A APLICAÇÃO PRÁTICA DA ANÁLSE ANÁ LSE FUNDAMENT FUNDAMENTALSA ALSA NA AVALAÇÃO E EMPRESAS
A APLICAÇÃO APLIC AÇÃO PRÁTICA PRÁTIC A DA ANÁLISE DA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA NA AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Carlos Alberto Debastiani Felipe Augusto Russo
Novatec
Copyright© 008 da Novaec Editoa Lda.
Todos os direitos sevados e poegidos pela Lei 9610 de 9/02/199 E pobda a epodução desa oa, mmo pacal po quaque poceo em péa auozação po o do uo da dioa ,
Edto: Rben Pae Atnt do aon Kuwa Revsão amaa: Paza Zan Capa: Vo Bow IS 97-5-522-19-2 Htóco d imp esões: mo/06 Janeo/0 ao/03 Jo/0 Jaeo/00 oemo/00
Qun mpão Quara mpão Teceia rempe sã o Seunda mpão mea mpeo a edção
Nov EDITORA LDA. Ra uí Anôno dos anos 0 0460000 ão Pao P a + - Fax 0-6 Ema noat@oatccom i wnoaeccom wte we.co/novateedoa Fceook faceoocom/not ndn: nedcom/n/noc PY0600 Dados
Internacionas Caalogação na Pubiação (Câaa Baiea o Lvo, SP, Bai Debastiani, Carlo Aber vaiando empea ed e açõe a aicação ática da aná fudasta a avalação e empea / ao Abo Debatia Fi guo Ruo - São Pau : Na Edto, 28
Bibl ograa
IBN 97887
-
1 (Finana) 2 pa Avalação 3 Ietmetos 4. Mad d as I. Tío.
08-10453
CDD68. Íce paa aáoo tmtio: áe dataisa : vão d 8 msas disaã áe daetaisa mpra aiaão sraço 58 15
(C)
Dedicamos esta obra às nossas esposas, ]anete e Andressa que sempre participaram da realização de nossos sonhos e incentivaram-nos durante a execução deste trabaho.
Sumário
r�fci
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ntrduçã
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Capítu 1 A imprtância ds indicadres macrecnômics 17 n dices de inação . ........... 17 Taxa de juros ............... ....... . . .. ............21 Câmbio . .... ....... ... . ...... 24 Risco país . . ....... ... .. 25 Produto nterno Bruto (PIB) . .. . . 26 Gastos do governo . . ... 28 Balanço de pagamentos . .... ............ 29 apacidade de pagameno da dívida externa . . . 32 Commodities .. .... ................. ..... . 33 Petróleo .. .. . . ................. 36
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Capítul 2 Considerações sobre fatores setoriais 43 Setor mobliáro .. .. . ....... ... 43 Setor de transporte aéreo e produção de aeronaves ... 45 Setor de renda mobiliária .............. . . 46 Setor de transporte e ogística........ ...... .. 47 Setor siderúrgico e de mineração . ..... 47 Setor de papel e celulose ......... . 48 Setor de concessão rodovára ... ....... . .. 49 Setor de teecomunicações, teleonia móvel e teefona a ... 50 Setor de energa . . . 51 Setor de aimentos........... .. . 52 Setor de educação .... . ..... ... 52 Setor nancero .. ... ..... ... ...... 53
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Capítul 3
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O process de divugação ds dados de uma empresa
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Capítul 4 Conceitos básicos para entender o balanç patrimonial •
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55 69 7 Sumário
Capítulo 5 Linhas gerais para anáise de balanço 73 Anáse vercal . . . 74 . Anáise horzonta 75 •
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Capítuo 6 Analisando empresas por meio de indicadores •
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Capítulo 7 Indicadores de balanço . . . . qudez Correne (C) qudez Geral (G) . . . .. . . . qudez medaa (I) . . qudez Seca (S) Rentablidade sobre o Parmôno qudo (RP) Grau de Endvdameno ( GE) . . Indce de ndependênca Financera (IF) . Magem Brua (MB) . . Magem Líquda (M) ucro por Ação (PA) . Vaor Patrmona da Ação (VPA) . Estudo de caso com ndcadores de balanço . . •
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Capítulo 8 Indicadores de mercado Reação Preço/ucro (P/L) Taa de Reorno do Investmeno (TR) . Relaão Preço/Valor Parmonal (P/) Prce Sales Rato (PSR) EBITDA Pay-Ou . . .. . Dvdend Yed (DY) . Estudo de caso com ndcadores de mercado
81
8 82 82 83 83 84 86 87 87 88 89 90
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77
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95 96 96 97 98 99 100 101
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Capítuo 9 Sma Caps, um bom negócio? Prêmo pela fala de lqudez . .. . . O pmo pela alta de qudez exste no mercado braslero? Consderações prácas para invesmenos em Sma Caps .
107
Capítuo 1 O preço-alvo da ação O cuso do dneo sem rsco . .. . . .. Avalando o reorno espeado a parr do rsco Calculando o reorno esperado A relação entre o preço-alvo e o risco
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
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126
Capítulo 11 Dverscação e balanceamento da crteir
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129
Reduzindo o risco não sistemáco por meio da diversicação .... 31 Denindo a carteira eciente ................................................... 133 Calcuando o risco da carteira .................................................36 Exemplo prático do cálculo de risco da carteira .... . ...138 Calcuando o retorno e o risco da carteira A.......140 Calculando o retorno e o risco da carteira B .............................. 40 Calcuando o retorno e o risco da carteira C ....................... 141 Calculando o retorno e o risco da carteira D .... . ............... 141 Conclsões da análise ................................................. 142 Capítulo 12 Selecionndo empresas de crescimento
........................
145
Originaidade dos produtos ...........................................146 Usar a obsolescência como estratégia de marketing...................148 Capacidade de implementar idéias que impulsionem os negócios149 Produço de gêneros essenciais ou com grande demanda futua 52 Diversicação de produtos e de mercados ............................... 154 Incremeno na performance adminisrativa .................. ..... Medidas governamentais ou judiciais................... 156 Grandes descobertas cientícas ......................... 157 Associação da empesa a vaores socioambientais ...... .......158 Como identicar nos dados de balanço os sinais de crescimento?159 RPL (Rentabilidade sobre Patrimônio Líquido) ............ 159 GE Gau de Endi) e F Índice de Independência Financeira) ... 159 L Margem Lquida . . .... .. ............. 160 Reação entre Lucro Líquido e LPA Lucro por Aço) ........... 60 EBITDA........ ....... .......... ................. 161 Os relatórios empresariais como fonte de informação ............. 161 Capítulo 13 Catástrofes naturais, acidentes e o comportmento do mercado
163
Capítulo 14 Compras e vends estratégcas
173
......................................................................................
.......... .... ...............
Capítulo 15 Sobrevvendo a crises -nternaconas
....................
Capítulo 16 Gerencamento de captal e reavalação permanente •
....
179 185
9 Sumário
Captulo 17 Conceitos estatísticos aplicados ao mecado de ações Desvio-padrão Covarânca Regres· são lnear or mínmos quadrados ordnários
193
..................... ................. .... .... ..
. . . . . . . . .
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93 196 198
2(.
Apêndice A Gossário •
Bibliografa
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ndie remissivo
207 217 219
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10
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Prefácio
Depos de lançar dos lvros sobre análse de mercado anda senta que altava atender a um segmento mpotante do públco dsposto a apender sobe o mercado de ações: aquele com peil de longo prazo, menos nteressado em análse de mecado (e em suas osclações) e mas voltado paa a análse das empresas do que dos papés. Surgu então a déa de esceve Avaliando Em presa, Investido em çõe.
Sendo mas nclnado à análse técnca e com pel de curto e médo prazos consdere-me ncapaz de poduz, sozno, um lvo como este, que abodasse a análse fundamentalsta com o gau de profunddade que o tema exge Paa suprr essa mnha lmtação, convde o amgo Felpe Augusto Russo paa se coautor desta obra Investdor de longa data com perl essencalmente ndamentalsta, sólda formação acadêmca em Admnstação de Empesas e pósgraduado em Mecado Fnanceo, Felpe é autor de um estudo sobre análse de lqude no mercado de captas braslero, cuo conteúdo é publcado pela prmea vez no capítulo 9 deste lvo Protagonsta em uma pomssora carrea proissonal no me cado inancero; possu também vasta experênca em análse de balanço e ndcadores undamentalstas, além, é claro, de uma lucatva cartera de ações admnstrada com maestra ao longo de mutos anos, o que lhe confere a cedbldade necessáa paa apresentar ao letor os concetos e eamentas ndamentalstas que já provou na prátca, seem as mas adequadas à gestão de nvestmentos de longo pazo Carlos Albeto Debastan
11
Introdução
Investimentos em ções sempre gnhm um conotção polêmic qundo o tem central d discussão é o przo em que se deve investir O consenso que imper no mercdo o de que os in vestimentos em ções devem ser sempre plnejdos pr o longo przo livrndo o investidor do estresse resultnte ds constntes oscilções nos preços dos tivos Com um objetivo de longo przo ser alcnçdo, o investidor bsorve esss oscilções no decorrer do percurso sem necessidde de moniorr constntemente s cotções Diminui tmbém seu nível de risco pelo fto de um qued momentâne nos preços não pesr de form signictiv no cômputo totl d rentbilidde um vez que permnênci prolongd do tivo em crteir dilui bstnte esse impcto. De qulquer form o investidor intelgente sempre deverá mnter-se tento às melhores oportuniddes de entrd e síd em qulquer tivo mesmo que mntenh pens sobre tendêncis primáris ou movimentos mis pronuncidos Esse ssunto no entnto será trtdo com mais detlhes no cpítulo 14. Pr vibilizr escolh mis dequd do tivo no qul o investidor irá depositr seu dinheiro por um longo período torn se necessário nalisr inúmeros tores que podem inuencir vlorizção dos tivos disponíveis no mercdo. Esses ftores constituem-se em vriáveis de lt complexidde etremmente interdependentes e pssíveis de mudnç o longo do tempo A questão d vlorizção dos tivos não diz respeito pens à condição econômic e dministrtiv d própri empres ms tmbm o desenvolvimento presentdo por seu setor de tivi dde às perspectivs de mercdo pr ele à polític econômic 13
Introdução
mposta por governos e, mas recentemente, sob o efeto crescente da globalzação da economa à conjuntura socoeconômca mun da Enquanto escrevemos este lvo (em 2008), a economa mas fote domundo, nos Estados Undos, passa por um momento de fote nstabldade, mpressa por uma crse ncada no mercado de cédto mobláro sem precedentes na hstóa ecente desse país Esse cenáo afetou, de foma prond, dversas nsttuções inance euopéas, causando momentos de pronda depressão nas bolsas de valores da zona do Euro Ta depressão também fo sentda aqu no Bas, assm como no extemo orente da Asa. ,
Est é pens uma mostra de quão ntedependentes se to naram todos esses fatores e quão necessáro se faz conhecêos e entendêlos, antes de tomar uma decsão de nvestmento a longo prazo Com a ntenção de tansmt ao etor esse conhecmento, escrevemos esta obra, cujo tema central é a anáse fundamen talsta apcada às empesas que têm suas ações negocadas em bolsa de vlores •
Em oposção à Escoa Técnca- nha de pensamento que foca seus esfoços sobe o mecado -, a Escola Fundamentasta vê o mecado de ações (e a valozação ou não de seus atvos) como o resutado da atvdade econômca desenvovda por uma empe sa Sob o ponto de vsta do pensamento ndamentasta, uma ação tonaseá nteessante e será valorzada pelo mecado se a empesa da qual ela repesenta uma pequena fação- também apesenta boas perspectvas com elação ao futuo Paa detemnar que pespectvas são essas, o processo de análse avla ncamente os fundamentos dessas empesas (daí o temo 'fundamentast, representados pelos númeos d vulgados nos balancetes trmestras Como matéapma dessa anáse entam, também, dados de mercado como cotações 14
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
voume e índice de iquidez dos papéis Outros fatores também merecem atenção como a situação econômica do país, aumento ou redução nos níveis de consumo oportunidades especícas de negócio (como concessões ou icitações que a empresa tenha conseguido) e perspectivas de crescimento do setor de atividade a que a empresa pertence No decorrer deste ivro, estaremos abordando as ferramentas necessárias ao bom entendimento à avaiação e ao dimensiona mento de todos esses fatores permitindo mensurar qual o grau de inuência que cada um terá em 1ossa anáise Diversas dessas ferramentas são compostas de fórmulas esta tísticas compexas, como cálculos de desvio-padrão covariância e regressões, envolvendo uma quantidade muito grande de dados históricos de mercado dos papéis escohidos para análise. Na tentativa de tornar práticos e rápidos o processo de cálculo e por conseqüência, o de análise recomendamos em diversos pontos deste ivro, a utiização de um soare de planiha eletrônica não só pela praticidade de poder contar com funções predenidas de cácuo, que desoneram o eitor do domínio completo de funções matemáticas e estatístcas mas também pea faciidade que esse tipo de soare apresenta em manusear grande quantidade de dados Considerando que a maioria dos usuários domésticos no Brasi se utiiza do software Exce, da Microso como panilha eetrônica (por ser o produto mais popuar desse segmento), de cidimos utiizáo como ferramentapadrão em nossos exempos e tutoriais de cácuo Entretanto saientamos que o eitor poderá utiizar quaquer soare de sua preferência valendose das fun ções equivaentes àquelas que citamos nos exemplos de cáculo
15
Introdução
Por razes ddácas segundo nossa experênca e também por representar a fata mas sgnicatva do mercado de captas no Brasl estaremos nos xando, durante toda esa obra na legslação e nos atvos que compõem a Bolsa de Valores de São Paulo.
16
Avaliando Empres, Investndo em Ações
CPÍTULO A mprtâ r mrm1 A
e
Vos iniciar nossa abordagem sobre anáise fundamentalista buscando enender, no decorrer dese capíulo qual a natureza dos diversos aores reacionados à macroeconomia que podem inerferir nos negócios ou no mercado de uma empresa avaiando ambém o grau dessa inererência. Consideramos esse tema de vita imporância - razão pea qua decidimos tratálo ogo no início a m de conceituar muio em cada um desses aores- dada sua inuência sobre a vida das empresas Dealhamos, a seguir os principais indicadores macroeconô micos que o investidor deverá evar em consideração durane a anáise de uma empresa Eencamos ambém os efeitos positivos e negaivos que cada um dees pode desencadear e como esses eeios aeam, de forma práica a vida de uma empresa
ndices de inflação Os índices de inação são os termômetros da economia de um país indicando o grau de equiíbrio enre a oera e a demanda Por meio dees percebemos, nos diversos setores da economia, 17
o uanto as empresas estão preparadas para atender os consumidores em relação à capacdade produtva Quando o consumo se auece e não há oferta sucente, o ndice de inação apresenta uma varação positiva De forma análoga, havendo redução no consumo, o ndce tende a varar negatvamente, forçado pela presença da oferta maor ue a demanda Os índces de inação são calculados por meo de uma compo sição de pesos Por exemplo se dssermos que o leitor vve somente de pão e água e supormos qe o peso de cada um desses itens é de 50°/o em seu orçamento, poderemos crar o Indice Letor. Sua composçao sera a segunte: "
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�
Indice Leitor (Vaação de Peço do ão 50°/) i de Agua
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(riação do reço do
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Se em 1 ano o preço do pão aumentasse 20°/o e o preço da água, 10°/o, o ndce de inação do letor seria de 15 o Isso sgnica dizer ue se no ano passado o leitor pagava R$ ,00 por um pão e um copo de água, este ano pagará R$ , 15. Utliando esse mesmo conceto, entidades como a Fundação Getúlo Vargas (FGV), a Fundação nsttuto de Pesquisas Econômicas (Fpe) e o nsttuto Braslero de Geograa e Estatstca (IBGE) calculam regularmente ndces que serão utilizados como balizadores de nossa economia Entre os ndices calculados por essas insttuções merecem destaue os mencionados a segur •
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): Índice de inação ocial do pas utlzado como parâmetro para a política de metas de inação E calculado pelo IBGE entre o e o 30º da de cada mês e reete o custo de vida para famlas com renda entre e 4 saláros mnmos, nas ,
º
18
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
principais regiões metropoitanas do pas Em sua compo sição estão incusos os gastos com aimentação, habtação, transportes, comunicação, vestuário, saúde e cuidados pessoas. •
Indice de reços por Atacado (IA): Indice cacuado pea FGV com base nos preços do mercado atacadista, abrangendo etapas do processo produtivo que precedem o preço do varejo. ;
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Indice de reços ao Consumidor da Fipe (IC-Fipe): ndice cacuado pea Fipe com base nos custos de habi tação, aimentação, transportes, despesas pessoais, saúde, vestuário e educação para uma faixa de renda famiiar de a 20 saários mínimos ;
•
Índice Nacion de Preços ao Consumidor (INC): Índi ce cacuado peo IBGE, que mede a variação de preços em produtos de aimentação e bebidas, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, educação, abitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário para uma faixa de renda famiiar de 1 a 20 saários mnimos. Indice Nacionl de Custo da Construção (IN CC): ndice especco para o setor de construção Relete a variação de preço nos materiais de construção e na mão-de-obra do setor. E utiizado para reajuste de nanciamentos diretos ao consumidor. �
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Índice Gerl de reços do Mercado (IGM): Divugado pea FG é cacuado com base no IPA, IPC e INCC, com pesos respectivos de 60o, 30º/o e Oo, entre os dias 2 de um ms e 20 do ms seguinte Foi criado para corrigir operações nanceiras e atuamente também é utiizado para corrigir aguns ttuos púbicos, contas de consumo e contratos de augue. 19
Capítulo 1
A importância dos indicadores macroeconômico
Taxa de juros tax básc de juros de juros d econom conhecd como tx Selc
é um ferrment utilizd pr determnr o níve de tvdde ecnômc Seu var é dend pelo Cmitê de Polítc Mone tár (Cpm), órgão governmentl responsável por estbeecer s diretrizes de potic mnetár do pís N prátic o xr um met pr tx o governo estpul qul será rendimento ds operções efetuds com o uso de títuos púbcs consderds s de menor rsco d econm Esse rendiment é cstumeirmente chmd de ''peç d di nher e dene qunt cust um d do nvestment de menor rsco dentro d econmi. A prtr deste todos s nvestmentos de mior rsc têm sus txs de retorno dends prtr do de menor rsco. Qunto mior rsco mir tax de retorno e ssm sucessvmente crind um efeit ''escd Entendendo esse mecnsm mecnsm sberemos que tods s vezes que o Cpom terr tax Selc devems esperr que s operções de crédt às pessos físc e jurídic como o cheque especl crtã de crédt crédto mobláro lnhs de nncmento pr empress descontos dntments etc. sfrm um juste em su tx n mesm dreçã em que tx Selic fi justd. Quand Copm necesst frer econom tax é elevd encrecend crédito empress e consum e levnd nst tuições e nvestdores comprr mis títuos púbcos e reduzir os nvestimentos nvestiment os em utrs setres. setres. Pr quecer ecnmi tx · tx · é reduzd dimnuindo custo d cpt pr investimento fcltnd cltn d crédito o cnsumidr e forçndo o mercdo vender títulos e procurr outrs forms de obter mesmo retorno por meo de novos nvestments novs negócos e nncmento cnsumo. 21
Capítulo 1 A importânca dos ndicadores ndicadores macroeconômcos macroeco nômcos •
O Brasil está entre os países de maior restrição monetária, com
a maior taxa de juros real do mundo. Esse nível de txa de juros não é saudável e os eexos são percebidos nos números de ces cimento do país O custo das linhas de nanciamento à iniciativa privada é alto e diculta a expansão da indústria e a abertua de novos negócios. O custo anual com o pagamento de juros sobre os títulos públicos tona necessária uma aecadação de impostos extemamente agessiva para mante o equilíbio scal. Isso, po sua vez, encaece ainda mais a atividade das empesas e feia o cescimento econômico O setor imobiliáio que é gande ator no pocesso de desenvolvimento de um país ambém se preju dica pela diculdade da omação do nanciamento de longo prazo incompatível com esse nível de juros Aiado a esses itens mantém-se um círculo vicioso de ato endividamento das famílias. Nos últimos anos, com a sistemática melhora dos indicadores macroeconmicos, a diminução da vulnerabilidade externa e o equiíbrio da baança comercial o Copom pôde iniciar uma jo nada para redução gradual da txa de juos Enquanto escevemos este livro a taxa Selic encontase em 11,25°/o aa Consideando que a txa de juos dos países com economia desenvolvida madua e estável é, em média, de 40o aa ainda há um gande caminho a se pecorido para temos uma txa de juros alinhada à realidade mundial (Figura 1.2). •
No caminho para a taxa de juros ideal, devemos estar atentos aos efeitos que a diminuição dessa taxa pode causa às empresas às quais somos acionistas, bem como aos números que podem leva o Copom a te de aumentar momentaneamente a taxa de juros para corrigir alguma dsfunção inesperada
22
Avaliand Empresas, Investnd em Ações
Câmbio taxa de câmbio é o preço da moeda estrangeira em moeda
nacional. No Brasil, o regime cambial praticado pelo governo conhecido como regime de câmbio utuante, no qual o preço da moeda determinado pela relação entre a oferta e a procura. taa de câmbio sobe quando há maior procura pela moeda
estrangeira e desce des ce quando á maior procura procu ra pela moeda nacional. Eventualmente o Banco Central do Brasil (Bacen) efetua compras ou vendas pontuais com o objetivo de conter excessos de ata ou de baixa considerados anormais ou especulativos esse cenário onde o mercado determina o preço da moeda estrangeira o acionista deve concentrar seus esforços na tarefa de antecipar o movimento de longo prazo das moedas para deter minar como os negócios da empresa e por conseqüência, o valor de suas ações serão afetados pela afetados pela alteração no preço das moedas Para empresas exportadoras a apreciação da moeda nacional ou seja a queda no preço do dólar, torna seus produtos ofertados no exterior mais caros, diminuindo sua competitividade ara as empresas importadoras ou que dependem de matria -prima importada comprada em moeda estrangeira a apreciação do real torna o custo de produção men menor, or, permitindo um con siderável aumento da lucratividade ou por outro lado redução do preço nal ao consumidor, na busca por uma maior fatia de maior fatia participação no mercado. Para a economia como um todo a apreciação do real torna os produtos importados mais baratos e estimula a importação de bens e serviços.
24
Em momentos de forte crescimento econômico e aumento do consumo como o que vimos em 2008 esse estímulo dá fôlego à indústria brasileira, permitindo que a cadeia produtiva Avaliando Empresas, Investindo em Ações
se desenvolva no tempo necessário, sem o risco de iniciar um processo inacionário causado pela escassez de produtos no mercado Já a desvalorização da moeda nacional e um conseqüente aumento nos preços dos importados poderia levar a economia à escassez de bens e serviços fato que culminaria com um aumento progressivo nos preços do mercado interno. Desta forma a apreciação da moeda brasileira perante o dólar apesar de criticada por alguns setores exportadores prejudicados é de forma geral benéca para a economia e garante um cenário estável para o crescimento econômico sustentável do país
Risco país Conhecido pela sigla EMBI (Emerging Market Bond Index), o índice calculado pelo banco P Morgan é utilizado para medir o grau de risco de uma economia Na prática não é uma medida de risco e sim de 'diferença de retorno. O indicador mede a diferença entre a taxa de retorno dos ítulos de longo prazo do tesouro ameriano (considerados de baixíssimo risco) e os títulos de mesma natureza em países emergentes como o Brasil Para conseguir efetuar essa apuração o P Morgan calcula a taxa de retorno entre o valor atual e o valor futuro dos títulos brasileiros sendo que o valor turo é o valor do título em sua data de vencimento Após calcular tal taxa esta é então comparada à taxa dos títulos americanos Se por exemplo os títulos americanos possuem um retorno de 3°/ aa e os títulos brasileiros 5º/ a.a o EMBI-Brazil será de 200, que corresponde a 2. A dinâmca de ncionamento do risco país é simples Quando há aumento da percepção de risco sobre a economia brasileira os 25
Capíulo 1 A importância dos indicadores mcroeconômicos •
nvstidors ntrnaionas tndm a vender os títuos braslros d longo prazo, fazndo qu sus preços caiam. Por trm su prço d vncimnto prado, sss títulos passam a tr uma taxa d retono maor, já qu sta é aculada pa difrnça ntr o prço d mrado (qu au) o prço de vencmnto (qu pr manc o), fazndo qu o rsco país sub Quando a prcpção d rsco dminu, a alta taa d rtorno atra os ompradors, ncarcndo os títulos dminuindo sua vantagm prant os títuos amrianos. O risco país é, dsta forma, um trmômtro para sabr qual a
percpção de risco dos nvstdors ntrnaionas Quanto mnor o riso país, maior a crtza d qu a conomia tm atratvidad contnuará rbndo nvstmnto xtrno
Produto Interno Bruto (PIB) O PIB rprsnta a soma d todos os bns srvços produzdos
no país durant o príodo de 1 ano E cacuado peo IBGE sua mtodologa d cáulo avaia apnas bns srvços nais, apurando também mportaçõs portaçõs E o princpal ndicador utilizado para mdr o nív d atvidad onômca do país sua varação ;
O rsmento do PB ndca qu o país stá ampliando sua
apaidad produtva, d consumo d exportação e, portanto, grando um maor volum d atvdad onômica Ess crs cmento é d spcal ntrss para os invstidors qu stão omprando ações d uma mprsa nsrda nss nário, já qu a ampação da atvidad conômia rprsnta maor possbdad d ftuar ngóios para ssa mprsa , portanto, maor probabidad d obtr ucro. D forma análoga, quando o PIB ca, rprsnta uma rdução na capacdad d produzr ftuar ngóos. Nssa stuação, com 26
Avaliando Empress, Investindo em Ações
Em um contexto internacional de forte liquidez monetária e cessante busca por nvestmentos de longo prazo e oportuni dades de gahos, o Brasil está situado em uma cofortável zona de risco dese abril de 2008 quado alcançou o grau de investi mento (im). Desde essa data vem sistematicamente ataindo captl de empress que até então o consideravam muito arriscado para investimentos de longo prazo ou não podiam nvestr aqu em razo de seus próprios critéros de risco que impediam investimentos em países fora do grau de investimento.
Gastos do governo Apontados como prcipal causa de incotáves problemas econômicos e sociais na história brasileira, os gastos excessivos da máquina pública representam atualmnte o mais importante desao, daetal e imediato, do overo brasleiro rumo ao crescimento econômico sustentável .
A hstórca prática de gastar e depois arrecadar em vez de ar recadar e depois gastar que levou o país a crses aconárias e nefastos ceários recessivos oje faz parte do passado A prmera grande conquista esse tema fo a le compl�mentar nQ 1 O l, co nhecida como Lei da Resonsablidade Fiscal que estabeleceu ormas e políticas de gesto sca com o · objetvo de garantr o equilíbrio das cotas públicas. O equilíbrio scal este e vem se do possível mantê-lo graças ao crescmento econômico e à febre de consumo existente os grandes países em desevolvimeto, como a Chia e a Ida. Etretato em um país ode a máquna pública muitas vezes é utlzada com excessivo apelo social para conquista de votos a eciência do governo em gerir os recursos públicos está muito aquém do necessário para tornar o Brasil um país competitivo, despontado como pólo de investimentos no ceário internacioal. ,
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Avaiando Empresas Investndo em Ações
O principal vilão do orçamento é o sistema de previdência e assistência social, que consome recursos equivalentes a cerca de 20 do PIB nacional. O número é duas vezes maior do que o de pases com o mesm mesmoo número número de idosos. Com gastos tão altos nessa esfera faltam recursos para investimentos em infra -estrutura educação e saúde. O segundo vilão dos gastos públicos é a complexidade do sistema scal e tributário que diculta a vida das empresas com a sobrecarga de impostos impedindo um maior crescimento da economa •
Nesse cenário para o investidor que negocia ações brasileiras é importante acompanhar a condução desses assuntos pelo governo e perceber se as metas denidas estão sendo cumpridas e quais impactos o ambiente macroeconômico sofrerá a cada mudança de contexto Os anos de eleição presidencial merecem atenção especial pois neles é comum haver movimentos no sentido de exibilizar as políticas de gastos e arrecadação com o ob jetivo de atingir a população e conquistar votos E importan importante te perceber se as udanças nessas políticas são de forma geral evolut evolutivas ivas ou se remetem o governo a um estago anteror ,
,
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Uma importante referência para o investidor são as declarações divulgadas pelas destacadas agências internacionais de avaliação de rsco como a Fitch Fitch Ratings Standar Standard d & Poor's e Moodys que possuem uma opinião referenciada no mercado internacional e traduzem as expectativas de grandes investidores
Balanço de pagamentos O balnço de pagmentos é, para o investidor uma importante ferramenta que permite monitora a atividade do país no contexto internaciona internaci ona Nele estão escrituradas todas as transações nanceiras envolvendo empress e pessoas residentes e nãoresidentes no pís. 29
Capítulo 1 A importância dos indicadores macroeconômicos •
Ente as inomações que estão disponveis no baanço, pode mos destaca as seguintes:
Variação de reservs: Pemite avaia o esutado gea do balanço e observa se esteve em défcit ou em supeávit mesma inomação pode se obtida na inha ''Resultado goba do balanço indicação de défcit aponta o país como um cenáio de maio isco paa os investimentos estangeios aastandoos de nosso mecado ao passo que a pedominância do supeávit e até seu cescimento atai novos nvestmentos paa o pas Jª que passa uma magem de cedibiidade demonstado um cescimento sustentado da economia •
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4
Bança comercial Pemite aviar o esutado íquido do somatóio ente as contas de impotação e expotação Essa inomação é impotante paa avaia avaia tendências bem como anteve o compotamento do dóa Qudo a tendência é de aumento das expotações podemos espea mao entada de dóaes e conseqüente c onseqüente edução no peço dessa moeda. Já o acéscimo nas impotações demandaá também a necessidade po dóaes aumentando assim seu peço
Conta fnnceira A entada e a sada de capita paa inves timento no pas são contabiizadas dento dessa estutua ssim como em um baanço os gupos desta estutua são divididos em ativo e passivo. O gupo dos ativos epesenta os investimentos no exteio detidos po esidentes e o gu po dos passivos epesenta os investimentos no pas detidos po não-esidentes. Na composição da conta nanceia podemos destaca
a conta de Investimento dieto apesa de não possui a indicação de ativo e passivo unciona da mesma o ma ou seja o gupo ''o exteio epesenta o ativo e o gup gupoo ''o pas pas o passivo passivo Essa conta egist egista a todos Caíulo 1 • A impotânci impotânciaa dos indiadores maroeonômios
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os ativos e passivos consideados investimentos investimentos propia mente ditos; ·
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·ªconta ª conta 'Investimentos em Cateia egista o uxo de ativos e passivos compostos de investimentos investimentos em ações e títulos de enda xa, como os títulos de dívida emitidos no pas; /
•
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a conta Deivativos egista o uxo poveniente de opeações derivadas como swap, opções e futuos por m, a conta ''Outos investimentos egista os empéstimos e nanciamentos de cuto e ongo paos, a movmentação de disponibilidades no exteio, cau ções, depósitos judiciais e gaantias paa empéstimos vinculados a expotações.
lém dessas infomações disponíveis no quado pincipa do balanço, o Banco Cental do Basil disponibiliza, em seu site, dezenas de quados com o detahamento das linhas e outas infomações consoidadas
Capacdad d pagamno da dívda xrna dívida extena pode ser denida como o somatóio dos débitos de um país peante seus credores intenacionais intenacionais Esses débitos po dem ser povenientes de empréstimos e nanciamentos contaídos no eterior pelo goveno ou por empresas estatais e pivadas dos mais variados setoes A capacidade de pagamento da dívida extena é vista peo mecado como uma medida que se taduz em isco Se um país possui divisas sucientes paa paga toda sua dívida extena a chance de alguma situação levá-o à moatóia é muito pequena
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Avaliando Empresas, Investndo em Ações
Atualmente, o Brasil se encontra em uma situação confortável em relação à capacidade de pagamento da dívida externa. Com o aquecimento econômico mundia estimulado pelos grandes países em desenvolvimento, como Índia e China, o país se tornou um grande exportador dos mais variados bens e serviços, o que tem trazido um gande volume de capital estrangeiro para cá Apesar de essa situaço tornar o real mais areciado erante o dólar, o volume de importações em crescimento não tem sido o suciente ara afetar a balança comercial que tem se mantido equilibrada. A atua condição do as o coloca em um cenário onde gura como porto seguro ara 1nvestmentos entre os pa1ses emergentes, posiço esta que somada aos demais fatores conjunturais, permitiu que o pas adquirisse a rimeira nota do grau de investimento or reconhecidas agências internacionais de avaliaço de risco Com uma classicação de risco menor, governo e empresas terão acesso a empréstimos e nanciamentos com juros menoes, o que, por sua vez, ajudará na redução da dvida externa e na melhora do perl de risco Nesse contexto, o o de capital estrangeiro para investimentos de longo razo certamente continuará aumentando •
I
•
Commodities so produtos em estado bruto ou com pequeno grau
de industrializaço, negociados de maneira global em bolsas de mercadorias e futuros Por serem amplamente negociadas e necessárias a todas as economias do laneta, so comercializadas de forma organizada or meio de bolsas que também permitem a negociação de contratos turos, ou seja, contratos negociados hoje, mas que garantam o fornecimento turo a um preço predeterminado Como exem plos de itens negociados nos mercados nacional e internacional 33
Capítulo 1 A importância dos indicadores macroeconômicos •
de commodities, podemos citar: petróleo, gás natura, ouro, prata, aunio, cobre, aço, carvão açúcar soja, ilho, trigo, álcool, etano, boi gordo, caé, cacau e agodão Esses são apenas aguns exempos de commodities iportantes para o mercado brasieiro, bem como para empresas brasieiras que as vendem ou dependem delas coo atéria-prima para seus produtos -
As commodities têm u papel ndireto, porém iportante no movimento do mercado de ações A expectativa do preço turo das commodities, percebida diariamente nos contratos negociados na BM&F e nas demais bolsas mundiais, aeta as projeções de custo e as proeções de aturamento de grandes epresas que possue seus papéis negociados na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) A commodi mais importante do ercado mundia é o petró leo Em razão de sua complexidade e abrangência, será tratada em tópico especíco ainda neste capítuo. Desde 2007, o forte cresciento econôico de países como Chna e Inda tem eevado de maneira histórica a demanda por diversas commodities necessárias a seu desenvolvimento, como alientos, minérios e metais. Nesse cenário, empresas brasieiras exportadoras dessas commodities têm obtido resultado extrema mente positivo e grande parte do bom desenvoviento percebido no país é resultado desse movimento ,
Entre as principais epresas que possuem ações categorizadas como blue chs na Bovespa e possuem sensibilidade à variação de preço de algua commodi no custo ou na receita, temos •
Companhia Vale do Rio Doce: Grande exportadora de
minério de erro, alumínio, níque, cobre, cobato e metais do grupo da platina. Exporta para países e orte cresci ent como China, ndia e países do Leste Europeu ,
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Avalando Empresas, Investindo em Ações
•
Petrobras: Sext mor compnh de petróleo do mun do tundo nos segmentos de petróleo e seus derivdos, nsumos petroquímcas, gás nturl e biocombustíveis Metalúrgica Gerdau: Produtor de ço bruto e lmin dos tende o mercdo interno e o externo, tendo sdo extremmente benecid peo umento de preço do ço no mercdo mundl Com pia Siderúrgica Nacionl (CSN): Produtor de ços plnos com grnde prticipção no mercdo nterno
O Brsil por meio de empress como s citds nteriormen te é um grnde exportdor de commodities. A exportção desses produtos represent cerc de 65°/o d put de exportção do ps Esse percentu é tão representtvo que cb por crr um efeito nteressnte de proteção contr nção por meo do câmbo Em momentos de grnde vlorzção nos preços ds commodities (como o observdo desde 2005, com forte ceerção do crescimento nos pses emergentes), esper-se que o umento nesses preços leve muit rique os píses exportdores desses produtos. Esse umento de riquez mpli rpdmente ofert mo netári exstente n econom fendo que hj um pressão nconári cusd tnto pelo umento de riquez qunto pelo incremento no preço desses insumos no mercdo interno. Peo fto de o Brsil possuir um regime de câmbio utunte em que cotção do dólr é determind peo equlbro entre ofert e demnd pel compr d moed, o 'efeito exportção pression moed estrngeir pr bxo. Por ser um exportdor líquido de commodities, o Brsi recebe muit moed estrngeir que é trocd por res pr pgr s empress exportdors Isso reduz o preço do dólr vlorzndo o rel e tornndo ms trtv importção de produtos interncons Capítulo • A importância ds inicades macôn1ic
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Apesr de esse movimento ser criticdo por representntes d indústri - um ve que torn os preços do produto ncion menos competitivos interncionmente , esse efeito cb crind um descomento incionário Enqunto os píses exportdores com regime de câmbio xo têm ue idr com o umento d bse monetári e tmbém com o d mtériprim intern crindo potics monetáris usters, o Brsi consegue idr com situção umentndo ofert de produtos importdos com preços mis bixos, evitndo esc d inlcionári e reduzindo o probem à economi oc, que pode ser trtdo mis fcimente com umento d tx de juros e potics setoriis pr fomentr ofert oc
Pról Atumente, o petróeo é princip fonte de energi do pnet, constituindose n mtériprim básic pr fbricção de inú meros produtos, como combustíveis, ubricntes e insumos pe troqumicas. Situse entre s commodities negocids no mercdo futuro que mis fetm economi em uuer ps do mundo. Sobre o specto d formção de preço, podemos dizer ue 'o preço do petróeo inuenci té mesmo o preço do petróeo. Apesr d retóric, ess rmção fz certo sentido o nisrmos o conjunto de ftores presentes n formção de preço do petróeo e, posteriormente, o efeito desse preço n súde d economi mundi O preço do petróeo é, primeirmente, formdo pe reção entre ofert e demnd, como uquer outr commodi. N pont d ofert, temos os píses membros d Orgnizção dos Píses Exportdores de Petróeo (OPEP), à u pertencem Arábi Sudit, Irã, Emirdos Arbes Unidos, Venezue, Kuwit, ;
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Avaliando Empreas, Invetndo em Ações
Ngéra, rgéla Iraqu, além dos paíss não-mmbros rprsn tados pela Rússa, Estados Undos, Repúblca Popular da Chna, Méxco, Canadá, Noruga Brasl. A OPEP dtém 80°/o das rsvas responde por 40°/o da produção mundal d ptrólo T grandza faz qu os costumros contos do Orent Médo, a concentração d mrcado e o ntrss dos produtors altrm freqüntmnt a ofrta do produto Na outra ponta, a da dmanda, tmos um conjunto complxo d fators struturas conjunturas da conoma qu acabam por determnar o quanto a ndústra, o comérco os consumdores inas estarão dspostos a consumr. O acelerado crescmento d países m dsnvolvmnto como a Chna, a Inda e o Brasl, a recuperação do stor d avação após os atntados d 11 de setembro de 200, a dculdade m ncontrar substtutos ba ratos para os nsumos e combustves dervados do petróleo e a mprvsbldad do consumo são alguns dos númros fators qu dtrmnam a dculdad em stabelecr a dmanda futura d consumo ,
O rsco da ntrrupção no forncmnto alado a um moderno mrcado turo de commodities f qu os consumdores ngocm contratos com o obetvo de garantr sua ncssdade futura de consumo d ptrólo, dtrmnando, dsta manra, seu prço. '
Entndndo como ncona a formação d su prço, podmos obsrvar quas são os prncpas mpactos do ptrólo sobr as empresas e a economa, de modo gera Qualquer atvdad produtva tem, m sua strutura d custos, a nuênca drta ou ndrta do ptrólo D combustívs para máqunas, fornos e veculos a nsumos para produção d med camntos, plástcos, carpts materas sntétcos, toda empresa tm algum níve de sensbldade a varações no preço do ptróleo. 37
Capíulo • A importância dos indicadores macroeconômicos
Aém dos mpacos dretos na produção, xstm também os qu rcm sobr logístc d dstrbução, spcalmente num país como o nosso, ond o transport d maérasprmas e produos acabados é essencalmn rodováro ou aéro , portnto, totalmente dependn do ptróleo. Ess aspeco do mpacto cusdo plo prço do peróleo m um efito do tpo cascata, pos ntrr nos custos de oda cdeia de orncmn to, já qu todas as mprsas nvolvids s utilizm dsse ipo de trnsporte, msmo ue sua ativdad produtva não enha alo grau de dpendênca em relação ao petrólo. Somado a sse fito d créscimo nos cusos da produção , consqüentemente, no preço do produto nl ofrtado nas prtlrs ds lojs, tmos a redução no consumo, cusada pla ueda do poder austvo do consumdor nal, obrgado a pgr mas caro pela gasolna ue coloca m su automóvel ou pela tra de ônibus u uliz para ir ao trabalho. O rsultado dss soma é a qud no turamnto das mpresas , posterorment, na apuração d sus lucros m balanço Essas são as razões ue nos levam nxergar o rxo da varação da cotação do petróleo nos movmntos de preços ds çõs negocadas em bolsas d valors Puenas osclaçõs para cm e para baxo não chgm causr grnd ito no prço das açõs, uma vez ue o mrcado de futuros prmt aos comprdors garnir o preço do ptrólo para o fornecmento turo. Porém, uando há temor de escassz, orn-se dfícil projtar o custo, o consumo , por conseqüênca, o rsultado nancro ds mpress pra os próxmos anos Quando sso ocorre, prcebmos uma grand volalidade no preço das ações. Essa volaldad represent o temor do mrcado sobr
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Avaliando Empreas, Invetindo em Ações
erceba que o índce não soe os mesmos mpactos que percebemos na trajetóra do Dow ones manendo seus movimentos mais aderentes às oscilações do eróleo Esse eeito se deve à grand articpação das ações da Petrobras na composção do Iboesa (18°/o em agoso de 2008). No ndce Dow Jones, não há nenhua empresa perolífera que ossua paricpação ão signicativa Na verdade, os ndices amercanos são comosos de um número muo maior e ações o que os ínices brasileiros, uma vez que o mercado de capias dos Esados Unidos é muto maior que o nosso, tornando o ndce Dow Jones sensível às oscilações do etróleo, poré em razão nversa ssa derença de comporameno nos mostra quão comlexo é o efeo dos dversos fatores que nuenciam o mercado. O nvestidor deverá estar sempre aento às condções de cada mercado em que oerar, já que uma esratégia de nvestmento que nciona be no Brasil poe se osrar desasrosa no mercado amercano
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
CAPÍTULO onsiderações sobre fatores setorias
Tratemos agora, com um pouco mais de detalhe sobre as ca racterísticas dos principais setores da economia e os fatores que devem ser considerados pelo investidor, ao avaliar uma empresa A observância e o peno entendimento desses fatores bem como o grau de incisão com que afetam os negócios, têm cunho estratégico, uma vez que podem determinar tanto o sucesso quanto o fracasso de um empeendimento Denimos fatores setoriais aquees que atam apenas determi nado grupo de empresas, que atuam no mesmo setor da economia produzindo ou prestando serviços de natureza semelhante muitas vezes se constituindo em empresas concorrentes Vamos, então, analisar esses fatores sob a perspectiva do setor em que estão presentes. Alguns fatores afetam os negócios de empresas de vários setores porém a inuência em cada um é variável e depende do grau de risco que o fator gera no setor Setor imobiliário
Fazem parte deste setor as empresas de construção e intermediação imobiliária, tais como: Cyrela, Gasa Agra, Rossi PDG, Abyara e Klabin Segal 43
Tratase de um seto em pleno desenvolvimento no mecado basileio onde há um gande décit imobiliário e po con seqüência, uma visível capacidade potencial a se exploada E fomentado pelo nível de atividade econômica e pelo volume de reursos disponíveis para nanciamento imobiliáio Sendo essas opeações geralmente de longo pazo, o setor é sensível à curva de juos e à política monetária Um encaecimento no crédito diminui a procua por nanciamentos, enquanto uma queda na taxa de juos fomenta esse mercado. ,
Os ecursos para nanciamento imobiliáio são provenientes das cadenetas de poupança abetas nos bancos, potanto o ces cimento do volume dessas poupanças deve se compatível com a demanda por esse tipo de nanciamento. Os esultados das empresas que atuam nesse seto são afeta dos po seus uxos de caixa oiundos das vendas das unidades construídas e também pela projeção de suas vendas futuas. Essas perspectivas são fatoes de isco de gande inuência nos preços das ações principalmente quando há incetezas em elação a inação, taxa de juos e cescimento da economia. Algumas empresas possuem maior imunidade às variações nessas pespectivas, focando seus projetos no segmento de classe média baixa, onde está a maior pate do décit habitacional existente Sob o ponto de vista isco, outro fato importante é considera se o estoque de teenos é pulveizado ou muito concentado em uma egião Isso pode determina maio ou meno risco Po ser um setor de atuação complexa com pojetos de longo prazo o histórico de bom desempenho da empesa também é um fator de muita importância na seleção do papel paa investimento
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Sob a ótica da necessidade de saída, empesas com maio liquidez sgnicam menoes possibilidades de peda duante as crises no mecado de ações, já que nos momentos tensos os papéis com meno liquidez tendem a te as maioes quedas Avaland Empresas, Investindo em Ações
O setor imobiliário é responsável por desencadear o aquecimento em vários outros setores da economia, pois é consumidor de recursos diversos e grande empregador de mãodeobra, por tanto isso o torna também um fator de acompanhamento para nvest1mentos em outros setores.
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Setor de transporte aéreo e produção de aeronaves Fazem parte deste setor empresas como Embraer, Gol e TAM Tratase de um setor com grandes fatores de risco no merca do brasileiro e, portanto, fortes volatilidade e sensibilidade no mercado de ações Pelo lado da demanda, é extremamente sensível a acidentes e crises, como a crise aérea enfrentada em 2006 e 007 no país Sensível também à variação no preço do petróleo, por ser esse o componente de maior participação na estrutura de custos dessas empresas. Neste mercado, é mais fácil repassar um aumento de custo para o preço das passagens internacionais do que das na cionais Isso benecia empresas com maior receita proveniente de vôos internacionais e prejudica as que têm foco em vôos regionais Entre os indicadores que existem no setor e permitem avalia ções de cenário, merecem atenção os números do tráfego aéreo divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A ta de ocupação das aeronaves é um importante indicador que demonstra a eciência na gestão de vôos A quantidade de horas em solo permite avaliar se a capacidade disponível está sendo aproveitada Aeronaves no solo e baixa taxa de ocupação indicam que o custo xo pesará demais nos resultados da empresa
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Capítulo 2 Considerações sobre fatores setoriais •
Não podemos esquecer o risco reguatório, já que este setor recebe muita inuência de órgãos governamentais Perspectivas para o setor devem ser avaiadas em linha com as perspectivas de crescimento econômico e aumento de renda, que impulsionam tanto a aviação comercial quanto a executiva Setor de renda imobiliária
Fazem parte deste setor empresas cujo negócio é a renda com auguéis de saas comerciais e espaços em shoppin g center, como a CC BR Mals Iguatemi e Mutiplan. Este setor é sensíve a problemas crônicos de inação e aumento de taxa de juros. Um aumento pontual nos índices de inação não signica grandes preocupações, uma vez que os aluguéis são reajustados por índices de inação, como o IGP e o IGPM Ta situação pode ocasionar até um efeito benéco, com o aumento da receita. Entretanto ao iniciar um ciclo de aperto monetário, há o risco de retração com desaceleração na atividade econômica, culminando no aumento da vacância dos imóveis e, conseqüentemente, na queda do preço dos auguéis Portanto como em outros setores, a perspectiva de estabiidade na estrutura econômica do país forma a expectativa de resultados turos dessas empresas Paa os investidores que desejam aplicar em ativos deste setor, é importante levar em conta a forma de atuação dessas empresas Portfóios diversicados, ou seja, imóveis em diferentes centros urbanos, para diversos tipos de inquiinos, reduzem o risco de vacância e suavizam os riscos causados pela concorrência
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Avaliando Empresas, Investndo em Ações
Setor de transporte e logística •
Fazem parte deste setor empresas que atuam no ramo de logística e transportes rodoviário, ferroviário e marítimo, como ALL, Log in, Santos Brasi e Wison Sons. Este setor geramente é considerado deensivo, possuindo grandes players com riscos moderados para a manutenção ou aumento da lucratividade A demanda peo transporte é o principal ator de acompa nhamento Como em quase todos os setores, é determinado pea variação da demanda agregada na economia, ou seja, depende diretamente do nível de atividade econômica Os investimentos governamentais em infraestrutura suportam o incremento da atividade econômica e aumentam a demanda para essas empresas, principalmente para as que atuam nos meios de transportes erroviário e marítimo, principa foco de projetos de longo prazo do governo brasileiro Como fatores de risco deste setor, temos a concentração de clientes de algumas empresas e interferência do governo no preço de fretes, além de possíveis ações regulatórias que podem aetar a atividade dessas empresas Desta forma, empresas com diversicação nos negócios conseguem pulverizar o risco e as que têm foco em souções integradas de ogística tendem a se beneciar Para empresas do setor portuário, é importante atentar para a constante discussão sobre a regulamentação portuária, que pode aterar o níve de concorrência.
Setor siderúrgico e de mineração Fazem parte deste setor empresas como CSN, Gerdau, Usiminas Vale do Ro Doce e Magnesita. 47
Cpíulo 2 Considerções sobre fatores setoriis •
Esses setoes são impulsionados pela ta de cescimento da economia principalmente a dos chamados países BRIC (Brasil, Rssia India e China) que estão em pleno desenvolvimento e epresentam gande parte do consumo mundial de aço. �
De oma geal os fatoes que balizam esses dois setores são os peços das commodities metáicas com destaque paa os peços do minério de ero e do aço Os númeos das demandas doméstica e internacional são impotantes para indica quais são as pespectivas dessas empesas. O setor é sensível à valoização cambial, pois isso torna os podutos basileios menos competitivos no mundo Outra pe ocupação é o custo de podução que pode cesce em unção de pessões inacionáias. Paa o setor de mineação, é impotante salienta que essas empesas dependem muito do setor sideúrgico, epesentando a maio pate de suas receitas O investdo deve ca atento à política macoeconômica global, pois o contínuo cescimento dessas empresas está ligado à manutenção da saúde econômica global.
Setor de papel e celulose Fazem pate deste seto empesas como acruz Klabin Suzan e VC Assim como o setor de siderurgia e mneração o de papel e celulose é mpulsonado pelo crescimento dos países em desenvolvimento Nos últimos anos, as empesas desse seto vêm aumentando sua capacidade podutiva paa atende ao aumento nos consumos basileiro e mundial.
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Avaliando Empresas, Invetindo em Ações
O setor é sensível à variação cambial O real, quando valo rizado, encarece o produto para exportação, tornandoo menos competitivo. O petróleo tmbém é um fator de atenção Na base de custos dessas empresas, estão produtos derivados do petróleo, como fertilizantes e insumos petroquímicos O custo do combustíve para as máquinas e o transporte da matériaprima também está igado ao petróeo Portanto, o risco de aumento no preço do barril, comum em momentos de alta demanda e em épocas de crise no Oriente Médio, pode afetar negativamente o preço dessas ações. Como fator de risco, salientamos o risco regulatório Apesar de essas empresas trabaharem em regime autosustentáve no pantio da matériaprima, sempre há o risco de medidas regula tórias motivadas por questões ambientais Setor de concessão rodoviária ,
E composto de empresas de administração de sistemas rodoviá rios, como a CCR e a OHL O resultado dessas empresas está diretamente relacionado aos números do tráfego de veícuos nas rodovias sob sua gestão Esses números por sua vez, são impulsionados pelo crescimento econômico que suporta as vendas de veículos Portanto, um dos fatores de acompnhamento do setor é a quantidade de veículos vendidos pelas empresas do setor automotivo. Entre os fatores que afetam a variação do tráfego, o principal é o preço do petróeo, que inui no custo da viagem dos veículos movidos a diesel e a gasolina. O aumento da produção e o consumo de álcoo combustíve atua como fator de imunidade ao setor O percentual de veículos movidos a álcool ou do tipo fex deve aumentar consideravelmente nos próximos 1 O anos. 49
Capítulo 2 Considerações sobre fatores setoriais •
O custo da construção civil faz parte da estrutura de custos dessas epresas portano empresas com aior número de proe os em andaento tê aior sensibilidade à variação de preços, edida pelo INCC Em oentos de maior inação pode haver aior volatilidade nas ações dessas empresas U iportante fator de risco relacionase às questões regulatórias, uito couns e perodos próxios a eeições Tabé ligados a questões governaentais há os proetos de infraestrutura de longo prazo, com foco votado à apliação de capacidade nos transportes ferroviário e artimo Esses projetos não deve reduzir o número de veculos poré diminuir a taxa de cresciento do tráfego pesado nas rodovias afetadas por essas n1cat1vas •
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E iportante que o investidor acopanhe també a estratégia de cada epresa nos leilões de concessão
Setor de telecomunicações, telefonia móvel e telefonia fixa Fazem parte deste setor epresas coo Brasil Teleco, Claro, Contax Ebratel NET, Oi, Tele Norte Teleig Telesp, TM e Vivo ,
Tratase de um setor tipicamente ligado ao consuo. E impsio nado pelo crescimento econômico, sendo muito elástico nas classes C e D que nos últimos anos tê sido o foco dessas empresas Para as epresas que atua e telefonia móvel são ipor tantes fatores de referência os núeros relacionados às vendas e datas e períodos estratégicos coo dia das mães, natal e dia dos naorados Comparar esses núeros entre as epresas concorrentes permite estabelecer qua está co posicionaento tático ais adequado ao potencial de clientes 50
Avaland Empresas, Investindo em Ações
Como fatores de risco, há o aumeno da compeiividade no setor, que está em expansão. Para as empresas que auam em elefonia xa há riscos relacionados às soluções de telefonia corporativas baseadas em Internet que limiam os resulados das empresas que auam na telefonia convencional e aumentam a participação de mercado das pioneiras. O setor sofre ambém com o excesso de questões regulatórias que aam as perspecivas de longo prazo dos investidores e dicultam a projeção de cenários
Setor de energia ,
E composto de empresas que atuam na geração ransmissão ou disribuição de energia como S Tietê Celesc Cemig Cesp Coelce, Copel, CPFL Energia Eleropaulo Equaorial e Tracebel. ,
E inuenciado pela atividade na cadeia produtiva, ou seja, reage às perspecivas de crescimento econômico. A principais empresas dese setor esão em um alo grau de maturidade poranto não há necessidade de grandes investimenos e por conseqüência são boas pagadoras de dividendos. Desa forma ese é um seor defensivo com risco baixo e menor reorno em comparação aos demais. Os leilões de energia diam as principais direrizes do seor bem como as perspecivas de receia para os próximos anos Assim o setor de energia possui nas ações regulatórias do governo um faor de acompanhameno do risco Merece acompanhamento o faor demanda versus ofera já que o risco de apagão pode afear os resulados do seor
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Capítul 2 Consderações sobre fatores setorais •
Setor de alimenos Fazem parte deste setor as empresas produtoras e distribuidoras de a i mentos, como JBS Marfrig Minerva Perdigão e Sadia setor é impusionado pela atividade econômica e distri buição de renda Reage às variações dos preços das commodities aimentcias negociadas em bosas de mercadoria O valor do câmbio também é determinante uma vez que o rea mais apreciado tira a competitividade do produto exportado enquanto a alta do dólar aumenta sua atratividade. O
Ações reguatórias de países importadores e acordos biaterais têm forte inuência nessas empresas, já que tais fatores ateram a demanda por esses produtos. Exemplos dessas questões são as restrições à carne brasileira e as limitações alfandegárias para exportação de grãos aos Estados Unidos As empresas que atuam no processamento e também na distribuição dos alimentos têm suas fontes de receita mais di versicadas, possuindo assim maior imunidade às variações do mercado Fatores de sucesso para o setor são a internacionalização e a diversicação
Setor de educação ;
E composto de empresas como Anhanguera Educacional, Estácio Participações e Kroton Educacional. setor é promissor no pas em razão da baixa txa de escola ridade e do potencia criado com o desenvolvimento econômico. Há muitas empresas iniciando neste mercado portanto há ex pectativa de aquisições e consolidação no médio prazo, questão que deve gerar oportunidades e riscos devendo ser acompanhada pelo investidor O
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Emresas com um modelo educacional padronizado e de baixo custo, capazes de aplicar uma mesma estratégia em diversas regiões do aís onde há potencial ara exansão dos negócios, são as que têm maores exectativas de retorno no longo razo Como fator de risco o setor depende de um cenáro macroeco nômco ostvo, com crescmento da demanda or prossonas formados, além de um constante ajuste entre o tipo de prossonal demandado e os cursos oferecdos pelas empresas Setor financeiro
Fazem parte deste setor bancos múltlos e emresas administra doras de cartões, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Unibanco e Redecard. setor é comlexo e a estratéga adotada de cada empresa em relação ao cenáro macroeconômco, bem como sua capacdade e velocidade ara adatar-se às mudanças, dene as chances de ter ou não um bom exercício. O
Crescimento econômco, taxa de juros baxa e nação con trolada promovem aumento de receita com produtos de crédto como emréstmos, nancamentos e cartões de crédto, bene cando as empresas que ossuem foco na concessão de crédito As emresas desse setor têm uma vantagem em relação às de outros setores: a velocdade em que conseguem acompanhar as mudanças de volume na demanda or seus rodutos Por terem sua atvdade suortada or modernos sistemas de tecnologia, a absorção de aumento na demanda não deende do temo de maturação de grandes nvestimentos, sem contar que o aumento de custos com mão-de-obra mutas vezes não é necessário
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Capítulo 2 Considerações sobre fatores setoriais •
Entre os fatores de risco o que merece maior destaque é o risco regulatório, já que este é um setor crtico nas questões econômi cas e polticas, tendo o Banco Central autonomia para regular e sclizar seu ncionamento Em razão da intensa globalização e interligação, diretrizes internacionais e resultados dos bancos em outros pases afetam constantemente as expectativas sobre o futuro dessas empresas no Brasil Como lição de casa cabe ao investidor que aplica em ações ter em mãos um mapa completo dos fatores que afetam as empresas que compõem sua carteira de investimento e de forma ostensiva, efetuar um acompanhamento rigoroso que permita antever as mudanças de cenário que poderão ocorrer durante o período de 1nvestmento. •
Vale lembrar também que sendo o mercado de ações tão dinâmico, é comum o surgimento de novos fatores, bem como a alteração do grau de inuência dos fatores existentes Somente monitorando todas essas alterações de cenário será possvel acompanhar e entender o movimento das ações no mercado de capitais
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
CAPITUL ,
O processo de divulgação dos dados de uma empresa
empresas de capital aberto, cujas ações estão listadas em bolsas de valores, têm por obrgação dvulgar os dados de seus balanços patrimonas ao mercado Podemos considerar a periodicdade dessa divulgação já como um fator relevante na escolha das em presas em que vamos investr nosso dnheiro.
A
Existem empresas que dvulgam seus balanços anualmente, outras os divulgam semestralmente, e as melhores e mais concei tuadas os divulgam trimestralmente ssas últmas representam, com certeza, opções mais interessantes de nvestmento por dis ponblzarem seus dados com maior nível de detalhes ao longo da linha de tempo, permitndo que se faça uma análise mas próxma sobre o andamento dos negócios. Em análises trmestras, podemos detectar sazonalidades de consumo, perodos de entressafra ou, anda, o efeito de novas mplementações no parque fabril de forma mas rápida, sem ter de esperar o térmno do ano para visualizá-los. Como parte de um processo de evolução do mercado de ações, crouse o conceito de governança corporativa, que se constitu num conjunto de práticas que ntegra administração, auditorias interna e externa, relaconamento com acionstas, órgãos regu ladores e scalização. O objetvo de tais práticas é proporcionar
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or trnsprênc e extdão ns inorções prestds o ercdo gregndo vor às ções d epres pel conblidde que dqure esss inormções é d lqudez resultnte d pulerzção do cptl. Ao buscr destcr s epress que se dspõem dotr esss prátics slutres e ior nvel de trnsprênc e relção o ercdo, Bovesp crou dos nves de governnç corportv nos quis s epress pode se enqudrr é de u segento de negocção dierencdo chmdo Novo Mercdo As epress enqudrds no nível 1 de governnç corportv se coproete tender u núero no de requsitos exigdos pelo regulento desse nível As que se enqudr no nvel 2, alé de obedecere às regrs denids pr o nível 1, se comproete tender outros requsitos que vs oerecer o ercdo or trnsprênc Aquels que pertence o Novo Mercdo, por su vez tende os requstos dos dos níves nterores e possue um nvel nd s elevdo de exgêncs nclundo sclzção e udtor As dretrzes do Novo Mercdo bserse no modelo norteercno pr o ercdo de c pts e s epress que o copõe possue pens ções ON A gur 3.1 ostrnos um qudro co s prncpis dierençs desses três segentos de negocção d Bovesp e relção os ppés do mercdo cou. Cso o letor tenh nteresse e conhecer s prondaente s crcterstcs de cd u desses segentos, Bovesp dspo nibliz nforções detlhds sobre s prátics de governnç corportiv e seu site. Os seguntes lnks dão cesso os docuentos de cd segento:
56
•
http://wbovespaombr/pdf/RegulamenoNivel.pdf
•
http//wbovespaomr/pdf/RegulamenoNivel2.pdf
•
htp//wbovespaomr/pdf/RegulamenoNMercadopdf
Avaliando Empresas, Investndo em Ações
CAPÍTULO onceitos básicos para entender o balanço patrimonial
balanço de uma empresa é o meio formal pelo qual a alta administração presta contas de seu desempenho aos acionistas e ao mercado, expondo nele um resumo sobre todos os negócios efetuados as despesas envolvidas na atividade, impostos e encargos que incidiram sobre elas e foram pagos além do lucro obtido no exercício de sua atividade. O
No capítulo 3, vimos algumas guras ilustrativas demons trando a estrutura de dados oferecida pela Bovespa, por meio do aplicativo DIXT para acesso aos dados de balanço das empresas listadas. Vamos agora conhecer com um pouco mais de prondidade quais são os componentes de um balanço patrimonial e qual a relação que cada um desses itens tem entre si. De forma genérica, podemos dizer que o balanço patrimonial é um conjunto de documentos em que cam registrados os bens direitos e obrigações da empresa num determinado momento, onde são representados em padrões contábeis que se dividem em dois grandes grupos:
69
.
onde são lançados todos os bens e direitos da empresa. Conforme sua natureza, pode ser dividido em:
Ativo:
•
onde estão contabilizadas todas as disponibilidades da empresa:
.Ativo Circuate
caixa e valores depositados em bancos;
aplicaçes nanceiras de curto prazo;
contas a receber (no prazo de
•
ano);
juros e dividendos a receber (no prazo de
ano)
estoques
ben de propriedade da empresa destinados à operaão da companhia e que não têm grande liquidez:
ivo Imobilizado
•
fábricas;
escr1toros e moves
instlaões e equipamentos
instrumentos e máquinas usadas na produção
automóveis, tratores, empilhadeiras, aviões, navios etc
•
I
•
são as disponibili dades da empresa que só se realizarão depois de ano da data de publicaão do balnço
Aivo Realiável de Lon go Po
70
1
vendas com prazo superior a
1
ano
empréstimos concedidos a empresas do mesmo grupo
•
depósitos judiciais
contratos sazonais de exportaão.
Avalindo Empress, Iestdo em Ações
2. Passivo
ode são laçados odos os compromissos e obri gações da empresa De orma análoga ao Aivo em razão de sua naureza pode ser classcado como:
Passivo Circute ode esão conabilizadas odas as
obrigaçes de cro prao da empresa
salários;
mposos;
pagameo a orecedores;
emprésimos e ecargos em isiuições faceiras
•
Passivo Exi gível de Longo Prazo: são as obrigações da
empresa qe possem prao sperior a ao
emprsimos egociados o ogo prazo;
depósios judciais;
pagamento a orecedores em compras negociadas no longo prao
Se observarmos as fgras 313 e 3, poderemos noar a estrutura estabelecda o plano de cotas padronado pela Bo vespa para divulgação ao mercado (ao para o grpo de atvo quao para o de passivo) s lihas de dados de cada iem de aivo ou passivo recebem códigos de cona qe ormam íveis hierárqicos de dealhes agrupados por anidade ou aurea. Os valores dos ies subor dinados são somados para compor o saldo dos es sbordiadores reprodzido esse processo em odos os níveis de dealhe, até atingir o nível mais alo que é o Atvo ou o Passvo Toal
71
Capítulo 4 • Conceitos básicos para entender o balanço patrimonial
Além das composições de ativo e passivo outros elementos importantes que podemos encontrar no baanço patrimonial de uma empresa e que utilizaremos em nosso processo de anáise são:
Patrimônio Líquido: representa o capital próprio da empresa ou seja a diferença entre ativos e passivos basi camente composto de
capita próprio
reservas de capital;
lucros ou prejuízos acumulados
•
reservas para proventos não distribudos
Receita Líquida são as vendas da empresa no perodo não importando se são de curto ou longo prazo deduzi dos os impostos (ISS, ICMS, IPI), eventuais devoluções e abatimentos concedidos após a entrega dos produtos.
Lucro Líquido é calculado a partir da Receita Lquida subtraindo dea o custo de aquisição das matérias-primas da produção venda e distribuição dos produtos acabados gastos com pessoal participações e imposto de renda.
Quantdade de ações todas as ações da empresa (ON/PN).
72
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
CAPITULO ,
inhas gerais para análise de balanço
Ao observar um balanço podemos vsuazar de orma consol dada os números gerados a partr de um período determnado de atvdade da empresa Entretanto apesar de vsuazarmos esses números ncamente não passam de um conunto de dados sem propósto comparatvo defindo Dessa orma, analsar os números de um exercíco e tntar vsumbrar a saúde fnancera e econômca da empresa tornase uma tarea mpossível uma vez que não há padrões de comparação estabelecdos Para avalar uma empresa, necesstamos processar esses dados e transormá-os em normações padronzadas, útes à tomada de decsão Uma vez que os padrões estejam estabelecdos torna-se possíve analsar a empresa obseando sua evolução no tempo e eetuando compara ções com outras empresas do mesmo setor ou ramo de atvdade. A análse de baanço consste em um conjunto de técncas capazes de ornecer números e ndcadores padronzados e pas síves de comparação prmero grupo de normações necessáras para a análse de baanço é ormado peo conunto de percentuas obtdos nas análses vertca e horzontal O
73
CAPITULO ,
lisdo ss o io d ididos
Para que se possa entender perfetamente o que representam os números contdos no balanço patrmonal de uma empresa de captal aberto, não basta apenas olhar para eles Dstrbuídos abundantemente sobre as númeras folhas que compõem os balanços, esses números são quase nntelgves Mesmo que existam números que possam ser analsados em sua forma pura, como aparecem no balanço, a maora deles necessta ser trabalhada de forma ordenada e metódca para que tome forma e, depos de modada, passe a nos ''dzer algo relevante sobre a empresa. A essa forma moldada, ou seja, calculada, na qual transformamos dversas nformações contdas nos balanços, damos o nome de 'ndcadores Indcadores ndamentalstas nada mas são do que dados calculados a partr do balanço da empresa que, uma vez comparados entre s durante a lnha de tempo em que a empresa desenvolve sua atvdade comercal, são capazes de demonstrar como fo o andamento dessa atvdade. Permtem mensurar o crescmento ou a redução de fatores postvos ou negatvos relaconados à atvdade dessa empresa e podem ndcar tanto seu crescmento (maor propensão a lucros e melhora na permance 77
administrativa) quanto o fracasso das vendas (baixa qualidade produtiva ou o excesso de gastos com despesas que não agregam valor a seus produtos ou serviços). Os indicadores assim como os demais dados dos demonstra tivos são caculados trimestramente como se fossem prévias do balanço anua, ou sea os valores são cumulativos desde o início do ano e não apenas o resutado de um trimestre em particular Isso sgnica que os dados do primeiro trimestre são o resutado apurado após os primeiros 3 meses do ano os dados do segundo trimestre são o resultado apurado nos primeiros 6 meses do ano e assim por diante As únicas exceções a essa regra são as infor mações de patrimônio e quantidade de ações, que representam posições atualizadas na data de encerramento do trimestre em questão Por essa razão o investidor deve car atento ao fato de que um prejuzo nem sempre é demonstrado na forma de um valor negativo mas sim pela redução do vaor em relação ao trmestre anteror '
•
•
A razão para que os valores sejam expressos dessa forma é possibiitar a visuaiação de sua evoução comparativamente a perodos anteriores o baanço de outros anos). Assim podemos avaliar, por exempo se o andamento das vendas no na de setembro deste ano está compatíve, superior ou inferior ao apresenado em setembro de 2007 ou de outro ano anterior permitindo ava iar antecipadamente se a situação está boa ou ruim Se existisse apenas o balanço anual, só conseguiríamos identicar no mês de dezembro uma queda nas vendas ocorrida em março. Dessa forma nosso processo de análise deve estar focado na comparação, trimestre a trimestre, dos dados de baanço e dos indicadores, sempre os comparando com os dados do mesmo trimestre de períodos anteriores Essa estrutura também nos permite identicar sazonalidades de consumo ou produção, na medida 78
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
em que podemos perceber aumenos ou reduções em dados ou indicadores, odos os anos, na mesma época Veremos que alguns desses indicadores podem ser confronados uns com os outros no mesmo períoo de apuração e não somene consigo mesmo em períodos anteriores. Essa técnica permie a análise de fatores como invesimeno em infraesruura, modernização de parques industriais, maha de transpore ou ogísica Outros nos permiem comparar empresas de idade ou pore diferente, de forma que possamos mensurar seu grau de cresci mento ou de eciência independentemene da quanidade de dígios que visuaizamos em seus baanços Outros ainda indicam maior propensão ao pagameno de dividendos ou mosram o quanto uma ação está sobre ou subvalorizada no mercao em relação a seu valor intrínseco Consierando sua naureza podemos dividir os indicadores fundamentalistas em dois grupos: •
Indicadores de balanç são aqueles que uiizam apenas informações conidas nos baanços rimesrais e nos de monstrativos de resuado do exercício (DR) e por essa razão mantêmse inaerados aé que a empresa divugue um novo baancee
•
Indicadores de mercado: são aquees que uiizam infor mações de balanço e dados do mercado em seu cáculo, o que faz que seu vaor se modique odos os dias pela inuência dos eementos oriundos do mercado que é atualizado diariamene
Nos capítuos seguintes esaremos conhecendo em deahes cada um desses indicadores
79
Capítulo 6 Analsando empresas por meio de indicadores
CAPÍTULO Indicadores de balanço
Neste capítuo, estaremos detalhando os principais indicadores de balanço. Aém de descrever sua composição e fórmula de cálcuo, indicaremos o que o investidor deverá obsevar em cada um deles e como poderá utilizáos para detemina que caactersticas da empesa ees representam
Liquidez Corrente (LC) A Liquidez Corente é caculada pela seguinte fórmula: L
=
Ativo Ciculate Passo ruan
Repesenta quanto a empesa possui em relação a cada unidade monetáia que deve no mesmo período Po exemplo, se LC for igua a 080 sgnica que para cada R$ 1,00 de dívida, a empresa já possui R$ 080 O vaor idea para esse indicador é que seja sempre maior que 1. Quanto maior for seu valo, melhor, pois isso indica que a empresa possui capacidade para pagamento de suas dvidas e disponibiidade nanceia que he confere mais 'jogo de cinturà A permanência desse indicador acima de 1 por diversos trimestres ou anos seguidos mostra que a empresa tem mantido um sólido contole sobre seus gastos e não tem necessidade de assumir alto ndice de endividamento
81
Mesmo que não permaneça acima de 1, se demonstrar um acréscimo constante desse vaor, ao ongo do tempo, podemos deduzir que o grau de iquidez de suas disponibilidades está aumentando, ou seja, a empresa tem aumentado a quantidade de dinheiro disponíve em seu uxo de caixa Esse fato favorece a empresa em momentos de diculdade ou quando ea necessita de capita para aquisição de matériaprima ou modernização e ampiação de sua capacidade produtiva, em face de um novo desao ou oportunidade de negócio.
Liquidez Geral (LG) Calculase pela seguinte fórmua: LG
=
Avo Crcuae+ Atvo Reazáve e Longo Pazo Passvo Crclate Passvo Exigível de Longo Pazo
Tem o mesmo signicado que a Liquidez Corrente, porém considera também os ativos e passivos de ongo prazo. E uma visão amliada da capacidade de liquidez da emresa, uma vez que se expande para os ativos e passivos de longo prazo ,
Liquidez Imediata (LI) A Liquidez Imediata é cacuada ea seguinte fórmua:
Assim como a Liquidez Corrente, busca estabelecer a relação da capacidade de pagamento sobre o Passivo Circulante, porém de forma imediata. Na linha disponibilidades são contabiizados somente os vaores de liquidez imediata, como caixa, bancos, aplicações nanceiras e quaquer outra linha que possa ser disponibilizada imediatamente. 82
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
;
E um indicador de extrema importância para avaliar a capa cidade de atendimento dos compromissos de curto prazo. Em um cenário de retração econômica, a empresa deve manter uma margem de segurnça nesse índice para garantir seus pagamen tos sem necessitar de crédito. Já em um cenário de aquecimento econômico a empresa poderá concentrar suas disponibilidades em estoques e duplicatas para atingir uma maior lucratividade
Liquidez Seca (LS) A Liquide Seca é clculada pela seguinte fórmula: LS
Avo Circulante - Eoque . pass1o e·ru1ae
Estabelece a relação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, porém desconsiderando o estoque. Busca avaliar a capacidade que a empresa possui de atender a seus compromissos de curto prao sem depender da venda de seu estoque.
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido (RPL) Fórmula de cálculo: RPL =
Lur Líud patrmo0 , . L'qu do
Considerase para o cálculo desse indicador o Lucro Líquido apurado num período de 12 meses e o valor do Patrimônio Líquido atual Representa a txa de retorno dos acionistas no período de apuração Mede a permance de geração de lucro que a empresa consegue produir com capital próprio 83
Capítuo 7 Indicadores de balanço •
Quanto maior or o vaor desse indicador melhor ois de monstra que a empresa necessita de um patrimônio menor para produzir mais lucro Quando apresentar acréscimo em seu vaor no transcorrer do tempo de um ano ara o outro indica que a empresa mehorou seus rocessos ou ampiou o mercado pois está conseguindo produzir e vender mais aumentando conse qüentemente seu lucro com o mesmo atrimônio Líquido. E um forte indicador de crescimento da emresa. �
Quando o indicador RL não apresentar grande varação de um período para outro devese observar se essa estagnação no indicador está acompanhada de um crescimento coerente do atrimônio Líquido e do Lucro Líquido de orma que acabem po mante a relação entre ees interada. e for essa a situação que causa estagnação do indicador não será um sina negativo para a saúde da empresa Por outro lado se seu vlor diminuir no decorrer do tempo apresentando redução no LucroLíquido e um Patrimônio Líquido estável, teremos a indicação de que a empresa está perdendopermance. O mesmo patrimônio que lucrava em períodos anteriores não está onseguindo mais produzir ou vender o suciente para gerar o mesmo lucro Se além do indicador tanto o Lucro Líquido quanto o atrimônio íquido estiverem diminuindo será um péssimo sinal para a saúde da empresa indicando que seus níveis de produção e sua capacidade de gerar riqueza estão diminuindo. E o momento de repensar sua ermaência na carteira
Grau de Endividamento {GE) É cacuado pea seguinte fórmula: G =
Passvo Exgível de Logo Prazo Avo Toa (Crcuante+ Imobado+ Reaiáve e ogo Prao)
84
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Entendese por endividamento o passivo que a empresa assume em decorrência de empréstimos feitos no mecado para nan ciamento de seu processo podutivo ou opeacional Contrair empéstimos é uma condição absoutamente norma na atividade de quaque empresa. Esse fato tornase um probema somente quando as oações decorentes desses empéstimos começam a pesa de forma mais incisiva sobe as atividades da empresa e sobre sua disponibilidade nanceira Este indicado mostranos que propoção do Ativo Tota da empresa está sendo nanciada pelos credoes de ono pazo. E inteessante que esse indicado tenha o menor vao possve E desejáve, aé mesmo que decresça em eação a perodos ante riores, mostando que a empresa está cada vez menos dependente do recurso de terceios para nancia as própias atividades
,
A azão paa essa peocupação é que um aumento nas taxas de juos pode ata empresas com eevado GE, pois faz cescer suas obriações em eação aos bancos dos quais obteve seus emprest1mos I
•
Um aumeno signicativo no GE de uma empresa pode ser postivo se estive igado à ampiação de sua capacidade produtiva Isso quer dize que a decisão de assumir uma dvida com emprésti mos é promissora se os recursos forem utilizados na modernização ou ampliação do parque industrial no desenvovimento de novos podutos ou na mehoia do processo ogstico, de tal forma que agreue competitividade à empresa Paa identica essa situação é necessário qe o investidor observe se o aumento do E decore em paralelo a um crescimento compatível do Ativo mobilizado demonstrando que os recursos obtidos em empéstimos foam investidos em instaações, maqunas e equpamentos I
85
Capítuo 7 Indicadores de balanço •
Nesse caso, é necessário acompanhar o reexo desses investimentos no aumento da receita ou do ucro Lquido nos trimestres seguintes, de forma a constatar que o aumento nas vendas ou na m do negócio realmente compensou o investimento Observar um aumento progressivo do GE, trimestre após trimestre, sem nenhuma compensação na coluna de ativos, nos dá uma forte indcação de que a empresa está indo ma em seus negócios, usando os recursos obtidos no mercado apenas para tapar buracos', sem agregar nenhum vaor a seu negócio Tal prática profundamente nociva, drenando a liquidez do capital da empresa, fato que impede seu crescimento
Índice de Independência Financeira (IF) ,
E calculado pela seguinte fórmua: IF
=
Parmônio Líquido x 100 A t1vo �oal .
O objetivo deste ndicador é demonstrar o quanto dos inves timentos em ativo da empresa é suportado por seu próprio patrimônio. O complemento deste indicador representa o percentual de capital de terceiros investido na atividade da empresa Por exempo, para um Ativo Tota de um bihão de reais e um Patrimônio Líquido de quatrocentos milhões de reas, o resutado deste ndicador será de 40o, demonstrando que 40/o do investimento da empresa feito com recursos própros e 60o com recursos de terceiros.
86
Quanto mior for a participação de terceiros nos investimentos da empresa, menor será sua ndependênca em relação a eles ou aos encargos que essa dependência possa gerar A situação ideal que a empresa apresente um pequeno grau de dependência em reação a terceros ou que, pelo menos, esse grau de dependência apresente redução no decorrer da lnha de tempo Avaliando Empresas, Investndo em Ações
Margem Bruta (MB) ,
E calculada pela seguinte fórmula MB
1
ro Brto 00 = Vnda qida x
Demonstra a eciência do processo produtivo na empresa Sendo o Lucro ruto a diferença entre as vendas e o custo de produção obtemos um indicador percentual de eciência ao dividilo pelo valor das Vendas Lquidas Deta forma o indicador de Margem Bruta subirá de u ano pa outro quando houver redução no custo de produção ou aumento nas vendas sem o incremento de mesma magnitude no custo de produção, o que indica maor p1nc no processo produtivo Da mesma forma será observada uma queda neste indicador caso haja diminuição nas vendas sem diminuição no custo de produção, aumento de salários aumento no custo da matéria -prima ou diminuição no preço de venda do produto A condição ideal para este indicador é que sempre cresça mostrando que a empresa está conseguindo mas de sua produ ção ou pelo menos que se mantenha estável demonstrando que a administração tem controle sobre seus gastos e que consegue compensar eventuais aumentos de custo pelo incremento de pnc no processo produtivo
Margem Líquida ML) É calculada pela seguinte fórmula:
uco Líqo 00 =Venda 'q1das X
Demonstra o quanto das Vendas Líquidas permaneceu na empresa na forma de Lucro Lquido. Por exemplo, se a empresa 87
Capítulo 7 • Indicadores de balanço
vendeu $1.000,00 em produtos e serviços e teve um Lucro Líquido de $400,00, sua Margem Líquida foi de 40°/o o que indica que 40/o de suas vendas se transformaram em lucro e 60o de suas vendas cobriram os demais custos de produção e atividade da empresa ,
E um ótimo indicador para comparar empresas que atuam no mesmo setor. Ao efetuar esse tipo de comparação podemos observar que sob um único conjunto de regras como custos de produção custo de capital e características de demanda empresas do mesmo setor não conseguem ter a mesma permance sobre suas vendas. Um aumento contínuo da Margem íquida no decorrer da linha de tempo, indica que a empresa está melhorando sua perfrmane e gerando cada vez mais lucros com o mesmo volume de vendas Esse crescimento é um excelente indicador de saúde nanceira da empresa
Lucro por Ação (LPA) Este indicador é calculado pela seguinte fórmula: íquido uan t1" dade de açoes -
LPA=Q
Lucro
Para seu cálculo considerase o Lucro íquido apurado num período de 12 meses e a quantidade atual de ações emitidas pela empresa. Representa quanto do lucro da empresa cabe a cada ação. Com base nesse indicador, o investidor pode apurar se o lucro gerado para cada uma de suas ações está diminuindo ou aumentando Um acréscimo desse valor indica que a ação está ganhando valor pois a parcela que representa tem maior participação nos resultados da empresa. Esse fato tende a valorizar essa ação perante o mercado 88
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
De forma anáoga, seu decréscimo indica que essa ação deverá peder vaor de mercado o turo à medda que o uco que he couber tender a ser menor.
Valor Patrimonial da Ação {VPA)
E calculado pea seguinte fórmula: VPA
=
Patrmôni o Líquido Qantdade de ações
Representa o valor contábi de cada ação ou seja seu vaor intrínseco real Podemos notar que muitas ações são negociadas por valores acima de seu VPA, o que indica que o mecado acredita no potencial da empresa, de forma que aceita paga ágio sobre seu vaor contábil Quando observamos ações abaixo de seu vaor patrimonia, temos a indicação de que o mercado não acredita nessa empresa nem em seu potecia de crescimento ,
E comum que ações de boas empresas seam negocadas acima de seu VPA, impusionadas peo ágio que o mercado se dispõe a pagar em troca da valoização que povavelmente ocorerá no futuo. No entano, o investidor pudente deve desconar de uma discepância muto eevada entre o valo negociado e o valo real desse ativo, represetado pelo VPA, uma vez que tal situação pode epresentar um mometo especulativo de mecado que não tem ndamentos sólidos o basate para sustentálo po muito tempo. Assumir posições e atvos nessas condições pode expor seu capita a um níve muito mais eevado de risco, pois o simples retorno do ativo a seu peço usto á repesentaia uma desvaorização de gande pote em sua carteira.
89
Capítulo 7 Indicadores de balanço •
Nesse caso, podemos perceber fatores positivos e negativos nos números do balanço:
Vemos evouções positiva nas counas de ativos Pa timônio Líquido e Receita Luida no decore dos dois peíodos. Houve apena uma peuena redução do Patimônio Líquido no doi último timete de 2007.
Apesar da evolução positiva da receita que encerou 2007 com um cecimento acima de 30º/o o Lucro Lquido apeentou edução gnicativa ao longo de todo o ano de 2007 motando que houve perda de pefrmance. Ea redução pode ser facimente pecebida quando compaamos cada valo desa coluna em 2007 com o memo trimete do ano anterior Note ue os dois útimos trimeste oram o mais cticos e ue esse último apresentou até mesmo prejuízo Anaisando o resutado na de 2007 em comparação com o eutado de 2006 vemo uma edução de 60°o no Luco Lquido apurado
Analiemo agoa os memo indicadoes de baanço cacuado paa o exempo anteior (VPA Magem Líquida RPL e LPA) •
•
Constatamos igeia edução no VPA duante os dois útimos timestres de um lado forçada pela pequena edução do Patrimônio Liuido de outo pela emissão de novo lote de ações buscando capta mais recuro do mecado Nea mema inha o indicado RP (Rentabilidade obe o Patrimônio Luido também apresentou redu ção signicativa em tono de 66o, ao na de 2007
92
Avaliand Empresas Inestnd em Ações
•
Entretanto, mesmo dante dessa evolução satsfatóra no faturamento, o Lucro Líqudo tem apresentado uma evolução dectára O baanço apresenta preuíos ao longo de todo o período, com destaque para o útmo trmeste de cada ano, em que se vê um agra vamento mas crítco No tercero trmestre de 2006 o prejuío cresceu 683º/o e, no tercero trmestre de 2007 83°/o.
Analsando os mesmos ndcadores de balanço dos exemplos anterores (VPA, Margem Líquda, RL e LPA), vemos que: •
•
•
•
VPA não apresentou evolução sgnicatva tendo redução de quase Oo no útmo trmestre de 2007; a Margem Líquda permaneceu negatva, acompa nhando o ucro Líqudo, e demonstrou alto grau de nstabldade ao longo de todo o período. Esse fator é preocupante, já que ndca não haver um controle efetvo sobre o cclo de negóco da empresa. A stuação deal é que a Margem Líquda se mantenha estável num cenáro postvo ou até se ample, demonstrando ncremento de permance; a RL, também negatva, mostra que o aconsta está, ao na de 2007, em stação por do que estava em dezembro de 2006 a LPA apresentou pequena redução em seu sado negatvo no fechamento de 2007 se comparada ao mesmo período de 2006. Entretanto, essa melhora (de apenas 1 º/o) é pouco sgnicatva e está muto onge dos patamares que poderam tranqülzar os aconstas
94
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
CAPÍTULO Indids d md
Relação reço/ucro ( /) Este é um dos ndcadores preferdos peos nvestdores essencal mente ndamentalstas. Sua fórmula de cálculo é:
/
P=
Cotacão d cão uro po Ação (LA) :
:
Note que ele utlza, em sua fórmula de cálculo, um outro ndcador fundamentalsta que já vmos no capítulo 7: o LPA. Portanto, paa caculá-lo, teremos de obter prmero o PA da ação que esamos anasando. O P/L ndca o tempo de retorno do nvestmento em anos. Se uma ação tem um P/L de 450, sgnica que o prazo prevsto para o retorno do nvestmento feto nela é de 4 anos e meo (consderando que a empresa mantenha os atuas níves de ucro) Quanto menor for o vaor do P/L, mehor. Uma redução contínua do P/L, trmestre após trmestre, prncpalmente se for acompanhada por um aumento do Lucro Líqudo da empresa, ndca que a quantdade de anos necessáros para prover o retorno do nvestmento está decrescendo, o que torna a ação atratva . para aqu1s1çao .
,
95
Um P/L baixo também indica que ação está barata Entretanto o preço baixo só deve motivar a compra se outros fatores de cunho fundamentalista apontarem a existência de potencial de varizção, caso contrário só estará indicando que o mercado perdeu interesse peo pape
Taxa de Retorno do Investimento (R)
Este indicador é bastante utilizado no mercado nanceiro E o invero do P/L. Enquanto o P/L mostra em quanto tempo o retorno do investimento é acançado este indicador mostra o quanto é recuperado em ano. É cacuado por: TR
=
PL XlOO
Por exempo, para um PL de anos a TR será de 20o, o que indica que em 1 ano o retorno será de 20º/o do valor investido
Relação PreçoNalor Patrimonial {PNP) Este indicador utiiza um outro indicador já estudado (o A) em ua fórmua E calculado conforme segue ,
p/V
Cotaçãoa ação Valor arionia da Aão (VPA)
P/VP representa quantitativamente o ágio ou deságio que o mercado está disposto a pagar pela ação O
96
Se uma ação é negociada por R$ 7,00 e seu valor contábil é de R$ 0,00, o P/VP dessa ação é 15. Isso signica que o mercado está pagando por ea uma vez e meia seu vaor rea de balanço. Esse ágio de 0o sobre o vaor contábil da ação demonstra que o mercado acredita na empresa e que existe pressão de compra impusionando os preços Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Se ao contráio uma aço cuo vaor contábi é R$ 4000 for negociada por R$ 30,00, seu P/VP será de 0,75 signicando que o mercado s aceita paga por ea 75 de seu vaor real Provavelmente essa empresa no é bem avaliada pelo mercado perdeu permance ou existem fatores externos que esteam pre udicando seus negócios .
A situaço ideal para esse indicador é que seu valor seja maior que 1, denunciando a existência do ágio nas negociações Porém um P/VP muito eevado pode representar risco ao investimento indicando valorização especulativa sem amparo nos ndamentos da empresa de forma anáoga ao que citamos no capítulo 7 com reação ao VP A.
Price Sales Ratio (PSR) O
PSR é calculado pela seguinte fórmua: Cotaã da ação (Receia Líquda/Quantdade de Aões)
Inicialmente estabelecemos para cada aço emitida pea empresa a parcea que he corresponde na geraço de receita Depois dividimos seu valor de mercado por essa parcea O valor resultante desse cáculo representa quantas vezes o preço de mercado dessa aço está acima ou abaixo de sua capacidade de geraço de receita Essa relação mostra-nos o quanto o mer cado está entusiasmado ou desanimado com o pape Um PSR posicionado abaixo de 1 indica que a aço está muito barata ou que seu mercado está desaquecido e sonolento Um PSR muitas vezes acima de nos mostra que o mercado valorizou bastante essa aço mesmo diante de uma capacidade imitada de geraço de receita por aço. Essa aço está provavelmente muito cara
97
Capítulo 8 Indicadores de mercado •
Da mesma forma como ocorre com o P/V quanto maior or o valor do PSR, mais elevado será o nível de risco para a carteira uma vez que essa discrepância mostra que o mercado supervaloriou a ação deixando-a passvel de coreções nos preços para pxála de volta a valores mais próximos da realidade dos negcios da empresa.
EBITDA (Earnings Before lnterest, axes, Deprecation and Amortization) (Lucro ntes de Juros Impostos Depreciação e Amortiação) Este é um indicador bastante complexo contendo em sua rmula uma grande quantidade de informações conorme se ve a segur: .
/
EBITDA
=
Receita Líquda - Cso de Produos Venddos Despesas da
Avdade + Depecação Acmulada no Peíodo + Amozação AcumadaoPeodo
idéia por trás desse indicador medir a capacidade de geração de caixa da empresa e a permance do administrador ,
E utiliado para eliminar fatores externos presa que podem mascarar os lucros
à
atividade da em
Existem diversos fatores que podem pesar na análise de banço de uma empresa e que acabam por macular os números, dando ao analista a impressão errada sobre determinado aspecto da análise o comparar empresas de porte dierente, a disparidade dos números não permite ao analista traçar um paralelo que possibilite comparar sua capacidade de geração de riquea Da mesma orma empresas mais antigas não podem ser comparadas satisfatoriamente com empresas mais jovens em rão de fatores 98
Avaliando Empresa, Investndo em Ações
como a dereciação acumulada ue esá resente em uma delas de forma mais marcane ue na oura Se nossa análise focar-se em empresas de aíses diferenes a quesão da carga tributária diferenciada a qual cada uma delas está sujeita agregará grandes distorções aos números gerados Tal siuação também se aplica à análise de empresas de seores dife renes, sujeitas a imosos distintos ou que ossuam incenivos scais a suas matériasprimas ou a seus roduos Por meio do EBITDA, odemos obter um valor mais 'puro embora não exao, despido das distorções causadas por faores especícos perinenes a deerminada emresa, seor ou pas de origem Busca eliminar o ''ruído ao redor do resultado da em resa, na busca por sua essência
Pay-Out Na fórmula de cálculo desse indicador, utilizase um outro vis o no caulo 7 o LPA. O Pay-Out é calculado pela seguinte fórmula: ou t O
-
Valor dos Dividendos LPA
X
100
PayOut é expresso na forma de um ercentual ue de
monstra uano do LPA esá sendo distribudo aos acionistas na forma de dividendos A legislação ue rege as comanhias de caial abero exige a disribuição de 25 do Lucro Líquido, no mínimo Se uma empresa em lucro de R$ 100 or ação e agou R$ 030 de dividendos, seu payout foi 30/ foco de análise sobre esse indicador se concenra na ca acidade de a empresa pagar dividendos Um acréscimo desse indicador, rimesre a rimesre, mantendose o LPA nos mesmos O
Cpítulo 8 • Indicdores de merado
99
ptmres demonstr que poltic de pgmento de dividendos d empres está fvorecendo os cionists por umentr cot de distribuição. Nesss condições, s ções dess empres gnhm preferênci entre os cionists que costumm comprr ções com o objetivo de receber dividendos Entretnto um redução no yO não represent, ne cessrimente, um sin negtivo pr esses investidores or recionrse com o A o y-O pode sofrer redução qundo permance d empres presentr mehor, pelo umento do Lucro quido e conseqüentemente, do vaor do PA utiizdo fórmu Aém disso, qundo empres inici grndes investimentos de ongo przo é comum reduzir o yO já que esse cpit que seri distribudo os cionists é o cpita com menor csto disponve e pode ser utiizdo pr investimentos
Dividd Yild {DY) Este é um dos indicdores fvoritos dos investidores que comprm ções pr receber seus dividendos Su fórmu de cácuo é: DY
=
Valor Cotaçao da açao
x
A idéi por trás desse indicdor é demonstrr de form percen tu qunto do vor de mercdo d ção está sendo distribuído os cionists n form de dividendos Por exempo, se um ção cust R$ 10,00 e empres pgou R$ 150 de dividendos seu DY foi 15°/o. or se expressr n form de um percentu o D permite o investidor compnhr mis fcimente evoução d potic de pgmento de dividendos prticd pel compnhi, demons trndo qunt disposição há pr mpir ess distribuição Um 100
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
cescimento consistente no valo desse indicado que considera em seu cálculo a valorização de mercado das ações vem demons ta que há muita disposição da dieção da empesa em emunea melho seus acionistas. Empresas que sistematicamente mantêm uma política de alto DY possuem menor volatilidade em seus papéis Essas empesas como as do setor elétrico estão em um estágio maduro de seus negócios em que não são necessáios grandes investimentos Desta forma uma maior parcela do retono delas está nos divi dendos e não somente na evolução do preço de negociação. Em momentos de crise podemos dizer que as ações com alto DY são as ações de enda x' do mecado. Estudo de caso com indicadores de mercado
Vamos visualiza agoa, alguns indicadores de mercado aplicados aos balanços das mesmas empesas eais que vimos no captulo 7, quando estudamos os indicadores de balanço. Da mesma forma como zemos no capítulo 7, listaremos a classicação da empesa confome consta na Bovespa, a cotação de fechamento em cada data e os dados de balanço necessários paa o cálculo dos indicadores de mercado. Nosso horizonte de análise continua a se ar nos dados de balanço de 2006 e 2007 A gua 8.1 mostra-nos os dados de balanço e os indicadores de mercado da primeira empresa
101
Capítulo 8 Indicadores de mercado
retorno ao investimento. ssim, numa situação como esta, o P/L deve ser descartado para efeito de análise, por não ter nenhum signicado. •
•
A empresa perdeu Patrimônio Líquido entre o encerramento de 26 e o encerramento de 27 Isso inuenciou um pouco o cálculo do P/ mas mesmo assim pudemos observar uma redução considerável da relação cotação/vlor contábil. O fato que mais nos chama a atenção é o comportamento aderso do mercado durante 27 no que diz respeito às cotações do papel. heio aos constantes prejuízos e à queda no Patrimônio Líquido, o mercado insistiu em praticar preços muito acima do VA durante todo o ano O estímulo talvez tenha sido o aumento da receita ou a badalação que o goerno promoeu em relação à produção de biodiesel. De qualquer forma, somente no terceiro trimestre de 27 é que se processou uma correção signicativa nas cotações do papel, que apresentou queda de 42°/o no valor de mercado. ágio excessivo praticado pelo mercado no decorrer de 27 ca ainda mais evidente quando analisamos o PSR. Nesse indicador, constatamos queda de 9º/, a qua podemos atribuir ao movimento inertido dos dois elementos utilizados em seu cálculo De um lado, tivemos um aumento substancial da Receita Líquida, de outro, uma queda bruta da cotação no último trimestre de 27. Essa divergência invertida acabou por agregar mais amplitude à disparidade indicada pelo PSR dó que o fez com a relação entre valor intrínseco e vaor de mercado apontada pelo P/ O
105 Capítul 8 Indicadres de mercad •
•
Não obstante a redução evdencada nesses dos indicadores, que mostra um mercado mais consciente e menos empogado no na de 27, o preço do papel anda parece excessivamente caro, se consderarmos qunto dele está realmente lastreado por patrmôno ou apoiado em perspectivas turas. O fato de o prejuzo ter se mantdo presente, mesmo dante de uma receta com altos índces de crescmento cooca em xeque as estratégias adotadas pea empresa para mplementar seu crescimento e a viabilzação da produção do bodesel como aternativa energética.
106 Avaliando Empresas Inestindo em Ações
CAPÍTULO Small aps, um bom negócio?
Quando montamos uma carteia de ações com o objetivo de investir no longo prazo, temos a nossa disposição centenas de ações de empesas nos mais vaiados setores, pespectivas e contexos. Paa dicultar nossa seleção, 85o das ações disponíveis são classicadas como Small Caps. Small Cap são ações com volume nanceio e número de ne gócios muito infeioes aos osevados nas empesas de pimeia linha, ou seja, são ações com menor liquidez Se comparadas aos gandes paticipantes do mercado, as empresas com ações nesta classicação possuem, de forma geral um Patimônio Lquido pequeno e eduzida pacela de um deteminado mecado que dividem com um grande númeo de empresas em um mesmo segmento. Gealmente são classicadas nesta categoria as empresas com atrimônio Lquido ineior a dois bilhões de eais
As Small Cap são as pincipais responsáveis pelas impessio nantes histórias de ganhos estatosféricos em um curto espaço de tempo Essas histórias impessionam e azem qualque um imagina como o mecado pemite transomar uma ninhaia em milhões de eais apenas investindo em ações por alguns anos. A possibilidade de se tansfoma em milionáio investindo uma pequena poupança em ações é iresistvel Bem menos lembadas são as histórias de gandes perdas envolvendo esse tipo de papel. 107
Como exemplos dessas utuações de rentabiidade envolvendo as ações Small Caps, temos a Bardella (BDLL4), que em 2 anos teve ata sup. erior a 400o a Americel AMCE3, que este ano chegou a vaorizr mais de .OOOo em um dia, e a Gradiente (IGBR, que em 1 ano teve queda superior a 80°/o reduzindo quase a pó o patrimônio de seus acionistas A grande qutão é: ve a pena invtir em açõ mall Cap? Quas so sus regrs? Há u prêmio pela bxa liquidz dss papéis?
Prêmio pela falta de liquidez Há um consenso de mercado que indica que as oportunidades de atos ganhos disponveis nas ações de segunda e terceira inhas conhecidas como Small Cap são resutado de um prêmio pea fata de liquidez de seus papéis Ou seja há uma forte impressão de que uma parte dos ganhos nessas ações é obtida em nção do resultado de seus negócios e outra parte em nção de um desconto em seu preço como sendo um prêmio pea fta de iquidez Do ponto de vsta da moderna teoria de nanças, isto seria considerado uma anomaia de mercado De acordo com os estudos que embasam a dinâmica do mercado de capitais, o retorno de um investimento é nção direta de seu risco, não havendo espaço para a variáve liquidez
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Entretanto estudos desenvovidos desde 980 peos econo mistas Amihud e Mendelson no mercado de capitais americano demonstraram uma reação positiva entre a iquidez de uma ação e seu preço de mercado Em 99 novos estudos evidenciaram ligações entre a queda no preço de ações e a expectativa de i quidez de mercado peos investdores Segundo esses autores, os investidores preferem investir seu capital em ativos líquidos que possam ser transacionados rapidamente sempre que necessário ogo os ativos que não possuem essas caractersticas sofrem um desconto em relação aos que as possuem Avind Ere Invetind e Açõe
A conclusão é de que o pêmo pela falta de lqudez se exste não é elevante no mecado de ações basleo A falta de lqudez tem um efeto pouco sgncatvo ou, anda, um efeto dfeente do obsevado em outos mecados. ,
E bem possível que outos fatoes exstentes em nosso mecado, como os fortes movmentos especulatvos, as ncertezas no longo pazo o alto custo de captal e a fote nuênca do captal exteno, acabem por dmnu a elevânca do fato lqudez, tonando-o mperceptvel e elevante na vaação de peço das ações
Considerações práticas para invesimentos em Small Caps Até agoa, conclumos que não exste um prêmo pela falta de lqudez ou se exste, parece não afetar sgnicatvamente os peços das ações negocadas na Bovespa. Poém, tal fato de forma alguma nos pemte conclu que as Small Ca p s não são boas opções de nvestmento. A únca ceteza que temos é a de que os bons etonos de alguns papés não devem se cedtados como muos acredtam, à falta de lqudez. No entanto sso nos pemte exploa quas são os eas ndamentos po detrás dessas va1açoes, po vezes muto ataentes.
�
.
Como qualque outo atvo as ações de baxa lqudez devem se avaladas do ponto de vsta do sco e etorno. Essas empesas assm como as gandes, são entdades que possuem fatuamento, custos, esultados e expectatvas futuras. Os mesmos ctéos tratados desde o nco desta oba até este ponto são tão váldos paa as Large Ca p s como paa as Small Ca p s. Poém, por serem empresas com menores patmôno e volume nanceo, merecem atenção especal m pontos que não geram peocupações quando negocamos ações de gandes empesas E 112
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
são justamente esses pontos que permitem obter ótimos retornos nesses papes. /.
prmera certeza que o nvestidor deve ter ao escolher um papel de baxa lqudez é a de que se as chances de retorno são maores do que em outros papés, é porque o rsco mpícto também é maior. ara lustrar a déa de rsco e retorno, podemos comparar duas empresas hpotéticas do ramo de peças automotvas, consderando que uma é pequena e possui um faturamento de um mihão de reas ao ano e a oura é uma empresa méda com faturamento de dez mlhões de reais no mesmo período. A empresa pequena possu dos grandes centes e a empresa méda, dez grandes cientes Podemos analisar o efeito que uma mesma mudança de cenário tem nas duas empresas. Vamos supor que a empresa pequena acabou de fechar um contrato com um novo grande clente que elevará seu faturamento em um mihão Esse novo contrato é tão sgnicatvo que dobrará seu faturamento e, sem dúvda, representará um lucro muito superor ao esperado pelo mercado e, por conseqüênca, grande elevação no valor justo da empresa e no vaor de mercado de suas ações Supondo esse mesmo negócio na segunda empresa, percebemos que a eevação de seu faturamento será de 1 Oo, o que é muito bom, porém não representa tanto quanto proporcionalmente representaria para a primera empresa Essa notíca sem dúvda eevará o preço da ação dessa segunda empresa porém bem menos do que eevara o da ação da primera empresa. Do ponto de vsta do risco, podemos fazer o mesmo exercíco ao supor a perda de um ciente. ara a empresa que possu dois cienes, sgnica dzer que 50º/o de seus negócios foram
113
Capítuo 9 Smal Caps, m bom negócio? •
comprometidos e seu turo está agora, em jogo. Suas ações sofrerão grandes perdas Para a empresa média, a perda do mesmo ciente signicará redução de faturamento porém dicimente coocar em rsco o turo dea. O custo de capital tambm tem grande inuência nesses papéis Por terem estruturas menores e turo menos certo as pequenas e mdias empresas nem sempre têm acesso a inhas de crdito menos onerosas como as linhas de crdito internacionais utilizadas por grandes empresas Sendo assim uma mudança na taxa de juros afeta mais as empresas menores pois terão encarecidas suas linhas de crdito Portanto, ca caro que as possibiidades de ganhos nessas empresas estão diretamente igadas aos iscos que enfrentarão durante sua caminhada em direção ao crescmento O investidor deve car atento às informações relacionadas aos papéis que por serem menos negociados são mais restritas Não há tantos bancos e corretoras anaisando essas empresas e não há um grande número de investidores de peso preocupados em exigir transparência aos executivos que conduzem essas em presas Mudanças inesperadas no volume de negócios devem ser observadas com cautea Informações privilegiadas inuenciam esses movimentos e algo pode estar ocorrendo sem que o pequeno investidor se dê conta Outro risco inerente a esse tipo de investimento é a queda brusca de preço quando há grande necessidade de saída Por terem menor iquidez, movimentos de saída causados por crises ou mesmo por situações envovendo o próprio papel tendem a ser mais danosos ao investidor Por não possuir grande demanda, esses movimentos derrubam rapidamente os preços dos papéis e caso o investidor decida sair depressa, terá que zerar sua posição com o preço do momento 14
Avaliando Empresas, Investndo em Ações
Para evitar exposição a um risco excessivo pela falta de liqui dez, convém stabelcer limites para o qu s podria considerar como baixa liquidez acitávl, isto é um nvl mnimo de liquidez abaixo do qual nem pensaríamos em operar com o papl Uma sugestão para implementar esse mit seria considerar requisito mínimo d liquidz a participação do papl m pelo mnos 80°/o dos prgõs do último mês d ngociaçõs (21 dias útis) uma média diária d plo mnos 50 ngócios por pregão durante esse período A idéia or trás dssa rgra é idnticar um papl que mbora aprsnt baixa liquidz, não a tnha e excsso ainda possua crta stabilidad de negociação o mrcado D nada adianta possuir um papel qu tnha picos isolados com considrável volume d negociação sparados por longos perodos m qu quas nenhum comprador se apresnta Msclando sss dois critérios de avaliação, consegumos idticar um ativo com presença estável, de modo qu consigamos vndê-lo ou fazr um novo aporte m cartira, smpr que considerarmos necessário Em um nvl de liquide menor que ss o papel já rpresen taria um risco muito lvado para compor sua cartira. Ofere cndo a possibilidad de uma quda brusca aliada à escassz d compradors no mrcado ssa condição já sria um golp mortal à rlaco risco/ rtorno do ativo �
Um outro fator que pesa contra a quantidade nma d negó cios de um pal ou a instabilidad d sua prsnça no mercado é o efito qu ssas condições causam nos dados statísticos. Para o invstidor que dcida utilizar, também, instrumentos de anális gráca para avaiar o mercado, d nada valm os sinais grados or dois ou três negócios ralizados uma vz por smana Essas frramntas utilizam fórmulas estatísicas que prsumem certa regularidade d negociação, sem a qual não s pod conar nos resultados calculados Os sinais gerados m tais condiçõs srão 115
Capítuo 9 • Small Caps, um bom negócio?
dstorcdos e podem desorentar em vez de auxlar o nvestdor no processo de anlse O nvestmento em Small Ca p s deve portanto, focar a regu lardade dos negócos com o papel além dos ndamentos da empresa, buscando dmnur a necessdade de saída rápda do papel, por meo da seleção de empresas com bom posconamento de mercado fortes expectatvas e elevado potencal de crescmento fatores que costumam nduzr a presença constante de um número, pelo menos razoável de compradores e vendedores no mercado garantndo que se possa comprar ou vender quando for oportuno. A adoão crterosa desses cudados pode se reetr em vultu osos ganhos sobre nossos nvestmentos Não devemos esquecer que grandes fortunas foram construdas sobre estratégas bem estruturadas envolvendo ações de Small Caps. Talvez o caso mas célebre seja o do conhecdo nvestdor amercano Warren Buet que airma ter construdo grande parte de sua fortuna por meo de negócos com ações de Small Ca p s
16
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
CAPÍTUL O preço-alvo da ação
Até agora, vimos como a economia e seus complexos efeitos estruturais e conjunurais afeam os números das empresas e entendemos como inerprear seus resulados por meio dos in dicadores e baanço e de mercado. Para o invesidor que opera no mercado de ações os concei os e erramentas até aqui estudaos permiem entender como a empresa esá siuada no contexo de mercao e perceber se sua saúde nanceira está aequaa para o investimento baseao em seus ndamentos Uma vez que a empresa tenha passao nesses critérios de ava iação a próxima questão a ser anaisada para baizar as ecisões de invesimento será o potencia de ganho isponível para esses atvos. •
Um ermo freqüentemente utiizao no mercado e ações é o preçoalvo do ativo Entende-se por preçoalvo o vaor (em reais) peo qua se estima que o ativo esará seno negociado em uma aa determinada. Derivado do preçoavo temos o potencial de ganho conhecido ambém como u p side, que é a diferença percen ual entre o valor aual do pape e seu preçoavo Por exemplo: se uma ação esá seno negociaa a R$ 10,00 e seu preço-avo para o m do ano é de R$ 15,00, há um potencial de ganho ou u p side e 50o.
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O obtivo é ntndr o quanto a mprsa valrá no futuro apurar quanto isso signica m valors atuais Apsar d o concito sr rlativamnt simpls aplicar a técnica do uxo d caixa dscontado nvolv um prondo conhcimnto do ngócio da mprsa avaliada bm como do contxto conô mico sua inuência sobr os rsultados da companhia. Para sua aplicação é ncssário protar valors futuros d divrsos indicadors incorrndo m uma possibilidad ampla d rros dsvios no dcorrr do procsso d anáis Por ssa raão ss tipo d anális gralmnt é fito por mprsas d avaliação d risco, bancos corrtoras qu contam com prossionais spcializados m empresas spcc as ou m dtrminados stors. Muitos dsss prossionais têm alguma atuação nas mprsas avaliadas ou possum acsso às informaçõs ncssárias para montar sus modlos Uma vz qu ssa técnica s motra complxa dmais para sr usada plo invstidor comum vamos nos atr nst capítulo ao modlo d mrcado técnica bm mais simpls qu busca dscobrir qual srá o prço sprado para um ativo m função d su risco Dsta forma não tmos como objtivo comparar ssas duas técnicas já qu uma analisa profundamnt os uxos d caixa da mprsa a outra apnas avalia o concito risco versus rtorno No ntanto dmonstrarmos como o modlo d mrcado pod sr utilizado como altrnativa prática para o invstidor d pquno port no mrcado d açõs. O custo do dinheiro sem ico
Ants d falar sobr o modlo d mrcado é important conci tuar o custo do dinhiro no tmpo Tal concito é simpls porém ssncial para qualqur avaliação tmporal sobr prço d ativos. 19
Capítulo 10 O preço-alvo da ção 1
ntende-se por cuso do dinheiro sem risco o vaor a ser pago por ee em um perodo quando não há risco ou ainda quando esse risco é cassicado como o menor disponíve em um deermiado mercado No mercado brasieiro a referência mais adequada para esse conceio é a axa de uros dos depósios interbancários (DI), denida pelo comiê de poica monetária ao ar uma mea para a aa Seic Quando se diz que a axa Seic é a represenação do retorno livre de risco no mercado brasieiro isso signica que se o inves tidor não estiver disposo a correr riscos aplicando seu dinheiro em ações ou em iniciaivas que envovem risco ee poderá obter um retorno ivre de risco apicando seu dinheiro em uos pú bcos ou ainda efeuando depósios a prazo em bancos do pas Na prática quaquer investidor independentemene do pore que tenha pode escoher enre não correr risco (ou correr o menor risco disponível) e receber uma remuneração baixa em função disso ou correr um risco maior investindo em quaquer oura opção para receber um retorno maior do que o etorno sem risco Enender esse conceio é imporae para que possamos per ceber que ao invesir em quaquer aivo eremos sempre por trás do reorno ota do investimeno o reorno ivre de risco Para exempicar vamos supor que esamos em janeiro e aguém nos oferece um objeto que ao m dese ano esará va lendo R$ 1000,00 Não há nenhum risco envolvido e é certo que poderemos vendêo por R$ 1000,00 em dezembro Qua o valor usto a pagar por esse objeto hoje? Se realmente não há risco nenhum e é cero que poderá ser vendido em dezembro por R$ 1.000,00, o vaor juso a pagar hoje é R$ 1000,00 menos o vaor livre de risco ou seja algo em torno de R$ 900,00 (consi derando a axa Seic em orno de 12º/o a a) Iso ocorre porque 120
Avaliando Empresas, Investndo em Ações
se apicarmos os R$ 100000 hoe em títuos púbicos atreados à ta Seic nosso dinheiro estará valendo em dezembro mais que os R$ .00000 que o obeto valerá correndo o menor risco ·exitente no mercado brasieiro Caso essa operação envovesse risco o vaor atua seria ainda menor á que seria necessário descontar aém da txa ivre de risco tambm uma taxa referente ao risco Apesar de esse exempo parecer óbvio auda-nos a embrar que aterações na taxa Seic têm desdobramentos importantes capazes de aterar o vaor das ações. Quando a taxa Seic sobe os investidores vêem a possibiidade de ganhar mais dinheiro sem corer risco e portanto migram seu capita para esse mercado abandonando temporariamente o mercado de açõe. O aumento da pressão de venda causada peas reaizações e o resfriamento da pressão de compra resutante da escassez de copradores acabam forçando o preço das ações para baixo. O mercado se vê obrigado a praticar preços mais baixos para poder negociar o papéis. As estimativas para os preços das ações aé o na do ano são recalcuadas em função desse impacto Por outro ado uma queda da taxa de juros tornará as ações mas atratvas pos a remuneraçao para o 1nvest1mento sem rsco caiu. Os investidores migram seu capita de vota para o mercado de ações gerando pressão de compra que acaba por forçar ime diatamente seus preços para cima .
�
.
.
Avindo o retorno eerdo rtir do rco •
Quando faamos sobre as Small Caps, no captuo 9, demonstra mos que o retorno de uma ação tem reação direta com seu risco. 121
Capítulo 10 O preço-alvo da ação •
Para o investidorque atua no mercado de ações a decisão de correr maior risco só é válida se o ativo puder atingir um retorno maior Em 1976 o economista Stephen Ross desenvolveu o modeo APT (Arbitrage Pricig Teory), no qual demonstrou que os retornos dos ativos dependem de inuências macroeconômicas pouco claras e de acontecimentos especícos de cada empresa Segundo Ross et a 2002 cada fator de risco existente na eco nomia aeta determinada ação de maneira diferente Sendo assim, seria possvel escrever um modeo conceitua em que para uma ação, cada ator de risco fosse representado por um coeciente beta, como na mula a seguir:
Onde: R = taxa de retorno da ação
� parcela esperada do retorno
Bn coeciente beta do ator de risco =
Fn prêmio de risco do fator E
=
risco especco do ativo
Nesse modelo o retorno do ativo é composto de prêmios atribudos a cada risco existente no mercado e o beta determina qual a sensibilidade do ativo a cada ator de risco
122
Na prática, o mercado prefere utilizar um modelo de fator único. Em vez de usar uma série de atores econômicos, esse modeo prevê a utilização de um único ndice de retorno que seja comum ao mercado, como o ndice Bovespa no mercado brasieiro Por ser um ndice composto pelo retorno de diversos ativos, traz incorporado dentro de sua variação o conjunto de risos a que o mercado de ações está sujeito Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Após obter esses dados históricos, deve-se, então calcular afa e beta, por meio de uma regressão linear simples por mínimos quadrados ordinários, efetuada entre as cotações de fechamento ·da ação e do Ibovespa. Em razão da quantidade de informações existentes em uma anáise de 18 meses, tornase inviáve efetuar o cáculo da regressão manualmente, sendo recomendável utiizar a nção de regressão em um soare de planilha eletrônica de sua preferência. No capítuo 7, encontra-se disponvel o processo passo a passo para efetuar a regressão utiizando o apicativo Microso xce Apesar de o conceito estatístico da regressão inear não ser trivial, para o modeo de mercado é uma ferramenta simples e fácil de ser apicada Como em qualquer nção de uma paniha eetrônica, basta seecionar os dois grupos de informação e aplicar a função de regressão. Ao aplicar a regressão inear em um conjunto de dados, obtém se uma série de resutados estatsticos que demonstram como esses dois grupos de dados se relacionam No entanto para o modeo de mercado apenas aproveitamos os resultados que re presentam alfa e beta. Os demais resutados não têm signicado nessa apicação e podem ser ignorados A gura 10.3 demonstra todos os resultados dessa regressão em uma planilha eetrônica e nea estão indicados quais resutados dizem respeito a afa e beta. Somente os resultados de afa e beta serão utiizados na aplicação da fórmua no passo seguinte. Os demais resutados serão desprezados.
124
Por último, precisamos do retorno de mercado para o período em que desejamos calcular o retorno esperado No exempo da gura 4 utiizamos os valores de fechamento do primeiro e do útimo dia do período de 12 meses do Ibovespa, apicando a fórmua de retorno Avaliando Empresas Ivestdo em Ações
Por seem numerosos os fatoes de isco envovdos nos negócios com açes, daramente mlhares de notícas e de mu danças de expectatva atam tanto o eçoalvo quanto o isco os paés azendo que uma nova ecicação de atvos ocoa naturalmente para equlba o modelo Isto nos ermte deduzr que, cacuando o etono espeado or meo do risco da ação como zemos no tópco anteior, é ossível determnar qual é o reço-avo eseado elo mecado encontando a méda das exectatvas já ecicadas paa o rsco desse atvo Assim, essa eramenta de análise de sco tornase uma oderosa altenatva à comlexa análise envolvida no cálculo do uxo de caxa descontado. Porém, isoladamente, as eramentas de análse de isco e etono não estão munes a desvos nem garantem que o etorno esperado seá atngido Nos modelos ndamentasas de avalação de empesas, exs tem gatihos predeterminados para as mas vaadas infomações que possam afetar o preço da ação: alterações na taxa de juos surpresas cambais notícas elaconadas a sões mudanças na legsação etc De osse desses gatilhos, os anastas estão capa citados a rapdamente, cacar um novo peçoalvo ara uma ação e eag imedatamente comando ou vendendo esse atvo Quando vemos alguma notcia o situação qe causa grande osclação postva ou negatva no eço de alguma ação, odemos obseva que há um movmento imedato de coma ou venda segudo de algumas horas ou até aguns das de vaozação ou desvalorzação Esse rmeo movmento de preços podemos atribu ao fa tor supesa Isso signca que, antes mesmo que os nvestdores sabam exatamente qual seá o macto do ato ocoido sobre 127
Capítulo 10 • O preço-alvo da ação
a empresa uma avaliação com base em modelos predenidos é cacuada e a precicação é repassada imediatamente ao mercado
·
Mais tarde com a evolução dos números e novas notcias é possve melhorar o modeo e encontrar um vaor mais adequado ao novo cenar10 ,
.
Portanto cabe ao investidor estar atento ao maior número de inormações que esiverem dsponíves no mercado. E essenca comparar preços-alvo cacuados por diferentes bancos e corre toras apicar ferramentas de avaiação de risco entender quais notcias, indicadores e eventos são cruciais para as expectativas de retorno de seus investimentos e estar pronto para tomar decisões no momento em que os outros participantes do mercado de ações também estão atuando. �
128
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
CAPÍTULO
Diversificação e balanceamento da carteira
Quando lanejamos nvestmentos de ongo prazo não devemos esta atentos aenas à emesa cujas ações desejamos adqurir. Consdeando que muto tempo irá tanscorer entre a comra que eaizamos no esente e a venda que um da realzaremos no tuo ara angarar os ucros tão almejados devemos conhecer bem o teeno acidentado que teremos de atavessa aa atingir nosso objetvo e os erigos que nos eseam durante essa jonada Tvez o mao dees seja a esença constante do desconhecido, esecamente num aís como o nosso de detizes econômcas tão instáves e sujeitas a humoes e negocações otcas cuja seredade nos parece bastante questonáve Neste capítulo emos analsa os asectos neentes à edução de scos de sua cartea de ações o meo da acação crterosa de um método de diversicação dos atos que a compõem. Pmeiramente vamos concetua com maio detahe o que exatamente reesentam esses scos a que seu 1nvestmento podeá fcar exosto ao longo do temo. •
A txa de retorno ou seja a medda daquilo que um nvestdo esea ecebe de voa em troca de seu nvestmento em detemnado atvo negociado no mecado nanceo composta de duas artes:
129
•
·
•
A primeira é o retorno normal ou esperado da ação, ou seja, aquela que os investidores prevêem ou esperam Depende de todas as informações disponíveis para os investidores e é calulado com base nos modelos utilizados pelo mercado A segunda parte é o retorno incerto da ação, que depende de informações que serão reveladas durante o mês ou o ano
Todas as informaçes conhecidas sobre uma ação fazem parte da parcela esperada do retorno As informações ainda não conhe cidas fazem parte da parcela inesperada A parte inesperada é o verdadeiro risco de qualquer investimento Esse risco pode ser dividido em dois tipos segundo seu grau de abrangência: •
•
;
primeiro é chamado de risco sisemático E a parte do risco que afeta todos os ativos, com maior ou menor intensidade, independentemente do setor de atividade ou do tamanho da empresa que representa O
segundo tipo é chamado de risco não sistemático ste, po� sua vez, afeta somente um ativo ou um pequeno grupo de ativos (Ross et al2002) O
Como exemplo, podemos elencar como risco sistemático - ou, ainda, risco de mercado fatores como a taxa de juros, índices de inação, o Produto Interno Bruto (B) e o ndice de desempre go. sses fatores formam o conjunto de incertezas da economia como um todo e afetam de forma generalizada todos os ativos negociados Fatores como preço da soja, anúncios de fusões e incorporaçes, falências e exportação de minério de ferro afetam apenas um ativo ou um grupo pequeno de ativo e, portanto, são denominados riscos não sistemáticos O risco de mercado ou risco sistemático apesar de afetar todos
130
os ativos, não os afeta com a mesma intensidade Uma variação no risco de mercado afeta os ativos na mesma direção, porém em intensidades diferentes, conforme o grau de dependência Avaliando Empresas, Investndo em Ações
que o seto ou empesa desenvoveu em reação a esse ato Essa medida de inuênca do risco de mercado é epesentada peo coeciente beta (�) .
O �é a representação numérica do desvio-padão estatístico da
ação em reação ao mecado Esse ato pode ser encontado em divesos sites de investimentos pois é reqüentemente cacuado e utiizado paa avaiação de risco Caso o eitor tenha curiosidade de apua o �de uma ação uma orma simpes de aveiguáo é eetua uma egressão inear po mínimos quadados ordináios utiizando a séie históica de peo menos 1 ano do ativo desejado e a séie históica de um índice de mecado como o IBR-X ou BOV da mesma oma como se demonstou no capítuo 1 O, onde apuamos o eta para apicáo ao modeo de mercado e encontrar o peço espeado da ação
Reduzindo o risco não sistemático por meio da diversificaço Em uma cateira eciente o isco não sistemático ou isco indi vidual de um ativo pode se eduzido po meio da divesicação. Denominamos divesicação de cateia a estatégia de aoca seu capita em ações de empesas petencentes a setoes dieentes da economia de oma que os iscos não sistemáticos especícos de cada seto não atinjam a totaidade de sua cateia. Paa exempica poderíamos dize que se um investido aocasse todo o seu capita em empesas do seto de construção civi e houvesse repentinamente alta de deteminado insumo necessário a essa atividade o fatuamento dessas empesas estaia comprometido e suas ações podeiam desvaorizase Po estar com seu capita concentrado num único setor da economia esse investidor sentiia o impacto desse risco não sistemático ou individua em todas as suas ações. Capítulo 11 •Diversifcação e balanceamento da carteira
131
Se, por outro lado, em vez de concentrar seus investmentos num único setor a economia, ele os tivesse dverscao inves tindo apenas 250o e seu capital em empesas de construção iv, a falta dess insumo aetaia somente um quarto e suas ações. As emais empresas e sua catera, que não azem uso dessa matéa -prma escassa, não seram aetadas por esse isco nividua. Essa estatga e ocação os ecursos equivale àquee velho provérbio qu diz: ''Não cooque toos os ovos na mesma cest A intodução a esse tema o aa por Harry M. Markowitz em 952 em seu atigo que eu oigem à Teoia de Portólio Makowtz emonstrou que po meio e um processo e seeção de carteiras possíve maximizar o retono ao mesmo tempo em que se dmnu o sco Isto possvel porque iferentes ativos não osciam a mesma orma Conome exibido na gura 1.1, podemos constata que a dversicação a cateia euz signcatvamente o isco não sstemático ou indiviual do ativo. Isso ocore poque o esvo paão da carteira, ou seja, seu grau e oscilação como conunto, muito menor qu o esvopaão nivua e caa ativo Riseo .
Rsco únco
Risco d mrcado
Númro d açõs
Figura l
-
Representação do risco
132
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
x
quanidade de ações.
Na gura 1 1 .2, é possível visualizar o que ocorre quando combinamos o risco de duas ações ssa combinação permite atingir um grau de retorno maior que o do ativo A e menor que o do ativo B, em um ponto de risco inferior ao que qualquer um dos dois ativos alcançaria isoladamente. etr
Aços •
I
Mo rco Mar etom
Rico combnado Ris nfeo a a mba e medáo
Aço A Men Mo emo
(ev-pã)
Fgura 11.2
-
Carteira de das ações.
A diversicação, no entanto, não é capaz de eiminar o risco de mercado. Este, por sua vez, é resultado de variáveis que afetam toda a economia e não inuenciam somente um ativo Por esse motivo, os investidores estão expostos às incertezas do mercado independentemente do número de ações que possuam em suas carteras. •
Definindo a carteira eficiete
Ao denir uma carteira eciente, precisamos primeiramente entender que estamos tratando de apenas duas variáveis: risco e re torno. O risco é a variação ou volatilidade de uma ação e o retorno é o resultado esperado. Essa abordagem não eva em consideração atores nanceiros das empresas, inuência de fatores estruturais, conjunturais nem indicadores macroeconômicos Desta forma, Capítulo •Diversfcação e balanceamento da cartera
133
o modeo de seeção de carteira de Markowitz deve ser abordado como a etapa n da montagem de uma carteira A premissa é trzer para o modeo a ações que foram préselecionadas por meio ·de outros critérios tratados em capítuos anteriores deste livro. O modeo de seeção de carteiras tem o objetivo de encontrar por meio de cácuos matemáticos a mehor combinação percen tual entre os ativos estudados. A mehor combinação resultará no menor risco com o maior retorno possve A matériaprima necessária para esse estudo são os números que representam o risco e o retorno de cada ativo O risco é repesentado pela variância ou desviopadrão da ação. O desvio-padrão de uma ação pode ser calcuado por meio de uma série histórica dos preços de fechamento de pregão obtidos durante o perodo de peo menos 1 ano O retorno esperado é a expectativa de vaorização do ativo ou seja o quanto se espera que o preço da ação suba no perodo estudado O modeo de Markowtz demonstra que o retorno da carteira é a média entre os retornos dos ativos individuais, ponderados por seu peso Retorno da carira
=
. x P ] Somaóo 1 a n [Ranvo
O:
R retorno esperado da ação
P peso do ativo na composição da carteira =
Para uma carteira de três ativos podemos cacuar: Retorno da carteira
=
(R1 x P 1)
34
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
+
(� x P2)
(� x P 3)
Onde: R
=
retorno esperado da ação
P peso do ativo na composição da carteira
Já o risco de uma carteira depende da covariância entre seus ativos isto é da corelaco entre o risco dos ativos Se montarmos uma carteira com dois ativos cuja correação é ou seja suas variações são sempre iguas o risco da carteira será o mesmo que o de cada ativo individualmente Isso vai ocorrer porque sempre que um atvo car o outro cara na mesma proporçao portanto o resultado da cartera cairá da mesma forma A gura mostra -nos um exemplo com ativos que apresentam essa correlação. j
.
.
.
,
/
Preços Moment da catir
vim B
1 . i A
Temp
Figura 11 .3
-
Caeira de os ativos com correlação gua a
Porém quando pegamos dois ativos cuja correlação é diferente de l, como nos mostra a gura 1.4, o esultado da carteira será inuenciado parcialmente por cada um deles Isto obviamente ocorre porque quando um ativo está caindo o outro pode estar subindo ou seja a alta de um ativo neutraliza por compensação a queda do outro
'
135
Capítulo •Diversifcação e balanceamento da carteira
Prçs Mimno da caeira
Movimo do afvo B
Movimeno do atio A
Tempo
Figura .4
-
Caera de dos atvos com coelação diferene e
Desta forma, quanto maor o número de atvos com correla ções dferentes entre s, menor será o rsco da cartera. Calculando o risco da carteira
Até agora concetuamos que o objetvo da dversicação é reduzr o rsco e maxmzar o retorno do conunto de ações que com põem a cartera de nvestmento Para sso demonstramos que ao coocarmos em nossa cartera ações que osclam de maneras dstntas obtemos o retorno médo que oferecem e vamos ncorrer em um rsco menor do que cada uma oferece ndvdualmente já que conforme vmos na gura 11.4, as perdas de uma ação serão suavzadas peo movmento estável ou de alta de outra ação que estea nessa mesma cartera
•
Agora vamos exporar como calcular o rsco de uma cartera Ao calcularmos o rsco da cartera perceberemos medatamente que - esse rsco é menor que o rsco ndvdual dos atvos que a compoem ,
136
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Enetano iemos alm do cálculo do sco da caeia. De monsaemos que paa caa popoção de avos que podemos cooca na caeia emos um isco distno Desa oma vamos cacua o rsco paa cada popoção sinta e, ao fna, podeemos ecidi qual a melho poposta de cateia. Paa que possamos cacula o isco de uma caea, temos que avaia o sco idvidua de cada ativo que a compõe. Assim conceituamene o sco da cateia é obido pelo modelo: n
1
1
Ris a rtr= I [P� x DP�-] I + 2 x I I P1 x PJ x CV. ] Onde: P peso do avo na composição da caeia
DP
=
COVlJ
desvio-padão do aivo
covaância ene os ativos
Taduzndo esse modelo conceua! em uma ómula que pemia calcua o sco de uma caea de tês aivos eemos
is ir (P1 2 x DP + (P2 x DP2 2 + (P3 2 x DP 2 + XP Xp2 X) + (XP XpXcov Xp2 Xp X =
Onde Rsco da catea vaância da caea =
P peso do avo na composição da caeia
DP
desviopadão do aivo
l
covaiância ene os aivos
7 Capítulo •Diversifcação e balanceamento da carteira
'
Calculando o retorno e o risco da carteira A
Aplicando as fórmuas para a opção de composição da carteira A, teos:
etrn da arteira= (04 0) + 05 035) + (0,68 015) = 49,45°/ is da arera = P 1 2 DP 1 ) + P 2 2 x DP ) + P 2 DP + p1 p CQV + p p CQV + 2 p 2 p3 CQV2
•
X
X
X
s da arera (0 4803168)+ (0 35 x 2785759) + (0, 3736375) + 05 035 9704679) + X 05 X 0,15 12,3 828 4) + 035 X 0,15 947769) = 3280971829964985 x
X
O cálculo do risco da carteira expressa seu resultado em ter mos de variância. Para calcular o desvio-padrão da carteira, basta extrair a raiz da variância obtida. O desvio-padrão da carteira montada na opção A é de 66. Calculando o retorno e o risco da caeira B
Aplicando as fórmuas para a opção de composição da careira B, temos
etr da arera= (R P ) + � P )+R x P3 er da arteira= 0,4 0,5) + 055 0,15) + 068 035)
=
5205
da artera = P DP ) + P DP ) + P 3 2 DP + (2 p p X cov1 + 2 p p 3 cov + 2 X p X p cov 2
40 Al Em I m Açõ
-
2,785 759) + (035 x 3,736375 ) + Risco da cartia= (0,x 4,803168) (015 x (2
X
0,5
(2 X 0,15
X
0,5 X 9 ,7 0 4 6 7 9)
0,35
X 9,47769)
(2
X
0,5
X
0,35
X
2,3828 4)
+
= 4,4366 08523 419 385
O cálculo do risco da carteira expressa seu resultado em ter mos de variância. Para calcular o desvio-padrão da carteira, basta extrair a raiz da variância obtida O desviopadrão da carteira ontada na opção A é de 79957. Cacuando o retorno e o risco da carteira C
Aplicando as fórmulas para a opção de composição da carteira e teos: Rtono da cata= (Rx P + (R x P ) + (R3x P Rtoo da atia= (04 x 0,2) + (05 x 04) + (0,68x 0;
=
57,2°/
Rsco a cata = (P x DP ) + (P 2 x DP ) + (P 3 x DP 3 2 ) (2 X p 1 X p CQV (2 X p X p 3 X CQV + (2 X p 2 X p 3 X CQV Risco a carra= (2
X
0,2
(2 X 04
X
X
04
(0,2 x 4,803168 + (0,4 x 2,785759) 0,4
X
9, 7 0 4 6 7 9 )
X 9,47169)
(2
X
0,2
X
0,4
(0,4x 3736375) X
23828 4)
= 1 0963382489219 2
O cálculo do risco da carteira epressa seu resultado em ter mos de variância. Para calcular o desvio-padrão da carteira basa extrair a rai da variância obtida O desviopadrão da carteira ontada na opção A é de 06 Calcuando o retorno e o risco da carteira D
Aplicando as fórmulas para a opção de coposição da carteira D, temos: 141
Cíul 11 • vfçã blm
. •
,
CAPITULO
Selecionando empresa de cresciento
Uma as peocupações mas importantes que o investio e longo pao eve er ao seeconar as empesas que fomarão sua caea e ações é quano ao fao de eas epesenaem empesas com possbiae e probabae e cescmeno Paa eeneos o que sgca esse mpoane quesio e avalaão pmeo pecsamos coceua exaamee o sgca o a palava 'cescmeo eno o coexo os egócos de uma empesa Essa paava não eve se entena apenas como o aumeo físco as saações a empesa ou a quaiae e bens pouzos, mas como a expasão os egócos como um oo ou a ucaivae eles em relação a um eeminao poo e sua hsóra empresaial. Mas aal o que congura uma empesa e cescmeno? Como poemos avaa os númeos e um balanço paa encona nees um ncativo e que se trata e uma empesa e cescmeno? Dversos são os faores que poem etemna as possbaes e cescmeto e uma empesa. Enreano ao eahamos suas caaceístcas poemos casscálos nicalmene como inenos e exenos 145
Fatores internos são aqueles relacionados com as estratégias adotadas pela administração da empresa ou ainda, o barateamen to, aumento de escala, inovação, diversicação ou originalidade · dos produtos oferecidos por ela Fatores externos são aqueles que não se originam na própria or ganização mas sim em situações de mecado mudnças de padrão de consumo decisões governamentais ou tendência undiais, que podem afetar os negócios da empresa, independentemente da conguração de seus produtos ou do odelo administrativo adotado pela empresa. Vamos exemplicar alguns fatores inernos que propiciaram o resimento de diversos empreendimentos
Originalidade dos produtos Este faor faz que mesmo sendo copiados por concorrentes, os . produtos de uma empresa não percam seu mercado ou pelo menos não percam uma fatia signicativa dee e se ransformem na marca registrada de seu sucesso Como eemplo desse tipo de produo, podemos citar a rede deMcDonald's que mesmo enfrentando a concorrência de outras franquias de lanchonetes muito semelantes (a maioria de origem americana tabém), continua manendo a liderança entre hambúrgueres e baatas fritas Lembro-e perfeitamente de que quando essa franquia chegou ao Brasil, também chegaram em situação de oal igualdade seus concorrentes diretos: Bob s e Jack in Te Box Esses últi mos, no entanto não conseguiram se rmar de forma marcane como o McDonald s o fez, e hoje não temos mais a rede Jack in Te Bo e o Bob s esá relegado a uma fatia bem menor desse mercado de consumo /
/
146
Avaliando Empresas, Investndo e Ações
Um outro exemplo de orginaldade esse em âmbto mundial fo a Microso co o sistea operaconal Windows e o pacote de aplcativos Oce, produtos que splesente domnara o mercdo e transformarase e padrões para a indústria de soware. Vamos dversicar ainda ais o leque de exemplos citando as poduções cineatogácas de Hollywood Enganase quem ara que o cnea é ais desenvolvido nos Estados Unidos porque aí existe ais investento. Duvidaos que, na Europa, não existam investidores nteressados e produzir grandes les que possam transforar-se e enores sucessos de bilhetera e faturar milhões de euros Outra alegação sem ndamento é a que aponta a disponi blidade de tecnologa como fator de sucesso. Contra ela pesa o fato de que o cnema americano já doinava o mercado bem antes de a tecnologa ser um tem de relevânca nas produções cinematográcas Na verdade creditaos o sucesso de Hollywood a sua extrema competênca, sepre regada por um alto grau de originaldade eternaente recclada com idéias novas que parecem não encon trar limitações Poderíamos elencar aqui no Brasl inúmeros exeplos de produtos orginais que foraram seus mecados consuidores e os dominaram por uto tepo (ou ainda os domina), sempre calcados na novidade que representara e seu lançamento. -
Apenas para ctar alguns exemplos: o bobo Sonho deValsa, uito copado, mas nunca alcançado; a palha de aço Bobril, que só recenteente encontrou concorrncia; o rocambole da Pullan; os tubos de PVC da Tgre, que se antém no topo desse segmento de produtos por décadas etc. 47
Capítulo 12 • Selecionando empresas de crescmento
Contudo, nem sempre a originalidade é suciente para garantir a sobrevivência e a prosperidade de um produto ou empresa Ro bert T Kiyosaki, em seu livro Independência Financeira, revela que uma de suas empresas, uma indústria ndada em 977, foi uma das pioneiras na produção das famosas carteiras de náilon com velcro paa surstas A empresa fabricava também um produto original que ele batizou como 'bolso de sapato, uma espécie de minicarteira que era amarrada aos cadarços dos tênis de jogging, prática muito popular nos Estados Unidos durante essa década Esses produtos tornaram-se um sucesso de vendas tão grande que logo começaram a surgir as cópias asiáticas de baixo custo, e o mercado americano foi inundado por elas A concorrência tornou-se tão acirrada que a empresa começou a enfrentar di culdades para manter sua linha de produção Nesse caso, vemos o exemplo de uma empresa que, apesar da originalidade e da grande aceitação de seus produtos pelos consumidores, não foi capaz de construir um diferencial que pudesse sustentá-los no mercado, em face das opções similares oferecidas pela concorrência a preços menores. A empresa acabou sendo incorporada aos concorrentes asiáticos alguns anos mais tarde, para que não terminasse em falência, engolida pela feroz concorrência. Mesmo lucrando com a incorporação, algum tempo depois da fusão Robert deixou o negócio.
Usar a obsolescência como estratégia de marketing
148
Empresas de vanguarda dos setores de tecnologia e telefonia utilizam uma estratégia vencedora para manter seus produtos sempre atualizados e garantir que sua fatia de mercado perma neça intocável Essa estratégia consiste em destinar grande parte de seus recursos anuais à pesquisa e desenvolver novos produtos que substituam seus principais produtos Essas empresas seguram o lançamento desses novos produtos e os colocam no mercado Avaliando Empresas, Investindo em Ações
somente no momento em ue seus concorrentes estão lançando produtos que concorram com os seus Dessa orma tas empresas conseguem azer ue seus própros produtos se tornem obsoletos tornando ·obsoletos também todos os produtos lançados por seus concorrentes A abricante de processadores para computador Intel se benefcou dessa estratégia por mutos anos Atuando na vanguarda deste mercado sempre investu macçamente em esusa e lançou novos modelos de processadores no momento em ue seus concorrentes conseguiam lançar um produto ue concorria com seu últmo modelo. Esse modelo de negóco é tão vencedor ue sua princpal concorrente a AMD, só conseguu vrar de ato um concorrente no iníco do século X, após realzar enorme investmento em pesusa para ter a capacidade de desenvolver novos prdutos ao mesmo tempo em ue a ntel desenvolve os seus
Capacidade de implementar idéias que impulsionem os negocos ,
.
Vamos voltar a alar da rede de fst-od cDonald/ s para res saltar outro ator de crescimento de natureza interna e de vital importância: a capacdade de alavancar as vendas por meio de estratégias de marketing totalmente novadoras Podemos ctar como resultado dessas estratégias o importante impulso ue campanhas de teor flantrópico (como o cDia Feliz em ue uma parte do aturamento é direconada para en tidades de apoio ao tratamento do câncer) ou outras recheadas com brndes direconados a crianças (como o amoso cLanche Feliz ue oerece brndes temáticos normalmente relaconados ao cinema) ue acabam por obrigar' os pais sob os pedidos incessantes de seus flhos ao consumo desse pacote'' defstod muito mas reüentemente do ue desejaram. 49
Capítuo 12 •Selecionando empresas de crescimento
liás, indo muito além do pensamento simlório de apenas vender hambúrgueres a rede demonstrou sua capacidade de impulsionar os negócios ao direcionar seu foco também para o públic infantil, e não apenas aos jovens. lém da criação de personagens que, mesmo de gosto duvidoso, conseguem chamar a aenção desse público, a instalação de parques infanis em algu mas lanchonees se mostrou uma estraégia eciente na tenativa de atrair uma multidão de crianças ue, invariavelmene serão seguidas por cuidadosos pais, devidamente munidos com seus cartões de crédio Noe que nenhuma dessas estratégias tem nada a ver com hambúrgueres, necessariamente No entano, foram agregadas com sucesso ao negócio e conseguiram impulsionálo. Ouro fator relevante no sucesso de um empreendimento é a capacidade de tomar algo que existia há um bom tempo e ''recriálo, de forma a tornálo muito melhor do que era antes Esa é uma das características mais interessantes dos grandes empreendedores Tomemos como exemplo os serviços de busca da Internet Quando a grande rede se popularizou no Brasil, na metade da década de 99, exisiam diversos sites de serviços desse tipo, como o Cadê, o Aonde e o Altavista. Parecia que nada mais podia ser inventado nesse segmento. Enretanto, na virada do século X surge o Google, com um revolucionário método de indexação, e rouba oalmene a cena de seus concorrentes. Rapidamente ganha fama com a novidade: tudo pode ser encontrado no Google. Além da eciência, agre gou rapidez aos processos de busca Torno-se referência nesse segmento de serviços e viciou os inernautas que, hoe, sempre começam suas pesquisas nele. 150
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
A freqüênca com que os nternautas procram o Google é tão grande e sua atuação na rede tão sgnicatva que os desenvolve _ dores de websites agora se preocupam em criá-os de ta forma que sejam 'Googe frendly. Tornouse estratgico para os negócios na Internet construr sites que sejam faclmente ocalizáveis peos métodos do Googe. Na verdade a própra equpe técnica do Googe montou uma sessão de págnas no site com orientações aos desenvovedores para que possam crar seus sites de forma a se tornarem 'Googe friendly. Ver seu site sendo encontrado ogo na primeira págna do mecansmo de usca quase um troféu para desenvovedores we. Ta nunca sore o público crou um mercado lucrativo para o Googe que passou a oferecer so a classcação de inks patrocinados a possidade de ter seu nk na prmera págna de retorno em posição privlegada. Ovamente esse prvlgo conceddo mediante o pagamento de uma assinatura de serviço. Para ctar mas um exempo notáve de ressurreção, vamos focar nossa atenção em um negóco secular no segmento do entretenimento: o crco. Em tempos antgos, era uma grande novidade por onde passava, sempre consderado um grande espetáculo Com o passar dos tempos, a evoução do entreten mento do cnema e da tecnoogia tornou-o cansativo e obsoeto. Durante as décadas de 980 e 990, não foi difícil perceer tal decadnca pea precariedade e pobreza das produções circenses que crculavam pelo Brasl. Quem acetara pagar duzentos ou trezentos reas para assstir a uma apresentação de circo? Há uma dcada tal sugestão soaria como piada. Entretanto o fantástico empreendmento do Cirque du Sole! conseguiu o que parecia mpossvel reinventar o crco. Mais do que transformar um negócio faldo num sucesso mionário agregando qualidade ao espetácuo seus criadores 151
Capítuo 2 • Selecionando empresas de crescimeno
conseguiram mudar até mesmo o púbico a que se destnava esse tipo de espetácuo. Ates direconado às classes mas baixas o crco era um entretenmento popular Hoe assstir ao espetáculo do Cirque du Soei confere até certo status, anal nem todo mundo pode dispor de tal quanta para assstir a um espetácuo crcense ·
•
Produção de gêneros essenciais ou com grande demanda futura guém conseguira maginar - peo menos num turo próximo - um mundo que não consumisse mas combustíves fósses? E um mundo sem energia eétrca? Sera possíve a socedade mo derna continuar exisndo sem o ferro, o aço ou o aumínio? Sem computadores ou soare? Quando pensamos em empresas que atuam nessas áreas de servços ou de produção, fornecendo eementos que hoje são tão essencais à vda humana - especamente nas grandes áreas urbanas -, consegumos enxergar grande longevidade para suas operações e até mesmo uma provável expansão de seus negócios xaminando a ponta oposta, quem se nteressara em adqui rir ações de uma empresa que fabricasse máqunas de escrever? Que tal uma outra que fabricasse carroças? Talvez uma indústria metalúrgica do ramo de autopeças que produzisse carburadores? Obviamente os exemplos apresentados aqu são propositada mente extremos (e por que não dizer até exagerados), mas têm como objetivo demonstrar o quanto se faz necessário estar atento à sobrevida dos produtos ou serviços oferecidos pea empresa que se pretende colocar em carteira Se a atvdade m da empresa não estiver gada a fatores es senciais que movimentam a sociedade ou a outros que ndicam 152
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
possuir ato grau de demanda tura, não poderá alcançar um nve satisfatório de crescimento ou expansão de seus negócios no turo. Podemos ver aguns exempos desse esforço para eternizar a demanda dos diversos softwares antivírus que surgiram nos úti mos anos. Antes vendidos a preço de ouro com CD de instaação e manuais contidos em pomposas caixas onde se iam em etras douradas: Security Suite, hoje são distribudos gratuitamente por meio de downloads, e seus manuais virtuais cam nas páginas do fabricante na Internet. Já não se paga mais peo soare que, na verdade, muda e se ampia muitas vees por ano Agora, pagase por uma icença anua de uso que permite o funcionamento do software Se não renová-a, o software pára de funconar. Idéia semehante foi impementada peos fabricantes de impressoras. Hoe o custo de aquisição de uma impressora é extremamente baixo, todos podem compráa Por outro ado, o custo de um cartucho de tinta ou tonner é etremamente ato, e seu conteúdo cada vez mais reduzido (aguns fabricantes chegam a vender cartuchos com apenas m de tinta). O custo desse produto é tão eevado que a tinta de impressora é considerada hoe o íquido mais caro do mundo, superando incusive o preço do petróeo ou de quaquer um de seus derivados A estratégia dos fabricantes de antivrus e impressoras é a mesma orecer produtos baratos, mas com grande demanda de manutenção ou insumos no futuro. Dessa forma, 'amarram" o ciente a uma cadeia de fornecimento desses itens, obtendo a principa fatia de sua receita não peo ucro individua gerado na venda do produto, mas pea escaa de demanda que sua aquisição provocara. /
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Capítulo 2 • Selecionando empresas de crescimento
Diversificação de produtos e de mercados Existem empresas que, embora pertençam a um seto especíco de atvidade, criam produtos que atendem a setoes dstntos daquele em que atuam ou ainda a centes de natueza ampa mente diversicada. Vamos tomar como eempo duas empesas metaúgcas: uma produz autopeças como viabrequins e bielas e outra númeos tpos de parasos e porcas. Se ocoe queda na podução de veículos peas montadoas a prmeira empesa será seramente afetada, já que seus clentes são essencalmente, as montadoas. Um vabequm não é uma peça de reposição comum que as pessoas compram com freqüência numa oja de autopeças, portanto o mercado de reposição não podeia sustenta os negócos dessa ndústria Nesse mesmo cenário com a queda na produção de automó veis a segunda empesa não sea tão afet�da pois seu poduto não é utlzado unicamente em automóves e sm numa inndade de apcações até mesmo fora do ramo metalúrgco. A dversidade de congurações e o ampo leque de apcações que seus podutos possuem tonaram essa empresa quase mune a crises especícas em detemnados setores uma vez que causam mpactos apenas parc1a1s em seus negocos .
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Se votamos ao caso da primeira empresa agora maginando que metade de sua produção é eportada para cnco pases diferentes, a queda na demanda de peças peas montadoras nacio nais á não pesará tanto em suas vendas. Nesse caso temos uma dverscação nos mercados consumidores e não nas aplicações do produto Esse fato confere maior grau de mundade contra crses ocas, já que dclmente ocorerá uma crse na indústa automobilístca naciona e também nas ndústras dos cnco países estrangeros ao mesmo tempo •
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valiando Empresas, Investindo em Ações
Um xmp ra dssa drscaçã é da Fas Tas, ca atdad nica era a pdçã d eóees, mas h am dssa nha de armaments abca também pças drsas para indústras e, mais recntemnt, ngrss na prdçã d capacts para mtccistas ém desse at d diersicaçã, ba pat d sa prdçã xprtada
Inceento na peforance adminstratva Essencamnt pdms arma para crsc é pcs m hrar E mha, m trms mpsaias, sgnca azr mas ( m) cm mns rcss Nss cnsst ncrmnt da pemance. A mha cntína d prcsss dznd tmp d prdçã, amntand a adade ds pdts anda em nand ahas, trabahs desprdícs (tant d matraprma ant d nega) trn-s m ment ndspnsál para e a mprsa cnsga pmanc m psçã d idrança ant a acrada cncrrênca mpsta pela glbazaçã da cnma ma mprsa ca permance na cand a ng d tmp nã pderá aprsntar cscmnt, já stá btnd cada z mns d s prcss prdtivo u ds srçs prsta. Sm m excdent d caia para inestmnt sá díc mpmnta mdidas d mdrnizaçã d parq fab / d xpansã d s mcad cnsmid P t lad ma mprsa apsntar m ncmnt cnsideáe m sa pefrmane trá a se dsp m crs adcnal cada z mar para nanciar crescmnt de s ngóci, sja pe amnt da capacdad pdta cm a am plaçã mdrnizaçã d pare abr sja cm a ampiaçã d se mcad d ataçã pr mi d campanhas de marktng da rdçã d prçs nas ds prdts, açõs pdm tmar da cncrrnca ma ata mptant d mecad. Capítuo 2 Selecionando empresas de cresciento i
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Passemos agora aos faores exernos que podem inunciar o crescimeno de uma empresa .
Medidas ·governamentais ou judiciais Nem é preciso expicar o quano as decisões govrnamenais ou judiciais podem conribuir para o sucesso ou o fracasso de um mpndimno ou quanto podem represntar na escalada de crscimeno para um ngócio que venham a favorecer A concessão de serviços, iciações de aumeno em arifas rgulamnadas por eis e permissão de xporação são faores eernos de vial imporância para a maioria das mpresas cua aividade é ligada ao Esado de alguma forma. Duran 200 a crise vivida pea Varig forncu um bom xmplo do quano as decsões jurdicas podem inunciar no crescimeno de uma empresa. ssa crise esendeu-se por meses mas seu pono mais conundene se desenvoveu durane o mês d abril, quando noícias viculadas pea mdia davam grande ênfase à probabiidade da decreação de faência peo uiz que cuidava do processo de rcuperação da empresa. Se a faência foss mesmo decreada, as linhas aéreas sob concessão da Varig seriam redisribuídas enre suas maiores concorrenes: a Tam e a Gol Imediaamene o preço das ações dessas companhias disparou na Bovespa pois o mercado delas iria crescer basane. Um caso mas recene no início de 2008, causou fore impaco no preço das ações da Telebrás levando o mercado a um rale fanásico Nocias não ociais armavam que a Telebrás seria premiada com a maior pare senão a oaidade, dos direios de ransmissão e disribuição dos sinais da T digia. Dssa forma sua receia aumenaria signicaivamene. 156
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
No entanto, quando foram divgads ocilmente concessões, a reaidade se mostrou totalmente dversa à especuações anteriores e o preço ds ações soeu uma queda brusca, de grande impacto Podemos citar, ainda, a autorização dos órgãos reguladores para a privatização de empresas públicas ou a reaização de fu sões ou incorporações entre grandes instituições nanceiras ou concessionárias de serviços essenciais. Grandes descobertas científicas A empresas exploradoras de recursos naturais ou
as produtoras de tecnologia são as mais afetadas pelas novas descobertas Recentemente, pudemos observar a inuência positiva que a descoberta de novos poços de petróleo no litoral brasileiro ocasionou aos negócios da Petrobras Estimase que não somente a Petrobras seja beneciada com essas descobertas, mas muitas outras empresas que estarão engajadas na produção da tecnologia necessária à difícil tarefa de extrair o petróleo das prondezas do oceano
A descoberta de jazidas minerais também é fonte de grande impulso aos negócios das empresas que compõem esse setor A siderurgia, em especia, tem se fortlecido muito nos últimos anos e a globalização da economia tem criado megaempresas por meio dos constantes processos de aquisição e são . A área de tecnologia talvez seja a mais inuenciada pela evo lução da ciência Novos componentes mais baratos compactos e potentes estão tornando os equipamentos cada vez mais sos ticados, com maior capacidade de interconexão e mais acessí veis O crescimento da demanda por novos produtos na área de tecnologia tem incrementado de forma signicativa os negócios das empresas desse setor e fomentado a criação de uma série de novos empreendimentos Capítulo 12 • Selecionando empresas de rescimento
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Na áea da podução de aimentos, também podemos observa o impuso das descobetas cientcas, como a ecente descobeta de que o uso de goduas tans no pocesso podutivo de inúmeos aliments causava pobemas séios de saúde à popuação Hoje, os fabicantes aem questão de destaca, nas embaagens de seus podutos, que não utiizam mais esse componente danoso à saúde de seus consumidoes.
Associação da empresa a valores socioambientais Nos dias atuais, temos assistido a uma pedieção constante da popuação po empesas que demonstem esta compometidas com vaoes de natueza socia ou ambienta. A podução de atigos ou aimentos cassicados como eco ogicamente coetos, que possuam oigem ogânica, natua ou atesana, que sejam biodegadáveis ou que pouam menos, tem gande apeo comecia, pois as pessoas estão mais peocupadas do que nunca com as questões dessa natueza A associação da missão da empesa a vaoes sociais também é bem-vinda Apoia associações, ONGs e entidades votadas paa a eadicação de doenças ou da ome também tem ataído cien tes e geado eceitas impotantes paa muitas empesas, mesmo quando a atividade da empesa, em si, não pomove nenhuma mehoia nas condições sociais ou ambientais. m· exempo dessa estatégia é a emissão de documentação impessa em pape ecicado, padão adotado po divesas em pesas do mecado nanceio, pincipamente os bancos. Na Bovespa, podemos cita como exempo a ciação do pogama Bosa de Vaoes Sociais.
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Avalando Empresas, Investindo em Ações
Como identificar nos dados de balanço os snais de crescimeo·? Agra que discorremos conceitualmente sobre os fatores internos e externos que podem inuenciar o crescimento de uma empresa passemos à parte prática da questão elencando alguns indicadores mais apropriados para apontar a existência de fatores capazes de promover o crescimento da empresa
RPL (Rentabilidade sobre Patrimôni Líquido) Este indicador é de especial importância para avaliar uma empresa em crescimento por demonstrar um incremento de permance administrativa Quando apresenta crescimento constante indica que a empresa tem pleno controle de seu processo produtivo e tem implementado medidas para melhorá-lo ou então que adotou medidas de redução nos custos de produção, como correção de desperdcios redução de retrabalhos novos acordos de preços ou condições de pagamento com fornecedores etc Como dissemos antes o crescimento desse indicador nos mostra que a empresa está conseguindo lucrar mais por unidade de patrimônio e essa é a principal premissa para alavancar o crescmento. •
Vale lembrar que quando uma empresa realiza um grande investimento para aumento da capacidade produtiva é comum utilizr parte do lucro do exercício Nesses casos o valor de RL pode ser comprometido não signicando que a empresa tenha incorrido em perda de permance.
GE Gra de Endividamento) e IF (Índice de Independência Financeira) Uma empresa excessivamente endividada dicilmente conseguirá crescer Esses indicadores são úteis para avaliar se a empresa possui 59
Capítulo 12 • Selecionando empresas de crescimento
'fôlego pr crescer, se o crescimento que está presentndo é sustentdo por seus próprios recursos ou se depende, em grnde prte, de terceiros, quer sem eles investidores externos, quer instituições nnceira. Reforçmos necessidde de companhr se o crescimento d dependênci ou do endividmento está ls tredo pelo umento do ptrimônio ou do tivo imobilizdo, e se esse investimento se reete n receit De nd dint mplir e modernizr se s vends não crescerem no mesmo ritmo ML (Margem Líquida)
A Mrgem Líquid é um indicdor muito pontul sobre competênci do dministrdor em implementr permance sobre o negócio d empres Esse incremento de permance não re ete somente melhori de processos produtivos, ms, por su brngênci, tmbém é inuencido por melhoris n logístic de distribuição e por ções de mrketing que visem mplir seu mercdo, tomndo prcels importntes d concorrênci ou que greguem vlor os produtos de mneir permitir que os preços sejm rejustdos com plen ceitção do mercdo consumidor, sem cusr redução ns vends Em resumo, indic que empres lucr mis com o mesmo volume e custo de produção Nd melhor que isso pr impulsionr o crescimento. Relação entre ucro Líquido e LPA ucro por Ação)
Ao vericrmos crescimento do Lucro Líquido, ms decréscimo d LPA, iremos observr tmbém umento do número de ções Ess é únic form pel qul esses indicdores podem se comportr dess mneir Isso indic que empres, o distri buir novos lotes de ções, está necessitndo cptr recursos do mercdo, rtendo o lucro de su tividde em prtes menores pr um número mior de investidores Ess medid nunc é
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
tomada em granes proporções se não for absolutamente ne cessária Portanto devemos car atentos a discrepâncias aguas entre esses ois inicadores Não é comum que empresas em franco crescimento tenham reução signicativa da LPA por necessitarem captar grandes volumes de recurso no mercao Essa captação quando ocorrer, eve ser monitorada para que se descubra se a utilização de tais recursos foi efetiva para a ampliação dos negócios da empresa. Por outro lado o crescimento constante esses ois indicao res de balanço poe nos indicar que os negócios estão sólios e estáveis conição mais o que propícia ao crescimento EBITOA
Este inicaor funciona com um termômetro para aferir a capaci ae de a empresa produzi receita ao meir tanto a capaciade e geração de uo e caia quanto a permance o aministraor Em empresas propensas ao crescimento, devemos encontrar um inicador EBIT DA em crescimento pois a geração e receita será ndamental para alcançar esse objetivo
Os relatórios empresariais como fonte de informação A ienticação dos fatores e crescimento que citamos no decorrer deste capítulo tm, em sua natureza uma forte carga de sube tiviade e nem sempre será fácil para o investidor identicá-os por meio dos números expressos nos indicaores de balanço Empresas e um mesmo setor portanto propensas ao mesmo grau e crescimento apresentam freqüentemente resultaos to talmente opostos e podem connir o investidor no momento a tomaa e ecisão
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Capítulo 2 •Seecionando empresas de crescimento
Ganhar uma nova concorência para prestação de serviços públcos, uma concessão aa exploração de mnérios ou adm nistração de grandes rodovias pode signica muo para o tro de u· a empesa. O lançameno de uma nova lnha de produos podeá repesentar um gande salo umo à ldeança em seu seo de atvidade Tas circunsâncas não esão expressas nos ndcadores e nem sempe são claramene visíves ao invesidor comum Torna-se necessára uma análise mais apurada de cada caso para assmla as parculadades de cada segmeno e de cada empresa, na bsca por dentcálas Uma boa fone de nformações paa o investidor são os relaóos divulgados pelas empresas de captal abeto com os balancetes trmestras Esses elatórios são dsponblzados, va Inerne nos sies das empesas e ambém pela bolsa de valoes Taem nfomações da aa dreção das empresas acerca dos planos de negócio paa o furo Neles, o invesdo poderá enconrar inmeas considerações sobe pevisões, resulados por produto pespectvas de demanda e ampliação do seo Se você já é aconsta da empresa que aento também corespondênca que recebe do seo de elações com invesi dores Muias empesas dvulgam informatvos periódcos para os acionistas visando infomálos de seus planos turos outras dvulgam infomações va Intenet em seus sites, numa seção de elaconamento com acionsas Os sites especialiados em economia e análise de mercado desde que admnstrados po prossionais idôneos também podem tonase uma rica fone de nformação e, pncplmene de opnes dferentes sobre o mesmo ema Tas opniões devem s confrontadas ente s para que o nvesdo possa decdi-se após analsa mas de um ponto de vsa sobre a mesma questão 162
Avaliando Empresa, Investindo em Ações
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CAPITULO
Catárofe natuais, adente e o compotamento do mecado
Já aaos sobre os riscos sisteáticos e ão-siseáticos e de que orma pode afear a aorização ou ão das ações de uma ou as empresas •
Etreanto, quando alamos sobre faores de risco, sepre ocaos nossa atenção e edidas goeraenais, indicadores socioeconômicos coo a inação, osciações de cosumo, em bargos ecoôicos e maobras poicas ou coerciais. Faciene nos esqueceos de que exise oura casse de riscos, be ais deastadora para a ecooia de quaquer epresa ou pas e sobre a qua não há sequer um resqucio de inormação que sira de pisa sobre a probabiidade de sua ocorrência ou o grau de ipaco que causará sobre o mercado Trata-se das ca tásroes, ato as de causas aturais coo aquelas oriundas de acidenes ou ateados Ebora não seja uio freqüentes, a hisória huaa está repeta deas. Um erreoto, u grade icêdio, u atenado terrorisa, u coio arado enre países izinhos, u grave acidee nucear ou ua epidemia em rebahos boios são aguns exempos de caásrofes a que teos assistido, uas em menor, outras e aior escaa 163
Essas catásoes odem se congua em iscos sistemáticos ou individuais, dependendo de sua naureza e extensão No nal da década de 990 o sugimento de uma nova eidemia nos rea nhos ·ovinos da Inglaterra, nomeada 'vaca loucà, ez ue muitos de seus cienes exernos deixassem de coma cane euoéia Os pecuaristas rasileios foram beneciados nessa ocasião, pois muios comadores ue aandonaram o mercado ingês vieram comrar carne no Brasi Em 200 assisimos ao sugimeno de uma eidemia de ere aosa nos ebanhos do Cenrooese rasieiro, articularmente no Mato Gosso do Su, afastando os compradoes extenos de nosso mecado Mais recenemente, uma oua eidemia, agora de esomaite, prejudicou asane as exoaões de carne ovina O mercado inerno no enanto, beneciou-se com a ueda de reço na carne de oa ualidade que não encontou comadoes em razão do emor ue se ormou no mercado externo. Esses são exemplos que se enquadram como riscos não sistemáicos ou in dividuais, ois aetam aenas o seor pecuarista, especicamente o de carne bovina O violeno terremoto ue sacudiu a cidade de São Fancisco no início do sécuo X, nos stados Unidos, teve enorme im acto sobe a economia ameicana, embora, mais arde, viesse a omenar o seto de consrução civi engaado na aboiosa tarea de econsrução Na década de 970 um oe teremoo abaou a cidade apo nesa de be, pondo abaixo a coação do ndice Nikkei da Bosa de Tókio, com a mesma aidez com que derubou as casas e prédios da cidade Aqui emos dois exemos de risco sisemático, pois aetaram toda a economia desses ases
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O tsunami ue assoou a paadisaca cosa da Indonésia, em 2 de dezemro de 200 paicamene acaou com a atividade turísica dessa região Não asassem as pedas incusive Avaliando Empresas, Investindo em Ações
humanas - que caram como rastro da passagem das onda gigantescas, cessaram também as receitas provenientes dos turistas estrangeiros, ue simplesmente desapareceram Efeito semelhante pudemos observar no setor de aviação civil após os ataques terroristas ao World Trade Center, em 11 de setembro de 200 l, na cidade de Nova York. Houve uma queda violenta na procura por transporte aéreo que, nauela ocasião, estava longe de ser a maneira mais segura de viajar, considerando as diversas mensagens veiculadas na mídia por grupos terrorstas ue ameaçavam repetir os ataues O faturamento das empresas aéreas caiu vertiginosamente e, com ele, seu lucro e o preço de suas ações Aém dos prejuzos causados à aviação civil, muitas empresas que o·peravam exclusivamente no W tiveram cem por cento de seu patrimônio transformados em pó num único dia O que dizer aos acionistas dessas empresas? Mais recentemente, em julho de 2007 uando ocorreu um dos maiores acidentes aéreos da história o Brasil, envolvendo um AirBus da companhia Tam, ue se chocou contra um galpão no aeroporto de Congonhas, assistimos à queda violenta do preço das ações das duas maiores companhias aéreas brasileiras: a Tam e a Gol ssa última, embora não tivesse perdido nenhum de seus ativos no acidente, sofreu grande impacto no preço de suas ações Esse efeito se deu porue uma parte signicativa de seus vôos era baseada no aeroporto de Congonhas, ue foi interditado em um primeiro momento e, depois, teve seu tráfego drasticamente reduzido como medida de segurança Dez meses antes, em 29 de setembro de 200 um grave acidente aéreo envolveu uma aeronave da Gol, que, ao se chocar conra um jato executivo de peueno porte, caiu no meio de uma oresta, ao sul do Pará. Nessa ocasião, de forma diversa do ue ocorreria em 2007 embora a companhia tivesse sofrido perdas materiais e humanas, o preço de suas ações não sofreu impacto Capítulo 3 • Catástrofes natrais, acidentes e o comportamento do mercado
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Já no segundo acidente embora não tenha sofrido perda de patrimônio, a perspectiva de reução drástica em seu faturamen to, sem uma previsão de recuperação no curto prazo, causada iniialmente pela inerdição do aeroporto de Congonhas e, mais tare, pela edução no voume de tráfego aéreo, estancou a possi biidade de manutenção do eevado ínice de cescimento que a empresa vinha apresentando desde sua ndação. Desta vez, não havia como remanejar nem compensar a perda no faturamento Ee iria cair mesmo. E, com ee caiu também o preço das ações Nos primeiros 0 ias após o acidente, o preço das ações da Gol caiu cerca e 25o e, em 2 meses, chegou a 4o. Um ano depois sem que a situação apresentasse melhora sensíve, já atingia o patamar e 60°/o de desvaoriação Casos como os das ações da Go e da Tam servem de aerta para os investidores E preciso estar sempre atento aos efeitos que fatos inesperados podem causar no preço das ações. Manter-se bem informao e desenvover a capacidade de antecipar as reações do mercao em reação a uma catástrofe ou acidente e grandes proporções pode faer toda a diferença ,
Não tenha dúvida de que vender as ações da Go na manhã de 8 de julho de 007 foi a decisão mais acertada para quem conseguiu enxergar, diante dos fatos ocorridos, a grande quea de faturamento que a empresa poderia sofrer se a situação do aero porto de Congonhas não osse resovida rapiamente E não foi. Entretanto, não é só pela inuência e terremotos, atentados ou graves acientes que se agita o mercado e capitais Existem, também, as catástrofes poíticas Um caso típico, que demonstra bem esse tipo de inuência sobre o mercado, é a trajetória épica das ações PN da Forjas
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Capítul 13 Catástrfes natuais, acidentes e mprtament d merad •
totalmente apático Com a proximidade do plebiscito e regras mais claras delimitando a abangência da lei que proibira o comércio de amas de fogo o mecado começou a reavalia o real impacto que essa nova lei traia paa a empresa. Pelo fato de a nova lei proibir apenas a venda de armas para civis, causava impato estrito somente no comécio de armas de baixo calbre O mercado dos armamentos de maio porte, nomalmente vendidos para o exército polícia ou empresas de segurança não seia afetado Como parte da podução da empresa era expotada essa fata de mecado também não sofeia perdas já que não estava sujeita à lei basileia. Além desses fatores a empresa também possuía outas linhas de produtos que nada tinham a ver com armamentos (como material de seguança para o trabalho, po exemplo) e que não seiam afetados pela proibição da venda de armas de fogo. Quem teve visão ampla o suciente pecebeu que o mecado havia superestimado o impacto negativo que a lei causaria nos negócios da empesa provavelmente po estar despovido das infomações que necessitava paa uma análise mais apurada da . s1tuaçao. ,
Sugiu então uma oportunidade: compra ações da Forjas Tauus antes do plebiscito e espera pelo que iia aconteer. Havia duas possibilidades paa o desfecho: contar com a valoização das ações caso a poibição não fosse aprovada pela população essa era a melho hipótese) ou aguada um pouco mais até que os númeos dos balanços povassem que o impacto negativo sobre os negócios não tinha as popoções pevistas pelo mecado caso a nova lei vingasse após o plebiscito .
No nal de agosto de 2005 as ações da auus eram negociadas a preços que giavam em torno de R$ 0,90. Nessa época os mais expeientes analistas de mecado ariscavam supo que as ações 169
Capítulo 13 Catástrofes naurais, acidentes e o omportamento do merado •
poderiam valorizar até 200°/o após o plebiscito, dependendo do que osse decidido. Durante o mês de setembro, a cotação co meçou a subir, atingindo o patamar de R$ 1,30 em outubro, na semana em que estava marcado o peiscito A decisão popular foi por não _provar a lei do desarmamento O preço das ações estagnou-se por alguns dias após a realização do pebiscito, como se o mercado não acreditasse no que ocorrera nem na forma como se dissiparam completamente as nuvens negras que cobriam o turo da empresa Então, iniciouse uma tendência de alta espetacular que atravessou, ilesa, um período de 2 anos, atingindo seu cume em outubro de 2007 quando alcançou os inacreditáveis R$ 5,59 (nada menos que 1.632°/o de valorização) Lembrome de ter encontrado, em 2006, numa palestra da qual participei no auditório da Bovespa, um investidor muito empolgado com as ações que havia comprado no nal de agosto de 2005 por míseros R$ 0,91 e que, naquela ocasião, já valiam mais de R$ 4,00 u o aconselhei a vendêlas, pois á tinham va lorizado bastante num curto espaço e tempo, cando suscetíveis a correções fortes Ele armou que nem sonhava em vendêlas, pois iria esperar que valorizassem ainda mais. spero que ele as tenha vendido antes do fatídico mês de outubro de 2007, quando seu preço histórico de R$15,59 deu início a uma orte tendência de baixa que reduziu em 50°/o o valor delas em apenas 6 meses Um outro caso surpreendente em que mudanças na legisla ção aetaram negativamente o preço das ações de uma empresa ocorreu a partr de setembro de 200, agravandose no nal desse mesmo ano, quando as ações da Positivo Informática alcançavam seu apogeu no topo de uma empolgante tendência de alta que á ·durava quase . ano .
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Sediada no estado do Paraná, com uma lia em Ihéus, na Bahia, mas com seu mercado consumidor concentrado em São Pauo (cerca de 70o das vendas), os negócios da Positivo In formática prosperavam bastante. A galope também seguiam os preços de suas ações, ançadas na Bovespa em um IPO (Oferta Pública Inicial, em português) no início de dezembro de 2006 Em setembro de 200 o STF (Supremo ribuna ederal) se pronunciou contrário a um pacote de incentivos scais oferecidos à empresa peo governo paranaense As ações da empresa sofreram, rapidamente, uma queda superior a 10°/o. Embora apresentasse sinais de recuperação, o papel viveu uma fase de grandes osciações durante vários meses. Um ano depois do lançamento, o preço das ações já atingia mais de 10°o de vaorização Produzindo com quidade a preços competitivos, as vendas da empresa cresciam substancialmente, delineando um turo brilhante para seus papéis na bolsa de valores, mesmo após um período de turbuentas oscilações. udo parecia caminhar bem para os acionistas da Positivo, até que o governo de São Pauo, numa medida protecionista aos fabricantes de computadores locais, retirou um benefício que concedia isenção na aíquota de ICMS para produtos de infor mática, mantendo esse benefcio apenas para aqueas empresas que detivessem unidades produtivas dentro do estado. a me dida aumentou a carga tributária sobre os produtos da Positivo, subtraindo-lhe boa parcela do mercado ao reduzir seu grau de competitividade O resultado reetiuse imediatamente no preço das ações que despencaram de� R$ 47,71 para R$ 1255 em apenas 7 meses, registrando uma desvaorização de quase 74o. Podemos ver esse movimento na gura 13.3. 171
Capíulo 13 aásrofes naturai, acidnts o comporamnto do mercado •
CAPÍTULO o vd ég
Certa vez, quando lia o informativo do INI (Instituto Nacional de Investidores), em sua edição de janeiro de 26, disponibilizada no site da entidade na nternet, deparei-me com o depoimento de um investidor que se considerava preudicado na permance de seus investimentos pela falta de uma informação que considerava estratégica na recomendação que recebera para a compra de um ativo na bolsa de valores. O ativo escolhido para compra era realmente muito bom: as ações PNA da Cia Vale do Rio Doce (VALES ntretanto, a informação que lhe faltara no momento da recomendação e que se mostrou vital mais tarde era de que o ativo estava numa tendência persistente de alta e, portanto, muito suscetível a uma possível exaustão le relatou que adquirira o ativo em março de 25 e, nos 2 meses seguintes, assistiu a uma queda de quase 30o no preço de suas ações Havia comprado suas ações num período de topo nos preços Obviamente que, na data da publicação do informativo, mais de 6 meses depois da compra, suas ações já apresentavam lucro em razão da apreciação do ativo pelo mercado Porém, ele armou que se tivesse sido alertado quanto ao risco de queda nos preços, 173
teria esperado para comprar as ações em preços mais prómos ao fundo que se formou em mao de 2005. Isso teria triplcado seu lucro durante o segundo semestre de 2005. Podemos garantr que o nvestidor que protagonizou esse bre ve relato, de forma alguma, é uma exceção entre as centenas de investdores iniciantes que se lançam ao mercado a cada ano Na verdade, a stuação descrita por ele é mto comum e, felizmente, teve um nal felz (embora não tão lucratvo quanto ele desejava) em razão de ter escolhido um bom atvo e possur dsponbildade para mantêlo em carteira, apesar da queda nos preços. Muitas vezes o investdor se assusta com o resultado de se erro e acaba realzando o preuzo no ponto extremo do movmento de baxa temendo m prejzo anda maor, para depos assstr, estarrecdo, à recuperação dos preços até superar seu preço de compra Outras vezes o dano é anda maor, quando o ativo não é muito apreciado pelo mercado ou não tem lqudez sucente, tornando muito difícl recperar-se da queda sofrida Por essa razão, devemos ter muto cudado ao seguir o ve lho conselho do mercado sobre nvestmentos de longo prazo: 'Escolha uma boa empresa, compre as ações e não ohe para as oscações de preços
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Embora seja uma postura muto cômoda para o investdor, está longe de ser a melhor conduta para quem pretende realmente ganhar dnheiro com ações Tão mportante quanto atentar para os fundamentos da empresa no momento de decdr-se por uma boa ação é escolher o momento certo para comprála. Se a empresa analsada tem bons fundamentos e sas ações são de prmera linha, não se tornarão uins da note para o dia Da mesma forma, se seu setor de atvidade estver em crescmento, não irá denhar de um momento para outro Sempre será possíve, e até necessáro, reazar uma análse gráca dos preços do atvo para descobrr se o momento é oortuno, antes de se lançar às compras Avaliando Empress, Ivestdo em Ações
Até mesmo as melhores ações do mercado sofrem os efeitos das longas tendências e apresentam movimentos de correção técnica nos preços durante o percurso. Essas oportunidades não devem ser ignoradas peos investidores que desejam entrar no papel ou realizar um novo aporte em sua carteira Mesmo para investidores que montam um plano de longo prazo baseado na discipina das compras reguares de certo nú mero de ações a cada mês, vale o conseo de represar o capital que seria usado na aquisição de um ou mais lotes na espera por um momento oportuno de mercado em que ocorra ueda nos preços. O acréscimo de permance que essas compras reaizadas no mo·mento oportuno podem gerar representará um grande impuso na ucratividade da carteira ém desses aportes ecazes em nossa carteira, devemos con siderar que a venda de uma ação que possuímos mesmo que i�serida num panejamento de ongo prazo - não precisa ocorrer somente no momento de nossa aposentadoria ou quando a empre sa estiver em risco de faência Já que o mercado apresenta cicos de alta e de baixa em ualuer papel (mesmo nas Blue Chis), podemos efetuar vendas estratégicas no meio do pano de ongo prazo uando o mercado mostrar sinais de saturação a m de preservar o capita e os ucros á conquistados - para depois recomprar essas mesmas ações a preços mais baixos apos um movimento de queda .
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Isso não signica que você estará se desfazendo permanente mente de seus investimentos mas aproveitando oportunidades para se beneciar das grandes correções de preços e, dessa forma, conseguir aavancar a pefrmance de ongo prazo dos ativos aduiridos Como citamos mesmo os papéis de primeira lina, que descrevem tendências mais prolongadas costumam apresentar 175
Capítulo 14 Compras e vndas estratégicas •
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Por m, um investidor (D) qe comprasse essa ação no ndo que se formou no na de aosto de 2007 obteria o mesmo lucro do investidor (A) e também do investidor (C, em apenas· 1 mês. Obviamente, para qe todos ees reamente obtivessem seus diferentes graus de ucro, teriam de vender sas ações no na de dezembro de 2007, quando se formou a ura dos topos dupos no ráco, o, então, teriam voltado à estaca zero no início de fevereiro de 2008 exceto o investidor B). Considere qe se um investidor percebeu a queda iminente que o ráco annciava em dezembro de 2007 e vendeu seus ativos estrateicamente a preços próximos de R$ 5000 teve a oportundade de comprálos de volta por R$ 3600 pouco mais de 1 mês depois. Imainando que ee tenha investido, na nova compra, todo o dinheiro que anariou com a venda estratéica, sua carteira cresceu 38/o em quantidade de ações, sem qe ee tivesse desembosado um centavo sequer para viabiizar esse crescmento. •
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Note qe a questão essenia aqui é o reinvestimento da marem que obteve nas neociações feitas com essas osciações de preços. Essa é uma forma seura e produtiva de ampiar sua carteira de ações para um ativo no qua você reamente acredita. Por essa razão é de ndamenta importância observar os mo vimentos de maior manitude que o mercado apresenta antes de decidir pea compra de um ativo ou até mesmo panear saídas e novas entradas com objetivos estratégicos
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Capítulo 4 Compras e vendas estratégicas •
CAPÍTULO Sobrevivendo a crise nternacionais
Agora que já falamos sobre o momento e comprar ou vener ações vamos tratar sobre a ocorrênca e crises munas e de como evemos osicionarnos urante esses momentos e turbulência que poem ocorrer urante o peroo e nossos 1nvest1mentos. •
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Apesar e inesejaas, crses munias que afetam as bosas em too o planeta são inevtáveis e ocorrem peos mais iversos motivos. Enquanto escrevemos este livro, a crse munia incaa no mercao e créito mericano comleta 1 ano e ana interfere na establae os negócios em praticamente toos os mercaos muniais No passao recente enfrentamos outras fortes crses como a crse os atentaos terroristas e 1 e setembro e a guerra no raque a crise os Tgres Asiátcos e um ouco mas longe mas não esqueca a guerra o Golfo. Durante essas crses o namento que leva o mercao e aes a enfrentar granes queas generalizaas é bascamente um só: o risco e muança nas eectativas o crescimento econô mco ara os rox1mos anos.
I
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Isso ocorre or um smles motivo: seguno os mesmos concetos que vmos no capítulo O, quano amos sobre o custo 179
do dinheiro no tempo, a ação de uma empresa não é negociada por seu valor intrnseco ou seja pelo valor declarado no balanço. Se uma empresa como a Petrobras fosse fechada hoje e todo seu estoque plataformas prédios e insumos fossem vendidos e esse capital dividido entre todos os acionistas a parcela dessa operação que caberia a cada ação emitida seria muito inferior ao preço pelo qual essa ação está sendo negociada no mercado. Assim, podemos deduir que o preço da ação é composto de duas partes A primeira diz respeito ao valor que a empresa já possui ou seja seu valor intrnseco. A segunda relacionase ao valor que a empresa virá a possuir em função das expectativas de crescimento que o mercado bem como seus acionistas estão projetando para ela no longo prazo ou seja, seu valor de mercado. Para que essas expectativas permaneçam válidas é necessário que todas as variáveis macroeconômicas locais e mundiais perma neçam previsíveis. Essas variáveis incluem custos da matériaprima e da mão-deobra demanda pelo consumo dos produtos da em presa e crescimento do consumo mundial de diversos produtos. Quando uma crise mundial ocorre, essas premissas tornamse frágeis e as variáveis que suportam as expectativas turas para os negócios das empresas começam a se deteriorar. Vamos tomar como exemplo a crise mais recente iniciada no mercado de crédito imobiliário americano conhecido como Subprime. Entre as variáveis que sofreram deterioração as que mais inuenciaram o mercado foram as mencionadas a seguir. •
A crise evidenciou que alguns bancos negligenciaram seus modelos de avaliação de risco para as operações de crédito imobiliário. Isso iniciou uma crise de conança na estrutura dessas instituições Incapacidade de Establdade do sisema fnancero anrcan:
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Avaliando Empresas, Inestindo em Ações
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superar a crise poderia desencadear uma quebra sistêmica no setor fnanceiro, com graves conseqüências para diversas empresas dos mais variados setores. •
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Gau de independênca d sistema fnaneiro eurpeu em elação a mecado an1eican Os reexos da crise americana no sistema fnanceiro europeu exce deram as expectativas que existiam sobe a ampitude do impacto que essa cise poderia provocar Todos sabamos que o cenário estava se tornando cada ve mais globalizado mas não tnhamos uma idéia exata de quanto os bancos europeus estavam comprometidos com o nanciamento do crédito imobiiário america no. Somente quando as baixas contábeis começaram a assoar o baanço dos bancos europeus oi possíve perceber a extensão do esrago causado pea inadimpência do Subprim e o desaquecimento da demanda nesse segmento Epectatva de consum mundial A crise iniciou um movimento de desaceleração na economia americana, reduzindo as expectativas de crescimento do consumo, chegando ao ponto de iniciar uma recessão nesse pas Por serem os mercados internacionais tão interligados a crise rapidamente aetou outros países que passaram a experimentar também redução em seus nveis de crescmento •
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Peç das commodities: O orte crescimento dos BRCs elevou consideravelmente o preço das commodities metáicas e do petróleo. Apesar de esse evento não ter sido desencadeado pela crise imobiiária acabou por contribuir ortemente para agravar o contexto, já que maiores custos desses insumos traduzemse em inação para os pases consumidores 8
Capítulo 15 Sobrevivendo a crises internacionais •
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Estagação: O cenário de nação causado peo aumento no peço das commodities, combnado com a desaceeação no crescmento munda, gerou um n ovo evento em um contexto mundal já conturbado, chamado de estagação. Ta evento caacteizase pelo desaquecimento da economia combinado a um cenário naconário Esse fenômeno econômico é pa tcularmente difícil de ser contornado, já que combina dos problemas que são tratados de maneiras distntas peas autordades monetárias
Com a presença desses probemas, o mercado apidamente niciou um ciclo de baixa, pos a parte da ação que corresponde à 'expectatva possui agoa um maio rsco e pode não mais se concetiza, ou peo menos demoa mais tempo paa acontece. As cises são marcadas po gandes cicos baixstas seguidos de um perodo de ncerteza, em que o mercado caminha de lado, com meno volume de negócos e muita volatidade. Ao chega a esse ponto, os nvestidores já descontaram todas as suas ncertezas sobe expectativas no preço das ações e passam agora a aguadar a divugação de ndicadores que demonstrem como essas variá veis estão caminhando com o passa do tempo. Esse perodo é macado po fote volatldade em que a dvulgação do menor indcado dispaa atas ou baixas fotes a cada dia. Nesse cenáo, qua a melhor postura a se adota? As ações que meho enfrentam as gandes crses são as que possuem beta mais baixo. Essas ações têm uma varação menor que a do Ibovespa, potanto vão cai menos que as outras, que são mais voátes.
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As ações de beta mais baxo são as de empesas maduas, que estão em uma etapa de seu ciclo de vida em que os grandes inves tmentos á foam feitos, potanto, se comparadas à empesas que valiando Empresas, Ivestid em Ações
estão investindo em sua linha de produção, não têm tantos riscos a enfrentar com a mudança de cenário. No capítulo 2, quando falamos sobre os setores da economia, comentamos sobre essa carcterística nas empresas do setor elétrico. Essa característica também será encontrada em outras empresas maduras, como as de saneamento e algumas de telefonia Nessas empresas, o preço da ação é composto por menos expectativa e mais valor intrínseco, se comparado ao de outras empresas em estágio de crescmento anteror •
Para as projeções dos resultados dos próximos anos as em presas maduras, a variável 'expectativa de crescimento é menos inuente. A demanda por seus produtos é menos elástica e o quadro de desaquecimento na economia não representará uma redução de receita tão signicante para seu quadro de receitas total Já para uma empresa que atua em um setor de pleno crescimento, o impacto dessa redução é proporcionalmente maior, podendo, em alguns casos, determinar o m de seus negócios Entreanto, isso não signica que devemos esquecer as demais empresas Nos momentos de crse, as ações de muitas empresas são ão duramente penalizadas que seus preços atingem patamares de extremo pessimismo, muito abaixo daquilo que está lastreado por seus fundamentos, acabando por gerar boas oportundades de entrada. Após os grandes ciclos de baia, o investidor deve estar atento às empresas sólidas cujo cenário continua promissor para o longo prazo. Essas empresas, que continuam tendo perspectivas de cres cimento, mutas vezes têm seus preços tão degradados quanto os preços das empresas que realmente enfrentarão anos difíceis. Vale lembrar que o preço de uma ação é resultado da relação entre as intenções de compra e de venda, enquanto o verdadeiro 'valor da empresa está em seu negócio 183
Capítulo 15 Sobrevivedo a crises internacionais •
Essas oportunidades de compa a preço baixo nomamente sugem apenas nesses momentos de cise Após a camaia ao primeio sina de que os indicadores macoeconômicos estão se res·taurando essas ações costumam entra em epetidos cicos de ata resutando em ápida e ote recuperação. Os investidoes que percebem tais opotunidades auferem um ótimo etorno em um pazo muto curto •
Assim as grandes cises mundiais apesa de trazerem momentos de tensão ao investidor e às vezes algumas perdas , podem também signica boas oportunidades de entrada a um peço muto atratvo
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Avalando Epresas, Investindo em Ações
CAPÍTULO Gerencamento de captal e reavaliação permanente
Depos de termos tratado de tantos temas e de forma tão deta lhada, resta-nos apenas acrescentar mas uma recomendação: a necessdade de gerencamento de seu captal e reavalação cons tante da composção de sua carteira, ndependentemente do grau de dverscação que você lhe tenha mputado. Essa recomendação tornase necessára porque não basta ape nas analsar o hstórco dos balanços (com seus ndcadores) e a perspectva de crescmento das empresas, acredtando que sso rá garantr a rentabldade delas por um longo período Por anda se, baseados nesses resultados, adqurrmos nossas ações e, depos, nos esquecermos de acompanhálas com o devdo cudado, crendo que a rentabdade certamente vrá com o decorrer dos anos se nvestrmos em um bom atvo. Verdades que hoje nos parecem muto sóldas, no decorrer de alguns meses ou anos podem se modcar radcalmente Nos captulos 14 e 15, tratamos de dversos fatores_ ou causas que podem desencadear tal comportamento nos preços das ações. No entanto, nem sempre essas mudanças ocorrem de forma abrupta, clamando por nossa atenção Por vezes, transcorrem gradualmen te, de forma suave, e podemos nem percebêlas se nos tornarmos despreocupados e pouco cautelosos em relação a nossos negócos. 185
A globalização da _economia como citamos em capítulos anteriores amplicou muito essa condição expondo facilmente as empresas nacionais a uma enorme gama de possibilidades. Essa nova reàlidade transformou suas matrizes de risco num emara nhado de combinações altamente complexo e quase imprevisível. .
Costumamos armar que um investidor de sucesso no mer cado de capitais é antes de tudo um sobrevivente. Sobreviver ao mercado deve ser sua primeir e mais importante aspiração. Acançada essa condição os lucros virão como conseqüência pois essa é a essência do gerenciamento de capital. Não ser expulso do mercado pelos erros que podem leválo a dilapidar todo o seu capit é missão primordial do investidor em açoes. ,
Em termos básicos o gerenciamento de capital consiste em adotar medidas que visem não permitir que sua carteira sofra uma perda tão grande que não possa ser reparada a médio prazo. Existem algumas regras práticas que podemos adotar como uma cartilha para garantir um bom gerenciamento de nosso captal: •
Não se case com suas ações. Uma coisa é estabelecer um planejamento de longo prazo para um ativo outra é unirse a ele 'até que a morte os separe Certa vez um administrador de carteiras foi procurado por um investidor que desejava contratar seus serviços. A única condição imposta pelo cliente era que o gestor não se deszesse das ações da Mesbla (uma cadeia de lojas de departamentos) que possua. Ele tinha sido ncionário da empresa por muitos anos e se aposentara lá gostava muito da empresa e não queria se desfazer dos papéis de forma alguma. Como a concentração de recursos era grande nesse papel e os preços do ativo não iam nada bm, o gestor não aceitou administrar a carteira. Aguns anos depois a rede faliu
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
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Não se permta perdas sucessvas em um mesmo pape. Mutas vezes o nvestior adqure uma ação e, após amar . . . gar um preuzo, começa a nutrr certo ressentmento com reação ao pape. Mesmo depos de venêo, contnua a acompanhar as cotações com a ntenção quase osessva, de compráo novamente a preços mais baxos, de forma que o mesmo pape venha a resttuir o neiro que he sutrau no passado. Esse é um erro fatal que pode leváo a perdas cada vez maores. Nenhuma ação he dá ou lhe tra dinheiro algum. O mérto ou demérto) do ganho (ou da perda) é todo seu, é resutado de uma avaliação momentânea da stuação, que nem sempre é assertiva. ,
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Ressta à tentação da concentração. Já vmos, no capítuo , que a dverscação é uma forma raconal de dlur os riscos associados ao desconhecdo. Aguns autores que escrevem sore nvestmentos costumam armar que di verscação nada mas é do que a arte de perder num atvo aqulo que se ganha no outro, entretanto, num cenáro tão instáve como o nosso, em tempos de goaização mtar os ganhos por meo a dverscação de cartera pode signcar a dferença entre ter ou não ter ago num turo próxmo Lemrese de que a preservação de seu captal eve ser sua proridae número um. Não aumente o níve de rsco de suas operações na usca por recuperarse rapidamente de uma perda. Essa tavez seja a armadlha mas morta a que o investidor está exposto. Na tentatva de recuperarse rapidamente, você pode sofrer perdas ainda maores, já que está expondose a maor grau de risco. Se sso ocorrer, você estará em stuação por do que aquea em que se encontrava ants da prmeira perda. Siga pelo camnho oposto, uscano nvestmentos em papés que ofereçam menor grau de rsco, pos sua 87
Capítulo 16 Geenciaento de capita e eavaiação permanente •
prioridade agora deve ser recuperar o dinheiro perdido, mesmo que isso demore O que você não pode é permitir mais uma perda. •
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Nunca faça preço médio durante queda na cotação. Essa prática danosa assombra, de forma esecial, os investidores iniciantes que se consideram muito espertos ao comprarem mas e mais ações duante a queda dos peços Não perce bem que estão cavando o ndo da cova em que caíram Matematicamente o preço médo das ações em carteira realmente ca menor quando utilizamos essa técnica, criando a ilusão de que estamos transformando um mau negócio em um negócio não tão ruim O probema é que continua sendo ruim e, principalmente, porque além de ruim está se tornando maio Ao azer preço médio, você aumenta a concentração de sua carteira num negócio ruim mesmo que seja 'menos ruim Se você quer ganhar dinheiro na bosa precisa faer negócios bons Se decidr manter o papel em carteira durante uma baixa e quiser fazer preço médio, faça-o somente depois que os preços começarem a subi novamente pois enquanto esti verem em queda você não saberá onde irão parar. Essa é a técnica correta para fazer preço médio, pois agora você está puxando o preço médio de sua carteira para um patamar mais próximo do preço de cotação, indo de encontro a ele e não correndo atrás dele como um desesperado Em momentos de crise quando a bosa como um todo enrenta grandes perdas percentuais, tome cuidado com o efeito manadà Evite entrar em pâico e tomar apressada mente a decisão de vender todas as posições Lembrese de que a cotação da ação é mera relação entre as intenções de compra e as intenções de venda. O oco do investidor de longo prao deve estar no vaor da empresa Avalie como
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Avaliando Empresas, Investindo em Ações
o cenáio que está levado o mecado a pedas afea as empresas e sua caea e veque se há mudanças sgncatvas que justquem a saída do nvesimeo Após grandes cses, as empresas que possuem vaor cosumam apresentar ápida recuperação •
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Operações especuavas são excianes e até mesmo d veridas além de proporcionaem bons ucos, quado dão ceo. No entanto, unca se esqueça de que são acompahadas de alto grau de isco. Nuca vsa nelas um percenual signicatvo de seus ecursos, em perma neça muo empo com esses papés em cateira. O jogo da especulação é rápdo, se o uco ão ver logo pode e cereza de ue o prejuízo viá. Encare as opeações especulativas como oporunidades de ganhos exas, ão como a prncpal estratégia de nvesimeos. Diheiro grade em pape grande, diheio pequeno em papel pequeno Nunca nvista uma gade quania num PO numa ação muto recente no mercado ou num avo cua qudez é duvdosa ou nsáve, só porque a empresa apeseta bons números de balanço O mecado não obedece ao balanço nem ao bookbuilding o momeno de precicar os atvos. Ivsa somas maores somee em empresas radcionas, que tenham mas tempo de mecado maio peetração e das quais se possa pesum a aceação ou não por pare dos ivesidoes. Não nvsa no mecado de captais um recurso destnado à ulação o curo pazo. Ao tratamos dos negócios com ações é aé possível esima quano mas é praicamene mpossve saber 'quando Tave você venha a precsar do dnheio no por mometo de mercado para a veda.
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Capítulo 16 Gerenciameno de capital e reavaliação permanene •
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medida que for auferindo lucros signicaivos na bolsa de valores, pense em sepaa parte desse capial, ransporandoo paa u investimento de menor risco, na usca por preserá -lo Vá aumenando o capia de menor risco e reduzindo o capial invesido na olsa com o decorrer do empo. Uma boa estratégia é denir percentuais de exposição de acordo com o risco do investimento Supondo que o percentual escohido seja de 30°/o em ações e 70o em renda xa deve se equilibrar o porfólio de invesimenos oda vez que os percentuais esiverem se distanciando da mea.
gora que já tratamos do gerenciamento de capital, vamos falar um pouco sobre a necessidade de reavaliação permanene de sua carteira. Precisamos manter bem vivo em nossa mente que o objetivo de nossa enrada no mercado de capiais é ganhar dinheiro. Com essa nalidade monamos uma careira de ações, e precisamos cercála de cuidados e medidas que visem a garanir que esse ojeivo seja alcançado. A cada compra que zer para um deerminado ativo esabeleça uma mea de preço e uma daa para aingilo Mesmo que seus planos sejam de longo prazo, esabeleça metas inermediárias. Não são meas esabelecidas necessariamene para venda mas paa avaliação, para checar o quano sua previsão em relação ao uro do papel foi assertiva. Seja realista em sua previsão, estabelecendo uma faixa de preços do tipo máximo/mínimo na qual espera que os ativos esejam na data previsa. Crie o hábio de avaliar periodicamente (semestral ou tri mestralmente) se os objetivos denidos para cada papel, e para a careira como um odo, esão sendo alcançados. Se não esiverem avalie a possibilidade da troca de papéis com baixo desempenho por ouros que enham apresenado melhores resulados. 190
Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Faça também uma avaiação setoria reforçando a participação da carteira em setores com perance mais destacada e redzindo ou eiminado a participação em setores qe apresentam prejuízo o cro muito abaixo do esperado. Essa correção de rmo na composição da carteira é funda mental como instrmento de maximização de resultados pois o mercado é muito dinâmico e exige qe o investidor também o seja. Fexibiidade e capacidade de adaptação são paavras de ordem para o investidor que deseja obter boa lcratividade no mercado de capitais Mantenha também um histórico de sas avaiações passadas e das decises de substitição que tomo . Esse materia será de grande valia no decorrer do tempo para axiliá-o em avaiações futuras. E desejáve, também que crie panilhas em termos per centuais para vericar o desempenho obtido por ação por setor e o resltado total da carteira de forma qe possa transformar esses números em grácos de desempenho, os quais fornecerão visibiidade mito mais apurada a respeito dos resutados obtidos. ,
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Capítulo
16 m Gerenciamento de capital e eavaliação pemanente
CAPÍTULO onceitos estatísticos aplicados ao mercado de ações
Neste capítulo estão reunidas as ferramentas estatísticas utilizadas no decorrer desta obra, para que o leitor possa conrmar seu entendimento e, em caso de dúvidas, consultar quais são seus conceitos e como aplicar corretamente as fórmulas que necessitam de planilhas eletrônicas Pelo fato de o aplicativo Excel, da Microsoft, ser a mais popular ferramenta do tipo planilha eletrônica, ao menos entre os usuários domésticos no Brasil, estaremos montando as demonstrações de uso dos instrumentos estatísticos utilizandoo. Isso não quer dizer que o leitor não poderá usar outros aplicativos semelhantes existentes no mercado Basta apenas que adapte os passos indicados ao processo utilizado pelo aplicativo de sua preferência
Desvio-padrão ,
E uma ferramenta estatística que nos permite obter uma medida de dispersão para uma série de dados numéricos O desviopadrão nos permite desenhar a curva de distribuição para o conjunto de valores analisado (Figura 17 .1)
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Entre o rutado aprentado, podeo dtacar
Coefcint da Variáve Xl: Rprnta o uanto u grupo de dado varia rlação a outro Cao etejao com parando ua éri hitórica d cotaçõe de echamento de ua ação versus ua érie hitórica de pontuação para u indicador d rcado coo o Ibovpa a variável l repreentará o ofcint beta da ação
R-uadrado: E u indicador d corração ntr a variá vi Quanto ai próxio de , aior a correlação entre o doi grupo de dado Ito é válido tanto para ua corraço poitiva uanto para ua negativa ou eja o vaor d Rquadrado pre fcará prto de 1 poitivo uando houvr ort corrlação d uauer tipo ''
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Obrvaçõ E o núero d iten prente e cada conjunto de dado anaiado
Cofcint d intereção E o ponto e ue a inha rta corta o eio vertical dontrado na fgura .8 ou ja reproduz o vaor ue a variável reprentada no io ver tical terá uando a variávl do eio horizonta or zero
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Stat t Deontra o vaor da tatítica t qu é ua erraenta para apurar e a relaço é tatiticant ignifcante
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TablaOVA E ua ora alternativa d deontrar o reultado do ajutaento da regreão por eio da oas do quadrado (S O 'F ai coo a etatítica t é ua erraenta para avaliar a ignifcância da rlação etattca ntr a varave.
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203 Capítulo 17 • Conceitos estatísticos apicados ao mercado de ações
Conclusão
Quando concebemos a idéia de escrever esta obra, tínhamos em mente reunir, em um único trabaho, o conjunto de conhecimen tos e erramentas undamentaistas que jugávamos ser necessário para entender o ncionamento do mercado e das empresas que dee participam. Neste trabaho, buscamos dar ao pequeno investidor conhe cimento suciente para deixar o grupo dos amadores e entrar no universo dos verdadeiros players, que sabem o que esperar de suas ações e azem investimentos, não apostas. Com a bagagem ndamentalista apresentada, o investimento em ações deixa de ser uma apicação de ato risco e imprevisibilidade, para se tornar um investimento de risco conhecido e parciamente controlado. Vimos que, antes de avaiar qualquer empresa, é preciso entender como os indicadores macroeconômicos aetam o cenário e, conhecendo as características de cada setor, ter condições de cruzar essas inormações para saber qual segmento de negócios apresenta as mehores perspectivas de médio e longo prazos. As técnicas para avaliação de balanço, como os indicadores de balanço e de mercado, bem como os modeos de precfcação de ativos e baanceamento de carteira, são poderosas erramentas para a gestão de seus investimentos em ações Aém das erramentas de avaiação que apresentamos, conside ramos decisivas as práticas de seleção de empresas com potencia de crescimento e a reavaiação constante das posições em carteira, 205
buscando criar modelos que permitam sistematicamente, enten der que impacto sorerá sua carteira à medida que os indicadores orem ganhando ou perdendo valor a cada mudança setoria e a cada notícia que de alguma orma venha a aetar as empresas. Essas são práticas vencedoras no mercado de ações e temos a expectativa de que, após essa leitura você se sentirá conante e sufcientemente à vontade para aplicá-las. Bons negócios!
206 Avaliando Empresas, Investindo em Ações
APÊNDICE Glossário
Ação ,
E um título (documento) emitdo por uma companha ou so ciedade anônima que representa a menor fração do captal dess empresa O nvestdor que adquire ações torna-se parcialmente proprietáro dessa empresa (na rzão d quantidade de ações que possui) e partcip de seus resultados, recebendo juros e dvdendos nas futuras dstribuções de lucros que tal empres vier promover Pode ainda, converter as ções em dnhero a qualquer momento, por meo de negociação n bols de valores No Brasl, as ações podem ser de dos tipos: •
Ação ordnára ON) Confere ao acionsta o dreto de voto em assembléasgeras da empres. Na dstrbução dos dv dendos da empresa os aconstas que as possuem só recebem su parcel depois que os proprietáros das ações preferencs já as tiverem recebido Normalmente, a parcela de divdendos que cabe ao propretáro das ações ON é inferor àquela do propretário de ações PN Empresas pertencentes ao Novo Mercado da Bovespa possuem apenas ações ON
207
•
Ação preferencia (PN: Têm a proridade no recebimento de dividendos e, normamente, um percentual mais eevado do que aquee destinado às ações ordinárias (ON) Entretanto, a PN não confere ao acionista o direito de voto nas assembléias da empresa
Ações de 1ª inha Ações de empresas de grande porte, com grande iquidez e volume de negócios nas bosas de vaores
Ações de 2ª inha Ações de empresas privadas de grande ou médio porte cua iquidez é razoáve e para a qual existe procura no mercado de ações.
Ações de 3ª inha Ações de empresas privadas de médio e pequeno portes que apresentam baixa liquidez e cuja negociação caracterizase pela descontinuidade
Balancete trimestra ,
Baanço parcia das principais contas de uma empresa E um demonstrativo contábi dos vaores do ativo, passivo e Patrimônio Líquido de uma empresa, divugado trimestramente para as bosas de valores, CVM (Comissão de Vaores Mobiiários e Bacen
Balanço
208
Demonstrativo contábi dos vaores do ativo, passivo e do Patri mônio íquido de uma empresa Reerese a um exercício socia competo Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Beta O beta uma medida de risco de uma ação Esse coeciente pode ser visto como um índice do grau do retorno reativo de um ativo em reação ao retorno do mercado O beta do mercado é igua a 1 e todos os outros betas são cacuados em reação a esse vaor Beta maior que 1 sugere que a ação tem um movimento am plicado em reação ao movimento do mercado ou seja, para 1 o de variação do mercado a ação terá um movimento maior que 1o, no mesmo sentido, enquanto enqu anto beta menor que 1 terá um movimento mais suave em reação ao mercado Assim as ações om beta menor que 1 possuem menor risco
Blue Chips Termo em inglês utiizado para descrever o grupo grup o de ações consi consi deradas peo mercado como de primeira linha. Normalmente são as principais ações do mercado aqueas que puxam os índices.
Bookbuiding Processo de precicação inicia para o ançamento de uma oferta primária de ações no mercado E conduido por empresas de auditoria e consultoria especializadas homologadas pela bosa vaores Por meio de um estudo detahado da empresa e do de vaores de mercado de suas ações (caso á possua ações na bosa) dene-se qual será o preço para a venda do lote de ações que está sendo oferecido ao mercado. ,
BRIC ,
Acrônimo para os países Brasil, Rússia India e China conside rados os quatro principais países emergentes do mundo 209 Apêndice A • Glossário
Cotação Preço na determinado ea bosa de valores ara cada um dos ativos negociados ao nal de cada dia É o reço eo qua oi fechado o último negócio do dia ara cada ativo.
Demanda �
E a avidez demonstrada elo mercado em reação a determinado ativo mercadoria ou serviço ara comra ou venda
Dividendo Direito que o rorietário de uma ação (acionista) de uma em presa tem de articiar dos ucros dessa emresa Essa articipa ção é equivalente à quantidade de ações que o acionista ossui Conforme os resultados obtidos ea emresa durante o eríodo um percentual denido em assembléia-geral ordinária será ago aos acionistas sob a forma de dividendos
Exaustão Queda sensíve no ritmo de rogressão de uma tendência (seja de ata, sea de baxa), causada ela evoução roongada dos eços em uma mesma direção indicando ind icando que seu término está róximo
Grau de de investimento (investment (inv estment grade) Cassicação fornecida or agências internacionais de anáise de risco que determina que um aís está ato a receber maior voume de investimentos estrangeiros Dentro Dent ro dessa classicação existem diversas notas que o aís cassicado ode receber conorme a avaliação eita ela agência a reseito da oítica monetária ado tada peo governo oca 210
Avaliando Empress, Investind Investindoo em Ações
Governança corporativa Governança corporativa é o conjunto de práticas e regras de reacionamentos entre acionistas, conselho e administração, iretoria, auitoria independente e conseho sca, estabeecido com a naidade de otimizar o desempenho da empresa e faciitar o acesso ao capital por meio da iberação de informações de maior quaiae ao mercado. Abrange os assuntos reativos ao controe e à direção da empresa, bem como às iferentes esferas de seu exercício, que estão ligaos à vida a instituição.
Hedge �
E um instrumento de proteção contra os riscos e variações de preços em diversos mercados As operações são feitas com a intenção e conseguir uma espcie de seguro de preço para o ativo negociado Pode ser denido como um instrumento estratgico de proteção, ue visa a minimizar o níve de risco de uma deter minaa posição em ativos de investimento
lbovespa É um índice criado pea Bosa de Vaores de São Pauo para
indicar a ucratividade média de uma carteira teórica, formada pelas ações mais negociadas nos pregões iários A composição o Ibovespa é revista a cada 4 meses, serve como indicaor do comportamento do mercado e eva em consideração apenas os negócios reaizados no mercado à vista da Bovespa.
Ferramenta de anáise técnica ou ndamentaista normalmente ndamentado em conceitos matemáticos, estatísticos, contábeis ou e comportamento ue emite um sina positivo ou negativo para orientar o investidor sobre a situação o ativo ou da d a empresa. Apêndce A • Glossário
211
Índice Brasil 50 (IrX-50)
E um índice cado pea Bosa de ores ores de São Pauo Pau o que mede o etono total de uma caera teóca composa das 50 ações mas negocadas na Bosa de Valoes de São Paulo, consdeando o númeo de negócos e o volume volume nancero. O IBX-5 I BX-500 tem as mesmas cara caracteí cteístca stcass do IB Indce Basl/Bove Basl/Bovespa, spa, o qua é composo das 100 ações mas negocadas na Bosa de Valoes de São Pauo
nice Brasil/Bovespa (BrX10 São Paulo que mede É um índce cado pela Bosa de Valoes de São o retono total de uma caea eórca, composa das 100 ações mas negocadas na Bosa de Vaoes de São Pauo, consdean do o númeo de negócos e o volume nanceo A ações que compõem este índce são ponderadas peo número de íulos de n o mecado cada empesa que esão dsponíves paa negocação no
Juros sobre o capital próprio ,
E uma oura forma de emuneração ao aconsta da empesa, além do dvdendo, ognada peo luco acumulado em peíodos anteroes •
Large Caps Denomnação dada às ações de pmea lnha do mecado, que possuem gande qudez.
Liqidez 212
Capacdade que um tíulo tem de ser convertdo em moeda, ou seja, é o neesse que o mecado tem em negoca esse papel A Avaliando Epresas, Investindo em Ações
iquidez de um íuo varia conforme o invesimento eito na empesa suas pespecivas e as conjuntuas econômicas nacional e inernacional.
Mercado de ações Mercado no qua são negociadas as ações seja por inermédio do mercado primário seja do secundário
Mercado de capitais Descrição genérica dada ao mercado no qu se reaizam operações de transerência de ações ou seus deivaivos com pazos variados realizadas entre invesidores e/ou empesas
Mercado ftro Segmeno de negociação em que operações são echadas po meio de conao e eão vencimeno no utuo Exisem tês mecados uuos: de ndices, de juros e de câmbio.
Mercado primário Mecado em que são emitidos ttuos em geal ou novas ações colocados no mecado pea empesa que os esá emiindo
Mercado secundário Mecado em que são negociados os uos adquiridos aneior mene no mecado pimário ou secundário caacterizando-se pea pemanene revenda de ulos Esse mercado represena a maioria dos aivos em cicuação e avorece a liquidez do mecado 213 Apêndice A
•
Glossáro
Oferta É a presença de grande quantidade de deerminado ativo no mercado, disponve para venda
Oscilação ,
E a ampitude de variação do preço de um determinado aivo num certo perodo de tempo normalmente 1 dia de negociação
Papel Nome genérico que se dá aos ativos negociáveis na bolsa de vaores O ermo foi herdado do empo em que não havia empresas de cusódia e os investidores compravam ações na bolsa e levavam os títuos (impressos em papel) para casa Quando desejavam vender as ações inham de evar os 'papéis à bolsa de valores para efeuar a negociação
Perfil de risco Cassicação do invesidor quano a sua predisposição em expor seu capial a riscos. Pode ser: conserador, moderado ou arrojado
Players Nome dado no mercado inernacional para os participanes do mercado ualquer invesidor, pessoa física ou empresa, que atue na compra e venda de ações, opções ou quaquer ouro ativo negociável em bolsa é considerado um player, ou seja um paricipane do mercado. Também são considerados players as empresas que possuem ações negociadas em bosa
214 Avaliando Empresas, Investindo em Ações
Pregão Sessão diára de negociação da bosa de valores. Durante essa sessão são apregoados os ativos negocáves a quem os queira comprar. Com a evoução da tecnologa, o pregão passou a ser eletrônico, mas o termo foi mantdo. mantdo. Na N a Bovespa, o pregão vva -voz foi extnto em setembro de 2005 Hoje, essa modadade per manece apenas para os papés negocados no mercado de bacão.
Procura
E a presença de grande quantidade de nvestidores no mercado nteressados em comprar determnado atvo.
Rallye Termo utilzado para descrever um forte e repentno movimento de ata nos preços de um atvo. Nessas situações, ocorre uma verdadeira corrda no mercado para pa ra compra do ativo.
Small Caps Termo nglês utizado para descrever as ações de empresas me nores, que não fazem parte do grupo das Blue Chis, mas que apresentam boas perspectvas, apesar de seu tamanho. Costumam ser bem avaliadas no consenso do mercado, embora possuam menor liqudez
Swap Operação nancera representada pea troca de um produto, câmbo câmb o ou índce nancero, por outro, com o obetivo de trocar o rsco. E e para proteção um contrato dervatvo feto com o objetvo de hed g e índcee a que se está exposto. em relação à varação de um índc �
Apêndice A
•
Glossário
215
Unit Certicado escritura! e nominativo de depósito de ações, sem valor nominal. Para as empresas que possuem Units, as ações ordinárias e preferenciais podem ser negociadas por meio de Units. Ao negociar uma nitJ o investidor compra ao mesmo tempo um número denido de ações ordinárias e preferenciais
Upside É a diferença percentual existente entre o preço atual de ne gociação de uma ação e seu preço-alvo estimado Representa a capacidade de valorização dessa ação
Volatilidade Representa o grau médio de variação das cotações de um ttuo em um determinado período Se o preço desse título oscia bastante tem alta volatilidade; se oscila pouco tem baixa voatiidade
216 Avalando Empresas, Investindo em Ações
Bibliografia
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217 Bibliografa
,
lndice remissivo
43,50, 50,46 46 148,50, 148,50, Concorrentes 43,
A 63 165 166 Acdentes 45, 45,63 Acionsas 55 69 83,94 83,94 99,00 99,00 16 65 68 7 80, 80, 07, 07, 0 Açes Amentos 34, 34,5, 5,158 158 Amortzação 9 8 Anáse de aanço 73 9 8 Análise de risco 7,10 Análse fundamentasa 1 4 7 7 Anáse hoontal 73 75 vetca a 73, 73, 74 Anáse vetc 74 70 7 ,7, 7, 74 74 85 85 93 08 Atvos 31 66, 70 Avaliação de sco 9 33 1 8 31 80 46,65 Avação 37 46,65
B Baixa liqudez 08 l 15 08 9 05 Baanceamento 9 05 Balancetes 4 79 16 08 Balanço de pagamentos 9, 9,30 30 Balanços 55 57 6 64 65 69 70 73, 04,45, 45,59, 59,80, 80, 74 7 7 90 101 04, 81 08 Beta lO 2 2 5, 5,8 8 03 09
e Caixa 70 8 9 8 55 Câmbo 4 7 35,36 5 3 Capacdade produtva 8 6,48 8, 85,59 85, 59 55 7 7 9 9, 9,6 6 Capital aberto 55 13,33 33 Cartera ecente 13, 35,36 37, 48 5, Commodities 33 35,36 8,8 8, 8
Concorência 46 46 148
156 66 41,48 158 Consmdoes 18,2 37,41,48 Contábl 03 COPOM Cotações , 4 58 01 03 105 4 38,64 70 17 87 88,94, 38,64 88,94, 0 03, 3, 10 10 6 6 Covariânca 5, 35 5 38 38 39,19 196 6 5,3 Crédito imobiláo 14 180 18
Crescmento de países em desen vovmento 37 48 Crescmento econômico 4 8
'
79 49,50, 50,53, 53,79 34 46, 49, 49 0,4 Cses 14 8, 44 49 4 54 156 79 8 183 88 Crto pao 70, 7 7,,83,167,89 88 , ,4 4 18 Csto de capta 1 88 Cstos de prodção 4 38 3 8 48 87 88,59 88, 59 60
D 3 4 35 36 37 8 0 7 34 Demanda 7 8 0 45,47,49 5, 53 88 8 8 114 18 15 53 57,16 57,16 180,18, 180,18,183 183 10 Depreciação 98 99 Desaqecmento 8 8 83 Despesas 9 69 78 9 8 Desvaloização 5 89 17 67 1 7 Desvopadrão 5 3 134,38, 134,38,39, 39, 141 93 96 47,5, 5,9 9 13 133 36, Dverscação 47, 43 54 155 185 87 Dvida etena 3 79,99 00, 07 Dividendos 5 60 70 79,99 10 39 4 Dow Jones 39 4 219
Indcadoes namenasas 11
E
EITDA 9 899 61 conomia amecana 164,81 Economia basera , 4 dcação 19 9 52 Empeenmenos 434615015 156157 Encagos 697186 Envameno 22 481 85160 Enega 365,52155 saos Unidos 4 7, 42,5 47,64 Esagação 182 sraégas 45053106 1613 32,14 146,148,150,153,158 6689
7 7 7 9
ndicadoes macoeconômicos 17
'
33184,205 Indice da Bosa 41 ,
Índce de cescimeno 167 �nce de ie 1509 Indice de mecado 13 96 Indces e cescmeno 06 nces de nlação 1718046130 Inúsria 436 3747,148 15 ,
,
154
Inlação 2 3544 465053163181 Insmos 3536,37 49,153,180181 Invesdo e ongo pao 103145 188
Invesimenos de ongo prao 128
F
Falta de lqdez 108115 aores de rsco 44 47, 49,505153, 542127163 aoes seoras 43
uxos de caixa 448218716 unamenos 4,899 71,16117 174183 .
G
Geração de eceia 9716 Goaiação a economia 4155 57186
Govenança copoava 55 5621 Grane de 70 08, 1 Gau e invesmeno 83310 Gau e isco 543187189 1
03211 Imposos 969 71 7989918 ncemeno de peormance 8794 155160 Indicadoes e balanço 79,819 09 4, 117118161205 Inicaoes e mecao 79 95 0 02
Avaliando Empresas, Investindo em Açõe
L
Lage Caps 2, 12 Legslação 1699271707 Linha de podução 2348183 Logísca 38, 47 79160 Longo pao 13144, 4450 5,10718018390 Lcavae 44783,103145175 9,211 Lco 26 4069 8384889598 113 138 153159,60165173174 76,189,9
M
IBGE 186 Ibovespa 41234,182,96,199,
220
•
Jos 334460 709 8,207
205
'
ve Ga de
nvesmeno •
J
erramenas fnamenasas 1
'
33100129174 nvesmen Gade 28
Macroeconoma 17 Magem 8760 Maéra-pima 434,36,39, 4982 8732155,180
Mecao consumo 15560171 Mecao de ações 1434 44,5458 0917122 18179213 Mecao eerno 3564
N
R
Negocação 33,56,101,15,6,07,
Receas 34, 40, 45, 46, 48,5,5,53,
08,,13,14,15,16 . ível de rsco 13, 98,110,87, úmero de negócos 107,109,
o Oferta 17,18,0,4,35,36,51,4 Oportunidades 3,15,8,5,108,175, 183,184,89 Oscilações 11,3,38,39, 4 4, 7,3,163, 7,174 17 7,14
p Passvos 31,66, 7, 7,08 Parmôno 7 8,84,86,91,106,108, 12 59,160,65,167 Pay-Ou 99,00 Percepção de rsco 5,6 Perda de perormance 9,159 Perormance adminstraiva 7 8,155, 159 Perormance da empresa 91,00 Perormance do adminsrador 98, 16 Perspectvas de crescmeno 5,5, 183 Pereo 34, 35,36, 37,38 39, 4, 45, 49,153,57,8 PIB 6,9,118,10 Plano de longo prazo 175 Poenca de crescimeno 89, 116, 05 Preço-avo 117,118 6,6 Prejuzo 78,9,94,04,106,74,187, 89,9 Prêmo 08,109,10,l Price Saes Raio 9 Probabldade 6,145,156,163 Processo produv 19,85,87,155, 158,59 Procura 4,08,15 Produção 38, 70, 7, 78,84,87,15, 54,55,58,69 Produiva 155
9,0,06,153,56,58,160, 16,165,83 Regressão i 14,131,98 Renabdade 3,108,185 Retorno da cartera 34,140,41 Reorno do invesmeno 95,96,03, 104 Retorno esperado no,1, 7, 143 Rsco da carteira 135,36, 8,140,141 Rsco de mercado 130 133 Rsco e retorno no,l 113,6 127, 133,14 Risco não sistemátco 30,13 Risco pas , 6 Rsco regulatório 46,49,54 Rsco sistemátco 30,164
s Selic 1, 20 Seor de aividade 13,15,64,30, 6, 74
Setores da economia 17,0, 41,43, 45, 131,183
Setor mobário , 43 45 Smal Caps 107,108,1, 116,15
T Taxa de uros 1, ,7,36,44,46,53, 4,8,0, 21,17,30 Tecnologa 53,6 8,147,151,57 15 Ttulos públcos 9, 1,0
u Units 59,16
V Vaor contábil 89,97,10 Valor ntrnseco 79, 89,105,80,183 Valorização 13,35,89,9 6,97,10,118, 7,34,163,169,76 16 Volatildade 38, 45,50,101,33,18, 16 Voume de negócos 114,18 08 Voumes 15,58,107,109,,15,1
Índce remissivo
221