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Olubajé........ o banquete banquete do rei Fragmentos deTextos extraído do livro de José Flávio Pessoa de Barros Festa de Olubajé no terreiro terreiro de Yaloshundê no Rio de Janeiro
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Após executada a 1 parte do cerimonial de abertura , segue a continuação...
....o banquete do rei O ritmo da Avamunha reúne a todos. ê na mesma ordem da sequência anterior que os dançarinos, em número de vinte e um, dirigem-se a esse novo lugar, no exterior. Sobre as cabeças, os alguidares, cheio de iguarias , visto visto que o Olubajé é uma grande produção, distribuição e consumo do que se alimentam os orixás. Diante do cortejo, Yaloshundê. Atrás dela, uma filha de Oyá carrega algumas esteiras. Logo a seguir, uma outra traz, na louça de barro as folhas de “ ewe-lará”. Uma terceira filha sustenta em sua cabeça um pote de argila contendo o “ aluá “ , a bebida sagrada. Vinte e u m tipos de comida geralmente são oferecidos, sete no mínimo. Um novo cântico de ritmo lento começa a ser ouvido. Ele marca o início do grande banquete do rei e vai se prolongar por muito tempo até o seu final. “ Ar áayéa je nbo , Ol úbà je a je nbo Ar áayéa je nbo , Ol úbà je a je nbo ”
Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer. Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer. As esteiras são desenroladas e sobre elas é c olocado um tecido branco e imaculado. Um após outro, os alguidares e potes são colocados sobre a toalha e formam sobre o chão a grande mesa . Yaloshundê incumbe a três dos mais velhos iniciados a servir, sobre as folhas de mamona, utilizados como pratos, um pouco de cada alimento contido nos recipientes. Ela mesma se encarrega de oferecer os primeiros aos convidados mais important es, aconsel hando a todos a não ficarem imóveis, mas a dançar ou se mover sem parar e comer com as maõs. A música continua. Ao lado e a um canto da “mesa” uma grande bacia bacia esta preparada para receber os restos que devem ali ser depositados. As folhas que servem de prato devem ser fechadas, juntamente com os restos de comida não consumidos, e passadas ao longo do corpo, as mãos não devem ser lavadas...elas serão limpas ao serem esfregadas nos braços, pernas pernas ou cabeça para que o Axé se impregne na pele. Yaloshundê , assegurando-se de que cada um foi servido, dirige-se até um convidado de grande importância de outra comunidade, exortando-o exortando-o a cantar as preces de Obaluaiê.
È ééajeni níiyá, ajeni níiyá Àgò ajeni níiy á M áàkàlo, aj eni níi yá, Aj ínsùn ar áaye aye,, ó l ó ìjen i níiy á E wa káló Sápa dà ará ar áay aye, e, l ó ìjen enii níi yá, E wa káló Ìj en enii níi yá ará ar áay ayee
A vós punidor, te pedimos licença, não nos leve embora. Ele pode ca stigar e levar-nos embo ra, mandar-nos embora de volta para o outro mundo( outro, o dos mortos). Pode castigar e levar-nos embora, castigar nos humanos.
Todos se ajoelham e um cântico em solo é ouvido de forma melodiosa e respondido pela audiência três vezes.Fora a voz humana, somente o Agogô , marca os intervalos entre cada estrofe. A prece continua..... Opeèr é m ádó pé pé r é Ó bèr é ké se Mádó Má dó há, mádó pè ré Op eèr é m ádó pé ré Ó bèr é ké se M ádó há, mádó pèré
Operé(Pássaro) não ficará só Ele começará a gritar. Partilhara sua comida,não ficará só Somente Operé não ficara só. Ele proclamará a todos. Ele ficará e gritará, e não ficará só.
Don hòn há Do n h òn háé à, Em pé Don hòn há Do n h òn háé à, Em pé Opèr é m ádó pé r é D ó sú, màádó é D ó sú, m àádó , D ó sú, m àá dó D ó sú, màá má n’ gb gbé é A yò k é gbe hún hún A yò ké ké gbe hún hún
Os de Empé usarão barreiras con tra feitiços, se tornarão visíveis e dividirão a sua comida
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Operé não ficará só ficará cansado, ficará bem ficará cansado e será ajudado. ajudado. Contende gritara, sim , sim
........ Todos batem palmas pausadamente – paó – saudando saudando Obaluaiê. Com voz forte e cheia de entusiasmo, esta frase melodiosa ecoa. O conjunto dos participantes participantes se levantan e cantan: Om ol ú Kí K ííbèr ú jà j à Kòlòbó se a je nbo Kòlòbó se a je nbo Kòlòbó se a je nbo A r áayé .
Omolu não teme a briga. Em sua pequena cabaça traz axé e feitiço. feitiço. Vamos comer cultuando-o Omolu não teme a briga. Em sua pequena cabaça traz axé e feitiço. feitiço. Vamos comer cultuando-o, todos juntos.
Dançam em volta da mesa até que a música termine.Novamente a Avamunha se instala. Toda a louça, a toalha ,a esteira , a bacia com os restos são retirados do local e a antiga roda sai em fila indiana, portando os recipientes sobre os ombros, os quais serão depositados na casa de Obaluaiê e na manha seguinte serão despachados. Yaloshundê anuncia em voz baixa e alguém trás um grande cesto de pipocas que é depositado aos seus pés.Com um gesto delicado ela toma um punhado de Doburus lançando sobre os convidados caindo como c huva.
Um novo intervalo permite que os atabaques retornem retornem ao seus lugares de origem.
.... a dança do rei O Adjarim quebra o silencio , Yaloshundê a frente do cortejo entoa um novo cântico como súplica marcado ao tom do agogô. Ágò n’i lé, n’ ilé N’ ilé ma dàgó Sápa padà, dà, A j ínsún , M a dà d àgó Ágò Ág ò n’ i l éágò.
Permissão ( licença ) para entrar na casa. licença Sapatá Ajinsun, permissão Para entrar na casa, licença.
A estrofe é repetida até que todo o cortejo esteja presente no interior do barracão.A cada vez, o nome litúrgico litúrgico de Sapatá é substituído saudando: Ajinsun – Omolu – Onilé – Obaluaê – Jagun – Azuane e outros num total de 16. Um solo surge respondido em uníssono pelo público com entusiasmo: Ó gb é l éìk o , sàl àr è Sál àr èl ór í Ógb gbé lé ìk o, Ógb gbé lé ìk o Sál àr èl ór órí í
Ele vive em casa de palha que é o seu alá, que cobre a sua cabeça vive em casa de palha o alá que cobre a sua cabeça.
Três golpes fortes no Run , fazem c essar a melodia de maneira abrupta; é o remate, que se ouve para que um outro canto possa se elevar: Ol ór íìj en íi yàa pàdé Olo rí pa Ol ór íìj en íi yàa pàdé Olo rí pa
O Senhor que mata, o Senhor que castiga vem ao nosso encontro. O Senhor que mata, o Senhor que castiga vem ao nosso encontro.
O canto repetido varias vezes vezes fala daquele que castiga e pune os infratores.
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O refrão a seguir , fala da proteção àqueles que sabem bem receber : Jó al éij ó , é Jó al éijó , éjó al éij ó , Àfar adàa lé Nj ó ó ngb èlé
Dance em nossa casa, dance, dance , dance em nossa casa. dando força e energia à nossa casa. Da nçand o ele dáprot eção àcasa .
Um quarto e quinto cânticos falam da tradição e da constante peregrinação do Rei conquistador. O povo de santo sempre fala dos respeito que se deve aos andarilhos, pobres e pedintes, dizendo que “ são os afilhados de Obaluaê ou até ele mesmo disfarçado” para observar os seus . E o último, dos campos daqueles que cultivam a terra, do lavrador que pede a Onilé fartura para seu povo Àk á ki f àbò w íwà Àk á ki fàbò w íwà Wáá kalé,wáá Kal ésé aw o orò Wáá kalé,wáá Kal ésé aw o orò
Celeiro para onde retorna a existência, que possa você ter celeiro para onde retorna a existência, longa vida para cultuar as tradições, e que possa você ter longa vida para culturar as tradições.
Ò kíní gbéfááràf ar ot ì Ò kíní gbéfáárà à far ad à On ípópó o níyè Kíní ìyìyá wa ìfar ad á
Ele é aquele que pode aproximar-se e dar apoio aquele que pode dar força e energia com sua proximidade. Senhor das estradas e dos campos, Senhor da boa memória, que pode nos dar força para resistirmos à dor .
Ò nía ló ìjeníìyà Aj àgu n tó l ó Ìjen íìyà olúwàié Táálá béok ùnrin O táálá béok ùnr in Wa ki ló kun Táálá béok ùnrin Abé nilor íìbé Rí ó ní je ol úwàié Táálá béok ùnrin
Ele pode fazer secar a cabeça do homen, levá-lo embora e esculpir a cabeça do homem . Ele pode fazer definhar, matar a cabeça do homen. É o executor que decapita , que pode nos castigar . O guerreiro que pode castigar. O sen hor da terra. O gu erreiro que pode punir.
Os Sábio-sacerdotes , diante de Onilé ( Senhor da terra ) se dizem pequenos: a modéstia , no entanto , é só aparência diante dos poderosos. As cantigas falam disso............ On ilèwàà wa lèséòrisá Op éire onílèwà a lèséòrisáOpéire E kòlòbó e k òlòbó sín sín sín Kòlòbó E kòlòbó e k òlòbó sín sín sín Kòlòbó Om ol ú pèol óre a àwúre e Kú àbó Om ol ú pèol óre a àwúre e Kú à bó Jéa n pen pe e ló gb éwàiyé Tó ní gbón mi Jéa npen pe Om ol ú wàiy é( O bal úwaiy é ) Tó ní gbón mi ó
O Senhor da terra está entre nós que cultuamos orixá. Agradecemos felizes pelo Senhor da terra estar entre nós que cultuamos orixá. Agradecemos felizes. Em sua pequena cabaça traz remédios para livrar-nos das doenças Omolu te pedimos Senhor da boa sorte, que use seus remédi os ( sortilégios ) para nos trazer boa sorte. Seja bem-vindo!!! Senhor que tem boa memória e po de tornar-se inteligente. pois eu sou insignificante ( pequenino ) É ele que pode dar proteção ao nosso mundo. È ele que pode dar inteligência, eu sou pequenino Rei, Senhor da terra, torne-me inteligente.
Um último canto precede o balé dos outros orixás presentes á festa. Em algumas casas de santo de tradição nagô, ele antecede o banquete. Os adeptos entram no barracão dançando. Á frente do cortejo uma filha de Iansã tem sobre sua cabeça u m balaio ornado com grandes laços. Dentro um “ assentamento “ de Obaluaê recoberto de pipocas que são distribuídas aos presentes. Em troca, quando podem oferecem pequenas quantias em dinheiro.
O cântico suplica ao Deus , cujo rosto oculto inspira temor e medo, porem todos sabem que padeceu enfermo, sofreu o flagelo do abandono e, por isso mesmo, ampara e protege os desafortunados. Wúlò níwul ò A nilègb è léibékò Wúlò níwulò A nilègb è léibékò
Ele é importante e necessário para nós da terra, dá proteção à casa não permita que nossas cabeças tombem ( pelas mãos do inimigo )
Kóró n ló awo , kóró nl ó awo séó g bèje Kóró nló awo , kóró nl ó awo séó g bèje
Ele vai embora, embora da cerimônia, embora do culto. Ele aceitou comer.
O aspecto punitivo do Orixá , é expresso em outra cantiga , assim como seu poder criador. Omo lú tó l ó k um ero n è nìòn E l ó e ló e kum Omo lú t ó ló ku m eron ènìòn E l ó e ló e kum Omo lú t ó ló ku m eron ènìòn Omo lú t ó ló ku m eron ènìòn
Omolu é aquele que pode esculpir n a carne das pessoas. Omolu é aquele que pode esculpir na carne das pessoas. Ele pode, ele pode e ele esculpe. Ele pode, ele pode e ele esculpe
Este canto anuncia que Onilé – Senhor da terra , aceitou as homenagens partilhando com todos , povo e Orixás, as oferendas.
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..... outra mãe está para chegar.... 05
È hora da família mítica de Obaluaê. Vem dançar Oxumarê, seu irmão, o arco-íris; depois Nanã, a sua mãe; em seguida Iemanjá, sua mãe adotiva e finalmente Iansã, “ aquela que acalmou seu sofrimento na infância.
È a vez de Iemanjá , a quem se pede proteção, filhos saudáveis , parto tranquilo, beleza e prosperidade. Suas vestes regiamente ricas em tons claros fazem dela uma das mais belas das Iabás. Os cânticos falarão de seus atributos, os mesmos que seus adeptos em todos o Brasil desejam e suplicam á deusa das águas.
Oxumarê, que se encontrava sentado placidamente, ao ouvir os primeiros acordes do seu “Orô”.
As quatro cantigas que se seguem falam disso:
a saudação dos convivas......
Isto é, da cantiga que fala de sua história. Curvando-se em uma saudação, todos ouvem seu assobio alto e melodioso, anunciando sua satisfação. A dança compassada deixa que todos possam admirar as roupas do Deus - Serpente . Òsùmàrè Wàlélémo rí, Ò sùmàrè Lé ´lémo ríó , ràbàtà Lé ´lémo rí Òsùmàrè
Ele está sobre a casa. Eu vi , ele é imenso. Ele está sobre a casa, é Oxumaré Oxumaré está sobre a casa Eu vi Oxumaré.
Um novo cântico, no mesmo ritmo , se ouve.....O texto fala do ´´àkoró ´´, isto é , do Senhor do àkorô – espécie de chapéu ou turbante que usam os poderosos em suas apresentações. Aláàkòr ó l éè mi ô Aláàkòr ó l éìwo Aláàkòr ó l éè mi ô Aláàkòr ó l éìwo Òsùmàré ó ta Ta ké réó ta Òsùmàré ó ta Ta ké réó ta
ké ré ké ré ké ré ké ré
O Senhor do àkoró esta sobre mim. O Senhor do àkoró sobre você. O Deus do arco-íris movimenta-se rapidamente. Para diante, adiante , adiante.
O Orixá dança por mais alguns minutos e, curvando-se em todas as direções , saúda os quatro cantos do mundo e a todos os presentes, retirando-se em seguida.
Yem onj a àwa Ààbò a yó Yemonja Àwa ààbò a yó Ìyààgbà ó déirésé A k íì e Yem on ja A k ok o pè il égbèa ó yó Odò ó fi a sà Wèrèó
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Iemanjá protege-no s e nos enche de satisfação. È Iemanjá , estamos protegidos , e nossa satisfação é completa. A velha mãe chegou fazendo-nos felizes, nos cumprimentamos Iemanjá. A primeira que chamamos para abençoa r nossa casa e dar satisfação. Usar seu rio que escolhemos para nos banharmos, pois o rio que escolhemos é o rio q ue usas para seu banho.
A sà wè léó Odò fi ó A sà Wéléó A sà Wèléó
Nós escolhemos nos banharmos em nossa casa. Ela costuma escolher banhar-se no seu rio.
Ìyá kòròba Kòròb a ní sàbá Ìyá kòròba Kòròb a ní sàbá
Mãe que enfeita os cabelos dividindo-os no meio da cabeça, ela tem o hábito de enfeitar os cabelos dividindo-os no meio da cabeça.
A dança de Iemanjá é solene e altiva. Ora parece um minueto, onde uma dama graciosa caminha, ora simula um mergulho em águas imaginárias e profundas. Todos repetem suas saudações em tom alto de admiração: = Odò Ìyá - ah!! A mãe dos rios !!
rú Ìyá - Mãe das espumas das águas !! = Èé
Os acordes dos atabaques, reverenciam “ a mais velha das iabás’ , a venerável Nanã. Yaloshundé dirige-se até ela, que placidamente aguardava seu momento de saudar Obaluaê.
Ao cessar o toque dos atabaques ela despede-se de todos os presentes, curvando-se de maneira graciosa; e assim é ela mesma, sozinha que se dirige para o quarto – de – santo.
E o cântico começa.......
O silencio no barracão e interrompido, Oiá “ Senhora dos raios, das tempestades, mãe de todos os ancestraisegunguns” está chegando. Quando começam as cantigas de Oiá, um frenesi percorre o barracão e o ritmo rápido de suas músicas contagia a todos. E assim começa seu grande bailado, numa coreografia com as mãos espalmadas para frente e para o alto evocando os ventos que antecedem as tempestades.
Òdí Nàná ni ewà Lé wà lèwá e Òdí Nàná ni ewà Lé wà lèwá e
A outra face( outro lado ) de Nanã é bonita A outra face de Nanã é bonita
Os versos da música sacra dizem que a “ Venerável Anciã “ tem a outra face bela , deixando supor que existe uma que deve ser respeitada, pois Nanã está intimamente ligada ao culto dos “ egunguns “ , isto é , os espíritos dos ancestrais do povo-de-santo. A vinda do “ Ibirí “ – cetro daquela que é “ a mais velha das deusas” é providenciado. Nàná ayò Àwa ló bí mon ayó al óko Nàná ayò Àwa ló bí mon ayó al óko Ò Ò Ò Ò
iyá wa òré ní aijal ò iyá wa òré ní ai jal òòde
Nanã Olocó(aquela que tem poderes para chamar um parente morto) faça-nos felizes; nós poderemos tomar outra direção para termos a alegria do nascimento de filhos. Naná Olocó, faça-nos felizes. Ela é nossa mãe e amiga; Ela é a Senhora da alta sociedade.
Ao sons dos atabaques, majestosamente ela comprimenta a todos na sua despedida; os presentes respeitosamente a saúdam e reverenciam...........- Sálù bà Nà ná..... Sálù bà Nà ná ....
Oy a balèe L ááríó Oya balè Oy a ba lèe L ááríó Oya balè Àdámáàdéf´àrá gèngb é lé Oy a balèe L ááríó
Oiá tocou a terra, ela é importante. Oiá tocou a terra Oiá tocou a terra Ela é e alto valor, Oiá tocou a terra. Que sua espada não chegue até nós, e nem use seus raios para co rtar a casa onde vivemos.
Ó n ílábá-lábá - Ólábá ó Ó n ílábá-lábá - Ólábá ó
Ela ( Oiá ) é uma borboleta ela é uma borboleta.
Olúafé é féso rí Omon
Dona dos ventos que sopram sobre seus filhos.
Os textos da Deusa guerreira, falam que ela é a senhora dos ventos e alguns ate afirmam “ ela também é bela e delicada como uma borboleta” ....” quando quer “, ...respondem outros. = Epa H e yi Oyá!! – Salve Oiá!! ...a assistência exclama em voz alta, e novamente o silencio se faz.
07 Capa/frente
...celebrando a criação Vestido de branco , segurando um longo cajado e indiferente a toda agitação do barracão está Oxalufâ - “ o Senhor da Criação “ . Amparado, é delicadamente erguido de sua cadeira; a passos curtos e lentos é conduzido até a orquestra, que aguarda pacientemente sua caminhada até que chegue mais próximo, para então executar o seu ritmo Igbi. Ao seu lado, Oxaguiã , seu filho guerreiro, e como ele, também “ Pai da Criação “. Amparado pelo guerreiro, o mais velho encurvado começa a dançar, e todos exultam.... = Epa babá!! - Respeitos ao pai !!
= Epa babá!! - Respeitos ao pai !!
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Olubajé....
Vós vedes a nós e a crença em nossos corações. Vós vedes a nós e a crença em nossos corações. Façais com que haja concórdia em nossa reunião de xirê ( dançar e brincar para orixás ) Que não causeis confusão na casa, Pai Ifá. Vos cultuaremos em nossas reunião de xirê, não causeis confusão em nossa casa, Pai Ifá.
Èyi n rí àwa ìgbàgbó wa ok òn Èyi n rí àwa , ìgbàgbó wa okòn Ètùtù séipa désiré Kò r ú lé , kò r ú lé , Bàbá If á E sìn séipàde siré Kò r ú lé , kò r ú lé , Bàbá If á
Sem cessar a dança e no mesmo ritmo, é saudado, agora, Ajalá , o grande oleiro, construtor das cabeças dos homens: Ajalá fez o meu ori ( minha cabeça ), me germinou e fez crescer,alá que segura e mantém a minha cabeça.
Àj àlá mo r ímo rí mo yo Álá for íkòn E àgó fi r ími
Assim não há ori ( cabeça ) que não saúde Ajalá. O Pai que está no topo, nós o conhecemos e saudamo s. Ajalá , não há ori que não o faça.
Bé e oríkò k íì Àj àlá Bàbá òkèkí a mò r è Kíì Àj àlá bé e orí kò
Um último cântico é executado para saudar os orixás funfun – donos do branco, da “ pureza” como dizem outros, é em especial a homenagem a Oxaguiã, sempre louvado no alvorecer, nas preces feitas aos ancestrais. Chefe do dia que entende o dia e tem pilão. O que nasce em nossa casa , vamos cultuar o nosso pai.
Oj ó m ò tyìn odó al áyéoj ó Oj ó bí waléoj ó Oj ó m ò tyìn odó al áyéoj ó A bo wa Bàbá ó
Uma história ouvida há alguns anos, na Casa Branca do Engenho Velho – Ilê Ia – Nassô , relata..... “ Oguiã, que gostava muito de guerra...voltava para sua cidade, quando viu que ela estava muito vazia..soube então que parte de seu povo fora levado e escravizado...Cheio de raiva vai á floresta e arranca uma imensa árvore e vem sobre o seu tronco até o Brasil...No meio do mar encontra uma linda mulher, Iemanjá-Ogunté , guerreira como ele...fazem um filho – Ogunjá... e os três chegam à Bahia para lutar juntos por sua gente....” Neste dia - o da festa – apesar das homenagens feitas a todos no xirê, dois Orixás estão ausentes: Xangô – o irmão rival do homenageado. Ogum, de quem o povo-de-santo diz ter com ele “ uma disputa” muito a ntiga com referencia a faca. A l uta d os que veneram os Ori xás não pode cessar. lentamente os convidados se retiram.... o dia já amanhece na casa de Ialoshundê....
.....o banquete do Rei Cânticos Sacros Afro-Brasileiros Autor.: José Flávio Pessoa de Barros