Tiago Malaquias
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Índice
Introdução-------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------- 3 A promoção do gosto pela leitura--------------------------------------------------------------------------- ---- 4 O perfl dos mediadores educavos e a promoção do gosto pela leitura------------------------------6 O papel da amília--------------------------------------------------------------------------------------------------- !onclusão------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 1" #i$liogr%fa--------------------------------------------------------------------------------------------- ------------- 11
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Introdução
Nos dias de hoje, muitas pessoas naão leem mais por prazer. A internet e a televisaão tornaram-se a forma principal de entretenimento da maioria das pessoas, e ler estaá se tornando uma coisa do passado. No entanto, a leitura pode aprimorar consideravelmente sua experieê ncia de vida, e existem maneiras de tornaá -la ainda mais agradaá vel se voceê as izer com freueê ncia ou apenas para uando houver necessidade.
A promoção do gosto pela leitura 3
Actualmente leê -se e, por conseguinte, existem muitos leitores. !odavia, a leitura ue eá feita naão eá a leitura por gosto, eá apenas instrumental. A leitura por gosto, por prazer, por enriuecimento pessoal, por conhecimento do mundo, jaá naão constitui o"jecto "aásico de leitura. #la eá utilizada como praá tica instrumental, para outras coisas como para aprender uma receita, estudar, perce"er o funcionamento de um electrodomeá stico, para procurar informa$aão ou inclusive para conversar no ci"erespa$o. !udo isso eá poss%ável porue os professores se preocupam tanto com a aprendizagem da leitura, com a instru$aão da leitura ue se esuecem da leitura por deleite e prazer. #& de real$ar ue este tipo de leitura eá feito uando o leitor estaá motivado e sente o gosto em fazeê -lo. 'ortanto eá imprescind%ável, a motiva$aão, sa"endo ue eá determinante no desempenho de ualuer actividade. #& sa"ido ue para despertar no leitor o gosto pela leitura, primeiramente, os animadores ou mediadores da leitura (pais, professores, escola e "i"liotecas) teê m ue se sentir motivados de forma a se envolverem afectiva e apaixonadamente no acto de motivar para a leitura. *sto porue motivar para a leitura eá um processo educativo consciente e intencionado, realizado para produzir um cerco afectivo e intelectual para com o livro, para ue este contacto produza uma estimula$aão geneárica. Nesse uadro, a motiva$aão eá feita para despertar na crian$a o desejo de participar na leitura ue se inicia na sala de aula e nas actividades ue se realizaraão a partir da leitura. +as, deve-se tomar muita cautela no ue se relaciona com a concep$aão ue muitos teê m da referida ha"ilidade. eve-se ter sempre em mente ue motivar para a leitura naão eá organizar festas nas aulas e "i"liotecas para ue os alunos se divirtam e se ceruem dos livros. !am"eá m, naão eá o"rigar os alunos a fazer ichas de leitura cada vez ue leê em um livro. No primeiro caso estaá-se a supor ue ler eá um esfor$o e uma actividade festiva. No segundo, confunde-se motivar para o haá "ito de leitura com exerc%ácios e o"jectivos de l%ángua. #ntende-se ue motivar para a leitura eá aproximar a crian$a do livro de forma fruitiva para ue ela possa apreendeê -lo e fazeê -lo dela, eá despertar a curiosidade, contagiar, expandir, fazer chegar, e criar leitores activos, participativos, ue atraveá s da sua leitura, satisfa$am as suas curiosidades, cheguem a conclusoães, contrastem com as suas proáprias experieências auilo ue leêem.
#ssas necessidades adveê m do facto de a leitura ser uma actividade complexa ue reuer esfor$o, perseveran$a e for$a de vontade. Naão eá algo ue se aprende a for$a, 4
mas sim pela praá tica, pelo gosto e pela motiva$aão. 'erante essa situa$aão eá necessaário formar-se leitores ue possuem as ha"ilidades e teácnicas de leitura, mas tam"eá m ue teê m gosto por ela. *sso eá poss%ável atraveá s de actividades e jogos de sedu$aão e reconstru$aão dos am"ientes de prazer e frui$aão ue estimulem para a leitura. 'ara ue essas possi"ilidades passem a ser factos, o professor como motivador da leitura, deve assumir atitudes tais como fazer os alunos sentirem o interesse pelos diversos tipos de leitura diversiicar as estrateágias de contacto com os textos de modo a evitar a monotonia dos esuemas e procurar e lan$ar na classe tipos variados de textos, ue a"aruem aspectos escolares. 'ortanto, para desenvolver o gosto pela leitura, o docente deve, primeiramente, possuir tam"eá m o gosto pela leitura, para aleá m disso, deve ser um proissional dinaêmico, criativo, ue acompanha a mudan$a e as necessidades do aluno e, so"retudo, deve ser um proissional empenhado em tra"alhar em euipa, para junto com os demais agentes educativos, fazer com ue os eventos promovidos para o efeito aconte$am naão soá na sala de aula, mas sim, ue sejam extensivas a escola, inclusive a "i"lioteca.
O perfil dos mediadores educativos e a promoção do gosto pela leitura '
A praá tica permanente e estimulante da leitura promovida por mediadores conscientes do seu papel de orientador, ajuda a crian$a a reconhecer a importaê ncia da leitura. eve-se resaltar ue a forma$aão de leitores eá um tra"alho de avan$os e recuos, mas ue naão pode parar. #nvolve persisteência e uma grande motiva$aão uer por parte do leitor, uer por parte dos mediadores, como jaá se tinha referido. Na promo$aão da leitura eá importante a igura do mediador, principalmente uando os destinataários saão crian$as e adolescentes. Na infaência e na adolesceê ncia, os leitores manifestam n%áveis diferentes e progressivos das suas capacidades de compreensaão leitora e recep$aão literaária. 'or isso, eá necessaário um mediador ue serve como ponte entre o leitor (crian$a e adolescente) e o livro. / papel de mediador eá ha"itualmente desempenhado por adultos com peris espec%áicos e institui$oães como por exemplo pais, professores, "i"liotecaários, escola, "i"liotecas e livrarias. / mediador eá normalmente o primeiro receptor da o"ra, pois eá ele ue facilitaraá ideias e caminhos para realizar as leituras, e tam"eá m para as escolher, porue o destinataário da mesma eá ainda um ser em desenvolvimento.
#le deve ter sempre em mente ue incutir na crian$a e no adolescente o gosto pela leitura naão eá tra"alho de um dia, e nem se consegue mediante a fascina$aão de um momento "rilhante ou espectacular, mas sim, ue eá necessaá rio um conjunto de atitudes conseuentes e coordenadas por parte dos mediadores.
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*sso uer dizer ue o mediador tem de estar presente e consciente das suas fun$oães no ue concerne a0 leitura e ter fun$oães de criar e fomentar haá"itos leitores estaá veis ajudar a ler por prazer, diferenciando claramente a leitura o"rigatoá ria da leitura voluntaária orientar a leitura extra-escolar coordenar e facilitar a selec$aão de leituras segundo a idade e os interesses dos seus destinataários preparar, realizar e avaliar a anima$aão da leitura.
A fun$aão primordial dos mediadores educativos no ue diz respeito a0 leitura eá de promover o gosto pela leitura. +as, o pro"lema ue se coloca eá o seguinte seraá ue os mediadores estaão preparados e capacitados para exercer essa fun$aão1 'ergunta-se porue eá sa"ido ue os mediadores devem preencher certos reuisitos ue saão imprescind%áveis tais como ser um leitor ha"itual compartilhar e transmitir o prazer pela leitura ter conhecimento do grupo e das suas capacidades para promover sua participa$aão ter uma certa dose de imagina$aão e criatividade crer irmemente no seu tra"alho de mediador compromisso e entusiasmo, ter capacidade para informa$aão suiciente e renovada, possuir uma forma$aã o literaá ria, psicoloágica e didaáctica m%ánima ue possi"ilita entre outros, conhecimentos so"re leitor e as teá cnicas ue facilitam a leitura, um certo caê none de leituras literaárias. 'arafraseando 2acha, para o desenvolvimento do interesse infantil pela leitura eá necessaá rio 3uma escada e uma isca4. A escala sim"oliza o material de leitura adeuada a cada aluno de acordo com suas ha"ilidades e interesses. A crian$a vai avan$ando gradualmente, aduirindo novos e mais elevados interesses e apurando o seu gosto. 'or isso, ca"e aos mediadores proporcionar a escada ao jovem leitor, sugerir livros acess%áveis, ue possam entusiasmaá -lo. As iscas saão as vaá rias actividades ue os mediadores podem desenvolver para promover e motivar a leitura.
O papel da amília (
A fam%ália eá a primeira estrutura social em ue a crian$a se desenvolve. #& nela ue a crian$a inicia a sua socializa$aão. /s pais e os outros elementos da fam%ália saão as primeiras pessoas ue se preocupam com a sauá de da crian$a. #& com eles ue a crian$a aprende a dar os seus primeiros passos e dizer as primeiras palavras. 'or isso eá a eles ue compete as primeiras estrateá gias para despertar o gosto pela leitura oferecendo-lhe livros como "rinuedo, contando e lendo-lhe histoárias. 5egundo 2ier, o gesto de oferecer eá cultivar na crian$a uma rela$aão prazerosa, agradaá vel e afectiva com o ue ele veicula de valioso, em emo$oães e fantasias, para a interioridade humana, a primeira rela$aão de prazer , ainda ue seja soá contacto f%ásico com o texto. 6omo jaá t%ánhamos referido, a leitura eá fundamental para a uestaão da forma$aã o da personalidade de um indiv%áduo. 'ara isso, os mais novos precisam de ser instru%ádos para a leitura. #ntaão, antes de aprenderem a ler eá necessaá rio criar neles o gosto pela leitura. *sso uer dizer ue eá importante ue antes de come$arem a aprender a ler, as crian$as sintam ue a leitura eá algo ue gostam de fazer, ou seja, elas devem desenvolver apre$o pelos prazeres da linguagem escrita e pelas vaá rias maneiras em ue esta linguagem eá uá til.
5egundo +arinho, o interesse pela aprendizagem da leitura surge naturalmente uando a crian$a em casa veê os pais e irmaã os ocupados na leitura de livros, cartas, jornais. No proá prio lar estoá rias ilustradas lhe a"rem as portas do reino da fantasia. 5endo assim, uma outra atitude dos pais. ue pode propiciar o desejo pela leitura, eá mostrar aos ilhos ue eles tam"eám gostam de ler. /s ilhos nessa idade idolatram os pais e teê m por haá"ito imitar tudo o ue eles fazem. 6omo nessa faixa etaária eles teê m muita inlueê ncia so"re os ilhos, podem aproveitar a oportunidade para incutir neles o gosto pelos livros e pela leitura, visto ue a infaência eá o momento em ue as crian$as estaão receptivas a desenvolver haá "itos ue seraão seguidos. 'or isso, eá essencial estimulaá -las a ler desde peuena. *sso uer dizer ue o interesse pelos livros deve ser estimulado desde a tenra idade.
6om isso, pode-se ver ue a fam%á lia e o am"iente familiar constituem o primeiro mediador na cria$aão e no desenvolvimento do haá"ito de leitura ue posteriormente eá continuado na escola. ado ue a leitura come$a muito antes de se sa"er ler, os livros devem fazer parte do dia-a-dia da crian$a desde muito cedo. /s primeiros livros, em ue a imagem predomina, permitem jaá uma maneira particular de leitura, e ajudam desde logo a estimular e a desenvolver a criatividade e a linguagem. 'ara se atingir esse o"jectivo, Azevedo sugere ue os pais e ou os familiares devem adoptar atitudes tais como dar livros a0s crian$as mesmo antes de sa"erem ler ler e contar histoá rias a0s crian$as preservar momentos de leitura partilhada, mesmo uando a crian$a jaá sou"er ler evitar impor de forma autoritaária os seus gostos pessoais a0 crian$a compreender ue a leitura naão deve servir apenas como um o"jectivo utilitaá rio partilhar leituras com os seus ilhos visitar livrarias comprar livros e freuentar "i"liotecas juntamente com os seus ilhos.
Conclusão
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7ivemos numa eápoca em ue impera o audiovisual, mas os livros continuam a ser o principal instrumento de estudo. Nas nossas escolas, come$a a surgir, timidamente, o v%ádeo educativo (coisa ue no 'rimeiro +undo jaá eá um facto). A induá stria do entretenimento evoluiu, mas os livros continuam a ser, tam"eá m, fonte de entretenimento. !udo indica ue passaraão muitos anos ateá ue o livro possa ser su"stitu%ádo, com vantagem, por outros auxiliares de aprendizagem. / livro eá um material dispon%ável e de faácil acesso (podemos consultaá -lo gratuitamente numa "i"lioteca, ou compraá -lo numa livraria). 6onviraá, pois, sa"er lidar com os livros, so"retudo manuais, e aperfei$oar as teácnicas de leitura activa. #& natural, e ateá saudaá vel, ue um jovem ocupe parte do seu tempo com a muásica, o desporto ou o conv%ávio. +as o estudante ue deseja preparar o seu futuro tem de consagrar tam"eá m uma "oa parcela de tempo aos estudos. 5ejamos sinceros em admitir ue o "om haá"ito de ler naão eá o ponto forte de muitos estudantes. A "oa not%ácia podemos inverter o uadro, ou seja, ainda podemos desenvolver amor a0 leitura.
Biliogr!fia
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