EXAME DE PORTUGUÊS
Cesário Verde [1855-1886]: Parnasianista (não diz o que sente, mostra os objectivos e desperta ideias), odernista, !mpressionista" Poesia Pict#rica"
INFLUÊNCIAS ARTÍSTICAS: ARTÍSTICAS: • Im Imre ressi ssio!i o!ismo smo "#o!s "#o!s$i$ $i$%i %i %m& '%(& '%(& &o &o se!$im se!$ime!$ e!$o o de de#&d de#&d)!# )!#i&* i&* $ !mpressão pura $ Percep%ão imediata $ &o &orr, 'u 'umi mino nosi sida dade de e te tet tur ura a $ &o &ons nstr tru u% %es es im imp pes esssoa oais is $ * qua' qua'ida idade de #ptic #ptica a do objec objecto to (cor) (cor) + mais mais impo importa rtante nte que que o obje objecto cto $ ecurso .ip/'a0e • P& P&r! r!&s &si& i&!i !ism smo o "re+ "re+,o ,o &!$i&!$i-ro rom. m.!$ !$i# i#&* &* $ poeta poeta não diz o que sente sente,, mostra mostra os objec objecto toss e de desp sper erta ta ideia ideiass 2 ob obje ject ctiv ivid idad ade ee impessoa'idade $ i0or na 3orma • Re& Re&/is /ismo mo "&rese! "&rese!$&+ $&+,o ,o de si$ si$%&+ %&+0es 0es #o!#re #o!#re$&s $&s11 do re&/ o23e#$i4 o23e#$i4o5 o5 rerese rerese!$& !$&+,o +,o d& so#ied&de 6 #r7$i#& de de!8!#i& so#i&/* • N&$ N&$%r& %r&/is /ismo mo "'%!#i "'%!#io!& o!&/id /id&de &de 6 9r 9r em rá$i rá$i#& #& 6 do re&/ re&/ o23e# o23e#$i4 $i4o* o* INFLUÊNCIAS LITERRIAS 4 oão Pe Pen.a (preocupa%ão com a 3orma e observa%ão atenta do rea' quotidiano .umor cr7tico e ir#nico) 4 aud aude' e'ai aire re (0os (0osto to pe'o pe'o in+d in+dito ito,, pe'o pe'o repu repu's 'siv ivo o 2 não não esqu esquec ece e os quadro quadross do'o do'oro roso sos, s, sombrios, os quadros revo'tados da cidade simpatia pe'os .umi'des 9nsia de evasão o deambu'ismo amor ao 3abricado, ao 0eom+trico eerc7cio da an/'ise)
Ase#$os '%!d&me!$&is d& oesi& de Cesário Verde Verde:
C&r$er7s$i#&s d& oesi& re&/is$&:
rea' como motivo e ponto de partida" * sua poesia + estimu'ada pe'o rea', que inspira o poeta, que se deia absorver pe'as 3ormas e mat+rias concretas • &es/rio interessa-se pe'o rea', procurando descrever com objectividade os objectos, pint/-'os, despertar nos outros ideias e sensa%es • Predom7nio do cen/rio urbano (o 3avorito dos escritores rea'istas e natura'istas) • &onse0ue traduzir uma rea'idade mu'ti3acetada, atrav+s de uma 0rande p'asticidade est+tica • * presen%a do rea' .ist#rico: re3er;ncia a &ames e o conteto s#cio-po'7tico em < =entimento de um cidenta'> * 'in0ua0em 'in0ua0em bur0uesa, popu'ar, popu'ar, co'oquia', co'oquia', rica em termos concretos • • =itua espacio-tempora'mente as cenas apresentadas, (< ?um bairro oderno>)" •
C&r$er7s$i#&s Moder!is$&s: *bre poesia as portas da vida e assim traz o inest+tico, o vu'0ar, o 3eio, a rea'idade trivia' e a quotidiana"
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EXAME DE PORTUGUÊS @m certo certo interc intercepc epcion ionism ismo o entre entre p'anos p'anos di3ere di3erente ntes, s, visua' visua'iza iza%ão %ão e mem#ri mem#ria, a, rea' rea' e ima0in/rio, etc" (concretiza assim, .ip/'a0es)
C&r$er7s$i#&s Es$i/7s$i#&s:
poeta + como um espe'.o em que vem repercutir-se a diversidade do mundo citadino" contraste AuzBsombra: jo0o de 'uz em que as ima0ens po+ticas se con3i0uram em cinti'a%es, descobrindo e recriando a rea'idade" * incid;ncia da 'uz + uma 3orma de va'orizar os objectos, estendendo-se a 'uz como princ7pio de vida" *djectiva%ão particu'armente abundante e epressiva, com dup'a e trip'a adjectiva%ão, • ao servi%o de um impressionismo pict#rico" • s subs substa tant ntiv ivos os pres presen entiti3ic 3icad ador ores es da rea' rea'ida idade de conv convoc ocad ada, a, 3req 3reque uent ntem emen ente te em enumera%ão, que su0ere uma acumu'a%ão, um comp#sito de e'ementos, caracter7sticos da constru%ão pict#rica" $ arcas arcas da estrutura estrutura narrativ narrativa a 2 espa% espa%o, o, tempo, tempo, ac%ão ac%ão (e na'0uns na'0uns casos casos persona persona0ens) 0ens) $ i0or i0or 3orma' 3orma' (vers (versos os decas decassi' si'/b /bico icoss ou a'eand a'eandrin rinos os 2 1C s7'abas s7'abas m+tric m+tricas as 2 e quadras quadras ou quinti'.as com rima e m+trica de3inidas) 2 parnasianismo $ Doca Docabu bu'/ '/ri rio o prec precis iso, o, con concr cret eto, o, pr/ pr/tic tico o → 'in0ua0em corrente $ Pred Predo om7n m7nio da da coo coorde rdena% na%ão $ &onju0 &onju0a%ã a%ão o peri peri3r/ 3r/sti stica ca ( > .ei.ei-de de ver>) ver>) $ ode odern rnid idad ade e da 'in0 'in0ua ua0e 0em: m: Eom co'oquia' co' oquia' · Eom · *nteposi%ão do adjectivo ao substantivo (primeiro rea'%a-se a caracter7stica e dps o objecto) - impressionismo · Fpressividade do adv+rbio de modo · Derbos (uti'iza%ão, por eemp'o, do p" per3eito 2 caracter7stica do momento narrativo 2 e do p" imper3eito 2 caracter7stica do momento descritivo) · Giminutivos
C&r$er7s$i#&s $emá$i#&s:
<*preensão impressionista do rea'> C&$&+,o imressio!is$&:
"
rea' apreendido atrav+s de impresses (a cor, a 'uz, o movimento os seres e as coisas 3u0azes) que estimu'am o sujeito po+tico • &es/rio + um poeta-pintor que capta as impresses da rea'idade" Pr#imo do rea'ismo e do natura'ismo, presta aten%ão aos pormenores m7nimos que servem para transmitir as percep%es sensoriais !mpressionista, procura surpreender o HmomentoI em que os objectos <0an.am a sua • inteira individua'idade>" • * obra de &es/rio Derde Derde caracteriza-se, pe'a t+cnica impressionista, ao acumu'ar pormen pormenore oress das das sensa sensa%e %ess capta captadas das pe'o pe'o recurs recurso o s sinest sinestesi esias, as, que '.e permit permitem em transmitir su0estes e impresses da rea'idade =ens7ve' ao est7mu'o visua', &es/rio procura reter diversas impresses visuais e outras • para sobrepor ima0ens que acabem por traduzir e reiterar a visão do que o rodeia e traduzir a sua inspira%ão pessoa'" &onc'u: !n3'uenciada pe'os movimentos e t+cnicas pict#ricas da +poca, a poesia de &es/rio Derde traduz uma atitude impressionista, atrav+s de uma perspectiva pict#rica com que descreve •
C
EXAME DE PORTUGUÊS e ana'isa o rea', num ape'o s sensa%es visuais" poeta a3irmou-se sobretudo pe'a sua oposi%ão ao 'irismo tradiciona', a3irmando-se como poeta-pintor, que capta as impresses da rea'idade com 0rande objectividade"
Poetiza%ão do rea' (objectividadeBsubjectivade) O23e#$i4id&de;S%23e#$i4id&de:
"
•
*rticu'a *rticu'a%ão %ão entre o rea' captado captado e as sensa%es sensa%esBemo% Bemo%esB esB re3'ees re3'ees que desperta desperta no sujeito"
•
conc'u: &es/rio Derde não d/ a con.ecer aqui'o que sente, pois não + sua inten%ão dar-se a con.ecer" &es/rio observa com objectividade, e quando recorre subjectividade, apenas transpe a rea'idade pe'a ima0ina%ão trans3i0uradora" Fssa trans3i0ura%ão quando sur0e + s# por breves momentos, pois 'o0o depois o poeta sente necessidade de vo'tar rea'idade comum" Juanto tem/tica, quer os poemas se situem no campo quer na cidade, o que mais importa + reter a sua etraordin/ria capacidade de descrever de modo rea'ista as paisa0ens e as 0entes do seu tempo, com 3orte componente visua' (a par de outras sensa%es)"
Juestão socia': rea'ismo de inten%ão natura'ista Dime!s,o So#i&/:
"
* poesia poesia de interven%ão cr7tica cr7tica • *n/'ise socia' • '.ar comovido e so'id/rio com os traba'.adores • *'0um anti-c'erica'ismo decad;ncia e vencidismo co'ectivo" • *'0um sentimento de decad;ncia •
<= I!$eresso%-/>e o ?%o$idi&!o d& re&/id&de: -K Poeta do quotidiano, quotidiano, tenta visionar situa%es vividas no dia-a-dia, reve'ando reve'ando uma aten%ão aten%ão permanente ao que o rodeia"
Pro0e %m& i!$erre$&+,o d& #id&de de Lis2o&1
por onde deambu'ava, descreve-a, absorve-'.e a me'anco'ia e a monotonia, projecta ne'a ima0ens da mu'.er 3ormosa, 3ria e a'tiva
< A A mim, o que me rodeia é o que me preocupa>" * obra de &es/rio Derde re3'ecte, sem sombra de dLvida, a 3rase por e'e escrita" *ssim, *ssim, a cr7tica sociedade dos 3inais do s+cu'o M!M + outra tem/tica retratada por &es/rio Derde" Derde" s quadros citadinos que o poeta tão bem
com a sua t+cnica rea'ista permitenos ter uma visão das trans3orma%es que se operam na cidade, nomeadamente ao n7ve' da soci socied edad ade e bur0 bur0ue uesa sa"" F &es/ &es/ri rio o não não 3ica 3ica a'.e a'.eio io a tais tais muta muta% %es es,, quer quer soc sociais iais,, quer quer econ#micas, enquanto deambu'ava pe'as ruas da cidade" poeta co'oca-se ao 'ado dos des3avorecidos (sem qua'quer paterna'ismo em re'a%ão aos aos mais mais .umi .umi'd 'des es), ), v7ti v7tima mass da opre opress ssão ão soci socia' a' da cida cidade de,, e vai denu denunc ncia iand ndo o as
N
EXAME DE PORTUGUÊS circ circun unst st9n 9nci cias as soci sociai aiss inju injust stas as,, por por eem eemp' p'o, o, no retr retrat ato o da en0o en0oma made deir ira a no poem poema a <&ontrariedades>" ito
de *nteu
Fm &es/rio Derde, a terra apresenta-se saud/ve' e 3+rti'" Gentro desta concep%ão de uma terra que revita'iza revita'iza podemos encontrar encontrar o mi$o de A!$e%, ou seja, no contacto com o campo, o sujeito po+tico parece reanimar-se, sentindo 3or%as, ener0ias e saLde" mito de *nteu permite caracterizar o novo vi0or que se mani3esta quando ./ um reencontro com a ori0em, com a mãe terra"
in#mio cidadeBcampo <=Cid&de;C&mo
"
* cidade sur0e associada mu'.er 3ata' e morte, enquanto o campo se une ima0em da mu'.er an0+'ica e da vida" O/ uma seua'iza%ão da cidade e do campo que incorpora as a'e0orias da morte e da vida -K * oposi%ão cidadeBcampo cidadeBcampo conduz simbo'icamente simbo'icamente oposi%ão morteBvida" morteBvida" a morte que cria em &es/rio uma repu'sa cidade por onde 0ostava de deambu'ar, mas que acaba por aprision/-'o -K &o, 'u0ar 'u0ar de saLde e de riqueza, de vita'idade vita'idade e de ener0ia, ener0ia, de simp'icidade simp'icidade e de verdade, vida rLstica e de canseiras -K * cidade cidade 2 Au0ar que , 'u0ar de atrac%ão atrac%ão e de repu'sa, de 3uti'idade, da moda, da corrup%ão e de doen%a, de aprisionamento da 2i!@mio poesia de &es/ri &es/rio o Derde Derde,, pode pode entend entenderer-se se como como 2i!@mio #id&de;#&m #id&de;#&mo o, na poesia produto da sua vida citadina (em Aisboa) e campestre (em Ainda-a-Pastora)" atrav+s desta dua'idade entre o campo e a cidade que o poeta vai de3inir a sua pr#pria identidade, observando-os e descrevendo-os minuciosamente" campo em &es/rio não tem nada de convenciona'mente id7'ico, pois assume-se como rea'idade concreta, qua' o campo de traba'.o e os traba'.adores pertencem" ?os versos do poeta, o campo representa a vida, a pureza, a 3e'icidade, a saLde, a a'e0ria, a 'iberdade e a 'uz" * cidade, por onde deambu'a + c.eia de .omens vivos, de ruas soturnas e me'anc#'icas" &aptando os aspectos vu'0ares do quotidiano, &es/rio apresenta a cidade como sin#nimo de morte, tristeza, doen%a, in3e'icidade, prisão e sombra" Fm conc'usão, o bin#mio cidadeBcampo concretizado na poesia de &es/rio, marca uma 3orte oposi%ão entre estes espa%os atrav+s de uma perspectiva objectiva e impressionista que os de3ine ta' como e'es são"
S%23e#$i4id&de do $emo e & mor$e =A oosi+,o oosi+,o #id&de;#&m #id&de;#&mo o #o!d% #o!d% sim2o/i#&m sim2o/i#&me!$e e!$e B oosi+,o oosi+,o mor$e;4id& mor$e;4id& Cesário Cesário re#o!>e#e & #er$e& d& mor$e e ide!$i'i#&-& #om & #id&de so$%r!&1 #om 'o#os de eidemi&1 #>ei& de so/id,o e de misri& A s&/4&+,o &r& & s%& 4id& &re#e s%r(ir !o #&mo Q
EXAME DE PORTUGUÊS S%23e#$i4&me!$e1 4) ?%e o $emo %m ere$%o '/%ir e1 or isso1 #omo &'irm& em O Sentimento dum Ocidental, & eser&!+& s@ oss74e/ &r& &s !o4&s (er&+0es1 em2or& erim& o &!seio e/& e$er!id&de e e/o &mor se e% !,o morresse !%!#&H
* ima0+tica 3eminina " <=Im&($i#& 'emi!i!&: ?e0ativamente, porque contaminada pe'a civi'iza%ão urbana M%/>er oressor& 2 mu'.er n#rdica, 3ria, s7mbo'o da ec'osão do desenvo'vimento •
•
da cidade como 3en#meno urbano, sin+doque da c'asse socia' opressora e, por isso, 0era 0erado dora ra de um erot erotis ismo mo da .umi .umi'. '.a% a%ão ão (e (e: RSr7 RSr70i 0ida daT, T, RGes RGes'u 'umb mbra rame ment ntos osT T e RFsp';ndidaT), em que se recon.ece a in3'u;ncia de aude'aire A m%/>er '&$&/ 2 Eerr7ve', atraente, 3ria, <3'or do 'uo> e da cidade, virtua'mente amante, aristocr/tica e desp#tica
Positivamente, porque re'acionada com o campo, com os seus va'ores sa'utares M%/>er &!3o 2 visão an0e'ica', re3'eo de uma entidade divina, s7mbo'o de pureza
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campestre, com tra%os de uma be'eza an0e'ica', 3requentemente com os cabe'os 'oiros, dotados de uma certa 3ra0i'idade (, #s>, e <=etentriona'>) 2 tamb+m tem um e3eito re0enerador M%/>er re(e!er&dor& 2 mu'.er 3r/0i', pura, natura', simp'es, representa os va'ores do campo na cidade, que re0enera o sujeito po+tico e '.e estimu'a a ima0ina%ão (e: as 3i0uras 3emininas de a R* G+bi'T e R?um airro odernoT) M%/>er M%/>er orimid& orimid& 2 t7si t7sica ca,, resi resi0n 0nad ada, a, v7tim 7tima a da opre opress ssão ão soci socia' a' urba urbana na,, .umi'.ada, com a qua' o sujeito po+tico se sente identi3icado ou por quem nutre compaião (e: R&ontrariedadesT) M%/>er #omo si!do?%e so#i&/ 2 (e: as Rbur0uesin.asT Rbur0uesin.asT e as varinas de R =entimento dum cidenta'T
&omo objecto do est7mu'o er#tico M%/>er o23e#$o 6 4is$& enquanto est7mu'o dos sentidos carnais, sensuais,
•
como impu'so er#tico (e: actriz de R&rista'iza%esT)" * 'i(%r& 'emi!i!& sur0e representada na poesia de &es/rio Derde, atrav+s de um 3orte descri descritiv tivism ismo o rea'ist rea'ista" a" Para Para a'+m a'+m da m%/>er-&!3o (.umi'de, de c'asse baia, caracterizada sempre sempre de maneira maneira positiv positiva), a), na obra obra do poeta poeta encontr encontra-s a-se e um tipo de m%/>er-dem@!io (nobre, distante, 3ria e arti3icia') que atrai o sujeito" * mu'.er an0+'ica, pertencente ao campo, tem a sua ima0em associada ?atureza, timidez, simp'icidade, ao traba'.o e vida"
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EXAME DE PORTUGUÊS * mu'.er 3ata', pertencente cidade, est/ associada morte, sedu%ão, ao arti3icia', opressão socia' da cidade e ao 3asc7nio que acaba por conduzir o sujeito .umi'.a%ão" Fm su suma ma,, a ob obra ra de &e &es/ s/rio rio Derd rde e ap apre rese sent ntaa-no noss do dois is titipo poss de mu mu'. '.er eres es,, co com m persona'idade e atitudes diver0entes, e que estão directamente re'acionadas com o bin#mio cidadeBcampo" poeta • =ervo • Oumi'.ado (seua' socia'mente) • Ditima indi3eren%a mu'.er
e'a%ão eistente =ubmissão
=uperioridade
e
da da
• • • • •
* 3i0ura 3eminina • =uperior • *'tiva • Sr70ida • *ristocrata • *rti3icia' Gesumana • Fr#ticaB=ensua' • Prod Produt uto o t7pic t7pico o da • cidade (o tipo citadino)
I!o4&+,o o$i#&:
* busca busca da per3ei%ão 3orma' * 'in0ua0em 'in0ua0em p'/stica da capta%ão capta%ão do rea' * re0u'aridade re0u'aridade da m+trica (o decass7'abo decass7'abo e o a'eandrino) * re0u'aridade re0u'aridade estr#3ica prosa7smo" Podemos, então, apresentar esquematicamente a evo'u%ão po+tica de &es/rio Derde em tr;s 3ases: A oesi& de Cesário Verde
Primeira 3ase (18 (18UN-U UN-UQ) Q)
=e0u e0unda 3a 3ase (1 (18U58U5-U6 U6)) Eerce rceira ira 3ase 3ase (18 (18UU-8 UU-8Q Q)
natura'ismo
quotidiano campoBcidade
idea'ismo rom9ntico a par das tend;ncias 'iter/rias e est+ticas da +poca
rea'ismo acentuado pe'os contrastes
* descri%ão do rea'" Sase pict#rica do poeta
Poesias
Poesias
<=etentriona'>
<&rista'iza%es> < sentimento de um
*
Poesias
<esponso>
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EXAME DE PORTUGUÊS <&ontrariedades>
ocidenta'> #s>
poemas Nòs 2 e'o0io do campo, V + 3onte de vida e de riqueza cidade como a'0o de dram/tico, centro
de des0ra%a, onde s# ./ morte triun3o da cidade sobre e'e e sobre o campo: protesto, rebe'dia, desprezo, mani3esta%es do poeta Deslumbramentos 2 mu'.er da cidade: 3ata', de .umi'.ante indi3eren%a, so3isticada, moderna,
raciona', distante, 3Lti', 3ria, or0u'.osa e sedutora redu%ão do amante condi%ão de servo transposi%ão do p'ano individua' para o co'ectivo: vin0an%a contra a ordem socia' personi3icada pe'as 2 denLncia socia' (repub'icanismo) 2 poema de contrastes: desejo de comp'ementaridade com a mu'.er o A Débil 2 cede in3'u;ncia corruptora da cidade mas 'iberta-se pe'a adesão 3ie' mu'.er V passa 2 atrav+s de'a e'e tem vontade de ser Lti', prest/ve', de tornar-se numa pessoa me'.or Contrariedades 2 denLncia socia': mu'.er pobre pe'o m+dico, imprensa corrupta
e baju'a baju'ador dora a poetaB poetaBen0 en0oma omadei deira ra 2 rea'id rea'idade adess para'e para'e'as 'as a en0oma en0omade deira ira tem um e3eito e3eito ben+3ico ne'e: ajuda-o a aca'mar-se pois v; V os prob'emas de'e não são nada comparados com os de'a marcas as da narra narrativ tiva a (esp (espa% a%o, o, temp tempo, o, ac%ã ac%ão, o, pers person ona0 a0en ens) s) Num Num Bairr Bairro o Mode Modern rno o 2 marc descontentamento evidente em re'a%ão ao empre0o desejo de uma vida descansada e tranqu tranqui'a i'a invasã invasão o da cidade cidade pe'o campo campo → cabaz de 3rutos e 'e0umes mu'.er do campo (vendedeira): desprendida, .umi'de, atenciosa, educada, 3r/0i', p/'ida e ma0ra e'e 0an.a 3or%as atrav+s da vendedeira (V representa o campo) quadro verdadeiraB impressionista: predom7nio da cor e 'uminosidade nas descri%es O Sentimento dum Ocidental (Avé Marias) 2 desejo de 3u0a, de evasão denLncia socia': condi%es de vida prec/rias para os traba'.adores depend;ncia de Portu0a' 3ace a !n0'aterra 2 despreocupa%ão despreocupa%ão da a'ta sociedade qt a isso cic'o vicioso das c'asses mais baias: não pro0ridem pV não t;m oportunidade para isso antinomia de persona0ens, espa%os e tempos (traba'.adores ep'orados e atare3adosB'ojistas en3adados edi3ica%es emadeiradasB.ot+is da moda antes e depois da industria'iza%ão: 0'#riaBopressão, mis+ria, injusti%a, depend;ncia)
FIGURAS DE ESTILO *ss7ndeto (as ideias não são 'i0adas por nen.uma conjun%ão) 2 ritmo mais vio'ento e a0ressivo !ronia &ompara%ão et/3ora =inestesia (troca de sentidos: d/ sensa%ão qui'o que não a pode ter" F: <'uz macia>) Fstran0eirismos
U
EXAME DE PORTUGUÊS
Oip/'a0e (atribui%ão de uma qua'idade a um objecto que 'o0icamente não '.e pertence" F: ) Wrada%ão *djectiva%ão Fnumera%ão *nt7tese Eransporte Eransporte (continua%ão da ideia no verso se0uinte)
ESJUEMA RIMTICO $ &ruzada (**) $ Fmpare'.a '.ada (** (**) $ !nterpo'ada (**)
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