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OPERANDO NA BOLSA COM A ANÁLISE TÉCNICA Aprenda a Lucrar no Mercado de Ações com o Auxílio dos Gráficos
APRESENTAÇÃO Seja muito bem vindo ao universo da Análise Técnica. Meu nome é Edison Pastoriza, atuo como investidor e analista gráfico há mais de cinco anos e venho me dedicando ao ensino de novos investidores sobre as nuances e possibilidades de ganho junto ao mercado financeiro. Se você deseja aprofundar seus conhecimentos a respeito do funcionamento do mercado de ações brasileiro, sugiro que você adquira o DVD sobre o curso de Introdução ao Mercado de Ações - Como Obter Sucesso nas Operações de Mercado. Duas correntes de pensamento se destacam por seus métodos de investir no mercado de ações: a análise fundamentalista e a análise técnica. Os fundamentalistas tomam suas decisões de compra e venda baseadas na situação da empresa dentro do setor econômico ao qual pertence, utilizando-se de balanços, relatórios e de dados sobre a economia do país. Os analistas gráficos, por sua vez, atuam no mercado realizando projeções futuras dos preços dos ativos por meio de gráficos. O bom investidor é aquele que se apercebe de que essas duas correntes se completam. Mas como saber se o preço de uma ação irá cair ou subir? É justamente nesse ponto que a análise técnica leva vantagem em relação a análise fundamentalista, uma vez que ao estudar a movimentação dos preços através do gráficos, ela está, nada mais nada menos, do que captando a movimentação dos insiders do mercado, pois somente os gráficos conseguem gravar a sequência diária dos preços das ações. Através dos gráficos podemos observar a atuação dos insiders face a um acontecimento diretamente relacionado com a empresa, seja uma fusão com outra empresa, novos produtos lançados, distribuição de dividendos ou mudança no controle acionário, dentre outros aspectos, ainda que o fato em si não tenha sido divulgado para a maioria dos investidores e ao mercado como um todo. Além disso, podemos acompanhar pelos gráficos as principais fases de movimentação da ação: a acumulação que antecede umaao altaseeinteressar a distribuição que éapostila o prenúncio de uma baixa. Pois bem, por esta você está se destacando da multidão de amadores que não detém o conhecimento da movimentação dos insiders. Além disso, você optou por tomar a decisão certa de se tornar um investidor de sucesso e a agir e pensar da maneira como os grandes traders do mercado. Parabéns! Os objetivos propostos para este assunto são: Habilitar o novo trader a investir em ações, utilizando a análise técnica (gráfica); Auxiliar o novo trader a decidir o melhor momento para comprar, vender ou ficar de fora do mercado; e Avaliar o risco de uma operação em relação ao retorno esperado por meio do Gerenciamento • •
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de Risco. O nosso maior objetivo, porém, é abrir a mente do novo investidor, mostrando que é possível obter lucro no mercado de ações com a utilização dos gráficos e não ficar preso somente aos relatórios disponibilizados pelas empresas ou notícias veiculadas na mídia, até porque, na maioria das vezes, quando a informação já se tornou pública, é sinal de que as melhores oportunidades passaram e o grandes traders já realizaram seus lucros.
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ÍNDICE 1 – INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................ 2 – HISTÓRICO DA ANÁLISE GRÁFICA ................................................................................................................ ORIENTE ................................................................................................................................................................. OCIDENTE .............................................................................................................................................................. 3 – TEORIA DE DOW .................................................................................................................................................. 1º PRINCÍPIO .......................................................................................................................................................... 2º PRINCÍPIO .......................................................................................................................................................... 3º PRINCÍPIO .......................................................................................................................................................... 4º PRINCÍPIO .......................................................................................................................................................... 5º PRINCÍPIO .......................................................................................................................................................... 6º PRINCÍPIO .......................................................................................................................................................... 7º PRINCÍPIO .......................................................................................................................................................... 8º PRINCÍPIO ......................................................................................................................................................... 9º PRINCÍPIO ......................................................................................................................................................... 10º PRINCÍPIO ........................................................................................................................................................
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4 – TIPOS DE GRÁFICOS ........................................................................................................................................... GRÁFICO DE BARRAS .......................................................................................................................................... GRÁFICO DE CANDLESTICKS ........................................................................................................................... ESCALAS .................................................................................................................................................................. VOLUME E PERIODICIDADE ............................................................................................................................. 5 – SUPORTE, RESISTÊNCIA E LINHAS DE TENDÊNCIA ................................................................................. SUPORTES E RESISTÊNCIAS ............................................................................................................................... OSCILAÇÃO DO ATIVO ....................................................................................................................................... LINHAS DE SUPORTES E RESISTÊNCIAS ......................................................................................................... LINHAS DE TENDÊNCIA ..................................................................................................................................... TÉCNICA DA PROJEÇÃO ..................................................................................................................................... 6 – FIGURAS DE CONTINUAÇÃO ..........................................................................................................................
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TRIÂNGULOS RETÂNGULOS ......................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ BANDEIRAS E FLÂMULAS ................................................................................................................................... 7 – FIGURAS DE REVERSÃO ......... ......................................................................................................................... OMBRO-CABEÇA-OMBRO ................................................................................................................................... TOPOS E FUNDOS DUPLOS ................................................................................................................................ GAP ........................................................................................................................................................................... ILHA DE REVERSÃO ............................................................................................................................................. 8 – INDICADORES TÉCNICOS ................................................................................................................................. MÉDIA MÓVEL ....................................................................................................................................................... CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA DE MÉDIAS MÓVEIS (MACD) ........................................................... BANDAS DE BOLLINGER ..................................................................................................................................... ÍNDICE DE FORÇA RELATIVA (IFR) .................................................................................................................. ESTOCÁSTICO ....................................................................................................................................................... 9 – GERENCIAMENTO DO RISCO .......................................................................................................................... MONEY MANAGEMENT ...................................................................................................................................... 10 – ESTRATÉGIA OPERACIONAL ........................................................................................................................ RETORNO X RISCO .............................................................................................................................................. PERFIS DO INVESTIDOR ..................................................................................................................................... ANÁLISE TÉCNICA PASSO A PASSO ................................................................................................................. CONCLUSÃO ................................................................................................................................................................ BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................
21 23 25 27 27 29 30 31 32 32 34 34 35 37 39 40 42 43 43 44 45 46
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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO “Você pode ser livre. Você pode viver e trabalhar em qualquer lugar do mundo. Você pode ser independente em relação à rotina e não prestar contas a ninguém. Esta é a vida de um operador de mercado bem-sucedido.“ Este trecho retirado do livro “Como se Transformar em um Operador e Investidor de Sucesso”, do Dr Alexander Elder, deve ser repetido por nós todos os dias da seguinte maneira: “Eu quero ser livre, viver e trabalhar em qualquer lugar do mundo. Quero ser independente em relação à rotina e não prestar contas a ninguém. Esta é a vida que quero ter”. Todavia, fazer lucro na bolsa não é para qualquer um. Dispende tempo, trabalho e sacrifício, mas a recompensa é infinitamente maior. A escola técnica não tenta medir o valor intrínseco de um ativo. Em vez disso, procura padrões e indicadores gráficos que podem determinar o seu desempenho futuro. Dessa forma, a análise técnica baseia suas operações somente com dados produzidos pelo próprio mercado, utilizando estatísticas das movimentações dos preços e volume. Um aspecto importante é que ela não leva em consideração os fatores macro e microeconômicos, pois acreditam os analistas técnicos que todas as informações necessárias para analisar um ativo já estão embutidas no seu preço. A análise gráfica vem se tornando mais popular nos últimos anos, pois diversos investidores que utilizam esta poderosa ferramenta já foram e continuam sendo bem sucedidos no mercado, mesmo sem entender os negócios das empresas nas quais estão investindo e devido ao fato de que, na maioria das vezes, as recomendações advindas desse tipo de análise são extremamente precisas. Os ganhos obtidos por meio da análise técnica costumam depender de certos parâmetros, dentre eles o fator tempo, onde o valor justo nada mais é do que o momento em que o gráfico sinaliza para o investidor assumir uma posição compradora. Além disso, a análise técnica possui uma característica exclusiva que é o poder de detectar o começo dos movimentos dosdopreços, tempo em que nãoo ignora, maneira o desempenho da empresa dentro setor ao ao mesmo qual pertence e perante mercadodecomo umalguma, todo, pois a partir do momento em que acredita que todas as informações já estão embutidas no preço, permite chegar à conclusão de que o preço também pode ser entendido como resultado da ação de todos os participantes que atuam no mercado (quem sabe, quem não sabe, achistas, analistas, etc). O gráfico de preços é apenas a representação final de todas essas informações e o preço do ativo em si o consenso de todos os participantes. Dentre as suas vantagens, podemos destacar: Menor custo, pois os gráficos de cotações estão disponíveis na maioria das corretoras ou podem ser encontrados na internet de forma gratuita; Possibilidade de analisar maior número de ativos, bastando apenas selecionar o código do ativo que se deseja estudar; Requer menor tempo para análise do que a fundamentalista porque todas as informações já estão contidas nos preços, restando apenas interpretá-los; Nos dá o timing da operação, ou seja, determina o “quando” operar; É de fácil compreensão e uso, desde que seja constantemente praticada; e Permite realizar a projeção futura do preço e o uso de stops de proteção. Suas desvantagens, porém, são as seguintes: É ruim para o longo prazo pelo fato de que o ativo pode oscilar muito, tornando-se menos rentável; Não é recomendada para operações com grandes lotes. Como a análise técnica é mais rentável no curto e médio prazos, se o investidor adquirir lotes muito grandes talvez não consiga liquidá-los no timing ideal. •
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Levando-se em conta que os preços se formam livremente pela oposição de forças entre a oferta e a demanda, o analista técnico assume que tudo o que lhe interessa é a movimentação do preço como sendo a resultante da ação de todos os participantes que atuam no mercado: o especulador, o fundamentalista, o investidor de curto prazo, o leigo, o profissional, o insider , o investidor de longo prazo e o técnico. Ao analisá-lo, poderá detectar a força predominante. E é somente com a interpretação dos gráficos que o analista consegue interceptar um movimento provocado por um investidor que possui informações privilegiadas. O gráfico não esconde esses movimentos. Dessa forma, a análise técnica auxilia o trader a desenvolver uma técnica que permita detectar o atual e provável movimento futuro dos grandes investidores. Através dos gráficos podemos observar o comportamento dos insiders, identificando as fases de acumulação que antecedem as altas e as fases de distribuição que antecedem as baixas, uma vez que o gráfico consegue gravar a sequência dos movimentos diários de preços das ações.
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CAPÍTULO 2 – HISTÓRICO DA ANÁLISE GRÁFICA ORIENTE
Em 1654, surge a primeira bolsa de futuros que se tem conhecimento, a Bolsa de Osaka, onde eram realizados negócios com mercadorias, principalmente o arroz. Também conhecida como Dojima, essa bolsa do arroz era operada pelos mercadores japoneses que viam no arroz, alimento mais consumido na época, uma oportunidade de enriquecimento. É exatamente neste ambiente que o cidadão de alcunha Munehisa Homma veio a se tornar um dos homens mais ricos do mundo em meados de 1750, a ponto de ser reconhecido no mercado financeiro como “Deus dos Mercados”. Homma, de notável visão de futuro e voltado para o seu objetivo de tornar-se independente financeiramente, enviava “olheiros” para as principais estradas que vinham do interior do Japão e davam acesso à capital para lhe passarem a informação de como estava a colheita do arroz. Se as carroças que continham o alimento vindo do interior estavam cheias de arroz, aquilo significava que a oferta seria suficiente para atender a demanda da população da cidade grande. Mas se elas estivessem com pouca quantidade, ele interceptava os produtores rurais no meio do caminho e comprava toda a mercadoria. Assim, com uma banca de venda de arroz no mercado, Munehisa vendia o alimento por preços elevados, pois era o único que possuía aquela mercadoria quando o arroz acabava em outras bancas. Sabe-se, ainda, que ele também foi o precursor da metodologia Candlestick para analisar o sobe-e-desce do preço do arroz. OCIDENTE
No Ocidente, encontramos Charles Henry inscritos Dow como sendoa considerado o “Pai” financeiro moderno. Seus artigos financeiros, durante sua permanência no do Thejornalismo Providence Journal e posteriormente como editor do Wall Street Journal, serviram de base para a chamada Teoria de Dow que pode ser aplicável aos gráficos dos mais diversos ativos financeiros. Dow trabalhava no The Providence Journal, em Rhode Island, junto com Edward Jones, em 1880. Em 1882, fundaram a “Dow Jones & Company”, um informativo que divulgava cotações e notícias econômicas do mercado bursátil de Nova York. Em 1884, Dow teve a idéia de usar a média de preços de um grupo de ativos para prever a tendência do mercado, criando um índice composto de 11 ações, sendo 9 de ferrovias e 2 de indústrias. Em 1889, Dow e Jones tornaram-se os primeiros editores do The Wall Street Journal. A partirpara de 1897, o índiceindustrial Dow-Jonese passou a ser calculado forma dual,deisto separadas os setores ferroviário, cada umade composta 12é, ecom 20 médias ações, respectivamente. A base da teoria de Dow que conhecemos hoje foi organizada por Samuel A. Nelson, repórter do Wall Street Journal durante o período de Dow como editor. William Peter Hamilton, sucessor de Dow no Wall Street, modificou DJIA(Dow–Jones Industrial Average) para o número de 30 ações em 1928. Quem organizou e difundiu definitivamente a Teoria de Dow foi Robert Rhea, em seu livro “The Dow Theory”, publicado em 1932. Podemos considerar a década de 30, pós-quebra da Bolsa de Nova Iorque, como sendo a época dourada da análise técnica, onde tivemos inúmeros estudiosos e criadores de outras teorias e ferramentas que são utilizadas pelos analistas técnicos até hoje, como por exemplo, os ilustres Ralph 5
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Nelson Elliot e Welles Wilder Jr, criadores, respectivamente, da teoria das Ondas de Elliot e do Índice de Força Relativa, Parabólico Sar e Oscilador Estocástico, dentre outros. Cabe ressaltar que coube a Steve Nison, em 1990, trazer ao ocidente o gráfico de candlestick inventado por Munehisa Homma.
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CAPÍTULO 3 – TEORIA DE DOW Conforme dito anteriormente, a teoria de Dow não foi escrita pelo próprio Charles Henry Dow, mas sistematizada e difundida por outros estudiosos do mercado financeiro nos anos 30. A teoria pode ser enunciada de uma forma bastante simples, sintetizadas em dez princípios, os quais veremos a seguir. 1º PRINCÍPIO
As médias e os preços descontam tudo, exceto os atos de Deus. Esse princípio nos diz que todas as informações de que necessitamos estão embutidas nos preços. Dessa forma, interpretamos que a situação presente é a antecipação do futuro e não um reflexo do passado, ou seja, aquilo que acontece hoje serve de base para operarmos no futuro, uma vez que as oscilações diárias têm embutidas eventos futuros, desconhecidos pela maioria dos participantes. Sempre que ocorre um evento desconhecido por todos, num primeiro momento ele provoca fortes oscilações nas cotações do ativo que são logo seguidas de reajustes até uma nova zona de normalidade. Observe abaixo o gráfico da Gol um mês antes do acidente ocorrido entre o jato Legacy e o avião da companhia, ocorrido em setembro de 2006.
Figura 3.1: Gráfico diário da GOLL4.
Um volume incomum poderia ter sinalizado um evento futuro, o que de fato ocorreu. Mas a pergunta que fica é: o que significa esse alto volume? Se fosse um ato de Deus, será que o gráfico mostraria alguma anormalidade? Reflita e tire suas próprias conclusões. 2º PRINCÍPIO
O mercado deve ser sempre analisado como sendo composto de três movimentos, todos se desenvolvendo ao mesmo tempo: O curto prazo, representado pela movimentação diária do preço dos ativos; O médio prazo, com duração de duas semanas a um mês ou alguns meses; e • •
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O longo prazo que dura aproximadamente quatro anos, sendo este último considerado o ciclo médio da economia capitalista. É um princípio que está intimamente ligado ao tempo. •
3º PRINCÍPIO
Podemos identificar no gráfico de preços as três tendências que serão citadas na ordem decrescente de força que simbolizam o mercado: Tendência primária ou histórica, a qual pode apresentar algumas reversões ao longo do período (1 ano ou mais) que não afetam a trajetória principal do ativo e que não permite nenhum tipo de manipulação de preço. É o retrato fiel de sua situação. •
Figura 3.2: Tendência primária ou histórica.
Tendência secundária ou intermediária, representada pelas reversões (3 semanas ou mais) citadas anteriormente e que normalmente acompanham a tendência original do ativo. •
Figura 3.3: Tendência secundária ou intermediária. 8
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Tendência terciária, formada por pequenas correções (1 dia a 3 semanas) nos preços dos ativos e que sofrem influência direta da especulação em torno dos mesmos. •
Figura 3.4: Tendência terciária.
4º PRINCÍPIO
O mercado de alta compõe-se de três fases: •
que antecede uma fase alta dissimulada dos preços, na vão ofazendo suas posições Anoacumulação papel, comprando e vendendo de de forma paraqual queoso insiders preço seja mais baixo possível. Normalmente se segue após uma baixa considerável nos preços e é difícil de ser identificada pelos analistas. A alta proporiamente dita, onde já existe um consenso entre os profissionais que atuam no mercado, os quais têm o interesse em que o preço do ativo suba para que seja realizado o lucro. É nesta fase que os analistas devem identificar as oportunidades de entrada no papel para tentar acompanhar a ação dos insiders, uma vez que estes não escondem mais o seu real interesse pelo ativo. A euforia é a fase que encerra o ciclo de alta, pois acontece a entrada maciça dos out outsiders com consequente elevação dos níveis de preços a patamares insustentáveis pelo mercado. Nesta fase, os insiders já estão de fora do mercado e os analistas começando a encerrar suas posições. •
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5º PRINCÍPIO
O mercado de baixa compõe-se de três fases: A distribuição, onde os analistas se desfazem da ação ainda com preço alto. Os gambles, por sua vez, acham que a alta ainda vai continuar e a grande parte dos insiders já deixou o mercado. A baixa propriamente dita, onde o público em geral acredita ser um reajuste para posterior alta e os gambles percebem que o papel não sobe de preço. O pânico, última fase do ciclo, onde os gambles vendem de forma desordenada causando uma rápida depressão nos preços. É uma fase de liquidez estreita e com grande quantidade de vendedores. •
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6º PRINCÍPIO
As médias devem se confirmar (convergir), como por exemplo, as ações ON e PN de uma mesma empresa ou ainda o uso de dois índices parecidos como o Ibovespa e o IBrX-50. Observe nos gráficos abaixo que na mesma faixa de preços, em um mesmo período de tempo, as informações são muito semelhantes, ratificando o 6º princípio.
Figura 3.5: Comparação entre os gráficos do Ibovespa e do IBrX-50.
7º PRINCÍPIO
O volume acompanha a tendência. Se o preço sobe acompanhado de alto volume, isso quer dizer que a avaliação do mercado é forte para cima. Se o preço estiver caindo com volume alto, significa que a avaliação do mercado é forte para baixo. Agora, se o preço estiver subindo acompanhado de baixo volume, isso quer dizer que o mercado está fraco para cima, da mesma maneira se o preço estiver caindo com baixo volume, sinalizando que o mercado está fraco para baixo e que em ambos os casos pode haver uma reversão na tendência. Quando o preço se afasta de uma linha de tendência que sinaliza alta, acompanhado de volume crescente, ele confirma essa tendência. Toda a vez que o preço recua em direção à linha de tendência, o volume tem que diminuir, confirmando também a tendência em andamento. A partir do momento em que o volume não acompanha o aumento no preço, estamos diante de uma provável sinalização contrária, ou seja, de uma provável reversão da tendência original. Isso serve tanto para o mercado de alta quanto para o mercado de baixa. Já diz uma velha expressão utilizada no mercado que “festa boa é festa agitada”, que vai ao encontro do 7º princípio. 8º PRINCÍPIO
O mercado de lado pode aparecer nos movimentos secundários, indicando que a pressão de compra e venda está mais ou menos equilibrada. Esses movimentos podem representar uma parada do preço do ativo para tomar fôlego e posteriormente prosseguir na direção da tendência prévia ou simbolizar fases de acumulação e distribuição. 10
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9º PRINCÍPIO
Deve-se usar somente os preços de fechamento. É em cima dele que os traders estabelecem seus planos de atuação para o dia seguinte. Existe um certo ditado empregado no mercado de ações que diz que “a abertura é dos tolos e o fechamento dos espertos”. É um princípio fundamental para a nossa sobrevivência no mercado. 10º PRINCÍPIO
Deve-se presumir que uma tendência será mantida até que se tenha uma sinalização definitiva de sua reversão. Em uma tendência de alta encontramos topos mais altos e fundos mais altos. Devemos presumir que essa tendência seja mantida até que se tenha a sinalização da sua reversão, no caso, a quebra de um fundo importante, conforme se vê na figura.
Figura 3.6: Reversão na tendência de alta.
Na tendência de baixa ocorre o inverso. A baixa se caracteriza pela formação de topos mais baixos com fundos cada vez mais baixos e a quebra de um topo importante sinaliza definitivamente a sua reversão.
Figura 3.7: Reversão na tendência de baixa.
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CAPÍTULO 4 – TIPOS DE GRÁFICOS Gráfico é a forma de representar pictograficamente no plano cartesiano o que acontece com um ativo em um período de tempo. Os gráficos mais comuns na análise técnica são os gráficos de barras e de candlesticks. GRÁFICO DE BARRAS
Na análise técnica utilizamos os gráficos para identificar oportunidades de compra e de venda de ativos. O tipo de gráfico mais utilizado é o de barras. Este, por sua vez, é a representação do preço do ativo em função do tempo. O eixo “X”representa a variável tempo e o eixo “Y” o preço do ativo. No gráfico de barras, cada barra de preço contém as informações do preço do ativo considerado em uma determinada periodicidade. O preço de abertura é representado por um “tique” do lado esquerdo da barra e significa o valor do ativo na abertura do pregão. É a opinião dos amadores. A máxima é o ponto mais alto da barra e significa o auge do poder dos compradores (“touros”). A mínima é o ponto mais baixo da barra de preço e significa o valor mínimo atingido pelo ativo ou o auge do poder dos vendedores (“ursos”). O preço de fechamento é representado por um “tique” a direita da barra e significa o preço final do ativo período do considerado, Figura 4.1: Barra de preço. opiniãonaquele dos profissionais mercado. ou seja, a A distância entre a máxima e a mínima de qualquer barra revela a intensidade do conflito entre compradores e vendedores. GRÁFICO DE CANDLESTICK
O gráfico de candles ou candelabro japonês, criado por Munehisa Homma, também representa o preço do ativo em um determinado período de tempo e é bastante utilizado por analistas profissionais devido ao seu alto grau de confiabilidade e pela possibilidade de se obter diversas combinações com outros indicadores da análise técnica. Uma vela com corpo vazado representa um mercado de alta e uma vela com corpo preenchido, um mercado de baixa. A máxima do período continua sendo representada pelo ponto mais alto da vela e a mínima, o ponto mais baixo. Em um dia de alta, a abertura é representada pelo valor da base do corpo do candle vazado, ao passo que em um dia de baixa ela é representada pelo topo do corpo do candle cheio. O fechamento de um dia de alta é representado pelo topo do corpo do candle vazado e o fechamento de um dia de baixa pela base do corpo do candle cheio. Figura 4.2: Candles.
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ESCALAS
Na escala linear ou aritmética verificamos que espaços iguais correspondem a variações iguais da grandeza representada no eixo dos preços (eixo “Y”). Observe na figura que os valores dos preços são numerados de cinco em cinco reais e que a distância gráfica entre dois valores consecutivos quaisquer correspondem a espaços iguais na escala.
ESPA OS IGUAIS
Figura 4.3: Escala linear.
Outro tipo de escala é a semi-log. Nesse tipo de escala, espaços iguais correspondem a variações proporcionais da grandeza representada no eixo dos preços. Observe na figura que os valores dos preços também são numerados de cinco em cinco reais, mas a distância gráfica entre dois valores consecutivos quaisquer são diferentes e proporcionais a diferença entre esses valores.
ESPAÇOS DIFERENTES
Figura 4.4: Escala semi-log.
No exemplo acima, as distâncias entre os valores são diferentes porque proporcionalmente temos valores diferentes, ou seja, a diferença entre R$ 20,00 e R$ 25,00, em termos proporcionais, é igual a 25% e a diferença entre R$ 30,00 e R$ 35,00 é igual a 16%. Utilizamos a escala semi-log para acompanhar ativos mais voláteis, onde a oscilação de preços é muito grande. E por que a escala é chamada de semi-log? Porque apenas a grandeza representada no eixo “Y” é proporcional a sua verdadeira grandeza em termos de preço. O eixo “X”, que é o eixo do tempo, será sempre representado em escala linear e sua variação depende da periodicidade do gráfico. VOLUME E PERIODICIDADE
O gráfico do volume é representado em escala linear, onde cada barra significa o número de ações negociadas no período considerado para cada ativo. Com relação a periodicidade dos gráficos, eles podem ser intradiários, diários, semanais ou mensais. Depende exclusivamente do modo como opera o investidor. 13
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CAPÍTULO 5 – SUPORTE, RESISTÊNCIA E LINHAS DE TENDÊNCIA A cotação do ativo varia ao longo do período em função da oposição de forças entre compradores e vendedores. Na análise técnica, dizemos que o preço do ativo é a resultante de todas as forças que atuam no mercado, conforme vimos no capítulo de introdução. Chamamos de “topo” o nível de preço mais alto atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes da ocorrência de um ponto de inversão. Ou seja, topo é a máxima mais alta entre duas ou mais barras. “Fundo” é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes da ocorrência de um ponto de inversão. Ou seja, é a mínima mais baixa entre duas ou mais barras. O “ponto de retorno” é a barra de preço onde se dá a inversão na direção prévia de uma sequência de barras, também conhecido como ponto de inversão. Observe esses conceitos na figura a seguir. Topo Ponto de Retorno
Ponto de Retorno Fundo
Figura 5.1: Topo, fundo e ponto de retorno.
SUPORTES E RESISTÊNCIAS
O que é um suporte? É um nível de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o suficiente para interromper ou reverter um processo de queda, gerando um ponto de retorno e tem de estar abaixo da última cotação. Normalmente, quando o preço do ativo atinge um suporte ele tende a valorização em seguida, originando um bom ponto de compra. Figura 5.2: Suportes.
O que é uma resistência? É um nível de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes o suficiente para interromper ou reverter um processo de subida, gerando um ponto de retorno e tem de estar acima da última cotação. Ao atingir uma resistência, o preço do ativo tende a desvalorização, gerando um possível ponto de venda. Figura 5.3: Resistências.
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Suportes e resistências funcionam como se fossem o piso e o teto de uma casa, respectivamente. Se lançarmos uma bola a partir do teto com uma certa intensidade de força, a tendência da bola é quicar no piso e seguir novamente em direção ao teto. A quebra de um suporte ou de uma resistência é determinada pelo preço de fechamento. Mínimas e máximas de uma barra ou de um candle não quebram suportes ou resistências. Toda vez que um suporte for quebrado (rompido para baixo), dizemos que ele passou a ser uma nova resistência. Caso essa nova resistência seja rompida para cima novamente, o suporte que a originou é invalidado e não servirá mais de base para que tracemos algum plano de operação em cima dele. Toda a vez que uma resistência é quebrada (rompida para cima), dizemos que ela passou a ser um novo suporte dos preços. Se esse novo suporte for quebrado novamente, a resistência que o originou é invalidada e deixa de servir de base para uma ação do investidor. E o que justificam os níveis de suporte e resistência? A resposta mais adequada a essa pergunta é: o que justificam são os sentimentos de dor e de arrependimento do investidor, ou seja, a lembrança de sucesso ou insucesso de compras e vendas feitas em certos níveis de preços. Por exemplo, um investidor que tenha comprado uma ação bem próxima do seu nível de resistência, provavelmente sentirá uma dor profunda ao ver aquela ação despencar ladeira abaixo. Da mesma forma sentirá arrependimento o investidor que deixou de comprar uma ação que se encontrava com preço próximo a um suporte, ao ver que ela avança dia-a-dia rumo ao sucesso. Da próxima vez que essas duas situações acontecerem, com certeza a atitude do investidor será outra, pois terá a experiência e a lembrança do que lhe ocorreu pouco tempo atrás. Em virtude disso, chegamos à conclusão de que o mercado tem memória, fato este comprovado justamente pelos níveis de suportes e resistências dos preços. OSCILAÇÃO DO ATIVO
A fórmula para se calcular a oscilação normal do ativo relativa a n períodos é a seguinte: , onde: X n-2 (oscilação de dois períodos atrás) = Max n-2 / Minn-2; X n-1 (oscilação de um período atrás) = Max n-1 / Minn-1; X n (oscilação do período atual) = Max n / Minn; e Fn = fechamento do período atual A oscilação normal do ativo é importante para que se possa calcular matematicamente as projeções e as quebras de suportes e resistências. Para se calcular projeções para suportes e resistências, utilizamos as seguintes fórmulas: SUPORTE = ÚLTIMO PREÇO DE FECHAMENTO – OSCILAÇÃO NORMAL DO ATIVO RESISTÊNCIA = ÚLTIMO PREÇO DE FECHAMENTO + OSCILAÇÃO NORMAL DO ATIVO
Para o cálculo da quebra dos suportes e resistência, utilizamos as seguintes fórmulas: QUEBRA
= VALOR SUPORTE – (1,5 X OSCILAÇÃO NORMAL) SUPORTE
QUEBRA RESISTÊNCIA = VALOR RESISTÊNCIA + (1,5 X OSCILAÇÃO NORMAL) 15
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Para compreendermos a utilização dessas fórmulas, realizaremos o seguinte exercício: Exercício: Os valores dos preços de abertura, fechamento, máxima e mínima de um ativo, relativos a três dias consecutivos são seguintes: DIA 25/03 Abe = 15,00 Max = 16,50 Min = 14,80 Fec = 14,90
DIA 26/03 Abe = 14,60 Max = 14,60 Min = 13,50 Fec = 13,60
DIA 27/03 Abe = 14,00 Max = 14,50 Min = 13,40 Fec = 14,00
Responda: a) Qual será o suporte e a resistência para o dia 28/03? b) Em que níveis de preços um suporte a 15,00 estaria quebrado? Resposta: a) Primeiramente, devemos calcular a oscilação normal do ativo para esses três dias. OSCILAÇÃO = [(16,50:14,80) + (14,60:13,50) + (14,50:13,40) – 1] x 14,00 3 OSCILAÇÃO = [(1,115 + 1,081 + 1,082) – 1] x 14,00 = 0,093 x 14,00 = 1,30 3 A partir daí, utilizamos a fórmula para projetar suportes e resistências. SUPORTE = 14,00 – 1,30 = 12,70 RESISTÊNCIA = 14,00 – 1,30 = 15,30 b) Para encontrar a quebra do suporte, basta utilizar a fórmula. SUPORTE = 14,00 - 1,30– =1,30 12,70 RESISTÊNCIA = 14,00 = 15,30 LINHAS DE SUPORTES E RESISTÊNCIAS
Para traçarmos no gráfico as linhas de suportes e resistência, devemos encontrar, no mínimo, dois pontos compatíveis, ou seja, mínima com mínima ou máxima com máxima. Esses pontos já são ou devem ter sido suportes e resistências. Não esqueça de que apenas o preço de fechamento é capaz de quebrar as linhas de suportes e resistências.
Figura 5.4: Linhas de suporte e resistência
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Com relação a força dos suportes e resistências, encontramos os seguintes princípios: Quanto mais longa uma área de suporte ou resistência, sua duração no tempo ou o número de vezes que foi atingida, mais forte ela é. Quanto maior a amplitude de uma área de congestão, mais forte ela é. É como se fosse uma mola. Quanto maior for essa mola, maior será a sua capacidade de distensão, ou seja, maior será a sua força. Quanto maior o volume das operações numa área de suporte e resistência, mais forte ela é. As linhas de suporte e resistência devem ser sempre acompanhadas de bom volume. •
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LINHAS DE TENDÊNCIA
Tendência é a permanência do preço em uma determinada direção, durante certo período de tempo. A notícia boa é que o mercado só pode ter três direções: ou está subindo, ou está caindo, ou ainda está andando de lado. Dessa forma, temos que uma tendência de alta é uma sucessão de topos e fundos ascendentes. A tendência de baixa é uma sucessão de topos e fundos descendentes. A tendência lateral ou em linha é uma sucessão de topos e fundos horizontalmente irregulares. Observe esses conceitos na figura abaixo.
Figura 5.5: As linhas de tendência.
O entendimento da linha de tendência é fundamental para o analista técnico. É, pois, uma linha que conecta dois fundos com um topo intermediário entre eles ou dois topos com um fundo intermediário entre eles. Se o volume aumenta quando os preços se movimentam a favor da inclinação da linha, ele a confirma. Importante: não utilize a última barra de preço para traçar uma linha de tendência porque ela pode não acompanhar a dinâmica já existente, o que atrapalharia a análise feita pelo investidor. Insisto em dizer que a identificação das linhas de tendência nos gráficos é de fundamental importância para o investidor. A linha de tendência de alta é a linha reta que conecta os fundos em uma tendência de alta, devendo, no mínimo, existir dois fundos com um topo entre eles, inclinados para cima.
Figura 5.6: Linha de tendência de alta (LTA). 17
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A linha de tendência de baixa é a linha reta que conecta os topos em uma tendência de baixa, devendo, no mínimo, existir dois topos com um fundo entre eles, inclinados para baixo.
Figura 5.7: Linha de Tendência de Baixa (LTB).
Ainda em relação às linhas de tendência: •
Quanto mais alta a periodicidade, mais significativa a tendência. Por exemplo, uma LTB num gráfico diário é muito mais sensível às mudanças nos preços do que uma LTB no gráfico semanal, cuja linha é muito mais suave.
Figura 5.8: Comparação entre gráfico diário e semanal.
Quanto maior o número de contatos (toques) entre os preços e a linha, mais válida é a tendência. •
Figura 5.9: Linha de tendência e número de toques. 18
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O ângulo de inclinação reflete a intensidade emocional do grupo dominante no mercado. Esse é o aspecto mais importante a ser observado. Obviamente que, se ela estiver inclinada para cima, significa que a força dominante no momento são os compradores e quanto mais suave ela estiver, mais tempo a tendência perdurará. Quando os vendedores estão na ponta ganhadora, a linha de tendência será inclinada para baixo. •
Figura 5.10: Ângulo de inclinação na linha de tendência
A linha de retorno é uma linha traçada paralelamente à linha de tendência original, que liga os extremos opostos. Canal é o espaço compreendido entre a linha de tendência e a linha de retorno, dentro do qual os preços deverão se manter durante todo o desenvolvimento da tendência vigente.
Figura 5.11: Linha de retorno e canal.
TÉCNICA DA PROJEÇÃO
Para se determinar o target (a projeção) do preço a ser atingido por um ativo, devemos dobrar a amplitude do canal para o lado em que ocorrer a sua perfuração. Por exemplo, se um canal de alta compreendido entre R$ 4,00 e R$ 9,00 for rompido em R$ 9,00, pegamos o tamanho da amplitude do canal, ou seja, a sua diferença (R$ 5,00) e jogamos essa diferença para cima e no ponto em que ocorreu a perfuração, traçando, ainda, uma paralela a linha de retorno. O objetivo do preço será o valor de R$ 14,00, aproximadamente. Observe na figura da página seguinte o que foi descrito.
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Figura 5.12: Técnica da projeção ( target).
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CAPÍTULO 6 – FIGURAS DE CONTINUAÇÃO Como o próprio nome já diz, são padrões que se formam durante a movimentação de uma tendência. De tempos em tempos, quando em tendência, o preço do ativo dá uma parada para retomar o fôlego e depois continuar se movimentando na direção que vinha se movendo. Essas interrupções momentâneas assumem diferentes formas, no geral, denominadas de áreas de congestão. As principais figuras de continuação de tendência que veremos são os triângulos, os retângulos e as bandeiras e flâmulas. TRIÂNGULOS
Principais características: Seus limites inferiores e superiores, representados, respectivamente, pelas linhas de suporte e resistência, convergem para a direita; •
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Para que tenhamos um triângulo formado no gráfico são necessários, no mínimo, quatro pontos de retorno (dois pontos de topo e dois de fundo); Triângulos pequenos, de proporções iguais a 10% ou 15% do movimento precedente, significam continuação da tendência. Triângulo com proporções maiores podem indicar reversão de tendência; Normalmente, as melhores perfurações do padrão ocorrem da metade até ¾ da sua altura; Pode ocorrer o pull back, ou seja, após o ativo romper a figura, os preços tendem a voltar para o interior da mesma; A duração de um triângulo pode variar de três semanas a três meses; Normalmente, o padrão triângulo surge na metade do caminho a ser percorrido por uma
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tendência; Um aspecto importante é que as linhas de resistência e de suporte que dão forma ao triângulo são bastante respeitadas; Durante a formação da figura há uma redução gradual no seu volume; e Podem ser classificados em simétricos, ascendentes ou descendentes. •
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Figura 6.1: Triângulo.
No triângulo simétrico existe um verdadeiro equilíbrio entre compradores e vendedores e as flutuações são cada vez mais estreitas na direção do vértice. Há uma sensível redução do volume durante a formação da figura e um aumento do volume no seu rompimento. Raramente um triângulo 21
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simétrico indica a direção em que será perfurado, sendo, pois, considerado um padrão que indica dúvida ou vacilação. É dividido em simétrico de alta ou simétrico de baixa.
Figura 6.2: Triângulo simétrico.
Os triângulo ascendentes e descendentes, ao contrário dos simétricos, informam antecipadamente suas intenções de rompimento do padrão. No triângulo ascendente a linha de topo (linha de resistência) é horizontal e a linha de fundo (linha de suporte) é inclinada para cima. No triângulo descendente a linha de fundo é horizontal e a linha de topo é inclinada para baixo.
Figura 6.3: Triângulo ascendente e triângulo descendente.
Existem duas maneiras para se projetar o preço no rompimento de uma formação de triângulo. A primeira delas é tomar o tamanho da base da figura e jogá-lo no local onde se deu o rompimento do padrão. A outra maneira é traçar uma linha paralela à linha de suporte da figura, no caso de um triângulo de alta, ou uma linha paralela à linha de resistência, no caso de um triângulo de baixa. Observe na figura abaixo as projeções do preço em um triângulo.
Figura 6.4: Projeções no triângulo.
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As estratégias para operar com os triângulos são as seguintes: Comprar/vender na penetração do corte: efetua-se a compra no rompimento da figura e coloca-se um stop de proteção um pouco abaixo/acima do último ponto de retorno anterior ao rompimento. •
Figura 6.5: Comprar/vender na penetra ão do corte.
Comprar/vender após ultrapassagem do topo/fundo anterior: espera-se a ocorrência de um pull back e efetua-se a compra/venda após a ultrapassagem do topo/fundo desse pull back. O stop loss pode ser colocado no fundo/topo do pull back. •
Figura 6.6: Comprar/vender após ull back.
RETÂNGULOS
A formação do retângulo é bastante simples e é a mais encontrada nos gráficos de preços. Suas características são: Duas linhas paralelas onde o preço se encontra fazendo um zigue-zague; pull backI Normalmente ocorre , com duração três dias A duração de um retângulo varia de um a trêsde meses; e a três semanas; Pode ser do tipo retângulo de alta ou retângulo de baixa. • • • •
Figura 6.7: Retângulo. 23
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Para projetar o preço em um rompimento de retângulo, pegamos a amplitude desse padrão, compreendida entre a linha de suporte e de resistência e transferimos esse valor para o local onde se deu o rompimento.
Figura 6.8: Projeções no retângulo.
As estratégias para operar com os retângulos são as seguintes: Comprar/vender na penetração do corte: efetua-se a compra no rompimento da figura e coloca-se um stop de proteção um pouco abaixo/acima do último ponto de retorno anterior ao rompimento. •
Figura 6.9: Comprar/vender na penetração do corte.
Comprar/vender após ultrapassagem do topo/fundo anterior: espera-se a ocorrência de um pull back e efetua-se a compra/venda após a ultrapassagem do topo/fundo desse pull back. O stop loss pode ser colocado no fundo/topo do pull back. •
Figura 6.10: Comprar/vender após pull back.
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BANDEIRAS E FLÂMULAS
São pequenas e compactas flutuações de preços que vão formar pequenas congestões ligeiramente inclinadas contra a direção da tendência predominante. Quando aparecem em uma tendência de alta, sua semelhança com uma bandeira tremulando no mastro é muito grande, daí seu nome. Sempre surgem após um avanço vertical rápido e extenso que vem a ser o mastro e onde se verifica um aumento crescente de volume. Quando esse movimento encontra resistência se inicia a construção da bandeira com o mercado dando uma ligeira recuada e os preços ficando contidos dentro de duas linhas horizontais mais ou menos paralelas e inclinadas, com redução gradual do volume. No rompimento da figura há um novo aumento de volume. A duração desse padrão gira em torno de cinco dias a três semanas. São padrões altamente confiáveis.
Figura 6.11: Bandeiras e flâmulas.
A projeção da bandeira ou da flâmula se dá da seguinte maneira: o movimento tem a mesma extensão do avanço anterior, ou seja, o mastro é duplicado, com a bandeira/flâmula no meio do caminho. No caso da bandeira, tomamos a amplitude do mastro e a projetamos a partir da base da bandeira. Já na flâmula, tomamos o tamanho do mastro e o projetamos a partir do vértice da figura, conforme a figura abaixo:
Figura 6.12: Projeção nas bandeiras e flâmulas. 25
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A estratégia para operar com bandeiras e flâmulas é bastante simples: efetua-se a compra/venda após a ultrapassagem do mastro da figura, com o stop loss um pouco abaixo do último ponto de retorno antes do rompimento da congestão. A cada nova correção, devemos subir o stop para o topo/fundo anterior.
Figura 6.13: Estratégia para operar com bandeiras e flâmulas.
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CAPÍTULO 7 – FIGURAS DE REVERSÃO São padrões que quando aparecem, indicam que a tendência em andamento está em vias de mudar de direção. Na maioria dos casos, quando uma tendência de preços entra num processo de reversão, seja de alta para baixa ou vice-versa, uma área ou padrão característico tomam forma no gráfico, tornando-se reconhecidos como padrões de reversão. Algumas dessas formações são construídas e completadas muito rapidamente, mas a sua maioria necessita de várias semanas para atingir um estágio que alguém possa dizer, com segurança, que uma reversão está assinalada e quanto maior a área de reversão, mais importante é a sua implicação. As figuras de reversão de tendência que serão abordadas são as seguintes: o ombro-cabeça-ombro, os topos e fundos duplos e a ilha de reversão. OMBRO-CABEÇA-OMBRO
É o padrão de reversão mais comum e certamente o mais confiável. Costuma surgir em topos e fundos importantes, embora possa ocorrer eventualmente como padrão de continuação, o que não chega a ser uma raridade. No padrão OCO o comportamento do volume é o fator mais importante. Como ocorre a formação desse padrão? Primeiramente, uma forte subida atingindo o seu clímax após um avanço mais ou menos extenso, sob o qual há grande aumento do volume, seguida por uma pequena queda com volume consideravelmente menor em relação a subida anterior – é o ombro esquerdo. Outra subida com alto volume em que o preço atinge um nível mais alto do que o do ombro esquerdo, seguida por outra queda com menos volume que leva os preços para baixo, próximo do nível de preço do fundo da queda precedente – é a cabeça. Uma terceira decididamente menos volume o das subidas ao atingir a alturasubida, da cabeça antes que secom origine outra quedado – éque o ombro direito. anteriores, que falha Finalmente, o declínio dos preços nessa terceira queda rompe a “linha de pescoço” traçada através dos fundos formados pelas quedas entre os ombros esquerdo e direito. Para que a penetração seja válida é necessário que uma base de fechamento se afaste, no mínimo, 3% em relação à linha de pescoço. Outro aspecto que merece atenção é que na maior parte do OCO, após a perfuração da linha de pescoço, pode ocorrer a volta dos preços à linha para testá-la (pull back). Normalmente, a duração desse padrão gira em torno de dois a quatro meses.
Figura 7.1: Ombro-cabeça-ombro. 27
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Para projetar o preço de um ativo cujo gráfico apresenta esse tipo de padrão de reversão deve-se medir a distância que vai da parte mais alta da cabeça até a linha de pescoço e transferir essa medida para o local em que se deu a perfuração
Figura 7.2: Projeção do OCO.
As estratégias para operar com o padrão ombro-cabeça-ombro são as seguintes: Utilizando a linha de pescoço: efetua-se a venda no rompimento da linha de pescoço, com stop um pouco acima do ombro direito. •
Figura 7.3: Estratégia utilizando a linha de pescoço.
Após a ocorrência do pull back: efetua-se a venda na quebra do fundo anterior do pull back, com stop loss no topo anterior do pull back. •
Figura 7.4: Estratégia utilizando o pull back.
Ambas as estratégias podem usadas também com o padrão OCO invertido que é o padrão que reverte uma tendência de baixa para a alta, bastando apenas realizar as operações inversas. 28
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TOPOS E FUNDOS DUPLOS
Na concepção clássica da análise técnica, os padrões de topos e fundos duplos são muito raros. Frequentemente, analistas com pouca experiência detectam esses padrões quase sempre erroneamente. A construção de um topo duplo se inicia quando após uma subida, acompanhada de alto volume, o mercado se retrai com diminuição desse volume e então volta a subir até atingir o nível de preço do topo anterior, algumas vezes um pouco mais para cima, outras vezes um pouco mais abaixo, mas com volume crescente, porém sem registrar as mesmas marcas verificadas durante a construção do primeiro topo, e volta a cair pela segunda vez, com conseqüências bem mais significativas. No fundo duplo ocorre o inverso. Na última queda do topo duplo ocorre a quebra da linha de fundo formada pelo suporte entre os dois topos. O padrão de topo/fundo duplo é uma correção longa, lenta, profunda, mais ou menos arredondada que permite, ainda, uma diferença de até 20% entre os preços dos dois topos. Sua duração varia de dois a três meses. Normalmente um padrão de topo/fundo duplo sinaliza reversão de tendência primária do ativo.
Figura 7.5: Topo duplo.
Para projetar o preço em um padrão como esse basta medir o tamanho do seu vale, ou seja, a altura que vai do topo/fundo da figura até a linha de fundo/topo e jogar essa medida no local do rompimento dessa linha.
Figura 7.6: Projeção do topo duplo. 29
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A estratégia para operar com topo/fundo duplo é a seguinte: efetua-se a venda/compra no rompimento da linha de fundo/topo e coloca-se o stop um pouco acima/abaixo desse rompimento, conforme mostra a figura:
Figura 7.7: Estratégia para operar com topo/fundo duplo.
GAP
Antes de passar para o último padrão de reversão é necessário ter em mente o conceito de GAP. É, pois, um intervalo de preços, onde, no momento de sua ocorrência, nenhuma ação mudou de mãos, ou seja, não houve negócios. Em um GAP de alta, a mínima do dia seguinte é maior do que a máxima do dia anterior. No GAP de baixa, a máxima do dia seguinte é inferior à mínima do dia anterior.
Figura 7.8: GAP de alta e de baixa.
Os GAP são classificados em: GAP de área ou comum que ocorre dentro de áreas de congestão, não implicando necessariamente em aumento de volume. São fechados rapidamente e não representam nenhum aspecto particular para a análise técnica. GAP de corte ou de perfuração que sinaliza o rompimeto de uma congestão ou o início de uma nova tendência com possível aumento de volume, dando consistência à nova tendência. GAP de continuação ou de medida que projeta a provável extensão do movimento a seguir após sua ocorrência. Os preços irão tão longe além do GAP quanto eles foram entre o início do movimento e o GAP, medido direta e verticalmente sobre o gráfico GAP de exaustão que caracteriza o fim de uma tendência e não é seguido por novas altas, durante uma tendência de alta, ou novas baixas, durante uma tendência de baixa. Surge normalmente depois de algum tempo de tendência e só estará confirmado quando os preços reverterem e fechá-lo. Observe nas figuras da página seguinte alguns exemplos de GAP. •
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Figura 7.9: GAP de área e GAP de corte.
Figura 7.9: GAP de continuação e GAP de exaustão.
ILHA DE REVERSÃO
A ilha de reversão pode ser descrita como uma pequena e compacta congestão separada do movimento que leva à sua formação, geralmente muito rápido, por um GAP de exaustão, e do movimento que se segue na direção oposta, também muito rápido, por um GAP de corte. Não é uma formação muito comum e serve para identificar um topo ou um fundo de longo prazo, mas como regra, envia os preços de volta para a correção completa do movimento terciário que a antecedeu. A congestão pode consistir de apenas um único dia, o qual se desenvolve normalmente como um dia de reversão, ou pode se desenvolver em até uma semana de pequenas flutuações dentro de uma compacta zona de preços. É caracteriza por volumes relativamente altos.
Figura 7.10: Iha de reversão. 31
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CAPÍTULO 8 – INDICADORES TÉCNICOS Um indicador ou oscilador técnico é a representação gráfica de uma relação matemática entre algumas variáveis que seguem a sua tendência, sentido e corte de linhas de referência, gerando nesse processo diversos sinais de compra e venda, ou seja, são potenciais momentos de entrada em uma ação. Os indicadores técnicos são divididos em rastreadores de tendência e osciladores. Esses indicadores sinalizam saúde geral do mercado no momento em que estamos operando, confirmando ou não as suas tendências, seus níveis de suporte e resistência e indicam, na maioria das vezes, os estágios de sobrecomprado ou de sobrevendido nos quais se encontram os preços. São facilmente programados em computador, pois praticamente todos os softwares de análise gráfica contemplam os rastreadores e osciladores, e frequentemente antecipam o comportamento futuro dos preços. Os rastreadores são normalmente utilizados em mercados com tendência definida e os osciladores nos mercados em tendência lateral. Os principais rastreadores que veremos são as Médias Móveis, a Convergência e Divergência de Médias Móveis (MACD) e as Bandas de Bollinger. Dentre os principais osciladores veremos o Índice de Força Relativa (IFR) e o Oscilador Estocástico. MÉDIA MÓVEL
Os objetivos de uma média móvel são oferecer sinais de compra e venda e informar o início ou o final de uma tendência, suavizando os seus movimentos. Suas características são: Informam o preço médio do fechamento do período considerado; Representam uma pequena defasagem de tempo em relação ao preço do ativo; Quando a média móvel aponta para cima (sobe), significa que o mercado está altista; • • • •
cai, significa está baixista; Quando A médiaelamóvel simplesque é ao mercado média aritmética dos preços de fechamento de (n) períodos considerados; A média móvel ponderada dá maior peso aos preços mais recentes e menor peso aos preços mais antigos; e Na média móvel exponencial o peso cresce exponencialmente do preço mais antigo ao preço mais recente. É a média móvel mais utilizada. Qual dessas médias móveis descritas acima devemos utilizar? Para ativos menos voláteis, devemos utilizar a média móvel simples. Para os mais voláteis, preferencialmente a média móvel exponencial. E qual é a melhor periodicidade da média móvel? Depende do trader . As médias mais usadas sào as de 5, 9, 21, 55 e 200 períodos. Existem softwares de análise técnica que conseguem realizar uma pesquisa histórica nos preços dos ativos e determinar qual a melhor média móvel a ser utilizada para cada tipo de ação. Para operar com a média móvel simples, basta efetuar uma compra, na tendência de alta, quando o preço do ativo (preço de fechamento) cruzar a média móvel de baixo para cima e vender quando o preço cruzar a média móvel de cima para baixo. Em tendências de baixa essa técnica não oferece bons resultados. No exemplo da figura seguinte, utilizamos um gráfico diário com a média móvel de 21 dias de um determinado ativo, que será representada pela linha azul. •
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Figura 8.1: Como operar com a média móvel simples.
Para operar com a média móvel exponencial, basta efetuar a compra quando a média móvel exponencial mais rápida cruzar a média móvel exponencial mais lenta de baixo para cima e vender quando ocorrer o inverso, ou seja, quando a média móvel exponencial mais rápida cruzar a média móvel exponencial mais lenta de cima para baixo. Um aspecto importante a ressaltar é que quando se utiliza essa estratégia de cruzamento das médias móveis, não precisamos colocar o stop loss, uma vez que é necessário apenas acompanhar a evolução do ativo, somente desfazendo a posição quando efetivamente houver o novo cruzamento. Dessa forma, poderemos evitar uma saída precipitada do ativo e deixar de ganhar dinheiro. questão importante a ser verificada é seaaação média móvel de 200 períodosprimária está abaixo do epreço do Outra ativo. Se isso estiver ocorrendo, significa que está em uma tendência de alta que vale a pena investir. A situação ideal no gráfico é quando três médias móveis exponenciais estão apontando para cima, com a média mais rápida acima da média mais lenta. É o que chamamos de “pé de galinha” e dá excelentes pontos de compra. No exemplo, foram utilizadas as médias móveis exponenciais de 5, 21 e 200 períodos, representadas pelas cores vermelha, azul e verde, respectivamente.
Figura 8.2: Como operar com a média móvel exponencial. 33
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CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA DE MÉDIAS MÓVEIS (MACD)
Os objetivos do MACD também são de oferecer sinais de compra e venda e informar o início ou o final de uma tendência, suavizando os seus movimentos. Suas características, porém, são as seguintes: Foi criado em 1979, por Gerald Appel e é formado por três médias móveis exponenciais: a de 26, a de 12 e a de 9 períodos; A linha do MACD é representada pela diferença entre as médias móveis exponenciais de 26 e 12 períodos; e A linha do sinal é uma média móvel exponencial de 9 períodos da linha do MACD. Para operar com o MACD, basta efetuar a compra quando a linha MACD cruzar a linha do sinal de baixo para cima e vender quando a linha MACD cruzar a linha do sinal de cima para baixo. No gráfico a seguir, pode-se observar pontos de compra e venda utilizando-se o MACD como rastreador de tendência. A linha do MACD é representada pela linha de cor vermelha e a linha do sinal pela cor verde. •
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Figura 8.3: Como operar com o MACD.
BANDAS DE BOLLINGER
Os objetivos das Bandas de Bollinger são oferecer sinais de compra e venda e- informar o início ou o final de uma tendência, em função da volatilidade do ativo. Suas características são: Foram criadas por John Bollinger; A linha central é uma média móvel simples; A banda superior é a linha central mais duas vezes o seu desvio padrão; A banda inferior é a linha central menos duas vezes o seu desvio padrão; Quando o mercado está bastante volátil, o desvio padrão é grande e as bandas alargam. Isso acontece quando observamos uma tendência de alta ou baixa definida; Em mercados com pouca volatilidade, o desvio padrão é baixo e as bandas contraem-se. Nesses momentos podemos observar as fases de acumulação que antecedem as altas ou de distribuição que antecedem as baixas; Quando as bandas estão estreitas há maior probabilidade de haver variações bruscas que saltem das bandas e façam a ação entrar em nova tendência; Quando se verifica a quebra de uma das bandas exteriores, a tendência é de continuação; • • • • •
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Máximos/mínimos fora das bandas seguidos de máximos/mínimos no interior das bandas é sinal de reversão de tendência; e Em tendências laterais, um movimento que se origina numa banda tende a propagar-se até a outra banda, permitindo projetar preços para o movimento seguinte. Na verdade, o que ocorre é as linhas das Bandas de Bollinger funcionam como verdadeiras linhas de suporte e de resistência. Para operar com as Bandas de Bollinger, basta comprar quando a barra de preços se afastar da banda inferior e vender quando a barra de preços se afastar da banda superior. Isso serve tanto para a tendência de alta quanto para a de baixa. Quando as bandas estiverem estreitas, espera-se o rompimento de uma delas para se tomar alguma posição no ativo. Observe no gráfico a seguir os sinais de compra e venda emitidos pelas Bandas de Bollinger: •
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Figura 8.4: Como operar com as Bandas de Bollinger.
ÍNDICE DE FORÇA RELATIVA (IFR)
Vejamos agora os osciladores. O primeiro deles é o IFR que tem como objetivo medir a força de um ativo monitorando as mudanças nos seus preços de fechamento. Suas características são: Foi desenvolvido por Welles Wilder, em 1978; Indica possíveis áreas de suporte ou resistência e formações gráficas, antecipando-se ao gráfico de preços; Flutua numa escala de 0 a 100; Indica níveis de mercado sobrecomprado (70 ou 80) e sobrevendido (30 ou 40); Oscilações incompletas entre os níveis de sobrecomprado e sobrevendido são indicações muito fortes de reversão do mercado; As linhas de tendências formadas no IFR são muito mais sensívis do que as linhas de tendências nos preços; É muito utilizado com o gráfico candlestick; A periodicidade mais utilizada é a de 14 períodos; Emite sinais da formação de topos e fundos quando o índice ultrapassa as suas linhas horizontais. Quando o índice ultrapassa a linha de mercado sobrevendido, pode ser identificado um fundo importante. Ao ultrapassar a linha de mercado sobrecomprado, identificamos um topo importante. Essas situações podem ser verificadas na figura que se segue: • •
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Figura 8.5: O IFR e os sinais de topos e fundos.
Pode mostrar formações de padrões gráficos que estejam ocultas nos gráficos de preços correspondentes. Observe o gráfico abaixo e tente identificar que figura o IFR está mostrando: •
Figura 8.6: O IFR identificando um padrão OCO.
No exemplo acima o IFR mostra uma figura de reversão de tendência, o ombro-cabeça-ombro, antecipando-se ao que vai ocorrer no gráfico de preços. Perceba que em seguida o preço reverteu e permaneceu em baixa por aproximadamente dois meses. As divergências entre o IFR e o gráfico de preços é um sinal de reversão ou de final de tendência. Talvez seja esta a principal característica de emprego desse oscilador e a mais confiável. A divergência ocorre quando uma linha de topos é ascendente no gráfico de preços, por exemplo, e quando uma outra linha que une os topos do indicador, no mesmo período de tempo, é inclinada para baixo, na descendente, indicando que pode acontecer uma reversão na tendência de alta dos preços. O IFR é um oscilador que, na maioria das vezes, antecipa o que acontece nos preços. Deve-se comparar topo com topo ou fundo com fundo para ser válida essa característica. •
Figura 8.7: Divergências entre IFR e preços. 36
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Para operar com o IFR, basta efetuar a compra quando o ele cruzar a linha de sobrevendido de baixo para cima e vender quando o IFR cruzar a linha de sobrecomprado de cima para baixo.
Figura 8.8: Como operar com o IFR.
ESTOCÁSTICO
O oscilador estocástico tem como objetivo sinalizar regiões de sobrecompra e de sobrevenda, relacionando o preço de fechamento com as máximas e mínimas mais recentes. Suas principais características são: •
desenvolvido porque George Lane na década Foi Adota o princípio na tendência de alta,deos1950; preços de fechamento tendem a estar mais próximos das máximas e na tendência de baixa, os preços de fechamento tendem a estar mais próximos das mínimas; Flutua numa escala de 0 a 100, como todo oscilador. Indica níveis de mercado sobrecomprado (80) e de mercado sobrevendido (20); Tem em %K o seu oscilador bruto e em %D uma média móvel de 3 períodos de %K; Quando as linhas %K e %D estão emparelhadas na mesma direção, confirmam a tendência em andamento; e As divergências entre o estocástico e os preços são os mais fortes sinais de compra e de venda gerados pelo oscilador. •
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Figura 8.9: Divergências entre o estocástico e os preços. 37
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É importante ressaltar que os osciladores são mais indicados em mercados sem tendência, ao passo que os rastreadores são mais eficientes em mercados com tendência definida. Para operar com o estocástico, basta efetuar a compra quando %K cruzar %D de baixo para cima na região de sobrevenda e vender quando %K cruzar %D de cima para baixo na região de sobrecompra. Observe na figura abaixo os sinais de compra e venda emitidos pelo oscilador. O oscilador bruto (%K) é representado pela linha de cor azul e o %D pela linha de cor vermelha.
Figura 8.10: Como operar com o estocástico.
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CAPÍTULO 9 – GERENCIAMENTO DO RISCO Por quê não podemos perder? Porque quanto maior for a nossa perda, mais difícil fica de se obter de volta o capital inicial investido. A tabela abaixo nos mostra que se o investidor perder 10% em uma aplicação para um capital inicial de R$ 100,00, deverá, em contrapartida, lucrar algo em torno de 11,11% em outra aplicação para ter o capital inicial de volta. PERDA
NOVO CAPITAL
% PARA VOLTAR
10%
90,00
11,11
15%
85,00
17,65
20%
80,00
25,00
25%
75,00
33,33
30%
70,00
42,86
35%
65,00
53,85
40%
60,00
66,67
45%
55,00
81,82
50%
50,00
100,00
60%
40,00
150,00
70%
30,00
233,33
80%
20,00
400,00
90%
10,00
900,00
Podemos, ainda, identificar e estipular que o limite de perda em aplicações com ações não deve ser maior do que 30% do capital, uma vez que além disso ficaria quase impossível de recuperar o montante perdido, pois precisaríamos de ganhos superiores a 50%. Quanto podemos ganhar? Devemos, primeiramente, nos render ao mercado, ou seja, esperar que o próprio mercado nos diga que fez um fundo ou um topo para que então possamos investir. Quanto queremos ganhar? A matemática é bastante simples. Precisamos de apenas 5,95% ao mês para dobrar o capital em 1 ano. Isso significa que se formos bem sucedidos em apenas três operações no mês e que cada uma gere 2% de lucro, conseguiremos dobrar o capital investido em um ano. A tabela abaixo nos mostra uma expectativa de ganho em função do capital inicial investido se essa meta de 5,95% ao mês for cumprida ao longo dos anos. CAPITAL INICIAL
1º ANO
2º ANO
3º ANO
4º ANO
5º ANO
6º ANO
1.000,00
2.000,00
4.000,00
8.000,00
16.000,00
32.000,00
64.000,00
5.000,00
10.000,00
20.000,00
40.000,00
80.000,00
160.000,00
320.000,00
10.000,00
20.000,00
40.000,00
80.000,00
160.000,00
320.000,00
640.000,00
15.000,00
30.000,00
60.000,00
120.000,00
240.000,00
480.000,00
960.000,00
20.000,00
40.000,00
80.000,00
160.000,00
320.000,00
640.000,00
1.280.000,00
50.000,00
100.000,00
200.000,00
400.000,00
800.000,00
1.600.000,00
3.200.000,00
100.000,00
200.000,00
400.000,00
800.000,00
1.600.000,00
3.200.000,00
6.400.000,00
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De fato, a especulação depende da liquidez, da rentabilidade e do risco ligado assumido em uma operação. Diante disso, quanto devemos arriscar? A tabela seguinte nos mostra, por exemplo, que para um prejuízo máximo de 2% por operação, podemos realizar 18 operações consecutivas para que o prejuízo ainda seja menor do que 70% do capital investido, isto é, se enquadra no que foi descrito naquela primeira tabela que mensura a perda possível de até 30%. PREJUÍZO MÁXIMO POR OPERAÇÃO (%)
Nº OPERAÇÕES SEGUIDAS COM PREJUÍZO < 70% CAPITAL
2%
18
3%
12
4%
9
5%
7
10%
4
Quanto maior o prejuízo máximo por operação admitido, menor é o número de operações consecutivas que conseguimos realizar para que o prejuízo seja menor que 70% do capital inicial. MONEY MANAGEMENT
O money management ou gerenciamento do risco nos diz que nunca devemos expor ao risco mais que 2% do capital em uma única operação. Para isso, o número de ações (NA) que devemos adquirir para seguir o que foi descrito acima é calculado pela seguinte fórmula: onde,: CD = capital disponível para investir (na corretora) Outra regra básica do money management é que nunca devemos expor mais que 6% do capital total em 1 mês. Dessa maneira, conseguiremos realizar até três operações por vez, com risco de 2% do capital disponível por operação. Somente devemos arriscar mais 2% ao subir o stop de proteção de lucro em uma operação, ou seja, quando estivermos certos de que lucramos, pelo menos, 2% e que esse lucro já está em nossa conta na corretora. uma do gerenciamento do orisco quedisponível nos diz para nunca maisé do queExiste, 1/3 doainda, capital emregra umaadicional única operação. Por exemplo: capital (CD) na expor corretora de money management R$ 50.000,00; foi identificado um ponto de entrada no ativo a R$ 45,00 e pelo foi calculado que o número de ações a adquirir são 500 ações. O valor a ser investido (VI) é dado pelo número de ações a serem adquiridas, multiplicado pelo valor do ponto de entrada. Nesse caso, o VI é de R$ 22.500,00. Pela regra adicional, teremos que o máximo de capital a ser investido é de R$ 16.700,00, ou seja, 1/3 do CD. Sendo assim, o número exato de ações a adquirir são 371 ações. Como o número não é múltiplo de 100, podemos adquirir 300 ações. A fim de fixar os conceitos sobre o gerenciamento do risco, passemos ao seguinte exercício:
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Exercício: O capital disponível (CD) é de R$ 10.000,00. Foram identificados na ação GGBR4 (Gerdau PN) um suporte a R$ 31,00, um ponto de entrada a R$ 32,00, e o stop loss a R$ 30,00 e projeção do ativo a R$ 39,00. Quantas ações comprar e quanto investir? Resposta: - Para saber quantas ações comprar, utilizamos a fórmula do money management: NA = 10.000 x 0,02 = 100 ações 32,00 - 30,00 - O valor a ser investido é dado pelo número de ações multiplicado pelo valor do ponto de entrada: VI = 100 X R$ 32,00 = R$ 3.200,00 Se aplicarmos a regra adicional, veremos ainda que o valor a ser investido está dentro do parâmetro admitido, pois é menor do que 1/3 do CD.
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CAPÍTULO 10 – ESTRATÉGIA OPERACIONAL Estratégia operacional é um processo contínuo de desenvolvimento de um plano de ação no qual o trader procura executar ante o provável movimento dos preços e o que fazer no caso de obtenção de lucro ou prejuízo. Esse planejamento deve contemplar um método de análise que esteja de acordo com o perfil de risco e com a disponibilidade de tempo para acompanhar as suas operações. Uma boa estratégia operacional deve saber localizar o prejuízo com a utilização de pontos de stop. Deve, também, saber detectar o lucro antecipadamente por intermédio da projeção do preço, bem como saber maximizar lucros e minimizar prejuízos com a colocação de bons pontos de entrada. O posicionamento do stop loss deve ser planejado antes de entrar na operação. Para isso, o trader pode se valer de suportes, resistências e linhas de tendências; das expansões e retrações de Fibonacci; de percentuais em relação ao ponto de entrada, chamado de stop percentual; de um valor admissível de perda que é o stop financeiro e de outros métodos que podem ser desenvolvidos pelo próprio investidor. Para o cálculo do stop loss em suportes e resistências muito fortes, utilizamos as seguintes fórmulas: STOP = SUPORTE – (2 x OSCILAÇÃO NORMAL) STOP = RESISTÊNCIA + (2 x OSCILAÇÃO NORMAL) Por exemplo, para um ativo com oscilação normal de R$ 0,65 e suporte forte a R$ 12,00, o stop será de R$ 10,70 (STOP = R$ 12,00 – R$ 1,30 = R$ 10,70). Já para o cálculo do stop loss em suportes e resistências importantes, utilizamos as seguintes fórmulas: STOP = SUPORTE – (1,5 X OSCILAÇÃO NORMAL) STOP = RESISTÊNCIA + (1,5 X OSCILAÇÃO NORMAL) Por exemplo, para um ativo com oscilação normal de R$ 0,65 e suporte importante a R$ 12,00, o stop será de R$ 11,02 (STOP = R$ 12,00 – R$ 0,98 = R$ 11,02).
Para o posicionamento das projeções de preços, podemos nos valer dos suportes e resistências; dos canais e das figuras gráficas; das expansões e retrações de Fibonacci; de percentuais em relação ao ponto de entrada e de outros métodos desenvolvidos pelo próprio investidor. Para o posicionamento dos pontos de entrada, devemos comprar próximo a suportes e vender próximo a resistências. O start ou ponto de entrada pode ser calculado pelas seguintes fórmulas: START = SUPORTE + OSCILAÇÃO NORMAL OU START = QUEBRA RESISTÊNCIA Podem ser utilizados, ainda, os indicadores de timing (rastreadores e osciladores); figuras e padrões de Candlestick; pontos próximos ao stop, o que é o mais indicado, pois assim diminui nossa capacidade de perda; após o pull back encontrado em alguns padrões gráficos e outros desenvolvidos pelo trader . Uma estratégia operacional bastante leva em consideração que a projeção deve ser pelo menos três vezes maior que o stop. Essa estratégia assegura até sete operações consecutivas mal sucedidas, desde que se tenha pelo menos três operações seguidas com ganho. 42
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Figura 10.1: A projeção deve ser pelo menos três vezes maior que o stop.
RETORNO X RISCO
Em uma tendência de alta, o retorno e o risco devem ser calculados pelas seguintes fórmulas:
RETORNO = PROJEÇÃO – PONTO DE ENTRADA RISCO = PONTO DE ENTRADA – STOP LOSS
Na tendência de baixa, eles são calculados pelas fórmulas abaixo:
RETORNO = PONTO ENTRADA - PROJEÇÃO RISCO = STOP LOSS –DE PONTO DE ENTRADA
Essa relação de 3 para 1 entre retorno e risco é chamada de “Índice de Borges” e deve ser maior do que 3. Exercício: Considere as seguintes características da ação TNLP4 (Telemar PN): oscilação normal = R$ 0,75; suporte importante a R$ 32,50; ponto de compra sugerido a R$ 32,78 e projeção a R$ 39,50. Onde você colocaria o stop loss? Vale a pena correr o risco nessa operação de compra? Resposta: - Para o cálculo do stop, utilizamos a fórmula STOP = SUPORTE – (1,5 X OSCILAÇÃO NORMAL), de onde teremos que o seu valor será de R$ 31,37 (STOP = R$ 32,50 – R$ 1,13 = R$ 31,37). - Pela fórmula do “Índice de Borges”, temos que valeria a pena correr o risco nessa operação, pois o índice é maior que 3. RETORNO (3X) = R$ 39,50 – R$ 32,78 = 4,77 RISCO (X) R$ 32,78 – R$ 31,37 PERFIS DO INVESTIDOR
Temos que o investidor de longo prazo é aquele que realiza operações na bolsa esperando o lucro em prazos superiores a seis meses. 43
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O position trader é o investidor que se utiliza de operações que duram entre uma semana e seis meses. Normalmente, acompanha o ativo pelo gráfico semanal e não está preocupado com suas oscilações diárias. O swing trader realiza operações que variam de um dia a uma semana e acompanha o ativo pelo gráfico diário e muito raramente pelo gráfico intradiário. O day trader opera na bolsa durante o dia, desde a abertura do pregão até o o call de fechamente. Raramente carrega posições para o dia seguinte e utiliza prioritariamente o gráfico intradiário. Por fim, temos o “escalpelador” que realiza compra e venda em intervalos menores do que um minuto. ANÁLISE TÉCNICA PASSO A PASSO
1o – Escolher um ativo volátil (bom volume); 2o – Traçar o canal (quanto mais longo melhor); 3o – Verificar a colocação do preço do ativo no canal (maior probabilidade de subir ou cair?). Utilizar para isso: - Linhas de tendência; - Influência de figuras ou Fibonacci; - Quebra suporte/resistência importante; e - Divergências. 4o – Verificar a situação do ativo um período acima. 5o - Confirmar com rastreadores (tendência de alta ou baixa) ou com osciladores (tendência lateral); 6o – Traçar a projeção; 7 o – Posicionar o stop loss; 8 o – Posicionar o ponto de entrada (start); 9o – Realizar o gerenciamento do risco: - Risco Retorno; e Moneyxmanagement. 10 o – Melhor opção?
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CONCLUSÃO Espero que tudo que foi visto nessa apostila tenha sido útil para você. O mercado não pode ser considerado um jogo de azar. O investidor deve sentir-se confortável e confiante em suas decisões porque o próprio mercado irá testá-lo. Se ao final da apostila você se considera mais confiante do que quando começou, meu objetivo pessoal como professor foi cumprido e da mesma maneira que você, estarei realizado. Lembre-se que nada é impossível quando se tem vontade. Se temos um sonho, devemos lutar para realizá-lo e o mais breve possível. A realização do sonho de se tornar independente financeiramente depende apenas de nossa própria vontade, da dedicação exclusiva, do esforço contínuo e da fé na missão a ser cumprida. Se você deseja uma vida melhor, lute por isso. Estude, questione, siga em frente, lute. Não espere que o dinheiro caia nas suas mãos. Vá atrás dele e ele virá em sua direção. Boa sorte e bons negócios para você!
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em:
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EKER, T. Harv. Os Segredos da Mente Milionária. Trad. Pedro Jorgensen Júnior. 2.ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2006. EMPREENDEDORISMO: Termos Técnicos e Definições do Mercado Financeiro. Disponível em:
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RICARDO BORGES FINANCIAL TRADING. Estratégia Operacional Utilizando a Análise Técnica. Rio de Janeiro, 2008. CD-ROM.
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