Saiba como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos
Índice Um pouco da história da injeção eletrônica...................................................................... 4 Mas afinal, o que é o sistema de injeção eletrônica de motos?....................................... 5 Por que surgiu a necessidade de se trabalhar com injeção eletrônica?........................... 6 Como funciona o sistema de injeção?................................................................................ 7 Módulo de Controle do Motor (UCE, MCE, ECU)............................................................7 Sensores........................................................................................................................9 Atuadores....................................................................................................................12
Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Um pouco da história da injeção eletrônica De uns anos para cá, a preocupação com o meio ambiente tem se tornando grande influência em todos os setores da indústria. Já em 1912, a Robert Bosch teve a grande sacada de criar a injeção eletrônica. Embora fosse uma ideia genial e adotada pela Chevrolet, o projeto foi abandonado pelos fabricantes por questão de credibilidade e economia. Mais tarde, o governo americano começou a estabelecer limites de emissão de poluentes e o mundo passou a dar maior atenção para a injeção eletrônica. A novidade chegou ao Brasil em 1989 e hoje faz parte de todos os carros que são produzidos no país. Desde então, a injeção eletrônica vem evoluindo no setor automobilístico e ganhou espaço no campo motociclístico também. No Brasil, o primeiro sistema implantado foi no modelo Fazer YS250cc, da montadora Yamaha. Antes disso, as motocicletas que utilizavam injeção eletrônica eram importadas.
Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Mas afinal, o que é o sistema de injeção eletrônica de motos? O sistema de injeção eletrônica é um sistema de alimentação de combustível e gerenciamento do funcionamento de motores movidos por combustão interna. O primeiro sistema foi desenvolvido e aplicado inicialmente em carros no final dos anos 80. O desenvolvimento desse sistema deve-se a necessidade das indústrias de automóvel reduzir o índice de emissão de gases poluentes. Basicamente, o sistema trabalha controlando de modo eficaz a mistura de ar/combustível admitida pelo motor, sempre buscando manter a mistura mais próxima possível da estequiometria (relação ar combustível real por ar combustível ideal, caracterizada por lambda). Uma mistura controlada traz benefícios ao motor, tais como: ótimo desempenho, durabilidade, e o mais importante: a redução da emissão de gases poluentes. Logo com o sucesso em aplicações do sistema de injeção em carros, o sistema foi implantado nas motocicletas também. Hoje em dia esse sistema é utilizado em grande escala. Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Por que surgiu a necessidade de se trabalhar com injeção eletrônica de motos? Em 2002, foi criado O PROMOT (programa de controle da poluição do ar por motociclos e veículos similares). Este programa surgiu com intuito de diminuir o índice de gases nocivos na atmosfera proveniente dos motores movidos por combustão interna. O programa ganhou força e passou por mudanças no decorrer dos anos. Mudanças relacionadas aos limites de emissão de poluentes para cada tipo de veículo. O PROMOT possui 3 fases. A atual é a fase 3, vigorada no início de 2009. Para alcançar os patamares exigidos pela fase 3 do programa, as motocicletas receberam inovações tecnológicas, com destaque para catalisadores (componente interno do escapamento responsável pela conversão de gases nocivos emitidos) e sistema de injeção eletrônica, sendo considerado o mais importante. A motocicleta se adequou as exigências do PROMOT e como resultado alcançou em apenas 6 anos níveis de emissões semelhantes aos de carros que levaram mais de 20 anos para percorrer o mesmo processo. Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Como funciona o sistema de injeção eletrônica de motos? Esse sistema é constituído por três componentes: Módulo, sensores e atuadores. Neste e-Book, vamos explicar resumidamente sobre cada componente do sistema.
Módulo de Controle do Motor (UCE, MCE, ECU) A ECU é um componente constituído de hardware e software, que comparado ao corpo humano, seria como o nosso cérebro, pois tem a função de analisar as informações geradas pelos sensores e estrategicamente comandar os atuadores para que o motor tenha um perfeito funcionamento com alta eficiência.
Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
A estratégia de funcionamento é o modo como a MCE ou ECU vai trabalhar quando, por exemplo, um sensor apresentar defeito. A título de exemplo: se um sensor de temperatura do motor apresentar defeito, a ECU vai adotar um valor médio de funcionamento. Supõem-se que a temperatura geralmente varia entre 90 a 98 graus. Neste caso, ela adota 94 graus como padrão. No geral, as estratégias de funcionamento dos módulos variam de uma montadora para outra, pois a engenharia empregada tanto na parte de mecânica quanto na parte eletrônica do sistema, diferem muito entre os modelos de motocicletas. O módulo é constituído basicamente por processador, memória e terminais de comunicação. Em sua memória estão armazenados programas estratégicos para todos os regimes de funcionamento, o processador analisa as informações vindas dos sensores e trabalha com a programação da memória. Geram-se então as funções para os atuadores através de pulsos de tensão em seus terminais de comunicação. Este processo ocorre em milésimos de segundos, ou seja, o gerenciamento é muito rápido.
Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Sensores Os sensores são responsáveis por gerar informações das condições do funcionamento do motor em forma de sinais de tensão (que é um sinal que é fácil medir até mesmo com um multímetro), ou também às vezes usam-se um sensor que gera frequência (que é um sinal digital que deve ser analisado com osciloscópio para o MCE. Sensor EOT Sensor de temperatura do motor, responsável por analisar a temperatura do mesmo para que o módulo crie estratégias com o tempo de injeção em partidas a frio e em temperaturas elevadas. Quando apresentar defeitos, testar os valores de resistência interna entre terminais com um multímetro em relação à temperatura do mesmo captada por um termômetro automotivo. Sensor CKP Sensor de rotação do motor, responsável por analisar a rotação do mesmo em funcionamento e também o PMS (ponto máximo superior) do Pistão que está diretamente associado ao “avanço” da ignição. Quando apresentar defeitos, testar os valores de resistência interna entre os terminais com um multímetro. Com um osciloscópio poderemos visualizar através do sinal gerado em média para alta rotação a quantidade de dentes contidos na roda fônica. Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Sensor de Oxigênio Sensor de oxigênio (sonda lambda), responsável por analisar a quantidade de O2 contido no gás resultante da queima, após a combustão. Com esta informação o módulo regula o tempo de injeção controlando a mistura de ar e combustível para que não haja desequilíbrio, ou seja, perda de potência ou desperdício de combustível. Quando apresentar defeitos, testar valores de tensão geradas ao módulo durante o funcionamento do motor com o auxílio de um osciloscópio ou multímetro entre seus terminais. A sonda lambda tem vida útil em torno de 50 a 80 mil km(dependendo da qualidade do combustível), portanto sempre deve-se atentar ao funcionamento da mesma em todas as revisões. Sensor MAP Sensor de pressão absoluta presente no coletor de admissão, responsável por analisar a depressão causada pelo vácuo do pistão na câmara durante o funcionamento do motor e também verificar a densidade do ar em momentos de partida a frio. Essas informações também são vitais para o cálculo do débito de combustível. Quando apresentar defeitos, testar os valores de tensão geradas ao módulo durante funcionamento do motor com o auxílio de um osciloscópio ou multímetro entre seus terminais. Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Sensor IAT Sensor responsável por analisar a temperatura do ar a ser admitido pelo motor, informação muito importante também para o cálculo do tempo de injeção. Quando apresentar defeitos, testar os valores de resistência interna entre terminais com um multímetro em relação à temperatura do ar captada por um termômetro comum. Sensor TPS Sensor de posição da borboleta, responsável por informar ao MCE através de níveis de tensão a posição angular da borboleta aceleradora, ou seja, quantos graus ela está aberta. Nas motos menores, está associada à manopla do condutor, já em motos mais modernas o acelerador é eletrônico, uma informação importante para que o MCE crie respostas rápidas com os atuadores. Quando apresentar defeitos, testar os valores de tensão geradas no módulo ao movimentar a manopla aceleradora. Sensor de Inclinação Sensor responsável por informar ao módulo se a motocicleta encontra-se em pé ou deitada, a fim de evitar incêndio em casos de acidentes (DESLIGAR A BOMBA). Quando apresentar defeitos, testar os valores de resistência interna entre terminais com um multímetro. Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Atuadores Responsáveis por produzir movimentos e tarefas a partir de um comando vindo do MCE através de pulsos de tensão, a fim de gerar o movimento cíclico sincronizado do motor. São os atuadores que gerenciam o motor. Geralmente é mais fácil notar um mal funcionamento do motor quando um atuador apresentar defeito do que em um Sensor. Atuador IACV Atuador de marcha lenta, responsável pelo controle do ar de admissão no momento em que o acelerador encontra-se em repouso. Estes pulsos são provenientes do MCE a partir da informação do TPS, MAP e CKP. Quando apresentar defeitos, verificar a sujeira no mesmo removendo-o como toda parte do ar que o motor admite e passa pelo atuador de marcha lenta. Este item deve ser limpo em toda a revisão, assim como também o corpo de borboletas. Também pode-se testar valores de resistência interna entre terminais com um multímetro. Eletro-Injetor Atuador responsável por injetar combustível pressurizado na câmara do motor através de pulsos de tensão provenientes do MCE. Quando apresentar defeitos, testar valores de resistência interna entre terminais com um multímetro. É importante também fazer a limpeza por ultrassom, teste de vazão e teste de estanqueidade. Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
Bobina de Ignição É responsável por gerar alta tensão no disparo da centelha na vela para que a mesma crie a centelha ideal para a queima da mistura. Esta alta tensão é gerada a partir de pulsos de tensão provenientes do módulo. Quando apresentar defeitos, testar os valores de resistência interna entre terminais com um multímetro, verificar visualmente fugas de corrente, trinca no corpo da bobina, oxidação de terminais, etc. Tudo isso poderia ocasionar um mal funcionamento. Bomba de Combustível Tem a função de manter uma pressão de combustível equivalente de 2 a 3 BAR no eletro-injetor, possibilitando a pulverização do combustível nos orifícios do eletro-injetor. Quando apresentar defeitos, testar se há baixa pressão com o auxílio de um manômetro. Esperamos que tenha gostado deste material. Nós, da Chiptronic, sabemos como é difícil manter-se atualizado, e pensando em você elaboramos esse e-Book para auxiliá-lo em seu dia a dia com informações relevantes para sua empresa. Continuaremos disponibilizando mais informações gratuitas que acreditamos ser importantes para o seu negócio. Até a próxima!
Como surgiu o sistema de injeção eletrônica de motos?
A Chiptronic Tecnologia Automotiva é uma indústria que desenvolve e produz equipamentos eletrônicos para a área automotiva. Iniciamos nossas atividades em 1998. Nós temos uma relação direta com os componentes envolvidos na eletrônica embarcada dos sistemas automotivos; Tecnologia Automotiva – Ideia de desafio contínuo, modernidade, uso da tecnologia como ferramenta de produtividade; Encontre-nos: