Eleny Vassão
Consolo
Eleny Vassão de Paulo Aitken
Consolo
Editora Cultura Cristã Primeira edição - 1990 Segunda edição – 1993 Terceira Terceira edição – 1996 1996
Revisão Re visão !aria Su"ete Castelatto Editoração Eletr#nica Calil Ro$son de !ello Ca%a &ranco e 'ssociados Consel(o Editorial Cl)udio !arra *%residente+, '%roniano ilson de !ac aced edo, o, 'ugu 'ugust sto o .ico .icode demo mos, s, &erna ernand ndo o /a /ami milt lton on Cost Costa, a, Se$astião ueno linto2
E4TR' C5T5R' CR4ST7 Rua !iguel Teles 8r2, 8r2, 3:;39<2 Cam$uci – 01=<0-0<0 – São Paulo;SP2 Tel2 Tel2 *011+ :>0->099 :>0->099 – &a? &a? *011+ :>9-1:== :>9-1:== Su%erintendente /averaldo &erreira @argas Editor Cl)udio Antonio atista !arra
ÍNDICE Consolo...................................................................................................................................1 Eleny Vassão de Paulo Aitken.............................................................................................2 Consolo...................................................................................................................................2 ÍNDICE...............................................................................................................................3 DEDICATÓRIA......................................................................................................................4 ARADECI!ENT"#............................................................................................................$ APRE#ENTA%&".................................................................................................................' IN#PIRA%&" E DE#A(I"...................................................................................................) Edito*.............................................................................................................................1+ ,!A PA-AVRA DA A,T"RA...........................................................................................1+ 1 P*o/a0ão...........................................................................................................................12 REA%E# NA# PR"VA%E#.......................................................................................2+ "0ão ela /ida.................................................................................................................21 A o0ão ela o*te...........................................................................................................22 Ó5 #E, #"(RI!ENT"..................................................................................................24 A io*t6n7ia da 8*atidão.................................................................................................29 Nas 7in:as.........................................................................................................................31 2 "s Ai8os de ;..............................................................................................................34 #ENTAD"# NA# CIN
RANC" DINA!ITE.....................................................................................................4? 4 esus #entou nas Cin:as...................................................................................................$2 E#,# = DE,#@ !A# #ENT", NA# CINilio8*aia...........................................................................................................................99
DEDICATÓRIA 'o meu uerido marido, Dalvin 'iten, %resente de eus, toda a min(a gratidão e amor2 Ele tem me ensinado a amar, dando-me %ra"er e alegria em ser-l(e su$missa e Fel com%an(eira2 8untos temos gloriFcado ao Sen(or com uma sG eui%e de ministHrio e vida2 'os meus ueridos Fl(os, ue tam$Hm enriuecem meus dias, alton, avi, enis e aniel, e aos meus Inovos Fl(osJ, 'imee e Todd2
AGRADECIMENTOS 'os meus amigos Iranco inamiteJ, TKnia e Pedro, %ela sua dis%osição em com%artil(ar, atravHs deste livro, o consolo rece$ido de eus2 L min(a MamNlia, %elo incentivo e envolvimento na sua com%osição Pa%ai, %ela a%reciação do material e %rovisão de meios %ara ue Mosse e?ecutado2 Tia Cora, IdeciMrandoJ min(a letra e datilograMando com eFciOncia e carin(o2 Tio 'mantino, com%ilando suas ilustraçes de sermes so$re Consolo dos Qltimos sessenta anos e outros te?tos so$re 8G, e
%rontamente cedendo-os %ara o meu uso2 Tam$Hm %or sua a%reciação Fnal do tra$al(o2 Tio !iro, %ela tradução de grande %arte do coment)rio $N$lico aui usado2 'os meus amigos r2 'rmando Sam$arato, %elas valiosas e duras, mas carin(osas crNticas a este tra$al(o2 'udou-me a ver uma outra realidade e a mel(orar o conteQdo2 'o Reverendo Deorge 'l$erto Canel(as, %elo cuidado e interesse em ler o manuscrito e comenta-lo comigo2 'os %acientes, a uem eus ministrou consolo atravHs de min(a %essoa2 'o Sen(or, %or tantas $Onçãos, misericGrdia e amor inclusive %or ter-me conFado o ministHrio da consolação e continuado comigo, sustendo-me nessa a$ençoada missão2
APRESENTAÇO '%ro?imadamente do"e anos atr)s, enuanto servia como %alestrante numa semana de EstKncia na Palavra da @ida, Fuei con(ecendo Elen @assão2 .auele %rimeiro encontro Elen nada mais era do ue um nome como ualuer outro2 urante auela semana, contudo, %ude o$servar seu %roMundo interesse nas Sagradas Escrituras2
.ada mel(or ue um ouvinte Ma"endo anotaçes sem Fm %ara motivar um ministrante da Palavra2 Essa o$servação Me" com ue deseasse con(ece-la mais de %erto2 Tivemos v)rias conversas nauela semana2 ogo %erce$i ue estava diante de uma %essoa singular2 8unto com auela Mome insaci)vel %ela N$lia e?istia uma vida ue %ersoniFcava seus con(ecimentos2 Seu amor genuNno %elas coisas de eus e sua vida altruNsta me im%ressionaram como tem sido o caso na vida de ue todos ue a con(ecem2 @ivendo e servindo a eus em !uriaH, !D, não tivemos mais contato atH voltar %ara São Paulo no %rincN%io de 1992 Em 1990 Mui convidado %ara Ma"er %arte de uma diretoria de Ca%elania /os%italar ue estava em Mormação2 Tive então encontros com a Elen um mOs, sim, outro mOs, não, %or ocasião de reunies envolvendo a diretoria2 E isso %ermitiu ue o tra$al(o de ca%elania Mosse o$servado mais de %erto2 /avia um %ouco de ironia em tudo isso, %ois nunca consegui Fcar dentro de um (os%ital %or muito tem%o2 &a"ia a%enas visitas de $eia-Uor %ara mem$ros docentes da igrea2 c(eiro de (os%ital, as cenas grotescas e os gemidos de %acientes soMrendo, re%resentavam %ara mim um uadro totalmente insu%ort)vel2 !as tudo isso mudou uando a min(a es%osa, !argarida, com%an(eira Fel de 3= anos *namoro, noivado e casamento+ adoeceu2 e%ois de uma curta %assagem %ela 5T4 do /os%ital svaldo Cru", tendo soMrido um inMarto $astante sHrio, ela Moi transMerida %ara o 4ncor do /os%ital das ClNnicas2 Pela %rimeira ve", em toda min(a vida, tive ue %ermanecer nos corredores, nas salas e no uarto de um (os%ital %or um %erNodo de tem%o ue nos %arecia uma eternidade2 e re%ente, estava diante de uma realidade nunca vivida %or mim, totalmente im%revista, %ois um mundo de soMrimento (avia atingido em c(eio o nosso lar2 ois dias de%ois rece$i um ligação Vs de" (oras da noite ue me dei?ou totalmente desnorteado ISr2 Davin, inMeli"mente a sua es%osa teve uma grande %iora no seu estado MNsico, de Mato, ela aca$ou de MalecerW Por Mavor, estea aui aman(ã cedo, munido de toda a documentação necess)riaJ2 .o dia seguinte l) estava eu na %orta do 4ncor, acom%an(ado %or uma MamNlia muito uerida, e de amigos meus2 !as, ao entrar nauela sala de rece%ção, senti a necessidade de alguHm ue %udesse sentir a %roMunde"a de min(a dor, ue %udesse e?%erimentar meu soMrimento, ue %udesse comunicar %alavras de consolo, alguHm ue teria %assado %or esta mesma e?%eriOncia min(a2 Eu nunca lem$ro de ter rece$ido uma res%osta tão logo Vs min(as oraçes, %ois ao entrar nauele (os%ital, $em diante de mim a$riu-se a %orta do elevador e desceu a %rG%ria Elen @assão2 Ela Fcou tão sur%resa uanto eu, %ois, não sa$endo do Malecimento de min(a es%osa, tin(a %rocurado o uarto dela a Fm de visit)-la2 'o tomar con(ecimento do Mato ela logo %ensou, coitado do meu amigo Davin, como gostaria de encontra-lo2 5m a$raço, sem %alavras, de alguHm ue tin(a %erdido o marido %oucos anos antes,
em circunstKncias $em semel(antes e no mesmo (os%ital, me trou?e a com%reensão ue tanto %edia a eus2 Passaram-se muitos meses2 urante esse tem%o, estando nos E5' em visita V min(a MamNlia, reali"ei um c(ec-u% %ara ver meu uadro de saQde2 !ais uma ve" eus o%erou de uma Morma Mant)stica2 ' min(a consulta Moi marcada com um mHdico cristão ue con(ecia a min(a es%osa e ue sou$e do Malecimento dela2 Para mim, auele consultGrio se transMormou nauele dia num verdadeiro santu)rio de eus, %ois o mHdico do cor%o eMetuou o %a%el de um mHdico de alma, %assando %ara mim as v)rias eta%as %or onde teria ue camin(ar no meu luto2 Regressando ao rasil, reassumindo meus com%romissos, tentei Mugir da realidade enterrando-me %or inteiro nos meus estudos2 ongas (oras se %assaram, dias com%ridos, c(eios de solidão e saudades2 C(orava a$ertamente longe da vista dos Fl(os, %ara ue %udesse estar Frme e Morte na %resença deles2 .ão consegui, contudo, enganar a min(a Fl(a de :1 anos de idade2 5m dia, ao c(egar em casa, tendo voltado de seu serviço, a 'imee me conMrontou %ela %rimeira ve", com todo o carin(o %ossNvel e com uma %reocu%ação $astante amorosa, tão caracterNstica dela2 IPaiJ, disse ela Isei ue o sen(or est) sendo muito Morte e coraoso em Mace de tudo ue tem acontecido2 Creio eu, contudo, ue muito desta Morça sua H devido ao Mato de eu ainda continuar no lar, Ma"endo-l(e com%an(ia2 .o Muturo talve" $em %rG?imo vou me casar e, então, o sen(or vai estar so"in(o2 Portanto, se eu Mosse o sen(or daria um eito na sua vidaJ2 '%esar de ter levado um susto, em conseXOncia dessa ousada %roclamação de uma Fl(a min(a ue %arecia se amadurecer de uma (ora %ara outra, me %us a reUetir so$re um assunto ue ainda não tin(a ocu%ado meus %ensamentos nauela altura2 eus nem me deu tem%o de %ensar muito, mas ) tin(a agido %or tr)s do cen)rio2 .o dia seguinte, em sua so$erania, ele colocou a Elen em contato comigo %or teleMone2 Eu não %retendo contar o resto da (istGria, seria detal(ada demais e Mui solicitado a%enas %ara escrever o %reM)cio de um de seus livros e não %ara escrever um livro meu2 SG uero dei?ar, contudo, alguns %ensamentos a res%eito deste livro2 Yuantas ve"es ten(o escol(ido um livro de min(a vasta $i$lioteca, de a%ro?imadamente 12=00 volumes, e ten(o lido o seguido coment)rio em muitos deles I.unca %restei muita atenção aos escritos de tal, tal autor atH aui ue o Fuei con(ecendo em %essoaJ2 ' min(a (istGria H $em mel(or2 Eu ) gostava dos livros e admirava muito a autora deles2 !as uando ela se tornou a min(a es%osa com%reendi $em mel(or o valor dos livros e %rinci%almente de escritores em si2 urante os meses de meu luto, o ue ocu%ou dois anos de min(a vida, ela me transmitiu, de uma Morma $em mais vivida, o conteQdo de seu livro Consolo2 'c(ei incrNvel, mas os mesmos %assos do luto ue me Moram a%resentados %or auele mHdico, se ac(avam $astante desenvolvidos neste livro e ricamente ilustrados %ela vasta e?%eriOncia
da Elen no /os%ital das ClNnicas e no 4nstituto de 4nMectologia EmNlio Ri$as2 /oe ten(o %ra"er de me envolver diariamente neste ministHrio de Ca%elania, ao lado de min(a es%osa2 Como a min(a vida e o meu ministHrio de ensino tOm sido enriuecidos %or uma convivOncia Nntima com esta %reciosa e valiosa serva do Sen(or2 Eu a ten(o em grande estima e a considero como uma recom%ensa, ainda em vida, %or ter servido a eus, Felmente, %or uns trinta anos nesta P)tria amada2 Em cola$oração com meus Fl(os, Todd e 'imee, uma nora, !arNlia, uma neta, )r$ara, um Muturo genro, Edgard, e uatro Fl(os adotivos, alton, avi, enis e aniel, Fl(os da Elen, a%resento-l(es um livro escrito %or uma es%osa e?em%lar, uma mãe su%erdedicada e, acima de tudo, uma ministra de misericGrdia, muito %reciosa aos ol(os de eus e uma Monte de consolo %ara inQmeros %acientes e seus Mamiliares2 São Paulo, 4nverno de 199=2 Davin evi 'iten Missionário com Missões Cristãs em Muitas Terras Professor do Seminário Bíblico Palavra da Vida Professor da APEC e Conselheiro de seus obreiros
INSPIRAÇO E DESA!IO !isericGrdia H uma %alavra e?tremamente signiFcativa2 Yuando descreve um dos atri$utos de eus ela revela o as%ecto do car)ter divino ue nos d) alNvio e es%erança em Mace de nossa re$eldia e de%ravação2 Z %or sua misericGrdia ue eus nos resgata2 !as o eus de toda a misericGrdia desea vO-la em nGs tam$Hm, enuanto convivemos com a misHria e a necessidade ue nos cerca2 .a verdade, segundo 8esus, %recisamente nosso modo de reagir )s carOncias do %rG?imo ser) recordado %elo Sen(or no dia Fnal2 .ão seremos uestionados uanto a artigo de MH, não seremos c(amados a Ma"er uma a%resentação lGgica e sistem)tica do ue cremos2 .ão ue sea sem im%ortKncia o nosso credo2 )-se ue, mel(or do ue %alavras, nossos atos de misericGrdia darão conta de nossas convicçes2 Consolo de Elen @assão, H livro de elevada ca%acidade ins%irativa e de grande desaFo2 Ele nos Mala da misericGrdia de eus e nos estimula ao ministHrio da consolação2 ' e?%osição $N$lica, ao mesmo tem%o em ue a%resenta a %essoa de eus, tam$Hm nos c(ama %ara Ma"er o tra$al(o divino2 e?em%lo de (omens e mul(eres dedicados a consolar nos convidam tam$Hm a orar V nossa volta como eus nos ol(ou2 !isericordiosamente2
Cl)udio '2 2 !arra Editor
"MA PA#AVRA DA A"TORA Tra$al(ando () mais de do"e anos unto aos %acientes no /os%ital das ClNnicas de São Paulo, e () seis anos no /os%ital EmNlio Ri$as com %acientes terminais de '4S, ac(ei ue me seria muito M)cil transmitir conceitos so$re Consolo2 !as, ao a%an(ar %a%el e caneta %ara iniciar este livro, desco$ri como H diMNcil deFnir o ue H consolar2 Esta diFculdade se deve em grande %arte %orue tal con(ecimento H algo contNnuo, %r)tico e es%ecNFco %ara cada situação, %ara cada %essoa2 Estou sem%re a%rendendo no contato di)rio com os meus %acientes e desco$rindo min(a inca%acidade %ara Ma"e-lo, $em como a %o$re"a de min(as %alavras e, ainda, min(a insuFciOncia de amor2 Ten(o encontrado a necessidade de estar a cada momento de%endendo do Sen(or, $uscando no seu grande coração a sa$edoria e a com%ai?ão %ara consolar2 Por todas essas ra"es, H %or demais diMNcil %ara eu colocar sensaçes, emoçes – como risos e l)grimas -, so$re um %a%el Mrio e im%essoal2 !as o Maço %ela urgente necessidade de %re%arar consoladores %ara atender a um mundo triste e va"io, c(eio de valores *em grande %arte sem valor real+, ue se a%ro?ima cada ve" mais da $orda de um %oço escuro e sem Mundo2 Relato aui algumas e?%eriOncias vividas com alguns %acientes aos uais %ude ser Qtil levando-l(es consolo2 .ão o Maço com outra intenção senão a de atravHs deste com%artil(amento, levar o leitor a a%reciar algumas idHias acerca do ue eu entendo como consolo, audando %ara ue se torna tam$Hm um consolador2 Escrevo este livro em oração, %edindo ao Sen(or ue Male ao seu coração como tem Malado ao meu2 ' idHia de Ma"e-lo %artiu da o$servação do consolo oMerecido %or alguns irmãos de nossas igreas, ue, mesmo tendo $oas intençes, não sa$em como transmiti-lo, imitando, muitas ve"es, os Iamigos de 8GJ e dei?ando o %aciente irritado e de%rimido %or ter sido IconsoladoJ com ulgamentos ou Ic(avesJ evangHlicos generali"ados e Mora do conte?to2 aseei-me no estudo do livro de 8G em suas %erdas, seu soMrimento, nas Mases de sua crise e na diMerença entre o consolo deseado e o oMerecido %elos amigos2 !uitas ve"es agimos como Mariseus, com uma estrutura mental rNgida e sem misericGrdia2 Yueremos salvar o mundo inteiro, e nos
esuecemos dos Mracos, dos Meridos, dos doentes ue estão morrendo ao nosso redor2 5samos te?tos e mais te?tos $N$licos na tentativa de e?orci"ar %ecados ocultos nas %essoas e consola-las, mas isso não acontece2 Creio ue eus uer nos ensinar consolar com o seu consolo, atravHs de 8G e tam$Hm das e?%eriOncias ue nos tem %ermitido viver2 Este H um livro muito es%ecial %ara mim %orue Moi escrito com a auda de trOs amigos e irmãos muito ueridos, a uem eu con(eci no leito da enMermidade TKnia, Pedro e Iranco inamiteJ2 Eles estudaram o livro de 8G e untos discutimos muitos trec(os, nos uais eles se identiFcaram com a dor de 8G, o consolo %or ele rece$ido, seus uestionamentos e suas %erdas2 'travHs deste estudo reaFrmaram sua MH em eus, de$ai?o de uma nova visão de sua %essoa2 Crescemos untos2 Iranco inamiteJ H um e?-%aciente do /os%ital das ClNnicas, a uem eu %ude evangeli"ar e consolar, acom%an(ando %or de" anos2 Ele H ovem, est) %ara%lHgico numa cadeira de rodas2 Sa$e o ue H soMrer, mas tem sido consolado %or eus2 TKnia Moi %aciente do /os%ital das ClNnicas %or :6 anos2 !orou ali desde os dois anos, de%ois de ter %aralisia inMantil e Fcar tetra%lHgica2 &aleceu em de"em$ro de 199<2 Pedro tam$Hm morou no /os%ital %or de"enove anos, com%an(eiro de dor de TKnia2 'ceitou a 8esus %or seu testemun(o e, alHm de ser Iirmão dela, da Eliana, uciana, Cl)udia, Paulo e 'nderson %or aFnidade, %ela condição e %or Mormarem uma mesmaJMamNliaJ no (os%ital, tam$Hm Moi seu irmão em Cristo2 Estes adolescentes são, na sua maioria, tetra%lHgicos, e estarão sem%re %resos a uma cama2 e%endem de um %ulmão artiFcial e de cuidados es%eciais de enMermagem2 TOm soMrido muito, mas são muito alegres2 Yue entra nessa enMermaria %ensando em consola-los, sai consolado e muito mais Meli"2 consolo de eus e de algumas %essoas tem aliviado suas dores, Ma"endo deles Monte de $Onçãos e de consolo %ara todos aueles ue deles se a%ro?imam2 Em Setem$ro de 1991 o Sen(or %rovou-me duramente atravHs da morte de meu marido &)lsico Cavalcanti, aos <: anos2 4sso aconteceu su$itamente, dei?ando-me em estado de c(oue com uatro Fl(os adolescentes, entre 9 e 1= anos2 !as todos nGs %udemos e?%erimentar o Iconsolo ue e?cede todo o entendimentoJ, da %arte do Sen(or2 'travHs dele Fcamos mais Mortes2 !esmo em meio V dor %udemos Malar de consolo com maior autoridade2 e%ois de uatro anos, em meio ao luto e a sHrias %rovaçes, eus ouviu as min(as oraçes, dando-me um marido ue veio %reenc(er todos os meus son(os e ainda mais2 Davin 'iten H mission)rio americano () mais de 30 anos no rasil e tam$Hm viQvo, com um casal de Fl(os ) adultos2
Temos sido muito Meli"es em todos os as%ectos, integrando MamNlia, dons e ministHrios %ara a glGria de eus2 !eu amigo leitor, meu deseo sincero H ue, atravHs deste livro, sua vida sea ediFcada e o nome do Sen(or sea gloriFcado2 Elen @assão
$% P&o'a(ão !ueridos irmãos a vida de voc"s está cheia de di#culdades e de tenta$ões% Então sintam&se feli'es (or)ue )uando o caminho * ás(ero a (erseveran$a de voc"s tem uma o(ortunidade de crescer+ Portanto dei,em&na crescer e não (rocurem desviar&se dos seus (roblemas+ Por)ue )uando a (erseveran$a de voc"s estiver a#nal (lenamente crescida voc"s estarão (re(arados (ara )ual)uer coisa e serão fortes de caráter ínte-ros e (erfeitos+
*Tiago 1:-< N$lia @iva+ +
Con)ssão
de ti2
Sen(or, não clamou teu &il(o do alto da cru" Ieus meu, eus meu, %orue me desam%arasteBJ E não era e H ele su$stituto %erMeito, Qnico aceito e e?igido %or tiB Porue, então, esta imensa sensação de a$andono e distKncia, se nele e em seu sacriMNcio colouei a min(a conFançaB Por amor de ti mesmo, de uem uso o nome, não me coloues em %rovas demasiado Mortes2 SG tu sa$es atH ue %onto a corda %ode ser distendida sem se rom%er mas eu não ten(o a Morça de teus (erGis, Sen(or222 Sou uase toda carne2 5ma carne ue soMre, grita, $lasMema, %esa-se, vinga-se em si mesma, anseia desa%arecer, Mundir-se em algo maior, mais alto, mais %erto Se a cada ve" ue sucum$ir V %rG%ria Mraue"a levares-me alguHm, ue sG sei tão %recioso de%ois de o %erder, não sei ue Muturo me es%era2 Receio aca$ar mais sG ue tu mesmo .o %rincN%io2 E tu te $astavas2 !as, mesmo assim, nos criaste
%orue %recisava de um o$eto %ara o teu amor222 isse-se $lasMOmia, o teu %erdão, Sen(or2 !as Mace V tua onisciOncia, de ue adiantaria a simulaçãoB Z mel(or a conFssão terrNvel, dolorosa como um tumor rasgado sem anestesia, mas necess)ria e inevit)vel, %ara %uriFcação222*1+ Para %ensarmos em soMrimento e %rovação, temos de %ensar em 8G2 nome desse (omem Moi registrado na N$lia, servindo-os como e?em%lo de MH, como %rova de ue o (omem $om tam$Hm H %rovado, como consolo %ara todos os ue soMrem2 livro de 8G conta V (istGria de um (omem $om asso$er$ado %or aUiçes2 Z des%oado das suas riue"as, da sua MamNlia e da sua saQde, sem sa$er %or ue eus consentiu nauilo2 Somente o leitor sa$e ue eus est) %rocurando com%rovar ao ia$o ue a MH de 8G H genuNna2 TrOs amigos vOm consolalo na sua desgraça, e se envolvem numa longa discussão2 s amigos %rocuram e?%licar o ue acontecera vinculando os soMrimentos de 8G aos seus %ecados2 8G reeita a teoria deles2 'o invHs de aceitar o seu consel(o no sentido de arre%ender-se e assim reconciliar-se com eus, 8G insiste na sua %rG%ria inocOncia e uestiona a ustiça do tratamento dado %or eus2 ' esta altura, intervHm o uarto %ersonagem, EliQ, e Ma" uatro discursos ue, segundo %ensa, solucionarão o %ro$lema mas eles não Ma"em diMerença2 &inalmente, o %rG%rio Sen(or se dirige a 8G2 Seu discurso transMorma a atitude de 8G, ue res%onde com su$missão contrita2 Por Fm, eus declara ue 8G soMrera sem cul%a %essoal e l(e restaura a %ros%eridade e a Melicidade2 Passaremos agora a estudar o livro de 8G mais detal(adamente, o$servando de %erto sua %essoa, sua tragHdia e reação diante dela, e os consel(os de seus amigos2 &icaremos sur%resos ao notar ue muitos desses consel(os são re%etidos (oe %or %essoas com $oas intençes, mas realmente sem %re%aro, causando resultados %or ve"es desastrosos2 eus a$ençoou 8G com grande %ros%eridade2 Era o (omem mais rico de todo o riente2 PossuNa ouro e %rata em a$undKncia, e?ercia grande inUuOncia em sua comunidade, era res%eitado e (onrado %or todos2 Tin(a grande sucesso em seus em%reendimentos, sua es%osa e seus Fl(os estavam ao seu redor sua mente e seu cor%o eram saud)veis e estavam em %leno vigor2 Este (omem era tam$Hm com%leto em termos de car)ter e moral2 Ele era um e?em%lo de integridade uanto V moralidade e V religião2 PossuNa a consciOncia lim%a, tanto diante de eus uanto diante dos (omens2 E o mais im%ortante era um servo de eus2 1F
Deus ala na so*a@ G8. 14.
8G realmente era um (omem $om e Fel a eus2 Tão $om e tão Fel ue se destacou diante dele, c(amou sua atenção2 .uma certa ocasião )uando os an/os se reuniram na (resen$a do Senhor Satanás o Acusador estava entre eles *G 126 @+2
eus reuniu-se com todos os anos, os $ons e os maus2 !uita gente %or aN d" ue () uma grande luta entre o $em e o mal, eus e Satan)s2 Z mentira2 Satan)s H um ano mau, caNdo, %ai da mentira, acusador dos (omens, tentador, e tudo o ue () de mal2 !as ele não H o Sen(or, não tem estatura de eus, nem seus atri$utos2 eus H o Sen(or, e est) no controle de tudo2 Ele (ermite certas açes de Satan)s, mas continua com as rHdeas nas mãos2 E 8G Moi ac(ado di-no de ser %rovado %or eus e tentado %or Satan)s2 Z eus uem c(ama a atenção de Satan)s %ara 8G, uando o inimigo conta ue estava rodeando a terra e o$servando os (omens 0Voc" observou bem a meu servo 12%3 (er-untou o Senhor+ 0.ão há homem i-ual a ele em toda a terra tão sincero e /usto obediente a 4eus e cuidadoso (ara não cometer (ecado53 612 7+8 BV9+
8G amava a eus, sua MH era %roMunda e não se $aseava nos $ens ue rece$ia dele2 !as Satan)s duvidou disso diante de eus2 012 tem ra'ão (ara isso3 res%ondeu Satan)s2 0: Senhor deu a ele do bom e do melhor (rote-endo a 12 e sua família de todos os males e triste'as e fa'endo dele um homem ri)uíssimo+ .ão * sem ra'ão )ue 12 obedece5 E,(erimente (or*m tirar todas as ri)ue'as e os bens )ue o Senhor deu a 12; ele vai se revoltar e di'er coisas horríveis contra o Senhor3 *8G 129-11 @+2
Yuando a nossa MH em eus est) a%oiada nos $ens ue ele nos d), estamos em %erigo2 Temo muito %or alguns irmãos ue, em suas oraçes, sG agradecem %elas coisas ue eus l(e tem dado e sem%re %edem mais2 Yuando vOm as %rovaçes, começam a duvidar dele %or não estar sendo o 4eus&Pa(ai .oel ue a%renderam a amar não %or ele mesmo, mas %or seus %resentes2 Z como a criança ue aguarda ansiosa %ela c(egada do Pa%ai .oel2 Se ele vier sem a sua sacola de %resentes, a criança Fcar) dece%cionada2 Seu amor não H ao Pa%ai .oel, mas aos %resentes ue ele l(e d)2 E era isto ue Satan)s ueria %rovar a eus, envergon(ando-o atravHs de 8G, uando este o a$andonasse em meio ao soMrimento2 Talve" no %arecer de Satan)s a %iedade de 8G Mosse artiFcial %or nunca ter %assado %or um teste2 eus l(e dera tudo e o %rotegera do mal2 Então eus deu %ermissão a Satan)s %ara tenta-lo2 E o Senhor res(ondeu a Satanás< 0Voc" (ode destruir tudo o )ue deu a 12 mas não to)ue no cor(o e na sa=de dele3 *8G 121: @+2
E Moi assim ue ele %erdeu tudo, inclusive seus de" Fl(os2 'lgumas tem%estades da vida vOm de re%ente uma grande %erda, uma derrota esmagadora, uma grande dor2 Tudo desa$ou so$re a ca$eça de 8G2 e
uma sG ve", %erdeu tudo e todos – dor estonteante, enlouuecedora2 !as a sua MH não estava em seus $ens, e eus Moi gloriFcado em seu soMrimento atravHs de uma MH lim%a, sem interesses Mesmo no meio de tanta des-ra$a 12 não (ecou nem disse )ue 4eus era cul(ado do seu sofrimento *8G 12:: @+2
5m (omem %ode Fcar diante de eus des%oado de tudo uanto V vida l(e deu e ainda assim nada l(e Maltar2 I estGico "om$a dauele ue derrama l)grimas, ao crente, %orHm, não H %roi$ido c(orar2 Ls ve"es, diante de uma dor muito grande, a %essoa %ermanece calada, enuanto a tesoura do tosuiador roça a sua carne trOmula mas2 Yuando o nosso coração se a$ate so$ uma sHrie contNnua de %rovaçes, %odemos $uscar alNvio no c(oro2 /), %orHm, algo ainda su%erior a istoJ2 i"em ue em certos lugares Montes da )gua doce saltam no meio das )guas salgadas do mar ue as mais lindas Uores dos 'l%es se encontram nos recantos mais agrestes e escar%ados das montan(as ue os mais su$limes salmos Moram o %roduto da mais %roMunda agonia da alma2 Pois $em, assim, entre as mQlti%las %rovas, aueles ue amam a eus encontrarão motivo de grande alegriaJ*:+2 Yuando () calmaria na min(a vida, a %rincN%io Ia%roveitoJ %ara Ma"er tudo ue me d) %ra"er, e aos %oucos vou me aMastando de eus2 8) uase não leio a N$lia, oro somente nas reMeiçes auela Ire"aJ decorada e re%etida222 e Fco va"ia2 ouvo ao Sen(or %orue ele não me dei?a Fcar assim2 !eu ministHrio no (os%ital H c(eio de %rovaçes contNnuas, e não terei %alavras %ara consolar se não estiver em comun(ão com o Sen(or2 Sinto-me Malando I%alavras de ventoJ a %essoas ue %recisam deses%eradamente de consolo2 E não ten(o o ue l(es dar2 E sou va"ia2 !as ele me desaFa constantemente, não me dei?a sem %rovas e lutas, %orue me con(ece2 Sa$e uanto eu %reciso delas %ara crescer2 E ele con(ece os meus limites2 Somente %orue estou a%rendendo a am)-lo so$re todas as coisas e ten(o a certe"a de ue ele me ama, %osso ter a conFança de me entregar-me em suas mãos sem im%or condiçes2 eus H Fel222 e não %ermitir)222 ue seamos %rovado alHm das Morças ue ele mesmo nos d) %ara vencer2 Yue alNvio sa$er dissoW IYuando eus %e um %eso so$re nGs, ele sem%re %e seu $raço de$ai?oJ2 !as nem sem%re %ermitimos ue o Sen(or atue em nGs2 Z dolorido, d) tra$al(o e não ueremos o seu toue2 PreMerimos Fcar comodamente estacionados2 !uitas ve"es ueremos somente uma I%orção de eusJ, de Morma ue atenda Vs nossas necessidades e nos dei?e acomodados2 !as ele não %ermite ue o ten(amos em nossas mãos, ele nos uer incondicionalmente nas suas2 2F
!anan7iais do Dese*to@ G8. ?9.
IEu gostaria de com%rar trOs dGlares de eus, ue não c(egue a Ma"er e?%lodir a min(a alma e nem ven(a incomodar meu sono, mas ue sea suFciente %ara garantir-me um co%o de leite uente e uma soneca ao sol2 .ão uero dele uma uantidade tão grande ue me Maça amar os negros, nem col(er $eterra$as unto com os tra$al(adores migrantes2 Yuero O?tase, não transMormação %essoal uero o calor de um ventre materno, não um novo nascimento2 Yuero um uilo de eternidade em um sauin(o de %a%el2 Por Mavor, dO-me trOs dGlares de eusWJ*3+2 .osso ego não desea eus na sua inteire"a, mas tO-lo a uma distKncia ra"o)vel2 Yueremos dele a%enas uma %orção suFciente %ara nos salvar no inMerno, %ara nos dar $Onçãos, %ara nos %roteger, %ara nos im%edir de soMrer2 .ão ueremos con(ece-lo %roMundamente, e sG o $uscamos verdadeiramente uando estamos no Fm de nossas Morças, sem mais nada %ara l(e oMerecer, uando temos mais consciOncia de nossa nude"2 !as eus uer Ma"er de nGs %essoas Qteis em suas mãos2 .ão vasos de $arro va"ios, mas c(eios da sua %essoa, trans$ordando de amor %or ele, dessedentando outros ue nos rodeiam2 Ele uer ue seam doadores, não somente rece%tores servos, e não su%erastros2 eus uer nos Mortalecer, a%erMeiçoar e nos tornar semel(antes a 8esus2 Ele não uer ue seamos como vasos de vidro ou %orcelana2 esea ver-nos como %eças de aço, enriecidas, ca%a"es de su%ortar torçes e com%reenses atH o m)?imo, sem se %artir2 ' MH cresce em meio Vs tem%estades2 Ele sabe o meu caminho; se ele me (rovasse sairia eu como o
ouro *8G :3210+2
Z no meio das tem%estades da vida ue e?ercitamos a MH e vemos a eus com mais clare"a2 IYuando eus uer um carval(o, ele o %lanta num lugar onde as tormentas o MortiFcarão e onde as c(uvas se a$aterão so$re ele, %ois H no meio da $atal(a contra os elementos ue o carval(o gan(a suas F$ras rias e se torna o rei da Uoresta2 's )rvores mais Mortes não são as encontradas ao a$rigo das Uorestas, mas as de cam%o a$erto, onde ventos de todos os lados Vs açoitam, curvam e torcem, atH ue %or Fm atinam toda a sua estatura2 Essa madeira H a mais %rocurada %ara o Ma$rico de carrocerias e de instrumentos %esados2 Yuando eus uer a%erMeiçoar um (omem de eus o coloca em meio de alguma tem%estade2 ' (istGria dos grandes (omens H sem%re de rude"as e as%ere"as2 .inguHm se Ma" grande, enuanto não tiver %assado %elas ondas de tormenta e encontrado a res%osta da sua oração [\ eus, torna-me, ue$ranta-me, Ma"e-me]2 Portanto, uando virmos um gigante es%iritual, lem$remo-nos de ue a estrada ue devemos %almil(ar %ara Fcar om$ro a om$ro com ele não H auela alameda Uorida e ensolarada, mas, sim, um tril(o Nngreme, 3F
Hilu* Rees@ 7itado no li/*o Eu@ u se*/o
estreitoso e roc(oso, onde as raadas do inMerno uase nos derru$am, ode %edras %ontiagudas nos rasgam a carne, onde es%in(os nos Merem a Mronte, e onde rH%teis venenosos nos atacam de todos os lados2 s (erGis da vida são os ue Moram açoitados %ela tormenta e marcados %ela $atal(aJ*<+2 5ma (eresia ue engana e conMunde a muitos di" ue uanto mais nos tornamos Nntimos de eus, uanto mais o con(ecemos, mais M)ceis se tornam as coisas2 /) %or aN uma Malsa teologia di"endo ue eus uer ue seus Fl(os esteam alegres, ten(am tudo o ue deseam e, se alguma coisa l(es Malta em $ens materiais, H %orue sua MH est) %euena2 IPor essas idHias, uando enMrentamos %rovaçes, nosso %rimeiro %ensamento H de ue eus est) nos %unindo2 u então su%omos ue, se or)ssemos mais, as circunstKncias não Mrustrariam os nossos son(os2 Esse %ensamento não se coaduna com a vida e a mensagem de 8esus Cristo, nem com a dos santos, m)rtires e FHis seguidores do !estre2 .ossa oração não deve ser %or vidas M)ceis, mas %or vidas ca%acitadas %or eus, ue se tornam grandes %ela sua graçaJ*=+2 Satan)s estava usando 8G, com a %ermissão de eus, %ara desacreditar o nome do %rG%rio eus, uerendo Ma"e-lo renunciar totalmente a ele e a amaldiço)-lo2 !as mesmo uando 8G Moi Merido em todo o seu cor%o, soMrendo %or muito tem%o, a$andonado, so"in(o, cus%ido, não a$andonou ao seu eus2 Yuestionou, reclamou, $rigou, mas não o dei?ou2 E mesmo diante de mais este sofrimento terrível 12 não disse uma (alavra má contra 4eus *8G :10 @+2
8G Mora sacudido, mas não %rostrado %elas calamidades2 Ele não tin(a orgul(o ou medo de ser considerado menos es(iritual %or c(orar sua dor diante de todos2 ' graça nos ensina não a viver sem triste"a, mas a mantO-la so$ controle, conectando-a com a %enitOncia, a su$missão, a MH e a es%erança2 I5m erro ue Satan)s sem%re comete e o de %ensar ue eus H limitado como eleJ2 E outro, H o de %ensar ue os servos de eus são iguais aos dele a%roveitadores ue se vende a ualuer %reço, (i%Gcritas ue tOm uma vida su%erFcial e orgul(osa ue nunca aceitariam ser (umil(ados2 Yuanto mais ele esmagava a 8G, mais este e?alava um %erMume ue ao mesmo tem%o agradava a eus e dei?ava Satan)s $ouia$erto2 Yuanto mais %ressionado, mais %roclamava 8G a sua lealdade a eus2 Satan)s Moi o$rigado a ver um (omem rea$ilitado e um eus gloriFcado, na medida em ue os dois continuaram a camin(arem untos, num relacionamento %erMeitamente satisMatGrio2 8G Moi a eus com sua dor esmagadora, curvou-se atH o %G, e o adorou2 4F
!anan7iais do Dese*to " #enJo* do IossK/el@ G8. 4$.
$F
&oi a maravil(osa graça divina na vida de 8G ue o im%ediu de amaldiçoar a eus Moi a constante %resença de eus com ele Moi o im$atNvel %oder de eus em sua vida2 .Gs não %recisamos de graça %ara morrer, mas sim, %ara viver2 Yuando c(egar a (ora de morrermos, nGs a teremosJ*6+2 .ossas noçes acerca de eus inUuenciam o modo como reagimos Vs %rovaçes2 Se não crermos ue ele nos ama, ue Ma" com ue todas as coisas coo%erem %ara o nosso $em – mesmo ue no momento não %ossamos entende-las – e ue ele est) no controle a$soluto de tudo, não %ermitindo ue nen(uma dor sea maior ue o consolo ue ele mesmo nos d) %ara su%ortar e vencer, então, sG então nos deses%eraremos2 a%Gstolo Paulo Moi um (omem ue andou com eus2 Sen(or o usou maravil(osamente %ara levar o seu Evangel(o aos não-udeus, e sua ami"ade %or ele era tão grande ue eus l(e Me" revelaçes maravil(osas so$re a sua %essoa e %roetos2 !as ele con(ecia a Paulo, e não ueria ue a grande"a dessas revelaçes F"esse com ue o a%Gstolo se orgul(asse, aMastando-se do Pai2 Então, deu-l(e um %resente amargo, %ara Ma"e-lo %ermanecer sem%re Fel2 >ma coisa eu di-o< em vista de serem tão e,traordinários estas e,(eri"ncias )ue eu tive+ 4eus #cou receoso de )ue me inchasse com elas< (or isso foi&me dado uma doen$a )ue tem sido um verdadeiro es(inho em minha carne um mensa-eiro de Satanás (ara me ferir e me atormentar e (ara esva'iar meu or-ulho+ Em tr"s ocasiões diferentes im(lorei a 4eus )ue me #'esse #car bom de novo+ E cada ve' ele disse< 0.ão+ Mas eu estou com voc"; isso * tudo de )ue voc" (recisa+ Meu (oder revela&se melhor nos fracos3 *: Co 1:2>-9 @+2
ISe desenvolvermos um relacionamento com eus inde%endente das circunstKncias de nossas vidas, então %oderemos ser ca%a"es de Fcar Frmes uando a realidade MNsica desmoronar2 Podemos a%render a conFar em eus a%esar de toda a inustiça da vida2 .ão H essa a lição %rinci%al de 8GBJ*>+2 I.o livro de 8G, vemos ue Satan)s sugeriu ue 8G Moi condicionado a amar a eus %elo ue este l(e dava2 !as 8G calou o 'cusador ao declarar sua MH a%esar de tudo o ue acontecera2 es%oado de tudo, e?ceto de sua li$erdade, ele ainda assim e?ercitou auela li$erdade %ara crer num eus a uem não %odia verJ2 *+ ConMorme vemos, a $atal(a mais im%ortante não ocorreu nos cHus ou ao redor de 8G, mas dentro dele2 ConFaria em eusB s cHus aguardavam sua res%osta, ue eus ) sa$ia2 Ele nos ensina ue nos momentos em ue a MH H mais diMNcil e menos %rov)vel, então ela H mais necess)ria2 'F
AlL da do*@ G8. ?9. De7e7ionado 7o Deus@ G8. 191 9F De7e7ionado 7o Deus@ G8. 1?+ ?F
eus sa$e como eu temo %assar %or grandes %rovaçes2 'o imaginar a %erda de 8G, seus $ens, seus Fl(os e sua saQde222 sua dores terrNveis, sua inca%acidade de agir, sua %er%le?idade %or não entender como o eus de amor %odia %ermitir tanto (orror222realmente, ten(o medo de soMrer uma Mração do ue ele soMreu2 !as a Palavra de eus conMorta o meu coração2 ' certe"a de Sua %resença sustentando-me em ualuer %rovação reanima meu es%Nrito, dando-me a segurança da vitGria2 Seu conMorto d)-me ousadia de %erguntar, como Paulo !ue (odemos di'er diante de coisas tão ma-ní#cas )uanto essas% Se 4eus está do nosso lado )uem * )ue (ode estar contra n2s% Visto )ue ele em nosso favor não (ou(ou nem o seu (r2(rio ?ilho mas o entre-ou (or todos n2s será )ue certamente não nos dará tudo o mais% !uem se atreve a nos acusar a n2s )ue 4eus escolheu (ara sermos dele% Será )ue 4eus faria isso% .unca5 ?oi ele )uem nos (erdoou e nos deu direito de #car com ele+ !uem nos condenará então% Cristo% .ão5 ?oi ele )uem morreu (or n2s e voltou @ vida (or nossa causa e a-ora está sentado no lu-ar de maior honra /unto a 4eus ro-ando (or n2s lá no c*u+ !uem então (ode /amais ocultar de n2s o amor de Cristo% !uando estamos em ai$ão ou em desventura )uando somos (erse-uidos de morte ou destruídos será )ue isso acontece (or)ue ele não mais nos ama% E se tiv*ssemos fome ou #carmos sem dinheiro ou (assamos (or (eri-os ou formos amea$ados de morte será (or)ue 4eus nos desam(arou% .ão (ois as Escrituras nos di'em )ue (or sua causa (recisamos estar (rontos a enfrentar a morte a )ual)uer momento do dia somos como ovelhas (rontas (ara ser abatidas no matadouro+ Mas a(esar de tudo isso temos uma vit2ria esma-adora (or meio de Cristo )ue nos amou a (onto de morrer (or n2s+ Estou convencido de )ue nada (oderá /amais se(ara do seu Amor+ A morte não o (ode nem tam(ouco a vida+ :s an/os não o (oderão e todas as for$as do inferno não (oderão afastar de n2s o amor de 4eus+ .ossos temores (elo dia de ho/e nossas (reocu(a$ões sobre o dia de amanhã ou o lu-ar onde estivermos bem alto no c*u ou nas (rofunde'as do mar nada /amais será ca(a' de se(arar&nos do amor de 4eus demonstrado (elo nosso Senhor 1esus Cristo )uando morreu (or n2s *Romanos 231-39 @+2
REAÇ*ES NAS PROVAÇ*ES IZ desconcertante ver como a vida torna algumas %essoas tristes e outras graciosas2 uas %essoas %odem atravessar o mesmo vale de circunstKncias de desanimadoras2 5m sai com renovado vigor e alegria,
a outra, com ressentimento e desKnimo2 ' alguns, a tragHdia os ediFca mas a outros, os desmorona2 'lguns crescem, outros murc(amJ2*9+ urante os %rimeiros meses de%ois do trauma, a %essoa necessita de tem%o e com%reensão2 iante de uma crise, uma %rovação, cada um de nGs tem %ela Mrente uma decisão a tomar optar pela vida, o ue nos leva a su%erar a crise, crescer e ter maior maturidade ou optar pela morte, dei?ando ue esta ten(a domNnio so$re a vida2 O+(ão +ela 'ida 's %essoas ue Ma"em essa %orção reUetem so$re o ue %assaram, conversam com os amigos ou %arentes Nntimos so$re os seus sentimentos reco$ram a conFança nelas mesmas e voltam a tra$al(ar com dedicação e a cola$ora com os outros em $usca de um Muturo mel(or2 Elas cresceram em meio V dor, tornaram-se mais s)$ias e maduras, a%renderam a usar os Iciclones da vidaJ2 IPerguntei a um %iloto ual a maior diFculdade de v#o atravHs da "ona do Cari$e2 [São os ciclonesB] indaguei2 ' res%osta Moi [.ão %odemos a%roveitar os ciclones2 Eles se movem vagarosamente no seu centro, de modo ue colocamos o avião nas suas margens e, assim, temos atr)s de nGs um vento de cem mil(as2 'o regressar, tomamos a outra margem do ciclone2 '%roveitamos, assim, o ciclone tanto na ida uanto na voltaJ2*10+ .ossas reaçes determinam o ti%o de vida ue levaremos2 iante da dor, %oderemos reagir nos lastimando amargurados ou com conFança e coragem, Ma"endo com ue o mal nos torne mel(ores2
C&es,endo e- -eio . ,&ise Como %oderemos crescer em meio V criseB r2 8orge !aldonado nos Mala so$re este tema em seu livro Consolacioán Vida 2 Para crescermos em meio V crise %recisamos a2 ReUetir so$re o acontecido o ue me aconteceuB Como isso me aMetouB $2 'ceitar a %erda o ue aconteceu, aconteceW .ada %osso Ma"e %ara mudar o ue %assou2 c2 E?%ressar sua dor encontrar alguHm com uem %ossa desa$aMar2 d2 ar a si mesmo tem%o %ara sarar com%reender ue não dever a%ressar-se em seu %rocesso de recu%eração2 e2 &a"er os austes necess)rios %ara seguir adiante a vida não %arou vale a %ena continuar vivendoW Co-o &ea/i&0 o+tando +ela 'ida1 4esabafar seus sentimentos+
5ma %essoa sacudida %roMundamente %or uma tragHdia est) aMetada social, econ#mica e %sicologicamente2 /) como um terremoto sem seu interior2 4sto %rodu" tenses, muita dor, deseo de gritar, c(orar, )F
" #enJo* do IossK/el@ G8. 1. " CainJo@ G8. 2$?.
1+F
de aca$ar com a vida2 Estes sentimentos se maniMestam em tão grande intensidade ue %arecem um vulcão em eru%ção2 Z necess)ria a li$eração destes sentimentos de maneira correta2 E a mel(or maneira de Ma"e-lo H Malando (onestamente so$re seus sentimentos em relação ao acontecido, sem medo de se e?%ressar, com %alavras sem %rH-ela$oração, $rotando diretamente do coração2 Se sentir vontade de morrer ou se estiver "angado com eus, deve di"e-lo2 &alar sem medo de escandali"ar, de oMender, de $lasMemar, de ser incoerente2 &alar so$re um sentimento inconMess)vel H o %rimeiro %asso %ara domina-lo e su%lanta-lo2 12: Dedirecionar a conduta 2 ' tragHdia %rodu" mudanças inevit)veis2 Se se tratar da %erda de uma %essoa, não a teremos mais %ara Malar ou ouvir nossas conFdOncias2 Se se tratar da %erda de uma coisa, teremos ue a%render a viver sem ela e sem as comodidades e $eneMNcios ue ela nos %ro%orcionava2 Precisamos reMa"er nossa conduta diante dessa nova realidade2*11+ .este novo camin(o H im%ortante a contri$uição da MH e da es%erança2 Sair de uma cat)stroMe sem a auda da MH H algo uase im%ossNvel2 Se não cremos em eus, $uscando nele as Morças, diFcilmente iremos em Mrente2 Mato de ue nossa vida %recisa ser redirecionada %ara novos alvos, e?ige de nGs Morças ue somente a %essoa de 8esus %ode nos dar2 iante do caos, da destruição de nossos reMerenciais, %recisamos $uscar novas metas %ara nossa vida e %ara nossa MamNlia2 ' Malta de es%erança e de %laneamento H sinal de ue a morte se instalou em nGs2 &icamos imGveis, a%)ticos e sem ver nada alHm de trevas2 !as a es%erança de ue mesmo nos momentos diMNceis e desMavor)veis %odemos lutar, tra$al(ar e vencer nos im%ulsionar) %ara MrenteJ2 A o+(ão +ela -o&te Ro$erto estava com de"essete anos uando Moi internado no /os%ital EmNlio Ri$as2 8ogado na rua %ela MamNlia, a$andonado %elos amigos, sem din(eiro, sem tra$al(o, era terreno a$erto %ara as doenças o%ortunistas dentro de seu uadro de '4S2 Era muito diMNcil conversar com ele2 Encol(ido so$re o leito, ol(ar sem vida, movimentos lentos e sem e?%ressão, retratava a morte em vida2 SG o vi Malando em vo" alta uma ve" $rigava com a enMermeira %orue não ueria mais tomar $an(o, nem a dei?ava trocar os lençGis de sua cama2 Yueria ir em$ora, mas não tin(a como, nem %ara onde ir2 4sso aconteceu na se?ta-Meira2 .o s)$ado Ro$erto morreu2 Sem %alavras, sem com%licaçes de seu estado clNnico, nada2 Sem e?%licaçes2 Ele (avia o%tado %ela morte e ninguHm %oderia detO-lo2 Podemos sa$er ue uma %essoa o%tou %ela morte %elos seguintes sintomas 121 Se(ara$ão 11F
Consola7i;n y Vida@ G8. 43.
Ela evita a conMrontação MNsica ou %sicolGgica com a realidade2 12: .e-a$ão Yuando a %essoa nega ter sentido, ou se nega a e?%ressar algum dos sentimentos relacionados com as reaçes iniciais *triste"a, raiva, medo, cul%a, etc2+2 ' negação consiste em e?agerar ou menos%re"ar um ou mais desses sentimentos, ultra%assando o sintoma inicial como Morma de com%ensar outra emoção re%rimida, como H o caso do %ranto contNnuo muito tem%o de%ois do trauma2 Tal com%ortamento H uma Morma de evitar sentir raiva ou cul%a2 123 A-ressividade Caracteri"a-se %or uma deMesa desmedida dos direitos %rG%rios, a %onto de não res%eitar os direitos al(eios2 EgoNsmoW Qnico ue vale H o seu direito, o resto Iue se daneJ2 12< Passividade Z acomodação, a%atia, mesmo diante da violação de seus %rG%rios direitos2 12= nterde(end"ncia Com%ortamento com%etitivo em relação Vs outras %essoas, es%ecialmente auelas ue soMreram %erdas iguais ou semel(antes Vs suas2 Z uma maneira de di"er ue sua %erda Moi maior ue a dos outros, %elo ue se ustiFca a sua dor2 u, a contr)rio, ao com%arar sua %erda com a de outros, %rocura %rovar a si mesmo o ue se %assou com ela não e nada com%ar)vel a %erda da outra %essoa2 E?istem muitas %essoas ue não Moram %re%aradas %ara a morte e a dor, %rinci%almente numa sociedade como a nossa, ue vive %ara os %ra"eres sem %ensar na %ossi$ilidade de algo tr)gico l(e acontecer2 Yuando enMrentamos a dor e a %erda, assumindo nossos sentimentos e e?%ressando-os, aceleramos nossa recu%eração2 'lgumas tOm diFculdades de e?%ressar seus sentimentos, %or ra"es culturais, %ela Mormação Mamiliar *(omem não c(oraW+ ou %elas caracterNsticas de seu tem%eramento2 Se a %essoa não começar a Itra$al(arJ sua %erda dentro de uma certa Mai?a de tem%o, Matalmente evoluir) %ara uma crise secundária com as seguintes caracterNsticas 7+ 4e(ressão crFnica
'lgumas %essoas reagem V dor da %erda com a%atia, %arando na vida2 !as se isso se %rolongar %or mais de seis meses, a %essoa não voltar a tra$al(ar e c(egar a se%arar-se dos demais H %ossNvel ue %recise da auda de um $om %sicGlogo ou %siuiatra cristão2 Ela %ode estar em %erigo de rom%er com a realidade e reMugiar-se em um mundo interior e Mec(o *%sicose ou loucura+2 G+ Hi(eratividade
'gora, seu deseo de tra$al(ar não H mais %ara ser Qtil2 Z uma Muga de seus %ro$lemas2 I+ Hi(oatividade
Z uma e?tensão do sintoma inicial da a%atia2 Ela %assa o dia todo com um mNnimo de atividade, não se %enteia mais, não uer tomar $an(o, trocar de rou%a ou sair de casa2 <2 Su(eridenti#ca$ão ' %essoa se identiFca tanto com o morto ue %assa a agir como ele Maria2 4sto reuer uma ação r)%ida em $usca de auda %roFssional2 J+ Somati'a$ão crFnica+
'gora ela vive continuamente enMerma2 im%acto emocional ue a Meriu tam$Hm atingiu Fsicamente2 K+ Altera$ão relacional
Ela %assa a com%ortar-se de maneira muito diMerente da costumeira2 L+ ?ármaco&de(end"ncia
' %essoa %assa a e?%erimentar o )lcool, remHdios ou outras drogas, e se vicia2 8+ A-ressividade e ou tentativa de suicídio
Ela se torna muito agressiva e ou tentar matar-se2 + Criminalidade
Começa a %ortar-se mal2 Sem nunca ter tido %ro$lemas com a lei, começa a cometer %euenos Murtos e a andar em m)s com%an(ias2 7N+
?alta de afetividade
Ela se torna insensNvel, indiMerente e %erde o deseo de dar ou rece$er carin(o2 Precisa de muita auda %ara ue não %on(a Fm V %rG%ria vida2 Yualuer %essoa ue não estea Mortemente a%oiada numa MH verdadeira %ode correr o risco de %erder a es%erança e o%tar %ela morte2 ' intervenção de um consolador amoroso, ue sea usado %or eus em sua rea$ilitação, comunicando-l(e a certe"a de %resença e ação do Pai em vida %oder) tira-la do IMundo do %oçoJ, levando-a a o%tar %ela vida2
2Ó3 SE" SO!RIMENTO 8G, o (omem mais usto e temente a eus ue e?istiu so$re a Mace da terra, estava arrasado2 Primeiro %erdera todos os seus $ens materiais seu re$an(o de ovel(as Mora ueimado os $ois, os camelos e os umentos, rou$ados2 e%ois %erdeu uase todos os seus servos, a uem tratava com dignidade e amor2 ' seguir, como se ) não $astasse tanta desgraça, um de seus servos a ue so$revivera veio dar-l(e a mais triste notNcia todos os seus Fl(os estavam reunidos na casa do irmão %rimogOnito, com%artil(ando da ami"ade e carin(o uns dos outros, uando um vento muito Morte derru$ou a casa so$re eles e todos morreram 2 ' saudade, untando-se V triste"a, trou?e V sua mente lem$ranças de imagens %assadas, de momentos alegres2
Como se es%era o nascimento de um Fl(oW .ove meses de %re%aro, de carin(o, de es%era %ara ver o rostin(o tão lindo dauele $e$O ue se me?e no interior da mãe2 Então c(ega o dia tão es%erado o %rimeiro c(oro, e seus ol(os enc(em-se de l)grimas ao contem%lar auele ser %erMeito ue eus Mormou em segredo2 Todos os dedin(os %erMeitos, a $ouin(a sem%re Maminta, o calor do cor%in(o tão amado2 e%ois, vocO o acom%an(a enuanto cresce, %artici%a da alegria de ver seus %rimeiros %assos, sorri com suas %eraltices, Ma"-se criança com ele em seus $rinuedos2 ogo ele est) na escola, em %ouco tem%o ) H um adolescente e tem vontade %rG%ria, ) luta %or sua o%inies2 Yuantas lutas, c(eias de momentos de alegria e de triste"aW !as tudo vale a %ena, H maravil(oso %odermos acom%an(ar o crescimento de nossos Fl(os, son(armos untos, %lanearmos com cada m so$re seu Muturo, sua %roFssão, vivermos untos a vida2 !as, de re%ente, sem nen(um aviso nem e?%licaçes, ele soMre um acidente ou Fca muito doente e morre2 ei?a de e?istir desa%arece de nosso convNvio, de nossa intimidade e dei?a um enorme va"io2 Seus livros, sua cama, seus o$etos Mavoritos, suas Motos222tudo continua intacto, mas ele se Moi %ara sem%re2 5ma dor %roMunda e surda esmaga o nosso coração2 !il(es de %ensamentos descone?os voam %ela nossa mente, sem ue consigamos organi"a-los2 .ão () uma lin(a deFnida, somente conMusão2 5ma vontade a$surda de gritar, c(orar, morrer, e ao mesmo tem%o uma dor tão grande ue nos Ma" calar2 !udos, %ois não () como e?%ressar tudo isso em %alavras2 8G se lem$rava de cada um de seus Fl(os com carin(o, com saudade2 'inda não %odia crer na notNcia2 ' realidade era %or demais diMNcil de aceitar2 .um %iscar de ol(os, aca$ou-se o $arul(o de vo"es, risos, o canto, as discusses222tudo se auietou2 Todos se Moram2 !orreram2 e sua MamNlia tão grande, sG restou a es%osa ue, nauelas circunstKncias, não o socorreu como era de se es%erar2 Ter-l(e-ia sido mais arrasador o c(oueB .ão estava %re%arada %ara tantoB !as, como di" o dito %o%ular, Iesgraça %ouca H $o$agemJ2 Em meio a tanta dor, 8G adoece2 .ão um sim%les resMriado ou alguma doença ue se resolvesse %or si mesma ou atravHs do c() de ervas da vovG2 Tudo começou com uma coceira, e logo a%areceram as man(as na %ele, ue da noite %ara o dia se transMormaram em tumores ue %urgavam e causavam dores constantes2 ' identiFcação de doenças com nomes antigos não H M)cil tareMa, mas a o%inião mHdica dos nossos dias sugere ue a doença de 8G Mosse um caso de Murunculose estaFlocGcica generali"ada2 *1:+ utros ) Malam em eleMantNase*13+ e ainda outros em le%ra2 *1<+ Em artigos na revista &H e @ida, o ProM2 &lamNnio &)vero, então Catedr)tico de !edicina egal na &aculdade de !edicina de São Paulo, ligada ao /os%ital das ClNnicas, 12F
No/o CoentG*io da >Klia@ G8. 4'9 >Klia Vida No/a 14F ; M Int*od. e CoentG*ios 13F
concluiu ue a doença de 8G era POnFgo &oli)ceo, ou &ogo Selvagem2 E a conclusão dele %arece V Qnica ue com$ina com a descrição da N$lia2 !as a Malta de %ormenores im%ede o diagnGstico clNnico2 SG %odemos avaliar de IlongeJ sua dor ao ler os dados ue a N$lia nos Mornece 12 Essa doença atacou-l(e o cor%o inteiro somente a gengiva não Moi aMetada Então Satanás (artiu da (resen$a do Senhor e lan$ou uma terrível doen$a sobre 12+ : cor(o de 12 #cou inteiramente coberto de feridas abertas e cheias de (us dos (*s @ cabe$a *8G :2> @+2
:2 mau ()lito e o c(eiro de seu cor%o tornavam-no re%ugnante Minha (r2(ria es(osa não che-a (erto de mim (or causa do mau cheiro )ue sai de minha boca )uando falo; (or causa do mau cheiro dessas feridas abertas meus (r2(rios irmãos não se a(ro,imam de mim *8G 1921> @+2
32 !uitas inMecçes2 's c(agas criavam vermes, %Qstulas ue estavam em constante eru%ção A minha carne está vestida de vermes e de crostas terrosas; a minha (ela se encrosta e de novo su(ura *8G >2=+2 <2 Emagreceu muito e seus dentes a%odreceram :s meus ossos se a(e-am @ minha (ele e @ minha carne e salvei&me s2 com a (ele dos meus dentes *8G 192:0+2 =2 ' %ele descascava e ele tin(a Me$re Minha (ele dura e ne-ra se )uebra e cai; dentro de mim os ossos )ueimam como fo-o
*8G 30230+2 62 C(orava muito 1á não tinha mais lá-rimas; meus olhos /á estão
vermelhos de tanto chorar e tenho (rofundas olheiras como um homem (restes a morrer *8G 16216 @+2 >2 SoMria de ins#nia e %esadelos !uando vou me deitar (enso< !uem dera )ue /á fosse de manhã5 Mas a noite * com(rida e eu me viro de um lado (ara outro na cama sem (oder dormir *8G >2< @+2 !uando vou dormir (enso )ue o sono me fará es)uecer a dor e o sofrimento mas o Senhor me assusta com (esadelos horríveis *8G >213, 1< @+2 2 &alta de visão 222e sobre as minhas (ál(ebras está @ sombra da morte *8G 16216$+
s outros o ol(avam com ol(ares %ertur$ados
!uando os tr"s viram 12 de lon-e não reconheceram seu ami-o de tão mudado )ue estava *8G :21: @+2 Meu cora$ão está )uebrado em (eda$os; meus dias estão cheios de dor e sofrimento+ Minhas noites são cheias de dor e (arece )ue os meus ossos estão sendo furados e )uebrados sem (arar+ Minha doen$a * tão terrível )ue meu cor(o #cou todo deformado minhas rou(as #caram cheirando a (us e colaram @ minha (ele *8G 30216-1 @+2
E" ESTIVE COM 2Ó .unca imaginei ue veria um (omem como 8G2 ' cena tão (orri%ilante e cruel ue a lançamos %ara a dimensão de Flmes de terror2 !as ele estava ali na min(a Mrente2 !uito magro, com o cor%o semico$erto %elos lençGis, sG dei?ava ver a sua ca$eça, os $raços e o %eito co$erto %or tumores2 Seu nome era 'nt#nio2 '%ro?imei-me e o c(amei, mas ele mal %odia a$rir os ol(os co$ertos de %Qstulas, ue estavam tam$Hm dentro das %)l%e$ras, dei?ando escorrer o sangue e o %us mal-c(eiroso2 Suas mãos estavam em carne viva2 .ão (avia lugar são em seu cor%o2 Yuando me ol(ou, os ol(os semi-cerrados, mostrou-se Meli" com min(a %resença2 &inalmente alguHm se a%ro?imara deleW 8) Ma"ia uatro meses ue estava nesta situação e, a%esar de todo cuidado mHdico, ninguHm conseguia mel(orar muito o seu estado2 's %Qstulas se Mec(avam durante algum tem%o %ara, em seguida, se a$rirem novamente2 Penso ue senti o mesmo im%acto ue devem ter sentido os amigos de 8G dor, ao ver tanto soMrimento, e a inca%acidade de sa$er ue nem mesmo a !edicina tin(a solução %ara esse mal2 C(orei %or %ensar como ele estaria se sentindo nauela situação2 ' Qnica coisa ue %odia Ma"er no momento era Fcar ao seu lado, uieta, orando ao Sen(or %ara ue aliviasse seu soMrimento2 &oi ele uem começou a Malar2 'gradecia a eus %or ter me mandado ali, consola-lo2 i"ia ue eus H muito $om, e tin(a certe"a de ue o Sen(or estava cuidando dele2 .ão tin(a medo da morte e atH estava ansioso %ara ue ela c(egasse logo, mas enuanto isso não acontecia estava dis%osto a enMrentar a vida e o soMrimento com MH2 &alei-l(e de 8esus, de seu amor, seu %erdão, e da certe"a da @ida Eterna garantida a todos ue l(e entregam suas vidas2 Contei-l(e a e?%eriOncia de 8G e ele sorriu consolado2 Emocionado, agradeceu a min(a visita, %edindo ue orasse %or ele e ue voltasse sem%re2 'o encontrar %essoas em grande soMrimento, como o 'nt#nio, %reocu%o-me com ti%os de %alavras a usar %ara consola-las, certa de ue as encontrarei revoltadas contra eus2 !as sem%re me sur%reendo, %ois a situação H inversa2 @eo-as clamando %ela %resença mais Nntima de eus, louvando-o %or seu amor e com%an(ia2 Yuando não l(es resta mais es eran a, anseiam elo cHu, reocu adas em sa$er como c(e ar l)W
' %erda de seus Fl(os e $ens trou?e-l(e a dor, %orue re%resentou o inNcio de um %rocesso de morte2 8G estava soMrendo, em meio a muitas dores do cor%o e da alma2 Estava %assando %or uma H%oca de crise e diante dela, tin(a de escol(er ou Ma"er uma o%ção %ela vida, su%erando a crise, amadurecendo e tendo vitGria so$re a morte ue se instalou em sua vida, ou então %ermitir ue os sinais de morte se incor%orassem cada ve" mais nele, dei?ando ue dominassem sua vida2 Z necess)rio ter amigos ue %ossam audar, tra$al(ando criativamente so$re os sentimentos ue acom%an(am a %erda, o%tando %ela vida, lutando contra a morte, e?ercendo o ministHrio de consolação, transmitindo vida2 8G estava começando a enMrentar a crise e creio ue, c(ocado e Merido como estava, sua %rimeira reação Moi de negação ou incredulidade2 8G deve ter demorado muito a crer no ue de Mato acontecera com seus Fl(os2 Talve" ele ten(a %ensado I.ão H %ossNvelW &a" uma (ora ue conversei com elesWJ2 IEssa reação de incredulidade H como um mecanismo de deMesa utili"ada como %roteção emocional diante da dor intensa2 Essa eta%a não dura muito, %orue a %rG%ria realidade leva a %essoa a assumir a veracidade de Mato de sua %erda2 @encida a %rimeira eta%a, teve inNcio um %rocesso %ara enMrentar a dor2 SoMrer ante a %erda, maniMestar e?teriormente este e outros sentimentos H uma reação normal, natural e necess)ria *1=+J2 5ma determinada lin(a de inter%retação $N$lica ensina ue o cristão nunca %ode estar triste, ue o soMrimento não ca$e na vida do crente e ue se deve constantemente louvar a eus %or todos os Matos da vida2 .ada mais H %erigoso ue isto2 'Mastar a dor sea %or contenção de suas maniMestaçes, %ela re%ressão do c(oro ou esca%ando em atitudes mNsticas H Ie?tremamente %reudicial, ao contr)rio do ue muitos %ensamJ2 ' N$lia nos di" %ara louvarmos a eus em todas as circunstKncias *%orue ele as %ermite %ara o nosso crescimento+, mas não %or todas as circunstKncias2
A i-+o&t4n,ia da /&atidão .u saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito se/a o nome do Senhor *8G 12:1+2
8G não reclamou, não $rigou com eus %or ter tirado seus Fl(os e seus $ens2 &icou triste, muito triste, H claro2 !as não atribuiu a 4eus falta al-uma *8G 12::+2 1$F
Consola7i;n y Vida@ G8.
REAÇÕES NATURAIS DIANTE DAS CRISES 1. Angústia. M = ua ee*iOn7ia no*al nas essoas ue /i/e*a ua 8*ande t*a8Ldia. No*alente não ode do*i*@ tO esadelos@ t*iula0ão@ estão inuietas@ to*nase sensK/eis@ i**itG/eis@ assustase 7o tudo@ des7onia@ sentese in7aa7itadas a*a a:e* as 7oisas@ desese*ase o* esta* s;s. 2. Ira. M Pode di*i8ila 7ont*a a natu*e:a@ o destino@ 7ont*a Deus@ atL eso 7ont*a os ue o**e*a Qe e deia*a s;F@ 7ont*a os ue so*e/i/e*a o*ue eles e não out*osF e ainda 7ont*a as essoas ue ue*e aSudalas. 3. Medo. M P*in7ialente uanto ao utu*o não /Oe 7oo ode*ão se8ui* adiante se a essoa ue o**eu@ ou tO edo de ue a t*a8Ldia ossa se *eeti*. A e*da do !est*e@ 7o a 7*u7ii7a0ão@ *odu:iu edo nos dis7Kulos@ ue a7aa*a es7ondidos@ teendo ue os Sudeus i:esse o eso 7o eles. 4. A culpa M = o sentiento ais 7ou ante ua e*da. A essoa se *e*o/a o* 7oisas ue deiou de a:e* ela essoa ue*ida. $. Somatia!"o M Pode i7a* ene*as isi7aente5 do*es de 7ae0a@ do*es no 7o*o@ enSUos@ dia**Lia@ desaios@ sensa0ão de *essão no eito@ *essão@ suo7aento@ alta de a*@ 7ansa0o@ alta de sono. #aeos ue no 7aso de ;@ sua doen0a não e*a o* ua atalidade@ as si@ 7ausada o* #atanGs a*a *o/alo. '. Altera!"o de comportamento M As essoas uda de 7onduta diante de ua 7*ise. G ue se to*ne indie*ente@ aGti7a@ se /ontade de a:e* nada@ ne seue* le/anta*se. "ut*as to*nase deasiado ati/as@ não a*a uietas@ não ode do*i*@ t*aalJa* se a*a*. "ut*as ainda@ tO /isWes e ou/e /o:es. ?. Id#ias suicidas M Diante da e*da@ uitas essoas ensa ue se*ia elJo* o**e*. Porque pois, me tiraste da madre? Ah! Se eu morresse, ante que olhos nenhuns me vissem
; 1+.19F. 9. Emo!$es intensas % = no*al e saudG/el aniesta* essas eo0Wes e ala* delas. Não L saudG/el 7ontelas e *e*iilas L elJo* e*essalas 7o *anue:a a*a senti* alK/io. QDu*ante os *iei*os eses deois do t*aua@ a essoa ne7essita de teo e 7o*eensão a*a /i/en7ia*@ elao*a* e lo8o e*de* natu*alente os sintoas ini7iais.
*16+
8G era agradecido %elos $ens ue eus l(e %ermitira %ossuir2 Ele não ac(ava ue eus era o$rigado a l(e dar todas as coisas $oas %or ele ser um (omem $om2 Sa$ia ue tudo ue rece$ia era %elo amor e %ela graça de eus, não %or seus mHritos %essoais2 I' gratidão gera alegria de viver e o ser agradecido H a e?%ressão de maturidade e saQde2 ' gratidão nos leva a sentir a vida como um %resente constante*1>+J2 ' cada novo aman(ecer, ainda na cama, agradeço ao Sen(or %or mais um dia de vida e entrego-me entusiasmada em suas mãos, es%erando as Isur%resasJ ue ele me %re%arou nesse dia2 @iver H realmente uma aventura se-ura uando sa$emos estar nas mãos de um eus ue nos ama, ue tem controle a$soluto so$re todas as coisas e as usa *mesmo ue nos %areça mal+ %ara o nosso $em2 Paulo e Silas *'tos 162:=+, dentro da %risão, com os %Hs %resos ao tronco, as costas Meridas, c(eias de verges Meitos %elos c(icotes, cantavam louvores a eus, seguros do seu amor e direção2 I'uele ue H agradecido a%rende a ser Meli" com as %euenas coisas da vida2 .ão es%era %elos grandes e Mant)sticos eventos %ara se alegrar2 l(ando ao seu redor, crO ue tudo uanto tem H um %resente2 .ão e?iste nele a $usca do %ra"er como um Fm em si mesmo com atitude madura e saud)vel desMruta do ue tem e d) graças a eus, a seus semel(antes, e V vida %or serem tão generosos consigo*1+J2 8G se alegrava com seus Fl(os, com as reunies de MamNlia, com a riue"a e a comodidade ue esta l(e dava, mas amais colocou neles o seu coração2 .ão se %rendeu a eles2 Sen(or continuava a ser seu maior tesouro, e seus Fl(os e $ens, %resentes do 'mor do Pai2 !as, alHm da %erda, 8G estava enMermo em sua carne2 .em ele, sendo tão $om, esca%ou2 ' doença atinge a todos, indistintamente2 Ela nos lem$ra ue somos Mr)geis, Fnitos e ue tam$Hm vamos morrer um dia2 'rranca-nos de nossos devaneios e Mutilidades, desaFando-nos a $uscar a eus e a viver dentro de uma nova dimensão, %laneando cada dia cuidadosamente e vivendo-o intensamente, como se Mosse o Qltimo2 I' graça não mantHm os crentes longe da morte2 ' riue"a não %ode com%rar sua isenção dela2 ' riue"a não %ode %revenir contra os seus assaltos2 Reis e sQditos, %atres e em%regados, ricos e %o$res, cultos e incultos, %roMessores e alunos, mHdicos e %acientes, ministros e ouvintes, todos caem igualmente diante desse grande inimigo2 ' doença auda a amolecer o coração dos (omens e l(es ensina a sa$edoria*19+J2 1'F
Consola7io;n y Vida@ G8. 32. Cu*a* taL L ta*ea da i8*eSa@ G8. 4'. 19F Cu*a* taL L ta*ea da i8*eSa@ G8. 4?. 1)F Doen0a. 1?F
Deus se-+&e ,u&a1 I'lguns dos santos desta terra não Moram curados e morreram no leito, de não %euenos soMrimentos2 Ser) ue eus não os uis curarB Sim ele a%enas adiou a cura %ara a (ora da cura deFnitiva %ela ressurreição2 Curou mais tarde2 .esse Nnterim, ele concede (oder ao soMredor, não sG %ara su%ortar o soMrimento, mas tam$Hm %ara utili"a-lo atH V li$ertação Fnal2 /) muitos ue são c(amados %ara o minist*rio do sofrimento , %ara carregarem a cada dia a sua cru" e viverem a des%eito disso*:0+J2 Yuando leio o magnNFco te?to $N$lico de /e$reus 11, o$servo nessa Igaleria dos (erGis da MHJ (omens e mul(eres ue realmente andaram com eus, %rovando este Mato atravHs de circunstKncias adversas em suas vidas2 Dente com a gente ue escolheu o$edecer, colocando a vontade do Sen(or acima da sua %rG%ria2 Dente ue teve Mal(as, mas sa$ia ue mesmo ue eus estivesse entristecido com eles, não dei?ava de l(es dar o amor de Pai, e arre%endidos voltavam %ara os seus $raços %ara serem usados em grandes misses2 .esse te?to, vemos nomes como o de '$el, Enoue, .oH, '$raão, Sara, 8acG, 8osH, !oisHs, Raa$e, Dideão, araue, Sansão, 8aMtH, avi, Samuel e dos %roMetas2 Todas estas (essoas con#aram em 4eus e como conse)O"ncia -anharam batalhas destruíram reinos -overnaram bem o seu (r2(rio (ovo e receberam o )ue 4eus lhes (rometera; foram (reservados do mal numa cova de leões e numa fornalha ardente+ Al-uns (or meio da sua f* esca(aram de morrer @ es(ada+ Al-uns se tornaram fortes novamente de(ois de estarem fracos ou doentes+ :utros receberam -rande for$a na batalha; #'eram e,*rcitos inteiros recuar e fu-ir+ E al-umas mulheres (or meio da f* receberam de volta seus )ueridos /á mortos+ Mas outros con#aram em 4eus e foram es(ancados at* a morte (referindo morrer em lu-ar de abandonarem a deus (ara #car livres con#ando )ue de(ois disso eles se levantariam novamente (ara uma vida melhor+ Al-uns foram escarnecidos e suas costas foram dilaceradas com chicotes outros foram acorrentados em masmorras+ Al-uns morreram a(edre/ados e outros serrados ao meio; a outros foi (rometida @ liberdade se rene-assem a f* e de(ois foram mortos @ es(ada+++ Passaram fome #caram doentes e foram maltratados bons demais (ara este mundo */ 11233-3 @+2
Eles não Moram curados, %rotegidos da morte, mas eram %essoas es%ecialmente amadas %or eus2 'ndaram com os coraçes gratos %ela com%an(ia do Sen(or, F"eram da alegria de eus a sua Morça, e não reclamaram diante do soMrimento2 /omens e mul(eres dos uais o mundo não era digno2
2+F
" CainJo.
Nas ,in5as 8G estava sentado nas cin"as2 Triste, com muitas dores, soMrendo tremendamente, 8G %rocura o consolo da com%an(eira de sua vida2 'uela ue %odia sentir sua dor, %orue Mora atingida na mesma %ro%orção tam$Hm %erdera tudo e todos2 Ela se a%ro?imou de 8G, ol(ouo e sentiu-se muito irritada ao ver a atitude su$missa dele diante de eus e dos acontecimentos2 /avia %erdido a MH, a es%erança2 irigiu a 8G %alavras de deses%ero, de uem não es%era mais nada da vida Voc" ainda vai tentar ser muito reli-ioso mesmo de(ois de tudo o )ue 4eus nos fe'% : melhor )ue voc" tem a fa'er * amaldi$oar a 4eus e morrer
*8G 129 @+2 !as 8G sa$ia ue sG l(e restava a MH2 .ão uma MH inMantil, a%oiada nos $ens ue eus l(e dera e de%ois tirara2 &H na %essoa de eus, e não no ue Ele l(e dava2 I'lmear a eus e viver na graça não nos isenta de %assar %elo vale de l)grimas – nem tudo são rosas, nem tudo H %lanNcie, () vales %roMundos e vales )ridos () ermos, () desertos, () seuidão, () esterilidade*::+J2 ?eli'es são tamb*m as (essoas )ue fa'em do Senhor a sua for$a e resolvem em seu cora$ão se-uir (elos retos caminhos de 4eus5 Elas são ca(a'es de transformar ri)ue'as e sofrimentos em ale-rias e b"n$ãos transformar lu-ares secos em fontes em lu-ares cobertos de ores e frutos com a chuva da (rimavera+ Sem(re )ue sur-e uma D. &I'DA di#culdade elas recebem a for$a de 4eus+++ *Salmo <2=-> @+2
D. ilda e*a ua senJo*a uito ai8a@ i*ã na L@ e*o da I8*eSa P*esite*iana da -aa. P*oesso*a dedi7ada e aten7iosa e*a uito aada elos seus alunos. Ao aosenta*se@ oe*e7euse a*a t*aalJa* Sunto X Caela E/an8Lli7a do osital das ClKni7as@ e a a*te ue lJe 7oue oi a de le7iona* a*a os a7ientes 7o a*alisia inantil. No dia do *iei*o 7ontato 7o seus alunos. D. ilda le/antouse da 7aa sentindo ainda o*tes do*es nas 7ostas ue a ante/e e *eouso o* /G*ios dias. Buando tudo esta/a t*atado a*a o inK7io das aulas@ e*7eeu ue se sentia 7ada /e: ais doente. P*o7u*ou Ldi7os@ assa8istas@ a7uuntu*istas@ e: de:enas de eaes@ atL ue se deiniu seu dia8n;sti7o5 linoa@ e nu estado tão adiantado ue não te*ia ais nenJu t*ataento. -e*oe de te* sido ino*ada do dia8n;sti7o elos seus Ldi7os e@ Sunto 7o eles@ 7ouni7ado ao seu a*ido PlG7ido e seu ilJo !a*7os. (o*a oentos diK7eis@ de uitas lG8*ias. Não saKaos e 7oo lJe 7ouni7a* a notK7ia@ uando ela nos disse5 #ae@ os Ldi7os 7on/e*sa*a 7oi8o JoSe5 estou 7o linoa@ não tenJo ais t*ataento@ e /ou o**e*. !as estou e a:@ não e *eo7uo@ o*ue o #enJo* estG 7oi8o. As ala/*as o**e*a e nossas 8a*8antas@ e s; udeos i7a* ao seu lado@ se8u*a* na sua ão e 7Jo*a* Sunto 7o ela. D. ilda i7ou ou7o teo no Josital. P*ee*iu o**e* e 7asa. !eso neste teo de inte*na0ão@ ode 7onta* Xs Ldi7as a *a:ão de sua a: M a 7e*te:a da /ida ete*na M e ala*lJes de seu ai8o esus. Nun7a a en7ont*ei *e/oltada@ *a/a ou *e7laando de seu *olea. Coa*tilJa/a@ si@ suas uitas do*es@ e edia ue lOsseos a >Klia e o*Gsseos 7o 22F No Di/ã de 8*atidão Deus. ela. a/ia ao #enJo* e seu 7o*a0ão@ uita a: *eletida e seus olJos. , dia antes de sua o*te esti/e e sua 7asa@ le/ando u 7o*al a*a 7anta* Jinos e lou/o* e 8*atidão a Deus@ e /o: sua/e@ a*a aniGla e 7onsolala. Ela 7Jo*a/a@ a8*ade7ida@ 7Jaando u a u dos 7o*alistas a*a se8u*a* sua ão e aen0oala. !o**eu e a:@ se uestionaento e se *e/olta.
!as a es%osa de 8G reagiu de maneira diMerente ao soMrimento ela o%tou %ela morte em vida, %ela revolta, %elo escuro2 .ão %odia mais crer num eus ue l(e tirava tudo o ue mais amava2 !el(or seria morrer a vive dessa maneira2 'maldiçoar ao eus a uem servira toda a vida e ue Iem trocaJ os tratava assim2 ISem mais nada na vida, sentindo-se o li?o da (umanidade, levanta-se do lugar onde Mora tão rico e a$ençoado e se arrasta %ara outro, ue se coaduna mais com seu atual estado de es%Nrito o monturo2 'li era o va"adouro %Q$lico, ue se situava Mora dos muros da cidade2 'li (MISS)( se ueimava, a intervalos regulares, as imundNcies e o li?o da terra2 Era o %onto de encontro dos cães e de ovens sem eira nem $eira aueles, eresto ue deiaos de a:e*. Este%udesse L o tea do ainda uK:o (inal@ 7oo C*istoagarrados des7*e/e e Vs )vidos "dos de carne ue encontrar !ateus 2$.314'. Ao 7ont*G*io do o*aliso@estes, ue ia8ina ue ele nos *e*o/a*G elas altas e carcaças ue %or ali se atiravam sem%re %rontos a desenterrar 7oeteos@oesus le*a(aviam ue se*eos Sul8adosMora2 elas oas a0Wesnauele ue deiaos de de aue a%roveitar uenos outros lançado &oi ali, lugar a:e*. misHria e de reMugo, ue se sentou auele ue Mora o maior de todos do Lembrem-se também de que, saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado Tia8o *:3+ oriente 4.1? >VF. J2 8G"nde estava sentado nas ai8os cin"as li?o agril(oado, en7ont*a* todos aueles ue do se*e esta/a e sua 7asa@emudecido, nas Jo*as suMocado, conMuso, irado, des%re"ado, reeitado, dolorido, sem reMQgio, eli:es de estas@ anuetes@ nas7ientos "nde esta/a seu i*ãos@ a*entes e taL@ sem amor, so"in(o2 aueles o*es@ /iY/as e ;*ãos@ a ue se*e *estou 7uidados Todos Ja/ia suido. Eles se oiti*a e *esta* so7o**o. esta* ao ladoDente de ; uando ele aisene7essita/a. 8G %recisava de Degente2 amiga uerida ue o N;s taL teos nos oitido. Nossos asto*es. Nossas i8*eSas. Teos oe*e7ido com%reendesse, sentisse sua dor, dei?ando-o c(orar e desa$aMar2 Yue o ua aSuda uito sue*i7ial e distante@ s; a*a 7u*i*os o nosso Qde/e* 7*istão. audasse a recomeçar a viver2 8G son(ava com alguHm ue viesse sentar Ldi7os taL tO se oitido. AtL eso os 7*istãos@ ue te*ia todas as com ele"snas cin"as2 7ondi0Wes de aSuda*. E e al8uns 7o*a0Wes ais sensK/eis *ota a 7ula. *a0as a Deus ue ainda JG al8uns ue sente a 7ula e 7ainJa a*a ua udan0a de atitude. D*. Paul To*nie*@ e seu e7elente li/*o ulpa e ra"a alanos so*e esse assunto5 QA 7ula da oissão nos o7o**e 7onstanteente na nossa ati/idade *oissional. #e*G ue daos Xs essoas ue estão de al8u odo li8adas a n;s tudo o ue Deus ue* ue n;s lJes deos #e*G ue n;s não nos 7ontentaos@ uito *eZenteente@ 7o u t*aalJo sue*i7ial #e*G ue n;s@ Ldi7os@ não sentios Xs /e:es ue o edi7aento ue *es7*e/eos não L senão u aliati/o inei7a: Não se*ia ne7essG*io i* ais undo@ ao*da* os *oleas de /ida ue ent*e/eos o* t*Gs da an8Ystia de nosso *;io !as tal/e: isso seSa G*duo e diK7il@ não sae*eos o ue di:e* diante de *oleas deli7ados. Isto ode nos le/a* a u te**eno ou7o ailia*@ eso a uestWes o*ais e *eli8iosas so*e as uais não nos sentios se8u*os. Então@ ua *e7eita G a*G7ia@ u 7onselJo de Ji8iene@ ua oa ala/*a de en7o*aSaento ou de siatia *ounda@ SG L al8ua 7oisa. N;s tentaos nos Sustii7a* di:endo a n;s esos ue i:eos o nosso de/e* de Ldi7os. , ad*e@ u asto* 23Fou u ai8o ode*G a:e* o *estante@ e elJo* do ue n;s. #e*G ue o a7iente não ese*a/a " No/o CoentG*io da >Klia@ G8. 4'). ais de seu Ldi7o 21F. = G7il se*os QtL7ni7os@ deiando o atendiento si7ol;8i7o a*a o si7;lo8o e o esi*itual a*a o 7aelão. !as esus disse aos seus dis7Kulos5 #ai-lhe /;s esos de 7oe* !ateus 14.1'F.
*::+
6 % Os A-i/os de 27 : ami-o * sem(re leal mas na hora da di#culdade ele se torna mais )ue um ami-o; (assa a ser nosso irmão+
*ProvHr$ios 1>21> @+ '$rindo com diFculdades os ol(os co$ertos de tumores, 8G vO ao longe trOs vultos ue se a%ro?imam, camin(ando em sua direção2 Yuando a distKncia H menor, nota ue eles tam$Hm ol(am %ara ele e %aram assustados2 .ão recon(ecem nauela som$ra enegrecida de (omem o amigo das (oras Meli"es2 .inguHm l(es dissera ue seu estado MNsico era assim tão re%ugnante2 Em sinal de angQstia e dor erguem sua vo" e c(oram, rasgando seus mantos2 !uito de Mala contra os Iamigos de 8GJ, mas %oucos sa$em dar valor a estes versNculos ue descrevem sua Fdelidade e consolo2 Yuando todos os outros Mugiram, se omitiram, eles %ermaneceram FHis2 /aviam con(ecido 8G em seus dias de %ros%eridade, comido e se alegrado com ele, e ali escol(eram Fcar agora, na (ora da dor e do c(oro2 EliMa" era um %atriarca im%ortante, solene, conservador e sincero em sua sim%atia2 Seu nome signiFca Ieus H PuroJ2 E conMortar signiFca 22F
Cula e *a0a.
estar ao lado dauele ue H Mraco, a%oiando-o2 ildade, cuo nome signiFca I@el(a ami"adeJ era outro consolador2 ^oMar era o terceiro2 Sua vinda animou um %ouco a 8G, na es%erança de rece$er deles algum consolo2 'ueles (omens im%ortantes, $em vestidos, vindo de tão longe, desceram de seus %edestais, identiFcaram-se com o amigo e com ele sentaram nas cin"as2 &oram longos sete dias e noites em ue ali %ermaneceram calados, %or causa da intensidade da dor do amigo2 eram uma maravil(osa %rova de ami"ade2 4urante os sete dias se-uintes os tr"s se sentaram /unto com 12 sobre as cin'as sem di'er uma =nica (alavra (or)ue viram )ue a dor de 12 era -rande demais e falar não a/udaria em nada+ *8G :213 @+2
Ten(o a%rendido a calar-me diante da dor de um %aciente, mas ten(o muito a camin(ar ainda, %orue sei ue não conseguiria Ma"e-lo durante sete dias e sete noites2 Provavelmente Fcaria tentando ue$rar auele silOncio, %rocurando %alavras %ara %reenc(e-lo2 ue Ma"er uando a %essoa não uer MalarB .estes casos, H uando se reuer o ministHrio da consolação, %orue ao não Malar a %essoa est) re%rimindo seus sentimentos, est) interiori"ando-os2 ministHrio da consolação, nestes casos, tem inNcio com o calar-se unto2 .ão %odemos cair na tentação de Malar2 Se ela não uer Malar, muito menos ouvir2 Poderemos maniMestar nossa solidariedade atravHs de %euenos gestos carin(osos, como a$raça-la, segurar a sua mão2 C(orar unto com ela222 mas nunca Malar2 .inguHm () ue, sa$endo ter ao lado um $om amigo dis%osto a ouvi-lo, vai Fcar muito tem%o calado2 ogo a$rir) a $oca %ara desa$aMar2 !as H necess)rio es%erar ue este silOncio sea ue$rado %or ele2 Conversando com a TKnia e o Pedro, %ergunteil(es - Por ue H tão im%ortante Fcar calado durante algum tem%o diante dauele ue est) soMrendoB Eles me res%onderam - ' %essoa ue se cala, Fca em silOncio, sente com mais %roMundidade o %ro$lema do outro2 Z $om ter alguHm ao meu lado uando estou triste, com %ro$lemas, c(orando222 eu sinto Malta de uma %essoa amiga, ue me com%reenda *Tnia+2 Pedro res%ondeu - Yuando %erdemos alguHm uerido ou estamos soMrendo %or algum outro motivo, se o amigo vem nos consolar e mantHm calado, ele %ode sentir com mais intensidade os nossos sentimentos, %ode se a%roMundar mais2 !as eu ac(o ue H $om a %essoa Malar tam$Hm, %or ue H Malando ue %oder) nos ensinar algumas coisas, dar o%inies ue audem a resolver os %ro$lemas2 Sa$e, uma ve" o S(ie( *mHdicoresidente evangHlico+ encontrou-me c(orando2 'N, ele c(egou %erto de mim, me a$raçou e %assou a mão na min(a ca$eça2 Como eu não Malei nada e continuei a c(orar, ele %egou uma cadeira, sentou-se ao meu lado, %egou min(a mão, encostou a ca$eça na min(a cama e começou a c(orar tam$Hm, enuanto orava $ai?in(o2 C(oramos untos %or algum
tem%o e uando eu estava mel(or, %eguei a N$lia e começamos a ler untos e a com%artil(ar2 Contei o %ro$lema %elo ual estava %assando, %edi sua o%inião e, devagarin(o, $em devagarin(o, Moi se estam%ando um sorriso no meu rosto2 Então, ele cantou uma mQsica %ara Qá está o meu tesouro Qá onde não há choro :nde todos cantaremos /untos Hinos de Qouvor ao Senhor+++
Ele me disse ue uando canta esta mQsica e o soMrimento H muito grande, ele Fca %ensando no cHu, em suas ruas de ouro Fca contente em sa$er ue iremos %ara l) %or causa de 8esus, e ue l) não (aver) mais c(oro2 IYuando eu converso %roMundamente com algum amigo so$re as maravil(as de eus, %arece ue eus se a%ro?ima de mim e me conMorta, acaricia e a$raça com seus $raços Mortes2 Então eu Fco com o coração muito leve, e sinto ue H eus mesmo uem est) me consolando2 Z muito gostoso uando isso acontece2 Eu sinto as mãos de eus so$re mim, e sei ue ele não me des%re"a e me d) alegria mesmo em meio V triste"aJ2 IDosto demais de todos os meus amigos ue moram ali, nauela enMermaria de Paralisia 4nMantil2 'dmiro sua alegria, a Morça ue transmitem, a maneira como enMrentam e, ao mesmo tem%o, convivem com o soMrimentoJ2 I.este sete anos no /os%ital das ClNnicas, convivendo diariamente com eles, ten(o a%rendido a não com%ara-los, %ois, mesmo ue esteam no mesmo conte?to, tOm estruturas diMerentes e a res%eita-los, %rinci%almente uando estão soMrendo %or algum novo %ro$lemaJ2 I %rocesso de soMrimento torna um camin(o diMerente %ara cada %essoa, mas H im%ortante ue ela se %ermita soMrer2 .inguHm, ue ten(a %erdido um ente uerido, vai gan(ar uma recom%ensa es%ecial no cHu %or voltar V normalidade imediatamente, como se a %essoa amais tivesse e?istido2 s ue conseguem atravessar $em um %erNodo de dor são, em geral, aueles ue recon(ecem seus sentimentos, admitem sua ira ou amargura, %rocuram vence-las e dão a si mesmos tem%o %ara serem curados*:<+J2 Cada %essoa reage de maneira diMerente ao soMrimento2 .ão %odemos %adroni"ar reaçes, tem%o de soMrimento ou intensidade2 !as H im%ortante dei?a-la Ma"er a nossa agenda de consolo, mostrando-nos a sua necessidade e uando devemos Malar2 ISomente uando nos colocamos a Mavor da %essoa ue soMre, contactando-a em seu conte?to de vida e reMerOncias de signiFcado, somos ca%a"es de ser audadores*:=+J2 5ma mãe ue %erdeu trOs Fl(os, disse 24F 2$F
A *ela0ão de aSuda dos Qui ai8os de ;. Rosas e de:e*o@ G8. '2.
' mel(or coisa ue alguns de meus amigos F"eram %or mim Moi %ermitir ue eu c(orasse2 Eles não me censuravam, a%enas dei?avam ue eu c(orasse*:6+2 8G estava calado2 I@ocO %ode ter toda a teologia do universo, mas na (ora em ue a coisa dGi na carne, %enetra as emoçes, atravessa o %eito, conMunde a ca$eça, agoni"a a alma, me?e com as entran(as, Fca diMNcil euacionar a dor*:>+J2 I8G estava calado2 Tão Tão %ertur$ado ue não %odia Malar2 Como numa %ane %anella de %res %ressã são, o, revol evolvi viaa-se se dent dentrro del dele o calo alor ter terrNv rNvel de %ensamentos negativos, ue o tornavam mudo, est)tico2 E H isso o ue acon ac onte tece ce uand uando o so somo moss envo envolv lvid ido o %or %or uma uma onde onde de angQ angQst stia ias s ou e?trav travas asam amos os num num torv torvel eliin(o n(o de ue uei?as ?as e murm urmuraç uraçe es, s, ou *:+ silenciamos J2
SENTADOS NAS CIN8AS s amigos de 8G Fcaram sete dias e sete noites sentados nas cin"as com ele, mas uando começaram a Malar, demonstraram não estar star Ie Iem m%ati ati"ados adosJJ com o ami amigo e nem nem se seu ue er %er %erce$e e$endo ndo a intensidade de sua dor2 .ão Moram ca%a"es de com%reende-lo e, ao a$rir a $oca, revelaram revelaram o ue estavam %ensando %ensando durante esse longo tem%o IPor ue 8G estava soMrendo assimB ue ele Me" %ara merecer issoB Yual o taman(o de seus %ecados %ara ser castigado tão duramente %or eusB .ão %odemos com%reender nossas idHias com as deste (omemW Temos Temos ue leva-lo a verdadeWJ verdadeWJ I mundo demonstra uma generosa sim%atia %ara com os doentes e enMermos, mas esta sim%atia est) $em longe de ser tão altruNsta como se imagina2 /) toda sorte de des%re"o, de re%ugnKncia, de ulgamentos escondidos atr)s dessa caridade a%arente e mesmo algumas ve"es, na condescendOncia da caridade2 .a realidade, () no inconsciente de todas as %essoas uma certa re%ugnKncia deMensiva contra a doença e a enMermidade, vestNgios da misHri misHria a (umana (umana ue %reMe %reMerim rimos os esuec esuecer er22 ' %o$re %o$re"a, "a, a doença doença e a morte tra"em ao es%Nrito o %ro$lema e?istencial com uma $rutalidade dolorosa, ao ual muitos deseariam, conscientemente ou não, Mec(ar os ol(os2 ' doença doença estimu estimula la a sensi$ sensi$ili ilidad dade e dos doente doentes, s, ue %erce$ %erce$em em intuitivamente em muitas %essoas saud)veis uma certa resistOncia, ue sentem como des%re"o ou re%ulsa2 2'F
2?F
Rosas e de:e*o@ G8. $3.
No Di/ã de Deus@ G8. 23. No Di/ã de Deus@ G8. 141.
29F
8esus Cristo, com seu realismo (a$itual, reMere-se a esta tendOncia (uma (umana na de volt voltar ar as co cost stas as ao so soMr Mrim imen ento to,, na %ar) %ar)$o $ola la do om om *:9+ Samaritano *ucas :0231+, e na do 8uN"o &inal _!ateus :=2<3+ J2 s amigos de 8G F"eram intervençes centradas em sua ansiedade e com%ulsão de IsalvadoresJ2 Porue Porue eles estavam ulgando 8G, não uiseram ouvi-lo, e dei?aram de ser consoladores ue aliviam a carga do soMredor %ara se tornarem Iconsoladores modestosJ como 8G os acusa Assim tamb*m v2s outros sois nada (ara mim; vedes os meus males e vos es(antais *8G 62:1+2 V2s (or*m besuntais a verdade com mentiras e v2s todos sois m*dicos )ue não valem nada+ :,alá vos calásseis de todo )ue isso seria a vossa sabedoria5 *8G 132< e =+2 Tenho ouvido ido mui muitas coisas sas com como estas stas;; tod todos v2s soi sois consol consolado adores res moles molestos tos Porv Porven entur tura a não terão terão #m essas essas (alav (alavra ras s de vento% *8G 162:-3+2 Por )ue me (erse-uis como 4eus me (erse-ue e não cessais de devorar a minha carne% *8G 192::+2 Voc"s foram como esses riachos (ara mim; eu es(erava encontrar a/uda a/uda mas voc"s se afastara afastaram m es(anta es(antados dos com a minha minha des-ra$a des-ra$a *8G
62:1 @+2
Ao )ue me (arece voc"s são donos da sabedoria sabedoria são a vo' do (ovo++++A-ora (ovo++++A-ora (or*m os meus (r2(rios (r2(rios ami-os 'ombam e fa'em (ouco caso de mim5 Voc"s se sentem muito se-uros e (or isso 'ombam de )uem está sofrendo sofrendo em(urram em(urram )ue /á está tro(e$and tro(e$ando5 o5 *8G 1:2:,<$,=
@+2
222 (or)ue (or)ue voc"s torcem o sentido das minhas (alavras+ Voc"s são
m*dicos )ue não sabe descobrir doen$as5 Se voc"s calassem a boca mostrariam mais sabedoria do )ue dando esses conselhos tolos5+++4e )ue adianta voc"s falarem essas mentiras tolas e (ensarem )ue são 0mensa-eiros de 4eus3% Será )ue 4eus #caria satisfeito em ver )ue voc"s torcem a verdade (ara (rovar )ue ele está certo% *8G 132<, =, >
@+2
1á estou cansado de ouvir o )ue voc"s estão me di'endo+ di'endo+ A#nal )ue es(*cie de ami-os são voc"s% !uerem me consolar ou me acusar% Suas (alavras * )ue são va'ias e sem sentido+ : )ue eu #' (ara voc"s me encherem os ouvidos com essas res(ostas tolas% *8G 162 :,3 @+2 Voc"s 'ombam de mim en)uanto eu derramo lá-rimas sinceras diante de 4eus (edindo )ue ele me ou$a como faria um homem com seu ami-o *8G 162:0,:1 @+2 At* )uando voc"s vão me casti-ar com essas acusa$ões acusa$ões falsas% At* )uando encherão encherão meu cora$ão de triste'as% 1á (erdi a conta de )uan )uanta tas s ve'e ve'es s me ofen ofende dera ram m e me acus acusar aram am de ser ser um (eca (ecado dor r rebelde+++Voc"s estão )uerendo usar a minha des-ra$a (ara (rovar a si mesmos )ue são muito /ustos e sinceros *8G 192:,3a @+2 2)F
Cula e *a0a@ G8s. 19 e 1).
1á não che-a o casti-o )ue recebo de 4eus% Será )ue voc"s tamb*m vão se voltar contra mim% *8G 192:: @+2 :u$am o )ue eu di-o5 Se ao menos voc"s ouvirem isso /á será um alívio (ara o meu cora$ão+ Tenham um (ouco mais de (aci"ncia comi-o e de(ois )ue eu falar voc"s (odem 'ombar o )uanto )uiserem *8G :12:,3
@+2
e co conso nsola lado dore res, s, se tran transM sMor orma maram ram em trit tritur urado adore res2 s2 &oram oram inse insens nsNv Nvei eis, s, gros grosse seir iros os,, usar usaram am ling lingua uage gem m viol violen enta ta e oMen oMensi siva va22 Colocaram sal e vinagre em suas Meridas, ao invHs de Gleo2 !as o grave H o ulgamento, sea ver$al, sea velado, ue os doentes sentem nos são, so$retudo nos mais $em intencionados em suas %alavras de conMorto2 !uito MreXentemente, são os visitantes mais dedi dedica cado doss ue ue ca caus usam am cul% cul%as as mais mais Mune Munest stas as22 Prova rova dist disto o es est) t) nos nos amigos de 8G e nos seus $elos discursosW Eles tiveram, a %rincN%io, a delicade"a de se calarem Isete dias e sete noitesJ diante de sua dor2 Eles não l(e voltaram as costas vieram %ara soMrer com ele e consola-lo2 !as, envolvidos %elo "elo, começaram a conversar, a FlosoMar, a e?ortar Malaram tanto ue %reudicaram a 8G com tantas %alavras $onitas, l(e F"eram mais mal ue todos os seus males, de tal maneira ue ele e?clamava V2s todos sois m*dicos )ue não valem nada *8G 132<+2 Por tr)s dos no$res %ro%Gsitos dessas saud)veis %essoas, o doente 8G %erce$e um terrNvel es%Nrito de ulgamento, uma insinuação constante de ue os males ue o assolam são %uniçes divinasW !esmo nas e?ortaçes V MH, 8G sente uma acusação, uando ildade l(e di" Mas se tu buscares a 4eus e ao Todo&Poderoso (edires miseric2rdia se fores (uro e reto ele sem demora des(ertará des(ertará em teu favor favor e restaurará restaurará a /usti$a da tua morada *8G 2=,6+2 E evidentemente dHia entender ue, se
8G não sara, H %orue não im%lora ao Todo-Poderoso, ou ue não l(e H o$ediente o$ediente o $astanteW $astanteW 'ssim, 8G re%lica re%lica *:12:>+ *:12:>+ Vede )ue conhe$o os vossos (ensamentos e os in/ustos desí-nios com )ue me tratais+
I'ssim, nGs vemos crentes, teGlogos e leigos de todas as igreas e de todas todas as denomi denominaç naçes es,, so$re so$retud tudo o as mais mais "elosa "elosass em soc socor orre rerr doentes, esmaga-los com testemun(os religiosos, %roclamar com Morça o %oder de eus ue sara os ue conFam nele, dando a entender ao doente ue l(e Malta MH*30+J2 Em resumo, os amigos de 8G di"iam 8G, eus est) tentando di"er-l(e di"er-l(e algo2 Seu soMrimento tem sido enorme, e deve (aver uma ra"ão2 Qnico motivo lGgico H ue eus est) "angado com algum %ecado seu2 Portanto, conMesse sua Malta e eus aliviar) o seu soMrimento2
SATAN9S ATACA ATRAV:S DOS AMIGOS IYuando um general Mal(a num ataue direto, ele, muitas ve"es, tem meios %ara a%licar um ataue indireto uando não %ode Morçar a 3+F
Cula e *a0a.
%osição de um inimigo, ele o Ma" retroceder e um e?Hrcito ue resiste gal(ardamente contra re%etidos ataues Mrontais, Fcar) muitas ve"es em %Knico uando as tro%as inimigas atacarem %ela Mrente ou %or tr)s2 !ais Matal ainda ser) o resultado uando os %rG%rios aliados su$itamente se voltarem contra ele e se transMormarem em colunas de ataue2 Satan)s tin(a Mal(ado no ataue direto as mais esmagadoras aUiçes tin(am Mal(ado contra o constante 8G mas a $atal(a ainda não estava gan(a2 E a %eculiaridade da Qltima %rova, ue l(e veio em conunto, H sur%reendente2 Era um ataue não de Mrente, mas de lado ataue não dos seus inimigos declarados, mas daueles ue se di"iam seus amigos2 ' Qltima %rova de 8G Moi tra"ida %ela dura sus%eita de seus amigos2 ' altercação entre eles era de ue so$ o governo usto de eus () sem%re nesta vida uma concordKncia e?ata entre o %ecado e o castigo, e ue as calamidades ue se a$ateram so$re 8G sG %odiam ser conseXOncia de grandes %ecados2 Podemos traçar um %aralelo entre os soMrimentos de 8G e os de 8esus2 'inda ue em medidas diMerentes, am$os eram sustentados %or eus, eram ustos, testemun(as da verdade e da santidade am$os tiveram um Fm vitorioso so$re seus acusadores2 !as () outro %onto de coincidOncia entre eles Moram atacados %or seus inimigos e traNdos %or seus amigos2 .isso, eu %enso, se constituiu a amargura desta Qltima %rova %ela ual 8G %assou2 estituNdo de todos os $ens terrenos, 8G certamente contava com a sim%atia de seus amigos mas atH isso l(e Moi negado2 Seus amigos não sG Mal(aram, mas ainda se tornaram seus acusadores e tentaram a$alar a sua MH na %rG%ria integridade*31+J2 eila e eu est)vamos no Pronto-Socorro acom%an(ando uma amiga enMerma uando Mui c(amada %or uma 'ssistente Social %ara atender outra mul(er2 Esta sen(ora estava deses%erada, c(orando, gemendo e gritando, %or sa$er ue seu Fl(o de tre"e anos estava morrendo2 'ssentamo-nos num lugar mais calmo e dei?amos ue ela Malasse2 Contou-nos ue tudo começara (avia cinco meses2 garoto, Fl(o muito meigo e uerido a audava nos tra$al(os caseiros, começou a sentir Mortes dores de ca$eça2 &eitos os e?ames, constatou-se ue ele estava com um tumor cere$ral em estado avançado2 Com muito sacriMNcio, ela o levara MreXentemente %ara o tratamento, com radiotera%ia e uimiotera%ia, mas de nada adiantou2 .auela man(ã o tumor (avia se rom%ido e a criança estava V morte2 ' mãe c(orava muito, e uma das Mrases ue disse c(amou min(a atenção - ' cul%a H min(a, eu não tive MH suFciente %ara salva-lo, %or isso ele est) morrendoW E logo começou a e?%licar - Sou da 4grea 5niversal do Reino de eus e ouço todos os cultos %elo r)dio, colocando um co%o de )gua so$re ele, %ara ue sea a$ençoado e eu %ossa ungir meu Fl(o2 %regador disse ue se eu 31F
"ld Testaent #7*itu*e M CJa*a7te*s M o M G8. 3).
tivesse muita MH, com certe"a meu Fl(o seria curado2 !in(a MH Moi muito %euena, %or isso ue ele est) morrendo eu sou cul%adaW eus não ouviu min(as oraçesW ' %o$re mul(er ueria morrer de dor %elo Fl(o e %ela cul%a de não tO-lo salvado2 &ico ao mesmo tem%o triste e irada ao ouvir Mrases assim Ieus H Pai, ele vai cura-loJ ou IEle não vai morrer se vocO F"er isto ou auiloJ I@ocO não %ode desistir2 ' morte vem de Satan)s2 Se desanimar, o estar) entregando a Satan)s, e se ele morrer ser) %orue vocO Me" issoJ2 Yuanta ignorKnciaW Yue distorção da teologiaW Com isso esmaga a %essoa ) arrasadaW I/) curas divinas () curas miraculosas () curas %ela oração e %ela MH2 s ue tiveram esta e?%eriOncia ou os ue dão testemun(o disso devem Malar delas %ara a glGria de eus e %ara sustentar a es%erança dos doentesJ2 !as () %essoas ue ultra%assam ra%idamente as Mronteiras da verdade em tais testemun(os generali"am como se eus curasse todos ue invocam e cul%am todos ue recorrem V medicina cientNFca ou aos medicamentos, como se estes não Mossem tam$Hm dons de eus2 s motivos ue incitam certos crentes a e?agerarem no testemun(o são tão no$res ue eles não se a%erce$em do mal ue %odem Ma"er V causa e aos doentes2 iante de um %aciente ue o$teve a cura, outros doentes, ue invocaram a eus e não o$tiveram res%ostas, %odem sentir-se cul%ados com a %rG%ria Malta de MH e atH mesmo dece%cionados e desanimados 2 'tH as mais $elas e?ortaçes suscitam cul%a2 4eve&se+++deve& se+++eve-se ter %aciOncia, deve-se su%ortar, deve-se aceitar, deve-se es%erar, deve-se lutar222E o doente sente-se cul%ado %or não ter %aciOncia, %or não %oder es%erar, lutar, aceitar2 Ser) ue a %essoa visitante Maria mel(or em seu lugarB s soMrimentos de muitas %essoas são agravados, sem uerer, %elos consel(os dos crentes mais caridosos2
; % Consolo !ue 4eus maravilhoso n2s temos+ Ele * o (ai do nosso Senhor 1esus Cristo a fonte de toda a miseric2rdia e a)uele )ue tão maravilhosamente nos conforta e fortalece nas di#culdades e (rova$ões5 E (or )ue ele fa' isso% Para )ue )uando os outros estiverem aitos necessitados da nossa com(ai,ão e do nosso estímulo (ossamos transmitir&lhes essa mesma a/uda e esse mesmo consolo )ue 4eus nos deu+
*: CorNntios 123-= @+ IConsolar H um ministHrio2 mais diMNcil, talve"2 'grad)vel H ouvir mQsica, contar (istGrias alegres, Malar so$re sucesso, %rinci%almente o %rG%rio2 Procurar os ue c(oram, %enetrar o misterioso %aNs das l)grimas, assustaJ *MRrtes Mathias9+
Tesou&os das Es,u&idades eus me dei?ou con(ecer o remorso sentir-me rH%til e verme rH e %romotora, o dedo estendido na %rG%ria direção, num Kngulo sG %ossNvel numa consciOncia ue se de$ate na angQstia de voltar atr)s, começar de novo2 su%licando a graça Qnica de mais uma o%ortunidade ue, %rovavelmente, seria %erdida mais uma ve"222 eus me %ermitiu %assar %ela dor, sem es%erança de cura, sem %romessa de li$ertação222 ei?ou-me con(ecer o a$andono, o esuecimento, a solidão, maior ainda, %orue não no deserto, Ionde Meras e anosJ Ma"em com%an(ia, mas no meio da multidão222 Permitiu-me %assar %ela tentação222 .ão Moi tudo de uma ve" sG2 /ouve uma seXOncia, um IcrescendoJ %ara $ai?o, sem%re %ara $ai?o, atH onde os I%oruOsJ não encontraram res%osta,
nem no cHu, nem no inMerno222 E então, sG então, escuridão com%acta, sGlida, o milagre aconteceu ' %edra $ruta Me"-se $ril(ante la%idado, mais %recioso ainda contra o Mundo negro da dor2 E eu retornei !arcada e e?austa como uem sai de uma $atal(a e?ultante como uem volta com os des%oos2 .ão sa$erei nunca %orue Moi %reciso descer a tal escuridade, mas terei sem%re um I%orueJ como inNcio da res%osta ue eus uer ue eu sea Yuando me conMessarem erros, c(orarem Mracassos, clamarem %or o%ortunidades %erdidas, Malarem de dor, (aver) uma sinceridade muito maior em meu gesto de consolo, min(a %alavra de com%reensão uma identiFcação sG %ossNvel naueles ue, %assando %elas IescuridadesJ, lem$raram-se das %romessas, tomaram %osse delas e voltaram com seus ItesourosJ, tão mais %reciosos %or causa do contraste, do milagre ue lem$ram, do %reço ue custaram ao Sen(orW222*3:+
MARIA 2OS: .a escuridão dauela enMermaria do /os%ital EmNlio Ri$as, !aria 8osH c(orava $ai?in(o2 8) era tem%o de estar dormindo, mas auela notNcia a arrasara2 /) muitos dias su%ortava dores enlouuecedoras, ma V vontade de sarar e voltar %ara unto do marido e do Fl(in(o, audavam-na a ter es%erança renovada e Morça %ara lutar2 Yueria crer ue a !edicina tivesse uma solução %ara seus %Hs e suas mãos gangrenadas, seXela da meningococcemia2 Estavam muitos %restos, e, sem algumas %artes, murc(os e a %ele rasgando-se, e?%ondo %artes da carne2 Seus dedos %areciam Meitos de %l)stico %reto, todo enrugado2 !as nauela noite, todas as es%eranças tin(am ido %or )gua a$ai?o2 Sua mHdica l(e dissera ue teria ue am%utar todos os dedos da mão, e de%ois os dois %Hs, acima dos torno"elos2 Seus son(os, aos :: anos, tornaram-se %esadelos2 Como continuar a viverB Sentada ao seu lado, c(or)vamos untas2 Como %oderia consolalaB Yuais %alavras %oderiam auda-la nesta (oraB 32F
Deus ala na so*a@ G8s. 1+@11.
Ieus, o Sen(or est) me castigandoB Ser) ue eu cometi %ecados tão grandes %ara ue o Sen(or me castigue assimB Eu mereço todo este soMrimentoBJ !aria 8osH c(orava, e lançava sua dor aos cHus2 IPor ue euB .ão ueria muita coisa da vida sG %oder cuidar do meu nenO, arrumar min(a casin(a de dois c#modos, viver $em com meu marido222mas como Ma"e-lo, sem mãos e %HsBJ rei ao Sen(or %edindo auda e comecei a conversar com ela2 isse-l(e ue não sa$ia a ra"ão %orue eus estava %ermitindo auele soMrimento, mas estava certa de ue ele estava soMrendo com ela2 &aleil(e de seu amor e tam$Hm de nossa se%aração dele2 Contei-l(e acerca de 8esus, inteiramente eus e inteiramente (omem de seu soMrimento222so$re a cru"2 &alei-l(e de seu %ro%Gsito, de sua ressurreição e da vida nova e eterna ue oMerece a todos os ue nele crOem2 So$re o cor%o novo e %erMeito ue teremos no cHu, eternamente com o Sen(or2 ramos untas, e o Sen(or estava %resente2 !aria 8osH convidara 8esus %ara ser seu Salvador, Sen(or de sua vida2 Entregou-se sem reservas, sem $argan(as, crendo ue somente ele %oderia auda-la e Mortalece-la %ara ue %udesse voltar e viver %lenamente, a%esar de tudo2 Ensinei-l(e dois cKnticos .ão há im(ossível (ara 4eus .ão não há Meu 4eus tem todo (oder+ Ele fe' tudo o )ue e,iste .o c*u terra e mar+ Meu 4eus tem todo o (oder+
isse-l(e ue ele tem todo o %oder em suas mãos %ara cura-la, mas não sa$ia se este seria o seu %ro%Gsito2 !as ue ela deveria estar %ronta a aceita-lo, Mosse este ual Mosse, %orue ele estaria com ela, mostrando-l(e o camin(o, carregando-a no colo, en?ugando suas l)grimas e conMortando-` e%ois cantamos 4esanimados% .ão5 .ão5 .ão5 4ores triste'as (odem sur-ir Com Cristo ale-res vamos se-uir+ 4esanimados% .ão5 .ão5 .ão5
Seus ol(os avermel(ados de c(orar %ossuNam agora um novo $ril(o2 ' alegria e a es%erança trans$ordavam de seu coração e trans%areciam em seu rosto2 Estava com o Sen(or, incondicionalmente2 Estava certa de seu socorro aui e agora, e tin(a %lena convicção de uma vida nova, com um cor%o novo e %erMeito %ara sem%re no cHu2 'o c(egar ao (os%ital na man(ã seguinte, notei ue a enMermagem dauele setor estava muito %reocu%ada com a moça2 Como
l(e dar uma notNcia tão m), so$re sua am%utaçãoB 'calmei-as, di"endol(es ue a %aciente ) sa$ia de seu estado, e ue estava $em2 Ra%idamente dirigi-me V sua enMermaria conversamos $revemente, e de%ois começamos a cantar2 Sua com%an(eira de uarto tam$Hm a%rendera os cKnticos, e tomou %arte no recHm-Mormado conunto2 Yuando as enMermeiras entraram na enMermaria, não %odia acreditar no ue viam2 Como era %ossNvel uma %essoa com dores terrNveis, %restes a soMrer am%utaçes, estar com auele rosto alegre, os ol(os $ril(antes e cantandoB !ilagreBW SG mesmo eus %oderia estar l(e dando MorçasW TransMerida %ara o /os%ital das ClNnicas, ainda es%erou de" dias %elas am%utação, %ois, (avia greve dos Muncion)rios2 '%Gs v)rios adiamentos, Fnalmente c(egou o dia da cirurgia2 .o Centro CirQrgico, o anestesista estran(ou - @ocO não est) triste, com medoB 'o ue !aria 8osH res%ondeu Estou triste, sim, mas não estou com medo2 rei, %edindo a 8esus ue estivesse aui comigo e ele est) auiW Estou segura em suas mãosJ2 ' medicação %ara ue dormisse não Me" eMeito, e !aria 8osH assistiu a toda a cirurgia2 uviu o $arul(o irritante da serra, viu uando seus %Hs Moram cortados e de%ois ogados no $alde, ao lado da mesa de cirurgia2 SoMria, mas sentia uma %a" ine?%lic)vel2 @oltando V enMermaria a%Gs a cirurgia, consolou seu %ai2 .auela noite, as dores Moram muito Mortes, mas !aria 8osH %odia testemun(ar a Morça ue a socorria e ue era so$re-(umana2 Passaram-se os dias em meio a inMecçes, curativos dolorosos e sem anestesia, Me$res e tam$Hm de%resses2 !as a moça reagia a tudo com sua MH e vontade de viver2 Suas com%an(eiras de enMermaria sentiam-se Mortalecidas %elas suas reaçes, e com ela começaram a cantar aueles cKnticos a%rendidos em meio V dor2 rincamos ue contratarNamos auele coral %ara alegrar outros %acientes2 e%ois de alguns dias, !aria 8osH ) estava sentada na cama, toda Meli" %or estar conseguindo comer so"in(a e tam$Hm %or %oder lim%ar sua mesin(a de ca$eceira2 ogo Moi em$ora %ara casa2 !utilada, mas consolada %elo Sen(or, com o cor%o e a alma curados, e viva %ara sem%re2 Yuando nossa vida segue uma rotina di)ria, sem grandes oscilaçes, %odemos Malar em soMrimento, como o de !aria 8osH, mas torna-se algo muito distante e irreal no meio de nossa alegria2 @endo %essoas com %ro$lemas ou enMermas, H-nos M)cil consola-las com %alavras es%irituais e amigas2 Ls ve"es atH atrevemos a l(es di"er ISei ue vocO est) %assandoJ, uando na verdade nunca e?%erimentamos nada %arecido %ara sa$er o ue H doer2 &oi o ue aconteceu com um %astor c(amado 8oac(im raun2 Em todos os seus anos de %astorada ) %regara muitos sermes so$re soMrimento e consolo, oFciara muitos enterros, conMortara muitas MamNlias
enlutadas, visitara e consolara muitos enMermos2 SoMrera ao Ma"e-lo, mas nunca (avia sentido na %ele a dor de %erder alguHm muito %rG?imo e uerido2 &oi na morte da es%osa ue ele sentiu a Morça arrasadora do soMrimento2 ConMortado %or amigos, mas %rinci%almente %or eus, saiu da e?%eriOncia mais maduro, mais %ronto a consolar, com consolação igual a ue rece$era de eus2 Ele escreve I meu soMrimento H um %oder uma Morça o$scura e sinistra2 Z uma Morça ue agarra a %essoa, erguendo-a do c(ão, a %onto de Ma"e-la Uutuar no ar, indeMesa, sem ualuer %onto de a%oio2 SG com muito esMorço conseguia lem$rar-se de ue nos dias $ons considerava o soMrimento uma $Onção, e com esta convicção consolara outras %essoas soMredoras2 'gora, %orHm, sG l(e voltam V mente %euenos Mragmentos da convicção, ela ) %erdeu sua Morça2 Seu mundo est) sendo destruNdo2 ' totalidade do seu mundoW Como continuar lutandoB .ão H em si %rG%rio nem no mundo ue ele vai ac(ar Morças %ara lutar2 Pois necessita de uma Morça mais %oderosa, ca%a" de com%ensar a Morça da gravidade ue %esa so$re ele2 Portanto, ela não %ode ser deste mundoJ *8oac(im raun – Entre o Consolo e as Qá-rimas +2 Todos nGs Momos Meridos e carregamos nossas c(agas2 iante delas temos uma o%ção a Ma"er ou Ma"emos de nossa dor um modo de nos identiFcarmos com a dor do outro – nos a$rimos, c(oramos, com%artil(amos e dei?amos ue o Sen(or comece a nos curar – e o consolo ue Ele nos d) trans$orda em nGs, consolando outros tam$Hm ou nos Mec(amos em nGs mesmos, desenvolvendo nossa autocom%ai?ão, tornando-nos amargurados com eus e o mundo e não servimos %ara nada, a não ser %ara destruir e a"edar outras vidas2 .ão e?iste cristão sem cru"2 Teremos de %assar muitas ve"es %ela aUição durante nossas vidas2 Perdas, traiçes, dores MNsicas, dece%çes, a$andonos222muitas ve"es nosso es%Nrito uedar) uieto, triston(os e a$atido so$ tremendo %eso2 ' res%osta a este soMrimento reside no uestionamento, no a%rendi"ado, na %aciOncia e na aceitação2 .ão H aceitar sim%les e resignadamente os %ro$lemas, soMrimentos e %rovaçes2 Z triunMar so$re eles, cantar vitGria, mesmo em meio V dor2 'ssim como a %rata se %uriFca com o Mogo, o cristão H o atleta de eus cuos mQsculos es%irituais se MortiFcam com a disci%lina do treinamento nas diFculdades2 'lgumas %essoas tOm um talento es%ecial e uma a%tidão %ara doar-se e %ortar %oder curador2 is%em-se a a%render a amar, a soMrer unto, a consolar2 Z relativamente M)cil IamarJ coisas a$stratas como, %or e?em%lo, a %a", multides com Mome ou mesmo toda (umanidade2 Tam$Hm amar aueles ue nos amam H M)cil2 %ro$lema verdadeiro reside em amar %essoas a uem não con(ecemos, mas ue %recisam de nGs2 Precisamos a%render a amar2 /) muitas %essoas soMrendo, $uscando
deses%eradamente um gesto de carin(o, um ol(ar de consolo, uma %alavra de es%erança2 !uitos de nGs sa$emos disso tudo, mas Fcamos de $raços cru"ados, es%erando uma emoção Morte ue nos im%ulsione V ação2 !as o ti%o de amor ue 8esus ordena ue mostremos não H uma emoção2 .ão tem nada a ver com sim%atia ou aMeição2 Z mais do ue Icum%rir um deverJ ou dar receitas de consolo2 !adre Tere"a de Calcut), ao ser c(amada %ara rece$er o %rOmio .o$el da Pa", Me" um discurso $reve e sim%les ISou um a mul(er %euena2 .ão l(es %eço din(eiro, tem%o, ou algum esMorço es%ecial sG %eço ue cada um dO a si mesmo, atH doerJ2 ar coisas H relativamente sim%les, mas consolar H dar a si mesmo, e todos os cristãos estão envolvidos neste ministHrio de cura e consolação2 eus soMreu conosco em 8esus, e nos consola da maneira com ue Ele mesmo se consolou e Moi consolado no &il(o2 ISe temos um eus ue se com%adece, temos ue ter um salvador ue soMra2 E sG () verdadeiro sentimento de com%ai?ão %ara com alguHm ue soMre em um coração ue tam$Hm Moi Merido2 .ão %odemos Ma"er $em aos outros sem ue isto nos custe alguma coisa, e nossas aUiçes são o %reço ue %agamos %ela ca%acidade de termos com%ai?ão2 Yuem uiser audar %recisa soMrer %rimeiro2 Yuem uiser salvar %recisa %rimeiro ter e?%erimentado a cru" de alguma Morma2 E não %odemos ter a alta Melicidade de socorrer os outros, sem termos %rovado o c)lice ue 8esus $e$eu e ter-nos su$metido com ue Ele Moi $ati"ado*33+J2 ' nossa %rG%ria vida torna-se uma escola onde, soMrendo e sendo consolado, a%rendemos a divina arte de consolar2 mundo est) c(eio de coraçes necessitados de consolo, e %recisamos estar a%rendendo a consolar2 Somos Meridos %ara a%render, %elo modo como o Drande !Hdico nos trata as Meridas, a dar os %rimeiros socorros aos Meridos2 !uitas ve"es não conseguimos entender %or ue estamos %assando %or determinado soMrimento2 !ais tarde, ao identiFcarmos alguHm na mesma situação, %oderemos entender seu ol(ar aUito e l(e contar como tam$Hm %assamos %or auele %ro$lema e como vencemos2 Então agradecemos ao Sen(or %or ter-nos ensinado a consolar2 Yuando andarmos diariamente com o Pai, reUetiremos sua lu" neste mundo escuro como rios de )gua viva, a serenidade e a alegria dele Uuirão atravHs de nossa vida, contagiando as %essoas ao nosso redor2 IZ uma vida Nntima com eus ue d) %oder Vs nossas %alavras e %ersuasão aos nossos argumentos, Ma"endo deles um $)lsamo de Dileade %ara uma %essoa necessidade de conMorto*3<+J2
33F 34F
!anan7iais@ G8. 1'). , *e7ado a*a 8anJado*es de alas@ G8. 1?
a%Gstolo Paulo nos conta ue as coisas ue l(e aconteceram e o consolo ue rece$eu F"eram-no ca%a" de ser Monte de consolo %ara outros2 Em /e$reus :21, encontramos uma reMerOncia uanto Vs %rovas %elas uais 8esus %assou Pois na)uilo )ue Ele mesmo sofreu tendo sido tentado * (oderoso (ara socorrer aos )ue são tentados+
' %essoa ue soMreu realmente não Mala muito so$re isso2 Paulo não e?i$ia seus soMrimentos, mas via ue a aterradora e?%eriOncia %ela ual (avia %assado l(e era muito Qtil, o F"era voltar-se %ara eus2 /avia l(e demonstrado sua de%endOncia a$soluta dele2 %erigo de uma vida %rGs%era H Ma"er alentar uma Malsa inde%endOncia2 &a"-nos %ensar ue estamos ca%acitados %ara andar so"in(os2 Para cada oração ue Ma"emos a eus nos dias de %ros%eridade, de" mil se elevam na adversidade2 Z na (ora da dor ue o (omem desco$re uem são seus verdadeiros amigos e a%rende o uanto necessita de eus2 'travHs da dor e da consolação rece$ida de eus, Paulo construiu uma conFança ina$al)vel no Sen(or2 'gora ele sa$ia o ue eus %odia Ma"er %or ele2 E se %udera auda-lo a atravessar essa situação, %odia auda-lo em tudo2 amor de Cristo Uuindo atravHs de nGs leva-nos a nos doarmos2 amos de nGs mesmos %orue não %odemos dei?ar de Ma"e-lo, ao ver uma %essoa necessitada2 .a verdade, isto H dar da maneira de eus, %ois ele amou tanto o mundo ue deu o seu &il(o2 ' %alavra consola$ão vem de (aracl"sis, ue uer di"er encora/amento conforto 2 Podemos usar tHcnicas %ara consolar as %essoas, a%erMeiçoandonos a cada dia, dando o mel(or de nGs mesmos2 !as estas nunca serão suFcientes %ara o ue soMre2 Yuando dei?armos, nossos atos ou %alavras Fcarão guardados %or $reves momentos na mente daueles a uem consolamos2 ' dor e a triste"a voltarão ra%idamente2 !as o consolo cristão H diMerente2 Creio ue não () verdadeiro consolo sem (aver a evangeli"ação2 Somente uando o %aciente ou o ue soMre rece$er a 8esus como seu Salvador ser) consolado a todo o momento %elo Es%Nrito Santo ue %assou a (a$itar nele2 Para o cristão, consolar H levar vida em meio V dor e V morte, atravHs do Es%Nrito Santo, o Consolador de eus2 Sua consolação reanima o ue est) a$atido, angustiado, soMrido e ue Moi tocado %elos sinais da morte2 8esus Cristo %ode ser c(amado Consolador (araleto , %orue sua missão Moi dar vida aos (omens carregados %ela morte2 Sua missão consoladora se $aseou em comunicar vida em a$undKncia2 ' N$lia nos Mala de um (omem c(amado arna$H como ?ilho da Consola$ão+ Sua vida, o$servada atravHs dos relatos $N$licos, destaca esse ministHrio da consolação2 Sua sensi$ilidade antes as necessidades do %rG?imo se mostrou de Morma concreta em v)rias ocasies2 Ele era um (omem bom cheio do Es(írito Santo e de f* *'tos 112:<+2 arna$H
não Moi um teGrico, um Malador de %alavras $onitas e de sermes consoladores2 .ão Moi um (omem de IreceitasJ maravil(osas %ara consolação2 &oi alguHm sensNvel ue sentiu a dor do outro e se identiFcou, se %#s ao lado e comunicou vida em meio a situaçes de morte2 Consolar H acol(er o ue tem medo, angQstia, de%ressão, a%atia, vNcios o ue c(ora, o ue sente dor, Mrustração2
s dias Moram %assando e %ouco a %ouco o ra%a" começou a sentir alHm do %escoço, %arte do %eito e os $raços, recu%erando %arcialmente os movimentos2 .um dia em ue eu estava a%ressada, uase no Fnal do %erNodo de visitação no %rHdio, entrei em sua enMermaria e comecei a conversar com um ra%a" ue estava ao seu lado2 e%ois de algum tem%o ) ia retirar-me, uando seu ol(ar deses%erado me atraiu2 Pele amorenada, ca$elos cres%os uase loiros ol(os arregalados e vermel(os de tanto c(orar2 ei-l(e atenção, ouvi seu c(oro, consolei-o como %odia e %rometi voltar no dia seguinte2 Com a convivOncia, nossa ami"ade Moi crescendo, Mui desco$rindo sua (istGria2 Yuando %eueno, sua avG o levara %ara uma igrea evangHlica, e Moi ela mesma uem l(e deu seu nome 8osuH2 !as assim ue o moleue %#de se livrar, %reMeriu Fcar na rua, $rincando com os outros moleues e a%rendendo a $rigar, a rou$ar e a Ma"er muitas outras coisas desse ti%o2 em$rou-se da vo" da vel(in(a c(amando-o aos domingos %ela man(ã - &il(o, vamos V igreaW eus o ama e uer tO-lo %erto deleW !as o ra%a"in(o, correndo com os outros, sG res%ondia - Se ele me uer mesmo, ue ven(a atr)s de mim, %orue eu sei H ue não vou atr)s deleW 'gora, semi-imGvel no leito, encostado contra a %arede, sem %ossi$ilidade de Mugir, 8osuH viu-se encurralado %or eus2 Tem%o %ara %ensar era o ue não l(e Maltava2 'venturas e Mugas, $ailes e Mestas desa%areceram de sua mente2 !as (avia um va"io no coração2 Talve" %ela %rimeira ve", viu-se %ecador, se%arado, sem recursos, e voltou seu rosto %ara eus2 'ngustiado e arre%endido, convidou 8esus %ara ser seu Salvador2 's mudanças não aconteceram ra%idamente2 urante esses anos, %assou %or v)rias Mases na aceitação de seu estado de %ara%legia negação, reeição, revolta com eus e com todos os ue sim%lesmente I%odiam andarJ2 e%ois %assou a cultivar a autocomiseração e tam$Hm a $argan(ar com eus %or sua cura2 Esta$eleceu alvos curtos e em longo %ra"o %ara colocar um a%arel(o nas %ernas e uadris, o ue l(e %ermitira a andar com a auda de muletas2 .ada deu certo2 &icou triste2 Perdeu a vontade de lutar e de viver2 'com%an(ando-o () cinco anos, em muitos momentos de alegria e muitos mais de triste"a2 '%rendi a con(ece-lo e a ama-lo como ele H2 Ten(o crescido muito2 '%rendido com ele2 Convidei-o %ara audar a escrever este livro, estudando e reUetindo untos so$re o livro de 8G2 Seis ue ele %ode sentir, %elo menos em %arte, a dor ue 8G soMreu2 Ele sa$e o ue H uerer ser consolado em meio ao soMrimento2 'gora, uero dei?ar ue ele mesmo nos conte so$re sua e?%eriOncia de vida, e seu contato com a vida de 8G
- &)cil Malar com eus uando tudo est) $em, mas uando se %assa %or uma situação como a min(a, tudo Fca mais diMNcil2 e%ois ue rece$i o tiro, %erce$i ue sG me restava uma o%ção %oderia escol(er entre crescer, a%rendendo a conviver com o %ro$lema, ou Fcar louco e morrer2 /oe, ue eu estou com uma ca$eça $oa %ara %ensar e avaliar tudo o ue me aconteceu, sei ue se eu estivesse andando, realmente não iria %arar de Ma"er o ue eu Ma"ia2 - Para andar na malandragem vocO tem ue %agar um %reço muito alto2 Eu ac(o ue gan(ei, saN lucrando com o tiro (oe eu con(eço 8esus, ten(o uma Ica$eça ra"o)velJ e uma amiga ue me ama e a uem eu amo2 'ntes, eu tin(a tudo, mas não tin(a nada2 Z M)cil vocO ser amado %elas %essoas uando tem algo %ara l(es oMerecer2 .ão %osso entender como alguHm gostou de mim uando eu não tin(a nada %ara oMerecer, %ara merecer sua ami"ade2 Para mim, Moi ao mesmo tem%o a mel(or e a %ior coisa gan(ei de um lado e %erdi de outro2 Por e?em%lo, ontem eu estava triste, desanimado2 Peguei a min(a N$lia e comecei a ler2 /oe ) acordei Ies%ertoJ, contente %ela segurança, %or ter 'lguHm em uem conFar2 - Yuando comecei a andar com a malandragem, via tudo como um son(o2 Tin(a tudo nas mãos da maneira mais M)cil2 !as, com o %assar do tem%o, Mui desco$rindo algumas coisas ueria mais drogas, e comecei a rou$ar2 @i %essoas sendo $aleadas, estu%radas e não %ude Ma"er nada, sG virar a cara2 .essas (oras Fuei a%avorado, tentei sair dessa turma, mas não vi ninguHm ue me audasse, ue me Malasse de eus na min(a lNngua, de modo ue eu %udesse entender2 Pensando na min(a vida, eu veo ue sou cul%ado de estar assim2 Estou %reso em uma %risão sem grades a cadeira de rodas2 'ui a%rendo a Fcar calmo, usar mais a ca$eça, crescer, con(ecendo mais a eus, sou mais gente2 - Se não estivesse aui, %rovavelmente estaria entre as grades, numa cadeia, e aMundando, tornando-me cada ve" mais animal2 Para mim, era a cadeia ou a cadeira, %ela min(a cul%a2 .a malandragem vocO sG age na escuridão da noite e a%rende a não conFar em ninguHm2 Seu mel(or amigo H o cali$re2 ' gente a%rende a se deMender atacando2 !as uando eu me converti, Mui mudando aos %oucos2 Tin(a medo de ser Morçado a mudar, mas Mui conuistado sem %ressão, %elo amor2 !eus amigos ue não me vOem a tem%o, c(egam %ara mim e di"em I@ocO est) diMerenteW Est) sorridente, mais calmo222est) Mumando algum I$agul(oJ *droga+B Eu %arei com as drogas2 Para isso %recise de suas coisas vontade de %arar e uma %essoa ue me aceitou como sou, sem me criticar2 Yue Moi Frme comigo nas (oras de necessidade sou$e c(amar min(a atenção2 - Yuando alguHm me aceitou como eu sou, eu a$ri as min(as deMesas e o meu coração2 &oi muito im%ortante %ara mim, ler v)rias ve"es o livro de 8G, e Malar so$re ele2 Este livro da N$lia H es%ecial %ara mim, ali via o meu coração2 .ão sei o ue H, mas sinto uma %a" me %enetrando, aliviando2 endo este livro, vi ue 8G era um (omem $om,
ue %rocurava se aMastar do mal2 E mesmo assim ele %erdeu tudo o ue tin(a, soMreu com a morte de seus Fl(os e Fcou doente2 &iuei irritado ao ver como os amigos ue deveriam consola-lo o criticavam, inventando mentiras so$re ele2 utra coisa ue eles Ma"iam de errado era Malar ue eus não se im%orta com o (omem, se ele H $om ou Ma" coisas erradas2 Pela terceira ve'+ Elifa' res(ondeu a 12< 0Voc" (ensa )ue (ode a/udar a 4eus com sua sabedoria% Por mais sábio )ue voc" (ossa ser s2 será ca(a' de a/udar a si mesmo+ Voc" (ensa )ue 4eus tira al-uma vanta-em se voc" for um homem /usto% Pensa )ue ele #cará mais feli' se voc" for honesto e obediente% :u será )ue voc" (ensa )ue 4eus lhe dá este casti-o /ustamente (or)ue voc" res(eita e obedece a ele% 4e /eito nenhum5 Voc" está sendo casti-ado (or)ue * um (ecador rebelde5 Seus (ecados 12 são muitos e muito -randes53 *8G ::2:-= @+2
- EliMa" tam$Hm %rometia a 8G, em nome de eus, coisas ue eus não l(e di"ia Se voc" se arre(ender e se voltar (ara 4eus ele devolverá tudo o )ue voc" (erdeu *8G ::2:3 a @+2
Sa$e ue v)rias %essoas crentes ue vieram me visitar disseram a mesma coisaB ISe vocO Mor %ara a igrea e se tornar um su(ercrente , eus l(e dar) de vota o uso de suas %ernasWJ Este ti%o de gente Ma" vocO se aMastar da igrea, %orue uando vocO vO ue eus não o curou, Fca revoltado com ele e não uer ouvir mais nada2 - utros crentes c(egaram %ara mim e disseram ISei o ue vocO est) %assandoWJ Sa$em nadaW .inguHm sa$e o ue H uma cadeira de rodas enuanto não Fca %reso a ela2 Como estes crentes, os amigos de 8G davam-l(e consel(os sem sa$er o ue ele estava %assando, sem sentir sua dor2 &alaram de um %lano diMerente dauele em ue ele estava2 ' mel(or %olNtica teria sido continuarem calados2 - utra coisa ue a%rendi com 8G H ue %osso Malar com eus tudo o ue %enso, com ousadia2 Posso l(e Ma"er %erguntas so$re a ra"ão de ele ter %ermitido isto2 Eu sem%re Fco a me %erguntar %orue eu Mui atingido2 /) tanta gente %ior %or aN, ue mata, estu%ra, toma de" tiros e sai andando do (os%ital2 Porue eu estou numa cadeira de rodasB 5m dos amigos de 8G disse uma coisa muito certa Sim 4eu fa' essas coisas acontecerem na vida do homem em al-uns casos duas ou tr"s ve'es (ara livrar esse homem de morte eterna e fa'er brilhar sobre ele a lu' da vida *8G 332:9 @+2
- Com o tiro eu saN gan(ando2 /oe eu ten(o em uem me a%egar2 Sei o ue me atingiu %orue encarei o meu soMrimento de Mrente, não Mugi dele2 'inda ue não %ossa entender as ra"es de eus, sei ue ele me dei?ou Fcar vivo, mas dei?ando uma marca a %ara%legia2 '%rendi muito com 8G, com sua (umildade, seu amor a eus e sua trans%arOncia, Malando com li$erdade com o Sen(or2 .o seu encontro com eus, rece$eu dele uma nova visão2 Recon(eceu como era %eueno2 Saiu do soMrimento enriuecido e Mortalecido, mesmo ue não tivesse rece$ido e?%licaçes das ra"es do seu soMrimento2 eus sG nos di" auilo ue
%odemos entender2 Yuando não conseguimos, ele alivia a dor, dandonos Morças %ara su%orta-la2 - ue estava Maltando na min(a vida H o alNvio %ara min(a dor2 ue dGi mais H o coração, uando veo meus colegas correndo, %asseando, e ten(o ue Fcar %arado numa cadeira de rodas2 4sto não H sentir %ena de mim mesmo2 .ão () mais crNticas a eus , nem Vs %essoas, mas a mim mesmoW Eu ueria ter tido, () cinco anos atr)s uma Ica$eça diMerenteJ2 !as %ara crescer, %recisei cair, $ater a ca$eça, Fcar numa cadeira2 - Eu sou muito grato a eus %orue ele %#s vocO e min(a mãe na min(a vida as duas %essoas ue eu mais amo no mundo2 Yuando tornei o tiro, ele %#s vocO %erto de mim2 Se ele não tivesse me dado mais nada, eu ) seria grato a Ele2 uço as suas crNticas Inuma $oaJ, %orue sei ue vocO gosta de mim e me aceita como sou2 Ls ve"es %enso ue c(eguei ao Fnal das Morças, mas eus sem%re me mostra uma nova lu"2 @ocO segurou a min(a I$arraJ comigo, sem ter o$rigação nen(uma2 !uitas ve"es eu a tratei mal2 5ma %arte de mim ueria Fcar %erto de vocO, conFar, e outra não2 emorei dois anos %ara conFar, %orue sem%re ac(ei ue vocO era como outras %essoas ue con(eci2 .ão %odia entender %orue vocO não cuidava de %essoas mais M)ceis2 Por ue invadir o mundo de um solit)rioB .unca (aviam conseguido entrar dentro de mim como vocO entrou2 Eu tin(a medo, raiva2 Tin(a muitas %ortas trancadas dentro de mim, e vocO estava a$rindo todas elas2 Com vocO e com 8G, a%rendi ue consolar H dar carin(o, sentar-se ao lado, escutar e dar Morça a uma %essoa carente, em soMrimento2 s amigos de 8G não o consolaram2 Yuem o consolou Moi eus2 .ão o eus distante, mas o eus amigo, ue o sustentou durante o soMrimento aliviando-o uando a %ressão era muito grande2 Ele não o dei?ou ser %rovado alHm de suas Morças2 - 8G conversava livremente com eus2 &alava de sua dor, sua dece%ção, sua revolta, mas Mrancamente2 E enuanto Malava, era consolado2 E ao mesmo tem%o em ue era consolado %or eus, ia sendo curado2 .inguHm sa$e o ue H soMrer na %ele, %assar %ela sua dor2 Ela H sG sua2 !as eus sa$e o ue H uma cadeira de rodas, sa$e o ue eu sinto2 Somente Ele %ode consolar %roMundamente2 E Ele tem me consolado2
= % 2esus Sentou nas Cin5as endo o Evangel(o de 8oão, %erce$o 8esus sentando-se nas cin"as da misHria do (omem muitas ve"es, de maneiras diMerentes, res%ondendo V necessidade de cada %essoa2 Ele sentou unto ao %oço, ouvindo e oMerecendo a )gua vida V mul(er samaritana2 Parou unto ao tanue de etesda, rodeado %or multides de doentes, e curou o (omem %aralNtico (avia 3 anos2 Preocu%ou-se com a multidão Maminta e a alimentou2 'tendeu com atenção e carin(o a surdos, cegos e co?os, identiFcando-se %roMundamente com sua dor, curando-os e salvando-os2 8esus Moi diMerente dos amigos de 8G sentou realmente nas nossas cin"as, sem contudo, suar-se com elas2 &icou sentado so$re elas conosco muito mais ue sete dias e sete noites, %orue ainda (oe vem $ucar-nos nas cin"as, senta ao nosso lado e de%ois levanta-nos delas %ara ue andemos a seu lado2
2ES"S : DE"S0 MAS SENTO" NAS CIN8AS DO #I>O A atitude de voc"s deve ser semelhante a)uela )ue nos foi mostrada (or 1esus Cristo )ue embora 4eus não e,i-iu nem tam(ouco se a(e-ou a seus direitos como 4eus mas (Fs de lado seu imenso (oder e -l2ria ocultando&se sob a forma de escravo e tornando&se como os homens+ E se humilhou ainda mais che-ando a (onto de sofrer uma verdadeira morte de criminoso numa cru' *&ili%enses :2=- @+2
Em 1 Samuel 1, encontramos o relato da vida de avi e 8#natas, e os versos 1, 3 e < c(amam min(a atenção Sucedeu )ue acabando 4avi de falar com Saul a alma de 1onatas se li-ou com a de 4avi; e 1Fnatas o amou com @ sua (r2(ria alma+ 1Fnatas e 4avi #'eram alian$a (or)ue 1onatas o amava como @ sua (r2(ria alma+ 4es(o/ou&se 1onatas da ca(a e )ue vestia e a deu a 4avi como tamb*m a armadura e inclusive a es(ada o arco e o cinto+
8onatas, era um %rNnci%e, Fl(o de Saul2 avi era a%enas um %astor de ovel(as2 Peueno, a%arOncia sim%les, descon(ecido e insigniFcante2 I E eus Ma" isto conosco toma %essoas insigniFcantes, meros es%ectadores das estradas da vida, %ra condu"i-los ao maravil(oso %al)cio das $em-aventuranças*3=+J2 avi não merecia o amor de 8onatas2 .ão tin(a nada a l(e oMerecer2 ue %oderia um (umilde %astor de ovel(as oMerecer de %resente a um %rNnci%eB !as 8#natas não l(e oMereceu seu amor sG em %alavras2 I %rNnci%e retirou de si tudo o ue %ossuNa e o colocou so$re o cam%onOs2 E avi se ac(a com%letamente vestido, traado %or 8#natas2 Est) todo vestido como %rNnci%e e o %rNnci%e como cam%onOs*36+J2 Eu ten(o con(ecido a graça de 8esus, ue, sendo riuNssimo, se Me" %o$re %ara ue eu, ue era um Imendigo es%iritualJ %udesse ser e?atamente rico %or causa da %o$re"a dele2 Ele tomou so$re si toda a min(a Mraue"a e cul%a, meu andar inconstante, e revestiu-me com a sua ca%a de ustiça2 Voc"s sabem como nosso Senhor 1esus era cheio de amor e bondade< embora fosse tão rico ele se fe' tão (obre (ara a/uda&los de tal maneira )ue tornando&se (obre ele (udesse fa'er voc"s muito ricos
*: Co 29 @+2 .o livro Amor ilimitado, de &esto ivengere, () a citação de um interessante te?to de 2 /enr, do livro : (resente dos ma-os , em ue ele narra a (istGria de um casal de americanos2 IEles eram muito %o$res não %ossuNam uase nada neste mundo2 !as a moça, ella, tin(a ca$elos $elos e longos2 Eles eram a sua glGria, e %odiam co$ri-la como um rico manto2 ' Qnica coisa ue o marido, 8im, %ossuNa era um relGgio de ouro %uro, uma Gia ue %ertencera ao seu %ai e av#2 E os dois se amavam %roMundamente2 Era vHs%era de .atal, e ella ueria dar a 8im um $elo %resente, mas tin(a %ouco mais de um dGlar2 Então ela se dirigiu a uma loa de %erucas da cidade e vendeu seu ca$elo2 Eles cortaram sua $ela ca$eleira e l(e deram vinte dGlares2 Com esse din(eiro ela com%rou uma corrente de ouro %ara o relGgio de seu uerido 8im2 Enuanto isto, 8im %ensava no ue daria V sua es%osa ella2 Por Fm, vendeu seu relGgio e com%rou-l(e duas $elNssimas travessas %ara o ca$elo2 !as, V noite, ao voltar %ara casa , 8im viu ue sua amada es%osa ) não tin(a os longos ca$elos2 E ela o %resenteou com a corrente de ouro %ara um relGgio ue ele não mais %ossuNa2 Cada um %ensara em dar tudo %ara o outro, sem %ensar no %reçoJ2 'mor desmedido H auele ue se d) todo em Mavor da %essoa amada2 !as o %rG%rio 8esus Me" muito mais ue isso2 3$F 3'F
Ao* In7ondi7ional@ G8. ?$. Ao* Iliitado@ G8. ?'.
I&ora ele ue, num gesto de e?trema e?travagKncia, dei?ara a sua glGria, esva"iara-se de seu %oder , domNnio e autoridade, e se tornara como nGs2 Este H o modo de amar mais e?travagante ue se con(ece2 &oi e?%osto nu, dei?ado em a$soluta solidão, envergon(ado, %ara ue, %udesse a$raçar um mundo nu, solit)rio e vergon(oso*3>+J2 .ossa memGria %recisa ser sem%re reavivada %ara ue nos lem$remos ue Moi sG %elo seu amor e %ela sua misericGrdia ue ele nos %resenteou com a sua graça2 Est)vamos de mãos va"ias, sem nada %ara l(e oMerecer2
E#E SENTO" NAS CIN8AS MAS NO NOS 2"#GO" 'c(o ue o nosso grande %ro$lema H a amnHsia es%iritual, ue nos Ma" esuecer esses Matos tão Macilmente2 Pensamos ser maiores ue 8esus2 Convidamos %ara as nossas igreas %essoas ue ItOm cara de crenteJ $oas, (onestas, res%ons)veis, ue tOm alguns I%ecadin(osJ mas ue são aceitas %ela sociedade2 Yuando saNmos sentimo-nos Ios $onsJ, Ios (erGisJ, %ara Ma"er evangeli"ação entre %rostitutas, travestis, drogados e ladres, Malamos de 8esus e do Evangel(o, mas nossas %alavras %erdem a autoridade %orue todos %odem sentir em nossa %essoa o ulgamento im%lNcito2 IEu, com toda a min(a es%iritualidade, $ondade e santidade, senti [%ena] de vocO e dei?ei a min(a comodidade e vim aui Malar ue vocO H mesmo um miser)vel %ecado, e ue, se não se arre%ender, ir) %ara o inMernoJ2 'dmirados com nossa atuação, voltamos satisMeitos %ara as nossas igreas e aguardamos os resultados2 Ls ve"es, %ela misericGrdia de eus *%ara conosco+, a%arece uma dauelas %essoas na igrea nGs a colocamos em destaue %ara ue todos veam a nossa e?celente evangeli"ação e, ao mesmo tem%o, em escanteio, %orue ela tem Icara, treeitos e tra%osJ de %ecadora2 Yueremos n2s transMorma-la, e não es%eramos ue o Es%Nrito Santo Maça o seu tra$al(o em seu coração2 Iom nQmero de cristãos %ensam ue a o$ra cristã H Mormar a crNtica da vida2 Se assim Mosse, estarNamos na e?tremidade do tur$il(ão do MarisaNsmo2 E isto aca$aria transMormando a &H Cristã num tri$unal de onde se criticaria e ulgaria a vida2 !as, o centro da &H Cristã não H um tri$unal, e sim, a Cru' 2 centro não H uma crNtica em %aralelo, mas uma identiFcação com o (omem ue toma so$re si o %ecado al(eio e, nesse %rocesso, su%lica IPai, %erdoa-l(es %orue não sa$em o ue Ma"emJ2 ' redenção vem %elo sofrer com o cul%ado, %elo cul%ado2 E não %elo a%ontar e criticar o %ecador2 ' crNtica não converte os %ecadores2 ' cru' sim sG a cru" os converte*3+J2 Dosto muito de conversar, consolando e evangeli"ando ladres ue são $aleados ou estão com '4S e Fcam internados no /os%ital das 3?F 39F
Ao* Iliitado@ G8 )3. " CainJo@ G8. 14$.
ClNnicas e no /os%ital EmNlio Ri$as2 Eles sa$em uem são – %ecadores2 Sa$em ue não merecem nada – es%eram %ela misericGrdia e não usam m)scaras2 Z diMNcil %ara eles crer ue eus %ossa am)-los mesmo assim, e ue o sacriMNcio de 8esus %ode %agar at* %elos seus %ecados2 !as o meu relacionamento com eles tem sido muito $om2 Ten(o orado ao Sen(or %ara ue Ele coloue em meu coração amor %or auele indivNduos2 Yue %on(a diante de meus ol(os a imagem lim%a ue o Sen(or im%rimir) neles de%ois de transMormados2 E %rocuro trata-los como 8esus os trataria2 e%ois de a%ro?imar-me deles com um sorriso e ouvi-los o tem%o ue cada um ac(ar necess)rio, digo-l(es IEu vim l(e tra"er (oe uma $oa notNcia2 @im di"er-l(e ue eu amo vocO, e ue eus o ama ainda mais, e o aceita como vocO H2 !as na nossa vida, nGs vivemos I%isando na $ola com eusJ, Ma"endo e %ensando coisas ue são erradas, e Ele con(ece o nosso %ensamento, e c(ama a isso de %ecado2 4sso o entristece e nos aMasta dele, mas mesmo assim Ele continua a nos amar2 8osH, ele ama a vocO e a mim tam$Hm, e não sG de Malar, como nGs ouvimos tanto %or aN2 8esus mostrou ue nos amava ao se Ma"er gente como a gente, e?%erimentar na (ele o ue H a tentação, a %rovação, mas sem (isar na bola com eus nem uma ve" como %rova maior de Seu amor, deu Sua vida %ara %agar %elos nossos %ecados2 8osH, Ele ama demais vocO2 &e" vocO %ara Ele mesmo, e uer (oe entrar em sua vida, lim%ar tudo ue () de suo aN dentro, como Me" comigo tam$Hm, e l(e dar um começo novo, uma vida nova2 E tam$Hm a certe"a de uma vida eterna de%ois desta, onde estaremos %ara sem%re com Ele2 Estas são as $oas notNcias2 @ocO %ode aceitar o seu amor e ser uma nova %essoa, ou continuar sendo uem H (oe2 ' escol(a H somente sua diante de eusJ2 ' seguir eu os ensino a orar, a Malar com eus e dei?o-l(es algum trec(o $N$lico %ara ler2 ITodos os uN"os ue Maço dos outros somente os endurecem e %rodu"em neles deMesa %rG%ria e Morte resistOncia2 'uda-me, %ois, a soMrer %elos (omens, e com eles, dei?ando a ti a tareMa de ulga-los2 Yue eu es%al(e ao meu redor o amor, e somente o amor*39+J2 8esus sentou nas cin"as com os %ecadores e mostrou-l(es o Seu amor2 E sa$e uem Moram aueles ue o criticaramB s MariseusW s ue ditavam todas as leis e as colocavam como um %eso so$re o %ovo, mas ue não con(eciam a lei do amor , da graça2 Mais tarde )uando 1esus e seus discí(ulos almo$avam na casa de Mateus muitos conhecidos es(ertalhões estavam lá como convidados+ :s fariseus #caram indi-nados+ 0Por )ue o mestre de voc"s se re=ne com homens como esses%3 0Por)ue as (essoas )ue estão bem não (recisam de m*dicos5 São os doentes )ue (recisam3 foi a res(osta de 1esus *!ateus 9210-1:
@+2 3)F
" CainJo@ G8. 14'.
Yuando nos dis%omos a consolar alguHm, temos de %edir ao Sen(or continuamente ue aumente o nosso amor %or ele, renove a cada momento a (umildade %ara sa$ermos ue não somos mel(ores ue ninguHm, coloue em nosso coração a convicção de sua misericGrdia em nossa vida %ara ue, no decorrer da conversa, não comecemos a ulg)-lo2 r2 Paul Tournier, em seu livro Cul(a e ra$a, no Mala so$re I Es%Nrito de 8ulgamentoJ2 IZ M)cil a %rincN%io, escutar sem %reconceitos2 Z ainda mais M)cil uando o %aciente nos ins%ira conFança ou, tam$Hm, uando ainda não sa$emos nada so$re ele2 !as torna-se mais diMNcil uando se trata de um vel(o con(ecido, uando con(ecemos tam$Hm a MamNlia, o meio am$iente e seus %ro$lemas2 s doentes sa$em disso e estão mais dis%ostos a consultar um %sicotera%euta distante do ue um de sua %rG%ria cidade2 Contudo, %ouco a %ouco, inevitavelmente Mormamos uma o%inião so$re o %aciente2 'lgumas de suas reaçes nos dece%cionam2 .Gs temos uma %roMunda sede de vida, de relacionamentos alegres e livre2 Precisamos ue nossos amigos nos considerem sem %reconceitos, vendo-nos como somos e não atravHs de luneta de uma doutrina moral, de uma teoria cientNFca ou de um diagnGstico mHdico2 Pois H assim ue eus nos ol(a2 'ssim, todo consel(o o$etivo, uer sea moral ou %sicolGgico, tem sem%re, atH certo %onto, o car)ter e o %eso de um ulgamento2 Z o consel(o de um (omem %ara outro (omem, uma %retensão de ar$itragem, uma %retensão de su%erioridade deste ue %ronuncia so$re o outro2 'ssim, toda discussão intelectual, mesmo condu"ida no mel(or es%Nrito de %esuisa em %rol da verdade, tem mais ou menos o sentido de uma luta %elo domNnio, uma $riga %elo %oder2 Cada um se engrandece demonstrando ue tem ra"ão, e ue o outro, %or conseXOncia, est) errado e H cul%adoJ2 Todos se defendem
Todo mundo so$ o gol%e de uma acusação, tem um reUe?o de deMesa, de ustiFcação %rG%ria2 ' res%osta V acusação $rota imediatamente em seu es%Nrito2 s argumentos surgem aos $or$otes, eles em$otam o %ensamento e não dei?am nen(um lugar V (umil(ação ou a uma conFssão de Maltas2 I/) mil ra"es v)lidas %ara se descul%arJ2 .o ardor da consolação dos amigos de 8G, ue a esta (ora ) se transMormara em discussão, ele se deMendeu mostrando suas o$ras .a)uele tem(o eu tinha um lu-ar reservado entre os cidadãos inuentes e di-nos de res(eito+ !uando os /ovens me viam che-ando levantam&se a abriam o caminho; os velhos #cavam em (* em sinal de res(eito+ At* as autoridades dei,avam de lado os assuntos im(ortantes e se calavam )uando eu che-ava+ Homens ricos e im(ortantes (aravam de falar sobre ne-2cios (ara me escutar+ Minhas (alavras eram a ale-ria da cidade e todos me conheciam como um homem honesto e /usto+ Eu a/udava os (obres )ue estavam sendo e,(lorados e os 2rfãos )ue não tinham nin-u*m (ara lhes dar abri-o+ A/udava os )ue estavam
@s (ortas da morte e eles me aben$oavam; eu a/udei muitas vi=vas e #carem ale-res novamente5 Em todas as minhas a$ões eu (rocurava ser /usto; #' da /usti$a minha rou(a de todo dia+ Eu servi de vista (ara os ce-os e de (erna (ara os alei/ados+ ?ui um (ai (ara os (obres e necessitados e at* aos estranhos eu (rote-i e /ul-uei com /usti$a *8G
:92>-16 @+2
ANT*NI(
!uem me conhecia (rocurava sem(re ouvir meus conselhos e /)calavam um (omem uem eu admiro %roMundamente2 todos se (araa me escutar+ !uando havia al-umaSeu d=vida ou nome H r2 8osH Ro$erto .er2 Z cirurgião, %roMessor da discussão eu sem(re tinha a =ltima (alavra (ois todos aceitavam &aculdade de !edicina da 5niversidade São Paulo, iniciou o a terra minhas o(iniões+ Todos es(eravam (elos meus conselhos como trans%lante de MNgado e H!uando muito conceituado em triste e seca es(era (ela chuvaIinter-vivosJ da (rimavera+ al-u*m estava sua )rea %oroser um %roFssional com%etente e muito (umano2de viver+ desanimado meu sorriso lhe devolvia a ale-ria e a dis(osi$ão !as omin(a %rinci%al admiração elemostrar não H %or tudo ue um ele rei )ue Para meu (ovo eu era um -uia%or (ara o caminho Ma", mas sim %elo ue ele Em )ue suasor-ani'ava (oras livres temos comandava os e,*rcitos um H2 chefe e um ami-o (ara evangeli"ado untos no /os%ital EmNlio Ri$as2 'ndando untos consolar os tristes *8G :92:1-:= @+2
%elasE,enMermarias, ouvindo Malando deo8esus aos(omem %acientes, de Mato, aos ol(os de e eus, 8G era mel(or so$re a Terra tam$Hm muito,recon(ecendo-se e a cada dia eu%ecador, veo mais *8G 12+2 Porconversamos outro lado, mesmo ele asa$ia ue de 8esus na vida irmão e amigo tão uerido2 o%essoa seu soMrimento não eradeste conseXOncia de algum %ecado seu *8G 192< ogo ue eu convidei %ara estar comigo neste (os%ital ue a @+2 'li)s, mesmo uando a %essoa tem cul%a, não H acusando-a ele temeuao %elo %erigo da contaminação */os%ital EmNlio Ri$as levaremos arre%endimento2 H somente %ara molHstias inMecciosas+ %or causa de seus I verdadeiro arre%endimento não surge tão r)%ido assim, não Fl(os2 isse-me ue oraria, e conMorme Mosse a orientação do tem esse car)ter autom)tico de um determinismo %sicolGgico2 Sen(or, iria ao meu encontro no (os%ital no dia seguinte2 arre%endimento sG vem de%ois de um longo com$ate, a%Gs uma deMesa Yuando c(egou, disse-mesomente uando a convicção de %ecado vem tumultuada2 'rre%ende-se -Como sem%re, o Sen(or venceu2 Se avi %odiado di"er : ser, do de dentro e não de Mora uando vem do %roMundo nosso eu tam$Hm %osso Senhor Nntimo * a minha e oda meu escudo di)logo comfor$a eus, ação do Es%Nrito Santo e não dos di"er I Sen(or H a min(a Morça e a min(a m)scaraJ2 ulgamentos dos (omens2 Começamos visitar %acientes2 ogoem nos um %rimeiros 's censuras atOm o os eMeito contr)rio (omem são dias, ele di"ia não sentir um amor es%ecial %or ualuer desencadeiam um ine?or)vel mecanismo de ustiFcação, mesmo %aciente2intençes Passou a%uras orar so$re este assunto, e o Sen(or l(ede uem (avendo e a mel(or $oa vontade da %arte res%ondeu colocando V sua Mrente 'nt#nio, um travesti2 Eu ) o critica2 (avia visto, nauele leito unto V anela, mas %reciso conMessar ue não senti nen(um amor %or ele2 Era a coisa mais Meia ue eu ) vira, mas o r2 .er o viu com outros ol(os2 'nt#nio tem mais de sessenta anos e deve ter %assado grande %arte de sua vida nessa [%roFssão]2 Seu rosto Moi marcado %or cirurgias %l)sticas mal Meitas2 Seu nari" Moi moldado de Morma $em aMeminada, seus l)$ios em Morma de coração, as maçãs do rosto $em acentuadas com silicone, e na testa, unto dos ca$elos, uma cicatri" de lado a lado, sinal de outra cirurgia %l)stica2 Seus ca$elos são o?igenados, as un(as com%ridas, so$rancel(as e?ageradamente Fnas e encurvadas e seios volumosos, V custa de ineçes de silicone2 .o uei?o veo crescendo alguns Fos de $ar$a2 Sua vo" H grave e a%agada, o ol(ar %erdido, sem e?%ressão2 .en(uma sim%atia, nen(um sinal de amor2 !orto ue ainda res%ira2 Yuem %oderia amar alguHm assimB !as eus %#s amor %elo 'nt#nio no coração do r2 .er2 &ui eu uem %rimeiro l(e Malei, e não tive %alavras %ara conter min(a indignação diante do uadro -SG 8esus, 'nt#nio, sG ele %ode auda-lo, transMorma-lo,
Continuou a dar-l(e atenção e carin(o, orando diariamente %or ele2 &oi muito gratiFcante uando 'nt#nio disse ue ueria ter 8esus como Salvador2 &iuei ao lado, enuanto r2 .er orava com ele e %or ele2 '%Gs a oração, uando l(e %erguntou onde estava 8esus, ele res%ondeu - 'ui, dentro do meu coração Ten(o certe"a de ue a conversação de 'nt#nio não se deu tanto %elas %alavras ue o mHdico usou, mas de sua demonstração de amor incondicional assemel(ou-o muito a 8esus, e dei?ou no coração dauele (omem uma %orta a$erta %ara a atuação do Es%Nrito Santo2 Is ue e?ercem alguma inUuOncia so$re vocO não são -
41F
Todo /ul-amento * destruidor
'ssim, a tr)gica conseXOncia do ulgamento ue aUoramos em alguHm H a de l(e $arrar o camin(o da (umil(ação e da graça, %ois o em%urramos %recisamente ao uso dos mecanismos de ustiFcação de si mesmo2 Em lugar de livra-lo de suas Maltas, Ma"emos com ue ele as deMenda2 Para ele, nossa vo" a$aMa a vo" de eus2 .Gs o tornamos im%erme)vel a esta vo" divina ue não escutamos senão no silOncio2 's res%ostas a%ai?onadas ue o nosso ulgamento desencadeia em sua alma Ma"em nel grande alarido*<0+J2 Somente uando 8G se viu Mace-a-Mace com o Sen(or, com a sua santidade e ustiça, %#de ver-se como realmente era2 Recon(eceu seu coração enganoso, mesmo so$ toda a sua luta %ara não %ecar2 @iu ue ele não era deus, mas (omem, e ue não %oderia c(am)-lo %ara ustiFcar seus atos divinos diante de 8G2 Somente %ela sua Draça ele %oderia ustiFcar a 8G2 ITalve" %ensemos ue somos %essoas muito $oas, mas sG %ensaremos assim enuanto não nos ac(armos diante dauele ue %ersoniFca a %rG%ria %ure"a2 Z a lu" %ura de eus ue trans%assa o (omem de um lado a outro2 SG conseguiremos manter uma a%arOncia de grande santidade enuanto não nos colocarmos em contato com esta lu", mas de%ois ue o F"ermos não (aver) lugar onde %ossamos esconder2
E#E SENTO" NAS CIN8AS E0 NOS ACEITO" E CATIVO" I' necessidade de aceitação H $)sica no desenvolvimento da %ersonalidade2 Todos nGs necessitamos de ser ueridos, valori"ados e com%reendidos %elas %essoas ue nos rodeiam*<:+J2 Precisamos de alguHm ue nos ame e nos aceite como somos na inMKncia, na adolescOncia, na mocidade, no casamento, na vel(ice e, Fnalmente, no momento da morte %recisamos ter uem aceite nossa %artida e se des%eça de nGs de maneira tranXila e carin(osa e um eus ue nos rece$a na vida eterna2 Z im%ortante sa$ermos ue cada %essoa H diMerente e es%ecial2 Tem suas virtudes, Mal(as e tam$Hm limitaçes2 'ceita-la H am)-la incondicionalmente, camin(ando a seu lado e dei?ando ue o Es%Nrito a transMorme e nos transMorme atravHs dessa ami"ade2 8esus tratava a cada %essoa de maneira es%ecial uando Malou com .icodemos *8oão 3+, %or e?em%lo, um (omem seguro de si, ue 41F
Cula e *a0a " CainJo@ G8. 14?. 42F Ao* iliitado@ G8. 33. 4+F
%recisava nascer de novo2 Se 8esus usasse as mesmas %alavras com uma %essoa Mraca e com sentimento de inMerioridade, talve" o resultado não Mosse $om2 .ão se %ode generali"ar2 s tem%eramentos são diMerentes, e tam$Hm suas estruturas MNsicas e %sNuicas2 ' mesma Mrase %ode audar na cura de um e na morte do outro2 Yuando sa$emos ue somos aceitos e amados %or eus como somos, a$rimos nosso coração %ara ue ele nos ca%acite a amar e aceitar as %essoas assim como Ele Ma" conosco2 Yuando aceitamos uma %essoa, %ermitimos ue ela nos cative e a%rendemos a am)-la cada dia mais2 i)logo entre a ra%osa e o Princi%e"in(o *de : Pe)ueno Prínci(e + I!in(a vida H monGtona2 Eu caço galin(as e os (omens me caçam2 Todas as galin(as se %arecem e todos os (omens se %arecem tam$Hm2 E %or isso eu me a$orreço um %ouco2 !as se tu me cativas, min(a vida ser) como c(eia de sol2 Con(ecerei um ruNdo de %assos ue ser) diMerente de todos os outros2 s outros %assos me Ma"em entrar de$ai?o da terra2 teu me c(amar) %ara Mora da toca, como se Mosse mQsica2 E de%ois, ol(aW @Os, l) longe os cam%os de trigoB Eu não como %ão2 trigo %ara mim H inQtil2 s cam%os de trigo não me lem$ram coisa alguma2 E isso H tristeW !as tu tens ca$elos cor de ouro2 Então ser) maravil(oso uando me tiveres cativado2 trigo, ue H dourado, Mar) com ue eu me lem$re de ti2 E amarei o $arul(o do vento no trigo*<<+J2 Yuando temos uma com%an(ia, alguHm ue H nosso amigo, ue nos ama e nos aceita assim como somos, %or maior ue sea a nossa dor ela diminui de intensidade, a solidão vai em$ora a vida tem nova cor e sentido2 'uele ue aceita os demais com a$ertura e Mranue"a, ue com%reende a sua %rG%ria necessidade de estar com os outros, e tam$Hm com%reende ue os outros tOm necessidade da sua %resença, desMrutar) de uma agrad)vel convivOncia, sem divises internas ou e?ternas ue o se%arem do mundo2 Ser) uma %essoa sã2 8esus H o camin(o, e leva o (omem ao encontro com eus, consigo mesmo e com o %rG?imo, dando signiFcado V sua e?istOncia2 &ico maravil(ada ao ler a N$lia e encontrar 8esus atuando em diMerentes situaçes, em ver seu carin(o e atenção %ara com cada %essoa, %rinci%almente %ara com aueles ue a sociedade reeitava2 Seu consolo %rinci%iava %elo envolvimento, aceitação e amor incondicionais2 Pelo ouvir com atenção2 Pelo toue, %elo colocar-se Inas cin"asJ, c(orar e soMrer com auela %essoa consolando-a2 8esus estava no meio do %ovo, ensinando-o, uando aconteceu algo inHdito os escri$as e Mariseus trou?eram V sua %resença uma mul(er ue (avia sido sur%reendida em adultHrio e, Ma"endo-a Fcar de %H no meio de todos, e?igiram de 8esus um ulgamento2 0Mestre3 disseram a 1esus 0esta mulher foi encontrada no (r2(rio ato de adult*rio+ A lei de Mois*s manda )ue se/a morta+ : )ue o Senhor 44F
" Peueno P*Kn7ie@ G8. ''.
acha%3 +++?icaram es(erando uma res(osta; então ele se er-ueu e disse< Muito bem /o-uem (edras at* ela morrer+ Mas s2 a)uele )ue nunca (ecou (ode /o-ar a (rimeira53+ 4e(ois abai,ou&se de novo e escreveu mais um (ouco na terra+ :s líderes /udaicos foram saindo um a um come$ando (elos mais idosos at* )ue s2 dei,aram 1esus com a mulher diante da multidão+ Então 1esus se er-ueu novamente e disse a ela< 0:nde estão os teus acusadores% .enhum deles condenou voc"%3+ 0.ão Senhor53 disse ela+ E 1esus disse< 0Eu tamb*m não+ Vá embora e não (e)ues mais3 *8o 2<-11 @+2
'ueles (omens ue a levaram V %resença de 8esus estavam andando com os saltos&altos da lei e da religião2 Eles estavam certos na lei de !oisHs, a mul(er %ega em adultHrio deveria ser a%edreada2 Para eles, ela não era uma %essoa, mas sim um caso2 Eles a estavam usando %ara %rocurar uma Mal(a em 8esus e terem como acusa-lo2 Como eles, nGs gostamos muito de contar casos alguHm ue se matou, alguHm ue morreu, alguHm ue adulterou, alguHm ue est) enMermo, alguHm ue est) endemoniado222 Casos %ara ilustrar nossas conversas e nossos sermes2 Em casos nGs não nos envolvemos, sG os o$servamos V distKncia, ou em contatos %uramente %roFssionais e su%erFciais2 !as 8esus não trata assim as %essoas2 Ele sa$e ue cada uma Moi Meita %elo Pai, com muito amor e cuidado, e Ele %rG%rio oMerece uma vida %ara ue estas ten(am vida2 Tu criaste todas as (artes internas do meu cor(o; tu uniste todas essas (artes (ara formar o meu cor(o en)uanto eu ainda estava no ventre de minha mãe+++ Tu conhecias (erfeitamente cada (arte do meu cor(o en)uanto eu ainda estava sendo formado no ventre de minha mãe como a semente )ue cresce debai,o da terra+ Antes mesmo de o meu cor(o tomar forma humana tu /á havias (lane/ado todos os dias da minha vida; cada um deles estava re-istrado no teu livro5 *Salmos 1392
13-16 @+2 Para 8esus, cada %essoa H Qnica, es%ecial e tem de ser aceita e valori"ada2 Yuando tratamos uma %essoa ue est) caNda com ulgamento e sem amor, criamos nela uma resistOncia V Palavra2 'tra%al(amos a ação do Es%Nrito Santo2 arre%endimento não começa uando somos condenados2 ' condenação somente condu" ao deses%ero2 Z o amor ue leva ao arre%endimento2 Ls ve"es, damos a im%ressão de ue o %erdão sG H concedido se Morem %reenc(idas umas tantas condiçes2 s amigos de 8G l(e di"iam ue nem l(e adiantaria orar ou Ma"er algo %ara ser ouvido %or eus2 Se voc" se arre(ender e voltar (ara 4eus ele devolverá tudo o )ue voc" (erdeu+ Se voc" lim(ar todo o (ecado )ue havia em sua família se dei,ar de lado seu amor (elo dinheiro e /o-ar fora seu ouro
#no -anho desonestamente então o (r2(rio 4eus o Todo&Poderoso será a sua ri)ue'a o seu ouro e a sua (rata+++ Suas ora$ões serão res(ondidas e voc" cum(rirá com ale-ria as (romessas )ue fe' a ele+ Todos os seus (lanos darão certo e os seus caminhos serão cheios de lu' *8G ::2:3-:=, :>-: @+2 Se se se +++ acusaçes Malsas e suas2 Su%ostos %rH-reuisitos %ara
ue 8G Mosse aceito %or eus, %ara ue suas oraçes Mossem ouvidas2 @oltemos V mul(er %ega em adultHrio uando todos, acusados %elas suas %rG%rias consciOncias, se retiraram2 8esus se dirigiu V mul(er e tratou seu %ro$lema em %articular2 Ele a c(amou de I!ul(erJ, a mesma %alavra ue %ronunciou uando se dirigiu V %rG%ria mãe nas $odas de Can) *8oão :2<+2 !ul(er signiFca I%re"ada sen(oraJ ele l(e deu um tratamento digno como ela nunca rece$era2 Pre'ada senhora onde estão os teus eles% .in-u*m te condenou% Tam(ouco eu te condeno+ Vai e não (e)ues mais+
Tratada como uma dama, aceita, amada2 l(ada com res%eito2 Como c(egar a essa condição %ara merecer esse tratamentoB Como não amar 'lguHm ue a aceitou e a considerou como um ser (umanoB E Moi esse amor ue a Me" dirigir-se a 8esus e a c(am)-lo de ISen(orJ2 Ela ueria ue ele Mosse o Sen(or, o dono de sua vida2 @ida nova, res%eit)vel, %ara agradar Luele ue a amou %rimeiro2 utaria cada dia %ara dominar seus deseos se?uais %rocurando uma vida decente, ue gloriFcasse ao seu Sen(or2 5ma %essoa ue H aceita %assa a aceitar-se tam$Hm, e a crescer2 evanta-se da lama, gan(a vestes novas e se esMorça %ara nunca mais sua-las2 .o amor e aceitação de 8esus, ela encontra Morças e es%erança %ara começar de novo2 5m novo camin(o2 5ma nova %essoa2
E#E SENTO" NAS CIN8AS E SE ENVO#VE" .ão %odemos consolar alguHm estando ausentes ou mantendo-se V distKncia2 I4sto uer di"er ue, se uma %essoa est) se aMogando num mar agitado, temos ue nos mol(ar, temos ue entrar em contato com ela2 SigniFca ue, se uma %essoa est) se e?traviando, não %odemos ignora-la, mas %recisamente estender a mão %ara alcança-la e restaurala2 .inguHm a%rende a nadar em uma sala de visitas, com um manual de curso %or corres%ondOncia2 Temos ue entrar na )gua*<=+J2 E Moi o ue 8esus Me"2 Ele não Fcou l) no cHu c(orando %or nossos %ecados e nos mandando cartes com mensagens2 Ele se Me" um de nGs e veio sentir na %ele as nossas dores, sentar-se ao nosso lado, c(orar unto conosco, %rovidenciar o remHdio %ara os nossos males *sua vida+ e nos consolar2 4$F
Eu@ u se*/o@ G8. 19'.
'tH Malar com a mul(er samaritana *8oão <2<-30+, ele sentou unto do %oço2 &alou com ela, envolveu-se em seu %ro$lema %ara %oder tratala2 Ele se encontrou com ela no %lano em ue ela se ac(ava seu lar ainda estava desMeito, sua vida va"ia, sua Mama muito ruim2 Ele a trou?e atH ele, mostrando-se como a bgua da @ida2 ^aueu era c(amado de I%ecadorJ %elos Mariseus2 'ssim eram considerados todos os de sua %roFssão, coletores de im%ostos2 Ele tin(a din(eiro, estavam $em com o governo e %odia viver sem se %reocu%ar com os Man)ticos religiosos2 !as não era Meli", levava uma vida isolada solit)ria2 &oi então ue ouviu Malar de um (omem c(amado 8esus2 ue mais o im%ressionara nesse relato, Mora a notNcia de ue 8esus sa$ia Ma"er as %essoas se sentirem V vontade em sua %resença, %rinci%almente %u$licanos e %ecadores2 uviu di"er ue ele não se %reocu%ava com a crNtica dos religiosos e atH se assentava e comia em casa de %essoas com m) re%utação, Ma"endo-as sentirem-se amadas2 e algum modo, a %resença dele as Ma"ia sentirem-se mais (umanas2 ^aueu uis ouvir esse (omem2 Reuniu-se V multidão, rece$eu muitas cotoveladas, e su$iu numa )rvore ue l(e %ossi$ilitaria ver 8esus uando %assasse %or ali2 8esus %arou de$ai?o dauela )rvore2 l(ou ^aueu com ol(os de amor2 'ceitou-o, mesmo sa$endo uem era2 ' mensagem do seu ol(ar deve ter sido -^aueu, eu não vim aui %or acaso2 @im ao seu encontro2 Sa$ia ue vocO, mesmo tendo tudo, não tem nada2 Sua vida est) va"ia, vocO H solit)rio, não tem ra"ão %ara viver2 Yuero ir V sua casa, não im%orta uão conMusa sua vida estea2 Eu vim %ara conserta-la2 Para salva-la2 8esus não %regou2 '%enas camin(ou com ^aueu %ara a casa dele2 Sentou-se com ele2 Comeram untos2 uviu-o com amor2 Envolveu-se com ele2 !as auele laço de amor %rendeu auele (omem e toda a sua vida Moi transMormada2 Precisamos a%render a aceitar as %essoas, envolver-nos com elas, a am)-las incondicionalmente, assim como 8esus Ma" conosco2 Yue nGs %ossamos a%render com o !estre a amar e, não nos im%ortando com uem Malamos, nos envolvermos %roMundamente com as %essoas %ara leva-las a 8esus2 em$ro-me do testemun(o de um ra%a", e?-travesti, ue tocou %roMundamente min(a vida2 Ele conta ue aceitou a 8esus num (os%ital, a%Gs soMrer um acidente muito grave2 &icou com o cor%o todo engessado e a ca$eça enMai?ada e imGvel2 'li, ouviu Malar ue 8esus o amava, o aceitava como ele era e ueria envolver-se em sua vida, %erdoando-o, salvando-o e transMormando-o2 Este ra%a" saiu do (os%ital uma nova %essoa2 @i$rando de amor %or 8esus, Moi logo %rocurar uma igrea evangHlica, mas não uiseram aceita-lo %orue ele era IdiMerenteJ, com todos os seus treeitos2 e%ois de andar %or v)rias igreas e ter a mesma rece%ção e dece%ção, uma o acol(eu2 !as todos tin(am vergon(a de
serem vistos a seu lado2 &alavam V distKncia, oravam V distKncia, mas não se a%ro?imavam2 !as ali, eus (avia colocado uma moça es%ecial2 Ela aMastou os %reconceitos e %assou a andar com ele, disci%ulando-o2 Envolveu-se2 Sem medo de crNticas, sem vergon(a, tratando-o como uma %essoa res%eit)vel, considerando-o2 E este ra%a" cresceu2 Começou a %erce$er em ue era diMerente dos outros (omens e, %or amor a 8esus e consideração V amiga, esMorçou-se %ara mudar2 &icava (oras diante do es%el(o, o$servando e corrigindo seu eito de andar e seus treeitos2 .o gravador, gravou uma Fta com a sua vo" e com a vo" de um (omem normal e esMorçou-se %or imita-lo2 /oe, ele H realmente um (omem, sem nen(uma caracterNstica aMeminada2 .ovo, transMormado 222 %orue alguHm resolveu se envolver com ele2 IPartici%ar do %rocesso de consolo H não Mugir de nen(uma situação, H não arrumar descul%as %ara não estar %resente uando acontecerem situaçes consideradas desagrad)veis, H %ermitir o c(oro ue $rota l) de dentro, es%ecialmente uando o outro estiver c(orando, e c(orar unto com ele2 Z estar %resente de cor%o e alma e não somente de cor%o e m)scaras2 Z não ter medo de e?%ressar as angQstias, as triste"as, %reocu%ado com Io ue vão %ensar de mimJ, Io ue vão di"er de mimJ2 ue %ensarem, o ue disserem ser) %ro$lema dos outros, não nosso2 Estar dis%onNvel com%letamente, não di" res%eito a Fcar ali todo o tem%o, mas dedicar o tem%o ue Mor %ossNvel, sem se anular como %roFssional, como c#nuge e muito menos como gente, %ara atender Vuela %essoa de modo inteiro, de cor%o e alma*<6+J2
E#E SENTO" NAS CIN8AS???E NOS TOCO" Todos nGs %recisamos ser amados e admirados2 Dostamos de ser c(amados %elo nosso nome2 Rece$er elogios %or %euenos atos, recon(ecimento %ela nossa %essoa2 ' vida oMerece muitas o%ortunidades de alcançarmos as %essoas com uma %alavra, um gesto ou um toue2 Yuantas %essoas %assam %ela nossa vida a cada dia, e não Ma"emos nada %or elas2 /) em todos nGs, em certas circunstKncias, uma necessidade de sermos aceitos Fsicamente, de sermos tocados com carin(o, de sermos $eiados2 Yuanta gente sedenta %or um carin(oW urante a uventude a %ele H agrad)vel, saud)vel os ovens sentem-se orgul(osos de seus cor%os e não se envergon(am de tocar ou serem tocados2 !as e auele sen(or idoso, na solidão em ue o dei?ou a es%osa uando Maleceu, ou os Fl(os ao esta$elecerem suas %rG%rias vidasB E auele enMermo, com a %ela seca e rac(ada, tocada a%enas %elas mãos do mHdico, em car)ter %uramente %roFssional, tHcnicoB Yuem ir) toca-los com carin(oB 4'F
"s ue a*te@ os ue i7a@ G8. 1+).
8esus a%ro?imou-se dos enMermos e tocou-os suas mãos estiveram em contato com a le%ra uando tocou le%rosos ue a%enas eram tocados %or outro le%roso, se H ue eram tocados2 Yuando ensino alunos nos nossos cursos de @isitação /os%italar, sem%re l(es digo %ara não oMerecerem a mão ao %aciente, se %ossNvel não toca-lo, %ara não l(e transmitir inMecçes ou serem contaminados2 !as isto nem sem%re deve ser Meito2 /) ocasies es%eciais em ue as %alavras são insuFcientes, a dor muito grande, e o amor tem ue ser e?%resso atravHs de um toue2 ReFro-me %rinci%almente a %acientes idosos e tam$Hm aos %acientes terminais, ue ) não conseguem Malar e %ouco ouvem, mas cuos ol(ares aUitos nos atraem e levam nossos dedos a acariciar seus ca$elos, segurar suas mãos2 Certa noite estava no /os%ital EmNlio Ri$as visitando algumas %essoas com '4S em estado terminal2 .o leito unto V %orta estava um ra%a" de de"oito anos e a%ro?imadamente trinta uilos2 P)lido, esuelHtico, sem dentes, gemia de dor e gritava deses%erado2 isse-l(e algumas %alavras,tentei acalma-lo, mas nada deu resultado2 Pedi V enMermeira ue conversasse com o mHdico e l(e %rovidenciasse um remHdio %ara a dor, ao ue ela me inMormou ue ele ) o (avia tomado () %ouco tem%o2 Sem sa$er como agir, saN e Mui atender a outro %aciente ue me c(amava, ouvindo seus gritos deses%erado %elo corredor2 e%ois de alguns minutos voltou o silOncio2 'ca$ando de atender ao segundo %aciente, voltei %ara ver o ue acontecera ao ra%a"2 Rita, uma amiga ue me Ma"ia com%an(ia nauela noite, (avia entrado no uarto em %H, encostando-se ao seu leito, aconc(egou o ra%a", co$riu-o e começou a acarici)-lo, enuanto segurava sua mão2 .ão disse nada, sG o tocou2 'os %oucos ele Moi se acalmando, e Mec(ando os ol(os, dormiu2 '$andonado %ela MamNlia, reeitado %or todos, ele %recisava de um toue de amor2 Pe)uena
eus, como min(as mãos estão vel(asW .unca disse isto em vo" alta, mas como estão vel(asW '(W como ) me orgul(ei delas eram suaves como %ele de %Ossego2 'gora, são como %)ginas vel(as, como Mol(as secas2 Yuando Moi ue estas mãos delicadas, graciosas, envel(eceram, enrugaram-se assimB 'gora estão aui so$re meu colo, testemun(o mudo deste vel(o cor%o ue me serviu tão $em2 Yuanto tem%o Ma" ue ninguHm me tocaB @inte anosB &a" vinte anos ue estou viQva222 Res%eitada2
Sorriram-se muitas ve"es2 !as ninguHm me toca, ninguHm me a$raça nunca me a%ertam assim, calidamente, %ara ue eu vea desa%arecer a solidão ue H sem%re min(a2 '(W Sen(or, uando me lem$ro de como min(a mãe me a$raçava uando alguHm me magoava ou me MeriaW Ela me a%ertava entre seus $raços, acariciava meus ca$elos sedosos e $atia-me suavemente nas costas com suas mãos delicadas (W eus, como estou tão sGW em$ro-me do %rimeiro ra%a" ue me $eiou .Gs dois tão novos nisso222 Sa$or de l)$ios ovens2 '(W Sentir dentro em mim esses mistHrios ainda descon(ecidos2 Recordo-me de Yuiue222 e das crianças *sG %osso record)-los untos+2 auele deseo %roMundo e ine?%eriente de ovens amantes, vieram os $e$Os e enuanto cresciam, crescia tam$Hm o nosso amor2 eus, Yuiue não se im%ortou uando meu cor%o engordou nem uando murc(ou um %ouco222 Ele ainda o amava e o tocava não nos %reocu%)vamos %or ) não sermos tão es$eltos222 .ossos Fl(os me a$raçavam muito2 (W eus, como estou so"in(aW Por ue não criamos nossos Fl(os %ara ue Mossem $o$os e nos dessem ternura, em ve" de cri)-los %ara serem dignos e corretosB @OsB Cum%rem seu dever @Om V min(a casa em seus carros modernos2 vem ao meu uarto e cum%rimentam-me educadamente2 !as não me tocam222 C(amam-me !amãe ou @ovG nunca me c(ama de Peuena
!amãe me c(amava de Peuena e atH meus amigos2 Yuiue me di"ia Peuena tam$Hm2 !as eles se Moram2 Peuena tam$Hm se Moi2 SG @ovG est) aui2 Como tudo est) so"in(a*<>+W
E#E SENTO" NAS CIN8AS???E NOS O"VI" :uvi atentamente as minhas ra'ões+ e /á isso me será a vossa consola$ão *8G :12:+2
/ouve uma %essoa a uem sem%re serei %roMundamente grato, %ois na H%oca em ue %assava %or grande de%ressão teve amor %or mim, ouviu-me com %aciOncia, sem me ulgar, escutou min(as tolices, escutou min(as contradiçes222escutou, escutou, escutou, e durante todo o tem%o em ue me escutava, não se dei?ou levar %ela tentação de $ancar eus comigo2 Todas as %essoas ue ) %assaram %or um soMrimento muito grande con(ecem o valor de um amigo ue, em$ora creia sa$er a solução %ara tudo, limita-se a%enas a escutar as %erguntas2 s amigos de 8G não %araram %ara ouvi-lo2 Eles ouviram as %alavras ue $rotavam de seus l)$ios, mas estavam surdos ao clamor de sua alma*<+2 Todos nGs, sem e?ceção, estamos mais interessados em nGs mesmos - nossos sentimentos, reaçes, Muturo, como %arecemos aos outros - do ue em ualuer coisa2 Sua dor de dente, %or e?em%lo, aMeta vocO mais %roMundamente do ue sa$er ue dois $il(es de %essoas irão dormir com Mome esta noite *<9+2 Z necess)rio um esMorço e?tra %ara sairmos de dentro de nGs mesmos, %ara desviarmos nossa atenção %ara alguHm, ouvir de verdade e con(ecer a%oio sincero2 &a"er isso H e?%ressar carin(o e cuidado, ue H uma Maceta do amor2 s amigos de 8G, em seu silOncio de sete dias e sete noites, %re%aravam sermes, discursos e receitu)rio de MGrmulas de consolação %ara ogar so$re 8G2 .ão se identiFcaram com ele na sua dor, não e?erceram açes de consolação, mas o massacraram com seu %alavrGrio2 's ve"es em ue 8G uis e?%ressar seus sentimentos ante a %erda de seus Fl(os e $ens, Moi re%reendido %elos consoladores2 Precisamos a%render ue não (aver) verdadeira consolação enuanto não ouvirmos de coração auele ue soMre, sem nos alarmarmos com as %alavras ue escutamos2 4?F
D. >onJoee*@ 7itado e Cu*a* taL L ta*ea da i8*eSa@ G8s. ?4?$. De7e7ionado 7o Deus@ G8. 41. 4)F A a*te de *ela7iona*se 7o as essoas. 49F
Precisamos dei?)-lo desa$aMar2 4m%edir o desa$aMo H aumentar a dor, tal como F"eram os consoladores de 8G, e suas atitudes Moram consideradas como %ecado aos ol(os de eus2 ' mel(or maneira de Ma"er o outro desa$aMar H dei?)-lo Malar2 Este Malar im%lica a necessidade de alguHm escutar2 ' %essoa ue ouve não deve ser somente alguHm sentado diante do ue Mala, mas alguHm ue %artici%a, ue %ergunta, ue %rocura entender auele ue Mala, ue sente o ue ele est) sentindo2 Yuando o consolador dis%e-se a escutar em%aticamente, ele não ouve somente as %alavras, mas o$serva gestos, Fsionomia, tom de vo", %ostura e os inter%reta de maneira a ouvir alHm das %alavras2 'o nos tornarmos ouvintes ativos, %erdemos nossa identidade e convicçes, saNmos de nGs mesmos e entramos no mundo da %essoa, Mocali"ando so$re ela toda a nossa atenção, demonstrando interesse e carin(o2 Se uisermos consolar alguHm ue est) soMrendo, a mel(or coisa ue %odemos Ma"er H nos colocarmos V sua dis%osição, sensNveis e amorosos, %ara ouvi-la2 Ela %recisa e?%ressar seus sentimentos de maneira conMort)vel %ara si, sem medo de condenação2 ets urn(am era es%osa de %astor, tin(a duas Fl(as e levava uma vida normal, atH desco$rir ue estava com cKncer e ter ue ser internada em um (os%ital em grande soMrimento2 Ela escreveu o livro !uando seu ami-o está morrendo ue muito nos auda a a%render a visitar enMermos, %ois ela descreve seus sentimentos, analisando cada visita, e mostrando-nos as (oras em ue rece$eu maior consolo+ Z do leito de dor ue ela escreve /) dias em ue eu ten(o vontade de Malar so$re meus sentimentos, meu tratamento, o a$orrecimento de Fcar deitada de costas no (os%ital, min(a %reocu%ação com meu marido e Fl(as2 utros dias, não consigo seuer tocar na idHia de cKncer2 Eu nunca sei ual vai ser a min(a dis%osição2 !as gostaria se meus amigos me %erguntassem diretamente so$re o ue eu gostaria de conversar*=0+2 ' doença grave conFna muito2 Seu amigo ou sua amiga %ode ter ue Fcar de cama, num (os%ital ou em casa, %or longo tem%o2 Yuando vocO %ergunta Como vocO est) se sentindoB a re%osta %ode ser muito $em ser esta a$orrecido*a+W2 .este %onto, não mude a conversa %or uma descrição egoNsta de todos os Qltimos Flmes ue assistiu e es%ortes ao ar livre ue %raticou2 Sonde o tHdio da %essoa2 Ela talve" gostasse de ler algumas revistas ou Ma"er algum tra$al(o manual2 Em muitos casos, o tHdio H %rovocado a%enas %ela idHia de ue a vida continuou sem vocO, ue ninguHm se im%orta em estar ao seu lado no lugar em ue vocO se encontra2 's emoçes são um %onto im%ortante so$re o ual seu amigo ou amiga talve" ueira Malar2 .ão se esueça de ue esse H um terreno delicado2 'lgumas ve"es as %essoas %erguntam Como vocO se sente %assando %or tudo issoB !in(a res%osta %oderia ser geral !iser)vel2 $+F
Buando seu ai8o estG o**endo@ G8. 2+.
.um momento assim, amigos es%eciais audarão a es%eciFcar a emoção como um %rimeiro %asso %ara tratar com ela2 .o curso da conversa vocO %ode %erguntar ' sua doença o torna "angadoB Sente-se solit)rioB Yual sua maior %reocu%açãoB Yuais as suas maiores necessidadesB*=1+2 Iuvir H um dos %rimeiros e mel(ores %assos %ara audar seu amigo ou sua amiga a vencer as lutas emocionais, mentais e es%irituais ue acom%an(am a molHstia2 5m amigo ue ouve enMrenta a seu lado os conUitos Nntimos, levando untamente o seu Mardo, transmitindo-l(e %arte de sua energia %ara ue %ossa lutar %ela vida*=:+J2 IYuando nos dis%omos a ouvir com interesse e amor, %erce$emos ue %rinci%iamos ouvindo Matos e %assaremos a ouvir sentimentos2 L medida ue o relacionamento se a%roMunda, começamos a ouvir conFsses Nntimas ue aliviam a %essoa2 ' conFssão a eus encarnado no ouvido atento e %erdoador do irmão H um recurso %oderoso %ara %romover a saQde2 'o a$rir seu coração o outro descarregar) o %eso do segredo ue corrGi sua saQde es%iritual e MNsica2 'uele ue Moi ouvido e %erdoado ser) o ue vai escutar e %erdoar e assim se cria um crescente es%Nrito de aceitação e %erdão2 %ro$lema H ue uase todos nGs Mugimos dos relacionamentos %roMundos Momos condicionados a dar res%ostas su%erFciais nos momentos mais delicados2 Iem na (ora em ue nosso amigo est) %assando %or um %erNodo duro e %recisa ouvir de coração %ara coração, damos uma res%osta Mormal [l(e, tudo vai aca$ar $emW asta vocO a%render a manter-se Frme e %ensar em coisas agrad)veis ue logo voltar) %ara casa, uando menos es%erar*=3+J2 .ão sei uem ensinou ue o cristão amais deve e?%ressar emoçes negativas2 s amigos de 8G Fcaram c(ocados e em$araçados com suas uei?as e %rocuraram silencia-lo2 !as ele se uei?ou amargamente de sua dor e soMrimento, mesmo assim mantendo-se a%enas a%egado a eus2 .um momento estava se dirigindo aos amigos e, no seguinte, Malando com eus2 Suas %alavras são c(orosas, uestionadoras, mas ele se e?%ressa com li$erdade, com intimidade diante de um eus ue o con(ece %roMundamente e continua a am)-lo2 Ten(o certe"a de ue Ele com%reende os nossos sentimentos, e não nos volta as costas uando estamos Mracos, magoados ou de%rimidos2 .ão e?ige ue Fuemos I$on"in(osJ e Malemos Idireitin(oJ %ara nos ouvir, %ara nos dar atenção2 Ele est) conosco onde estamos nos cumes das montan(as ou no IMundo do %oçoJ2
E#E SENTO" NAS CIN8AS???E NOS PERMITI" !A#AR COM E#E
$1F
Buando seu ai8o estG o**endo@ G8. 23. Buando seu ai8o estG o**endo@ G8. 2$. $3F Buando seu ai8o estG o**endo@ G8. 3+. $2F
IE?iste uma inter%retação muito inMeli" do livro de 8G ue leva as %essoas a soMrerem em silOncio2 Yuando alguHm se atreve a %erguntar alguma coisa a eus, ou a sugerir-l(e ue gostaria de ser curado, essa inter%retação o Ma" sentir-se cul%ado2 etesto auela Mrase [.ão c(oreiW .ão Male nadaW] 's l)grimas são uma Morma de tera%ia, e o desa$aMo tam$Hm2 's emoçes re%rimidas e?%lodem, mais tarde, de outra Morma*=<+J2 .osso cuidado %ara não %arecer ue estamos revoltados contra eus, Ma" com ue limitemos nossos lamentos a %alavra Iaceit)veisJ, mas ue não e?%ressam nossos sentimentos2 I5m cristão não deve e?%ressar sentimentos de revolta, mas do$rar-se V vontade de eusJ2 4sso H estoicismo, H manter uma es%ada so$re a ca$eça e uma Maca so$re a lNngua não H cristianismo2 Z realmente signiFcativo ler em !arcos 1=23< Meu 4eus meu deus (or)ue me abandonastes% *Salmo ::+2 grito de 8esus serve como lin(a de a$ertura %ara este Salmo2 Em$ora sea verdade ue a resignação em Mace da vontade de eus H uma virtude, ela não e?clui uma certa luta com eus, um Morte di)logo com Ele2 e Mato, somente uma grande MH torna isso %ossNvel, e uanto maior Mor a luta, tanto maior dever) ser a resignação2 .ão () motivos %ara se escandali"ar com linguagem dos Salmos ou de 8G ou de 8eremias2 %rG%rio 8esus c(orou *8oão 1123=+2 Z uma uei?a (onesta, e?%ressa de Morma lGgica ao Sen(or2 Z um di)logo tão es%antoso, ue muitos se sentem inclinados a recuar Mrente ao %ossNvel Mato de se dirigir ao Sen(or em Morma assim viva com a de lamento IPor ueB Por uanto tem%oB 'cordaW evanta-teWJ 's IconFssesJ de 8eremias tOm o mesmo teor dos lamentos2 Este %roMeta, mais do ue os outros, revelou os soMrimentos %essoais ue teve de su%ortar, a%esar de sa$er ue o Sen(or estava com ele *8eremias 12, 1-19+2 ' murmuração e?%rime desgosto em Mace de uma calamidade irreversNvel, ao %asso ue o lamento H um a%elo V com%ai?ão de eus, %ara ue ele interven(a e mude a situação de deses%ero2 alter rueggemann, em seu livro The ?ormfulness of rief *' criatividade da dor+, desenvolveu o tema lamento e o com%arou, em Morma de constraste e semel(ança, a v)rios est)gios ue Eli"a$et( X$ler-Ross, em seu livro :n 4eath and 4Rin- *a morte e agonia+, detectou em %acientes (os%itali"ados2 %rimeiro degrau H o a$andono e isolamento aMetados %or um enMermo2 Ele fe' meus (arentes se afastarem de mim e meus ami-os me considerarem um desconhecido+ Meus (arentes não me dão a/uda e meus ami-os nem se lembram de mim+ Meus (r2(rios em(re-ados )ue vivem em minha casa me des(re'am e di'em )ue eu sou um estranho+++Minha (r2(ria es(osa não che-a (erto de mim+++Meus ami-os mais che-ados a)ueles a )ue eu mais amava tamb*m me condenam e me des(re'am *8G 19213-16, 19 $4F
AlL da do*@ G8. ?'.
@+2 segundo est)gio H de angQstia e indignação e re%ercute no lamento, onde a angQstia desem%en(a %a%el im%ortante2 Em terceiro lugar, a I$argan(aJ criada %elo %aciente ue desea dar e?em%lo de I$om com%ortamentoJ *8G :9 e 31+2 Em uarto lugar, o sentido de de%ressão e inutilidade %ode ser ilustrado %elo Salmo ::262 Mas eu valho menos )ue um homem5 .ão (asso de um verme; todos 'ombavam de mim e sou des(re'ado (elo meu (ovo+ Entretanto, o salmista mantHm
di)logo contNnuo com o Sen(or aN a de%ressão incentiva a %etição2 &inalmente, o est)gio de aceitação no %aciente corres%onde V certe"a de ue Moi ouvido*==+J2 !uitos de nGs temos um conceito errado do ue sea IMalar com eusJ, orar2 'o ouvirmos ue um irmão vai orar na igrea, ) sa$emos de cor suas %alavras, %orue são sem%re as mesmas2 C(eias de reverOncia, com Mrases $em ela$oradas, agradecimentos e %edidos muito dignos, mas sem%re iguais2 'trevo-me a di"er ue eus est) enoado destas Ire"asJ va"ias, ue não são conversas2 rar H conversar com eus com es%ontaneidade e intimidade, H a$rir o meu coração, rir e c(orar, sa$endo ue estou sendo ouvido2 Z tam$Hm uestionar as coisa ue estão me acontecendo e ue eu não entendo, H conMessar a ele não sG os meus %ecados, mas tam$Hm a min(a irritação %elo ue est) %ermitindo, %elo ue as %essoas estão Ma"endo2 Z Malar o dia inteiro, sem ue os l)$ios se movam, H dei?a-lo %artici%ar das %euenas e das grandes coisas do dia-a-dia2 IEm sua mais e?trema aUição 8G clamou ao Sen(or2 su%remo deseo de um aUito de eus H, uma ve" mais, ver Mace a Mace de seu Pai2 Sua %rimeira oração não H I'( se eu %udesse ser curado da enMermidade ue agora enc(e o meu cor%o de c(agasWJ nem I'(W, se eu %udesse ver meus Fl(os tra"idos de volta das %roMunde"as da morte e min(as %ro%riedade mais uma ve" reavidas das mãos do es%oliadorW !as io seu %rimeiro e mais %roMundo clamor H I'(W se eu sou$esse onde encontra-lo – auele ue H o meu eus – e %udesse c(egar ao seu tri$unalW deseo de ter comun(ão com eus se intensiFca devido a terem Mracassado todas as outras Montes de consolação2 8G (avia sido traNdo em sua es%erança de ue os amigos o consolassem2 Ele descarta todas as es%eranças terrenas e e?clama I'(, se eu sou$esse onde encontrar o meu eusW .ada nos ensina mel(or uão %recioso H o Criador, do ue a %erce%ção da Mutilidade de tudo ue nos cerca*=6+J2 8oac(im raun, %astor Merido com a morte de sua es%osa, escreve Irar H mais ue Malar com eus2 !uitas ve"es H clamar e gritar a eus2 4sto a gente sG a%rende na dor e nos momentos de aUição2 Eu %erce$o ue na oração o%eram não sG as oraçes vocais, a ra"ão e o sentimento, mas a totalidade do (omem cor%o, alma e mente2 .ão H $$F $'F
; e #alos "*a0ão Ei7a:.
em livros nem em escrivanin(as ue a%rendemos oração e assistOncia es%iritual2 '%rendemo-las em situaçes $em %essoais e conUitantes de nossas vidas, uando estamos at#nitos e Meridos, uando c(egamos V estaca "ero2 Estamos então %re%arados %ara rece$er a Palavra de eus de Morma $em %essoal, %ara de%ois transmiti-la ao %rG?imo em misericGrdia e muito amor *=>+J2 5ma mãe %erdeu seus trOs Fl(os em idades e situaçes diMerentes da vida2 Ele escreveu um livro muito ins%irador, c(amado Dosas em 4e'embro , onde conta como eus coloca %essoas ou situaçes $oas e de consolo uando tudo o mais est) cin"ento e morto2 Ela escreve Ieus se tornou meu Consolador2 Ele est) sem%re V min(a dis%osição, não se im%acienta comigo, não me ulga nem reeita uando admito estar magoada2 eus e?%erimentou a triste"a2 Ele Moi de Mato um Pai enlutado, %orue tam$Hm teve um Fl(o ue soMreu e morreuJ2 Irar com alguHm aUito H Malar sim%les e o$etivamente com eus, enuanto segura sua mão ou a$raça2 raçes $em ela$oradas em termos diMNceis ou muito I%astoraisJ soam distantes e artiFciaisJ2 I %astor deve criar um am$iente em ue H aceit)vel sentir m)goa atH contra eus2 Ele entende e ama o %aciente muito mais do ue o %astor e a MamNlia do doente2 Todos devem aceitar sua Mrustração, desKnimo e m)goa, audando-o a desa$aMar, atH mesmo e?%ressando coisas ilGgicas e a$surdasJ *Cuidados (astorais em hora de crise +2 I5ma audaciosa mensagem do livro de 8G H ue vocO %ode di"er mais coisas %ara eus2 ançar so$re ele a sua triste"a, a sua ira, a sua dQvida, a sua amargura, a sua traição, a sua dece%ção2 Ele %ode a$sorver tudo isso*=+J2
@ %O Teu Deus Onde Est1 4eus tu me lan$aste na lama e me tornei semelhante ao (2 e @ cin'a+ Clamo a ti e não me res(ondes; estou em (* mas a(enas olhas (ara mim+++ 4e um montão de ruins não estenderá o homem a mão e na sua desventura não levantará um -rito (or socorro% Acaso não chorei sobre a)uele )ue atravessava dias difíceis ou não se an-ustiou a minha alma (elo necessitado% A-uardava eu o bem e eis )ue me veio o mal; es(erava a lu' veio&me a escuridão+ *8G 30219, :0, :<-:6+2 $?F $9F
Ent*e o 7onsolo e as lG8*ias@ G8. 14. De7e7ionado 7o Deus@ G8. 23$.
Das +&oBunde5as ,la-o Perdoa-me a Mranue"a, a uase aud)cia da conFssão2 !as, neste momento, tu me %areces terrivelmente a$strato2 Tão distante, ue min(a alma se angustia como alguHm ue %rocura um o$eto sa$endo ter coragem de acreditar ue ele ) não e?iste2 Terei sido (i%Gcrita durante todo este tem%oB usando-te a%enas como elemento de %restNgio, mas sem nen(uma convicção da e?istOncia tuaB !as, se assim Mosse, %or ue te escrevoB Por ue me dGi tanto sentir-te distanteB Como %osso com%reender o grito do %oeta nde est)s ue não me res%ondesB e o clamor do %atriarca Yue mal te F", Es%reitador de (omensB .ão Hs tu o autor de tudoB .ão tens nas mãos todo o %oderB Yue es%eras, então, %ara transMormar-me em algo Qtil, digno da tua coleçãoB .ão te %arece isso uma omissão cruelB Tu o sa$es ali)s, tu mesmo o aFrmaste Sem mim, nada %odeis Ma"er2 .o entanto, aN est)s, invisNvel em algum lugar, go"ando sua %erMeição, enuanto, c) em$ai?o, eu me de$ato2 @erme so$ o monturo, cavando uma a$ertura na direção do sol2 Z isso ustoB Talve"2 Z misericordiosoB .ão sei2 em, %osso com%reender ue ueiras instruir-me atravHs de alguma Morma da dor2 !as não te seria mais M)cil modelar-me de uma sG ve"B Trocando logo o %ano vel(o %elo novo, sem me su$meteres a um %rocesso ue H a min(a limitação e
%arece longo e cruelB 8) uma ve" %rometeste trocar meu medo %or uma canção2 E eu cantei %or algum tem%o2 !as, agora, mais uma ve" me esca%as, e eu me sento ao %H de um Mogo %agão %ara auecer-me, e %ara esuecer2 .ão ser) %reciso ue o galo cante %ara Ma"er-me lem$rar ue não H meu lugar aui2 Yuer eu Mua, uer me cale, desco$rirão ue nossos camin(os se cru"aram um dia, e a marca Fcou, indelHvel, como um tim$re a Merro e Mogo2 Por isso, ) ue nem mesmo tua oni%otOncia %ode retirar o ue me deste, voltaW @em ter comigo, ou leva-me %ara onde est)s2 Se o meio H a morte, não im%orta2 essencial, o deses%eradamente necess)rio, H a%enas tu mesmo2 'mante de min(a alma, Sen(or do meu destino, Ra$oni meuW *MRrtes Mathias+ Passando os ol(os so$re v)rios livros do 'ntigo Testamento, e %rinci%almente so$re o de ProvHr$ios, encontramos versNculos ue ustiFcam a teologia %regada na H%oca de 8G e %roclamada %or seus amigos2 Is $ons serão a$ençoados e %rotegidos %or eus, e os Nm%ios %agarão %or seus %ecados com a %erda de seus $ens e ueridos, dores e angQstia2 Se vocO est) soMrendo, 8G, H %orue vocO H Nm%io, tem %ecados escondidos e a mão de eus est) %esando so$re vocOJ2 !as o Sen(or ue %ermitiu ue 8G %assasse %or todo o soMrimento, tam$Hm %ermitiu ue suas %alavras e sua vida Mossem registradas em sua Palavra, a N$lia, %ara nos ensinar ue nem sem%re o soMrimento H resultado do %ecado, servindo-nos de consolo uando %assamos %elo Ivale de l)grimasJ2 Caio &)$io em .o 4ivã de 4eus , Mala so$re a %retensão ue temos de, %orue somos Fl(os de eus, %ensamos ue rece$emos dele um Iguarda-c(uvaJ contra os %ro$lemas da vida IPorue somos [FHis], ac(amos ue eus tem a o$rigação de ser o nosso [%astor alemão] invisNvel, e não %ermitir ue seamos assaltados
%orue somos [crentes], e cantamos e erguemos as mãos, ulgamos ue eus tem a o$rigação de não %ermitir ue vNrus algum %enetre o nosso cor%o %orue somos %retensos [santarres], %ensamos ue a misericGrdia de eus em nossa vida sG se conFgura atravHs da im%ossi$ilidade de sentirmos dor %orue sG somos crentes do eus de '$raão no $ons dias de '$raão, esuecemos ue seu eus H o eus de !ori) e tam$Hm o de 8G – H o eus irres%ondNvelJ2 8G mostrara-se (umanit)rio com a escGria (umana2 Eram %essoas ue não mereciam nada, mas 8G c(orou %or elas, audou-as, cuidou de suas necessidades e dores2 !as agora, uem c(ora %or 8GB ' Qltima alegação no sentido de %ossuir (umanidade ) se Moi uando ela se torna uma %iada %Q$lica %ara os mais de%ravados e ninguHm os reMreia2 'gora, 8G H o %aria em uem as %essoas cos%em2 Mas a-ora se riem de mim os de menos idade do )ue eu e cu/os (ais eu teria desdenhado de (Fr ao lado dos cães do meu rebanho+++A-ora eu me tornei motivo de 'ombaria e brincadeiras maldosas (ara esse ti(o de -ente+ Eles me des(re'am fo-em de mim e não (erdem uma chance de me cus(ir no rosto *8G 3021 'lmeida 't 9,10
@+2
!as, %ior ue o des%re"o e a reeição, os maus tratos e o noo ue ele %rovoca nos outros, o (orror de não %oder Mugir de seu %rG%rio cor%o, de seu %rG%rio c(eiro de %us, de sua dor, de tudo isto estar acontecendo em uma ra"ão, sem ue 8G ten(a Meito nada %or merecer222%ior H ele sa$er uem H o cul%ado de todo o seu mal eus2 8G sa$e ue Ele tem o controle so$re todas as coisas %ortanto, se o mal est) l(e acontecendo, eus est) %ermitindo2 4eus tu me lan$aste na lama+++ Clamo a ti e não me res(ondes; estou de (* mas a(enas olhas (ara mim *8G 302:0, :1+2
8G su%licava ue eus o ouvisse, ue l(e %restasse atenção, ue desse ouvidos ao seu clamor, mas %arecia ue eus estava distante, ol(ando-o indiMerentemente2 Tento imaginar a dor de 8G %ela a%arente ausOncia da atuação de eus2 Sentira-se como uma criança %euena, de uem se tirara tudo e ue agora estava doente, c(orando, %edindo com seus ol(in(os lacrimeantes ue o %ai cuidasse dela, mas este se mantHm Mrio, ol(ando-a, vendo-a c(orar e clamar sem l(e res%onder2 Sua maior dor não %rovin(a do des%re"o dos amigos e %arentes, nem de suas %erdas, nem de suas Meridas222mas da a%arente ausOncia de eus em sua vida2 Posso imaginar %essoas de m) Mama rodeando 8G e ogando em sua cara - Como H, 8G, vocO não era auele (omem riuNssimo, c(eio de Fl(os e de Melicidade ue sem%re estava Malando ue eus o amava, e ue das suas mãos vin(am todas auelas $OnçãosB Yue eus H esse ue o atira na lama e o trata com crueldadeB 8G, onde est) o teu deusB Para 8G, a regra Ia %essoa ceiMa auilo ue semeiaJ não tin(a a%licação2 8G deveria ser tratado conMorme tratava os outros2 Ele $uscava
a eus continuamente e am%arava os necessitados, mas %ara ele tam$Hm não teria a%licação do Salmo <1 não na sua visão limitada e (umana dos Matos2 4eus aben$oa )uem a/uda o necessitado+ 4eus salva essas (essoas no dia da di#culdade+ : Senhor (rote-e e -uarda suas vidas+ !uando estiverem doentes o Senhor estará ao seu lado cuidando delas com muito carinho *Sl <121, :a, 3 @+2
8G estava cansado de se lamentar das agonias MNsicas de sua enMermidade, sem o alNvio de uma %alavra $ondosa ou um toue de carin(o2 Seus amigos continuavam sentados unto a ele, mas não c(oravam com ele e nem l(e serviam de consolo2 IYuando a dor começa a %erMurar nossa carne e a %enetrar nosso es%Nrito, e de%ois %ermanece ali corroendo, a nossa mente Fca como ue anuviada e o cHre$ro se %e a emitir %ensamentos como [eus est) morto ou não est) aN, ou não se interessa %or mim*=9+J2 5m comentarista do livro de 8G Mala de sua sur%resa ao ver o seu %rinci%al motivo de uei?a IEu es%erava encontra-lo se uei?ando de sua %o$re saQde e lamentando a %erda dos Fl(os e dos $ens, mas, %ara min(a sur%resa, 8G disse relativamente %ouco a res%eito dessas uestes2 'o invHs disso, concentrou a atenção a%enas no tema da ausOncia de eus2 ue mais o mac(ucara era a sensação de clamar deses%eradamente e não rece$er res%ostaJ2 Era como se eus tivesse cessado de agir2 8G estava no Mundo de um %oço de angQstia, um lugar escuro e deses%erador e não conseguia ver seuer um %eueno Mei?e de lu"2 /) momentos em ue nos tornamos I$irrentosJ e nos recusamos a consolar-nos2 l(ando %ara a nossa situação e Fcamos Icom dGJ de nossa misera$ilidade2 C(oramos, oramos de oel(o, de %H, deitados, mas eus continua calado, distante2 E o silOncio de eus nos angustia2 Ser) ue eus mudouB Ser) ue Ele esueceu de ser $enignoB Ser) ue Ele resolveu alienar-se da vida (umanaB ' emoção toma conta de nossos %ensamentos e nos recusamos a %ensar ue eus %ode ter suas ra"es, um %lano em meio V nossa conMusão e dor, e ue sG Ele %ode Ma"er com ue todas as coisas coo(erem (ara o bem da)ueles )ue o amam 2 IZ tene$roso uando nos dei?amos guiar %or nossas emoçes H %avoroso e aterrori"ante uando %ermitimos ue o mundo dos sentidos, das emoçes, norteie nossa vida uando nos dei?amos dirigir %elo sentir e e?istenciali"amos a nossa MH2 Z %or isso ue a Palavra de eus aFrma ue o usto anda %or MH e H de MH em MH e não %elo ue vO nem %elo ue sente*60+J2 I!uitas ve"es a MH H su$stituNda %elo ue est) diante dos ol(os e %elos sentimentos2 's emoçes Meli"es e as e?%eriOncias %roMundas ue satisMa"em o coração Ma"em %arte da vida cristã, mas isso não H tudo2 'o $)F '+F
AlL da do*. No di/ã de Deus@ G8. 24.
longo do camin(o estão as aUiçes, conUitos, com$ates e %rovas, e não devem ser contados como inMelicidades, mas como %arte de nossa necess)ria disci%lina2 &açamos distinção entre o Mato da %resença de eus e a emoção do Mato2 Z uma Melicidade uando, em$ora a nossa alma se sinta solit)ria e deserta, a MH %ode di"er IEu não te veo, eu não te sinto, mas em$ora eu estea como estou, tu est)s aN2 ' MH est) alHm dos sentimentos e das emoçes*61+J2 inimigo tem duas ciladas ou nos Ma" desanimar, e então %erdemos a es%erança, nos sentimos derrotados e ue não servimos %ara nada ou então leva-nos a duvidar de eus, ue$rando assim a Qnica Monte de es%erança e alNvio, o elo da MH ue nos liga ao Pai2 I'(W se eu sou$esse onde encontrar meu eusWJ ' %ior de todas as %erdas H %erder o sorriso do meu eus2 I'(W se eu sou$esse onde encontra-loBJ IistKncia ou Madiga não são nada, se a alma somente sou$esse %ara onde ir, logo %ercorreria a distKncia2 .ada me desanimaria se tivesse a es%erança de, ao Fnal, %ermanecer em sua %resença a sentir a delNcia do seu amor*6:+J2 !as ual a ra"ão de eus não res%onder a 8GB I o$etivo $)sico de Satan)s era manter 8G na escuridão2 Se eus tivesse dito uma ins%irativa %alavra de estNmulo, [&aça isso %or mim, 8G, como um Cavaleiro da &H, como um m)rtir], então 8G teria tido uma no$re ra"ão %ara soMrer e o teria Meito alegremente2 !as Satan)s (avia uestionado se a Fdelidade de 8G %oderia so$reviver sem uma auda ou e?%licação e?terior2 .o momento em ue eus aceitou as condiçes, a ne$lina invadiu a vida de 8G2 ti%o de MH ue eus valori"a %arece se desenvolver mel(or uando todas as coisas Fcam conMusas, uando eus %ermanece calado, uando a ne$lina invade*63+J2 8G %ossuNa um ti%o de MH muito es%ecial a MH ue se mantHm a ualuer %reço2 .ão era uma MH ingOnua2 Esta talve" não se mantivesse uando sua oração não Mosse res%ondida, uando o assunto não Mosse resolvido2 .ão era um MH inMantil, mas madura2 !uitas ve"es nossa MH H calada no Salmo :3 : Senhor * o meu (astor nada me faltará+ !as a verdadeira MH H auela ue %ode se a$rir tam$Hm %ara o Salmo :: 4eus meu 4eus meu (or)ue me desam(araste% urante a nossa vida %odemos e?%erimentar estes dois ti%os de MH IPodemos e?%erimentar %erNodos de intimidade incomun, uando cada oração H res%ondida de uma maneira G$via e eus %arece Nntimo e cuidadoso2 E tam$Hm %odemos e?%erimentar I%erNodos de ne$linaJ, uando eus %ermanece calado, uando nada Munciona de acordo com o convencionado e todas as %romessas da N$lia %arecem ostensivamente Malsas2 ' Fdelidade '1F
!anan7iais do Dese*to. "*a0ão Ei7a:. '3F De7e7ionado 7o Deus@ G8. 2+3. '2F
signiFca a%render a crer ue, Mora do %erNmetro de nHvoa cin"enta, eus ainda reina e não nos a$andonou, não im%ortam as a%arOncias*6<+J2 ' maior %rova ue 8G %assou não Moi a %erda de tudo e de todos2 &oi a ausOncia do sorriso de eus2 /) uma mensagem do livro Mananciais do 4eserto ue consola meu coração e renova min(as Morças e conFança no Sen(or2 Conta a $onita (istGria de uma sen(ora crente ue teve um son(o a res%eito de trOs %essoas ue oravam IEnuanto estavam de oel(os, o mestre c(egou-se a elas2 'o a%ro?imar-se da %rimeira, inclinou-se e, sorrindo com amor, Malou-l(e com vo" suave2 ei?ando-a, dirigiu-se V segunda, mas sG %#s a mão so$re a sua ca$eça curvada e deu-l(e um ol(ar de a%rovação2 Pela terceira, ele %assou uase a$ru%tamente, sem se deter %ara uma %alavra ou um ol(ar2 ' mul(er, em seu son(o, %ensou consigo Yuanto ele deve amar a %rimeira V segunda ele deu sua a%rovação, mas nen(uma das demonstraçes de amor ue deu V %rimeira a terceira deve tO-lo entristecido muito, %ois não l(e deu nen(uma %alavra e nem seuer um ol(ar2 ue ser) ue ela Me" e %or ue ele Me" tanta diMerença entre elasB Enuanto %rocurava inter%retar a atitude de seu Sen(or, ele mesmo a%ro?imou-se dela no son(o e disse [\ mul(er, uão erradamente me inter%retaste2 ' %rimeira mul(er de oel(os %recisa de toda a min(a ternura e cuidado %ara conserva-la em meu camin(o2 Precisa sentir o meu amor, meu cuidado e au?Nlio a cada momento do dia2 Sem isso iria Mal(ar e cairia2 ' segunda ) tem uma MH mais Morte e um amor mais %roMundo e %osso es%erar dela ue conFe em mim seam uais Morem as circunstKncias e o ue uer ue os outros Maçam2 ' terceira, ue eu %arecia nem notar e uase negligenciar, tem MH e amor da mais alta ualidade, e eu a estou treinando, atravHs de %rocessos energHticos e dr)sticos, %ara o mais alto e santo serviço2 Ela me con(ece tão de %erto e conFa em mim tão inteiramente, ue não de%ende de %alavras, ol(ares ou ualuer demonstração sensNvel de min(a a%rovação2 .ão desmaia nem desanima diante de nen(uma circunstKncia ue eu a Maça atravessar ela conFa em mim, mesmo uando o sentimento, a ra"ão e os mais Mortes instintos do coração natural se re$elariam – %orue sa$e ue estou o%erando nela %ara a eternidade, e ue o ue eu Maço, conuanto não o sai$a e?%licar agora, com%reendO-lo-) de%ois2 Eu me calo em meu amor %orue amo alHm do %oder de e?%ressão das %alavras e do %oder do entendimento do coração (umano, e tam$Hm %or causa de vGs, %ara ue %ossais a%render a me amar e conFar em mim corres%ondendo es%ontaneamente ao meu amor e com o amor dado %elo Es%Nrito, sem o estNmulo de nen(uma coisa e?terior %ara Ma"e-lo $rotar]2 '4F
De7e7ionado 7o Deus@ G8. 2+$.
Ele Mar) maravil(as, se a%rendermos o mistHrio do seu silOncio, e se o louvarmos %or todas as ve"es em ue ele retira as suas d)divas a Fm de ue con(eçamos mel(or o doador e o amemos mais*6=+J2
% A Cu&a de Deus
Por)ue ele fa' a ferida e ele mesmo a ata; ele fere e as suas mãos curam+ *8G =21+2
8G estava cansado de soMrer, de se deMender, de discutir e %rinci%almente de clamar a eus e não o$ter res%osta2 esgastado MNsica, mental e %sicologicamente, e atH mesmo conMuso es%iritualmente, recusava-se a seguir o consel(o de seus %retensos consoladores, %ara arre%ender-se, admitir seu %ecado a Fm de ser %erdoado e resta$elecido %or eus2 !as Ma"e-lo euivaleria a admitir ue seu soMrimento era um castigo %elo %ecado2 E 8G era inocente2 s IconsoladoresJ ulgavam 8G a %artir da teoria tradicional do $em e do mal, da retri$uição de eus conMorme os atos (umanos2 Eles algemaram eus, limitaram-no numa moldura teolGgica %rG%ria, (umana2 esenvolveram as seguintes teses 12 : homem reto recebe como (r"mio de 4eus a (ros(eridade+ :2 : sofrimento * o casti-o )ue 4eus dá ao homem (elo (ecado+ Retratam a eus como um ser inUe?Nvel, de mHtodos rNgidos2 'doravam a eus com uma deMormidade es%iritual o seu lado de ustiça era muito mais longo do ue o da $ondade e misericGrdia2 5m ui" cGsmico, V caça de erros nos (omens2 Eles Malaram so$re eus sem con(ece-lo2 eMenderam a ustiça de eus, mas com argumentos su%erFciais 8G com ra"ão deMende sua %rG%ria integridade, mas contando com a ustiça de eus2 I' (istGria de v)rias religies revela uma Frme tendOncia entre os seres (umanos %#r limites V divindade2 Se eus não H Meito V imagem do (omem, %elo menos tentam limitar sua li$erdade2 eus deve agir de acordo com a deFnição esta$elecida %or eles2 s conceitos (umanos de ustiça e amor se tornam o esuema, gaiola ou aula da divindade2 4sso H verdade em relação aos ue %roMessam Fdelidade ao eus da N$lia2 Sen(or ultra%assa os limites ue a IustiçaJ im%e V sua relação de aliança com 4sraelJ2 !as 8G estava c(eio de %erguntas222 e e?igia res%ostas2 8G estava colocando eus no $anco dos rHus2 Yuando as %essoas e?%erimentam a dor, irrom%em em %erguntas, as mesmNssimas %erguntas ue atormentaram 8G2 Por ue comigoB ue est) acontecendoB eus se im%ortaB E?iste um eusB I8G %#s eus no $anco dos rHus, acusando-o de atos inustos contra um (omem inocente2 4rado, satNrico, traNdo, 8G vagueia o mais %rG?imo %ossNvel da $lasMOmia2 Ele e?%ressa as nossas mais %roMundas uei?as contra eus2 eus não est) sendo ulgado neste livro2 Z 8G ue '$F
!anan7iais do Dese*to@ G8. 4$ e 4'.
est) em ulgamento2 tema do livro não H o soMrimento onde eus est) na (ora da dorB tema H a MH onde 8G est) na (ora da dorB Como ele est) reagindoB*66+J2 eus não Ma" tanta uestão de ser analisado2 Ele desea, %rinci%almente, ser amado2 !as 8G sG uer sa$er de e?%licaçes2 EliQ, o outro consolador ue se calara atH auele momento %or ser o mais ovem, V es%era de ue os mais vel(os oMerecessem a 8G as res%ostas ao seu uestionamento, começa a Malar2 nome de EliQ signiFca IEle H eu eusJ2 '%esar de sua arrogKncia e de ter re%etido muitas das Malas de seus amigos, ele %re%ara 8G %ara ouvir a %alavra do Sen(or2 Sustentou a so$erania de eus, demonstrando ue eus aUige os (omens com os mais santos %ro%Gsitos su$missão e conFança no Sen(or2
"ANDO DE"S APARECE 8G estava dolorido %or saudade do sorriso de eus2 Pelo va"io ue l(e causava sua ausOncia2 utro dia, estava conversando com meu amigo ranco so$re este te?to, e ele me emocionou com suas %alavras2 Z im%ressionante como eus nos usa %ara condu"ir as %essoas as %essoas atH Ele, e como estas vOem em nGs reUe?os de Sua Pessoa2 /ouve um tem%o em ue eu me cansei de suas lamentaçes, de sua auto- %iedade2 Ele sG re%etia a mesma (istGria relem$rava o dia em ue levou o tiro, ulgava as %essoas ue estavam cuidando dele, reclamava de suas dores e da desgraça ue o atingia e $rigava com eus2 uvi-o muitas ve"es, mas Fuei cansada, enoada2 .ão tin(a mais %ra"er em estar ao seu lado e sentia ue min(a %resença ali sG o audava a reclamar mais e mais2 .ão ueria ouvir, eu ) me cansara de escutar, %or isso resolvi sair de sua vida %or algum tem%o2 Continuei a morar na mesma casa, a dois uarteires de distKncia, mas aMastei-me2 E ele descreve seus sentimentos em relação a este tem%o I.o tem%o em ue vocO Fcou longe – morava tão %erto, mas estava tão distante, não Malava comigo, não me dava atenção – eu soMri muito2 Senti sua Malta2 &iuei muito sG, muito triste2 !as recon(eço ue Moi muito $om2 Parei, %ensei, reavaliei, %erce$i meu erro e mudei2 .ão entendia o %or uO de sua Mrie"a e tin(a muitas %erguntas a l(e Ma"er2 Yueria e?%licaçes2 Então um dia, vocO voltou2 @ocO não Malou nada, não e?%licou nada2 SG deu um sorriso e voltou2 .auele dia eu %oderia morrer – e Meli"W Porue vocO tin(a voltado a ol(ar %ara mimJ2 Ls ve"es vocO %ensa ue uma %essoa H sua2 Yue não tem vontade %rG%ria e ue vocO nunca %oder) %erde-la2 Yuando ela se aMasta, mostra ue H gente, ue não l(e %ertence, aN, então, vocO %assa a l(e dar valor, ao ue vocO tin(a e %erdeu2 ''F
De7e7ionado 7o Deus@ G8. 1'3.
Pensamos ue eus H nosso, e ue H o$rigação dele Fcar conosco2 !as Ele não H nosso, e sim nGs somos dEle2 Ele H livre %ara agir como uer2 Yuando eus a%areceu a 8G, suas %erguntas l(e morreram na garganta2 .ada era tão im%ortante uanto a %resença do Sen(or, sua atenção e seu sorriso2 4e(ois disto o Senhor do meio de um redemoinho res(ondeu a 12< U!uem * voc" (ara ne-ar a sabedoria dos meus (lanos com a sua com(leta i-norncia% *8G 32:+2
IYuando eus a%arece, cessam todas as nossas argumentaçes2 8G esueceu-se de seu soMrimento, %arou de ras%ar a crosta %urulenta de seu cor%o, largou seus cacos, %arou de atirar %erguntas a eus, acusaçes aos seus consoladores2 Esueceu as cin"as, o esterco, o li?o, os le%rosos, os cães222&icou ciente a%enas de uma realidade eus estava ali*6>+J2 Pela %rimeira ve" na vida esse (omem $om, usto, incul%)vel, reto, esse santo (omem ue morava em 5" viu %ara si mesmo como eus via2 E eus começa a Malar2 Ele não demonstra %iedade e não e?%lica nada2 .ão res%onde diretamente Vs %erguntas de 8G, nem d) atenção )s suas uei?as2 Res%onde-l(e com um $om$ardeio de %erguntas, ue colocam o (omem em seu devido lugar – e eus no lugar de eus2 E uando eus Mala e uestiona a 8G, suas acusaçes caem %or terra2 eus menciona Ide ras%ãoJ os Men#menos – o sistema solar, constelaçes, tem%estades, animais selvagens – e uestiona 8G2 Qnico erro de 8G Mormara-se durante sua enMermidade ele se ulgara suFcientemente grande %ara e?igir de eus res%ostas, %ara ulga-lo2 8G uisera tratar a eus como (omem2 !as H eus uem o c(ama I8G, ven(a %ara c), sea (omemW Res%onda-meW @amos ver se vocO %ode me ensinarW Cresça e a%areçaW Se vocO não consegue com%reender o mundo visNvel onde vocO vive, como tem a ousadia de es%erar com%reender um mundo es%iritual ue nem %ode verBJ2 8G sa$ia ue não %odia res%onder Vs %erguntas de eus2 SG eus sa$ia as res%ostas, %orue criara todas as coisas2 !as ele uestionou 8G %ara l(e mostrar ue era a%enas um (omem, e ue 'uele ue l(e Malava era o eus verdadeiro2 E 8G recon(eceu sua %euene" Sou indi-no )ue te res(onderia eu% Ponho a mão na minha boca
*<02<+2 !as eus não %)ra aN2 Ele se %e a Ma"er %erguntas de cun(o moral a 8G, %erguntas ue e?igem um nNvel de discernimento %roMundo, ue sG eus %ossui2 ue ele ueria di"er era IComo ousa me %edir e?%licaçes, 8G, se vocO não H ca%a" de dominar um (i%o%Gtamo, se não consegue domar um crocodilo, se não %ode resolver os %ro$lemas '?F
AlL da do*.
morais da (umanidade, se não sa$e res%onder Vs %erguntas mais Mundamentais so$re a criação e so$re a vidaB Como H ue vocO ousa me %edir satisMaçãoB Como me atreve a me desaFarB E 8G Fca arrasado envergon(ado2 E Fnalmente dis%e-se a recon(ecer ue não %ode lutar contra eus, e ue o mesmo ue ele res%ondesse Vs suas %erguntas, %rovavelmente ele não entenderia2 Tentar e?%licar o ti%o de coisas ue 8G uer sa$er, seria como tentar e?%licar Eistein a um insigniFcante marisco222 eus não revela seu magnNFco %roeto2 Ele revel a si %rG%rio2 Então res(ondeu 12 ao Senhor< 0A-ora eu com(reendo )ue o Senhor (ode fa'er tudo o )ue )uiser e )ue nin-u*m (ode im(edir o Senhor de reali'ar seus (lanos+ : Senhor (er-untou )uem foi o i-norante )ue tentou ne-ar a sua sabedoria e /usti$a; fui eu Senhor+ ?alei de coisas )ue não entendia coisas )ue eu não conhecia (ois eram maravilhosas demais (ara mim+ : Senhor me disse< 0Escute&me e eu lhe farei al-umas (er-untas )ue voc" deve res(onder3+ A-ora eu res(ondo< 0Somente a-ora eu conhe$o o Senhor de verdade5 Antes eu s2 o conhecia de ouvir falar+ Por isso eu me arre(endo de meu or-ulho e me cubro de terra e de cin'a (ara mostrar minha triste'a3 *8o <:21-=+2
8G agora via a eus2 s amigos de 8G %retendiam ser %orta-vo"es de eus e ueriam a todo %reço o$rigar 8G a conMessar %ecados ue estariam causando auelas desgraças em sua vida2 8G se revolta contra essa sus%eita e acusação, e no ardor de sua deMesa Fca cada ve" mais endurecido, reivindicando contra eus e se tornando surdo V sua res%osta2 &oi necess)rio ue seus amigos se calassem %ara ue 8G escutasse a vo" de eus e se reconciliasse com Ele2 a mesma Morma, H necess)rio ue a nossa vo" se cale, ue desistamos de nossos ulgamentos so$re alguHm, %ara ue este %ossa escutar a vo" de eus, cuo ulgamento H totalmente diMerente do nosso2 8G viu a eus realmente %ela %rimeira ve" na vida2 con(ecimento ue atH então tin(a dele era de Iouvir MalarJ, de segunda mão, era inMormação dada %or alguHm ou revelação rece$ida %or outro, não %or ele mesmo2 Como con(ecemos a eusB SG de ouvir sermes de igrea, de ouvir Malar so$re EleB SG de ler a N$lia e %rocurar andar com retidão %ara agrada-loB eus uer ser nosso amigo Nntimo, uer %artici%ar de detal(es da nossa vida2 Yuer andar conosco2 Sorrir conosco2 Sentar nas cin"as conosco2 'gora 8G %ossuNa um con(ecimento %essoal de eus, e sua visão da %essoa divina tam$Hm se transMormou2 8) não era mais em$açada, distorcida agora ele %odia vO-lo nNtida e claramente, mesmo sem ter ca%acidade de entender todos os seus atos2 !as 8G não estava mais V $usca de e?%licaçes sG o ue ele deseava era um relacionamento com
Ele, e agora o %ossuNa2 Sua %ers%ectiva era maior2 8G ainda estava doente, sentado nas cin"as, em dores, mas agora louvava a eus2 Tudo o ue eus l(e disse não c(egou a ser tão im%ortante uanto o sim%les Mato de ue ele a%areceu2 !aria 8osH, auela %aciente da ual ) Malamos algumas %)ginas atr)s, %rovou esse Mato2 Yuando Moi levada %ara o centro cirQrgico, %ara ue seus %Hs Mossem am%utados, orou muito %edido a 8esus %ara ue estivesse com ela e l(e desse %a", aliviando a dor e tirando o seu medo2 !esmo acordada, assistindo V cirurgia, vendo e ouvindo o ruNdo da serra cortando seus %Hs, não teve medo2 iante do es%anto dos mHdicos, %#de conMessar Ieu estou um %ouco triste, não sei e?%licar %orue eus est) %ermitindo todo este soMrimento, mas sei ue Ele est) aui comigo2 Posso sentir a sua %resença, conFo nele, e isso me $astaJ2 ' verdadeira $atal(a terminou uando 8G se recusou a largar eus, Ma"endo assim com ue Satan)s %erdesse a a%osta2 Is amigos de 8G %ensavam ue ele estava morrendo2 !as ele não estava morrendo2 Estava nascendo ali um novo (omemJ *ranco+2 eus atuou num (omem $om, digno dos maiores elogios, tornando-o ainda mel(or2 '%rimorando-o2 PuriFcando-o2 SantiFcando-o2 Com amor e %or amor ele %assou %elo Mogo, ueimou suas im%ure"as, a%erMeiçoando-o atravHs do soMrimento2 IYue %ossNvel e?%licação %oderia consolar 8GB con(ecimento H %assivo, intelectual o soMrimento H ativo, %essoal2 .en(uma res%osta intelectual solucionar) o soMrimento2 Talve" sea %or isso ue eus enviou seu %rG%rio &il(o como uma das res%ostas V dor (umana, %ara e?%erimenta-lo e a$sorve-la dentro de si2 ' encarnação não IsolucionouJ o soMrimento (umano, mas trou?e uma res%osta ativa e %essoal2 Se vocO ol(ar %ara o livro de 8G em $usca de res%osta %ara os I%or uOsJ, Fcar) Mrustrado2 eus recusou-se a res%onder, 8G retirou as %erguntas e os trOs amigos se arre%enderam de todas as suas %ressu%osiçes err#neas2 ' MH e?ige ue nGs conFemos em eus uando não () ualuer %rova visNvel dele – tal ual 8G o Me"W*6+J2
'9F
De7e7ionado 7o Deus@ G8s. 1)1 e 1)).
% Pe&dão Mudou o Senhor a sorte de 12 )uando este orava (elos seus ami-os; e deu&lhe o dobro de tudo o )ue antes (ossuíra+ *8G <:,10+2
Para mim, em todo o livro de 8G não () %arte mais linda ue esta2 igo isso %orue atravHs deste te?to eus Malou ao meu coração e me ensinou a %erdoar como 8G Moi ca%a" de Ma"e-lo2 Eu ) estudei muito so$re o %erdão2 8) li v)rios livros, assisti muitas %alestras, F" alguns tra$al(os e atH %reguei muitas ve"es so$re este tema, sem%re $aseando-me em 8esus2 !a Moi interessante desco$rir ue o entrave ue (avia em min(a vida e ue eu ainda não conseguiria desco$rir ual era, encontrei ustamente como Malta de %erdão2 Constantemente Fcava amargurada, e dei?ava voltar V min(a mente lem$ranças de cenas da min(a vida onde Mui reeitada, udiada, a$andonada, tratada mais como animal do ue como gente2 Sentia-me no direito de guardar comigo este Matos, mastiga-los, sentir sua dor e condoer-me2 Talve" o e?em%lo de 8esus, o eus-(omem, estivesse muito distante, Mosse divino IdemaisJ %ara identiFcar-se comigo2 Precisei a%render com 8G %ara c(egar a entender mel(or o %erdão ue 8esus oMereceu na cru"2 8G soMreu inustamente do %onto de vista (umano2 Ele não tin(a nada a %agar, andava em comun(ão com eus, dirigia sua MamNlia como um sacerdote no lar, tratava seus em%regados com dignidade, Ma"ia o $em a todos os ue necessitavam, sem interesse, com amor autOntico2 .o entanto, uando %erdeu tudo, e adoeceu, Moi a$andonado, reeitado, cus%ido %or muitos a uem audara, todos os amigos traNram sua conFança e o dei?aram2 Seus %arentes sumiram2 ' comunidade onde
era tão estimado e res%eitado virou-l(e as costas, alimentando em seu coração acusaçes contra sua %essoa2 s Qnicos ue Fcaram Moram uatro amigos EliMa", ildade, ^oMa" e EliQ ue, de consoladores, se transMormaram em torturadores2 Suas e?ortaçes eram ina%lic)veis, sem cuidado, rudes, agressivas, insensNveis2 @inagre em lugar de a"eite nas Meridas de 8G2 Encarnaram a Malsa religião e mostraram como ela %ode gerar dure"a e crueldade2 eus a%areceu %ara restaurar 8G2 !as ele não ueria Ma"er uma restauração %arcial2 ' %rimeira coisa ue 8G rece$eu no seu a%arecimento, Moi uma nova visão de eus2 5m eus ue não est) limitado %ela visão do (omem, ue não %ode ser contido dentro de uma cai?in(a e ulgado2 ' segunda coisa, H ue 8G rece$eu uma visão de si mesmo222 e sentou nas cin"as2 'ntes, um lugar de Muga, de amargura2 agora, o Qnico lugar onde ele recon(ecia ue deveria estar diante de eus2 Com o coração c(eio de alegria, trans$ordando de %ra"er %elo reencontro, louva ao Sen(or ali mesmo onde estava atH então uestionando e reclamando2 'gora seu amor H maior, sua visão diMerente2 E eus ueria restaurar 8G2 !as de nada adiantaria dar-l(e em do$ro tudo o ue %erdera, outros de" Fl(os, se em seu coração ainda (ouvesse rancor e amargura2 Ter tudo, mas alimentar a rai" da amargura dei?aria 8G tão %o$re %or dentro uanto agora estava %or Mora2 Tudo %oderia estar colorido, Meli", mas ele sG veria uma cor cin"a2 ' amargura %oderia vO-lo viver sG, trancado dentro de si mesmo2 Tendo tudo, mas não tendo nada2 !orto em vida2 Sentado num trono, mas com o coração no monturo2 Ser) ue um (omem %ode %erdoar um eus a uem serve e ama, em uem de%osita toda a sua conFança, de uem Mala continuamente e?altando seu amor e so$erania, mas ue l(e %ermite %erder tudo o ue mais ama e oga-o so$re o li?o, %ara ser cus%ido %elos (omensB Ser) ue um (omem %ode %erdoar os %arentes ue se aMastam e dei?am ue a tragHdia ten(a curso total na vida deleB Ser) ue ele %ode %erdoar %retensos consel(eiros, ue em seu soMrimento sG l(e dirigem %alavras de crNtica, sem nen(uma com%ai?ão, aumentando a sua dorB 8G estava diante destas o%çes %erdoar e Fcar livre ou dei?ar ue as raN"es da amargura %enetrassem em sua vida2 Ele %oderia ter a%roveitado o momento, uando o Sen(or c(amou a atenção de EliMa" e seus amigos, e %edir %ara eles um castigo ainda maior2 E uando eus o orientou no sentido de audar os outros a oMerecerem sacriMNcios %elos seus %ecados, ele %oderia ter-se recusado2 Sua alma estava Merida2 .ada H mais sueito a rece$er e reter im%resses ue a alma2 Ela H %arte inerente V sensi$ilidade divina - esse nervo e?istencial de eus, ue Ele %rG%rio com%artil(ou conosco2 Pela alma Uuem as sensaçes e nela Fcam a$rigadas as im%resses, das mais violentas Vs mais leves e sutis2 ela registra tudo, desde os mais duros discursos atH os mais
sim%les e ingOnuos di)logos2 Esses registros se im%rimem não sG na Morma de lem$ranças, mas tam$Hm de im%resses %roMundas ue atingem as nossas emoçes2 suas marcas são removNveis, nem com calmantes, seuer com cirurgia2 !esmo o tem%o - o c(amado grande mHdico - H inca%a" de a%ag)-las, %elo menos com%letamente2 Ten(o o$servado ue o contato %roMundo com a alma (umana, uando reali"ado a %artir da tHcnica, resulta uase invariavelmente na sim%les desco$erta das Meridas2 ' alma H vascul(ada, mas suas mac(ucaduras não são cauteri"adas2 esco$re-se a lesão, mas não se %rovidencia o remHdio2 o Mato H ue a tHcnica dis%e de instrumentos muito $ons, mas não %ossui o $)lsamo ue alivia e Ma" esuecer a dor*69+2 ' insoFsm)vel verdade H ue somente o Sen(or 8esus tem meios de oMerecer o tratamento %ara os nossos ac(aues, conUitos, dores e %ertur$açes Nntimas*>0+2 e%ois de con(ecidas as mais Mortes ra"es %ara as Meridas de diMerentes origens ue se aloam em nossa alma, ser) atravHs da Palavra de eus - ue H viva e %ermanente - ue encontraremos a cura*>1+2 8G não se vingou2 Ele decidiu em seu coração %erdoar seus amigos, e eus o enc(eu com o %erdão, com o seu amor2 ' Qnica oração ue %osso imaginar ue 8G ten(a Meito %or seus Malsos amigos H a mesma ue 8esus Me" na cru" Pai (erdoa&lhes (or)ue ele não sabem o )ue fa'em+ e%ois de ser reeitado %elo seu %rG%rio %ovo, (umil(ado, açoitado, cus%ido, coroado com es%in(os, a$andonado e traNdo, 8esus %#de %erdoa-los e ainda morrer %or eles e %or nGs, ainda antes ue nos arre%endOssemos e tent)ssemos merecer seu %erdão2 8G %reFgurou o ue 8esus Maria %elo mundo todo2 E 8G não %oderia ter orado %edindo ue eus os %erdoasse, não %oderia ter oMerecido sacriMNcio %or eles, se ele mesmo não os tivesse %erdoado2 !as 8G os %erdoou e consolou seus coraçes atH então sensNveis2 'credito ue dali %ara Mrente eles a%renderam o ue H consolar , %orue eles se sentiram %odres, %euenos, tiveram de se (umil(ar diante de eus e dauele a uem ulgaram tão violentamente - e eus ogou so$re eles mesmos *%rinci%almente so$re EliMa"+, todo auele ulgamento ue (aviam dado a 8G Estou muito 'an-ado com voc" e seus dois ami-os Bildade e Wofar+ : )ue voc"s disseram a meu res(eito não estava certo; 12 estava com a ra'ão; voc"s não5 Por isso levem sete touros e sete carneiros ao meu servo 12 e (e$am a ele (ara sacri#car ofertas )ueimadas em favor de voc"s tr"s+ 4e(ois 12 fará ora$ão (or voc"s e s2 assim não lhes darei o casti-o )ue seu (ecado merece (ois voc"s não me a(resentaram a 12 tal como eu sou *8G <:2> e+2 ')F
A 7u*a das e*idas inte*io*es@ G8s. 11 e 12. A 7u*a das e*idas inte*io*es G8. ?. ?1F A 7u*a das e*idas inte*io*es G8. 42. ?+F
E 8G %erdoou e Fcou livre2 ivre da amargura, da autocomiseração, livre de si mesmo2 Somente o %erdão tra" toda esta li$ertação, a alma lim%a e dolorida, o coração leve e em %a"2 Somente uando 8G %erdoou H ue ele Moi restaurado2 eus (avia curado uma Merida mais %erigosa e %roMunda ue a e?terior a da alma2 'gora eus %oderia l(e dar tudo e em do$ro reconstruir sua Melicidade, sua vida, %orue 8G estava livre, maduro, Meli" na alma2 '%rendamos com 8G o ue H %erdoar2 !uitas ve"es nGs %ensamos ue estamos %erdoando2 !as sentimos nosso coração truncado %or alguma coisa ue não sa$emos o ue H, e ue nos im%ede de amar mais intensamente2 &alta o %erdão autOntico2 Perdoar não * 12 &ingir não se im%ortar com a oMensa2 :2 i"er ue as oMensas não o atingiram, %orue vocO H muito su%erior a esses ataues2 32 &a"er de conta e %assar %or cima das coisas ue o magoam2 <2 !era %olide", tanto ou di%lomacia, =2 Esuecer2 4m%ossNvel esuecer %rimeiro e de%ois %erdoar2 %erdão nunca ol(a o %ecado sG %or cima ou %or alto2 Ele não torna o mal sem im%ortKncia2 Esuecer H resultado de %erdão com%leto, nunca o meio de alcanç)-lo2 Z o Qltimo degrau, não o %rimeiro2 Yuando somos atingidos %ela traição de uma conFança ou %ela ue$ra de uma ami"ade, ueremos ater-nos ao ressentimento, ir no encalço de nossa %rG%ria li$ertação, deMendermo-nos atH a Qltima %alavra e colocar a cul%a no devido lugarW !as o %erdão reeita o ego ue e?ige seus direitos2 Re%udia a vingança a$erta2 Perdoar custa caro2 Se ue$ro um o$eto de grande valor ue vocO guardava com muito carin(o e vocO me %erdoa, vocO soMre a %erda e eu Fco livre2 Perdoar custa caro2 Perdoar222 H levar so$re si a cul%a do %ecado do outro o criminoso H solto, o oMendido li$erta-o, su%ortando na sua %rG%ria re%ulsa e transmutando-a em amor2 eus nos %erdoa carregando so$re si a cul%a do %ecado ue cometemos contra ele222 ele a$solve nossa cul%a e nos torna livres2 %erdão %assa atravHs do %ecado %ara a li$ertação *MRron Au-sbur-er +2 8G Fcou com a dor causada %elos consel(os de seus amigos e dei?ou-os sair livres2 Pagou muito caro, mas Fcou livre2 Podia camin(ar tranXilamente %elas ruas, de ca$eça erguida2 .ão tin(a raiva de ninguHm, não %recisava Mugir de encontros com ninguHm2 Ele os %erdoara2 i$ertara2 Crescera, e eles cresceram tam$Hm2 Perdão H su$stituição, e teve sua e?%ressão %erMeita em 8esus2 Ele tomou o nosso lugar, su%ortando a %rG%ria indignação, sua re%ulsa %elo nosso %ecado2 Ele não ignorou nosso %ecado2 Tomou tão a sHrio o insulto
total de nosso %ecado ue %ercorreu todo o camin(o do Calv)rio %ara morrer2 ' cru" mostra uão duro Moi %ara eus %erdoar2 'li eus %agou em si mesmo a nossa dNvida2 ' dNvida ue Ele não devia2 4eus estava em Cristo (essoalmente reconciliando consi-o o mundo *: Co =219+2 222como o Senhor vos (erdoou assim tamb*m (erdoai v2s *Cl
321=+2
Co-o +osso a+&ende& a +e&doa&1 Perdoar uando o custo H e?or$itante, a dor insu%ort)vel e sua ira ainda ardeB @ocO não %ode2 So"in(o, não2 Z muito, muito diMNcil2 @ocO necessita de toda a Morça ue %ossa a$sorver de eus %ara amar e %erdoar2 segredo est) em admitirmos %ara eus ue não temos Morças %ara Ma"O-lo2 !as di"er-l(e tam$Hm ue nos decidimos a Ma"O-lo2 Então, dei?)-lo agir dentro do nosso coração %ara nos ca%acitar2 segredo est) em eus tra$al(ar dentro de vocO e vocO Mora, na vida2 Ele tra$al(a dentro de vocO, vocO desenvolve isso no coração e na mente2
Pe&doa& F3 7+Com(reender o outro & /) sem%re um motivo oculto atr)s de
cada ato2 Precisamos ver a diMerença entre o ue ele Me" o ue ele H2 eus nos ama, mesmo odiando o nosso %ecado2 Por amor a nGs, Ele %erdoa nossos atos, uando nos arre%endemos2 8G sa$ia ue seus consoladores eram %essoas rigidamente religiosas, cum%ridoras da lei, mas ue não tin(am intimidade e con(ecimento do Sen(or, %ortanto eram limitados, ulgavam conMorme suas %rG%rias leis2 G+Valori'ar o outro - .ão im%orta uão grande sea a oMensa ue nos Me", ele H (omem2 5m (omem %elo ual Cristo morreu2 .en(um (omem H tão vil ue não sea o$eto do amor de eus2 .en(um (omem *%or mau ue sea+ est) e?cluNdo do %erdão de eus a menos ue se e?clua %ela sua %rG%ria Malta de arre%endimento2 .en(um (omem %ode ser considerado sem valor, ) ue Cristo o %rG%rio eus morreu %or ele2 .en(um (omem H indigno de amor2 Se eus o ama, então %ode Ma"O-lo atravHs de mimW*>:+2 !as 8G sG %#de %erdoar de%ois de ter-se encontrado com o Sen(or, sentindo seu amor, visto a si mesmo como %ecador, rece$ido o %erdão ?2F
-i/*e a*a e*doa*@ G8. 39.
do Sen(or2 'N, então, ele estava %ronto %ara a%render a %erdoar2 Perdão oMerecido livremente, como eus l(e oMerecera2 'mar o inimigo não signiFca amar o lodaçal em ue a %Hrola as, mas amar a %Hrola ue a" no lodo *Dolf Quther +2 segredo do %erdão H o amor2 'mar a eus so$re todas as coisas, aceitar o amor e %erdão dele em 8esus e dei?)-lo enc(er seu coração com seu amor divino2 Trans$ordar atingindo a outros2 Ser uma Monte a orrar %ara a vida eterna2 A)uele )ue beber da fonte )ue eu lhe der+++X *8o <21<+2
Con,lusão Como toda $oa (istGria, tudo começou com era uma ve" um (ome (omem m $om, $om, rico rico,, Meli Meli"" e %roM %roMun undam damen ente te teme tement nte e a eus eus2 2 Todos odos es%eravam ue %euenos incidentes acontecessem no desenrolar da (istGria do nosso (erGi, mas as coisas não Moram Mora m assim tão sim%les2 ' (ist (istGr Gria ia dess desse e (ome (omem, m, 8G, 8G, es esma magad gado o %ela %ela %erd %erda a dos dos Fl(o Fl(os, s, doen doente te,, a$an a$ando dona nado do %elo %eloss Mami Mamili liar ares es e %elo %eloss amig amigos os tem tem co como mo agravante alguns amigos ue colocam vinagre em suas Meridas atravHs de seu ulgamento desumano e insensNvel2 SoMr SoMren endo do co com m a %er %ermiss missão ão de eus eus,, mas mas tam$ tam$Hm Hm co com m se seu u am%aro, desco$re no soMrimento uma riue"a enorme2 @O-se %eueno e indigno diante de eus ue, em sua grande"a, não l(e d) e?%licaçes de seus atos, mas ue mesmo em sua a%arente distKncia, d)-l(e a certe"a de seu amor2 Somente auele ue Moi Merido, ue %as asso sou u %or gran randes soMrimentos V semel(ança de 8G, uando o coração clamou aUito durante dias causticantes e noites insones, sa$e a necessidade de consolo do Sen(or, vindo atravHs de longas conversas com o Pai e de %essoas ue se identiFcam com a nossa dor, audando-nos a su%ort)-la2 Pessoas dis% dis%on onNv Nvei eiss e se sens nsNv Nvei eis, s, ue ue $usc $uscam am no Sen( Sen(or or a sa sa$e $edo dori ria a e a %rudOncia, instrumentos seus %ara o consolo2 autor de ProvHr$ios nos di" ue (alavras a-radáveis a-radáveis são como favos de mel doces (ara a alma e medicina (ara o cor(o *Pv 162:<+2 Palavras Palavras s)$ias e misericordiosas, movidas %or %roMunda em%atia e com%ai?ão consolam o coração aUito, dando-l(e Knimo, audando-o a a$rir os ol(os e ver novamente as cores da vida2 livro de 8G termina como as (istGrias 4e(ois de seu sofrimento e vit2ria 12 ainda viveu 7YN anos+ Ele ainda che-ou a conhecer seus netos e bisn bisnet etos os e morr morreu eu velh velho o e feli feli' ' de(o de(ois is de uma uma vida vida lonlon-a a e aben$oada *8G <:216, 1> @+2
Consolar H ministHrio2 Este mundo aUito e agoni"ante necessita de %essoas ue, mesmo Mracas e soMrendo, ) %rovaram na intimidade o consolo do Sen(or e agora se %em em suas mãos %ara serem enviadas a consolar2
!ue 4eus maravilhoso n2s temos & Ele * o Pai de nosso Senhor 1esus Cristo a fonte de toda a miseric2rdia miseric2rdia e a)uele )ue tão maravilhosamente maravilhosamente nos conforta e fortalece nas di#culdade di#culdade e (rova$ões5 (rova$ões5 E (or )ue Ele fa' isso% Para )ue )uando os outros estiverem aitos necess necessit itad ados os da nossa nossa com(a com(ai,ã i,ão o e do nosso nosso estím estímul ulo o (ossa (ossamo mos s transmitir&lhes essa mesma a/uda e esse mesmo consolo )ue 4eus nos deu+ *: Co 123,<+2
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