Arquitetura Antroposófca (Orgânica) Criador: Rudol Steiner Goetheanum (ornach) !"!"#!"$$ %ro&eto de !"!' O prdio oi destruido em um inc*ndio no fnal de !"$$ e reconstruido em concreto a partir de !"$' O nome Goetheanum a+ reer*ncia ao escritor Goethe Segundo Goetheanum !"$, -so pioneiro do concreto aparente # .onumento nacional sui/o so0 prote/1o O Goetheanum oi 2itima de um atentado na passagem do ano an o !" !"$$ $$ pa para ra $' $'33 qu queim eiman ando do in inte teir iram amen ente te .a .ass Steiner n1o perdeu tempo e come/ou os planos para a constru/1o de um no2o prdio3 em concreto aparente3 o que esta0eleceu as 0ases da arquitetura antroposófca3 na qual as edifca/4es s1o tratadas como o0ras de arte uncionais que procuram se integrar nas caracter5sticas do meio am0iente -ma das caracter5sticas que tornam a arquitetura antroposófca acilmente reconhecida a quase aus*ncia aus*ncia de ângulo ânguloss retos3 a n1o ser no contat contato o com o solo A idia a de que um ângulo reto n1o d6 margem a quase nenhuma criati2idade7 mas se ele e2itado3 o arquiteto tem de decidir qual ângulo usar3 qual corresponde melhor 8 est6tica e uncionalidade
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Arquitetura Antroposófica:
as artes plásticas e o desenvolvimento da alma humana Michael Mösch
Arquiteto www.mem-arquitetura.com.br
Iniciada por Rudolf Steiner no início deste século, a Arquitetura Antroposófica tem um parentesco com o termo Arquitetura Orgânica, um conceito hoje utilizado no mundo todo Rudolf Steiner atuou como arquiteto em uma época em que artistas pl!sticos, principalmente na "uropa e nos "stados #nidos, $usca%am uma e&press'o no%a para suas produ()es Inicialmente, nos anos *+ deste século, com a o$ra do primeiro oetheanum em -ornach, ele desen%ol%eu um conceito arquitet.nico amplo, e&pressando a organicidade do %olume do edifício, e o$tendo, desta forma, uma linguagem artística incomum para a arquitetura da época Se comparada com o grande leque que atualmente classifica a Arquitetura Orgânica, quais seriam as características desta proposta antroposófica/
! Arquitetura Orgânica 0uitos arquitetos $uscam a e&press'o orgânica na arquitetura "sse conceito est! relacionado ao termo organismo 1hamamos organismo tudo que tem %ida, desde os seres mais primiti%os unicelulares, atra%és dos %egetais e animais, até a comple&idade do ser humano O que é um organismo/ 2uando podemos denominar algo como sendo um organismo/ 2uando possui %ida, quando est! em processo, ou seja, cresce e se me&e por for(a própria 3anto o crescer como o me&er podem ser enquadrados em um 4nico conceito 5 mo%imento A Arquitetura Orgânica procura sua e&press'o nesta característica da %ida 5 o mo%imento "&iste, porém, um relacionamento mais íntimo entre a Arquitetura Orgânica e a %ida 1omo se caracterizam as formas de um organismo/ Se o$ser%armos um cristal de rocha, por e&emplo, uma composi('o de planos, arestas e superfícies lapidadas, podemos perce$er nítidas diferen(as entre suas formas, se comparadas com um
%egetal "m %ez de planos retos, o %egetal mostra uma composi('o de con%e&idades e conca%idades unidas e emendadas por cur%as "ssas formas s'o inerentes 6 %ida 0as o que é %ida/ #m sei&o de rio tam$ém possui formas redondas "stas s'o resultantes do desgaste sofrido no percurso no leito do rio e da eros'o contínua da !gua 7 uma a('o e&terna na superfície da pedra 8o organismo %i%o, a a('o do processo que origina as formas que o caracterizam é interna #m processo, seja ele e&terno ou interno, sempre se manifesta no tempo O tempo é um fator fundamental na forma('o do ser %i%o 0as o ser %i%o tam$ém precisa da matéria para sua estrutura('o O que é a matéria/ "m sua ess9ncia, ela é superfície A composi('o e configura('o de suas superfícies determinam um espa(o A matéria é inerente ao espa(o 3empo e espa(o formam o alicerce para a manifesta('o da %ida :! %imos anteriormente, no e&emplo do sei&o de rio, que a incid9ncia do tempo na matéria, no espa(o, é e&terna, de fora para dentro In%ertendo este processo de a('o, a incid9ncia do tempo no espa(o de dentro para fora, le%a5nos ao conceito de %ida O entrela(ar de tempo e espa(o de dentro para fora tem como resultado a %ida A tentati%a do arquiteto que se identifica com a Arquitetura Orgânica é $uscar na sua forma de e&press'o a integra('o de tempo e espa(o O resultado é o mo%imento, é o dinamismo na composi('o dos espa(os Ao usu!rio, esta arquitetura propicia o $em estar e quest)es relacionadas 6 %ida, apoiando e incenti%ando os processos %itais -e um outro ponto de %ista, ainda temos a quest'o estrutural do organismo 8o organismo %i%o podemos distinguir características estruturais que n'o encontramos no reino mineral ;odemos su$di%idir o %egetal em mem$ros distintos um do outro< a raiz, o caule e a folha A raiz, uma das e&tremidades do %egetal, prende5se 6 terra apresentando características formais diferentes da folha, %oltada para cima, direcionada 6 luz Algo semelhante encontramos no reino animal com a seq=9ncia formal de ca$e(a, tronco e mem$ros "sta diferencia('o estrutural do organismo %i%o n'o se manifesta no reino mineral A Arquitetura Orgânica, o$ser%ada em detalhes, apresenta5se com elementos de características formais distintas, como frente, meio e fundo -e outro ângulo, distinguem5se as lateralidades ou a e&press'o formal da $ase da o$ra, em contraste com a sua co$ertura Resumindo, poderíamos concluir< a quest'o ligada ao fen.meno >%ida? e a estrutura('o que caracteriza um organismo %i%o, definem este primeiro tema da Arquitetura Orgânica
$ =ntegra/1o das artes pl6sticas
8o início deste século, a integra('o das artes pl!sticas era um tema que preocupa%a muitos artistas, como pintores, escultores e arquitetos Rudolf Steiner, em sua grande o$ra, o primeiro oetheanum, fez do edifício uma o$ra de arte total Arquitetos, escultores e pintores participaram no desen%ol%imento do projeto e na e&ecu('o dessa o$ra< um auditório e palco, destinado 6s ati%idades da Sociedade Antroposófica em -ornach, na Suí(a Rudolf Steiner enfatizou, em %!rias apresenta()es de seus projetos e em palestras, que a arquitetura é a >m'e? de todas as artes, pois sem ela jamais teríamos condi()es para a$rigar a arte da pintura ou o$jetos de escultura, e tampouco teríamos o espa(o necess!rio para a manifesta('o da arte, da m4sica e dan(a 8estas condi()es, um partido projetual pode ser ela$orado utilizando5se da rica linguagem que cada segmento da arte consagrou separadamente no decorrer dos tempos 1om a integra('o das artes, a o$ra adquire um $rilho especial quanto 6 sua e&press'o Rudolf Steiner falou neste conte&to da o$ra dialógica , que se comunica com o usu!rio
' O princ5pio da metamorose "sta sim é uma $usca e&clusi%a da Arquitetura Antroposófica Rudolf Steiner, quando jo%em, pesquisou durante %!rios anos os tra$alhos científicos de oethe, principalmente aqueles que tratam da metamorfose das plantas oethe o$ser%ou no %egetal, independente da espécie e família, um princípio formal próprio de cada planta "le o$ser%ou que o contorno, a forma da folha da planta d! origem 6 forma das pétalas da flor, 6 forma da semente, 6 forma do $roto e assim por diante A seq=9ncia de formas entre as diferentes fases de crescimento do %egetal s'o características e&clusi%as daquela planta @aseado nestes estudos, Rudolf Steiner chegou 6 idéia do princípio da metamorfose da forma "m suas o$ras arquitet.nicas, podemos distinguir a metamorfose da e&press'o formal do detalhe e dos elementos esculturais, a metamorfose dos espa(os na planta $ai&a e a metamorfose dos %olumes no conte&to ur$anístico A seq=9ncia das formas dos elementos arquitet.nicos parte de um princípio formal 4nico, e%idenciando um relacionamento m4tuo entre parte e todo Assim, podemos o$ser%ar no primeiro oetheanum, parentescos entre a formas que comp)em as janelas e portas, e estas, por sua %ez, t9m semelhan(as com elementos da co$ertura e do telhado, assegurando atra%és da transforma('o em seq=9ncia, a familiaridade entre os detalhes
8a Arquitetura Antroposófica, %inculada 6 metamorfose da forma, podemos ainda constatar um partido formal que e&pressa, nos detalhes, a a('o das for(as em conseq=9ncia das cargas do material "&iste nesse conte&to uma in%ers'o quanto 6 e&press'o artística, se comparada com a arquitetura moderna contemporânea 3oda o$ra arquitet.nica est! sujeita a cargas resultantes do peso próprio do material, da a('o de %ento e chu%a, do deslocamento de pessoas, entre outras "m elementos estruturais como pilares e %igas, por e&emplo, a arquitetura moderna utiliza5se de materiais específicos, de acordo com o tipo de for(a empregada no sistema 8a predominância de for(as de tra('o, o material aplicado é o a(o ou o ferro, com uma !rea pequena de sustenta('o "m situa()es onde h! a predominância de for(as de press'o, o material aplicado é a pedra ou o concreto, com !reas grandes de sustenta('o 8a Arquitetura Antroposófica, no entanto, $usca5se e&pressar o que realmente ocorre dentro do material quando sujeito a for(as e&ternas Onde, na estrutura, atuam for(as de tra('o, com a tend9ncia de separa('o no material, $usca5se uma e&press'o de uni'o com o ac4mulo de matéria "m conseq=9ncia, onde, na estrutura, atuam for(as de press'o, o material é pressionado, mas o esfor(o nele é de separa('o 8este caso, a e&press'o é es$elta, é refinada
< A eXpress1o arquitetYnica do espa/o "ste tema refere5se 6 $usca da compreens'o, cada %ez mais aprimorada, da atua('o da e&press'o arquitet.nica na alma do ser humano 7 uma característica quase que e&clusi%a da Arquitetura Antroposófica A quest'o da rela('o entre a qualidade do espa(o e sua fun('o, ou seja, a ati%idade nela e&ercida, foi amplamente de$atida nos primórdios da arte moderna Atualmente, os arquitetos em geral reduziram a fun('o do espa(o ao tamanho necess!rio, 6 ilumina('o e %entila('o necess!rias, enfim, e&clusi%amente aos elementos mensur!%eis, dei&ando de lado a qualidade intrínseca do am$iente arquitet.nico 8'o se distingue mais a diferen(a entre uma sala de aula de uma escola do primeiro grau e um escritório de um prédio comercial Am$os os espa(os t9m sua composi('o $aseada no retângulo ou no quadrado, com paredes paralelas e ângulos retos 8a Arquitetura Antroposófica, podemos o$ser%ar a $usca de uma rela('o da qualidade do am$iente com a ati%idade desempenhada no referido espa(o "sta preocupa('o e%idencia a consci9ncia da qualidade do espa(o, pois sa$e5se que independente da forma, seja ela ortogonal ou orgânica, toda composi('o e&erce uma influ9ncia no usu!rio 0as como podemos conhecer e nos aprofundar quanto 6 influ9ncia do espa(o na alma humana/ Rudolf Steiner tomou como partido para o auditório do segundo oetheanum o trapézio como forma de espa(o em planta $ai&a As paredes laterais di%ergem em dire('o ao
palco e con%ergem no sentido contr!rio Até ent'o, a forma destes espa(os era retangular ou, no caso do primeiro oetheanum, circular A forma do auditório do segundo oetheanum est! intimamente ligada ao conte4do antroposófico Rudolf Steiner pouco falou desta forma trapezoidal, mencionando apenas que o conceito de li$erdade e&presso na dupla c4pula do primeiro oetheanum est! intrínseco na forma do auditório no%o ;esquisas posteriores mostram que n'o só a li$erdade, mas tam$ém quest)es relacionadas 6 indi%idualidade do ser humano est'o presentes na forma trapezoidal Se imaginarmos o interior do espa(o, direcionado ao palco, com as paredes laterais di%ergindo, afastando5se uma da outra, poderemos sentir a li$erdade que este mo%imento lateral propicia "ssa a$ertura em dire('o ao palco n'o coloca o espet!culo realizado como imposi('o As paredes laterais di%ergem e a$rangem fora do am$iente um espa(o que aumenta e cresce quanto mais nos distanciamos do ponto de o$ser%a('o "sse gesto a$range o mundo, e dentro do espa(o oferece ao espectador a li$erdade para a concentra('o ou a dispers'o "m conseq=9ncia, a partir do palco, o palestrante ou o ator estar'o situados num espa(o cujas paredes laterais con%ergem, e fora do am$iente afluem a um 4nico ponto O ponto é uma unidade distinta e, representando o indi%iso, diz respeito a uma só pessoa, 6 indi%idualidade -o palco, em dire('o 6 platéia, podemos sentir o apelo no gesto das paredes laterais para alcan(ar, para atender a indi%idualidade presente no auditório O espectador, %oltado ao palco, tem como pano de fundo as paredes con%ergentes "sse gesto faz reconhecer as qualidades peculiares e genuínas da pessoa, apelam ao indi%iso, fortalecendo a atitude e a postura da indi%idualidade que est! %oltada ao espa(o que a$range o mundo ;odemos concluir que o trapézio é um espa(o que coloca a pessoa entre o indi%iso e o a$rangente "le apóia o fortalecimento e a consci9ncia da indi%idualidade, apela ao autoconhecimento, mas sempre resguardando plena li$erdade
N A arquitetura antroposófca3 no conteXto histórico 7 uma característica da alma humana e&pandir5se, alastrar5se, desa$rochar5se em todas as dire()es A maneira de se desa$rochar, a maneira como ela deseja alastrar o seu ser no cosmo tem como resultado a forma arquitet.nica BRudolf SteinerC Distoricamente, sempre e&istiu um relacionamento entre as artes pl!sticas e as fases do desen%ol%imento da alma humana -esse relacionamento, tr9s momentos se destacam na Distória 8a Antiga récia, época da constru('o dos templos, deparamo5nos com um pensar imaginati%o, um pensar mitológico #ma o$ser%a('o
de um fen.meno natural desencadea%a imagens na alma A matéria era %i%enciada como uma ilus'oE a imagem, resultado de uma o$ser%a('o, era %i%enciada como uma realidade A alma humana era repleta de imagens, sentia5se parte do mundo espiritual 8essa época, foram construídos os templos gregos com propor()es harm.nicas, simplicidade geométrica e composi()es arquitet.nicas e&clusi%amente ortogonais As paredes que os comp)em s'o paralelas, os ângulos sempre retos As colunas enfileiradas s'o paralelas entre si -os espa(os maiores para os menores, podemos o$ser%ar uma composi('o de retângulos e quadrados "ram o$ras ricas, n'o só quanto 6 sua arquitetura e propor()es de elementos, mas tam$ém quanto aos detalhes esculturais e pinturas de afrescos O po%o, no entanto, n'o tinha acesso ao templo, era um espa(o e&clusi%o para os sacerdotes que, dentro dele, coloca%am5se em condi('o de fazer contato com o mundo espiritual "ste espa(o de pureza arquitet.nica quase cristalina fez desa$rochar, incenti%ou e apoiou um processo na alma humana que le%ou o Domem a um pensar cada %ez mais lógico A matéria toma lugar da realidadeE a imagem é ilus'o 7 o primórdio da Fógica, da Gilosofia e da 1i9ncia com ;lat'o e Aristóteles O templo tinha a fun('o de apoiar este processo de materializa('o no pensar, que desencadeou, mais tarde, o pensar intelectualizado e racional A alma a$riu5se para a realidade terrena e, com isto, separa5se de sua origem espiritual ;assados muitos séculos, após o mistério do ólgota em torno do ano H++ ao *++, %emo5nos frente 6 época da constru('o das grandes catedrais ;rimeiro as catedrais romanas, posteriormente as catedrais góticas A alma humana e%oluiu no sentido de separa('o do mundo espiritual A partir daqui ela se relaciona separadamente com os dois mundos A natureza é o acesso ao mundo material e a religi'o é o %ínculo com o mundo espiritual -!5se a necessidade de se construir a 1asa de -eus J a catedral, e é especificamente dentro destes espa(os que o po%o e%oca o mundo espiritual 2uais eram as características arquitet.nicas desta época/ A planta $ai&a da catedral é de geometria ortogonal, com elementos em forma de círculos no espa(o destinado ao altar A na%e da catedral, espa(o para a perman9ncia do po%o, tem paredes paralelas, sendo marcantes as propor()es no sentido %ertical -as dimens)es de altura resulta a monumentalidade, propiciando a de%o('o ao mundo espiritual A catedral marca a separa('o definiti%a entre espírito e matéria -entro da catedral, a de%o('oE fora dela, o tra$alho na terra, a matéria O pensar conquista a ci9ncia e torna5 se cada %ez mais intelectual
O pró&imo passo nos le%a 6 atualidade< o pensar humano conquistou a lógica e com ela o pensar racional, e materializado, com controle praticamente a$soluto das ci9ncias naturais, resultando na separa('o, cada %ez mais e%idente, dos conte4dos relacionados ao mundo espiritual A religi'o hoje, com um significado superficial, tornou5se um resíduo de algo que te%e seu !pice na época das constru()es das catedrais Restringe5se, na maioria das situa()es, a um %eículo que pode proporcionar sa4de, alegria e riqueza Sua de%o('o decaiu, limitando5se 6 $usca de satisfa()es materiais Doje, porém, uma pergunta se torna cada %ez mais premente< como podemos conseguir acesso ao conte4do que est! por tr!s da matéria, da forma, da idéia, da %ida, sem perder a conquista do pensar lógico e racional/ O %ínculo com o mundo espiritual n'o est! perdido 8este ponto é importante reconhecermos a grande conquista da alma humana no decorrer do tempo< o fortalecimento da indi%idualidade 2uando na antiga récia, com o pensar mitológico, predomina%a algo que poderíamos chamar de consci9ncia grupal, inicia%a5se juntamente com a lógica no pensar, a consci9ncia presente do ente 4nico 8a época da constru('o das catedrais, esta consci9ncia indi%idual j! tinha sido conquistada, mas o ato religioso, na de%o('o ao mundo espiritual, acontecia na uni'o das preces, com o po%o unido na catedral Doje, estamos sós, somos indi%íduos e ca$e a cada um a própria decis'o de como relacionar5se com o mundo espiritual #ma decis'o indi%idual importa que de%a ser tomada em li$erdade "sta fase, no desen%ol%imento da alma humana, nos le%a 6 constru('o do espa(o em forma de trapézio, que te%e sua realiza('o inédita com o projeto de Rudolf Steiner para o segundo oetheanum em -ornach 8a época da Antiga récia, a alma humana precisou de um espa(o que fortalecesse as tend9ncias a$stratas e cristalizantes no pensar O 3emplo rego despertou na alma o pensar lógico A 1atedral, por sua %ez, foi um marco que identificou a separa('o do mundo espiritual, na religi'o, do mundo material, no pensar lógico e racional O trapézio esta$elece o limiar para o pensar %i%o, para a consci9ncia do ente indi%idual, a consci9ncia do eu Aplicado como planta5$ai&a para uma forma de espa(o, o trapézio pode ser considerado um marco na consagra('o do autoconhecimento, respeitando a li$erdade da indi%idualidade em quest'o "sta é a fun('o genuína da Arquitetura Antroposófica< proporcionar e incrementar 6 alma humana, que se encontra no auge da fase materialista, um no%o despertar no mundo espiritual Kltima atualiza('o< LMNM+H