CLASSICISMO INÍCIO: Sá de Miranda traz da Itália o soneto e outras inovações. TÉRMINO: decadência de Portugal e domínio Espanhol. (1580) PAINEL DE ÉPOCA: Renascimento, renovação cultural. Crescimento da burguesia. Aumento das atividades econômicas. Melhoramentos técnicos e invenções. Grandes navegações. Arte e cultura greco-romana. Antropocentrismo. Surgimento das universalidades. Reforma e contra-reforma. Portugal busca novo caminho para as Índias. Onda de ufanismo. Racionalismo / universalismo. Perfeição formal. PRODUÇÃO LITERÁRIA: Épico e Lírico I) CAMÕES ÉPICO - Os Lusíadas Publicado em 1572. Recria a história do povo português usando a Antigüidade greco-romana como pano de fundo. Poema narrativo com a figura de um herói: Vasco da Gama. Estrutura: Dez contos divididos em cinco partes: proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo. Os episódios mais importantes: A Morte de Inês de Castro O Velho do Restelo O Gigante Adamastor A Ilha dos Amore Inês de Castro e a Ilha dos Amores são episódios com características líricas dentro do épico II) CAMÕES LÍRICO - RIMAS Dois tipos: seguindo o modelo medieval - medida velha e seguindo o modelo Renascentista. Temas: o amor, a busca da perfeição, o desconcerto do mundo, a mudança constante de tudo, a pátria, Deus, a figura feminina. Procura o universal. O amor é abordado através da antítese amor platônico X amor carnal. Figura idealizada da mulher X beleza física. Presença de antíteses e paradoxos. EXERCÍCIOS: A) TEXTO /QUESTÕES: TRECHOS DA MORTE DE INÊS DE CASTRO “Tu, só tu, puro amor (1), com força crua (2), Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua (3), Como se fora pérfida (4) inimiga. Se dizem, fero Amor (5), que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga (6), • • • • • • • • • • • • •
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É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras (7) banhar em sangue humano. Estavas linda, Inês, posta em sossego (8), De teus anos colhendo doce fruito (9), Naquele engano da alma, ledo (10) e cego, Que a Fortuna (11) não deixa durar muito; Nos saudosos campos do Mondego (12), De teus formosos (13) olhos nunca enxuito (14), Aos montes ensinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas.” 1 . o amor comum, o sentimento, com letra minúscula; 2 . com crueldade; 3 . à infeliz morte de Inês; 4 . traidora, maldosa; 5 . feroz Amor, com letra maiúscula, personificado, entidade mitológica; 6 . se sacia, se satisfaz; 7 . altares de sacrifícios; 8 . morta (eufemismo); 9 . fruto; 10. alegre; 11. destino, sorte: com maiúscula, por ser figura mitológica; 12. é um rio que banha Coimbra e às margens do qual Inês de Castro foi enterrada, segundo consta; 13. formosos; 14. enxuto. 1) Analise o episódio descrito acima explicando a função lírica deste texto dentro do Clássico épico Os Lusíadas. 2) Relacione a temática do texto lido com o mesmo conteúdo da época medieval. Analise o papel do homem e da mu-lher neste episódio.
B) TESTES: “Não acabava, quando uma figura Se nos mostra no ar, robusta e válida, De disforme e grandíssima estatura, O rosto carregado, a barba esquálida, Os olhos encovados, e a postura Medonha e má, e a cor terrena e pálida, Cheios de terra e crespos os cabelos, A boca negra, os dentes amarelos. Tão grande era de membros, que bem posso Certificar-te que este era o segundo De Rodes estranhíssimo Colosso. Que um dos sete milagres foi do mundo. Cum tom de voz que nos fala horrendo e grosso, Que pareceu sair do mar profundo, Arrepiam-se as carnes e o cabelo A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo.”
1) Os fragmentos acima foram retirados do poema épico Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, cujo herói é: a) o grupo de navegadores responsáveis pela expansão marítima e pelo crescimento do Império Português. b) O navegador Vasco da Gama, que conseguiu encontrar o caminho para as Índias e possibilitou o desenvolvimento do Império Português no Oriente. c) O povo português, representado pela figura da Vasco da Gama. d) O grande rei D. Sebastião, que é homenageado por Camões na Dedicatória. e) D. Manuel, o Venturoso, no reinado do qual se desen-volveu a trama mostrada na Narração. 2) As duas estrófes mostram um dos episódios mais im-portantes da Os Lusíadas. Esse episódio é: a) “A Morte de Inês de Castro”; b) “O Gigante Adamastor”; c) “A Ilha dos Amores”; d) “O Velho do Restelo”; e) “Tétis e a Máquina de Mundo”. 3) A figura apresentada nos versos representa um acidente geográfico. Responda: a) Que acidente é esse? b) Qual sua importância na viagem dos portugueses? 4) Analisando formalmente as estrofes, esclareça: a) Que tipo de versos temos, quanto ao número de sílabas métricas? b) Qual o esquema rítmico das estrofes? Como se denomi-na esse tipo de rima? c) Que tipo de estrofes temos? d) Em que sílabas poéticas recaem os acentos nos versos das duas estrofes? 5) Os fragmentos foram extraídos do: a) Canto V b) Canto III c) Canto IV d) Canto IX e) Canto X 6) “Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama Ó fraudulento gosto, que se atiça C’uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! A que novos desastres determinas de levar estes Reinos e esta gente? Que perigos, que mortes lhe destinas, Debaixo dalgum nome preminente? Que promessas de reinos e de minas De ouro, que lhe farás tão facilmente? Que famas lhe prometerás? Que histórias? Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?” As duas estrofes apresentadas fazem parte da: a) Proposição; b) Invocação;
c) Dedicatória; d) Narração ou e) Epílogo de Os Lusíadas?
7) Camões, na Proposição de Os Lusíadas, demonstra a intenção de cantar: a) as grandes navegações da Grécia e de Tróia; b) aquilo que a antiga Musa canta; c) as guerras, as navegações, a história dos reis e dos homens portugueses ilustres; d) as valorosas obras dos antigos romanos; e) a Eneida e a Odisséia. QUESTÕES: Texto para os testes 8 e 9: “Busque Amor novas artes, no engenho, para mater-me, e novas esquivanças; que não pode tirar-me as esperanças, que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! vede que perigosas seguranças: que não temo contrastes nem mudanças, andando em bravo mar perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê; que dias há que na alma me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei por quê. 1) (FUVEST-FGV) Neste poema é possível reconhecer que uma dialética amorosa trabalha a oposição entre: a) o bem e o mal; b) a proximidade e a distância; c) o desejo e a idealização; d) a razão e o sentimento; e) o mistério e a realidade. 2) (FUVEST-FGV) Uma imagem de forte expressividade deixa implícita uma comparação com o arriscado jogo de amor. Assinalar a alternativa que contém essa imagem: a) o engenho do amor; b) o perigo da segurança; c) naufrágio em bravo mar; d) mar tempestuoso; e) um não sei quê.