Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem 2.º Ano / 1.º Semestre
Recensão Crítica Aluna: Cláudia Nunes 2ª ano Leb
Referências bibliográficas: •
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Costa, Costa, João e Santos, Santos, Ana Lúcia, Lúcia, Editorial Editorial Caminho SA, Lisboa Lisboa 2003, capítulo I, II e IV do livro “A falar como os bebés” – o desenvolvimento linguístico das crianças (2ªedição); Sim-S im-Sim im,, Inês Inês,, 1998 1998,, Unive nivers rsid idad adee Aber Aberta ta núm número ero 158, 158, “O desenvolvimento da linguagem”. Papalia, D; Olds, S.W; Feldman, R.D; o Mundo da criança, Lisboa 8ª Edição Pedro, Pedro, João João Gomes; Gomes; Garcia Garcia,, Fernad Fernado o Torgal Torgal;; Pat Patríc rício, io, Madale Madalena: na: Carva Carvalh lho, o, Arna Arnald ldo; o; Fiad Fiadei eiro ro,, Inác Inácio io,, A comu comuni nica caçã ção o infa infant ntilil – O recém-nascido e a comunicação
Este livro retrata um grande tema abordado que é o desenvolvimento das crianças. A linguagem é um processo mental de manifestação do pensamento e de nature natureza za essenc essencial ialment mentee consc conscien iente. te. É um sistem sistemaa const constitu ituído ído por elementos que podem ser gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, que são usados para representar conceitos de comunicação, ideias, significados e pensamentos. O processo de aquisição da linguagem foi retratado ao longo dos tempos por vários autores. Segundo a teoria cognitiva são as capacidades cogni ognittivas ivas que dete determ rmin inam am a aqui aquissição ição da lin linguag guagem em,, ou seja, eja, o desenvolvimento linguístico depende das aquisições cognitivas. Um dos dos auto autore ress neoneo- cogn cognit itiv ivis ista tass foi foi Piag Piaget et que que defe defend nden endo do as teor teoria iass cogn cognit itiv ivis ista tas, s, cons consid ider eraa que que a aqui aquisi siçã ção o da ling lingua uage gem m é um fenó fenóme meno no que que deco decorr rree da evol evoluç ução ão psic psicol ológ ógic icaa das das cria crianç nças as,, ou seja seja,, consider dera que não faz faz sentido falar-se de aquisição da língua, independentemente da aquisição de outras capacidades cognitivas. 1
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Pelo contrário a teoria behaviorista, considera que o desenvolvimento lin linguís guísti ticco é indep ndepen end dent ente de outra utrass capac apacid idad ades es cognit gnitiiva vass. A aprend aprendiza izagem gem corres correspon ponde de então então á modifi modificaç cação ão de um compor comportam tament ento, o, sendo a linguagem desenvolvida por um comportamento verbal. Um dos autores behavioristas foi Skinner que considerava que a criança possuía capacidades gerais de aprendizagem, não específicas para a ling lingua uage gem, m, por por eles eles cons consid ider erad adaa um comp compor orta tame ment nto o de cari carizz verbal verbal,, modelado e reforçado pelos falantes adultos que privam com a criança e dialogam com ela, imitando-a. No entanto como vou referir depois nas teorias teorias inatistas, inatistas, um dos autores autores inatistas inatistas Chomsky Chomsky criticou criticou a teoria de Skin Skinner ner cons consid ider eran ando do que que “não “não faz faz muit muito o sent sentid ido o espe especu cula larr sobr sobree o processo de aquisição sem um melhor e mais profundo conhecimento do que é realmente adquirido”. A teoria inatista, sendo hoje considerada a mais actual , defende ao contrário dos behavioristas que o desenvolvimento da linguagem consiste na aprendizagem de respostas, através da imitação e do reforço. Para os defe defens nsor ores es do inat inatis ismo mo lingu linguís ísti tico co,, o dese desenvo nvolv lvim imen ento to da ling lingua uage gem m materializa-se na aquisição da gramática da língua que se justifica pela capa capaci cida dade de inat inataa que que a cria crianç nçaa poss possui ui quan quando do nasc nascee para para adqu adquir irir ir a linguagem. O autor Chomsky é um defensor da teoria behaviorista, considerando que que a cria crianç nçaa nasc nascee com com uma uma pred predis ispo posi siçã ção o gené genéti tica ca para para adqui adquiri rirr a linguagem, linguagem, materializ materializada ada na capacidade capacidade para extrair extrair regras regras gramaticai gramaticaiss daquilo que ouve. A esta capacidade Chomsky, chamou dispositivo para a aqui aquisi siçã ção o da ling lingua uage gem m (DAL (DAL). ). Na crít crític icaa que que fez fez a obra obra de Skin Skinne ner, r, Chomsky afirma que a criança ao adquirir a linguagem, num certo sentido, com base na observação reconstrói para si própria a gramática da língua que lhe é exposta. A autora Inês sim sim afirma como Chomsky, que a aqui aquissição ição da lingu inguaagem gem é o resul esulttado ado de um progr rogram amaa que que nos nos é transmitido geneticamente, sendo essa teria a que é considerada válida no mundo actual. O proc proces esso so de aqui aquisi siçã ção o da ling lingua uage gem m não não segue egue uma uma orde ordem m arbitrária. Existem fases de desenvolvimento, mas nem todas as crianças
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têm que passar por estas. Este processo é rápido, as crianças por volta dos cinco, seis anos, já são falantes bastante competentes da sua língua. Os bebés raramente reagem positivamente a correcções feitas por parte dos adultos em relação aos seus erros, umas vezes ignoram-nas simplesmente, outras repetem a correcção para de certa forma contentar o adulto, voltando a repetir o mesmo erro quando retomar o discurso. No entanto devem fazer-se brincadeiras e correcções, para estimular os seus comportamentos verbais. Como afirma Inês sim sim as crianças apenas em determinadas situações tentam corrigir o erro para que o adulto goste, mas passado um instante ela já faz o mesmo erro, visto que ela na altura entende o erro e corrige-o porque o pai a corrige, mas seguidamente repete o mesmo erro. Por Por volt voltaa dos três três anos anos de idad idade, e, toda todass as cria crianç nças as cons conseg egue uem m produzir com facilidade várias formas do uso de um verbo sem lhes ter sido mostrada as várias conjugações verbais existentes. Para formular regras as crianças são capazes de seleccionar dados relevantes, retirando o que não é necessário. Para a autora Inês sim sim as crianças são capazes de retirar regras da conjugação dos verbos e de as usarem sempre que elas tendem a conjugar um verbo. Assim no seu processo de aquisição, a criança vai descobrir que existem várias regras que se aplicam na sua língua, no entanto também tem que compreender que estas regras nem sempre são regulares. Inês Sim Sim refere que os erros de sobregeneralização aplicados pelas crianças por exemplo no verbo fazer que é um verbo irregular, é um processo eficiente para as crianças desenvolverem a sua linguagem. A linguagem da criança deve ser estimulada num período próprio, caso contrário pode ocorrer um processo de atrofiamento irreversível deste órgão biológico, o que inviabiliza o sistema de aquisição. Segundo a autora Inês sim sim existem crianças que tendem a recriar doenças como a afasia, que se designa pela perca total ou parcial para compreender e/ou produzir linguagem. Embo Embora ra muit muitos os auto autore ress cons consid ider erem em que que o “Pai “Paiés és”” é um fact factor or importante para a aquisição da linguagem da criança, este processo de fala
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não deve ser exclusivo, devendo-se igualmente falar de outra forma as crianças. Este discurso apresenta características específicas, tais como, frases curtas, articulação clara, entoação marcadamente expressiva, vocabulário simpl simplifi ifica cado do,, freq frequê uênc ncia ia redu reduzi zida da de cons constr truç uçõe õess com com subo subord rdin inaç ação ão,, prevalência de palavras carregadas de conteúdo semântico e um reduzido número de palavras cuja função é meramente gramatical, formas verbais simples, utilização de nomes. Assim o “Paiés” não deve ser utilizado exclusivamente quando os pais dialogam com as crianças, visto que este processo de linguagem não é suficiente para que elas adquiram a sua própria linguagem. Exis Existe tem m cria crianç nças as refe refere renc ncia iais is e ex expr pres essi siva vas, s, ou seja seja,, cria crianç nças as referenciais são aquelas que usam sobretudo nomes e muito poucos verbos, apenas para referir ou designar objectos que se encontram à sua volta, enquan enquanto to que as crianç crianças as expres expressiv sivas as utiliz utilizam am a língua língua para para expres expressar sar sentim sentiment entos os ou necess necessida idades des.. Outro Outro tipo tipo de crianç crianças, as, são os menino meninoss faladores que utilizam nas suas primeiras palavras nomes e substantivos, contrariamente aos de poucas palavras. Estas crianças utilizam um maior número de substantivos, visto que elas necessitam dessas palavras para designar os objectos que utilizam no seu dia-a-dia. Segundo os autores Bates, Dale e Thal os meninos faladores são mais telegráficos, isto é, as crianças faladoras tendem a utilizar palavras com conteú conteúdo do como como os subst substant antivo ivos, s, os verbos verbos ou os adject adjectivo ivos, s, omitin omitindo do muitas vezes palavras funcionais como que, de, mas, entre outras. Sendo essencialmente denotativos, isto é, ao utilizarem sobretudo a função função denota denotador dora, a, os falador faladores es empre empregam gam palavra palavrass isolad isoladas as nas suas suas primeiras produções, ou seja, analisam palavra a palavra, enquanto que os não faladores tendem a utilizar expressões feitas ou fórmulas, pois visto que eles utilizam maioritariamente a sua língua para expressar sentimentos, não tendem a começar pelas palavras isoladas. Os meninos não faladores usam bastante a entoação para expressar uma afirmação, pergunta ou ordem, consoante a entoação que lhe for dada, enquanto os meninos faladores optam por tratar primeiro a organização dos sons às palavras. 4
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De qualquer forma, muitos autores consideram que apesar destas cara caract cter erís ísti tica cass indi indivi vidu duai aiss sere serem m impo import rtan ante tess para para a aqui aquisi siçã ção o da lin linguag guagem em,,
també ambém m
fac factore toress
não não
lingu inguíístic sticos os,,
como, omo,
os
fact actores ores
demo demogr gráfi áfico coss (o sexo sexo do bebé bebé), ), tendência tendências s individua individuais, is, caracte característ rísticas icas individuais de personalidade, ritmos individuais de desenvolvimento, entre outros factores, conduzem e interagem com os diferentes processos de aquisição linguística. Segundo a autora Inês Sim Sim e clarificando a frase anterior, apesar de as crianças possuírem as características individuais que são são rele releva vant ntes es para para o proc proces esso so de aqui aquisi siçã ção o da ling lingua uage gem, m, o meio meio envolvente da criança também é um factor fulcral para que as crianças se dese desenvo nvolv lvam am oral oralme ment nte. e. Aliá Aliáss segun segundo do Chom Chomsk sky, y, a capa capaci cida dade de que que a criança tem para adquirir o seu processo de fala depende exclusivamente de um mecanismo inato, que também deve ter em conta o meio e os estímulos que a criança recebe de forma a adquirir a sua própria linguagem. Muitos autores confirmam que a criança já na barriga da mãe reage a sons exteriores, ouvindo diariamente a voz da sua mãe. Inês Sim-Sim relata no seu livro a capacidade que o recém-nascido tem para diferenciar o que é ou não uma voz humana, identificando muito cedo a voz da mãe distinguindo entre entoações que expressam ternura e zanga, comprovando assim a capacidade precoce para o reconhecimento de padrões de fala. Os feto fetoss cons conseg egue uem m aind aindaa discr discrim imin inar ar difer diferen ente tess tipo tiposs de sons sons,, conf confir irma mand ndo o que que a rela relaçã ção o entr entree a ling lingua uagem gem come começa ça bast bastan ante te cedo cedo,, dissociando-se como alguns autores explicitam a diferença entre o que os bebés produzem e aquilo que eles compreendem. Segundo a autora Inês Sim-Sim o vocabulário que as crianças reconhecem é largamente superior ao que ela produz, aumentando a distância entre a compreensão e a produção á medida que o bebé cresce. O autor S.W Feldman afirma que antes de as crianças produzirem as suas primeiras palavras, produzem sons denominados como discurso pré linguístico, começando com o choro. Nos primeiros anos de vida a criança chora, sendo considerado um processo de aquisição de aquisição de linguagem, que desde os primeiros anos de vida constitui uma forma de comunicar, elucidando um conjunto diferentes sentimentos a partir do choro. Para Inês Sim-Sim o choro é a 5
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prim primei eira ra manif manifes esta taçã ção o sono sonora ra prod produz uzid idaa pelo pelo bebé bebé e, sem sem dúvi dúvida da,, a primei primeira ra forma forma de comun comunica icação ção do recém-n recém-nasc ascido ido,, reflec reflectin tindo do o estado estado biológico da criança. Segundo os autores do artigo da Comunicação Infantil o choro é de todos os sinais do corpo a mais óbvia, proporcionado que o bebé consiga chamar a atenção pelo choro dos pais, mesmo que haja silêncio em casa. Dos divers diversos os conhec conhecime imento ntoss que adquir adquirii na Unidad Unidadee curric curricula ularr de Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem, leva-me a afirmar que o choro é a forma que os bebés encontram para comunicarem com os adultos, principalmente com os seus pais, pois para cada sentimento que querem transmitir emitem um tipo de choro diferente A produção de sons, iniciada com o choro, atinge o estádio final na articulação da fala, visto não como uma sequência de sons produzidos independentemente, mas sim como um continuum sonoro, resultante de movimentos fisiológicos envolvidos na passagem do ar pelos órgãos do aparelho fonador. Os balbucios da criança não tem de ser exclusivamente para referir entidades, entidades, pois a criança criança pode estar apenas a exercitar exercitar diferentes diferentes tipos de sons. Quando a criança emite um som num determinado contexto com uma intenção comunicativa específica então pode ser interpretado como uma palavra. Tomemos como exemplo, se o bebé pronuncia
na presença da sua mãe, pode-se considerar que ela utiliza a sequência de sons referindo-se a sua mãe. Ainda na fase dos balbucios, as crianças já reconhecem o seu próprio nome, são capazes de reconhecer algumas palavras inseridas no meio de uma frase e também de associar alguns significados a palavras. Numa primeira fase as crianças já conseguem identificar diferentes palavras,
independentemente
de
lhe
fazerem
ou
não
sentido,
discriminando-as de outras e estabelecendo algumas relações entre som e sign signif ific icad ado, o, tamb também ém já asso associ ciam am pala palavr vras as a obje object ctos os,, torn tornan ando do-s -see fascinante observar a capacidade que elas têm de associar sons a objectos ainda numa fase tão pequena. As primeiras palavras das crianças são formadas por sílabas com um formato simples que são geralmente repetidas ou reduplicadas. Nesta fase, 6
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as crianças ainda não produzem frases com sílabas fechadas, isto é, sílabas que terminem numa consoante. Não obstante como foi referido as crianças partem de estruturas mais simples para as mais complexas. A autora Inês Sim-Sim explicita que a estrutura reduplicada de consoante/vogal que é uma das características do processo de lalação da criança, estabelece na combinação de consoante/vogal e
repetida
em
cadeia
como
em
De seguida a estrutura reduplicada de consoante/vogal, característica da lalação, dá lugar a produções de não reduplicação como e . Nesta fase, as crianças também utilizam essencialmente substantivos pelo facto de serem as palavras com uma maior força denotativa; não produzem ainda sílabas terminadas em consoante e as suas produções iniciais são essencialmente holofrásicas, isto é, caracterizam-se por conter apenas uma palavra, sendo difícil detectar o conhecimento morfológico e sintáctico. Para Inês sim sim o período holofrásico, marca um certo nível de domínio lexical e para muitos autores, corresponde às primeiras manifestações do que virá a ser o conhecimento sintáctico. Por volta dos 12 meses, os bebés já produzem eficientemente cerca de 10 palavras, todavia se as crianças com essa idade ainda balbuciam não terá de ser um motivo de preocupação, visto que como foi referido no capítulo anterior, ela pode ser apenas um menino de poucas palavras. Entre os 12 e dezoito meses o número de palavras cresce de 10 para 50, sendo que estas palavras são geralmente as que rodeiam as crianças, tomando como como exempl exemplo, o, as palavr palavras as < <>, >, <>, >>, <<água>> <<água>>,, etc. etc. Devido Devido aos pais pais utiliz utilizare arem m palavr palavras as básica básicass para para conver conversar sarem em com as crianças, elas tendem então a utiliza-las no seu input com uma maior frequê frequênci ncia. a. As suas suas primei primeiras ras produç produções ões reflec reflectem tem um nível nível básico básico da organi organizaç zação ão do léxico léxico,, podend podendo o existi existirr casos casos de sobre sobregen genera eraliz lizaçã ação o de significados. A nível dos sons, as crianças nas suas construções iniciais produzem essencialmente consoante oclusivas, como o [p] [t] [k] [b] e [d], embora ainda não sejam capazes de produzir consoantes fricativas. Desta forma serão capazes de dizer pa para pato, e ta para chave, substituindo o som fricativo para um som oclusivo mais próximo. 7
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A explosão do vocabulário dá-se normalmente durante d urante o segundo ano de vida das crianças. A maior parte das palavras que as crianças produzem dura durant ntee esta esta fas fase são são nome nomes, s, ve verb rbos os como como dorm dormir ir e come comer, r, algu alguns ns adjectivos e até advérbios como depressa e muito. As frases formadas pelas crianças nesta altura são tipicamente frases de 2 palavras, tendendo a começar a flexionar algumas formas verbais e a aplicar algumas regras gramaticais. Cons Consta tato tou-s u-see ante anteri rior orme ment ntee que que ex exis iste te uma dife difere renç nçaa entr entree a compressão e a produção que as crianças fazem, visto que entendem muito mais do que aquilo que dizem e isso manifesta-se a todos os níveis como na sua formação de frases. Nas primeiras frases as crianças combinam duas palavras que podem ser utiliz utilizada adass para para descr descreve everr difere diferente ntess relaçõ relações; es; não comete cometem m muitos muitos erros na ordem das palavras de forma a construírem as frases e as frases produzidas apresentam traços gramaticais comuns, devido às propriedades inatas e gerais do processo de linguagem. Nas frases iniciais simples as crianças já fazem perguntas, passando pela «fase dos porquês». Do ponto de vista da curiosidade da criança, é evidente que esta fase corresponde a uma das grandes descobertas e exploração do mundo, sendo natural que a criança tenha de facto necessidade de obter explicações. Estas Estas primei primeiras ras frases frases são simple simples, s, não ocorr ocorrend endo o proces processos sos de subordinação e invulgarmente conseguem construir frases passivas Segu Segund ndo o Inês Inês sim sim sim, sim, a cria crianç nçaa só adqui adquire re este estess proc proces esso soss de aquisição da linguagem nos primeiros anos de escolaridade. Por volta dos 3 anos de idade, as crianças possuem capacidade para produzir frases com várias categoriais gramaticais, surgindo, frases com artigos, frases com preposições e frases com alguns pronomes átonos. Nesta fase as crianças tendem também a utilizar a expressão “é que” nas frases interrogativas. Apesar de todos estes avanços da criança, elas ainda não correspondem inteiramente aquilo que os adultos produzem. Ainda nesta fase, as crianças tendem como referi anteriormente a fazer grandes generalizações, utilizando as mesmas regras gramaticais para todo o tipo de frases que constróem. Podemos dar como exemplo: eu dormo em vez de eu durmo. 8
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Segundo Inês Sim Sim, entre os quatro e os cinco anos de idad idadee começ começam am a surg surgir ir comb combin inaç açõe õess de frase frasess com com recu recurs rsos os a conectores temporais e causais Por volta dos 5 anos de idade para algumas pessoas, torna-se claro que as crianças já chegaram ao ponto final da aquisição da linguagem, sendo portanto falantes competentes na sua língua. No entanto, existem indicadores que afirmam que o processo de aquisição da linguagem só term termin inaa na adole adolesc scên ênci cia. a. Segu Segund ndo o João João Cost Costaa e Ana Ana Lúci Lúciaa Sant Santos os a adolescência é o ponto em que a aquisição da linguagem estabiliza, uma vez que só por esta altura são denominados eficientemente alguns aspectos mais sofisticados da gramática. Os pais pais e educ educad ador ores es tent tentam am semp sempre re ensi ensina narr às cria crianç nças as os mecanismos e fórmulas para utilizar a sua língua de forma educada. Desta forma, é necessário que a meio onde a criança se insere seja propícia a aquisição da linguagem. Segundo Segundo o linguista linguista Paul Grice, a comunicaç comunicação ão entre pais e filhos ou entr entree educ educad ador ores es e as cria crianç nças as para para que que seja seja bem bem suce sucedi dida da tem tem que que respeitar determinados princípios da natureza pragmática, sendo estes: o princípio da relevância em que a informação que damos deve ser relevante para determinado diálogo, o princípio de quantidade em que a informação deverá deverá ser apenas a solicitada solicitada,, o princípio princípio de qualidade, qualidade, valorizando valorizando que a infor informa maçã ção o que que os pais pais ou educ educad ador ores es pres presta tam m a cria crianç nçaa deve deverá rá ser ser verdadeira, e por ultimo o principio de modo que refere que deveremos sempre utilizar a informação de forma adequada. Os educadores podem ensinar as crianças mecanismos e fórmulas para a criança adquirir a linguagem através de jogos educativos. Este livro apre aprese sent ntaa dive divers rsos os jogo jogoss ling linguí uíst stic icos os que que pode podem m ser ser fulc fulcra rais is para para a aquisição linguística. A apresentação de cada jogo é acompanhada de quatro tipos de infor informa maçã ção: o: a capa capaci cidad dadee-al alvo vo que que expl explic icit itaa se o jogo jogo irá irá ex exer erci cita tarr o conhec conhecime imento nto linguí linguísti stico co ou a consc consciên iência cia linguí linguísti stica; ca; o conhec conhecime imento nto exercitado que irá clarificar se o jogo trata o conhecimento fonológico, morfológico, sintáctico, semântico ou do conhecimento relativo ao léxico; o tipo de tarefa que explicitará o jogo que a criança terá de desempenhar e 9
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desenvolver e por fim a idade-alvo que designa a idade das crianças pela qual o jogo deverá ser dinamizado Este livro “ A falar com os bebés” proporciona a quem o lê um conhecimento bastante alargado acerca do desenvolvimento da criança. Ao ser um texto com uma linguagem acessível permite que todo o tipo de leit leitor ores es poss possaa usuf usufru ruir ir do seu seu cont conteú eúdo do e das das info inform rmaç açõe õess que que ele ele transmite. Poss Posso o sal salient ientar ar aind ainda, a, que os jogos gos que que o livr livro o cont contém ém são actividades bastante potenciadoras para o desenvolvimento linguístico das crianças. Enqu Enquan anto to futu futurros prof profis issi sion onai aiss de Educ Educaç ação ão esta estass acti activi vida dade dess linguísticas são fulcrais e útil para exercer futuramente a minha profissão, quer seja como futuro professor ou educador de infância. Para concluir posso afirmar que as crianças são alvo de características genéticas que são fulcrais para o seu desenvolvimento da linguagem. No entanto, se o meio não for propício a esse desenvolvimento a criança terá mais dificuldades na sua aprendizagem. As educadoras, os pais e os seus professores devem portanto criar um ambi ambien ente te ling linguí uíst stic ico o efic eficie ient ntee para para que que esta estass dese desenv nvol olva vam m a sua sua linguagem de uma forma correcta e assertiva.
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