Bianca Caroline Rossi-R Rossi-Rodrigues odrigues Eduardo Galembeck (Organizadores)
Biologia Aulas práticas 1a edião
Campinas Eduardo Galembeck 2012
Bianca Caroline Rossi-R Rossi-Rodrigues odrigues Eduardo Galembeck (Organizadores)
Biologia Aulas práticas 1a edião
Campinas Eduardo Galembeck 2012
Universidade Estadual de Campinas Universidade Reitor: Fernando Ferreira Costa. Vice-reitor: Edgar Salvadori de Decca. Pr-reitor de ps-gradu ps-graduaão: aão: Euclides de Mesquita Neto. Instituto de Biologia Diretora: Shirlei Maria Recco-Pimentel. Vice-diretor: Flavio Antonio Maës dos Santos.
Projeto EMBRIAO Coordenaão geral: Eduardo Galembeck. Coordenaão de Mídia - Audiovisuais: Eduardo Paiva. Coordenaão de Mídia - Software: Eduardo Galembeck. Coordenaão de Mídia - Experimentos Experimentos:: Helika A. Chikuchi, Marcelo J. de Moraes e Bayardo B. Torres. Apoio Logístico/Administrativo: Eduardo K. Kimura, Gabriel G. Hornink, Juliana M. G. Geraldi.
CRÉDITOS
Pesquisa: Bianca Caroline Rossi Rodrigues, Maurício Aurélio Gomes Heleno, Ana Luiza de Araujo, Roney Vander dos Santos e Gislaine Lima Marchini. Revisão de Contedo: Daniela Kiyoko Yokaichiya, Marcelo J. de Moraes e Helika A. Chikuchi. Testes de Bancada: Gislaine Lima Marchini, Roney Vander dos Santos, Maurício Aurélio Gomes Heleno, Ana Luiza de Araujo e Guilherme Godoy. Imagens: Gislaine Lima Marchini, Roney Vander dos Santos, Maurício Aurélio Gomes Heleno, Ana Luiza de Araujo, Florencia María Piñón Pereira Dias, Igor Martins e Guilherme Godoy. Edião de Imagem: Florencia María Piñón Pereira Dias e Thais Goes. Adequaão Linguística: Lígia Francisco Arantes de Souza e Raquel Faustino, Marina Gama e Cristiane Zaniratto. Diagramaão: Henrique Oliveira, Thais Goes e Carolina Tiemi Odashima. Capa: Carolina Tiemi Odashima.
AGRADECIMENTOS
A produão deste eBook e de toda a producão do Projeto EMBRIAO s foi possível graas ao nanciamento do Governo Federal (Convênio UNICAMP/GR/GGPE/MEC/FNDE N° 825007/2007), ao apoio institucional da Universidade Estadual de Campinas, ao espaço cedido pelo Departamento de Bioquímica do Instituto de Biologia para padronização e testes dos experimentos e, sobretudo, pelo empenho de todas as pessoas envolvidas no processo de produção deste livro.
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELO Sistema de Bibliotecas da UNICAMP / Diretoria de Tratamento da Informação Bibliotecário: Helena Joana Flipsen – CRB-8ª / 5283 B521 Biologia: aulas aulas práticas / organizadores: Bianca Caroline Caroline Rossi-Rodrigues e Eduardo Galembeck. -- Campinas, SP : Editora Eduardo Galembeck, 2012 158 p. 1. Biologia - Estudo e ensino. 2. Biologia - Experiências. I. Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline. II. Galembeck, Eduardo, 1968 - III. Título. CDD
- 574.07 - 574.0724
ISBN 978-85-901261-5-7 Índices para Catálogo Sistemático: 1. Biologia - Estudo e ensino 2. Biologia - Experiências
574.07 574.0724
Prezado professor, Este livrotemanalidadede auxiliá-lo emseutrabalhocomos alunos. Preparamos23atividadespráticas,queabordamtemasimportantesdebiologia equeenriquecerãoaindamaisseuplanejamentodidático. Os temas de biologia aqui tratados so discutidos com enfoque no cotidiano do aluno e sempre que possível encontram-se vinculados a importantes questões, como por exemplo, destino apropriado do lixo e reciclagem. As atividades apresentadas neste livro permitem o desenvolvimento de pensamento crítico e compreenso de fenômenos da natureza de forma ativa, utilizando materiais simples e facilmente encontrados no comércio. Algumas atividades requerem uso de microscópio, que, embora no seja presente em muitas escolas, é um equipamento de grande utilidade no estudo da Biologia. Cada atividade é explicadapassoapasso,podendoserfacilmenteexecutadaemconjuntocomos alunos. Esperamos que este material possa facilitar a preparao das aulas de biologia, tornando-asmaisdinâmicasedefácilacessoparaosalunos. Este eBook é um sub-produto do projeto EMBRIAO, uma reorganizao de ExperimentosqueforamproduzidosduranteoprojetoCondigitaisdoMEC.Esta publicação em especial, é mais uma forma de divulgação dos experimentos que podem ser encontrados, juntos ou separadamente, na Biblioteca Digital de Ciências (www.bdc.ib.unicamp.br), no Portal do Professor (portaldoprofessor. mec.gov.br), na Biblioteca Digital da Unicamp (www.bibliotecadigital.unicamp. br) e, é claro, em outros tantos sites que podem ser encontrados pelos mecanismos de busca na internet. Eduardo Galembeck e Bianca Rossi-Rodrigues
Índice
1. Detecção de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Glislaine L.; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
2. Extração de DNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
17
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
3. Análise do crescimento de leveduras Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4. Atividade enzimática de extratos vegetais na degradação de gelatina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
19 21 24 25
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
5. Osmose em célula vegetal observada ao microscópio óptico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
29
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
6. Preparação e observação de lâminas coradas com violeta genciana para observação de células . . . . . . .
33
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
7. Preparação de lâmina para observação de mitose de célula vegetal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
39
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
8. Tratamento de água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
43
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
9. Observação da diversidade em ambiente aquático
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10. Chave taxonômica de identicação para ordens de insetos
47 48 50 51
Heleno, Maurício Gomes; Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
11. Observação de bicos e patas de aves: a ave e o ambiente
Santiago, Rodrigo Girardi; Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Martins, Igor; Galembeck, Eduardo.
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12. Construção de modelos tridimensionais de célula
55 56 58
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13. Ação das proteases bromelina e papaína na digestão do colágeno
59 70 74
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
77 81 84
Araujo, Ana Luiza; Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
14. Investigação por manipulação de DNA
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Silva, Eric Dias da; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5
87 89 91
Índice
15. Construção e acompanhamento de terrário
Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Heleno, Maurício Gomes; Silva, Eric Dias da; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16. Simulação de chuva ácida e suas consequências
93 96 97
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17. Reciclando: confecção de papel reciclado e sabão
99 102 103
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18. Investigação de micro-organismos por meio de cultivo e observação de fungos e bactérias
105 107 110
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19. A redução de cobertura vegetal registrada em fotograas de satélite
113 116 118
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20. A fermentação e a produção de pão
121 124 128
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21. Esterilização da água: o efeito da radiação ultravioleta (UV) no desenvolvimento de micro-organismos
133 135 138
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22. Teste de paternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
141 143 145
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício G.; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Glislaine L.; Dias, Florencia M. P. P.; Silva, Eric Dias da; Araujo, Ana L.; Chikuchi, Helika A.; Galembeck, Eduardo.
Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício G.; Santos, Roney V. dos; Marchini, Gislaine L.; Ferraz, Miritis M. G.; Gatti, Maria Sílvia V.; Dias, Florencia M. P. P.; Chikuchi, Helika A.; Galembeck, Eduardo.
Siqueira, Suely Franco; Florenzano, Teresa Gallotti.
Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício G.; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine L.; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; heleno, Maurício G.; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine L; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo
Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Silva, Eric Dias da; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
147
23. Montagem de cariótipo
Loureno, Luciana Bolsoni; Gomes, Laurecir
Aula 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aula 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
151 153 156
6
1. Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Glislaine L.; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Comarealizaçãodeumexperimentoquevericaapresençadeproteínasemalimentos,pretendemossuscitara discusso sobre síntese de proteínas e a composio proteica dos alimentos.
O experimento Materiais •28tubosdeensaio; •Liquidicadorcomestruturacoadora; •Soluçãodesulfatodecobre(CuSO 4) a 1% (1gpara100mLdeágua); •Soluçãodehidróxidodesódio(NaOH)a10% (10gpara100mLdeágua); •Pipetasvolumétricasdevidroouplástico (ou conta-gotas); •Água(controlenegativo); •Claradeovocrua(controlepositivo); •Sojacruaemgrãos; •1pãofrancês; •Arrozcozido; •Feijãocozido; •Farinhademandiocatorrada; •Gelatinaincolorempóesemsabor; •Leiteintegral.
Figura 1.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais •PreparodasoluçãodeCuSO41%(Página15); •PreparodasoluçãodeNaOH10%(Página15); •Seoliquidicadornãopossuirestruturacoadora,aspreparaçõesdosalimentospodemsercoadascompeneirana após a triturao.
Procedimento Osobjetivosdestaatividadepodemseratingidosdeformamaissatisfatóriaseosseusalunosjátiveremconhecimentos sobre síntese e estrutura de proteínas. Sugerimosqueantesderealizaroexperimentoemumaaulaanterior,porexemplo,sejafeitaumabrevediscussão sobreosconceitosqueosalunosdevemconhecerparacompreendermelhoroqueserárealizadoduranteoexperimento. Para avaliar o que os alunos conhecem sobre o assunto, pergunte a eles o que so proteínas, de que so constituídas, qualasuaestruturamolecularequaissãoassuasprincipaisfunçõesnosseresvivos.Retome,senecessário,aformação de um peptídeo, mostrando o que é ligao peptídica. Asíntesedosdiferentestiposdeproteínasdoorganismoexigeadisponibilidadedetodosos20aminoácidosexistentes nanatureza.Oorganismohumanopodesintetizarapenasalgunsdessesaminoácidos,porémemquantidadesinsucientes. Assim,aminoácidosdevemserobtidospormeiodasproteínasdosalimentos. Pergunte aos alunos se eles sabem quais alimentos so fontes de proteínas e se eles têm ideia de como se descobre que um determinado alimento realmente é rico ou no nesse nutriente. Expliqueaosalunosqueelesrealizarãoumexperimentoparadetectarproteínaspresentesemalimentoscomusodo teste do biureto. O teste do biureto é um método laboratorial utilizado para a determinao de proteínas totais numa amostra.Osreagentesdotesteformamumcomplexocomaligaçãopeptídica,evidenciada pelacoloraçãovioleta.A intensidadedacoréproporcionalaonúmerodeligaçõespeptídicasexistentes.Emlaboratório,umaanálisequantitativa
7
Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto utilizaaparelhosespectrofotométricos,quepossibilitamcompararaintensidadedacoloração.Paraonossoexperimento, poderemos trabalhar com a percepo visual, comparando as amostras com controles positivo (clara de ovo) e negativo (água)eestimaraconcentraçãoproteica,comparandoosresultadoscomumaescaladeconcentraçãoproteicafeitaem laboratório. Sugerimosalgunsalimentosqueforamtestadosequepodemserutilizadosnesseexperimento:sojacruaemgrãos, po francês, arroz cozido, feijo cozido, farinha de mandioca torrada, gelatina incolor em pó sem sabor e leite integral. Organizeosalunosparaaaulaemqueserárealizadooexperimento,dividindo-osemgrupos.Determinequalalimento cadagrupodeverátrazerenãoseesqueçadepedirquecadagrupotragatambém,umovo,poisaclaraseráusadano preparo do controle positivo.
Protocolo Experimental Preparo dos alimentos Cadagrupodeveráprepararumalimentoeaclaradeovo. SEGURANÇA: cuidado no manuseio de objetos cortantes, como facas e tesouras, e tenha sempre à disposição materiais para primeiros socorros. Preferencialmente, utilize tesouras sem pontas e facas com serras.
1)Sojaemgrãos:baternoliquidicador1colherdesojacom100mLdeágua(gura1.2); 2)Pãofrancês:baternoliquidicador10gdepão(ou1/3dopãofrancês)com100mLdeáguaeltraroucoar.Se asuspensãoapresentarcaráterpastoso,elapodesercoadaposteriormentecomgazeoucompeneira(gura1.3,B); A
B
A
Figura 1.2: preparo da suspensão da soja em grãos.
B
Figura 1.3: preparo da suspensão de pão.
3)Arrozcozido:baternoliquidicador1colherdesopadearrozcozidocom100mLdeágua(gura1.4); 4)Feijãocozido:baternoliquidicador1colherdesopadefeijãocozidocom100mLdeágua(gura1.5); A
B
Figura 1.4: preparo da suspensão de arroz.
8
A
B
Figura 1.5: preparo da suspensão de feijão.
Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto 5)Farinhademandiocatorrada:baternoliquidicador1colherdesopadefarinhademandiocacom100mLdeágua (gura1.6); 6)Gelatina:prepararagelatinadeacordocomasinstruçõesdorótuloeusá-laaindalíquida; 7)Leiteintegral:diluiroleitenaproporçãode1:9(1mLdeleite+9mLdeágua); 8)Claradeovocrua:baternoliquidicadoraclarade1ovocom100mLdeágua(gura1.7); A B A B
Figura 1.6: preparo da suspensão de farinha de mandioca.
Figura 1.7: preparo da suspensão de clara de ovo.
Teste do Biureto Cadagrupodeveráprepararquatrotubos:umcomágua,doiscomasuspensãodoalimentopreparadoeumcomclara deovo,deacordocomatabelaabaixo: TUBOS 1 2 3 4
CONTEúDO Água Suspenso de alimento (I) Suspenso de alimento (II) Clara de ovo
VOLUME (mL) 0,5 0,5 0,5 0,5
1) Acrescentar 5 gotas de CuSO 4 a 1% aos tubos 1, 3 e 4; 2) Com uma pipeta limpa, colocar 5 gotas de NaOH 10% nos tubos 1, 3 e 4; SEGURANçA: evitar o contato das soluções com a pele; caso aconteça, lavar o local com água em abundância.
3) Comparar os quatro tubos; A suspenso do tubo 3, submetida ao teste do biureto, deve adquirir uma colorao após a adio dos reagentes, em contraste com a suspenso do tubo 2, que no sofreu adio dos reagentes do teste. A colorao do tubo 3 pode ser comparadacomotestecomágua(tubo1)ecomaclaradeovo(tubo4),controlesnegativoepositivo,respectivamente, pois indicam ausência e presena de proteínas. Paraumaanálisemaisquantitativa,cadagrupopoderácompararacoloraçãodasuspensãodoseualimentosubmetido aotestedobiuretocomumaescaladeconcentraçãodeproteínas(guras1.8ae1.8b)paraestimaraquantidadede proteínas na suspenso de alimento preparada. Aescalarepresentadapelagura1.8Bfoipreparadaemlaboratóriorealizando-seumasériedediluiçõesdaclara deovo,sendo queno último tubo não haviaclarade ovo.Tais diluições tiveram seu teorproteicoquanticado em testes laboratoriais e submetidas posteriormente ao teste do biureto, gerando uma escala de cores com as respectivas concentraçõesproteicasem mg/mL.Cadagrupopoderácompararvisualmentea coloraçãodasuspensãodo alimento (tubo 3) com a escala de cores e estimar a concentrao de proteínas do alimento testado. Fizemosostestescomosalimentosindicadoseoresultadoestáapresentadoaseguir.Mesmocomumaabordagem quantitativa,estesresultadossãoestimados,podendohaverdiferençaentreosnossosresultadoseosexperimentos realizados em sala de aula.
9
Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto A
Figura 1.8A: tubos com as diluições de clara de ovo submetidas ao teste do biureto. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
B
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Soja crua em gros Notestecomasojacruaemgrãos,podemosobservarqueasuspensãoadquiriucoloraçãotendendoaoroxo(gura 1.9, tubo 3), semelhante ao tubo 4, que contém clara de ovo sob o teste do biureto, indicando presena de proteínas. Comparando otestecom a escala deconcentraçãode proteínas (gura1.8B), estima-se quea concentração de proteínasdasojaestejaentreosvalores3,1e2,6mg/mL.Como1colherdesopadesojafoidiluídaem100mLdeágua, énecessáriocalcularovalordeproteínasem1colherdesopadesoja. Admitindoovaloraproximadode3,0mg/mLdeproteínas,deacordocomaescaladecores,háaproximadamente3 mg de proteínas em 1 mL de suspenso submetida ao teste do biureto, o que lhe confere essa tonalidade. Se,em1mLháaproximadamente3mgdeproteínas,em100mL,háXmgdeproteínas: 1 mL 3 mg 100 mL X mg X = 300 mg de proteínas.
Esses 300 mg de proteínas esto contidos em 1 colher de sopa de soja em gros (1 poro), ou seja, em cada colher desojatestadahá300mgdeproteínas.
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Figura 1.9: comparação da soja em grãos (tubo 3) em relação à água (tubo 1) e à clara de ovo (4), sob o teste do biureto, e em relação à suspensão de soja não submetida ao teste do biureto (tubo 2).
Po francês Notestecomopãofrancês,acoloraçãotendeuaoazul(gura1.10,tubo3),sendoumpoucomaisescuraquea coloraçãodotubo1,quecontémágua. Comparando o teste com a escala de concentração de proteínas (gura 1.8B), estima-se, visualmente, que a concentraçãodeproteínasdopãofrancêsestejaentreosvalores1,7e2,6mg/mL.Como10gdepãoforamdiluídosem 100mLdeágua,énecessáriocalcularovalordeproteínasem10gdepão. Admitindoovaloraproximadode2,0mg/mLdeproteínas,deacordocomaescaladecores,háaproximadamente2 mg de proteínas em 1 mL de suspenso submetida ao teste do biureto, o que lhe confere essa tonalidade. Se,em1mLháaproximadamente2mgdeproteínas,em100mL,háXmgdeproteínas:
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Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto 1 mL 2 mg 100 mL X mg X = 200 mg de proteínas
Esses200mgdeproteínasestãocontidosem10gdepão,ouseja,emcada10gdopão(ou1/3depão)testadohá 200 mg de proteínas. A presena de proteínas no po deve-se à presena de glúten, que é uma proteína encontrada nos cereais (trigo, centeio, aveia e cevada). Os pes podem ter quantidades diferentes de glúten e, portanto, podem ter diferentes quantidades de proteínas.
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Figura 1.10: comparação do pão francês (tubo 3) em relação à água (tubo 1) e à clara de ovo (tubo 4), sob o teste do biureto, e em relação à suspensão de pão não submetida ao teste do biureto (tubo 2).
Arroz cozido Notestecomoarrozcozido,acoloraçãotendeuaoazul(gura1.11,tubo3),sendoumpoucomaisescuraquea coloraçãodotubo1,quecontémágua. Comparando o testecom a escala deconcentraçãode proteínas(gura 1.8B), estima-se que aconcentração de proteínasdoarrozcozidoestejaentreosvalores0e0,7mg/mL.Como1colherdearrozfoidiluídaem100mLdeágua, énecessáriocalcularovalordeproteínasem1colherdearroz. Admitindoovaloraproximadode0,3mg/mLdeproteínas,deacordocomaescaladecores,háaproximadamente0,3 mg de proteínas em 1 mL de suspenso submetida ao teste do biureto, o que lhe confere essa tonalidade. Se,em1mLháaproximadamente0,3mgdeproteínas,em100mL,háXmgdeproteínas: 1 mL 0,3 mg 100 mL X mg X = 30 mg de proteínas.
Esses 30 mg de proteínas esto contidos em 1 colher de arroz (1 poro), ou seja, em cada colher do arroz testado há30mgdeproteínas.
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Figura 1.11: comparação do arroz (tubo 3) em relação à água (tubo 1) e à clara de ovo (tubo 4), sob o teste do biureto, e em relação à suspensão de arroz não submetida ao teste do biureto (tubo 2).
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Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto Feijo cozido Notestecomofeijãocozido,acoloraçãotendeuaoroxo(gura1.12,tubo3),sendomaispróximodacoloraçãodo tubo 4, que contém clara de ovo. Comparando o testecom a escala deconcentraçãode proteínas(gura 1.8B), estima-se que aconcentração de proteínasdofeijãocozidoestejaentreosvalores5,3e6,4mg/mL.Como1colherdefeijãofoidiluídaem100mLde água,énecessáriocalcularovalordeproteínasem1colherdefeijão. Admitindoovaloraproximadode6mg/mLdeproteínas,deacordocomaescaladecores,háaproximadamente6mg de proteínas em 1 mL de suspenso submetida ao teste do biureto, o que lhe confere essa tonalidade. Se,em1mLháaproximadamente6mgdeproteínas,em100mL,háXmgdeproteínas: 1 mL 6 mg 100 mL X mg X = 600 mg de proteínas.
Esses 600 mg de proteínas esto contidos em 1 colher de feijo cozido (1 poro), ou seja, em cada colher do feijo testado,há600mgdeproteínas. Ofeijãopossuigrandequantidadedeproteínas,maselassãoformadasporpoucostiposdeaminoácidos.Assim,o consumo de feijo deve estar aliado a outras fontes proteicas.
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Figura 1.12: comparação do feijão (tubo 3) em relação à água (tubo 1) e à clara de ovo (tubo 4), sob o teste do biureto, e em relação à suspensão de feijão não submetida ao teste do biureto (tubo 2).
Farinha de mandioca torrada Notestecomafarinhademandioca,acoloraçãotendeuaoazul(gura1.13,tubo3),sendoumpoucomaisescura queacoloraçãodotubo1,quecontémágua. Comparando o testecom a escala deconcentraçãode proteínas(gura 1.8B), estima-se que a concentração de proteínasdafarinhademandiocaestejaentreosvalores0e0,7mg/mL.Como1colherdefarinhademandiocafoi diluídaem100mLdeágua,énecessáriocalcularovalordeproteínasem1colherdefarinhademandioca. Admitindoovaloraproximadode0,3mg/mLdeproteínas,deacordocomaescaladecores,háaproximadamente0,3 mg de proteínas em 1 mL de suspenso submetida ao teste do biureto, o que lhe confere essa tonalidade. Se,em1mLháaproximadamente0,3mgdeproteínas,em100mL,háXmgdeproteínas: 1 mL 0,3 mg 100 mL X mg X = 30 mg de proteínas.
Esses 30 mg de proteínas esto contidos em 1 colher de farinha de mandioca (1 poro), ou seja, em cada colher de farinhademandiocatestadahá30mgdeproteínas. A presena de proteínas na farinha de mandioca também deve-se ao glúten.
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Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Figura 1.13: comparação da farinha de mandioca (tubo 3) em relação à água (tubo 1) e à clara de ovo (tubo 4), sob o teste do biureto, e em relação à suspensão de farinha de mandioca não submetida ao teste do biureto (tubo 2).
Gelatina Notestecomagelatina,acoloraçãotendeuaoroxo(gura1.14,tubo3),sendomaispróximadacoloraçãodotubo 4, que contém clara de ovo. Comparando o testecom a escala deconcentraçãode proteínas(gura 1.8B), estima-se que a concentração de proteínasdagelatinaestejaentreosvalores4,1e5,3mg/mL. Ainstruçãomaiscomumparaopreparodasgelatinasédiluiropóem500mLdeágua.Essecálculo,então,deveráser diferente dos feitos anteriormente. Admitindoovaloraproximadode4,5mg/mLdeproteínas,deacordocomaescaladecores,háaproximadamente4,5 mg de proteínas em 1 mL de suspenso submetida ao teste do biureto, o que lhe confere essa tonalidade. Se,em1mLháaproximadamente4,5mgdeproteínas,em500mLdegelatinapronta,háXmgdeproteínas. 1 mL 4,5 mg X mg 500 mL X = 500 mg X (500 mg) multiplicado por 4,5 = 2250 mg de proteínas.
Vamosadmitirqueumacaixadegelatinarende10pequenasporções(50mLcada).Se,numpacotedegelatinapronta (ou10porções)há2250mgdeproteínas,em1porçãodegelatinapronta,háxmgdeproteínas: 10 porções de gelatina (1 pacote) 2250 mg de proteínas 1 porão X mg 10 X = 2250 X = 2250 = 225 mg de proteína por porção de gelatina 10
Ouseja,emcadaporção(de50mL)degelatinahá225mgdeproteínas.
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Figura 1.14: comparação da gelatina (tubo 3) em relação à água (tubo 1) e à clara de ovo (tubo 4), sob o teste do biureto, e em relação à suspensão de gelatina não submetida ao teste do biureto (tubo 2).
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Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto Leite integral Notestecomleiteintegral(gura1.15,tubo3),acoloraçãoazulresultantefoiumpoucomaisescuraacoloraçãodo tubo1,quecontémágua. Comparando o testecom a escala deconcentraçãode proteínas(gura 1.8B), estima-se quea concentração de proteínasdoleiteintegralestejaentreosvalores1,7e2,6mg/mL.Comooleitefoidiluído10vezes,devemosmultiplicar a concentrao encontrada por 10. Admitindoovaloraproximadode2,0mg/mLdeproteína,deacordocomaescaladecores,háaproximadamente2,0 mg de proteína em 1 mL de suspenso de leite, submetida ao teste do biureto, o que lhe confere essa tonalidade. Aconcentraçãodeproteínanoleiteintegralpuro,portanto,seráde2,0multiplicadopor10(diluição). Concentraçãodeproteínadoleite:(2.10)=20mg/mLdeleiteintegral. Ouseja,emcada1mLdeleiteintegralhá20mgdeproteína. Paraumaporçãodeumacolherdesopade15mLdeleite,há: 1 mL de leite 20 mg de proteínas x 15 mL de leite X = 15 . 20 = 300 mg de proteínas
Emumcopode200mLhá4000mgou4gdeproteína(20mgdeproteínamultiplicadopor200mLdeleiteintegral).
Figura 1.8B: escala de cores de concentração de proteínas. Os números representam as concentrações de proteínas em mg/mL para as respectivas cores das suspensões.
Figura 1.15: comparação do leite integral (3) em relação à água (1) e à clara de ovo (4), sob o teste do biureto, e em relação à suspensão de leite integral não submetida ao teste do biureto (2).
Professor, você pode montar uma tabela na lousa e pedir que os grupos a preencham, indicando o tipo de alimento e aquantidadedeproteínasemordemcrescentedequantidadeproteica,comonoexemploabaixo:
ALIMENTO (PORÇO) QUANTIDADE DE PROTEÍNAS POR PORÇO
1 Feijo (1 colher de sopa)
2 Soja (1 colher de sopa)
3 Leite (1 colher de sopa)
600 mg
300 mg
300 mg
4
Gelatina (50 mL) 225 mg
5 Po (1/3de po)
6 Farinha (1 colher de sopa)
7 Arroz (1 colher de sopa)
200mg
30 mg
30 mg
Esse teste proposto confere uma estimativa da quantidade de proteínas de cada alimento. De acordo com a comparao visual com a escala de cores e o alimento testado, pode haver diferena entre resultados com o mesmo alimento.
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Deteco de proteína nos alimentos com uso do teste do biureto Anexos Preparo da soluão de CuSO4 1% 1) Pesar 1 g de CuSO4; 2)Dissolveromaterialpesadoemumpoucodeáguadestilada(gura1.16); 3)Colocaressasoluçãonumbalãovolumétricode100mL(gura1.17); 4)Completarcomáguadestiladaaté100mL(gura1.18).
Figura 1.16
Figura 1.17
Figura 1.18
Preparo da soluão de NaOH 10% 1) Pesar 10 g de NaOH; 2)Dissolveromaterialpesadoemumpoucodeáguadestilada(gura1.19); O NaOH é mais difícil de dissolver do que o CuSO4.Coloqueumaquantidademaiordeágua,porémmenorque80mL, e misture. 3)Colocaressasoluçãonumbalãovolumétricode100mL(gura1.20); 4)Completarcomáguadestiladaaté100mL(gura1.21).
Figura 1.19
Figura 1.20
Figura 1.21
15
2.ExtraçãodeDNA Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo EstaatividadepráticapossibilitaaextraçãodeDNAde morango,quetambémpodesersubstituídoporbananaou tomate,utilizandomateriaisdefácilacesso.
O experimento Materiais •Sacoplásticocomumtransparente; •Gazeparaltrar; •Colherdemedida(colherdecafé); •Tubodeensaio; •Bastãodevidrooupalitodemadeira; •Funil; •Cloretodesódio(saldecozinha); •Faca; •Detergentecomercial; •Água; •Béqueroucopo; •PipetaPasteur,seringaouconta-gotas; •Provetaououtrofrascocomgraduaçãovolumétrica; •2ou3morangos(podesersubstituídopor½bananaou½tomate); •Álcooletílicoabsolutoouálcooletílicodoméstico(>90 oG.L) (deve ser mantido gelado até o momento da sua utilizao).
Figura 2.1: materiais necessários.
Procedimento Sugerimos que essa atividade seja realizada como complemento às aulas teóricas sobre DNA. Verique,inicialmente,quaissãoosconhecimentosdosalunossobreoconceitodeDNAenquantomolécularesponsável pelascaracterísticasdetodososseresvivos.Pergunte,porexemplo,quaisorganismospossuemDNAequaléafunção queessasubstânciatemnosseresvivos.DiscutacomelesondeoDNAéencontradonascélulaseucarióticas:oDNAéo própriocromossomo?Senecessário,relembreosníveisdeorganizaçãodomaterialgenético(decromossomosatéadupla hélice do DNA) para lembrar que o DNA se encontra associado às moléculas de proteínas. Essas informaões sero úteis paraqueosalunoscompreendammelhorcadaetapadoprocessodeextraçãodoDNA. Éimportantediscutircomosalunosaquestãodasdimensões:épossívelenxergarcélulasaolhonu?Eoseunúcleo? Eoscromossomos?Eaduplahélice?Issoéfundamentalparanãocriarnoalunoaexpectativaequivocadadequea atividadepermitiráqueelevisualizea“duplahélice”doDNA. Depoisderevisadososprincipaisconceitos,distribuaoroteirodetrabalhoeexpliquequaléoobjetivodoexperimento e de seu procedimento.
Protocolo Experimental
Preparo da Solução de “Lise” (ruptura das membranas celulares) Misturar6mLdedetergente,4gdeNaCl(ouseja,aproximadamente4colheresdecafécheiasdesaldecozinha)e águasucienteparaformar60mLdesolução(gura2.2). A
B
C
Figura 2.2: preparo da solução de lise com (A) sal de cozinha, (B) detergente e (C) água.
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ExtraçãodeDNA Extraão do DNA 1)Cortaremacerarosmorangoscomasoluç 1)Cortaremacerarosmorang oscomasoluçãodelise,nosaco ãodelise,nosacoplástico plástico,atéseobterumasusp ,atéseobterumasuspensãoliqu ensãoliquefeita efeitada da polpadofruto.Esteprocedimentofacilitaráaltração. A
B
C
Figura 2.3: etapa 1 da extração de DNA: (A) pedaços da fruta no saco plástico, (B) adição da solução de “lise” e (C) suspensão liquefeita da poupa resultante da maceração.
A mac maceraç eraçãopropor ãoproporcio cionar nará á uma pri primei meiraquebra raquebra das cél células ulas e aum aumento ento dasuperf dasuperfíci ície e deconta decontatocom tocoma a sol soluçã ução o de“lise”,cujafunçãoéromperasmembranascelulareseasmembranasnuclearesaindaintactas,oqueliberaráas moléculas de DNA que estavam localizadas no interior do núcleo. As moléculas de detergente desestruturam os lípideos, principais componentes da membranas, provocando sua ruptura, e o sal favorece a aglomerao das moléculas de DNA. 2)Misturarasuspensãodurante2a3minutose,emseguida,ltrarutilizandoagaze,ofunileotubodeensaio, conformeamostraagura4. 3)Depoisderealizaraltração,acrescentarlentamenteoálcooletílicogelado,comoauxíliodeumapipetaou conta-gotas,atédobrarovolumeinicialdasuspensão(gura2.5). A
Figura 2.4: ltração do macerado.
B
Figura 2.5: adição de álcool etílico (A) e obtenção do DNA (B).
ODNApossuibaixasolubilidadeemálcooletílicoetambémsofreumprocessodedesidratação,fazendocomque asmoléculasquemmaiscompactadas.Alémdisso,oDNAtambémapresentabaixadensidadeemrelaçãoaoutros componentescelulares.Essesfatoresfazemcomqueelesejavisualizadocomoumsobrenadantenasoluçãodeálcool etílico,quetemoaspectodeuma“nuvem”,comomostraagura2.5B.
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3.Análisedocrescimentodeleveduras-Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Neste Nest e ex exper perim imen ento to, , a pa part rtir ir da ob obse serva rvaçã ção o de me meio ios s de cu cult ltiv ivo o de lev leved edura uras, s, se serã rão o ana anali lisa sado dos s os ef efei eito tos s da disponibilidade de nutrientes e da variao de temperatura sobre o desenvolvimento desses micro-organismos.
O experimento A
Materiais
B
•½tabletedefermentobiológico(fresco); •PipetaPasteurouconta-gotas; •Máquinafotográcadigital; •6frascosde50mL; •6lâminas; •Bastãodevidro; •6lamínulas; •Liquidicador; •Microscópio; •Água; •Termômetro. •Açúcar; Figuras 3.1.1A e B: materiais necessários.
Procedimento
Essaatividadetemoobjetivodevericarainuênciadefatoresambientaisnod Essaatividadetemoobjetivodevericarainuênciad efatoresambientaisnodesenvolvimentodosorganismos. esenvolvimentodosorganismos. Emumaaulaanterioràrealizaçãodaatividadeprática,organizeaclasseemgruposeexpliqueastrêsaulasda atividade.
Pergunteaosalunos: •Doqueosseresvivosprecisamparacresceresereproduzir? •Seráquetodosnecessit •Seráquetodos necessitamdosmesm amdosmesmosfatore osfatores?Pro s?Procureouvir cureouvirquaissãoasconc quaissãoasconcepções epçõesqueosalunostêmsobre queosalunostêmsobreo o assunto. •Oalimentoéimportante?Porquê? Os seres vivos multicelulares e também os unicelulares dependem do aproveitamento do alimento para a obteno de energia e de matéria-prima para a realizao das suas atividades vitais e para o crescimento e reproduo. Durante area a realiz lizaçã açãodesteproje odesteprojeto, to, osaluno osalunospoderã spoderãoobserv oobservara ara in inuênc uênciade iade fat fatore orescomoa scomoa tem tempera peratura tura ea nut nutriç riçãono ãono desenvolvimentodeorganismosunicelularesmuitosimples:asleveduras. Nesta aula, sero preparadas suspensões de leveduras com e sem aúcar e incubadas dentro e fora da geladeira para vericarainuênciadadisponibilidadedenutrientesedatemperaturanocrescimentodeleveduras.
Protocolo experimental 1)Prepararasuspensãodeleveduras,dissolvendomeiotabletedefermentofrescoem500mLdeáguafria,com auxíliodobastãodevidroouliquidicador; 2)Prepararosfrascosdeincubação(gura3.1.2)conformetabelaabaixo: FRA SCO A B C D E F
SUSPENSO DE LEVEDURAS 50 m L 50 m L 50 m L 50 m L -
A çúCA R 1colherdechá 1colherdechá 1colherdechá 1colherdechá
Á G UA 50 mL 50 mL
3)IdenticarseislâminascomletrasdeAaF; 4) Colocar uma gota da suspenso de incubao na respectiva lâmina e cobri-la com lamínula. Usar uma pipeta Pasteur ou um conta-gotas diferente para cada lâmina;
19
Análisedocrescimentodeleveduras-Aula1 5) Observar as lâminas ao microscópio e tirar uma foto de cada uma para comparar com as lâminas que sero preparadasnaaulaseguinte.Paraoregistrodaslâminas,podemserutilizadascâmerasfotográcasoumesmocâmeras detelefonescelulares(gura3.1.3).Peçaparaqueosalunosanotemoaumentototaldafoto,cujocálculodeveráser feitoseguindoafórmula: Aumento total = zoom da câmera x aumento da ocular x aumento da objetiva
Figura 3.1.2: fracos de A a F.
Figura 3.1.3: como fotografar ao microscópio.
Asguras3.1.4a3.1.7exemplicamaumentosde500x,easguras3.1.8e3.1.9mostramaumentosde1000x.
Figura 3.1.4: frasco A contendo somente suspensão de leveduras. Aumento de 500x.
Figura 3.1.5: frasco B contendo somente suspensão de leveduras. Aumento de 500x.
Figura 3.1.6: Frasco C contendo suspensão de leveduras e açúcar. Aumento de 500x. 500x.
Figura 3.1.7: frasco D contendo suspensão de leveduras e açúcar. Aumento de 500x.
Figura 3.1.8: frasco E contendo açúcar e água. Aumento de 1000x.
Figura 3.1.9: frasco F contendo açúcar e água. Aumento de 1000x.
6) Colocar os frascos A, C e E na geladeira e os demais frascos à temperatura ambiente por 24 horas. Asobservaçõesparavericarainuênciadedisponibilidadedenutrienteseavariaçãodatemperaturaserãofeitas na aula seguinte. Para isso, pea que os grupos imprimam suas fotos e as tragam na aula seguinte.
20
Análisedocrescimentodeleveduras-Aula2 Resumo Nesteexperimento,serãoobservadosaomicroscópiooscultivosfeitosnaaulaanteriorparavericarainuênciada disponibilidade de nutrientes e da variao da temperatura no desenvolvimento de le veduras. Sero preparados também outroscultivosparavericaçãodainuênciadavariaçãodepH.
O experimento A
Materiais •Alíquotasdasseissuspensõesde leveduras preparadas na aula anterior, submetidas a diferentes tratamentos; •9lâminas; •9Lamínulas; •Béqueres; •3frascosde50mL; •Liquidicador; •Microscópio; •Máquinafotográcadigital; •PipetasPasteur; •Colheresdechá;
B
Figuras 3.2.1 A e B: materiais necessários.
•Termômetro; •Ácidoacético(vinagre); •Bicarbonatodesódio;
•Açúcar; •½tabletedefermentofresco; •Águadestilada; •Fotostiradasnaaulaanterior.
Procedimento Professor,peçaparaquecadagrupodealunossedividaemdoissubgrupos.Umsubgrupodeveráprepararnovas lâminasapartirdassuspensõesAaF,preparadasnaaulaanterioredeixadasemdiferentestemperaturas.Osdemais alunoscarãoencarregadosdeprepararnovassuspensões(G,HeI)enovaslâminasparaarealizaçãodeumoutro experimento,queavaliaráainuênciadopHsobreocrescimentodasleveduras.Porm,todososmembrosdogrupo deverão observar todas as lâminas que foram preparadas pelos dois subgrupos.
Protocolo experimental Comparaão do crescimento de leveduras em diferentes meios submetidos a diferentes temperaturas
Preparo das lâminas 1) Após 24 horas de incubao em temperaturas diferentes, montar lâminas com as amostras preparadas na aula anterior para serem observadas ao microscópio; 2) Medir e registrar a temperatura da geladeira e a temperatura ambiente (média do dia); 3) Observar ao microscópio e fotografar cada amostra;
A
B
Figura 3.2.2: frasco A contendo somente suspensão de leveduras. (A) 0h de cultivo e (B) 24h de cultivo na geladeira. Aumento de 500x.
21
Análisedocrescimentodeleveduras-Aula2 A
B
Figura 3.2.3: frasco B contendo somente suspensão de leveduras. (A) 0h de cultivo; e (B) 24h de cultivo à temperatura ambiente. Aumento de 500x.
Nos frascos A e B, que contêm somente leveduras (Figuras 3.2.2 e 3.2.3), espera-se que as células tenham se reproduzido mais e estejam mais numerosas, em comparao ao cultivo mantido na geladeira (Figura 3.2.2B).
A
B
Figura 3.2.4: frasco C contendo suspensão de leveduras e açúcar (A) 0h de cultivo, e (B) 24h de cultivo na geladeira. Aumento de 500x.
A
B
Figura 3.2.5: frasco D contendo suspensão de leveduras e açúcar (A) 0h de cultivo, e (B) 24 h de cultivo à temperatura ambiente. Aumento de 500x.
Nos frascos C e D, que contêm aúcar e leveduras, esper a-se um aumento do número de células, ou seja, da reproduo dasleveduras,tantonocultivoquecounageladeira(Figura3.2.4B),quantonoquecouemtemperaturaambiente. Entretanto, o processo é mais intenso à temperatura ambiente (Figura 3.2.5B). A
B
Figura 3.2.6: frasco C contendo suspensão de leveduras e açúcar (A) 0h de cultivo, e (B) 24h de cultivo na geladeira. Aumento de 500x.
A
B
Figura 3.2.7: frasco F contendo açúcar e água (A) 0h de cultivo e (B) 24h de cultivo à temperatura ambiente. Aumento de 1000x.
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Análisedocrescimentodeleveduras-Aula2 Os frascos E e F, sem leveduras, no devero apresentar alteraões. Eventualmente sero observados pequenos “pontinhos” móveis, tratando-se de contaminação por bactérias, o que também costuma ocorrer nos frascos com leveduras.
Prepação do material para vericar a inuência do pH no crescimento das leveduras
Preparo dos frascos G, H e I 1)Prepararumasoluçãosaturadadebicarbonatodesódio,contendo100mLdeáguadestilada(aproximadamente½ copoamericano)eduascolheresdechádebicarbonatodesódioempó; 2)Prepararumasoluçãodeaçúcar(umacolherdechádeaçúcarem50mLdeágua); 3)Prepararasuspensãodeleveduranoliquidicadorcommeiotabletedefermentofrescoe500mLdeáguafria; 4)Preparartrêsfrascosdeculturaconformeatabelaabaixo: FRASCO
G H I
SUSPENSO DE LEVEDURAS 15 mL 15 mL 15 mL
AçúCAR
ÁGUA
1colherdechá 1colherdechá 1colherdechá
10 mL -
BICARBONATO DE SóDIO 10 mL -
VINAGRE
10 mL
OBSERVAÇO: usar um copo-medida (V.O.) de medicamentos líquidos.
5)Colocarumagotadecadasuspensãonarespectivalâmina,jádevidamenteidenticada.Observaraomicroscópio eregistraratravésdefotograa; 6) Cultivar por dois dias a temperatura ambiente.
Figura 3.2.8: frasco G contendo suspensão de leveduras, açúcar e água. Aumento de 500x.
Figura 3.2.9: frasco H contendo suspensão de leveduras, açúcar e bicarbonato de sódio. Aumento de 500x.
Figura 3.2.10: frasco I contendo suspensão de leveduras, açúcar e vinagre. Aumento de 500x.
OsresultadosdainuênciadopHdomeionocrescimentodelevedurasserãoobservadosnapróximaaula.
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Análisedocrescimentodeleveduras-Aula3
Resumo Nesteexperimento,serávericadaainuênciadopHsobreodesenvolvimentodelevedurasemmeiosdecultivo.
O experimento A
Materiais • Alíquotas das três suspensões de leveduras preparadas na aula anterior, submetidas a diferentes tratamentos; •3lâminas; •3lamínulas; •Microscópio; •Máquinafotográcadigital; •Fotostiradanaaulaanterior; •PipetasPasteur.
B
Figuras 3.3.1A e B: materiais necessários.
Procedimento Nesta aula, os grupos compararão as fotos impressas das lâminas G, H e I feitas na aula anterior com as observações após dois dias de cultivo.
Protocolo experimental
A
B
1) Após dois dias de cultivo, preparar lâminas com as amostras G, H e I preparadas na aula anterior contendo água,bicarbonatoevinagre,respectivamente; 2) Observar ao microscópio e registrar através de fotograa; 3) Relacionar esta observao com o pH do meio em cada amostra. A
Figura 3.3.2: frasco G contendo suspensão de leveduras, açúcar e água. (A) 0h de cultivo e (B) 2 dias de cultivo. Aumento de 500x.
B
Figura 3.3.3: frasco H contendo suspensão de leveduras, açúcar e bicarbonato de sódio. (A) 0h de cultivo e (B) 2 dias de cultivo. Aumento de 500x.
A
B
Após dois dias de cultivo provavelmente será possível perceber diferenas entre os três frascos. No meiosemalteraçãodepH(gura3.3.2B),espera-se umcrescimentosignicativamentemaiordoquenos frascosHcujomeioéalcalino(gura3.3.3B)eIcujo meioéácido(gura3.3.4B).Osresultadossugerem que o pH do meio afeta o crescimento das colônias. Em meio ácido, foi possível vericar inclusive a presena de algumas células lisadas.
Figura 3.3.4: frasco I contendo suspensão de leveduras, açúcar e vinagre. (A) 0h de incubação e (B) 2 dias de cultivo. Aumento de 500x.
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4.Atividadeenzimáticadeextratosvegetaisnadegradaçãode gelatina Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Estaatividadepráticatemporobjetivodiscutiraimportânciadasfrutascomoalimentosque,alémdefornecer nutrientesparaoorganismo,possuemenzimasquepodemauxiliaremnossoprocessodigestivo.
O experimento Materiais •Abacaxiverde; •Mamãopapaiaverde; •Frutaregionalàescolhadoprofessor(preferencialmentecom indicaçãopopulardeauxiliarnadigestão); •Peneirana; •Liquidicador; •Fogareiro,lamparinaoubicodeBunsen; •Caixadeisoporcomgelo; •Póparagelatina; •4tubosdeensaio; •2pipetasvolumétricasou2seringasde10mLgraduadas; •Espátulaoucolherdechá; •Faca; •Frascospequenos; •Bastãodevidro; •Béquerde500mLou1frascodevidrode500mLdeboca larga.
Figura 4.1: materiais necessários.
Procedimento Aadoçãodehábitosalimentaressaudáveisdepende,dentreváriosfatores,doconhecimentosobreaimportância das frutas e dos vegetais na alimentação. Estudosrecentestêmmostradoqueobrasileirotemdiculdadedereconhecerfrutasevegetaiscomoingredientes necessáriosparaumadietaalimentarbalanceadaequenãovêessesalimentoscomo“comida”;alémdisso,háum desconhecimentosobreosfrutosespecícosdecadaregião. Com o objetivo de estimular o conhecimento de seus alunos sobre as frutas regionais, sugerimos que, além do abacaxiedomamão,quesãofrutascompropriedadesecomposiçãoquímicabastanteconhecidas,tambémseja incluídanoexperimentoumafrutadaregiãoondevocêeseusalunosvivem. Você pode começar a aula perguntando quem tem o hábito decomer frutas, com que frequência e emque quantidade. Pergunte se eles sabem quais substâncias tornam as frutas alimentos ricos do ponto de vista nutricional. perguntequaissãoasfrutasqueelesmaisconsomemefaçaumalistanalousa.Veriquequaisdelassãofrutas regionais e quais são “importadas” de outras regiões. Pergunte também como consomem essas frutas (frescas, cozidas, na forma de sorvetes, sucos etc.). As frutas de forma geral são alimentos ricos em carboidratos, sais minerais, vitaminas e proteínas. Nem todas são ricasemlipídeos,masamaioriaapresentamuitasbras.Adiversidadenacomposiçãodasfrutaslhesconferealgumas aplicaçõescaracterísticas,comoautilizaçãodefrutascomomamãoeoabacaxiparaamaciarcarnes,porexemplo. Seconheceralgumexemploregional,cite-o. Emmuitasregiões,éditoquecomermamãoouabacaxidepoisdeingerirmuitacarneajudanadigestão.Seráque isso é verdadeiro? Este experimento tem o objetivo de testar se esses frutos realmente funcionam para amaciar a carne e se auxiliamnadigestão.peçasugestõesparaaclassedealgumafrutadasuaregiãoquepossaserincluídaetestadano experimento. Sugerimostambémque,depoisdaatividadeprática,vocêorganizeumabrevediscussãorelacionandoapresença de enzimas proteases com o amaciamento e a digestão da carne.
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Atividadeenzimáticadeextratosvegetaisnadegradaçãodegelatina Protocolo experimental 1) Preparar a gelatina conforme as instruões da embalagem; 2)Prepararosextratosdasfrutaspreviamentepicadas(oabacaxisemcasca,omamãocomcascaeafrutaregional escolhidadeacordocomaindicaçãopopulardeuso,istoé,comousemacasca),utilizandooliquidicadoreumpouco deágua(gura4.2);
Figura 4.2: preparação de extrato.
3)Osextratosdevemserpeneirados(gura4.3)antesdotesteeacondicionadosemfrascospequenos(gura4.4);
Figura 4.3: ltragem de extrato.
Figura 4.4: acondicionamento de extrato.
4)Numerarostubosdeensaiode1a4(gura4.5)eprepararasequênciadetubosdeensaiosconformeapresentado abaixo: TUBO 1 2 3 4
COMPOSIÇO 4mLgelatina+2mLdeágua 4mLgelatina+2mLdeextratodemamão 4mLgelatina +2 mL de extrato de abacaxi 4mLgelatina+2mLdeextratodafrutaregional
TESTE Controle Mamo Abacaxi Fruta regional
5)Colocarostubosnacaixadeisoporcomgeloatéqueotubo1(controle)gelique(gura4.6).Issodeveráocorrer após alguns minutos;
Figura 4.5: preparação dos tubos.
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Figura 4.6: tubos em banho de gelo.
Atividadeenzimáticadeextratosvegetaisnadegradaçãodegelatina Aocorrênciaounãodaproteóliseseráavaliadapormeiodagelicação.Apósumbanhodegelodealgunsminutos(o sucienteparaocorreragelicaçãodocontrole-tubo1),inclineostubosligeiramenteparavericaraviscosidadedo meio em cada um deles. 6)Observarostuboseanotarnatabelaapropriadaosresultadospositivos(gura4.7A)enegativos(gura4.7B)para agelicaçãodostubos. A
B
Figuras 4.7A e B: resultados positivo (A) e negativo (B).
Agelatinaéobtidaapartirdeumaproteínadenominadacolágeno.Quandohidratada,agelatinaformaumaestrutura denidacomogel,obtidoemtemperaturasmenoresde30°C.Agelicação,ouformaçãodogel,dependedaintegridade das cadeias de proteína; se houver alguma fragmentao nessas cadeias, causada pelas proteases dos frutos testados, a formaçãodogelcarácomprometida. Espera-sequeoresultadodagelicaçãosedêconformeatabelaabaixo. TUBO 1 2 3 4
COMPOSIÇO Gelatina + água Gelatina+extratodemamão Gelatina+extratodeabacaxi Gelatina + extrato da fruta regional
TESTE + -/+
Tubo 1(controle):espera-sequehajagelicaçãodevidoàausênciadeenzimaproteolítica. Seagelatinanãogelicarnessetubo,oproblemaestánagelatinaouemalgumfatorcomoatemperaturaouaágua utilizada na diluio. Tubos 2 e 3:espera-seausênciaoureduçãodagelicaçãonessestubosdevidoàpresençadasenzimasproteolíticas, que impedem a formao do gel. No tubo 2, a enzima proteolítica presente é a papaína e, no tubo 3, a bromelina; enzimas essas que provocaram a degradaçãodasmacromoléculasdeproteínapresentesnagelatina,causandoassimaperdadoprocessodegelicação. Tubo 4:o resultadoserádeterminado com o teste, podendo haverounão gelicação (indicação+/- natabela), dependendo da fruta regional escolhida. Peçaaosalunosqueformulemhipótesesparaexplicarosresultados.Porqueagelatinacomasfrutasnãogelicou? Associe a ao das enzimas do tubo digestório com o que foi observado. Em quais órgos so produzidas as proteases? Seráquealgumasfrutaspodem,então,auxiliarnoprocessodedigestãodasproteínas,facilitandoassimaabsorçãodos nutrientespeloorganismo?Seráqueessasfrutaspodemmesmoauxiliarnoamaciamentodecarnes?Vocêpodeinclusive proporparaosseusalunosqueeleselaboremumprotocoloexperimentalparavericaremseasfrutastambémpodem hidrolizar as proteínas da carne. É importantesalientar queasenzimas das frutaspodem auxiliar na digestãoa princípio, mas elas própriassão proteínas e que, por isso, também sero digeridas pelas enzimas do trato digestivo.
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5. Osmose em célula vegetal observada ao microscópio óptico Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo
Experimentoparavisualizaçãodeosmoseemcélulavegetal(Elodea) ao microscópio óptico.
O experimento Materiais •Lâminadevidro; •Lamínuladevidro; •Pinçametálicadepontana; •1ramodeElodea (Egeria densa, pode ser adquirida em lojas que vendem materiaisparaaquário); •Papelabsorvente,papeltoalhaoupapelltro; •PipetasPasteur; •Frascocomáguadestilada(podeserusadaáguaparabateriadeautomóveis ouáguacomum,detorneira); •Soluçãodecloretodesódioa5%(5gdesaldecozinhadissolvidoem100 mLdeágua); •Microscópio.
Figura 5.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais •Apinçametálicapodesersubstituídaporpinçadesobrancelha; •ApipetaPasteurpodesersubstituídaporconta-gotas; •Águadestiladapodesersubstituídaporáguacomum,detorneira.
Procedimento Professor, sugerimos que essa aula seja ministrada anteriormente à aula teórica sobre osmose. Você pode apresentar uma situao conhecida relacionada à ocorrência de osmose para os alunos, perguntando, por exemplo,oqueocorredepoisdealgumtempoqueumasaladaétemperadaoucomosefazdocedeabóbora(normalmente adiciona-seaospedaçosdeabóboraqueserãocozidosapenasaçúcar,masnãoseadicionaágua).Provavelmente,deve aparecerentreasrespostas:“osal‘chupa’aáguadovegetal”ou“osal‘derrete’ovegetal”. É oportuno lembrar os alunos que as plantas so constituídas de células. Assim, se as folhas e a abóbora soltaram água,perguntedeondeaáguadevetersaído. Éimportantemostraraguradeumacélulavegetal,mesmoqueosalunosjáaconheçam,e,casoelesaindanãoa conheam, aproveite para apresentar as principais organelas que a diferenciam de uma célula animal. Agora,sugerimosquelanceumdesao:osal“derrete”ascélulasoutiraaáguadascélulas?Proponhaoexperimento paraqueosestudantesresolvamodesao.
Protocolo experimental 1)Pingueumagotadeáguadestiladasobrealâminadevidro(gura5.2); 2)Retire,comoauxíliodeumapinça,umafolhajovemdeElodeaecoloque-asobreagotadeáguanalâmina(gura 5.3);
Figura 5.2: gota de água sobre a lâmina.
Figura 5.3: folha de Elodea na lâmina.
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Osmose em célula vegetal observada ao microscópio óptico 3) Cubra a folha com a lamínula; A
B
Figuras 5.4 A e B: colocação da lamínula sobre a folha de Elodea.
4)Observeascélulasaomicroscópio(aumentosde100xa400xsãoosmaisindicados);
Figura 5.5: microscópio.
observação
da
lâmina
ao
Figura 5.6: folha de Elodea vista ao microscópio óptico (aumento de 1000x).
Observe preferencialmente as células da borda da folha, pois elas possuem um número menor de camadas sobrepostas, contribuindo para uma melhor visualizao. O aumento do microscópio é calculado multiplicando o aumento da lente objetiva pelo aumento da lente ocular. A partirdoaumentode100x,deveráserusadoóleodeimersão. O óleo de imerso é uma interface líquida que possui o mesmo índice de refrao da objetiva. Ele deve ser usado paraaobjetivade100x,poisfarácomqueosraiosluminososnãosedispersemaoatravessaremoconjuntolâmina-óleo, permitindo a entrada de um grande cone de luz na objetiva, o que melhora a visualizao do material. Para uso do óleo de imerso, pingue uma pequena gota do óleo em cima da lamínula somente quando for visualizar comaobjetivade100x.Coloquealamínulanomicroscópioeposicioneaobjetiva.Sendoamaiorlente,aobjetivade 100xquasetocanalamínula. SEGURANçA: devido à proximidade da objetiva de 100x com a lamínula, a focalização do corte deverá ser feita com muito cuidado, dando preferência à focalização na, pois a lâmina pode se romper caso a objetiva encoste nela.
Aspequenasestruturasverdesobservadassãooscloroplastos,organelasresponsáveispelafotossíntese. Seasfolhasestiveremfrescaseemlugarbemiluminado,éprovávelqueseusalunosconsigamobservaraciclose,isto é, o arrastamento dos cloroplastos em funo dos movimentos do hialoplasma. Sugerimos que discuta com os alunos o motivodoscloroplastosestaremdistribuídosem“faixas”enãouniformementeportodaacélula(elesestãolimitadosà regiãodohialoplasmaeamaiorpartedoespaçodocitoplasmaéocupadopelovacúolo).Utilizeumaguraoufaçaum desenhonalousaparaqueessaquestãoquemaisclara. 5) Encoste a ponta da pipeta Pasteur (ou conta-gotas), contendo a soluo de cloreto de sódio, na borda da lamínula semtiraralâminadomicroscópio.Aáguaentraráporcapilaridade. 6) Goteje lentamente a soluo salina para que penetre entre a lamínula e a lâmina. Caso a lamínula se solte, pressione-a novamente contra a lâmina. É importante que, ao mesmo tempo em que se adiciona a soluo salina, um papelltrosejaencostadonaoutrabordadalamínuraparaabsorveroexcessodelíquidoquesai(gura5.7);
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Osmose em célula vegetal observada ao microscópio óptico 7) Observe a plasmólise em células de Elodea(gura5.8);
Figura 5.7: adição da solução salina à lâmina.
Figura 5.8: folha de Elodea vista ao microscópio óptico após adição da solução salina (plasmólise) (aumento de 1000x).
Espera-sequeasoluçãosalina,hipertônicaemrelaçãoaocitoplasma,promovaaplasmólise,istoé,asaídadeágua da célula e, consequentemente, a reduo de seu volume. Observe queoscloroplastos seconcentraram maisinternamentena célula. Issoocorredevidoà saídade águae retraçãodamembranaplasmática. Os alunos provavelmente faro meno ao fato de que os cloroplastos, nesse momento, apresentam-se mais aglomerados na célula vegetal. Pea que os estudantes desenhem o que esto vendo, atentando-se para o que acontece com os cloroplastos. 8)Troqueopapelparaabsorveromáximopossívelasoluçãosalina; 9)EncosteapontadapipetaPasteur(ouconta-gotas),contendoágua,nabordadalamínulasemtiraralâminado microscópio; 10)Gotejelentamenteaáguaparaquepenetreentrealamínulaealâmina.Deixeopapelltronabordadalamínula efaçacomquebastanteáguaatravesseoespaçoentrealamínulaealâminadevidro,atéremoverbemasoluçãosalina em torno da folha; 11) Observe a deplasmólise em células de Elodea.
Figura 5.9: folha de Elodea vista ao microscópio óptico em deplasmólise (aumento de 1000x).
Nadeplasmólise,ascélulasplasmolisadasrapidamenteganhamáguadasoluçãohipotônica(águadestilada).Seos alunosnãoremoverembemasoluçãosalina,oprocessodeentradadeáguaserápoucoperceptível.
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6. Preparao e observao de lâminas coradas com violeta genciana para observao de células Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo
Esteexperimentopossibilitaavisualizaçãodecaracterísticasmorfológicasdealgunstiposcelularesobservadospor microscopia óptica, através do preparo de lâminas de mucosa oral, pele de cebola e fígado de boi.
O experimento Materiais Paraessaaula,serãonecessários,alémdomicroscópio,osseguintesmateriais:
Preparação da lâmina de mucosa oral •Lâminasdemicroscopia; •Águadestilada; •Violetagenciana1,5%; •PlacadePetri; •Álcooletílico>90°gl; •Palitodeplásticooumadeira (palito de sorvete); •BicodeBunsenoufogareiro; •Pinçademadeira; •PipetasPasteur.
Figura 6.1: material utilizado para preparação da lâmina de esfregaço de mucosa oral.
Preparação da lâmina de pele de cebola •Cebola; •Lâminasdemicroscopia; •Violetagenciana1,5%; •PipetaPasteur; •PlacadePetri; •Álcooletílico>90°gl; •Águadestilada.
Figura 6.2: material utilizado para preparação da lâmina de película de cebola.
Preparação de lâmina de fígado bovino •Fígadobovino; •Lâminasdemicroscopia; •Violetagenciana1,5%; •Álcooletílico>90°gl; •PipetasPasteur; •PlacasdePetri; •Soluçãosiológica (sorosiológico); •Faca.
Figura 6.3: material utilizado para preparação da lâmina de fígado bovino.
Dicas de obtenão de materiais •Opalitodesorvetepodesersubstituídoporumapazinhadecartáveldecaféeatémesmopelocabodeuma colherzinha; •AplacadePetripodesersubstituídaporumpires; •ApipetaPasteurpodesersubstituídaporumconta-gotas; •Osorosiológicoeavioletagencianapodemserobtidosemfarmácias.
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Preparao e observao de lâminas coradas com violeta genciana para observao de células Procedimento Paraaexecuçãodessaaulaéimportantequeelasejaplanejadacom,pelomenos,umasemanadeantecedência,a mdequeosalunostenhamtempodeseorganizarparatrazeromaterialsolicitadoparaaaula.Seasuaescolanãotiver todososreagenteslistados,organizeosgruposparaquetragamoquefornecessário,inclusiveosmateriaisbiológicos. Lembre-se de recolher os materiais com antecedência para evitar contratempos, caso algum grupo se esquea de trazer o que foi solicitado. Nessa aula, aproveite também para retomar com os alunos as características de uma célula animal e de uma célula vegetal. Se eles nunca tiverem manipulado o microscópio, é conveniente orientá-los sobre o seufuncionamento e também sobre como manipular o equipamento corretamente para evitar que riscos nas lentes e quebra de lâminas.
Preparação da lâmina de mucosa oral 1)Colocarumagotadeáguadestiladanalâmina(gura6.4); 2)Rasparsuavementeamucosadaboca(parteinternadabochecha)comoauxíliodapazinhadeplásticooudopalito de sorvete; 3)Transferiromaterialparaalâmina,fazendoumesfregaçonoetransparente(gura6.5); 4)NobicodeBunsenoufogareiro,seguraralâminacomumapinçademadeiraeambaralâminacontendoo materialparaxaraamostra;
A
B
Figura 6.4: adição de uma gota Figura 6.5: transferência da mucosa raspada para a lâmina (A); Figura 6.6: ambagem da Esfregaço da mucosa oral na lâmina (B). lâmina para xação do material. de água na lâmina.
SEGURANçA: cuidado ao manusear a lâmina junto ao fogo para evitar acidentes. Não toque na lâmina ainda quente para evitar queimaduras.
5) Esperar a lâmina esfriar em uma placa de Petri, em seguida, pingar algumas gotas de violeta genciana. Aguardar por5minutos(gura6.7); 6)ComumapipetaPasteur,molharalâminacomálcool,tirandooexcessodocorante.Esperarsecar(gura6.8);
Figura 6.7: coloração do esfregaço de mucosa oral.
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Figura 6.8: retirada do excesso de corante com álcool.
Preparao e observao de lâminas coradas com violeta genciana para observao de células OBSERVAÇO: ao corar a lâmina, pode-se apoiá-la sobre um palito dobrado (gura 6.7) ou outro objeto, como uma tampinha de plástico.
7) Observar as células ao microscópio. Na lâmina, é possível observar as células da mucosa oral com núcleo e citoplasma. A
B
Figura 6.9: mucosa oral corada com violeta genciana. Aumento de 500x (A). Aumento de 1000x (B).
Preparação da lâmina de pele de cebola 1) Tirar uma camada da cebola e retirar uma película da cebola; A
B
Figura 6.10: retirada da camada mais externa da cebola (A) e retirada de película da mesma camada da cebola (B).
2)ColocarapelículaemumaplacadePetrieadicionaralgumasgotasdecorante.Aguardarpor5minutos(gura 6.11); 3)Colocaroálcooletílicosobreaspelículasatéencobri-lasedeixarpor5minutos(gura6.12); 4)Colocarapelículanalâminaelavarcomálcoolduasvezesedepoiscomáguadestilada(gura6.13);
Figura 6.11: coloração da película da cebola: adição de violeta genciana.
Figura 6.12: coloração da película da cebola: adição de álcool.
Figura 6.13: retirada do excesso de corante (lavagem com álcool).
5)Deixaralâminasecarnaturalmenteelevaraomicroscópioparaavisualização. As células da cebola so alongadas, com núcleo e parede celular evidentes. A B
Figura 6.14: película de cebola corada com violeta genciana. Aumento de 500x (A). Aumento de 1000x (B).
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Preparao e observao de lâminas coradas com violeta genciana para observao de células Preparação da lâmina de fígado bovino 1) Colocar um pedao de fígado bovino em uma placa de Petri; 2)Fazercortesnofígadocomumafacaaadaelavarcomumpoucodesoluçãosiológicaatéobterumasuspensão semelhante ao sangue; A
B
Figura 6.15: cortes feitos no fígado (A). Adição de solução salina siológica (B).
SEGURANçA: cuidado ao manipular a faca quando for fazer os cortes no fígado para não se machucar.
3) Recolher esta suspenso com uma pipeta Pasteur e colocar uma gota na lâmina; A
B
Figura 6.16: coleta da solução salina após lavagem do fígado (A). Adição de uma gota da suspensão na lâmina para o esfregaço (B).
4) Fazer um esfregao e esperar secar;
Figura 6.17: preparação do esfregaço.
5) Pingar algumas gotas de violeta genciana e aguardar por 5 minutos; A
B
Figura 6.18: Adição de corante ao esfregaço (A). Coloração do esfregaço (B).
OBSERVAÇO: ao corar a lâmina pode-se apoiá-la sobre um palito ou outro objeto como uma tampinha de plástico.
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Preparao e observao de lâminas coradas com violeta genciana para observao de células 6)ComumapipetaPasteur,molharalâminacomáguaedepoiscomálcool,tirandooexcessodocorante.Deixar secar;
Figura 6.19: retirada do excesso de corante com água (A). Retirada do excesso de corante com álcool (B). Esfregaço corado e seco (C).
7) Observar as células ao microscópio. A
B
C
D
Figura 6.20: esfregaço de lavado de fígado corado com violeta genciana. Aumento de 125x (A). Aumento de 250x (B). Aumento de 500x (C). Aumento de 1000x (D).
Noesfregaçodefígado,observam-sedoistiposdecélulas:ashemáciaseoshepatócitos. Pea para cada aluno observar as três lâminas rapidamente. Depois você pode fazer uma discusso com a turma baseando-senasquestõesabaixo. 1. Qual estrutura comum você percebe nas três lâminas? Você pode discutir a organizao celular como característica das formas vivas e os diferentes tipos de células e suas funões. 2. Que estruturas celulares podem ser observadas? Nas lâminas, é possível visualizar nitidamente citoplasma, núcleo e parede celular, esta última presente apenas nas células da cebola. Você pode discutir por que as organelas do citoplasma no so visualizadas (aspectos de tamanho ecoloração,porexemplo),quaissãoasprincipaisdiferençasobservadasnascélulasanimaisevegetais(apresença deparedecelular,porexemplo)e quaissãoasprincipaisdiferençasentreascélulasanimais(diferençasbaseadasna presençadenúcleonamucosaesuaausêncianahemáciadosmamíferos,porexemplo).
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7. Preparao de lâmina para observao de mitose de célula vegetal Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo
Esteexperimentoproporcionaavisualizaçãodamitoseemcélulasderaízesdecebolaaomicroscópioóptico.
O experimento Materiais •Raízesnovasdecebola(prepararumasemanaantesdaaula); •Soluçãodeorceínaacética1%; • Copos, potes de plástico, garrafa PET ou frasco de álcool cortados; •Lâminas; •Lamínulas; •Pinças; •Lâminadebarbear; •Palitosdedente; •PipetasPasteurouconta-gotas; •Papelabsorvente,papeltoalhaoupapelltro; •PlacadePetrioupiresdematerialresistenteaocalor; •Lamparinaaálcool,vela,bicodeBunsenoufogareiro; •Microscópioópticoqueproporcioneumaampliaçãototalde pelomenos100x; •Óleodeimersão.
Figura 7.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais •Orceínaacética,lâminaelâmínulapodemserencontradasemdistribuidorasdematerialparalaboratório; •Paramanuseiodalâminadebarbearcommaiorsegurança,quebrepreviamentealâminadebarbearaomeioe protejaaparteinterna,queserámanuseadapeloaluno,comtaadesiva.Façaesseprocedimentoantesdaaula,não sendo aconselhado a realizao do mesmo pelos alunos; •Paraobtençãoderaízesnovasdecebola,aceboladeveserpreparadaaproximadamenteumasemanaantesdaaula de acordo com as instruões a seguir. 1)Raspararegiãodaraizdacebolacomalâminadebarbearconformemostraagura7.2;
Figura 7.2: raspando a raiz da cebola.
Comesseprocedimento,aregiãoressecada(raízesantigasdacebola)éretirada,permitindomelhorcontatodaágua com as células basais. 2)Colocaracebolacomasraízesraspadasemumcopocomágua,comaregiãodaraizimersa.Paradeixá-la parcialmentesubmersa,podemserinseridospalitosnaregiãomedianaqueservirãodeapoio,comomostraagura7.3, ouaindapodeserusadoofrascodeálcoolcortadoinvertido,conformeilustradonagura7.4. 3)Esperaraproximadamentedecincoasetediasatéasraízesatingiremaproximadamente2cm.Aconselha-seafazer umacebolaparacadadoisexperimentos,pelonúmeroderaízesquecrescemnesseperíodo.
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Preparao de lâmina para observao de mitose de célula vegetal
Figura 7.3: cebola com a parte da raiz submersa em água.
Figura 7.4 : cebola mantida Figura 7.5: cebola com na água em frasco de álcool raízes novas. cortado.
Procedimento Sugerimosqueestaatividadesejadesenvolvidadepoisquevocêjátivertrabalhadocomosalunosoconceitodeciclo celular, a importância da intérfase e da mitose e a caracterizao das fases da mitose. Naaula,antesdeiniciaroexperimento,retomeosconceitosdecélulaededivisãocelularexploradosemaulas anteriores. Antesdaexecuçãododoprocedimento,apontequestõesdesegurança,dicasimportanteseastarefaseasavaliações que sero feitas a partir desta atividade.
Protocolo experimental 1)Cortetrêsouquatroraízesemtamanhosde1a2cmapartirdaregiãoapical(meristemaapical)eastransrapara uma placa de Petri contendo orceína acética (corante);
Figura 7.6: retirada das raízes.
Figura 7.7: raízes retiradas.
Figura 7.8: raízes com orceína acética.
Aorceínaacéticaéumcoranteformadopororceínaeácidoacético.O ácidoacéticoéumxadorquetemcomofunçãomanteraintegridadedas estruturas celulares. A orceína cora os cromossomos, fazendo com que se destaquemdasoutrasestruturasecomquesejamfacilmenteidenticados ao microscópio. Omeristemaapical(gura7.9)éotecidodaregiãodapontadaraiz responsávelpeloseucrescimento,sendoassim,possuicélulascomaltograu de diviso celular (mitose). 2)AqueçaaplacadePetricomumalamparinaaálcoolatéaemissãode vapores,semdeixarferver(gura7.10); Nesse processo, apenas passe a placa de Petri algumas vezes sobre a chama,semdeixá-lapormuitotempoemcon-tatocomofogo.Professor, seacharconveniente,vocêpodeambarumpedaçodaraízatéafervura para depois comparar os resultados. Para isso, retire as raízes da lâmina, deixandoapenasumapequenapartequedeverácarpormaistemposobre a chama.
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Figura 7.9: estruturas da cebola.
Preparao de lâmina para observao de mitose de célula vegetal
Figura 7.10: aquecimento das raízes com orceína acética.
SEGURANçA: aqueça as raízes da cebola com a orceína acética perto de janelas, em capela ou em local com corrente de ar para eliminar os vapores que se desprendem do corante. Utilize uma pinça de madeira, um pedaço de pano ou papel espesso no manuseio da placa de Petri para evitar queimaduras.
3) Pegue as raízes com uma pina de ponta na, coloque-as sobre uma lâmina limpa e seccione a regio do meristema, que representa um pedacinho de cerca de 2 a 3mmapartirdoápice.Desprezeorestoda estrutura; 4) Pingue uma gota de orceína acética sobre o meristema seccionado e, com muito cuidado, cubra o material com a lamínula;
Figura 7.11: retirada do ápice da raiz.
Figura 7.12: montagem da lâmina.
SEGURANçA: chame atenção para que os alunos não toquem na placa de Petri, pois pode causar queimaduras. Se achar conveniente, deixe esfriar por volta de 2 minutos. Corte a lâmina ao meio e coloque um pedaço de ta adesiva para que seu manuseio seja feito na região da ta, evitando o contato com a parte cortante. De preferência, acompanhe o manuseio da lâmina por cada grupo e depois a recolha de volta.
5)Comumpedaçodepapelabsorvente,elimineoexcessodecorante,conformemostraaguraabaixo;
Figura 7.13 : retirada do excesso de corante.
SEGURANçA: certique-se de que a lâmina esteja sobre uma superfície lisa. Irregularidades como a interface entre azulejos, por exemplo, podem promover a quebra da lâmina.
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Preparao de lâmina para observao de mitose de célula vegetal 6) Cubra a lamínula com o papel absorvente e, cuidadosamente, pressione com o polegar até visualizar uma camada única de células ao microscópio óptico.
Figura 7.14 : retirada do excesso de corante.
SEGURANçA: ao esmagar o ápice da raiz entre a lâmina e a lamínula, use a bancada como apoio (gura 7.14). Certique-se de que a lâmina esteja sobre uma superfície lisa. Irregularidades como a interface entre azulejos, por exemplo, podem promover a quebra da lâmina.
7) Coloque a lâmina no microscópio e visualize as células em diviso mitótica.Oaumentode1000xproporcionamelhorvisualização. O aumento é calculado multiplicando-se o aumento da lente objetiva pelo aumento da lente ocular. Para objetivas, a partir do aumentode100x,deveráserusadoóleodeimersão. O óleo de imerso é uma interface líquida que possui o mesmo índice de refrao da objetiva. O óleo deve ser usado para a objetiva de100x,poisfarácomqueosraiosluminososnãosedispersemao atravessarem o conjunto lâmina-óleo, permitindo a entrada de um grande cone de luz na objetiva, o que melhora a visualizao do material.
Figura 15: células em mitose (aumento de 1000x).
Para uso do óleo de imerso, pingue uma pequena gota do óleo em cima da lamínula somente quando a for visualizar comaobjetivade100x.Coloquealâminanomicroscópioeposicioneaobjetiva.Sendoamaiorlente,aobjetivade100x quase toca na lamínula. SEGURANçA: devido à proximidade da objetiva de 100x com a lamínula, a focalização do corte deverá ser feita com muito cuidado, dando preferência à focalização na, pois a lâmina pode se romper caso a objetiva encoste nela. Encaixe primeiro a objetiva de menor aumento e ajuste o foco. Depois passe para a objetiva seguinte, de maior aumento (use óleo de imersão para a objetiva de 100x).
Espera-se que as células estejam coradas, com os cromossomos destacados por uma colorao mais forte. Nem todas ascélulasdaraizestarãoemmitose.Muitasestarãonaintérfase,sendonecessárioquetodaaextensãodocorteseja pesquisada. Casoascélulasnãoapareçamdenidasoucasoestejamescurasousobrepostas,impedindoavisualizaçãodeimagens nítidaseclaras,éprovávelqueocortedaraiztenhacadomuitogrosso.Tentemovimentaralamínula,girando-aum pouquinho enquanto a pressiona contra a lâmina. Senãoencontrarcélulasemmitose,prepareoutralâminacerticando-sedequesejautilizadoumfragmentode apenas1ou2mmdoápicedaraiz. Você pode mostrar esquemas das fases da mitose para discutir as imagens visualizadas e retomar o conteúdo. No softwareLâmináriovirtual4DivisãoCelular,sãoencontradoscortesdecebolaedetestículodegafanhotoquepodem ser utilizados para complemento da discusso. De acordo com a disponibilidade de material (microscópio, lâmina etc.), a classe pode ser dividida em grupos que prepararo sua própria lâmina. Depois, os componentes de cada grupo faro as observaões ao microscópio. Caso a quantidadedematerialsejapequena,éaconselhávelquevocê,professor,preparealâmina,demonstrandotodosos passos para que haja maior tempo para os alunos poderem fazer as observaões ao microscópio.
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8.Tratamentodeágua Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Li ma; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Nesteexperimento,serárealizadoumprocedimentosimplesdetratamentodeágua,noqual,apartirdeumaamostra deáguaturva,seráproduzidaumaamostralímpidaesemodores.
O experimento Materiais •Espátulas(oucolheresdecafé); •Bastãodevidrooudemadeira; •Papelltrooultrodecafé; •Funil; •PipetasPasteurouconta-gotas; •Becker500mLe250mL(ouquaisqueroutrosfrascosde500 e 250 mL); •Águapoluída,quepodesercoletadadelagoserios.Nãoé convenientecoletaráguade esgoto oualgum tipode fonteque ofereçariscodecontaminação.Aáguatambémpodeserpreparada Figura 8.1: materiais necessários. misturando-seáguadetorneiracomterra,oualgummaterialque produzaturbideznaágua; •Soluçãodecloretoférricoa10%(encontradoemlojasdemateriaiseletrônicos)ousulfatodealumínio; •Carbonatodecálcioempó(encontradoemfarmáciasdemanipulação); •Hipocloritodesódio2,5%(podeseradquiridoempostosdesaúde,podendoaindasersubstituídoporáguasanitária); •Carvãoativogranulado(encontradoemfarmácias).
Procedimento Sugerimosqueesseexperimentosejarealizadodepoisdeumaatividadedesensibilização,seguidadadiscussão,a respeito dos efeitos da atividade humana no ambiente. O uso de algum material audiovisual de curta durao, como um videoclipoumesmoumapeçapublicitária,produzidaporalgumaONG,porexemplo,podeserbastanteecientepara motivarosalunos.Usandopalavras-chavecomo“vídeocampanhaágua”ou“campanhaágua”noGoogleouemsites comooYoutube,vocêveráquehábastantematerialparaescolher. Depoisdovídeo,pergunteaosalunosoqueentenderamecomodeniriam“poluição”.Veriquetambémsesabem quaissãoasformasmaiscomunsdepoluiçãodaságuasequalaimportânciadesserecursoparaanossasobrevivência. Discutaseachamqueaáguaéumrecursoinesgotávelounãoeporqueaáguaprecisasertratada.Seráquealguémsabe comootratamentodeáguaéfeito? Você pode fazer uma breve introdução ou discussão sobre eutrozação das águas, já que esta é consequência do lanamento de dejetos humanos e de animais domésticos em rios, lagos e mares. Esses dejetos, por serem ricos emmaterialorgânico,possibilitamaproliferaçãodebactérias,queconsomemgrandequantidadedegásoxigênio, acarretandonamortedosorganismosaquáticos. Aságuasprovenientesdessesrioselagosquechegamatéasnossascasasnecessitampassarporumtratamentopara quequemcomaaparênciatranslúcida,semodoreseemboascondiçõesparaserutilizada.Essetratamentopode limparaágua,retirandopartículasemsuspensãoematandoosmicro-organismos. Apresenteaosalunosoexperimentoqueterácomoobjetivodemostrarasetapasdeumsistemasimplesdetratamento deágua.
Protocolo Experimental 1)Coletaráguasujacomaspectoturvoretirada,porexemplo,deumalagoa; SEGURANçA: coletar com um frasco grande e com cuidado para não entrar em contato com a água.
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Tratamentodeágua 2)Acondicionaraproximadamente250mLdaáguapoluídaemumbéquer; 3) Adicionar duas gotas de hipoclorito de sódio 2,5%;
Figura 8.2: adição de hipoclorito de sódio.
O hipocloritofará a primeiradesinfecçãoda água.É uma substânciadisponível empostos desaúde e pode ser colocadanaáguadatorneiraparagarantiradesinfecção.Éutilizadoparalavarsaladasefrutas. Ohipocloritodesódio2,5%éusadocomumentecomoprodutodelimpeza(conhecidocomercialmentecomoágua sanitária). No entanto, esse produto contém muitas impurezas na sua composição, sendo aconselhável adquirir o hipocloritoempostosdesaúdeoufarmácias. SEGURANçA: abrir o frasco de hipoclorito de sódio somente para coletar as gotas. Manter o frasco fechado. Não inalar. Não misturar o hipoclorito com outros materiais, porque isso pode gerar gases tóxicos.
4) Adicionar três gotas de cloreto férrico e agitar novamente; A
B
Figura 8.3: adição de cloreto férrico (A) e agitação da suspensão (B).
Ocloretoférricopossuiacapacidadedeaglomerarasujeira(coagulante),formandoocos. SEGURANçA: manter o frasco fechado. Não inalar. Em caso de acidentes, lavar com água corrente em abundância.
5)Adicionarumaespátulacheiadecarbonatodecálcioemisturar(gura8.4); Ocoagulante(cloretoférrico)eocarbonatodecálcioligam-seformandopartículaspesadasqueserãodepositadas nofundo.Amisturadasuspensãosimulaaoculação,processodeagitaçãodaáguaparaqueosocosseagreguem, permitindoassimumadecantaçãomaisrápida. 6)Deixarrepousarpor5minutos; Esse período simula a decantao, ou o processo de deposio da matéria em suspenso no fundo por ao da gravidade.
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Tratamentodeágua 7)Adicionarumapontadeespátuladecarvãoativo(gura8.5),nãomexereltrar(gura8.6); Ocarvãoativoadsorve(liga-sea)asimpurezaquerestaramdaetapaanterior.Altragemposteriorretémocarvão ativo e as impurezas adsorvidas por ele. É utilizado também para retirada de odores causados por gases dissolvidos na águaquetambémsãoretidosporadsorção. Vocêpodecomentarqueocarvãoémuitoutilizadoemltrosdeágua.
Fi gu gura 8. 8. 4: 4: a di diçã o d o ca rb rb on onat o d e cá lc lci o. o.
Fi gu gur a 8 .5 .5 : ad iç ição do do ca ca rv rvão at at iv ivo .
Fi gu gu ra ra 8. 8. 6: 6: fi fi lt lt ra ragem .
8)Adicionarduasgotasdehipocloritodesódioaoltrado; Essaetapadecloraçãotemanalidadederealizaradesinfecçãonal,livrandoaáguadealgunsmicro-organismos que podem ter restado. Coment Com ente e que, mes mesmoa moa água tend tendo o pas passad sado o pelo proc process esso o de detrat tratame amento nto, , pod pode e have haver r con contam tamina inação ção em emtod todo o o percurso até chegar às nossas casas. SEGURANçA: abrir o frasco de hipoclorito de sódio somente para coletar as gotas. Manter o frasco fechado. Não inalar. inalar. Não mistura misturarr o hipoclorito com outros materiais, pois isso pode gerar gases tóxicos.
9)Observaroaspectonaldaágua.
Figura 8.7: comparação entre a água não tratada e a tratada.
Aáguatratadapossuiaspectotranslúcido,livredepartículasemsuspensãoelivredemicro-organismos. Discuta a funo de cada etapa do tratamento. Sabe-sequeduranteocaminho Sabesequeduranteocaminhopercorrido percorridopelaágua,nastubulaçõ pelaágua,nastubulaçõesdaEstação esdaEstaçãodeT deTratame ratamentoatéascasas, ntoatéascasas,pode pode havercontaminaçãonovamente,sendoqueohipocloritopodeseradicionadoàáguaparapreparoelavagemdealimentos. Paraoconsumo,aconselha-serealizartambémumanovaltração. Você pode dis discut cutir ir pot potabi abilid lidade ade e alg alguma umas s doe doença nças s tran transmi smitid tidas as atr atravé avés s de água con contam tamina inada, da, enfa enfatiz tizando ando a importânciadebeberáguatratada.
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9.Observaçãodadiversidadeem 9.Observaçãod adiversidadeemambienteaquá ambienteaquático- tico-Aula1 Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander Vander dos; Marchini, Gislaine Lima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Nestaatividadeseráobservadaabiodiversidadeexistenteemumaáreadelago,charqueoulagoa,identicandoos reinosaquepertencemosseresvivosobservados.Seráfeitacoletadeamostrasdaáguaparaposteriorobservaçãoda biodiversidadedamicrobiotaaquática.
O experimento Materiais •Frascoscomtampaparaacoletadeágua(deaté1litro)delagooulagoa,juntamentecomosdetritospresentes; •Binóculoselupa(opcionais); •Cadernodecampo; •Luvas.
Procedimento Professor, planeje uma saída de campo com os alunos no entorno de um lago, charque ou lagoa. Com essa atividade, oalunopoderáidentic oalunopoderá identicarosseresvivo arosseresvivosnoambiente snoambientee,posteriorm e,posteriormente,clas ente,classicá sicá-losnosrei -losnosreinosaquepertencem nosaquepertencem.Os .Os níveisdeclassicaçãotaxonômicadevemtersidodiscutidosnumaaulaanterioraestaatividade. Peçaparaqueaclassesedividaemgruposefaçaasobservações.Provavelmenteosalunosidenticarãoosseresvivos pornomespopulares.Peçaparaque,emcasa,os pornomespopulares.Peça paraque,emcasa,osgruposconstruamumatabela,classicando gruposconstruamumatabela,classicandoosseresvivosobservados. osseresvivosobservados.
Protocolo Experimental 1) Realizar um passeio no entorno do lago, charque ou lagoa, observando e fazendo anotaões sobre os seres vivos presentes; Professor,façauma Professor ,façaumabreveexplicaçãoso breveexplicaçãosobreoquee breoqueeondeobservarec ondeobservarechameatençãopara hameatençãoparaasinteraçõeseco asinteraçõesecológicasque lógicasque poderãoserobservadas(gura9.1.1).
Figura 9.1.1: diversos tipos de interações ecológicas.
2) Par ara a a co cole leta ta de ág água ua, , es esco colh lha a um lo loca cal l sombreado na beira do lago, charque ou lagoa (Figura9.1.2A).Apro (Figur a9.1.2A).Aproxime-s xime-seda eda região escolh escolhida, ida, usando um sapato fechado e luvas. Raspe a boca do frasco na beira do lago de modo a coletar um pouco de sedimento e matéria orgânica, como pequenos galhos e folhas (Figura 9.1.2B). Complete o restante do frasco com pelo menos um litro da água ág ua do la lago go. . Fe Fech che e bem o fr fras asco co pa para ra ev evit itar ar o contatocomaáguacoletada. SEGURANçA: não entrar em contato direto com a água.
A
B
Figura 9.1.2: local de coleta da água (A) e água coletada com detritos (B).
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Observaçãodadiversidadeemambienteaquático-Aula2
Resumo Nestaaula,serápreparadoummeioparaculturadeprotozoáriosetambémseráfeitaumaobservaçãomicroscópica inicialdamicrobiotapresentenaamostradeáguacoletadanaaulaanterior.
O experimento Materiais •Cubadevidroesterilizada; • Água de lago, lagoa ou charco com sedimentoscontendoprotozoários; •Folhaspicadasdealface; •Gaze; •Lâminas; •Lamínulas; •Pipetas; •Fitaadesiva; •Microscópio.
Figura 9.2.1: materiais utilizados.
Procedimento Professor,inicialmente,expliqueamontagemdacuba.Façaumabrevediscussãosobreamicrobiota,perguntando quetiposdeseresvivososalunossupõemencontrarnaágua.
Protocolo Experimental Observaão da água coletada 1)Prepararumalâminacomumagotadaágua(gura9.2.2A)ecobrircomlamínula(gura9.2.2B); A
B
Figura 9.2.2: pingar uma gota da água na lâmina (A); cobrir a gota com a lamínula (B).
2)Observaraáguacoletadaaomicroscópioemdiversosaumentosedesenharosprotozoáriosououtrosseresvivos encontrados; Poderãoserobservadosrestosdefolhas,bactériasepossíveisprotozoários.
Preparo do meio de cultivo 1)Nacubadevidro,colocaraproximadamente1litrodaáguacoletadadolagocomsedimentos(gura9.2.3); 2)Depositarasfolhasdealfacepicadas(gura9.2.4); 3)Cobrircomgazeparaevitaraentradadeinsetosevedarcomtaadesiva(gura9.2.5); 4)Colocaracubaemlocalpoucoiluminadoeaguardar7dias(gura9.2.6).
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Observaçãodadiversidadeemambienteaquático-Aula2
Figura 9.2.3: adicionando a água na cuba.
Figura 9.2.4: adição de alface na cuba de vidro.
Figura 9.2.5: fechando a cuba com gaze.
Figura 9.2.6: cuba preparada.
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Observaçãodadiversidadeemambienteaquático-Aula3
Resumo Nestaaula,seráobservadaamicrobiotacultivadanomeiodecultivo(cubadevidro)preparado7diasantes.
O experimento Materiais •Meiodeculturacontendoprotozoários; •Lâminaparamicroscópio; •Lamínulaparamicroscópio; •Papelabsorvente; •PipetadePasteur; •Microscópio. Figura 9.3.1: materiais utilizados.
Procedimento Protocolo Experimental 1)RetirarumpoucodeáguadaculturadeprotozoárioscomapipetadePasteur(gura9.3.2); 2)Prepararumalâminacomumagotadaágua(gura9.3.3A)ecobrircomlamínula(gura9.3.3B); A
Figura 9.3.2: retirada de amostra da água
B
Figura 9.3.3: pingar uma gota da água na lâmina (A); cobrir a gota com a lamínula (B).
3)Observaraáguacoletadaaomicroscópioemdiversosaumentosedesenharosprotozoáriose/ououtrosseresvivos encontrados; Discutaoquefoiobservado,identicandoosdiferentesseresvivos,comobactériaseprotozoários.Chameatenção também para os restos de folhas e terra que contribuem para que a microbiota se desenvolva. Pergunte se houve diferençadessematerialemcomparaçãocomaobservaçãorealizadanaaulaanterior.Qualopapeldoalfacenomeio de cultivo? O alface teve justamente a funo de disponibilizar nutrientes para o meio.
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10.Chavetaxonômicadeidentificaçãoparaordensdeinsetos Heleno, Maurício Gomes; Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Estaaulatemoobjetivodefavoreceroaprendizadodoalunosobreoscritériosutilizadosnaclassicaçãotaxonômica pormeiodeumachavedeidenticaçãoparaasordensmaiscomunsdeinsetos.
O experimento Materiais - Coleta
Materiais - Identicação
•Puçá; •Frascomatador; •Pinças; •Envelopeentomológico.
•Insetoscoletadospreviamente; •Pinças; •Lupaoulentedeaumento.
Figura 10.1: materiais necessários.
Figura 10.2: materiais necessários.
Procedimento Professor,aauladeclassicaçãodeinsetosdeveserplanejadacomalgunsdiasdeantecedênciaparaquevocêtenha tempo de orientar seus alunos na coleta de pequenos animais invertebrados que podem ser encontrados dentro de casa e da escola, no quintal ou jardim, nas praas, etc. Esses animais devem ser trazidos para a escola, juntamente com os outrosmateriaisnecessáriosdescritosnoprotocolo.Acoletadeverespeitaromeioambienteeserpautadaporcritérios éticos.Éummomentodegrandeludicidadeeintensopotencialeducativo,quedeveseradequadamenteexploradopelo professor.
Coleta dos insetos Muitos insetos podem ser encontrados sobre plantas. Eles esto presentes também no ambiente doméstico, em gros alimentícios, em livros e papéis e sobre os animais domésticos ou de estimao. Alguns insetos vivem em situaões ocultas,comoembaixopedras,pedaçosdemadeiraoucascasdeárvores.Frutascaídasdopéeemdecomposiçãocontêm verdadeiras comunidades de insetos. SEGURANçA: muito cuidado ao capturar os insetos, pois estes procurarão se defender picando ou mordento. Portanto manuseie os insetos coletados com pinças.
Procurenosolo,entrefolhascaídas,nascopasdasárvoreseempequenoscorposecursosd’água.Acoletadeinsetosé feita por meio de diferentes tipos de redes, na coleta direta ou ativa. Nesta etapa, os alunos podem construir instrumentos decoletadeinsetos.Dependendodosmétodosutilizados,ascoletaspodemserdivididasemduascategorias: •Ativas:ocoletorutilizaredeentomológicaoudevarredura,pinçasefrascomatador. •Passivas:ocoletordeixaqueasarmadilhasfaçamotrabalhodecaptura,semsuainterferênciadireta.
Material de coleta Recipientesparaacomodarosinsetoscapturadosvivos(pequenosvidrostransparentes,porexemplo);algunsvidros com boca grande, para acondicionar insetos maiores e, sobretudo, borboletas; pequenos envelopes para acomodar borboletas,pinças,puçáerededevarredura.
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Chavetaxonômicadeidentificaçãoparaordensdeinsetos A
B
D
C
Figura 10.3: materiais de coleta: puçá (A), rede de varredura (B), frascos matadores (C) e envelope entomológico (D).
REDEENTOMOLÓGICA:tambémdenominadapuçá,éconstituídaporumcabodemadeiraououtromaterialleve(como alumínio),aoqualseprendeumarodemetaleumsacodelóouorganza(voil)comofundoarredondado.Éótimapara se capturar insetos em voo, como libélulas, borboletas e mariposas, moscas, abelhas, vespas, cigarras e outros. REDE DE VARREDURA:é parecidacoma rede entomológica, mas aarmaçãodemetalé maisreforçada eretana extremidade.Osacoégeralmentefeitodelonaououtrotecidoresistente.Avegetaçãoé“varrida”comela,demodo que muitos invertebrados acabam sendo coletados. FRASCO PARA SACRIFÍCIO DOS INSETOS:emumvidro(umfrascodemaionesede500g,vazioecomtampa,servirá muito bem) coloca-se um pouco de algodo no fundo para diminuir a mobilidade dos insetos e amortecer os impactos com osmovimentos,paranãodanicaraestruturadosinsetos.Ofrascodeveserfechado,colocadoemcongelador,ondeos insetos devem permanecer até que morram (cerca de 10 a 15 minutos). ENVELOPEENTOMOLÓGICO:comumafolhadepapel,dobrarconformeaindicaçãodagura 3D.Serveparaacondicionar as borboletas e mariposas com as asas dobradas. Sugerimosqueaaulapráticasejainseridacomoumadasatividadessobreotemaclassicaçãodosseresvivos. Assim,vocêpodeiniciarodesenvolvimentodestetemaapresentandoumáudiosobreabiograadeLineu,o“pai” dataxonomia,paradaraosalunosumavisãohistóricadoprocesso.ATaxonomiadeLineuaindaéextensamentecitada e utilizada nas ciências biológicas. Ela foi desenvolvida por Carolus Linnaeus (Conhecido normalmente como Carl von Linné,ouemportuguêscomoCarlosLineu,oumaisfrequentementeporLineu)noSéculoXVIII,duranteoperíodode grandeexpansãodahistórianatural.AtaxonomiadeLineuclassicaosseresvivosemumahierarquia,começandocom os Reinos. Reinos so divididos em Filos. Filos so divididos em classes, ento em ordens, famílias, gêneros e espécies. Quandoumcientistadescobreumnovoinseto,eleprocuraclassicá-lodentrodeumacategoriajáexistente,baseado emumalógicaestabelecida,vericaaqualfamíliaegênerooanimalpertencee,porm,escolheumnomeparaanova espécie.Lineuestabeleceuomaisusadopadrãodeclassicaçãotaxômica.Atualmenteataxonomiaéutilizadaemum sentidomaisabrangente,podendoaplicar-seàclassicaçãodecoisasouaosprincípiossubjacentesdaclassicação. Quasetudo-objetosanimados,inanimados,lugareseeventos-podeserclassicadodeacordocomalgumesquema taxonômico. Apósestadiscussãoinicial,expliqueparaosalunosqueelesrealizarãoumaatividadepráticanaqualclassicarão os insetos que coletaram. Apresente, usando as ilustraões do livro ou por meio de desenhos na lousa, as principais característicasmorfológicasquepermitemaidenticaçãodoloartrópodesedesuasclasses(insetos,crustáceos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes). Se os seus alunos tiverem pouco conhecimento sobre as características dos artrópodes, é provávelque nacoleta querealizaramtambém tragam caracóise lesmas (que são dolo moluscos). Estimule seus alunos a compararem a morfologia desses animais com a dos artrópodes e questione por que no so artrópodes.Discutacomosalunosomotivodaescolhadosartrópodese,dentrodesselo,especicamentedosinsetos, que constituem o grupo mais numeroso em todo o reino animal. Fale sobre a importância dos insetos, comente sobre suasadaptaçõesediversidade.Porm,expliquecomoachavedeveráserutilizadaepeçaqueiniciemaidenticação das ordens dos insetos coletados, separando da amostra os artrópodes que no pertenam à classe dos insetos.
Protocolo experimental 1)Coletarpreviamentealgunsinsetosemdiferenteslocais:dentrodacasaoudaescola,noquintal,nojardimouem
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Chavetaxonômicadeidentificaçãoparaordensdeinsetos praçaspróximas.Convémexplicaraoalunoquecadaanimalcoletadodevesercolocadoemrecipientesquecontenham aidenticaçãodolocalondefoiencontrado;
Identicação de insetos através da Chave de identicação para ordens de insetos 1)Observarosinsetoscoletados: •Vericarqueosinsetosapresentamocorpodivididoemtrêspartes(cabeça,tóraxeabdome),trêsparesdepernas localizadasnotóraxeumpardeantenasnacabeça.Casoencontreanimaiscom4paresdepernas(aracnídeos)oumais (diplópodes,quilópodesoucrustáceos),estesnãoseenquadrarãonachaveabaixo; •Observaratentamenteascaracterísticasmorfológicasdosinsetoscoletados,utilizadoparaistoumalupaoulente de aumento. 2) Relacionar as características morfológicas do inseto para determinar à qual ordem este pertence, usando a chave de identicaçãoparaordensdeinsetos,apresentadanatabelaaseguir.Estachavesebaseianadicotomiadascaracterísticas morfológicasapresentadaspelosinsetosedeveserusadadamaneiraqueexplicamosaseguir: Comoinsetocolocadosobreumafolhadepapel,porexemplo,aprimeiracoisaquedeveserfeitaéleroitem1da chave,ondeestáescrito:“1.a-Insetoscomasasvisíveis”e“1.b-Asasnãovisíveisouausentes”.Veriqueentãoessa característicanoinseto.Seestiverdeacordocomoitem“1.a.”(setiverasasvisíveis),sigaparaoitemdonúmeroda colunaàdireita,ouseja,2.Eseoinsetoseencaixarnoitem“1.b”(seasasasforemnãovisíveisouausentes),façaa mesmacoisa:sigaparaoitemdonúmerodacolunaàdireita,ouseja,11. 3)Apósaidenticaçãodasordensàsquaispertencemosinsetoscoletados,pesquisarnoseulivrodeBiologiaouem casa o nome popular dos insetos desconhecidos; 4)Desenharoinsetocoletadoeidenticá-locomseunomepopulareaordemàquepertence. A
B
C
D
Figura 10.4: tipos de aparelho bucal de insetos: mastigador (A), sugador labial (B), sugador maxilar (C) e lambedor (D).
CHAVE DE IDENTIFICAÇO PARA ORDENS DE INSETOS.
1.a Insetos com asas visíveis. 1.b Insetos com asas no visíveis ou ausentes. INSETOS COM ASAS 2.a Um par de asas. 2.b Dois pares de asas. 3 Só um par de asas. 4.a Os dois pares so diferentes na estrutura (1º mais espesso que o 2º). 4.b Os dois pares so semelhantes na estrutura. 5.a 1º par mais espesso, em forma de carapaa (figura 4). 5.b Partedo1º.pardeasascoriácea(maisespessa,maisgrossa). 1ºpar deasascoriáceas nabasee membranosa nas extremidades, 6.a aparelho bucal sugador (figura 5). 6.b 1ºpardeasascoriáceascomnervuras,aparelhobucalmastigador. 7.a Seis pernas para caminhar. 7.b Pernas posteriores longas e projetadas para saltar.
2 11 3 4 Diptera 5 8 Coleoptera 6 Hemiptera 7 Blattodea Orthoptera
53
Chavetaxonômicadeidentificaçãoparaordensdeinsetos 8.a 8.b 9.a 9.b 10.a 10.b
Asas cobertas com escamas. Lepidoptera Asas no cobertas com escamas, claras e membranosas. 9 Aparelho bucal sugador. Hemiptera Sub-ordem Homoptera Aparelho bucal no sugador. 10 Asas com poucas ou nenhuma nervura. Hymenoptera Asas com muitas nervuras. Odonata INSETOS SEM ASAS * 11.a Cinturaestreita,semprojeçõescaudaisnaextremidadedoabdome. Hymenoptera Cinturalarga,comduasprojeçõescaudaiscurtasnaextremidadedo 11.b Isoptera abdome. Pequenos insetos achatados lateralmente, aparelho bucal sugador, 11.c Siphonaptera pernas posteriores saltadoras. Insetos muito delicados com caudas e antenas filiformes, longas e 11.d Thysanura unidas. * Muitos dos insetos no possuem asas quando adultos. Alguns deles esto listados em 11.a, 11.b, 11.c e 11.d.
A
B
C
D
E
Figura 10.5: tipos de asas de insetos: membranosas (A), com escamas (B), carapaça (C), coriácea e membranosa nas extremidades (D) e membranosas com muitas nervuras (E).
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11.Observaçãodebicosepatasdeaves:aaveeoambiente Aula 1 Santiago, Rodrigo Girardi; Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Martins, Igor; Galembeck, Eduardo.
Resumo Nesta aula, serão identicados os conhecimentos prévios dos alunos sobre a diversidade de espécies de aves, explorandooreconhecimentodascaracterísticasanatômicasdasavesparaomelhorentendimentodasrelaçõesentreas formas e as funões que desempenham.
O experimento Materiais •Lápis; •Papel.
Procedimento As aves têm sido tradicionalmente usadas como modelo para os estudos sobre evoluo e especiao e até como indicadores de qualidade ambiental. Charles Darwin baseou boa parte de sua teoria sobre a evoluo dos seres vivos no estudodetentilhões(avesdamesmafamíliadotico-tico)dasilhasGalápagos. Alémdoaspectohistórico,hágrandevantagempráticanoempregodeavescomomodelodeestudo:estegrupo estárepresentadopormaisde 1.700espécies emnosso paíse essassãoquase sempreosanimaisvertebrados mais facilmenteobserváveis.Ograndenúmerodepublicaçõessobreaves,comoguiasdecampoewebsites,facilitaoacesso a informaões sobre as espécies dessa classe. Estaaulaenfocaaexploraçãodecaracterísticasanatômicasdasavesparaomelhorentendimentodasrelaçõesentre asformaseasfunçõesquedesempenham.Estareexãotambémabreoportunidadesparadiscussõessobreasteorias evolutivas. Expliqueaosalunosqueoprojetoserádesenvolvidoemtrêsaulas,comentandoresumidamentecadaumadelas. Deixeclaroquehaveráumadiscussãosobreosresultadosnaterceiraaula,queservirádeavaliação.Issoproporcionará maior cuidado nas anotaões dos procedimentos. Peçaqueaclassesedividaemgruposquedeverãosermantidosatéonaldoprojeto.
Protocolo experimental 1) Listar o maior número possível de espécies de aves que os alunos conhecem; 2) Escrever o que os alunos sabem sobre tais espécies; Incentive os alunos a listarem o maior número possível de espécies de aves que conhecem e o que sabem sobre essas espécies.Osalunoscommaiorconhecimentopodemdescrevê-lasoralmenteoudesenhá-lasparaoscolegasquenãoas conhecem. Paraqueessatrocadeinformaçõessejaeciente,éinteressanteaseparaçãodegruposcomoobjetivodequecada um contenha pelo menos um aluno com conhecimento mais avanado sobre o assunto. Caso os conhecimentos prévios dos alunos sejam muito limitados, o professor deve intervir, mostrando ilustraões de algumas espécies selecionadas. 3)Paraclassicarasespécies,agrupe-asconformeassuassemelhanças. Umavezqueosalunosjápossuemumalistadeespéciesconhecidas,trabalheoscritériosqueunemouseparam diferentes espécies conforme suas características morfológicas. Os alunos devem agrupar as espécies de acordo com as semelhanas que encontrarem e o professor pode intermediar as decisões dos grupos com orientaões sobre como comparar os formatos dos bicos, dos pés, o tamanho, o formato das asas etc. Osgrupospoderão,então,compararsuasclassicaçõesediscutirasdiferenças. Nãoéoobjetivodestaatividadediscutircomprecisãoaclassicaçãotaxonômicadosgruposdeaves,massehouver tempoerecursos,oprofessorpodecompararaclassicaçãodosalunoscomaocial.Alémdosdiversoslivroseguiasde campo,oprofessorpodeutilizaralistaocialdoComitêBrasileirodeRegistrosOrnitológicos,quepodeserencontrada no site www.cbro.org.br.
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Observaçãodebicosepatasdeaves:aaveeoambiente-Aula2
Resumo Nesta aula, utilizando as aves como modelo de observao, os alunos faro uma observao naturalística para reconhecer diferenas e semelhanas de grupos distintos de seres vivos.
O experimento Materiais •Lápis; •Papel; •Guiadecampo(sedisponível); •Binóculos(sedisponível).
Dicas de obtenão de materiais Seporalgummotivo,comomautempoouporquestõeslogísticas,asaídadasaladeaulanãoforpossível,aindahá comoexplorarlivrosnabiblioteca,sitesespecícos,revistasouatémesmodesenhosfeitospelosprópriosalunos.
Procedimento 1)Observarasavesnasáreasverdesdaprópriaescolaoudesuasproximidades,segundooroteirodeobservação. Agoraqueosgruposjáforamformadoseosalunosreconheceramofocodaatividade,épossívelpartirparaa observaçãodiretanasáreasverdesdaprópriaescolaoudesuasproximidades.Sesuaescoladispuserderecursosparaa visitaçãodeumparqueouzoológico,aexperiênciaserámaisrica,masumasimplesobservaçãoemumaáreaarborizada pode ter resultados ainda melhores se bem organizada. Cada grupo deve ter em mos o roteiro proposto ou adaptaões desse.Oprodutodessaobservaçãodeveserumalistadasespéciesavistadascontendopelomenososhábitosobservados e os formatos dos bicos e dos pés, conforme as descriões apresentadas a seguir. SEGURANçA: informe-se previamente sobre as características do local que utiliará para a observaão de campo a m de identicar riscos potenciais. As aves apresentam poucos riscos à saúde do ser humano, a não ser quando aglomeradas em espaços connados, como no caso de pombos urbanos cujas fezes acumuladas podem ser focos de esporos de fungos e de protozoários que nos causam problemas respiratórios. Outro problema comum em excursões a parques é a infestação por carrapatos que são potenciais vetores de febre maculosa. Caso a área que você irá visitar esteja infestada por carrapatos, evite o contato com a vegetação, especialmente com as gramíneas próximas a cursos d’água. Se os alunos utilizarem binóculos ou lunetas, certique-se que nunca apontem esses instrumentos diretamente para o sol, pois a alta intensidade luminosa pode causar danos irreversíveis à retina.
Sugestão de montagem da tabela Ao observar as espécies em seus ambientes naturais, pr este ateno principalmente aos formatos dos pés e dos bicos e procure reconhecê-los nas imagens, anotando as observaões na tabela (você pode usar as letras para ganhar tempo, porexemplo,pé“tipoa”e“bicotipob”).Anote,sepossível,outrascaracterísticasdasespécies,comoosalimentosque consomem, a forma como se locomovem e o ambiente em que vivem. ESPÉCIE *
TIPO DE PÉ
TIPO DE BICO
ALIMENTAÇO
HÁBITOS E HABITAT
*Senãosouberonome,descrevaaaparênciageralparatentaridenticá-laposteriormente.
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Observaçãodebicosepatasdeaves:aaveeoambiente-Aula2 PÉS
Gavião: músculos fortes, unhas curvas, longas e afiadas. Três dedos para frenteeumparatrás.
Pé generalista: típico dos passarinhos. Pode ser usado para caminhar, pular e empoleirar-se.
Dois ou três dedos muito fortes usados para caminhar, correr e eventualmente se defender.
Dois dedos para frente e dois para trás. Os pares de dedos ficam juntos, um para cada lado.
Dedos extremamente Dedos bem separados (3 Membrana entre os dedos. Dois dedos para a frente longos em relao ao parafrentee1paratrás) e dois para trás (todos comprimento dos pés. e pernas longas. fortes) com unhas curvas. BICOS
Bico médio, largo e alto.
Bico desproporcionalmente Bico muito comprido e Bico triangular, fino e longo e levemente curvo. achatado na pontudo. ponta.
Bicoextremamentelongo, Bico totalmente fino e reto. forte e pontudo.
curvo, Bico curvo na ponta e Bico muito longo, fino e afiado. levemente curvo.
Bico generalista: curto Bico alto, largo, forte Bico curto e triangular Bico médio com a ponta ou médio, no, às vezes e triangular, típico de (grosso na base). curva. levemente curvo na ponta e espécies que no voam. que funciona como uma pina para capturar alimentos pequenos (o mais comum).
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Observaçãodebicosepatasdeaves:aaveeoambiente-Aula3
Resumo Nestaaulausaremosasobservaçõesdaaulaanteriorparaestabelecerrelaçõesentreascaracterísticasidenticadas nas aves e suas funões, considerando o modo de vida de cada espécie. Aprofundaremos o tema com uma discusso sobre a evoluo dessas características ao longo do tempo.
O experimento Materiais Ofechamentodestaatividadepodeterêxitoatémesmonaausênciatotaldemateriais,mas,casohajaapossibilidade de visualizao de imagens apresentadas por um projetor de slides, transparência ou impressas em papel, a realizao daatividadepodesermaisricaeeciente.
Procedimento Osgruposdevemorganizarasobservaçõesindividuaisnumaúnicaobservaçãodiscutindoaspectosdaclassicação, hábitosdevidaeadaptação. •Retomebrevementeasaulasanteriores; •Osalunosdeverãoteremmãosasanotaçõesdaaulaanterior. Cada grupo deve responder às seguintes questões com base nas observaões feitas na aula anterior.
Questões para discussão 1)Podemosperceberqueadiversidadedasespéciesdeavesémuitograndeeque,portanto,énecessáriodividiras espéciesemgrupos(ordens,famíliasegêneros)paraquesejapossívelestudá-lasseparadamente. Agrupeasespéciesobservadaspeloseugrupoconformeascaracterísticasabaixo(umadecadavez): 1ºClassicação:usandocomocritériooformatodospés; 2ºClassicação:usandocomocritériooformatodosbicos; 2)Asclassicaçõesacimaforamidênticas?Qualseriasuaexplicaçãoparaessefato? Aotérminodasquestões,promovaumadiscussãoentreosgrupossobresuasclassicações,retomandoouintroduzindo ateoriadaseleçãonatural.Nessemomentoépossívelcompará-laaolamarquismo.Osalunosdevemserencorajadosa criareadiscutirhipótesessobreaevoluçãodecadagrupoesuadiversicaçãoemváriasespécies. Umainvestigaçãointeressantepodesercompararoscritériosdeclassicação.Percebemosque,seclassicarmosas avescombasenocritério“formatodobico”,osagrupamentosnemsempreserãocorrespondentesaosagrupamentos formadospor“formatodospés”ou“hábitosalimentares”.Essefatogeraaoportunidadedeapresentarmosoconceitode convergência evolutiva, pois muitas vezes espécies de grupos diferentes acabam desenvolvendo adaptaões semelhantes paraexplorarummesmonicho. Umbomexemplodeconvergênciaevolutivaemaveséocasodosurubusedasavesderapina.Antigamentepensavasequeurubusfaziampartedogrupodasavesderapina,masatualmenteváriosestudos,inclusiveosgenéticos,apontam ascegonhascomoosparentesmaispróximosdosurubus.Segundoessateoria,osancestraisdosurubuseramparecidos com cegonhas que se adaptaram a comer carnia e, ao longo da evoluo, desenvolveram o voo planado, bico curvo e viso aguada, que so características em comum com as aves de rapina, que também costumam consumir animais mortos.
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12. Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 Araujo, Ana Luiza; Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Estaaulatemcomonalidadeoestudodacélula,maisespecicamenteacomparaçãoentrediferentestiposcelu- lares. Para isso, é proposta a confeco de modelos de células procariótica, eucariótica animal e eucariótica vegetal, através do uso de massa de modelar e isopor (ou massa de modelar e gel de cabelo). Nesta primeira aula, sero confeccionados os modelos de estruturas celulares com massa de modelar e outros materiais. Emanexo,nonaldesse roteiro,segueasugestãodeumprotocolode montagemdeummodelodecélulafeito através do uso de massa de modelar e de gel de cabelo.
O experimento Materiais •Placadeisoporgrande; •Massademodelardeváriascores(podesersubstituídapor massa de biscuit); •Tintaguache(ouacrílica)deváriascores; •Pincel; •Canetapretapararetroprojetor(eumacolorida,sepossível); •Arame; •Bexigas; •Miçangaspequenaspretas; •Fitascoloridas; •Palitosdedente; •Fitaadesiva; •Tesoura; • Estilete ou algum material cortante para manipulação do isopor.
Figura 12.1.1: materiais necessários.
Procedimento Osseresvivos,comexceçãodosvírus,sãoformadosporcélulas.Ostrêstiposdecélulasqueserãoconfeccionadas possuemestruturascelularescomfunçõessemelhantes.Esseprojetopermitiráoestudodosdiferentestiposdecélulas, reconhecendo suas funões e suas diferenas. Nesse projeto, é proposto que grupos de alunos confeccionem as diferentes estruturas celulares das diferentes células.Ascélulasserãomontadasemgruponasaulasposteriores,deformaquecadagrupodealunoscontribuirácom um conjunto diferente de estruturas celulares. Emumaaulaanterioràrealizaçãodaatividadeprática,organizeaclasseemgruposeexpliquequeelesfarãouma atividade para confeccionar três tipos de células (procariótica, eucariótica animal e eucariótica vegetal) com massa demodelar,sendoquecadagrupocaráresponsávelpelaconfecçãodeumconjuntodeestruturascelulares.Nãose esquea de organizar quais materiais os grupos devero providenciar para a realizao da aula. Sugerimos que a classe sejadivididaemcincogrupos,cadaqualresponsávelporumconjuntodeestruturascelulares,comomostraadivisão sugeridanatabelaabaixo. Osgruposqueconfeccionarãoocitosolcarãoresponsáveispelamodelagemdo“corpo”dacélula,omoldedeisopor sobreoqualomodelodacélulaserámontada. GRUPOS
GRUPO 1
ESTRUTURAS CELULARES A SEREM CONFECCIONADAS CÉLULAVEGETAL: - Citosol - Parede celular -Membranaplasmática - Ribossomos - Citoesqueleto
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1
GRUPO 2
GRUPO 3
GRUPO 4
GRUPO 5
CÉLULAANIMAL: - Citosol -Membranaplasmática - Ribossomos - Citoesqueleto CÉLULAPROCARIÓTICA: - Citosol - Parede celular -Membranaplasmática - Ribossomos - Núcleo das células animal e vegetal - DNA da célula procariótica - Mitocôndria das células animal e vegetal - Cloroplasto da célula vegetal -RetículoEndoplasmáticolisoerugosodascélulasanimalevegetal -Complexogolgiensedascélulasanimalevegetal -Lisossomos/Peroxissomosdascélulasanimalevegetal - Centríolo da célula animal - Vacúolo da célula vegetal
Ainda na aula anterior, divida as estruturas celulares entre os grupos e pea que os alunos tragam na aula seguinte um pequenotrabalhode,nomáximo,umapágina,contendoumestudosobreasprincipaisfunçõeseasposiçõesnacélula das estruturas celulares do seu grupo. Pea para cada grupo trazer também imagens das estruturas celulares para que possam ter uma referência para a modelagem. Esse trabalho é fundamental para que cada grupo possa confeccionar adequadamente suas estruturas celulares. Na primeira aula do projeto, antes de iniciar o trabalho com a massa de modelar, faa uma breve observao sobre proporçãoedimensõesentreacélulaeasestruturascelulares.Estabeleçacomaclasseotamanhodo“corpo”dacélula, ouseja,abasesobreaqualelaserámontada,queseráconfeccionadadeisoporparaqueasestruturascelularessejam proporcionalmente moldadas pelos grupos. No nal desse roteiro, segue a sugestão de um segundo protocolo de montagem de um modelo, feito de gel de cabelo, para as três células (procariótica, eucariótica animal e eucariótica vegetal).
Protocolo experimental Esse protocolo apresenta sugestões passo a passo com maneiras e materiais para a modelagem das células e das estruturascelulares.Osmateriaissugeridossãomassademodelar,miçangas,arame,bexiga,tascoloridas,isopor etinta.Osalunospodemteracessoaesseprotocolo,maséimportantedeixá-losabertosacriarnovasformasde confeco, incentivando a criatividade.
Sugestão de modelagem das estruturas celulares
Montagemdo“corpo”dacélulacomplacadeisopor A placa de isopor grande deve ser cuidadosamente cortada com um estilete ou outro material cortante em três formatos: •Redondo–célulaanimal(gura12.1.2A); •Quadrado–célulavegetal(gura12.1.2B); •Elíptico/oval–célulaprocariótica(gura12.1.2C). A
B
C
Figura 12.1.2: (A) recorte do isopor no formato circular, (B) retangular e (C) elíptico/oval.
60
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 Ressalte na discusso a relao de tamanho entre essas células. Apesar de o tamanho das células procarióticas ser bastantevariável,naamplamaioriadasvezeselaémuitasvezesmenorqueacélulaeucariótica.Paraomodelo,nãoé viávelreproduzirasdimensões,maséimportantepontuá-las.
Citosol 1.Pintarapartesuperiordostrêsisoporescomtintaazulclara(gura12.1.3). A
B
C
Figura 12.1.3: (A) pintura do citosol da célula animal, (B) da célula vegetal e (C) da célula procariótica.
Parede Celular 1. Célula vegetal 1.1Pintaralateraldoisoporquadradodeverde(gura12.1.4);
Figura 12.1.4: pintura da lateral da parede celular da célula vegetal.
1.2 Na parte superior, fazer uma borda de aproximadamente metade da espessuradeumdedoepintá-ladeverde(guras12.1.5Ae12.1.5B). A
B
Figura 12.1.5: (A) pintura da parte superior da parede celular da célula vegetal; (B) Citosol e parede celular da célula vegetal nalizados.
2. Célula procariótica 2.1.Pintaralateraldoisoporelíptico/ovaldeamarelo(gura12.1.6); 2.2Napartesuperior,fazerumabordadeaproximadamentemetadedaespessuradeumdedoepintá-ladeamarelo (guras12.1.7Ae12.1.7B). A
Figura 12.1.6: pintura da lateral da parede celular da célula procariótica.
B
Figura 12.1.7: (A) pintura da parte superior da parede celular da célula procariótica, e (B) Citosol e parede celular da célula procariótica nalizados.
61
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 MembranaPlasmática 1.Célulaanimal:Pintaralateraldoisoporredondoderoxo(gura12.1.8). 1.2Célulavegetal:Napartesuperiordoisopor,desenharumalinhanaroxacomumpincelnoouumpalitode dente, entre a borda verde, que representa a parece celular, e o centro pintado de azul claro, que representa o citosol (guras12.1.9Ae12.1.9B).Amembranaplasmáticatambémpodeserfeitacomumacanetacoloridapararetroprojetor; A
Figura 12.1.8: pintura da membrana plasmática da célula animal.
B
Figura 12.1.9: (A) pintura da membrana plasmática da célula vegetal, e (B) Citosol, parede celular e membrana plasmática da célula vegetal nalizados.
1.3Célulaprocariótica:Napartesuperiordoisopor,desenharumalinhanaroxacomumpincelnoouumpalito de dente, entre a borda amarela, que representa a parede celular, e o centro pintado de azul claro, que representa o citosol(guras12.1.10Ae 12.1.10B).Amembranaplasmáticatambémpodeserfeitacomumacanetacoloridapara retroprojetor. A
B Figura 12.1.10: (A) pintura da membrana plasmática da célula procariótica, e (B) Membrana plasmática, parede celular e citoplasma da célula procariótica nalizados.
Ribossomo 1.Fazerpontinhoscomcanetapretapararetroprojetornocitosolemtodasascélulas(guras12.1.11A,12.1.11B, 12.1.12A, 12.1.12B, 12.1.13A e 12.1.13B). A B
Figura 12.1.11: (A) desenho dos ribossomos da célula animal, e (B) Ribossomos da célula animal.
A
B
Figura 12.1.12 (A) desenho dos ribossomos da célula vegetal, e (B) Ribossomos da célula vegetal.
A
B
Figura 12.1.13: (A) desenho dos ribossomos da célula procariótica, e (B) Ribossomos da célula procariótica.
62
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 Citoesqueleto (Microtúbulos) 1. Desenhar os microtúbulos dispersos no citosol das células animal e vegetal, utilizando palito de dente e tinta ou canetacoloridapararetroprojetor(guras12.1.14A,12.1.14B). A
B
Figura 12.1.14: (A) desenho do citoesqueleto da célula animal, e (B) Desenho do citoesqueleto da célula vegetal.
Núcleo 1.Modelaruma bolinha grande(gura 12.1.15A) eachatá-la,deforma atransformá-laemum discono(gura 12.1.15B); A
B
Figura 12.1.15: (A) modelagem da bolinha grande para confecção do núcleo, e (B) Modelagem do disco no para confeção do núcleo.
2.Modelarumabolinhapequenadeoutracor(gura12.1.16A)eachatá-la(gura12.1.16B).Colocá-lanocentrodo núcleo,representandoonucléolo(gura12.1.16C); A B C Figura 12.1.16: (A) modelagem da bolinha pequena para confecção do nucléolo, (B) Modelagem do disco no para confeção do nuléolo e (C) Disposição do nucléolo no núcleo.
3. Modelar rolinhos bem nos da mesma cor do nucléolo (gura 12.1.17A) e colocá-los dispersos no núcleo, representandooDNA(gura12.1.17B). A B
Figura 12.1.17: (A) rolinhos nos que representarão o DNA do núcleo, e (B) Disposição do DNA no núcleo.
DNA da Célula Procariótica 1.Cortarumatiradetacolorida(gura18A)eunirasduaspontascomtaadesiva(gura12.1.18B),transformando-a numgrandecírculoenovelado,representandooDNAcirculardacélulaprocariótica(gura12.1.18C). A
B
C
Figura 12.1.18: (A) corte da tira de ta colorida verde, que representará o DNA da célula procariótica, (B) União das duas pontas da ta colorida verde com ta adesiva, e (C) Modelo do DNA procariótico circular nalizado.
63
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 Mitocôndria 1.Modelarumabolinhaovalpequenacommassademodelar(gura12.1.19A)ecortá-laaomeio(gura12.1.19B). Issopodeserfeitocomumpalitodedente:façaumriscocontornandoaáreadocorteeváaprofundando,atéasduas metades se soltarem; 2.Naparteplana,desenharascristasmitocondriaiscomopalitodedente(gura12.1.19C); A
B
C Figura 12.1.19: (A) modelagem da bolinha oval pequena , (B) Corte da bolinha oval ao meio para confecção da mitocôndria e desenho das cristas mitocondriais (C).
3.Comoutracor,modelarrolinhosbemninhosecolocá-loscuidadosamentenafendadascristasmitocondriais (guras12.1.20Ae12.1.20B); 4. Fazer de duas a três unidades por célula animal e vegetal. B
A
Figura 12.1.20: (A) inserção da massinha colorida nas cristas mitocondriais, e (B) Mitocôndria nalizada.
RetículoEndoplasmáticoRugoso(RER)eRetículoEndoplasmáticoLiso(REL) 1.Moldaroformatodoretículocomarame(gura12.1.21A); 2.Modelarumretângulocommassademodelareachatá-lo,deformaadeixá-lonoecomprido(gura12.1.21B); 3.Colocá-locuidadosamenteemvoltadoarame(gura12.1.21C). A
B
C
Figura 12.1.21: (A) molde do retículo endoplasmático em arame, (B) Modelagem de um retângulo achatado para confecção do retículo endoplasmático, e (C) Modelo do retículo endoplasmático nalizado.
4.Aderirmiçangas(gura12.1.22A)àmassademodelarnoRER(aproximadamentemetadedetodooretículo), representandoosribossomosaderidosaesseretículo(gura12.1.22B). B
A
Figura 12.1.22: (A) miçangas que representarão os ribossomos aderidos à parede do retículo endoplasmático rugoso, e (B) inserção das miçangas na parede do retículo endoplasmático rugoso.
64
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 Complexogolgiense 1.Modelardetrêsa quatrobolas achatadas (gura12.1.23A)de diferentes tamanhos, cortá-las aomeio(gura 12.1.23B)ecolocá-lasumaemcimadaoutra,deformaqueasmaioresquemnocentroeasmenoresnaperiferia(gura 12.1.23C); 2. Fazer uma unidade por célula (animal e vegetal). A B C
Figura 12.1.23: (A) modelagem de uma bola achatada,(B) corte da bola achatada ao meio, para confecção do complexo golgiense e (C) modelo do Complexo golgiense nalizado.
Lisossomo 1.Modelarbolinhaspequenas(gura12.1.24A),cortá-lasaomeio(gura12.1.24B)efazerfurinhoscomumpalitode dentenapartelisadassemiesferas(gura12.1.24C); A
B
C
Figura 12.1.24: (A) Modelagem de uma bolinha pequena. (B) Corte da bolinha pequena ao meio, para confecção do lisossomo e (C) Confecção dos furinhos com um palito de dente.
2.Comoutracordemassademodelar,fazerbolinhasmuitopequenas(gura12.1.25A)ecolocá-lasnosfurinhos (gura12.1.25B).Aspintinhaspodemtambémserfeitascomcanetapararetroprojetor; 3. Fazer de três a quatro unidades por célula (animal ou vegetal). B A
Figura 12.1.25: (A) Bolinhas muito pequenas pretas para confecção do lisossomo, e (B) Modelo do Lisossomo nalizado.
Centríolo 1.Modelarumpequenocilindro(gura12.1.26); 2.Atravessarocilindrocomumpalitodedente,deformaafazerumfurobemnocentro(gura12.1.27).Alargarum pouco o furo com cuidado;
Figura 12.1.26: modelagem de um pequeno cilindro para confecção do centríolo.
Figura 12.1.27: palito de dente atravessado no cilindro.
3.Aindacomopalito,fazerváriosriscosnalateral(gura12.1.28Ae12.1.28B); 4. Fazer duas unidades por célula animal.
65
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 B
A
Figura 12.1.28: (A) confecção dos riscos laterais com um palito de dente, e (B) modelo de Centríolo nalizado.
Cloroplasto 1.Modelarumabolinhaovalpequenaverdeescura(gura12.1.29);
Figura 12.1.29: modelagem de uma bolinha oval pequena para confecção do cloroplasto.
2.Cortarabolinhaaomeio(gura12.1.30A)eremoveramassadaparteinternadametadecomumpalitodedente (gura12.1.30B),emodelá-ladeformaquequeoca(gura12.1.30C); A
B
C
Figura 12.1.30: (A) corte da bolinha oval ao meio, (B) retirada da massa interna para modelagem de uma metade oca, e (C) metade oca, para confecção do modelo do cloroplasto.
3.Fazerseispequenasbolinhasverdeclaras,bemmenoresqueasverdeescuras,(gura12.1.31A)egrudá-lasdetrês emtrês(gura12.1.31B); 4.Emcadaladodaparededocloroplasto,aderirumdosconjuntosdetrêsbolinhas,emposiçõesopostas(gura 12.1.32); 5. Fazer duas unidades por célula vegetal. A
B
Figura 12.1.31: (A) modelagem de três bolinhas pequenas, para confeção do grana, e (B) junção das três bolinhas, confeccionando um granum.
Figura 2.1.32: cloroplasto nalizado.
Vacúolo 1.Encherumabexigabrancaouazulclaracomumapequena quantidadedear(gura12.1.33); 2. Fazer uma unidade por célula vegetal. Figura 12.1.33: modelo do vacúolo nalizado.
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 Montagem de modelos celulares em gel Materiais •Massademodelardeváriascores(podesersubstituídapor massa de biscuit); •Saquinhoplásticotransparente,pequenoequadrado; •Geldecabeloconsistenteesemálcool; •Anilinavioleta; •Arame; •Bexigaoupequenosacotransparente; •Miçangaspequenaspretas; •Fitascoloridas; •Palitosdedente; •Fitaadesiva; •Tesoura; •Béquer(ouqualquerrecipienteparadissolveraanilinanogel de cabelo); •Bastãodevidro(ouqualquermaterialparamisturaraanilina no gel de cabelo).
Figura 12.1.34: materiais necessários para confecção do modelo em gel.
Dicas de obtenão de materiais Nasaulasposteriores,ascélulasserãomontadasempotesouemaquários.Aquantidadedegeldeverásersuciente para preencher o volume dos recipientes.
Procedimento Protocolo experimental Abaixoestáumasugestãodemodelagemdasestruturascelulares.Éinteressantequeosalunostenhamacessoaessas etapas,masquenãoseprendamaelasedeixemacriatividadeeaimaginaçãouir.
Sugestão de modelagem das estruturas celulares
Núcleo 1. Colocar uma pitada de anilina violeta (cuidado! Usar uma quantidade extremamente pequena pois anilina cora muito)emumaquantidademínimadeágua(trêsaquatrogotas),apenasparadissolvê-la(gura12.1.35A).Misturar entãocomumapequenaquantidadedegel,atéqueeleatinjaumacorroxaclara(gura12.1.35B); 2.Colocaressegelcoloridonosaquinhoplásticoquadrado(gura12.1.36).
A
B
Figura 12.1.35: (A) dissolução da anilina em uma quantidade mínima de água, e (B) mistura da anilina dissolvida com um pouco de gel.
Figura 12.1.36: Colocação do gel no saquinho plástico, para confecção do núcleo.
67
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 3.Cortarpequenastirasdetacolorida(umacorúnica)emergulhá-lasnogel,representandooDNA.Fazeruma pequenabolinhacommassademodelardamesmacordatacoloridaemergulhá-lanogel,representandoonucléolo (gura12.1.37); 4.Darumnónosaquinhodeformaqueapartecontendoogelquearredondada.Cortarasobradoplástico.Prender bemcomtaadesivaparaqueogelcoloridonãovaze(gura12.1.38).
Figura 12.1.37: Inserção da pequena bolinha no núcleo representando o nucléolo. As tas coloridas mergulhadas no gel representam o DNA.
Figura 12.1.38: núcleo nalizado.
DNA da Célula Procariótica 1.Seguirasinstruçõesilustradaspelasguras12.1.18A,12.1.18Be12.1.18C.
Mitocôndria 1.Mitocôndriaaberta:seguirasinstruçõesilustradaspelasguras12.1.19A,12.1.19Be12.1.19C; 2.Mitocôndriafechadaseguirasinstruçõesilustradaspelagura12.1.19A; 3. Fazer duas unidades de cada por célula animal e vegetal.
RetículoEndoplasmáticoRugoso(RER)eLiso(REL) 1.Seguirasinstruçõesilustradaspelasguras12.1.21A,12.1.21B,12.1.21C,12.1.22Ae12.1.22B.
Complexogolgiense 1.Seguirasinstruçõesilustradaspelasguras12.1.23A,12.1.23Be12.1.23C; 2. Fazer uma unidade por célula animal e vegetal.
Lisossomo 1.Lisossomoaberto:seguirasinstruçõesilustradaspelasguras12.1.24A,12.1.24B,12.1.24C,12.1.25Ae12.1.25B; 2.Lisossomofechado:seguirasinstruçõesilustradaspelagura12.1.24A; 3. Fazer três unidades de cada por célula animal e vegetal.
Citoesqueleto (Microtúbulos) 1.Cortartirinhasnasdetacolorida(gura12.1.39).
Centríolo 1. Seguir as instruções ilustradas pelas guras 12.1.26, 12.1.27, 12.1.28A e 12.1.28B; 2. Fazer duas unidades por célula animal.
Cloroplasto 1. Cloroplasto aberto: seguir as instruções ilustradas pelas guras 12.1.29, 12.1.30A, 12.1.30B, 12.1.30C, 12.1.31A, 12.1.31B e 12.1.32; 2.Cloroplastofechado:seguirasinstruçõesilustradaspelagura12.1.29; 3. Fazer duas unidades de cada por célula vegetal.
Vacúolo 1.Seguirasinstruçõesilustradaspelagura12.1.33; 2. Fazer uma unidade por célula vegetal.
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Figura 12.1.39: corte de uma tira de ta colorida, que representará o citoesqueleto.
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 1 Os ribossomos, membrana plasmática, parede celular e citosol das células devem ser pesquisados e incluídos no trabalho, mas somente entrarão na aula dedicada à montagem das células.
Ribossomo 1.Espalharmiçangaspelogel(próximaaula).
Citosol 1.Encheroaquário/poteplásticocomgeldecabeloincoloresemálcool(próximaaula).
Parede Celular 1.Célulavegetal:aquáriodevidro; 2.Célulaprocariótica:poteplástico.
MembranaPlasmática 1.Célulaanimal:aquáriodevidro; 2.Célulavegetal:forraroaquáriodevidropordentrocompapelcelofaneverde(próximaaula); 3.Célulaprocariótica:forraropoteplásticopordentrocompapelcelofaneamarelo(próximaaula).
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 2
Resumo Estaaulatemcomonalidadeoestudodacélula,maisespecicamenteacomparaçãoentrediferentestiposcelulares. Para isso, é proposta a confeco de modelos de células procariótica, eucariótica animal e eucariótica vegetal com o do uso de massa de modelar e isopor (ou massa de modelar e gel de cabelo). Nesta aula, sero montados os modelos das células (procariótica e eucariótica animal) com as estruturas celulares confeccionadas na aula anterior. No nal desse roteiro, segue a sugestão de um protocolo de montagem de um modelo de célula feito com o do uso de massa de modelar e de gel de cabelo.
O experimento Materiais •Modelosdasestruturascelularesfeitasnaaulaanterior; •Palitosdedente; •Fitaadesiva; •Tesoura.
Procedimento
Figura 12.2.1: materiais necessários.
Professor, para a montagem dos modelos das células, sugerimos que os alunos sentem em círculo, com os integrantes decadagrupopróximosentresi(seissonãoforpossível,colocaramontagemdascélulasnafrentedasala,deforma que todos consigam visualizar). Umgrupodecadavezdeveráiratéocentrodocírculo(ouàfrentedasala)ecomentarrapidamentequaismodelos deestruturascelularesconfeccionou,suasfunçõesesualocalizaçãonacélula.Peçaparaqueosgruposresponsáveispela confecçãodo“corpo”dacélulainiciemessaetapaparaqueosoutrosgrupospossaminserirsuasestruturascelularesno citosol. Em cada fala dos grupos, é possível você perguntar à classe se eles podem contribuir com mais alguma informao a respeitodaestruturacelularemquestão.Façaobservaçõescomplementandoasinformações,senecessário. No nal desse roteiro, segue a continuação de sugestão de montagem de duas células (procariótica e eucariótica animal) para o modelo em gel. A
Protocolo Experimental
Sugestão para montagem das células:
CÉLULAPROCARIÓTICA 1.Exemplodemontagemdacélulaprocariótica: a)Paredecelular–envoltóriopintadodeamarelo; b)Membranaplasmática–envoltóriointernopintadodeazulmaisescuro; c)Citosol–interiordacélulapintadodeazulclaro; d)Ribossomos–pontinhospretosnocitosol; e)DNA–prenderatacoloridacircularnocentrodacélulacomtaadesiva (gura2A),representandooDNA,nãoesqueçademencionarsobreafaltadeuma membrananuclear–materialgenéticoespalhadonocitosol. É interessante ressaltar também que, apesar de os modelos apresentarem tamanhos equivalentes, as células procarióticas apresentam um tamanho muito mais reduzido, podendo ser centenas de vezes menor.
70
B
Figura 12.2.2: (A) xação do DNA à célula com ta adesiva e (B) célula procariótica nalizada.
Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 2 CÉLULAEUCARIÓTICAANIMAL 1.Exemplodemontagemdacélulaanimal: Prender as estruturas celulares (organelas) com palito de dente no isopor (gura 12.2.3A), atentando para sua localizaçãonacélula,comomostraagura12.2.3B. A
B
Figura 12.2.3: (A) xação da estruturas celular ao modelo da célula com palito de dente, e (B) modelo da célula eucariótica animal nalizada.
Montagem de modelos celulares em gel Materiais •Modelosdas estruturas celulares feitas na aula anterior; •Aquárioredondodevidro; •Poteplástico(oudevidro)pequenooval; •Geldecabeloconsistenteesemálcool; •Papel celofane amarelo (o mais transparente possível); •Pina (para ajudar a posicionar as estruturas celulares dentr o das células); •Fitaadesiva; •Tesoura.
Figura 12.2.4: materiais necessários.
Procedimento Professor, para a montagem dos modelos das células, sugerimos que os alunos sentem em círculo, com os integrantes decadagrupopróximosentresi.Seissonãoforpossível,colocaramontagemdascélulasnafrentedasala,deforma que todos consigam visualizar. Ogruporesponsáveldeveráiratéocentrodocírculo(ouafrentedasala)ecomentarrapidamentequaisestruturas celularesconfeccionou,quaisassuasfunções,esualocalizaçãonacélula.Peçaqueosgruposresponsáveispelaconfecção do“corpo”dacélulainiciemessaetapaparaqueosoutrosgrupospossaminserirsuasestruturascelularesnocitosol. Em cada fala dos grupos, você pode perguntar à classe se eles podem contribuir com mais alguma informao a respeitodaestruturascelulareemquestão.Façaobservaçõescomplementandoasinformações,senecessário.
Protocolo experimental Sugestão de modelagem das estruturas celulares:
CÉLULAPROCARIÓTICA 1.Exemplodemontagemdacélulaprocariótica: a)Paredecelular–colocaropoteplásticoemcimadeumamesaposicionadanocentrodocírculoounafrentedasala; b)Membranaplasmática–forraraparteinternadopoteplásticocompapelcelofaneamarelo,prendendocomta adesiva(guras12.2.5Ae12.2.5B); c)Citosol–colocarogeldecabelodentrodopote(gura12.2.6); d)Ribossomos–espalharasmiçangasnogel(gura12.2.7);
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 2 A
B
Figura 12.2.5: (A) xação do papel celofane no interior do pote plástico com ta adesiva e (B) pote plástico (representando a parede celular) revestido internamente com papel celofane (representando a membrana plasmática da célula).
Figura 12.2.6: preenchimento do pote plástico com gel de cabelo consistente e sem álcool, representando o citosol.
Figura 12.2.7: miçangas pequenas pretas espalhadas pelo gel de cabelo (citosol), representando os ribossomos.
e)DNA–mergulharatacircularenroladanocitosol(gura12.2.8A),representadopelogeldecabelo,concentrada nocentrodacélula,nãoesqueçademencionarsobreafaltadeumamembrananuclear(omaterialgenéticoestá espalhado no citosol). A
B
Figura 12.2.8: (A) inserção do DNA circular (ta colorida) na célula procariótica. (B) Célula procariótica nalizada.
CÉLULAEUCARIÓTICAANIMAL 1.1Exemplodemontagemdacélulaeucarióticaanimal: a)Membranaplasmática–colocaroaquárioredondodevidroemcimadeumamesaposicionadanocentrodocírculo ou na frente da sala. Comentar que a célula animal no possui parede celular; b)Citosol–colocarogeldecabelodentrodoaquário(gura12.2.9A); c)Ribossomos–espalharasmiçangasnogel(gura12.2.9B); A
B
Figura 12.2.9: (A) preenchimento do pote plástico com gel de cabelo consistente e sem álcool. (B) Adição das miçangas ao gel, representando os ribossomos livres no citosol.
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 2 d)Citoesqueleto:Microtúbulos–dispersospelocitosol; e)Núcleo–mencionartambémoscomponentesdonúcleoeposicioná-lonocentrodacélula(gura12.2.10A); f)Retículoendoplasmáticolisoerugoso–pertodonúcleo–conexãodasmembranas(gura12.2.10B); A
B
Figura 12.2.10: (A) Detalhes do núcleo e do (B) retículo endoplasmático.
g)Complexogolgiense–pertodoretículoendoplasmático–relaçãoentresuafunçãoeadoretículo(gura12.2.11A); h)Lisossomos–pertodoRetículoendoplasmáticoouComplexogolgiense–relaçãoentreasfunções–oudispersosno citosol(gura12.2.11B); A
B
Figura 12.2.11: (A) Detalhe do complexo golgiense. (B) Detalhe de um lisossomo aberto.
i)Mitocôndrias–espalhadaspelocitosol(gura12.2.12A); j)Centríolos–osdoiscamperpendicularesumaooutro(gura12.2.12B). A
B
Figura 12.2.12: (A) Detalhe de uma mitocôndria aberta. (B) Detalhe dos centríolos.
A
B
Figura 12.2.13: (A) Célula animal nalizada, com visualização do núcleo e microtúbulos. (B) Célula animal nalizada, com visualização de algumas estruturas celulares.
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 3
Resumo Estaaulatemcomonalidadeoestudodacélula,maisespecicamenteacomparaçãoentrediferentestiposcelulares. Para isso, é proposta a confeco de modelos de células procariótica, eucariótica animal e eucariótica vegetal com o do uso de massa de modelar e isopor (ou massa de modelar e gel de cabelo). Nestaaula,serámontadoomodelodacélulaeucarióticavegetalcomos modelos das estruturas celulares confeccionadas na aula anterior, e sero discutidas as principais diferenas entre as células confeccionadas.
O experimento Materiais •Modelosdasestruturascelularesfeitasnaaulaanterior; •Palitosdedente; •Fitaadesiva; •Tesoura. Figura 12.3.1: materiais necessários.
Procedimento
Professor, para a montagem dos modelos das células, sugerimos que os alunos sentem em círculo, com os integrantes decadagrupopróximosentresi(seissonãoforpossível,colocaramontagemdascélulasnafrentedasala,deforma que todos consigam visualizar). Umgrupodecadavezdeveráiratéocentrodocírculo(ouàfrentedasala)ecomentarrapidamentequaismodelos deestruturascelularesconfeccionou,suasfunções,esualocalizaçãonacélula.Peçaparaqueosgruposresponsáveis pelaconfecçãodo“corpo”dacélulainiciemessaetapaparaqueosoutrosgrupospossaminserirsuasestruturascelulares no citosol. Em cada fala dos grupos, é possível você perguntar à classe se eles podem contribuir com mais alguma informao a respeitodaestruturacelularemquestão.Façaobservaçõescomplementandoasinformações,senecessário. Em anexo, no nal desse roteiro, segue a continuação de sugestão de montagem da célula eucariótica vegetal para o modelo em gel.
Protocolo experimental
Sugestão para montagem da célula:
CÉLULAEUCARIÓTICAVEGETAL 1.Exemplodemontagemdomodelodacélulaeucarióticavegetal(gura12.3.2): Prender os modelos das estruturas celulares com palito de dente no isopor, atentando para sua localizao na célula, comomostraagura12.3.2. A
B
Figura 12.3.2: (A) xação do modelo da estrutura celular ao modelo da célula com um palito de dente. (B) Modelo da célula eucariótica vegetal nalizada.
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 3 Montagem de modelos celulares em gel Materiais •Modelosdas estruturas celulares feitas na aula anterior; •Fitaadesiva; •Tesoura; •Aquárioquadradodevidro ou pote transparente similar; •Geldecabeloconsistenteesemálcool; •Papel celofane verde (o mais transparente possível); •Pina (para ajudar a posicionar as estruturas celulares dentro das células). Figura 12.3.3: materiais necessários.
Procedimento
Professor, para a montagem dos modelos das células, sugerimos que os alunos sentem em círculo, com os integrantes decadagrupopróximosentresi(seissonãoforpossível,colocaramontagemdascélulasnafrentedasala,deforma que todos consigam visualizar). Umgrupodecadadeveráiratéocentrodocírculo(ouàfrentedasala)ecomentarrapidamentequaismodelosde estruturascelularesconfeccionou,suasfunções,esualocalizaçãonacélula.Peçaparaqueosgruposresponsáveispela confecçãodo“corpo”dacélulainiciemessaetapaparaqueosoutrosgrupospossaminserirsuasestruturascelularesno citosol. Em cada fala dos grupos, é possível você perguntar à classe se eles podem contribuir com mais alguma informao a respeitodaestruturacelularemquestão.Façaobservaçõescomplementandoasinformações,senecessário.
Protocolo experimental
Sugestão para montagem da célula:
CÉLULAEUCARIÓTICAVEGETAL 1.Exemplodemontagemdacélulaeucarióticavegetal: a)Paredecelular–colocaraquárioquadradodevidroemcimadeumamesaposicionadanocentrodocírculoouna frente da sala; b)Membranaplasmática–forraraparteinternadoaquáriocompapelcelofaneverde,prendendocomtaadesiva (guras12.3.4A,12.3.4Be12.3.4C); c)Citosol–colocarogeldecabelodentrodoaquário(gura12.3.5);
A
B
C
Figura 12.3.4: (A) colocação do papel celofane no interior do aquário de vidro. (B) Fixação do papel Figura 12.3.5: preenchimento celofane na lateral do aquário de vidro com ta adesiva. (C) Detalhe do recorte e xação do papel do pote plástico com gel de cabelo consistente e sem álcool, celofane no fundo do aquário. representando o citosol. d)Ribossomos–espalharasmiçangasnogel;
e)Citoesqueleto:microtúbulos–dispersospelocitosol; f)Núcleo – mencionartambémos componentes donúcleo e posicioná-lo naperiferia dacélula (gura 12.3.6A). Nascélulasvegetaisémuitocomumonúcleoposicionar-senaperiferiadacélula,poisaporçãocentralemgeralestá ocupada com o vacúolo.
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Construo de modelos tridimensionais de célula - Aula 3 g)Retículoendoplasmáticolisoerugoso–pertodonúcleo–conexãodasmembranas; h)Complexogolgiense–pertodoRetículoEndoplasmático–relaçãoentresuafunçãoeadoretículo; i)Lisossomos–pertodoRetículoEndoplasmático/Complexogolgiense –relaçãoentreas funções– oudispersos no citosol(gura12.3.6B); A
B
Figura 12.3.6: (A) detalhe do núcleo. (B) Detalhe de um lisossomo aberto.
j) Vacúolo – perto dos Lisossomos/Complexo golgiense – função de armazenamento. Aqui, professor, você pode comentar que os vacúolos podem estar presentes em células animais com funo de reserva, mas que so mais raros e nãotêmnomesespecícos(gura12.3.7A); k)Mitocôndrias–espalhadaspelocitosol(gura12.3.7B); l)Cloroplastos–espalhadospelocitosol(gura12.3.8). A
B
Figura 12.3.7: (A) detalhe do vacúolo. (B) Detalhe de uma mitocôndria aberta.
A
Figura
12.3.8: detalhe de cloroplasto aberto.
um
B
Figura 12.3.9: (A) modelo da célula eucariótica vegetal nalizada, com visualização de algumas estruturas celulares. (B) Célula eucariótica vegetal nalizada, com visualização do núcleo periférico.
Uma vez montados os modelos das três células, faa uma discusso retomando as funões das estruturas celulares. Pergunteparaaclasseafunçãodecadaumadelaseemseguidalevantequestõesassociativas,como“qualadiferença fundamental entre a célulaprocariótica e ascélulas eucarióticas?”, “quais asdiferenças entre ascélulas animal e vegetal?”, “como podemos relacionar a mitocôndria e os cloroplastos?”. Isso evidenciará possíveis dúvidas que eventualmentetenhamcado.
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13. Ao das proteases bro melina e papaína na digesto do colágeno-Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine Li ma; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Esteexperimentotemcomoobjetivosuscitaradiscussãosobreanutriçãoeadigestão,utilizandocomomodelo experimentalaaçãodeproteases(presentesemfrutos)sobreocolágenopresentenagelatina.
O experimento Materiais •½abacaxiverde; •Mamãopapaiaverde(1fatia); •Peneirana; •Liquidicador; •Caixadeisoporcomgeloougeladeira; •Gelatina; •5Tubosdeensaio; •6Pipetasvolumétricasouseringasde10mLgraduadas; •1Espátulaoucolherdechá; •Faca; Figura 13.1.1: materiais necessários. •Béquer200mL; •Frascospequenosparaarmazenamentodeamostraslíquidas; •Fogareiro,lamparinaoubicodeBunsen(alémdetripéeteladeamianto); •Béquer500mLou1frascodevidrode500mLdebocalarga.
Procedimento Recomenda-sequeestaatividadepráticasejarealizadaparacomplementarumaabordagemteóricapréviasobrea digestãoeaaçãodeenzimas.Sugerimos,parafacilitaroacompanhamentodosalunosduranteaexecuçãodoexperimento, que a classe seja dividida em pequenos grupos. No início da aula,prepareos alunos avisandoquerealizarão uma atividadeinvestigativa quedurará três aulas. Retome suscintamente o modo de ao das enzimas. A digesto dos alimentos que ingerimos é catalisada por enzimas, noentanto,asfrutasquecomemostambémpossuemenzimasnointeriordesuascélulas.Essasfrutaspoderiamauxiliar a digesto? As frutas de forma geral so alimentos ricos em carboidratos, sais minerais, vitaminas e proteínas. Nem todas so ricasemlipídios,masamaioriaapresentamuitasbras.Adiversidadenacomposiçãodasfrutaslhesconferealgumas aplicaçõescaracterísticas,comoautilizaçãodefrutascomomamãoeoabacaxiparaamaciarcarnes,porexemplo. Esseexperimentopropõevericaraexistênciadeenzimasproteolíticasnoabacaxienomamão,utilizandocomo modeloexperimentalaaçãodeproteasessobreocolágenopresentenagelatina. Expliqueoexperimento.Discutacomelesaopçãoporusarsucodefrutasenãopedaçosdafruta.Tambémdiscuta porqueumdostuboscomgelatinareceberááguaenãosuco.Exploreaomáximoaquestãodosvolumesdegelatina recebidosemcadatubo,aquantidadeidênticadeáguaoudesucoacrescentados.Nessemomento,destaqueaideiade amostracontrole.Nosexperimentoscientícos,énecessáriocompararoqueestásendotestadocomoutroparâmetro quenãocontenhasomenteoobjetoasertestado.Nocaso,utilizaremosagelicaçãoparavericarainuênciadossucos ecompararemoscomagelatinapuracomopadrãodereferênciadainuência.
Protocolo Experimental 1) Preparar a gelatina conforme as instruões da embalagem e mantê-la à temperatura ambiente. Esperar esfriar para usá-lanoexperimento; 2)Prepararextratosdecadaumadasfrutaspreviamentepicadas(doabacaxi,semcasca;edomamão,comcasca) daseguinteforma:bataospedaçosdecadafrutanoliquidicadorcomágua,segundoaproporção:100mLdeáguapara ½abacaxie100mLdeáguaparaumafatiademamão(gura13.1.2);
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula1 Amaiorconcentraçãodapapaínaéencontradanacascaenolátex.Paracomparação,oexperimentopodeserfeito também:comapolpapura,comapolpaeacascabatidasousomentecomolátex.
Figura 13.1.2: preparo do extrato de mamão.
SEGURANçA: cuidado no manuseio de objetos cortantes como facas e tesouras e tenha sempre a disposição materiais para primeiros socorros. Preferencialmente, utilize tesoura sem pontas e facas com serras.
3)Peneiraresepararoltradoemváriosfrascosmenores(guras13.1.3e13.1.4); 4)Congelar2/3doextratodeabacaxi(inserirnocongeladorlogoapósaltragem)paraasaulasposteriores; 5)Manteraproximadamente50mLdoextratodeabacaxiemtemperaturaambienteatéaaula3(videprotocoloda aula 3); 6)Ferverumaalíquotadecadaextrato-mamãoeabacaxi(gura13.1.5);
Figura 13.1.3: ltragem do extrato.
Figura 13.1.4: separação extratos em alíquotas.
dos
Figura 13.1.5: aquecimento dos extratos.
SEGURANçA: no banho-maria, não ultrapassar 1/3 de água no copo (ou Becker) para evitar que respingue no momento da fervura. Evitar aquecer quantidades muito pequenas em frascos de vidro para evitar trincas. Não colocar os tubos de ensaio diretamente sobre o fogo. Os sucos podem espirrar e ocasionar queimaduras. Utiliar uma pina de madeira e um pedao de pano ou papel espesso para manuseio dos tubos de ensaio evitando queimaduras. Não colocar os vidros quentes diretamente sobre a bancada, pelo risco de ocorrer trincas. No caso de quebra de vidraria, utilize um descarte adequado ou envolva a v idraria quebrada em papel de jornal. Na utilização do bico de Bunsen, regular a chama até atingir a coloração adequada, entre azul (chama redutora) e ligeiro violáceo (chama oxidante). Alertar para o desligamento do bico de Bunsen após o uso, para evitar queimaduras. Caso utilize lamparina a álcool, antes de acender o pavio, verique se não há vapor concentrado no seu interior para evitar acidentes.
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula1 7)Numerarostubosdeensaiodeumacincoeprepararumasequência,conformeatabelaabaixo(gura13.1.6): TUBO 1 2 3 4 5
TESTE Controle Mamo Mamo fervido Abacaxi Abacaxifervido
COMPOSIÇO 10mLgelatina+3mLdeágua 10mLgelatina+3mLdeextratodemamão 10mLgelatina+3mLdeextratodemamãofervido 10 mL gelatina + 3 mL deextrato deabacaxi 10mLgelatina+3mLdeextratodeabacaxifervido
8)Colocarostubosnacaixadeisoporcomgelo(ounageladeira)atéqueotubo1(controle)gelique.Issodeverá ocorrer após alguns minutos; 9)Observarostuboseanotarnatabelaosresultadospositivos(+)enegativos(-)paraagelicaçãodagelatina(gura 13.1.7). A
Figura 13.1.6: preparação dos tubos.
B
Figura 13.1.7: resultado positivo (A) e resultado negativo (B).
Aocorrênciaounãodaproteóliseseráavaliadapormeiodaocorrênciaounãodagelicação.Apósbanhodegelode algunsminutos(osucienteparaocorreragelicaçãodocontrole–tubo1),inclineostubosligeiramenteparavericar a viscosidade do meio em cada um deles. Espera-sequeoresultadodagelicaçãosedêconformeatabelaabaixo. TUBO 1 2 3 4 5
COMPOSIÇO Gelatina + água Gelatina+extratodemamão Gelatina + extrato de mamão fervido Gelatina+extratodeabacaxi Gelatina + extrato de abacaxi fervido
TESTE + + +
Oresultadopositivoindicagelicaçãodagelatina.Onegativoindicanãogelicaçãodagelatina. Tubo 1(controle):espera-sequehajagelicaçãodevidoàausênciadeenzimaproteolítica. Seagelatinanãogelicarnessetubo,oproblemaestánagelatinaouemalgumfatorcomotemperaturaouáguade diluio. Tubos 2 e 4:espera-sequehajaausênciaoureduçãodagelicaçãonessestubosdevidoàpresençadasenzimas proteolíticaspapaína(mamão)ebromelina(abacaxi). A papaína ocorre em maior concentrao em mamo verde e na casca. Nessaparte,vocêpoderetomaroconceitodeenzimaseseumododeação.Comoosalunospoderiamexplicaroque ocorre com a gelatina (uma proteína) na presena das proteases? Vocêpodefazerumaanalogiadapepsinacomapapaínaeabromelina,remetendoaumadiscussãosobreoauxílio dasfrutasnadigestão,facilitandoaabsorçãodasproteínaspeloorganismo.Pergunteaosalunosseelesjáouviramfalar nisso.Épossívelqueelestragamvivênciascomoocostumedesecomerfeijoadacomabacaxioularanja,ouousodo mamãoedoabacaxicomoamaciantesdecarne.
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula1 Tubos 3 e 5:aocorrênciadegelicaçãoindicaainatividadedasenzimasproteolíticas. Sugiraqueosestudantesformulemhipótesesparaexplicaresseresultadoeentreguem-nasnamesmaaula. Peçatambémparaquepesquisemsobreesseefeito,comoatividadeparaapróximaaulaprática. Vocêpodeiniciarapróximaatividadeexplorandoessapesquisa,discutindosobreosfatoresquepodeminuenciar naatividadeenzimática. Professor, recomenda-se que as aulas desse projeto sejam ministradas em dias diferentes para melhor aproveitamento do estudante e para um processo de avaliao mais efeitvo. Caso isso no seja possível, as duas primeiras aulas podem ocorrernomesmodia,maséimprescindívelqueaterceiraaulasejaministradapelomenostrêsdiasapósaexecução da primeira.
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula2
Resumo Nessaatividadeprática,serãoexecutadosváriosensaiosdegelicaçãodagelatinanapresençadosucodeabacaxi paravericarainuênciadopHeaaçãoinibitóriadofeijãocrunaatividadeproteolítica.
O experimento Materiais •Extratosdeabacaxipreparadonaaula1; •Feijãocru; •Vinagre; •Limpadormultiusocomalcalinizante; •Peneirana; •Liquidicador; •Caixadeisoporcomgeloougeladeira; •Gelatina; •5tubosdeensaio; •6pipetasvolumétricasouseringasde10mLgraduadas; •Béquer200mL; •Béquer500mL.
Figura 13.2.1: materiais necessários.
Procedimento Naaula1,osalunospuderamvericarque: •adiminuiçãodatemperaturapromoveagelicaçãodagelatina; •agelicaçãonãoocorreseforadicionadoumextratocontendoproteaseàgelatina; •agelicaçãoocorreseoextratocontendoproteaseforfervidoantesdeseradicionadaàgelatina; Veriqueoqueosgruposencontraramequaishipótesesformularamparaexplicarporqueemcertascircunstâncias ocorregelicaçãoeemoutrasnão.Discutacomelesoqueconcluíramemrelaçãoàaçãodaenzima.Elapodetersua ecáciaalterada? Apresente-lhes o conceito de pH, se ainda no o conhecerem, e comente que, no nosso corpo, diferentes soluões comoosoro,alágrima,aurina,asaliva,osucogástricoeabilenãoapresentamomesmopH. Seráqueumaenzimaproduzidanoestômagoteriaatividadeemqualquermeio? Apresenteentãoaosalunosapropostadeatividadepráticaqueserárealizadanestaaula.
Protocolo Experimental 1)Descongelaràtemperaturaambienteumaalíquotadoextratodeabacaxireservadaparaestaaulaediluir1:3 (1partedeextrato+trêspartesdeágua).Reservarorestanteparaaaulaseguinte.Aproveiteadiscussãoinicialpara comear a descongelar o suco; 2) Preparar a gelatina conforme as instruões na embalagem e mantê-la à temperatura ambiente. Esperar esfriar para usá-lanoexperimento;
SEGURANçA: não colocar os vidros quentes diretamente sobre a bancada, pelo risco de ocorrer trincas. No caso de quebra de vidraria, utilize um descarte adequado ou envolva a v idraria quebrada em papel de jornal.
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula2 3)Prepararasuspensãodefeijãobatendo½copodefeijãocruem1copo(100mL)deágua.Coarereservaroltrado no gelo (ou na geladeira) até o momento do uso; A
B SEGURANçA: não abrir a tampa do liquidicador durante o uso, nem inserir objetos como colher ou bagueta dentro do copo durante o funcionamento.
Figura 13.2.2: preparo da suspensão de feijão (A) e ltragem (B)
4)Prepararumasolução2:1delimpadormultiusocomalcalinizante(duaspartesdoprodutoparaumapartedeágua);
SEGURANçA: cuidado no manuseio de produtos de limpeza. Não deixar entrar em contato com os olhos e não ingeri-los.
Figura 13.2.3: Preparo da solução de limpador multiuso com alcalinizante.
5)Numerarostubosdeensaiodeumacincoeprepararumasequência,conformeatabela: TUBO 1 2 3 4 5
COMPOSIÇO 4mLgelatina+2mLágua 4mLgelatina+2mLsucodeabacaxi 4mLgelatina+1mLsucodeabacaxi+1mLvinagre 4mLgelatina+1mLsucodeabacaxi+1mLlimpador 4mLgelatina+1mLsucodeabacaxi+1mLsuspensãodefeijão
Figura 13.2.4: preparo dos tubos.
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TESTE Controle 1 Controle 2 Abacaxi+vinagre Abacaxi+limpador Abacaxi+feijão
Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula2 6)Colocarostubosnacaixadeisoporcomgelo(ounageladeira)atéqueotubo1(controle1)gelique.Issodeverá ocorrer após alguns minutos; 7)Observarostuboseanotarnatabelaaseguirosresultadospositivosenegativosparaagelicação. A
B
Figura 13.2.5: resultado positivo (A) e resultado negativo (B).
Espera-se que ocorra inativao da enzima devido à alterao de pH nos ensaios com limpador multiuso e vinagre.
TUBO 1 2 3 4 5
COMPOSIçãO 4 mL gelatina + 2 mL água 4mLgelatina+2mLsucodeabacaxi 4 mL gelatina + 1 mL suco de abacaxi + 1 mL vinagre 4 mL gelatina + 1 mL suco de abacaxi + 1 mL limpador 4mLgelatina+1mLsucodeabacaxi+1mLsuspensãodefeijão
RESULTADO (GELIFICAçãO) + + + +
Oresultadopositivoindicagelicaçãodagelatina.Onegativoindicanãogelicaçãodagelatina. Tubos 1 e 2:controlespositivo(1)enegativo(2)paragelicaçãodagelatina.Ocontrolepositivoindicaocorrência degelicação.Ocontrolenegativoindicadegradaçãodagelatinapelaaçãodabromelinaeconsequenteausênciade gelicação. Tubos 3 e 4:espera-sequeagelatinageliquedevidoàinativaçãoenzimáticacausadapelaalteraçãodepHdomeio. Agelatinapodetambémgelicarparcialmente,resultadodadiminuiçãodaatividade. Tubo 5:espera-sequeagelatinageliquedevidoàpresençadeinibidoresenzimáticos. Pea que os alunos respondam às questões a seguir e que depois as discutam. 1. O que ocorreu com a enzima nos tubos 3 e 4? Resposta:Ocorreudiminuição/perdadaatividadedevidoaopH.Esseresultadodemonstraadiscussãodoinícioda aula:opHinuencianaatividadedaenzima. 2. No tubo 5, a bromelina está ativa ou inativa? Proponha uma explicação. Resposta:Inativa,vericadapelagelicação.Issoocorreporqueofeijãocrupossuienzimasqueinativamasproteases.
Nadiscussão,osalunosdeverãotirarconclusõesarespeitodoprocessodeinibiçãoenzimática. Estimulecuriosidadescomo:“nóscomemosfeijãoeasnossasproteasesfuncionam,porquê?” Aborde a questo dos fatores antinutricionais nos alimentos e a importância do preparo e da conservao dos mesmos. As leguminosas como soja e feijo possuem substâncias que também so enzimas inibidoras de proteases, assim, o alimentodeverásersubmetidoatratamentotérmicoparainativaressasenzimas.Opreparoinadequadopodecausara indigestãoeproblemaspancreáticos,sehouverumaingestãoexcessiva. Vocêpoderetomaroresultadodoexperimentofeitonaprimeiraaulacomoabacaxifervidocomoexemplode inibio da protease pela fervura. Finalizeintroduzindoperguntas,queserãorespondidasnaaulaseguinte,como,porexemplo,“seráqueosprodutos industrializadoscomosucosdefrutasconservamascaracterísticasnutricionaisdafruta?” Comentequeesseseráotemadeinvestigaçãodapróximaaula.
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula3
Resumo Nessaatividadeprática,osalunosinvestigarãosesucosindustrializadosdeabacaxiconservamaatividadeenzimática observadanossucosfrescoseseaatividadedabromelinaéalteradaemextratosmantidosforadageladeiraportrês dias.
O experimento Materiais •Alíquotadoextratodeabacaxipreparadanaaula1mantida no congelador; •Alíquotadoextratodeabacaxipreparadanaaula1mantidaà temperatura ambiente; •Sucodeabacaxiindustrializado(longavida); •Póparasucodeabacaxi; •Caixadeisoporcomgeloougeladeira; •Gelatina; •5tubosdeensaio; •Pipetasvolumétricasouseringasgraduadas; •1espátulaoucolherdechá; •Bastãodevidro; •Béquer200mL; •Béquer500mLoufrascodevidrode500mLdebocalarga.
Figura 13.3.1: materiais necessários.
Procedimento Retome brevemente com os alunos as atividades realizadas e os resultados obtidos nas aulas 1 e 2. Pergunte para a classequaisexperimentosjáforamrealizados,quaisosresultadosobtidos,quaisdesaostinhamsidopropostosequais conclusões puderam tirar das atividades. Veja quais so os conceitos que ainda no compreenderam bem e quais so as dúvidas que persistem. Procure esclarecê-las antes de iniciar a última atividade. Expliqueentãoquenessaaulaserãolançadosdoisnovosdesaos: Seráqueossucosindustrializadosdeabacaxiconservamaatividadeproteolíticadabromelina? Seráqueapermanênciadosucodeabacaxiforadageladeirainuencianaatividadeproteolíticadabromelina?
Protocolo experimental 1)Descongelaràtemperaturaambienteaalíquotadesucodeabacaxireservadaparaestaaula; 2) Descongelar antes da aula para que esteja à temperatura ambiente na hora da aula; 3) Preparar a gelatina conforme as instruões na embalagem e mantê-la à temperatura ambiente. Esperar esfriar para usá-lanoexperimento; SEGURANçA: não colocar vidros quentes diretamente sobre a bancada, pelo risco de ocorrer trincas. No caso de quebra de vidraria, utilize um descarte adequado ou envolva a v idraria quebrada em papel de jornal.
4) Preparar o suco industrializado em pó de acordo com as instruões da embalagem. Separar uma pequena quantidade dosucoindustrializadolongavidaemumbéquer(gura13.3.2); 5)Utilizaroextratodeabacaxipreparadonaaula1mantidoàtemperaturaambiente(gura13.3.3);
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula3 A
B
Figura 13.3.3: extrato de abacaxi mantido à temperatura ambiente.
Figura 13.3.2: suco industrializado em pó reconstituído (A) e Suco industrializado longa vida (B).
6)Numerarostubosdeensaiodeumacincoeprepararumasequênciadeacordocomatabelaabaixo: TUBO 1 2 3 4 5
A
COMPOSIÇO 4mLgelatina+2mLágua 4mLgelatina+2mLsucodeabacaxi(descongelado) 4mLgelatina+2mLsucodeabacaxi(temp.ambiente) 4mLgelatina+2mLsucodeabacaxiindustrializado 4mLgelatina+2mLsucodeabacaxireconstituído(pó)
B
C
D
TESTE Controle 1 Controle 2 No congelado Longa vida Suco em pó
E
Figura 13.3.4: preparação dos tubos com (A) água, (B) suco descongelado, (C) suco mantido à temperatura ambiente, (D) suco industrializado longa vida e (E) suco industrializado em pó.
7)Colocarostubosnacaixadeisoporcomgelo(ouemgeladeira) atéqueotubo1(controle1)gelique.Issodeveráocorrerapós alguns minutos. A ocorrência ounão daproteólise será avaliadapor meioda gelicação, vericada indiretamente, mediante observação da viscosidade do meio. A inclinao dos tubos de ensaio após um banho de gelo de alguns minutos (até ocorrer a gelicação do controle 1 - tubo 1) possibilita que se realize o monitoramento da viscosidade da gelatina. A tabela a seguir mostra os resultados esperados dos ensaios. Professor, interprete os resultados em conjunto com a classe. TUBO 1 2 3 4 5
A
B
Figura 13.3.5: resultado positivo (A) e resultado negativo (B).
COMPOSIÇO 4 mL gelatina + 2 mL água 4mLgelatina+2mLsucodeabacaxi(descongelado) 4 mL gelatina + 2 mL suco deabacaxi (temp. ambiente) 4 mL gelatina + 2 mL suco de abacaxi industrializado 4 mL gelatina + 2 mL suco de abacaxi reconstituído (pó)
RESULTADO (GELIFICAÇO) + +/+ +
Oresultadopositivoindicagelicaçãodagelatina.Onegativoindicanãogelicaçãodagelatina.
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Açãodasproteasesbromelinaepapaínanadigestãodocolágeno-Aula3 Tubos 1 e 2:controlespositivo(1)enegativo(2)paragelicaçãodagelatina.Ocontrolepositivoindicaocorrência degelicação.Ocontrolenegativoindicaausênciadegelicaçãoeconsequentedegradaçãodagelatinapelaaçãoda bromelina. Tubo 3:éesperadoquehajamodicaçãodaatividadeproteolíticaemrelaçãoaotubo2,podendochegaràinativação enzimática,porissoosinalde+-.Esseresultadopodevariardeacordocomascondiçõesaqueaamostrafoisubmetida durante os três dias. Nainterpretação,proponhaquestõessobreaconservaçãodosalimentos,como: “Há alteração da qualidade dos frutos depois que eles são cortados? E com relação a qualidadedos sucos que permanecemnageladeira?” “Seráquefrutas‘passadas’–madurasdemais–conservamomesmovalornutricional?” Tubos 4 e 5:éesperadoqueocorragelicaçãonosdoistubos. Proponhaaosalunosaelaboraçãodeumahipóteseparaexplicarosresultados. Pergunteseelestêmideiadoqueocorrenoprocessamentoindustrialdoabacaxi. Vocêpodeapresentaralgunstiposdeprocessamentoepedirumatarefaindividualparacasa:oalunodeveescolher umafrutaquesejaprocessadaemprodutoindustrializado(pêssego,abacaxi,bacuri,cambuciouamora,porexemplo)e depoisescrever,ematéumapágina,comoocorreesseprocesso.
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14. Investigao por manipulao de DNA - Aula 1 Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Silva, Eric Dias da; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Esse projeto propõe a simulao de uma investigao criminal em que sero discutidas tecnologias de manipulao do DNA.NessaaulaserãoabordadastécnicasdeidenticaçãodepessoaspelaanálisedoDNA.
O experimento Procedimento Professor, a atividade apresenta uma suposta história de um crime em que os alunos faro o papel de investigadores, realizando,paraisso,umasimulaçãodaaplicaçãodatécnicademanipulaçãodoDNAparaidenticaçãodepessoas. Apresente a atividade numa aula anterior e divida a classe em cinco grupos. ÉaconselhávelqueessaatividadesejarealizadaapósasaulassobreBiologiaMolecular. Aidenticaçãoatravésda“impressãodigital”genéticaémuitoutilizadaemtestesdepaternidadeetambémpara identicar suspeitos decrimes. Paraisso,o DNA a ser analisado é isolado e multiplicado por meio deuma técnica denominada Reao em Cadeia da Polimerase - PCR, na qual so r ealizados ciclos de alterao de temperatura. Também so usadas enzimas, fragmentos para iniciar a síntese de DNA e nucleotídeos que possibilitaro que uma pequena quantidadedeDNAsejaaumentadamuitasvezes.Apósaetapadeamplicação,oDNAéquebradoemfragmentospor meiodeenzimasderestriçãoqueclivamregiõesespecícasdasmoléculasdeDNA.Essesfragmentossãoentãoseparados por tamanho e no por sua sequência de bases (ou nucleotídeos) através da té cnica de eletroforese, gerando uma espécie deimagemfotográcasemelhanteaumcódigodebarras.Esse“códigodebarras”éa“impressãodigital”doindivíduo. Osresultadospermitemidenticarindivíduos.Nocasodetestedepaternidade,osresultadossãocomparadoscomas bandasdeDNAdospais,podendo-seconrmarounãoapaternidade.ValelembrarqueoexamedeDNAnãocomparaa informao genética dos indivíduos, mas apenas os tamanhos dos fragmentos obtidos de suas moléculas de DNA. Aatividadeconsiste,portanto,nasimulaçãodessasetapaspelosgrupos,oqueajudaráosalunosacompreenderem melhorastécnicaseoprocessodeinvestigaçãoporanálisedoDNA,demaneiralúdica. Apresenteahistóriaeinicieo“processodeinvestigação”comaclasse.
História de um crime PelaconquistadoprimeirolugardaOlimpíadadeMatemática,suaescolarecebeucomoprêmioumtroféudeouro macio. No dia seguinte, quando o diretor chegou em sua sala, o troféu havia sumido. As câmeras de segurana mostraram uma pessoa entrando pela janela do piso inferior da escola, subindo até a sala do diretor e roubando o troféu; entretanto, asimagensnãopossibilitaramidenticarapessoanemseusexo.Apesardisso,foipossívelsuporalgunssuspeitos. O estado da porta da sala e a presena de manchas de sangue no cho sugeriram que, enquanto arrombava a porta, o ladro se feriu e acabou sangrando. Assim, os investigadores decidiram submeter todos os suspeitos a um teste de DNA.
Investigao Ainvestigaçãoserádivididaem3etapas,realizadasemcadaauladoprojeto. ETAPA 1 (a ser realizada nessa aula) EntenderedenircomoseráfeitaasimulaçãodotestedeDNAparaidenticaçãodosindivíduospormeiodediscussão com a classe. Professor, promova uma discusso com a classe, utilizando as informaões pesquisadas e trazidas pelos alunos, bem comoosconhecimentospréviosqueelestêmsobreaidenticaçãodepessoasatravésdamanipulaçãodoDNA:comoeles achamqueissopodeserfeito,comquaismateriaisbiológicos?Emconjunto,estabeleça,simplicadamente,ospassos daidenticaçãodepessoasatravésdamanipulaçãodoDNA.
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Investigao por manipulao de DNA - Aula 1 Passos: 1. Coleta de material; 2.AmplicaçãodoDNA; 3.Quebraemfragmentospelasenzimasderestrição; 4. Separao dos fragmentos por eletroforese; 5.Análiseecomparaçãodosfragmentos. Essespassosrepresentamumavisãosimplicadasobreatécnica.Existemvariações,técnicasespecícas,masno geral, esses so os passos comuns. Estabelecidos os passos em conjunto, comunique que nas aulas seguintes algumas dessas etapas sero simuladas. Para isso,peçaqueosgrupostragamtesoura,papelecaneta(oulápis). ETAPA 2 (a ser realizada na aula 2) Simulao do teste de DNA - construir a simulao do gel, o DNA, enzima de restrio e simular uma corrida. ETAPA 3 (a ser realizada na aula 3) Interpretar do gel e propor uma soluo para o crime.
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Investigao por manipulao de DNA - Aula 2 Resumo Esse projeto propõe a simulao de uma investigao criminal em que sero discutidas tecnologias de manipulao doDNA.Nessaaula,serãosimuladasalgumasetapasdastécnicasmaisusuaisdaidenticaçãodepessoaspelaanálise do DNA.
O experimento Materiais •Tesoura; •Lápisoucaneta; •Envelope(opcional).
Procedimento Nessaaula,serárealizadaasegundaetapadainvestigação,simulandoospassosdaidenticaçãodepessoasatravés da manipulao do DNA . Primeiramente,retomealgunspontossobreaestruturadoDNA,mostreumaguradoDNAcomasligaçõesquímicas queconferemessaestrutura.Enfatizeaspontesdehidrogênioentreastascomplementareseasbasescomplementares. Éimportantedeixarclaroqueasenzimasderestriçãoatuamcatalisandoaquebradeumaligaçãofosfodiésterentredois nucleotídeos consecutivos ligados a determinadas bases. Discuta com maiores detalhes a técnica de eletroforese.
Coleta do material Professor,pararepresentaromaterialcoletado,disponibilizamostasdeDNAcom30paresdebase(pb)-gura 14.2.5.Vocêpodecolocá-lasemumenvelopeeentregarumaparacadagrupo.Reforceparaaclassequeessenúmero é para viabilizar a atividade. Existemasamostrasdossuspeitoseaamostradosanguecoletadonacenadocrime. Todasasamostraspossuemsomenteumatacontendoasparesdebase.Cabeaosgruposconstruir atacomplementar com suas respectivas bases.
Quebraemfragmentospelaenzimaderestrição ConsidereagoraqueaenzimaderestriçãoutilizadareconheceasequênciadebasesAAeque“corta”oDNAentreo primeiro e o segundo A. NOTA: lembre-se que após a etapa de amplicação o “cromossomo”, uma estrutura identicável pela sua forma, tamanho e constituída de uma molécula de DNA especíca, deixa de existir. No nal desse processo, o que se obtém é uma mistura composta de todas as moléculas de DNA que constituíam todos os cromossomos das células do indivíduo.
1) QuandoasequênciaAAforencontrada,façaumtraçoverticalseparandoAdeA,comonoexemplodagura14.2.1; 2)Corte,comumatesoura,atadeDNAnolocalemqueforamfeitosostraçosverticais.Atesourarepresentaa enzimaderestriçãoe,comoscortes,vocêobteráosfragmentosdeDNA(gura14.2.2); 3)Conteonúmerodeparesdebasesnitrogenadasdecadafragmentoemarquenoversodata(gura14.2.3).
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Investigao por manipulao de DNA - Aula 2
Figura 14.2.1: sequência hipotética de DNA exemplicando o traço separando A de A. As duas sequências indicam as duas tas de DNA da molécula.
Figura 14.2.2: sequência hipotética de DNA exemplicando o corte onde foram feitos os traços.
Figura 14.2.3: frente e verso do fragmento formado pela quebra da sequência hipotética de DNA mostrada nas guras 1 e 2.
Separao dos fragmentos por Eletroforese 1)PreparodoGel.Professor,ogelérepresentadopelagura14.2.4. 2) Corrida do DNA; Nesta atividade, simularemos um procedimento denominado eletroforese. Ele consiste na separao dos pares de base do DNA ao longo de um gel próprio para esse procedimento. O DNA apresenta carga negativa. Por esse motivo, os pares debase sedeslocarãonosentido deaproximaçãodo cátodo (polopositivo) e afastamento do ânodo (polo negativo). Como os fragmentos possuem a mesma carga, eles sero separados por tamanho no gel e no pela sua sequência de pares de base. Fragmentos menores tero mais facilidade para passar pelos espaos do gel e, por isso, migraro rapidamente, atingindo uma distância maior que os fragmentos maiores de DNA. A gura 14.2.4 mostra uma simulação dogel deeletroforese. Paramontar essaimagem,apóscortadososfragmentosdeDNA,cadagrupodeverápintaros quadrados (representao das bandas) de acordo com os fragmentos originados, nacolunarepresentativadomaterialdecoletarecebido.Porexemplo,seum dos fragmentosdo suspeito1 apresentaquatroparesdebase,o alunodeverá pintar o quadrado relativo à coluna do suspeito 1 e à linha do número 4. Cada grupodeverápintarasbandasrepresentativasdasuaamostranogeldoroteiro detrabalhoeresponderàsquestões.Nessemomento,deveráserfeitasomente pintura da coluna referente à eletroforese do DNA recebido pelo grupo. Na aula seguinte,todasascolunasserãopintadasnumúnico“gel”ecomparadas. Napróximaaula,você,professor,podeimprimiratabeladoroteirodetrabalho em A3 e montar um gel em conjunto com a classe com as bandas das amostras de todososgrupos.Essadinâmicaseráútilparadiscussãosobreoassunto. Figura 14.2.4. Imagem
representativa de um gel de eletroforese. Os códigos horizontais na primeira linha representam as amostras a serem aplicadas no gel (S1: suspeito 1; S2: suspeito 2; S3: suspeito 3; S4: suspeito 4; CC: amostra da cena do crime). Os números de 1 a 30 representam os pares de bases (pb) que carão retidos no gel. Os padrões de banda são os resultados da separação das amostras.
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Investigao por manipulao de DNA - Aula 3
Resumo Este projeto propõe a simulao de uma investigao criminal por meio de manipulao de DNA. Nessa aula, sero comparados os resultados da simulao da eletroforese de cada grupo para se descobrir qual dos suspeitos é o suposto autor do crime. Além disso, sero discutidas outras tecnologias de manipulao de DNA.
O experimento Materiais Tabela representativa do gel de eletroforese com as bandas da simulao da aula anterior.
Procedimento Professor,montenalousaumgelúnicoouimprimagura14.2.4(aula anterior) em folha tamanho A3 e complete com o resultado da simulao da eletroforese realizada pelos grupos. Aoladoestáoresultadodasimulaçãodasamostras. Note que, quando houver mais de um fragmento do mesmo tamanho paraummesmosuspeito,abandadeveráserdesenhadamaisgrossadoque asdemais.ODNAdosuspeito3,porexemplo,apresentadoisfragmentos compostos de três bases. Por isso, na linha 3, referente a esse suspeito, a banda foi desenhada mais grossa. O mesmo ocorre em relao ao suspeito 4, que apresenta dois fragmentos contendo quatro e seis pares de base. Por esse motivo, as bandas das linhas 4 e 6 referentes ao suspeito 4 foram desenhadas mais grossas. Pergunte para a classe, qual dos suspeitos é o suposto criminoso? O suposto criminoso é o suspeito de número 2, pois ele apresenta um padro de bandas igual ao da amostra da cena do crime. Isso, entretanto, no prova que o suspeito 2 é o autor do crime. Em uma situao real, o sangue encontrado no cho pode ter pingado da pessoa 2 em uma outra situao e no durante o arrombamento. A prova também pode ter sido plantada.OexamedeDNAéumaevidência,masseuresultadonãopode, sozinho, ser utilizado para determinar a culpabilidade de alguém. Se sobrar tempo, aproveite para realizar discussões sobre outras técnicas da Biotecnolgia como genoma, proteoma e terapia gênica.
Figura 14.3.1: imagem representativo de um gel de eletroforese.
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Figura 14.3.2: modelo para o gel de eletroforese.
Figura 14.3.3: sequência de bases para os alunos recortarem.
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15.Construçãoeacompanhamentodeterrário-Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Heleno, Maurício Gomes; Silva, Eric Dias da; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Esteprojetovisaaconstruçãoeacompanhamentodedoisterrários,umfechadocomplásticoeoutrocomtela, simulandodoisecossistemasdistintosemrelaçãoàdisponibilidadehídrica.Estaprimeiraaulaserádedicadaàconstrução dosterrários.
O experimento Materiais •2cubasdevidroparaaquário/terráriodemesmotamanho; •Carvãovegetal; •Terravegetal; •Areia; •Cascalho; •Fibradecoco; •Pedrasegalhossecos; •DuastampasdegarrafaPET; • Pequenas plantas variadas (samambaias, heras, musgos, avencas etc.); •Plásticoparafecharacubadevidro; •Fitaadesiva; •TecidotipoVoil(tecidotransparentecomoumatelana); • Pequenos invertebrados (insetos, aracnídeos, crustáceos terrestres, moluscos, anelídeos etc.).
Figura 15.1.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais Osaquáriospodemsersubstituídosporgarrafõesdeplásticode20cmdelarguracortadonaalturadogargalo;lavar osrecipientescomáguaesabãoparaeliminarosresíduosedesinfetarcomálcool.Osaquáriosdevemsertratadosda mesma forma. Os invertebrados podem ser capturados pelo professor, evitando acidentes. Para isso, você pode enterrar um pote de plásticonumjardim,porexemplo,deixandoabocaabertarenteàsuperfície.Osinsetoscairãonopoteduranteanoite. Muitosinvertebradosseescondemdebaixodepedrasegalhossecosparasemanterlongedaluzeasalvodospredadores. Vocêpodevisitarumparqueoujardimmaispróximodesuacasaouescola.Nesteslocais,épossívelencontrardiversos animaiscomoinsetos,aracnídeos,crustáceosterrestres,moluscos,anelídeosetc.Valelembrarqueacoletaemparques públicos deve ser feita somente após a concesso de licena por parte da administrao. Procurar sob madeiras, pedras, folhiçoeemplantas(geralmentesobasfolhasouemores).Antesdeiniciaracapturadessesanimais,éconveniente pensarnomeiodetransportequeseráusado.Umacaixadesapatosvazia,porexemplo,éumaboaopção.Escolhauma que permita que os bichos respirem normalmente. Ocascalho,aareia,aterrravegetaleabradecocopodemserobtidasemoriculturas.Aquantidadetotaldesses materiaisdevesersucienteparacobriraproximadamenteumquartodacubadevidro. SEGURANçA: atenção! Recomendamos algumas precauções antes de sair à procura de invertebrados. Use luvas de couro (aquelas de cortadores de cana) principalmente para manipular o folhiço e levantar pedras, galhos ou qualquer outra coisa. Olhe antes para os locais onde vai colocar a mão, especialmente se não estiver utilizando luvas. Vista-se com uma calça jeans que proteja até os calcanhares e uma camiseta de manga comprida ou moletom. Pessoas alérgicas a insetos podem ainda passar repelente nas partes descobertas, como rosto e pescoço. É importante estar sempre atento para ver se não há alguma ameaça, como taturanas, enxames de abelhas ou formigueiros. Após o término da coleta, cheque o seu corpo à procura de carrapatos ou outros animais.
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Construçãoeacompanhamentodeterrário-Aula1 Protocolo experimental Montardoisterráriossegundoasinstruçõesaseguir. É importante que a montagem de ambos seja o mais semelhante possível, inserindo as mesmas quantidades de materiais para permitir comparaões posteriores. 1)Lavarosrecipientesdestinadosaosterrárioscomáguaesabãoparaeliminarosresíduosedesinfetarcomálcool. Osaquáriosdevemsertratadosdamesmaforma,evitandoaproliferaçãodefungosoubactériasquepossamalteraro equilíbrio do ambiente interno; 2)Colocarnofundodosrecipientescamadasdeterraecobrircomareiae/oucascalho; Os solos são constituídos por componentes orgânicos (húmus, por exemplo) e por uma parcela inorgânica. Os componentesinorgânicospodemapresentardiferentesgranulometrias,sendoaargilaamaisnaeaareiaamaisgrossa. Uma mistura equilibrada desses componentes (húmus, argila e areia), proporciona um solo adequado ao plantio. 3) Para evitar mau cheiro, cubra as camadas de areia com cerca de 2 cm de carvo vegetal triturado; 4)Colocarterravegetal:éacamadamaisimportantedoterrário.Eladevetermaisoumenos4cmdeprofundidade eserrecoberta,nalmente,comumacamadanadebradecoco; Intercalarcamadasdediferentestiposdeterra(gura15.1.2)éumacondiçãoindispensávelparaobomfuncionamento doterrário,poiselasvãoreproduzirascondiçõesdanatureza; 5)Colocarnosterráriospequenasmudasdesuasplantas,dandopreferênciaàquelasqueapreciamsoloúmidoe temperatura constante pequenas samambaias, heras, musgos, avencas etc. Preste ateno para no quebrar as raízes na horadeplantá-las(gura15.1.3); Nãocolocarnoterrárioespéciesquenãogostamdeágua,comocactos,ouplantascomraízesmuitograndes.
Figura 15.1.2: camadas de substratos do terrário.
Figura 15.1.3: pequenas plantas no terrário.
6) Espalhar pedras e galhos secos num canto para formar um abrigo mais úmido e escuro, onde os animais possam seabrigardaluz.Useumpequenorecipientecheiodeágua,comoatampadeumagarrafa,paracriarumafonte permanente de umidade; 7)Regarosucienteparaumedeceraterra(gura15.1.4),semdeixarpoçasdeáguanorecipiente.Utilizaromesmo volumedeáguaparaosdoisterrários; 8)Fecharumdosterrários,complásticoetaadesiva(gura15.1.5).Deixeumadaspontassemlacreparainserção dos insetos.Constatar a formaçãode um ciclo de precipitações.A água quepenetrou nas plantas pelas raízes vai evaporar e formar gotículas sobre as folhas; A
Figura 15.1.4: regar após montagem dos terrários.
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B
Figura 15.1.5: vedação de um dos terrários com plástico.
Construçãoeacompanhamentodeterrário-Aula1 9)Fecharooutroterráriocomumtecido(gura15.1.6)quepermitaapassagemdovapord’água,masnãoade insetos,comooVoil,prendendoasextremidadescomtaadesiva.Deixeumadaspontassemlacreparainserçãodos insetos; A B
Figura 15.1.6: vedação do outro terrário com Voil.
10)Abrirumapartenalateraldacoberturaeinserirosinvertebradoscoletadosumporumpelaparteaberta.(gura 15.1.7). Fechar rapidamente evitando que algum escape; A B
Figura 15.1.7: inserção dos invertebrados coletados nos terrários.
11)Colocarosterráriosemumlugarbemiluminado,massemrecebersoldiretamente. Coloquenumlocalemqueosalunospossamfazerobservaçõesdiárias. Dividaaclasseemgruposeentregueváriascópiasdeumatabeladeobservaçãodoterrárioparacadagrupoepeça paraqueobservemosterráriosacadadoisoutrêsdias,duranteummês,realizandoanotações.
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Construçãoeacompanhamentodeterrário-Aula2
Resumo Esteprojetovisaaconstruçãoeacompanhamentodedoisterrários:umfechadocomplásticoeoutrocomtela, simulando dois ecossistemas distintos em relao à disponibilidade hídrica. Essa segunda aula propõe a observao do terrárioeadiscussãodasobservaçõesfeitaspelosalunos.
O experimento Materiais •Terráriosmontadosnaaulaanterior; •Fichadeobservaçãodoterráriocomobservaçõesfeitaspelosaluno.
Procedimento Professor,peçaqueosgrupostragamaschasdeobservaçãodoterrárioediscutaositensdacha.Paracadaitem discutido, faa uma observao conjunta com a classe.
Protocolo experimental Abaixo,exemplicamosasobservaçõesquepoderãoserfeitas. Épossívelvisualizarosanimaisnoambiente(gura15.1.1).
Figura 15.2.1: animais no ambiente.
Apósalgunsdias,épossívelvericaradiferençadeumidadeentreoterráriofechadocomplástico(gura15.2.2A)e ocomVoil(gura15.2.2B). No terrário fechado com plástico é possível observar grande umidade (gura 15.2.2A). A atmosfera criada não conseguiráabsorvertodoovapor,queseacumularánasparedesdorecipiente.Quandoaumidadechegaraopontode saturação,ocorreráaprecipitaçãoeaáguavoltaráaosolo. NoterráriofechadocomVoilaumidadeémenor,demaneiraquealgumasplantassecam(gura15.2.2B). Esseresultadovaidependerdaumidadedoardolocalemqueseencontraoterrário.Emépocaschuvosas,haverá maiorumidadenoterráriofechadocomVoil,mas,mesmoassim,serámenordoquenoterráriocobertocomplástico. Noterráriofechadoépossívelqueproliferemfungosnasplantas,devidoàaltaumidade(gura15.2.3).Notam-se tambémgotículasdeáguanovidrodoaquário. Todoterrárioteráumacaracterísticaparticulareúnica,umavezquesimulaumecossistema.Assim,essesresultados sãoaspossíveisobservaçõesquepodemacontecernoterráriodasuaclasse.Atenteparaasparticularidadesdoseu, vericando as possíveis interações entre animais, animais e plantas e fatores abióticos. Verique as mudanças do ecossistema como um todo, observando mortalidade de plantas germinao de outras etc. A B
Figura 15.2.2: terrário fechado com plástico (A) e terrário fechado com Voil (B).
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Figura 15.2.3: desenvolvimento de fungos no terrário fechado com plástico.
Construçãoeacompanhamentodeterrário-Aula3
Resumo Nestaaula,seráfeitoodescartedosmateriaisqueconstituemosterrárioseadevoluçãodosanimaisànatureza.
O experimento Materiais •Terráriospreparadosanteriormente; •Pinças; •Frascosparatransportarosinsetos.
Figura 15.3.1: materiais necessários.
Procedimento Professor,antesdadesmontagemdoterrário,vocêpodeperguntaraosalunosquetipodeambienteseriaapropriado para devoluo dos animais após a desmontagem. Eles podem fazer uma lista com os animais que encontrarem nos terrárioseestabelecerumambienteadequadoaosanimaisnasproximidadesdaescola. Orienteadesmontagemdosaquárioseleveosalunosaoslocaisescolhidos. Professor, escolha um ambiente seguro onde os alunos estejam acostumados a ir, como o jardim da escola, por exemplo.
Protocolo experimental 1)Retiraracoberturadosaquários; 2)Retirarosanimaisdoaquáriocomoauxíliodepinças(gura15.3.2);
Figura 15.3.2: retirada dos animais do terrário.
3) Devolver os animais ao ambiente escolhido. Sempre manusear os animais com pinas ou luvas; 4) Para a devoluo das plantas, pode ser desenvolvida uma discusso a respeito do ambiente mais adequado, como porexemplo,seoambientedevesersombreadoouensolarado,úmidoouseco.Aterra,areiaedemaiscomponentesdo substrato podem ser descartados no mesmo local.
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16.Simulaçãodechuvaácidaesuasconseqüências-Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício G.; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Glislaine L.; Dias, Florencia M. P. P.; Silva, Eric Dias da; Araujo, Ana L.; Chikuchi, Helika A.; Galembeck, Eduardo.
Resumo Oexperimentovisaavaliaroefeitodesoluçõesácidassobreagerminaçãodesementesdefeijão( Phaseolus vulgaris), comomodelodaaçãodachuvaácidasobreagerminaçãodasplantasemgeral.Nestaaula,serãopreparadasassoluções ácidaseseráiniciadooprocessodegerminaçãodofeijão.
O experimento Materiais •1frascodebocalargacomtampa(tipofrascodemaionese); •1frascoKitasatode500mL; •Rolhaparavedarofrascokitasato; •3pipetasPasteur; •3frascosborrifadores; •3placasdePetri; •Algodãooupapelltro; •1odecobrede20cm(nº18); •1canetaoulápis; •1isqueiro; •Enxofreempó; •Águadestilada; •PapelindicadordepH; •Fermentobiológico; •Açúcar; •1colherdesopa; •Mangueiradeborracha; •Feijões.
Figura 16.1.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais •AsplacasdePetripodemsersubstituídasporvasilhasplásticascomtampatransparente; •AspipetasPasteurpodemsersubstituídasporconta-gotas; •Oisqueiropodesersubstituídoporfósforos; •Okitasatopodesersubstituídoporumagarrafa“pet”comatampafuradaetranspassadaporumtubinho(uma canetasemacarga,porexemplo)quepossaserconectadoàmangueira; •Oalgodãopodesersubstituídoporpapeldeltro.
Procedimento A emisso de poluentes industriais, queima de carvo e combustíveis fósseis lanam gases que se combinam com o oxigênioeovapordeágua,formandoaschamadaschuvasácidasporseremcarregadasdeácidosulfúrico,ácidonítrico eácidocarbônico.EssaságuascompHácidoacidicamosoloeinterferemnodesenvolvimentodasplantas. Nesseexperimento,vericaremosainuênciadesoluçãodeácidosulfúrico(pH=2)eácidocarbônico(pH=4)na germinao e no desenvolvimento de feijo. Numa aula anterior, divida a classe em grupos, explique o experimento e peça para que os grupos tragam os materiaisnecessários.Discutaoqueéchuvaácidaeperguntequaisseriamasconsequênciasdesuaocorrênciaparao desenvolvimentodasplantas.Esseexperimentopretendeajudarnarespostaaessaquestão. Propomos,primeiramente,opreparodassoluçõesdeácidosulfúricoeácidocarbônico.Opreparodoácidosulfúrico deveráserfeitocommuitocuidado.Vocêpodefazerasetapasjuntocomosgrupos,explicando-asemonitorandocada passo.
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Simulaçãodechuvaácidaesuasconseqüências-Aula1 Protocolo experimental Germinaão dos feijões 1)Colocaralgumassementesdefeijãoemáguaparadeterminaraviabilidadedasmesmas.Asviáveisserãoasque permaneceremnofundo.Asqueboiarempossuemarnoseuinterior,podendoindicarprovávelperfuraçãoporparasita; 2)Montar3placasdePetri(gura2):Colocaralgodão(oupapeldeltro)nofundodasplacaserotulá-lasde acordocomotratamentoqueserárealizado(água,ácidocarbônicoeácidosulfúrico).Tambémanoteadataemqueo procedimento foi iniciado; 3) Colocar cinco sementes de feijo em cada placa;
Figura 16.1.2: feijões nas placas para germinação.
Prepararassoluçõesdeácidosulfúricoeácidocarbônico,conformeinstruçõesabaixo.
Preparo da soluão de ácido sulfrico 1)Comumpedaçodeodecobre,construirumconecomcercade1cmdealtura,usandocomomoldeapontade umacanetaesferográca,dandovoltasbemapertadas(gura16.1.3); 2)Prenderoonabordadofrasco,conformeagura16.1.4; 3)Removeroconeeenchê-locomenxofreempó; 4)Acenderoisqueiroembaixodocone,iniciandoaqueimadoenxofre; 5) Rapidamente, colocar o cone dentro do frasco e tampar. Observar o que ocorre; 6)Apósaqueimadoenxofre,retiraroconeeagitarofrascoparadiluirafumaçaproduzidanaáguadofrasco; 7)MediropH,quedeveráestarnafaixaentre2e3,comopapelindicadordepH(gura16.1.5)earmazenaremum frascoborrifadorrotuladocomonomedoácido,pHedata.
Figura 16.1.3: modo de enrolar o o de cobre na caneta.
Figura 16.1.4: posição do o dentro do frasco.
Figura 16.1.5: medida do pH da solução.
Preparo da solução de ácido carbônico 1)Emumfrascokitasato,adicionar200mLdeumasoluçãocontendoáguamorna(37ºC),4colheresdesopadeaçúcar eumtabletedefermentobiológicofresco(gura16.1.6); 2) Fechar a boca do frasco com rolha e ligar uma mangueira à saída lateral do frasco kitasato. Inserir a outra extremidadedamangueiraemumfrascocomágua,demodoqueogásproduzidoborbulhe(gura16.1.7);
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Simulaçãodechuvaácidaesuasconseqüências-Aula1
Figura 16.1.6: material para o preparo da suspensão de fermentação para produção de H 2CO3.
Figura 16.1.7: montagem do Kitasato com a mangueira.
3)Apósotérminodoborbulhamento,determinaropH(quedeveráestarporvoltade4),damesmaformaquefoifeito comasoluçãodeácidosulfúrico,rotularofrascoearmazenar; Oácidocarbônicoéumácidofraco,podendohaverperdadeCO2 para o ambiente e consequente alterao do pH, sendonecessáriooarmazenamentonumrecipientecomtampaemqueoácidoocupequasetodoovolume.Porisso,é importanteaferiropHdasoluçãodiariamenteemcadatratamentodassementes,paravericarsenãohouvealteração no pH. 4)Molhardiariamenteoalgodãocom2mLdasrespectivassoluções(água,ácidocarbônicoeácidosulfúrico)ecolocar as sementes para germinar de 2 a 7 dias à temperatura ambiente.
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Simulaçãodechuvaácidaesuasconseqüências-Aula2
Resumo Oexperimentovisaavaliaroefeitodesoluçõesácidassobreagerminaçãodesementesdefeijão( Phaseolus vulgaris), comomodelodaaçãodachuvaácidasobreagerminaçãodasplantasemgeral.Nestaaula,serávericadooefeitodas soluões na germinao do feijo e feita a transferência de mudas para a terra.
O experimento Materiais •Coposplásticosdescartáveis; •Terravegetal; •Soluçõespreparadasnaaulaanterior; •Água; •3borrifadores; •Mudasdefeijão,colocadasparagerminarnasplacas,naaulaanterior.
Dicas de obtenão de materiais Os borrifadores podem ser substituídos por frascos vazios de produtos em spray.
Figura 16.2.1: materias necessários.
Procedimento Professor, pea para os grupos compararem as três placas. Pergunte:“Seassementesexpostasàssoluçõespassaremaserregadassomentecomágua,poderãosedesenvolver normalmente?” Pararesponderaessaquestão,assementesserãotransplantadasparaaterraeregadascomágua. Regandotodososfeijõesgerminadossomentecomágua,propomosvericarseaocorrênciadachuvaácidadurante a germinao gera problemas no desenvolvimento posterior da planta.
Protocolo Experimental 1) Observar a germinao das sementes de feijo em cada tipo de tratamento.
Figura 16.2.2: sementes tratadas com água.
Figura 16.2.3: sementes tratadas com ácido sulfúrico (H 2SO4).
Figura 16.2.4: Sementes tratadas com ácido carbônico (H 2SO4).
Após2dias,jáépossívelperceber a diferena entre os tratamentos. As sementes regadas com os ácidos apresentam desenvolvimento bem inferioràsregadascomágua. 2) Transplantar 3 mudas de feijo dos diferentes tipos de tratamento feitos nas placas para copos de plásticocomterraerotulá-loscomo respectivo tratamento. Figura 16.2.5: feijões transplantados para copos com terra.
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Simulaçãodechuvaácidaesuasconseqüências-Aula3
Resumo Oexperimentovisaavaliaroefeitodesoluçõesácidassobreagerminaçãodesementesdefeijão( Phaseolus vulgaris), comomodelodaaçãodachuvaácidasobreagerminaçãodasplantasemgeral.Nestaaula,seráobservadooresultado dodesenvolvimentodofeijãoemterra,regadosomentecomágua,apóstratamentocomassoluçõesácidas.
O experimento Materiais •Mudasdefeijão(Phaseolus vulgaris) plantadas na aula anterior; •Régua.
Procedimento Essaetapapropõevericarseaocorrênciadechuvaácidanafasedegerminaçãogeraproblemasnodesenvolvimento posterior da planta. Professor,vocêpodelevantardiscussõessobreoprocessodedesenvolvimentodaplanta.Comoexemplosdeimplicações decorrentesdealteraçõesdepH,podemoscitar:alteraçõesdepHmodicamasolubilidadedealgunsmicronutrientes, podendoprejudicarsuaabsorção;asenzimassãoproteínas,perdendosuascaracterísticasemvariaçõesextremasdepH. Dessaforma,avariaçãodepHpodeinativarasenzimasresponsáveispelodesenvolvimentodaplanta.
Protocolo experimental 1) Observar a diferena de crescimento dos feijões. Oresultadodagerminaçãosemanteve(aula2),mesmocomoposteriortratamentocomágua.Osfeijõestratados inicialmentecomácidosulfúrico,nãogerminaramnessafase.Osfeijõestratadosinicialmentecomácidocarbônico apresentaramgerminação,porémmenosefetivadoqueossubmetidosaotratamentocomágua. Professor,vocêtambémpodecontinuaroexperimento,testandoaaçãodachuvaácidasobreasmudasjágermina- das.Paraisso,separeastrêsmudasquegerminaramepassearegarumadelascomácidosulfúrico,outracomácido carbônicoeaterceiracomágua.Observeediscutaosresultadoscomosalunos.
Figura 16.3.1: resultado do desenvolvimento das sementes após rega com água.
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17.Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Heleno, Maurício Gomes; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine L ima; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Estaatividadepráticapropõeoaprendizadodetécnicasdereutilizaçãodemateriais(óleousadoepapel).Paraisso, sero confeccionados sabo e papel reciclado, a partir de óleo usado e papéis, respectivamente. Nessa primeira aula, seráiniciadaaconfecçãodosabão.
O experimento Materiais •1litrodeóleoalimentarusado; •200mLdesodacáusticalíquida; •200mLdeáguafervente; •Baldedeplástico; •1caixadeleitelongavidavazia; •Colherdepau; •Peneira; •20mLdeessência(opcional); •Fogareiro; •Recipienteparaferveraágua; •Faca; •Luvas.
Figura 17.1.1: materiais necessários.
Procedimento Professor,emumaaulaanterior,expliqueoprojeto,dividaaclasseemgruposepeçaquecadagrupotragaóleo usado,caixadeleitevaziaelavadaemateriaisqueaescolanãodispuserentreosnecessários. Vocêpodefazerumabrevediscussãosobreoqueéreciclagemeexploraroconhecimentopréviodosalunossobreo assunto.
Protocolo Experimental 1)Adicionarlentamenteecomcuidadoasodacáusticaàáguadestilada,numrecipientedeplástico(gura17.1.2); A
B
C
Figura 17.1.2: diluição da soda cáustica.
SEGURANçA: todo o procedimento envolvendo soda cáustica deve ser feito utilizando luvas de borracha. Os recipientes contendo soda cáustica devem ser de plástico ou de madeira, não podendo ser de vidro. A soda cáustica, ou hidróxido de sódio (NaOH), é um produto altamente corrosivo, que corrói vidros e pode produzir queimaduras na pele.
Aconselha-se queesseprocedimento seja realizado pelo professor antesdaaula,fornecendo a soda cáusticajá dissolvida.
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Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula1 2)Filtraroóleoemumapeneirabemna(oumeia-calça),paraevitarquepermaneçamresíduosalimentares(gura 17.1.3); Utilizeumrecipientedeplásticoecomaproximadamenteodobrodovolumedoóleoqueseráutilizadoparamisturar napróximaetapa. 3)Adicionarasodacáusticadiluídanorecipientecomóleo(gura17.1.4); 4)Misturarosmateriaiscomumacolherdepaunumrecipientedeplásticopormaisoumenos30minutos,atétera consistênciadedocedeleitepastoso(gura17.1.5); OBSERVAÇO: a essência (20 mL) pode ser acrescentada ao óleo antes da adição da soda cáustica.
5)Despejar numa caixinhade leitecomapartesuperiorretirada, usadacomo forma,e deixarsecaraté aaula seguinte(gura17.1.6).
Figura 17.1.3: ltragem do óleo.
Figura 17.1.4: adição da soda cáustica diluída ao óleo.
Figura 17.1.5: mistura dos materiais.
Figura 17.1.6: inserção sabão na caixa de leite.
do
Professor, você pode aproveitar essa atividade para discutir com os alunos os danos causados pelo descarte de óleo no meio ambiente. Diariamente, o óleo de cozinha usado é jogado diretamente na pia, atingindo a rede de esgoto. Essa simples atitude pode causar mais danos ao meio ambiente do que podemos imaginar. O óleo descartado na pia de nossas casaschegaráàáguadeumrio,prejudicandoafaunaeaoradolocal.Porserumasubstânciamenosdensadoque aágua,oóleopermanecenasuperfície,formandoumapelículaquedicultaaentradadeluzedeoxigênionaágua. Issocomprometesignicativamenteodesenvolvimentodostoplânctons,organismosqueconstituemabasedacadeia alimentaremdiversosambientesaquáticos.Comisso,váriosanimaispodemmorrerporfaltadealimentoouoxigênio naágua. Outro problema causado pelo descarte incorreto do óleo é o entupimento da rede de esgoto, prejudicando o funcionamento deestações detratamento deágua. Quando issoacontece,uma das soluçõesé ouso desubstância tóxicasparadesentupiroscanos.Essassubstânciastambémtrazemdanosaomeioambiente. Eseoóleofossedescartadonosolo?Seráqueissoresolveriaoproblema?Naverdadenão,poisoóleosedeposita sobreosolo,criandoumasuperfícieimpermeável,aumentandoaschancesdeenchentenaregião.Alémdisso,quando oóleoentraemdecomposição,eleliberagásmetanoque,alémdeexalarummaucheiro,contribuiparaoaumentodo efeito estufa em nosso planeta. Assim, a produo de sabo a partir do óleo de cozinha usado, além de ser uma opo econômica para nosso dia a dia, também constitui uma soluo satisfatória para o problema do descarte do óleo, contribuindo para a preservao do meio ambiente. Aonaldaaula,peçaparaqueosgrupos,emcasaounaescola,recolhamepiquempapéisusadosdediversostipos, comosultes,embrulhos,folhas,revistas,cartõesetc.equecoloquemessematerialemumabaciacomáguaumdia antesdapróximaaula. Peçatambémparaqueprovidenciemparaessaaula:jornal;liquidicador/misturador(oualternativamente,ba- tedeira);baciafunda;peneiracomtelalisaquecaibanabacia;panosvelhoseabaciadeáguacomospapéispicados. Osgrupospodemtransportaraáguaeopapelempotesgrandes.
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Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula2
Resumo Estaatividadepráticapropõeoaprendizadodetécnicasdereutilizaçãodemateriais(óleousadoepapel).Paraisso, sero confeccionados sabo e papel reciclado, a partir de óleo usado e papéis, respectivamente. Nessa segunda aula, seráiniciadaaconfecçãodopapelreciclado.
O experimento Materiais •Papéis usados,comosulte,embrulhos,folhas, revistas,cartões, jornais etc.; •Jornal; •Água; •Liquidicador/misturador(oualternativamente,batedeira); •Baciafunda; •Peneira,quecaibanabacia,comatelalisa; •Panosvelhos.
Dicas de obtenão de materiais
Figura 17.2.1: materiais necessários.
Amalhadateladapeneiradeveráseramenorpossívelparaqueasbrasdopapelquembemcompactadas.Se necessário,forreapeneiracomtecidotipovoilouorganzacomomostraagura17.2.1. Professor, você pode iniciar a aula perguntando a seus alunos se eles conhecem papel reciclado e qual a importância dareciclagem.Nessabrevediscussão,vocêpodevericarosconhecimentospréviosdosalunosemrelaçãoàfabricação depapelapartirdamadeiraecomentarsobreaproduçãodesubstânciastóxicasduranteesseprocesso. Pergunteaosalunosseelessabemcomopodemoscontribuirparaquemenosárvoressejamcortadasparaafabricação dopapel.Umasoluçãosatisfatóriaparaesseproblemaseencontranousodopapelreciclado.Expliqueque,naaulade hoje, os alunos aprendero a reciclar papel a partir de uma técnica simples.
Protocolo Experimental Confecão do papel reciclado 1)Numdiaanterior,picaropapeledeixardemolhoduranteumdiaouumanoitenumrecipiente,paraamolecer (gura17.2.2). Opapelsultegeraumpapelrecicladodemelhorqualidade.Podeaindaincorporarnopapelquevaifazer:folhas secas,pequenaslascasdemadeira,cebolatrituradaetc.,paradecoração.Paraobterumpapelcolorido,deixetambém de molho papéis de cores fortes. 2)Bateráguaepapelnoliquidicador,naproporçãodetrêspartesdeáguaparaumadepapel(gura17.2.3); Aprópria“águadomolho”podeseraproveitada.Bataamisturaatéobteratexturadesejada(quantomaisbater,mais homogêneacaráamistura,masnãobatademaisporqueopapelsetornaráquebradiço). 3)Despejarumapartedopapelbatidoeumapartedeáguanabacia,enchendo-aatémetade(gura17.2.4).
Figura 17.2.2: papel picado de molho.
Figura 17.2.3: papel batido com água.
Figura 17.2.4: papel batido na bandeja.
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Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula2 OBSERVAÇO: agite a mistura com a mão para os pedaços de papel não se depositarem no fundo.
4)Mergulhara peneira pela lateral dabaciaaté aofundo, subindo-a lentamente, sem incliná-la, apanhandoas partículasemsuspensãoeformandoumacamadadepapelsobreapeneira(gura17.2.5). A
B
C
Figuras 17.2.5: confecção do papel reciclado: (A) mergulho da peneira na bacia; (B) retirada da peneira; (C) formação da camada de papel na peneira .
5)Deixeescorreroexcessoecoloqueapeneirasobreumjornal,parasecarasuperfícieinferiorporalgunsminutos. Substituirojornalporumnovoquandoestejáestivermuitomolhado; 6) Ainda sobre o jornal, cobrir a peneira com um pano e aperte delicadamente para secar a superfície superior da folha(gura17.2.6); Observeatentamentesenãohábolhas,buracosouimperfeiçõesnopapel.Repitaesseprocessoatéretiraromáximo deumidade.Apertecomcuidadosemmuitaforçaparanãodanicaropapel,procurandodeixarafolhamaislisae homogênea possível. 7)Virarapeneirasobreojornalsecoebaterlevementenofundoatéafolhasoltar(gura17.2.7); Seopapelnãocair,signicaqueeleaindaestámuitoúmido.Repitaaetapaanterior. Nestafase,poderãoseradicionadasfolhaseoressecas,paradecoraropapel. A
Figura 17.2.6: retirada do excesso de água do papel.
B
Figura 17.2.7: retirada do papel da peneira.
8)Coloqueafolhaentrejornaissecoseprense-a,comauxíliodelivrospesadosegrandes,comolistastelefônicas. Deixe-asecaratéapróximaaula(gura17.2.8). A
B
Figura 17.2.8: prensagem do papel.
Assobrasdepapeltrituradopodemserpeneiradas,expremidaseencaminhadasparareciclagemseletivaeaáguaque sobrar na bacia pode ser despejada num vaso ou no jardim.
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Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula2 Corte do sabão Desenformarosabãopreparadonaaulaanteriorecortarempedaços,deixandosecaratéapróximaaula(gura 17.2.9). A
B
C
Figura 17.2.9 A, B e C: Desenforme e corte do sabão.
Napróximaaula,propomosvericaropHdosabãoconfeccionado.Paraisso,deixeosabãosecarpor,pelomenos, quatrodias.Peçaqueosgrupostragamrepolhoroxoeosmateriaisnecessáriosnãodisponíveisnaescola.
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Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula3
Resumo Estaatividadepráticapropõeoaprendizadodetécnicasdereutilizaçãodemateriais(óleousadoepapel).Paraisso, serãoconfeccionadossabãoepapelreciclado,apartirdeóleousadoepapéis,respectivamente.Nestaterceiraaulaserá feitaavericaçãodopHdosabãoutilizandorepolhoroxocomoagenteindicador.
O experimento Materiais •Águadestilada; •Sabãofeitonasaulasanteriores; •Repolhoroxo; •Tubodeensaio; •Béquerde1litroouumapanelapequenaparafervura; •Fogareiro; •PipetaPasteur; •Colherdepau; •Peneira.
Figura 17.3.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais •Apipetapasteurpodesersubstituídapoconta-gotas; •Aáguadestiladapodesersubstituídaporágualtrada.
Procedimento ÉimportantevericaropHdosabãoconfeccionadoparasaberamelhorformadeutilizaçãoeseestádentrodos valorespermitidospelalegislaçãobrasileira.Nestaterceiraaula,portanto,propomosquesejafeitaavericaçãodopH dosabãoconfeccionado,utilizandoummétodosimplesatravés,tendoorepolhoroxocomoagenteindicador. Professor, você pode iniciar a aula perguntando se a classe sabe que os agentes de limpeza como sabões, detergentes, alvejantesetc.,quepossuemdiferentespHdeacordocomanalidadedoagentedelimpeza.Apresenteatabelaabaixo: VocêpodecomentarqueosagentesdelimpezadestinadosàhigienepessoalpossuempHpróximoaoneutro(7,0), assim,amanipulaçãodedetergentesesabõesparalimpezapodemcausarirritaçõesnapeledevidoapHextremos alcalinoseácidos,justicandoaimportânciadousodeluvas.Casonecessário,retomeconceitodepH. AGENTES DE LIMPEzA Sabo em barra Detergente em pó doméstico Detergente em pó prossional Detergente Líquido para uso em copa e cozinha Detergente líquido para limpeza em geral, sem amônia
Alvejantes a base de compostos contendo cloro
Detergentes líquidos para lavar tecidos comuns Detergentes para lavar tecidos nos Amaciantes de roupas e condicionadores de cabelos Sabonetes e os sabões líquidos destinados à higiene pessoal Fonte:Barbosa,A.B.;Silva,R.R.Xampus.QUÍMICANOVANAESCOLA,n°2,1995
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pH Máximode11,5 Máximode11,5 Máximo de 12,5 5,5 a 8,5 Máximode12 13,5 sem diluio e 11,5parasoluçãodiluídaa1,00cg/g
Máximode11,5 Máximo de 10 Mínimo de 3 6,5 a 7,5
Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula3 Protocolo Experimental 1)NumBéquerde1litro,adicionar400mLdeáguadestilada; 2)PicarfolhasderepolhoroxoempedaçospequenosatéobterquantidadesucienteparacompletaroBéquercom águaaté600mL(gura17.3.2); 3)Ferveraáguaeasfolhasderepolhoroxoemfogareirodurante10minutos,misturandoconstantementecomuma colher de pau. Pode ser utilizado o forno de micro-ondas, pausando-o a cada 2 minutos para misturar a soluo, evitando assim o seu derramamento. A suspenso também pode ser fervida numa panela pequena, misturando constantemente. 4)Apósafervura,esperaresfriarporalgunsminutoseretirarasfolhasderepolhodasuspensãocomoauxíliodeuma peneira, descartando-as em seguida; 5)Asuspensãodeveapresentarumacoloraçãoroxoazulada(igura17.3.3); 6)Retirarumapontadeespátuladosabãofeitonasaulasanterioresecolocaremtubodeensaio; 7)Adicionar,paulatinamente,aotubodeensaio,gotasdeáguadestilada,misturandoconstantementecomoauxílio deumapipetadePasteur,atédissolvertotalmenteosabão(gura17.3.4);
Figura 17.3.2: água e repolho roxo.
Figura 17.3.3: suspensão de repolho roxo fervida. Figura 17.3.4: sabão dissolvido em água.
OBSERVAÇO: caso queira medir o pH de vários sabões, coletar pedaços de tamanho aproximado e adicionar um mesmo volume de água a cada tubo.
8)Aotubocontendoosabãodissolvido,adicionarcincogotasdasuspensãoderepolhoroxoeagitar; 9)AsuspensãoiráadquirirumcoloraçãodeacordocomovalordoseupH(gura17.3.5),equepodesercomparada comaescaladepH(gura17.3.6). AescaladepHfoifeitaemlaboratório,pingando-serepolhoroxoasuspensõescompHde2a12,medidasem peagâmetro com alto grau de preciso.
Figura 17.3.5: suspensão de sabão com repolho roxo.
Figura 17.3.6: escala de pH feita a partir do ensaio com repolho roxo.
DeacordodoaescaladepH,osabãoconfeccionadotempHnafaixade9-10.
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Reciclando:confecçãodepapelrecicladoesabão-Aula3 Finalização da confecção do papel reciclado Retiraropapeldasprensasdejornal.Estáprontaasuafolhadepapel reciclado(gura17.3.7). Opapeltambémpodeserretiradodaprensadepoisdeaproximadamente 24horasedeixadoparasecar. Professor, você pode fazer um fechamento do projeto, falando sobre os problemasdolixourbanonoBrasil.Aquantidadediáriadelixocoletadoem nossopaíséde228.413toneladas,ouseja,1,25Kgdelixoporpessoa. Amplie a discusso, introduzindo a política dos 3 R´s que propõe reduzir, reutilizar e reciclarolixocomomeiodeaproveitamentodolixoepreservaçãoambiental, e aponte como as técnicas de reciclagem estudadas nesse projeto podem se enquadrar nessa política.
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Figura 17.3.7: folha de papel reciclado pronta.
18. Investigao de micro-organismos por meio de cultivo e observaçãodefungosebactérias–Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício G.; Santos, Roney V. dos; Marchini, Gislaine L.; Ferraz, Miritis M. G.; Gatti, Maria Sílvia V.; Dias, Florencia M. P. P.; Chikuchi, Helika A.; Galembeck, Eduardo.
Resumo Esseexperimentovisademonstraraexistênciademicro-organismosnoambiente,atravésdocultivodefungose bactériasemmeiosnutritivos.Oprotocoloexperimentalpropostopermitiráabordarasrelaçõesentreometabolis- mo dos micro-organismos, as condiões do meio de cultivo e o conceito de esterilizao. Nesta primeira aula, sero preparadosmeiosdecultivocomosnutrientesdocaldodebatata,utilizando-seorepolhoroxocomoindicadordepH.
O experimento Materiais A B •1colherdeaçúcar; •½colherdechádesaldecozinha (cloreto de sódio); •3pacotesdegelatinaempóincolor; •14placasdePetri; •Colheresdesopaedecafé; •Paneladepressão; •Fogareiro; Figura 18.1.1: materiais necessários. •1batata; •Águadestilada; •Repolhoroxo(1pratodesobremesaderepolhoroxodesfolhado). OBSERVAÇO: com essa quantidade de materiais é possível preparar meio de cultivo para 14 placas de Petri, aproximadamente.
Dicas de obtenão de materiais AsplacasdePetripodemsersubstituídasporvasilhasplásticasrasascomtampatransparente.
Procedimento Professor, antes da aula prática é importante promover uma breve discussão com os alunos sobre quais são as concepçõesqueelestêmsobreaorigemdosseresvivos:comoelesexplicariamoaparecimentodeumgirinoemuma lagoa? E o aparecimento de bactérias sobre a carne? Apresente a eles a teoria da abiogênese e a teoria da biogênese. Na antiguidade, os argumentos sobre a origem dos seres vivos se baseavam na teoria da gerao espontânea ou abiogênese, que propunha que os organismos poderiam surgir por outros mecanismos além da reproduo, como por exemplo,apartirdatransformaçãodesubstânciasdomeioambiente. EssateoriafoiderrubadadenitivamentecomosestudosdeLouisPasteurporvoltade1850.Seusexperimentos vericaramqueosupostoaparecimentode“micróbios”emmeiosnutritivosnãosedeviaaosurgimentoporgeração espontânea,masatravésdocontatodemicro-organismosjápresentesnoarcomummeioqueapresentavacondições nutritivasfavoráveisàsuareprodução.Osmicro-organismossurgem,também,porreproduçãodeoutrosdamesma espécie.Essateoriacouconhecidacomoteoriadabiogênese. Sehouvertempo,vocêpodedescreverosexperimentosquePasteurrealizouparafundamentarasuateoriaediscutir onde os micro-organismos podem ser encontrados no meio ambiente. Atravésdocultivodefungosebactériasemmeionutritivo,vocêpoderádemonstraraosalunosaexistênciademicroorganismosnoambiente,conrmandoateoriadePasteur.
Protocolo Experimental Preparo do caldo nutriente 1)Emumapanelabemlavadaeenxaguada,cozinharumabatataempedaçoseumpratodesobremesaderepolho
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Investigao de micro-organismos por meio de cultivo e observao de fungos ebactérias–Aula1 roxodesfolhadoem400mLdeáguadurante10minutos; 2)Reservarolíquidotampadoaoladodeumfogareiroparaevitarcontaminação.Essecaldoseráutilizadocomomeio nutriente para os micro-organismos. A
B
C
D
E
Figura 18.1.2: etapas do preparo do caldo nutriente: corte da batata em pedaços (A); desfolhamento do repolho roxo (B); adição dos materiais na panela de pressão (C); adição de 400 mL de água (D); caldo nutriente formado, após cozimento por 10 minutos, com aspecto nal azulado (E).
Preparo do meio de cultivo Mantendo o caldo nutriente ao lado do fogareiro, preparar um me io de cultivo com 300 mL desse caldo, acrescentando umacolherdechádeaçúcar,meiacolherdecafédesale3envelopesdegelatinaincolor. Ofogareiropropiciaumambienteestérilaoredoreabaixodachamadevidoàaltatemperaturaquedestróiosmicroorganismos presentes no ar naquela regio. A
B
C
Figura 18.1.3: preparo do meio de cultivo. adição de uma colher de chá de açúcar (A); adição de uma colher de café de sal (B); adição de 3 pacotes de gelatina incolor (C).
No preparo normal da gelatina para consumo geralmente se recomenda que 1 envelope seja dissolvido em 500 mL de água.Esteprotocolopropõeopreparomaisconcentradoparaqueagelatinanãoderretaforadageladeira. 1) Misturar a gelatina com o caldo ainda quente até que ela seja totalmente dissolvida; Nãoferveragelatinaparaqueelanãopercasuapropriedadedegelicação. 2) Esperar esfriar por alguns minutos; Essaquantidadedemeiocabeemaproximadamente14placasdePetri. 3) Colocar o meio de cultivo em placas de Petri esterilizadas para formar uma superfície para semeadura; Paraaesterilizaçãodasplacas,lave-aspreviamentee,apósasecagem,passeálcool nasuperfícieinterna,deixe-oevaporarecoloqueomeiodecultivo(caldo). Oálcooltemanalidadededestruirosmicro-organismosdoarquesedepositaram na placa. 4)Tamparasplacas.Apósagelicação,omeiodeveapresentarcoloraçãoliláse aspecto turvo; 5) Manter os meios protegidos da luz direta.
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Figura 18.1.4: placa com meio de cultivo.
Investigao de micro-organismos por meio de cultivo e observao de fungos ebactérias–Aula1 SEGURANçA: é recomendado que o preparo do meio de cultivo seja realizado ao lado de um fogareiro para evitar a contaminação do meio. O calor esquenta o ar ao redor e elimina os micro-organismos daquela área, evitando que se depositem na placa e se reproduzam no meio antes do endurecimento do mesmo.
Abatataeoaçúcardomeiodecultivofornecemnutrientesparaosmicro-organismos.Jáorepolhoroxoéum indicadordepH,poisadquirecoloraçõesdiferentesparacadafaixadepH.AcorlilásindicapHneutro,assim,opHdo meio de cultivo é neutro. Para absoro dos nutrientes, os micro-organismos liberam substâncias para digerir o meio, podendoserenzimasácidasoubásicas.Assim,omeiopoderámodicardecorcomoaparecimentodascolônias,de acordo com a variao de pH dessas substâncias. Discuta e decida com a classe os materiais de coleta de micro-organismos que sero inoculados nas placas na aula seguinteepeçaquecadagrupotragasuafontedeinóculo,bemcomoosmateriaisdapróximaaula.Emnossostestes, optamos por inocular micro-organismos da boca, de uma cédula de dinheiro e do solo, mas os grupos podem sugerir outros materiais.
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Investigao de micro-organismos por meio de cultivo e observao de fungos ebactérias–Aula2
Resumo Esse experimento visa demonstrar a existência de micro-organismos no ambiente, através do cultivo de fungos ebactériasemmeiosnutritivos,permitindoumadiscussãosobreateoriadaabiogênese.Oprotocoloexperimental propostopermitiráabordarasrelaçõesentremetabolismodosmicro-organismos,ascondiçõesdomeiodecultivoeo conceito de esterilizao. Nesta segunda aula, sero coletados micro-organismos presentes tanto no meio ambiente quanto em diferentes materiais que sero inoculados nos meios de cultivo preparados na aula anterior e também em beterraba e cenoura cozidas.
O experimento Materiais •FogareirooubicodeBünsen; •Cotonetes; •Béquer; •Água; •Faca; •Cenouracrua;
•Beterrabacrua; •Vasilhasplásticascomtampa; •Fitacrepe; •Papelalumínio; • Meios de cultivo preparados na aula anterior; •Papelltro. Figura 18.2.1: materiais necessários.
Procedimento Professor, no início da aula, aborde e discuta as duas formas de cultivo propostas. A inoculao em placa propõe uma série de cuidados com a esterilizao para garantir que os micro-organismos inoculados sejam provenientes somente dos materiais de coleta escolhidos. No cultivo com legumes, eles primeiro sero fervidos para que se destrua os micro-organismos neles presen tes. Depois eles sero utilizados como fonte de nutrientes paraosmicro-organismosqueestãopresentesnoarenopapelltro,ouseja,nomeioambiente.
Protocolo experimental Inoculaão de micro-organismos em meio de cultivo 1)Lavarasmãoselimparolocaldetrabalho,passandoálcoolnabancada; 2) Pegar a placa de Petri contendo o meio de cultivo preparado na aula anterior; 3)Colocarumpoucodeáguaparaferver; 4)Umedeceraextremidadedecadacotonetequeseráusadonacoletadosmicro-organismoscomáguafriaepassálos5vezespelovapor.Ovaporesterilizaráocotonete. Énecessárioqueocotoneteestejaúmidoparaumamelhoraderênciadosmicro-organismospresentesnosmateriais de coleta para a inoculao dos mesmos no meio de cultivo. 5)Deixaresfriarporcercade10segundosepassarumcotoneteumedecidoemcadaumdosmateriaisdecoleta; Escolhemos como materiais de coleta: dinheiro, suspensãodesolo(gura18.2.2)emucosadaboca.A suspenso de solo é feita misturando um pouco de solo em água. Para a coleta na mucosa da boca, passar o cotonete umedecido na parte interna da lateral da boca. Qualquerlocaldoambienteetodasassuperfíciesdo nossocorpoexpostasaelecontêmbactérias.Osgrupos podem escolher outros materiais de coleta (como, por exemplo,apeleentreosdedosdopéeocourocabeludo).
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A
B
Figura 18.2.2: coleta para inoculação de micro-organismos presentes no dinheiro (A); e na suspensão de solo (B).
Investigao de micro-organismos por meio de cultivo e observao de fungos ebactérias–Aula2 6) Sempre ao lado do fogareiro para evitar contaminao, esfregar delicadamente a superfície do cotonete no meio decultivopreparadonaaulaanterior(gura18.2.3); Professor, sugira aos alunos que esfreguem o cotonete sobre o meio como se estivessem escrevendo o nome do grupo ou ento fazendo algum desenho, mas muito delicadamente para que o meio no seja danicado. O fogareiro propicia um ambiente estéril da chama devido à alta temperatura que destrói os micro-organismos presentes no ar naquela pequena área, garantindo que somente os micro-organismos provenientes do material de coleta crescero no meio Figura 18.2.3: inoculação do Figura 18.2.4: placa vedada após material na Placa de Petri. inoculação. de cultivo. 7)VedaraplacadePetriemanteraplacaàtemperaturaambiente(gura18.2.4); Repetir essa operao com outras placas, passando cotonetes limpos nos outros materiais de coleta escolhidos; 8)Observarasplacasdiariamenteparavericaraformaçãodecolôniasdebactériase/oufungos.
Cultivo de micro-organismos em legumes 1)Descascarumacenouraeumabeterrabaecortaremfatiasdeaproximadamentedoiscentímetrosdeespessura (gura18.2.5); 2)Colocar,separadamente,acenouraeabeterrabaemáguaferventeedeixarporumminuto(gura18.2.6); A
B
A
Figura 18.2.5: preparo da cenoura (A) e da beterraba (B) para serem usadas como meio de cultivo.
B
Figura 18.2.6: fervura da cenoura (A) e da beterraba (B).
3)Forrarabasedevasilhasplásticascompapeldeltro; 4)Colocarfatiasdecenouraedebeterrabaseparadamentesobreopapeldeltro,demaneiraqueesteque molhado; 5) Fecharavasilhacomumatampaplástica.Cobrircompapelalumínioeaguardarpor2ou3dias. A
B
C
D
Figura 18.2.7: Preparo do cultivo de bactérias e fungos. Vasilha plástica forrada com papel ltro (A); adição das fatias de cenoura (A) e de beterraba (C); vasilha fechada com papel alumínio (D).
Nesse cultivo, a cenoura e a beterraba representam as fontes nutritivas que proporcionaro o desenvolvimento de micro-organismos do meio. A fervura garante a destruio dos micro-organismos presentes nos legumes, assim, os microorganismosquesedesenvolverãonavasilhaserãoprovenientesdomeio,doar,doltroetc.Afervuratambémtornouo meio úmido e quente, propício para o crescimento de fungos.
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Investigao de micro-organismos por meio de cultivo e observao de fungos ebactérias–Aula3
Resumo Esse experimento visa demonstrar a existência de micro-organismos no ambiente, através do cultivo de fungos ebactériasemmeiosnutritivos,permitindoumadiscussãosobreateoriadaabiogênese.Oprotocoloexperimental propostopermitiráabordarasrelaçõesentreometabolismodosmicro-organismos,ascondiçõesdomeiodecultivoeo conceito de esterilizao. Nesta terceira aula, os alunos iro acompanhar o desenvolvimento dos micro-organismos que foram inoculados na aula anterior.
O experimento Materiais •PlacasdePetricommeiosdecultivoinoculadosnaaulaanterior; •Vasilhascomlegumescozidospreparadosnaaulaanterior.
Procedimento Protocolo experimental 1) Observar o crescimento de colônias isoladas no meio de cultivo inoculadas na aula anterior; Nos nossos testes, observa-se o crescimento de colônias de bactérias que apresentam aspecto leitoso, com superfície arredondada. É possível que algumas colônias adquiram coloraões diferentes no meio, como foi o caso, no nosso teste, das bactériasinoculadasdacéduladedinheiro(gura18.3.2A).
Figura 18.3.1: culturas inoculadas com material de mucosa da boca.
Figura 18.3.2: culturas inoculadas com material retirado do dinheiro (A) e de suspensão de solo (B).
ComoorepolhoroxoadicionadoaomeioatuacomoumindicadordepH,amudançadecorindicadiferentespH.Para auxiliá-lo,realizamosumensaiorelacionandoacordoextratoeopH.AferimosopHdeváriostubosdeensaiocontendo suspensõesdeextratoderepolhoemmeioácido,neutroebásico.Agura18.3.3mostraaescalaobtida,quepoderáser usadanaanálisedosresultadosdesteexperimento. A
B
Figura 18.3.3: indicador de pH. Ensaio com repolho roxo, adicionando ácido e base (A). Escala de cores feita a partir do ensaio com repolho roxo (B).
2)CompararacoloraçãodascolôniascomaescaladepHfornecidaparavericaraproduçãodeácidoseálcalis; Seomeiodeixardesersólido,asbactériasestãoproduzindosubstânciasproteolíticas,ouseja,quedegradama gelatina, composta essencialmente de proteínas.
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Investigao de micro-organismos por meio de cultivo e observao de fungos ebactérias–Aula3 3)Observequenospotesdeplásticodesenvolveram-sefungoscomcoreseformasdiferentes(guras18.3.4e18.3.5).
Figura 18.3.4: crescimento de micro-organismos cultivados em papel ltro com cenoura.
Figura 18.3.5: crescimento de micro-organismos cultivados em papel ltro com beterraba.
SEGURANçA: não abrir as placas e os potes. Os fungos soltam esporos que podem ser inalados. Para descarte do material, vede os potes de plásticos (gura 18.3.6) e jogue no lixo. Caso queira reutilizar as placas de Petri, abra o mínimo possível e insira álcool. Deixe por alguns minutos para só depois lavá-las.
Figura 18.3.6: vedação do material para descarte.
Professor, você pode discutir com os alunos o porquê dos alimentos estragarem. Na geladeira, o alimento conserva-se pormaistempoporqueabaixatemperaturaretardaocrescimentodemicro-organismos.Estragar,portanto,signicaque houve uma proliferao de micro-organismos num meio nutr itivo, no caso, no alimento. Discuta com eles também porque éaconselhávelqueosalimentosguardadosnageladeirasejammantidosemrecipientestampados. Aproveitepararelacionaraatividadecomodesenvolvimentodedoençasecomoshábitosdehigieneaomanipular alimentos. Finalizeperguntando:“osmicro-organismossurgemdamatériainerte,do‘nada’,oudareproduçãodeoutrospréexistentes?”
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19. A reduo de cobertura vegetal registrada em fotografias de satélite–Aula1 Siqueira, Suely Franco; Florenzano, Teresa Gallotti.
Resumo Estaaulatemoobjetivodeidenticaroconhecimentopréviodoalunosobresensoriamentoremoto,abordarcon- ceitosbásicossobreestatecnologiaemostraralgumasdesuasaplicações.Paraisso,serãousadasimagensdesatélite (produtodosensoriamentoremoto)eseráapresentadoosatélitebrasileiroCBERS.
O experimento Materiais •Imagensobtidasdesatélite; •FiguradosatéliteCBERS.
Dicas de obtenão de materiais Asimagenspodemserobtidasem: 1.http://www.cbers.inpe.br/?content=galeria_imagens.Paraampliaraimagemobtida,bastaclicarsobreela.Para salvá-la,clicarcomobotãodireitodomousesobreaimagem.Abriráacaixa“salvarimagem”.Escolherodiretórioonde desejasalvareclicarem“salvar”. 2.GoogleEarth:http://earth.google.com.br/.DepoisdefazerodownloadeinstalaroSoftwareGoogle,navegar atéaáreadeinteresseeclicarem“Arquivo”,“Salvar”,“Salvarimagem”.Abriráacaixa“salvarimagem”.Escolhero diretórioondedesejasalvareclicarem“salvar”. AguradosatéliteCBERSeinformaçõesdoprogramaCBERSesuaaplicaçãopodemseradquiridasem:http://www. cbers.inpe.br/?content=lancamento2be http://www.cbers.inpe.br/?content=introducao.Paraampliaragura,basta clicarsobreela.Parasalvar,clicarcomobotãodireitodomousesobreagura.Abriráacaixa“salvarimagem”.Escolher odiretórioondedesejasalvareclicarem“salvar”. Depoisdesalvaraimagemeaguradosatélite,imprimirempapelA4ouemtransparências(casodesejarusaro retroprojetor) e ou gravar em DVD para apresentar na TV ou computador (Datashow). Asescolascommaisrecursospodemfazerusodevídeosquesãoencontradosem: http://www.dgi.inpe.br/siteDgi/ video/galeria.php InformaçõessobresensoriamentoremotopodemseradquiridasnoEducaSERE: http://www.inpe.br/unidades/cep/ atividadescep/educasere/index.htm
Procedimento As imagens obtidas por satélite so ferramentas importantes para o estudo das alteraões que ocorrem na superfície terrestre. Apartir daanálisedeimagensobtidasemdiferentesépocaseemdiferenteslugares,osalunos podeminvestigar, porexemplo,aocupaçãodoespaçourbano,aocorrênciadeilhasdecalor,odesmatamento,asqueimadas e os efeitos do aquecimento global. Ousodasimagensdesatélitemeteorológiconaprevisãodotempojánãoénovidadeparaamaioriadosestudantes, uma vez que essas imagens so mostradas diariamente nos jornais da televiso quando esse assunto (previso do tempo) éabordado.Muitosalunos também játiveramcontatocomo Google Earthe talvezjátenhambuscadoimagensda cidade,dobairro,daruaondemoraouestuda.Destaforma,éimportantequeosalunosaprendamosconceitosbásicos sobreosensoriamentoremoto(oqueé,comoasimagenssãoobtidas,ondeconseguirimagens,comointerpretá-las). Nestaprimeiraaula,expliqueaosseusalunosqueelesaprenderãoa usarasinformaçõesfornecidasporumanova tecnologia, que tem se tornado cada vez mais importante para as pesquisas sobre o meio ambiente. 1.Divida a turma em grupos de 3 a 4 alunos, explicando queeles irão analisar algumas imagens que mostram diferentes lugares. Distribua para os grupos a atividade A e disponibilize alguns minutos para que os alunos analisem, discutamerespondamaduasquestõespropostasnestaatividade.Nãoindiqueoobjeto(ouplataforma)responsávelpela obteno de imagens para que eles levantem hipóteses (avio, satélite, foguete, helicóptero, balo?). Se eles insistirem emperguntar,expliquequeumdosobjetivosdaatividadeéjustamentequeelestentemidenticarquetipodeobjeto serve de plataforma para obter essas imagens. 2. Solicite que faam a atividade B, que contém uma ilustrao do satélite sino-brasileiro, o CBERS.
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula1 3. Oriente os alunos a responderem às questões propostas nas atividades A e B por escrito. 4.Promovaumadiscussãodasrespostasdosalunoseváesclarecendoasdúvidasqueelesapresentarem.Quandofor discutir as respostas, escolha alguns alunos (1 de cada grupo) para irem até a lousa de modo que todos os grupos possam contribuirnaproduçãodeumgabaritocoletivo.Aproveiteomomentodadiscussãoparavericarseelesselembramde játervistoimagensobtidasporsatéliteantes.Emcasopositivo,pergunteondeessasimagensforamvistas.Elessabem o que é um satélite? E um sensor remoto? Por que algumas imagens da atividade A têm aspectos to diferentes? 5. Apresente também outras imagens de satélite (impressas em papel A4, em retroprojetor, DVD ou Datashow) e faa afundamentaçãoteórica,aprofundandoosconceitosbásicossobreosensoriamentoremoto:oqueéimagemdesatélite, comoéadquirida,paraqueéusada.NaBibliograaComplementar,háalgumasindicaçõesdeondevocê,professor, poderálermaissobreoassunto. 6.ApresentetambémaosalunosoutrasgurasdoSatéliteCBERS(impressasempapelA4,emretroprojetor,DVDou Datashow), ressaltando que ele é um satélite brasileiro, qual é a sua funo e o que é o programa CBERS. Se preferir, use lmesemDVDouDatashow,disponíveisemhttp://www.dgi.inpe.br/siteDgi/video/galeria.php.
Atividade A
OBSERVAÇO: professor, esta imagem pode ser substituída por outra, por exemplo, a imagem da área onde está localizada a escola.
Figura 19.1.1: Itaipu Binacional, obtida no Google Earth.
Nestaimagem,ManausaparecepróximaaosRiosNegro(empreto) eSolimões(pequenotrechoaoSuldeManausemtonsarroxeados),e aoRioAmazonas,àdireitadacidade.Overdemaisescuroéaoresta amazônica,eoverdeclarosãoáreasdeex-orestasocupadaspelo ser humano. As feiões em branco so núvens.
Figura 19.1.2: imagem CCD/CBERS-2 Data:17/08/2004. Fonte: INPE http://www.cbers.inpe.br/?content=galeria_imagens
Plano Piloto de Brasília e seu contorno. Destaca-se o cinturo das cidades-satélitesemplenaexpansão,bemcomoapresençadenovos loteamentos.
Figura 19.1.3: imagem CCD/CBERS-2 Data: 08/09/2004. Fonte: INPE http://www.cbers.inpe.br/?content=galeria_imagens
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula1
Asáreasdesoloexpostoestãoemtonsavermelhadosescuros;as áreasdeagriculturaecana-de-açúcar,emverde.Odelineamentodas curvas de nível é visível.
Figura 19.1.4: imagem CCD/CBERS-2. Região noroeste do Estado de São Paulo. Fonte: INPE http://www.cbers.inpe.br/?content=galeria_imagens
Respostas das questões propostas para a atividade A 1. De qual tipo de viso (vertical ou horizontal) foram obtidas essas imagens? De onde elas foram adquiridas? Resposta:Vertical,decimaparabaixo.Foramadquiridasdesatélite. 2. Para que so usadas as imagens de satélite? Resposta:Sãousadasparamonitoramentodousoeocupaçãodosolo,comelaspodemosobservaraexpansãourbana eagrícola,odesmatamento,asqueimadas,identicarderramamentodepetróleo,fazerprevisãodotempo,acompanhar degelo do polo norte etc.
Atividade B
Respostas das questões propostas para a atividade B 1. As imagens que você viu na atividade A foram obtidas por equipamentos (sensores) instalados em plataformas orbitaiscomo,porexemplo,aqueestárepresentadanaguraacima.Qualéonomepeloqualessasplataformas(ou objetos) so conhecidas? As plataformas orbitais que possibilitam a obteno das imagens daatividadeAsãochamadasdesatélites.Osatéliteilustradonagura é o CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), Satélite SinoBrasileiro de Recursos Terrestres. 2.OsatéliterepresentadonaguraaoladoéoCBERS,construído no Brasil e na China. Os governos do Brasil e da China assinaram em 06 de Julho de 1988 uma parceria envolvendo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial). Discuta qual é a importância do CBERS para o Brasil. As imagens deste satélite possibilitam identicar, monitorar e quanticaráreasde:orestasnativas,parques,reservas,expansão urbana,expansãoagrícola,áreasirrigadasporsistemadepivôcentral, queimadas, alterações ao longo de cursos-d-água e reservatórios. Com isso, é possível gerar mapas de diferentes temas, elaborar Fonte: INPE material de apoio a atividades educacionais, fazer previso de safras, obterinformaçõesquesubsidiem:oplanejamentodousodaterra,a http://www.cbers.inpe.br/?content=lancamento2b elaboraçãodenovasleiseascalizaçãodessasáreas.
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula2
Resumo Pretende-secomestaaulafornecersubsídiosparaqueoalunosejacapazdeidenticarobjetosrepresentadosna imagem ima gem de sat satéli élite. te. Pa Para ra ate atender nder est este e obj objeti etivo, vo, a aul aula a pro propic piciar iará á um trei treinam namento ento de ide identi ntica cação ção de obj objeto etos s em imagens de satélites.
O experimento Materiais •ImagemdesatéliteimpressaempapelcoucheA4(ouentãoemfolhadesulte,maséimportantequeaimpressão seja colorida e de boa qualidade); •Papelvegetalouplásticotransparentecomasdimensõesdeumafolhadesulte; •Lápiscolorido; •Fitacrepe.
Dicas de obtenão de materiais Asimagensdesatélitespodemserobtidasem: 1)http://www.cbers.inpe.br/?content=galeria_imagens 1) http://www.cbers.inpe.br/?content=galeria_imagens Paraampliaraimagem,bastaclicarsobreela.Parasalvá-la,clicarcomobotãodireitodomousesobreaimagem.Em seguida,abriráacaixa“salvarimagem”;entãoescolherodiretórioondedesejasalvareclicarem“salvar”. 2)http://www.sat.cnpm.embrapa.br// 2)http://www.sat.cnpm.embrapa.br Selecionarumsatéli Seleci onarumsatéliteclicand teclicandosobreele,abri osobreele,abriráumapágina ráumapáginacomdadosdeste comdadosdestesatéliteeexemplo satéliteeexemplodesuasimagens. desuasimagens. Parasalvarestasimagens,clicarcomo Parasalvarestas imagens,clicarcomobotãodireitodomouseclicars botãodireitodomouseclicarsobreaimagem;emseguidaabriráac obreaimagem;emseguidaabriráacaixa“salvar aixa“salvar imagem”,entãoescolherodiretórioondedesejasalvareclicarem“salvar”. 3)http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br 3)http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br Selecionaroestadodeinteresseclican Seleci onaroestadodeinteresseclicandosobreele;seleciona dosobreele;selecionaro romunicí municípioclicand pioclicandoem oem“Cons “ConsultaporMunicípi ultaporMunicípio”. o”. Na lista dos municípios do estado selecionado, clicar naquele de interesse e com o boto direito do mouse clicar sobre aimagem;emseguidaabriráacaixa“salvarimagem”,entãobastaescolherodiretórioondedesejasalvareclicarem “salvar”. Outraformadesalvar Outr aformadesalvar ima imagem gem nes nestapági tapáginaé naé cli clicar car sob sobrea rea áre áreade ade int interes eressedentr sedentrodo odo mos mosaic aicode ode ima imagens gens do estado.Todasasvezesqueclicaremcimadaimagem,elavaiseampliar.Quandoatingiraáreaeresoluçãodeinteresse, clicarcomobotãodireitodomousesobreaimagemeabriráacaixa“salvarimagem”,escolherodiretórioondedeseja salvareclicarem“salvar”.
Procedimento A in inte terp rpret retaç ação ão da im imag agem em de sa satél télit ite e per permi miti tirá rá a ob obse serva rvaçã ção o da das s tra trans nsfo form rmaç açõe ões s da su super perfí fíci cie e do pla planet neta, a, especialmente as provocadas pela ao do ser humano. Interpretarfotograasouimagenséidenticarobjetosnelasrepresentadosedarumsignicadoaestesobjetos. Assi As sim, m, qu quan ando do id ident enti ica camo mos s e tra traça çamo mos s ri rios os e es estr trad adas as, , ou de deli limi mita tamo mos s um uma a re repre presa sa, , a ár área ea ou ma manc ncha ha urb urban ana a correspondenteaumacidade,umaáreadecultivoetc.,estamosfazendoasuainterpretação.Paraidenticarestes objetos,éimportanteconsideraralgunsaspectoscomotonalidade/cor,textura,tamanho,forma,sombra,altura,padrão e localizao (Florenzano 2007). Agura1mostraumaimagemdaregiãodeBrasíliaenelaforamidenticadosalgunsobjetos,cujascaracterísticas estãodescritasnasgurasde2a8.Sugerimosquevocê,professor,façaumatransparênciacoloridadestaimagemou, seasuaescolativermaisrecursos,mostreestaimagemusandooPowerPointparaexplicaraosseusalunosquaissãoos objetos que podem ser reconhecidos na imagem e quais características apresentam. Formas irregulares:geralmenteindicamobjetosnaturais(matas,lagos,feiçõesderelevo,pântanos,etc.). irregulares:geralmenteindicamobjetosnaturais(matas,lagos,feiçõesderelevo,pântanos,etc.). Formas regulares: regulares: ge geral ralme ment nte e in indi dica cam m ob obje jeto tos s co cons nstru truíd ídos os pe pelo lo se ser r hum human ano o (i (indú ndúst stri rias as, , ae aero ropo port rtos os, , ár área ea de reorestamento,áreasagrícolas,etc.).
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula2
E
A G
B C D F
Figura 19.2.1: Imagem de Brasília obtida em 08/09/2004, pelo sensor CCD do satélite CBERS-2 Fonte: http://www http://www.cbers.inpe.br/?con .cbers.inpe.br/?content=galeria_imag tent=galeria_imagens ens
A
B
Figura 19.2.2: considerando a cor, forma irregular, padrão e tamanho, é possível inferir que se trata de uma mata ciliar.
Figura 19.2.3: considerando a cor, forma irregular e tamanho, é possível inferir que se trata de um lago. A água absorve muita energia e por isso aparece escura nas imagens.
D
C
Figura 19.2.4: considerando a cor, cor, a rugosidade e o padrão, é possível inferir que se trata de uma área urbana pouco densa.
Figura 19.2.5: considerando a cor, cor, a rugosidade e o padrão, é possível inferir que se trata de uma área urbana mais densa.
125
Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula2
F
E
Figura 19.2.6: considerando a cor cor,, forma regular (linear) e tamanho, é possível inferir que se trata de uma rodovia.
G
Figura 19.2.8: considerando a cor, uma mistura do rosa/ roxo (solo exposto) com o verde (vegetação) e a forma irregularr, é possível inferiri que se trata de área de cerrad o. irregula
Figura 19.2.7: 19.2.7 : considerando a cor, cor, forma regular e tamanho, é possível inferir que se trata de um aeroporto.
Depois que tiver expli Dep liccado aos alu lunnos como fazer o reconheciment reconhe cimentodosobjetos, odosobjetos,vocêpoderádistribu vocêpoderádistribuiraimagem iraimagem de sa saté téli lite te, , pa para ra qu que e el eles es ide dent nti iqu quem em os ob obje jeto toss ne nela la repres rep resent entad ados os. . Nes Neste te ex exem emplo plo, , se selec lecio iona namo mos s um uma a im imag agem em obtida pelo sensor CCD do satélite CBERS-2, da regio noroeste do es esta tado do de Sã São o Pau aulo lo ( (gur gura a 19 19.2 .2.9 .9), ), dev devid ido o à va vari ried edad ade e de ob obje jeto tos s ne nela la re repr pres esen enta tado dos. s. Voc ocê, ê, no en enta tant nto, o, po pode derá rá selecionar a imagem do município onde a escola se localiza, ou de outra regio representativa, para trabalhar com seus alunos. Esta atividade pode ser desenvolvida tanto individualmente quanto em pequenos grupos (2 a 3 alunos). Depois de explic explicar ar os oselemento elementos s (tonal (tonalidade/ idade/cor cor, , textura textura, , tamanho, forma, sombra, altura, padro e localizao) e o proce pro cess sso o de in inte terpr rpreta etaçã ção o (i (iden denti tic caç ação ão do dos s ob obje jeto tos) s) do dos s objeto,seguirosseguintespassos:
1)Distribuirparaosalunosaimagem(gura19.2.9:imagem da regio noroeste do estado de So Paulo ou outra escolhida por você) voc ê) em pap papel el cou coucheA4, cheA4, ou em pap papel el sul sulte te com imp impres ressão são colorida e de boa qualidade, 2) Distribuir também para os alunos uma folha de papel vegetal (ou plá plásti stico co tra transpa nsparent rente) e) e uma fol folha ha de pap papel el sul sulte te com as orientaões (roteiro) da atividade. Ler essas orientaões com os alunos para sanar eventuais dúvidas; 3) Solicitar aos alunos prender o papel vegetal sobre a imagem distribuída,comoilustraagura19.2.10,edelimitarouassinalar osobjetosidenticadossobreovegetal; Figura 19.2.9: imagem da região noroeste do estado de São Paulo obtida pelo sensor CCD do satélite CBERS-2. Fonte: http://www http://www.cbers.inpe.br/?con .cbers.inpe.br/?content=galeria_ima tent=galeria_imagens gens
Figura 19.2.10: A folha de papel vegetal (ou plástico transparente) deve ser xada sobre a imagem escolhida com o auxílio de uma ta crepe.
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula2 4) Pedir aos alunos para criar uma legenda. Agura11mostraalgunsdosobjetosqueosalunosdevemlocalizarnaimagemqueselecionamos.
MATA NATIVA ÁREAAGRÍCOLA ESTRADA MATA CILIAR
LAGO MATA DE REFLORESTAMENTO PISTA DE POUSO SOLOEXPOSTO RIO
ÁREAURBANA
Figura 19.2.11: imagem da região noroeste do estado de São Paulo obtida pelo sensor CCD do satélite CBERS-2. Fonte: http://www.cbers.inpe.br/?content=galeria_imagens
Sevocêsentirnecessidadedeummaiorembasamentoteórico,poderáconsultarolivro“Iniciaçãoemsensoriamento remoto”,deTeresaGallottiFlorenzano. Não seesqueça que você pode selecionar outras imagens nos endereçosindicados e salvá-las emPowerPoint ou imprimi-lasem transparência. Sinalizecom letrasou números osobjetos a seremidenticados, como mostradona imagemdeBrasília;projetarparaosalunos(retroprojetoroudatashow)etreinaraidenticaçãodeobjetosjuntocom eles. Sevocêescolherimagensdasuacidadeparafacilitarainterpretação,poderátambémfazertrabalhodecampopara validar a interpretao da imagem analisada. E,casoestejarealizandoaatividadecomoprofessordegeograa,elepoderáaproveitaraatividadepropostapara trabalharconceitoscartográcos(escala,legenda,etc.)emsuasaulas.
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula3
Resumo Pretende-se com esta aula difundir como o sensoriamento remoto contribui para o monitoramento do desmatamento daAmazôniaefornecerdadosparaoalunocompreenderereetirarespeitodaproblemática.
O experimento Materiais •Tabeladetaxadedesmatamento; •Imagensdesatélite.
Dicas de obtenão de materiais ParaobterimagensdoCatálogodoInstitutoNacionaldePesquisasEspaciais(INPE),sigaasseguintesinstruções: •acesseoendereçohttp://www.dgi.inpe.br/CDSR/; •cliquenasetalateraldesatéliteseselecioneLandsat5; •cliquenasetalateraldeinstrumentoseselecioneTM; •cliquenasetalateraldepaíseselecioneBrasil; •emMunicípio,digiteNovoProgresso; •nasetalateraldoestado,selecionePA; •cliqueemexecutar; •apareceránatelaonomedacidade,estadoeopaísquevocêescolheu,cliquesobre; •apareceráummosaicodeimagenseumasetaazulqueindicaolocalselecionadoporvocê,cliquenobalãoazul; •aparecerãoalgumasopçõesdeimagens,observequeconstaadatadeaquisiçãodecadaumadelas.Paravisualizar, clique no ícone ao lado do carrinho de compras; •abriráumapáginacomaimagemampliadaecomsuasinformações.Parasalvar,cliquecomobotãodireitodomouse sobre a imagem e depois em salvar a imagem como; •escolhaodiretórioondedesejasalvarsuaimagemecliqueemsalvar. Desta mesma forma, você pode salvar imagens dos satélites Landsat 1, 2, 3, 5, 7 e do CBERS 2 e 2 B de qualquer regio do Brasil. ParaobterdadossobreomonitoramentodaAmazôniaLegalporsensoriamentoremoto,acesseapáginadoINPE: http://www.inpe.br/enavegueemAmazônia.
Procedimento Nesta atividade, os alunos analisaro alguns dados na forma de tabela e de imagens da Amazônia Legal, obtidos por sensoriamentoremoto,paradiscutirereetirsobreascausaseconsequênciasdodesmatamento. ApesardetersidoselecionadaaAmazôniaLegal,omesmotipodeatividadepodeserrealizadocomoutrasáreas.
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Areduçãodacoberturavegetalregistradaemfotograasdesatélite-Aula3 Atividade A Para monitorar o desmatamento da Amazônia Legal por sensoriamento remoto, o INPE conta com quatro sistemas operacionais complementares: PRODES (Programa de Cálculo do Desorestamento daAmazônia), QUEIMADAS, DETER (Deteco de Desmatamento em Tempo Real) e DEGRAD (Mapeamento da Degradao Florestal na Amazônia Brasileira).Osdadosgeradossãodistribuídosparaopúblicoemgeral(disponíveisnainternet);usuáriosespeciais, comoórgãosdescalização,quepodemfazeraresponsabilizaçãodeaçõesilegais,eafederaçãoeosestados, que podem atuar para reverter o processo quando possível. 1) Organize grupos e distribua a atividade A; 2) Estabelea um tempo para que os alunos possam discutir e responder às questões; 3) Em seguida faa uma discusso com a classe e anote na lousa as respostas de cada grupo; 4) Corrija as respostas, aproveitando para esclarecer o que é Amazônia legal, Amazônia Ocidental e Oriental. Quaissãoaspossíveiscausaseconsequênciasdodesmatamento.
QuestõeseGabarito 1.Observandoatabelaabaixo,qualéoestadoquemaisdesmatouentre2000e2007? Resposta:MatoGrosso. 2.Entreosanosde2000e2007,qualfoioanoemquehouvemaiortaxadedesmatamentonaAmazôniaLegal? Resposta:2004. 3. No ano de 2007, qual foi o estado que mais desmatou? Resposta:Pará.
TaxadedesmatamentoanualnaAmazôniaLegal(km2/ano) #imgs/ano161191207211211213
Estados/Ano
00
01
02
03
04
05 (c)
06 (c)
07 (c)
Acre 547 419 883 1078 728 592 398 184 Amazonas 612 634 885 1558 1232 775 788 610 Amapá702546333039 Marano 1065 958 1014 993 775 922 651 613 Mato Grosso 6369 7703 7892 10405 11814 7145 4333 2678 Pará66715237732469968521573155055425 Rondônia 2465 2673 3099 3537 3858 3244 2049 1611 Roraima 253 345 84 439 311 133 231 309 Tocantis 244 189 212 156 158 271 124 63 Amazônia Legal 18226 18165 21394 25247 27423 18846 14109 11532 Fonte: Projeto Prodes. http://www.obt.inpe.br/prodes/prodes_1988_2007.htm
Atividade B ParamonitorarodesmatamentodaAmazôniaLegal,sãonecessárias230imagens(cenas)dosatéliteLandsat (cadaretânguloamarelo),comomostradonomosaicodagura19.3.1. 1) Organize os grupos e distribua a atividade B; 2) Estabelea um tempo para que os alunos possam discutir e responder às questões; 3) Faa uma discusso com a classe e anote na lousa as respostas de cada grupo; 4)Corrijaasrespostasdosalunos,aproveitandoparaexplicarqueonúmerodeimagensnecessáriasparaformar o mosaico varia conforme o satélite e o sensor.
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Areduçãodacoberturavegetalregistradaemfotograasdesatélites-Aula3
Figura 19.3.1. Imagens do satélite Landsat. Fonte: Projeto Prodes. http://www.obt. inpe.br/prodes/apresentacao_prodes.pdf
QuestõeseGabarito 1.QuantasimagensdosatéliteLandsatsãonecessáriasparaformaromosaicoemonitoraroestadodoPará? Resposta:63imagensdosatéliteLandsat–sensorTM(Estenúmerodecenasvariaconformeosatéliteeosensor). 2.Identiqueosestadosdeacordocomasletras: Resposta:A-Amazonas,B-Acre,C-Rondônia,D-Pará,E-MatoGrosso,F-Tocantins,G-Maranhão,H-AmapáeI- Roraima.
Atividade C Ampliadaumacenadomosaico,épossívelvisualizarcommaisdetalhesasuperfíciedoterrenocomomostraagura abaixo:
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula3 1) Organize os grupos e distribua a atividade C; 2) Estabelea um tempo para que os alunos possam discutir e responder às questões; 3) Faa uma discusso com a clase e anote na lousa as respostas de cada grupo; 4) Durante a correo, aproveite para destacar que a construo da estrada é uma das causas para o incremento do desmatamento. Proponha que discutam essa questo. Comaáreaampliada,épossívelidenticar,mapearemediraáreadesmatada.Amedidapodeserfeitadeduasmaneiras:emimagensimpressasempapel(Produtocartográco)atravésdecálculodeescalaeemimagensdigitais,através deumsoftwaredeInformaçãoGeográca(SIG). Feitaamedidadaáreadesmatadanaguraabaixo,constatou-sequeelamede5.363.689m2.
Figuras19.3.2e19.3.3:imagemdossatéliteLandsap.Ampliaçãoparaocálculodaárea.
QuestõeseGabarito 1.Calcule: Sabendoqueamedida(ocial)máximadeumcampodefuteboléde120mdecomprimentopor90mdelargura, calcularaáreadocampodefutebolemm2.Emseguida,calcularonúmerodecamposdefutebolquecabemnaárea delimitadanaguraacima. Resposta:Seamedida(ocial)máximadeumcampodefuteboléde120mdecomprimentopor90mdelargura,a suaáreaseráde120mx90m=10.800m2. Seamedidadaáreadesmatadaéiguala5.363.689m 2 cabem 496,63 campos de futebol. Para obter este resultado, bastadividirfazeraregradetrês: 1 campo X X = 5.363.689 10.800 X = 496,63
10.800 m2 5.363.689 m2
2.ApartirdaanálisehistóricadaáreadeNovoProgressopormeiodasimagensdasdiferentesdatas,oqueépossível observar em relao ao processo de desmatamento? Resposta:Aconstruçãodaestrada,conformemostraacenaaseguiratraiuaocupaçãoemseuentorno.
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Areduçãodecoberturavegetalregistradaemfotografiasdesatélite–Aula3
ESTRADA
Dicas para enriquecer a atividade Atividade A CasoaescolatenhaDVDoudatashow,podeserapresentadoparasensibilizaçãoovídeo“Amazôniaparasempre” http://www.youtube.com/watch?v=tiViVZgY4Gg&feature=related Solicitaraosalunosqueanotemduranteaexibiçãodovídeo,oqueeleaponta:comocausadodesmatamento;a importânciadaorestaeoqueédesenvolvimentosustentável. Levantar com seus alunos, as possíveis causas para diminuio do desmatamento de 2004 para 2008 e solicitar pesquisa para comprovar as hipóteses levantadas. Atividade B Fecharaatividadecomovídeo“Vivaodesmatamento” http://www.youtube.com/watch?v=CF3IXT0kjsU&feature=related Atividade C Fechar a atividade com o vídeo “Matéria Desmatamento” http://www.youtube.com/watch?v=_ BM4rRCswAg&feature=related TrabalharemparceriacomoprofessordeMatemáticaecalcularoaumentodaáreadesmatadaentreasdatasde1999 e2009,usandoescalaeconsiderandoquecadacenatem185kmx185km(34.225km2).
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20. A fermentao e a produo de po - Aula 1 Rossi-Rodrigues, Bianca C.; Heleno, Maurício G.; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine L.; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo Nesteexperimento,demonstraremosoprocessodefermentaçãoalcoólica,utilizadonapanicação.Umdeseus produtos, o CO2,éoresponsávelpelocrescimentodamassadopão.Esteprocedimentoserádesenvolvidopormeioda modicaçãodascondiçõesdomeiodecrescimento.
O experimento Materiais •3tabletes(15gcada) de fermento biológico; •200mLdeáguamorna; •50mLdeáguafervida; •25mLdeleitemorno; •5frascoserlenmeyers de 125 mL;
•Açúcar(nomínimo,5 colheres de sopa) •Adoçanteempóouem gotas; •5balõesdeborracha; •2colheresdesopade óleo. Figura 20.1.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais Os erlenmeyers podem ser substituídos por garrafas pequenas de refrigerante.
Procedimento Registros datam o consumo do po desde a pré-história, por volta de 10.000 anos a.C. No Egito, em torno de 5000 anosa.C.,opãoeracomponentebásicoeimportantenaalimentação.Osdemelhorqualidadeeramdestinadosaosricos etambémserviamcomomoedadetrocaepagamentodesalários.NaEuropa,opãotrazidopelosgregoserafeitoem panicadoraspúblicase,maistarde,comaquedadoimpérioromano,passouaserfeitoemcasa. NoBrasil,osregistrosdeconsumodepãodatamdoséculoXIX.Antesdisso,oalimentosimilareraobijudetapioca. Os processos de desenvolvimento e aprimoramento de técnicas de fermentao com o uso de leveduras para a produçãodeálcoolepãomarcaramoiníciodachamadaBiotecnologia. Nesseprojeto,serápossívelobservaraaçãodasleveduras,quesãofungosunicelularesresponsáveispelosprocessos fermentativos utilizados na produo de po. Professor, organize e oriente os alunos previamente para que tragam os materiais que sero utilizados neste experimento.Dividaaclasseemgruposepassealistadosmateriaisnecessáriosquedeverãoserprovidenciadospara o desenvolvimento da atividade. Nessa aula, aproveite para realizar uma discusso sobre o processo de confeco do po, abordando o papel das leveduras e as etapas envolvidas.
Protocolo Experimental 1)Numeraros5frascoserlenmeyers(gura20.1.2); 2)Dissolver2tabletesdefermentoem200mLdeáguamornaedistribuirasuspensãonosfrascos1,2e5,conforme dadosnatabela(gura20.1.3);
Figura 20.1.2: frascos numerados.
Figura 20.1.3: adição da suspensão de fermento e água morna e fermento nos respectivos frascos (1,2 e 5).
133
A fermentao e a produo de po - Aula 1 3) Dissolver ¼ de tablete de fermento em 25 mL de leite morno e colocar a suspenso no frasco 3, conforme indicado natabela(gura20.1.4); 4)Dissolvermeiotabletedefermentoem50mLdeáguafervida.Realizarasuspenssãologoapósaretiradadaágua dofogo.Colocarasuspensãonofrasco4,conformeindicadonatabela(gura20.1.5);
Figura 20.1.4: adição da suspensão de leite morno e fermento no respectivo frasco.
Figura 20.1.5: adição da suspensão de água fervente e fermento no respectivo frasco.
5)Prepararosfrascosseguindoosdadosdatabelaabaixo; FRASCO
1 2 3 4 5
FERMENTO + ÁGUA MORNA 50mL 50mL 50mL
FERMENTO + GUA FERVENTE 50mL -
FERMENTO + LEITE MORNO 25mL -
AçúCAR
ADOçANTE
óLEO
1 colher de sopa
10 gotas -
2 colheres de sopa
1 colher de sopa 1 colher de sopa 1 colher de sopa
6) Colocar na boca de cada frasco um balo de borracha; 7) Observar após 24 horas. A
B
C
Figura 20.1.6: adição de açúcar (A), óleo (B) e adoçante (C) nos frascos conforme indicado Figura 20.1.7: frascos com as respectivas na tabela acima. suspensões fechados com balões de borracha.
134
A fermentao e a produo de po - Aula 2
Resumo Oobjetivodestaaulaévericaropapeldofermentonocrescimentodamassadepão,comparandoocrescimentoda massapreparadasemfermento,comfermentoquímicoecomfermentobiológico.Seráobservadotambémoresultado da aula anterior.
O experimento Materiais •300gdefarinhadetrigo; •180mLdeáguamorna(40a45ºC); •9gdefermentobiológico; •3gdeaçúcar; •9gdefermentoquímico; •3potesiguaistransparentes(capacidadedenomínimode500mL); •FilmedePVCtransparente; •Bandejaparamisturarosingredientes.
Procedimento
Figura 20.2.1: materiais necessários.
Sero preparadas massas de po com fermento químico, com fermento biológico e sem fermento nenhum para observar, comparar e discutir o crescimento ocorrido nessas condiões. Recomendamos que essas massas sejam preparadas simultaneamente,poralunosdiferentesdogrupo,paraqueotempode“repouso”delassejaomaissemelhantepossível. Enquanto as massas recém preparadas estão “repousando”, será possível observar o resultado do experimento realizado na aula anterior.
Protocolo experimental Preparo das massas de pão
Massa com fermento químíco 1)Coloquenabandejaoaçúcar(1g=1colherdecafé),ofermentoquímico(3g=1colherdecafé),afarinhade trigo(100g=13colheresdesopa)eaágua(60mL=¼decopodeágua); 2) Misturar os ingredientes e amassar com as mos por 5 minutos; 3)Colocaramassaobtidanoprimeiropoteeidenticá-locomo“FermentoQuímico”.
Massa sem fermento 1)Coloquenabandejaoaçúcar(1g),afarinhadetrigo(100g)eaágua(60mL); 2) Misturar e amassar com as mos por 5 minutos; 3)Colocaramassaobtidanosegundopoteeidenticá-locomo“semfermento”. OBSERVAÇO: se optar por utilizar a mesma bandeja para preparar as massas, lave-a antes de cada procedimento. Se o mesmo aluno for preparar as massas, ele deve lavar as mãos antes de manuseá-las.
Massa com fermento biológico É importante que essa seja a última massa a ser preparada. 1)Emumabandejacolocaroaçúcar(1g),ofermentobiológico(5gou¼detablete)dissolvidonaáguamorna(60 mL) e a farinha de trigo (100 g);
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A fermentao e a produo de po - Aula 2 2) Misturar e amassar por 5 minutos; OBSERVAÇO: Se optar por utilizar a mesma bandeja para preparar as massas, lave-a antes de cada procedimento. Se o mesmo aluno for prepara as massas, ele deve lavar as mãos antes de manuseá-las.
3)Colocaramassaobtidanoterceiropoteeidenticá-locomo“FermentoBiológico”; 4) Molde as três massas dentro dos potes para que tenham tamanhos iniciais iguais; Utilizarpotesiguaisparacomparaçãodocrescimentodamassa(gura20.2.2).
Figura 20.2.2: massas modeladas nos respectivos frascos.
5)TamparospotescomlmedePVCedeixaremrepousopor30minutos; 6)Enquantoisso,observeoresultadodafermentaçãodosfrascospreparadosnaaulaanterior(gura20.2.3); Frasco 1 2 3 4 5
Contedo dos frascos Fermento,águamornaeaçúcar Fermento,águamornaeadoçante Fermento, leite morno e aúcar Fermento,águaferventeeaçúcar Fermento,águamorna,açúcareóleo
Pergunteaosalunosoquedeveterocasionadooenchimentodasbexigas epeçaparaformularemhipótesesparaexplicaradiferençanovolumede gases produzidos. Utlize nessa discusso as questões presentes no roteir o de trabalho.Peçaparaqueosalunospesquisememcasa,paraapróximaaula, a reao de fermentao para a produo de po. Asbexigascheiasindicamformaçãodegás.Pergunte,porquenãohouve formaçãodegásnofrasco2?Nofrasco2,oúnicoquenãocontinhaaçúcar, masadoçante,nãoocorreuformaçãodegás.Oaçúcaréfontenutritivapara o crescimento das leveduras. Sua metabolizao gera CO 2 como produto. Aoapertarlevementeasbexigas,serápossíveldistinguirasmaischeias easmaisvazias.Asbexigasdosfrascos1e3devemestarmaischeiasdo queasdosfrascos4e5.Aáguamornaeomeionutritivo(açúcareleite) proporcionarammaiorproduçãodegásnosfrascos1e3,respectivamente.O leite contém proteínas e pode ser observado aumento do volume do frasco, Figura 20.2.3: resultado da fermentação das leveduras após 24 horas. podendoatémesmoextravasar. Ofrasco 4deveterapresentado menorproduçãodegás queo frasco 1,o quepermitepercebera inuênciada temperaturanometabolismodasleveduras.Aáguamornaconfereumambientepropício,enquantoaáguaferventepode causaradesnaturaçãodasenzimasresponsáveispelafermentaçãoeamortedealgumasleveduras. Ofrasco5tambémdeveterapresentadoaparecimentodegás,noentanto,abexigadeveestarmenoscheiaqueas demais. O óleo, por permanecer na superfície, restringe o contato da suspenso com o ar. É possível observar as bolhas saindo da suspenso através do óleo. Baseando-senasinterpretaçõesdosresultadososexperimentodaaulaanterior,peçaparaqueosalunosformulem umahipótesedoqueacontecerácomasmassasdoexperimentorecémpreparado,apósotempoderepouso.
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A fermentao e a produo de po - Aula 2 7) Após 30 minutos, abrir um pote de cada vez e comparar os odores desprendidos das massas; Afermentaçãoproduzumpoucodeálcool.Épossívelsentirumodorcaracterísticodamassacomfermentobiológico, decorrentedavolatizaçãodoálcool. 8)Observarocrescimentonastrêsmassas(gura20.2.4).
Figura 20.2.4: crescimento das massas após 30 minutos de repouso.
Das três massas preparadas, somente a que utilizou o fermento biológico deve apresentar crescimento. O CO 2 produzido a partir da utilizao da glicose através da fermentao forma minúsculas bolhas na massa, promovendo seu crescimentoedeixando-amais“leve”ou“aerada”. O fermento químico também é muito utilizado para produo de pes e bolos. Sua ao consiste na liberao de CO 2 através da dissuspenso, principalmente do bicarbonato de sódio (NaHCO 3), que acontece em altas temperaturas. Por isso, a massa no cresce à temperatura ambiente. Observandoofrascoemquenãofoiadicionadonenhumfermentoàmassa,podemosconcluirquenãohácrescimento da massa, sem adio de qualquer tipo de fermento. Naaulaseguinte,serácomprovadoqueogásexaladonofermentobiológicoéoCO2. Assim, pea para que os grupos tragamosmaterisisnecessáriosparaaaulaseguinte.
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A fermentao e a produo de po - Aula 3
Resumo Nesta aula, será demonstrado, indiretamente, que o gás liberado pelas leveduras é o CO2. O gás liberado será borbulhadoemsoluçãoaquosacontendoextratoderepolhoroxo,quefuncionacomoumecienteindicadordepH.A formaçãodeácidocarbôniconasoluçãoaquosaabaixaráopH,provocandomudançanacoloraçãodasolução.
O experimento Materiais •1frascokitasato; •1rolha; •1pedaçodemangueiradelátex(garroteoutripademico); •1erlenmeyerde250mL; •Extratoderepolhoroxo(repolhoroxo,panelaefogareiro); •Fermentobiológicofresco; •Águamorna; •Açúcar; •1colherdesopa.
Figura 20.3.1: materiais necessários.
Procedimento Nasaulasanteriores,foiobservadaaformaçãodegáspelafermentação.EssegáséoCO 2.Nessaaulavericaremos aformaçãode ácidoquando essegás éborbulhadoem águacontendoindicador depH.Oácido formadoé oácido carbônico. Essa reao processa-se rapidamente na ausência de enzimas. O CO 2borbulhadoemáguaformaácidocarbônicoque dissocia-se em HCO 3-+H+:
CO2 + H 2O
H2CO 3
HCO 3- + H +
OextratoderepolhoroxoéumindicadornaturaldepHquemudadecordeacordocomopHdasolução.Assim, aoborbulhar ogás carbônico produzidopelasleveduras,haveráformação deácido carbônico,diminuiçãodopH e, consequentemente,mudançadecor.OpHpoderáserconstatadopelaescaladecoresquedisponibilizamosmaisadiante neste livro.
Protocolo experimental
Preparo prévio do extrato de repolho roxo 1)Numapanelalimpaebemenxaguada,cozinharpor10minutos3folhasgrandes,empedaços,derepolhoroxo.Após ocozimento,retirarorepolhoereservaraágua;
Figura 20.3.2: preparo do extrato de repolho roxo.
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A fermentao e a produo de po - Aula 3 Identicação do gás exalado pela fermentação 1)Dissolver½tabletedefermentofrescoem100mLdeáguamornaa(37oC)(gura20.3.3); 2) Acrescentar 4 colheres de sopa de aúcar na suspenso ainda morna e transferir para o frasco kitasato (gura 20.3.4);
Figura 20.3.3: material necessário para o preparo da suspensão de leveduras.
Figura 20.3.4: adição de açúcar à suspensão de leveduras.
3) Agitar levemente; 4)Arrolharofrascoeligaramangueiradelátexàsaídalateraldofrasco(gura20.3.5); 5)Inseriraoutraextremidadedamangueiraemumerlenmeyerde250mL,contendo100mLdeextratoderepolho roxo(gura20.3.6); 6)Observaroborbulhamentodogásexaladopelafermentação,noextrato; 7)Anotaroqueacontececomoextratoapósoborbulhamentodogásporalgunsminutos(gura20.3.7);
Figura 20.3.5: kitasato com suspensão de leveduras.
Figura 20.3.6: montagem do sistema.
Figura 20.3.7: extrato de repolho roxo após o borbulhamento do gás.
Aleveduraproduzgáscarbônicoque,borbulhadoemágua,converte-seemácidocarbônico,acidicandoomeio. OextratoderepolhoroxoéumindicadornaturaldepHe,portanto,adquirecoloraçõesdiferentesdeacordocomo pH.Paraauxiliá-lo,professor,realizamosumensaiorelacionandocordoextratoaopH.AferimosopHdeváriostubos deensaiocontendosuspensõesdeextratoderepolhoemmeioácido,neutroebásico.Agura20.3.8mostraaescala obtida,quepoderáserusadanaanálisedosresultadosdesteexperimento. Amudançadecoloraçãodoextratoderepolhoroxonesteexperimentodeazulpararoxoindicaacidicaçãodomeio, conrmandoaproduçãodegáscarbônico. A B
Figura 20.3.8: indicador de pH. (A) Ensaio com repolho roxo, adicionando ácido e base. (B) Escala de cores feita a partir do ensaio com repolho roxo.
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21.Esterilizaçãodaágua:oefeitodaradiaçãoultravioleta(UV)no desenvolvimentodemicro-organismos–Aula1 Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; heleno, Maurício G.; Santos, Roney Vander dos; Marchini, Gislaine L; Dias, Florencia M. P. Pereira; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo
Resumo Neste experimento, será demonstrada a eciência da radiação ultravioleta (UV), um dos métodos usados na esterilizaçãodeágua,naeliminaçãodemicro-organismos.Serãopreparadosmeiosdeculturaparaodesenvolvimentode bactériasefungos,quedepoiscarãosubmetidosaduascondições:exposiçãoenãoexposiçãoàradiaçãoultravioleta.
O experimento Materiais •1colherdechádeaçúcar(aproximadamente3,5g); • ½ colher de café de sal de cozinha (cloreto de sódio) (aproximadamente1g); •3envelopesdegelatinaempóincolor; •PlacasdePetri(nomínimo6placas); •1colherdechá; •Paneladepressão; •1batatamédia; •Faca; •½litrodeáguadestilada; •LâmpadasUVdeondascurtas(até254nm)transparentes; •ÓculosdeproteçãocontraradiaçãoUV; •Fogareirooufogão; •Fitaadesiva(paravedarasplacas).
Figura 21.1.1: materiais necessários.
Dicas de obtenão de materiais •AsplacasdePetripodemsersubstituídasporvasilhasplásticascomtampatransparente; •OsóculosdeproteçãoUVpodemseradquiridosemlojasdeprodutosdelaboratórioouemóticas.
Procedimento Professor,sugerimosqueantesdaaulapráticasejarealizadaumadiscussãosobreaimportânciadotratamentode água,perguntandoseosalunossabemporquedevemostratá-laequedoençaspodemserveiculadaspelaáguaeoque elaspodemcausar.Abordeeexempliquemicro-organismoscausadoresdedoençaseaspossíveismaneirasdeeliminálos.Façatambémumadiscussãosobreascausasdapoluiçãodaságuas.Ascomunidadesondevivemeestudamtêm exemplosdesituaçõesemqueriosestejamsendocontaminadoscomoesgotodeorigemindustrialouresidencial?Há tratamentodaáguaqueabastecearegião?Hááguatratadaparatodos? EsteexperimentodemonstraráoefeitodaradiaçãoUVnaeliminaçãodemicro-organismos,umdosmétodosutilizados nadesinfecçãodaágua.Paraisso,serãocultivadosmicro-organismosemmeiosnutritivosquedepoisserãosubmetidosa duascondições:exposiçãoenãoexposiçãoàradiaçãoUV.Osalunoscompararãoentãoocrescimentodascolôniasnessas duas condiões. Aonaldaaula,organizeaclasseemgruposeexpliqueasetapasdoexperimento.Senecessário,aproveitetambém paraorientarosalunossobreosmateriaisquedeverãotrazerparaaspróximasaulas.
Protocolo Experimental Preparo do caldo nutriente 1)Emumapaneladepressãolimpaebemenxaguada,cozinharumabatataempedaçosem400mLdeáguadurante 10minutos.Essaetapapoderáserrealizadaantesdoiníciodaaulaecomoauxíliodopessoalresponsávelpelamerenda. Oriente-os para comearem a cozinhar a batata cerca de 20 minutos antes do início da aula e para que no destampem a panela;
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Esterilizaçãodaágua:oefeitodaradiaçãoultravioleta(UV)nodesenvolvimento demicro-organismos–Aula1 2)Reservarolíquidotampado,queseráocaldonutriente,aoladodeumfogareiroparaevitarcontaminação; A
B
C
D
Figura 21.1.2: preparo do caldo nutriente: (A) corte da batata em fatias; (B) cortes na panela de pressão; (C) adição de água; (D) caldo pronto após cozimento.
Preparo do meio de cultivo bacteriano não seletivo Prepararummeiodeculturacom300mLdecaldonutriente,acrescentandoumacolherdechádeaçúcar,umaponta decolherdechádesale3envelopesdegelatinaincolor; OBSERVAÇO: no preparo normal da gelatina, um envelope é dissolvido em 500 mL de água. Este experimento requer que a gelatina que mais concentrada para que não derreta fora da geladeira.
A
B
C
Figura 21.1.3: preparo do meio de cultura. (A) Adição de açúcar ao caldo nutriente; (B) adição de sal; (C) adição de pó de gelatina.
1) Misturar a gelatina com o caldo ainda quente até a completa dissoluo; OBSERVAÇO: a gelatina nunca deverá ser fervida ou perderá sua propriedade de gelicação.
2) Esperar esfriar por alguns minutos; 3)SubmeterasplacasdePetriàradiaçãoUVdaslâmpadaspor5minutos(gura 4); OBSERVAÇO: quem for manipular as amostras sob a lu UV deve utilizar óculos de proteção adequados, mesmo que por curtos períodos de exposição.
4) Colocar o meio de cultura nas placas de Petri esterilizadas para formar uma superfície para semeadura;
Figura 21.1.4: irradiação das placas de Petri com radiação UV por 5 minutos.
5)Fecharasplacasevedá-lascomtaadesiva; 6)Esterilizaromeioaindalíquido,comumaexposiçãode5minutosàradiação UV; 7)Após a gelicação, o meio deve se apresentarligeiramenteturvo (gura 21.1.5). Figura 21.1.5: placa com meio de cultura.
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Esterilizaçãodaágua:oefeitodaradiaçãoultravioleta(UV)nodesenvolvimento demicro-organismos–Aula2
Resumo Neste experimento, será demonstrada a eciência da radiação ultravioleta (UV), um dos métodos usados na esterilizaçãodeágua,naeliminaçãodemicro-organismos.Nestaaula,micro-organismosserãocoletadoseinoculados nos meios de cultura que foram preparados na aula anterior. Algumas das placas sero irradiadas com UV e outras no, para que o desenvolvimento das colônias dos micro-organismos nessas duas condiões seja comparado pelos alunos.
O experimento Materiais •6cotonetes; •Béquerde250mL; •1/2copoamericanodeágua; •6placasdomeiodeculturapreparadonaaulaanterior; •Materiaisdiversosparaacoletadosmicro-organismosescolhidos pelos grupos; •LâmpadasUVdeondascurtas(até254nm)quesejamtransparentes; •ÓculosdeproteçãocontraradiaçãoUV; •Fogareirooufogão; •Fitaadesivaparavedaçãodaplacas; •Canetaderetroprojetorparaidenticaçãodasplacasinoculadas (ou etiquetas de papel e caneta comum).
Figura 21.2.1: materiais necessários.
SEGURANçA: quem for manipular as amostras sob a luz UV deve utilizar óculos de proteção adequados, mesmo que por curtos períodos de exposição.
Procedimento Professor,façaumabrevediscussãosobreondesãoencontradososmicro-organismos,enfocandoqueestãoem“todos oslugares”eanecessidadedehábitosdehigiene.Finalizeescolhendocomaclasseomaterialparainoculação. Paraexemplicar,escolhemosumacéduladedinheirocomomaterialdecoleta.Cadagrupopodeescolherummaterial de coleta diferente.
Protocolo experimental Inoculaão de micro-organismos em meio de cultura 1)Lavarasmãoselimparolocaldetrabalhocomálcool; 2) Pegar uma placa de Petri com o meio de cultura preparado na aula anterior; 3)Colocaremumbéquer½copoamericanodeáguaparaferver; 4)Umedeceraextremidadedeumcotoneteepassarcincovezespelovaporedepoisesperarqueesfrie; 5)Passarocotonetenomaterialdecoleta(gura21.2.2); 6)Esfregarasuperfíciedocotonetenomeiodeculturapreparadonaaulaanterior(gura21.2.3); 7)Tampare vedarasplacasde Petri com ta adesiva,identicá-lasusando caneta deretroprojetore manterà temperaturaambiente(gura21.2.4); Avedaçãoénecessáriaparaqueaplacapermaneçafechadaeparaquenãohajacontaminaçãopormicro-organismos presentes no ar.
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Esterilizaçãodaágua:oefeitodaradiaçãoultravioleta(UV)nodesenvolvimento demicro-organismos–Aula2
Figura 21.2.2: raspagem no material de coleta.
Figura 21.2.3: inoculação no meio de cultura.
Figura 21.2.4: vedação da placa após inoculação.
8) Repetir esta operao para as outras placas (fazer duas placas de cada amostra), usando um cotonete novo para cada superfície diferente; 9)IrradiarumadasplacasdecadaduplicatacomradiaçãoUVpor5minutos(gura21.2.5);
Figura 21.2.5: irradiação UV em metade das placas inoculadas.
10) Observar após 24horas, pelo menos, paravericar aformaçãode colôniasde bactérias e fungos nas placas irradiadas e nas no irradiadas, conservadas à temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
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Esterilizaçãodaágua:oefeitodaradiaçãoultravioleta(UV)nodesenvolvimento demicro-organismos–Aula3
Resumo Neste experimento, será demonstrada a eciência da radiação ultravioleta (UV), um dos métodos usados na esterilizaçãodeágua,naeliminaçãodemicro-organismos.Nestaaula,seráavaliadoodesenvolvimentodecolôniasde micro-organismos inoculadosemmeios deculturasubmetidosacondiçõesdiferentes:irradiadoscomluz ultravioleta após a inoculao e no irradiados.
O experimento Materiais •Meiosdeculturainoculadoseirradiadosnaaulaanterior; •Meiosdeculturainoculadosenãoirradiadosnaaulaanterior.
Procedimento Apósumperíododeincubaçãodepelomenos24horas,asplacasdeverãoapresentardiferençassignicativasna formao de colônias. As placas irradiadas devem apresentar praticamente nenhum crescimento de colônias. Discuta o modo de ao da radiao UV. A luz ultravioleta é absorvida pelo DNA, quebrando as ligaões entre as bases, formando dímeros de pirimidina. Seessesdímerosnãoforemremovidosporenzimasespecícasdereparointracelular,areplicaçãodoDNApodeser inibida ou alterada, causando mortes ou mutaões. A maior absoro ocorre em comprimentos de onda de 260 nm, representado pela radiao UV C. Dessamaneira,aradiaçãoUVéecienteparamatarosmicro-organismospatogênicospresentesnaágua,porexemplo. Se achar pertinente, você pode abordar as diferenas entre os raios UV A, UV B e UV C (germicida). OtratamentodeáguanaEstaçãodeTratamentopossuiváriasetapasqueeliminamaspartículasemsuspensão, deixamaáguatranslúcidae,nalmente,passamporumprocessodedesinfecção,geralmentepelaadiçãodehipoclo- ritodesódio.Duranteocaminhopercorridopelaágua,nastubulaçõesdaEstaçãodeTratamentoatéascasas,pode havercontaminaçãonovamente,sendonecessáriaumanovadesinfecção/esterilizaçãoquepodeserrealizadaporuma novaadiçãodehipocloritoouirradiaçãoporultravioleta,porexemplo.Paraoconsumo,aconselha-serealizartambém umanovaltração. VocêpodediscutircomosalunostambémsobreopapeldacamadadeozôniocomoltrodaradiaçãoUVdosraios solares, aqual podeafetaralgas e toplânctonspelasua açãonoDNA,comona esterilizaçãodemicro-organismos demonstrada na atividade.
Protocolo experimental SEGURANçA: não abram as placas para a avaliação, pois, ao fazer isso, vocês poderão se contaminar com esporos provenientes dos micro-organismos presentes nelas.
1)Observarmacroscopicamenteapresençadecolôniasdebactériasefungosnosmeios(gura21.3.1);
Figura 21.3.1: placas inoculadas submetidas à radiação UV (esquerda) e não submetidas à radiação UV (direita).
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22. Teste de paternidade Rossi-Rodrigues, Bianca Caroline; Silva, Eric Dias da; Chikuchi, Helika Amemiya; Galembeck, Eduardo.
Resumo EssaaulapropõeasimulaçãodeumtestedepaternidadepormeiodaanálisedefragmentosdeDNAdacriança,de sua me falecida e de três homens, um deles o pai biológico da criana.
O experimento Materiais •Papel; •Lápisoucaneta; •Tesoura.
Procedimento Oriente previamente os alunos para que realizem uma pesquisa em casa ou na biblioteca sobre como os testes de paternidadesãoatualmenterealizados:qualmaterialbiológicocostumamusar,oqueextraemdele,senecessitamde grandequantidadedematerialeemquesebaseiaaanálisedosresultadosdoteste. Professor, inicie a atividade com uma discusso sobre os fundamentos da hereditariedade. CadapessoatemumpadrãoDNAparticular.Umlhoherda50%desuasmoléculasdeDNAdamãee50%dopai.No núcleodecadacélulasomática(céluladostecidosqueconstituemocorpo),há23paresdecromossomoshomólogos: 23 desses cromossomos vieram do óvulo e os outros 23, do espermatozoide que deram origem ao zigoto, que originou o embrio e depois o feto que um dia fomos. CadacromossomoséconstituídodeumamoléculadeDNAedeproteínas,portanto,emcadacélulasomáticahá46 moléculas de DNA. OtestedepaternidadecomparaoDNAdospaiscomodolho,comprobabilidadede99,9%deacertoparadeterminação da paternidade. Simplicadamente,nessatécnica,oDNAdosindivíduoséisoladoemultiplicadopormeiodeumatécnicadenominada Reao em Cadeia da Polimerase - PCR, na qual so realizados ciclos de alterao de temperatura e usadas enzimas, fragmentos para iniciar a síntese de DNA e nucleotídeos que possibilitaro que uma pequena quantidade de DNA seja aumentadamuitasvezes.Apósessaetapadeamplicação,oDNAéquebradoemfragmentosatravésdaschamadas enzimasderestrição,quesãocapazesdeclivarregiõesespecícasdasmoléculasdeDNA.Essesfragmentossãoseparados por tamanho e no por sua sequência de bases (ou nucleotídeos) através da técnica de eletroforese, gerando uma espécie deimagemfotográcasemelhanteaumcódigodebarras.Esse“códigodebarras”éa“impressãodigital”doindivíduo. Osresultadossãocomparadospodendoidenticarospaisindivíduo.ValelembrarqueoexamedeDNAnãocomparaa informao genética dos indivíduos, mas apenas os tamanhos dos fragmentos obtidos de suas moléculas de DNA. OtesteéfeitopeloDNAcomsangue,deondesãoobtidososleucócitos,ouodecabelo.Emcasodepaifalecido, extrai-seoDNAdosossosedosdentesdocorpo,desdequeomaterialnãotenhasidoprejudicadopelocalor(cremação, porexemplo). Nessaaula,serásimuladoumtestedepaternidade,demaneirasimplicada,comoobjetivodesubsidiaradiscussão sobreosprincípiosdetransmissãodecaracterísticashereditárias.
Proponha um caso Caioéummeninode5anos.Suamãefaleceuumanoatrásetrêshomensarmamserseupai.Foirealizadoumteste de paternidade para tirar a prova. Noanexo,aomdestaatividade,estãoossupostosfragmentodeDNAdosenvolvidos(lho,mãe,supostopai1(P1), suposto pai 2 (P2) e suposto pai 3 (P3). PeçaparaosalunoscompletaremastasdeDNAcomasrespectivasbasescomplementaresdosfragmentosdosDNA dos envolvidos. Ospassosdasimulaçãoconsistemem: 1)Quebraremfragmentospelaenzimaderestrição;
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Teste de paternidade ConsidereagoraqueaenzimaderestriçãoutilizadareconheceasequênciadebasesGGeque“corta”oDNAentreo primeiro e o segundo G. NOTA: lembre-se que após a etapa de amplicação o “cromossomo”, uma estrutura identicável pela sua forma, tamanho e constituída de uma molécula de DNA especíca, deixa de existir. No nal desse processo, o que se obtém é uma mistura composta de todas as moléculas de DNA que constituíam todos os cromossomos das células do indivíduo.
QuandoasequênciaGGforencontrada,façaumtraçoverticalseparandoGdeG,comonoexemplodagura22.1. Corte,comumatesoura(representaaenzimaderestrição),atadeDNAondeforamfeitosostraçosverticais, obtendo,assim,fragmentosdeDNA(gura22.2); Conteonúmerodeparesdebasesnitrogenadasdecadafragmentoemarquenoversodata(gura22.3).
Figura 22.1: sequência hipotética de DNA exemplicando o traço separando G de G. As duas sequências indicam as duas tas de DNA da molécula.
Figura 22.2: sequência hipotética de DNA exemplicando o corte em que foram feitos os traços.
2)separaçãodosfragmentosporeletroforese:
Preparo do Gel Professor,ogelérepresentadopelagura22.4.
Corrida do DNA Após cortados os fragmentos, pintar os quadrados (representao das bandas) de acordo com os fragmentos originados, na coluna representativa domaterialdecoletarecebido(gura22.4). O DNA possui uma carga negativa, logo, os pares de base (pb) se deslocaro no sentido de aproximação do cátodo (pólo positivo) e afastamento do ânodo (pólo negativo). Como os fragmentos possuem a mesma carga, eles serãoseparadosportamanhonogel.Quantomenorofragmento,maisfácil passaránosespaçosdogelemigrarámaisrapidamente. No caso proposto, o suposto pai é o sujeito 3. As bandas que no correspondem ao DNA da me, correspondem ao DNA do suposto pai 3. Chame ateno para a banda do DNA da me de número 5 de pb. Ela é mais grossaqueasdemais,poisémaisdensa,ouseja,possuemváriosfragmentos iguais. Chameaatençãotambémparaofatodequehábandaspresentesnamãe enosupostopai,ausentesnacriança.Comoissopodeserexplicado? E, se houvesse uma banda presente apenas na criana e ausente nos pais, comoseexplicariaisso?
Figura 22.4: resultado da simulação da corrida da eletroforese com as amostras dos DNA dos envolvidos.
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Figura 22.3: frente e verso do fragmento formado pela quebra da sequência hipotética de DNA mostrada nas guras 1 e 2.
Teste de paternidade Anexo
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Figura 14.3.2: modelo para o gel de eletroforese.
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23.Montagemdecariótipo–Aula1 Lourenço,, Luciana Bolsoni; Gomes, Laurecir Lourenço
Resumo AatividadeaquipropostapoderáseraplicadanoperíodoemqueosconceitosrelativosaDNA,cromatinaecromossomos forem tratados. Em geral, tais assuntos so abordados no item denominado Núcleo Celular, inserido no bloco referente atópicosdeBiologiaCelular.Nessecaso,depoisdediscutirascaracterísticasdecromossomos,oprofessorpoderá introduzir o conceito de cariótipo e mostrar ao aluno que algumas síndromes humanas so decorrentes de alteraões cromossômi cromo ssômicasnuméricas casnuméricas ouestruturais ouestruturais, ,facil facilmentedetectáve mentedetectáveispor ispor umasimplesanálisecitogenét umasimplesanálisecitogenética.Esclare ica.Esclarecerao cerao alunoqueaatividadequeeleirárealizarsimulaaquelaexecutadapelocitogeneticistaduranteaanálisecariotípica normalmente realizada durante o processo conhecido como aconselhamento genético. Sugerimos que, durante essa atividade,osconceitosrelativosàestruturadocromossomo,queincluemadeniçãodecentrômero,telômero,braços cromossômicos,cromátideelocogênico, cromossômicos,cromá tideelocogênico,eosco eosconceitosdecromossomos nceitosdecromossomoshomólogos,autossom homólogos,autossomosecromossomos osecromossomossexuais sexuais sejamexplorados.
O experimento Materiais •Papelparaamontagemdoscariótipos; •Tesouras; •Fitacrepe.
Materiais fornecidos no guia •FotomicrograadeumametáfasehumanacombandamentoG,obtidadeumamulhernormal; •FotomicrograadeumametáfasehumanacombandamentoG,obtidadeumhomemnormal; •FotomicrograadeumametáfasehumanacombandamentoG,obtidadeumindivíduocomSíndromedeDown; •Cariogramascorrespondentesatodososcariótiposapresentados.
Procedimento Contaronúmerodecromossomoscontidosnasfotomicrograaserecortá-los.Emparelharoscromossomose,em seguida,ordenarosparescromossômicos,compondoumcariogramareferenteacadaumdoscariótiposemanálise.
Protocolo Experimental 1)Dividirosalunosempelomenostrêsturmaseentregar,paracadaturma,umadasfotomicrograasencontradas no guia; 2)Pedirquecadagrupoconteonúmerode 2)Pedirque cadagrupoconteonúmerodecromos cromossomos somoscontidosnasfotomi contidosnasfotomicrogra crograas.Pa as.Paraauxiliaracontagem, raauxiliaracontagem, solicitarque solicit arqueaosalunos aosalunostracem tracem linha linhas squedividamcada quedividamcadametáfa metáfaseem seemtrêsárease trêsáreaseque,em que,emseguid seguida,contem a,contemos oscromoss cromossomos omos contidosemcadaárea; 3) Depois de conferir o número de cromossomos contados pelos diferentes grupos, solicitar que os alunos recortem oscromossomos.Alternativamenteoprofessorpoderáfornecer oscromossomos. Alternativamenteoprofessorpoderáfornecer,nessemomento,conjuntos ,nessemomento,conjuntoscontendooscromossomos contendooscromossomosjá já recortados; 4)Solicitarqueosalunosreconheçamosparescromossômicoscombasenotamanho,naclassicaçãoquantoàposição centroméricaenopadrãodebandasdosdiferentescromossomos.Nessemomentonãoénecessárioordenarospares; 5) Depois que todos os cromossomos estiverem emparelhados, e mparelhados, solicitar que os alunos ordenem ord enem os pares cromossômicos, com base em ideogramas do cariótipo humano ou nos cariogramas aqui fornecidos. Nesse momento o aluno deve também estaratentoà estaratento à descri descriçãodascaracter çãodascaracterístic ísticasapresenta asapresentadaspelapessoacujocarióti daspelapessoacujocariótipoestáem poestáemanális análise,fornecida e,fornecidaspelo spelo professor. No caso da atividade que envolve o cariótipo aneuploide, seria interessante que o aluno pudesse consultar algumas fontes de informao (como livros e sites da inter net) para descobrir a que síndrome genética as características mencionadas se aplicam;
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Montagemdecariótipo–Aula1 6) Reunir os alunos e apresentar a todos os cariogramas montados pelas diferentes turmas de trabalho; 7)Discutirasdiferençasencontradasentreoscariótipos,destacandoapresençadeumpardecromossomosXno cariótipodeumamulhernormaledeumparXY,nocariótipodeumhomemnormal.Destacaraindaqueumdoscariótipos analisados apresentou uma aneuploidia, que consistiu em uma trissomia do cromossomo 21. Relacionar os cariótipos em estudo com as características de seus portadores. (Lembramos que dentre os recursos disponibilizados a você, Professor(a),constamalgunsáudiosquepodemauxiliá-loadespertarointeressedoalunoacercadoassuntoemquestão, podendoserumvaliosoaliado podend oserumvaliosoaliadona nadiscu discussãosobr ssãosobreoserviçodeaconselha eoserviçodeaconselhamentogenéti mentogenético–paramelhorinstrume co–paramelhorinstrumentá-lo ntá-lo aesserespeito,sugerimosconsultaroendereçohttp://genoma.ib.usp.br/aconselhamento/informacoes.php aesserespeito,sugerimosconsultaroendereço http://genoma.ib.usp.br/aconselhamento/informacoes.php–esobre –esobre aspectos sociais relacionados às doenas genéticas).
Figura 23.1.1: metáfase humana com bandamento G, de uma mulher normal (fotomicrograa cedida por Ana Elizabete Silva, do Departamento de Biologia, Unesp – São José do Rio Preto).
Figura 23.1.2: cariograma da metáfase humana normal mostrada na gura 1.
Figura 21.1.3: metáfase humana com bandamento G, de um homem normal (fotomicrograa cedida por Ana Elizabete Silva, do Departamento de Biologia, Unesp – São José do Rio Preto).
Figura 23.1.4: cariograma da metáfase humana normal mostrada na gura 3.
Figura 23.1.5; metáfase humana com trissomia do 21 (47,XY,+21).
Figura 23.1.6: cariograma da metáfase humana mostrada mostrad a na Figura 5 (47,XY,+21) (47,XY,+21) (fotomicrograa cedida por Társis Vieira, do Departamento de Genética Médica, FCM-Unicamp).
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Montagemdecariótipo–Aula2 Resumo AatividadeaquipropostapoderáseraplicadaquandoconceitosdeMeioseforemabordados.Nessecaso,depoisda análisecomparativadecariótiposnormaisecomaberraçõescromossômicas,ofocoprincipaldadiscussãoaserrealizada com os alunos pode ser o comportamento dos cromossomos durante esse tipo de diviso celular e o tipo de gametas resultantesdesseprocessoemorganismosdereproduçãosexuada.Oprofessorpoderádiscutiracomposiçãodegametas aneuploides,decorrentesdeeventosdenão-disjunçãonaanáfaseIounaanáfaseII.Emseguida,poderárelacionara fecundao de gametas aneuplóides à formao de indivíduos com aneuploidias cromossômicas, como aquelas causadoras das síndromes humanas referidas na presente atividade.
O experimento Materiais •Papelparaamontagemdoscariótipos; •Tesouras; •Fitacrepe.
Materiais fornecidos no guia •Fotomicrograadeumametáfasehumanaobtidadeumamulhernormal; •Fotomicrograadeumametáfasehumanaobtidadeumhomemnormal; •FotomicrograadeumametáfasehumanaobtidadeumindivíduocomSíndromedeDown; •Fotomicrograascorrespondentesaocariótipo45,X(característicodaSíndromedeTurner); •Fotomicrograadeumametáfase,deumindivíduocomSíndromedeKlinefelter; •Cariogramascorrespondentesatodososcariótiposapresentados.
Procedimento Contaronúmerodecromossomoscontidosnasfotomicrograaserecortá-los.Emparelharoscromossomose,em seguida,ordenarosparescromossômicos,compondoumcariogramareferenteacadaumdoscariótiposemanálise.
Protocolo Experimental 1)Dividirosalunosempelomenosquatroturmaseentregar,paracadaturma,umadasfotomicrograasencontradas noguia.Seosalunosjádesenvolveramaatividade1descritanestelivro,nãoénecessárioformarturmasparaaanálise dasfotomicrograasdemetáfaseshumanasnormais.Nessecaso,bastamostraressescariogramasmontadosousolicitar que os alunos tragam aqueles montados por eles, antes de iniciar a atividade; 2)Pedirquecadagrupoconteonúmerode cromossomoscontidosnasfotomicrograas.Paraauxiliaracontagem, sugerirqueaosalunostracemlinhasquedividamcadametáfaseemtrêsáreaseque,emseguida,contemoscromossomos contidosemcadaárea; 3) Depois de conferir o número de cromossomos contados pelos diferentes grupos, entregar a cada grupo um conjunto contendo umcariograma parcialmentemontado referenteà metáfase emanálise e oscromossomosnele ausentes, previamenterecortados.Aescolhadoscromossomosexcluídosdoscariogramasdeniráograudediculdadedatarefa. Sugerimos que seja fornecido pelo menos um cromossomo de cada par; 4)Solicitarqueosalunoscompletemoscariogramascomoscromossomosavulsos.Caberáaoprofessor,aorientação dessa atividade; 5)Nessemomento,oprofessorpoderáfornecermaterialparaqueosalunosconsultemsobrediferentessíndromes genéticas(capítulosdelivro,sitesdainternet,artigosderevistas)epoderáinformaraosgruposaquesíndromecada cariótiposerefere.Assimoalunoseráestimuladoarelacionarocariótipoemanálisepeloseugrupocomasíndromeem questo; 6) Reunir os alunos e apresentar a todos os cariogramas montados pelas diferentes turmas de trabalho; 7) Comparar os cariótipos normais com os aneuploides;
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Montagemdecariótipo–Aula2 8) Discutir as possíveis causas da formao de indivíduos aneuploides e solicitar que os alunos representem esquematicamente a composio cromossômica de gametas que poderiam ter dado origem aos indivíduos em estudo; 9)SalientarasdiferençasentreeventosdenãodisjunçãoocorridosnaanáfaseIenaanáfaseIIdameiose,tantoem relao ao processo quanto à sua implicao na formao de gametas. (Lembramosquedentreosrecursosdisponibilizadosavocê,professor,constamalgunsáudiosquepodemauxiliá-loa despertar o interesse do aluno acerca do assunto em questo, podendo ser um valioso aliado na discusso sobre o servio deaconselhamentogenético–paramelhorinstrumentá-loaesserespeito,sugerimosconsultaroendereçowww.http:// genoma.ib.usp.br/aconselhamento/informacoes.php–esobreaspectossociaisrelacionadosàsdoençasgenéticas.)
Atividades complementares Aonaldaaula,oprofessorpoderálançarumdesaoaosalunos,queconsisteemapresentarumnovoproblema, descritoaseguir,esolicitarquesejalevantadaumahipóteseparaexplicarasuaorigem. Enunciadodoproblema:naatividaderealizadaemclasse,vocêobservou cariótipos encontrados em indivíduos com diferentes síndromes genéticas. Naqueles casos, foi considerado que todas as células dos ind ivíduos apresentavam a mesma composio cariotípica. Considere agora uma nova situao, em que esteja em estudo um indivíduo portador de síndrome de Down, porém com características mais atenuadas do que as normalmente observadas em casos típicosdetrissomiado21.Aanálisecitogenéticarealizadaapartirdeleucócitos desse indivíduo mantidos em cultura mostrou, além de células com cariótipo aneploide, com trissomia do 21, células com cariótipo normal. Caracterizou-se, assim,umcasodemosaicismo.Formuleumahipótesequepossaexplicarocaso em questo. Figura 23.2.1: metáfase humana com bandamento G, de uma mulher normal (fotograa cedida por Ana Elizabete Silva, do Departamento de Biologia, Unesp-S ão José do Rio Preto).
Figura 23.2.2: cariograma da metáfase humana normal mostrada na gura 23.2.1.
Figura 23.2.3: metáfase humana com bandamento G, de um homem normal (fotograa cedida por Ana Elizabete Silva, do Departamento de Biologia, Unesp-São José do Rio Preto).
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Discussãoesperada:eventosdenãodisjunçãomeióticos,ocorridosnomomento deformaçãodegametas,nãoexplicariamocasodemosaicismoemanálise.A hipótesemaisprovávelparaexplicaressasituaçãoenvolveriaumeventomitótico denãodisjunçãodecromátides-irmãs,ocorridoemalgummomentoquesucedeu a etapa de formao de dois blastômeros, observada logo após a formao dozigoto correspondente aoindivíduo emanálise.Deve tambémser aceita a hipótese que considere que um zigoto aneuploide tenha sido formado pela unio de um gameta normal e um gameta com dois cromossomos 21 e que, durante o desenvolvimentoembrionáriodesseindivíduo,umacélulatenhaperdidoumdos cromossomos 21, tendo assim dado origem a uma linhagem de células normais.
Figura 23.2.4: cariograma da metáfase humana normal mostrada na gura 23.3.3.
Figura 23.2.5: metáfase humana com trissomia do 21 (47,XY,+21).
Montagemdecariótipo–Aula2
Figura 23.3.6: cariograma da metáfase humana mostrada na gura 5 (47,XY,+21) (fotograa cedida por Társis Vieira, do Laboratório de Citogenética Humana - Dpto de Genética Médica - FCM Unicamp).
Figura 23.3.7: metáfase de um indivíduo com Síndrome de Turner.
Figura 23.3.8: cariograma da metáfase da gura 7 (45,X) (fotograa cedida por Nilma Viguetti Campos, do Laboratório de Citogenética Humana - Dpto de Genética Médica - FCM – Unicamp).
Figura 23.3.9: metáfase de uma mulher com Síndrome de Turner, corada com Giemsa.
Figura 23.3.10: cariograma da metáfase da Figura 23.3.9 (47,X).
Figura 23.3.11: cromossomos metafásicos de uma metáfase de um homem com Síndrome de Klinefelter.
Figura 23.3.12: cariograma correspondente ao material da gura 23.3.11 (fotomicrograa cedida por Társis Vieira, do Departamento de Genética Médica, FCM-Unicamp).
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Montagemdecariótipo–Aula3
Resumo AatividadeaquipropostapoderáseraplicadaquandoconceitosdeHerançaGenéticaestiveremempauta.Nessecaso, oprofessorpoderá,depoisdemontarcomosalunoscariótiposnormaisecomaberraçõescromossômicasnuméricas, discutiraherançadegeneslocalizadosemautossomoseemcromossomossexuais,bemcomoasegregaçãoindependente dos cromossomos na meiose (Segunda Lei de Mendel).
O experimento Materiais •Papelparaamontagemdoscariótipos;; •Tesouras; •Fitacrepe. Materiais fornecidos no guia •FotomicrograadeumametáfasehumanacombandamentoG,obtidadeumamulhernormal; •FotomicrograadeumametáfasehumanacombandamentoG,obtidadeumhomemnormal; •FotomicrograadeumametáfasehumanacombandamentoG,obtidadeumindivíduocomSíndromedeTurner; •Cariogramascorrespondentesatodososcariótiposapresentados.
Procedimento Recortar previamente os cromossomos de cada fotomicrograa. Durante a atividade, os cromossomos serão emparelhados e, em seguida, os pares cromossômicos ordenados, compondo um cariograma referente a cada um dos cariótipos em análise. Locos gênicos autossômicos e dos cromossomos sexuais serão representados nos cariogramas montados para uma discusso acerca dos tipos de herana.
Protocolo experimental 1) Dividir os alunos em turmas e entregar, para cada turma, um conjunto contendo os cromossomos recortados de uma dasfotomicrograas.Fornecertambémasfotomicrograasoriginais. 2)Solicitarqueosalunosreconheçamosparescromossômicoscombasenotamanho,naclassicaçãoquantoàposição centroméricaenopadrãodebandasdosdiferentescromossomos.Nessemomentonãoénecessárioordenarospares. 3) Depois que todos os cromossomos estiverem emparelhados, solicitar que os alunos ordenem os pares cromossômicos, com base em ideogramas do cariótipo humano ou nos cariogramas aqui fornecidos. Nesse momento o aluno deve também estar atento à descrição das características apresentadas pelo portador do cariótipo em análise, que deverão ser fornecidas pelo professor. 4)Alternativamenteaosítens2e3,oprofessorpoderáentregaracadagrupoumconjuntocontendoumcariograma parcialmente montado referente à metáfase em análise e oscromossomosnele ausentes, previamente recortados. Solicitará,então,queosalunoscompletemoscariogramascomoscromossomosavulsos.Caberáaoprofessor,aorientação dessaatividade.Aescolhadoscromossomosexcluídosdoscariogramasdeniráograudediculdadedatarefa.Sugerimos que seja fornecido pelo menos um cromossomo de cada par. 5) Reunir os alunos e apresentar a todos os cariogramas montados pelas diferentes turmas de trabalho. 6) Comparar os cariótipos normais com os aneuploides. 7) Discutir as possíveis causas da formao de indivíduos aneuploides e solicitar que os alunos representem esquematicamente a composio cromossômica de gametas que poderiam ter d ado origem aos indivíduos em estudo. (Se osalunosjárealizaramaatividade2aquiproposta,umabrevediscussãoacercadesseassuntopodesubstituiresseitem). 8)Solicitarqueosalunosconsideremumlocogênicoautossômico(locoA),umlocogênicopresentenocromossomoX (loco B) e um no cromossomo Y (loco C) e que os esquematizem nos cariogramas montados (inclusive nos normais). Nesse momento, o conceito de gene deve ser tratado.
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Montagemdecariótipo–Aula3 9)SolicitarqueosalunosconsideremqueosindivíduosemanálisesejamheterozigotosemrelaçãoaoslocosAeB,e que representem isso em seus esquemas. 10) Pedir que seja representada a composio cromossômica de gametas resultantes de um evento de meiose ocorrido emumacélulacomoscariótiposemestudo.(Apenasopardecromossomossexuaiseoparautossômicoescolhidodevem ser representados). 11) Salientar a composio de cada gameta em relao aos locos em estudo. 12) Simular a formao de zigotos com os gametas formados e representar a composio alélica desses novos indivíduos em relao aos diferentes locos gênicos em estudo. 13) Discutir a herança monogênica autossômicae ligada aosexo. Sugerimosque, nesse momento, exemplos de características com diferentes tipos de herana podem ser apresentados. 14) Buscar dentre as turmas de trabalho se diferentes formas de segregao entre os cromossomos esquematizados foram representadas. Se isso no ocorreu, esquematizar junto com os alunos uma diferente alternativa para a segregao desses cromossomos. 15) Discutir a segregao independente dos locos A, B e C.
Figura 23.3.1: metáfase humana com bandamento G, de uma mulher normal. (Fotograa cedida por Ana Elizabete Silva, do Departamento de Biologia, Unesp-São José do Rio Preto).
Figura 23.3.2: cariograma da metáfase humana normal mostrada na gura 23.3.1.
Figura 23.3.3: metáfase humana com bandamento G, de um homem normal. (Fotograa cedida por Ana Elizabete Silva, do Departamento de Biologia, Unesp-São José do Rio Preto).
Figura 23.3.4: cariograma da metáfase humana normal mostrada na gura 23.3.3.
Figura 23.3.5: metáfase humana, submetida ao bandamento G, de uma mulher com Síndrome de Turner.
Figura 23.3.6: cariograma da metáfase humana mostrada na Figura 23.3.5 (45,X). (Fotograa cedida por Nilma Viguetti Campos, do Laboratório de Citogenética Humana - Dpto de Genética Médica - FCM – Unicamp).
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