ENSINAMENTOS DE
G. O. MEBES I
OS
I
ARCA AR CANO NOS S MEN MENOR ORE ES I TARÒ I d o
Seu simbolismo, suas iniciações e seus passos i p ara ar a a realiz rea lizaç ação ão espirit espiritual, ual, i
G. O. MEBES
OS ARCANOS MENORES DO TARÓ COMO
CAMINHO
INICIÁTICO
Hermetismo Ético
Tradução do original russo de Marta Pecher
ÍNDICE: Prefá refác cio ...................... .................................. ....................... ................ .....
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Árvore Sefirótica
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Siste istem ma dos Arca Ar cano nos. s.... ...... ...... ...... ...... ..... ..... ...... ...... ...... ...... ..... ..
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Ouros ros ” ” ” ” ” ” ” ” ”
22 24 29 32 35 40 47 56 62 70
.....................................
.................... ................................. ........................ .................... ......... Ás Dois ........ .... ........ ........ ......... ......... ........ ........ ......... ......... ........ ...... Três rês ....................... ............ ...................... ........................ ............. Quatro Cinco Seis ........ ............ ........ ......... ......... ........ ........ ......... ......... ........ ...... Sete ........ ............ ........ ......... ........ ........ ......... ........ ......... ......... ...... Oito Nove ................................................
..........................................
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” Dez
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Espad spadas as ...................... .................................. ....................... ................ ..... ” ” ” ” ”
Ás ...................... ................................. ...................... ............... .... Dois ...................... ................................. ....................... ............ Três rês ....................... ........... ....................... ...................... ........... Quatr uatro o ........... ............... ........ ........ ........ ......... ......... ........ ...... Cinco ...........................................
77 85 89 92 95 97 99
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OS ARCANOS ARCAN OS MENORES MENO RES DO TARÓ
Copas
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As
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120 122 125 127 130 132 134 137 139 144 146 149 151 154
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Anex Anexo o Práti rático co
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161 163 168 171 175
...... ... ...... ...... ...... ...... ....... ....... ...... ...... ...... ...... ..... ..
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”
Indic Indicaç açõe ões s gera gerais is .... .. .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ....
180
”
1.° grau grau
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”
2.°
......................................
188
PREFACIO
Na segunda segunda metade metade do sécu século lo X I X e primeira prime ira do XX , viveu na capital da Rússia, Petersburgo (hoje Leningrado), um dos maiores esoteristas de sua época, G. O. Mebes, mais conhecido conheci do como G. O. M. no seu seu trabal tra balho ho espiritual. espi ritual. G. O. Mebes, homem de cultura excepcional e de grandes des poderes poderes oculto ocultos, s, era o chefe da “ Fratern Fra ternidad idade e Russa Russa da da Cruz e da da Rosa Ro sa”” , fundad fun dada a há mais de 20 200 anos e, e, também, o fundador fundador da “ Escola Escola Inici Ini ciát ática ica do Esoterismo Esoterismo Ocidental” Ocid ental” . Na vida externa, ocupava o cargo de professor de matemática e de francês fran cês em dois dois dos dos melhores melh ores liceus da da cidade. Era muito estimado estimad o e bem conhecido conhecid o na sociedade da capital, capit al, entretanto, poucas pessoas sabiam da existência de sua Escola, pois para conhecêla era preciso ser convidado pelo próprio dirigente. A Escola Escola possu possuía ía um “ círculo externo” externo ” , freqüentado freqüe ntado por todos os os alun alunos, os, assim assim como alguns “ grupos intern int ernos” os” forfo rmados segundo o nível evolutivo dos discípulos, suas aspirações e capacidades. Em 1912, prevendo talvez a tempestade que se aproximava da Rússia, G. O. Mebes consentiu que seus discípulos publicassem o ensinamento dado por ele sobre os 22 Arcanos Maiores do Taró. O livro liv ro apareceu so sob o título títu lo “ Curso Curso de Enciclopédia do Ocultismo” , título títu lo plenamente justificado justific ado pois, is, por melo da explicaç expli cação ão dos dos Arcanos, que são facetas faceta s da Verdade, ele apresenta apres entava va todos os ramos e aspectos do oculocultismo. Essa Essa primeir prim eira a edição foi logo esgotada. esgotada. No fim do ano de 1917, quando o novo regime soviético iniciou a perseguição às religiões e ao espiritualismo, a Escola de G. O. Mebes tornouse clande cla ndesti stina na mas continuou seu trabalho. Em 1926, devido à imprudência de um dos alunos, a sede da Escola e os domicílios particulares de seus membros foram invadidos pelas autoridades soviéticas, os documentos destruídos e as pess pessoas oas ligadas ligad as à Escola — presa presas. s.
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OS ARCANOS MENORES DO TARÓ
G. O. O. Mebes Mebes foi deportado a um “ gulag gu lag”” da dass ilhas Solo Solo vetsk, no Mar Branco, na região subártica. Faleceu alguns anos depois. Em 1937, a “ Enciclo Enc iclopéd pédia” ia” ’, já considerada conside rada como uma uma obra clássica do ocultismo, foi de novo editada em Shanghai, na China. Antes disso, no firn da segunda década, em Tallin, na Estonia, urna teósofa russa, Catarina SreznewskaZelenzeff, que se preparava para deixar a Europa e vir morar no Brasil, recebeu de sua amiga, Nina Rudnikoff, discípula de G. O. Mebes, um material precioso sobre os Arcanos Menores do Taró. Nina, Nina , fugi fu gind ndo o da Rússia, Rússia, conseguiu salvar suas suas notas feitas feita s durante duran te o estudo na n a Esco Escola la.. Tendo Ten do tomado conhecimento que Catarina ia viajar para o Brasil, ela lhe entregou o ensinamento ministrado por Mebes num dos grupos internos da Escola, pedindolhe que o levasse consigo e, eventualmente, mente, o transmiti transmitisse sse a “ alguém digno dig no”” , a firn firn de de que que pudesse ser preservado. Anos depois, já no Brasil, por urna “coincidencia” muito estranha, Catarina encontrou Nadia, viuva de Gabriel Iellatchitch, um outro discípulo e grande amigo de Mebes. As duas senhoras resolveram morar juntas. Pouco tempo depois, o irmão de Nadia, Alexandre NikitinNevelskoy, profundo conhecedor do esoterismo e, também, seguidor da Escola de Mebes, veio do Chile para morar com elas. Juntando todas as notas e ajudado pelas duas duas senho senhoras ras,, Alexandre restabeleceu, na sua totalidade, o curso dos Arcanos Menores do Taró. Assim, o desejo ardente de Nina foi realizado, pois o material salvo foi não apenas transmitido a “alguém digno”, mas também posto em ordem por uma pessoa competente e, inclusive, pertencente à mesma corrente egregórica. Isso, por sua vez, permitiu que fosse traduzido para o português. Ta T a l é a história hist ória do livro liv ro presente. presente. Esperamos Esperamos que sua sua publicação no Brasil possa ser útil a algum peregrino do Caminho Espiritual.
Algum conhecimento da Kabala e do significado esotérico dos dos Arcanos Maiores ilustrar ilus traria ia melhor os estados estados internos apresentados neste livro. Caso não se tenha noção alguma desses assuntos, a leitura pode ser continuada sem dar atenção às referências aos Arcanos Maiores ou às Sefiras. O livro não deixará de ser compreensível, pois descreve o caminho que a alma deve percorrer para alcançar a perfeição. Este é o alvo que, independentemente do método escolhido, permanece o mesmo para todos. As pessoas que gostariam de acompanhar a passagem da alma através das Sefiras Sefira s poderão utilizar o diagrama da página seguinte.
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OS ARCANOS MENORES DO TARÒ
ARVORE SEFIRÓTICA OU ARVORE DA VIDA
Mundo da emanação
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OS ARCANOS MENORES DO TARÒ
ARVORE SEFIRÓTICA OU ARVORE DA VIDA
Mundo da emanação
Mundo da
criação
Mundo da formação
Mundo da manifestação
SISTEMA
DOS
ARCANOS
Segundo a Tradição, quando os sacerdotes egípcios, herdeiros da Sabedoria Atlântida, eram ainda guardiões dos Mistérios Sagrados, o Grande Hierofante, prevendo urna época de decaimento espiritual da humanidade e a perseguição ao ensinamento sagrado, convocou ao templo todos os sábios sacerdotes do Egito para que, juntos, pudessem achar um meio de preservar da destruição os ensinamentos iniciá ticos, permitindo, assim, seu uso às gerações de um futuro distante. Mintas sugestões foram apresentadas, mas o mais sábio entre os presentes disse que, devido ao declínio moral da humanidade, o vício ia prevalecer por toda parte e sugeriu então que as Verdades Eternas fossem conservadas e perpetuadas através do vício, até a época em que, novamente poderíam ser ensinadas. Assim foi feito e o grandioso sistema simbólico da Sabedoria Esotérica — o Tarò — foi dado à humanidade sob a forma de um baralho de 78 cartas, que, desde milhares de anos servem para satisfazer a curiosidade humana a respeito do seu futuro ou para distrairse e matar o tempo, jogando. Nessas Nessas 78 cartas — 22 “ Arcanos Arcan os Maior Ma iores” es” e 56 56 “ Arca Ar ca-nos Menores” — os sábios egípcios encerraram toda a sabedoria que tinham herdado, todos os conhecimentos que possuíam, toda a Verdade que lhes era acessível a respeito de Deus, eus, do Universo e do Homem. Homem. A estrutura estru tura fix f ixa a do sistema sistema impediu qualquer deturpação e o Tarò, ainda hoje em dia permanece uma fonte de sabedoria para quem possui olhos para ver e ouvidos para escutar sua linguagem silenciosa. De acordo com a Tradição, somente após ter estudado e compreendido os 22 Arcanos Maiores e suas lâminas, podia o discípulo passar ao estudo dos Arcanos Menores, por serem mais profundos e abstratos e que, devido a sua natureza metafísica, não podiam ser representados por imagens e alegorias, como os Arcanos Arca nos Maiores. Sua compreensão era condicionada pelo nível evolutivo do discípulo. Sobre os Arcanos Maiores existe no mundo uma ampla literatu lite ratu São també representados ob
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OS ARCANOS MENORES DO TARÓ
veram sobre os Arcanos Maiores sem nunca mencionálos, de modo que o livro inteiro pode ser lido sem que o leitor suspeite que se trata de Arcanos. Tais obras são, por exemplo: “Dogme et Rituel de la Haute Magie” de Elifas Levi; “Tableau Nature Nat urell des Rap Rapports ports”” de Claude de Saint Martin Mart in (le Phil. Ph il. Ine.) In e.) e outras aind ainda. a. O motivo motiv o dos dos autores autores terem agido assim, foi provavelmente o de guardar secreta a fonte esotérica. No que se refere aos Arcanos Menores, fora dos manuais de taromancia, não nos consta que exista literatura alguma sobre este grandioso esquema do caminho iniciático, desde os primeiros passos do discipulado até as mais altas realizações ções humanas e a Reint Re integ egraç ração ão final. Na língua líng ua russ russa a, encontramos apenas uma curta explicação sobre os Arcanos Menores, Menores, no “ Curso Curso de Enciclopédia do Ocultismo” de G.O.M. Até agora, os Arcanos Menores eram estudados somente nos nos círculos fechados fecha dos das escola escolass iniciáticas. iniciáti cas. Isto, para evitar talvez que esse conhecimento caísse nas mãos de quem procurava não o verdadeiro verdade iro “ Caminho” Caminh o” , ma mass sim sim “ os caminhos” para p ara o engrandec engra ndecimen imento to pes pesso soal al.. Na época época atual, atual, toto davia, a Luz Espi E spiritu ritual al não mais deve ser ser escon escondid dida. a. O desdesperta pe rtarr das das almas é necessário. necessário. Quem ainda não amadureamadureceu pa para ra certas verdades, passará sem percebê percebêlas las.. P or outro lado, saber descobrir por si mesmo os pontos perigosos que tal conhecimento encerra, necessitaria um profundo estudo do esoterismo o que, já por si mesmo resultaria numa sublimação sublimação interna. Na Idade Média houve houve vários alquimistas que iniciaram o trabalho querendo se enriquecer e acabaram sendo sábios e imunes às tentações terrestres. As verdades, quanto mais profundas e elevadas, tanto menos podem ser explicadas a outrem ou compreendidas intelectualmen intelect ualmente. te. É preciso a experiência própria, própria, interna, para par a poder captálas. captálas. O conhecimento conhecim ento esotérico esotérico nunca pode ser transmitido em sua totalidade, nem por via oral, nem por escrito. A meditação, a experiência exper iência interna, a intuição intui ção são indispensáveis. Então, aos poucos, ele se transforma em sabedoria. É impossível também explicar a Verdade em terte rmos precisos; prec isos; só as aproxim apro ximaçõe açõess podem ser ser usad usadas as.. A VerVe rdade’ por sua natureza, é inexprimível e não pode ser limi-
SISTEMA DOS ARCANOS
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deve dev e ser sentido. A meditaç med itação ão sobre sobre o símbolo, sua imagem, image m, seu sentido interno, conduz a algo bem mais profundo do que a compreensão intelectual. O sistema dos Arcanos Menores é simbolizado por um baralho de 56 cartas, divididas em 4 naipes: Ouros, Espadas, Copas Copa s e Paus. Paus. Cada naipe naip e possui possui 10 10 cartas carta s numéricas numéri cas de de 1 a 10 10 e 4 figur fig uras as:: o rei, a dama, o cavalh cav alheir eiro o e o valet va letee (no (n o baralho moderno, moderno, os 4 cavalheiros foram fora m suprim sup rimido idos). s). Como podemos constatar, a estrutura dos Arcanos Menores obedece a dois sistemas numéricos: o quartenário e o decimal. Os 4 naipes correspondem aos quatro principais estágios do desenvolvimento humano: — Ouros Ouros
— ao estágio de aquisições aquisições externas e internas intern as da personalidade na vida terrestre:
— Espadas Espadas — à desvalorização dess dessas as aauisiç aauisições, ões, à luta inin terna, à negação do mundo e da própria personalidade; — Copas Copas
— à unificaçã unif icação o com a Vontade Vont ade Divina; Divi na;
— Paus
— ao poder e à realização.
Na lâmina do Io Arcano Maior, esses quatro estágios são simbol simbolizad izados os por 4 “ brinquedo brinquedoss do Mago Ma go”” . A lei quaternária, expressada na forma de 4 naipes, repetese, dentro dos limites de cada naipe, pelas 4 figuras deste naipe. Todo Tod o o sistema sistema dos dos Arcanos — Maiores Maiore s e Menores — está estreitamente ligado com a Kabala Mística do Judaísmo, o sistema sefirótico e o tetragrama sagrado ou nome divino vin o IodHeVauHe. Isso não é surpreendente, se se levarmos levarm os em consideração que Moisés, o criador do sistema kabalís tico, era um Iniciado dos templos egípcios. Podese dizer que a Árvore Sefirótica, com sua divisão em 4 mundos, através dos quais passa tudo que existe, é um arranjo profundamente simbólico do sistema dos Arcanos. Os 4 naipes e as 4 figuras dos Arcanos Menores corres-
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OS ARCANOS MENORES DO TARÒ
através do seu seu número númer o (ou da soma de de algarismos deste nunumero) , com um Arcano Maior da segunda ou terceira década. Se a divisão quaternária dos Arcanos Menores indica os estágios que cada alma em busca da Luz deve atravessar, a divisão divisã o decimal dec imal — nesse nesse caso caso as as 10 cartas numéricas — indica como deve ela atravessálos. Os 22 22 “ canais” ’ * da Árvore Árvor e Sefiró S efirótica tica correspond correspondem em aos aos Arcanos Maiores e são as tantas chaves para a compreensão das Sefira Sef irass e, portan por tanto, to, dos dos Arcanos Arca nos Menores. Cada um dess desses es canais canais — e vários vário s canais podem conduzir condu zir à uma Se Se fira fi ra — acrescenta aspect aspectos os esotéric esotéricos os ao significado significa do básico básico da determinada Sefira, facilitando assim sua compreensão. O estudo da Kabala e. dos Arcanos Maiores ajuda muito a compreensão dos Arcanos Menores. Os 4 naipes, naipes, começando com eçando pelo mais elevado — o Paus — apresentam uma sucessão das etapas ativas e passivas que correspondem à sucessão dos princípios ativos e passivos do tetragrama. A relação entre os elementos IodHeVauHe, a divisão dos Arcanos Menores, os mundos sefiróticos e as realizações espirituais humanas, podem ser tabeladas do modo seguinte: MUNDOS SEFIRÓTICOS
INICIAÇÕES CORRESPONDENTES
IHVH
NAIPES
FIGURAS
Iod
Pau s
Rei
Mundo da Emanação
He
Copas
Dama
Mundo da Criação
Vau
E spadas
Cavalheiro
Mundo da Formação
2a Inic In icia iaçã ção o
Segundo He
Ouros
Valete
Mundo da Manifestação
1* Iniciação
3a e 4a I n i ciações
Vemos por este esquema que o progresso iniciático, desde Ouros até Paus, segue o sentido inverso das letras do Te tragrammaton, pois começa pelo segundo He e elevase gradualmente ao Iod. Isto é lógico lóg ico pois não s trat tr ata a d lei de
SISTEMA DOS ARCANOS
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Os dois sentidos opostos da passagem através dos Arcanos canos sã são tradicionalme tradic ionalmente nte chamados chamados de “ diabàtico” diabà tico” — o da descida descida — e de “ anabático” — o da subi subida da.. O caminho caminho diabàtico conduz do sutil ao denso; o anabático, do denso ao sutil. O primei pri meiro ro é criativo, criati vo, isto é, é, corresponde corresponde à maniman ifestação dos dos princípios princ ípios superiore superioress nos níveis inferiores. O segundo é um processo de sublimação. O primeir pri meiro, o, no esqueesquema dos Arcanos Menores, corresponde à Filosofia Hermética, ou seja, ao desvelar das Leis do Universo; o segundo — ao Hermetismo Ético, isto é, ao elevarse na escala evolutiva por meio da sublimação da natureza inferior. Ambos os processos são possíveis, tanto no sistema inteiro dos 4 naipes, quanto dentro dos limites de cada um. Segundo o caso e a individualidade humana, esta ou aquela direção é mais apropriada. As figuras dos Arcanos Menores são, antes de tudo, símbolos dos dos 4 naipes. naipes. Cada uma das 4 figur fig uras as de cada naipe concentra em si as características de um dos 4 naipes, além de possuir as do naipe naip e à qual pertence. pertenc e. Assim, os os Reis correspondem ao naipe de Paus, as Damas ao naipe de Copas, os Cavalhe Cava lheiros iros ao de Espad Espadas, as, e os Valetes, Vale tes, ao de Ouros Ouros.. Sendo assim, o Rei de Paus, por exemplo, representará uma dupla influência de Paus Paus e será freqüentemente chamado chamado “ Pau dos dos Paus” ; a Dama de de Copas: Copas: “ Copa da dass Copas” , etc. etc. Cada uma dessas cartas, junto com a totalidade das cartas numéricas do seu próprio naipe, representa a pura essência do determinado naipe (por exemplo, a Dama de Copas com 10 cartas numéricas de Copas ou o Cavalheiro de Espadas junto com 10 cartas numéricas de Espadas). Fora dessas divisões básicas e das influências “puras” de um só naipe, existe, naturalmente, uma infinitude de influências compostas, que expressam a individualidade humana única, sua sua tonalidade tonalid ade específica, irrepetíve irrep etível. l. Essa ssa “ tonalidade única” pode ser conservada mesmo nos estágios muito elevados do caminho espiritual. A experiência de cada naipe pode ser vivida sob uma ou mais influências adicionais de um outro, ou outros, naipes. Assim, a experiência, por exemplo, de Ouros, vivida sob a influência de Copas ou de Paus, caracterizará o modo mais
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OS ARCANOS MENORES DO TARÓ.
Cada naipe possui, poderseia dizer, uma idéia dominante. nan te. Essa Essass idéias idéia s são: — para Ouros:
estabelecer pontos de apoio nos planos inferiores para alcançar um “ponto de suspensão”, isto é, um contato com os planos superiores; — para Espadas Espadas:: libertarse das ilusões dos mundos inferiores e chegar a um novo nascimento espiritual; — para Copas: elevar o inferior, transmitindolhe, por meio do sacrifício, aquilo que foi recebido do Alto; — para Paus: concientizarse da sua missão no esquema do Plano Divino para a Terra e trabalhar nesse sentido, em contato com seu Eu superior. As figuras de um naipe, dentro dos limites deste naipe, representam os quatro níveis iniciáticos, nos quais pode se desenrolar a experiência de determinado naipe. Desse modo, os Arcanos Menores apresentam 64 estágios internos, básicos, do caminho espiritual do discípulo, isto é, as experiências dos 4 naipes em seus 4 aspectos e 4 níveis iniciáticos, iniciátic os, o que corresponde à formula 4 x 4 x 4 = 64 que, que, pela soma dos algarismos, conduz à unicidade final. O estudo dos dos Arcanos Arca nos Menores pode ser ser feito fe ito nos níveis e sob aspectos completamente diferentes, tais como: Taro mancia comum, Astrologia, Alquimia, Hermetismo Ético, Filosofia Hermética, Esoterismo Cristão, Mística pura, Magia, Kabala, etc. Fazemos notar que para alguns desses aspectos, como por exemplo o Hermetismo Ético ou caminho da evolução espiritual, os Arcanos Menores fornecem muito mais possibilidades de um estudo claro e detalhado, sobretudo em seus estágios está gios mais elevados, elevados, do que os Arcanos Arcan os Maiores. Estes Estes,, embora abarquem todas as manifestações evolutivas e invo lutivas da vida, tratam principalmente do caminho de Ouros e da inicia ini ciação ção má mágic gica a (especialm (espe cialmente ente os 10 primeiros prime iros e 4 últimos Arcanos). De tudo que acaba de ser dito, podese deduzir que o conteúdo dos Arcanos não pode ser esgotado por uma apre-
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Os Arcanos, tampouco, podem ser ensinados. ensinados. Apenas Apen as pode ser apontado o caminho que conduz à sua compreensão. Cada meditação profunda sobre um Arcano permite entrever sempre novas facetas da Verdade. No sistema dos Arcanos, mesmo os menores detalhes são simbólicos; os signos dos naipes, o número e o modo de agrupálos, a figura que formam, tudo tem uma significação esotérica e todos estes pormenores são chaves para algum conhecimento. O progresso de cada nova etapa está, naturalmente, condicionado pelo nível da realização interna da etapa precedente. dente. Uma experiên expe riência cia (ou ciclo cicl o de experiência exper iências) s) não esesgotada, será recomeçada novamente, em geral num nível superior e guardando a mesma tonalidade individual. Um ser humano, aprofundandose sempre mais na experiência de um naipe, pode chegar, através desse naipe, aos mais elevados estados místicos. O nosso curso apresenta o que poderia ser chamado ‘‘um quadro geral" da passagem através dos naipes e seus graus, pois nele não serão levados em consideração as características particulares dos discípulos, nem os métodos apropriados para dirigílos dirigílos individualmente. Se o discípulo discípulo tem o privi pr ivi-légio de contar com um instrutor, este saberá guiálo individualmente dualmente.. Na falta fal ta do instrutor, instrutor, uma literat lite ratura ura séria séria poderia ajudálo em seu seu trabalho. Esta é a finali fin alidad dade e do curso curso presente. Em relação ao caminho inteiro dos 4 naipes, seguiremos a direção anabática, isto é, começaremos pelo Ouros, elevandose ao Paus, pois nesse método certos processos internos apresentamse apresentamse de um modo mais compreensível. compreensível. Apresent Apre sentaaremos o caminho de cada naipe em seu nível mais elevado, ou seja, seja, o de de Paus e em seu seu próp pr óprio rio aspecto, isto ist o é, é, “ Espadas das das Espadas". “ Copas das das Copas” , etc., etc., limitan limit andon donos os às ma ma-nifestações mais gerais. gerais. Ampliamo Ampl iamos s somente o estágio de de Ouros, de modo que os graus superiores de Ouros, entram já na experiência experiên cia dos dos naipes mais elevados elevados.. Alguém, Alguém , realirea lizando a etapa de Ouros em sua extensão e profundidade total, chegaria aos mais altos estados evolutivos, até à própria Missão do Hierofante de Paus. Na nossa apresentação dos Arcanos, usaremos o método
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OS ARCANOS MENORES DO TARÓ
QUROS. O estágio estág io de Ouros Ouros corresponde corresponde à transform transf ormaação da matéria comum da personalidade humana em uma substância mais sutil e aperfeiçoada. Essa Essa transform tran sformação ação se se chama processo iniciático e seu progresso depende de dois fatores: o esforço pessoal do discípulo e a penetração nele da L u z Espiritual. Espiri tual. O esforço será será sempre sempre necessário necessário;; quanto qua nto à Luz, esta poderá penetrar melhor no discípulo à medida que seu nível espiritual se eleve e, quanto mais se elevar o nível espiritual do discípulo, tanto maior será sua sede da Luz, até que ele dedique todas as suas forças à busca dessa Luz. O Ouros, além do símbolo gráfico tradicional (fig. 1), possui também um símbolo esotérico: dois copos adjacentes atravessados horizontalmente por po r um pau e, vertica ver ticalme lmente nte,, por uma espada espada (fig. (fig . 2). Este Este símbolo significa sign ifica que que Ouro Ouross contém em si, potencialmente, os três outros naipes e que as mais altas realizações humanas podem ser alcançadas através do plano físico.
Fig. 2
O estágio evolutivo de Ouros, isto é, o do segundo He, o elemento mais denso do nome IodHeVauHe, corresponde ao nível de um homem cujos pés estão bem fincados no plano físico, que possui ideais, convicções e opiniões bem fundamentadas, damentadas, que dá valo va lorr ao seu seu “ eu” pessoa pessoall e a tudo que que o mesmo alcança ou adquire. Ao nível de Ouros pertencem diversos tipos de realizar ã o no plano astral. astral. Pertence Perte nce também a alquimia que que é uma analogia do Hermetismo Ético, isto é, da transmutação da personalidade. A mais típica expressão de um iniciado de Ouros é um mago branco que desenvolveu todos os dons internos e externos da sua personalidade e possui pleno domínio tanto sobre sí mesmo, como sobre o plano astral. No estágio de Ouros, o progresso do discípulo é geralmente dirigido por um mestre, seja encarnado, seja desencarnado. Nesse Nesse estágio estág io existem muitos tipos e graus de
S IS T E M A DOS ARCANOS
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vamente aos níveis do Valete, do Cavalheiro, da Dama e do Rei. A iniciação do grau Valete abrange somente o plano fisico e, geralmente, resulta de um contato que o iniciando estabeleceu com alguma egrégora espiritual, ou, então, de sua decisão de se dedicar a um trabalho, seja para sua própria evolução espiritual, seja para a evolução do ambiente no qual se se encontra. Este é o prim pr imeir eiro o pass passo o no caminho iniciático. A iniciação do grau seguinte, o do Cavalheiro, corresponde à iniciação mágica, astral, ligada ao mistério Shin (ver (v er 21.° 21.° Arcano Arca no Maio Ma ior) r) e concede ao iniciad inic iado o o domínio sosobre determinadas determinad as entidades e manifestaçõ mani festações es astra astrais. is. Èssa ssa iniciação inclui a abertura de certos centros psíquicos, sem o que tal domínio não seria possível. As iniciações iniciações do terceiro e quarto graus — a da Dama e a do Rei de Ouros são, na sua essência, uma só iniciação possuindo dois aspectos diferentes, dependendo do predomínio, no iniciando, do elemento masculino ou feminino, ou seja, do do seu seu sexo exo. Isto acarr a carreta eta uma certa cer ta diferença difere nça na iniciação. Uma da dass realizações import imp ortant antes es do estágio estág io de de OuOuros é, como veremos mais adiante, a aproximação do estado andrógino, tanto no sentido de desenvolver em si os princípios das duas polaridades como, mais tarde, aproximarse da realização do androginato externo, espiritual. As iniciações do terceiro e quarto graus são iniciações Herméticas. Herméticas . Correspondem Correspondem ao plano menta me ntall e concedem aos iniciados um determinado poder sobre seus pensamentos e um maior discernimento espiritual. No entanto, simultaneamente com todas as realizações e sucessos internos e externos, o mundo vai perdendo seu valo va lorr para um discípulo e inicia inic iado do de Ouros Ouros.. Ele descobr descobree que tudo que realizou com tanto esforço, não passa de ilusão. são. Então, intername inter namente nte nu, nu, como com o uma um a crian cr iança ça recém recém nascida, começa a procurar o REAL. Isto é a passagem para o naipe seguinte: o de Espadas.
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OS ARCANOS MENORES DO TARÒ
da cruz de braços iguais, isto é, a cruz dos 4 elementos, indica a composição elementar do ser humano. mano. Um canalete percorre a lâmina lâm ina da espad espada a desde o cabo até a ponta, simbolizando a união direta com o mundo do Logos. No estágio de Espadas, o peregrino espiritual Fig. 4 não mais tem mestre, nem mesmo ninguém que pudesse lhe indica ind icarr o caminho. É pa para ra ele um período de de solidão completa. pleta. O crescimento crescimento interno intern o não mais é incentivado por cerimônias ou rituais. Este estágio consta também de 4 graus, mas estes são puramente esotéricos e perceptíveis somente aos observadores dos planos superiore superiores. s. O próp pr óprio rio discípulo d iscípulo nada sabe sabe do seu progresso. A etapa de Espadas pode ser atravessada de dois modos: a) pelo caminho camin ho da fé, positivo, aspirando aspirando e procurando servir o Logos em Seu trabalho redentor e b ) pelo caminho negativo, chamado às vezes vezes de “ caminho dos fortes” for tes” , caminho da rebelião contra o Logos e o estado do mundo. Neste, o ser humano atravessa toda a Árvore Sefirótica, ou seja, os 10 graus do naipe, lutando e isolandose dos aspectos criadores de cada Sefira. Rebelas Rebelasee contra contr a o mundo externo (Malkut), rejeita a forma (Yesod), nega o valor do poder e da da paz paz (Netza (Ne tzah h e Ho H o d ), nega a possib possibilid ilidade ade de de harmonia (Tiferet), nega a misericórdia e a justiça (Gedulah e Geburah), a razão e sabedoria (Binah e Hokmah), chegando até até a negar a vida (K (Ket eter er). ). Estes sofrimentos e o vazio interno a que conduziram, chegando ao auge, despertam no peregrino uma imensa sede e necessidade de saciála com algo perfeito e totalmente puro. É a passagem para o naipe de Copas. No que se refere aos dois estágios seguintes — de Copas e de Paus — muito pouco pode ser dito, pois quanto mais se eleva o nível interno, tanto menos pode ser expressado por palavras.
SISTEMA DOS ARCANOS
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O lugar da autoconsciéncia foi tomada pela consciencia do Divino. A experiência experiênc ia do Eterno está está send sendo o vivida. A existência assemelhase às ondas do oceano, sendo, contudo, intensamente tensam ente real. O espirito espir ito une unes see ao Logos. Não Nã o é mais o homem que vive; vive o Cristo dentro do homem. PAUS. O quarto quart o e último estágio estág io corresp correspond ondee ao Iod da palavra IHVH. É o princípio ativo. ativo. Todavia, Paus é inimagiinim aginável ná vel sem Copas Copas e Copas Copas inseparável insepar ável de Paus. Paus. Aqui Aqu i não existe apenas passividade ou apenas atividade, pois um dos estágios é passivoativo passivoa tivo e o outro ativopassivo. ativopassivo. Em Paus, Paus, como em Copas, não há e não pode haver graduações externas. nas. Tudo Tud o é interno. inte rno. O símbolo tradicional de Paus é um tronco de árvore com 4 galhos podados (fig. 6); é a manifestação da Lei IodHeVauHe. Paus representa a mais alta realização humana. Neste estágio, estágio , o homem, homem, sempre sempre recept rec eptivo ivo às às irradiações da Luz Divina, colabora conscientemente com com o plano Divino Divin o sob sobre re a Terra. Transm Tra nsmite ite a outros a Luz que agora possui em abundância e que, embora sempre repartida, nunca diminui.
Fig. 6
Os últimos graus de um naipe participam já da experiência do naipe seguinte. seguinte. Assim Assim,, a últim últ ima a carta ca rta de de Espa Espadas das já se integr int egra a a Copas opas.. As duas duas últimas de Copas Copas — a Pa Paus. us. Em se tratando de Paus, as três últimas cartas representam os três diferentes portais que conduzem à Fonte da Luz.
O U R O S
O U R O S
O naipe de Ouros é o naipe da personalidade humana e seu alvo básico é a organização interna, a purificação e o desenvolvimento multilateral dessa personalidade, .levandoa, ao mesmo tempo, à expansão da consciência, ao crescimento do poder realizador e à formação da individualidade. As finalidades de um aluno de Ouros visam as realizações pessoais, tanto internas, como externas, incluindo o plano materia mate rial. l. Nesse estágio, a vontade vonta de humana permanece ainda pessoal, embora já comece a tornarse evolutiva. O trab tr abalh alho o do .aluno — como em todos os outros outros náipes — passa passa por 10 etapas, etapas, que que correspondem correspondem aos campos campos de infl in flu u ênci ên cia a das 10 Sefiras. Sefir as. Essa Essass etapas, todavia, todavia, não são são fixas nem iguais para todos. Se a lição de uma etapa não foi suficientemente aprendida, o discípulo terá que voltar a ela, talvez mesmo várias vezes, atravessandoa de um modo um pouco diferente a cada vez.e, geralmente, geralm ente, dent d entro ro de de um nível níve l mais eleva elevado. do. Ao mesmesmo tempo, as outras Sefiras continuarão a exercer sua influência adicional na vida e no trabalho do aluno. Neste curso apresentaremos o esquema de um caminho básico, reto e ideal, em que as lições de cada etapa são aprendidas inteiramente, sem que haja necessidade de retornar a elas. Apresentáloemos, como já foi dito, no seu nível espiritualmente tualm ente mais mais alto alt o e na sua sua maior maio r amplitud amplitude. e. Na vida vida real, isso quase quase não existe. Ra Raram rament entee o nível é tão elevado, elevado, a experiência experi ência tão amp a mpla la e o caminho sempre sempre reto. reto. As falhas e os desvios do caminho reto são inúmeros. O desenvolvimento da constituição psicofisica do ser humano e o aparecimento dos poderes ocultos, até então latentes, são em geral, conseqüências de um trabalho consciente nessa direção e de determinados exercícios que, na sua maioria, têm caráter puramente oculto, e que o discípulo de de Ouros começou começ ou a pratic pra ticar. ar. Devido Dev ido a isso, isso, o naipe nai pe de Ouros Ouros é, às às vezes, vezes, chamado de “ naipe ocult oc ulto” o” . É importante sublinhar que esses exercícios visam sempre o desenvolvimento de forças pertencendo a diversos subplanos planos do mundo astral. Quanto Quant o ao princí pri ncípio pio espiritual,
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No fim do livro acrescentamos diversos exercícios, como suplemento prático práti co para par a cada grau de Ouro Ouros. s. Fazemos lembrar todavia que, no caminho do Hermetismo Ético, o essencial é a busca sincera da Luz Espiritual e não de algumas vantagens alcançadas pelos exercícios. O caminho de Ouros pode também ser percorrido de modo diferente, como por exemplo, seguindo uma das religiões estabelecidas, seus métodos disciplinários e seus rituais. A pessoa ligase, então, a essa determinada egrégora, que desempenhará na sua vida um papel importante. No caminho do ocultismo, a escolha da egrégora — caso ela exista — do mestre espiritual e do método de trabalho pertence ao aluno. Os caminhos ortodoxos limitamse geralmente à disciplina moral; o ocultismo, além disso, visa o desenvolvimento de poderes psíquicos latentes. Contudo, a diferenç dife rença a principrin cipal entre os dois caminhos é que o ortodoxo está baseado na fé, e o do ocultismo — no conhecimento. No primeiro, procurase curase o desenvolv dese nvolvimen imento to do sentimento, no segundo — o da razão. razão. Conseqüentemente, Conseqüentemen te, quando, quando, no primeiro, primeir o, a pespessoa está pronta para passar ao estágio de Espadas, na maioria dos casos, se encaminhará para o aspecto positivo desse naipe; no segundo segundo — para seu seu aspecto aspecto negativ neg ativo o ou filosófico. filosófico. No estágio de Ouros, durante os sete primeiros graus, a personalidade se aperfeiçoa aperfe içoa e sutiliza gradativamente. A realização do oitavo grau permite ao discípulo a identificação da sua sua individualidade. individua lidade. O nono grau representa a iniciação iniciaçã o esotérica desse naipe, isto é, a síntese criativa de tudo que foi fo i alcançad alcan çado o no caminho cam inho de Ouros Ouros.. O décimo grau gra u corresponde à manifestação dess dessa a sínte síntese se no mundo do “ nãoEu” . Os sete primeiros primeir os Arcanos Arca nos (ou graus) gr aus) encontramse sob a influência das sete Causas Secundárias; os três últimos — sob a das três Causas Primordiais. O estágio de Ouros abarca tudo que pertence ao ocultismo e que, suficientemente realizado, transforma um homem comum num perfe pe rfeito ito mago branco. branco. Essa Essa transform tran sformação ação da personalidade encontra sua analogia na transmutação al química e cada estágio alquímico está correlatado a uma carta car ta numéric num érica a de Ouro Ouros. s. A alquimia, na qualidade de ci-
ÁS DE OUROS Correspondências: SEFIRA KETER e os Arcan Arc anos os Maiores: Maior es: I o, 10 10° e 19 19° O “ 1” expressa expressa sempre sempre a idéia idéi a de alguma totalidade. Visto Vis to sob sob o aspecto esotérico, esotérico, o “ 1” contém conté m em si si o ponto de partida par tida para pa ra o proces processo so criador (ou o princípio princ ípio da dedução) e o ponto de retom re tom o à unicidad unicidadee (ou princípio princípio da indução). Tudo que existe, em todos todos os planos, planos, é um reflexo refl exo do UNO; tudo emana da Unicidade, e a ela retoma. Estes dois movimentos — o da emanação e o do retomo — constituem a ba base se do ensinamento esotérico esotérico sobr sobree o desenvo se nvolvi lvime mento nto cíclico cícli co de tudo que evolui. Essa Essa evolução se se faz por meio da divisão múltipla da unicidade primitiva, do retorno sucessivo a uma unicidade mais perfeita e de uma nova divisão e multiplicação da mesma. O primeiro Arcano de Ouros inicia, não apenas seu próprio naipe, mas também o sistema inteiro dos Arcanos Menores e, potenci pot encialm almente ente,, o contém con tém em si. Ele é o Arcano Arc ano mais abstrato de todos e representa a IDÉIA que permeia as aquisições de Ouros, a luta e os sofrimentos das Espadas, a bemaventurança de Copas e a realização de Paus. O Ás de Ouros Ouros é também tamb ém uma analo an alogia gia do I o Arcano Arcan o Maior e, no caminho iniciático, corresponde à conscientização, pelo aluno, de que, além de todas as manifestações físicas e psicoanímicas, existe nele algo que é capaz de regêlas e de de avaliálas avaliá las do ponto de vista ético, de ser ser “ a voz da consciência” ciência ” . Este Este algo e a “ Divina Essência” Essência” (o título do do I o Arcan Arc ano o Maio Ma ior) r) que une todos todos os os elementos que o compõem compõem,, fazendo dele uma totalidade e que se expressa pela primeira fórmula iniciática do caminho: caminho: “ EU SOU” . Devido a tudo isso, o tema desse Arcano é tão vasto que num estudo geral como este, temos que limitarnos ao principal e, especialmente, à idéia de unicidade. unicidade. A aspiração aspiração à unicidade acompanha o caminho inteiro do Hermetismo Ético. É a razão raz ão porque porque no estudo do Ás de de Ouros Ouros incluímos incl uímos
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Estar plenamente consciente de que tudo que existe, em todos os planos, é um reflexo do UNO, é indispensável para entrar nesse caminho; todavia, as convicções teóricas, por mais elevadas elevada s que sejam, não são suficientes. O candidato à Iniciação deve ser ativo, e sua atividade deve começar por si mesmo mesmo.. Deve realiza reali zarr sua sua próp pr ópria ria unicida un icidade de em todos os planos. Como deverá o aluno prepararse para isso? No mental, o aspirante precisa determinar para si um alvo que poderá realizar num futuro não muito distante, e permanec perm anecer er firm fir m e em sua sua decisão e seu seu esforço. No astral, astral, deve utilizar todas as suas emoções como ajuda para alcançar o alvo escolhido, e no plano físico coordenar o todo, para que sua decisão mental possa ser realizada. Em cada uma das suas ações, o aluno deve permanecer plenamente consciente do que está fazendo, do que quer, e para onde se dirige. Um dos maiores obstáculos no caminho iniciático é o estado de semiconsciência dos dos alun alunos, os, durante a ma maiori ioria a de suas suas atividades. atividad es. Isso referese refere se especial espe cialment mentee às ações ações diádiá rias, costumeiras, que são executadas sem reflexão, quase que automa aut omatica ticamen mente. te. É por causa dessa dessa semisonolência que algumas escola escolass ocultistas (as de G ourd ou rdjie jieff ff e de Uspi Uspi ensk enski, i, por exemplo) exem plo) exigem exige m de seu seuss alunos alunos que façam exercícios com o fim de desenvolver um estado de consciência contínuo, mesmo nos atos mais insignificantes, nas reações ao ambiente ambi ente e até nos ge gesto stos. s. Assim, o aluno alun o se acostuma a estar sempre “desperto” e responsável por si mesmo, pelas suas reações, palavras e atitudes. Uma das recomendações feitas aos alunos que iniciam o estágio de Ouros e que à primeira vista pode parecer um tant ta nto o esquisit esquisita, a, é a de não se deixar deix ar afasta afa starr do caminho escolh escolhido, ido, nem mesmo para pratic pra ticar ar boas boas obras obras.. Além Alé m das das tentações involutivas, existem também as evolutivas, e o aluno princip prin cipian iante te não deve deixarse deixarse levar lev ar por ela elas. s. Não queremos dizer com isto que as boas obras lhe são proibidas ou que deve tornarse egoísta, mas que precisa afastar tudo que não colabore com a finalidade por ele determinada.
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pre em acordo com sua vontade, e não regido por emoções. Deve ser orientado e não disperso pelas circunstâncias. Passemos agora à pergunta: como realizar a unicidade em si mesmo? A resposta nos é dada pela làmina de um dos Arcanos Maiores correspondentes, ao 10°. É preciso elevarse acima a cima das águas turvas do caos mundial, subindo o eixo do Cadu ceu, ceu, eixo que que sustenta sustent a a plat pl ataf afor orm m a da esfinge. Este Cadu Cadu ceu não é outra coisa que uma “estilização” da Árvore Se firótica. A Tradição ensina que, para alcançar a Unicidade final, o ser ser humano deve d eve “ subir o eixo” eix o” , isto é, é, elevarse elevarse pela pela coluna central da Árvore Sefirótica. O caipinho de Ouros, iniciandose pelo sentir a Unicidade da de (Sefira (Se fira Ket K eter er)) e conduzi conduzindo ndo à completa completa inici iniciação ação mágica, corresponde, dentro dos limites desse naipe, a uma descida através de todas as Sefiras, desenvolvendo gradativamente a autoco au toconsciên nsciência cia e o poder realizador. realizador. Todavia, Todav ia, o fato fa to de se sentir sen tir parte de um TODO, este este pripr imeiro vislumbre da consciência da UNICIDADE, não se limita nem ao ao I o Arcano Arc ano,, nem ne m ao naipe de Our Ouros os,, mas mas,, percorperc orrendo todos os naipes, aprofundase sempre mais, até a Reintegração final, pois o alvo de todo caminho iniciático, em todos os seus graus e estágios, é a reaüzação da união com o Divino. Assim, Assim, o caminho cam inho para par a a Unicidade, Unicidade, independentemente do sentido simbólico em que o discípulo atravessa um ou outro naipe, é sempre considerado como ASCENDENTE. Na Árvore Sefirótica, a subida direta para a Unicidade é simbolizada por quatro Sefiras centrais — Malkut, Yesod, Tife T ifere rett e K eter et er — e os canais que as unem: unem: 0 22°, o 15° e o 3o. Essa Essa subida com co m port po rta a quat qu atro ro estágios está gios básicos: básicos: I o. O domínio dom ínio do Arca Ar cano no 22°, 22°, ou seja, seja, a vitó vi tóri ria a sobre sobre o mundo mundo materia mat erial. l. Com outras palavras, palavras, o discípulo discípulo deve tornarse internamente independente dos condicionamentos do mundo físico. 2 V itó it ó ri sobre Ar o 15 15°, isto é sobre todas te
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4o.
Realiza Re alização ção do que está simbolizado, simbolizado, na lâmina lâm ina do ArAr cano 10 10°, pela plata pla tafor form m a da esfinge. Atraves Atravessan sando doa, a, o ser humano passa ao Mundo Superior, entrando em comunhão com o Divino. É a últim últ ima a etapa no caminho caminho à Unicidade. Para poder percorrer esse caminho da União, o discípulo precisa refletir em si os quatro Aspectos de Deus, chamados também “Nomes Divinos” e correspondendo às quatro Sefi ras da coluna central. centr al. Vejam Vej amos os essa essa correspondência, no sentido da subida. SEFIRA
M a lk u t Yesod Tif T ifee ret re t Keter
NOME DIVINO A dona i Shaddai Eloa Eie
PRINCIPIO SIMBOLIZADO Carma, Misericórdia e Justiça Milagres, Mag Mag ia da da vida e da morte Beleza e H arm onia Eu sou Eu
Pa ra ref Para r eflet letir ir o aspecto aspecto Adonai Adonai,, o discípulo discípulo precisa precisa “ enencarnar em si” seu próprio carma, isto é, compreender e aceitar a plena responsabilidade do seu carma; poderseia dizer, fusionar com ele, sabendo que nada acontece por acaso, que tudo está interrelacionado e tem sua razão de ser. O segundo reflexo refle xo — o de de Shaddai — é sabe saberr desapedesapegarse e afastar de si tudo que é desnecessário e que, assim, impede imped e o progresso espiritual. Desenvolver também tam bém em si a capacidade de sacrifício, excluindo dele, entretanto, todo e qualque qua lquerr elemento elem ento de emoçã emoção. o. O discípulo deve deve semp sempre re estar ciente porque e “ em nome nome de de que” ele faz o sacrifício sacrifício,, o que ele “ compra” comp ra” com este este sacrifício. Então, segundo segundo a expressão expressão da ant a ntiga iga sabedoria, sabedoria, “ aquilo que se se benefici ben eficia a do sacrifício sacr ifício encarna na pesso pessoa a que que se se sacrifica” sacri fica” . Na vida do do discípulo, sua vontade e seu carma devem ficar estreitamente unidos; ele precisa estar preparado e pronto para aceitar seu carma em todos os seus aspectos, internos e externos, positivo posit ivoss e negativ neg ativos, os, bons bons e maus. aus. Precis Pre cisa a considerar conside rar su suas “ felicida felic idade des” s” como provas de de misericórdia, seus eus sofrimentos como meios de redenção e as dificuldades — como oportu-
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de cada um de seu seus semelhantes. Isso lhe perm per m itirá iti rá iden id entitificarse ficarse com com outro outros, s, poder — digamos — “ encarnar” neles eles,, entendêlos e sentilos por dentro, mesmo em caso de grande diferença do nível evolutivo, evolutiv o, do caráter, etc. etc. T a l capacidade provém de uma fonte mais profunda do que a simples compreensão ou ou compaix comp aixão. ão. Não Nã o é apenas a base base das mesmas, mas muito mais ainda. O quarto reflex ref lexo o — Eie — é a plena consciência de de ser ser “ na nasci scido do do Espírito” Esp írito” . Isto revela a origem espiritual espiritual de tudo que existe, do fato que tudo é uma rede coordenada de caus causas as e efeitos, possuindo uma finali fin alida dade de superior. superior. O mundo é o templo tem plo do Espírito. Espíri to. O mal provém prov ém do esquecimento dess dessa a verdade. A compreensão compreens ão e realizaç real ização ão dela, dela, na vida, possibilit possibilita a transpassar transpassar a “ plataform plataf orma a da esfinge” esfin ge” . Evidentemente, para transpassála, um esforço de vontade será indispens pensáve ável, l, pois essa essa “ plata pl atafo form rma” a” separa separanos nos do “ Reino Rein o do Céu” do qual é preciso se apoderar pela força. No campo de arte, como exemplo simbólico de tal aspiração à subida direta pelo eixo central da Árvore Sefirótica, pode servir o estilo gótico das catedrais medievais, cuja arquitetura, até nos seus menores detalhes, dirigese para cima. Lembremonos que os construtores dessas catedrais, que não nos deixaram seus nomes, mas sim suas idéias, eram Mações Livres. Os dois outros Arcanos Arcan os Maiores Mai ores que correspondem ao Ás de Ouros, Ouros, são o 10° 10° e 19°. Ta T a n to a soma soma dos alga algari rism smos os de 10 como a de 19 dá 1, o que significa que ambos estão ligados à idéia de Unicidade. Passemos ao Arcano Maior 19°, procurando encontrar nele indicações indicações suplementa suplementares. res. Seu hier hi eróg óglif lifo o é um machamach ado. Com este machado, machado, simboliz simb olizand ando o o domínio domí nio do do Arcano Arc ano 19°, o discípulo pode abrir uma brecha e passar através da plataforma da lâmina do 10° Arcano. A esfinge, com relação ao Ouros, pode ser considerada como como a própria essência essência da Iniciaç Inici ação ão ou “ Isis” Isis ” , e a plat pl ataaform fo rma a que dela separa o discípulo, discípulo, como c omo os “ véus de de Isis” Isi s” ou
2 DE OUROS Correspondências: SEFIRA HOKMAH e os Arcanos Maiores: 2o, 11° e 20°. O I o Arcano Arca no correspondia à conscientização da uniri dade interna; o 2° — à conscientização e harmonização da bipolaridade interna. Cada ser humano é bipolar, isto é, possui em si elementos “M “ M ” , masculi masculinos nos,, ativos e elementos “ F ” , femininos, paspassivo sivos. s. Segundo Segund o o sexo sexo,, predom pre domina inam m geralm ger almen ente te uns ou outros. Tant Ta nto o os elementos “ M ” como os “ F ” possu possuem em seu seus asaspectos pectos positivos e negativos. Procuraremos Procurarem os enumerar algumas dessas características. ASPECTOS “M” Positivos Coragem, firmeza, capacidade de decisão, sinceridade, magnanimidade, franqueza, visão ampla no trabalho criativo.
Negativos Grosseria, autoritarismo, fanatismo, sujeição aos desejos inferiores.
ASPECTOS "F” Positivos
Negativos
Feminilidade, Acanhamento, suavidade, mo- covardia, indecidestia, prudência, são, falsidade, ternura, escrupu astúcia, dissimulação, sentimenlosidade. talismo externo
O trabalho do aluno no estágio de 2 de Ouros consiste em: em: I o.
2o. 2o. 3o. 3o.
Descobri Descobrirr e conhecer conhecer as características características “ M ” e “ F ” do seu ser psicoanímico, aprendendo a bem fazer distinção entre uns e outros. Proc Pr ocura urarr superar sup erar os aspectos nega ne gati tivo vos s dos dois. dois. Prat Pr atic icar ar sucessivamente os aspectos “ M ” e os aspecaspectos “ F ” , procurando desenvolver ao máximo máxim o seu seus lados lados positivos. positivos. A tradição tradiçã o recomenda que o aluno se se exercite freqüentemente a praticar por um tempo determinado, somente os aspectos de uma polaridade, previame via mente nte escolhida. escolhida. P ara ar a isso isso deve analisar cuida-
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deve esquecer que isso não passa de um exercício psicoanimico. 4o. Desenvolv Dese nvolver er em si as caracte ca racteríst rísticas icas positivas posit ivas latentes, latente s, especialmen espec ialmente te as do sexo oposto oposto.. Geralment Gera lmente, e, os asaspectos positivos de um dos pólos são o oposto dos aspectos negativos do outro pólo, por exemplo, a coragem e a covardia; a delicadeza e a grosseria. 5°. Sublimar os aspectos aspectos “ M ” e “ F ” , isto é, elevar conscientement ente mentee o níve ní vell de suas suas manifestações. manifesta ções. Assim, por exemplo, tratandose do amor ao próximo, dar a este sentimento uma forma mais perfeita e completa, tanto sob o aspecto aspecto “ M ” como como sob o “ F ” . Ta Tall sublima sublimação ção ultrapassa o plano psicoanímico e repercute no espiritual. Os elementos “ M ” e “F “ F ” , na medida do poss possíve ível, l, deveríam ser levados até o mesmo nível e polidos uns contra os outr outros os.. Permane Perm anecen cendo do delimitados, deveríam devería m ser harmon har moniizados zados em sua oposição. Sublinhamos Sublin hamos que os elementos “ M ” e “F” pertencem a um tipo de binários que não se excluem mutuamente mas, pelo contrário, podem concordar muito bem. A finalidade de todo esse treinamento é desenvolver ao máximo os dois polos do ser humano, para poder, mais tarde, realiza rea lizarr sua síntese harmoniosa. harmonio sa. Conseguindoo, Conseguindoo, o discídisc ípulo dá o primeiro passo para superar as limitações psicológicas ligadas à separação dos sexos. Os conceitos condicionais “ ativo at ivo”” e “ passivo passivo”” , em relarela ção aos elementos “M” e “F”, não correspondem às característic rísticas as “ atuante” e “ inerte ine rte”” , ma mass definem dois dois diferentes diferentes modos modos de agir. Quando a força for ça se se manifesta mani festa aberta e exter ex ter-namente, nam ente, é chamada chama da de “ ativa at iva”” ; quando quando não se man manifesta ifesta por fora, fora, mas age internamente — de “ “ passiva passiva”” ’. A lâmina do 2o Arcano Maior, apresentando o princípio feminino, o confirma. A tiara tia ra cobre a cabeça cabeça de “ Isis” Isis ” , e o véu cobre seu seu rosto. rosto. Em outras outra s palavras, seu mental ment al e centros superiores se acham ocultos. ocultos. A mulher não revela as razões mentais de suas ações, nem seu alvo final.
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solar estão descobertos, indicando que na mulher a intuição e o coração coraç ão são são mais pronunciados. pronunciados. Essa Essa característica caracter ística fefe minina é de tal forma aceita que mesmo a opinião pública desculpa facilmente a mulher que se deixou levar e errou pelos sentimentos. A parte part e inferio inf eriorr do corpo de “ Isis” Isis ” está esc escon ondid dida a pel pela a roupa. A mulher m ulher escon esconde de a atividad ativ idadee de de se seus centros centros infeinf eriores, mesmo quando estes desempenham um papel importante tan te na vida dela dela.. Tradicionalm Tradic ionalmente, ente, a humanidade humanidade exige exige que a mulher seja pura e casta. No princípio prin cípio “ M ” , pelo contrário, é acentuad acentuado o tudo tudo o que está apagado no “ F ” . Manifestamse impu impuls lsos os criadocriadores dos centros superiores e o esforço de realizálos no plano físico. físico. O elemento da razão e da lógi ló gica ca é mais mais pronunc pronunciado iado,, como também o uso da força física, tanto construtiva quanto destrutiva, sem que haja necessidade de sublinhar a atividade dos centros inferiores. Passemos a outro Arcano Maior correspondente — o 11° — que é o Arcano Arca no da força. Na lâmina, lâmin a, vemos uma moça moça que, sem nenh n enhum um esforço, abre a goela go ela de um leão. É o poder da força forç a “ F ” , quando quando espiritualizada. espiritualizada. Este Este poder poder é muito maior do que o de Sansão, que estraçalha as mandíbulas bulas do do leão. Uma Um a boa ilustração ilustra ção do poder dessa dessass duas duas modalidades de força é o conto bem conhecido sobre o vento e o so sol. O vento ven to e o sol discutiam discu tiam qual qua l dos dois conseguiría tirar tira r o casaco casaco das costas do peregrino pereg rino.. O vento, embora embora empregasse toda sua fúria, não o conseguiu, mas o sol, esquentando, fez com que o peregrino o tirasse por vontade própria. O 3o Arcano correspondente — o 20° — apresenta, na sua lâmina, um homem, uma mulher e uma criança, saindo de um túmulo túm ulo e elevandose pa para ra o alto. A sublimação subl imação dos princípios “ M ” e “ F ” é o primeiro prim eiro pass passo o para a realiza realização ção do futuro androginato espiritual. Dois de Ouros corresponde à Sefira da Sabedoria — Hokmah Hok mah e ao Nome Divino IAH. IAH . Essa Essa Sefira Sef ira é a primeira expressão da bipolaridade. Na alquimia, dois de Ouros corresponde a purificação
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Correspondências: SEFIRA BINAH e os Arcanos Maiores: 3o, 12° e 21° O número núme ro “ 3” pode ser considerado como o símbolo mais mais elementar da harmonia, pois a harmonia provén/'da união dos opostos e a trindade expressa o princípio de neutralização, isto é, unificação de dois elementos em um só. A harmonia, por sua vez, é a condição “sine qua non” de todo processo criativoevolutivo. É por causa disso que todos os sistemas de ensinamento esotérico são baseados no princípio trinário, e que este princípio existe em cada religião que possui uma base esotérica. No sistema sefirótico ele é simbolizado por três triângulos da Árvore Sefirótica; na Filosofia Hermética ele se expressa pelo pelo triân triângulo gulo do Arquétipo Arqu étipo “ EMESH” EMESH ” , formado pelas pelas três três letrasmães (ver (v er Arcanos Maiores) Maiore s) ; no Hermetismo Ético — pelo triângulo triângu lo “ A G L A ” , representan representando do os três tipos tipos de alm almas. No Arcano anterior, o discípulo já tinha separado, harmonizado e sublimado seu seus elementos internos “ M ” e “ F ” . A tarefa que o espera no 3o grau de Ouros é unilos, criando o andro an drogin ginato ato dentro dent ro de de si. Essa ssa criação cria ção é simbolizada pelo triângulo ascendente, ou seja, neutralização dos opostos, o que que permit pe rmitee alcançar alcança r um plano mais elevado. elevado. Visto do dos plapla nos superiores, o triângulo ascendente simboliza também a descida e a divisão da Força Primordial Criativa. A análise análise dos dos elementos elementos “ M ” e “ F ” , praticada no 2o 2o grau de Ouros, não é mais necessária no 3o grau e causaria somente um atraso na formação do ser humano completo. Procuremos nos Arcanos Maiores correspondentes as indicações sobre essa formação. O 3o Arcano Maior é o do ternàrio, tanto ascendente como como descend descendente ente.. O discípulo deve realizar real izar a neutraliz neut ralizaação ascendente, isto é, o estado em que as duas polaridades internas se unem harmoniosa e criativamente, resultando na passagem a um plano mais elevado. A sabedoria esotérica afirma que nada se cria, que tudo nasce asce Isto signif sig nifica ica que surge um novo conteúdo interno,