Chave Espiritual da Astrologia Muçulmana segundo Mohyiddîn ibn Arabi
Titus Burckhardt
Tradução: Pedro Sette Câmara Imagens: Eric Parrot
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ash-shaikh al-akbar $ Su%i& 'oh(idd)n in Arai& A ora escrita do !maior mestre" # ash-shaikh cont*m certas consideraç+es sore a astrologia ,ue -ermitem islumrar como esta ci/ncia& ,ue s0 chegou ao 1cidente moderno de %orma %ragment2ria e redu3ida a algumas de suas a-licaç+es mais contingentes& -ode ser relacionada a -rinc4-ios meta%4sicos& -or isto mesmo ligados a um conhecimento ,ue se asta a si mesmo. A astrologia& tal como %oi di%undida na Idade '*dia nas ciili3aç+es cristã e islâmica e como susiste ainda ho5e em certos -a4ses 2raes& dee sua %orma ao hermetismo ale6andrino7 ela não *& -ortanto& nem islâmica nem cristã na sua ess/ncia& e não -oderia& ademais& encontrar um es-aço na -ers-ectia religiosa das tradiç+es monote4stas& uma e3 ,ue esta -ers-ectia insiste na res-onsailidade do indi4duo -erante seu Criador& eitando -ortanto tudo ,ue -ossa elar esta relação -ela consideração de causas intermedi2rias. Se a astrologia& não ostante isto& -8de ser integrada nos esoterismos cristão e muçulmano& %oi -or,ue ela -er-etuaa& transmitida -elo hermetismo& certos as-ectos de um simolismo muito -rimordial: a -enetração contem-latia da ami/ncia c0smica& e a identi%icação es-ontânea das a-ar/ncias 9 constantes e r4timicas 9 do mundo sens4el com seus -rot0ti-os eternos& em corres-ond/ncia com uma mentalidade ainda -rimitia& no sentido -r0-rio e -ositio deste termo. Esta -rimordialidade im-l4cita do simolismo astrol0gico se ilumina no contato com a es-iritualidade direta e uniersal de um esoterismo io& assim como o rilho de uma -edra -reciosa se acende ,uando esta * e6-osta aos raios da lu3. 'oh(idd)n in Arai encai6a os dados da astrologia herm*tica no edi%4cio de sua cosmologia& a ,ual resume atra*s de um es,uema de es%eras conc/ntricas& tomando como -onto de -artida e como termo de com-aração o sistema geoc/ntrico do mundo -lanet2rio como conceido -ela astrologia medieal. A -olari3ação !su5etia" deste sistema 9 re%erimonos ao %ato de ,ue a -osição terrestre do ser humano sere de -onto %i6o ao ,ual serão relacionados todos os moimentos dos astros 9 simoli3a o -a-el central do homem no con5unto c0smico& ,ue nele tem como ,ue seu 2-ice e centro de graidade. Esta -ers-ectia sim0lica não de-ende naturalmente da realidade -uramente %4sica ou es-acial do mundo dos astros& a ;nica ,ue a astronomia moderna considera7 o sistema geoc/ntrico& sendo con%orme < realidade tal como se a-resenta imediatamente aos olhos humanos& -ossui em si mesmo toda a coer/ncia l0gica ,ue um con5unto de conhecimentos -recisa ter -ara constituir uma ci/ncia e6ata. A descoerta do sistema helioc/ntrico& ,ue corres-onde a um desenolimento -oss4el e homog/neo mas muito -articular do conhecimento em-4rico& eidentemente nunca -oderia -roar nada contra a -osição central do ser humano no cosmos7 contudo& a -ossiilidade de conceer o mundo -lanet2rio como se o oser2ssemos desde uma -osição nãohumana& e mesmo como se -ud*ssemos astrair a e6ist/ncia do ser humano 9 cu5a consci/ncia continua ainda assim sendo o !continente" de todas estas -erce-ç+es 9 -rodu3iu um dese,uil4rio intelectual ,ue mostra como uma e6tensão !arti%icial" do conhecimento em-4rico tem ,ual,uer coisa de anormal& e ,ue intelectualmente ela não * a-enas indi%erente& mas at*
? -re5udicial>. A descoerta do heliocentrismo tee e%eitos semelhantes aos de certas ulgari3aç+es do esoterismo: -ensamos soretudo na,uelas iners+es de -ontodeista ,ue são -r0-rias da es-eculação esot*rica =7 a con%rontação dos simolismos dos sistemas geoc/ntrico e helioc/ntrico mostra muito claramente o ,ue * uma inersão destas: o %ato de ,ue o sol& %onte da lu3 dos -lanetas& se5a igualmente o -0lo ,ue rege seus moimentos& com-orta& como toda coisa e6istente& um simolismo eidente7 e re-resenta& na erdade& sem-re desde o -onto de ista sim0lico e es-iritual& um -onto de ista com-lementar ao da astronomia geoc/ntrica ?.
!... 1s @erros cient4%icos deidos a uma su5etiidade coletia 9 o g/nero humano e os seres terrestres em
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geral erem o sol girar em torno da terra& -or e6em-lo 9 tradu3em um simolismo erdadeiro& e -or conse,/ncia @erdades ,ue são eidentemente inde-endentes dos sim-les %atos ,ue as eiculam de maneira inteiramente -rois0ria7 a e6-eri/ncia su5etia& tal como a,uela ,ue mencionamos a t4tulo de e6em-lo& não tem nada de %ortuito. @leg4timo -ara o homem admitir ,ue a terra * chata& uma e3 ,ue ela o * em-iricamente7 -or sua e3& * inteiramente in;til saer ,ue ela * redonda& -ois este saer não acrescenta nada ao simolismo das a-ar/ncias& mas o destr0i inutilmente e o sustitui -or outro ,ue não seria ca-a3 de e6-rimir as mesmas erdades& e ainda a -resenta o inconeniente de ser contr2rio < e6-eri/ncia humana imediata e geral. 1 conhecimento dos %atos -or si mesmos não tem& %ora das a-licaç+es cient4%icas relacionadas& nenhum alor7 dito de outro modo& ou nos colocamos na erdade asoluta& e a4 os %atos não são mais nada& ou nos colocamos no -lano dos %atos& e a4 estamos de ,ual,uer 5eito na ignorância. Dora isto& * -reciso di3er ainda ,ue a destruição do simolismo natural e imediato dos %atos 9 tal como a %orma -lana da terra ou o moimento circular do sol 9 acarreta graes inconenientes -ara a ciili3ação onde isto acontece& como não cessa de mostrar o e6em-lo da ciili3ação ocidental." #Drith5o% Schuon: !Datalit* et -rogr*s"& em Études traditionelles $ 2 ind4cios ,ue -ermitem su-or ,ue os -itag0ricos 52 conhecessem o sistema helioc/ntrico. Fão se e6clui
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a hi-0tese de ,ue este conhecimento tenha sem-re se mantido& e ,ue a decoerta de Co-*rnico não tenha sido na erdade mais ,ue uma sim-les ulgari3ação& como muitas outras !descoertas" do Genascimento. Co-*rnico mesmo se re%ere& no -re%2cio 9 endereçado ao Pa-a Paulo III 9 de seu liro %undamental&
Sobre as órbitas dos corpos celestes & a icetas de Siracusa e a certas citaç+es de Plutarco. icetas era um -itag0rico7 Arist0teles& em seu liro o c!u & di3 ,ue !os %il0so%os it2licos& ,ue chamamos -itag0ricos& t/m o-inião contr2ria <,uela da maioria dos %4sicos& a%irmando ,ue o centro do mundo * ocu-ado -elo %ogo& en,uanto ,ue a terra& ,ue * uma das estrelas& reole em torno deste centro& causando assum o dia e a noite." Aristarco de Samos& astr8nomo de Ale6andria ,ue ieu em torno de =H a.C.& ensina igualmente o sistema helioc/ntrico7 tam*m AlBiruni& o c*lere com-ilador muçulmano das tradiç+es hindus& conta ,ue alguns s2ios da Jndia di3iam ,ue a terra giraa em torno do sol. 1 ,ue torna os dois sistemas inconcili2eis não * eidentemente sua -ers-ectia !isual"& mas a teoria de
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graitação ligada ao sistema helioc/ntrico.
N
do Trono d i. i n o E s % e ra e ed st P al d i o d .i n % e r a o
E s
C * u de Sat ur no C* u de K;-i te r
C* u de 'ar te C*u d o S ol de L / n u C * u s e 'e r d c ; u r C * * u da M u i o a C C ter
Ar
Ogua Terra
'oh(idd)n in Arai de certa maneira engloa a erdade essencial do heliocentrismo em seu edi%4cio cosmol0gico: como Ptolomeu e como toda a Idade '*dia& ele con%ere ao sol& ,ue com-ara ao !-0lo" # "utb $ e ao !coração do mundo" # "alb al-#lam $& uma -osição central na hierar,uia das es%eras celestes& contando um n;mero igual de c*us su-eriores e in%eriores ao c*u do sol7 ele ainda am-lia o sistema de Ptolomeu& tam*m assinalando a simetria das es%eras em relação < es%era do sol: segundo seu sistema cosmol0gico& -roaelmente tomado do Su%i andalu3 In 'assarrah& não a-enas o sol se encontra no centro dos seis -lanetas conhecidos 9 'arte # al-Mirikh $& K;-iter # al-Mushtarî $ e Saturno # $uhul $& mais distantes da terra # al-Ardh $ ,ue o sol # ash-Shams $7 e L/nus # a%-$uhrah $& 'erc;rio &al-'tarid $ e a Mua # al-(amar $& mais -r06imos dela 9 mas al*m do c*u de Saturno se situam ainda as a0adas do c*u das estrelas %i6as # )alak al-ka*#kib $& do c*u sem estrelas # al-)alak al-atlas $& e as duas es%eras su-remas do !Pedestal" diino # al-+ursî $ e do !Trono" diino # al-,Arsh $& es%eras conc/ntricas
H simetricamente as ,uatro es%eras sulunares do *ter # al-#thir $& do ar # al-ha*# $& da 2gua # al-m# $ e da terra # al-ardh $. Assim %icam sete es%eras -ara cada lado do sol& com o !Trono" diino simoli3ando a s4ntese de todo o cosmos& e o centro da terra o resultado in%erior e o centro de %i6ação. Fão * -reciso di3er ,ue entre todas as es%eras desta hierar,uia somente as es%eras -lanet2rias e a das estrelas %i6as corres-ondem < e6-eri/ncia sens4el& ainda ,ue elas não deam ser en6ergadas somente so este as-ecto7 ,uanto
1 !Pedestal" sore o ,ual re-ousam os !P*s" dA,uele ,ue est2 sentado sore o !Trono" re-resenta a -rimeira !-olari3ação" ou determinação distintia no ,ue di3 res-eito < mani%estação %ormal& determinação ,ue com-orta uma !a%irmação" e uma !negação"
o ,ue ensina o Corão. Segundo uma e6-ressão do Pro%eta& o mundo est2 contido no !Pedestal" diino e
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este no !Trono" como um anel num molde de terra. Em certos es,uemas sim0licos do Sheikh al-akbar & encontramos outras es%eras mais astas ,ue a do
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!Trono"& sendo este simolismo naturalmente suscet4el a uma e6tensão maior ou menor7 contudo& a hierar,uia ,ue acaamos de a-resentar re-resenta em si mesma um con5unto com-leto& uma e3 ,ue o !Trono" engloa toda a mani%estação. o ,ue ensina 'oh(idd)n in Arai& em con%ormidade com o Corão& nas !Geelaç+es de 'eca" # Al-.ut/h#t al-makkiyah $7 em outros escritos& ele %ala de uma hierar,uia de di%erentes !Tronos" ,ue constituem graus -rinci-ais da e6ist/ncia a%ormal.
1 c*u sem estrelas # al-)alak al-atlas $ * tam*m o c*u das do3e !torres" # bur/0 $ ou !signos" do 3od4aco7 estas não são id/nticas
A,uilo ,ue se situa al*m do c*u das estrelas %i6as& entre este e o c*u sem estrelas& mant*mse na duração -ura& en,uanto ,ue tudo ,ue est2 aai6o do c*u das estrelas %i6as est2 sumetido < geração e < corru-ção. Pode -arecer estranho ,ue a es%era do c*u su-remo& ,ue * o primum mobile & se5a identi%icada com o mundo incorru-t4el& uma e3 ,ue o moimento acontece necessariamente no tem-o. 'as o ,ue * -reciso ter em conta a,ui * ,ue a reolução do c*u mais eleado& sendo ela mesma a medida %undamental do tem-o& segundo a ,ual todos os demais moimentos são medidos& não -ode ser ela mesma -ass4el de medida tem-oral& corres-ondendo < indi%erenciação da duração -ura. Assim como os moimentos conc/ntricos dos astros se di%erenciam na ordem de sua Assim& os 4ndios da Am*rica do Forte& ,ue não t/m teorias sore a eletricidade& -odem er no relâm-ago
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o -oder mesmo do !P2ssaro do Troão"& ,ue * o Es-4rito diino na mani%estação macroc0smica7 h2 inclusie casos em ,ue a -ercussão do relâm-ago con%ere -oderes es-irituais& o ,ue não seria -oss4el aos euro-eus& acostumados ,ue estão a se-arar mentalmente as %ormas sens4eis de seus ar,u*ti-os !sorenaturais". Tratase da de%inição cosmol0gica dos estados -aradis4acos& e não de seu simolismo im-l4cito& ,ue %a3
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com ,ue suas descriç+es -ossam ser trans-ostas aos graus mais eleados da e6ist/ncia e mesmo ao Ser -uro& 52 ,ue& em linguagem Su%i& %alase num !-ara4so da Ess/ncia" # d0annat adh-dh#t $.
Q de-end/ncia sucessia& do mesmo modo a condição tem-oral se torna -recisa e se contrai& de certo modo& na medida em ,ue inter%ere na condição es-acial7 e& -or analogia& as di%erentes es%eras do mundo -lanet2rio 9 ou mais e6atamente os ritmos de suas reoluç+es 9& ,ue se escalonam a -artir dos limites inde%in4eis do es-aço at* o meio terrestre& -odem ser consideradas outros tantos graus sucessios da !contração" tem-oralR.
Por esta ra3ão& a hierar,uia astrol0gica dos c*us -lanet2rios situa 'erc;rio entre L/nus e a Terra& -ois
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'erc;rio se moe mais ra-idamente ,ue L/nus& e isto a-esar de L/nus estar mais -erto da Terra e 'erc;rio mais -erto do Sol.
R II 1 simolismo astrol0gico reside nos !-ontos de 5unção" das condiç+es %undamentais do mundo sens4el& e es-ecialmente nas 5unç+es do tem-o& do es-aço e do n;mero. Saemos ,ue a de%inição das regi+es ou -artes da grande es%era do c*u sem estrelas -or meio dos -ontos de re%er/ncia dados -elas estrelas %i6as coincide& em astronomia& com a de%inição das diis+es do tem-o. Por sua e3& a es%eralimite do c*u s0 * mensur2el -elas direç+es do es-aço7 ,uando %alamos das -artes do c*u& nada %a3emos al*m de de%inir as direç+es7 -or outro lado& elas são as e6-ress+es da nature3a ,ualitatia do es-aço& de modo ,ue os limites do inde%inido es-acial se reintegram& de certa maneira& no as-ecto ,ualitatio em ,uestão7 o con5unto das direç+es ,ue -artem de um centro cont*m irtualmente todas as determinaç+es es-aciais -oss4eis . A e6-ansão e6trema e inde%inida destas direç+es * a a0ada do c*u sem estrelas& e seu centro * cada ser iente ,ue se encontra sore a terra& sem ,ue a !-ers-ectia" das direç+es se5a di%erente de um indi4duo a outro& uma e3 ,ue nossos ei6os isuais coincidem sem se con%undir ,uando %i6amos a isão num mesmo -onto da a0ada celeste 9 no ,ue se e6-rime eidentemente uma coincid/ncia de -onto de ista microc0smico com o !-onto de ista macroc0smico">. -reciso distinguir estas distinç+es !o5etias"& isto *& iguais -ara todos os seres terrestres ,ue olhem -ara o c*u no mesmo instante intem-oral& e as direç+es ,ue -odemos chamar !su5etias"& -or,ue são determinadas -elo 3/nite e -elo nadir indiiduais7 oseremos de -assagem ,ue a ase do hor0sco-o * -recisamente a com-aração entre estas duas ordens de direç+es do es-aço celeste. A inde%initude das direç+es do es-aço * em si mesma indi%erenciada& ou se5a& ela cont*m irtualmente todas as relaç+es es-aciais -oss4eis sem ,ue a -ossamos de%inir. 'as as ,ualidades destas direç+es do es-aço celeste são interde-endentes7 ,uer di3er& uma e3 ,ue uma direção do es-aço celeste 9 ou o -onto da es%eralimite ,ue lhe corres-onde 9 * de%inido& todo o con5unto das outras direç+es se di%erencia e se -olari3a em relação a ela. neste sentido ,ue o 'estre di3 ,ue as diis+es do c*u sem estrelas ou c*u das !torres" 3odiacais são Ler o ca-4tulo a res-eito do es-aço ,uali%icado em 1 2eino da (uantidade e os Sinais dos 3empos & de
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Gen* u*non. Esta coincid/ncia de -ers-ectias não acontece somente ,uando %i6amos a isão num -onto do c*u
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limite& mas at* ,uando a %i6amos num -laneta. Ela se e6-rime na e6-eri/ncia comum em ,ue cada -essoa ,ue / o sol nascer ou se -8r na outra -onta de uma su-er%4cie de 2gua / o !caminho" dos raios re%letidos na 2gua ir diretamente na sua direção7 ,uando o es-ectador se moe& o caminho luminoso o segue. 9 Assinalemos de -assagem ,ue os 4ndios da Am*rica do Forte consideram este caminho luminoso -ro5etado -elos raios do sol -oente o caminho das al mas -ara o mundo dos ancestrais7 de %ato& -odemos er a4 uma -ro5eção !hori3ontal" do !raio solar"& ,ue segundo o simolismo hindu re-resenta o elo -elo ,ual cada ser -articular est2 diretamente ligado a seu -rinc4-io. Saemos ,ue os te6tos sacros do hindu4smo descreem este raio como se %osse da !coroa" da caeça at* o sol. 1 mesmo simolismo 9 im-licando -or sua e3 a id*ia de um elo direto e a da !Lia Uiina" 9 se encontra na,uela -assagem da Sura 4/d : !Fão e6iste
Allah $ não -ossa agarrar -elo to-ete. 'eu Senhor est2 na senda reta." #>>.H$ 9 Como a criatura ,ue Ele # !Lia Uiina"& a direção ,ue ai de um ser terrestre ,ual,uer a um -onto determinado da a0ada celeste * simultaneamente ;nica -ara cada um e uma -ara todos.
!determinaç+es irtuais" ,ue s0 se di%erenciam -ela relação com o c*u das !estaç+es" dos astros. 1ra& os -ontos %i6os do c*u das estaç+es são antes de tudo os -0los res-ectios da reolução diurna do c*u #ou da terra$ e do ciclo anual do sol& e -or conse,/ncia os -ontos ,ue a dierg/ncia destes -0los determina sore a ecl4-tica& isto *& de um lado os dois e,uin0cios& -ontos de interseção da 0rita solar com o e,uador7 e de outro e os dois solst4cios& -ontos e6tremos das duas %ases& ascendente e descendente& do ciclo solar. Vma e3 ,ue estes ,uatro -ontos da ecl4-tica se5am determinados& as oito demais diis+es 3odiacais se seguem em %unção das -artiç+es tern2rias e sen2rias naturalmente inerentes ao c4rculo& tal como e6-rime a relação entre o raio e as -ro-orç+es do he62gono inscrito nele. Então como ,ue se -rodu3 uma cristali3ação es-ontânea das relaç+es es-aciais& com cada um dos -ontos do ,uatern2rio eocando dois outros -ontos de um triângulo& ,ue -or sua e3 re-etem a relação em !,uadrado"& de modo ,ue a diisão do c4rculo -or ,uatro se5a integrada e com-ensada -or uma s4ntese !cong/nita" < nature3a !uniersal" do ciclo& segundo a %0rmula ?6NWN6?W>=.
5eraç6o do duoden7rio %odiacal pelo "uadrado e pelo tri#ngulo
Se os dois grandes c4rculos& o do e,uador celeste e o do ciclo solar& coincidissem& as estaç+es não se mani%estariam. A dierg/ncia entre os dois grandes c4rculos celestes e6-rime -ortanto de maneira eidente a ru-tura de um e,uil4rio ,ue engendra uma certa ordem da mani%estação& isto *& a de contrastes e com-lementaridades& e os ,uatro -ontos cardeais& determinados -or esta dierg/ncia& são as marcas destes contrastes. In Ara) identi%ica o ,uatern2rio 3odiacal com o das ,ualidades ou tend/ncias %undamentais da Fature3a total ou uniersal # at-tab 8ah $ ,ue * a rai3 de todas as di%erenciaç+es. Acrescentemos& a %im de im-edir ,ual,uer malentendido& ,ue a Fature3a total& segundo a isão do 'estre& não * a Sustância uniersal como tal& o -rimeiro -rinc4-io -assio ,ue a doutrina hindu chama 9rakriti e ,ue 'oh(idd)n in Ara) designa ora -elo termo al-hab# #!Sustância"$& ora -or al-,unçur al-a8%am #!Elemento su-remo"$& mas uma determinação direta desta& en6ergada mais -articularmente em seu as-ecto de !maternidade" em relação
> e6-ansão e %orça de contração7 elas determinam o -ar de ,ualidades -assias& a secura e a umidade>>. Gelacionadas aos ,uatro -ontos cardeais do 3od4aco& o %rio corres-onde aos dois solst4cios& os ,uais re%letem de algum modo a contração -olar& en,uanto ,ue o calor corres-onde aos dois e,uin0cios& ,ue se situam so o e,uador& dia-asão da e6-ansão dos moimentos celestes. Por causa disto& os signos cardinais se seguem -or contrastes7 mas as ,ualidades -assias de secura e umidade diidemnos em dois -ares. As ,uatro tend/ncias ou ,ualidades da Fature3a se re;nem duas a duas na nature3a dos ,uatro elementos ou %undamentos do mundo sens4el& -rodu3idos a -artir da sustância terrestre: a terra * %ria e seca& a 2gua * %ria e ;mida& o ar * ;mido e ,uente& o %ogo * ,uente e seco. Se atriuirmos estas ,ualidades elementares aos signos do 3od4aco& di3endo ,ue Ories * de nature3a 4gnea& Câncer a,uosa& Mira a*rea& e Ca-ric0rnio terrestre& * -reciso lear em conta o %ato de ,ue o 3od4aco s0 com-orta modelos celestes dos ,uatro elementos e ,ue estes modelos são com-ostos de ,uatro tend/ncias da nature3a total& como ressalta 'oh(idd)n in Ara). 1 ,uatern2rio de tend/ncias %undamentais da nature3a total dee ser multi-licado& segundo 'oh(idd)n in Ara)& -elo tern2rio cu5os cong/neres c0smicos são os tr/s moimentos ou orientaç+es -rinci-iais do Intelecto -rimeiro ou Es-4rito uniersal # al-8A"l $& ou ainda& segundo outro -onto de ista& os tr/s mundos& isto *& o mundo -resente& o mundo %uturo e o estado intermedi2rio de bar%akh >=. 1s tr/s moimentos ou orientaç+es do Es-4rito são: o moimento descendente& ,ue se distancia a-arentemente do Princ4-io e ,ue d2 a medida da -ro%undidade # al-8um" $ do -oss4el7 o moimento e6-ansio& ,ue d2 a medida de sua am-litude ou astidão # al-8urd $7 o moimento de retorno < origem& ,ue se dirige no sentido de e6altação ou de altura # at-t/l $. Este tern2rio do Es-4rito * su-erior ao ,uatern2rio da Fature3a7 se a,ui ele a-arece em segundo lugar& * -or,ue a di%erenciação do c*u dos ar,u*ti-os 3odiacais -rocede dos contrastes mani%estados -ara concluir na sua reintegração na s4ntese -er%eita. Como conse,/ncia desta reintegração ou multi-licação& todos os -ontos do 3od4aco ,ue se encontram em relação de tr4gono t/m a mesma nature3a elementar mas se distinguem -elas ,ualidades re%erentes ao tern2rio do Es-4rito7 e todos os -ontos ,ue se encontram em ,uadrado t/m a mesma ,ualidade es-iritual mas se distinguem -elos contrastes elementares. Uisto 52 -odemos dedu3ir as di%erentes caracter4sticas dos !as-ectos" ou -osiç+es rec4-rocas dos -lanetas na ecl4-tica7 a relação em ângulo reto signi%ica um contraste& assim como a o-osição signi%ica uma o-osição7 o tr4gono * a e6-ressão da s4ntese -er%eita& e o se6til& ,uer di3er& o -osicionamento em ângulo de graus& e6-rime uma a%inidade. A-licados < nature3a do ciclo& os tr/s moimentos -rinci-iais do Es-4rito não -odem mais ser com-arados
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destas ,uatro tend/ncias. Sore os di%erentes signi%icados deste termo& er nosso artigo !Uu Bar3akh"& em Études traditionelles &
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de3emro de >?Q.
>> de um grau da mani%estação. Em con%ormidade com isto& os signos cardinais& regi+es cr4ticas do ciclo solar& são chamados !m0eis" # mun"alib $& isto *& dinâmicos ou e6-ansios. Xuanto ao moimento descendente do Es-4rito& ele se tradu3 na ordem c4clica -ela %i6ação # suk/n $& -or ,ue * -or causa deste !moimento" ,ue o mundo susiste como tal. En%im& o moimento es-iritual de retorno < origem se re%lete no -lano do ciclo 3odiacal -ela s4ntese de duas outras orientaç+es& e os signos ,ue lhes são coordenados são chamados !du-los" ou !sint*ticos" # dh/ ishtir#h $. Ueemos oserar de -assagem ,ue estas determinaç+es tern2rias do 3od4aco deriam de uma -ers-ectia muito di%erente da,uela do simolismo das duas %ases& ascendente e descendente& do ciclo solar& simolismo ,ue -ode eidentemente ser ligado aos dois moimentos ou orientaç+es o-ostas do Es-4rito7 mas tratase a,ui de um dualismo ,ue se relaciona ao moimento c4clico& en,uanto ,ue o tern2rio ,ue acaamos de descreer se relaciona < determinação !e6istencial" do ciclo& a e6-ressão de !moimento"& -ara indicar as orientaç+es do Es-4rito uniersal& deendo ser tomado em sentido -uramente sim0lico. Xuanto
;;: Signos )i
>= Touro * de nature3a %ria e seca #terrestre$. Seu an5o -ossui a chae da criação do -ara4so e do in%erno& e est2 so o terror da 'a5estade # haybah $. Meão * de nature3a ,uente e seca #4gnea$. Seu an5o * generoso # +arîm $7 ele -ossui a chae da criação do mundo %uturo. Escor-ião * de nature3a %ria e ;mida #a,uosa$. Seu an5o -ossui a chae da criação do %ogo #in%ernal$. A,u2rio * de nature3a ,uente e ;mida #a*rea$. Seu an5o * generoso& e est2 so o terror da 'a5estade7 ele -ossui a chae dos es-4ritos. III. Signos sint!ticos: /meos * de nature3a ,uente e ;mida #a*rea$. Seu an5o rege os cor-os& em comunhão com os regentes dos outros signos du-los7 ele det*m em -articular a chae da criação dos metais. Lirgem * de nature3a %ria e seca #terrestre$. Seu an5o rege& em comunhão com os outros signos du-los& os cor-os& es-ecialmente os cor-os humanos. Sagit2rio * de nature3a ,uente e seca #4gnea$. Seu an5o * generoso7 ele rege os cor-os luminosos e os cor-os tenerosos& e det*m em -articular a chae da criação das -lantas. Pei6es * de nature3a %ria e ;mida #a,uosa$. Seu an5o rege& em comunhão com os outros an5os dos cor-os& os cor-os luminosos e os cor-os tenerosos& e det*m em -articular a chae da criação dos animais. Agora e6-usemos de modo geral a di%erenciação das do3e regi+es 3odiacais do c*u limite a -artir dos -ontos %i6os do ciclo solar. 1seraremos agora ,ue esta maneira de conceer a diisão do 3od4aco 5usti%ica a maneira em-regada correntemente na astrologia 2rae e ocidental de locali3ar os do3e signos7 esta maneira consiste em contar do3e -artes iguais a -artir do e,uin0cio da -rimaera& astraindose das constelaç+es ,ue t/m os mesmos nomes ,ue os signos7 -ois& -or causa da -recessão dos e,uin0cios& cada uma delas d2 a olta no c*u em a-ro6imadamente =. anos& -rodu3indo uma discre-ância de ,uase um !signo" inteiro entre a situação das constelaç+es e as -artes do 3od4aco ,ue t/m o mesmo nome: a constelação de Ories& -or e6em-lo& se encontra ho5e no !signo" de Touro. Poderseia -erguntar se as %ormas destes agru-amentos de estrelas %i6as& ,ue originariamente %oram -ontos de re%er/ncia -ara a determinação das do3e -artes do ciclo solar& são indi%erentes em relação aos signi%icados destas7 certamente h2 uma analogia entre a denominação dos signos 3odiacais e estes agru-amentos de estrelas sore a ecl4-tica: a constelação de /meos de %ato se distingue -or um -ar de estrelas g/meas7 a de Touro cont*m um triângulo semelhante < caeça do animal& e as %ormas do Escor-ião e do Meão -odem ser reconhecidas nas constelaç+es de mesmo nome& ainda ,ue outras inter-retaç+es destes agru-amentos se5am igualmente conce4eis. Tam*m * astante -oss4el ,ue < *-oca da -rimeira %i6ação dos s4molos astrol0gicos as semelhanças %ossem mais %ortes& -or,ue certas estrelas !%i6as" certamente se moeram desde a,uele
>? tem-o remoto >?& como osera 'oh(idd)n in Ara) ao se re%erir a certas re-resentaç+es estelares nos monumentos do Egito antigo. Em sua origem& as imagens sim0licas atriu4das
A ;ltima coincid/ncia dos signos 3odiacais com as constelaç+es hom8nimas aconteceu durante os
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-rimeiros s*culos da era cristã7 mas * -ro2el ,ue a denominação das do3e constelaç+es date de uma coincid/ncia anterior. Getornaremos a esta ,uestão.
>N III 1 c*u das estrelas %i6as& ,ue est2 contido na es%era das !torres" do 3od4aco& * chamado c*u das !estaç+es" # man#%il $& -or,ue os moimentos dos -lanetas se -ro5etam sore ele. 1s sete -lanetas& ,ue re-resentam os intermedi2rios c0smicos entre o mundo imut2el dos ar,u*ti-os e o meio terrestre& atuali3am& -or seus ritmos cominados e -elas -osiç+es rec4-rocas ,ue deles resultam& as relaç+es es-aciais contidas irtualmente na es%era inde%inida do c*ulimite& es%era ,ue não * outra coisa ,ue a totalidade das direç+es do es-aço e& -ortanto& imagem do unierso >N. 1s astr0logos modernos acreditam ,ue os -lanetas agem sore a terra atra*s de um irradiar de %orças& o ,ue entendem num sentido material ou ,uase material& uma e3 ,ue * ineit2el ,ue eles introdu3am na astrologia algo das conce-ç+es modernas de causalidade7 * -or isto ,ue os res4duos desta ci/ncia assumem a a-ar/ncia de uma erdadeira su-erstição>H. A necessidade de causalidade de-ende das -reocu-aç+es gerais de uma *-oca7 * erdade ,ue ela * l0gica em sua ess/ncia& -ois a,uilo ,ue con%ere a um encadeamento causal seu car2ter conincente reside tanto na unidade do es-4rito como na nature3a das coisas7 mas ao mesmo tem-o a necessidade de causalidade de-ende sustancialmente do n4el mental& ,ue * mecanicista ou imaginatio& raciocinante ou intuitio. Como o hori3onte mental s0 engloa num dado momento uma certa ordem de realidades& o argumento causal de uma *-oca mentalmente di%erente -arece insu%iciente ou mesmo de%eituoso& -or,ue s0 se / nele os limites do desenolimento no sentido de uma inestigação ulterior7 es,uecese %acilmente ,ue todo encadeamento causal no interior da mani%estação * essencialmente sim0lico>& e ,ue a conce-ção mais am-la e mais ade,uada da causalidade * -recisamente a,uela ,ue est2 consciente deste simolismo e ,ue considera todas as coisas desde o -onto de ista da !Vnidade da E6ist/ncia" # *ahdat-al-*ud0/d $. Por outro lado& * -reciso di3er ,ue a erdade essencial de uma -ers-ectia intelectual não im-ede ,ue sua e6-ressão mental este5a su5eita < relatiidade dos meios e6teriores de conhecimento7 assim& -or e6em-lo& 'oh(idd)n in Ara) a%irma ,ue o sol 9 o !coração do mundo" 9 comunica a lu3 a todos os outros astros& inclusie as estrelas %i6as& e ,ue ele mesmo * iluminado -ela irradiação direta e incessante de uma reelação diina>Q. Esta conce-ção * essencialmente erdadeira& no sentido de ,ue toda lu3 sens4el tem a lu3 intelig4el como %onte& cu5o s4molo mais eidente * o sol7 ela tam*m * erdadeira no sentido de ,ue as lu3es de todos os astros t/m a mesma sustância& como ali2s reconhecem os astr8nomos modernos7 en%im& * erdade ,ue o sol comunica sua lu3 a todos os -lanetas. Xuanto
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F. do T. : Em Christian and 1riental 9hilosophy o) Art & Ananda Y. Coomaraswam(& ,ue certamente %oi
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lido -or Titus Burckhardt& de%ine su-erstição 5ustamente como !algo ,ue sorou de um tem-o -a ssado e ,ue não somos mais ca-a3es de entender". Isto *& as !causas segundas" não -assam de re%le6os da !causa -rimeira"& sem ,ual,uer realidade -r0-ria.
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signi%icatio ,ue o olho não -ossa olhar o sol 9 ,ue ilumina o mundo inteiro 9 sem %icar o%uscado.
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>H su-+e necessariamente o conhecimento distintio de todos os dom4nios da nature3a& e In Ara) s0 -odia considerar os conhecimentos astr8nomicos tal como se lhe a-resentaam. Isto certamente não ,uer di3er ,ue sua teoria dei6a de ser 2lida se aceitarmos ,ue as estrelas são lu3es aut8nomas na ordem sens4el7 a%inal& a distinção entre o con5unto dos astros regidos -elo sol e a multidão das estrelas %i6as * a-enas uma di%erenciação do mesmo simolismo& no sentido de ,ue o sol re-resenta o centro de irradiação da lu3 diina -ara um mundo determinado& en,uanto ,ue as estrelas %i6as simoli3am as inter%er/ncias da lu3 de um mundo su-erior7 mas mesmo neste caso -oderseia di3er ,ue a lu3 irradiada -elo sol * a mesma ,ue ilumina todos os cor-os celestes. Esta digressão a res-eito das di%erentes -ers-ectias desde as ,uais se -ode en6ergar a causalidade c0smica %oi necess2ria -ara situar o -a-el dos -lanetas na astrologia e -ara ,ue se com-reenda a in%lu/ncia de sua irradiação. Xual,uer ,ue -ossa ser o e%eito material ou sutil de seus raios& a -enetração contem-latia da !%isionomia" do cosmos os considera mais diretamente como modos do Intelecto na mani%estação macroc0smica& modos ,ue reali3am ou mensuram as -ossiilidades contidas na es%era inde%inida. 1 es-aço celeste& no ,ual os -lanetas descreem suas reoluç+es& re-resenta de certa maneira os limites e6tremos do mundo sens4el& e estes limites são inersamente an2logos ao centro& ,ue * o homem mesmo& como 52 dissemos ao considerar o car2ter !o5etio" das direç+es es-aciais irradiadas de cada ser humano na direção dos mesmos -ontos do c*ulimite>R7 -or causa desta analogia inersa& os modos do Intelecto c0smico ,ue os astros re-resentam são !e6istenciais" em e3 de ser !inteligentes"& entendendo este ;ltimo termo no sentido da intelig/ncia mani%esta no homem7 re-ortamonos a,ui < -olaridade de !e6ist/ncia" e !intelig/ncia" no Ser>. Esta nature3a intelectual dos -lanetas se e6-rime 9 sem-re em ra3ão da mesma analogia inersa em relação < intelig/ncia atia 9 na regularidade e continuidade r4tmica de seus moimentos. Sua nature3a luminosa -artilha do mesmo simolismo7 -or outro lado& a -ro-agação da lu3 * -or assim di3er !geom*trica" e corres-onde < atuali3ação das direç+es e das relaç+es es-aciais. -reciso ,ue %i,ue em entendido ,ue este simolismo não considera a situação dos -lanetas no es-aço ,uantitatiamente mensur2el7 seus !as-ectos" são determinados -or sua -ro5eção no 3od4aco& isto *& em ra3ão das direç+es do es-aço cu5o centro * o ser humano terrestre7 ,uanto
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coletia"7 mas na ordem da -erce-ção sens4el direta e es-ontânea& sore a ,ual se %unda o simolismo em ,uestão& esta !su5etiidade coletia" e,uiale < !o5etiidade". Ler a este res-eito o ,ue di3 Drith5o% Schuon em seu artigo .atalit! et 9rogr=s & de ,ue re-rodu3imos uma -assagem ao começo deste estudo. Ler o artigo de Drith5o% Schuon: 3ranscendance et universalit! de l, !soterisme & em Études 3raditionelles &
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outuronoemro de >NH.
> sim-les entre o ritmo solar e o da lua7 esta -ercorre o 3od4aco em =R dias& e recee =R estaç+es ou mans+es ,ue se re-artem de maneira desigual mas r4tmica sore as do3e -artes do 3od4aco e ,ue se contam a -artir do e,uin0cio da -rimaera. 1 erdadeiro começo do ciclo lunar& ,ue se e6-rime na sucessão de lunaç+es& não coincide sem-re com o -onto do e,uin0cio& -or,ue os dois -ontos de interseção da 0rita lunar com o ciclo solar& ,ue chamamos !caeça" e !cauda" do dragão& descreem em >R anos a olta com-leta do !c*u das estaç+es". A %i6ação das mans+es lunares consiste -ortanto em uma es-*cie de areiação sim0lica dos erdadeiros ritmos=. Fa relação das mans+es lunares com o 3od4aco se mani%esta um simolismo num*rico eidente7 mostramos como o duoden2rio 3odiacal surge como o -roduto da multi-licação do ,uatern2rio -elo tern2rio7 todaia& a multi-licação simoli3a o modo de distinção -r0-rio do mundo dos ar,u*ti-os& -ois estes não se di%erenciam -ela e6clusão m;tua& mas como es-elhos ,ue se reletem uns aos outros& distinguindose a-enas -or suas -osiç+es rec4-rocas. 1s mesmos n;meros ? e N com-+em tam*m o n;mero dos sete -lanetas da astrologia7 como os -lanetas são os intermedi2rios entre o c*u dos ar,u*ti-os e a terra& sua distinção * a de uma hierar,uia e cont*m os -rinc4-ios do tern2rio e do ,uatern2rio segundo uma ordem gradual. Xuanto ao n;mero das =R mans+es da lua& ele se ot*m -ela soma -itag0rica dos n;meros de > a Q& o ,ue signi%ica ,ue o ritmo lunar desenole ou e6-+e de modo sucessio todas as -ossiilidades contidas nos ar,u*ti-os e transmitidas& -ela hierar,uia dos intermedi2rios& < es%era ,ue enole imediatamente o meio terrestre. A relação entre o sol e a lua * an2loga < ,ue e6iste entre o Intelecto -uro e seu re%le6o na %orma humana. Isto encontra sua e6-ressão mais eidente no %ato de ,ue a lua re%lete a irradiação do sol como um es-elho e ,ue o ciclo de suas lunaç+es * como um desenolimento !discursio" desta irradiação. 'as o mesmo simolismo tam*m a-arece na relação dos moimentos dos dois astros: 52 e6-usemos anteriormente ,ue * o sol ,ue& -or seu moimento& atuali3a ou mensura as determinaç+es irtuais do c*u dos ar,u*ti-os 3odiacais7 -or,ue sem os -ontos %i6os do ciclo solar as direç+es do c*u sem estrelas seriam inde%in4eis. 1 sol mensura -ortanto o es-aço celeste de maneira atia& assim como o ato essencial do Intelecto re-resenta o )iat lu< ,ue retira o mundo das treas da indi%erenciação -otencial7 -or outro lado& a lua mensura o c*u -assiamente ao -ercorrer o 3od4aco solar: ela est2 su5eita simultaneamente R anos& segundo o ,ual seu ciclo se moe em relação ao do 3od4aco. Leremos de-ois ,ue as direç+es do es-aço& cu5a in%lu/ncia a lua so%re uma -or uma& corres-ondem ao mesmo n;mero de ,ualidades do ser.
A astrologia hindu s0 conta =Q mans+es lunares7 o -ercurso da lua no c*u não se e%etua em um n;mero
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inteiro de dias& de modo ,ue a areiação sim0lica de seu ciclo -ode ser aumentada -ara =R ou redu3ida -ara =Q dias. Por outro lado& os astr0logos hindus não locali3am o in4cio do ciclo lunar no -onto ernal atual& mas no -onto do c*u das estrelas %i6as ,ue coincidir& < *-oca da ;ltima coincid/ncia entre os signos 3odiacais e as constelaç+es hom8nimas& com o e,uin0cio da -rimaera. Loltaremos a esta di%erença de -ontos de ista.
>Q 1 %ato de ,ue a lua * o rece-t2culo de todas as in%lu/ncias ,ue recolhe -ara transmitir < terra tam*m est2 indicado -elo grau ,ue lhe corres-onde na hierar,uia das %unç+es -ro%*ticas7 o esoterismo islâmico& saemos& !situa" simolicamente estas %unç+es nos di%erentes c*us -lanet2rios. Segundo esta ordem de corres-ond/ncias& ,ue ali2s s0 -ode ser com-reendida dentro da -ers-ectia es-iritual e de certo modo !c4clica" do Islam => & Araão # Seyidn# ;br#hîm $ reside no c*u de Saturno& 'ois*s # Seyidn# M/s# $ no de K;-iter& Aarão # Seyidn# 4ar/n $ no de 'arte& enoch # Seyidn# ;drîs $ no do sol& Kos* # Seyidn# >/su) $ no de L/nus& Kesus # Seyidn# ,;s# $ no de 'erc;rio e Adão # Seyidn# Adam $ no da lua. Festa hierar,uia& a relação entre enoch e Adão * igual < relação ,ue e6iste entre o !homem transcendente" # sh?n 0en $ e o !homem erdadeiro" &chen 0en $ da doutrina tao4sta: enoch reside no sol na medida em ,ue re-resenta o !homem diino" -or e6cel/ncia& ou o -rimeiro !grande es-iritual" dos %ilhos de Adão e conse,entemente o !-rot0ti-o hist0rico" de todos os homens ,ue reali3aram Ueus7 Adão& -or sua e3& * o !homem -rimordial" ou& segundo a e6-ressão de In Ara)& o !homem ;nico" # al-ins#n al-mu)rad & o-osto a al-ins#n al-k#mil & o !homem uniersal"$& ou se5a& Adão * o re-resentante -or e6cel/ncia da ,ualidade c0smica ,ue corres-onde somente ao homem& e ,ue se e6-rime no -a-el de mediador entre a !terra" e o !C*u". In Ara) com-ara a lua ao coração do !homem ;nico"& ,ue recee a reelação # ta00alî $ da Ess/ncia diina # h#t $7 este coração muda continuamente de %orma segundo as di%erentes !erdades essenciais" # ha"#i" $ ,ue nele dei6am sua marca. 1 %ato de ,ue o 'estre %ala do coração indica ,ue se trata a,ui não do mental& da %aculdade -uramente discursia& mas antes do 0rgão central da alma7 a mudança cont4nua de %orma so%rida -or este coração não -ode ser con%undida com a tradução em modo discursio& o-erada -elo mental& de um conhecimento es-iritual& ainda ,ue o -a-el central e mediador da ra3ão este5a eidentemente relacionado a esta mesma ,ualidade c0smica ,ue caracteri3a o ser humano. Por outro lado& a descrição desta renoação cont4nua do coração& ou soretudo de sua %orma& mostra ,ue ele não * id/ntico em todos os as-ectos ao -0lo transcendente do ser 9 o Intelecto 9 & e ,ue ele est2 como ,ue circunscrito -elos limites da sustância indiidual& a ,ual não -oderia receer simultaneamente todos os as-ectos im-licados na inesgot2el atualidade da !Geelação essencial" # ta0allî dh#tî $7 -or isto& a %orma sutil do coração muda sem -arar& res-ondendo sucessiamente a todas as direç+es ou -olari3aç+es es-irituais& e esta mudança * -or sua e3 com-ar2el a uma -ulsação e
Uisto -odemos concluir ,ue a inter-retação es-iritual da astrologia não -oderia ser trans%erida de uma
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tradição < outra7 não a-enas esta inter-retação est2 ligada < -ers-ectia intelectual -r0-ria da,uela tradição& mas at* a alidade de suas a-licaç+es diinat0rias de-ende em uma certa medida da homogeneidade do amiente sutil regido -ela in%lu/ncia es-iritual da tradição em ,uestão.
>R a esta %aculdade de mediação ,ue se relaciona a trans%ormação do som -rimordial& e4culo da reelação es-iritual& em linguagem articulada. -or esta ra3ão ,ue o esoterismo islâmico estaelece uma corres-ond/ncia entre as =R mans+es da lua e as =R letras ou sons do al%aeto sacro. !Fão são& como -ensam as -essoas 9 di3 'oh(idd)n in Ara) 9 as mans+es da lua ,ue re-resentam o modelo das letras7 são os =R sons ,ue determinam as mans+es lunares". Estes sons re-resentam de %ato a e6-ressão microc0smica e humana das determinaç+es essenciais da E6-iração diina& ,ue * ela mesma o motor -rimeiro dos ciclos c0smicos. 1 'estre conta os =R sons do al%aeto 2rae a -artir da -rimeira mansão lunar& ,ue segue ao e,uin0cio da -rimaera& na ordem de sua e6teriori3ação %on*tica sucessia& começando -elo hiato # al-ham%ah $ e indo das guturais
>
= IL 1 signi%icado mais -ro%undo dos ciclos astron8micos est2 no %ato de ,ue eles o%erecem uma imagem logicamente an2loga a todo desenolimento sucessio de -ossiilidades regidas -elo -0lo de um mesmo -rinc4-io& de modo ,ue eles simoli3am ,ual,uer ordem da mani%estação& se5a esta ordem condicionada -elo tem-o ou a sucessão im-licada -or ela de nature3a -uramente l0gica. -ortanto -oss4el conceer toda uma hierar,uia de !ciclos" c0smicos an2logos entre si& mas situados em n4eis di%erentes da e6ist/ncia e todos re%letidos uns nos outros& simultaneamente e segundo diersas relaç+es& dentro de um ciclo astron8mico tal como o -ercurso do sol ou o da lua -elo c*u das estrelas %i6as. Em seu liro !As Geelaç+es de 'eca" # al-)ut/h#t al-makkiyah $& 'oh(idd)n in Ara) cita uma s*rie de corres-ond/ncias cosmol0gicas ,ue -ermitem traçar o es,uema sim0lico encontrado neste te6to. Este es,uema * constru4do sore a 5usta-osição do 3od4aco e do ciclo das mans+es lunares a -artir do e,uin0cio da -rimaera& e as di%erentes ordens de analogia são indicadas -elos c4rculos conc/ntricos. A ra3ão -rimeira de todo ciclo de mani%estação * a reali3ação das -ossiilidades -rinci-iais de mani%estação simoli3adas -ela s*rie dos Fomes diinos. Por outro lado& a ci/ncia dos Fomes ou das ,ualidades diinas 9 os -rimeiros sendo a-enas as determinaç+es l0gicas das segundas 9 constitui a s4ntese su-rema de toda ci/ncia sagrada& -ois as ,ualidades uniersais são de certo modo o conte;do distintio da Ess/ncia diina& ao -asso ,ue a Ess/ncia diina em Si mesma não -oderia 5amais ser o5eto de ci/ncia& isto *& o5eto de um conhecimento ,ue im-lica alguma distinção. As ,ualidades ou nomes diinos são necessariamente inumer2eis7 mas& -or causa da sim-licidade do Ser& ,ue * um dos as-ectos de sua Vnidade& eles -odem ser simolicamente resumidos em um gru-o determinado& ,ue de ,ual,uer modo ser2 maior ou menor numericamente de-endendo do -rinc4-io de di%erenciação l0gica ,ue se ,ueira a-licar. Como não h2 distinção sem hierar,uia im-l4cita& a s*rie de Fomes sem-re ter2 a caracter4stica de um encadeamento l0gico& e * atra*s disto ,ue ela * o modelo de toda ordem c4clica. Fo caso -resente& o 'estre estaelece a corres-ond/ncia entre as =R mans+es da lua a um mesmo n;mero de Fomes diinos. Por outro lado& os Fomes& ,ue t/m todos um car2ter atio e criador& -ossuem como com-lemento ou como o5etos diretos um mesmo n;mero de graus c0smicos& cu5o encadeamento %orma um segundo ciclo anal0gico. A s*rie destes graus c0smicos -rodu3idos -ela s*rie dos Fomes diinos ai da mani%estação do Intelecto -rimeiro at* a criação do homem. Em sua hierar,uia estão com-reendidos tam*m os graus c0smicos ,ue corres-ondem aos di%erentes c*us& isto *& ao c*u do 3od4aco& ao c*u das estrelas %i6as e aos sete c*us -lanet2rios. Entretanto& estes graus& ,ue a,ui se relacionam a certas regi+es do 3od4aco& mensurados -elas mans+es lunares& deem na realidade ser conceidos em uma sucessão !ertical" em relação ao ciclo 3odiacal& e * -reciso com-reender ,ue h2& nesta atriuição de uma s*rie de graus c0smicos
=> -rinci-iais * o e%eito da E6-iração diina # an-na)as al-il#hî $& ,ue reali3a todas as -ossiilidades de mani%estação im-licadas nas determinaç+es -rinci-iais dos Fomes. Segundo um simolismo simultaneamente eral e %iguratio& antes da criação do mundo os Fomes diinos se encontram num estado de contração diina # al-karb al- il#hî $& e !demandam" seus com-lementos criados& at* ,ue o Es-4rito diino os !aliia" # tana))asa $& reali3ando toda a am-litude de suas conse,/ncias. Em outras -alaras& desde ,ue o Ser concee& em sua -rimeira autodeterminação # t#,ayy/n $& as distinç+es -rinci-iais& ,ue são seus Fomes ou ,ualidades& estes e6igem seus com-lementos l0gicos& cu5o con5unto constituir2 o mundo. a E6-iração diina ,ue estende este encadeamento l0gico de modo e6istencial& e ela se identi%ica so este as-ecto < Sustância -rimeira e < Fature3a uniersal. assim ,ue -odemos resumir em -oucas -alaras a teoria da E6-iração diina& teoria ,ue d2 conta da corres-ond/ncia sim0lica ,ue liga o ciclo dos Fomes diinos& o ciclo dos graus c0smicos e o ciclo dos =R sons do al%aeto 2rae& sendo os graus c0smicos as determinaç+es da E6-iração uniersal e macroc0smica e os =R sons as determinaç+es da e6-iração humana e microc0smica7 os sons da linguagem são carregados -ela e6-iração %4sica assim como os graus c0smicos são !carregados" -ela !e6-ansão" diina. E6-licamos anteriormente a ra3ão da analogia ,ue relaciona estes =R sons < es%era lunar. 1 'estre ressalta ,ue a hierar,uia dos graus c0smicos& ,ue ele enumera segundo a ordem das mans+es lunares& não dee ser com-reendida como uma s*rie de -roduç+es sucessias& mas como uma escala de%initia dos graus da e6ist/ncia& -ois a ordem de -rodução não corres-onde < hierar,uia de%initia7 ela * inersa segundo se trate de graus da e6ist/ncia uniersal e a%ormal& ou dos graus in%eriores ao c*u das estrelas %i6as& isto *& aos graus do mundo indiidual& e isto se com-reende %acilmente& isto ,ue a -rodução dos estados su-eriores somente -ode ser conceida de maneira -uramente l0gica& no sentido de uma di%erenciação essencial a -artir da unidade do Ser7 a -rodução dos mundos %ormais e indiiduais& -or outro lado& ser2 necessariamente en6ergada no ,ue toca < sua realidade sustancial& !material" inclusie& -ortanto como uma eclosão de %ormas e estados de e6ist/ncia a -artir de uma materia indi%erenciada& ,ue se situa& em ra3ão de sua tenerosa -assiidade& no grau in%erior de uma escala ascendente de graus de e6ist/ncia. Uisto resulta ,ue a -osição ontol0gica da mat*ria -rimeira& ou da sustância -l2stica de um con5unto de mani%estaç+es& -ossa ser conceida e re-resentada de di%erentes maneiras& -odendo ser ista como o -rimeiro termo de uma s*rie de -roduç+es sucessias e situada no começo desta s*rie -or,ue todos os entes seguintes tomam sua sustância -l2stica& ou -odendo receer a ;ltima -osição de uma hierar,uia est2tica em ,ue desem-enhar2 o -a-el de rai3 in%erior ou de âncora 5ogada no aismo. Esta du-la situação hier2r,uica da mat*ria -rimeira ou da sustância -assia se e6-rime na -osição ,ue ocu-a no es,uema cosmol0gico ,ue estudaremos& o -rinc4-io ,ue 'oh(idd)n in Ara) chama al-0a*har al-hab#i 9 ,ue corres-onde < mat*ria -rimeira 9 ou ainda al-hay/la & termo 2rae -ara !h(l/". 1 'estre escree ,ue esta entidade c0smica ocu-a a ,uarta -osição -or,ue ela * a -remissa necess2ria do grau seguinte& consignado ao !cor-o uniersal"& sustância secund2ria ,ue -reenche o !es-aço" intelig4el como o *ter 9 ou o ak#sha da doutrina hindu 9 -reenche o es-aço sens4el.
== desde esta -ers-ectia& isto *& como origem imediata do !cor-o uniersal"& ,ue a cosmologia concee geralmente a realidade da mat*ria -rimeira. Entretanto& em seu sentido mais -ro%undo& tal como e6-osto -or 'oh(idd)n in Ara)& a mat*ria -rimeira& conceida como a sustância uniersal ,ue * o su-orte de todas as determinaç+es -rinci-iais& deeria ser re-resentada %ora desta sucessão hier2r,uica -or ser su-erior e in%erior a todos os demais graus7 sua -osição no interior da hierar,uia est2 não ostante 5usti%icada -elo %ato de ,ue ela re-resenta o ;ltimo termo do -rimeiro ,uatern2rio ,ue resume -or si toda a E6ist/ncia uniersal: a Alma uniersal # an-@a)s al-+ulliyah $& ,ue ocu-a a segunda -osição& * de certo modo uma resultante da ação do Intelecto -rimeiro # al-A"l $ sore a Sustância -rimeira # al-4ab# $7 e a Fature3a uniersal # at-3abî,ah $& situada na terceira -osição& a-arece como uma modi%icação desta sustância. Por outro lado& a 'at*ria -rimeira # al-0a*har al-hab#i $ * atriu4da ao Fome diino !1 Zltimo" # al-Akhir $& ,ue e6-rime a !%aculdade" diina de ser o !;ltimo" sem ulterioridade tem-oral& ou de ser o !outro" sem alteridade essencial& sentido ,ue eidentemente corres-onde < %unção da sustância -assia ,ue * a rai3 inde%in4el de toda mani%estação. Esta e6-licação da -osição hier2r,uica da 'at*ria -rimeira %oi necess2ria -ara indicar como dee ser en6ergada a sucessão dos graus c0smicos. Xuanto aos outros termos desta mesma hierar,uia& sua e6-licação nos condu3iria -ara %ora do esco-o do -resente estudo7 limitaremonos -ortanto a indicar algumas distinç+es gerais. 1seremos ,ue o ciclo dos Fomes& dos graus c0smicos e das mans+es lunares -ode ser diidido em ,uadrantes& cada um com-reendendo sete mans+es e corres-ondendo a um con5unto de%inido de graus da e6ist/ncia: o -rimeiro ,uadrante simoli3a o mundo dos -rinc4-ios ou o con5unto dos graus diinos7 este ,uadrante termina simolicamente no solst4cio de erão& na altura do grau do !trono" diino& ,ue * o com-lemento do Fome diino Al-Muhît & !A,uele ,ue engloa"& e modelo da letra "a) & signo do -0lo e nome da montanha -olar ,ue os hindus chamam Mer/ 7 e& n0s acrescentamos& a,ui h2 como ,ue uma imagem eral do %ato de ,ue o !trono" diino * simultaneamente a es%era ,ue engloa tudo e o -0lo em torno do ,ual eolui a circunolução dos an5os. 1s dois ,uadrantes seguintes simoli3am todo o mundo %ormal& mas somente desde a -ers-ectia da e6ist/ncia !elementar" e direta de cada um de seus graus& -or,ue * o ;ltimo ,uadrante do ciclo ,ue re-resenta a hierar,uia dos seres com-ostos& isto *& dos seres cu5a %orma de-ende de uma s4ntese de graus ariados da e6ist/ncia. 1s dois ,uadrantes m*dios constituem -ortanto um s0 !mundo"7 mas -odem ser diididos em relação ao centro deste mundo& centro ,ue * a es%era do sol& o !coração do mundo"& e ,ue se encontra a,ui relacionado analogicamente ao e,uin0cio do outono. 1 mundo !intermedi2rio" com-reende os sete c*us -lanet2rios& e sua atriuição a um mesmo n;mero de Fomes diinos indica com -recisão os -rinc4-ios c0smicos de ,ue os ritmos -lanet2rios são a e6-ressão. 1 c*u de Saturno * atriu4do ao Fome diino Ar- 2abb & !o Senhor"& cu5a signi%icação im-lica uma relação rec4-roca& -ois um ser s0 tem ,ualidade de senhor na relação com um seridor& e o seridor s0 * seridor -ela relação com o senhor7 -ara o ser criado& esta relação -ossui um car2ter necess2rio e imut2el& en,uanto ,ue as outras ,ualidades -odem de certo modo ariar de cor -ela relação com o indi4duo. 1 c*u de K;-iter * o com-lemento do Fome diino Al-Alîm & !1 S2io"& ou
=? !1 Conhecedor". 'arte corres-onde ao Fome diino Al-(#hir & !1 Lencedor" ou !1 Uomador"7 K;-iter rege -ortanto a %aculdade intelectual e 'arte a %aculdade olitia. 1 sol * an2logo ao Fome diino An-@/r & !A Mu3"& en,uanto ,ue a lua corres-onde ao nome Al-Mubîn & !1 A-arente" ou !1 Eidente"7 o sol simoli3a o -rinc4-io mesmo do Intelecto& ao -asso ,ue a lua re-resenta a mani%estação7 h2 entre estes dois Fomes a mesma relação ,ue entre !erdade" e !-roa"& ou entre !reelação" e !coment2rio". L/nus * atriu4da ao Fome diino Al-Muça**ir & !A,uele ,ue %orma"& -alara ,ue designa igualmente o -intor e o escultor& e cu5o %eminino designa a %aculdade imaginatia. 'erc;rio * an2logo ao Fome diino Al-Muhçî & !A,uele ,ue conta"& cu5a signi%icação se relaciona ao n;mero e ao conhecimento distintio==. 1s dois ,uadrantes m*dios do ciclo& simoli3ados -elo hemiciclo 3odiacal com-reendido entre o solst4cio de erão e o solst4cio de inerno& engloam toda a hierar,uia das es%eras celestes a -artir do !trono" diino em ordem descendente7 e este hemiciclo corres-onde e%etiamente < %ase descendente do -ercurso solar. A ;ltima mansão antes do solst4cio de inerno * atriu4da ao elemento terra7 o -onto mesmo do solst4cio simoli3a -ortanto o centro de graidade& o -onto mais ai6o ,ue ser2 a -osição da mat*ria -assia do mundo humano 9 não da mat*ria -rimeira de todo o unierso& -ois o centro de graidade s0 * o -onto mais ai6o com relação ao mundo dos homens. A -artir deste -onto& o sentido da ordem hier2r,uica muda e se torna ascendente& indo do elementar < s4ntese. Primeiro /m os tr/s reinos dos minerais #ou dos metais& -ois o mineral -uro se redu3 ao metal$& das -lantas e dos animais& e em seguida os graus dos an5os& dos g/nios e do homem. Pode -arecer estranho ,ue os an5os -recedam os g/nios &0inn $& uma e3 ,ue os g/nios s0 tomam -arte no mundo -s4,uico e ,ue os an5os& %a3endo -arte do mundo a%ormal& os ultra-assem em conhecimento e -oder7 mas a ordem desta sucessão ai do ,ue * mais sim-les ao ,ue * mais com-osto& do ,ue * menos indiiduali3ado < indiiduação. Por isto& o homem re-resenta a ;ltima s4ntese neste mundo& -ois o grau c4clico ,ue se segue e ,ue conclui toda a hierar,uia não * mais -ro-riamente %alando um grau da e6ist/ncia7 ele simoli3a a reintegração de todos os graus -recedentes no Intelecto -rimeiro. 1 'estre tam*m di3 ,ue esta ;ltima mansão do ciclo corres-onde < !determinação de todos os graus"& isto *& < sua hierar,ui3ação intelectual& !mas não < sua mani%estação". Esta hierar,ui3ação se identi%ica& -or outro lado& com o !omem uniersal" # al-;ns#n al-k#mil $& cu5a e6ist/ncia * -uramente irtual com relação ao dom4nio da mani%estação distintia& sendo como ,ue o modelo ideal do retorno do homem ao Princ4-io. Por outro lado& não se dee es,uecer ,ue toda esta hierar,uia cosmol0gica& -ro5etada em um ciclo& * simultaneamente determinada -elo encadeamento dos graus macroc0smicos e -ela -ers-ectia humana 9 o ,ue * -er%eitamente l4cito& dado ,ue o homem ocu-a uma -osição central no amiente c0smico ,ue o enole& e ,ue ele tem o direito de considerar esta -osição& 52 ,ue est2 origado a %a3er dela um -onto de -artida -ara sua reali3ação es-iritual& como situada no -r0-rio ei6o ,ue liga os -0los do
Tratase de uma -ers-ectia di%erente da,uela ,ue en6erga as %unç+es -ro%*ticas em suas
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corres-ond/ncias com os sete -lanetas.
=N unierso& indo do centro 4n%imo da graidade !material" at* o centro su-remo do !Intelecto -rimeiro". 1 sistema de corres-ond/ncia ,ue nos d2 'oh(idd)n in Ara) -ermite relacionar cada mansão da lua a uma ,ualidade diina7 -or outro lado& estas mans+es se su-er-+em
=H L As direç+es do es-aço são um s4molo -articularmente ade,uado -ara a nature3a das Xualidades diinas. Como estas Xualidades& ,ue são as -rimeiras determinaç+es do Ser& as direç+es do es-aço são em multidão inesgot2el7 -or outro lado& s0 se -ode conce/ las como uma multidão -or,ue cada direção * -er%eitamente determinada em si mesma& sua ra3ão de ser sendo -recisamente a singularidade de sua determinação. Assim como se -assa com as Xualidades diinas& o con5unto das direç+es do es-aço não -ode ser de%inido& e a es%era ilimitada& %orma l0gica de sua irradiação e6trema& * a-enas um s4molo ,ue se im-+e < mente sem ,ue o -ossamos -roar. Xuer se trate das Xualidades diinas ou das direç+es do es-aço& uma e3 ,ue uma dentre elas se5a !nomeada"& as outras -odem ser de%inidas -or suas relaç+es com esta& o ,ue * um as-ecto da unicidade da E6ist/ncia. Xuando se d2 uma imagem
= e tam*m
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n;mero da diisão corrente do c4rculo em graus. Sore a di%erença do as-ecto essencial e do as-ecto sustancial de um ser& er tam*m o artigo de Gen*
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u*non: !M/tre et le milieu"& em Be oile d,;sis & de3emro de >?H. As redes geom*tricas de ornamentação da arte 2rae -odem todas ser consideradas como s4molos desta
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!unicidade" do cosmos.
=Q são ca-a3es de atrair !ins-iraç+es" de ordens muito di%erentes7 este * oiamente o caso de tudo ,ue se relaciona < arte diinat0ria& ,ue -ode sem-re& na medida em ,ue h2 um interesse& atrair inter%er/ncias insidiosas. Em outros termos& o homem não -ode remoer o *u de sua ignorância sem algo ,ue transcenda sua ontade indiidual7 -ara a curiosidade indiidual todo !or2culo" * e,u4oco e -ode at* mesmo re%orçar o erro ,ue constitui a armadilha %atal de um dado destino. Ao tratar da su-er-osição das -artes do 3od4aco a Sîn & N$: !Fão * -ermitido ao sol alcançar a lua& cada ,ual gira em sua 0rita7 nem < noite ultra-assar o dia". Se o sol alcançasse a lua& isto *& se um ritmo com-leto de reoluç+es lunares -udesse ser contido em um ciclo solar& de modo ,ue a eolução de suas relaç+es rec4-rocas oltasse ao -onto de -artida& seu ciclo comum seria reali3ado7 sua mani%estação seria reasorida na nãomani%estação: !A noite ultra-assaria o dia". -reciso tam*m ,ue ha5a& em uma certa medida& re-etição7 em interalos de >R anos& as -osiç+es rec4-rocas do sol e da lua -ercorrem de %ato os mesmos ciclos& mas estes estão tecidos no con5unto do mundo -lanet2rio& e se locali3am em noas -ro-orç+es em relação aos demais astros. 1 ,ue se e6-rime nesta su-er-osição de ritmos * de um lado ,ue todo ciclo de mani%estação com-orta uma relatia re-etição& uma e3 ,ue * %eito de imagens de um mesmo ar,u*ti-o !-olar"& imagens ,ue são necessariamente an2logas entre si7 mas de outro lado não com-orta nenhuma re-etição de %ato& -ois a ess/ncia criatia do ar,u*ti-o não -oderia 5amais ser esgotada -or suas imagens ou s4molos. 9 A analogia * o traço da Vnidade& e o car2ter inesgot2el * o re%le6o da in%initude do Princ4-io. Esta mesma lei de nãore-etição& ,ue estaelece ,ue nenhum ciclo c0smico se %echa em si mesmo& de certa maneira tam*m se e6-rime nos limites e6tremos do mundo sens4el na -recessão dos es,uin0cios& ,ue %a3 com ,ue os -ontos de interseção do ciclo solar com o e,uador celeste reali3em& com relação ao c*u das estrelas %i6as& uma reolução inteira em um -er4odo de a-ro6imadamente =. anos7 disto resulta a de%asagem atual entre os signos ou diis+es do 3od4aco e as do3e constelaç+es ,ue -ossuem os mesmos nomes. 9 K2 mostramos ,ue a di%erenciação ,ualitatia das regi+es ou direç+es celestes ,ue se e6-rime na diisão do 3od4aco -rocede dos ,uatro termos constantes do ciclo solar& os e,uin0cios e os solst4cios& e ,ue -ortanto * inade,uado di3er 9 como %a3em certos astr0logos modernos 9 ,ue o e,uin0cio da -rimaera se moe do signo de Ories ao signo de A,u2rio& -ois os signos são contados inariaelmente a -artir do -onto ernal. Por outro lado& -odemos di3er ,ue a constelaç6o de Ories se moeu -ara o signo de Touro ou ,ue o -onto ernal& isto *& o e,uin0cio da -rimaera& se moeu
=R da constelaç6o de Ories -ara a de Pei6es7 e deese su-or ,ue a mudança de relaç+es entre estes dois c*us su-remos& os das !torres" 3odiacais e o das estrelas %i6as& modi%icou de certo modo a,uilo ,ue -odemos chamar !in%lu/ncia do c*u". Entretanto& não temos ,ual,uer medida es-acial -ara determinar os conte;dos deste grande ciclo e6tremo ,ue se tradu3 na -recessão dos e,uin0cios& -ois não conhecemos nem seu começo nem seu %im7 e& se astrairmos os termos constantes do ciclo solar& as ,ualidades das regi+es celestes tornamse com-letamente inde%in4eis=. Ue %ato& o -rinc4-io de distinção ,ue mensura o es-aço celeste * essencialmente solar7 * -ela reolução do sol ,ue se o-era a di%erenciação ,ualitatia das direç+es ,ue irradiamse inariaelmente do centro terrestre e humano e ,ue de%inem as regi+es da a0ada do c*ulimite. 1 ciclo solar * -ortanto a e6-ressão direta do Ato diino ,ue ordena o caos. Por outro lado& a es%era das estrelas %i6as 9 cu5a inumer2el multidão * como uma imagem de um igual n;mero de germes luminosos isolados nas treas e ca-a3es de entrar em relaç+es m;tuas ainda não mani%estadas 9 simoli3a& com relação < es%era 3odiacal& a -otencialidade c0smica ,ue não -oderia 5amais se esgotar e ,ue esca-a a toda de%inição intelig4el. 9 Assim& não -odemos distinguir as ,ualidades -r0-rias da es%era das estrelas %i6as& cu5os traços somos entretanto ca-a3es de er& en,uanto ,ue conhecemos as ,ualidades da es%era sem estrelas& ,ue não emos. 2 nisto uma signi%icação -ro%unda: -odemos de %ato conhecer o desenolimento do mundo em -rinc4-io& mas não conhecemos todas as -otencialidades !materiais" ,ue este desenolimento esgotar2.
1 ciclo e6tremo ,ue se mani%esta -ela -recessão dos e,uin0cios& cu5as %ases não -odemos determinar& dee in%luenciar o con5unto do c*u atra*s de uma sucessia -redominância de certas ,ualidades c0smicas ou diinas. E como o ciclo maior * como ,ue o modelo de todos os outros ciclos ,ue lhe são suordinados& -odemos lhe atriuir& -or uma trans-osição sim0lica& conte;dos ou -artiç+es an2logas <,uelas de um ciclo in%erior. Assim& o Sheikh al-akbar atriui ao ciclo c0smico maior determinaç+es -reciso res-onder < o5eção ,ue se -oderia tirar do %ato de ,ue a astrologia hindu& ,ue -arece
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remontar
= designadas -elos nomes dos signos 3odiacais e ,ue se seguem na ordem do moimento anual do sol7 o ,ue mostra em ,ue não se trata de 5eito nenhum do moimento do -onto ernal -elas constelaç+es& moimento ,ue acontece em sentido inerso ao do sol. Por outro lado& o 'estre con%ere aos !reinados" destes !signos" maiores duraç+es sucessiamente decrescentes: Ories reina durante >=. anos& Touro durante >>.& /meos durante >.7 as duraç+es assim decrescem at* o signo de Pei6es& cu5o reinado não tem mais do ,ue >. anos. Esta descresc/ncia -roa ainda ,ue não -ode se tratar de determinaç+es es-aciais como as ,ue diidem o 3od4aco& mas ,ue as diis+es 3odiacais estão a,ui trans-ostas& em ra3ão de uma analogia es-iritual& em determinaç+es -uramente tem-orais de um ciclo cu5a sudiisão esca-a < medida es-acial7 de %ato& todo ciclo es-acial se diide -or simetria& en,uanto ,ue um ciclo -uramente tem-oral se diide em ra3ão da contração -rogressia do tem-o =Q. Xuanto < duração e%etia dos di%erentes !reinados" destes !signos" maiores& tale3 se dea er nos n;meros de anos indicados -or In Ara) a-enas ci%ras inteiramente sim0licas. Ue ,ual,uer 5eito& a soma de todos estes !reinados" e,uiale < duração de tr/s -recess+es inteiras de e,uin0cios 9 * -reciso sem-re ter em conta o %ato de ,ue -odemos medir a duração inteira de uma -recessão #dado ,ue -ossamos determinar sua elocidade$ sem ,ue -ossamos %i6ar seus termos no es-aço. 9 Se nos re-ortamos < teoria hindu dos ciclos c0smicos e contarmos como -rimeiro yuga do atual manvant#ra a duração de uma -recessão inteira& o manvant#ra & sendo com-osto de ,uatro yugas decrescentes segundo a -ro-orção N:?:=:>& ter2 H. anos& o ,ue di%ere de uma semi-recessão da soma de QR. anos& ,ue se dedu3 do simolismo indicado -or In Ara). Acrescentemos ,ue o Sheikh al-akbar osera incidentalmente ,ue o -rimeiro !signo" ,ue reinou sore o mundo %oi Mira& e ,ue este reinaa noamente na *-oca do -ro%eta 'ohamed=R. 9 Uei6aremos a outros a tare%a de conciliar estes dados di%erentes. Pela consideração da -recessão dos e,uin0cios& tocamos necessariamente nos limites do con5unto c0smico ,ue se caracteri3a -ela coincid/ncia das determinaç+es tem-orais e es-aciais no moimento dos astros. Este con5unto não -ode ser um sistema %echado& e no momento em ,ue consideramos seus limites nos %altam as medidas7 -ois o tem-o não se mede -elo moimento no es-aço. 1 mundo is4el * como uma %igura -er%eiramente coerente& tecida sore um %undo escorregadio ,ue esca-a < nossa tentatia de agarr2lo. Para terminar& recordaremos uma %0rmula de 'oh(idd)n in Ara) ,ue 52 citamos incidentalmente no curso de nossa e6-osição& e cu5a im-ortância cosmol0gica e meta%4sica * inteiramente %undamental: !1 mundo consiste na unidade do uni%icado& en,uanto ,ue a Inde-end/ncia diina reside na unidade do Znico".
Ler o ca-4tulo !1 tem-o tran%ormado em es-aço"& em 1 2eino da (uantidade e os Sinais dos 3empos &
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de Gen* u*non. 1seremos ,ue o signo de Mira não e6iste nas re-resentaç+es mais antigas do 3od4aco. Por outro lado&
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os chineses antigos daam o nome de Mira # @: do 3:D alança $ < Vrsa Polar.