COMO VOCÊ CONTRIBUI PARA A
AUTOESTIMA AUTOESTIM A DO SEU FILHO? Por Carina Padovan – Master Trainer Trainer Febracis Curitiba
Cada vez mais pesquisadores têm se ocupado, mostrando-se interessados pelo estudo do comportamento humano. Dentre estes estudos, os cientistas estão proporcionando espaço sobre a influência da família no desenvolvimento das crianças e adolescentes. Nos últimos anos, estudos apontam que os pais produzem contextos adversos, avessos a um desenvolvimento saudável tanto comportamental, quanto psicológico dos seus filhos. Isso acontece, por meio dos valores, sistemas de crenças dos pais, de suas expectativas, de seus padrões de comportamento e do clima instalado no lar.
A família pode funcionar como um fator de risco ao desenvolvimento infantil afetando a autoestima, a autoconfiança e o autoconceito, quando a interação é pautada na comunicação negativa, punição física, agressão verbal, regras aplicadas de forma inconsistente e desequilíbrio da harmonia do casal. Fala-se muito da autoestima, seja ela baixa ou alta. Tema que vai do ‘boca a boca’ de uma forma superficial, mas que em sua essência tem um papel profundo na construção do indivíduo, impactando de forma tanto positiva como negativa a vida das pessoas.
Diversos estudos apontam a baixa autoestima como fator que influencia diretamente a imagem corporal, a beleza e a estética. O assunto vai muito além dessa ótica superficial. Foi possível encontrar correlações como o processo de envelhecer, a vaidade feminina, a algumas doenças crônicas como HIV, doença renal, câncer e tratamentos ortodônticos, foi possível encontrar também a associação a gestantes, dependência química e transtorno alimentar. Muito se fala também desse tema no âmbito escolar, na aprendizagem, entre outros.
É POR ISSO QUE TRAGO A SEGUINTE REFLEXÃO:
“COMO VOCÊ CONTRIBUI PARA A AUTOESTIMA DO SEU FILHO?”
O QUE É AUTOESTIMA? Primeiramente vamos entender o que é autoestima. Nada mais é do que a opinião e o sentimento que cada pessoa tem de si mesma: da sua aparência física, das suas habilidades, das suas realizações profissionais e pessoais, de suas riquezas e de sua vida afetiva. Ligada a autoestima está o autoconceito maneira como a pessoa concebe a si mesma - que associado aos sentimentos cria crenças de controle como a autoconfiança - capacidade de acreditar em si, uma combinação do sentimento de capacidade com o sentimento de ser amado.
A autoestima é baseada em: Aceitar-se como você é; Controlar suas emoções; Negociar com os outros; Encarar os conflitos; Aceitar o que existe (a realidade); Afirmar-se diante dos outros; Ter confiança em si mesmo.
O Coaching Integral Sistêmico (CIS), metodologia desenvolvida pelo Ph.D em Coaching Paulo Vieira, traz a ideia de que é por meio das crenças pessoais sobre quem somos e sobre o que o mundo é que determinamos todas as nossas possibilidades, conquistas e potencial humano. São as crenças que também determinam onde estamos e onde poderemos ir. As crenças formadoras do indivíduo são profundas podendo interferir em diversas áreas da vida. Elas dividem-se em três categorias : Crenças de identidade (SER), capacidade (FAZER) e merecimento (TER).
Na base da pirâmide, onde está situada a crença que define a identidade da pessoa, encontramos o conjunto de características pessoais de cada indivíduo. Isso não se refere ao que a pessoa diz ser ou gostaria de ser, e sim às características que moldam a autoimagem. O que vai contribuir fortemente para a construção da autoestima é a maneira inconsciente pela qual percebemos a nós mesmos. Isso determina as escolhas, decisões e percepção do mundo ao nosso redor.
COMPETÊNCIA EMOCIONAL
COMPORTAMENTO/ ATITUDE
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TENHO
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FAÇO
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SOU
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CRENÇA
VOCÊ CONTRIBUI OU DESTRÓI A AUTOESTIMA DOS SEUS FILHOS? Após saber o que é autoestima e como ela se constrói, descubra algumas atitudes usadas no dia a dia que irão esclarecer se você vem contribuindo negativamente na construção da autoestima do seu filho.
EXCESSO DE LIBERDADE Faz com que a criança se sinta abandonada, por mais que não seja a intenção dos pais.
A SUPERPROTEÇÃO Além de transmitir indiretamente a informação de que a criança não é capaz de se defender e agir sozinha, a deixa insegura.
RELEMBRAR OS ERROS DA CRIANÇA O TEMPO TODO Passa a sensação de que ele não é validado positivamente pelo que faz de bom, e que o foco está sempre no errado.
VOCÊ CONTRIBUI OU DESTRÓI A AUTOESTIMA DOS SEUS FILHOS? CRÍTICAS CONSTANTES Faz com que a criança sinta-se desvalorizada.
EXPECTATIVAS ALTAS OU BAIXAS DEMAIS O desenvolvimento infantil tem fases que devem ser respeitadas. Cobrar o que o filho ainda não consegue fazer pode aflorar um sentimento de que não é suficiente para corresponder às expectativas dos adultos.
AGRESSÕES FÍSICAS Contribui para o surgimento da crença de desvalor.
COMPARAÇÃO COM COLEGAS OU PRIMOS Cria uma pressão e disputa involuntária que pode levar a frustração. A comparação tem que ser com seu próprio comportamento anterior.
PALAVRAS QUE MAGOAM Causam sentimento de depreciação a si próprio pela falta de qualidade das palavras.
PAIS AUSENTES As crianças necessitam dos pais presentes em suas atividades para se sentirem amadas, seguras e queridas. A ausência provoca sentimento de abandono e insegurança.
VOCÊ CONTRIBUI OU DESTRÓI A AUTOESTIMA DOS SEUS FILHOS? EXCESSO DE ELOGIO: O exagero faz com que a criança perceba que não é real. Algumas tendem a ser sonhadoras e podem viver na ilusão, outras tendem a ser mais realistas, estas podem perder a referência de confiança ao perceber que “os pais estão mentindo”;
SUBESTIMAR A CAPACIDADE DA CRIANÇA o adulto tomar a frente em tudo achando que por serem pequenos, a criança é incapaz. Essa atitude impede que se desenvolvam e busquem desafios, permitindo que façam muito pouco.
DISCUTIR NA PRESENÇA DA CRIANÇA Elas tendem a sentir-se responsáveis pelas discussões e mau humor dos adultos e sentem-se angustiadas. As dificuldades entre o casal devem ser discutidas longe da criança, uma vez que a noção de mundo na infância é limitada ao universo ao seu redor.
PROMOVENDO AUTOESTIMA POSITIVA VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO
“COMO PROMOVER UMA AUTOESTIMA POSITIVA NO MEU FILHO?” Para desenvolver saudavelmente a autoestima é necessário fazer com que a criança se sinta apreciada, amada, querida e especial. Se ela fizer algo errado, perceberá que mesmo tendo dificuldades e falhando, você estará ao seu lado, incentivando e suportando as suas frustrações. Essa conduta evita que ela fique com sua individualidade ferida.
Mostrando para a criança que ela tem possibilidades de escolha, transmitimos que cada decisão gera um resultado e que essas decisões e escolhas são de sua responsabilidade, assim, o pequeno entende que pode escolher melhor da próxima vez. De acordo com Loos e Cassemiro, o desenvolvimento de crenças saudáveis na infância tem relação direta com a qualidade do clima conjugal. Pais que se abraçam, demonstram afetividade, proporcionam sentimentos de felicidade e satisfação ensinam mais do que palavras, e sim, uma espécie de modelação de amor próprio de acordo com as ações dos pais.
Outra contribuição para autoestima positiva são as atividades lúdicas. Ao ler para uma criança, brincar com ela deixando de lado distrações como celular e televisão, oportunizam momentos de relação que despertam a sensação de pertencimento e consolidam a base familiar. Ao falar palavras de qualidade, fazer elogios aos esforços, atitudes e ações, faz com que a criança entenda a mensagem de que ela é aceita e apreciada pelos seus próprios esforços e talentos.
Listo mais alguns comportamentos que ajudam a constituir uma forte autoestima, como: sorriso, abraço, toque, aceitação, tempo de qualidade, escuta, solidariedade, cooperação, atitude ausente de crítica destrutiva e atribuição de responsabilidade. O mais importante é demonstrar o amor.
QUAL A SOLUÇÃO? Após perceber a importância do tema e ver a autoestima como a fonte essencial da alegria de viver, a família pode também ser um fator de proteção e desenvolvimento com qualidade, gerador de autoestima positiva para a evolução e o prosperar. É com base no amor e na qualidade das relações que se desencadeia uma boa percepção de si mesmo. É estimulando pais e educadores a repensarem a forma de lidar com os menores que os conscientizamos do seu papel enquanto agentes verdadeiramente formadores de uma nova geração.
Ainda é possível afirmar que qualquer pessoa que se comprometa pode superar seus dramas de baixa autoestima e promover mudanças significativas. Para você que se identificou com a baixa autoestima, saiba que esta alimentase de pensamentos negativos, de acontecimentos pejorativos, crenças de falta de amor próprio, crenças distorcidas de si mesmo. Ao iniciar um processo de limpeza emocional deve-se resolver o que está pendente. Trabalhar o perdão pelos acontecimentos que causaram dor é o primeiro passo para elevar a autoestima.
QUAL A SOLUÇÃO? Aprender a confiar em si, esforçar-se para melhorar, mas não criticar-se por não ser tão bem-sucedido. O feito é melhor do que o bem pensado. Não perder a perspectiva de que há possibilidade de aperfeiçoamento, todos estamos à mercê da falha em algum momento. O erro é a fórmula secreta para o grande sucesso. Os vencedores se permitem errar e não sofrem quando os cometem.
UM ERRO NÃO É UM FRACASSO, APENAS UM RESULTADO E UMA APRENDIZAGEM DE COMO NÃO FAZER NOVAMENTE.
FORMA DE PROMOVER MUDANÇAS DAS CRENÇAS Como mudar as crenças pessoais em benefício do indivíduo? Por meio da Matriz Ativa de Formação de Crenças que consiste num processo iniciando pela produção intencional de uma comunicação de vitória e finaliza com a alteração das crenças. 1
2 COMUNICAR E AGIR
3 PENSAR
CRENÇAS
RESULTADOS
SENTIR
FORMA DE PROMOVER MUDANÇAS DAS CRENÇAS Aprecio muito a verdade que traz uma fala de Carl Gustav Jung, psiquiatra, psicoterapeuta e fundador da Psicologia Analítica: “Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu escolhi me tornar.” Ainda as sábias palavras do escritor francês, Jean-Paul Sartre, conhecido por ser representante do existencialismo: “O importante não é aquilo que fazem de nós, mas sim o que nós próprios fazemos com aquilo que fizeram de nós.”
Ambas citações acima se parecem com o conceito trabalhado no Coaching Integral Sistêmico , ligando o peso do foco as ações - regra 10/90. Essa regra traz a premissa de que 10% é o fato acontecido e 90% corresponde à decisão de como você vai enfrentar a situação. Ou seja, o fato 10%, não é alterado, mas os 90% restantes você tem o livre arbítrio de escolher como será o enfrentamento: se positivo ou negativo.
Para finalizar, independente dos acontecimentos, fica a reflexão, de Barbara Polletti, “você se torna o que pensa, você se torna o que vê, você se torna o que escuta, você se torna o que ama.”
EM OUTRAS PALAVRAS, APESAR DA PROGRAMAÇÃO QUE FIZERAM EM VOCÊ, DO AMBIENTE QUE CRESCEU, VOCÊ PODE SIM SE TORNAR QUEM DESEJA POR MEIO DA REPROGRAMAÇÃO DE CRENÇAS.
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