Aprenda técnicas potenciais para conduzir reuniões e obter o engajamento de sua equipe
SPEECH PAPER “Muitas pessoas reclamam das reuniões e não se sentem motivadas a participar ativamente com ideias e soluções. Mas, por que isso acontece?”
(e-Summary)
COMO CONDUZIR REUNIÕES PRODUTIVAS
Líder, suas reuniões estão sendo realmente eficazes?
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Van Marchetti
SPEECH PAPER (e-Summary)
COMO CONDUZIR REUNIÕES PRODUTIVAS Técnicas Potenciais para Conduzir Reuniões e obter o Engajamento de sua Equipe
VAN MARCHETTI
1ª EDIÇÃO 2014
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Copyright
Autora Van Marchetti
Editor Attitude Plan Online
Copyright © 2014 [Attitude Plan Online] 1ª edição – 2014 O conteúdo deste livro eletrônico tem direitos autorais reservados para a autora. Isso significa que, mesmo sendo um conteúdo digital, não é de domínio público e não pode ser reenviado ou duplicado para terceiros. É parte integrante dos Speech Papers que compõem o material didático da série dos Cursos Online de Comunicação Interpessoal e Oratória da Attitude Plan Online. Se você quiser indicar o livro para alguém adquiri-lo, por favor, forneça o endereço de e-mail:
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“Uma reunião em que todos os presentes estão absolutamente de acordo, é uma reunião perdida” Albert Einstein
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·········································· CONSIDERAÇÕES INICIAIS ·········································
Van Marchetti
“Um ótimo líder não diz o que deve ser feito. Ele sabe fazer as perguntas certas para gerar auto-reflexão.”
O CENÁRIO
Esta frase do Einstein é bastante pertinente nesta nossa discussão. Vocês devem estar perguntando: “mas como assim? As reuniões são feitas para obter um consenso e não para criar divergências...” Muito bem, concordo com você ... mas, em partes. E vou explicar o porque.
O conflito, quando funcional e bem conduzido, ou seja, quando através das divergências, traz novas formas de olhar, novas tendências ou simplesmente muda uma perspectiva, pode ser muito produtivo nas reuniões. As pessoas pensam diferente, vivem histórias diferentes e, por isso, podem contribuir de uma forma muito rica – uma vez que seja aberto espaço para isso, conforme vamos ver no decorrer desta leitura.
Em meus anos de experiência na gestão de pessoas e liderança de equipes, tanto comerciais quanto administrativas, bem como em minha atuação como consultora empresarial, sempre encontrei “barreiras” quando o assunto é: reunião corporativa. A palavra reunião já indica: união de pessoas.
Bem, pessoas se comunicam e, onde há comunicação há (ou pelo menos deverá haver) emissores e receptores, que, conversando entre si, geram a comunicação interpessoal, a qual rege as relações interpessoais. Correto?
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Sim! Correto. Porém, aonde há uma reunião de pessoas (com crenças, convicções, culturas, vivências e opiniões diferentes e por vezes, divergentes), há a grande possibilidade de conflitos.
Bem, é um grande desafio para os líderes! Estes, por sua vez, precisam, para a boa condução de pessoas, ter habilidades bem desenvolvidas em três pontos, os quais considero os pilares para a condução de reuniões eficazes:
1) Habilidades de Comunicação Interpessoal; 2) Habilidades de Relações Interpessoais; 3) Habilidades de Gestão de Conflitos Organizacionais;
Mesmo havendo um excelente planejamento e sabendo exatamente quais objetivos atingir, não teremos uma boa condução do grupo, caso o líder não tenha bem incorporadas essas três habilidades.
Então eu lhe pergunto: como estão suas habilidades nesses quesitos? Vamos verificar? Uma impacta diretamente na outra. Veja o quadro abaixo:
HABILIDADES COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
GESTÃO DE CONFLITOS
PREMISSAS
PREMISSAS
PREMISSAS
Ouvir com atenção Empatia Mostrar interesse
Entender as diferenças Buscar sinergia nas diferenças
Não fazer julgamentos
Crítica construtiva
Ser conciso e objetivo
Assertividade
Comunicar com entusiasmo
Engajamento
Solução Ganha-Ganha
Ter a certeza de que houve entendimento
Fazer perguntas
Estimular o acordo
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Estimular o diálogo Ser o Mediador
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Fazendo uma rápida autoanálise dos pontos acima, em quais você acredita que está bem desenvolvido e quais você ainda precisa desenvolver. Analise com calma, pense com bastante profundidade quais são as atitudes que você vem manifestando na condução de reuniões.
Espaço para anotações
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ÍNDICE
Considerações Iniciais – O Cenário............................................................................... 04 Parte 1 – Uma conta que não fecha ............................................................................. 09
Parte 2 – Uma visão ampla .......................................................................................... 15
Parte 3 – Passos para conduzir uma reunião produtiva ........................................... 20 Considerações Finais ................................................................................................... 27 Sobre a Autora ............................................................................................................... 29
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Van Marchetti
·········································· PARTE 1 ·········································
“Homens e mulheres desejam fazer um bom trabalho. Se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farão”. (Bill Hewlett-Fundador da HP)
1 – UMA CONTA QUE NÃO FECHA
Aqui vamos falar sobre “os sentimentos” de ambas as partes: quem conduz e quem participa da reunião. Quando perguntamos às pessoas sobre o que acham das reuniões, geralmente temos os seguintes quadros:
Vamos primeiro analisar como se sente o gestor quando pensa em conduzir uma reunião:
SENSAÇÕES NEGATIVAS CONDUZINDO REUNIÕES
Tempo desperdiçado; Falta de envolvimento das pessoas; Perda de controle da gestão das discussões que fogem do tema central; Falta de comprometimento dos participantes com os objetivos propostos;
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E se mudarmos o foco. Vamos imaginar agora como se sente quem é chamado para uma reunião:
SENSAÇÕES NEGATIVAS PARTICIPANDO DE REUNIÕES
Tempo desperdiçado Vai atrasar todo o meu trabalho; Hoje vou ter que ficar até mais tarde; Esse assunto já foi falado; Um monte de “bla bla bla”, mas nada na prática; Sou tímido. Até tenho ideias, mas não conseguirei falar nada; Sempre que tento falar, sou interrompido;
Sempre que manifesto uma ideia, sou vetado;
E assim por diante...
Essa é uma realidade presente em empresas de todos os portes e segmentos. Uma vez que a reunião é uma ferramenta importante, pois permite que informações sejam transmitidas, que projetos sigam em andamento, que soluções sejam alcançadas, é importante mensurar os impactos que as reuniões estão causando na sua empresa.
O cenário é igual ou pelo menos, semelhante ao descrito acima? Então é importante, em primeiro lugar, verificar o que está acontecendo? Por que as pessoas estão com esses sentimentos em relação às reuniões? É interessante ouvi-las, entender suas posições. Tendo como exemplo a frase de abertura deste capítulo, citação de Bill Hewlett-Fundador da HP: “Homens e mulheres desejam fazer um bom
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trabalho. Se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farão”. Assim, a ideia que deixo aqui é seguinte: ouça as pessoas, procure entender suas razões. Faça entrevistas individuais, colha as informações e tabule. Depois reúna o grupo para discutir como poderiam utilizar as reuniões de uma forma mais produtiva.
Certamente em sua tabulação, você perceberá pontos que precisam ser desenvolvidos, principalmente nos líderes, pois são estes que conduzem o grupo e que são os responsáveis por estar à frente, mediar e estimular as pessoas para a ação.
Porém, esse desenvolvimento também será importante nos times. Provavelmente você irá sentir a necessidade de trabalhar as relações interpessoais, a colaboração e inovação.
Mas, voltando ao nosso cenário, é interessante analisarmos a conta seguinte:
Tempo investido na reunião X Resultados produzidos
Por exemplo: se cada colaborador recebe de salário fixo: R$ 1.500,00, sendo CLT e mais benefícios, podemos dobrar para R$ 3.000,00. Dividindo esse valor por 30 dias, temos o investimento nesse colaborador em R$ 100,00/dia. Levando-se em conta uma jornada de trabalho de 8 horas, temos um investimento de R$ 12,50 a hora (não estou contando posto de trabalho e outras implicações).
Agora, supondo que você parou uma equipe de 10 pessoas para uma reunião com duração prevista de 1 hora, temos um investimento de cerca de R$ 125,00. Se estendeu por mais meia hora, acrescentamos à conta mais R$ 62,50, totalizando 187,50. Parece um valor irrisório? Talvez não seja. Isso dependerá de quantas áreas estão fazendo reunião nesse exato momento. Se são 5 áreas, já temos uma conta diária de R$ 937,50. E se multiplicarmos isso por um mês inteiro? R$ 28.125,00. Isso faz algum sentido para você?
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E se colocarmos executivos com um salário mais alto? Para quanto vai essa conta?
Não importa o tamanho da empresa. O impacto nos resultados será proporcional. O que está sendo aqui discutido é que uma reunião não pode ser apenas uma “obrigação dentro de um processo de gestão”. Ela tem a obrigação de ser produtiva e gerar resultados. Há um investimento e todo investimento exige um retorno. Não estou apenas falando de retorno financeiro – isso é essencial para a saúde de toda empresa – estou falando também de retorno de: motivação, engajamento e comprometimento das pessoas diretamente envolvidas e, consequentemente, das não diretamente envolvidas.
Essa imagem é bastante sugestiva, não é mesmo?
Fonte: Google Images
Este tem que ser o impacto. Gerar um engajamento tão eficaz nas pessoas diretamente envolvidas que o impacto motivacional vai atingindo outras pessoas em um envolvimento legítimo.
Agora, faça uma conta novamente:
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No caso de uma reunião não produtiva. Investimento de R$ 187,50 em dinheiro e investimento em mais desmotivação e falta de comprometimento = incalculável (negativamente). Retorno: R$ 0,00 em um cenário menos pessimista. Em um cenário pior: temos muitas perdas: absenteímo, altíssimo turnover e assim por diante.
E no caso de uma reunião altamente produtiva? Investimento de R$ 187,50 em dinheiro e investimento em mais motivação, e comprometimento = incalculável (positivamente). Retorno: além do retorno financeiro – pois pessoas que produzem mais, trazem mais resultados – temos também maior retenção de talentos, motivação muito mais sustentável e impacto de engajamento entre as pessoas e as áreas.
Faça você também esse cálculo, você certamente se surpreenderá. Em grandes empresas, com inúmeras salas de reunião, o agendamento de salas é extremamente disputado. Imagine a quantidade de horas diárias?
E esse impacto é muito grande para as pequenas empresas também. O menor número de profissionais que fazem parte do quadro de colaboradores indica que, ao retirar alguns membros por algum tempo para uma reunião, essa conta pode vir a ser ainda muito maior. Afinal, cada membro em uma pequena empresa é responsável por uma parcela significativa do trabalho.
Bem, dentro desse contexto e sabendo que as reuniões são ferramentas imprescindíveis para novas ideias, atitudes mais colaborativas, integração de equipes, apresentação de propostas, desenvolvimento de pessoas, alinhamento de projetos e muitos outros objetivos, precisamos chegar a um ponto importante:
COMO TRANSFORMAR AS REUNIÕES EM FERRAMENTAS INOVAÇÃO E BUSCA DE SOLUÇÕES POR PARTE DA EQUIPE?
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DE
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·········································· PARTE 2 ·········································
“Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.” (Oscar Wilde)
2 – UMA VISÃO AMPLA
Depois de fazer a análise de “sentimentos e posições” sugerida no capítulo anterior, deixo aqui um exercício bem interessante para ajudar na organização das ideias, facilitando uma visão mais ampla e ao mesmo tempo mais focada da situação atual.
O que deve ser feito primeiro? Você já tabulou as informações e as classificou. Tem em mãos um material bem rico sobre as percepções tanto da liderança, quanto das equipes. Agora é hora e organizá-las. Segue abaixo um modelo. As informações do rodapé você irá substituir pelas levantadas nas entrevistas e dinâmicas de grupo.
Primeiro, temos as percepções dos líderes, condutores de reuniões. Você deverá substituir as percepções listadas, pelas que você diagnosticou na análise feita anteriormente. Depois deverá classificá-las, para chegar a um novo planejamento:
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LÍDERES
10 Ocorre sempre
9 8 7
Ocorre várias vezes
6 Ocorre às vezes
5 4
Ocorre pouco
3 2 1
Ocorre muito pouco
Falta de comprometimento das pessoas
Falta de conhecimento da situação
Discussões que fogem do tema central
Poucas ideias oferecidas
Falta de envolvimento das pessoas
Perda de Tempo
Percepções
0
Analisando este gráfico, podemos perceber ao todo, as percepções de quem conduz as reuniões na empresa. Agora é hora de planejar quais as ações que precisam ser implementadas para melhorar esse quadro.
Perguntas:
Como posso aumentar o envolvimento das pessoas? Como posso ativar o interesse? Como posso aumentar o comprometimento das pessoas?
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Aqui, temos as percepções dos participantes das reuniões. Você deverá substituir as percepções listadas, pelas que você diagnosticou na análise feita anteriormente. Depois deverá classificá-las, para chegar a um novo planejamento:
EQUIPE
10 Ocorre sempre
9 8 7
Ocorre várias vezes
6 Ocorre às vezes
5 4
Ocorre pouco
3 2 1
Ocorre muito pouco
Não tenho tempo hábil para me preparar
Não consigo expor as ideias
Muita teoria e pouco na prática
Aumenta as horas de trabalho
Atraso do trabalho
Perda de Tempo
Percepções
0
Analisando este gráfico, podemos perceber ao todo, as percepções de quem participa das reuniões na empresa. Agora é hora de planejar quais as ações que precisam ser implementadas para melhorar esse quadro.
Perguntas:
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Como posso fazer com que as pessoas já venham mais preparadas? Como posso administrar melhor o tempo? Como posso criar um processo para que realmente as ações sejam implementadas?
Quando as pessoas “percebem” que muito do que é falado “morre na praia”, ou seja, não é praticado, a credibilidade nas reuniões diminui agressivamente. Outro ponto muito importante é instigar as pessoas a vir preparadas, isso certamente demonstra que suas opiniões são importantes e que sua participação é essencial.
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·········································· PARTE 3 ·········································
“Os nossos conhecimentos são a reunião do raciocínio e experiência de numerosas mentes.” (Emerson)
3 – 4 PASSOS PARA CONDUZIR REUNIÕES PRODUTIVAS
Bem, agora você já está munido das informações necessárias para a tomada de decisões em seu planejamento para as próximas reuniões, tornando-as produtivas e eficazes.
Este é o momento de implementar as novas ações. Abaixo, listo os passos essenciais para que as reuniões corporativas venham a agregar resultados importantes para seus negócios. É importante salientar que as pessoas gostam de estar em grupo, adoram sentir que pertencem a algo maior e, principalmente, sentem-se bastante realizadas quando conseguem que seu trabalho seja apreciado e reconhecido.
Não é que não gostem de reuniões. Elas não se sentem comprometidas com os modelos atuais das reuniões: sem planejamento correto, muitas vezes sem organização, sem gestão do tempo e sem a possibilidade de um diálogo realmente aberto e promissor.
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Tenho absoluta certeza – e falo por minha própria vivência com equipes - de que quando estimulamos as pessoas pelos caminhos certos, conseguimos obter o melhor delas. Já tive equipe que passou a noite (acompanhando uma obra), em uma das unidades de uma empresa que eu prestava consultoria, para que uma sala ficasse pronta e dentro dos padrões para um evento que iria acontecer repentinamente. Era um evento que estava há algum tempo para acontecer, mas eles não estavam conseguindo fechar o quórum necessário de participantes. Fizeram um trabalho árduo e, de repente, as inscrições foram acontecendo. Como a diretoria não estava confiante no resultado, não acelerou a obra da sala. E o que aconteceu? Eles estiveram pessoalmente envolvidos com a obra e o evento aconteceu de uma forma brilhante. Este é uma história real. E narro aqui com muito orgulho desta minha equipe. E existem muitas outras!!!
Vamos agora aos passos para que possamos atingir esses objetivos e trazer o melhor das pessoas para as reuniões.
PASSO 1 – QUAL O OBJETIVO DA REUNIÃO?
Cada reunião carece de um formato específico, dependendo do objetivo que se quer alcançar. Cito abaixo, alguns dos principais modelos:
Informar algo – ela será mais trabalhada no sentido do condutor transmitir a mensagem para os participantes, porém deve abrir espaço para a interatividade. Deve-se obter o feedback da mensagem.
Buscar a solução para um problema – aqui é imprescindível que as pessoas venham preparadas e já com propostas. Neste formato, a interatividade é fundamental e o condutor faz seu papel como mediador.
Levantar novas ideias / inovação – Neste formato, a interatividade impera e um processo de “brainstorm” bem conduzido é a chave para o sucesso. O condutor precisa ter uma grande dose de entusiasmo para contagiar os presentes e os instigar a participar ativamente. O objetivo deve ser muito bem estabelecido desde o início, pois há uma grande chance de dispersão.
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Apresentar resultados – este é um formato em que o condutor tanto pode estar apresentando resultados alcançados pela equipe, quanto a equipe apresentar seus resultados individualmente ou em grupo. No primeiro caso, imaginando um resultado positivo, é a hora certa de elogiar e incentivar as pessoas aos próximos passos. No segundo caso, é importante o condutor calcular o tempo necessário para a reunião, levando em conta o número de participantes e estipulando, desde o início, o tempo determinado para cada uma das pessoas.
Apresentar uma proposta / projeto – pode ser uma apresentação individual ou de um grupo. O importante aqui é que se você for o condutor, certifique-se de que conhece muito bem seu público e suas expectativas. Leve um planejamento muito bem elaborado e já vá preparado para responder as possíveis críticas e questionamentos. Faça perguntas, instigue a interatividade.
Tomar uma decisão – aqui o condutor, muitas vezes já sabe a resposta, porém leva sua equipe a buscar e propor soluções. Esta é uma forma bem acessível de desenvolvimento, uma vez que o líder esteja preparado para conduzi-la da forma mais adequada.
PASSO 2 – QUAL É O PÚBLICO A SER CONVIDADO? Saber escolher pessoas-chave e entender as expectativas do grupo, faz uma grande diferença no desenvolvimento da reunião. Uma dica é: escolha cerca de três participantes (que sejam estratégicos para seu objetivo), antes da realização da reunião e tenha uma conversa informal sobre o tema. Perceba o impacto, suas emoções e seu entusiasmo. Movimente previamente esse interesse e essas pessoas serão um importante alicerce para obtenção do comprometimento do grupo.
Quem pode melhor trazer a solução demandada? O que posso extrair de cada membro, de acordo com suas habilidades e conhecimentos? Em seu planejamento, você deve traçar um breve perfil de cada um e colocar o que espera da participação;
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PASSO 3 – PREPARAÇÃO DA PAUTA DA REUNIÃO?
Este passo é de fundamental importância. É neste momento que você faz todo o planejamento, cria o roteiro e busca as estratégias mais certeiras para a obtenção dos resultados esperados.
Qual o tema será abordado? Quais os tópicos? Destes tópicos, quais precisam ser tratados como prioridade ou quais são os que despertam mais interesse? Quanto tempo terá a reunião como um todo e também definir qual o tempo destinado à discussão de cada tópico; Seu tema terá algum impacto polêmico? Quanto mais polêmico, maior a probabilidade de perguntas e críticas. Esteja preparado; Quais suas estratégias para estimular a participação das pessoas? Das mais tímidas às mais “falantes”; Qual sua estratégia para conduzir a discussão quando sair do foco? Qual sua estratégia para obter o comprometimento das pessoas? Qual a sua estratégia de feedback e mensuração dos resultados? Defina quem será o responsável pela ata da reunião;
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PASSO 4 – CONSEGUINDO A ADESÃO DAS PESSOAS
Neste momento a comunicação eficaz do líder, faz toda a diferença. Quem detém essa habilidade está muitos passos à frente na condução de excelentes reuniões. Cito aqui alguns pontos essenciais:
Envie a pauta para os participantes, com pelo menos, 48h de antecedência. Dependendo da preparação que espera, este prazo deverá ser antecipado. Se for de uma semana, por exemplo, envie mensagens motivacionais (não de cobrança), lembrando do encontro e do que espera das pessoas; Chegado o dia, inicie com uma mensagem breve (quebra-gelo), a qual deverá conter a essência do tema, objetivando sintonizar as pessoas a um momento comum a todos; Depois discorra brevemente sobre o tema proposto, os tópicos e o tempo estabelecido para que a reunião ocorra. Procure ser o mais pontual possível, tanto ao iniciar quanto a terminar. Isso vai aumentar a credibilidade para os próximos eventos; Lembre-se, você está no controle. Então seu autocontrole tem que ser muito bem administrado. Tenha consciência de sua comunicação nãoverbal (responsável por cerca de 93% de sua mensagem): postura, linguagem corporal e tom de voz; Fique o tempo todo atento à linguagem corporal das pessoas. Perceba os “tímidos” que, através da postura, parecem querer falar, porém não têm coragem. Instigue-os a participar, porém com cautela, para que seja motivador e não traumatizante; Seja um moderador. Leve as pessoas à ação, à participação, porém esteja atento a trazer a discussão para o centro, caso haja desvios do assunto;
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Pratique a “escuta ativa”: ouça com real atenção, olhos nos olhos, mostre interesse e não interrompa uma fala, a não ser que seja extremamente necessário para não perder o foco; Anote os pontos principais. De preferência utilize um flip chat ou quadro branco. Isso fixa o conteúdo para as pessoas e as estimula a anotar também; Quando as propostas ou soluções estiverem colocadas, estimule a discussão (saudável) do grupo, sobre os prós e contras, para que a responsabilidade das decisões seja compartilhada; Procure não julgar as ideias. Desabilite filtros de julgamento e procure entender as colocações. Faça, através das perguntas certas, a pessoa refletir sobre sua proposta e estimule a argumentação. Caso tenha a certeza de que a ideia proposta não atende, não faça um comentário direto e mais duro – isso inibe participações futuras – procure mostrar de uma forma assertiva que não seria possível e diga o porque; Ao definir as propostas ou soluções, esteja certo do entendimento e retome os principais pontos. Cada tarefa deverá ter um responsável pela execução e pelo prazo de entrega; Uma dica interessante: elogie publicamente e, se possível, crie uma recompensa para as melhores soluções propostas, mesmo que ainda não implementadas. Isso estimula a geração de novos insights; Uma pessoa deverá ser responsável pela condução da verificação das metas estabelecidas e acompanhar as “deads lines” do projeto; Encerre a reunião elogiando a participação de todos e mostrando a importância dos momentos que passaram juntos para os resultados que procuram obter. Principalmente deixe claro que a participação deles foi essencial para chegarem ao final com êxito; Aqui é importante deixar bem claro o que espera de cada participante, bem qual o prazo a atingir a meta proposta. Deixe já bem claro quando será o próximo encontro de verificação;
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“Homens e mulheres desejam fazer um bom trabalho. Se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farão”. (Bill Hewlett-Fundador da HP)
E assim, encerramos mais um Speech Paper (e-Summary) sobre Comunicação Eficaz para Líderes. Reuniões produtivas são uma das várias ferramentas que um gestor necessita para gerir pessoas com maestria. Espero que tenha sido de grande valia e que possam aproveitar as dicas aqui propostas. Este material acompanha a videoaula, para que o conteúdo seja ainda mais fortalecido. Gostaria muito de pedir uma gentileza: você que teve acesso a esse material, se puder dar um depoimento do que achou sobre o conteúdo, ficarei muito agradecida, pois será muito importante para a continuidade da qualidade do trabalho e para que eu possa trazer temas relevantes.
Basta enviar para:
[email protected]
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Acrescente ao final se permite ou não a divulgação no site ou material informativo sobre o trabalho. Essa divulgação ajuda a que outras pessoas também tenham acesso ao conteúdo.
Muito obrigada e até breve!!!
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AUTORA A
QUEM É VAN MARCHETTI
Com mais de 17 anos de experiência profissional, Van Marchetti é COMUNICÓLOGA, graduada pela ESPM, com grande expertise em COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL NO TRABALHO e idealizadora do método BW4 - BREAKING WALLS COMMUNICATION & ORATORY, criado para trazer uma nova experiência na aprendizagem de como fazer apresentações com maestria.
É apaixonada por desenvolver a habilidade da comunicação nas pessoas. Para ela, aprender e ensinar lhe encanta. Está constantemente em aprendizagem, realizando cursos e estudos em diversas áreas (teatro, oratória, poder mental, liderança, gestão emocional, negócios, relações interpessoais, entre outros) que somam um grande conhecimento para aplicação de uma metodologia diferenciada e orientada a resultados, agindo no medo e na ansiedade em falar em público, bem como em técnicas de melhoria na performance em apresentações, aulas, vendas e demais situações de exposição, baseada no que há de mais atual no mercado: (conteúdo + Prática). Ao longo desses anos, todos seus estudos, vivências, palestras, aulas e treinamentos
no mercado corporativo e acadêmico, foram voltados ao desenvolvimento da Comunicação Interpessoal e Oratória em milhares de profissionais, dentro do âmbito do: atendimento ao cliente, relacionamento interpessoal, liderança e gestão de pessoas, técnicas de apresentações executivas, técnicas de apresentações para vendas, formação de instrutores de treinamento, técnicas de didática para professores de graduação e pós-graduação e técnicas para apresentações de TCC.
Em 2006, realizou um grande sonho, fundou a Attitude Plan, empresa de Consultoria e Treinamento, especializada em Comunicação Interpessoal e Oratória. Sua grande experiência no segmento de Educação Executiva, como Gestora de negócios e professora de MBA, também lhe confere a expertise de atuar como consultora especialista em orientação de carreira e técnicas de apresentação, ajudando diversos profissionais em entrevistas de emprego e processos seletivos. É também autora de diversos artigos. Acesse o site e conheça o conteúdo completo: www.attitudeplan.com.br
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Van Marchetti
Milhares de alunos de diversas localidades já participaram de seus cursos abertos, treinamentos in company e suas aulas de MBA. Van Marchetti também atua como personal consultant em comunicação e oratória para executivos, empresários e políticos.