ados Inteacionais Catal�o Publio (CIP) (Oara Brasileira do Lv S Brasil) 2•.
Bachelard, Gaston 1 12 A tução d state I Gast Baelard ; traduçã Atono de Padua Da - 2•- Campna SP : Verus Edtora 2010 Ttulo rgnal L'tuton de nstat Bblrafa ISBN 97·85·76860105 Instante (Flofa) 2 Tem ceão I. Titulo •
070720
dces para catlo sstemátco 1. Istante Itução Flfa 115 115
DD115
GASTON BACHELARD
A intuição do instante 2• edição
Trau Antonio d Padua Dnesi
VERUS
SAPIENTI
GASTON BACHELARD
A intuição do instante 2• edição
Trau Antonio d Padua Dnesi
VERUS
SAPIENTI
Título original 'intition dr l'intant Editora Raa Raa Cat Coordenado Edoria An aula Gom Copiesque Ana Paula Gom Re viso Re viso Carls Eduard Eduard Sigrist Diagramaço Daine Aveno p Pojto gráfco Anré S. Tavares a Silva Copy Co pyri righ ghtt O Eitions STOCK, STOCK, 1931, 1992 193 193
dos, n Brasil pr Toos os ireitos rer v d Vers Editra Nenhua ae dta ob ode se rprduzid u transmtda o qualquer foma e/u quaiquer eios (eletrônico ou mecânco, mecân co, iindo fotcóp e gvação) ou qud em qquer siste ou bo d ddos sem peri• srta d edito Vmus ETR LTDA. Rua Bneicto Ar i sti sti ds Ribei, 55 Jd. Sana Genebra - 13084-753 ap apin inas/ as/SP SP - Brasil Fon/Fax: (1) 31 eruvrusitorco.br w. rdtor; combr
Sumário
Precio
Introdção
.
7
1
CAPUL 1 O
nstante
5
APÍT 2 O
oblma o hábo e soníno
3 A deia do pogresso e a nuição o temo escontnuo
57
AÍT
Conclusão
73 89
NEX
nstante poético e instante mtafsico
93
Prefácio
título o iginal dsta oba d Bachlad é L'intuition de l'instnt - Etude sur l Slo de Gston Roupnel. O histo iado francês Gs ton Roupnl ( 1 872- 1946) notabizous po su studo da his tóia social da Fança, pincipalmnt po sua Histoire de l cm pagnefrançaise, na qual já stá psnt uma abodagm gion stutua qu o apoxima da col ds Annals A poposta d u ma históia total, como pconizada po Roupnl, tm po contpatida a mno stutua d tmpo possívl m histó i a, o instant A contaposiço nt a históia como totalida e o insnte como fagmnto mínimo solv-s, aa Roupnel nma etasic . O dlinamento dss etasica s o obje tivo de Slo no conjunto d su oba. Entetanto, o poblma do instnte d como e é cone cio, ou seja, o poblm da intuição, no dv s qualicado na losoa fancsa, apnas como co ent, mas também co mo fnante. O
7
I NT UIÇAO DO I NSN TE
É cto pssgm mis concid d intiço n loso ncs é o cogio d Dscts (15961650), po-
põ intiço como o ndmnto do concimnto pos no posso dvid d so Enttnto, ind n cistndde H go d So Víto ( 1 096 1 1 4 1 ) j á havi colocdo intiço como c ontposiço nt m totlidd o instnt, m vz conmplaio intiço do ol contmpltivo concimnto último sob totlidd i nnitd divin A conj nço nt o instnt tdd A conmplaio o último psso do concimnto, pcdido pl cogitio - s i à obsvço snsívl à imginço pl mdita io - s i m xo cionl cjo ápic o concimnto do divino S sássmos os olos d Hgo So Víto le Dscts jlgímos o cogio, mbo dto coo ntião é in medtato.A cotmplao xe ep m mtsic mis pond dicl poém smp n tv, isto é concb o mndo no como pt, s coo continidd , msmo, scnso d obsvço snsív à contpão de D Ropnl poost d um tl mtsic contdo s nlidde no é o concimnto d Ds, ms d stó coo totlidd. Qndo desvimos d contplço dvn p istó o nfo d intço spndmonos com o to d tdiço, os vlos s pátics cltis co nsisti smp m instn ts ptçõs, q s constituím m btos, os qis, po m, cbm o signicdo d vlos Tl como n viso n itiv d Hgo d So Víto, sinld do instnt totlidd d istói ncontms pincipi conjnção n intiço do instnt, o sj, intiço não é to único o dstnto, como sntnç ctsn m to de cocê e rópo de etc 8
PREFACIO
ta como Ropnl qr propor m q o mndo é o smrprsnt d m modo radical o instant. Otro camin ho d nidad ntr co nsciência totaidad oi pposto por Hnri Bron (1 859 1 94 1 ) notadamnt m sa obra mais conhcida A evolução criadora. Porém já m s trabalho nicial Ensaio sobre os dados imditos d consciência, ncontraá como dado mdato o tpo pscológco, or le nomado de dração psicológica, sndo o nsan a conjunção ntr a duração coacada ou sja , anda não xrssa a duação distndda xrssa m alavas, n eros sbolos. Dss odo o i nstant brgsonano é ua scolha qu da htogndad do aranhado d sgncados ossves a conscênca lgss a xprssão hoogênea, coen sívl contávl compatívl co o tmpo xtrno mcânco compartlhado plas pssoas prmtindo popor um signicado único o principal ao i nstant O instant assim é a sínts da contraposição ntr a totalidad htroêna da conscência a xprssão homogêna d u sinicado. A tasica d Slo chaa achlard a ess dba soe a ntição o instane, nfntando as dfnç� e ccas e rlação a gson RounlA cainho da caactrzação da ntução etasca e da inuição oéca achlad se aroxará do atmátco taé lósoo nr Ponca, ara qu a intução era, ais qu u onto de atda xplicavo a cntelha da cração da nvnção ncssára tano à ciênca q anto à o€sa PAULO DETARSO GOM
9
lntrodução
Quando ua alma snsívl culta s lbra d sus sforços para dsnhar, d acordo co su próprio dstino intlctu as grands linhas da Razão, quando studa, pla ória, a htória d sua própria cultura, la s dá conta d qu, na bas das crtzas íntias, ca spr a lbrança d um ignorância ssnci. No rino do próprio conhcimnto há, assi , u rr original : o d tr uma orig; o d faltar à glória d sr in tporal; o d não dsprtar a si smo para prancr como si mso, as sprar do mundo obscuro a lição d luz E q u água lustra ncontrarmos não sont rnovação do frescor acional, as tabé o dirto ao trno rtorno do o da Ra ão ? Qu S iloé, arcandonos co o igno da Rzão pura, porá ord o bastant nosso espíito pa o prmitir coprndr a orde supra das cosas? Que gç a dvi no dará o pode d outorgar o princpio o er o p rncpio do pnsto e, coçandonos vedadnte 1 1
A INTUIÇO DO INSTNTE
nu enseno novo, de eo e nós, a nós, e n osso óo esío, a ef do Cado? É ess fone de Juvênc nelecul que Roupnel ocu, coo bo feceo, e odos os donos do esío e do coação. Aás dele, ncazes nós sos de nej a vnha de avelea, se dúvda não eenconaeos odas s ágs vvas, não sentros tods as coenes suerânes de u oba fund . Pelo enos, gosríos de dze e que onos de Siloe recebemos os impulsos ais ecazes e qu e es neante novos Rounel tz para o lósofo que quer eda os probleas da dação e do nsnte, do hábo e da vd. Peo, ess o e u foco seceo. Não sbeos o que que f o clo e cldde. Não odeos x ho e ue o so se onou clo o bsne se enunc coo ole Ms que ferenç fz? Que el venh do sofno, que venh d legr, odo hoe e n vd ess o de lu, a ho e que ele comprende subitamnte sua ó ensge, ho e que o conheceno, lumnando xão, desvend o eso eo s egs e a onoon do Desno, o oento veddeaene sn éco e que o loo decsvo, ocando conscênc do aconl, se orn nd ss o sucesso do enseno É í q ue se su o dfeencl do conheciento, o uxo newtonin que nos pee eceber coo o esíto suge d gnorânca, a inexão do gêno huno n curv desc elo ogesso d vd. A coe nelecul consse e ne vvo e vo esse nsne o conheceno nscene, e fe dele fone nexuível e noss nução e e desenh, co hsó sujev de nossos eos e equívocos, o odelo objevo de u vd lho e s cl. Ao longo de odo o lvo de Rounel , seno o vlo dess ço essene de u nução losc 12
INTRODUÇAO
oclta . S o ator não nos mostra sa font iia, nm o isso nos podmos nana a rsito da nidad da ofundi dad d sa intição. O liismo q condu ss da losóco q é oe co nstiti o sino d sa intimidad oq como scrv Rnan o q s diz d si é smr osi" . 1 ss lirismo porq intiramnt spontâno, ncra ma força d rsasão q crtamnt jamais consuiíamos tansota aa nosso stdo. Sia ncssáio vi todo o livo, sguilo linha linh a con quanto o caáte esttico he acscnta d claa Aliás, l Slo, s te esnte que s stá diant d o de u ot, d u sicóloo d m historiado q ainda s n a s u lósofo o momnto msmo m q sa ditação solitária lh nta a mais bla das rcompnsas losócas a d voltar a alma o sírito ara ma i ntição oriinal . Nossa tarfa rincial nos stdos q s sm sá sclarcr ssa intição nova mostra s intrss mtasico nts d iniciar nossa osição almas osrvaçõs srão útis ara j sticar o método q scolhos Nosso ojtivo não é rsr o liv d Ronl Silo u liro ico m pnsanto m fatos Mlho sia des olêlo qu suo. Enquanto os oances de Rounel são animados o ma vrdadia alia do o, o u xistência nuosa d alavras ritos, é notál qu l tnh ncontado m s oe a fras condnsada, colhida no âago da intuição Desd loo nos rc q, qui, xlica si xlicitar. Rtomamos ois, as intiçõs d Silo tão to quanto ossíl d sa font mnhaonos m sui nós sos aniação qu sss intuiçõs odeia da à ei 1
Souvris d'f{lc t de jrmss, Prefcio
111.
13
A INTUIÇO DO IN STANE
tação losóca. Fzeos dela, drante város eses, a oldra e o rcaboço de nossas constrções. Alás, a ntção não se rova, se vvenc a. E se vvenca ltlcandose o eso odcandose as condções e se so. Sael Btler dz co razão : Se a verdade não sóla o bastante para sortar e a desatremos e a mates é de m espcie be robsta" .2 Pelas deormaões e impsemos às teses de Roel podeseá talvez medir sa verdadera ora. Seionos, os co toda a lberdade das ntç�es de Siloe e, nalente, as qe ua exosço obje tva, o e aresentaos aq nossa exerênca do lvro. Todava, se nossos arabescos defora e deasa o traçado de Ronel, sere se oerá resttir a ndade retornandoe à fonte sterosa do lvro. Aí se encontrará, coo aeos osta sere a esa ntção Aás, Ronel nos z3 que o títlo estranho de sa obra só te vedaea ntelgêna ara ele eso. Não será sso convdar o leto a oloa tabé, no la e sa lta, sa róa Sloé, o steroso reúgo de sa ersonaldade? Recebese ento, da obra a lção estranhaente eocoante e pessoal qe lhe co nra a ndae n novo lano. Dgaos na alava Siloe a lção de solão. Es or qe sa ntade tão fna, es o qe ela conserva, aca da dsersão de ses aítlos aesar do jogo não ra deasado grande e nossos coentáros , a nae de sa força ínta. Toeos ortanto, esde já, as ntções dretvas se no laos a segr a orde o lvro São essas ntções qe nos aão as chaves as convenentes ara abrr as útlas esectvas e qe a oba se esenvove. 2 L 'ie 1' labitudr p 17 trad. .
Si/o, p. 8.
14
Lrbaud
.
CAPÍTULO
O instante
iíneo, o vivaz e o belo hoj ALARM
Termos perdido aé a memória de nosso econro Mas nos reenconreos ara tiOS separarmos e nos encontrarmos de novo Ali onde os moros se reencontram: nos lábios dos ios SAMUE BUTLER
A ideia etafsica decisiva do livro de Roupnl é esta : tmp só tem uma realidade , a do Instante. Noutras palavras, o tempo é uma raldad ncerrada no instant suspnsa ntre ois nadas. O tmpo podrá sm dúvda r nasr mas prro tr 15
A I NTUIÇO DO INSTANTE
o No o ota at ouo 12 a ação O a o o . É a oldão valo taco a deoado. ua olo e od a tental conra o tgco olato do ntante: por a espéce de volênca craoa, o teo litado ao ntante no ola não apenas dos otros, a tab ó so,j q pe noso paado a dlto. Já o lar d a dtação e a meditação do tempo a taf a a qalq ta� , e, ortato, o lóofo dat a aração d q o tepo e apresenta coo o tat olto coo a cocêca de a oldãoVo a aa oo foraão o fataa do aado o a lão o ftro; a, a d tdo, paa be cod a ob q vao xlca, co ptra da toal gul o t rte do eal. Coo odea o q al a à arca do tat rte? Ma, rcocat, coo o tat t dxa e o ral? S ó oa ocêc o o tate pt, coo ão ver qe o tate peente o úco oío o qal s vvenca a ralidad? S tvo d la oo gda, era cssáio patr d ó mo ara ovar o er. Toos, os, de nício, oo pensaento o o ga a cota o tat q a baça o q acaba o dxa ra taoo, ou o, o q o tat bq o tga "É o ó do q to co " , zo Ro "O at q acaba d o ca a a ot a q tc o o abolo o ao xto E o o cohco vl o a a va o fuuo, ao o
16
O INSTANTE
aproxima d ns como os Mundos os Céus u ainda s ign oram."1 Roupn acrscnta u m argumnto u amos contsar com o único intuito d acntuar ainda mais su pnsmeno: No h grau nssa mort u é tano o fuuro uano o ps sado". Para rforçar o isolmnto do insa use diíos qu há graus na mo u o u st ais morto ue mort é o u acaba d dsaparcr. . D fato a mdiaço do insan nos connc d u o sucimnto é ainda mais nítido poru dstri um passado mais próxio, da msma sorte u a incrtza é ainda mais mocionant poru colocada no ixo do pnsamnto u ai ir, no sonho u soicitaos ms u sntimos já sr nganador Do passado mais disan po fito d ua pranência totamnt foral u rmos sudar, u fantasa algo cornt sóido podrá talz retorn ir as o instante u acaba d soar não o podrmos consrvar com sua indiiduaidad como u ser copleo É ncesi e e o e fe e banç compla Como o uo ms ce concic do futuo traído · uano sobrém o insane lnnt e e ene urido fecha os olhos imediamene se sen co ue oidad hostil o insant seguine ssa" nosso corço Ee carter dramáco o insnt é le sceíel e f prssenir sua ralidd. O u gosaí mos e subln u nssa ruptura do sr a ideia do dsconínuo s ipõ forma incontst. Objtarsá alz u esss insans damáticos sparam duas duraçõs ais monótonas. Mas chamamos d monótona rar toda olução u não xaminaos com atnção apaixonada Se nosso corço oss po o basne e poeoe eo e oo o I
Sih>', p. I 08
17
A
INTUIÇ O DO INSTANTE
instants so a u po doadors spoiadors qu uma novidad cnt o tágica, smpr rpntina, no cssa d us ta a dscontinuidad ssncia do Tmpo 11
Poém ssa consagaço do instant coo lmnto tmpoal piodial só pod, vidntnt, s dnitiva s fo pimi o confontada co as noçõs d ins� a nt d duaço. Dsd logo, psa d Siloe no aprsntar nnhum taço poêico, o lito no pod dixa d voca as tss brgsonianas . V isto qu neste tabalho nos popoos a tafa d cona todos os pnsa mentos de um lito atnto, cumpnos nuncia todas as obj ções nascm d nossas lbanças dos tas bgsonianos. iás, é tavz opondo a ts d Roupn à d Bron qu co pndos hor a in uiço qu aprsntaos aqui . Ei s, nto, o plano q u vaos cupir nas páginas qu s seem. Lbaos a ssência da toia da duaço dsnvolv eos o mais claant possívl os dois tmos da oposiço: 1 A losoa d gson é uma losoa da dço. 2) A losoa de opnl é ma losoa do instant. Em seguida, bscamos indica os foços d conciliaço e tntamos opa pessoalente, mas no daos nossa adsão à doutina intmdiáia nos tv po um momnto. S a delinamos, é pou la acod uito natualnt, sgundo paec, ao spíito d lito clético pou pod tada sua dciso. Enm após uma xposiço d nossos pópios dbats, vemos e a nosso ve a posço mais claa, mais pdnt a e 18
O INSTANTE
a que corresponde à consciência mais direta do tempo é ainda a teoria roupneiana. Examinemos, pois, para comear, a posião bergsoniana . De acordo om Bergson , temos uma experiência íntima e direta da duraão. Essa duraão é mesmo um dado imediato da consciência . Decerto ea pode ser subsequentemente eaborada objetivada, defor mada. Os sicos, por exempo, com todas as suas abstraões, fazem dea um tempo uniforme e sem vida, sem termo nem descontinuidade. Entregam, então o tempo i nteiramente desumanizado aos matemáticos. Penetrando no pensa mento desses pfetas do abstrato, o tempo reduzse a uma simpes variáve geométrica, a variáve por exceência, doravante mais apropriada para a análise do possíve que para o exame do rea. De fato, a continuidade é, para o matemático, mais o esquema da possibiidade pura que o caráter de uma reaidde. Ento, para Bergson, o que é o instante? Nad mais que um corte arcia qu e ajuda o pensamento esquemático do geômetra. A inteigênia, em sua inaptidão para seguir o vita imobi iza o tempo num presente sempre fatíio. Esse presente é um mero nada que não onsegue sequer separar reamente o pas sado e o futuro. Parece com efeito, que o passado eva suas foras para o futuro, e parece também que o futuro é neessário para dar passagem à foras do passado e que um único e mesmo impuso vita soidariza a duraço O pensamento fragento da ida, no deve ditar suas regras à vida . Totamente imersa em sua contempaão do ser estático do ser espacia a inteigência dee empenharse em não desconhecer a reaidade do futuro Finamente a losoa bergsonian reúne de forma ndissolúel o passado e o futuro Assim é preciso tomar o tempo em seu boco pr tomo em sua realidde. tempo está n própri 19
I NT UIÇAO DO I N STNTE
ont do implso ital. A ida pod rcbr ilstraçõs instatnas, mas é a draço q xplica rdadiramnt a ida. Eocada a intiço brgsoniana, jamos d q lado, cotra la, as dicldads o s acmlar. Eis, em primiro lgar, ma rprcsso da crítica brgsoniana à ralidad do instan. Com io, s o instant é ma alsa csra, o passado o tro ho d sr bm dicis d distingir, porq so smpr aricialmnt sparados. C mp, nto, tomar a draço como ma nidad indstrtíl. Daí todas as consqêncas da losoa brgsoniana: m cada m d nossos atos, no mnor d nossos gstos, podrsia aprndr o carátr acabado do q s sboça, o m no comço, o sr tod o o s di r no implso do grme. Mas admamos q s possa misrar ditiamn pasado fuo. Nssa hipótes, m dicldad os prc aprsease pa qe qr lr a o m o mpego iião bergsoia.Tndo triado ao proar a irrealidad do isa, como alarmos do começo d m ato? Q potência sobrnatral, sitada fora da draço, ará nto o aor d marcar com m sigo dcisio ma hora cda q, para drar, d, apsar d do, coçar? Como ssa dorina dos comços, cja iportâcia ros a losoa opla, há de prmancr obscra nma losoa oposta q nga o alor do instanno? Sm dúida, para tomar a ida por s mio, m s crscimnto, m sa ascnso, tms toda a possibiidad, com Bron, d mostrar q as palavras antes depois ncrram apnas m sntido d po nto d rrência,já q ntr o pssado e o tro s sgu m olço q m s scsso gel s agra conína . Mas, s passarmos ao domíio das maçõs brcas, m q o ao criador s inscr abrpmee, 20
O INSTANTE
como não comprndr qu uma nova ra s abr smpr por um absouto? Ora, toda vouão, na mdida m qu é dcisiva é pontuada por instants criadors. Ess conhcimnto do instant criador, ond o ncontrar mos mais sguramnt q no uxo d nossa consciência? No é aí u o impulso vita s mostra mais ativo? Por u tntar rmontar a aguma potênci surda scondida flho is ou nos m su próprio impulso u no o concluiu nm sur o connuou, nquanto s dsnlam sob nossos ohos no prsnt ativo os m acidnts d nossa própria cultra as mil tntativas d nos rnovar d nos criar? Votmos, pois ao ponto d partida idasta, concordmos m tomar como campo d xpriência nosso próprio spírito m su sforo d conhcimnto. O conhcimnto é, por xcência, uma obra tmpora . Tntmos, ntão, apartar nosso spí rito dos aos da carn das prisõs matriais. Tão ogo o ibramos na proporção m u o libramos, prcbmos qu rcb m incidnts e a linha d su sonho s qubra m mi sgmntos suspnsos a núl picos. O spírito sua obra d conhcimnto aprsntas como uma a d i nstants tidamnt sparados. É scr vndo a história u o psicóogo articiamnt como todo historiador, coloca nla o vínculo da duraço. No f ndo d nós msmos ali ond a gratidade tm sntido o clro no prcbmos a causaidad qu daria fora à duraço é um pbma complicado indirto pcurar as causas m u m spírito no qua só nascm idias. Em suma, não importa o qu s pns da duraço m si aprndida na intuião brgsonian, a qua no tmos a prtnso de havr xamindo por intiro numas poucas páginas é necssrio plo mnos ao do da draço conceder reidade dcisiv ao i1stae. -
21
A INTUIÇÃO DO INSTANTE
Trmos, alás, a oportnidad d rtomar o dbat con tra a toria d ma draço tomada como dado imediato da consciência Para isso mostrarmos, tiizando as intiçõs d Ropnl, como s pod constrir a draço com instants sm draço, o q dará a prova d um modo intiramnt positivo qrmos crr do crátr mtasico primordial do instant , por consgint, do carátr indirto mdiato da draço Mas retomemos desde logo m xposiço posi tva Aás, o método bergsonano nos torz doravant lnçar mão do exam psicológico Dvmos nto conclr com opne: A Ideia q temos do presnt é d ma plntd d m vdênca postiva singlars. Instamonos nl com nossa prsonaidad complta Somnt ali, por l nl, é tmos 2 sensação d xistênci E há ma idntidad absota entr o sentimento do prsnt o sntimnto da vida" 2 Será ncssário, por consgint, do ponto d vista d a própra vida , bscar comprndr o passado plo prsnt, onge d m mpnho incssant d xpicar o prsnt plo passado Por crto, dpois disso a snsaço da drço dvrá sr sclarcida . Vmos tomáa , por ora, como m fato: daço é m sensação como s ors, to complexa nto s otras E não façmos nenhm ceimôni o sblnhar se crátr prentemnt contraditório: a dração é fta d instantes sm drção como rta é fita d pontos m dimnso No fndo, pra se contrdierem, é preciso s entidades atm na msm on do sr S estabcros e a drção é m ddo retivo e secndário, sempre mis o mnos factício, como poderia a ilso q tmos sobr la contradizr noss xpriênc 2
Ibidem.
22
O INSTANTE
ida do iane? Tods sss rssls so fis qui pr qu no nos cus d círculo icioso forl qundo oos as p lrs no snido go s nos ros o snido técnico Todas sss prcuõs, podos dizr com Roupnl Nossos atos de atenão são epsódos sensorais xtraíos aqla contndade denomna draão Mas a trama contína ali onde nosso espíto ord desenhos descontínos de atos não pas sa da constrão laorosa e artifcal nosso spírito. Naa ns atoza a afrar a draão Tdo m nós lhe contradz o sn tdo e he arrína a ógca E, alis, nosso nstinto é mais bm esclarecdo sobre sso o qe nossa razão O sntimnto q mos o passo é o ma ngaão ma sui ção O créit q nosso spírto concd a a pretensa draão q já ão sr n qual l já não sia é um créito sm provã3
Co ném sublinh ar d passagm, o lugar do ato d atenço n xpriênci do instante É u d fo no xist rdadi rn idênci sno n ond n consciênci qu s m pnh dcidir u a to A o qu s dsnol por rás do o ntra já no dom nio ds consquêncis ógic ou sicn pssivs E há í u iz iporn qu disingu loso d Roupnl da d Brgson: aflosa bergsoniana é umaflosa da ação; a flosof roupneliana é umaflosa do ato. Pr Brgson ua ão é s pr u dsnrolr conínuo qu s siu nr a dciso o o jtio ambos mais ou mnos sumáticos uma dao smpr originl ral. Para um partidário d Roupnl, um ato é ans d tudo uma dciso instantâna é ssa dcisão e ·'
Op. cit, p I 09.
23
A I NTU I ÇO DO I N STA NTE
ncrr a toda a cara d ornidad. Fndo s scant, o ato d a impusão cânica aprsntars spr coo a comosiço d duas ordns innitiais dirnts vnos a comrr até o l mt puntorm o instant qu dcid aba la. Uma prcusso por xmpo, xpicas por uma orça n nitant rand qu s dsnvov nu tpo innitant cu rto Sria possív aiás analisar o dsnroar conscutio a ma dciso m trmos d dcisõs sbaltrnas. Vrsa q m oimnto variado o único q� com toda razão Brgson consdra ra continua sguindo os sos princípios qu o zm comçar. Mas a obsrvação das dscontinuidads do dsnroar tornas cada vz ais dici, à mdida qu a aço qu sgu o to é conada a autoatisos orânicos nos conscints. Eis por qu nos cab rontar, para sntir o ns tante os atos claros da consciência. Qndo chgarmos às úlimas págnas dst nsaio trmos ecede r ntndr as rlaçõs do tmpo do progrsso e ol ssa concpção atl atva da xpriência do ns ante Vrmos ntão qu a da no pod sr comprndid nu m conemlço ssa; comrndêl é mais q êl é efemee mloál El no corr ao longo d ma n cos no exo de m emo ojeo q cbria como m cal. É m form mos à la dos nstants do tmpo ms é smr num instant q la ncontra sa ralidad primeira Assm s nos voltarmos para o núclo da vidência pscológica em snsço já no é so o rxo o rspost sm comlex do to ountário spr simps, quando a anço rduz a vida a único mnto a um lmnto isolado pr cbrmos qu o instant é o carátr vrdadiramnt spcí co do emo Qo ms rofdmn ntr noss me do o e ms el se e Só eç é ddo 24
O INSTANTE
o ato é instantâneo. Coo no dizer ento qe, reciprocaen te, o instantâneo é o ato? Toeos ma ideia pobre, redzao a a instante ea ina o espírito. Ao contrário, o re p oso do ser é já o nada. Coo, pois, no ver qe a natreza do ato, por m sing ar encontro verba, é ser ata? E coo n o ver, e seida qe a ida é o descontno dos atos? É essa intiço e Rop nel nos apesenta em termos particlarmente claros: Podese dizer que duração é a vid Sem dúvid Mas é reciso ao menos situar a vida no âbito do descontínuo que a conté n fora agrssiva que a nifest. Ela já não é aquela cotiuidade uida de fômeos orgnicos que s escova u os outros confundindose unidd funcionl O ser estrno lugr de lembranças atriais, no ass de um ábito e si mesmo O que ode haver de eranente no ser é a expresso não e u causa imóvel e constante, mas de uma justaosiço de resultados fugidios e incessantes, cada um dos quais co sua base solitári e cuj ligadua, que nada mis é que um ábi to, coõe u idivíduo.�
Se ú ao escree a epopea a eolção e gson ea negigencr os acidentes. Ropne, como hstoiador ncoso não poia ignorr qe cada ação, por simples qe sea oe ecessaente contnidde o ei ital Se obsearmos hstó a da em ses pormenores, eremos qe el m hstóra como as outras, cheia de repetções desnecessáras anacronismos, esboços, fracassos e recomeçs. Entre os aciden tes, Bergson retee apenas os atos reocionários nos qais o • Ibidem .
25
A INTU IÇO DO INSTANE
pulso vta s cnda nos quas a árvor gnlógca s prt raos dvrgnts Para traçar tal arsco não hava ncssdad d dsnhar os dtalhs val dzr não hava ncssdad d dsnhar os objtos El dva rsultar portanto nss tla prssnant qu é o lvro L'évolution créatríce [d brs. A evolução criadora, Martins Fonts 2005] Essa ntução lustrada é mas a ag d ua ala qu o rtrato das cosas. Po o lósoo qu prtnd dscrvr a h� stóra das cosas os ss vvos do spírto átoo por átoo célula po célul, pnsanto por pnsanto dv consgur spr os fatos s os ou tros porqu tos so atos, poru tos so tos, oe os tos s o tern, s tn l eve coo eessrente começar o absoto o nsceto É eso os esee stó e co os oos peso sndo oe s u o o acidente omo pinípio.
N evoluo verdnt crador, st pns u e e suno qual u cdent stá n z quer tenttv e voluço. Ass nssas consquêncas rlativas à volução d vda coo sua prra ora intutva, vos qu a intução tpol d Roupnl xtant o nvrso da ntuição brgsona.Ats d r a long rsuaos co u duplo squ oposo das s outrnas: •
26
ar Brson vrddr ld do tpo su duo; o nstnt pns u abstração dsprovd rldade. El é posto do xtror pla ntlgênca, qu só coprnd o dvr drcno stados óvs. Rsetíos ento bstnt b o tpo brgsonano po ua et pret sobr a qul tvssos colocdo, para s
O INSTANTE
•
blizar o nstant coo u nad, coo u vzo ctco, u ponto brnco. Para Roupnl, a vrdadr rlidad do tpo é o nstant; a duração é pas ua construção, dsprovda d raldad bsoluta. Ela é fta do xtror, pla óra , potênca d agnação por xclênca, qu qur sonhar rvvr, mas não coprndr. Rprsntaaos, ntão, bastant b o tpo roupnlano por ua rt branca, ntrant potênca, m possbldad, n qual d rpnt, coo u acdnt imprvisívl, vss nscrvrs um ponto prto, síbolo d ua rldad opaca.
Nots, lás, qu ss dsposção lnar dos nstnts contnu sndo, tanto para Roupnl coo para Brgson , u rtco da agnação. Brgson vê, nssa duração qu s dsnrola no saço, u o ndrto pra dr o tpo. Mas o coprno d u tpo não rprsnta o valor ua dur o, e sr ncssro rontar do tpo tnsvl à uro ntv . Ana qu , ts scontnua adpts s cul d: nlss a ntns lo núro e Ín
Dzos s c qu, ntr s dus ntuçõs prcdnts, havos hsto longant, buscndo so, ns vs da ' Cfler gon, ssai sur f• doés mmiats de / C
7
A I NTU IÇO DO I NSTA NTE
conciliação, runir sob um msmo squma as vantagns d ambas as doutrinas. Ess idal clético acabou por rvlars insatisatório. Enttanto como nos ppusmos sd m nós msmos as raçõs inivas manadas das iniçõs mstras dvmo ao litor a condência pormnorizada d nosso racasso Queríamos inicialmente conferir uma dimensão ao instant, fzer le um pécie de átomo tmporal q coner vse m i mo crta drão Diímo q u m acontecimeno iolado devia ter uma brev hitória lica com rrência i mmo, no abolto d u volção intrn . Comprenímo qe começo podia er rltio m ident de oriem xtrn, m pr brilhr, e poi para clinar morrer, peímo q e atribuí o r, por ioldo qe oe, a pare d tepo Amitímo qu o ideal d vida o a vid rente do emero mas riindicáamo para o mero da auror o voo nupcial, eu to d vid íntma. Qríamo empre, portnto, e ração foe riea profn e ie o se. Ea foi oa pr i meia poição no que concee ao imtante, que seria não um pequeno fr a gmnto do cotínuo beno Ei o e prenío, e gid, do epo ropno Iginvo e o too tempoai ão poi oe, o, nte, e não podi fne o oo O ipeiri epre ea fuo er imprecíe oe o int, l o o cen olhi Siloc convencer Numa outrn a ubtânci que l no et long d sr tautológica tranfrirsão m dicuad d instnt para outro, as qualidads a lmbrança; o pernente n nca há explicr o evir. Se, poi, a novie eenc ao vir tme tudo ganhar tribindoe ea novie o ppro Tep o: não o r e noo m empo nifoe, 28
O I NSTANTE
é o instante que renovandose reete o ser à liberde ou oportuidade iicial do devi iás por seu ataque o instante impõese protamete inteiramete; ele é o ator da síntese do ser Nessa teoria o i state salvaarda necessariamente por tato sua in dividualidade O problea de saber se os átoos temporais se tocavam ou se eram separados por u nada parecianos secundário. Ou elhor dado que aceitávaos a constituição dos átoos temporais éramos levados a pensálos isoladaente e para a clareza etasica da intuição nos dávaos conta de que u vazio era necessário quer ele exist de fto, quer não para iaginar corretaente o átoo teporal recianos então vantajoso condensar o tepo ao redor e mícleos de ação nos quais o ser se reencontrava e parte colheno do stério de Siloé o que se requer de invenção e de energia para tornarse e progredir En aproxiando as duas doutrinas chegávaos a u bergsoniso ragentado a u ipulso vital que se rcon em ipulsões a um pluraliso temporal que aceitando durções diversas tepos individuais nos parecia apresentar meios de análise tão exíveis quanto ricos Porém é muito raro que as intuições etasicas construí das nu ideal eclético tena oç durdoura Ua intuiço fecuna deve dar pri a pva de sua unide o tos a nos apeceer de que, po nossa concilição havíos reuno as diculdaes das us doutrins. Era preciso escoh er no o cabo de nossos desenvolvientos, as na base esa das intuições Agora, portanto vaos dizer coo pssaos da atomização do tepo, e que nos detivéros arimtização tmpol bsoluta, ta qual Roupnel aa peeptoiaente
29
A I NTUIÇ ÃO DO INSTANTE
Priiro, o que nos havia sduzido o qu nos lvara ao ipass qu acabaos d ntrar fora a falsa concpção da ord das ntidads tasicas: sm prdr o contato co a ts brgsoniana, gostaríaos d colocar a duração no próprio spaço do tpo Toávaos ssa dução, s discussão, coo a única qualidad do tpo, coo um sinônio do tpo. Rconhçaos: isso não passa d um postlado. Não prcisaos ajuizar su valor são m função da clarza do alcanc da constrção qu ss postulado favor. Mas smpr tmos o dirito, a priori, d partir d u postulado difrnt tntar ua construção nova na qual a duração sja dduzida, não postulada oré essa considração a priri não bastaria, naturant, para nos rconduzir à intuição d Roupnl. A favor da concpção da duração brgsoniana, co fito havia ainda todas as pvas ue Brgson runiu sobre a objtividad da duração Se dúvida, Bergson instavanos a sntir a duração nós, nua riência íntia e pessoal. as não arava aí. El nos ostrava objtivant qu éraos solidários d u único ipulso, arrastados todos or ua sa vaga. S nosso tédio ou nossa impaciência alongava a hora se a algria abrviava o dia, a vida ipssoal a vida dos ou tros nos rconduzia à justa aprciação da Duração. Bastava colocaronos diant d uma xpriência sipls u torrão d açúcar qu s dissolv nu copo d água ara coprndros qu, a nosso sntinto da duração, corrspondia ua duração objtiva absoluta. O brgsoniso prtnia aqu i, portanto, alcançar o donnio da dida , spr consrvando a vidêcia da intuição íntia . Tínhaos nossa ala ua counicação idata co a qualidad toral do sr, co a ssência de su dvir, as o rino da quan tia do tpo por indirtos qu sja nossos ios d estu 30
O INSTANTE
d lo, ra a savaguarda da objtividad do dvir.Tudo, portanto, parcia salvaardar a pritividad da Duração: a vidência initiva as pvas disrsivas. is, agora, omo ossa própria oança na ts brgsonia a s abalo. Dsprtaos d nossos sonhos doátcos pla crtica nstiniana da uração objtva. B dprssa nos parcu vint qu ssa crtca dstuiu o absoluto daquilo qu dura, ao so tpo qu conse vava, coo vros, o absoluto daqulo qu é val diz, o absoluto do instant. O qu o pnsanto Enstn cha de elatve o lapso tepo, é o coprnto" do tpo Ess conto s rvla rlativo a su étodo dição D zse ue, fazndo ua viag d ida volta no spao a ua vlocide alta o bastant, rncontraraos a Trra nvlhcida alguns sculos, ao passo qu taos arcado apnas alguas horas no rlógo que lvaos na vige B nos longa seria vage necssária para ajusta à nossa ipaciência o to que Begson postula coo o e necsso pa ssolve o too e úca no copo de gu Als, cae sulnha ee logo que n o se trat aqu eogo vo e cálculo A elatvae o lapso e teo pa sstes e ovento , oavnte, u o cetíco Se ens sos te o ieito e ecus a ss spto a lço da cênc, teros d rtnos uvida da intvno das conões sicas na epr ência da dissolução do açúcar da intrfrência ftiva do tpo nas variávis xprintais. Por xplo, todos concorda qu ssa xpriência d dssolução põ jogo a tpratura? Pois b para a ciênca odrna, la põ igual 31
A I NTU IÇO DO I NSTA NTE
nt jogo reatvdad do tpo. ão s eva a cênc parcalnt conta, é prciso toála por ntiro. Assi pos, subtant, co a rlativdad, tudo qu dzia rspito às provas xtrnas d ma Duração única, princpio claro d ordação dos acontcimntos, s via arruinado O Mtasico dvia dbruçars sobr s u tmpo local, chars m sua própria dração íntima O mudo ão orca ao mnos imdiatamt garanta d convrgênca para nossas draçõs indviduais, vividas na ntiidad da consciênca. Eis, porém, o qu mrc agora sr obsrvado: o nstante estabelco com bastante pecsão pemanece na outna e Ensten um bsl. Paa conferr ess valo d absoluto, bsta consdra o nstnt su estado sintético, coo u pon to do spotpo. outrs paavras, é precso tor o sr coo stese apoda sltaneante no espao no tepo. E o poto de econtro do lugar e do presente hc e Ic, o u n e al e oje . Nssas das tas fóru s o poto se dtaa u eo ds durões ou u eo do espo; sss fóulas sutandose por u do u snte se pecs ensejr u estudo nteraente retvo da duaão do espao. Mas, dsd qu s concord e sodar und os dos advbos, es ue o vo s rcb en sua potênca de asoto. est eato ugr e nste to oeto, es ond stanedd cr evdent cs; es onde sucesso s odea se esoeento e se osude. A ptso de to coo a e s stee de os acotecetos o calzados e pontos dfrents do spao é rfutada pea doutrn de Enstn. Sera ncessára, para stabeecer ss sutndade ua prênc na ua pudéssos fundnos sobe o étr o O fracasso de chson proeos espera de ralzar ssa prênca . Cpe pos ir idremte s 32
O INSTANTE
lta idad m dois lars divrsos , por cosquência, ajusta r dida da dração q spara istants difrts a ssa d ição spr rlativa da siltaidad Não há conconcia assgrada q ão s acompah d ua coicidêcia Voltamos assim à ossa icrsão o donio do fnôno co ssa covicção d u a duração só s alora d o do articial, nua atosfra d convçõs dniçõs é vias d qu sa idad v somnt da nralidad da p riça d osso xa. Ao cotrário, o istant rvlas sus ctívl d prcisão objtividad; stios l a arca da xidz do absolto Vaos tão fazr do instante o ctro d condsação ao rdor do qua colocaríaos ua dução vasct xatan t o qu falta d cotíuo para pôr u átomo d to iso lado rlvo sobr o nada para dar à cavidad do Nada suas duas ras falazs, cofor s olh dirção ao passado o s volt na dirção do futuro? Ess fo ants e adotar e, s oroso l o oto d vista larat distito d Rol nosa ú a tv . Daos, ois, a raão qu onso oa onvrsão Qando ainda tínhaos fé n duração brsoniana , pra studl, nos pvaos dpul , por ont dsojla do dado, nossos sforços dpaav pr o o so obstáculo : nunca consuíaos vncr o caráter de p ródia htronidad da duração. Naturalnt, acusvao apnas nossa iaptidão para ditar para nos dsprndr do acidtal da ovidad qu nos assaltava. Nunca cosuaos prdrnos o sucint para tornar a nos har, nuca loráva os lcança sir ss uo unifor no qual duraão dsnroava a históri s istória, ua icidência s in 33
A INTUIÇO DO INSTANTE
i dts Tríamos prrido um dvir qu oss um vo um éu límpido, vo qu ão dsloass ada ao qual ada s opusss o imp ulso o vazio m suma o dvir m sua purza simpliidad o d r m sua solidão Quatas vzs puramos o dvir lmtos tão laros tão orts qua to aquls qu Spinoza colhia na mditaço do sr! Mas, ant nossa impotêia para contrar m nós msos ssas grands linhas unifors, sss grands traços simpls plos quais o impulso vital dv dsar o dvir éramos lvados natualt a busar a hoognidad da duração l imtadonos a fragmntos cada vz os xtsos. Mas ra spr o so fracasso: a duraço no s liitava a durar la vivia ! Por pquno u oss o fragento considrado, u xam mcs cópico bastava para lr nel ua ultiplicidad d acontecimntos: spr os bordados jamais o pao; smpr as sobras rxos no splho movdiço do rioj amais o uxo límpido A durao, como a substância, só os via antasas . Duraço e substância dspenha smo, uma m relaço à outra nua recproca dsspradora, a bula do nganador nganado o dvir o fenôeo d substcia subsi o feôeo do devir. Po e ento no aceiar coo etasicaent is pru e e iula o epo o iee o ue eu ive iu o epo e eôeo? O epo s se obev pelos i e uro veeos oo s sentida pelos istaes El é u oei e ies o eho po de po os ue uw de perspeiv solidariza de ora ais ou enos sreita 1'
" Guyau já dizia, de um poto de vista, é verdade mais psicológico que o noso: A idea do tempo [ . . . J se eduz a um efeito de perspectiva (L JCuesc d l'idée du tmps, Peco).
34
O INSTANTE
Por q ue se percebe bem que agor a é preciso descer até os p o n t os temporais sem nenhua diensão individual. A linha q u e reú ne os pontos e esquematiza a duração não passa de uma f n ção panorâmca e retspectiva, cujo caráter subjetivo indir to scundário mostraros a sgui r Sm qrr dsnvolvr longamnt provas psicológicas indqumos siplsmnt o catr psicológico do pblaAprcbaonos pois d qu a xpriência mediata do tmpo não é a xpriênia tão ugaz tão dicil tão coplxa da duração as a xpriência displicnt do instant, aprndido spr coo ióvl Tudo quanto é sipls tudo quanto é fort e nós, tudo quanto é duradouro so é o do d u instnt Para cobater dsd já no trrno ais dicil, slineos por xmplo qu a lrança da duração stá ntr as lmranças nos duradouras Lbraonos d tr sido não poré d tr durado. A distância no tpo dfora prspctiva o coprinto porqu a duraço dpnd spr d m ponto d vista iás o qu é a lbrança pura da losoa brgsoniana snão uma i mag toada su isolanto? S tivéssos tmpo, numa obra ais longa para studar o prola a loca lização tporal das lbranças no tríaos diculdad ostrar coo las s situa al coo ncontra articialnt a ord nossa istória íntia Todo o xclent livro d Halwachs sobr os quadros sociis a eória" nos p rovaria qu nossa ditaço no dispõ d traa psico lógica sólida squlto d duraço orta q pudéssos, nturale nt, psicol ogicante n solido d nossa própria consci ência, xar o lugar da lrnça evocada No fndo, teos ncssidad de aprndr e reaprnder nossa própria cro nologia , para st studo rcorreos aos uadros sinóticos, vrdadiros rsuos das coincidências ais acidntais É assi 35
A I NTU IÇO DO I NSTA NE
qu, no as huld dos coraçõs, vm nscrvrs a hstóra dos ris Conhcraos nossa própra hstóra, ou plo nos nossa própra hstóra stara chia d anacronisos, s ôssos nos atntos à Hstóra contmporâna . É pla lção tão nsncante quanto a d u prsidnt da Rpúblca qu localzaos co rapdz prcsão uma dada lbrança ínta não srá sso a prova d qu não consrvaos o nor vstígo das duraçõs duntas? A óra, guardã do tmpo, guarda apnas o i stant; la não csrva nada, absolu tant nada, d nossa snsação complicada actíca qu é a duração A pscoloa da vontad da atnção ssa vontad da ntlênca prparanos ualnt para admitr coo h póts d trabalho a cocpção roupnlan do nstant s duração Nssa pscoloa , é já b crto qu a duração só pod n tervr nretant; vês co toda acldad qu la não é ua conão prordal: co a urção, poes talvz er a espra, as no a própra atnção, qu rcb todo seu valor e ntensade nu únco nstante Esse prolea da atnção aprsntous naturalnt no eso nvel das dtaçõs qu dsnvolvos a propósto da uao De fato, vsto qu pssoalnte não podíaos xar or uto tepo nossa ateno ness na dea l que reprsenta o eu despojado, devíaos ser tentados frantar a uraço ao rto e nossos atos atenço. Anda aqu, dant o íno de prvsto, tntano rncontrar o rno a ntdad nua e crua, percberaos de rpnt qu ssa atnção nós esos traz, por su própro funconamnto, aquelas lcosa e fráes novdads de u pnsanto s hstóra de u pensaento se pensaentos Ess pnsaento nt raent ne rrao no cogito cartesano no dura Ele só t a vdênca e seu caráte nstantneo; só to ua conscênca claa e s 36
O INSTANTE
s o porqu é vazio solitário. Então l aguarda numa duração qu é apnas um nada d psamnto por consgunt u nada tivo o ataqu do mundo. O mundo lh traz u conhecmnto ainda num instant cundo qu a conscinca atnta será nrqucda por um conhcmnto objtvo Alás coo a atnço tm a ncssdade o pod er de se toar, la stá m ssnca, nteramnt m suas rtoadas. atnção tambm ua sri d comços é ita dos rnasc entos do spírto qu rgrssa à conscnca quando o tpo arca nstants. Al dsso s lvássmos nosso xam àquee strto domínio m qu a atnção s torna dciso vríaos o qu há d ulgurant nua vontad qu vm convrgr a vidência dos motivos a algria do ato Sria n tão qu podamos alar d condiçõs propriamnt instantânas . Essas condiçõs são rigorosamnt prliinars ou mlhor préciais por srm antriors ao qu os gômts chamam d condiçõs inciais do movimnto. E é nsso qu las são mtasc mnt no abstratamnt nstantâas. Contmplando o to d tocaa vris o instante do mal nscrvrs no ra, ao passo qu um brgsonano spr vm a consdra a trajtóra do al, por estrto qe sj o xae que ee faz da duraço e dúvda, o sato ao s dsencadear, dsnroa ua duraço e acordo co as les scas soógcas, es q regua cojuntos copxos. Houv porém ants do pcsso coplcao do pulso o instant sps crnoso da dcsão. D rsto s voltaros ssa atção pra o sptáculo qu nos crca s m vz d atnço ao pnsamnto íntmo nós a tomaros como atnção à vda, prcbrmos mdatamente q u la nasc smpr d ua concdnci a. A coincdnca é o ínmo d novdad ncssáro para xar nosso spírito. No p odíaos dar atenço a u processo de dsnvolvmnto o 37
A INTUIÇO DO INSTANTE
qual a duração fosse o úco pricípio de oreação e dferecia ção dos acotecimetos. Requerse o ovo par que o pesa meto iterveha requerse o ovo para que cosciêca se arme e a vida progrida Ora em pricípio a ovidade é evi etemete sempre istatâea Por m o que permitiria alisr melhor a psicologia da votade da evidêcia da ateção é o poto do espaçotempo. Ifelzmete par que ess aálse se torsse clar e comprobatória sera precso que a lnguge losóc ou eso ligugem comum tivesse assilado as doutras da Reltv de. Sentese desde logo que essa assimilação coeçou s está loge de ter acabado. Acreditmos cotudo que é esse cmho que se poderá realizr a fusão do atomso espcl co o atomismo temporl. Quato mas íntm for ess fuso tanto s se compreederá o mérito da tese de Roupel. É assm que se preederá melor seu cráter concto. O complexo espçotempocosciêcia é o atosmo de tripla essêcia é a môada armada em sua tripla solidão sem comuicação com as coisas sem comuicção co o passado sem comui cação co as las lheis Ms toos esses pressupostos vão precer tnto s frges qunto tê contr s mutos os átos de pensmento e expressão. Percebemos muto be aliás que a covicção ão será suplntada repetiete e que o terreo pscológico pode agurarse par utos letores pouco propco esss nvestigações metascas. Que é que esperávos o acuular todas esss razões? Splesente ostrar que se necessáro cetríos o cote nos terrenos as desfavoráves Mas a posção metasc o pblema , no as cotas ais forte. É para lá que vmos gora 38
O INSTANE
dirigir nossos sforços. Toos, pois, a ts toda sua nitidz A intuição tporal d oupnl ara : 1 ) o carátr absolutant dscontínuo do tpo; 2) o carátr absoltant puntifor do instant A ts d Roupnl raliza, portanto, a arittização ais coplta ais franca do tpo A duração não passa d u númro cuja unidad é o instant Para mais clarza, nuncios d novo, coo corolário, a ngação do carátr ralnt tporal idato da duração. oupnl diz qu o Espaço o Tmpo só nos parc innitos quando não xist"7 Bacon já obsrvara qu nada é ai vasto qu as coisas vazias" . Inspirandonos nssas fórulas, podos dizr s dforar, qurmos crr, o pnsanto d oupnl qu somne o nada é ralmt coníuo. IV
Ao scrvr ssa fórula, sabos qu réplca vaos suscitar Dirnosão qu o nada do tpo é prcisant o intr vao qu spara os instants vrdadirant arcados por acon tcintos S ncssário aditirão, para lhor nos drrotar qu os acontcintos tê nascinto instantâno, qu são so, s ncssrio, instantânos, as rivindicarão intr valo dotado d xistência ral para distinguir os instants Qrrão fazrnos dizr qu esse intrvalo é vrdadirant o tpo, o tpo vzio, o tpo acontcintos, o tpo ue dua, a duração que s plona, qu s d. Nós, poré 7
Silor, p . 1 2 6 .
39
A I NTU IÇÃO DO I N STANTE
o obo q o o o c q r iço ão o; q o o , q o o Se dúid o ução o eo o do oõee ua tse co , por iso po ho co iis co, s coé que oa uição j j g . od parce pob, s co ohr q q, doto, l o cogo iás, se iroduzimos princípio u belç cedâeo da medição do tempo, teremos, uero crer, iado cu úlim, sem dúid, oe a ctic os sper. Foulmos ess críc tão brulmete uo poí. E s ee, drosão ocê ão ode eit i o mo ouco u diião do eo m r líqo; o eto ocê i, como oo do ho t io, q o ito go A oi, uço. No o f s g oo o bo, to q o o , o q o qu e e. E cão, oê foço eo : u o tmo o. A ção g oologi o qo x. Si, vas eão í, es o eo, e oso esorço p renov o. To o delas coo são. M fução do lósofo ão for o io d lvrs o iet exi o bo do coco p pti o seo eai o? Não dee el, coo o poe, " u eno i uro às bo {M) ? q o fo q o q o o o fo q o 40
O INSTANE
rdical em spectos espaciais perceberão que o terreo pol ico ão estmos esrmaos e os isetarão se úi, dessa acusação de círculo icioso verbl as o problem d medid permnece e é eidetemet í que crítica ee parecer ecisia; ua ez que se mede ração, porque e te ua graeza Traz, portato, o sigo claro e sua reaae. Vejos etão, se se go é rea ato T os ostrar coo, oso e, eeri coocrse, tuçã roupeliaa a apreciação a uração Que é pois, que cofere ao tempo sua aparêcia e co nuie? É o fto e poermos segudo prece impoo u orte o qsmos, designr um femeo q ue ilustra o is tnte rbitrrimete desido Terímos ssim certez e qu nosso to de conhecimento est entree uma plen liberdde de exame Noutrs plars, preteemos colocar oso tos e iberae ua ia cotíua pis a q ualq moment podems experimeta a cácia de nossos ats De tuo isso eo certeza, as e a is que isso. Vao exprimir o eso pesaeto ua guage go frt, qu à pr , l, precer siôa a pra exprão. ros : td s vzs ue isr poerems exrimntr a ác de nsss ts. Eis, aor, ua objeção. Seá que o preiro oo e os exprr ão supõe tacitaete a cotiuie e osso er e ão ser essa cotiuiae suposta coo evidete que tr p ortmos para cota da uração? Ma que garatia temos, e tão, da cotiuiae assi atribuía a ós esos? Bastaria que o rito osso er escoexo corespoesse a um rito o Cosos pra qu oo exa tise êxto a ca passo; o 41
INTU IÇ AO DO INSTNTE
ais sipesente, para pvar a arbitrariedade e nosso corte, bastaria ue ossa ocasão d aço íntima corrspondess a u a ocasio do u vrso e sua, ue ua coincidência se arasse num ponto do espaçotepoconsciência Asi tal é nosso argunto aior todas as vezes nos parec pois na tese do tmpo descontínuo o sinnimo xato da paavra sempre toada na tese do tepo contínuo Se nos peritire essa traduço, toda a i ngage do contínuo nos será ntrege peo uso des sa chave. A via, aiás, ooa à nossa disposiço ua ueza tão odigiosa e istates qu e fae da peepção ue os es, ea pae be indeida. Apcebeonos e ue podeaos gasta uito ais, donde a cença de ue podeíaos gastar se ontar. É aí ue reside nossa iprso d connuidad íntia. Quando coprendeos a iportncia de ua c oncoitâia ue se exprie po r u acordo de instantes a i ntrpretação do sincroniso tornase evidente na hipótese do descontínuo oupneiano e tabé aui se ve traçar u paraeo entre as intuições d Bergson e as de Roupn : Dois fenôenos serão sincrnicos, dirá o lósofo bergsoniano, se estivere sepe de acodo. Tatase de aj ustar os devies e as açõs. Dois feôeos seão siôios, dá o ósofo oupeo, s toas as vezes e que o prieiro estiver pesente, o seguno estive iguaete. Tatase e aj usta as etoaas e os atos. Qua é a fóua ais pruente? Dizer, o Begson, ue o siconiso orespode a dois desvovientos paaeos é utapassa u pouo as povas objetvas, é estender o doínio de nossa veiação. Reusaos ess extapoação etasia ue ar u ontínuo em si, �
42
O INSTANTE
b oa stjaos, s, soent diat do dsco tío o ss a xincia . O sinconiso aaec, tão sm a ação concodant dos instantes cas,jaais coo dida, d algu tio goético, d a dção cotín Nest onto, é ovávl e no s intoa co ot objeção: eso adtindo ue o nôeno d conjnto sja susctívl d exa sob o exato esuea toal da toada cinatográca, você no ode ignoa, dinosão, na alidad a divisão do to anc se ossívl, ou so deseável, s uiseos segui o dsnvolvinto do enôeo todas as sas sinuosidads; citnosão m tacimatógao e dscv o dvi o d ilésios d segu ndo. Po , ntão, síaos intoidos na divisão o to? A aão la l nossos dvsáios ostla ma iisão s tmo é s s coloca s xa no nívl a vida d conj nto, sda na c va do ilso vital Coo vivos a dração u pac contína a xae cscóico, soos lvados, lo xa dos dtalhs, a consida dação façõs se nos das nidads scolheos Mas o obla daia d stido s cosidássos contção al do to a ati dos instats, vz da divisão do to, s ctícia, a ati da dação Víaos ntão q o to log d ividis o s do acionato cotío s ltilic o sq das cos odci néics iás a lav_ j é aíg osso v, seia ciso voc i a toi fção t coo Cot s U fação o agato d ois úos itios o al o d 43
A INTU IÇO DO INSTANTE
noinador não divide verdadeiramente o numerador Entre os prtidários do contínuo tempol e nós, sob esse aspco aritméico do problem , a diferença é a seguinte: nossos dversários partem do numerador, qu tomam como uma quanidad oogênea contínua e sobretudo como um quanidade dad imediatamente pra as necessidades da nálise; dividem ss dado" plo denomnador, qu desse modo é entregue à arbirariedade do xae, arbitraridade anto mior quano mais o é o xam; es podria mesmo r er dissoler" a durço s levssm longe demis a anáise innitesimal. Nós, ao contrário, partimos do denonador, que é a marca da riqueza de instantes do fenmeno base da comparação; el é con hecido naturalmente com mais nura utentamos, co fio, que seria absurdo ter menos nura no apareo d diço qu o fôno mdir. Com bs nisso, perguaos enão quanas ezes, a sse fnôo n ene escnddo, orspod u azaço d u fôo s do; os êxios do sincoiso nos do, em, o umrado d frço As dus frçõs ssi onsiuídas podem r o so o Ms o so osrías d mesm i. os o objo ái o os êios, o sá nssáio qu u srioso so q o compsso fora e acima dos do is rimos comprados? No rs palaras, não é de temer, dinosão, que sua análise uilize aiamnt a paavra enquanto, qu oê não pronuniou? Tod a dicudade da tese roupneliana está com efeito, em eviar as pars rds da psoog usul d durção Ms, aid u z, s quisros exerciaros m diço do do fôno ro snts pra o fômno pob sans o oador pa o do o o rso, rbos 4
O INSTANTE
qe e pode precindir no ó da palavas e sscita a idei de draço o qe eria apena cesso veal as en da ideia da própia draço o qe prova qe nee donio no qal rein ava coo enhora ea ó pode se epregada coo er v a Ma para aior clareza traceos esqea da coresp ondência; depois oe ee esea façaos as das leitas, ael e li ngage e dação e ela e lingage e intates, smpr prmnc1do, pr ss dupl lir, n s ro nln. Sponhao e o fenôeno acroscópico eja epeentado pela pieia inha de pontos: 1) Coocamo ee ponto em no preocparo co o inteao porqe paa nó no é aí qe a draço asme e entido o eu eqea vito qe paa nó o inteao contíno é o nada e o nada naturalente no te ai copriento" qe draço. Sponhao e o fenôeno ais naente escandido seja eesetado sepe co as esas essalvas pela segda linh e ontos: 2)
Copaeos o dois eqea Se leos à aneia o patiáios do contíno de cia p aa baixo leitra ropneiana poré diremo qe eqato o fenôeno 1 e produz a vez o fenôeno 2 e prodz trê vezes. Apelareos paa dço e doina as séies 45
A INTUIÇO DO INSTANTE
duração a ual ossa palavra enquato assue seio, o al se esclarecrá doúios cada vez ais gsseis, coo aules o o, da ho ra, do dia . . . Se a o conrário leros o incroniso à aeira dos partidários absoluos do desconínuo de baixo para cia direos e, uma vez em cada três, ao eôenos de apariçõe nurosas (eôeos ue so os ais próxios do epo real) correspode u eôeo de epo acroscópico. As uas leiuras so o udo e q uivalees as a prieira é u pouco guraa eais, e a segua esá ais próxi o xo priiivo. Esclareçaos oo pesameo por ua eáora. Na o r sr o uo, há isruos u s cala o frcia, s é falso izr ue sempre há u isruo ocao. O uo é rgulao por u copaso usical iposo pel cadêcia dos isaes. Se pudésseos ouvir todos os isaes a realide, copreeeríaos ue ão é a colcheia ue é ia co ragenos da íia, as é a úia ue repee colcheia. É dessa repeiço ue ace a ipressão de cotiiad. Copreds, pois, ue a riueza rliva e isaes os prepara a espéci eida relaiv o po. Para por fazer a coa exaa e ossa orua eporal, edir, sua o s rpee e ós esos seria preciso viver eeiva oos os iss o Tepo. É ssa oalia u s ori o veriro soro o po soí o, é a oooia rpição s rcorri iprssão a ração vzia , por cosgie, pr. Fo ua o parção uéric com a oalia dos isas, o coio riueza eporal d ua vida ou e eôeo pariculars assuiria, ão, seido absolo, segu o a aeira pel ql ssa riuza é ilizaa, ou, es, sguo a aira pla 46
O I NSTANTE
n ã o al canç sua alização. Mas, coo s bs bsout nos r c usa da, dvos contntanos co blnços ltivos. E i, potnto, qu s pp u concpção d duçãori qu za qu dv pst o sos sviços qu dução xt nsão. Pods v qu lva cont não apnas os ftos, as tb, sobtudo, as ilusõs o qu, psicoogicnt flando, d u a ipotânci dcisiv, poqu vid do s ito ilusão ants d sr pnsnto. Copndos tbm qu nossas ilusõs constants, incssantnt rnco ntdas,á no são ilusão pua e qu, ao dita nosso o, nos apxaos da vdade La Fontain t azão quando nos fala ds ilusõs qu nunc nos ngn o nos n sp". O uo igo ds tics cintc od ntão cont, oo ton gns Silo, on s concii, copltnos, o spíito o coção O qu f1Z o cát ftivo d ução, lg o o d s, o oção o sooço s ho utilizds coo ho nsnto o coo ho iti. A t cu d , vid dsc d viv, o coção sc . É dono u pdo o íso. Sigos o c tiva d nossa indolênci: o átoo iadi xist co fquência, utiliz u gand núro d instants, po não u tiiza todos os instants.Já a clula viva é ais va us sfoços, utiliz sont u fação das possibiidds tpoais qu lh são ntgus plos átoos que constitu. Quan to ao pnsanto, po lpos igus qu l utiliz a vid . Tês ltagns tvs das quis uito poucos instnts vê à consciênci! Sntio ntão u udo sofiento qundo saos em busc dos insta1es perdidos. boo qls hos cs qu s c o coo o i o o inos Pc o, s sinos d ição cuj bt não cont o 47
A INTUIÇO DO INSTANTE
que todas elas conta, porue cada qual te u eco e nossa ala desperta E essa lebnça de legra é já u orso quando coparaos, a essas horas de vda total, as horas ntelectuamente lentas porque reatvaente pobres, as horas orts poqu e vazias vazas de desígno, coo diza Carlyle do fundo de sua tristeza , as horas hosts nteráveis poque nada do E sohamos co ua hora divina que daia tudo. No a hora plena as a hora competa.A hora que todo os isa do tempo sera utlizados pela :éra, a hora e que todos os i tanes realizados na atéra seriam utlizados pela vida, a oa m u odos os itates vvidos siam sios, amados, pensados A hora, po consguinte, e que a relatividad da consciênca sera apagada, porque a conscênca seria a xat medida do tepo copleto Falmente, o tempo objetivo é o tempo máximo; é aquele que contém todos os nstantes Ele é feito do conjunto denso dos ao do Cido. v
Ri go exia o caá veoia da duraço, nica o faz a iço o mo, em uê uma perspectiva de ia apacidos pode camase passado, e quê uma pesciv e sa ode chamarse futuro. Se udmos compeender a signicação priordial da iuiço posta por Roupnel, deveos estar protos para admitir qu o passado e o futuro coo a duração correspondem a impessões esscalmete segundas e idietas. Passado ftuo o tocam a ência do s, e muito mo a essência imeia do Temo. aa Roel, covm eeti, o Tempo é o , é o ia u m oa a caga teo 48
O INSTANTE
al . O passdo é ão vazio uano o fuuro. O fuuro sá o r al ua no o pssado O insan não oé u u duço o ro uano ipl u u forç forçaa u sio s io ou o o o o E su sio, não ipl dua s f fs, s, é ii i ioo únio. úni o. Por is is u u in ã o duas mos a ssência, não nconraros l riz u ulidad sucin ncssária para pnsar ua dirção Aliás liás uand ua ndoo se qur q ur,, sob a i nspiração nspiração d Roupnl, Roupn l, xi xi ars ars na mdação do I nsan, percbs percbs u u o prsn prsn ão rncon onr rar ar our ou ro; o; passa, porue só se sai d um insne para rnc a consciência consci ência é consciência con sciência do insan, e a consciência consciên cia do isante é consci ência duas fórula fórulass ão vizinas vizinas u nos n os olocam na ais próxia ds rcípr rcíprocs ocs ara a ra ua u a assiilação da cosiênci pura d ridade pora. Ua vz crad nu nu diação soiái, soiái , a osiêi os iêi a iobi i obii i do insn isolado. r rado ado no isolno do isan isan u o po po É rcb cb u u oog o og ida ida pobr, ss pur. p ur. Essa Essa o o oeidad do insan, d rso, nad prova onr a anisoropi qu qu r rsul sul dos agrupamnos ue pr pr rnco n conr nr a idividulidad ds duraçõs, ão b assinald po Bgso Nouras Nouras palavr palavrs, s, coo o próprio próprio i nsan nsan nada á u u os pera pera posular po sular uma urção, urção, pois j á nnão ão á á n nda da u poss poss xplicr idiaan a rzão rzão d ossa ossa xpriênci u, u, no no ano, a no, é ral ral dauilo u chaaos chaaos d passdo fuu fuuo cupr cu prno noss nar nar consruir co nsruir a prspciva prspciva dos dos insans insa ns u u signa ns o pssdo o fuuro. Oa, undo s scu sc u sinfoni sinfoni os is i ss, s, sns s ns s frss u or, as fss u ob são rrsas di di ço ç o o o ssado ssado.. Ms ss fu fu g pa pa o pssdo, pssdo , lo fo o so s u ri s é o iv. U io xius liv livn n o o i i sif si foi o i o o 49
A INTUIÇO DO INSTANTE
tinua tin ua Poderíamos Poderíamos representar epresentar bastnte bastnte bem esse decréscimo relatio pelo seguinte esuema:
Três por ci no n o torna-se dois por cico, cico , depois u por i co, depois depo is é o silê ncio de um ente ' e nos deixa deixa , enuanto enu anto em em derredor o mundo continua a ressoar Co m esse esu esuema, ema, compreendese compreendese o u e existe de pote ncil e ao a o mesmo tempo reltiv eltivoo no ue chamamos, sem lhe lh e eses pecicr pe cicr os lites de hor h or presente presente Um ritm r itmoo ue ue c ontinua ontin ua i nalterado nalterado é um presente presente ue ue tem uma duração duração;; esse pr p resete ue u e dur du ra compõese co mpõese de múltiplos instantes ue de de u m ponto pon to de ita atiua ati ua, p p esnta per pe rfeita ono onoton tonia ia É de tais monotonias ue são feitos os sentientos duadouros ue determinam a indiidualidad de ua aa partiar A uiaço pode pod e estabelecer estabelec erse se e eio a circunstâcia circunstâcia be diersas diersas Para ue o o ti ti a ar, o dfu dfuto to o so to t o prese presete te e pasdo ; te r ra o o o ação , pado a a o oaç oaçoo ofido ofido É , oi o i,, of ofi i to to eo foto foto a a o oo ção que aeia ao o teo o ofrieo e a recordaço Ceg C egase ase meso a dizer ue u aor peranente, sig sig o de u aa dur du rad adou ourra , é algo dirso dirso de sofri sofrie eto to felicid eli cidad adee e ue ue,, transen transendeno deno a cotr c otradição adição afeti afetia , u ei e io o qu qu dura dura aue a ue u eido ta tas sio io Ua ala ate ex expipimenta me nta ef e fetiame etiamet t soidariedde so idariedde dos instantes i nstantes ree reetidos tidos o o reg regularida ular idad d Ri R iae ae, , u rito uif u ifo oee d in in tes tes uforma a priori de siatia. U esuea esue a ieo ao iei i eioo equea equ ea nos reprsea reprsea-i io qu q u ae os dia o tos da eid e e 50
O INSTANE
! a ti va de e progreo. O ovido ic ect o eio di a, ae como com o term te rma arrá a fr frae coeç co eç .. Nó péovipéo vielo dia, o o ftro do om como prveo o ft e rjória ri a oltam olt amo o toda t oda a a oa oa força força para p ara o f f tr t ro i ei e io, o, e é esa es a tenão te não qe q e az noa dr d ração a a al. a l. Coo i i G ya , é oa iteção qe ordea veraeiramete o ftro coo erp ectiv tivaa da qal q al omo om o o centr cen tr de pro proj eção eçã o " É precio precio ee p erpec ej ej a r, é pr p reci ec ioo qe q errer, é preci precio o ee e ede derr a ão e cam c ama a criar o ftro. O ftro ão é aquilo qe vem em noss dr, ma aq et o o c: c: aq lo em dire direçã çãoo ao qa q all nos dirgim dirgimos."K os."K O eto ce o o f f etão e tão icio ic io o póio eee eee Ai, coío o o o coo o o H á aqi aq i ma ma persisênci persisê nciaa etafórica etafórica qe q e teremo teremo de ecar e carec ecr r RR conheceremo etão qe a embraça do pasado e a prevo do ftr ftroo e e fnd fndam am em e m áito á ito E, coo co o o paado ão p de ma erança e o ftro nada mai é qe a pevo, armaremo armaremo qe q e paado pa ado e ftro tro ão apea, apea , o f fo, o, áo á o Ese háito hái to estão lon l ongge de er er imediato e preco precoce ce.. E, E , o aratere qe azem com qe o Tempo no pç ar, co mo aqe a qeles les qe azem azem com c om qe o Tempo e deie dei eie ie egu egu o as perp pe rpectiva ectiva do paado pa ado e do ft ft,, ão ão, a oo o o ver, o o priedae de primeio aspeco. O óofo dve ecotío apoiandoe apoian doe icaente a reaidae reaidae tepor tepor a iedi i edi mee ao Peameto, a reaiae do Instate. Vereo ereo qe q e é e eee poto qe e coa co a o cldae e Silo. M eas eas dicae poe po e pro provi vi d d i i prec preco oce cei idas das do leitor. lei tor. Se egurarmo egurarmo forte fortemete mete a da d a po po ta da correte c orrete q e vao xar, xar, compreede compreed eemo emo el e lo, o, e egi egid d,, o c cadeame adeameto to do arg argmeto me to.. Ei, Ei, portato, porta to, o •
G u yau, op cit.,
p.
33.
51
A INTU IÇO DO INSTANTE
ds conclsões, prentemente contrárias, qe teremos de conciliar: 1) A duaço ão foç i; o to a só xi v-
ia o i ioo, ii o u o o, o . 2) Eno, o é u ug onâi o io os intas e, coo , oers� ia dizer qe l u asao oo s diz u u co tm u voz. Ma s sdo no assa d m hábito presente, e esse estao presen do assado é ainda ma metáora Com eeito, ra nós o bio no eá i nscrio numa matéia, nm espaço. Só po raas hábito todo sonoo qe permanece, ermos crer, essencialmente elativo. O hábito qe, para nó, é ensamno é deiao aéreo para sr egitao, sio ieri a ormr n aéria É u jogo u coiua, ua fas ui que v rcomeça oqu faz a ua sifonia a ua desempnha m pap. Po os é asi q namos soiariza, pelo hbito, o aao o fuuo. Nau, o ao o futuro, o io é no sóo. E o oi aa o ã o ii. O fuuo o aa um rúio, u f uica qu avança é saia. Ua úia f. O Muno ó se proonga or ma curtísima pração. Na sinfoni qe se cria, o t só é ssegrado por ns pouco comassos Hmnamene, a disimetia do pasao do uuo é aica E ós, o passao é uma voz u nconrou o. Dao si uma força ao q já no assa a foma, o melhor, daos ua fo úia à puia foa. Po í, o ao u ão o o ia. Poé o fuu o o u sja noo jo, 52
O I N STANTE
é uma perpectiva em profundidade Não e eddeimente nenhum víncuo ódo com o eal Daí dizeos que ee está no eio de Deu udo iso se eclarecerá, talvez, se p udeos esui o sgu ndo te da losoa upneliana Falos do áo o nel o esuda em prieio lug Se sueeos o d noso exae, foi porque negção solu d el o ssdo é o posuldo teúel qe cupe di cio e vli a diculdde qe á e ssil s ids coes sore o áito. E sua, no cpítulo seguine nos pg reos coo se pode concli psicologi usl o áo co uma tee que não reconece no passado ua ção die e iediata ore o intante presente VI
Todavia, ante de iniciar ee capíulo, podeíos, se al foss noo objeto procurar no doúnio da ciência conteorâne razõe para fortaecer a inuição do tepo desconínuo Ropnel não deixou de taça palelo e e s ese descço oden dos fenônos de ço óes dos qum1ta.� No fundo, a conaildde da enegi tôc fi peg ose ais itéic que geoei . Ess col s expre is co fequêncis qe co uçõs e lg ge e q uantas vezes uplanta pouco a poco linguge e quanto tmpo.
Aliás, o oeno e que escei, Rouel o o p reve toda a extensão que assuia s teses d desconini •
Cf Si/"e, p. 1 2 1
53
A INTUIÇO DO INSTANTE
e eol, i coo fo aee o Co geo o I io Soly, e 1 927 . Se leo té o talo oeo oe a eíic ôica, eeo qe á eição e a o eleeo fea dea etatític. Qe é qe e ee ecee: eét, quanta, go e eegi? Oe coloc a i iiilie? Não é o eot ealiae eol e i e ecoa o eleeo o iliao elo co. Ai, c �ceio etatíico o iaes feco todo cada qa e e ioento e em ideeêcia, é coceíel. Haeia igalente iteeante lelo taça ete o olea a eitêcia oitia o átoo e sa aifetção ee intâea . E ceo aecos, iteetío e e o feôeo e adiação ieo q e o áoo ó xie o oeo e qe . Se ceceao qe e ça e e ei c, eeeo i qe oo o el e coe o ie eeío e ee g ilio ão elocide, a ilõe. Po o lao, otoe a ioâci o i tte o coecieto, feia e o qao á e fági a oje ção, ee eoca, o cáe ito eal o "itelo qe ea oi itante. P coceçõe etístic o teo, o itelo ente oi itte é ea iealo e oilie; qato ai e a e og, aio é a ca ce e qe itate ea teiálo. É ea acetção cace qe lhe mede a grandeza. A duçã vaia a duração p tem oete, então gadea de baiidade. O átoo, qado ei de iai, aa eitêci eegéic e odo e oo i l ão eee i a a eloci e e e eléo ão e eegi ão ecoo oco, ee eo l, oeci qe ele oeia 54
O
INSTANE
r r p ós m longo reposo N verdde, l é apas u bq e d o bndondo; menos ainda, é peas ua ega de jogo tei rm ente orml qe orgniz mers possibl dades A xstê n cia retornrá o átomo com a chnce; notras palavras, o átoo rec eberá o dom de m instante ecundo, as o cbá po cso, como m novidde essenci, de codo co as ls do cálclo ds prbbilddes, porqe é preciso q cdo ou tad o Univrso teh, em tods s ss prtes, ptlha da radad empor porqe o possível é m tentção qe o real spre cb por ceitr Aás, o cso obrig sem vinclr ua cessdad absou t Compreendese, então, qe o tempo que não t ta mnt ua ação al posa cusa a uão ua aço fta. S mits vezes átomo perance ato uato o átoo vizinhos irradiam, a vez d ag tors a as pra esse átomo á tepos adorcido soldo O poo at a probabdd da aço, ão p a ção A duração ão ag à aa d u au" 1 à nei de um acaso. Au ad o princípio de cauli xp -se melhor na linguagem da nueação dos atos qu tw lg eomeria das ações que dum. Mas todas essas pras ctícs stão fora da ps estigação Se sseos desenolvêls dsaíos o to o obj eto visado O u queros p au o fo é pnas ua tarea e lbetação pel itução Coo tço do otíno nos o o rquêc é dubtlt útil nteetar as coisas co ntução s No po o qu s se da foç d o osçõ é o 1"
Uergn , p. cit., p 17 55
A INTU IÇO DO INSTANTE
n trss qu xst ultplicr s ntuçõs dfrnts na bs d loso d ciênc. Nós sos cos surprsos lndo o lvro d Roupnl, co lção d ndpndêc ntutva qu s rcb o s dsvolvr ua ntução dcl. É p la dalétca das ntuçõs qu s pod lnçar ão ds ntuçõs s rsco d sr por las ofuscado. A ntução do tpo dscontínuo toada no aspecto l osóco, ajuda o ltor qu qur s gur, nos s vrdos doos �s cêncas sics, ntrodução ds tss d dscontnudd É o tpo qu é as dcl d pnsar sob forma dscontínua É, pos, a dtação dssa dscontnudad tporal ralzada plo Instante isolado qu nos abrrá os cnhos as drtos par ua pdagog do dscontíuo.
56
CAPITULO 2
O p roblema do hábito e o tem p o descontnuo
Tda alma é ma lodia que covém renoa AlRMÉ
À primer vst, como dcávos, o problem do hábto prece nsolúvel com bse n tese tempor qe cbos de des volver. De fto, egos persstêc rl do pssdo; ostros qe o pssdo stv termete morto qdo o stt novo rmv o rel. E s qe, em cofordde com d qe se costma fzer do hábto, sremos obrgdos rttr o hábit o ess e legdo de m pssdo efto forç qe confere o ser m gr estável sob o er ovente. Podese, pos, recer qe estjos eredd pss. Vos ver como, segudo Ropl co coç esse terro d 57
A IN TUI ÇÃO DO IN STANTE
!, oos ncont s gns is s ntuçõs osócs fcns. O óo Ronl nic o cát su tf : "Cnos go nst o átoo ds s u subtíos o sço o To ti prtio dos dspojos ncos sss os spolios o Tplo . 1 É ue, co fito, o tu go à tbuí o sço contínuo no é nos o o tu ue dsfchmos contr rl tbí à ução, to coo u c ntínuo to. Rounl, o átoo te popieddes espciis d s sot to n tnt qunto t is uícs Nouts , o too no s sbstntc tono u ço q s o gnto o o q fz é ns s xo no sço O lno o átoo só fz ognz ons sos, coo s ognz nstnts solos O sço já no é snão o to u tz nt s forçs e soliri o s. O lhues não g is sob o qui o u o ouo g sobre o gor. O ser u é visto d for está duplmnte blouedo n soldão o instnt o onto. A ss solião sic rdob s crscnt , coo ssos, soidão d consci ênci uno s tnt n o sr o n Coo no r í um fotlcinto s ntuições lbnizins? Lbniz nega solid it ti os ss istibuíos no spço Po outo lo, on stblci suun, no seio c ôn, contnud, rliz l ção u to nsl bsoto o ongo do ul s ilust ft concorânci e tods s ônds. Encontrs Sílo u ngção sulentr, solidridd reta do s 1
Silor, p. 1 2 7 .
58
O PROBLEMA DO HBIO E O TEMPO DESCONNUO
s t o o sr passo. Ms, aina u vz, s ss soii os instants o tpo o é n i , s, o utr o s trmos, no é a uraço u iga iiat nt os insta ts rui os m grupos sguo rtos princípios, tonas a is n ssrio e nuna ostrar oo ua soiaria ã o ireta, o tmpora, se maneta o der o s. E su, tos nontar u prinípio para substuir h ós hroni pstbi. É isso u tn, nosso v, s tss roupianas a spito o hbito. Nosso poba sá nto ostr, io g, q o hábto aina é c onbív, so uno o sos su poio nu psso posulo, fo gui ô, coo itant caz. E sguia tos ot qu ss hbi to, nio agora n intuiço os instants isoos, xpia ao mso tempo a prmaênia o sr su pogsso Ma ants abramos um parêts. S osa posição é ii, a nossos avrsios é, ao contrrio, spatosa aiia.Vjaos, por xpo, coo tuo é simps paa o pnsamo raista, para o panto u "raiz uo. Piiro, o s é a substâna, a substânci qu é o so o, gç s niçõs, o suo s uis o suot o vi. O passo ix u ço n atéia; coo, pois, u xo no psnt; stá, potanto, sp vivo arint. S s fl o g, o fuuo c coo po int o s fc co u éula rba onsv a baç Qu nto o hábo, é suso xpliáo, vsto qu é q xc uo Bs izr u o érb é a rv os sus otos cop n u o háto cso cooco à sosço o s pos sfoços gos O ho fc á, os, 59
A INTU IÇO DO NSTANTE
éia do se, a poo de ogaiza a solidaiedade do assado e do fto. No fdo, qual é a palavra-orça que eslaee oda es sa psiologia ealisa? É a paavra que traduz ua inscrição. Qua do se diz qe o passado o o hábito estão iscios a atéi a tdo está explicado a qestão deixo de existir Deveos ser ais exigentes para conosco Ua isição, a nosso ve, ão expica nda. Formleos iici alene ossas objeções conta a ação terial do instate pesete sobe os isates fos, coo aqeles qe Ô gere seia ssceível de exercer na transssão das foras vitais. Coo obsea Ropnel, é se dúvida uma conveniência de linguagem rticularmente cil investir o germn de todas as romesss qe o indivío relizará e deositar nele o atrimônio reunido dos hábitos qe realizaão no ser suas formas e funções. Mas, quando dizemos que o totl desses hábitos está contido no germen, temos de nos entender qunto ao sentido d expessão, o, antes, qunto ao valor da imgem Nda seria mais erigoso qe igina o germen como m continente cjo conteúdo sei conjunto de riedades. Es ssociação do bstrato e do conceto é imossível e, de esto, não exlica nd2 É crioso aproxiar dessa crítica ua objeção easica
apesetada por Koyré e sa aálise do pesaeto ístio: Gostarímos de insistir, contuo, n concepção do germe que se reencontra oculta ou expressa em toda doutrina organicista. A i ideia do germe é, com efeito u m ysterium. Ela concentra por z
Op c it, p. 34.
60
O PROBL EMA DO H BIO E O TEMPO DESCONTNUO
ass i dizer todas as articularidades do ameto orcista É uma verdadeira uião dos cotrários ou smo do cotraditórios. O ger é oderíamos diz o que ão é El já é o que ainda não é o que aeas será. E o é orque do co tário não oderia vir a sêlo. Não o é porque do cotrário como viria a sêlo? O gee é ao eso teo a matéria que evolui e a potência que a faz evoluir O germe age sobre si mesmo É uma caus sui se não a de seu ser elo eos a de seu desenvovi mento Paece que o etendiento não é caaz de areender es se conceito: o cículo onico vida, ara a lógica linear tras forase ne cessaiaente nu círculo vicioso3 -
A razão dea confuão cheia de conadiçõe ové e dúvida, de e havee unido dua deniçõe difeene da ânci ue deve cone o eo eo o e e o dvi o ntante eal e a duraçãopenameno, o conceo e o conruí o , aa dizêlo melho co Rounel, o conceo e o abao. Se na geação do ee vivo ainda ue e oa conce be u plano noativo não se conegue coeende claaene a ação do inane esent oe o inane fuuo, qão ais prudene e deveia ser uando e otula a inciço de mil acntecieno conuo e aralhado do aado n matéria encrreda de atlizar o tepo desaparecido! E rimeio luga, o que a célula nevoa egiaia ceo aconecieno e não o uo? De aneia ai ecia e não há ua ação noaiva ou eéica oo od o háio conva u ega e ua foa? No fno, é emo dee O aio duaç n ix d l ·'
A . Koy ré, Boclrm, p 1 3 1 . 61
A I NTUIÇAO DO INSTNTE
olong s çõs tois. Qu bneise, u to, ontinui gdu d ção d dscontinu i ço u nci tnt gudi, o longo d duço, o instnte oício p ensce Segndo es, é tnto ddo to se repetindo qe m hito se efoç. Os prtidrios do tempo descontíno são tes impessiondos el novidd dos instntes fcndos u confe o hábito su ebiidde su cci; é sobtudo elo tu do bito u ls gosti d exli sü funço s sistênci, ssi como é o tu do co do violino u dtein o so u se sege O bito só ode utiiz enegi se st s su sgundo u itmo tiul. É tlvez ness sntio u s od intet fóul ounlin: " A ngia não ss u gnd eói ".4 Co fito, l só é utilizl l eói, l é ói u ito P nós, o ábito é, otnto, see u to stituído su novidd; s onsuênis o desenvolvimento dss to são ntegs hbitos subltnos, s dúvid enos ios, s dspende, é eles enegi ói obdcndo tos pieis e os donm. Smuel B uer j obsvv u eói é ftd i ncilnt o dus foçs de cte oosts, d novide d tin, los inidnts ou objtos nos so ou os is filis, ou os enos fis"5 A nosso v, dint desss dus foçs, o se ge is sintéti u ditimnt, d bo gdo deniíos o ábito oo ssiilção otini d u novidde. Ms, o ss noção tin, não stos intduzino u nizção infio, o u nos xoi u sção cíulo vi • Si/o, p. 10. 5 tler, L vie
62
cl
l'1bitudr trad Lrbaud, p 1 4 9
O PROBL EMA DO HB ITO E O TEM PO DESCONT[NUO
c i o s o. Não, pois intervém aqui uma queão d relaividade de p o nt os de vista, e, quando se leva seu exame ao domínio da o ti n , percebee ue el se beneci, mem sorte qe o háb ito s intelectuis mais vos, do impulo forneci o pel novi de dcal dos instantes. Exminese o j ogo o hábito hierr ui za o vese ue u aptião só continu seno ptido se se esfoça p se ultapss, se é u pogso. S o pinit nã o que toca hoje eho ue onte, ele se bnon ábitos mnos ca Se et usente da ob, seu edos ogo peeo o hbito de orrr sob o tedo. É efevente a a ue comanda a mão Cupe, pois, apeende o hbito e seu cesiento para capto e su essêni; ele é si, po eu inreento de ceso, a síntese da novide e d otin, e ess síntese é ealizada pelos instntes fecundo.� Copreendee assi ue a rndes cições cição de u se vivo, po exeplo reeem de início u a téi e lg odo fesc, pópi p cole novide o fé É plv ue ve ob pen e Butle: Qunto en expic coo eno pcel de téi pôe ipe de tant fé ponto e se eve consi ela o eço d Vida ou eteina e que conite ea f, eis u coi iposíve, e tudo ue se pode izer é ue e fé fz pte a essência esa de todas s coiss e não epou sobe nd" 7 Ea é tudo, dio, porue tua no pópio nível da síntee do instante mas, ubstancialente, el é ada, porue petende tnscender a eidade do instnte Ain aui, a Fé é exp ectativa e novidde Nda eno tradicion ue f na vi. O se ue e ofeece à vi, e su ebigez e novie, ' Cf. idem op. c i t . pp 7
Ide m op c i t , p
1 50 1 5
128. 63
A INUIÇO DO INSTANE
etá memo dipoto a tor o preente como u proe de futu A maior da forças é a ingenuidade Roupnel ubnou precisente o estado de recoliento em que se encontr o germe de onde vai air a vida Ele cprendeu tudo quanto hava de libe rdade arada num oço absolu to O germe é, se dúvida, um ser qu m rts asptos ita, que recoeça, ma ó pode recoeçar vrdadeiraente na exuberância de u m início. Iniciar é su verdadeir unço O germen no tra conigo outra coia eno u iníêo de pcrição celu.H Noutra palavra, o geren é o início do hábito d viver. Se leo u continuidde n ppgço de u epécie, é porque no' a leitu é geira; tomao o indivíduos coo testemunha da evoluço, quando el o eus ators Com tod o, Roupnel decarta todo o princípio ais ou en materialita ppoto para asegurar ua continuidde oral do ere io " Pode ter parecido , diz ele, qe cocnos coo se os me não consísse eleentos desconínos. I nvestos o ge d hen dos epos coo se le hovesse sssdo ees Ms deceos de vez po odas qe a eora das parículas representavas nada em a ver com a teoria presente Não é necessro inroduzir no gaeta eleentos que teriam ido constantes legatários do ssdo e eteros atores do f tro Par desepenha o papel que lhe atribuos o gameta não precsa das icelas de Ngeli, das gê1las de Din dos pgens de De Vries, do plasma ermiativo de Weissmnn . Ele se bsta si mesmo só depende de sa subsânc atual , de sua virtude tal e de sa ora, e vive e morre nteiramente como cotemorâneo A eranç que le é articuar, e que ele reco •
:ifoe, p. 33.
64
O PROBLEMA DO HB ITO E O TEMPO D ESCONTNU
h, e não a rcb do sr atal. Foi ele que a construiu o zo apaixonado, como se as camas de amor em que nseu o ovessm despojado d todas a suas servidões funcionis esablcido em s potência orignal restituído às suas icias iniciais')
No fundo, mais ue a continuidade da i, c nuidade do nascimento ue coné exca. É í ue o de medi a edadeia otênc o se. Ess o, emos, o etono à bede o osse, qs e múltias nascidas da odão do se. Mas esse onto aaeceá, taez, co s ceza ue tiemos desenolido, alendonos dos tes do t dscontnuo, nossa teora metasica do hábto. 11
Pra ns de careza, formuemos nossa tese oondoa ie tamente s t realistas. Costumas dize ue o hábito está insrio no sr. A no e, seria melhor ize, eegando a nguagem os geô tras, ue o hábito está exscrito ao ser Primeio o i ndiíduo, na medida em ue comexo, coresponde a uma simultaneidade de ações in stantneas; só eeonta a si memo na orção em ue essas ções smutâ ecomeçam . Eximiamos isso bastante b, t ue um indiíduo, tomado na soma de suas uaidades e e dvir, coresponde a uma hamonia de to tempo D • Op. cit, p. 38.
65
A INTUIÇO DO INSTANTE
fto, é peo itmo que se compreendeá meor ess continuidde do descotíuo que nos cbe go estbeece p eig os piácuos do se e deiner su u nidde. O ritmo tnspõe o siêncio, d mesm sorte que o se transpõe o vzio tempo qe sep os instn tes O ser conna plo hábito, assim como o tempo dura pea densidade regar dos instantes sm drção. É peo menos nesse sendo que interprtamos a tese roupnein: O indivído é a exressão não de ua causa constante as de ua justaosição de lebranças incessantes fxadas ela atéria e cuja li gadura não assa, e própri, de u hábito que se sobreõe a todos os deais. O ser já não é senão u estranho l ugar de ebranças; e quase se oderia dizer que a eranência de que ele se acredita dotado nada ais é que a exressão do hábito a si mesmo. 1
No fudo, coeênci do se não é eit d ineênci ds qiddes e do devir à matéi e é toda hrmônic ére É frági e ive como um sinoni Um hábito prticur é u m itmo sustentdo, no qu todos os tos se epetem igudo com bse extidão seu v o de novidde, ms sem mis pede ese cáte omite de se um ovidde. A diuição do novo pode se tm que às vezes o ábito pode p p o inconsciente Pece que consciêci, tão intens no pimeio esio, se pedeu o se epti nte tos epetições desnecessái. M, o se economiz, novidde se ogi; e invent no tempo m ve ive o espço A vi já cot eg fom u egução tepo o ógo 1
66
Op. cit., p 36.
O PROBLEMA DO HÁBITO E O TEMPO DESCONTNUO
se constó pea fução; e, para que os ós sea pes basta qu e as funções sea ativas e frequetes To eqvae sepre a utiizar u úe crescete os states que Tepo oferece Segundo parece, o átoo que ees se seve e ao núero encontra aí hábitos tão sólidos, tão uaouos, tão regulares q ue acabaos po toar justaente seus hábitos po propieaes. Ass, caactees que são feitos co tepo be utilizao, co nstanes be oeaos, passam por atbos de ua substância . Não aia, pois, ecoa e Silo fólas que parece obscuras paa que hesita e faze esce à atéia as instruçes que ecebeos o exae de nossa via consciente : A oba os Tepos ios esá ieiaete e viiâcia a potêcia e a iobiiae s eees e e a pate é aaa peas povas qe peeche siê e pe a aeço as oisas" 1 1 Poque paa ós, oo paa Rpe, são as coisas qe ais ateço ao Sr, e é a ateçã eas co a ae e apreeer toos os istates que fa sa peaência A matia é, assi, o hábito de sr ais unifoeete eaiao, porqe se foa o es íve a sequêia os istanes Mas vtemos ao poo e paa hábo psoóo porquato aí se ecoa a fote e ossa stção. Dao que os hábitosritos, que copõe a via o espíito como a via da atria , se representa por registros últipos e dferentes temse a ipressão de que se pode encotrar sempe, sob u hábito emero, u hábito ais estáve Este, pois, para caacteriza u indivíuo, ua hiearquia e hábtos Seíaos fac ete tetaos a postua hábito fuaea. Ee coesp eia a esse spes háb e se, o mas fore, o as 1 1
O p. c i t . , p t I .
67
A I NTU IÇO DO I NSTA NTE
oótoo cosg ti o divío do l coscêc, l s, o xmplo, o stm o ço Ms ctmos s ncssáo cosv, p itço tz po Ro, os as possibilias intptço O, o nos pc qu o indivíduo sej tão nitiamnt nio qanto o nsina a losoa scola: no se v fl m d ie m ntid o foa sínts iz lo instane. Os probs sc contmpo os icm msmo c q é tão Pigoso fl d ni o it m átomo ptic. O invo, ql vl q o pos, n mtéi, vi o no psmo, é somtóo bstt vávl hábtos o csos. Coo toos os hábtos cctz o s cso foss cohos ão s vt s oos os ss os o , u m s s o ogê No fo, o o o s so s s sso s so é, ó c D s o s c s t, l é f o fo os háos o so g co tção sc. A gob f, o, çõs sssás ms o os s, os s o os hos. S úv o vío hs cop o ho o ot; ss có é âc os tos s m oos sss tos so o mso poo s voço, é ss ms só s êcs ss, t s, cát, g smhç A v to, coz oss g shos slhos soos, ss os os oss og ft bç oss csão. Ms, o s sos s os osvos s o foos os s oo o osso s 68
O PROB LEMA DO HBITO E O TEMP O DESCONTNUO
Pods sia acca do sido q s v l a irrqia . A vdaia oêcia sá na o o a obdiêci Eis or q rsisios aln à nação rocrar os hábios donntes tr os as inconscientso conrrio, concepção do indivíduo coo somaório igrl dos ios é, alvez, susctível de a ierração cad vz eos sbstncialisa, cd vz ais loge da aéia ais o o sao. Folos o obla a ligag sica l. Q é q od a a oia, q é q l dá vdadia o ovio A loia o o acoaato Não s o da a foça d volção à aia ais ca? Dixo as áfoas falos clao: o sao q co o s. É lo sao obsco o clao, lo q foi codido , sobo, lo q foi djado, a dad ocêcia do ao, q os ss as s aos oo sa aça. Assi, odo s iividual colicado ra a ida que s consii a cosciêcia, a dida q sa voade s a oiza co as foças sbalas e ncona ss squ do dispêndio ecoôco qe é u hbio. Nossas aéias ê a idad d ossos ábios. É o ess viés q asco alisa v aqui iquc a oção ábio. Rol só cocd lga à alia c cos as is sas caçõs. Sia aoal cofi ao f a foça d solicção l, a s q s cusa ao assado a foça l caldad Mas, s qisros siaos fac a iição iira d Ro l sablc, co l, as codiçõs oais o so lao q as coçõ sacais boa a ai o as losoas iba ao aço vlgo xlicação ij usicado , vos ios oblas s asa sob 69
A INTUIÇO DO INSANE
u u s fvoáve. É o cso do so. Co feo, oáve ue no udo d é toda direção privilegiada seja, e últia aálise, u privilégio de propagação. Detre, e noss h póese podeeos dze ue, se um conteceo se popg s depess u ceo exo de u cs, é poue s ses são u dos esse eixo do ue ou dção. e gu odo, se v ce mção dos ses seguo u cdêc pcul, e cesce co ms pde u eção pcu ; e se pese coo ui séie lne de clus, poue o esuo d ppgação de u foç de geção be oogêe. A b é u ábo edo ; é f ss b scoos, foe sodos o A, os coocos de eo e esco s qu o ss descoíuos ligos po hábos ofc, veos que poíos f d cronorpismos ue coespo o vsos os ue cosue o se vvo. É ss ue peo, hpóese oupe, upc e uções ecoecd po Begso . Ele f, e su poo e vs, u eáfo udo evoc u o e qudo scv:No es o úco d dução; podese gi os deees ue, s leos ou s ápdos, o gu de esão ou e exeo ds coscêc e, ss oo, x sus spcvo uges s dos es". 12 eos xee es cos, poé u ge e, duo, ueeo ce, deee e. ofo, e fo, o s, e o gupo os s q fo , p ós, o o po P Bgso, oo o ão pss bção, 12
Berg o n . 1t h\n· ct mémoir, p. 23 1 [ ed b r s . : !atra c mmár Marti Fnes, 26].
70
O PROB LEM A DO HB ITO E O TEMP O DESCONTNUO
com os itervos de "easticidde desigu que u iri f zer ritmos metfóricos. A mutiicidde ds durções é mui to ju stmete evocd, mas e no se exic or essa tese d eastiidade temora Aida uma vez, é à ossa cosciêi qu ce a tarefa de esteder sobre a tea dos isttes um t sucietemete reguar ara dar ao mesmo temo imresso da co tiuidde do ser e da raidez do devr Como i di mos mis dinte, é dirigindo noss consciêci pra um ro jeto mis o u meos racio que encontraremos efetivmete a coerêcia temor fudamet que corresode, r ós, o simpes háito de ser Ess reentin possiiidade de escoa dos istates ia dores, ess ierdade em su liço em ri tmos distitos, fore cem dus rzões muito rriadas r nos fzer eteder a imricço dos devires ds diverss espécies vivs Há muito aos iressiodos o fto e as dift eséis i ais sr oods tto istói quto fio A ode d sussão ds eséis oii o os óo coexistetes u idivíuo tiu A i tu é, o so ver, um istói ou ua esrição: o to o squ qu oiiz, oordção ist, o squ q cev o is rz Nouts v, u úio s tiuar, oodeção o iso s fuções são s us círos de um esmo fto A ord do evi dsd oo o devir de um ordem O que se coode eséie suord nou-se ao temo e vice-versa Um áito é um certa orde de i nstates escohida com se o c ojto dos istates do temo; ee ressoa om u tura dtemiad e o u ti e artiua É um fix áitos que os ert otiu ser utiiidd ossos tritos, eixoos i resso d que já foos so que o déssemos eo71
A INTU IÇO DO INSTANTE
trar em n ós coo raiz substancial senão a realidade qu e o entrega o i nstane presente Do mesmo modo é porque o hábito constitui ua perspeciva de atos que propoos objeto e ns ao nosso uro sse c onvie o hábito a p erseguir o rimo de aos bem ordenados é o udo uma obrigação de naureza quase raona e estétca São, eno menos orças que razõe que nos origam a perseerar no ser É essa coerênca raconal e eséia o rmos speriore o peaeo que orma a hae e a óba do ser. Ea udade deal ofere à ooa ão rao arg de Roupne um poo daqele otimimo raciona meddo e oraj oso que incna o livro em direção aos probemas moais. Somos assim levdos a estudar num novo capítlo a idea de progresso em su relações co a ese do empo desconío.
72
CAPfTULO
A i d ei a d o progresso e a intuição do tempo descontnuo S "o ser qu mais amo tw mudo (viess) m uar qe scolha ele dev faz qal é o rúgio ai prdo, mais inatacávl ais dc l dira para abrar dino no rIÍgio da alma u aiçoa . MAETERLINCK
es, na ese de Roupnel sobre o hábio u dicudde aprene que gosaríamos de elucidar. É por esse esforço de escrecieno que seremos uio nauralmene levados esabelecer um disinção enre easic e rogresso em relação às intuições de Si/o Essa diculdade é seguine: pra penerar odos os senidos da idia d áio é preciso associar dois conc eios que p 73
A I NTU IÇO DO I NSTA NTE
ecem à pimeia vista se contadize: a repeição e o começo. O essa obj eção s e desvaneceá se obseamos ue todo hábio paticula pemanece na dependência desse hábito geal clao e consciente ue é a vontae. Assim sendo, de muito bom gao deniíamos o hábito tomado no sentido pleno po esta fómula ue concilia os dois contáios ue a ctica se apessou em opo: o hábito é a vontade de omeçar a repetr a si meso. Se compeendemos bm teori de Roupnel, não seá necessáio toma o hábito como u m me anismo despovio de ação inovadoa. Haveria contição no termos se disséssemos ue o hábito é uma potência passiva. A repe tição que o cacteiza é uma epetição ue, instuindose constrói . ás, o ue comanda o se são menos as cicunstâncias e cessáis a subsis o e as conções sucie ntes a oge P ssc o se, é ecessia j usa e e oe. Bl o opee itrodução de elemetos ligeiramete ovos em nossa maeira de agir os é vatajosa: o ovo fudese etão com o atigo e isso os ajuda a suportar a mootoia de ossa aão. Mas, se o elemeto ovo os é demasiado estraho a fusão do atigo com o ovo ão se faz ois a Natureza parece ter em igual horr qualquer desvio demasido grade de oss prática ordinária e a ausêcia de qualquer desvio. 1 A
É assm u e o hábio se ona um pogesso. Daí a necess-
ade e eseja o pogesso pa conseva a ecácia o hbito. Em oos os ecomeçs, é esse esejo de pogesso e confee veeo vo o se e esencaea m hábto 1
Btler L vir et l'abitud, rd . Larbaud , p. 1 5 9 .
74
A IDEIA DO PROGRESSO E A INTUIÇO DO TEMPO DESCONTNUO
Sem dúida a ideia do eterno rtorno acdi a Ropnel mas logo em seguida ele compreendeu que essa ideia fecnda e erda d eira não podia ser um absoluto. Renascendo acentaos a vida Porque não ressuscitmos e m vão! . . . O recomeço não é feito d um eterno sempre, perenemente idêntico si mesmo . . . Nossos tos cerebris, nossos pensmentos, são retomdos segundo o rito de hábitos cd vez mis dquiridos e são investidos de deiddes sic sempe ume! Se nos t rm seus contornos uesos, esecicm e piom sus oms e efeitos [ . ) , nossos os úeis e benzejos preenchem, mbém ees, com mc mis rmes pist dos pssos eteros. A cd recomeço, uma rm z ov pss revesir o to e, os esutdos, taz consio, pou co pouco, bundânci desconhecid. Não dizemos que o to é permnene: ee é sempre crescentdo d precisão de sus ori ns e de seus efitos. Vivemos cda vid nov como obr que pass, ms vida e à vid tods as mrcas recentes Cda mis apixonado por seu rior, o to recpi tula suas i ntenções e sus consequências e completa aí o que jamais s consma E as enersiddes cscem em noss obrs e mutiplicmse em nós . Nos dis dos mun dos ntios, quee que nos viu, sensual ari e am dolente, rrsr n terr um ma primitiv nos reconh ceri sob os randes sopros? . . .Viemos de one com nosso sanue tépido. . . e eis que somos ma com as asas e o Pensmnto n Tempestde . . .2
Um destino tão longo prova qe ao retorar eternaente às fontes do ser, encontraos a corage do oo renoada.
75
A INTUIÇÃO DO INSTATE
Mais ue ma doutrina do eterno retorno, a tese roupneli é, pois, uma doutrina do eterno recomeço. Ela representa a ontiuidade da oragem a desontinidade das tetativas, a otinuidade do ideal apesar da ruptura dos atos Todas as vezes ue Beron ala3 de uma ontnuidade ue se prolonga (ontinuidade de nossa vida interior, ontinuidade de um movimeto oluntáio) , podemo traduzir dizendo ue se trata d u m fom desontínua ue se eonstituiTodo poongamento efivo é uma adjunção; toda identidad uma semelhanç . Ronheemonos em noso áte poe imtamos a nós eso poqu oss pesonalidade é, assi, o hábito d nosso pópio noe. É poue nos uniamos em torno de nosso o d oss dignidade es nobeza o pobe ue podo tnspoa p o ftuo unidde de um la. A ópi ezemos sem essa deve melhor, senão o modelo inú til panase e ma, ue não passa de uma persistênia estéti, dissolvese. Paa mônad, naser e renser, omeçr ou reomeç, é spe a msm ação ue é tentad. Porém as oasiões nm spe são s mess, nm todos os reomeçs são sirônio oo os instats o uti � idos e ligdos pelos esos io. Coo ocie so eas sobs de condiçõs, to foç pc o sio dos instat qu f ec o o f c. U oi c q o b if ss coç, e o hbo, oço o co o, po os pogo tod cção do teo. Ai teoi do hábio se onili , em Roupnel, o ngço d ção si il o psso. O Pdo po, ·'
Cf . Bergon, Duré et simultaéité, p. 0
tins Fone, 200].
76
[ed. bras.: Duçã e siultaneidad, M r-
A ID EI A DO PROGRESSO E A INTUIÇO DO TEMPO DESCONTNUO
s dúvida, pessir, as, a nosso v, soene coo son coo valor raional, sont oo conjno e haroniosas soliitaõs m diro ao progrsso le , se se qsr, omínio il d aalizar, as só s aaliza n po poro q obém m êxio O progresso , enão, asseg rado pla pranêna das ondiõs lógicas sicas. ssa losoa da vida d m hsoriador esclareca pe conssão da nildad a hisóra e s, a hsória coo so aório de faos . Há dcro foras hsórcas e poe e ie, as paa sso las ee ecebe a sese o insane ss o vgor os aalos" nós sos aos: a nâi dos os Natalen, Ropnl não sepaa osoa s óa e a osoa a a. E ab au o pesee o o A popóso a gênese s espcies, ee escee : Os tpos qe se consevam o fazem na oç no d se pel hstóco mas de seu papel atual s fomas embon já n o pode m lembr seno be m de l onge a s formas especí adaptadas às antigs condições de v da hstórca A adaptço as reaou já não tem qualidades presentes. So se qusedes dtções desafetas. São os despojos dos qus um apto s pdera, porque são formas de tipos passads a erç de out Sua ntedependênc ta substtu sua ndepndênc bld El têm lo n medd em que se ntul [ ] . 4
Reenconrase, assi, sep a supeac o sene sobre ma aronia pesabelecia e seo iço leibnizana, sobecaega o passo o o so ino •
Si/o, p. 55.
77
A I NTU IÇO DO I NSTA NTE
Por m, so as condiçõs d progrsso qu constitum as razõs mais sóidas mais cornts para nriqucr o sr, e Roupn rsum su argumnto nsta órmua qu tm tanto mais sntido quanto st inscrita na part do livro consagrada ao xam d tss totalmnt bioógicas: "A assimiaço progrdiu à mdida msma qu pgrdia a rproduço .5 O que prsist é smpr o qu s rgnra. 11
Naturalmnt, Roupnl sntiu tudo quanto o hbito, tomado no aspcto psicológico, traz d acilidad ao pgrsso. " A idia d pogrsso , diz l, está logicame nte associda à ideia do recomeço e da repetição O hábito já tem por si só, a signicação de um p rogresso; o ato que ecomeça, peo efito do hábito adquirido, recomeça cm mais rapidez e precisão; os gestos que o executam perdem su ampitude excessiva, sua complicação inútil; ees se simplicam e se encurtam . Os movimentos parasitas desaparecem. O ato reduz o gasto ao estrito necessário à energia suciente ao tempo mínimo. Enquanto o dinamismo melhora e se especica ape feiçoamse a obra e o resultado.1'
Tos sss obsvaçõs são clásscas o bastant p aa que Roupnl dix d i nsistir nlas, mas l acrscnta qu su a apcação à toia a instantanidad do sr compota dicudes. No funo, iculd d ssgu o pogsso acia de u " Op i t. , p 74 ' Op cit p 1 57 78
A I DE IA DO PROGRESSO E I NUIÇO DO TEMPO DESCONTNUO
passado que se demonstrou ineaz é a mesma que aquela om a qua deparamos quando quisemos xar nesse mesmo passado as aízes do hábito. É preiso, porano, voar inessanemene ao esmo ponto e utar ontra a fasa lareza da eáia de um passado aboido, visto que essa eáia é o postulado de nosso aderários. A posição de Roupne é pararmene ana. Postuando essa ecácia, iz ee, somos smpr os crédulos da constant ilusão que nos az ceditar na ralidad d um tempo objtivo e acitr sus pretensos itos. Na vida do ser, dois instants que s sucdm têm etr si a indpndência qu corrspond à indpndência dos dois ritos moculr qu l intrpt. Essa indepndência, que ignoramos qundo s trt d dus situaõs conscutivs, se nos rm quando considrmos fnômnos qu não são imdit mnt consecutivos. Ms então queremos çar à conta d du ão qu os aparta, a indirnç que os spr Na ralidad ud comçamos a reconhcr na duraão ess nrgia dissolvente ssa virtud sprativ, é somnt ntão qu comamos a ze justi à su nturza negativ e às suas capcidads e na Qu seja tomad em dose aca, quer em dose te d uç é sem pe pes um iluso E potênci seu d sep tnt os enômenos de prênci menos csecutios uto s e nos de parênci menos contmporânos Entr enômenos conscu tivos há, pois, passividd e indieen ç. A verdadeir dependência, como mstmos é eita ds sm tria erência nt situaõs homólog. É sobre ss simetris é sobr ssa rrências qu nrgia scup sus atos molda sus gstos. Os vrdadiros parntescos d instan ts sriam pois daptados aos vdadeiros parntscos de situaõs do sr S qui séssemos a todo custo construir um duço contínua, sria sem 79
A INTUIÇO DO INSTANTE
pre ua uração subjetva e os nstantesva referseam aí às séries hoóogas.
Mais um passo parndos dssa homoogia ou dssa simtria dos i nstants agrupados s vai hgar àqua idia d que a durao smpr aprndda indirtamnt só tem oa po seu pogesso É o aperfeçoamento, be fraco sem úv, as ogcaente iegável e que basta paa i toduzir uma dfeencaço do s istte e po conseguinte, para ntrouzr o eeento e ua uaço Mas percebeos ass que essa uração naa as é que a expresso de u pogresso nâico. E então ós, que reuzimos tudo ao diam ismo demos siplesmente que a uraço co tínua se existe, é a expresso do pogesso. 7
Compendese não ue uma esala de peeão possa aplase detant sobe o grupo dos instants runidos po con oopsos avos Por uma stranha ríproa é poue exse u progresso no sendo eséo, oal ou elgoso ue oe se aa coo ea a aa o Tepo Os nsanes são nos poue so unos E não são eunos e vue as lebnç e poe auaza, as peo fao e ee e ecen u ovae epoa onveneneene aap o o e u pogeso. M no pbemas as sples ou as splos ue eo se econeeá, alvez, essa euação ene a uaço p e o pogesso; í ue se copeeneá eo a nece 7
Op. c i t . , p. 15.
80
A IDEI A DO PROGR ESSO E A INTUIÇO DO TEMPO DESCONTNUO
ae e ce a coa o epo u alo eecl e enoaço O epo só ura inenando Co o e sipicar o ao eporal, Bergo abém pare ua meoia; mas, e ez e sbha ue uma meodia só e sento pea diversade e seus sons, e vz e reconhecer ue o própro so possu a a vera, el ea, eano essa ersae enr o son e o eo meso u o, morar ue no e chega à unoae Noutras paavras, remoenose a maér sensí o o, enconrarsea a unorae o tempo namea A oso e, por ese caho ó se chega à uoae o aa Se exaao u o que eja o uo ojemee ao poe, eo u ee o uo o é foe jeame É poel ae u coo ee o o a excaço e o o seaço. À eo expeiêca ecoecereo u a pecepço o o o é u pes oaóo as brações não poem r u pape ênco porue não ê o eo uga a a poo qu u o pologao e araço e ora ua eraera orua, coo obeou aee Ocae Mirbea Deparaaos co a ma ca o uoe oo o oos, poue a peço pura e ple e eeo iares o uo orgâco e o uno orgâico Ea repetço emaao unioe é u prcpo e rpura para a aéra ma ura, ue acaba por se ubrar sob ceos eoço co ooos Logo, coo e poera, seguo a pcologa a eço acúca, a co eo e ua "couaço aquo que precee aqulo u e egue a "raço upa, ulplcaa e eae , e e ua "uceo se eaço , qo baa poogar o o a puo pa que el u e cáe? , eo e oa o o que, por eu pologameo, e oa ua o, e 81
A INTUIÇO DO INSTANTE
conhecendo no so se valo sical, deveos aditir qe n plongaento edido ele se renova e canta! Qanto ais se atenta na sensaão aparenteente nifore, ais ela se iversica. É vedadeiraente ser vítia de a abstaão iagina a editaão qe sipliqe dado sensível. A sensaço é vaiedae, é a única eóia qe nifoiza. Ente Beon e nós há sepe, ptanto, a esa ifeença de étodo; ele toa o tepo chei o de contecientos no eso nvel da consciência dos acontecientos� epois spie gaativaente os acontecientos, o a consciência eles; e che gaia ento, ee aceita, ao tepo se acontecientos, o à conscênci a daço pa. Nós, ao contáio, só sabeos sent o tepo utiplicando os instantes conscientes. Se nossa indolência distende nossa editação, se dúvida pode resta ainda u núeo sciente de instantes eniqecidos pela vida dos sentidos e da cane, paa qe conserveos o sentiento ais o enos vago e qe daos; as, se qiseros esclarece t sentiento, de nossa parte só encontareos esse esclareciento na ltiplicaão de pensaentos A consciência do tepo é sepre, para nós, a consciência da tilizaão dos instantes, é sepe ativa, nnca passiva e sa, a consciência de nossa duao a consciência de progresso de nosso se ntio, seja esse pgesso efetivo, itado o, ainda, siplesente sonhado O co plexo assi oganizado n pogesso é, ento, ais clao e ais sipes; o ito be enovado, is coeente qe a epetio pra e sipes. Adeais, se c hegaos e segida por a constrão lógica à niformidade e nossa editaão, parecenos qe isso seá ais a conquista, pois encontaeos essa nifoidade nua odeação dos instantes ciadoes, n daqeles pensaentos geais e fecndos, po exeplo, qe tê sob sua ependência il pensaentos -
82
A I EI A DO PROGRES SO E A INTUIÇO DO TEMPO DESCONTNUO
oenaos A uação , pois, ua iqueza não a enconao po absação. Sua aa consua colocanose u aás o ou sepe se que se oque os insanes conceos, icos de noviae consciene e be eia. A coerência a uaão é a cooenaão e u oo e eniquecieno Só se pode falar de uma uiformiade pura e siples nu uno de absaões, numa escião do nada Não é do lado a sipliciade que se eve passa ao liie, o lao a iqueza A única uração unifoe eal , a nosso ve, ua uação unifoeene vaiaa, ua uação pogessiva. 111
Nese pono e nossa eposição, se nos peisse paa assinala co ua eiquea losóca aicional a ouina epoal e Roupnel, iíaos que essa ouina coespone a u o fenoenisos ais nios que se conhece. Seia, co efeio, caaceizála uio al ize que, coo subsncia, s o epo cona para Roupnel, poque o epo sepe oao siulaneaene, e Sil coo subsância e coo aribu o. Explicase, eão, essa curiosa riae sem subsância que faz co que duração, hábito e progresso eseja e peptua roca e efeios Quano se copreene essa perfeia equação os ês fenôenos funaenais o evi, pecebese que seia injuso levana aqui ua acusação e cculo vicioso Se úvia se passeos as inuições couns, objeaíaos facilene que a uação não poe eplica o pogresso, poue ese, pa se esenvolve, eue a uação; e objeaaos aina ue o hbio não poe ualiza o passao, poque o se não e coo conservar u passao inaivo Po a oe scusiva naa pova cona a uniae inuia que se esclaece quano se eia Sl. Não se aa, co efeo, e classica ealia 83
A N UÇ O DO IN SANTE
s, mas azr nnr os ômnos rconsrinoos e múliplas maniras. Como ralia, só is ma o insane Dração, hbio progrsso são apnas agrpamn os nsans, são os mais simpls dos nômnos o mpo. Nnhm sss nômnos mporais po r m priviégio onológico Estamos livrs portanto para lr sa ração nas as irçõs para prcorrr o círclo q os liga nos ois snidos . A síns masica o progrsso d ração lva Roupnl no m o lvro a garanir a Prição inscrvnoa no próprio âmago a D vina q nos ispsa o Tmpo. Por longo tmpo, Ropnl prmanc com ma ama xpcan. Mas ssa própria pcaiva parc q Ropnl az m conhcimno. Nma órmla srprnn hmla inlcal, ele nos nca qe a ranscnênca Dus se mola sob a anênca e nosso sj o O incognoscível já não sá foa nossas epcavas ano prcebmo, s não a caua ue o epca, ao eno a orma e q el se esva". Noo sj os, nossas speranças nosso amor snharam, porano d ora o Sr sprmo. . . z passa, não, a razão ao coração: O Amor! Qe otra palavra poria propicar um invólcro vrbal aapao nossas spirialas no ínmo acoro q compõ a naeza as coisas ao rimo grav e granioso q realiza oo o Univrso?9 Sim no no msmo o Tmpo para q os instans açam a ração, para q a dração aça o progrsso, cmpr inscrvr o Amor. . . Qano lmos ssas pginas amorosas sntmos o pota novamn m marcha rmo à one ínma misrosa sa própria Sloé . . . •
Op. ci ., p. 172
Op. ci t. , p. 1 6 2 . 84
A I DE lA DO PROG RESSO E A INTUIÇO DO TEMP O DESCONTNUO
Qe c u sig, ois, se anhoVisto nos se e do tia o o o e e nosso esíito aju s az, indiueos então e, e nossa ate, é ants m dieço a m esfoço no a enontamos o aáte aiona do Ao qe prossegui os nosso sonho A nosso ve, os ainhos do rogsso íntimo são os aminhos d ógi e das leis geis As gnes einiscênis e u m, ues e dão a ua l sentio e onie, ecebese i ue estão e vis e tonse cinais Só se ode cho o ito teo se e é cion ho a. É então a azão estoia e onsola o oção se h e edi o olvio. No rópio amo, o singula é see eeno, pmane anormal isolado não ode toa lg no ito rgla onstitui m hábito sentimental. Podese olo, m tono de sas lembanças e amo, too atiul e se quise, a sbe iiteios ou o ot oido, a noite outon ou ao e io. O oção sineo é see o eso. en oe md, s o to é see o eso. legi e , e s noie essenci, oe s eene e i. Ms, ieno e su ounie, nós ieos s siicie. Os cinhos isez o s o eos eges Qun u eu seu iso eno su fu uno o esino, fechno o io uente, ôs teo à eita, econheceos n ecodção, sob s ições d sde, o e tão co, t ies to ge o sofien to hano. À bei o úuo, Gyu dizi ind u eso e ósofo: A felicidade mas doce é aquela qe se esper ".
ós esos e esneos, eoco 85
A I NTUIÇO DO I NSTA NTE
A felicidade mais pura, aqela qe se perde.
Sm dúvida nssa piniã é uma piniã d ós, trá nta si tda a inia ds manistas. as nã pdmos subtrairns à imprssã d qu a iquza ds aats singu ars, muitas vzs h tóits situa rman numa atos ra d raism ingênu i qu nã é, m útima anis senão uma orma primtiva d sigia.A ntrri, de nsso onto de vista, a aixão será tanto mais iada m sus eeits quanto mais simpes mais ógia r em seus rincíis Uma antasia nunca tem duraçã suiente para ttaizar as pssibiidades d ser sentimental. Ea nã é prisamnt snã uma ossibiidade, uando muito uma tntativa, um ritmo suocado o contrário, um amr rofundo é uma crdenaçã d todas as ossibiidades do ser, ois é essenciamente uma reerência ao ser, um idea de harmonia temora m que presente es tá incssantemnte ouado em rarar uturo. É ao mes mo temo uma duração, um hábito e um ogresso. Para rtacer u cração, é preciso dupiar a aixão ea mor, encontar a razões gerais de amar. É então ue se com reende o acance metasico das teses que vão buscar na sima ta, no zelo, a força mesma da coordenação temora. É orue se ama e se sore ue o temo se ong em nós e dura. Meio sécuo antes das teses hoje céebres, Guyau já reconhecera ue a memória e a simatia tm [ . . .] no fundo a mesma origem ". 1 Ele mostrara ue o Temo é essenciamente afetivo: A ideia de assado e futuo", dizia ele com ofundidade, não é somente a conçã necessária de todo soimento mor; é, de certo onto de vista, o rincíio" . 1 1 Fazeos nosso temo como nosso 1"
Gu yau, L genrse de l'idée du temps, p. 80.
1 1
Idem, op. c i t . , p 82
6
A ID EI A DO PROGRE SSO E A INUIÇÃO DO TEMPO DESCONTNUO
esaço ea sies eouação ue eos co osso o e pelo esej o e nossa ópia expansão. É assi ue osso se, em nosso oação e em nossa rzão oesponde ao Uni veso e eivinia a Eternidade Como z Roupnel, numa fase que estabeeeos em sua edação primiva: Está í o gênio mesmo de nossa am ávida de um espço sem m fmnta e uma duação sem limite, sedena de I dea, peseida pelo In nito, ua via é a inuietue e u m pepétuo ahues e uja natueza é apenas o ongo tomento de ua expansão e ireção todo o Universo. Assim , peo pópio fato d e vivemos, eo óio fao e mamos e de sofemos, esaos insitos nos aminhos o univesal e do permanente Se nosso ao se evea po vezes sem foça, é uase sempe poque soos vítias o ealiso de nossa paixão. Ligamos nosso amo a nosso nome, uano ee é verdade gea de um alma não ueemos lig, num onunto oeente e aiona, a ivesidade de nossos esej os, pounto ees só são eazes uano se ompeam e se eveza. Se tivéssemos a sabedoia e esuta em nós mesmos a hamonia do p ossível, reoneeamos que os l ritmos dos intantes trzem nós eidades tão exatmente ompementaes ue devemos ompreende o áte nlmente aionl das does e ds legias oloadas na fonte o Se U sofimento esá sempe igado a uma edenção; uma aegia, a u esfoço inteleua . Tuo se eoba e nós esos uano ueeos toa posse e oas as ossibiiaes a uação Se aais" di z Maeteink, não é esse amor que az prte e vosso destio ; é a cosciênci de vós mesmo que tereis ecotrado o udo desse amor que modifcará vossa vida . Se lguém vos trai, ão é a traiço que im87
INTUIÇAO DO INSTNTE
porta; o ue importa é o perdão ue ela fez nascer em oss alma, e a natureza mais ou menos geral, mais ou menos eleada, mais ou menos reetid desse perdão é que volrá vossa existên cia para o lado aprazíve e mais claro do destino em ue ereis melhor do ue se esse alguém os tivesse permanecido el. Mas e a traição não aumentou a simplicidade, a conança mais alta a extensão do amor, tereis sdo traído in utilmente e podereis dier a vós mesmo que na aconteceu 1 2
Como dizer melhor que o ser só pode consevar do pssdo aquilo que serve seu progresso, aquilo que pode entrar num sistema racional de simpatia ato? Só dura o que tem razões para durar A duração é , assim, o primeiro enômeno do princpio da razão sufciente para a ligação dos i nstantes Em ou tras palavras, nas orças do mundo há apenas um princípio de continuidde: é permnênci ds condições rcionis, das condições de sucesso orl e esético. Esss condições comand tno o corção como o esprito São elas que determinam a soidariedade dos instns e progressão A durção ntim é sempre sbedori O que coorden o undo não são as orçs do pssdo, é a harmoni toda em ensão que o mundo vi relizr. Podese flr de u hroni preesbeecid, s no se pode rr de um hroni preesbeecid ns coiss só ex te ção por uma harmonia preesbelecida na razão Toda orç do tempo se condens no instne inoador em que vista se descerr, junto à fonte de Siloé, ao toque de um divino redentor qu e nos dá , nu eso gesto, legria e a razão, e o eio de ser eerno por i d ere e bonde 12
88
M trlinck S�grss destié, p. 27 [ed bras : A bdMl mnto, d .]
I' "
dcti<• Pensa-
Conclu são
O sr ntrg à razã nn tra rças n a sidã. Traz m si mesm s mis d ss rmçs Tm pr si a trnidade o vrdadir, sm tr narg a garda da xpri nia passda. É j stamnt q Jan Géhnn dizia ( Caliban par/e) : "A azo, ssa strangia sm mmória e sm hranç, q stri smpr qe tdo çasse", prqe é eeivmene pe zão e uo poe ecmeçr O csso não pss e um p negiv, o fcss é sempe expeimen. No dono azã, bast cparar dis temas bss pa qe sbenh a lreza da eviência. Então, om antigo mal cmpeendid, fazse ma nvidde ecnda. S há m eerno trn qe sstent mnd, é o eno etorn zã Não é nessa inni aiona qe Ropne pra os cnhos da rdnçã d se Ee encontr n Arte m meio is ieamene po os pincípos esos d crição . E pgins qe se dirigem o pópio núcleo in ição estétic, 89
A NTUIÇO DO NSTANTE
ele nos econdz a esse fesco da alma e dos sentidos qe e nova a foça oética. É a rt qu nos ibrta a rotina itrria artística [ . . ) . a nos cura a faiga socia a aa roça a prcpção gasta. Rsttu à xprssão avitaa o sntio ativo a prsntação rista. R conu a vra à sensação a pbia à oção. nsina-nos a ançr o e nossos sntos nossa aa coo s nad n lhes houvesse depravado o vigor o arrunao a carivê c. Ensna-os a vr a escutr o Un ivrso como se só agr t véssemos ele s e súbta rvação Reconuz a ossos olh res grç um Natura qu sprta Dvov-os as horas ecan toras a anh priitiva banha criaçõs novas vov-nos, por assi ir, o ho aviao qu ouviu nas cr as vozes n Ntura qu assistiu à aparição o raento iant qu o Cu s u coo u Dsconhcio 1
Ainda ma vez, poém, se a Ate, como a Razão, é solidão, eis qe a Solidão é a ória At. Após o sfrimto, somos etges à altiva solidão de nosso coração [ . ] então, nossa alma, qe ome sas coentes infames, tona a enta em se temo seutado". E Ronel contina: A Art é a scuta ssa vo ntrior. Ea nos tra o uúrio n trrao. É a vo a consciência sobrnatura qu habita ós no funo nnável e perpétuo. nos rconu ao sto pr morda de osso Ser e ao Lugar enso no qua stamos no U verso tr Noss prc servel ssu aí su grau un ver sl e nos ntrg a autorie qu a té. Trunfano sobre 1
Siloe, p. 1 6 .
90
CONCLUSÃO
todos s tmas dscontínuos qu spar S cmp Inií é o sns Harmonia qu ns si i rit undo nos ol o Infnito qu nos chm. Entã u nós s az prtícip do ritmo absolut m qu s desnl o nômno colto do Mun Assi, m nss âmao, tuo s odena nas supeas deões, tdo se clara sob as cliiêncas ínias As luzes ssue sncado mnsio As lins esvolvem a ra d uma associão mistios com os acrs infnitos Os sons dsnolm sa mloi na via i ntri ond cant too o Univers Um mor mnt uma simpti univrsal nos busca o corção qur lirns à alm qu m toas as cisas O n irs qu assum su lza é o irso qu assu su sni; as imgens susas qu lh mpstarmos d c bsolt qu rg o istéri. 2 Este, nosso ve, n aiz dess edenção contepltv, u foç que nos pemte ceitar nm único to, a vida com todas s sus contrdições íntis Colocando o nada absoluto nas ds gens do instnte, Roupnel devi se le do u intensidde e consciênci tnh que tod ige e um destin o e, po m clrão súbito, legível no pópio to d o es pírito A cus p ofund d melanoia oupnelina igse tlvez est necessidde metsia: devemse manter nm meso pensento o pes e espenç . Síntese sentientl dos contáios, eis o instnte vivido Soos cpzes, liás, de gi o eixo sentientl do tepo e de deposit a espernça n ecodção cujo fesco, e so evi ós estituíos . Po ou to ldo, podeos se esecjos o contep o futu Op. c i t . , p. 198. 91
A INTU IÇO DO INSTANTE
o, oe em cetos momentos, no áice da idade, o exemo, e cebemos e já não odemos deixa aa aanhã ga de nossas esenças. A mga d id é o desgosto de não ode esera, de já não ovi os itmos qe nos exotam a toc nossa ate na sinonia do dei. É então e "lamentação isonha nos aconseh conida a Morte e a aceita como cnção e acenta os itmos monótonos da Maté . É nessa atmosea metasica e nos aaz sita Sloe; é com ess inteetação esso e gostamos•üe e ess oba estnha. Ela nos aa, então na oça e na tristeza oqe ea é edade e coragem Nssa obra amarga e terna com eeito, a ale gia é seme ma conista; a bondade ltrapassa po sistema consciência do mal ore a consciência do a é já o desej o da edenção. O otimismo é vontde mesmo ndo o es siismo é conhecimento cao. Esntoso iiégio da intii de ! O coção hmano edadeiamente a maio otênc de coeência s ides contáis. Lendo Siloe, ecebemos bem e tazíamos, o nosso comentáio, m inhão de esadas contdições; ms simatia não tada, co a ob, nos eot a te connç nas ições ue tios e nossos óios eos. Eis o e Sloe é m beo li hmno Ee não ensn, ee eoca . Oba da soidão, é m eit soitáios. Reencontamos o io como nos eencontramos o eenta e nós mesmos. Se o contadizeos, ele nos esonde. Se o segimos, ee nos dá imlso. Ma o fechamos e já enasce o desejo de eabio. Ma se cao e m ec o já acoda na ama e o comeende.
92
NEXO
lnstante p oético e instante metafsico*
A poesia é um a metafsica instanânea. Nu curto poem a, la
deve dar uma visão do u niverso e o segrdo de ua alma, um ser e objeos, udo ao meso epo Se segue simplesene o empo da vida, ela é nos que esta; só pode ser ais que vida imobilizando-a, viendo no próprio lugar a dialéica das alegrias das dores Ela é , então, o princípio de ua simul neidde essncial em que o ser ais disprso, is desunido conquis su unidade Enquno ods as deais xperiêncis afsicas são pr parads inerinávis prólogos, posi recusa os prâ*
Este texto d Bachelard, aprenado na dição frncea como complmento A iutiço do insaure o orgnalmnt pu blcado na rv Mcags: Mtaph ysiq c H•ésic, nY 2, 1, e plon a medtao do autor obre a questo do tmpo.
93
A I NTUÇO DO NSTA NTE
bls, os p inípios, os métoos, as poas Resa a úia Qano muito, ela tem neessiae e um pelúio e silênio Pimei, valenose e paavs oas, ea az alar a psa u os tinaos qe eixariam na ama do eito uma o ntinui ae e pensamento ou e mumúrio Depois, após as sonoiaes vazias, ela proz seu instante É pa onstruir um i nstante omplexo, para atar, nesse instante, simtaneiaes nmesas, e o poeta estói a ontinidae simples o tempo enaeao Em too poema veraeiro, po ems, então, enonta os elementos e m tempo inteompio, e m tempo e não sege a ei e m tempo e amaemos e vertal paa istingilo e tempo omm e foge oizontalmente co ága o io com o ento e pssa. D o paoo e cpe ennia laamente: enanto o tempo a posóia é oizontal o tempo a poesia é etial A posóia oganiza penas sonoiaes scessias, egla canias, mnista m petos e emoções po ezes, infelizmente, e moo inopotno ceitno as onseênias o instante poétio, a posóia pe mie hega à posa, o pensamento expliao, aos amoes iios, à via social, à via omm, à ia esoegaia, inea, contín Ms toas as egs posóis não pssam e meios, e elhos meios A et é verticaldd, a pofniae o a t é o insne estbiio e e s sineies o ennose po e o insnte poético e pespec i esic O i nsnt poéico pono é necesiente copeo ee comoe ele po coni, consol , é espntoso e fili Essenialente, o insante poético é elço mônic e ois contáios No i nstnte piono o poet, á sempe poco e o; na ec cion es sepe poo e pio s ntese cessis g o pot Ms p 94
INSTANTE POTICO E INSTANTE METAFSICO
o encan meno, par o êxase, é preciso qu s tí t traiam e abivalência Srge então o insan p oéic o. . . Qu do menos, o insane poético é a conscincia de a abilcia. Mas el é ais, porue é uma ambivalência excitada, i, dinâmica. O insane poético obriga o ser a valorizar ou a desvaoiza No i nsante poétio o se sobe o dese, sem aei o tempo do mundo, que reduziria a ambivalênci à antíese, o simtâneo ao sessivo Veriarems amente essa reação da antítese om a am bivania se qisermos omnianos om o poeta , qe, evi dentemente, vive em m instante os dois temos de sas aníeses O segndo temo não é evoado peo pimeio. Os dois eos nasce junos Enoneos, não, os veios insanes poéios de m poema em todos os pontos nos uais o oação hmano pode invee as antíeses Mais intiivaen te, a abivaêni be aad evelase po seu aáe epo : e vez do epo suino e inépio ue ee u b, e vez do epo uo e subisso ue si ho, eis o insane andógino O séio poéio é ma andogin 11
Mas será qe também é empo esse paismo de aonteien tos onaditóios eneados nm só insane? Seá e é e po oda ess pespetiva veia qe se poj ea sobe o instane poétio? Sim, poqe as simaneidades amadas são simtaneidades ordenadas. Eas onfeem a diensão ao insane, poqe lhe dão ma ode inen O, o epo é o de, e nad ais e ua ode E od ode é u epo. A od s bivêns no insne é, poo, u po. E é ess epo veica ue o poea desob ndo ec 95
A I NTU IÇO DO I N STA NE
sa o tmpo horizonta, o sa, o dvir dos otros, o vir da vida, o dvir do mndo Eis, portanto, as trs ordns d p rinias sssivas q dsaorrntam o sr nadao n o tmo horizontal : 1 ) habitars a não rfrir o tmpo óprio ao tmpo dos o-
tos rompr os ontxtos soiais da dração; 2) habitars a não rfrir o tmpo próprio ao tmpo das oisas romp os ontxtos fnomnios da dação; 3) habitars dro xríio a não rfrir o tmpo róprio ao tmpo da vida; não mais sabr s o oação bat, se a agria avança romp os ontxtos vitais da dação. Somnt ntão s aança a rfrnia atossinrônia no ntro d si msmo, sm a via priféria. D rpnte toda a hoizontaia ana se dsfaz. O tmo á não oe. l joa. 111
Para onserva, o, ants, aa enconta esse nstante oético estabilizo, oetas há, omo Malaé, que bta ietaente o teo hoizonal, qe invete a sine, que nteomem o sviam as onsqênias do instante oétco A sódias omiadas õm sixos no riaho paa q as onas pvizm as imagns teis, para q os demoinhos dsfaça os rxos Lndo Maarmé, tms om qnia a snsação d m tmo rorrnt q vm ôr trmo a intantes ios. Vivmos, ntão, rtaataiamnt os instants qe evaos tr vivido sensação tanto mais estanha qano não atii nenh es, e nenh andimnto, e nenhua nostalgia. la é feita simesnte m tempo rbalhado qe sabe 96
NSTANTE POTCO E NSTANTE METAFISCO
por vzs colocar o o ants da voz a rsa ans do con sntimnto. Otr O tros os poetas po etas mais lizs lizs prd prdm m natr n atram amt t o i ns tate stabilzado. Bdelair Bdelair vê como os hinss h inss a ho horra no no olho dos atos a hora insnsívl m q a paixão é tão co pleta pl eta q q dsdnha ds dnha d ra raiz izar ars s : " No ndo ndo d ss s s ohos oh os ado ráei ráeis,s, vej vej o semr sem r a hora distintam disti ntamnt nt spr sp r a msma ms ma ma oa st st,, solen, grande grande coo o spaço, em dvisões de ntos n de segos hoa ióel que não é arc peos reló relógos gos [ . . . ) . Pr os oet que el si o nte co fc fcd, d, o oe não se denola, ele se rr rr se tece de n e nó. n ó. Seu Se u da daaa não nã o se efetu efetu.. Seu al a l é u u or seren seren.. Eilibr E ilibrnos nos sobr sobr a mianot sem nda n da ese ese ar o sopr sop ro das da s ho horras as o pota p ota aas d toda vida in ú til; vivenc vivencia ia ambiv amb ivê ênc ncia ia abstrata ab strata do sr sr do não se. se . Na trv trvas as ele el e ê e e hor a própria z. A soidão lhe traz o pnsamnto sotáo pnsamnto p nsamnto sm divr divrsã são o pensamnto pe nsamnto qu qu s ev eva,a, q s acal a exatandos pr p raent. O epo ertical ertical eleva elevase. se. Às vezs vezs ee abé a bé oço o ço.. A enoe, enoe , aa aa que be le O corvo, unc s so o oent. E soa n , ecen eceno, o, escedo esce do.. . . R R o ote te e ue ue te e e o fuo uo egu egu b b c c segun segun , , t a éc egu egu nç .. .V .Vol ol eo o eo o; o; mcadeio, ono e ecde olto eo o o, . e e ecso sere o fn n . . . É n o tepo tepo vert vertic ica a ece eceno no ue e esc escon on s oes es dor d ores es,, s do do es sem causd caus dee teol, te ol, s ores gudas que 1
1
Baudelaire, Crlvcs, tomo I Plêiade, p. 429.
7
A INTUIÇO DO INSTANTE
ata atassa um u m co co ação aa aa, aa , s jamais ja mais lascr la scr É o to rt rtica icall subio qu s s stabili stabiliza za a cosolaçã cosola çãoo s s s srraça a ça ssa ssa strah strahaa cosolação coso lação autó a utócto cto sm sm otto ot to E sua, tudo quato os aata a causa e a cosa tuo quato ga a história íntia o próprio dsjo tudo qat q at devao devaori riza za ao eso es o tep te p o passado o f turo turo ecotras cotras o istat is tat oético. Dsjas u stuo u quo fagto o to oétic o éticoo rtical? Tos o istat o ético a lmnção o eto so m qu a oit ao rc co risonh, o oeto solia as tas, qu q u as a s ho ho as mal si siam, am, qu qu a solião o o s só j á u u oso oso!! Os olos abialts abialts a lmnção rison quas s tocam A mo oscilação os substitui um ao o u o o A lmnção risonh é, otato, u a as ais ssíeis ambia ambialê lêcias cias u coação ssíl ssíl Oa, la la s so sol l,, it it t, t, u to tica ticall , o o qu qu h hu u os ois momtos, soriso ou latação, latação, atct. atct. O stito s tito aqui rsíl, rsíl, ou, lho lho izo, a r rsibilia sibil ia o s aqui seimetalizad: o sorriso ata a latação sorri a latação cosola co sola.. N Nhu hu os os tos xsso xssoss sucssi su cssiaat t a causa causa o o ou t tal é, otanto, otan to, a o oa d qu s xi a o to sucssio sucssio,, o to hoizo ho izotal tal Mas xist aia assi, u ao ou to, o, um i, i, um i i qu qu só s ca ca calt, calt, sbo, sb o, com a im i mss ssão ão qu o sa sa s alia , qu a alma al ma s la la , u u o a tasma oa oa Etão, ai aiat, a stu stua orsc U tasico ssí ssí l co co ta taáá assim, a lmnção risonh, a blza formal a sita É m fução a causalia foal qu l com come eáá o alo alo satialização satialização q u s cohcoh c o ista i stat t oti o tico co Ot O ta oa oa qu qu a causal caus ala aee foa foall 98
INST INSTAN ANT T POT PO TICO ICO E INSTANTE METAF MET AFSIC SICO O
e desenr dese nrla la no n o boj boj o do intante, inta nte, no sentido senti do de u teo teo etetcal, cal , enqanto enq anto a casaidade ca saidade eciente ecien te se desenrola desenrola na ida ida e na cosas, horizontalente, agrando agrando instantes de ntensdade n tensdade aradas. Natraen Natraente, te, na perspectiv perspectivaa do nstante, odese od ese ien ien ciar abi abialênc alência ia de mai mai ongo ongo alcane alcan e : Criança, Criança , enti no n o co ração doi do i sententos ontdtório: o hor h or da ida e o êxtase êxtase da vid vida " . 2 O nstantes nstantes e que que esse essess sentien sent iento to ão ão iencia ienci a dos jutos iobiliza o teo, te o, orue orue são ien ieniado iado j unto gados peo pe o nte n terresse ascina ascinante nte ea e a vida . Ees removem removem o ser da dração om o m. .T T abvalên abvalência cia não n ão ode o de desrever desreverse se e teos ucess u cessiv ivos, os, coo vgar vgar balanç bal ançoo da aegra e dore dore assageiras assageiras.. Con trários trários tão vio, vio, tão fundaentais unda entais,, ertence erten ce ao doínio doín io de a etasia etasia iediata iediata V Veolhe a ocla ocl a ção nu ú nico intante, or êxt êxtase ase e qu eda eda que ode ode eo etar e ooição oo ição ao aconteci aco ntecient entos os o degoto degoto de ie ie nos acoet aco etee no gozo tão fatal fatalen ente te uanto uan to a alti al tivez vez no inf i nftúnio túni o O O teeraento cíccos que se eenrola eenrola na duaçã ual, ua l, eguin eguindo do a lua, lu a, ddo o etados etados contr co ntradtóro adtóro ó aresenta aresenta aróda da abivalên abivalênia ia fu fu ndaent ndaen ta a So Soe en n�� ua psico psi coogi ogi arof arofundada undada do i ntante oder ode rá darno os eue e uea a neceáne ceário ara a coreensão do draa oético esencal. IV É notá no táe ell u u e u u d o s poetas ue u e ai foteente foteente areen areendera dera o ntantes deciios do ser eja o oeta da correspdências. A corr co rreondê eondênci nciaa baudelairi baudel airiana ana não é, coo tantas ta ntas vezes se ar a r 2
Idem, Mo1 m·u teir, 1 9 1 ] .
mis à
1 p. 88 ed bras. : Mu Mu cmçào dsrwdt�do, Nova FronFron -
99
A INTUIÇÃO DO ISNTE
, u iple tnpoição que i u cóigo e anlogi enui. É u otóio o e ensível nu nico intante as a iultaneiade senívei que eúne o pee, coe e o on ó aze eboç iutnei e i itantes e ai pun a. Nessas u uniades d noite e d luz, eencon tae a dpl eternide o be e o a . O que há de vato" n noite e n cliae não eve sgeino u vião epcil . A noite e luz não ão evoc po u extenão, po eu i nnito, s po u u nie. noite não é u epço. É u eç e etenie. Noite e luz ão intnte ióvei, intnte ecuo ou clos, lege ou tite, ecuo e clo, tite e lege. Nunc o intnte poético foi i copleto que nee veo e que e poe oci o eo tepo ienide o di e noite. Nunc e ez enti tão icente bivlênci o entiento, o niqueío o pin cpio. Meitno nee cnho, chege epentinente et concluão: toda m oraliade é ins tan t�nea. O ipetivo ctegóico olide não te o que ze co ução. Não eté nenhuma ua senível não epe nenhu conequênci. Vi dieto veticente ao tepo s o e p esoa. O poet é, então, o gui ntul o etico ue que copeene to potênci e lõe tntâne, o eto o io, e e li oó goe o ujeito e o objto, e e ex ete po lo o egoo e o eve. O poet ni u létic i util. Revel o eo tepo, no eo intnte, oliiee o e peo . Pov ue fo é u peo e ue peo u fo. A poe toe, i, u tnte u fol, u itte otêci peol. E e inte, então, uo que efz uio ue ove, e u 1 00