'le se revela em palavras e atos. 'sta revela/!o de Deus constitui a base da nossa fé na eistncia de Deus, e a torna uma fé inteiramente ra*o1vel. Devese, notar, ue é somente pela fé ue aceitamos a revela/!o de Deus e ue obtemos uma real compreens!o do seu conte=do. Disse Kesus, 0e alguém uiser fa*er a vontade dele conhecer a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo (K? I:5I). estes conhecimentos intensivos, resultantes da intima comunh!o com Deus, ue Oséias tem em mente uando di*: Q"onhe/amos, e prossigamos em conhecer ao 0enhorR (Oséias H:3). O incrédulo n!o tem nenhuma real compreens!o da #alavra de Deus. +s #alavras de #aulo s!o muito pertinentes nesta cone!o: Onde est1 o s1bioU Onde o escribaU Onde o inuiridor deste séculoU #orventura n!o tornou Deus louca a sabedoria do mundoU $isto como, na sabedoria de Deus, o mundo n!o o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os ue crem, pela loucura da prega/!o (5 "o 5:4V,45).
1.1.
O Ser e De!"
2ela/!o do 0er e dos +tributos de Deus. O 0er de Deus. evidente ue o 0er de Deus n!o admite nenhuma defini/!o cientifica.
1.#.
O" A$r%&!$'" e De!"
1. A$r%&!$'" I()'*!(%)+,e%" 0alientam o 0er absoluto de Deus. "onsiderando absoluto como auilo ue é livre de todas as condi/Fes (ou Jncondicionado ou +utoeistente), de todas as rela/Fes (o Jrrelacionado), de todas as Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - *
imperfei/Fes (o #erfeito), ou livre de todas as diferen/as ou distin/Fes fenomenológicas, como matéria e esp&rito, ser e atributos, su;eito e ob;eto, aparncia e realidade (O real, a realidade =ltima).
A. + eistncia +ut?noma de Deus como o 0er autoeistente e independente ue Deus pode dar a certe*a de ue permanecer eternamente o mesmo, com rela/!o ao seu povo.
B. + Jmutabilidade de Deus. 'm virtude deste atributo, 'le é ealtado acima de tudo uanto h1, e é imune de todo acréscimo ou diminui/!o e de todo desenvolvimento ou diminui/!o e de todo desenvolvimento ou decadncia em seu ser e em suas perfei/Fes.
C. + infinidade de Deus. 5. 0ua perfei/!o absoluta O poder infinito n!o é um quantum absoluto , mas, sim, um potencial ineaur&vel de energia, e a santidade infinita n!o é um quantum ilimitado de santidade, mas, sim, uma santidade ualitativamente livre de toda limita/!o ou defeito 4. 0ua eternidade + infinidade de Deus em rela/!o ao tempo é denominada eternidade. 3. 0ua imensidade + infinidade de Deus também pode ser vista com referncia ao espa/o, sendo, ent!o, denominada imensidade. 'm certo sentido, os termos imensidade e onipresen/a, como s!o aplicados a Deus, denotam a mesma coisa e, portanto, podem ser considerados sin?nimos
D. + unidade de Deus. 5.
4.
#. A$r%&!$'" C'*!(%)+,e%". +través dos atributos comunic1veis Deus se relaciona com seres morais, conscientes, inteligentes e livres, como um 0er pessoal, normal e elevado.
A. + 'spiritualidade de Deus. + %&blia n!o nos d1 uma defini/!o de Deus. O ue mais se aproima disso é a palavra dita por Kesus 1 mulher samaritana: Deus é esp&rito (Ko 7:47). Tratase, ao menos, de uma declara/!o ue visa di*ernos numa =nica palavra o ue Deus é. + idéia de espiritualidade eclui necessariamente a atribui/!o de ualuer coisa semelhante a corporalidade a Deus e, assim condena as fantasias de alguns dos antigos gnósticos e dos m&sticos medievais, e de todos os sect1rios dos nossos dias ue atribuem o corpo a Deus. +tribuindo espiritualidade a Deus, podemos afirmar ue 'le n!o tem nenhuma das propriedades pertencentes 1 matéria, e ue os sentidos corporais n!o O podem discernir.
. A$r%&!$'" I($ee)$!/%". A. O "onhecimento de Deus. #odese definir o conhecimento de Deus como a perfei/!o de Deus pela ual 'le, de maneira inteiramente =nica, conhecese a 0i próprio e a todas as coisas poss&veis e reais num só ato eterno e simples B. 0ua 9ature*a. O conhecimento caracteri*ado por perfei/!o absoluta- inato e imediato, e n!o resulta de observa/!o ou de um processo de racioc&nio. O conhecimento ue Deus tem de 0i mesmo e de todas as coisas poss&veis, um conhecimento ue repousa na conscincia de 0ua onipotncia. "hamado necess1rio porue n!o é determinado por uma a/!o da vontade divina. Também é conhecido como conhecimento de simples inteligncia, em vista do fato de ue é pura e simplesmente um ato do intelecto divino, sem nenhuma a/!o concomitante da vontade divina. O livre conhecimento de Deus, é auele ue ele tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas ue eistiram no passado, ue eistem no Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - +
presente ou ue eistir!o no futuro. undamentase no conhecimento infinito ue Deus tem do seu propósito eterno, totalmente abrangente e imut1vel e é chamado livre conhecimento porue é determinado por um ato concomitante da vontade.
C. 0ua 'tens!o. O conhecimento de Deus n!o é perfeito somente em sua nature*a, mas também em sua abrangncia. chamada oniscincia, porue é absolutamente compreensivo. Diversas passagens da 'scritura ensinam claramente a oniscincia de Deus. 'le é perfeito em conhecimento, (Kó 3I:5H), n!o olha para a aparncia eterior, mas para o cora/!o (5 0m 5H:I - 5 "r 48:W,5I - 0l 53W:57Kr 5I:5V), observa os caminhos dos homens (Dt 4:I - K? 43:5V- 47:43- 35:7 - 0l 5:H- 55W :5H8), conhece o lugar da sua habita/!o (0l 33:53) e os dias da sua vida (0l 3I:58). + escritura ensina, também, sobre a prescincia divina de eventos contingentes (5 0m 43:5V53 - 42s 53:5W - 0l 85:57,5C- Js 74:W- 78:58Kr 4:4,3-38:5I4V: '* 3:H - Mt 55:45). A S/&e'r%/ e De!". #odese considerar a sabedoria de Deus como um aspecto do 0eu conhecimento. O conhecimento é aduirido pelo estudo, mas a sabedoria resulta de uma compreens!o intuitiva das coisas. D. + veracidade de Deus. Suando se di* ue Deus é a verdade, esta deve ser entendida, em seu sentido mais abrangente. #rimeiramente 'le é a verdade num sentido metaf&sico, isto é, n'le a idéia da Divindade se concreti*a perfeitamente- 'le é tudo ue como Deus deveria ser e, como tal, distinguise de todos os deuses, os uais s!o chamados &dolos, nulidades e mentiras (0l WH:C- WI:I- 55C:78- Js 77: W,5V). 'le é também a verdade num sentido tico e, com tal, revelase como realmente é, de modo ue a sua revela/!o é absolutamente confi1vel (9m 43:5W- 2m 3:7- BbH:58). inalmente, 'le é também a verdade num sentido lógico e, em virtude disto, conhece as coisas como realmente s!o, e constitui de tal modo a mente do homem ue este pode conhecer, n!o apenas a aparncia, mas também a realidade das coisas.
0. A$r%&!$'" M'r/%". A. + %ondade de Deus. (Mc5V:58- c 58:58,5W- 0l 3H:W- 0l 57C:W,5C,5H- 0l 3H:H- 5V7:45- Mt C:7C- H:4H- c H:3C- +t 57:5I). B. O +mor de Deus. (Ko 3:5H- Mt C:77,7C- Kó 5H:4I- 2m C:8- 5 Ko 3:5). C. + Gra/a de Deus. 0egundo a 'scritura, é manifestada n!o só por Deus, mas também pelos homens, caso em ue denota o favor de um homem a outro. D. + Misericórdia de Deus. #ode se definir a misericórdia divina como a bondade ou amor de Deus é mostrado para com os ue se acham na miséria ou na desgra/a, independentemente dos seus méritos.
E. + 0antidade de Deus. 0ua idéia fundamental é a de uma posi/!o ou rela/!o eistente entre Deus e uma pessoa ou coisa.
F. + Kusti/a de Deus. + idéia fundamental de Kusti/a é a de estrito apego E lei. Geralmente se fa* distin/!o entre a ;usti/a absoluta de Deus e a relativa. +uela é a retid!o da nature*a divina, em virtude da ual Deus é infinitamente reto em 0i mesmo, enuanto ue esta é a perfei/!o de Deus pela ual 'le se mantém contra toda viola/!o da 0ua 0antidade e mostra, em tudo e por tudo, ue 'le é o 0anto.
. A$r%&!$'" e S'&er/(%/. + soberania de Deus recebe forte nfase na 'scritura. 'le é apresentado como o "riador, e 0ua vontade como a causa de todas as coisas. 'm virtude de sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o ue eles contm lhe pertencem. 'le est1 revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra.
#-
INTRODUÇÃO À TRINDADE
+ palavra Trindade n!o é t!o epressiva como a palavra holandesa Drieenheid, pois pode simplesmente denotar o estado tr&plice (ser trs), sem ualuer implica/!o uanto E unidade dos trs. Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - ,
Geralmente se entende, porém, ue, como, termo técnico na Teologia, inclua essa idéia. Mesmo porue, uando falamos da Trindade de Deus, nos referimos a uma trindade em unidade, e a uma unidade ue é trina. + rela/!o do 'sp&rito 0anto com as outras pessoas da trindade, s!o controvérsias trinit1rias ue levaram a conclus!o de ue o 'sp&rito 0anto, como o ilho, é da mesma essncia do #ai e, portanto, é consubstancial com 'le. ' a longa discuss!o acerca da uest!o: se o 'sp&rito 0anto procedeu somente do #ai ou também do ilho, foi firmada finalmente pelo 0&nodo de Toledo em C8W, pelo acréscimo da palavra ilioue (e do ilho) E vers!o latina do "redo de "onstantinopla: Credimus in Spiritum Sanctum que a Patre Filio que procedidit ("remos no 'sp&rito 0anto, ue procede do #ai e do ilho).
-
INTRODUÇÃO À 2ISTÓRIA E DOUTRINA DA IGRE3A .1.
N'*e" B4&%)'" / I5re6/
A. 9o $elho Testamento. O $elho Testamento emprega duas palavras para designar a igre;a, a saber, ahal (ou Nahal), derivada de uma rai*, al (ouNal) obsoleta, significando QchamarR e edhah (de @aXdah), Qindicar- ou encontrarse- ou reunirse num lugar indicadoR. "onseentemente, vemos ocasionalmente a epress!o ehal edhah, isto é, a Qassembléia da congrega/!oR (' 54:H- 9m 57:C- Kr 4H:5I). $se ue, Es ve*es, a reuni!o reali*ada era uma reuni!o de representantes do povo (Dt 7:5V-58:H compare C:44,43- 5 2s 8:5,4,3,C- 4 "r C:4H). 0@nagoge é a vers!o usual, uase universal, de QedhahR na 0etuaginta, e é também a vers!o usual de, ahal no #entateuco. 9os =ltimos livros da %&blia ($elho testamento), porém, ahal é geralmente tradu*ida por eNNlesia. 0chuerer afirma ue o ;uda&smo mais recente ;1 indicava a distin/!o entre Qs@nagogeR como designativo da congrega/!o de Jsrael como uma realidade emp&rica, e QeNNlesiaR como o nome da mesma congrega/!o considerada idealmente. B. 9o 9ovo Testamento. O 9ovo Testamento também tem duas palavras, derivadas da 0etuaginta, uais se;am, eNNlesia, de QeNR e QPaleoR, Qchamar para fora, convocarR, e s@nagoge, de Qs@nR e QagoR, significando Qreunirse ou reunirR. 0@nagoge é pregada eclusivamente para denotar, uer as reuniFes religiosas dos ;udeus, uer os edif&cios em ue eles se reuniam par o culto p=blico, (Mt 7:43- +t 53:73- +p 4:W- 3:W). O termo 'NNlesia, porém, geralmente designa a igre;a neotestament1ria, embora nuns poucos lugares denote Qassembléias civis comunsR (+t 5W:34,3W,7l). 9o 9ovo Testamento, Kesus foi o primeiro a fa*er uso da palavra, e 'le a aplicou ao grupo dos ue se reuniram em torno dele (Mt 5H:58), reconheceramno publicamente como seu 0enhor e aceitaram os princ&pios do reino de Deus. Mais tarde, como resultado da epans!o da igre;a, a palavra aduiriu v1rias significa/Fes. Jgre;as foram estabelecidas em toda parte- e eram também chamadas 'NNlesiai, desde ue eram manifesta/Fes da Jgre;a
.#.
O G',er(' / I5re6/
Os Oficiais da Jgre;a #odem distinguir diferentes classes de oficiais na igre;a.
1. O7%)%/%" E$r/'r%(+r%'". A. +póstolos. 'stritamente falando, este nome só é aplic1vel aos do*e escolhidos por Kesus e a #aulo- mas também se aplica a certos homens apostólicos ue assessoraram a #aulo em seu trabalho e ue foram dotados de dons e gra/as apostólicas (+t 57:7,57- 4 "o 8:43- Gl 5:5W). Os apóstolos tinham a incumbncia especial de lan/ar os alicerces da igre;a de todos os séculos. 0omente através da sua Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA -
palavra é ue os crentes de todas as eras subseentes tm comunh!o com Kesus "risto. Da&, eles s!o os apóstolos da Jgre;a dos dias atuais, como também o foram da Jgre;a #rimitiva.
B. #rofetas. O 9ovo Testamento fala também de profetas (+t 55:48- 53:5,4- 5C:34- 5"o 54:5V53:4- 57:3- 'f 4:4V- 3:C- 7:55- 5 Tm 5:58- 7:57- +p 55:H). C. 'vangelistas. 'm acréscimo a apóstolos e profetas, s!o mencionados os evangelistas (+t 45:8- 'f 7:55- 4 Tm 7:C). elipe, Marcos, Timóteo e Tito pertenciam a esta classe. 0eu trabalho era pregar e bati*ar, mas inclu&a também a ordena/!o de presb&teros (Tt 5:C- 5 Tm C:44) e o eerc&cio da disciplina (Tt 3:5V). #. O7%)%/%" Or%(+r%'". A. #resb&teros. Dentre os oficiais comuns da igre;a, os presb@teroi (presb&teros) ou episNopoi (bispos) s!o os primeiros na ordem de import>ncia. Os primeiros nomes significam simplesmente anci!os, ou mais velhos e o =ltimo, supervisores ou superintendentes. O termo presb@teroi é empregado na 'scritura para denotar homens idosos, e para designar uma classe de oficiais parecida com a ue eercia certas fun/Fes na sinagoga. B. Mestres. O ensino Y a docncia Y ligouse mais e mais estreitamente ao oficio episcopal- mas, mesmo ent!o, os mestres n!o constitu&ram uma classe separada de oficiais. C. Di1conos. +lem dos presb@teroi, s!o mencionados os diaNonoi no 9ovo Testamento
..
O P'er e / F'($e ' P'er / I5re6/
Kesus "risto n!o somente fundou a Jgre;a, mas também a revestiu do necess1rio poder ou autoridade. 'le mesmo falou da igre;a como fundada t!o solidamente sobre uma rocha ue as portas do inferno n!o prevaleceria contra ela (Mt 5H:58) e na mesma ocasi!o eatamente a primeira em ue ele fe* men/!o da igre;a.
A. + 9ature*a deste #oder. O poder da Jgre;a é poder espiritual porue é dado pelo 'sp&rito de Deus (+t 4V:48) só pode ser eercido em nome de "risto e pelo poder do 'sp&rito 0anto (Ko 4V:44,435 "o C:7) pertence eclusivamente aos crentes (5"o C-54) e só pode ser eercido de maneira moral e espiritual ( 4 "o 5V:7). 1. P'er M%(%"$er%/. Z copiosamente evidente na 'scritura ue o poder da Jgre;a n!o é um poder independente e soberano (Mt 4V:4C,4H- 43:8,5V- 4 "o 5V:7,C- 5 #e C-3),mas, sim, uma QdiaNonia leitourgiaR, poder ministerial (de servi/o) (+t 7:4W,3V- 4V:47- 2m 5:5), derivado de "risto e subordinado E sua autoridade soberana sobre a igre;a (Mt 48:58). Deve ser eercido em harmonia com a #alavra de Deus e sob a dire/!o do 'sp&rito 0anto e em nome do próprio "risto como o 2ei da Jgre;a (2m 5V:57,5C- 'f C:43- 5 "o C:7). Todavia, Z um poder muito real e abrangente, ue consiste na administra/!o da #alavra e dos sacramentos (Mt 48:5W), na determina/!o do ue é e do ue n!o é permitido no reino de Deus (Mt 5H:5W), no perd!o e na reten/!o do pecado (Ko 4V:43) e no eerc&cio da disciplina na igre;a (Mt 5H:58- 58:5I- 5 "o C:7- Tt 3:5V- Bb 54:5C5I).
#. D%7ere($e" E"9:)%e" ' P'er E)e"%+$%)'. 'm cone!o com os trs of&cios de "risto, h1 também um poder tr&plice na igre;a, a saber: 5. O poder dogm1tico ou docente (#otestas Dogm1tica ou Docendi). 4. O poder de governo ou de ordem (#otestas Gubernans ou Ordinans), dentro do ual est1 incluso o poder de ;ulgamento ou de disciplina (#otestas Judicans ou Disciplinae). 3. O poder ou ministério da misericórdia (#otestas ou Ministerium Misericordiae).
'[#J"+9DO\ #otestas Ordinans. Deus n!o é de confus!o- e, sim, de pa*. (5 "o 57:33). #otestas Judicans. Z o poder eercido para proteger a santidade da igre;a, admitindo os Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - .
aprovados após eame, e ecluindo os ue se desviam da verdade ou levam vidas desonradas. 'ste poder é eercido especialmente em uestFes de disciplina.
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INTRODUÇÃO AO BATISMO CRISTÃO 0.1.
F'% I("$%$!4' )'* A!$'r%/e D%,%(/
+ grande comiss!o foi colocada nas seguintes palavras: QJde, portanto (isto é, porue todas as na/Fes est!o su;eitas a Mim), fa*ei disc&pulos de todas as na/Fes, bati*andoos em nome do #ai e do ilho e do 'sp&rito 0anto- ensinandoos a guardar todas as cousas ue vos tenho ordenadoR (Mt 48:5W,4V). + forma complementar de (Mc 5H:5C,5H) tem esta reda/!o: QJde por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Suem crer e for bati*ado ser1 salvo- uem, porém, n!o crer ser1 condenadoR. $e;a também (+t 5W:3- 5 "o 5:53- 5V:4- 54:53- +t 4:78- 8:5H- 5V:78- 5W:C- 2m H:3- Gl 3:4I- +t 4:38).
0.#.
O M'' Pr;9r%' ' B/$%"*'
Os %atistas baseiam sua opini!o em (Mc 5V:38,3W- c 54:CV- 2m H:3,7- "l 4:54). O "atecismo de Beidelberg indaga, na pergunta HW: Q#or ue o batismo te assegura e te fa* lembrar ue és participante do =nico sacrif&cio reali*ado na cru*UL ' responde: Q"risto determinou o lavamento eterno com 1gua e acrescentou a promessa de ue eu sou lavado com o seu sangue ue me purifica da corrup/!o da minha alma, isto é, de todos os meus pecados, t!o certamente como a 1gua me lava eteriormente, pela ual a su;eira do corpo comumente é removidaR. 'sta idéia de purifica/!o era a coisa pertinente em todas as ablu/Fes do $elho Testamento, e também no batismo de Ko!o (0l C5:I- '* 3H:4C- Ko 3:4C,4H). +lém disso, a 'scritura deia muit&ssimo claro ue o batismo simboli*a a limpe*a ou purifica/!o espiritual (+t 4-38- 44:5H- 2m H:7,C- 5 "o H-55- Tt 3:C- Bb 5V-44- 5 #e 3:45- +p 5:C).
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INTRODUÇÃO À CRISTOLOGIA .1.
Re/<=' E($re A($r'9''5%/ e Cr%"$''5%/
B1 uma rela/!o muito estreita entre a doutrina do homem e a de "risto. + +ntropologia trata do homem, criado E imagem de Deus e dotado de verdadeiro conhecimento, ;usti/a e santidade, mas ue, pela volunt1ria transgress!o da lei de Deus, despo;ouse da sua verdadeira humanidade e se transformou em pecador. 0alienta a dist>ncia ética ue h1 entre Deus e o homem, dist>ncia resultante da ueda do homem e ue, nem o homem nem os an;os podem cobrir, e, como tal, é virtualmente um grito pelo socorro divino. + "ristologia é em parte a resposta a esse grito. 'la nos pFe 1 par da obra ob;etiva de Deus em "risto construindo uma ponte sobre o abismo e eliminando E dist>ncia. + doutrina nos mostra Deus vindo ao homem para afastar as barreiras entre Deus e o homem pela satisfa/!o das condi/Fes da lei em "risto, e para restabelecer o homem em sua bendita comunh!o. + antropologia ;1 dirige a aten/!o E provis!o da gra/a de Deus para uma alian/a de companheirismo com o homem ue prove uma vida de bem aventurada comunh!o com Deus- mas a alian/a só é eficiente em "risto e por meio de "risto. ', portanto a doutrina de "risto como Mediador da alian/a deve vir necessariamente em seguida. "risto, tipificado e prenunciado no $elho Testamento como o 2edentor do homem, veio na plenitude do tempo, para tabernacular entre os homens e levar a efeito uma reconcilia/!o eterna.
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De"e(,',%*e($' / D'!$r%(/ e Cr%"$'
A. +ntes da 2eforma. +té o "onc&lio de "alced?nia, na literatura crist! primitiva, "risto sobressai como humano e divino, como ilho do homem, mas também como o ilho de Deus. 0eu car1ter sem pecado é defendido, e ele é considerado como legitimo ob;eto de culto. B. +pós o "onc&lio de "alced?nia. + Jdade Média acrescentou muito pouca coisa E doutrina da pessoa de "risto. Devido a v1rias influncias, como as da ]nfase E imita/!o de "risto, das teorias sobre a epia/!o e do desenvolvimento da doutrina da missa, a igre;a se apegou fortemente E plena Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - /0
humanidade de "risto. Q+ divindade de "ristoR, di* MacNintosh, Qpassou a ser vista mais como o coeficiente infinito elevando a a/!o e a pai!o humanas a um valor infinitoR. ', contudo, alguns dos escol1sticos epressaram em sua "ristologia um conceito docético de "risto (Qdefendia ue o corpo de Kesus "risto era uma ilus!o, e ue sua crucifica/!o teria sido apenas aparenteR). #edro ombardo n!o hesitava em di*er ue, com rela/!o E sua humanidade, "risto n!o era absolutamente nada. Mas este niilismo foi condenado pela igre;a. +lguns novos pontos foram salientados por Toma* de +uino. 0egundo ele a pessoa do ogos tornouse composta na encarna/!o, e sua uni!o com a nature*a humana impediu esta =ltima de chegar a Ter uma personalidade independente. + nature*a humana de "risto recebeu dupla gra/a em virtude de sua uni!o com o ogos: 5. + Gratia
C. Depois da 2eforma (até o 0éculo [J[). + reforma n!o troue grandes mudan/as E doutrina da pessoa de "risto. Tanto a Jgre;a 2omana como as igre;as da 2eforma subscreveram a doutrina de "risto nos termos de sua formula/!o pelo "onc&lio de "alced?nia. Os teólogos reformados ("alvinistas) viam nessa doutrina luterana uma espécie de eutiuianismo (ue ensinava ue Kesus só tinha uma nature*a e também ensinava ue Kesus n!o foi um humano como nós). + teologia reformada também ensina uma comunica/!o de atributos, mas a concebe de maneira diferente. 'la cr ue, depois da encarna/!o, as propriedades de ambas as nature*as podem ser atribu&das E pessoa =nica de "risto. #odese di*er ue a pessoa de "risto é onisciente, mas também limitada, em ualuer tempo particular, a um =nico lugar. Da&, lemos na 0egunda "onfiss!o Belvética: Q2econhecemos, pois, ue h1 no =nico e mesmo Kesus, nosso 0enhor, duas nature*a Y a nature*a divina e a humana Y, e di*emos ue estas s!o ligadas ou unidas de modo tal, ue n!o s!o absorvidas, confundidas ou misturadas, mas, antes, s!o unidas ou con;ugadas numa pessoa (sendo ue as propriedades de cada uma delas permanecem a salvo e intactas), de modo ue podemos cultuar a um "risto, nosso 0enhor, e n!o a dois. #ortanto, n!o pensamos, nem ensinamos ue a nature*a divina em "risto sofreu, ou ue "risto, de acordo com a sua nature*a humana, ainda est1 no mundo e, assim, em todo lugar. D. 9o século [J[. +ssim foi introdu*ido o segundo per&odo cristológico. O novo ponto de vista era antropológico, e o resultado foi antropocntrico. Jsto evidenciouse destrutivo para a é "rist!.
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O" N'*e" e Cr%"$'
A. Kesus. O nome Kesus é a forma grega do hebraico Kehoshua, Koshua (Ks 5:5- ^c 3:5) ou Keshua, forma normalmente usada nos livros históricos póse&licos ('d 4:4). + deriva/!o deste nome t!o comum do 0alvador se oculta na obscuridade. Suanto a uma outra deriva/!o de Keho (Kehovah) e 0hua (QsocorroR). O nome foi dado a dois bem conhecidos tipos de Kesus no $elho testamento. B. "risto. 0e Kesus é o nome pessoal, "risto é o nome oficial do Messias. O euivalente de Meshiach do $elho Testamento (de Maschach, QungirR) e, assim, significa Qo ungidoR. 9ormalmente os reis e os sacerdotes eram ungidos, durante a antiga dispensa/!o (] 4W:I- v 7:3- K* W:8- 5 0m W:5H5V:5- 4 0m 5W:5V). O rei era chamado o Qungido de Keov1R (5 0m 47:5V). 0omente um eemplo de Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - //
un/!o de profeta est1 registrado (5 2s 5W:5H), mas provavelmente h1 referencias a isto em (0l 5VC:5CJs H5:5). O óleo usado na un/!o desses oficiais simboli*ava o 'sp&rito de Deus (Js H5:5- ^c 7:5H) e a un/!o representava a transferncia do 'sp&rito para a pessoa consagrada (5 0m 5V:5,H,5V- 5H:53,57). + un/!o era sinal vis&vel de: •
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Designa/!o para um of&cio. 'stabelecimento de uma rela/!o sagrada e o resultante car1ter sacrossanto da pessoa ungida (5 0m 47:H- 4H:W- 40m 5:57). "omunica/!o do 'sp&rito ao ungido (5 0m 5H:53 conforme 4 "o 5:45,44).
O $elho Testamento se refere E un/!o do 0enhor em (0l 4:4- 7C:I) e o 9ovo Testamento em (+t 7:4I- 5V:38). "risto foi instalado em seus of&cios, ou designado para estes, desde a eternidade, mas historicamente a sua un/!o se efetuou uando ele foi concebido pelo 'sp&rito 0anto (c 5:3C) e uando recebeu o 'sp&rito 0anto, especialmente por ocasi!o do seu batismo (Mt 3:5H- Mc 5:5V- c 3:44- Ko 5:34- 3:37). 0erviu para ualific1lo para a sua grande tarefa. #rimeiro, o nome "risto foi aplicado ao 0enhor como um substantivo comum, com o artigo, mas gradativamente se desenvolveu e se tornou um nome próprio,sendo ent!o usado sem o artigo.
C. ilho do Bomem. 9o $elho Testamento este nome se acha em (0l 8:7- Dn I:53) e muitas ve*es na profecia de '*euiel. Também h1 um peueno grupo de passagens nas uais Kesus considera a sua nature*a humana (Mc 4:4I,48- Ko C:4I- H:4I,C5,H4), chamandose a 0i próprio ilho do homem. D. ilho de Deus. O nome ilho de Deus foi variadamente aplicado no $elho Testamento: •
+o povo de Jsrael (] 7:44- Kr 35:W- Os 55:5).
•
+ oficiais de Jsrael, especialmente ao prometido rei da casa de Davi (4 0m I: 57- 0l 8W:4I).
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+ an;os ( Ku 5:H- 4:5- 38:I- 0l 4W:5- 8W:H ).
•
+s pessoas piedosas em geral (Gn H:4- 0l I3:5C- #v 57:4H).
9o 9ovo Testamento vemos Kesus apropriandose do nome e outros também os atribuindo a 'le. O nome é aplicado a Kesus em uatro sentidos diferentes, nem sempre mantidos em distin/!o na 'scritura, mas Es ve*es combinados: •
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9o sentido oficial ou Messi>nico (Mt 3:5I- 5I:C- Mc 5:55- W:I- c 3:44- W:3C). 9o sentido Trinit1rio. _s ve*es o nome é utili*ado para indicar a divindade essencial de "risto (Mt 55:4I- 57:4833- 5H:5H- 45:337H- 44:757H- 4H:H3). $emos a filia/!o ontológica e a filia/!o messi>nica entrela/adas também em v1rias passagens ;oaninas, nas uais Kesus d1 a entender claramente ue 'le é o ilho de Deus (Ko H:HW- 8:5H,58,43- 5V:5C,3V- 57:4V). 9as epistolas, "risto é designado muitas ve*es como o ilho de Deus no sentido metaf&sico (2m 5:3- 8:3- Gl 7:7- Bb 5:5). 9o sentido 9atal&cio. "risto é também chamado ilho de Deus em virtude do seu nascimento sobrenatural. O nome é aplicado a 'le na bem conhecida passagem do 'vangelho segundo ucas, na ual a origem da sua nature*a humana é atribu&da E direta e sobrenatural paternidade de Deus (c 5:3C). Jndica/Fes do nome, também em (Mt 5:5847- Ko 5:53). 9aturalmente, este significado do nome também é negado pela teologia modernista, ue n!o cr nem no nascimento virginal, nem na concep/!o sobrenatural de "risto. 9o sentido Zticoreligioso. 9este sentido ue o nome Qfilhos de DeusR é aplicado aos crentes no 9ovo Testamento. poss&vel ue tenhamos um eemplo da aplica/!o do nome ilho de Deus a Kesus nesse sentido ticoreligioso em Mt 5I:474I. + teologia modernista entende ue a filia/!o de Kesus é unicamente uma filia/!o ticoreligiosa, uma tanto elevada, é certo, mas n!o essencialmente diferente da dos seus disc&pulos.
E. 0enhor (P@rios). O nome 0enhor é aplicado a Deus na 0etuaginta: Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - /2 •
"omo euivalente de Keov1.
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"omo tradu/!o de +donai.
•
"omo uma forma polida e respeitosa de tratamento (Mt 8:4 - 4V:33).
•
•
"omo epress!o de posse e autoridade, sem nada implicar uanto ao car1ter e autoridade divinas de "risto (Mt 45:3- 47:74). "om a m1ima conota/!o de autoridade, epressando um car1ter ealtado e, de fato, praticamente euivalendo ao nome Deus (Mc 54:3H,3I- c 4:55- 3:7- +t 4:3H- 5 "o 54:3- p 4:55). Mas h1 eemplos do seu uso mesmo antes da ressurrei/!o, onde evidentemente ;1 se alcan/ara o valor especificamente divino do t&tulo como em (Mt I:44- c C:8- Ko 4V:48).
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O" O74)%'" e Cr%"$'
B1 trs of&cios com rela/!o E obra de "risto, a saber, os of&cios proféticos, sacerdotais e reais. Bouve uem lhes aplicasse a idéia de sucess!o cronológica, entendendo ue "risto agiu como profeta durante o seu Ministério #=blico na terra, como 0acerdote em seus sofrimentos finais e em sua morte na cru*, e como 2ei age agora, ue est1 assentado E m!o direita de Deus. + import>ncia da distin/!o como "risto foi criado por Deus, ele foi profeta, sacerdote e rei e, nestas ualidades, foi dotado de conhecimento e entendimento, de ;usti/a e santidade e de dom&nio sobre a cria/!o inferior. O pecado afetou toda a vida do homem e se manifestou, n!o somente como ignor>ncia e cegueira, erro e falsidade, mas também como in;usti/a, culpa e corrup/!o moral- e, em acréscimo, como enfermidade, morte e destrui/!o. Da& foi necess1rio ue "risto, como o nosso Mediador, fosse profeta, sacerdote e rei. "omo #rofeta, ele representa Deus para como o homem, como 0acerdote, ele representa o homem na presen/a de Deus- e como 2ei, ele eerce dom&nio e restabelece o dom&nio original do homem. •
O 2acionalismo só reconhece o seu oficio profético.
•
O Misticismo somente o seu oficio sacerdotal.
•
+ doutrina do Milnio da ]nfase
A. Oficio #rofético. +s passagens cl1ssicas de (' I:5 e Dt 58:58) indicam a presen/a de dois elementos na fun/!o profética, um passivo e o outro ativo, um receptivo e o outro produtivo. O profeta recebe rela/Fes divinas em sonhos, visFes ou comunica/Fes verbais e as transmite ao povo, uer oralmente, uer visivelmente, nas a/Fes proféticas (9m 54:H8- Js H- Kr 5:75V, '* 3:57,5I). Destes dois elementos, o passivo é o mais importante, poruanto ele governa o elemento ativo. 0em receber, o profeta n!o pode dar, e ele n!o pode dar mais do ue recebe. Mas o elemento ativo também é parte integrante. O ue fa* de alguém um profeta é a voca/!o divina, a ordem para comunicar a outros a revela/!o divina. B. O Oficio 0acerdotal. O 0acerdote era representante do homem ;unto a Deus. Tinha o especial privilégio de aproimarse de Deus, e de falar e agir em favor do povo. verdade ue, na antiga dispensa/!o, os sacerdotes também eram mestres, mas o seu ensino diferia do ensino dos profetas. +o passo ue estes acentuavam os deveres responsabilidades e privilégios morais e espirituais, aueles salientavam as observ>ncias rituais envolvidas num adeuado acesso a Deus. + passagem cl1ssica na ual s!o dadas as verdadeiras caracter&sticas do sacerdote e na ual sua obra é, em parte designada, é (Bb C:5). •
'st!o indicados ali os seguintes elementos:
•
O sacerdote é tomado dentre os homens para ser o seu representante.
•
Z constitu&do por Deus (conforme v. 7).
•
+ge no interesse dos homens nas coisas pertencentes a Deus, isto é, nas coisas religiosas.
•
0ua obra especial consiste em oferecer d1divas e sacrif&cios pelos pecados.
Mas a obra do sacerdote inclu&a ainda mais ue isso. Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - /( •
'le também fa*ia intercess!o pelo povo (Bb I:4C) e os aben/oava em nome de Deus (v W:44).
C. O Oficio 2eal. 9a ualidade de segunda pessoa da Trindade 0anta, o ilho 'terno, "risto, naturalmente, comparte o dom&nio de Deus sobre todas as suas criaturas. 0eu trono est1 estabelecido nos céus e o seu reino domina sobre tudo (0l 5V3:5W). 'm geral podemos definir a reale*a de "risto como o 0eu poder oficial de governar todas as coisas do céu e da terra, para a glória de Deus e para a eecu/!o do seu propósito de salva/!o. Todavia, podemos distinguir entre um 2egnum Gratiae e um 2egnum #otentiae (entre um 2eino de Gra/a e um 2eino de #oder). O Re%(/' E"9%r%$!/ e Cr%"$' >N/$!re?/ e"$e Re%(/'@. O reinado espiritual de "risto é o 0eu governo real sobre o 2egnum Gratiae, isto é, sobre o seu povo ou sua igre;a. nico ('f 7:5C- "l 5:58- 4:5W).
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O E"$/' e Cr%"$'
A. O estado de Bumilha/!o. "om base na referida passagem de p 4:H8, podese di*er ue o elemento essencial e central do estado de humilha/!o achase no fato de ue 'le, ue era o 0enhor de toda a terra, o supremo egislador, colocouse debaio da lei para desincumbirse das suas obriga/Fes federais e penais a favor do seu povo. +o fa*lo, 'le se tornou legalmente respons1vel por nossos pecados e su;eitos E maldi/!o da lei. 'ste estado do 0alvador, concisamente epresso nas palavras de (Gl 7:7) nascido sob a lei, refletese na condi/!o ue lhe é correspondente e ue é descrita nos v1rios est1gios da humilha/!o. 'nuanto a Teologia uterana fala em nada menos ue oito est1gios da humilha/!o de "risto, a Teologia 2eformada geralmente enumera cinco, a saber: 5. 'ncarna/!o. 4. 0ofrimento. 3. Morte. 7. 0epultamento. C. Descida ao Bades.
B. + 'ncarna/!o e o 9ascimento de "risto 9!o foi o Trino Deus, mas a segunda pessoa da trindade ue assumiu a nature*a humana. #or essa ra*!o é melhor di*er ue o $erbo se fe* "arne, do ue di*er ue Deus se fe* homem. +o mesmo tempo, devemos lembrar ue cada uma das pessoas divinas agiu na encarna/!o (Mt 5:4V- c 5:3C- Ko 5:57- +t 4:3V- 2m 8:3- Gl 7:7- p 4:I). 9!o é poss&vel falar da encarna/!o de alguém ue n!o teve eistncia prévia. 'sta preeistncia é claramente ensinada na 'scritura: Q9o principio era o $erbo, e o $erbo estava com Deus, e o $erbo era DeusR (Ko 5:5). Q'u desci do céuR (Ko H:38). Q#ois conheceis a gra/a do nosso 0enhor Kesus "risto, ue, sendo rico, se fe* pobre por amor de vós, para ue pela sua pobre*a vos tornassem ricosR (4 "o 8:W). Q#ois ele, subsistindo em forma de Deus, n!o ;ulgou como usurpa/!o o ser igual a Deus- antes a si mesmo se esva*iou, assumindo a forma de servo, tornandose semelhan/a de homensR (p 4:H,I). Q$indo, pois, a plenitude do tempo, Deus enviou seu ilhoR (Gl 7:7). O preeistente ilho de Deus assume a nature*a humana e se reveste de carne e sangue humanos, um milagre ue ultrapassa o nosso limitado entendimento. Jsto mostra claramente ue o infinito, pode entrar em rela/Fes finitas, e de fato entra, e ue, de algum modo, o sobrenatural pode entrar na vida histórica do mundo. + nossa confiss!o afirma Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - /)
ue a nature*a de "risto foi concebida no ventre da bendita $irgem Maria pelo poder do 'sp&rito 0anto, sem o concurso do homem. Jsto salienta o fato de ue o nascimento de "risto absolutamente n!o foi um nascimento comum, mas, sim, um nascimento sobrenatural em virtude do ual 'le foi chamado ilho de Deus. O elemento mais importante, com rela/!o ao nascimento de Kesus, foi a opera/!o sobrenatural do 'sp&rito 0anto, pois, só por este meio foi poss&vel o nascimento virginal. + %&blia se refere a esta caracter&stica em (Mt 5:584V- c 5:37,3C- Bb 5V:C).
C. Os 0ofrimentos do 0alvador (Js C3: H,5V). •
•
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'le sofreu durante toda a sua vida. 0eu sofrimento foi um sofrimento consagrado, e cada ve* mais atro* conforme o fim se aproimava. O sofrimento iniciado na encarna/!o chegou finalmente ao cl&ma no #assio Magna (Grande #ai!o) no fim da sua vida. oi uando pesou sobre 'le toda a ira de Deus contra o pecado. 0ofreu no corpo e na alma. 9!o foi a simples dor f&sica, como tal, ue constituiu a essncia do seu sofrimento, mas essa dor acompanhada de ang=stia de alma e da conscincia meditaria do pecado da humanidade, ue pesava sobre ele. +lém disso, a %&blia ensina claramente ue "risto sofreu em ambos. 'le agoni*ou no ;ardim, onde a sua alma esteve profundamente triste até E morte, e também foi esbofeteado, a/oitado e crucificado. 0eus sofrimentos nas tenta/Fes. +s tenta/Fes de "risto s!o partes integrantes dos seus sofrimentos. 'ssas tenta/Fes se acham na vereda do sofrimento (Mt 7:555- c 44:48- Ko 54:4I- Bb 7:5C- C:I,8). 0eu ministério p=blico iniciouse com um per&odo de tenta/!o, e mesmo após esse per&odo as tenta/Fes se repetiam, a intervalos, culminando no trevoso Getsmani. Kesus somente p?de ser o 0umo 0acerdote compassivo e atingir as culmin>ncias da perfei/!o e do triunfo, penetrando e sofrendo praticamente todas as prova/Fes, tenta/Fes e afli/Fes ue os homens sofrem (Bb 7:5C, C:IW).
D. + Morte do 0alvador. Deus imp?s ;udicialmente a senten/a da morte do Mediador, desde ue este se incumbiu voluntariamente de cumprir a pena do pecado da ra/a humana. 'stes sofrimentos foram seguidos por sua morte na cru*. 'le esteve su;eito, n!o somente E morte f&sica, mas, também E morte eterna, se bem ue sofreu esta de forma intensiva, e n!o etensivamente, uando agoni*ou no ;ardim e uando bradou na cru*: QDeus meu, Deus meu, por ue me desamparasteUR. 9um curto per&odo de tempo, 'le suportou a ira infinita contra o pecado até o fim- e saiu vitorioso. O )/r+$er 6!%)%/ e "!/ *'r$e. 'ra deveras essencial ue "risto n!o sofresse morte natural, nem acidental e n!o morresse pelas m!os de um assassino, mas sob senten/a ;udicial. +lem disso, Deus disp?s providencialmente ue o Mediador fosse ;ulgado e sentenciado por um ;ui* romano. Os romanos tinham talento para a lei e a Kusti/a- representavam o poder ;udicial mais alto do mundo. + senten/a de #ilatos foi também 0enten/a de Deus, embora sobre bases inteiramente diferentes. + crucifica/!o n!o era uma forma ;udaica de castigo, mas, romana. 'ra considerada t!o infame e ignominiosa, ue n!o podia ser aplicada a cidad!os romanos, mas somente E escória da humanidade, aos escravos e criminosos mais indignos. +o mesmo tempo, padeceu morte amaldi/oada, e assim provou ue se fe* maldi/!o por nós (Dt 45:43- Gl 3:53). E. O 0epultamento do 0alvador. evidente ue o seu sepultamento também fe* parte de sua humilha/!o. 9otese especialmente o seguinte: •
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$oltar o homem ao pó, do ual fora tomado, é descrito na 'scritura como parte da puni/!o do pecado (Gn 3:5W). Diversas declara/Fes da 'scritura implicam ue a permanncia do 0alvador na sepultura foi uma humilha/!o (0l 5H:5V- +t 4:4I,35- 53:37,3C). oi uma descida ao Bades, em si mesmo sombrio e l=gubre, lugar de corrup/!o- se bem ue ele foi guardado da corrup/!o. 0er sepultado é ir para baio e, portanto, uma humilha/!o. O sepultamento dos cad1veres foi ordenado por Deus para simboli*ar a humilha/!o do pecador.
F. + Descida do 0alvador ao Bades. Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - /*
Depois de mencionar os sofrimentos, a morte e o sepultamento do 0enhor, a "onfiss!o +postólica ("redo) prossegue com estas palavras: QDesceu ao inferno (Bades)R. Mais tarde, porém, a forma romana do "redo acrescentou o artigo em uest!o após sua men/!o do sepultamento. %ase b&blica para a epress!o ('f 7:W- 5 #e 3:58,5W- 5 #e 7: 7H)- 0l 5H: 85V compare +t 4:4C- I:3V,35).
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A 2ERMENUTICA E A EEGESE
0omente após um estudo da canonicidade, da "r&tica Tetual e da "r&tica Bistórica é ue o estudioso est1 preparado para fa*er eegese.
'egese é a aplica/!o dos princ&pios da hermenutica para chegarse a um entendimento correto do teto. O prefio e (Qfora de- para foraR), referese 1 idéia de ue o interprete est1 tentando derivar seu entendimento do teto, em ve* de ler seu significado no (dentro) teto (eegese). 0eguindo a eegese est!o os campos gmeos da Teologia %&blica e da Teologia 0istem1tica. Teologia %&blica é o estudo da revela/!o divina no +ntigo e 9ovo testamento. "ontrastando com a Teologia %&blica, a Teologia 0istem1tica, organi*a os dados b&blicos de uma maneira lógica antes ue histórica. Suando interpretamos as 'scrituras, h1 diversos bloueios a uma compreens!o espont>nea do significado primitivo da mensagem. 5. B1 um +bismo Bistórico no fato de nos encontrarmos largamente separados no tempo, tanto dos escritores uanto dos primitivos leitores. + antipatia de Konas pelos 9inivitas, por eemplo, assume maior significado uando entendemos a etrema crueldade e pecaminosidade do povo de 9&nive (Kn 5:53). 4. 'm segundo lugar eiste um +bismo "ultural, resultante de significativas diferen/as entre a cultura dos antigos hebreus e a nossa. 3. nea da Mensagem b&blica é a Diferen/a ing&stica. + %&blia foi escrita em hebraico, aramaico e grego trs l&nguas ue possuem estruturas e epressFes idiom1ticas muito diferentes da nossa própria l&ngua. + mesma coisa pode acontecer ao tradu*irse de outras l&nguas, se o leitor ignorar ue frases como Qo 0enhor endureceu o cora/!o do araóR, podem conter epressFes idiom1ticas ue d!o ao sentido primitivo desta frase algo diferente dauele comunicado pela tradu/!o literal. 7. ncias, da nature*a e do nea e eata da #alavra de Deus. 9o estudo da %&blia, a tarefa do eegeta é determinar t!o intimamente uanto poss&vel o ue Deus ueria di*er em determinada passagem, e n!o o ue ela significa para mim. 0e aceitarmos o ponto de vista de ue o sentido de um teto é o ue ele significa para mim, ent!o a #alavra de Deus pode ter tantos significados uantos forem seus leitores. + esta altura pode ser =til distinguir entre a interpreta/!o e aplica/!o. Di*er ue um teto tem uma interpreta/!o v1lida (o significado pretendido pelo autor) n!o uer di*er ue o ue ele escreveu tem somente uma aplica/!o poss&vel. 'emplos: + ordem em 'f 7:4I tem um significado, mas pode ter diferentes aplica/Fes. 2omanos 8 tem um significado, mas pode ter m=ltiplas aplica/Fes. Outros eemplo: 5 #e 5:5V54- Dn 54:8- 8:4I- Ko!o 55:7WYC4. + %&blia ensina ue a rendi/!o ao pecado tornanos escravos dele e ceganos E Kusti/a (Ko!o 8:37- 2m 5:5844- H:5C,5W- 5 Tm H:W- 4 #e 4:5W).
Os 'vangélicos "onservadores s!o os ue crem ue a %&blia é totalmente sem erros. Os 'vangélicos iberais crem ue a %&blia é sem erro toda ve* ue fala sobre uestFes da salva/!o e da fé crist!- mas pode possuir erros nos fatos históricos e noutros pormenores. Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
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.1.
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Os teólogos conservadores concordam em ue as palavras podem ser usadas em sentido literal, figurativo ou simbólico. +s trs senten/as seguintes servemnos de eemplo: •
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iteral. oi colocada na cabe/a do rei uma coroa cintilante de Kóias. igurativo. (
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+ palavra grega Tupos, da ual se deriva E palavra tipo, tem uma variedade de denota/Fes no 9ovo Testamento. + idéia b1sica epressa por Tupos e seus sin?nimos s!o os conceitos de Qparecen/a, semelhan/a e similaridadeR. + seguinte defini/!o de tipo desenvolveuse de um estudo indutivo do uso b&blico deste conceito: tipo é Quma rela/!o representativa reordenada ue certas pessoas, eventos e institui/Fes tm como pessoas, eventos e institui/Fes correspondentes, ue ocorrem numa época posterior na história da salva/!oR. #rovavelmente a maioria dos teólogos evangélicos concordaria com esta defini/!o de tipologia b&blica.
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A. #essoas T&picas. 0!o auelas cu;as vidas demonstram algum importante principio ou verdade da reden/!o. +d!o é mencionado como tipo de "risto (2m C:57): +d!o foi o principal representante da humanidade ca&da, enuanto "risto o é da humanidade redimida. +o contr1rio da embase ao individuo em nossa cultura, os ;udeus identificamse antes de tudo como membros de um grupo. #or isso, n!o é raro encontrar um representante falando ou atuando pelo grupo inteiro. B. igura 2epresentativa. 2eferese 1 oscila/!o de pensamento entre um grupo e um indiv&duo ue representa esse grupo, e era uma forma hebraica de pensamento comum e aceita. #or eemplo, a figura de Mt 4:5C (Qdo 'gito chamei o meu ilhoR) referese a Os 55:5, na ual o filho se identifica Instituto de Teologia Logos – “Pe!aando "ist#os !aa a de$esa da $%&' www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
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com a na/!o de Jsrael. 'm Mateus foi o próprio "risto (como representante de Jsrael) ue foi chamado do 'gito, por isso as palavras primitivas aplicavamse a ele. +lguns dos salmos também vem "risto como representante de toda a humanidade. Os eventos t&picos possuem uma rela/!o analógica com algum evento posterior. #aulo usa o ;u&*o sobre o Jsrael incrédulo como advertncia Y tipologia Y aos crist!os a ue n!o se enga;assem na imoralidade (5 "o 5V:555). Mt 4:5I58 (2auel chorando por seus filhos assassinados) é mencionado como analogia tipologia da situa/!o nos tempos de Kr (Kr 3l:5C). 9os dias desse profeta, o acontecimento envolveu uma tragédia nacional- no tempo de Mateus, uma tragédia local. O ponto de correspondncia era a ang=stia demonstrada em face da perda pessoal.
C. Jnstitui/Fes T&picas. 0!o pr1ticas ue prefiguram eventos posteriores de salva/!o. Disto temos eemplo na epia/!o mediante o derramamento de sangue de cordeiros e mais tarde pelo de "risto (v 5I:55 conforme 5 #edro 5:5W ). Outro eemplo é o 01bado como tipo do descanso eterno do crente. D. "argos ou Of&cios T&picos incluem Moisés, ue em seu oficio de profeta (Dt 58:5C), foi um tipo de "risto- Meluisedeue, como tipo do sacerdócio cont&nuo de "risto (Bb C:H) e Davi, como rei. E. +/Fes T&picas s!o eemplificadas por Jsa&as andando nu e descal/o durante trs anos como sinal ao 'gito e E 'tiópia de ue em breve a +ss&ria os levaria nus e descal/os (Js 4V:47). Outro eemplo de a/!o t&pica foi o casamento de Oséias com uma prostituta. Mais tarde ele a redime, depois de sua infidelidade, simboli*ando o amor da alian/a divina ao Jsrael infiel.
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