casa iat de cultura | nova lima mG eXPosiÇÃo 3 3 jh 2011
2
casa iat de cultura | nova lima mG eXPosiÇÃo 3 3 jh 2011
2
ConCeito
Teixeira Coelho
Curadoria
Teixeira Coelho Denis Bra Molino Enice Sophia
3
4
Ao enrentar se batismo de ogo, há cinco anos, oi às portas do MASP qe a Casa Fiat de Cltra oi bater, iniciando sas atividades com a exposio “Arte Italiana da Coleo do MASP na Casa Fiat de Cltra”. À acolhida entsiasmada do público a essa mostra to bem crada se deve grande parte da tradio consolidada, para centenas de milhares de pessoas, de acorrer à nossa Casa sempre qe ma nova exibio se instala. Na celebrao de nosso qinto aniversário, nada mais jsto, ento, do qe estejar essa parceria com a apresentao desse extraordinário recorte do mse palistano, “Olhar e ser visto”. Homenagem à parte, esta exposio tra consigo o ascnio qe a imagem hmana retratada exerce sobre as pessoas. A mitologia, a literatra, as ciências da mente, todas esto cheias de expresses sobre o misterioso poder do olhar do artista. Oscar Wilde e se personagem, o pintor Basil, assim se jsticar pela recsa inicial de expor ao público o retrato de Gra: “No porei o corao sob esse microscópio. Há mito de mim nesse retrato, Henr... Há demais!”. Olhar e ser visto, para a psicanálise, no conceito da chamada “no escópica”, so ma só coisa. No escapo à psicanalista e crtica de arte Giovanna Bartcci o ato de qe, para o pai da psicanálise, nessa dalidade, o olho no é mais onte de viso, mas onte da libido: “No à toa, Fred entende qe o binômio ‘olhar e ser-olhado’ é m binômio qe no se separa”. Há mito sobre o qe divagar, na contemplao dessas obras aqi acolhidas, e no altaro ao público olhares novos sobre os olhares aqi exibidos. Só nos resta agradecer ao MASP pela honrosa parceria; e a Minas Gerais pelo olhar carinhoso e cúmplice qe tem dedicado ao nosso trabalho.
José Edardo de Lima Pereira Diretor Presidente da CFC
O retrato pertence a m dos mais antigos e ao mesmo tempo renovados gêneros da arte. Provém de m perodo histórico anterior mesmo à própria ideia de arte tal como hoje entendida, m conceito qe remonta apenas ao incio da primeira modernidade ocidental, localiada, com algma fexibilidade, ao redor do nal do séclo XIV. É a esse gênero ancestral qe pertence aqela qe é, mito provavelmente (e no importam os motivos), a mais amosa pintra existente: Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, capa de, soinha, levar mltides ao Mse do Lovre – mais de oito milhes de pessoas no ano passado, para ser mais exato. O retrato procra responder a ma pergnta ndamental: qem so e, qal é anal minha imagem, como me pareo? Essa é a pergnta básica qe a, a m artista, aqele qe lhe encomenda m retrato, e essa oi e contina a ser a pergnta qe mitos artistas eram e aem a si mesmos. Nem mesmo a arte contemporânea oi capa de abolir esse gênero. Pelo contrário. O ser hmano contina a ser o primeiro objeto de re fexo e o primeiro espetáclo para si próprio. Nem mesmo o aparecimento da otograa, e do cinema, oi capa de abalar o lgar ocpado pelo retrato na pintra, qe ascina com a variedade de modos pelos qais oi capa de responder a essas pergntas. Esta exposio mostra vários desses modos, desde aqeles qe apresentam ses retratados como pessoas altivas e armativas àqeles, mais atais, em qe nos acostmamos a ver as pessoas “tais como realmente so”, qer dier, na incertea de sa signicao particlar. A parceria estabelecida entre o Mse de Arte de So Palo Assis Chateabriand e a FIAT há cinco anos, qando oi inagrada a Casa Fiat de Cltra com ma exposio do acervo de pintra italiana deste mse, torna hoje possvel qe a experiência ndamental do retrato, assim como congrada nesta coleo, seja compartilhada com novos públicos. No é ma tarea ácil, nem m projeto evidente: obras cada ve mais rágeis, qe reqerem cidados excepcionais para serem movidas, tornam cada ve mais rara essa oportnidade de ampliao de adiência, permitida pelo apoio e interesse da FIAT mediante os incentivos criados pelo Ministério da Cltra. No momento em qe a imagem pode circlar to livre e rapidamente qanto possvel, pela Internet e otros veclos de transmisso, ter acesso à obra mesma, no original , é ma experiência cjo signicado precisa ser ressaltado. É com m praer especial qe o MASP retorna agora à Casa Fiat de Cltra para participar da comemorao de se aniversário em otra iniciativa essencial de colocao da arte ao alcance de m maior número de pessoas. Teixeira Coelho Crador-coordenador MASP
10
OLHAR E SER VISTO
14
O RETRATO DA POMPA
22
O RECuRSO À CENA
32
Eu MESMO 32 o retrato e o movimento 34 o retrato e seu duplo
sumÁrio
44
RETRATOS MODERNOS
58
RETRATO DE IDEIAS
70
DESCONSTRuçãO 84 o que contavam os retratos e o que contam hoje
88
RELAçãO DE DOADORES DAS OBRAS
91
íNDICE POR ARTISTA
91
íNDICE POR OBRA
9
Teixeira Coelho
10
O retrato é m dos gêneros mais poderosos das artes visais, com presena e infência constantes na história da arte, dos tempos mais remotos à contemporaneidade mais osada. Há 27.000 anos já se aiam retratos, como co evidente com a descoberta, em 2006, de m rosto hmano desenhado nas paredes da grta de Villonner, Frana – m desenho qe, com sas arestas cbistas, encantaria o Picasso de Les Demoiselles d´Avignon . E se há ma coisa qe marco a obra de m dos emblemas do séclo XX, o pop artista And Warhol, oram jstamente ses retratos, de Jacqeline Kenned a Mao passando pelos dele mesmo. De igal modo, mesmo na prodo dos artistas conceitais, como a brasileira Regina Silveira, o retrato ocpa se lgar, como o a nas obras dos novssimos artistas chineses hipercontemporâneos.
Fiz de sua pessoa um espelho de minha pessoa. Sleman Tchélebi
Em 1669, no preácio escrito por Félibien para ma coletânea das conerências eitas na Academia Francesa dois anos antes, aparece ma categoriao dos gêneros da arte qe colocava a pintra histórica em primeiro lgar de importância, segida pela retratstica em segndo, pela pintra de gênero em terceiro, com sas cenas da vida cotidiana, e depois pela paisagem e pela natrea-morta. Designar naqele momento a pintra histórica como a mais importante era ma deciso qe se podia entender sob o ânglo do politicamente correto. Anal, a pintra histórica representava aqelas pessoas qe eram “melhores do qe nós” e qe assim deveriam servir de exemplo social para a elevao do ser hmano em sa vida privada e em sa existência coletiva. Aqele tipo de pintra era a arte qe merecia ser exposta em palácios e edicios o espaos públicos os mais variados, como as igrejas. E mostrava a vida dos santos, dos heróis da mitologia, reais o imaginários, bem como a realea e os eitos históricos qe se deveria venerar, como as conqistas militares e as aes em prol da pátria e da nao. Foram sempre os retratos, porém, qe exerceram m ascnio inegável sobre a imaginao hmana – antes de mais nada, por ma condio pecliar: eles nos olham tanto qanto os olhamos. Os olhos dos retratados nos segem pela sala, onde qer qe nos coloqemos eles nos veem para nos examinar, nos proteger o nos acsar. Os retratos, dentre as obras de artes visais, so aqilo de qe, na arte, mais se pode dier qe possem ma consciência e, portanto, ma alma, ma entidade dotada de refexo e sentimentos. No por nada algns povos ditos primitivos se opem qe se lhes tirem otograas: na ronteira entre o animado e o inanimado, os retratos têm ma vida própria e essa vida nos toca e, mesmo, nos incomoda prondamente – tanto qe viramos contra a parede a oto daqeles cja presena no podemos mais sportar o a cja mirada qeremos nos rtar por sabermos qe a ao qe estamos prestes a exectar no lhes agradaria e seria, da parte deles, motivo de censra contra nós. Assim é a alma hmana, mesmo neste
11
incio de séclo XXI. No so apenas as gras santas às qais atribmos eqivalentes poderes mágicos: so também nossos deses domésticos, os rostos de nossos lhos o de nossos pais qe levamos na carteira como atênticos amletos a nos proteger de todos os perigos qe conhecemos e daqilo qe ignoramos – a nos proteger, acima de tdo, da morte. O retrato nos controla tanto qanto nos permite controlar os otros, como nos diem as práticas da eitiaria em ses diversos modos. A rao parece poco poder diante de ssa crena ancestral, reorada pelas técnicas da imagem em movimento, mas qe permanece ntegra e poderosa mesmo na imagem imóvel da pintra, da escltra e da otograa. Ainda qando no exista dimenso mágica algma embtida na experiência de expor-se a m retrato, a condio qe aproxima o observador e o cone de ma otra pessoa (mais ainda se ela or ma personagem real, da história) tem a capacidade de marcar memórias. uma de minhas experiências de MASP mais antigas e mais ortes, inesqecvel, oi me encontro com a cabea branca de Voltaire e se sorriso sarcástico, na antiga sede do mse à Ra 7 de Abril. Foi m encontro com a história, m encontro com a arte, m encontro com m esprito: no me atemorio, apenas me marco ndamente. Casos como esse conrmam a ideia de qe o retrato é ma prática psicológica qe exerce sa infência sobre o observador tanto qanto sobre o retratado e, sem dúvida, o artista. No conjnto, m exerccio de psicologia prática de toda ma sociedade, qando se tem a possibilidade de observar m grande grpo de retratos. uma psicologia prática, social e individal, assim como m exerccio de compreenso das variaes estilsticas da arte. O retrato é também a ocasio para pôr em cena ma qesto central da arte em todos os tempos, a da representao verss expresso. Na história da arte, o retrato é talve o gênero no qal mais ortemente se coloca a qesto da verossimilhana. De qe serve m retrato se ele no se parece com o representado? A arte moderna de a essa pe rgnta ma resposta qe seria impensável em momentos anteriores, como a Renascena e o Barroco, embora ela estivesse sem dúvida presente, de modo latente o institinte, seno institdo, na cabea do artista e, de modo expresso, na do retratado o daqele qe encomendava m retrato de m terceiro qe lhe osse próximo (o mesmo distante). E a resposta do artista moderno oi: qando m retrato no se parece com o retratado, ele serve para ornecer o retrato do retratante, pelo menos se retrato intelectal, conceital, estético – e também se retrato espirital. Badelaire de expresso à ambio realista qe era ao mesmo tempo o paradoxo realista: representar as coisas como elas so mesmo se e, o artista, no existisse, no estivesse ali com minhas preerências estéticas e mes conceitos e preconceitos. A pretenso objetivista do realismo, rmada na convico de qe as coisas existem independentemente de qem as observa, oi incisiva e inspiradoramente negada pela arte moderna a partir da segnda metade do séclo XIX com sa proposio de qe a única coisa qe interessava, em arte, era jogar sobre as coisas ma l qe saa do interior do artista e se projetava sobre os otros espritos, neles projetando ao mesmo tempo essa viso particlar do mndo. Esse é m otro modo de dier qe, a partir de m certo momento, o qe interessava no era 12
tanto o objeto o pretexto exterior da ao artstica, em si mesmo, mas o modo de representá-lo. Qe isso era possvel aer, provo-o Picasso, por exemplo, qando pinto ses rostos qe pareciam talhados em madeira o pedra e de qe é m orte exemplo O Atleta o Busto de homem, incldo nesta exposio. O alcance das proposies modernas para a arte é enorme e de ndas repercsses por no serem apenas estéticas as qestes qe entram em jogo. Dos retratos clássicos, por assim dier, aqeles qe comparecem logo no incio desta mostra, se poderia dier, como e Georg Simmel, qe eles imobiliam a marcha da vida sica e psqica “na qal se cmpre a realidade do homem e qe, nma viso única, estável, atemporal – qe o real no exibe e qe jamais poderá exibir – concentram esse real sbmetido à passagem do tempo” 1. Os retratos modernos, porém, violam esse princpio do congelamento da vida psqica e corporal dos retratados e deles no do ma viso nem única nem estável. Talve a atemporalidade seja a única dimenso qe o retrato moderno ainda respeite, porqe o tempo e a experiência do tempo so de le igalmente sprimidos. E paradoxos adicionais intervêm: a representao é sem dúvida estável, porqe o rosto daqele Atleta, qe de ato nem atleta era, permanecerá na tela tal como oi pintado em 1909. Nem por isso, porém, essa representao é estável – porqe ela no termina de alterar-se aos olhos de qem a observa, qe jamais consegirá precisar com clarea qais so anal os traos dessa vida corporal e psqica qe se encontram ali representados. As conseqências extravasam o domnio da estética porqe é na verdade ma otra concepo da vida e do mndo qe se instara – vida e mndo agora ftantes, sem amarras precisas e distantes da imobilidade e da perenidade qe moveram a arte e o desejo de retratar nos perodos anteriores. Nada mais é igal a si mesmo: nem a gra e o poder dos governantes, nem a ora dos mitos, dos heróis e dos exemplos, nem e mesmo, como observador, qe me coloco diante deles. Essa é a trajetória captrada nesta exposio, ela mesma m retrato, no xo nem único, da história da arte do retrato – assim como se revela na coleo do MASP mas também, em boa parte, assim como se desenvolve ao longo dos tempos. Esta exposio se desdobra em seis grpos: O retrato da pompa (retratos “de aparato”), O recrso à cena, E mesmo, Retratos modernos, Retrato de ideias, Desconstro. Em cada m há exemplos marcantes do qe a ao artstica propôs de melhor, de mais atraente o de mais intrigante. E a articlao entre os grpos prod m instante de refexo no apenas sobre os caminhos da arte nesses qase cinco séclos cobertos pela mostra como sobre os avatares da identidade ao longo do mesmo perodo, alcanando este momento de agora, hoje, no exato instante em qe o observador se depara com as imagens do Otro qe lhe devolvem ma imagem de si mesmo. um instante de refexo e, sem dúvida, e isto talve seja o mais importante, de intenso praer estético.
1 Simmel, Georg. Les grandes villes et la vie de l´esprit . Paris: L´Herne, 2007, p. 49.
13
o rETrATo DA PomPA Os primeiros retratos ditos atônomos (qe no mais so parte da arqitetra) srgem no séclo XIII e ganham implso com a inveno da portátil tela de pano como sporte (o mais antigo exemplo de pintra sobre tela é ma Madona de 1410). Os retratos deste grpo so ditos “de aparato”. A imagem constrda pelo artista deve ser impressionante, o retratado é mostrado como algém especial, sbtrado qase aos acidentes do eêmero. Da serem de certo modo atemporais: no osse pelas ropas qe ajdam a congrar e sitar os qe as envergam, os retratados qase estariam ora de m lgar e ma época determinados. So exemplares nesse sentido os retratos assinados por Goa, Van Dck o Hals: os retratados esto sobre ndo netro (o genérico, como na tela de Gainsborogh) e se deixam ver em poses hieráticas, armativas, qer apaream de corpo inteiro o de meio corpo. So retratos de pessoas e também smbolos de algma otra coisa, sobretdo do poder. Os primeiros retratos oram os da realea, do alto clero e da aristocracia, donde serem natralmente “de aparato” (no Renascimento srgem os retratos das pessoas mais comuns o, em todo caso, dos brgeses). Como toda pintra de gênero, o qe primeiro se retrata aqi é o próprio código a qe a obra pertence – no caso, a própria pompa, a ideia de pompa; o retratado é meio para pintar-se a pompa em si mesma. O retratado existe porqe a pompa existe. (T. C.)
Paris Bordon | Retrato de Alvise Contarini (?) | 1525-1550 | Óleo s obre tela | 95 x 71,5 cm 14
Pierre GoBert | RETRATO DE NOIVA COM FLORES
(Charlotte Aglaé d’Orleans, chamada Mademoiselle de Valois?)
| 1720 | Óleo sobre tela | 146,5 x 115 cm
17
antoine Vestier | RETRATO DE DAMA COM LIVRO JuNTO A uMA FONTE | 1785 | Óleo sobre tela | 121 x 99 cm
thomas GainsBorouGh | RETRATO DA SENHORA JOHN BOLTON | c. 1770 | Óleo sobre tela | 77 x 64 cm
henry raeBurn | GENERAL SIR WILLIAM MAXWELL | 1810-1815 | Óleo sobre tela | 126 x 100,5 cm 20
o rECurso À CENA Os retratos deste grpo apresentam ses modelos junto a algém mais o a algma otra coisa, fazendo algma coisa, representando algma coisa: compem, com as otras pessoas o coisas representadas, ma cena qe lhes empresta o sgere ma qualidade especca. De algm modo, todo retrato compe ma cena, em particlar os retratos de aparato; aqi, porém, a cena é mais explcita e ampla e a narrativa qe prope é mais extensa seno mais complexa. Várias das obras desse grpo relacionam-se àqelas exibidas entre os retratos da pompa enqanto otras, em número no menor, remetem-se ao grpo dos retratos modernos, de qe poderiam aer parte com igal propriedade. Em certos casos, como nas obras de Nattier, a cena representada chega a compor ma alegoria, mas ela sempre será qase m teatro. É de 1310 a recomendao de Pietro d’Abano de qe o retrato deveria expressar a aparência e a psicologia, o a alma, do retratado – algo mais viável nos r etratos desse grpo e do próximo do qe naqeles “de aparato”. Da no se deve conclir, porém, qe a semelhança sempre tenha sido tdo, no retrato: antes da modernidade proposta pelo séclo XIX, conorme o princpio da dissimulatio (dissimlao) o realismo deveria sbmeter-se aos interesses contextais da representao, rao pela qal sobretdo nos retratos de pompa o aparato os eventais deeitos sicos dos modelos eram dimindos o ocltados. Na contemporaneidade, o corpo hmano em se realismo mais cr, em sas alhas e sa decadência, será mostrado sem disarces. (T. C.)
22
Jean-marc nattier | MADAME LOuISE-ELISABETH, DuQuESA DE PARMA (Madame L’enante) - A TERRA | 1750 | Oléo sobre tela | 97,2 x 136 c m
Jean-marc nattier | MADAME ANNE HENRIETTE DE FRANCE - O FOGO | 1751 | Óleo sobre t ela | 97,5 x 136,5 cm
Jean-marc nattier | MADAME MARIE-LOuISE-THÉRèSE-VICTOIRE DE FRANCE - A ÁGuA | 1751 | Óleo sobre tela | 93,7 x 136,5 cm
Jean-marc nattier | MADAME MARIE-ADÉLAïDE DE FRANCE - O AR | 1751 | Ól eo sobre tela | 97,5 x 136 cm
Encenda eal, eta tela az pate de cnjnt dedcad a qat eleent, end a dea tê pnta da ée, na cle mAsP, tabé epeentaõe de pncea da Caa de Bbn. Celebad pela cítca e pela cte, t al cnjnt gava na paede d Catel de Vealhe até a nênca da revl Fancea, qand é delcad paa a inglatea. A alega e põe na etatítca de Natte pqe ele peege a tep gêne htóc ( a elevad na heaqa da Acadea) e gt da nbeza, pncpalente a enna, p epeentaõe tlógca à anea de Hebe, Veta etc. Alá, m. mae-Adélaïde, e tela pecedente (1745) d e pnt, apaece c Dana, evnd c eeênca paa a tela d mAsP. C eet, a etatada apaece c a dea Jn, cndznd ca plaad de nven eca. C a atealdade d a, encena-e eet atéc, víve n pan agtad qe e eleva dagnalente, na cada eada d pav (avat a de Jn), na decênca da nven d nd, n cp enn tcd à anea de mchelangel. A pevalênca alegóca cnvete a na e ácaa de d a lta a etatítca enna ccó: cabel pxad paa tá, pele de pcelana, t ve e epad, bchecha ada, expe adccada. C eta etlítca Natte cnqta, p lad, tna na cte de Lí XV, a, p t, a cena de Ddet, ente t, qe cndea atcal. (D. B. m.)
26
François-huBert drouais | O DuQuE DE BERRy E O CONDE DE PROVENçA QuANDO CRIANçAS | 1757 | Óleo sobre tela | 97 x 129 cm
29
henri marie raymond de toulouse-lautrec | A BAILARINA L OïE FuLLER VISTA DOS BASTIDORES - A RODA 1893 | Óleo e têmpera sobre carto | 63 x 47,5 cm
u excepcnal exepl de etat e cena – e excepcnal etat, pnt. A etatada é aq epeentada naql e p aql qe az pnalente. A cp n bca capta qe e bjet te de eencal e eten a qe exbe de d nteaente tantó e anente. É a danana naquele ntante e qe att a a x. Te-e aq exat pt a etat de ppa e, e, a t etat den. A nfênca da tgaa, e a etétca d ntantâne, explca n apena cnteúd dee etat c a cp. N e vê be t da etatada, dentcada a pel títl da ba qe p ta ca. E e t, de td d, é ntdaente en elevante qe a da de tecd qe e abe na áea a da tela e paa a platea, n paa bevad da ba. Eta é a acante nve d ex de epeenta de etat, a leba aqela a qe ece Velázqez e As mennas. Ea nve pé, qe é te e te de cnteúd da tela, eve agncaente paa detaca aql qe de at pta a atta: a a da cp, evda pela da de tecd. E ta palava, eve paa detaca a etétca, a pnta e . o bevad da tela n vê aql qe a epeentada a e elh te a eece n cntext epeentad – a vê a e elh qe atta te de elh a eece: a tea da ate p ele pvlegada. A cena, neta ba, é ene e etat é de a de a penage. Epdcaente, a tela lta a nte n ítc cabaé paene Fle Begèe qe jnalta da épca deceve c a “aptee da vda dena”, na aa e adeqada anále de a expeênca vvda pela pea ea qe be ela elete e qe tep egnte apena cnaa. É etat den p aqela nve de ex, pel abente qe apeende, pela apeenta qe az da etatada e pela apaente nc pletde, nacabaent da pea (pncelada qe paece a aca e n e bepõe, epa d pte qe ca e tnta), aca patlhada c tant t atta d peíd, Cézanne e mnet ente ele. (T. C.) 30
Eu mEsmo Atrao narcisista pela própria imagem; tentativa de sair de si mesmo para enm ver-se melhor, ver-se de outro modo; a simples comodidade de ser o modelo mais disponvel; no incio de sa história, esoro do artista para qe o vissem como aqeles qe ele próprio retratava, isto é, como m membro das classes altas, das prosses liberais (intelectais) e no das manais, qe dependiam do esoro sico: tdo isso se encontra na origem e na história do atorretrato. Rembrandt, com a retratao insistente de si mesmo, no raro impiedosa, oi m eqivalente dos poetas qe repetidamente merglham em si para vislmbrar pelo menos m poco da natrea hmana. Já Pancetti bscava ver no tanto e no só aqilo qe de pessoal existia em si mesmo como também o qe de mais coletivo nele ecoava. E Max Beckmann atribi a se próprio retrato ma dimenso qe ltrapassa a alegoria para tocar na metasica. Em todos os casos, o espelho de qe se serve o artista, por mais polido qe seja, revela-se opaco o tem m gra de rerao qe o torna inútil – porqe relete tanto o retratado qanto qem o mira. A rerao, como se sabe, modica a velocidade da l, matéria da pintra, e dá do objeto ma imagem ligeiramente ora de eixo, distorcendo-o no ambiente ao mesmo tempo em qe o mostra mito tal qal é: na tela de Darc Penteado, a rerao parece ter atingido o age. O RETRATO E O MOVIMENTO A representao estática do movimento – qando no sico, exterior, o movimento mental, espirital, interior. Esse é m dos maiores scessos da grande arte, pintra o escltra. O trismo e do tema da velocidade, portanto do movimento, sa pedra de toqe. No entanto, a representao do movimento sempre oi ma presena ao longo da história da arte. Por vees, o olho hmano e a interpretao do observador completam o peqeno movimento sgerido na tela, como nma paisagem de Fran Post. Em otros momentos, é o próprio artista qe
Benedito calixto de Jesus | AuTORRETRATO | 1923 | Óleo sobre tela | 50 x 40 cm 32
consege passar a sensao desse movimento qe, no entanto, se meio no lhe permitira representar. Se nma paisagem a qesto do movimento é de ma grande complexidade, no retrato deveria sê-lo ainda mais – mesmo porqe na maioria dos retratos o modelo estava parado qando oi captado pelo pincel do artista e como tal é representado. O estático parece ser próprio e indispensável ao retrato. Na lnga inglesa, esse trao é ainda mais aparente, ma ve qe ma sesso de pose é dita sitting : o modelo está sentado, portanto imóvel. No entanto, em mitos retratos, nos retratos qe so obras-primas, há m perceptvel movimento, o movimento da alma do retratado, o movimento de sa mente, de sa imaginao, de sa rele xo, de ses sentimentos. É o qe se observa desde o primeiro momento diante dos atorretratos de Rembrandt. Diante dessas telas, o observador acompanha o qe se passava na cabea do modelo e do pintor, o próprio modelo e – este é o grande paradoxo da arte – acompanha o que ainda se passa . Esse é m trao central na experiência de olhar arte: a ataliao, pelo observador, do enômeno captado pelo artista e fxado na tela, como se di (mas apenas aparentemente ixado na tela); a converso do movimento, e por vees de ma agitao intensa, em algo de estático – qe no entanto nnca é denitivamente estático. A movimentação do estático, poder-se-ia dier. Melhor, a movimentao e o estático no mesmo plano, ocpando o mesmo lgar no espao. O movimento por causa do estático, o movimento gerado pelo estático. “Em tdo aqilo a qe chamamos de belo, é a aparência qe prod o eeito de paradoxo”, escreve Walter Benjamin. E é o paradoxo qe está no centro da arte. No retrato, esse paradoxo tem m nome: o movimento. O RETRATO E SEu DuPLO Mandar aer m retrato de si mesmo no é sempre demonstrao de narcisismo. O retrato pode servir como m dplo da pessoa qe, reletindo e devolvendo-lhe sa própria imagem e se próprio esprito com o distanciamento qe o espelho comm no pode oerecer, ornece-lhe o rmo e o ânimo necessários para agir como pretende. (T. C.)
Victor Brecheret | AuTORRETRATO | 1940 | Brone patinado | 68 x 42 x 56 cm 34
GiusePPe Gianinni Pancetti | AuTORRETRATO COM MARRETA | 1941 | Óleo sobre tela | 63 x 60 cm
Pancett at de extadnáa anha e de n en beb atetat. C vá t atta den, tabé Pancett vlt n tep paa eata tadõe n ppaente peddas a gadada na paede d e. (C dz Cazza na can o tep nã paa, “e vej t epet paad, e vej e de gande nvdade”: pnt cental nee ve n é tant t qe epete paad, beva de et ceta, c a dea de qe e é lga nde et a nvdade, n a velhaa c anda pena hábt cltal.) Ete etat etá pntad a d cnagad, p exepl, p Antnell da mena (1430-1479), d Quatcent talan, pnt nvad e de gande nfênca cja pnta ta eqenteente e del epeentad c e enqadaent val (apena bt e-cp) e tend t vível e tê qat be nd ndend e ncátc. Neta tela, Pancett az a eeênca a fnd , nd dad da pnta edeval tlzad peeencalente na pnta elga. se é at qe a ntênca de t atta e ealza atetat gnca a ndaga be a pópa dentdade, n é en cet qe, nete ca, Pancett pjeta na tela eeênca a cletva lgada a e paad det e a a deente cpaõe ana ( acene, peá têxtl, axne de htel, tabalhad na ábca de bccleta e betd anhe, alé de pnt de paede). Ea a dea a apla é a epnável p a pnta, eta e patcla, a caáte eclétc, n end ne ealta ( detalhe d cp pc dend e ta-e ante eqeátc) ne expenta (apea de t te tqe da etétca dea ecla) ne ppaente ptvta naïf . Há nela, t , a te expe e ta dgndade. (T. C.) 37
JorGe mori | AuTORRETRATO | 1946 | Óleo sobre tela | 80,5 x 64,5 cm
39
max Beckmann | DER AuSRuFER [O Apresentador] (Atorretrato), da séri e Jahrmarkt [Feira anal] | 1921 Ponta-seca sobre papel | 36,5 x 25,6 cm
max Beckann (1884-1950) d a gna atta d écl XX. N e encaxand e nenh d vent d peíd, anda é pc cnhecd d públc (a gande exp lhe dedcada pel mmA e 2003) e de dícl cpeen. sa ate, de enânca expenta e avta, é qae epe ebleátca e e den e a epeccdade e egda à patcpa d atta c édc na i Gea mndal. repeenta, na aa da veze, a tagéda da extênca hana, de d a det , c na tela d e últ vnte an de vda, etaóc. recand a tendênca abtacnta e vg à épca, ateve-e a gatv. me a, n ecap da cena nazta, qe cnc elevad núe de a ba extente n e da Aleanha e ncl na Expsçã de Ate Degeneada ealzada e 1937 na cdade de mnqe, c a qal nazta qea cbate denta e qe e tan na da pea expõe blckbuste da htóa da ate, atêntc t pela clata da dtada htleta. o atetat et p Beckann et n cent de a pd e ó encnta va, e te de qantdade, c tabé de qaldade, na ba análga de rebandt e Pca. o at de te d let cntante de la e tea az c qe e dga qe eteve epenhad na bca de e e eal. ma d teatal dee atetat, n qal apeentava a e a c eb da alta cedade, a c anhe ta ca qalqe, az pena qe atta tnha cncênca da nateza gda da dentdade hana, a cntá d qe pegava a delga habta. Ete atetat az pate de álb c dez pea nttlad Fea anual pe e 1921. Aq atta é vt c apeentad de cc de ea de ataõe qe, evnd-e de egane, cnvdava públc paa epetácl qe a cea – epetácl da ate e da vda encenad pel póp atta. (T. C.) 40
darcy Penteado | AuTORRETRAT AuTORRETRATO O | 1964 | Colagem sobre pintra a óleo sobre tela | 102 x 101,5 cm
Eta tela de Dacy Pentead, qe é atetat, é a e tep exepla d etat e descnstuçã , bjet de gp à pate tad a adante (e at de petence a d gp dtnt pva c e de categza da ate dena e cntepânea enenta éa e p veze npeáve dcldade). Aq, a age é bttída pela lngage. C é ealtad e t text deta exp, ea btt cndeada p t c nal de aqeza e decadênca decadênca da ate cntepânea. N ajda t leba qe na ate japnea age e lngage cnvve e paz, c a age apeentand-e c lngage e c a lngage acetand a n de age, c n shd ( ate calgáca). N adanta pqe tata-e de da clta dtnta e, pel en n ca da ate, a n e ppõe c del paa a ta. De nada eve tapc t apc leba qe c a ate dena (Pca, Baqe, dadaíta) a lngage a pc nvadnd cap da age de d até ent nédt; de nada eve pqe naqele atta a lngage ea apena aceó ( pc en aceó paa dadaíta). N ca dea tela, c n de tda ate cncetal qe ece à lngage e dela az e penage cental (c e Jeph Kth), tda a caga de gncad eca be a palava. o execíc n é t útl qant paece a t cítc. Paa Jge L Bge, ó a palava ecta te ttal ealdade ntlógca, ó ela pde expea e. Paa peta, a ca d nd apena exte enqant eete a ca ecta. i é qae t d de dze qe ó a palava ecta pena. Pal Fanc, qe n entant aava cnea, ctava ta a t (a e a la n ta, paa qe eve?) dzend qe cnea n pena. Bge talvez cncdae, paa agenta e n p t tv, qe tabé a ate n pena. Nea lnha, a ntd da lngage na ate ec, e n paa aze a ate pena, e dúvda paa levá-la a pena de t d. E, nee ntante, a age eltante n é apena a qet etétca a tabé, e betd, a qet al. Tda ate epe apeenta e epe apeent a qet al , pel en, a qet étca, é vedade. ma, e ca c dea tela, ea qet é anda a explícta. (T. C.) 42
rETrATos moDErNos Aqi, à primeira vista, os retratos so das pessoas elas mesmas, mais mais do qe de algma coisa qe esteja por trás delas, qe representem e na qal se amparem. O qe se representa so elas e las mesmas, e no o evental poder qe tenham o objeto o ser qe as denam. Mas, por maior qe seja a verossimilhana, em mitas destas telas, o em todas, predomina ma sensao de estranhea: mesmo qe se oeream namente ao olhar, olhar, por imóveis qe estejam (e talve por isso mesmo) tampoco aqi elas se revelam de todo, se expem. Tanto Tanto qanto a pessoa, o qe se vê é a persona , a máscara qe os retratados sam para se deixarem ver (qando no para se verem). De certo modo, essa é ma qalidade da maioria dos retratos, seno de todos; no modo deste grpo, porém, esse esse tom é mais acentado acentado porqe nenhm objeto de contexto o smbolo sgerido vem ve m em socorro do retratado – o de qem o observa. As pessoas no so, porém, a única coisa qe se retrata aqi. Céanne pinta tanto sa mlher qanto a arte pré-renascentista e a nova arte (cada retrato se, como vários de Picasso, é também m retrato da história da arte). Tanto Tanto qanto nos retratos de aparato, aparato, também nesses o ndo é qase sempre vago, netro e indeinido. O sentido, no entanto, é diverso neste caso. Aqi, é como se o sentido da pessoa retratada osse sciente para encher o espao denido pela tela, como se nada mais osse preciso para apresentar e denir qem ela é. A semelhana entre o modelo e o representado e o scesso do retrato e também, no incio, oi motivo de crtica, pelo menos entre os intelectais. Vasari, iniciador iniciador da História da Arte como disciplina no séclo XVI, considerava o retrato m gênero menor por ser ma reprodo direta da realidade (m ritrarre), e no a representao do real conorme m conceito orientador (o imitare), próprio da grande arte imaginativa. (um escrito central de Le onardo da Vinci propôs qe a arte é, sempre, ma coisa mental .).) (T. C.)
44
José Ferraz de almeida Júnior | MOçA COM LIVRO | 1801-1900 | Óleo sobre tela | 50,5 x 61,5 cm
Paul cézanne | O NEGRO CIPIãO | 1866-1868 | Óleo sobre tela | 108 x 86 cm
u Cézanne tal c ea ante de e Cézanne. Ete etat de del pnal, qe pava paa aln de a acadea, et ente qat e cnc an ante qe Cézanne e dae paa a Pvence, gnd d gave cnft ente a Fana e a Aleanha de 1870. N l da Fana, atta petenda avana n deenvlvent da etétca penta qe, e a e pncé, a tana-e na pea lnha d cb. Ante d, pé, a pnta é be ta. N neg Cp anda e pdea vlba a ceta pp de vle qe de alg d penncaa qe etava p v. E t d del, e a pa a anda, ta-e anad p vent pd pela ce qe e pdea deceve c vangghan avant la lette. A en a cet expen neta tela n é decabda: etá vível betd na eqeda da penage e e e t. (T. C.) 46
anita malFatti | A ESTuDANTE | 1915-1916 | Óleo sobre tela | 77 x 61 cm A Estudante é a ba de patcla elevânca na pd de Anta malatt, a exepl de A Bba (d mAC-usP), A Estudante ussa, o He aael – 1a ve, A mulhe de cabels vedes , o Japnês o He aael, tda d e ct peíd , é be pvável, d e an
(1915). Nela, malatt ntdz qe hava etad de e etág na Epa – de nde txe, n cb de Pca, a expen e pó-pen – e n EuA, d qal eclhe a ppta de a etétca qe eclava expen a cet natal. mencna-e t a paage de malatt pela Epa a td ndca te d patclaente decv paa a pd tep paad n EuA nde, ente t, cnhece atta c He B, c qal e encnt pe na ilha de mnhegan e e egda na independent At schl de Nva Yk, da qal B e tn det e cja pnta a vta n Ay shw de 1913. A andade atítca ente d ea te, c denta a eelhana ente A Estudante e retat c cadea veelha , de B, nde e vê a lhe na ea p da etdante, entada na cadea da qal tabé e dva epalda, cja et galente czada be a pena e cj ba det é vt lgeaente cvad e apad n ba da cadea, na p t póxa daqela ada pel ba det da etdante qe, n entant, e nada e apa. A tela de B, pé, é de 1920, eveland n ín a nfênca ecípca, c na vda de t atta, c ce c Pca e Baqe. Ee dálg c B patclaente te e e nta e ta tela de malatt qe tê p tea a paage, ca de A onda, rcheds e mnhegan island , o Fal de mnhegan e Ventana , tda d e an de 1915. A aca d expen e A Estudante encnta-e a na c (betd n t e n nd, pntad c pncelada eglae e “al acabada” qe lhe d a venta pecla) d qe n deenh da penage, azavelente ealta. Ee elatv eal n cente, pé, paa ncl eta tela na catega da pntuas suaves, habtalente be ecebda, e paa qe a exp de malatt e s Pal, 1917, e be ecebda pel públc e pela cítca, qe naqela ba va a pta de “dea vnda de a” e a tendênca qe n epetava a “nateza atítca da clta balea”, n pvncan qe e epete anda hje, ce an dep, e t ete da clta delgzada. (T. C.) 48
John Graz | RETRATO DO DESEMBARGADOR GABRIEL GONçALVES GOMIDE | 1917 | Óleo sobre tela | 85 x 109 cm
51
daVid alFaros siqueiros | PRESSÁGIO (Angélica Arenal de Siqeiros) | 1950 Tinta vinlica sobre aglomerado | 101 x 84 cm
Catec (1495-1525) últ pead azteca d méxc, detad pel epanhó de Henan Ctez e 1521. o atta excan sqe etava pepaand al e henage a Catec, heó nacnal, qand ez ete etd, hje na cle mAsP. sqe – ntegante, c ozc e rvea, de t de alta qe e tanaa, ele e, e heó nacna d méxc – peava a ate qe, egnd ele, devea e públca, edcatva e delógca, c ea elatvaente c à épca e alga pate d nd. Eba eltad dee tp de ate tenha d qae epe etetcaente deapntad, e patcla n eal calta e nazta epe, sqe (c ozc) cneg c eqênca detaqe atítc d qal ee etd dá tetenh. o etl é de expen lagaente atent a papel qe vle d bjet e pea epeentad pde te na cp. sqe teve c del paa ee etd a pópa . o lh abet e vltad paa pnt ndend (n epa c n tep) e títl d etd ndca qe aql qe a penage vê advnha n a entaa. Apea de petende-e npada e tvada (talvez n eltad nal da qal ea detalhe), eta ba, e , paa etad de ân de a ceta angúta e pecpa, e n ptênca. (T. C.) 52
amedeo modiGliani | LuNIA CzECHOWSKA | 1919 | Óleo sobre tela | 80,4 x 54,5 cm
mdglan a ga ngla n abente atítc da épca, e Pa. E patcla, p n ade à plítca d nv aca de tda a ca. A, ec a ppta da etétca tta pel ataqe qe pva a paad. N ele t... den: e a pate d atta d peíd bcava de at a nva e pent c a tad, de t lad a eca d vale da dendade (na ate e e t apect) ea galente aca te de t tant ntelecta e atta d ent. Nada a den d qe eta a dendade, vta c ptada e alentada de a degada da d vale. mdglan n eteve lad nea attde, cpatlhada ente t p max Beckann. Nea deva ente d pl exte e ez a ate dena n níc d écl XX. N ca de mdglan, a nfênca a tant de cntepâne, Banc, c a lnha elegante e delgada qe d até hje a dea d qe e cnceba ent c den (nclve n degn), c de Cézanne e, de d patcla n qe de epet à cp da ga hana, de Bttcell. o lentn caactez-e, ente ta ca, pela elaba de agen de lhee c pec alngad, ta qe mdglan exaceba. ma e e Bttcell a ga enna é epe enal, e mdglan a lhee (pel en n etat qe dela az c pa), tant qant hen, tê a betd elancólc, c ee lh pac e vaz c na etáta gega qe bevvea a tep e chegaa até peente c qae tda a pate ntacta en ee e lh qe, p ee à épca pntad (a c de at cba ta zna d cp), deapaecea, dexand epa vaz c e e epeentaõe de pea cega. A únca exce ente a pnta eta p mdglan, n acev d mAsP, é etat de renée, cj lha n é vaz e blha ntenaente e qe dna t a eevad, alg pea, da del. mdglan a ancaente enal e e etat de n, t apecad à épca pel clecnade (e a az paa ea en atítca qe ta ca) e qe lhe dea alga tenta ecnôca. sa únca exp l e vda de-e na galea tada dante de a delegaca, e Pa, cj epnável ech a ta, pca ha dep de abeta, b a aca de bcendade. (T. C.) 54
candido Portinari | O SENHOR QuEIROz LIMA | c. 1945 | Óleo sobre tela | 46,5 x 38 cm
candido Portinari | A SENHORA AIMÉE | 1945 | Óleo sobre tela | 73,4 x 58,7 cm
rETrATo DE iDEiAs O retrato “convencional” é ma representao extrada diretamente da vida (ritrarre ). Se oposto, o retrato qe se serve do imitare , é m acréscimo à vida, gera algo qe no existia antes e qe, portanto, no é ma reapresentao, mas ma apresentao pela primeira ve, ma presentifcação : só existe no presente da arte qe o prope. A pessoa real qe servi para a representao pode o no aparecer tal qual na obra – qe, no entanto, no é se retrato, ma ve qe ela no é explicitamente identicada. O qe a obra retrata, antes, so ideias (estéticas, sociais, psicológicas). Tais obras se servem das pessoas para pôr e m cena as ideias (ideias do qe seja ma amlia, m casal, ma prosso, ma atividade, ma sitao, ma e moo). Em arte, de ato, nnca é dierente. Também o atorretrato de Pancetti é sobretudo retrato das ideias estéticas do artista antes de ser retrato de pessoa. Mas nas obras do presente grpo, O Retrato de ideias , esse compromisso com as ideias e os ideais, por cima da pessoa representada, é ainda mais claro e destacado. (T. C.)
ernesto de Fiori | DuAS AMIGAS | c. 1943 | Óleo sobre tela | 100 x 65 cm 58
dieGo riVera | O CARREGADOR (Las Ilsiones) | 1944 | Óleo sobre carto | 76 x 59 cm
Ferdinand hodler | O LENHADOR | 1910 | Óleo sobre tela | 51 x 45 cm
euGène laermans | PAISAGEM COM CASAL DE CAMPONESES | s/d | Óleo sobre tela | 126 x 176,3 cm 62
käthe kollwitz | MuLHER PENSANDO | 1901-2000 | Litogravra em papel | 26,2 x 23,2 cm 64
käthe kollwitz | CONSELHO, A REVOLTA DOS TECELõES | 1901-2000 | Ága-orte sobre papel | 29,7 x 17,3 c m
henry moore | MuLHER SENTADA | 1932 | Aqarela sobre papel | 44,4 x 29,7 cm
sVend wiiG hansen | FAMíLIA | 1986 | Óleo sobre tela | 100 x 80,5 cm 68
DEsCoNsTrução Com a arte moderna do nal do séclo XIX, a gra – e com ela a identidade – vai-se desaendo e sendo sbstitdo por otra coisa. Picasso apresenta ma evidência exemplar desse modo, decompondo a cabea do personagem nma mltiplicidade de ragmentos cja soma é maior qe o todo. Ao lado, Flávio de Carvalho e Chemiakin adotam procedimentos dierentes qe convergem no entanto para o mesmo m: o retratado desaparece em avor da retratao da própria arte, da estética do artista, para qem o retratado é apenas m pretexto e nem de longe o mais importante. A representao do qe está ora da arte chego a se m. (T. C.)
PaBlo ruiz Picasso | BuSTO DE HOMEM (O Atleta) | 1909 | Óleo sobre tela | 92 x 73,3 cm
Ete Bust de he é a ba de pea gandeza ealzada n níc d peíd cbta de Pca e dele be típca. E 1907, atta hava pntad Les Deselles d’Avgnn, ba qe nca eta ae e é dexada elatvaente ncncla. Ea tela, hje n mmA, nde eleent bevad p Pca e Cézanne e mate, alé de El Gec e d qe ele pde exta da ácaa acana, na cp de a abpta e etl dtnt. Nee e an de 1907, Pca pa tep entege à t aea de eclp agen tabalhada e adea a “d acan”, geand ga aca e vla. E Bust de he (anteente dennad o Atleta , títl ged pela age d cp eclpd da penage) é pível ve eltad dea paage pela eclta, a qa e ecla aga a qaldade da pnta. Fa vla, da e acada, qe e pjeta a be a ta, denda p pca ce: a tela n é de td ncátca, c n peíd azl, a a ce pca (anda en nea qe e Deselles) e et lnge da p qe eá aca de a ba pte. o eltad é ate e penante, na epéce de ev cítca d expen. Nee etat, he a decddaente paa lnge, na de de pnt ndetenad e dtante de qalqe cntat pível c bevad; e a ace acla tn neg e b na qantdade a qe a bevável n et d cp n nd da tela. Há nea ba a den tágca, en épca; e t péte, c ea c ce, te t a ve c lga antqí da Epanha nde a tela pntada, a da (e cbta, na a cntõe edeva) Hta de Eb, hje Ht a de san Jan, na Taagna (Catalnha). (T. C.) 70
FláVio de rezende carValho | RETRATO DE ASSIS CHATEAuBRIAND | 1971 | Nanqim sobre papel | 70 x 50 cm 72
karel aPPel | COMPOSIçãO - GARçOM | 1955 | Óleo sobre tela | 55,5 x 46,5 cm 74
FláVio de rezende carValho | RETRATO DA PINTORA TARSILA | 1971 | Tinta acrl ica sobre papel | 70,5 x 50 c m
o atta ltída Fláv de Cavalh encan, a d qe t t, epít d den bale, e tend chegad alg ataad paa patcpa da seana de Ate mdena. Pc dep da ealza da seana, e 1922, atta vltava a s Pal apó a lnga etada na Fana e na inglatea, nde etd ate e engenhaa. Ee ata p ele lagaente ecpead, n apena e te de pd atítca c de a agta acada p lnga ée de ecândal, ente ele a canhada p dent de a pc a e entd cntá a da aa, e 1931; epetácl de teat e dana encenad p ate na aa neg, e 1933; a exp echada pela plíca e 1934 p bcendade; e a canhada pel cent de s Pal e 1956 e qe apaece vetnd taje deenhad p ele e e nttlad, be a epít da épca, New Lk , cpt, paa ndgna de t, de aa, bla de anga laga e cta qe lhe vale, p pate d públc, epítet aclente agnáve. o t expenta pedna e a ba, betd n etat, qe cntte pnt alt de a pd. Ete etat de Tala, e etétca tada n ent e qe cená ea cpad aplaente pel abtacn, nal e geétc, anté pnt pncpa da etétca denta, c tqe ealta. (T. C.) 76
mihail chemiakin | RETRATO DuPLO DE NIJINSKy | 1986 | Litogravra colorida sobre papel | 91,3 x 66 cm 78
antonio hélio caBral | RETRATO DE MARIO SCHENBERG | 1988 | Óleo sobre tela | 90 x 70,2 cm 80
arthur omar | A MENINA DOS OLHOS, Série Antropologia da ace gloriosa | 1973-1997 | Fotograa | 96,7 x 97,1 cm 82
O QuE CONTAVAM OS RETRATOS E O QuE CONTAM HOJE
Por qe mdo tanto o modo de retratar as pessoas na arte? E o qe nos contam por trás da egie de algém qe existi o ainda vive? As primeiras telas desta exposio mostram ses retratados de corpo inteiro, altivos e imponentes, e as últimas qase nada oerecem de ses modelos a no ser ragmentos (qando no m borro) onde é dicil distingir algm trao daqilo qe se considera o humano . Lévi-Strass vi nesse percrso, como naqele em qe a gra é sbstitda pela palavra (pela lingagem, como na tela de Darc Penteado), variante do anterior, m sinal da operao de destrio da arte levada a cabo pelos próprios artistas no interior de m processo maior de corroso da cltra. Há, porém, otro modo de interpretar essa mdana na representao eita pela arte, m otro modo qe, se no é de todo dierente do anterior, introd na análise algns elementos qalitativos importantes e, acaso, mais complexos. Esse otro modo deriva de m estdo comparativo das artes – no caso, as artes visais e a literatra – e parte de ma observao de Jorge Lis Borges eita nma série de conerências pronnciadas na universidade de Harvard em 19672. Discorrendo sobre as ormas de narrao de ma história, Borges noto qe se na epopeia o qe importa é o herói, esse homem qe é m modelo para todos os homens, no romance e na modernidade (m pleonasmo, porqe o romance srge na modernidade) a caracterstica principal e predominante é qe, nele, a personagem do herói, qando existe, se decompe e se desa – e nesta exposio isso aparece tradido literalmente para os signos visais da pintra. Nessa mesma conerência, Borges a em segida algmas pergntas decisivas para a cltra contemporânea: qal é a ideia do homem moderno contemporâneo sobre a vitória e a derrota, o o racasso? Qe pensamos sobre a elicidade? Acreditamos qe a vitória é impossvel, qe o racasso é certo e a inelicidade, inevitável. E qe se o scesso acontecer, ele é criminoso o, em todo caso, pecaminoso. Motivo de vergonha, no de ostentao. Qando ma obra de cltra – porqe nem sempre a obra de cltra é obra de arte – oerece àqele qe dela sri m desenlace positivo o otimista, logo se di qe se criador oi animado pelo desejo de agradar ao público e qe so, para aê-lo, ma receita comercial. É o qe ocorre no cinema de happy ending , nal eli – e é preciso diê-lo em inglês porqe, se no oi ma inveno da indústria cinematográca norte-americana, ali é qe se torno ma prática
2 L’ art de poésie. Paris: Gallimard, 2002.
84
recorrente e qase incontornável. Essa é mesmo a marca própria da chamada cltra de massa, qe contina a existir como tal, embora hoje se procre negar a diviso entre cltra alta e cltra baixa – essa cltra de massa qe, para vender-se, precisa aagar e agradar a se consmidor e qe para tanto lhe oerece ma viso rosa da vida e do mndo, algo a qe a otra cltra, seja qal or o nome qe se lhe dê, no se sente obrigada. Esse é o ponto: drante séclos, mesmo reconhecendo e estimando a dignidade mitas vees presente na derrota, di Borges, a hmanidade acredito sinceramente na elicidade e na vitória – e disso so e xemplos, até meados do séclo XIX, os repetidos retratos de pessoas (geralmente homens) qe se destacaram, venceram e oram por isso elies o, pelo menos, nisso encontraram a serenidade. É o qe se vê nos grandes retratos assinados por Tiiano e Veláqe. Goa também mostra homens vitoriosos e portanto elies, como Don Jan Llorente, apesar de em otros casos ter praticado contra ses modelos ma crtica visal qase impiedosa. Nos perodos moderno e contemporâneo, porém, parece qe nos tornamos incapaes de acreditar na elicidade e no scesso (como nos repetem várias ideologias), o qe tra por conseqência retratos de pessoas, seno claramente tristes, conormadas, resignadas, batidas pela vida e pelo mndo. O perplexas. A perplexidade é sem dúvida o trao estrtral central do “herói” do romance contemporâneo e aparece também nas artes visais, mostrando como, no sistema da cltra, os dierentes sbsistemas (o da literatra, da pintra, do cinema) esto em ntima comnicao. Anal, trata-se de m sistema echado, qando no atorreerente (e cada ve mais atorreerente, em particlar no caso das artes visais, diria Lévi-Strass). um drama, ma angústia, ma inqietde se percebem nos rostos vistos nessas telas modernas e contemporâneas (a exceo é Rembrandt, qe já em ses dias retratava o desconsolo em si mesmo). Vai longe o instante em qe o retratado podia mostrar-se sereno na tela, como ocorre com Mona Lisa. Naqele momento, era mesmo obrigao do artista mostrar ses retratados em estado de eqilbrio sico e espirital. Kalokagatia era o nome desse princpio no qal o belo e o bom (o bem) eram nidos. Princpio qe ligava o ético ao estético e qe era o mais importante e o mais elevado deles para a losoa grega clássica. Nas palavras da poetisa Sao, “aqele qe mes olhos veem como belo é ma boa pessoa mas algém qe é ma boa pessoa é, ao mesmo tempo, ma bela pessoa”. Hoje, esse princpio, combatido e corrodo por diversos modos do positivismo de direita e de esqerda, torno-se no apenas incompreensvel
85
como, paradoxalmente, criticável (o qe no é compreendido torna-se atomaticamente criticável). O artista no mais considera ser sa obrigao mostrar pessoas em estado de serenidade. No por ter assim decidido mas porqe a cltra lhe di qe é assim. O contrário é mesmo a regra. As personagens de Francis Bacon esto rancamente desesperadas e as de Lcien Fred, em decadência sica (portanto, em desconstro espirital). Olhá-las é ma provao, beirando o insportável. É dicil aceitar a advertência e a premonio qe esses artistas nos aem. A otograa banal co com a tarea de mostrar as pessoas elies em ses momentos otimistas: no dia do casamento, no nascimento do lho, no retrato de amlia. O otógrao impe: sorria! O, nessa qe é ma eloqente aproximao entre a comida e o estado de elicidade, diga cheese. Mas a otograa “a sério”, como se sabe, aqela qe recebe prêmios e é aceita nas bienais, é a qe mostra a inelicidade, o deseqilbrio, a destrio, a miséria – a antikalokagatia. É o clichê com sinal trocado, poder-se-ia dier pensando no polo oposto, aqele da arte grega clássica e do Renascimento. Mas no há como deixar de pensar qe esse é o novo clichê, a nova ideia eita, o novo hábito cltral considerado no raro como o novo imperativo moral e social. Assim, dos retratos de Tiiano, Veláqe e Goa aos de Siqeiros, John Gra, Wesle Dke Lee e Antonio Cabral é toda ma história da arte qe se desenrola aos olhos do observador e, também, toda ma história da cltra. Os artistas assim procederam porqe, no ndo, assim deles passo a exigir o público. Borges lembrava, em sa conerência na niversidade americana, qe Kaka qeria a destrio de ses livros após sa morte porqe todos eles eram livros qe narravam a história da derrota, do inscesso o, pelo menos, da perplexidade, qando o qe ele mais qeria era escrever m livro otimista, m livro no qal as pessoas se armam e no so sbjgadas, manipladas e aniqiladas. Mas ele no podia aer isso. No qe no consegisse escrever m livro assim: é qe o público perceberia qe ele no estaria contando a verdade das coisas. Aqi, Borges exagera: claro qe há público para tdo, como o demonstram os retratos da elicidade pintados por Renoir. E claro qe ainda há espao para a elicidade. A arte moderna e contemporânea, porém, qe no mais pinta ne cessariamente para algém qe lhe encomenda ma tela sob medida, entende qe a arte do scesso era ma arte restrita e singlar, derivada de pedidos ingênos o de cartilhas ideológicas qe dela precisam para jsticar-se no poder e nele permanecer. E a nova arte agi conorme sa análise, qe é a mesma da cltra, procedendo, a se modo, à desconstro dos mitos do herói, da elicidade e da soberba, no de m o algns homens em particlar mas de toda a hmanidade. É nesse ponto qe Lévi-Strass se eqivoca: a arte moderna e contemporânea (apresentada assim, algo eqivocadamente, como se osse ma mesma e única entidade) no procede à destrio da arte: realista e grativa qe é, mesmo qando abstrata, apenas retrata o novo processo cltral. (T. C.)
86
87
relação de doadores das oBras
1. o r pp
2. o r à
P.15 Paris Bordon (Treviso, Itália 1500 – Venea, Itália 1571) (?), 1525-1550 Retrato de Alvise Contarini (?), Óleo sobre tela - 95 x 71,5 cm Doao: Ricardo Jaet, Gladston Jaet, Nagib Jaet, Gilherme Ginle, José Steno, Gilherme da Silveira e Silvério Ceglia
P.23 Jean-Marc Nattier (Paris, Frana 1685 – 1766) Madame Louise-Elisabeth, Dqesa de Parma (Madame L’enante) - A Terra, 1750 Óleo sobre tela - 97,2 x 136 cm Doao: Congresso Nacional
P.16 Pierre Gobert (Paris, Frana 1662 – 1744) Retrato de noiva com fores (Charlotte Aglaé d’Orleans, chamada Mademoiselle de Valois ?), 1720
Óleo sobre tela - 146,5 x 115 cm Doao: Dqesa de La Rocheocald P.18 Antoine Vestier (Avallon, Borgonha 1740 – Paris, Frana 1824) Retrato de dama com livro junto a uma fonte, 1785 Óleo sobre tela - 121 x 99 cm Doao: Assis Chateabriand P.19 Thomas Gainsborogh (Solk, Inglaterra 1727 – Londres, Inglaterra 1788) Retrato da Senhora John Bolton, c. 1770 Óleo sobre tela - 77 x 64 cm Doao: Seabra Cia de Tecidos S.A P.21 Henr Raebrn (Edimbrgo, Escócia, 1756 – Edimbrgo, Escócia 1823) General Sir William Maxwell, 1810-1815 Óleo sobre tela - 126 x 100,5 cm
P.24 Jean-Marc Nattier (Paris, Frana 1685 – 1766) Madame Anne Henriette de France - O Fogo, 1751 Óleo sobre tela - 97,5 x 136,5 cm Doao: Congresso Nacional P.25 Jean-Marc Nattier (Paris, Frana 1685 – 1766) Madame Marie-Louise-Thérèse-Victoire de France
– A Ága, 1751 Óleo sobre tela - 93,7 x 136,5 cm Doao: Congresso Nacional P.27 Jean-Marc Nattier (Paris, Frana 1685 – 1766) Madame Marie-Adélaide de France - O Ar, 1751 Óleo sobre tela - 97, 5 x 136 cm Doao: Congresso Nacional P.28 Franois-Hbert Droais (Paris, Frana 1727 – 1775) O Duque de Berry e o Conde de Provença quando crianças, 1757 Óleo sobre tela - 97 x 129 cm P.31 Henri Marie Ramond de Tolose-Latrec (Albi, Frana 1864 – Châtea de Malromé, Frana 1901) A Bailarina Loïe Fuller vista dos bastidores A Roda, 1893
Óleo e têmpera sobre carto - 63 x 47 cm Doao: Geremia Lnardelli
88
3. e P.33 Benedito Calixto de Jess (Itanhaém, SP 1853 – So Palo, SP 1927) Autorretrato, 1923 Óleo sobre tela - 50 x 40 cm Doao: Joaqim Bento Alves de Lima P.35 Victor Brecheret (Farnese, Itália 1894 – So Palo, Brasil 1955) Autorretrato, 1940 Brone patinado - 68 x 42 x 56 cm Doao: Sandra Brecheret Pellegrini P.36 Giseppe Giannini Pancetti (Campinas, Brasil 1904 – Rio de Janeiro, Brasil 1958) Autorretrato com marreta, 1941 Óleo sobre tela - 63 x 60 cm Doao: Palo Franco e Sra. P.38 Jorge Mori (So Palo, Brasil 1932) Autorretrato, 1946 Óleo sobre tela - 80,5 x 64,5 cm Doao: Ator P.41 Max Beckmann (Leipig, Alemanha 1884 – Nova york, Estados unidos 1950) Der Ausrufer [O Apresentador] (Autorretrato), da série Jahrmarkt [Feira anal], álbm contendo 10 gravras, 1921 Ponta-seca sobre papel - 36,5 x 25,6 cm Doao: Ernesto Wol P.43 Darc Penteado (So Roqe, SP 1926 – So Palo, SP 1987) Autorretrato, 1964 Colagem sobre pintra a óleo sobre tela - 102 x 101,5 cm Doao: Ator
4. r P.45 José Ferra de Almeida Júnior (It, SP 1850 – Piracicaba, SP 1899) Moça com livro, 1801-1900 Óleo sobre tela - 50,5 x 61,5 cm Doao: Gilherme Ginle P.47 Pal Céanne (Aix-in-Provence, Frana 1839 – 1906) O Negro Cipião, 1866-1868 Óleo sobre tela - 108 x 86 cm Doao: Henrk Spitman-Jordan, Dralt Ernann de Mello e Silva, Pedro Ls Correa e Castro e Ri de Almeida, como Presidente do Centro dos Caeicltores do Estado de So Palo P.49 Anita Malatti (So Palo, SP 1889 – 1964) A Estudante, 1915-1916 Óleo sobre tela - 77 x 61 cm Doao: Atora P.50 John Gra (Genebra, Sa 1891 – So Palo, Brasil 1980) Retrato do desembargador Gabriel Gonçalves Gomide, 1917
Óleo sobre tela - 85 x 109 cm Doao: Margarida Prado Gomide P.53 David Alaros Siqeiros (Chihaha, México 1896 – Cidade do México, México 1974) Presságio (Angélica Arenal de Siqueiros), 1950 Tinta vinlica sobre aglomerado - 101 x 84 cm Doao: Dom Emlio Ascarraga
P.55 Amedeo Modigliani (Livorno, Itália 1884 – Paris, Frana 1920) Lunia Czechowska, 1919 Óleo sobre tela - 80,4 x 54,5 cm Doao: Ral Crespi P.56 Candido Portinari (Brodowski, SP 1903 – Rio de Janeiro, RJ 1962) O Senhor Queiroz Lima, c. 1945 Óleo sobre tela - 46,5 x 38 cm Doao: Samel Ribeiro P.57 Cândido Portinari (Brodowski, SP 1903 – Rio de Janeiro, RJ 1962) A Senhora Aimée, 1945 Óleo sobre tela - 73,4 x 58,7 cm Doao: Assis Chateabriand
5. r P.59 Ernesto De Fiori (Roma, Itália 1884 – So Palo, SP 1945) Duas amigas, c. 1943 Óleo sobre tela - 100 x 65 cm Doao: Mário De Fiori P.60 Diego Rivera (Ganajaato, México 1886 – Cidade do México, México 1957) O Carregador (Las Ilusiones), 1944 Óleo sobre carto - 76 x 59 cm Doao: Valentin Boas P.61 Ferdinand Hodler (Berna, Sa 1853 – Genebra, Sa 1918) O Lenhador , 1910 Óleo sobre tela - 51 x 45 cm
89
P.63 Egne Laermans (Molenbeeck-Saint-Jean, Bélgica 1864 – Brxelas, Bélgica 1940) Paisagem com casal de camponeses, s/d Óleo sobre tela - 126 x 176,3 cm Doao: Viúva de Krt Arnhold P.65 Käthe Kollwit (Königsberg, Alemanha 1867 – Moritbrg, Alemanha 1945) Mulher pensando, 1901-2000 Litogravra sobre papel - 26,2 x 23,2 cm Doao: Ernesto Wol P.66 Käthe Kollwit (Königsberg, Alemanha 1867 – Moritbrg, Alemanha 1945) Conselho, A Revolta dos tecelões, 1901-2000 Ága-orte sobre papel - 29,7 x 17,3 cm Doao: Departamento das Relaes Cltrais da República Democrática Alem P.67 Henr Moore (yorkshire, Inglaterra 1898 – Hertordshire, Hertordshi re, Inglaterra 1986) Mulher sentada, 1932 Aqarela sobre papel - 44,4 x 29,7 cm Doao: Samel Ribeiro; Schering S.A., Ind. Qm. e Farmacêtica; Conde Silvio Álvares Penteado; Rosalina Coelho Larragoiti; Antonio Larragoiti J.; Gladston Jaet; Henr Borden; Major Kenneth McCrimon; Gilherme Ginle; S/A Moinho Santista; um anônimo; Ernesto Walter; Omar Radler de Aqino P.69 Svend Wiig Hansen (Mogeltonder, Dinamarca 1922/1923 – Copenhage, Dinamarca 1997) Família, 1986 Óleo sobre tela - 100 x 80,5 cm Doao: Leila Wiig Hansen e Renata Olensen
90
6. d P.71 Pablo Ri Picasso (Málaga, Espanha 1881 – Cannes, Frana 1973) Busto de homem (O Atleta), 1909 Óleo sobre tela - 92 x 73,3 cm P.73 Flávio de Carvalho (Amparo da Barra Mansa, RJ 1899 – Valinhos, SP 1973) Retrato de Assis Chateaubriand, 1971 Nanqim sobre papel - 70 x 50 cm Doao: Napoleo de Carvalho P.75 Karel Appel (Amsterd, Holanda 1921) Composição - Garçom, 1955 Óleo sobre tela - 55,5 x 46,5 cm P.77 Flávio de Carvalho (Amparo da Barra Mansa, RJ 1899 – Valinhos, SP 1973) Retrato da pintora Tarsila, 1971 Tinta acrlica acrlica sobre papel - 70,5 x 50 cm Doao: Ator P.79 Mihail Chemiakin (Mosco, Rússia 1943) Retrato duplo de Nijinsky , 1986 Litogravra colorida sobre papel - 91,3 x 66 cm Doao: Ator P.81 Antonio Hélio Cabral (Marlia, SP 1948) Retrato de Mario Schenberg, 1988 Óleo sobre tela - 90 x 70,2 cm Doao: Denis Perri P.83 Arthr Omar (Poos de Caldas, MG 1948) A Menina dos olhos, da série Antropologia da face gloriosa, 1973-1997 Fotograa - 96,7 x 97,1 cm Doao: Pirelli
Índice de artistas
Índice Por oBras
Almeida Júnior, José Ferra de .......................... 45 Appel, Karel ..................................................... 75 Beckmann, Max ............................................... 41 Bordon, Paris.................................................... 15 Brecheret, Victor............................................... 35 Cabral, Antonio Hélio ....................................... 81 Calixto de Jess, Benedito ................................ 33 Carvalho, Flávio de Reende ....................... 73, 77 Céanne, Pal .................................................. 47 Chemiakin, Mihail ............................................ 79 Droais, Franois-Hbert................................... 28 Fiori, Ernesto de ............................................... 59 Gainsborogh, Thomas..................................... 19 Gobert, Pierre................................................... 16 Gra, John........................................................ 50 Hansen, Svend Wiig.......................................... 69 Hodler, Ferdinand ............................................. 61 Kollwit, Käthe...........................................65, 66 Laermans, Egne............................................ 63 Malatti, Anita.................................................. 49 Modigliani, Amedeo ......................................... 55 Moore, Henr ................................................... 67 Mori, Jorge....................................................... 38 Nattier, Jean-Marc........................ 23, 24, 25, 27 Omar, Arthr .................................................... 83 Pancetti, Giseppe Gianinni.............................. 36 Penteado, Darc ............................................... 43 Picasso, Pablo Ri........................................... 71 Portinari, Candido ......................................56, 57 Raebrn, Henr ................................................ 21 Rivera, Diego.................................................... 60 Siqeiros, David Alaro...................................... 53 Tolose-Latrec, Henri Marie Ramond de ...... 31 Vestier, Antoine ................................................ 18
Atorretrato (Calixto de Jess) ........................................................................................33 Atorretrato (Brecheret) ................................................................................................. 35 Atorretrato (J. Mori) ......................................................................................................38 Atorretrato com marreta ............................................................................................... 36 Atorretrato (D. Penteado) ..............................................................................................43 Bailarina Loe Fller vista dos bastidores, A - A Roda .......................................................31 Bsto de homem (O Atleta) ............................................................................................ 71 Carregador, O (Las Ilsiones) .......................................................................................... 60 Composio – Garom ................................................................................................... 75 Conselho, A Revolta dos teceles ....................................................................................66 Der Asrer (o apresentador) (atorretrato) ................................................................... 41 Das amigas .................................................................................................................. 59 Dqe de Berr e o Conde de Provena qando crianas, O ............................................ 28 Estdante, A ................................................................................................................... 49 Famlia .......................................................................................................................... 69 General Sir William Maxwell .......................................................................................... 21 Lenhador, O .................................................................................................................. 61 Lnia Cechowska ......................................................................................................... 55 Madame Anne Henriette de France - O Fogo ..................................................................24 Madame Loise-Elisabeth, Dqesa de Parma (Madame L’enante) - A Terra ................... 23 Madame Marie-Adélaide de France - O Ar ...................................................................... 27 Madame Marie-Loise-Thérse-Victoire de France - A Ága ............................................25 Menina dos olhos, A ...................................................................................................... 83 Moa com livro ............................................................................................................. 45 Mlher pensando .......................................................................................................... 65 Mlher sentada ............................................................................................................. 67 Negro Cipio, O ............................................................................................................ 47 Paisagem com casal de camponeses .............................................................................. 63 Presságio (Angélica Arenal de Siqeiros) ........................................................................ 53 Retrato da pintora Tarsila ............................................................................................... 77 Retrato da Senhora John Bolton ..................................................................................... 19 Retrato de Alvise Contarini (?) ....................................................................................... 15 Retrato de Assis Chateabriand ..................................................................................... 73 Retrato de dama com livro jnto a ma onte ................................................................18 Retrato de Mario Schenberg .......................................................................................... 81 Retrato de noiva com fores (Charlotte Aglaé d’Orleans, chamada Mademoiselle de Valois?) ...16 Retrato do desembargador Gabriel Gonalves Gomide ...................................................50 Retrato dplo de Nijinsk .............................................................................................. 79 Senhor Qeiro Lima, O ................................................................................................. 56 Senhora Aimée, A .......................................................................................................... 57
91
diretoria d P Joo da Cr Vicente de Aevedo d v-P Beatri Mendes Gonalves Pimenta Camargo d sá G Li Pereira Barretto d t Pedro Antonio Galvo Cr d Bb Rodolo Oswaldo Konder d dgçã ep Antonio Carlos Lima Noronha Carlos Roberto de Abre Sodré José Roberto Pimentel de Mello Li de Camargo Aranha Neto Renato Tavares de Magalhes Govêa conselHo deliBerativo P Adib Domingos Jatene v-p Alio Rebello de Araújo sáo Palo Doniete Martine mb Alexandre José Periscinoto Antonio Beltran Martine Agsto César Patrcio de Aambja Filho Danilo Santos de Miranda Eros Roberto Gra Gilda Figeiredo Ferra de Andrade Graiella Matarao Leonetti di Santo Janni Joo Brasil Vita Joo Dória Jr. José Ermrio de Moraes Neto José Gregori José Roberto Neves Amorim
92
Jovelino Carvalho Mineiro Filho Jlio José Franco Neves Li Marcos Splic Haers Manoel Francisco Pires da Costa Maria Lúcia Alexandrino Segall Newton Gagioti Nian Mansr de Carvalho Ganaes Gomes Palo José da Costa Júnior Palo Saad Jaet Pedro Franco Piva Plnio Antonio Lion Salles Soto Sabine Lovatelli Salomo Schvartmann Silvio Tini de Araújo Thereinha Mal Chamma
sp Pçã expçõ Marcela Tokiwa Obata dos Santos
conselHo iscal e Ângela zechinelli Alonso Arton Francisco Ribeiro Benedito Dario Ferra sp José Roberto de Mattos Cran Jlio Linesa Pere Li Arthr Pacheco de Castro
c iâb Egênia Gorini Esmeraldo a Marina Mora Mariana Waldow
administraÇÃo sp G Alberto Emmanel Whitaker sp a Fernando Pinho sá Pala zoppello a Celso Vieira eQuiPe tÉcnica c expçõ c c Teixeira Coelho a Maria Leonarda Arrda Botelho Lascalla
c c a d c Enice Moraes Sophia a Tariana Maici de Soa Stradiotto Rita de Cássia dos Santos Pereira c cçã r Karen Cristine Barbosa a Erick Santos de Jess
c Bb Ivani di Graia Costa a Bárbara Blanco Bernardes de Alencar c sç e Palo Portella Filho a Christina Marx c e masP Maria Helena Pires Martins c epá e Débora Laand a Maria Cristina Lacerda Pinto G cçã r Renata Toledo Geo
CASA FIAT DE CuLTuRA ch db Cledorvino Belini Valentino Riioli Pablo Di Si Vilmar Fistarol Virgilio Certti Francesco Pastore d d P José Edardo de Lima Pereira D v-P Marco Antônio Lage d a Gilson de Oliveira Carvalho d Marco Piqini Márcio Lima eqp ex G c Ana Vilela sp a- Mariana Lima egá Lara Brina Renata Monteiro ep m Banco Fidis de Investimento CNH Latin America Coma do Brasil Fiat Atomóveis Fiat do Brasil Fiat Finanas Fiat Services FIDES Corretagem de Segros FPT Powertrain Technologies Iveco Latin America Magneti Marelli Teksid do Brasil
93
expçã rzçã Casa Fiat de Cltra Mse de Arte de So Palo Assis Chateabriand – MASP c Teixeira Coelho c Teixeira Coelho Denis Donieti Bra Molino Enice Sophia Pj cçã Pçã
Base7 Projetos Cltrais Arnaldo Spindel Maria Egênia Satrni Ricardo Ribenboim
içã Antonio Mendel mg Eqipe técnica do MASP E3 Montagem Raael Soares Sergio Arrda Pj Akala spã Servio Edcativo do MASP cçã ex Andréia De Bernardi c ú Miriam Lstosa cçã b Eqipe técnica do MASP Grpo Ocina de Restaro
cçã Pçã Daniela Vicedomini Coelho
cçã Via Impressa Design Gráco Carlos Magno Bomm dçã Palo Otavio dg Claton Policarpo Doglas Germano Emerson Brito
Pçã Waleria Dias
tp A Alternativa
Pçã B Hz Fátima Gerra Cládia Vassalo Petrônio Botelho
sg JMS Administraes e Corretagem de Segros Libert Segros
expgf B7 Arqitetra e Design Vlamir Satrni Ana Pala Garcia
rã é x Egênia Gorini Esmeraldo Lia Trmielina
a ip Árvore de Comnicao Polliane Eliiário ECCO Escritório de Consltoria e Comnicao Silvânia Dal Bosco
cág c Teixeira Coelho tx Teixeira Coelho Denis Donieti Bra Molino eçã Tatiana Sampaio Ferra rã x Morissawa Edio Pj gáf Via Impressa Design Gráco Carlos Magno Bomm dçã Palo Otavio Designers Claton Policarpo Doglas Germano Emerson Brito rã é Ricardo Sampaio Mendes ig Joo Li Msa ipã Ipsis Gráca e Editora
ag Agilson Costa Ana Brant Ana Lsa Veloso Arthr Mendes Carolina Arantes Cassiana Rejane de Soa Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Damio Rocha Moreira Deiglesson Cirilo da Silva Ederson Pontes Edardo Vasconcelos Eliana Oliveira Fernanda Bolan Oliveira Fernanda Pessoa Gilson dos Santos Rosa Gladston Soa Marqes Gilherme Silva Freitas José Aliano Jliana Andrade Lca Tognelli Lciana Costa Li Hossaka Marcela Tokiwa Marcelo Alencar Márcio Frana Baptista de Oliveira Márcio Janni Maria Lúcia Antônio Osias Galantine Pedro Henriqe Rbio do Val Maciel Petterson Gerra Polcia Militar de Minas Gerais Preeitra Mnicipal de Nova Lima Ricardo Mansr Rita de Cássia Rodrigo Nonato Alves Shirle Campos Tariana Stradiotto Thiago Somavilla Valmir Elias yri Laar
95