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INSTITUTO BÍBLICO FRUTO
Professora Professora Mª Oneide Araújo Oliveira
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A denominação de "Históricos" classifica em geral os doze livros de Josué a Ester, embora o Pentateuco também faça parte dos livros históricos. Os livros de Josué a Ester, diferem dos livros de Moisés, os quais também são históricos quanto à ênfase fundamental. O Pentateuco traça a história redentora desde a criação até a morte de Moisés, mas dá destaque à aliança e aos alicerces legislativos de Israel. Os livros históricos, por outro lado, dramatizam o movimento histórico da nação durante toda a sua história na Palestina. Embora contenham temas religiosos, e interlúdios exortativos (vários ciclos de juízes e profetas), a investida investida maior é no desenvolvimento desenvolvimento histórico de Israel. Os dozes livros de Josué a Ester, são classificados de Histórico, e dramatizam todo o movimento. Stanley A. Ellisen.
1. Movimento Histórico Esses livros narram a conquista de Canaã e o estabelecimento de Israel nesse país, seu posterior florescimento, decadência decadência e queda, passando pelas apostasias que levaram o povo a ser ex pulso pelos assírios assírios e babilônicos, babilônicos, até a sua restauração parcial parcial pelos persas persas à Palestina. O período cobre aproximadamente 1000 anos, de 1405 até 425 a.C. Estes livros dão a estrutura histórica ao restante do Antigo Testamento. Ao ler os livros históricos, percebo que é uma continuação do pentateuco. Moisés chega ao monte Nebo, Vê a terra e morre. Pouco antes disso ele tinha dado instruções a Josué e o livro abre com Deus convocando e animando a Josué a possuir a terra.
2. Cenário geográfico e político da Palestina 2.1 Cenário Geográfico : O nome "Palestina" não era usado nos tempos bíblicos; derivouse mais tarde do termo "fili "filisteu", steu", que identificam os povos (filisteus) chamados de "Palaistinos" pelos gregos, e de "Palestinos" pelos romanos. O nome bíblico para a área era "Canaã", a terra onde Canaã, filho de Cão, se estabeleceu, e que tinha sido prometida pelo Senhor a Abraão (Gn 9:25; 10:6; 12:57). A terra de Canaã (com maldição) seria dada a Abraão (com bênção). Stanley A. Ellisen. Embora Canaã designasse originalmente a terra a oeste do Jordão, Palestina passou a designar, mais tarde, a terra de ambas as margens do Jordão. A terra da Palestina estende-se do elevado monte Hermon, ao norte, até o sul da região deserta do mar Morto. Seu comprimento é de 240 Km, de Dã a Berseba, e sua largura média é de 110 Km, da costa do Mediterrâneo ao planalto oriental. Stanley A. Ellisen. A principal caraterística geográfica da Palestina talvez seja a ponte que ela forma entre três continentes, e o fato de ter-se t er-se constituído historicamente a ligação entre o Egito e a Mesopotâmia. Assim, sendo o centro das civilizações do mundo e o "centro da terra", t erra", a Palestina estava destinada a ser palco de grandes acontecimentos históricos. O Senhor a escolheu como a terra da sua aliança com o seu povo.
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A denominação de "Históricos" classifica em geral os doze livros de Josué a Ester, embora o Pentateuco também faça parte dos livros históricos. Os livros de Josué a Ester, diferem dos livros de Moisés, os quais também são históricos quanto à ênfase fundamental. O Pentateuco traça a história redentora desde a criação até a morte de Moisés, mas dá destaque à aliança e aos alicerces legislativos de Israel. Os livros históricos, por outro lado, dramatizam o movimento histórico da nação durante toda a sua história na Palestina. Embora contenham temas religiosos, e interlúdios exortativos (vários ciclos de juízes e profetas), a investida investida maior é no desenvolvimento desenvolvimento histórico de Israel. Os dozes livros de Josué a Ester, são classificados de Histórico, e dramatizam todo o movimento. Stanley A. Ellisen.
1. Movimento Histórico Esses livros narram a conquista de Canaã e o estabelecimento de Israel nesse país, seu posterior florescimento, decadência decadência e queda, passando pelas apostasias que levaram o povo a ser ex pulso pelos assírios assírios e babilônicos, babilônicos, até a sua restauração parcial parcial pelos persas persas à Palestina. O período cobre aproximadamente 1000 anos, de 1405 até 425 a.C. Estes livros dão a estrutura histórica ao restante do Antigo Testamento. Ao ler os livros históricos, percebo que é uma continuação do pentateuco. Moisés chega ao monte Nebo, Vê a terra e morre. Pouco antes disso ele tinha dado instruções a Josué e o livro abre com Deus convocando e animando a Josué a possuir a terra.
2. Cenário geográfico e político da Palestina 2.1 Cenário Geográfico : O nome "Palestina" não era usado nos tempos bíblicos; derivouse mais tarde do termo "fili "filisteu", steu", que identificam os povos (filisteus) chamados de "Palaistinos" pelos gregos, e de "Palestinos" pelos romanos. O nome bíblico para a área era "Canaã", a terra onde Canaã, filho de Cão, se estabeleceu, e que tinha sido prometida pelo Senhor a Abraão (Gn 9:25; 10:6; 12:57). A terra de Canaã (com maldição) seria dada a Abraão (com bênção). Stanley A. Ellisen. Embora Canaã designasse originalmente a terra a oeste do Jordão, Palestina passou a designar, mais tarde, a terra de ambas as margens do Jordão. A terra da Palestina estende-se do elevado monte Hermon, ao norte, até o sul da região deserta do mar Morto. Seu comprimento é de 240 Km, de Dã a Berseba, e sua largura média é de 110 Km, da costa do Mediterrâneo ao planalto oriental. Stanley A. Ellisen. A principal caraterística geográfica da Palestina talvez seja a ponte que ela forma entre três continentes, e o fato de ter-se t er-se constituído historicamente a ligação entre o Egito e a Mesopotâmia. Assim, sendo o centro das civilizações do mundo e o "centro da terra", t erra", a Palestina estava destinada a ser palco de grandes acontecimentos históricos. O Senhor a escolheu como a terra da sua aliança com o seu povo.
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2.2. Cenário Político: Ocupando posição estratégica, a Palestina era com frequência fr equência alvo altamente cobiçado pelos conquistadores do mundo. Antes da primeira ocupação por Israel, tinha ti nha sido tomada pelos reis da Mesopotâmia a leste, l este, pelos hititas a noroeste e pelos Faraós a sudoeste. Durante a ocupação israelita, Israel foi muitas vezes importunado ou atacado, não só por aqueles povos, mas também por uma variedade de pequenos reinos locais. Estes vizinhos saqueadores faziam com que o povo de Israel Israel vivesse constantemente constantemente na defensiva. O ponto de vista bíblico desses problemas políticos e militares, entretanto, é sempre apresentado da perspectiva divina ou profética. Aquelas nações e impérios vizinhos serviam inconscientemente aos objetivos divinos para o povo de Israel. Quando este obedecia ao Senhor, as outras nações se enfraqueciam ou eram controladas. Quando Israel apostatava, o Senhor levantava um poder estrangeiro a fim de punir, exilar ou enviar os judeus de volta à sua terra. Assim, aconteceu, por exemplo, quando Josué invadiu Canaã. Stanley A. Ellisen.
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3. LIVRO DE JOSUÉ 3.1 Autoria: A tradição judaica (Talmude – (Talmude – compilação compilação de ensinamentos ensinamentos antigos considerados sagrados pelos judeus) diz que Josué escreveu todo o livro, l ivro, com exceção de alguns versos (atri buídos a Finéias - 24:33) que registram sua morte e outros acontecimentos que se realizaram depois deste líder sair do cenário histórico. 3.2 Data: Aproximadamente 1451-1444 a.C. Foco Principal do livro: Enfatiza a fidelidade divina em conceder a Israel a terra de Canaã, a importância da lei escrita e a santidade de Deus ao julgar os pecados dos cananeus. cananeus.
4. TRAÇOS BIOGRÁFICOS DE JOSUÉ O nome significa “Jeová é salvação” ou “Jeová salva”. Josué é chamado servo de Jeová, aquele por meio de quem Deus transmitiu suas ordens e mediante quem Ele realizava Seus propósitos. Deus estava preparando Josué por muito tempo. Ele nasceu na escravidão do Egito, mas Deus o libertou e o fez um colaborador de Moisés (Êx 33:11) e seu assistente na guerra de Refidim contra Amaleque (Êx 17:9). Sempre se revelou valente capitão. Era um homem de grande fé, firmeza de caráter e corajoso. Demonstrou isso trazendo, junto com Calebe, uma boa informação sobre Canaã, baseado no que havia visto visto como espião. Quase foi apedrejado, porque insistiu com os filhos de Israel que avançassem para Canaã (Nm 14:6-10). Diante da oposição dos outros dez espiões, confirmou que mediante a ajuda de Deus os israelitas seriam capazes de conquistar a terra. Esteve sempre unido a Moisés na liderança, e foi eleito para ser o sucessor de Moisés como líder dos hebreus (Nm 27:15-23). Mesmo que tenha sido um homem de grandes qualidades naturais, por preparação preparação e por experiência, experiência, sua suprema qualidade qualidade consistia em ser ser “homem em que há o EspíEspírito”, ou seja, um homem investido do Espírito Santo. Por ser um dos sobreviventes do êxodo do Egito, Josué era quase um ancião quando invadiu Canaã. Havia presenciado as pragas do Egito, a travessia do Mar Vermelho, os grandes milagres de Deus e as falhas de Israel no deserto. Conhecia tanto o poder divino como as fraquezas humanas. 5. A QUESTÃO DO ANIQUILAMENTO DOS CANANEUS Os habitantes da Palestina eram da descendência descendência de Canaã, o qual havia sido amaldiçoado por Noé: Noé: “Maldito seja seja Canaã; Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos irmãos (...) Bendito seja o Senhor, Senhor, Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo” (Gn. 9:25 -26). Sendo assim, aquele povo estava debaixo de maldição que trazia em si um teor profético: profético: Seja Canaã servo de Sem. Sem. E o que aconteceu no período da conquista não foi nada mais do que a descendência de Sem prevalecer sobre a descendência de Canaã. O caráter da religião Cananéia retratado na literatura ugarítica (idioma cananeu), provê ampla base para ilustrar a exatidão das declarações bíblicas na sua caracterização da degenerescência moral e religiosa dos habitantes de Canaã, que devido a isso deviam ser dizimados.
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O livro de Josué salienta uma questão ética crucial: como se justificaria que um povo escolhido por Deus se apossasse de Canaã, massacrando a população, tomando sua terra e riquezas, impondo armas contra os pagãos? Diversas razões devem ser observadas a partir do cenário histórico:
5.1. Devido à degradante religião de Canaã . A obscenidade da religião de Canaã, que tinha um panteão de deuses, tinha-se tornado abominável aos olhos de d e Deus e da própria moralidade. El, o deus principal, é apresentado apresentado em poemas ugaríticos como um tirano sensual, sórdido e sanguinário; as três tr ês deusas cananeias, enroladas em serpentes, são apresentadas em posturas vis e sensuais. O sistema prestava homenagem a serpentes, era depravado e estava fadado à destruição. 5.2. Devido à sua cultura corrompida. A adoração ao sexo demoníaco e aos ídolos de guerra refletia uma sociedade permeada de imoralidade e violência. Seus templos eram centros de vício com sacerdotes sodomitas e sacerdotisas prostitutas. Queimar crianças vivas nos altares se tinha tornado ritual comum. A falta de caráter moral das divindades cananeias cananeias deve ter produzido os piores traços de caráter em seus devotos 5.3. Devido às admoestações e paciência de Deus . O texto bíblico declara que o Senhor é o dono da terra de Canaã e podia dá-la ou negá-la a quem quisesse, por razões r azões nem sempre evidentes ao homem. O seu plano de cessão e período de experiência é observado diversas vezes antes de Moisés e Josué: a) Através de Noé, Deus profetizou julgamento para os cananeus pela sua obscenidade (Gn 9:22-27). b) justamente como aconteceu com os habitantes de Sodoma antes da sua destruição, o Senhor deu aos cananeus oportunidades de arrependimento (Gn 18:25; Rm 1:18-22). Deus esperou 400 anos. 5.4. Devido à comissão divina de Israel. Israel não foi designado para ser apenas uma organização religiosa, mas um governo civil com obrigações da aliança perante o Senhor. Como tal, sua primeira comissão era executar o julgamento de uma sociedade corrupta e violenta de acordo com a aliança de Noé (Gn 9:6). Assim, os israelitas seriam os instrumentos da justiça divina. Apesar de sempre reticente na execução daquele sórdido dever, Israel estava sob o comando específico do Senhor para tomar a terra, destruir destruir os cananeus cananeus e receber sua riqueza (Nm 31:7; 31:7; 33:51-56; Dt Dt 9:3; 7:1-5,16; Js 1:1-7). Na realidade, os ataques at aques de Israel eram quase sempre respostas aos ataques iniciais dos cananeus (Nm 21:1; 23-24,33; Js 9:1-2; 10:1-4;11:1-5). 5.5. Devido às promessas da aliança feitas por Deus . Os israelitas estavam destinados a serem um povo missionário, dessa forma a Palestina seria o local ideal para a permanência desse povo, pois era o “corredor do mundo”, porque por ela, como já vimos, passavam passavam as grandes estradas que uniam o Oriente ao Ocidente. Conforme o Senhor declarou a Abraão e a Israel, a ocupação final da Palestina por Israel estender-se-á desde o Egito até o Eufrates (Gn 15:8; Dt 1:7-8; 30:5). “Antes daquela futura ocupação final, entretanto, o Senhor novamente limpará a terra da vil idolatria e brutalidade introduzida por um sistema religioso inspirado por Satanás. Stanley A. Ellisen ”. Pg.75
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6. No primeiro capítulo do livro de Josué, começa o processo de conquista. Travessia do Jordão. Era época de cheia do Rio Jordão, imaginamos como seria atravessar com mulheres, crianças e bagagem. Humanamente impossível de acontecer, mais Deus tem seus meios, quando nos ordena, também nos capacita para cumprir. Mateus 28:20 revela que ele estará conosco.
6.1 Divisão do livro A conquista da terra 1 -12 A ocupação da terra 13-14
6.2 A passagem do rio Jordão. Josué 3.1-7. Js 3.1- Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e partiram de Sitim, e vier am até ao Jordão, ele e todos os filhos de Israel, e pousaram ali antes que passassem. 2- E sucedeu, ao fim de três dias, que os príncipes passaram pelo meio do arraial, 3- e ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca do concerto do SENHOR, vosso DEUS, e que os sacerdotes levitas a levam, parti vós também do vosso lugar e segui-a. 4- Haja, contudo, distância entre vós e ela, como da medida de dois mil côvados; e não vos chegueis a ela, para que saibais o caminho pelo qual haveis de ir; porquanto por este caminho nunca passastes antes. 5- Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós. 6- E falou Josué aos sacerdotes, dizendo: Levantai a arca do concerto e passai adiante deste povo. Levantaram, pois, a arca do concerto e foram andando adiante do povo. 7- E o SENHOR disse a Josué: Este dia começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que assim como fui com Moisés assim serei contigo.
Esse texto registra as palavras de encorajamento dadas por Deus a Josué ao assumir a liderança de Israel. Deus prometera que assim como foi com Moisés seria com ele. Logo no princípio de sua liderança Deus permitiu a Josué efetuar prodígios (a travessia do Jordão a pé enxuto), isso para que o coração do povo ficasse seguro, sabendo que o mesmo Deus que os havia dirigido e protegido até aqui através da liderança de Moisés, continuaria dirigindo-os através da liderança de Josué. Quando lemos o livro de Josué observamos que seu sucesso estava relacionado ao fato de observar a lei. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido. Josué 1:8.
7. O que significa meditar? Para nós é parar para pensar. Para os hebreus, meditar é literalmente, entender e conhecer, receber e praticar, não ficar pensando.
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Josué entendia que precisava seguir os princípios da palavra, e nós devemos entender que princípios levados a sérios não tem como não ser sucedido. Como não me seguiram de coração íntegro, nenhum dos homens de vinte anos para cima que saíram do Egito verá a terra que prometi sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, com exceção de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Nm, seguiram ao Senhor com integridade de coração. Números 32:11,12 Israel estava acampado em Sitim, de frente a Jericó, nas campinas de Moabe, Josué enviou dois espias para verificarem a Terra e a Jericó (Js. 2.1-24; 6.17,22-25). Encontramos nesta passagem a extraordinária história de Raabe, uma mulher canaanita, era prostituta, não tinha nada de recomendável na pessoa dela, mais sua fé a levou salvar toda sua casa. A arca do senhor que representava a presença de Deus, foi colocada à frente de Israel em sua marcha para a conquista. No capítulo 3:35, Josué fez recomendações para que o povo se santificasse. Quando os sacerdotes que levavam a arca colocaram os pés nas margens do Jordão, vemos aí praticamente uma repetição do evento ocorrido no mar vermelho, as águas que vinham de cima foram cortadas e se amontoaram, e mais uma vez vemos o povo passar a pé enxuto. Chegando na outra margem as águas voltaram para o seu lugar. Doze homens, cada um representando uma tribo de Israel, tiraram doze pedras do rio Jordão e transportaram até o acampamento seguinte, Gilgal, onde Josué ergue uma coluna, para memorial aos filhos de Israel, para que reconhecessem a operação do Senhor.
8.Acampamento em Gilgal Em Gilgal, do outro lado do Jordão, antes de qualquer conquista foram circuncidados todos os filhos de Israel (Js 5:1-9). Também foi celebrada a Páscoa (Js 5:10-11). A primeira geração tinha morrido e agora era necessário circuncidar os que haviam nascido no deserto.
9. Queda de Jericó – cap. 6 Para que os Israelitas pudessem avançar na conquista de Canaã, precisavam derrubar as muralhas de Jericó. Aqui encontramos Deus dando instrução de como seria a queda do muro e isto parecia loucura. O muro tinha duas partes. A parte exterior tinha dois metros de espessura e a inferior quatro. Entre ambas as partes havia um espaço de quatro a cinco metros. As duas tinham cerca de dez metros de altura. Devia ser uma estrutura imponente, visível a uma distância de vários quilômetros. As muralhas eram interligadas, no alto, por casas construídas em sentido transversal. As ruínas parecem indicar que a muralha exterior desmoronou para fora e pelo declive abaixo, arrastando a muralha interior e as casas. Isso possibilitou aos invasores entrar cada qual em frente de si. A cidade e tudo quanto havia nela queimaram-no a fogo (Js.6.20,24)
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2 metros de espessura
D e +- 5 metros
4 metros de espessura
z m e t r o s d e a l t u r a
A queda do muro foi um milagre extraordinário e entendemos com isto que Deus sempre nos dará vitória quando nos voltarmos a obedecer seus comandos.
9. Experiência pessoal da professora. No ano de 2005, eu e meu esposo apóstolo Silas fomos abrir um campo numa cidade serrana chamada Araruna. Meses depois da conquista daquela terra, sentimos a necessidade de construir um templo. Precisávamos comprar um terreno, mais não tínhamos recursos. Deus nos deu uma revelação que deveríamos plantar ouro na porta da igreja, pois ele traria as riquezas. Nesse tempo estávamos em um prédio alugado. Meu esposo muito obediente, comprou dois vasos, colocou bem na entrada do prédio e nesses vasos plantamos ouro. (Eram nossas primeiras alianças que tínhamos guardadas). Alguns dias depois se converteu em nossa igreja uma senhora sucedida financeiramente, e em um culto ela trouxe uma caixa com muitas joias dizendo que Deus havia falado com ela para doar para igreja. Com a venda dessas peças, foi dado a entrada para compra do terreno. As riquezas chegaram, exatamente como Deus havia falado. Deus dava uma instrução e isto parecia loucura. 10. Campanha de Aí – cap. 7 e 8 Israel conquista Jericó e entram na parte central de Canaã. Aí dominava a entrada para o vale que levaria à Canaã ocidental.
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No capítulo 7:11 lemos, ISRAEL PECOU, o pecado de um homem chamado Acã causou muitos danos, o povo perdeu a guerra, muitos homens morreram, ouve um prejuízo por causa desse pecado, e foi apenas uma capa babilônica e duzentos ciclos de prata e uma cunha de ouro. O pecado de um homem causou a derrota de Israel. As palavras de Acã foram: ...cobicei-os e tomei-os (Js. 7.21) > Esse acontecimento deve nos levar a refletir no grande perigo que corremos quando colocamos nossa pessoa a frente daquilo que é projeto de Deus para benefício próprio.
10.1 A Campanha do Sul – cap. 10 10.2 A Campanha do Norte – cap. 11 Restabelecido o favor de DEUS, os israelitas avançam contra Aí. O próprio DEUS revela mais uma vez a estratégia a usar. Os homens de Aí são engodados a sair de sua cidade murada e descobrem que estão encurralados numa emboscada. A cidade é capturada e destruída, com todos os seus habitantes. (8:26-28). Não há transigência com o inimigo! Josué edifica a seguir um altar no monte Ebal, em obediência à ordem de DEUS por intermédio de Moisés, e escreve sobre as pedras “uma cópia da lei”. (8:32) Depois, Josué lê as palavras da Lei, junto com a bênção e a maldição, perante a assembleia da inteira nação que está de pé, metade diante do monte Gerizim e a outra metade diante do monte Ebal. — Dt. 11:29; 27:1-13. Diversos dos pequenos reinos de Canaã, alarmados com o progresso rápido da invasão, se unem no esforço de impedir o avanço d e Josué. Mas, ‘os habitantes de Gibeão, ouvindo o que Josué havia feito a Jericó e a Aí, agem com astúcia’. (Jos. 9:3, 4) Fingem ser de um país distante de Canaã, e fazem um pacto com Josué “para deixá -los viver”. Quando os israelitas descobrem o ardil, re speitam o pacto, mas fazem dos gibeonitas ajuntadores de lenha e tiradores de água, quais escravos mais baixos, cumprindo-se assim em parte a maldição que Noé, sob inspiração divina, pronunciara contra Canaã, filho de Cã. — Jos. 9:15, 27; Gên. 9:25. Essa deserção dos gibeonitas não é coisa insignificante, pois Gideão era uma cidade grande maior do que Aí, e todos os seus homens eram poderosos. (Jos. 10:2) Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, vê nisso uma ameaça contra si mesmo e contra os demais reinos de Canaã. Tem de ser punido para servir de exemplo, a fim de que não haja mais deserção para o lado do inimigo. Portanto, AdoniZedeque e outros quatro reis (das cidades-reinos de Hebron, Jarmute, Laquis e Eglom) se organizam e guerreiam contra Gibeão. Josué, fiel a seu pacto com os gibeonitas, marcha a noite inteira para ir em socorro deles, e desbarata os exércitos dos cinco reis. Mais uma vez, DEUS luta pelo seu povo, em pregando poderes e sinais sobre-humanos, com resultados devastadores. Grandes pedras de saraiva caem do céu, matando mais inimigos do que as espadas do exército israelita. Daí, o sol fica parado no meio dos céus e não tem pressa em pôr-se por cerca de um dia inteiro. (10:13). Assim, podem ser completadas as operações de limpeza. Os sábios do mundo talvez tentem desacreditar este acontecimento miraculoso, mas os homens de fé aceitam o relato divino, bem cientes do poder de DEUS de controlar as forças do universo e de dirigi- las segundo a Sua vontade. Pois, com efeito, “o próprio DEUS lutava por Isr ael”. — 10:14.
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Josué, depois de matar os cinco reis, destrói a Maquedá. Indo rapidamente para o sul, destrói completamente a Libna, Laquis, Eglom, Hebron e Debir, cidades situadas nas montanhas e colinas entre o mar Salgado e o Grande Mar. As notícias sobre a invasão espalham-se então por todo o país de Canaã. No Norte, o alarme é dado por Jabim, rei de Hazor. A toda a parte, a ambos os lados do Jordão, ele envia mensageiros para convocar uma ação unida em massa contra os israelitas. Quando as forças reunidas do inimigo se acampam junto às águas de Merom, abaixo do monte Hermom, são uma “multidão como os grãos de areia que há à beira do mar”. (11:4) Novamente DEUS assegura a Josué a vitória e fornece o plano da estratégia da batalha. Qual o resultado? Mais uma derrota esmagadora para os inimigos do povo de DEUS! Hazor é incendiada, e as cidades aliadas e seus reis são destruídos. Assim, Josué estende a área da dominação israelita por todo o comprimento e por toda a largura de Canaã. Trinta e um reis foram derrotados.Js.12:7-24. www.fortalezaredes.com.br/documents/biblia/Antigo/Intrjsue.htm - site visitado em 10 de novembro de 2014.
11. A Divisão da Terra: 13-24 Josué agora com aproximadamente 90 anos, entende que a conquista da terra estava longe de ser completada e resolve dividir a terra entre eles, Js.13. AS DOZE TRIBOS
Detalhe: Tribo de Levi, tinham uma tarefa especial, foram distribuídos em todas as tribos para cuidarem da parte religiosa, das coisas sagradas. Dt.18.1-2
11.1 Herança dos levitas
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A tribo de Levi, responsável pelo serviço religioso de toda a nação, dependia dos dízimos e das ofertas do povo para seu sustento (Dt 12:11,12,19; Ne 10:37). Portanto, não recebeu herança na forma de território. As tribos foram encarregadas de selecionar cidades para os levitas habitarem. Os filhos de Levi foram três: Gérson, Coate e Merari, e esta divisão natural serviu para funções religiosas distintas:
DIVISÃO DO CORPO LEVÍTICO
CIDADES E SUA LOCALIZAÇÃO
Os filhos de Gérson (gersoni No território de Judá e Simeão, tas) eram incumbidos de cuidar do exte- 9 cidades rior do Tabernáculo, sendo os vigias desse Território de Benjamim, 4 cidatemplo portátil (Js 21:27-33). des Território de Efraim, 4 cidades Território de Dã, 4 cidades Território de Manassés (ocidental), 2 cidades Coate, o segundo filho de No território de Manassés (oriLevi, era o fundador da grande família dos ental), 2 cidades coatitas, que além de servirem no TaberTerritório de Issacar, 4 cidades náculo (Nm 3:27-32; 4:6) e no Templo, Território de Aser, 4 cidades eram cantores dos cultos na casa do SeTerritório de Naftali, 3 cidades nhor (ICr 6:31-38). Os filhos de Merari (merati No território de Zebulom, 4 citas) eram incumbidos da conservação do dades tabernáculo propriamente dito ou o edifíTerritório de Rubem, 4 cidades cio físico (Js 21:34-40). Território de Gade, 4 cidades Quadro retirado da apostila de Livros Históricos do Betel Brasileiro. A terra embora distribuída não foi conquistada até o tempo de Davi.
11.2 A possessão de Calebe – cap. 14 Dentre os Espias somente Calebe e Josué ousaram confiar em Deus. Como recompensa eles foram os únicos da sua geração a quem Deus permitiu entrar em Canaã.
11.3 Os últimos anos da vida de Josué Em recompensa por seu destemido comando, Josué recebeu uma cidade só para ele, Timnate-Sera, nas colinas de Efraim (Js 19:49-50). Siló, o centro religioso que ele estabeleceu para todo o Israel, ficava ali perto, no mesmo território de Efraim. Antes de morrer, com a idade de 110 anos (Js 24:29-30), Josué reuniu todo o povo de Israel em Siquém e advertiu-os severamente para que temessem
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a Deus. Relembrou-lhes o fato de que Deus chamara a Abraão para que não servisse a ídolos e cum priram o pacto estabelecido com os patriarcas, introduzindo Israel na terra prometida. São desta ocasião as famosas palavras do líder Josué: “(...) temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem vossos pais, que estavam além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e minha casa serviremos ao Senhor. ” (Js 24:14-15).
Três vezes o povo afirmou sua dedicação ao Senhor, o que está escrito em Josué 24:17-24. Todavia, após a morte de Josué, Israel só cumpriu essa promessa enquanto vivia a geração mais idosa.
12. LIVRO DE JUÍZES
Introdução: Neste livro encontramos uma narrativa histórica que nos fala sobre a fidelidade de Deus em contraste com a apostasia de Israel. Havia uma promessa imposta pelo próprio Deus a Abraão e aos seus descendentes, com isto encontramos Deus sucessivas vezes, apesar dos constantes abandonos de seu povo, provendo li bertadores (Juízes). Assim, a preservação desse povo não foi atribuída à bondade ou ao mérito das pessoas. Deus demonstrou compaixão e piedade aos teimosos israelitas que o afligiam continuamente, provendo fortes líderes. Entendemos que o grande herói de Juízes é o próprio Deus, que, sozinho permanece fiel apesar das quedas de seu povo e até mesmo dos Juízes.
Autor: O Livro de Juízes não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição Judaica o atribui a Samuel. Evidência interna indica que o autor viveu logo após o período dos juízes. Samuel se encaixa nessa qualificação. Data: 1425 - 1095 a.C. Mais de 300 anos (Jz.11.26). Este período vai da morte de Josué ao fim do governo de Samuel. Em Juízes 2.10b definimos a posição real deste povo. Esse livro abrange a história dos primeiros trezentos e cinquenta anos da terra prometida. Juízes 17:6, inicia aqui um novo período na história de Israel. O período dos juízes foi marcado por anarquia, guerra civil, idolatria, invasões estrangeiras e opressões. Período teocrático de Israel Téo – Deus(grego)
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Crítico – governo Governo de Deu
12.1 Os Juízes Os Juízes eram heróis, muitas vezes dotados de força física ou carismas especiais para libertarem Israel da opressão dos estrangeiros. Os Juízes não tinham sucessores nem dinastia, não promulgavam leis e nem impunham impostos. Eles eram as testemunhas de que Javé jamais abandonou o seu povo. Entre os grandes juízes encontramos Samuel, que foi o único que exerceu os cargos de sacerdote, profeta e juiz, Samuel teve autoridade sobre todo o Israel, embora não tinha sido chefe de exércitos como os outros. Ao todo foram 15 juízes. Seus nomes são: Otniel (Judá) - Jz 1:11-15; Jz 3:7-11 Eúde (Benjamim) - Jz 3:12-30; Jz 4:1 Sangar (desconhecido a origem) - Jz 3:31; Jz 5:6 Débora (Efraim) - Jz 4:1; Jz 5:31 Gideão (Manassés) - Jz 6:1-8; Jz 6:32 Abimeleque (Manassés) - Jz 8:33-9:57 Tola (Issacar) - Jz 10:1-2 Jair (Manassés) - Jz 10:3-5 Jafté (Manassés) - Jz 10:6-12; Jz 7 Ibsã (Judá ou Zebulom) - Jz 12:8-9 Elom (Zebulom) - Jz 12:11-12 Abdom (Efraim) - Jz 12:13-15 Sansão (Dã) - Jz 13:1-16 e Jz 31 Eli – 40 anos (1 Samuel 1:1 até 4:22). Samuel – livramento do jugo dos filisteus; organização do Reino; último juiz (1 Samuel 7:15-17). Governou por 40 anos. Encontramos aqui a incapacidade dos hebreus em obedecerem às ordens divinas para ex pulsarem todos os povos cananeus. Em consequência disso vemos Israel sendo influenciados pelas práticas pagãs daquele povo sendo levados a apostasia. A segunda parte do livro destaca o ciclo vicioso do pecado do povo ao livramento de Javé. É importante notar que, neste ciclo, não há nenhuma menção ao arrependimento. Há 6 ciclos completos de pecado e livramento descritos entre os capítulos 3 e 16. Cada ciclo começa com a seguinte fórmula: “os israelitas fizeram o que o Senhor reprova”, conforme vemos em 2:11; 3:7; 4:1; 6:1; 10:6; 13:1.
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Apostasia > Afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrina.
13. Apostasias 1ª Apostasia (Jz.3.7-11) Os Israelitas estabeleceram-se entre as nações sírias. Pareciam muito inclinados a viver em paz com elas e ceder bastante por amor à paz. Vejamos o que eles fizeram: Jz.3.5-8 Logo os mesopotâmicos começaram a oprimi-los (3.8). 8 anos foram oprimidos por essas nações do Norte. Libertador: Otniel, sobrinho de Calebe. Veio sobre ele o espírito do senhor e julgou a Israel, saiu à peleja (3.10). Vemos aqui a arma usada por esse libertador, a oração. A palavra diz que ele orou e depois saiu para batalhar. Otniel foi um dos melhores, ele levou Israel a um alto nível de reverência para com Deus e seus planos. Seguiram-se quarenta anos de tranquilidade. 2ª Apostasia (Jz.3:12-31) O longo período de paz que o país teve, depois da expulsão do exército da Mesopotâmia, trouxe prosperidade ao povo e levou de novo à fraqueza espiritual (jz.3.12). Desta vez os Moabitas que atacaram. O castigo durou dezoito anos. Novamente o povo clama a Deus e Eúde, com quem o nome de Sangar está ligado, foi o libertador. Este benjamita escolheu seu próprio método de ação e assassinou o rei moabita. Seguiram-se oitenta anos de paz para Israel. Sangar, o homem de aguilhada de bois, vem a seguir (jz.3:31) 3ª Apostasia (Jz. 4 e 5) Toque feminino -Débora e Jael Surge a profetisa Débora, uma dessas raras mulheres cujo coração arde de entusiasmo quando o desânimo domina o povo. Israel vivera oprimido por vinte anos (Jz.4.3). A opressão veio por meio de Jabim, rei de canaã
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Débora chama Baraque para ajudá-la. Juntos libertaram Israel da opressão. Havia guerra por toda parte e os israelitas sentiam-se indefesos e esmagados. Eles clamaram de novo e Deus res pondeu. Aqui as tribos tinham tido a sua terceira lição e deviam, nessa altura, conhecer o perigo de abandonar Deus. Sem Deus eles como crianças indefesas. Débora era profetiza, não era guerreira, por isso chama Baraque. Baraque demonstra ser um líder fraco.
4ª Apostasia (Jz.6-8:38) Desta vez a libertação veio por Gideão, um humilde lavrador. Os midianitas mantiveram os israelitas em servidão por sete anos. Tão terrível foi ela Que o povo se escondia em cavernas e covas e era perseguido nas montanhas. Em 1926-28 o Seminário Xenia e Escola americana sob a direção de Melvin G.Kyle e Albright realizaram escavações arqueológicas e encontraram numa cidade construída por Otniel (1.500 A.c) muitos depósitos ocultos de cereais que mostra o quanto era insegura a vida e propriedade nos dias em que não havia defesa organizada contra os midianitas – o povo se refugiava-se em cavernas e covas. (Módulo Fatad)
5ª Apostasia (Jz.8.33-10:5) Quase imediatamente após a morte de Gideão começarão a adorar os baalins. Jz.8.33. Gideão foi um dos juízes mais bem-sucedidos na manutenção da ordem e a terra descansou quarenta anos. Não havia nenhum líder legítimo para substituí-lo. Gideão tinha muitos filhos, mas nenhum deles em condições de tomar o seu lugar. Abimeleque, um deles, homem brutal e sem princípios, consegue obter aliançados homens de Siquém, usurpou o título de rei. Reinou três anos como um tirano. Foi morto por uma mulher e seguiu-se um período de quarenta e cinco anos de tranquilidade, sob a ditadura de Tola e Jair. 6ª Apostasia (Jz.10.6 -12.15) Vemos aqui o povo quase totalmente entregue à idolatria. Deus castigou desta vez por meio dos filisteus durante dezoito anos. Na sua grande angustia clamaram ao Senhor e pela primeira vez lemos que ele se recusou a ouvi-los e lembrou-lhes as repetidas ocasiões em que os havia socorrido (Jz.10.13) O livramento veio por meio de Jefté. Jefté foi homem de heroica ousadia. (Jz.11.30-40) história de votos e vitórias, especialmente do voto que fez no tocante a sua filha única. Depois de sua vitória, Jefté julgou a Israel apenas seis anos. 7ª Apostasia (Jz.13-16) A sétima apostasia começa com as palavras tendo os filhos de Israel tornado a fazer o que mal perante o Senhor. (Jz13.1). Desta vez foram castigados pelos filisteus, sob cuja terrível opressão viveram quarenta anos. É aqui que vemos a história de Sansão, cheia de oportunidades e de fracassos. Foi escolhido por Deus antes de nascer, para livrar a Israel da mão dos filisteus (Jz.13.5). Tudo deveria ter sido a favor de Sansão, mas ele formou uma aliança ímpia, que o levou à ruína.
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JUIZES 17-21 – Estes últimos capítulos dão-nos um quadro de anarquia e confusão. 1-A vida religiosa do povo está em estado de confusão – Jz: 17 e 18. 2-A vida moral do povo está em confusão Jz. 19. 3-A vida política do povo estava em confusão Jz. 21. Israel havia abandonado Deus e agora vemos o abismo em que se afundou. Encontramos infidelidade e fracasso, mas Deus ama os seus. Quando olhamos para esse quadro, será que nos lembra alguma coisa¿ Sim, esse é também o retrato dos nossos dias atuais.
14. LIVRO DE RUTE Introdução: Este livro enfatiza um tema muito abrangente da bíblia, o desejo de Deus de que todos, e não apenas os israelitas, creiam Nele e sejam salvos. RUTE a coabita traz uma confissão de fé. EU QUERO O DEUS DE ISRAEL. Essa história acontece durante o período dos juízes, quando houve um extremo declínio espiritual e moral em Israel. O livro de Rute enfatiza a redenção. A mão providencial de Deus que redimiu Rute e Noemi da miséria que terminaria na morte é evidente. Deus interveio nas circunstancias, para que Rute e Boaz se encontrassem e prontamente levantou Boaz para assumir as responsabilidades como remidor. O parente resgatador era o defensor dos direitos da família. Era um parente próximo que tinha recursos financeiros para ajudar algum membro da família assolada pela pobreza, tomando providência para salvá-la da escravidão e da venda de terras dos seus ancestrais. Na história de Rute, Boaz resgatou uma propriedade que Noemi estava preste a vender e assumiu outra responsabilidade do parente resgatador, que foi de prover um herdeiro do marido falecido de Rute. Morrer sem um herdeiro era considerado uma tragédia no Antigo Oriente Médio. Para corrigir essa situação, normalmente o irmão solteiro do homem falecido deveria casar-se com a viúva e gerar uma criança que seria considerada a herdeira do falecido. Isto era chamado de Levirato. Boaz assumiu essa responsabilidade embora não fosse o parente mais próximo.
Data: No período dos Juízes. Rt.1.1 – No tempo que julgava os juízes... Autoria de Samuel – é aceita pela tradição Judaica, e devemos considera-la, pois é um conceito que passou de geração a geração. Contexto Histórico:
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O texto de Rt 1:1 situa a história de Rute no tempo dos juízes. O livro começa com a circunstância não muito comum de que havia fome em Belém (“casa do pão”), com um casal efrata de Belém de Judá, Elimeleque e Noemi. Para fugir da fome que assola a sua terra no período em que os juízes julgavam Israel, eles emigram com a família para terra de Moabe, território ao sul de Israel. Lá seus dois filhos casam com as moabitas Rute e Orfa. Após um tempo, morrem Elimeleque e seus dois filhos. Os moabitas eram descendentes de Ló, parentes distantes dos Israelitas, porém idólatras.
15. SIMBOLIGIA 3 personagens principais: NOEMI -Simbolizando o Espírito Santo RUTE -Simbolizando a NOIVA ( A IGREJA) BOAZ -Simbolizando o NOIVO (CRISTO) O livro vai nos levar a compreender o perfil necessário para a noiva (IGREJA) que pretende chegar ao casamento. O livro nos leva a ver a dependência do Espírito Santo ensinando cada atitude a ser tomada e a direção a seguir. O livro nos mostra o noivo digno e cuidadoso que faz tudo para cumprir com sua tarefa remidor. NOEMI Lições a serem aprendidas por essa mulher: Rt. 1:8-9 -Zelosa pelas noras, pois não poderia lhes prover sustentador. Rt. 1:20 -Chamem-me Mara, pois estou amargurada, humilhação. Rt.3:1-5 -Cuidado com Rute para levá-la a um casamento.
RUTE: Fidelidade- Não abandona sua sogra que não teria como subsistir. Mudança de caminho – decide fazer parte de Israel, te Deus como Senhor, uma mudança completa na sua vida e na sua cultura. Obediente- Segue toda a direção da sogra, pois ela não conhecia a cultura de Israel no que se refere a colheita de alimentos, da remissão para alcançar um casamento, etc... Respeitada e admirada – Boaz se refere a ela como tendo ouvido falar do seu bom proceder com a sogra. BOAZ O Remidor. Em Israel havia a lei de herança e o remidor seria aquele numa sequência hereditária que teria direito a terra do seu parente, para que essa terra não passasse a outra tribo ou a estranhos, sendo
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assim, sempre que morressem os homens da família ou que se quisesse vender a terra teria por lei que seguir a sequência de direito de remissão.
TIRAR AS SANDÁLIAS DOS PÉS Naquele tempo não havia cartórios, advogados, meios jurídicos, que validassem e defendessem causa popular, então esse tipo de ato era comum, isto era um costume da época. A pessoa tirava a sandália dos pés e dava ao outro, oficializando assim os negócios em Israel. Veja, Rute 4:7. Dt. 25:5-10 - Moisés chegou a instruir o povo a se organizar na porta da cidade e com a ajuda dos anciões, firmar contrato envolvendo os calçados. Aquele que rejeitasse o sapato do outro, estaria renunciando a um dever, por isso, se chamaria O DESCALÇADO.
Aplicação do livro de Rute Não fomos chamados para trabalhar para ele, fomos chamados para relacionamento. Rute passou a noite aos pés de Boaz e isto a fez casar com ele. Isto é o que nos faz casar com o noivo. RELACIONAMENTO. Ferramenta: PALAVRA-ORAÇÃO-JEJUM.
16. I E II SAMUEL Introdução: Originalmente primeira e segunda Samuel eram um só, O LIVRO DE SAMUEL, nas escrituras hebraicas. Quando estas foram traduzidas para o grego, a versão Septuaginta, os livros de Samuel e Reis foram agrupados para completar a história da monarquia hebraica. Essa unidade das escrituras era dividida em quatro partes. Os livros de Samuel e Reis foram separados novamente mais tarde, mas as divisões da tradução grega persistiram. Com isto, temos em nossas versões modernas os livros de 1 e 2 Samuel e de 1 e 2 Reis. No início do livro de primeira Samuel, a nação estava em baixo nível espiritual, até mesmo o sacerdócio estava corrompido. I Sm. 2.12-17, 22. O primeiro livro de Samuel fala do rápido crescimento do poder e da influência do rei Saul, bem como a sua subsequente queda. O segundo livro registra os triunfos e as derrotas do rei Davi. Desde sua ascensão ao trono até as suas famosas últimas palavras, sua biografia descreve um notável lí der inspirado por Deus. O N ovo Comentário Bíblico Antigo Testamento – E ditores: E arl D. R admacher , R onald B, Allen, H .Wayne H ouse – 1ª E dição 2010 – E d. Central Gospel. Pgs.452.453.
Autor: A tradição judaica indica Samuel como o autor desses livros, mas é provável que levem o nome dele por causa de sua importância nos primeiros vinte e cinco capítulos. Talvez Samuel tenha sido responsável por parte do material em I Samuel, especialmente a história inicial de Davi, como indica I Cr.29:29.
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Data:1095-975a.C – 120 anos. Este período abrange os reinados de Saul, Davi e Salomão 16.1 Propósito: O propósito destes livros era registrar a fundação da monarquia hebraica. Incluem, portanto: • A carreira de Samuel, fundador de reis • A carreira de Saul, rei infiel, que abandonando a aliança, se transformou em tirano • A carreira de Davi, rei verdadeiramente teocrático, que fundou a dinastia permanente e válida de cuja descendência surgirá o Messias Samuel – Juiz de transição – último juiz Juiz de transição porque tira o povo do período teocrático e entra no período da monarquia Israelita. Samuel – 3 funções Profeta: falar da parte de Deus para o povo Sacerdote: Apresentar o povo para Deus Juiz: Governar o povo No início do livro de I Samuel, a nação estava em um baixo nível espiritual. Até mesmo o sacerdócio estava corrompido, I Sm 2: 12-17. O pecado de Hofni e Finéias começava na hora que o povo trazia seus sacrifícios para serem queimados no altar, porque a regra era clara a respeito do que cabia a eles (levitas) das ofertas queimadas no altar, veja: “Este, pois, será o direito dos sacerdotes, a receber do povo, dos que oferecerem sacrifício, seja boi ou gado miúdo; que darão ao sacerdote a espádua e as queixadas e o bucho." (Deuteronômio 18:3).
A impunidade gerou outros pecados. Os filhos de Eli profanavam o templo assediando e praticando sexo com várias mulheres, veja: “Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação. ” (1 Samuel 2:22).
16.2 Os Elis da nossa geração . Reflexão do pastor Luiz Alberto Sayão, pastor da Igreja Batista Nações Unidas (São Paulo, SP)
1. Muitos pais falham em não ensinar a Palavra divina. Timóteo aprendeu com a mãe (2Tm 1.5, 3.15). O livro de Provérbios enfatiza o ensino dado aos filhos desde pequenos (1.8; 6.20; 23.22). O ensino bíblico precisa ser dado pessoalmente, no nível do olho-no-olho. Não pode ser mera abstração distanciada. Além disso, ensinar é viver. Se nosso procedimento mostrar que nossos valores são outros, estaremos levando os filhos na direção equivocada.
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Em casa, a vida fala mais alto do que as palavras.
2. Muitos pais rejeitam a verdade de que filhos precisam de limites. A falta de amor em aplicar disciplina aos filhos é uma fuga da responsabilidade (medo de sentir-se culpado) que provoca danos sérios à formação do ego e da personalidade da criança. Este foi o grande erro de Eli. Quem se nega a castigar seu filho não ama, quem o ama não hesita em discipliná-lo. (Pv.13.24). Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. (Pv.23.13). Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua alma. (Pv.29.17). 3. A maioria dos pais precisa pegar leve! Alguns pais, motivados pelo zelo religioso, acabam cobrando demais de seus filhos e apenas exigindo o tempo todo. Falta afeto, falta atenção real, conversa pessoal, etc. Essa é a preocupação da frase “não irritem seus filhos” (Cl 3.21; Ef 6.4) Talvez essa seja uma das maiores dificuldades dos pais muito “espirituais”, que enfatizam a lei e os mandamentos, mas que não expressam graça e amor, a essência do evangelho. 4. Os pais precisam lembrar que família é prioridade! É importante destacar que muitos pais “consagrados” fazem de tudo na igreja e na fé, e deixam seus filhos em segundo plano. A ideia é que Deus irá cobrar a fidelidade na obra do Senhor. O livro traz o clamor do povo por um rei, embora Deus nunca tenha pretendido que Israel tivesse outro rei senão Ele. Mas Israel na sua apostasia tornara-se inquieto > Queriam um rei como as outras nações ao redor> vemos Deus lhes conceder o pedido. Desejo de seguir um padrão vivido por todas as nações. Entra aqui a unção do primeiro rei.
16.3 REI SAUL Saul era um membro da tribo de Benjamim, uma das menores tribos israelitas. Seu pai se chamava Quis, filho de Abiel. Saul nasceu em Gibeá, uma cidadezinha ao norte de Jerusalém. Ele era um homem casado a uma única esposa, Ainoã, e pai de cinco crianças - três filhos e duas filhas (1 Samuel 14:49-50). O filho mais conhecido de Saul se chamava Jônatas. Os três filhos de Saul morreram com ele em uma batalha (1Samuel 31:2). De suas duas filhas, a mais conhecida é Mical, que se casou com Davi. Saul foi um fracasso – humilde no início, depois se encheu de orgulho e tornou-se desobediente a Deus. Muitos pregadores enfatizam que Saul foi escolhido pelo povo e Davi por Deus. Estes textos bíblicos nos mostram que Saul foi escolhido por Deus para reinar sobre o povo.
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“Porque o SENHOR revelara isto aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo: Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; (...) E quando Samuel viu a Saul, o SENHOR lhe respondeu: Eis aqui o homem de quem eu te falei. Este dominará sobre o meu povo. (1Sm 9:15-17). “Então disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o SENHOR escolheu? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então jubilou tod o o povo, e disse: Viva o rei! ” (1Sm 10:24) “Então o Senhor falou a Samuel: Arrependo-me de ter constituído a Saul rei, pois ele me abandonou e não seguiu as minhas instruções”. (1Sm 15:10-11). Fracassos de Saul – onde ele feriu a lei.
16.4 PECADOS DE SAUL PRIMEIRO PECADO DE SAUL O primeiro pecado de Saul foi servi como Sacerdote sobre Israel, usurpando temporariamente o cargo de Samuel, que era o Sacerdote e Profeta da parte de Deus sobre o povo. Estava a sete dias esperando pelo sacerdote Samuel para a oferta do sacrifício, como Samuel demorou a chegar, não se conteve e ele mesmo ofereceu o sacrifício.
O SEGUNDO PECADO DE SAUL O segundo pecado de Saul ocorreu quando Israel guerreou contra os amalequitas. Saul desobedeceu a Deus, salvando o rei e o melhor do seu despojo, quando tinha ordenanças da parte de Deus para destruição total de um povo que Deus abominava.
O TERCEIRO PECADO DE SAUL O terceiro pecado de Saul, foi consultar uma feiticeira, porque estava desesperado. Consultava a Deus, mas Deus não o respondia. Estava cercado pelos filisteus. Samuel estava morto. Saul cometeu a coisa mais horrenda pela qual Deus abominava.
O REI SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR Em momento algum a Bíblia diz que o rei Saul viu com seus próprios olhos. O profeta Samuel. ENTENDENDO SUAL QUE ERA SAMUEL. 28:14. A aparição de Samuel tem sido interpretada de várias maneiras. Foi sugerido que tal aparição se deu apenas na mente de Saul, como parte de seu colapso psicológico. Os pais da igreja acreditam que um demônio tomou a forma de Samuel e apareceu a Saul. Outros acreditam que tudo não passou de uma fraude e que a mulher levou Saul a pensar que realmente tinha visto Samuel. A interpretação mais aceita é a dos pais da igreja, tendo em vista que o próprio satanás se transfigura em anjo de luz. (2 Co.11.14). Admitir que o profeta Samuel apareceu naquela sessão e conversou com Saul é negar a moral de Deus.
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Verso 11 - A mulher então lhe perguntou: Quem te farei subir? Respondeu ele: Faze-me subir Samuel. Saul não vê ao tal de "Samuel". A vidente é que diz que está vendo a Samuel e teme a Saul, porque sabia que tanto Samuel como Sacerdote e Profeta do Deus vivo que abominava o ocultismo, feitiçarias etc, quanto o Rei Saul que notório rei do povo de Deus, na verdade a queria era matar. Veja que ela fala - "tu mesmo é Saul? Em outras palavras seria como você que é Saul quer que eu faça isto? Verso 12 - Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou em alta voz, e falou a Saul, dizendo: Por que me enganaste? Pois tu mesmo és Saul. Saul enganosamente em seu coração tranquiliza a mulher como que a dizer: eu não sou mais aquele Saul que obedecia a Samuel e a Deus, estou confuso e desorientado. A mulher sente confiança e dize-lhe que está vendo um deus que sobe da terra, Verso 13 - Ao que o rei lhe disse: Não temas; que é que vês? Então a mulher respondeu a Saul: Vejo um deus que vem subindo de dentro da terra. No processo de engano e mentira que a Bíblia diz estar por traz das consultas e invocações aos mortos, Satanás, tem enganado a muitos milhares, desde o Éden, quando enganou a Eva, dizendo coisas que Deus não havia falado. Pois bem, diz ela (a vidente) que a pessoa era um ancião e que tinha as características de Samuel. Veja bem. Saul nada havia visto e nada via. Só a mulher é que vê. Saul, então, entende em seu coração já perturbado pelo pecado, que a pessoa a quem a mulher diz vê, é Samuel. Saul, então, se dobra na terra em reverência a alguém que ele não vê. Verso 14 - Perguntou-lhe ele: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e lhe fez reverência. No verso a seguir, temos então o mesmo processo de diálogo que acontece nas sessões espíritas de nossos dias. Aliás, o espiritismo existe desde o Gênesis, e desde então Deus tem alertado para essa abominação. Saul, está simplesmente falando com um espírito que acha que é de Samuel, mas que na verdade não passa de um engano e uma tapeação do inimigo de Deus. E assume, que ele chamou (invocou o morto). Verso 15 - Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então disse Saul: Estou muito angustiado, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se tem desviado de mim, e já não me responde, nem por intermédio dos profetas nem por sonhos; por isso te chamei, para que me faças saber o que hei de fazer. A resposta do espírito a Samuel é baseada no conhecimento que ele (espírito maligno) tinha da relação entre Deus, Samuel e Saul. Simplesmente se fez passar por Samuel. Igualmente ao conhecimento que os espíritos têm, quando se fazem passar nas sessões espíritas em nossos dias, imitando pessoas mortas, para parecer que se trata de verdade de alguém que morreu, mas está presente (o morto) e fala, sua voz, sua forma de se expressar, sua linguagem etc..., citando coisas, experiências etc... que só os parentes ou as pessoas íntimas que estão vivas tinham com o que jaz morto, tudo para enganar vidas que não buscam de Deus todo o conhecimento e obediência, por isso ficam por aí iguais a Saul, pecando diante de Deus.
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Saul ficou tão possesso de demônios que acabou por suicidar-se lançando-se em sua pró pria espada, veja se não é isso que tem acontecido com muitos que se dizem de DEUS, mas que abandonaram a voz do Espírito Santo para ouvir outras vozes e até mesmo a sua própria voz, esse é o fim trágico de quem resisti a voz Espírito Santo. www.biblia page.com/saul.htm site visitado em 12 de nov.2014
16.5 O FIM DO REI SAUL No início encontramos um homem humilde, colocando diante do profeta Samuel sua condição. Então, respondeu Saul e disse: Porventura, não sou Benjamita, da menor das tribos de Israel? e a minha família a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? I Samuel 9:21, No capítulo 10:6-7 encontramos um homem pronto a ser usado por Deus. Podemos dizer que Saul reinou bem no início, mais sua autoconfiança o levou a deixar de lado todas as instruções dadas pelo profeta. "Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o SENHOR, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou." Samuel13:13-14 Saul estava tão desapercebido do poder de Deus, confiante no seu próprio e fugaz poder, que mesmo advertido não foi capaz de avaliar-se ou sequer humilhar-se diante de Deus, andando assim rumo a sua destruição.
16.6 Lições práticas Que tipo de líder quero ser? Davi estava afrente da batalha com Golias – Saul estava dentro da sua tenda com medo. Quando ele coloca sua armadura em Davi, estava dizendo, veste a minha roupa. Davi lutaria com inimigo mais a honra seria de Saul. Líder tem que ter propósito. Deus tem nos separado para liderar, mais em meio as adversidades que possamos encontrar em nossa caminha, devemos estar preparados e alicerçados na palavra de Deus. Deveremos ter plena convicção de quem nos chamou e para que nos chamou. Ao abrir-se a terceira cena deste livro, vemos Samuel pranteando por Saul> Deus o repreende e diz para se levantar e ungir o novo rei. I Sm. 16.1.
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17. O REI DAVI Quem era Davi? Davi era um jovem comum à sua época: 1. Descrição física: Não possuía uma aparência exuberante (I Sm 16.12). 2. Sua Ocupação: Pastorear as ovelhas de seu pai. (I Sm 16.11). 3. Sua Origem: Vivia num povoado pequeno, em Belém (I Sm 16.1). 4. Suas Habilidades: Davi foi um excelente músico (I Sm 16.18). 5. ASPECTO DO CARÁTER DE DAVI Cerca de 60 referências são feitas a Davi no Novo Testamento, além de figurar na genealogia de Jesus, até hoje é lembrado como o maior rei que Israel teve. O homem citado na bíblia por duas vezes como o homem segundo o coração de Deus, apesar de notável, teve sua vida pontuada por graves pecados. Davi era um homem cujo coração era inclinado ao Senhor, um homem espiritual, cuja vida estava em harmonia com os anseios de Deus (I Sm 17.36).
Davi era um homem humilde: Além de conhecer suas limitações (Sl 131; 40.12,17), Davi aprendeu a atribuir as suas vitórias a Deus (I Sm 17.37; Sl 34.4-7; 40.5-10; 124).
Apesar de ser chamado pelo próprio Deus “O homem segundo o meu coração” (I Sm
13.14),
17.1 PECADOS DE DAVI Davi. Assim como Saul era humilde e justo quando chamado e ungido para ser rei. O jovenzinho que vivia no campo cuidado das ovelhas de seu pai, se tornou um governante popular, abençoado com vitórias militares e também se tornou um homem próspero. O homem segundo o coração de Deus abre uma brecha onde o pecado entra. Davi viu BateSeba, a mulher de seu vizinho, e quando indagou a respeito dela sabe que era a esposa de um de seus mais condecorados soldados. Totalmente envolvido por um sentimento de paixão e cobiça, ele convidou-a ao palácio e comete adultério. O certo é que cedo ou tarde, vamos sempre nos deparar com as consequências de nossos pecados. Bate-Seba engravidou e manda avisar a Davi que ele era o pai.
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Encontramos agora Davi na organização de todo um projeto para se livrar da paternidade da criança. Ele chama o esposo de Bate-Seba, Urias, da batalha e lhe manda para casa. Dormindo Urias com sua esposa, o plano de Davi teria êxito, fazendo com que a criança parecesse legítima. Urias se recusou a passar a noite com sua esposa. Frustrado, Davi enviou um recado, pela própria mão de Urias, para o comandante do exército, Joabe, para colocá-lo na frente da batalha e, então, retirar-se dele. Deste modo, Urias foi assassinado e Davi tomou Bate-Seba como sua esposa.
AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.(2 Samuel 12:10-12) O texto bíblico acima trata-se da repreensão de Deus a Davi, por intermédio do profeta Natã.
18. UMA COMPARAÇÃO ENTRE SAUL E DAVI Saul e Davi, ambos pecaram. Um profeta foi enviado a cada um deles para condená-los pelo seu pecado. Ambos os profetas (Samuel e Natã) anunciaram o julgamento contra eles. É aqui que a diferença entre os dois homens pode ser vista. Saul tentou desculpar-se e afastar a culpa. Davi disse: “Pequei contra o Senhor… contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos…” (2 Samuel 12:13; Salmos 51:4). Ele implorou perdão e restauração de sua relação com o Senhor (veja Salmo 51). Portanto, Deus perdoou a Davi (2 Samuel 12:13). Que diferença o arrependimento faz! A vida posterior de Saul foi atormentada pela culpa, levando-o a paranoia, ciúmes e depressão. Seu reinado, começado tão esperançoso, terminou em suicídio. Davi, por outro lado, ainda que enfrentasse terríveis consequências de seu pecado (morte da criança, discórdia na família, estupro de suas concubinas), foi purificado de sua culpa e não foi atormentado pelos distúrbios mentais como Saul. Ainda que mortificado pelo horror de seu pecado, ele continuou a ter amizade com Deus e a servi-lo fielmente.
19. I E II REIS Introdução: O autor de 1 e 2 Reis foi o herdeiro de uma longa história de Deus tratando com seu povo. Nos dois livros, o narrador apresenta um selecionado ensaio sobre os eventos da nação, cobrindo o período da morte do rei Davi, no início do século 10. A.C, até a queda de Jerusalém, por volta de 586 a.C. O autor foca os sucessos e fracassos espirituais na trajetória de Israel. O primeiro livro de reis começa com uma narrativa detalhada sobre a era de Salomão, (Caps. 1-11), ressaltando a sabedoria divina de Salomão, seus projetos de construção do templo e do complexo do palácio, bem como assinalando as falhas espirituais de Salomão no final do seu reinado.
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Após a morte de Salomão, é focada a divisão do reino em Reino do Norte (Israel), com posto por dez tribos, sob o comando de Jeroboão I, e reino do Sul, centrado em Judá, sob o comando de Roboão, filho de Salomão. Daí em diante, os destinos diferentes destes dois reinos são traçados em termos de benção ou punições que advém como resultado da obediência ou da desobediência das pessoas às leis de Deus.
Em segunda Reis continua a saga de um povo e dois reinos iniciada em primeira Reis. A narrativa relata os altos e baixos da história de Israel e Judá. Primeira e Segunda Reis fazem mais que rememorar nomes e fatos. Eles descrevem um povo sem direção, líderes que falharam em sua missão de liderar e um Deus que foi forçado a disciplinar o seu povo rebelde. Assim como primeira e segunda Samuel, o texto de Reis se encontra, originalmente, em um só livro em hebraico. Ele foi dividido em duas partes quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego, por volta de 150 a.C. Muitos estudiosos continuam a defender a visão tradicional de que Jeremias foi quem escreveu os livros de Reis. Eles apontam para a sua origem sacerdotal, para sua atividade profética, para o seu acesso as mais altas autoridades governamentais e para o seu envolvimento pessoal com as com plexas atividades religiosas, sociais e políticas que ocorriam durante o colapso e queda de Israel. Jeremias tinha, sem dúvida, uma posição privilegiada que lhe permitia ter conhecimento da situação espiritual da época e ter acesso a registros nacionais, informações históricas e outras fontes materiais necessárias para tornar possível a elaboração dos livros de Reis. Ele pode ter escrito e com pilado esses livros durante o período da reforma religiosa liderada pelo rei Josias. 2 Cr.22.8. O N ovo Comentário Bíblico Antigo Testamento – E ditores: E arl D. R admacher , R onald B, Allen, H .Wayne H ouse – 1ª E dição 2010 – E d. Central Gospel. Pgs.452.453.
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SAUL----------- ISm 9 ATÉ 31 DAVI----------- ISm. 16 ATÉ IRs 2 SALOMÃO---- IRs 2 ATÉ 11
20. O Reinado de Salomão Filho do Rei Davi na linhagem de Judá; rei de Israel de 1037 a 998 aC. O registro bíblico, depois de relatar a morte do filho nascido a Davi por meio das suas relações ilícitas com Bate-Seba, prossegue: “E Davi começou a consolar Bate-Seba, sua esposa. Além disso, entrou a ela e deitou-se com ela. Com o tempo ela lhe deu à luz um filho, e ele veio a ser chamado pelo nome de Salomão. E o próprio Deus o amava. Mais tarde, Salomão teve três irmãos germanos, filhos de Davi e Bate-Seba: Siméia, Sobabe e Natã. 1Cr 3:5. Depois do seu nascimento, Salomão só ressurge no registro bíblico na época da velhice de Davi. Davi, sem dúvida por causa da promessa de Deus, jurara anteriormente a Bate-Seba que Salomão lhe sucederia no trono. Isto era do conhecimento do profeta Natã. (1Rs 1:11-13, 17) Não se declara se Adonias, meio-irmão de Salomão, sabia deste juramento ou da intenção de Davi. De qualquer modo, Adonias tentou conseguir o trono dum modo similar ao empregado por Absalão. Talvez por causa da fragilidade do rei e por Adonias ter o apoio de Joabe, o chefe do exército, e de Abiatar, o sacerdote, ele confiava em ser bem-sucedido. Não obstante, era um ato de traição, um esforço de se apoderar do trono enquanto Davi ainda vivia, e sem a aprovação de Davi ou de Deus. Também, Adonias revelou sua ardileza ao providenciar um sacrifício em EnRogel, onde pretendia ser proclamado rei, mas convidou apenas os outros filhos do rei e homens de Judá, os servos do rei, não convidando Salomão, Natã, o profeta, e Zadoque, o sacerdote, e os poderosos que haviam lutado ao lado de Davi, inclusive Benaia, líder deles. Isto indica que Adonias considerava Salomão rival e obstáculo para as suas ambições. 1Rs 1:5-10. A Tentativa de Adonias de Tomar o Trono.
20.1 Salomão Entronizado O profeta Natã, sempre fiel a Deus e a Davi, estava atento. Enviando primeiro Bate-Seba com instruções de informar o rei sobre a trama, ele mesmo veio então para perguntar a Davi se esta proclamação de Adonias como rei tinha sido autorizada por ele. Davi agiu pronta e decisivamente, mandando que Zadoque, o sacerdote, e Natã levassem Salomão a Giom, sob a proteção de Benaia e seus homens. Deviam fazer Salomão montar a mula do próprio rei (denotando a elevada honra dada àquele que a montava, e que, neste caso, era o sucessor no reinado). (Veja Est 6:8, 9.) As instruções de Davi foram cumpridas, e Salomão foi ungido e aclamado rei. 1Rs 1:11-40. Ao ouvir o som da música procedente de Giom, que não ficava muito longe, e a aclamação do povo: “Viva o Rei Salomão”, Adonias e seus co -conspiradores fugiram, tomados de medo e de confusão. Salomão proveu um vislumbre da paz que assinalaria o seu governo por se negar a macular sua ascensão ao trono com uma vingança. Se prevalecesse o contrário, Salomão mui provavelmente teria perdido a vida. Adonias fugiu para o santuário em busca de asilo, de modo
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que Salomão mandou que Adonias lhe fosse trazido de lá. Informando Adonias de que continuaria vivo, a menos que se achasse algum mal nele, Salomão o mandou então para casa. 1Rs 1:41-53. Personagembiblico.blogspot.com/2011/06/salomao-o-sucessor-de-davi.html
21. Último conselho de Davi a Salomão. Antes de morrer, Davi fez duas coisas por Salomão. Reuniu o povo e os homens do governo para entregar a seu filho a autoridade real e explicar ao povo o que estava acontecendo, e que Salomão era o rei eleito por Deus (1Cr.28,29). Em seguida, no leito de morte ele aconselhou Salomão a guardar a Lei de Moisés. A fidelidade absoluta ao Senhor é o caminho que conduz ao sucesso, e era além do mais a condição indis pensável para se perpetuar a dinastia davídica no trono. Também aconselhou Salomão a matar Joabe e a Simei. Davi não havia castigado Joabe por derramar sangue, nem a Simei por ter lhe amaldiçoado. Para anular a maldição seria necessário volta-la contra seu autor. Davi não quis quebrar o seu juramento, mas considerou que sua promessa não obrigaria Salomão. Além do mais, o reino pros peraria muito se fossem tirados do meio dele homens como Joabe e Simei, mas necessitava também da força de homens leais como os filhos de Barzilai. A Salomão competia recompensá-los por sua fidelidade. O Pedido Sedicioso de Adonias. Não demorou muito até que Salomão teve de executar as instruções de Davi a respeito de Joabe. Isto foi provocado pela ação de Adonias, que ainda mostrou ser ambicioso, apesar da misericórdia que Salomão tivera com ele. Adonias chegou-se à mãe de Salomão com as palavras: “Tu mesma bem sabes que o reinado ia tornar -se meu e que foi em mim que todo o Israel fixou a sua face para eu me tornar rei; mas o reinado mudou de rumo e veio a ser de meu irmão, porque era da parte de Deus que se tornou seu. Adonias admitiu assim que Deus estivera por detrás da entronização de Salomão, mas a solicitação que fez depois destas palavras foi mais uma tentativa astuciosa de usurpar o reinado. Ele disse a Bate-Seba: “Por favor, dize a Salomão, o rei, . . . que me dê Abisague, a sunamita, por esposa. Adonias talvez achasse que tinha seguidores suficientes, além de ter o apoio de Joabe e de Abiatar, de modo que, por tomar por esposa a enfermeira de Davi, considerada ter sido a concubina de Davi, embora este não tivesse tido relações sexuais com ela, ele poderia iniciar um levante que derru baria Salomão. Por costume, as esposas e as concubinas dum rei só podiam pertencer ao sucessor legítimo dele, de modo que tomar essas esposas era considerado como reivindicação do trono. (Veja 2Sa 16:21, 22.) Quando Bate-Seba, sem se aperceber da duplicidade de Adonias, transmitiu a solicitação dele a Salomão, este a interpretou imediatamente como pretensão ao trono e mandou imediatamente Benaia matar Adonias. 1Rs 2:13-25. Abiatar é deposto; Joabe é morto. Salomão deu então atenção aos que haviam conspirado com Adonias. Abiatar foi dispensado do sacerdócio, em cumprimento da palavra de Deus contra a casa de Eli (1Sa 2:30-36), mas ele não foi morto, por ter carregado a Arca diante de Davi e ter sofrido
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aflição com ele. Zadoque substituiu Abiatar. No ínterim, Joabe, sabendo da ação de Salomão, fugiu para se segurar nos chifres do altar, mas foi ali morto por Benaia, às ordens de Salomão. 1Rs 2:26-35. Simei é executado. Salomão colocou também Simei sob juramento para observar certas restrições, porque este homem havia invocado o mal sobre o seu pai, Davi. Quando Simei, uns três anos mais tarde, violou esta restrição, Salomão mandou matá-lo. Assim se cumpriu plenamente a in junção que Davi deu a Salomão. 1Rs 2:36-46
REINO DIVIDIDO
22. Causas da divisão do reino – idolatria de Salomão Salomão se tornou num dos maiores fracassos de toda a história bíblica. A origem do fracasso foi o seu amor por mulheres estrangeiras. Riquíssimo e famoso, não havia falta de reis e príncipes ao seu redor que lhe oferecessem suas filhas, irmãs e parentes em casamento. A lei não proibia a poligamia entre os judeus, que podia ser até necessária em certas circunstâncias (Deuteronômio 25:5-10) mas Salomão claramente desobedeceu à lei quando, apegado a elas pelo amor:
Multiplicou mulheres para si: um milhar delas, entre esposas e concubinas (Deuteronô-
mio 17:17). Muitas das suas mulheres eram das nações com cujas mulheres o SENHOR havia especificamente proibido os judeus de se casarem (Deuteronômio 7:1-4).
As consequências desses casamentos, claramente já previstas na lei, inevitavelmente vieram sobre ele: em sua velhice (pouco mais de 50 anos) suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses. O seu coração já não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como havia sido o de Davi seu pai. Talvez nos surpreendamos em como Salomão podia deixar o SENHOR Deus de Israel para seguir e edificar santuários para esses deuses cananeus, depois de ter construído e consagrado um tão suntuoso templo para o verdadeiro Deus:
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1. Astarote, deusa dos sidônios : chamada " rainha dos céus ", (Jeremias 44:25), frequentemente associada ao deus-sol Baal (Senhor). Ela eqüivale à deusa Semiramiz da Babilônia, como Baal ao deus-sol Ninrode. Também era chamada Istar, uma das grandes deusas dos assírios. 2. Milcom, ou Moloque (rei), abominação dos amonitas : seu deus nacional, a quem se sacrificavam crianças que eram queimadas vivas. Seu símbolo era o fogo, e o peixe, símbolos também de Ninrode dos babilônios. Equivale ao Quemos dos moabitas. A origem desses deuses, como vemos, está na Babilônia, fazendo parte da religião babilônica que é a mãe de todas as religiões pagãs do mundo (não judaico-cristãs). Dela lemos em Apocalipse 17. Os israelitas haviam sido prevenidos contra adorar outros deuses, particularmente Moloque (Êxodo 20:1-6; Levítico 18:21; 20:1-5). É de se notar que Salomão não se afastou de Deus de repente. Isso se deu aos poucos ao casar-se, primeiro com uma princesa do Egito, depois outras princesas, muitas das quais cananéias. Para agradá-las ele permitiu que continuassem na sua idolatria e eventualmente construiu santuários para que ali oferecessem incenso e fizessem sacrifícios aos seus ídolos. Por fim, ele próprio comparecia com elas para assistir e tomar parte nos rituais. Um "pequeno" pecado só para agradar os outros ou para manter uma amizade pode ser o primeiro passo no caminho que nos afasta de Deus.
22.1Lições práticas: Deus conhece a nossa natureza e as nossas fraquezas, e os seus mandamentos são sempre para o nosso bem. Quando alguém não os obedece, as consequências inevitavelmente se seguirão. Não é suficiente conhecer a Palavra de Deus, ou mesmo crer nela: é preciso obedecê-la em todas as nossas ações e decisões. Tal qual Salomão, o homem mais sábio que já existiu, nós não somos tão fortes quanto pensamos.
22.2A Divisão do Reino Até a morte do rei Salomão, era um só Reino, O Reino Unido. Após sua morte, houve contenda entre seu filho Roboão, I Reis 11.43 e Jeroboão filho de Nebate I Reis 11.26 e o Reino foi dividido. Jeroboão e toda a Congregação de Israel vieram até Roboão, pedindo que ele aliviasse o jugo da dura servidão da qual o rei Davi submetia o povo - I Reis 12.4 Roboão pediu conselho aos anciãos, que o aconselhou o seguinte: Se hoje fores servo deste povo, e o servires, e, respondendo-lhe falares boas palavras, todos os dias serão teus servos. I Reis 12.7 Roboão recusou este conselho e foi em busca do conselho dos jovens que haviam crescido com ele. I Reis 12.8 Os jovens o aconselharam que ele deveria dizer assim: Se meu pai vos carregou de um jugo pesado, ainda eu aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões - IReis 12.11. Roboão seguiu o conselho dos jovens, provocando nas 10 tribos uma revolta, causando assim a divisão do Reino. A ameaça de Roboão a respeito do trabalho dobrado causou uma rebelião e dividiu a nação.
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Assim se desligaram os israelitas da casa de Davi até ao dia hoje - I Reis 12.19. Roboão governou o Reino Sul e Jeroboão governou o reino Norte. Ficando duas tribos, com o Reino Sul: Judá e Benjamim. E dez tribos Com o Reino Norte: Rubem,Simeão, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, Manassés e Efraim.
Data que ocorre a divisão: +- 930 a.C – Este período vai da divisão do reino aos cativeiros dos reinos do Norte e do Sul.(I reis1222, II reis( todo livro) e II Cr.10-36. Com a divisão do reino, nos tempos de festas quando se reunião ficavam juntos em Jerusalém, dentro do templo construído por Salomão, mas Jeroboão ficou com ciúmes e começa a proibir o povo de descer para Jerusalém e começa a perseguir os sacerdotes e o povo.
No reino do Norte resolve construir na cidade de Betel um templo e coloca um bezerro de ouro para o povo adorar, mas a cima na cidade de Dâ constrói outro templo e faz outro bezerro de ouro. Informação interessante: o reino do Sul tinha uma única capital > política e religiosa O reino do Norte duas capitais religiosas (Betel e Dã) e uma capital política O 6º rei do reino do norte (omri) foi quem levou a capital para Samaria. Uma única dinastia (dinastia de Davi), uma única família dominou – 19 reis, durou mais ou menos 350 anos.
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DETALHE IMPORTANTE: A promessa que Deus Fez a Davi foi incondicional Deus mandou o profeta Natã dizer a Davi: “Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retir ei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.15 -16)
e a que fez a Jeroboão foi condicional > dependia da atitude dele de observar, obedecer. IRs. 11.37-38. Nove Dinastia – nove família – 19 reis, durou +- 220 anos.
23.O REINO DO NORTE • Rompeu com a política de Salomão, e prosseguiu, adotando o mesmo modo de governar; e o governo dominava a religião estatal com maior rigor do que o de Salomão. •Os profetas de Javé eram vistos como arruaceiros e inimigos da ordem. Ex.: Elias. Acabe – luta pela justiça social (Acabe mandou matar a Nabote); Eliseu unge a Jeú que destrói a família de Acabe; Amós que exige do rei justiça para com o povo (Am 5.7, 10-12); Oséias que afirma que a adoração a outros deuses é adultério aos olhos de Deus. •Os profetas reconheciam que o reino de Israel ter ritorial (físico) estava destinado à destruição, entretanto não perdiam a esperança quanto ao futuro de Israel, pois acreditavam que Deus trataria com Israel, mas no fim este seria seu povo, e Ele reinaria para sempre sobre eles. 24.O REINO DE JUDÁ •Este viveu momentos de altas e baixas em sua relação com Deus. Cinco reis marcaram a história por suas reformas e decisão de andar nos caminhos de Deus, os demais viveram na idolatria. Entretanto o reino de Judá, permaneceu fiel a casa de Davi, e, Deus tinha uma aliança com Davi. •Os profetas também foram rechaçados pelos muitos reis de Judá. O profeta Miquéias denuncia os pecados de Judá quase tão severamente como Amós tinha condenado a corrupção de Israel. Entretanto os profetas Isaías, Jeremias e Ezequiel afirmavam constantemente que Deus enviaria seu servo, descendente de Davi, para reinar sobre Israel e sobre as nações. •O sonho permanecia mesmo no exílio e pós -exilio. Deus levantaria Israel, restauraria sua sorte e o Messias governaria sobre as nações, cumprindo dessa forma o chamado sacerdotal de Israel. CRABTREE, A. R. Teologia do Velho Testamento. Rio de Janeiro: JUERP, 1991.
JEROBOÃO I
931-910
NADABE
910-909 - foi assassinado
BAASA
909-886
ELÁ
886-885 - foi assassinado
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ZINRI
885 - suicidou-se
ONRI
885-874
ACABE
874-853
ACAZIAS
853-852
JORÃO
852-841 – foi assassinado
JEÚ
841-814
JEOACAZ
814-798
JEOÁS
798-782
JEROBOÃO II
782-753
ZACARIAS
753 - foi assassinado
SALUM
752 - foi assassinado
MENAÉM
752-742
PECAÍAS
742-740 - foi assassinado
PECA
740-732 - foi assassinado
OSÉIAS
732-722 - deposto
25. REIS DE ISRAEL APÓS A DIVISÃO- Reino do Norte Para esta época, a maioria dos historiadores segue as cronologias estabelecidas por William F. Albright ou Edwin R. Thiele, ou a nova cronologia de Gershon Galil. Iremos seguir a cronologia de Edwin R. Thiele. As datas são a.C. Os reis Ezequias e Josias são idealizados como personagens semelhantes a Davi e Salomão porque purificaram o templo e restauraram a adoração adequada em Jerusalém.
26. REIS DE JUDÁ APÓS A DIVISÃO As datas são a.C ROBOÃO
931-913
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ABIAS
913-911
ASA
911-870
JOSAFÁ
872-848
JEORÃO
848-841 – foi assassinado
ACAZIAS
841-841 – morto por Jeú rei de Israel
ATÁLIA
841-835 – foi assassinada
JOÁS
835-796 – foi assassinado
AMAZIAS
796-767 – foi assassinado
UZIAS (AZARIAS)
792-740
JOTÃO
750-732
ACAZ
735-716
EZEQUIAS
716-687
MANASSÉS
697-643
AMOM
643-641 – foi assassinado
JOSIAS
641-609 – morreu em batalha
JEOACAZ
609 – deposto pelo Faraó Neco
JEOAQUIM
609-598
JOAQUIM
598 – deposto pelos babilônios
ZEDEQUIAS
598-586 – deposto pelos babilônios
Zedequias, o último rei de Judá foi levado preso para a Babilônia. FONTES DE PESQUISA: Módulo de Teologia da FTB – Ed. Betesda Panorama do Antigo Testamento, Andrew E. Hill & J. H. Walton – Ed. Vida Declínio e Queda de Israel e Judá – Gordon Lindsay – Graça Editorial
27.CRONOLOGIA DO REINO DIVIDIDO Reino do Norte – Israel Cativeiro Assírio 722 a.C Termina o Reino do Norte – - Israel, foi levado cativo para Assíria por Salmaneser, rei da Assíria
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Assíria vem e transforma Israel em uma nação tributária, leva os habitantes de Israel para morar em outros países e trás habitantes de outras nações para morar em Israel. A Assíria levou o reino do Norte para cativeiro na data +- 722 a.C Foi com essa política adotada pelos Assírios de misturar os povos que surgem os samaritanos (povos mistos) daí a inimizade entre judeus e samaritanos na época de Jesus Reino do Sul – Judá O Reino Sul, levado para o cativeiro em Babilônia, pelo rei Nabucodonosor A política da Babilônia era diferente da Assíria. Pega a família real (dinastia) as pessoas mais intelectuais e leva para servi ao rei em Babilônia, e deixa lá um pouco de pessoas, os mais pobres, fracos, e coloca um líder sobre eles indicado pelo rei da Babilônia para ficar reinando sobre eles e o povo pagando tributo para Babilônia. O ano que o império babilônico invade o reino do sul foi provavelmente +-605 a.C, mas, levou para cativeiro e queimou a cidade de Jerusalém somente no ano +- 586 a.C
28. PROFECIA IMPORTANTE DE JEREMIAS
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Foi profetizado por Jeremias 70 anos de cativeiro do reino do sul – Judá Jr. 25:11-12 >11 E toda esta terra virá a ser uma desolação e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos.Acontecerá, porém, que quando se cumprirem os setenta anos, castigarei o rei de Babilônia, e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniquidade, e a terra dos caldeus; farei dela uma desolação perpetua.
29. CUMPRIMENTO DA PROFECIA DE JEREMIAS No ano 536 a.C o 4º império Pérsio toma e derruba o império babilônico e adota uma outra política que permite os povos voltarem para suas terras. No ano 606 a.C a babilônia conquista a região do reino do sul e em 536 o povo começa a ganhar liberdade, então, se fizermos a soma de 606 – 536 = 70 anos de cativeiro babilônico registrado em Jeremias 25:11.
30. LIVRO DE I E II CRÔNICAS Introdução: Estes livros são considerados escritos após o exílio. O autor buscou inspirar os israelitas remanescentes com a própria extraordinária herança espiritual. O autor enfoca Davi, que não foi somente o grande rei de Israel, mas também um dos maiores líderes espirituais - Quando ele se tornou rei, uma das suas prioridades foi estabelecer a adoração a deus como o centro da vida da nação de Israel. O primeiro livro de Crônicas reconta a linhagem do povo da promessa de Deus enfatizando a conexão entre Perez e o rei Davi. Perez>Boaz>Obede>Jessé>Davi. Autoria: Embora o texto não afirme, é muito possível que os livros das crônicas tenham sido obra de Esdras, o escriba. Esdras foi chamado a voltar da Babilônia para instruir o povo na religião de seus pais. O que nos leva a confirmar essa suposição é a comparação dos últimos versículos de segunda Crônicas com os primeiros de Esdras. Data: +- 450 -425ª.C. Cenário Histórico: O livro foi escrito após a volta do exílio, afim de proporcionar um fundo teocrático para as exortações de Esdras e Neemias. Cenário Religioso: A estagnação religiosa é evidente em todos os livros pós-exílio (Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias). Cenário político: Judá não era uma monarquia, e sim um pequeno grupo de exilados que tinham voltado da Babilônia sob vassalagem do império Persa. Porém, os judeus não deixaram de exercer influência sobre
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o império nessa época. Daniel, Ester, Mordecai e Esdras, são exemplos de grande influência a favor dos judeus.
Objetivo dos livros de Crônicas Apresentar de maneira sucinta toda a história sob a perspectiva divina. A apresentação de Crônicas não é uma repetição, mas um amplo estudo da história de Israel. Os livros enfatizam a soberania e o domínio de Deus sobre os interesses do seu povo, a fim de cumprir seus propósitos, apesar dos impulsos humanos.
30.1 BUSCAR AO SENHOR Essa admoestação, que ocorre com frequência em Salmos e Profetas, não é usada nos livros históricos de Samuel e Reis, porém enfatizado 11 vezes em Crônicas.
Verso chave do Livro de I Crônicas. E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre. 28:9.
Lições espirituais do livro: Uma das razões mais preciosas para lermos e estudarmos as genealogias da Bíblia está no fato de que elas mostram o Senhor em ação, escolhendo e preservando um povo para si.
Verso chave de II Crônicas: E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. 7:14.
Lições espirituais V.36:17-23. O senhor reuni severamente, em cumprimento à sua palavra e satisfação a sua justiça e santidade. Todavia, sua misericórdia é sem fim e ele sempre estende as mãos para restaurar e abençoar a sua herança.
Crônicas em contraste com Samuel e Reis. 1-Apresenta o ponto de vista sacerdotal em vez de profético. Há muitas referências aos sacerdotes e levitas, enquanto os ministérios dos grandes profetas Elias e Eliseu são raramente mencionados.
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2-O enfoque nacional é mais em Judá do que em Israel. 3-O objetivo dos livros é mais de encorajar do que castigar. 4-A idolatria não é enfatizada, mais sim a indiferença espiritual.
31. LIVRO DE ESDRAS O livro de Esdras, expõe um dos mais importantes acontecimentos da história judaica, o retorno do povo de Deus do cativeiro na Babilônia. Há pouco conteúdo didático expresso, o escritor narra fatos de forma mais natural possível, deixando que a própria narrativa se encarregue de transmitir seus ensinamentos William Macdonald – Comentário Bíblico Popular (Novo Testamento).Pag.317 Autoria: Embora o livro não informe o nome do autor, essa compilação inspirada, escrita em primeira pessoa (cf. 7:27 – 9:15) e contendo genealogias e documentos históricos, deve ser obra de Esdras. Os documentos oficiais mencionados no texto (4:8 – 6:18 e 7:12-26) foram escritos em aramaico, língua oficial dos gentios (também chamada língua franca) para tratar de negócios internacionais na época de Esdras e Neemias. Cerca de um quarto do livro foi escrito nesta língua.William Macdonald – Comentário Bíblico Popular (Novo Testamento).pag.317
Data: +- 460-440 a.C. Palavra Chave: Reconstrução – Restauração. Verso chave: Então os líderes das famílias de Judá e de Benjamim, como também os sacerdotes e os levitas, todos aqueles cujo coração Deus despertou, dispuseram-se a ir para Jerusalém e a construir o templo do Senhor. Esdras 1:5.
Contexto Histórico: O livro de Esdras, todavia, não é apenas uma sequência de fatos históricos sobre a volta dos exilados. A narrativa revela como Deus cumpriu suas promessas anunciadas pelos profetas. Esdras começa onde 2 Crônicas parou, com o decreto de Ciro permitindo que os judeus voltassem a Jerusalém. A história relatada neste livro abrange oito décadas, encerrando um pouco mais de 450 anos antes do nascimento de Jesus. Para entender o livro de Esdras, é preciso um entendimento do contexto histórico. Os assírios espalharam os hebreus de Israel (o reino do Norte) quando destruíram sua capital, Samaria, em 721 a.C. Pouco mais de 100 anos depois, o império da Assíria caiu à Babilônia, e os territórios dominados pelos assírios passaram ao controle dos babilônios. Logo em seguida, a Babilônia começou a atacar Judá (o reino do Sul). Levaram judeus de Judá cativos em três etapas: (1) 605 a.C. – Daniel foi entre os jovens nobres levados à terra dos babilônios; (2) 597 a.C. – Ezequiel foi levado com este grupo; (3) 586 a.C. – Neste ano, a cidade de Jerusalém foi destruída junto com o templo dos judeus, muitos dos judeus foram mortos e outros foram levados ao cativeiro na Babilônia. Alguns dos pobres foram deixados na terra, e ao profeta Jeremias foi dado a escolha de ir para a Babilônia ou ficar em Jerusalém. Ele optou por ficar com os pobres em Jerusalém.
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A Babilônia, por sua vez, caiu aos medo-persas, conduzidos por Ciro, em 539 a.C. Eles adotaram uma política diferente dos seus antecessores, permitindo que os povos dominados voltassem às suas terras. Especificamente, os judeus receberam autorização e apoio dos medo-persas para voltar para Jerusalém. O livro de Esdras começa com este fato importante. www.estudosdabiblia.net/jbd075.htm
31. A missão de Esdras Esdras 7:10- Foi permitido que Esdras e todos os judeus que estava na Pérsia, que quiseram voltar com ele, voltassem a Jerusalém. 7:11-13. Parece que Esdras tinha se tornado o governador da Palestina. Ele tinha o poder e autoridade do rei para fazer as coisas lá, (7:25-26). A obra e viagem foram financiadas pela Pérsia. A condição de morar na Palestina era ruim em comparação a da Pérsia, por isso só os fiéis e dedicados foram. O livro canônico de Esdras-Neemias descreve a volta dos judeus do exílio babilônico e a restauração religiosa, e, em parte, também a política da sua comunidade. Por sua própria natureza divide-se em três partes, em cujo centro estão as três personagens que encabeçam o movimento. 1. Regresso, sob as ordens de Zorobabel no tempo de Ciro (no 537 a.C) e reconstrução do templo (Esd 1-6). Decreto de Ciro permitindo a reconstrução do templo (1); elenco dos judeus que regressaram guiados por Zorobabel (2). Ereção do altar (3:1-6) e início da construção do templo (3:7-13) obstáculos da parte dos adversários e, suspensão dos trabalhos (4:1-5). Obstáculos opostos mais tarde pelos inimigos à reconstrução da cidade (4:6-24). Prosseguimento da construção do templo, término e inauguração entre grandes solenidades (5-6). 2. Retorno sob a direção de Esdras, no sétimo ano de Artaxerxes, e reforma dos costumes (Esd 7,10). Esdras obtém de Artaxerxes rescrito favorável (7); preparativos para a volta (8:1-30) partida e chegada a Jerusalém (8:31-36). Deploração da desordem dos matrimônios mistos (9), que são suprimidos (10:1-17). Rol dos culpados (10:18-44). 3. Regresso de Neemias, no vigésimo ano de Artaxerxes, reconstrução da cidade e restauração religiosa (Ne 1-13). Tendo recebido notícias alarmantes, Neemias obtém do rei permissão para ir a Jerusalém (1:12:10).
31.2 Esdras merece uma atenção especial. Em Babilônia os judeus aprenderam o aramaico, língua oficial do império babilônico, ele trouxe toda tradução judaica na formação do Canon.
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32. LIVRO DE NEEMIAS Introdução: Enquanto o escriba e sacerdote Esdras foi o líder religioso em Jerusalém, Neemias tornou-se o líder secular, o governador oficial da província Persa de Judá (Ne.5:14). Sua grande preocupação era o estado arruinado da cidade, abandonada sem muros desde que o imperador Artaxerxes I havia interrompido os reparos (Ed. 4:21). Utilizando sua posição de servidor confiável no interior da corte real, Neemias obteve permissão para retornar o trabalho e concluir os muros de Jerusalém. Em todo o livro se evidência que Neemias tinha um bom relacionamento da lei de Deus, e fez bom uso disso. -Invocou a benção de Deus por causa da promessa em Dt.30:1-4, tendo plena fé de que Deus agiria literalmente para com ele. Ne. 1:8-9. -Programou diversas assembleias, principalmente para familiarizar os judeus com as coisas escritas anteriormente. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento – E ditores: E arl D. R admacher , R onald B, Allen, H .Wayne H ouse – 1ª E dição 2010 – E d. Central G ospel. Pag.743.744
32.1 Quem era Neemias? Neemias foi copeiro de Artaxerxes e governador de Jerusalém. Foi o reconstrutor da cidade de Davi, a cidade que passou mais de um século debaixo de escombros. Ele levantou os muros da cidade em apenas cinquenta e dois dias, apesar de escassez de recursos, do desânimo do povo e dos constantes ataques do inimigo. Qual foi o segredo desse grande líder?
1. Neemias conjugava piedade com estratégia. Quando soube que a cidade de Jerusalém estava assolada por grande miséria e o seu povo vivendo debaixo de opróbrio, Neemias chorou, orou, jejuou, mas também se dispôs a agir e ao agir, fê-lo com refinada sabedoria. Ele falou com Deus e com o rei da Pérsia. Ele buscou os recursos do céu e os tesouros da terra. Precisamos de líderes piedosos e de líderes sábios, líderes íntegros e também de líderes relevantes. Homens que tenham intimidade com os céus e sabedoria para lidar com os intrincados problemas da terra. 2. Neemias conjugava discrição com encorajamento. Quando Neemias chegou à devastada cidade de Jerusalém, nada disse ao povo até fazer uma meticulosa avaliação da situação. Somente depois, compartilhou seu plano e conclamou o povo para unir-se a ele na reconstrução da cidade. Antes de desafiar o povo para o trabalho, o líder precisa saber a dimensão da obra a ser feita. Antes de falar ao povo, o líder precisa ter uma estratégia clara em sua mente. Um líder sábio analisa os problemas discretamente antes de encorajar seus liderados publicamente. Quando o líder sabe o que precisa ser feito, e onde quer chegar e como chegar, seus liderados são encorajados a realizar a obra. 3. Neemias conjugava integridade com exortação. Os governadores que precederam Neemias exploraram o povo. Eram líderes que se serviam das pessoas em vez de servi-las. Neemias interrompe essa cultura de corrupção e exorta os abastados a socorrer os necessitados. Ele exortou com autoridade, porque sua integridade era a base da sua liderança. Por temor a Deus, não usou seu posto de liderança para auferir vantagens pessoais, mas para servir ao povo com maior abnegação. A vida do líder é a vida da sua liderança. A integridade do líder é a base da sua autoridade para exortar seus liderados.
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4. Neemias conjugava oração com trabalho. Neemias foi um homem de oração e de ação. Ele orava e agia. Ele confiava em Deus e trabalhava. Ele orou ao saber do problema de Jerusalém. Ele orou ao falar com o rei Artaxerxes. Ele orou diante dos ataques do inimigo. A oração era a atmosfera em que realizava sua obra. Ele entendia que a obra de Deus precisava ser feita na força de Deus, de acordo com a vontade de Deus e para a glória de Deus. Neemias acreditava que Deus é quem abre as portas, provê os recursos, desperta o povo, livra do inimigo e dá a vitória. A intensa agenda de oração de Neemias, entretanto, não fez dele um líder contemplativo, mas um homem dinâmico, um gestor competente, um estadista que reergueu sua cidade dos escombros. 5. Neemias conjugava o ensino da Palavra com planejamento estratégico, Neemias foi um líder fiel às Escrituras. Ele convocou o povo para voltar-se para a Lei de Deus e fez não apenas uma reforma estrutural e política em sua cidade, mas também uma reforma espiritual. Por outro lado, Neemias foi absolutamente estratégico nesse projeto. Ele colocou cada pessoa no lugar certo, para fazer a coisa certa, com a motivação certa. Ele motivou e mobilizou todas as pessoas: homens e mulheres, pobres e ricos, sacerdotes e comerciantes, agricultores e ourives. Ninguém ficou de fora. No seu planejamento havia trabalho para todos e foi a união de todos, trabalhando na mesma direção, com a mesma motivação, que redundou em vitória tão esplêndida. Que Deus levante entre nós líderes da estirpe de Neemias! Ao ler a lei, Neemias e Esdras foram diligentes em tornar a palavra de Deus compreensível para o povo, e em dar sequência a isto por colocá-la em prática. Ne. 8:8.
Data: 423ª.C. Autoria: Neemias, cujo nome significa JEOVÁ CONSOLA, escreve suas memórias em primeira pessoa, mas também menciona documentos governamentais aos quais teve acesso. Os papiros de Elefantina testemunham fatos históricos contidos no livro, como a menção de Joanã, o sumo sacerdote (cf.12:22-23), e os filhos de Sambalate, arqui-inimigo de Neemias. Estes fatos apoiam a teoria tradicional que aponta Neemias, filho de Hacalias e irmão de Hanani (1:1-2), como autor do texto.
Cenário Político: Os livros de Esdras e Neemias introduzem um novo período da história de Israel. No âmbito nacional, foi o princípio da era pós-exílio com a volta de Israel à sua terra (os 70 anos de exílio tinham terminado), e no âmbito internacional, foi o princípio da era do Império Persa com as suas novas manobras políticas, que afetaram Israel e o mundo. Para Israel, o efeito mais importante dessa política era a nova prática persa da volta do exílio, ou seja, em vez de deportar e transportar os povos cativos, como faziam a Assíria e a Babilônia, mandaram-nos de volta para o solo nativo a fim de ajudarem a promover relações pacíficas com o império e a fim de reinstituírem seus próprios sistemas religiosos. Diversos judeus alcançaram altos postos de influência política nos governos babilônico e persa, conforme registrado nos livros de Esdras, Neemias e Ester. Extraído da apostila do betem brasileiro pag.41 Tema do livro: Reconstrução do Muro de Jerusalém e renovação da aliança de Israel com Deus.
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Gráfico retirado da apostila do Betel Brasileiro livros históricos pag. 44
33.Os inimigos de Neemias A reconstrução dos muros de Jerusalém provocou forte reação dos inimigos. Eles usaram todos os meios possíveis, inclusive a conspiração, a fim de paralisar a Obra de Deus. Eles fizeram acusação falsas, subornaram falsos profetas para impressionar (6:10), infiltraram espiões no meio dos trabalhadores (6:19), armaram ciladas para fazer mal a Neemias (6:2); em fim, fizeram de tudo para impedir a reforma da cidade. Porém, Neemias não se deixou intimidar pela fúria dos inimigos, pois sabia que a Obra era de Deus. A liderança sempre tem um custo; o caminho da liderança não é uma estrada aplainada por comodidade nem forrada de tapetes vermelhos. O líder, muitas vezes, é alvo de contradições, orquestrações e sórdida perseguição; não importa quão íntegro seja um líder, ele será perseguido. Na esfera da Igreja isso acontece, também, e com muita mais frequência. O cristianismo não é um paraíso de férias; aqui não é o Céu; aqui há lutas constantes, por isso precisamos trabalhar de olhos bem abertos. Sucedeu mais que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesém, o arábio, e o resto dos nossos inimigos que eu tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais. Sambalate e Gesém enviaram a dizer: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. (Ne 6:1,2). Os muros foram levantados. Conquanto os muros estivessem levantados, as portas ainda não tinham sido restauradas. Desta feita, a cidade ainda estava vulnerável. As portas vazias e abertas eram a última esperança do inimigo em deixar a obra no meio do caminho. No afã de impedir a conclusão da Obra, os inimigos se aliam contra o povo de Deus com incansável persistência e diferente táticas e estratégias.
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Vejamos algumas estratégias do inimigo para paralisar a obra de Deus.
a) O inimigo tentou distrair os obreiros (6:2). O inimigo não desiste, ele ainda dá a sua última cartada. Ele faz um plano para distrair os obreiros e desviá-los da obra no meio do caminho. O diabo ataca de maneira especial aqueles que estão na metade do caminho. O meio do caminho é um l ugar perigoso. O inimigo tem alcançado grandes vitórias, fazendo muitos obreiros parar no meio da obra. Quantos que depois de fazer grande parte da obra caem nas ciladas do diabo e fazem o jogo do inimigo! Por isso, continue avançando, trabalhando. b) O inimigo procurou dialogar com os obreiros (6:2 ). O inimigo nunca é tão perigoso como quando parece amigável e chama você para um diálogo. A sutileza da serpente é mais perigosa do que o rugido do leão. Os inimigos agora querem conversar com Neemias. O problema de Neemias é que esses inimigos tinham aliados dentro de Jerusalém, tanto na classe dos nobres quanto na classe dos sacerdotes. Uma das artimanhas mais sutis do adversário é infiltrar-se no meio do povo de Deus e conquistar aliados em seu meio. Neemias, porém, não dialogou com o inimigo. Jesus também não dialogou com o diabo. Jesus não nos mandou dialogar, mas pregar. Identificação é viver onde as outras pessoas vivem, não como elas vivem. Jesus se identificou, mas não transigiu. O diabo tentou dialogar com Jesus, mas Ele nunca sentou com o diabo numa mesa de conferência. c) O inimigo intentou fazer mal aos obreiros - “Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal ” (6:2). Os inimigos queriam se encontrar com Neemias num lugar muito distante de Jerusalém: no vale do Ono, que ficava na fronteira de Samaria e Asdode. Visto que essa região era hostil a Neemias (4:7), o plano cheirava traição. Eles tramaram uma espécie de cambalacho para matarem Neemias. Porém, Neemias compreendeu que o propósito dos inimigos não era um tratado de paz. Eles queriam fazer mal a ele, queriam matá-lo. Um dos projetos do inimigo é paralisar a obra, fazendo mal aos obreiros, pois destruindo os obreiros, a obra fica estagnada. O discernimento espiritual foi a arma de defesa usada por Neemias contra esse novo ataque dos inimigos. Ele discerniu que por trás de tamanha camaradagem, havia uma intenção maligna. Precisamos vigiar e estar apercebidos. Precisamos discernir tanto o rugido do inimigo, quanto sua voz mansa e sedutora. A resposta sábia e firme de Neemias. Neemias manteve-se firme no seu objetivo de reconstruir os muros, não permitindo que nem amigos, nem inimigos desviassem a sua atenção da obra, até que a terminasse. Ele respondeu a Sambalate, com sabedoria e firmeza, da seguinte forma: “ E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? E da mesma maneira enviaram a mim quatro vezes; e da mesma maneira lhes respondi ” ( Ne 6:3,4). Uma grande visão, unida a uma fé inabalável, leva a efeito a realização do propósito de Deus para nossa vida e para nossa geração.
34. Esta resposta de Neemias nos remete a três importantes lições: 1º- Ele não perdeu o foco de sua missão – “Estou fazendo uma grande obra”. Neemias sabia a importância do que estava fazendo. Quantas vezes os obreiros de Deus se deixam seduzir por coisas menores, por vantagens do mundo e abandonam o seu posto. Os líderes autênticos colocam as coisas mais importantes em primeiro lugar. Eles enxergam todas as coisas, mas se concentram nas coisas importantes. Eles investem seu tempo naquilo que traz o maior retorno.
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2º- Ele foi previdente – “[...] de modo que não poderei descer” (Ne 6:3). Neemias sabia que a intenção do inimigo era fazer-lhe mal (6:2). O vale de Ono localizava-se a aproximadamente 32 quilômetros a nordeste de Jerusalém. Se Sambalate e Gesém conseguissem convencer Neemias a encontrá-los ali, poderiam fazê-lo cair em uma emboscada pelo caminho. Ir ao vale de Ono significava descer, pois Jerusalém estava edificada sobre um monte. O inimigo quer que nós desçamos e que desistamos do plano de Deus em nossas vidas; pode acreditar nisso. Mas o desafio é continuar, nunca descer, nunca ceder, jamais retroceder. Quando o Senhor Jesus estava pregado na cruz, os escribas e sacerdotes zombavam dele e diziam : “Desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos …”. Mas Jesus não desceu, porque estava fazendo a grande Obra que redundaria em nossa salvação. Pouco tempo depois Ele disse: “ Está consumado”, isto é, a Obra que vim realizar está pronta, o plano da salvação do mundo está feito.
3º- Ele não perdeu tempo com o inimigo – por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? (6:3). Neemias não desperdiçou tempo com o inimigo; investiu todo o seu tempo fazendo a obra. 35. A conclusão da Obra: 1. Termina a construção do muro . Depois de muita oração, jejum, planejamento, trabalho, pressões de fora e ataques de dentro, ouve-se o hino da vitória triunfal : "Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco dias do mês de Elul, em cinqüenta e dois dias"( Ne 6:16). Elul é o sexto mês do calendário judaico, correspondente a última metade de agosto e a primeira metade de setembro. Essa foi uma vitória da determinação e da singeleza de propósito. A construção dos muros terminou: porque Deus estava com o seu povo (Ne 2:20;4:15,20); porque o povo tinha um dirigente corajoso, dedicado e decidido, Neemias, que dependia exclusivamente de Deus como sua proteção e fonte de poder(Ne 5:14-19; 6:3,9); porque o povo se dispôs a trabalhar(Ne 4:6) e a seguir seu líder, dedicandose com denodo à tarefa, até completá-la. Sem esforço não há grandes realizações para Deus. 2. Os inimigos temeram. A conclusão dos muros foi um golpe evidentemente duro na moral dos inimigos de Judá. O verso 16 do capítulo 6 traz uma descrição interessante de como Deus agiu em prol do construtor após os muros terem sido reconstruídos: "E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, temeram todos os gentios que havia em roda de nós, e abateram-se muito em seus próprios olhos, porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra". Deus não apenas abençoara a obra feita por ele, mas colocou um grande abatimento nos inimigos de Israel. Neemias podia atrair para si os louvores da vitória; podia aproveitar o momento para se promover aos olhos do povo. Mas ele reconhece aquilo que até os inimigos são obrigados a confessar: a conclusão da obra é resultado da intervenção de Deus (6:16). A força é de Deus, o livramento vem de Deus e a glória deve ser dada a Deus. 3. Não desista. Neemias resistiu a todas as investidas do inimigo, porque sabia que a Obra
era de Deus e que Ele não o abandonaria. Não espere tempos calmos para fazer a obra. Termine o que Deus lhe confiou apesar dos problemas e dos inimigos. Não desista! Entretanto, depois da vitória, não podemos baixar as armas. O muro está concluído, mas a luta continua. Paulo diz: "[...] e depois de vencerdes tudo, permanecei inabaláveis" (Ef 6:13).
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36. Lições práticas do livro de Neemias: Neemias triunfou sobre os inimigos e tirou a sua nação do opróbrio por três marcas:
Primeira, seu caráter . O que Neemias era diante de Deus o firmou como líder diante do povo. A vida do líder é a sua maior arma e o nome do líder é o seu maior patrimônio. Quando se perde o caráter, sacrificam-se ideais, transige-se com a verdade e busca-se as vantagens a qualquer preço. Segunda, sua coragem. Neemias não tinha medo de morrer, só tinha medo de pecar. Nada, nem ninguém o demovia de sua determinação porque sua coragem o ajudou a transformar problemas em oportunidades e provações abertas em triunfos pessoais . Terceira, sua confiança. Ele enfrentou toda a oposição porque tinha consciência do seu chamado e convicção de que Deus estava do seu lado naquela empreitada. Sua confiança em Deus livrou-o de ser uma estrela ou de viver debaixo das botas do inimigo. Tem você confiado inteiramente em Deus? Este é o segredo da vitória: obedecer a Deus e nel e confiar inteiramente. “E em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, SENHOR, nunca desamparaste os que te buscam” (Sl 9:10). 37. As portas Nos muros da Jerusalém antiga, foram instaladas 12 grandes portas. Cada uma delas era conhecida pelo nome e pela sua função na cidade, na vida do rei e dos sacerdotes. Elas significavam segurança, proteção e defesa. Neemias 3:1 - A porta das ovelhas - O encontro com o cordeiro de Deus. Era a porta onde passavam as ovelhas destinadas ao sacrifício da Páscoa. (Jô. 1:29 - Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo). Essa porta aponta para Jesus. A porta das Ovelhas, é o lugar da rendição a Cristo e da experiência de conversão, quando somos lavados pelo Seu sangue e regenerados em nosso espírito. É a porta da decisão por Jesus. Neemias 3:3 - A porta dos Peixes - Lugar de crescimento e reprodução. No hebraico peixe tem a conotação de reprodução, crescimento, mover-se rapidamente. Isso nos lembra de crescimento numérico, reprodução de nossas vidas em novos filhos (pregação do evangelho). É por essa porta que deixaremos entrar os novos filhos de Deus. Exige a decisão de não vivermos para nós mesmos mas também em busca dos que também precisam de Jesus. É a porta da multiplicação. É a porta da decisão de ser frutífero. (Mc.1:17 - vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens)
Neemias 3:6 A porta Velha Libertação do Passado. Essa porta fala das coisas velhas existentes em nossa alma e que devem ser removidas. Ilustra um passado que deixa marcas no caráter; memórias ferinas que teimam em permanecer machucando; padrões de pensamento e hábitos alheiros aos princípios do Reino de Deus, enfim, tudo quanto é herança contrária à nova vida em Cristo.
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Romanos 5:17 - Se alguém está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. É por essa porta que devemos remover tudo que faz parte de nosso passado, tudo que faz parte da natureza adâmica (pensamentos, velhos padrões, velhas maneiras de viver, encarar as coisas, hábitos, muito do que faz parte da velha natureza. Tudo isso deve ser retirado pela porta velha, pois agora nossa vida em Cristo é uma completa novidade de vida. Efesios 4:21-24: quanto ao trato passado....despoje, renove e revista.
Neemias 3:13 - A Porta do Vale - O milagre da salvação. É a porta da libertação do inferno. Por essa porta saía todo lixo que deveria se queimado. Era um lugar onde os vermes eram constantes e o fogo ardia constantemente. Ali, o vale, era um lugar muito bonito, o vale do Hinon, mas passou ser usado para sacrifícios a Moloque e por isso foi amaldiçoado (Jer, 32:35; 7:30; 8:3) e chamado o vale da matança. Isaias o apresenta como lugar escatológico de punição, onde o “seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará” (Isaias 66:22 -24). Passou ser chamado também de Geena, lugar de morte e tormento (Marcos 9:43-48). Essa é a porta em nossa vida que se abre para os livramentos e milagres de Deus. Serve para nos alertar de não deixar queimar ali, nenhum fogo estranho dentro de nossa alma. O único fogo que deve queimar é o Espírito Santo. Não nos esqueçamos dos horrores do inferno, porque são reais e sem Jesus era para lá que estaríamos caminhando a passos largos. É a porta da decisão de não permitir fogo estranho e perfeita fidelidade ao Senhor.
Neemias 3:14 - A porta do Monturo - Remoção do lixo. É a porta em que todo lixo devia ser removido. Nenhuma cidade sobrevive com lixo acumulado .O lixo prolifera toda sorte de doenças, mal cheiro, esconde a beleza da cidade e soterra a possibilidade de frutificação devido aos gases mortais que libera. Nossa alma deve estar aberta ao Espírito Santo para que todo lixo acumulado seja jogado fora e nenhum outro volte a entrar. Será que crente tem lixo? Nós já chegamos a Jesus cheio dele. Nosso espírito foi recriado, mas nossa alma está em processo de restauração. Isso significa que ainda estamos diante da remoção de coisas que se acostumaram a conviver conosco e que nada têm a ver com a vida de Deus. Tudo que não se enquadra dentro do fruto do Espírito, é lixo e deverá ser rejeitado. Todas as obras da carne são imundas e devem ser erradicadas da própria personalidade dando lugar ao fruto do Espírito. Só o Espírito Santo pode penetrar nos porões de nossa alma e descobrir as sujeiras escondidas tão incorporadas em certas áreas que até parecem naturais. Como entra lixo? Através dos nossos sentidos, especialmente visão e audição (meios de comunicação) e como nos relacionamos com as pessoas (o que fazemos e o que fazem conosco)
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O contato com um mundo sujo, cheio de tanta impureza, numa época em que os poderes do inferno estão soltos e têm suas garras violentas sobre tantos, tenta também nos manchar. Precisamos decidir rejeitar toda essa contaminação que vem do lado de fora e que ainda está presente, impedindo a entrada de novo lixo. Mesmo com tantos apelos, é possível manter a imundície do lado de fora, conservando a porta do lixo fechada. Como? Nos expondo ao Espírito Santo e à Palavra de Deus. Assim, ficaremos sensíveis e alertas na possibilidade da entrada de algum lixo, mesmo na forma mais sutil.
Neemias 3:15 - A porta da Fonte O Espírito Santo Fala das águas que correm. É um dos símbolos do Espírito Santo. É Ele quem nos gera em Cristo e nos consola (Jô. 14:16). É o Espírito que flui em nossas vidas (Jô.7). Entrar por esta porta é um desafio constante para crescimento e comunhão do Espírito Santo. Na porta da Fonte, o Espírito Santo nos gerou em Cristo, batizando-nos em Seu Corpo, tornando-nos filhos de Deus. Ali Jesus batizou no mesmo Espírito e nos equipa para servi-lo. Neemias 3:25 - O Pátio do Cárcere - Livre das prisões. Aqui é o átrio, ou pátio do cárcere ou prisão. É o lugar onde as prisões devem ser quebradas. Prisões de medo, depressão, falta de perdão, amargura e tantas outras. Comida, bebida, sexo, refrigerante, bolo, café, etc, podem ser prisões. Tudo quanto tem poder de fascínio ou domínio sobre nós, é uma prisão. Em tudo que dizemos “não consigo deixar isso, ou não fazer isso, ou viver sem isso, servimos como escravos”. Toda e qualquer forma de prisão enfraquece a alma, a personalidade. Gálatas 5:1 - Para a liberdade que Cristo nos libertou, permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente um jugo de escravidão”. Prisões da alma, manifestam incapacidade de dominar os apetites da carne, nas carências afetivas, insegurança, acomodação, pensamentos descontrolados, dificuldade de tomar decisões, letargia, etc. Toda forma de prisão tem origem em satanás e o remédio é JESUS, cujo poder libertador é ministrado pelo Espírito Santo. Salmo 142:7 - Tira a minha alma da prisão e louvarei o Teu nome. Neemias 3:26 - A porta das Águas - A Palavra de Deus . Ef. 5:26 - Tendo-a purificado com a lavagem da água pela palavra (a igreja). Essa porta deve estar aberta para a verdade da Palavra e cerrada para as falsas doutrinas. A palavra de Deus está para nossa alma o que a comida está para o nosso corpo. É nossa fonte de alimento, sustento e vida. Por ela conhecemos a Deus; é canal de comunhão com Seu autor, Deus mesmo; é fonte de oração, confissão e vitória; é instrumento de combate espiritual, sendo arma contra as investidas satânicas; por meio de princípios pelos quais viveremos e reinaremos; são de fato “espírito e vida” conforme Jesus disse em Jô. 6:63) A porta da Fonte nunca deve estar fechada, mas sempre escancarada para a Palavra de Deus. Neemias 3:28 - Porta dos Cavalos - Livres das cargas. Cavalos são meio de transporte e levavam cargas, pesos. Era por essa porta que os cavalos passavam com as cargas. Em Jesus podemos ter nosso fardo trocado e os pesos então não fazerem mais parte de nossa vida. Gálatas 6:2, nos exorta que também devemos levar as cargas uns dos outros. 1 Pe. 5:7 - Diz para lançarmos sobre ele toda nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós. Neemias 3:29 - A porta Oriental - O Regresso de Jesus. É a porta da entrada do Messias, do Rei. Para nós é a porta da espera do Rei Jesus e seu Reino eterno quando ficaremos para sempre com Ele. É o símbolo da vitória final onde estaremos finalmente livres da presença do pecado. Neemias 3:31 - A Porta da Atribuição - A comissão Divina .É a porta da guarda. É a porta da atribuição, mandato, ordem, lugar apontado. Fala do lugar onde Deus delega uma missão, atribui-nos
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uma responsabilidade. A palavra traz o sentido de uma tropa que é convocada para receber suas diversas atribuições. É a porta que Deus nos delega responsabilidades. Ele sempre nos capacitará para essas res ponsabilidades. Somos capacitados por Deus (2Cor. 3:5)
Neemias 8:16 - A porta de Efraim - A porção dobrada. Efraim = fruto dobrado, porção dobrada da herança, frutífero. A porção dobrada é dada por direito da primogenitura. Jesus é primogênito, mas nós temos direito a mesma herança de Jesus através da igreja. (Hb. 12:23 - A igreja dos primogênitos inscritos nos céus). Fonte:Estudo adaptado totalmente baseado no Livro "Personalidades Restauradas", de Valnice Milhomens Coelho, Parte I (Restauração da personalidade, Restauração dos Muros e Restauração das portas).
38. Livro de Ester Introdução: O livro de Ester apresenta uma parte da história dos judeus que não aprece em nenhum outro texto da Bíblia. O livro explica a origem da festa do Purim, colorindo o feriado judaíco no qual, hoje em dia, as pessoas fazem muito barulho sempre que o nome de Hamã é pronunciado durante as leituras públicas de Ester. Ester é um livro singular em vários aspectos. Em primeiro lugar, relata a história dos judeus não praticantes que preferem desfrutar da prosperidade da Pérsia à austeridade enfrentada pelo pequeno grupo que retornara a Jerusalém sob a liderança de Zorobabel. Ester não traz nenhuma referencia religiosa, com exceção do jejum. Outra característica marcante é o fato de o nome de Deus não aparecer no texto, o que levou alguns a questionar a presença do livro na Escritura. Autoria: O autor do livro, sem dúvida, era um judeu que conhecia os costumes persas e detalhes do palácio (a arqueologia tem confirmado algumas dessas características). O autor escreve como testemunha ocular e emprega uma forma de hebraico da era pós-exilica. Alguns sugeriram Esdras ou Neemias como autor, embora a tradição judaica aponte Mordecai Data: O Livro de Ester foi provavelmente escrito entre 460 e 350 a.C. Propósito: A finalidade do Livro de Ester é mostrar a preservação dos judeus que não voltaram, especialmente no que diz respeito ao seu povo escolhido, Israel. O Livro de Ester registra a instituição da Festa de Purim e a obrigação de sua observação permanente. Esse Livro era lido durante essa festa para comemorar a grande libertação da nação judaica causada por Deus através de Ester. Os judeus ainda hoje leem Ester durante Purim. Resumo: O livro de Ester pode ser dividido em três seções principais:
1-Capítulos 1:1 – 2:18 – Ester substitui Vasti; 2:19 2-Capítulo 7:10 – Mardoqueu derrota Hamã; 8:1 3-Capítulo 10:03 – Israel sobrevive a tentativa de Hamã de destruí-los.
39. O Lugar de Hamã
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Há pelo menos um aspecto em que o livro de Ester é muitas vezes esquecido: a associação de Hamã com a casa de Agague, o rei dos amalequitas (1 Sm 15:30), o inimigo de Israel. Muito antes de Ester, Deus tinha ordenado que haveria guerra contra Amaleque nas gerações (Êxodo 17:8-16), e que seu nome seria apagado do céu (Dt 25:19; 1 Sam 15:17-18). Embora o rei amalequita Agague fosse capturado, Saul o poupou (ele foi finalmente morto por Samuel); assim, seu descendente Hamã sobreviveu para lutar com os judeus. (O Cronista descreve a destruição dos amalequitas mais tarde durante o reinado de Ezequias [1 Crônicas 4:43], mas o escritor de Ester acredita que eles não vieram a um fim completo.) Da mesma forma, a menção de Quis (o pai de Saul) no final da genealogia de Mardoqueu (2:5) mostra que ele era descendente do inimigo mortal do Agagites. Mordecai, assim, cumpri o mandamento de Deus para Saul. Os judeus não tomam os despojos de Hamã por causa do ditado de não dividir os despojos dos amalequitas (1 Sm 15:21). Essa é a famosa história de quando Israel está em campo de batalha contra seus inimigos e de cima do monte Moisés estende suas mãos e Israel prevalece na batalha, mais quando ele baixava a sua mão, Amaleque prevalecia. Então Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro, do outro e assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs. Assim como na história de José em Gênesis 41:34-37, ambas as histórias envolvem monarcas estrangeiros que controlam o destino dos judeus. Ambas as narrativas mostram o heroísmo de indivíduos israelitas que fornecem os meios para a salvação do seu povo e nação. A mão de Deus é evidente na medida em que o que parece ser uma situação ruim é na verdade algo que está sob o controle total do Deus Todo-Poderoso que, em última instância, tem o bem do povo como Seu objetivo. No centro desta história encontra-se a divisão existente entre os judeus e os amalequitas, cujo início foi gravado como tendo começado no Livro do Êxodo.
40. Passeio pela História Gn.36:12 > Os amalequitas, descendentes de Esaú que odiava Jacó por causa da primogenitura. Ex. 17.8 > É a primeira nação a atacarem Israel, em Refidim, impedindo-os de prosseguir na jornada. Ex.17:14-16 > Deus faz um juramento que haverá guerra contra os amalequitas em todas as gerações, até que seus nomes sejam apagados de debaixo do céu. Jz. 6:3,33 – 7:12 > De novo Israel estava sendo ameaçado pelos amalequitas. Gideão precisava ter a certeza da presença de Deus com ele nesta batalha. I Sm. 15.2 > A missão do extermínio agora estava com Saul – Saul fere a lei (I Sm. 15.18). I Sm. 27: 8 - 30:1 , II Sm. 1.1 > Davi chorou até não ter mais forças. O motivo do choro? Os amalequitas. Et.8:1 > Extermínio dos amalequitas.
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41. FESTA DO PURIM Festejar é um tema importante deste livro, há dez banquetes registrados e muitos dos eventos foram planejados, orquestrados ou expostos nestes banquetes. Embora o nome de Deus nunca seja diretamente mencionado neste livro, é evidente que os judeus de Susã buscaram a Sua intervenção ao jejuar e orar por três dias (Ester 4:16). Apesar do fato de que a lei que permite a sua destruição foi escrita de acordo com as leis dos medos e persas, tornando-a imutável, o caminho foi preparado para suas orações serem respondidas. Ester arriscou sua vida ao ir não uma, mas duas vezes diante do rei sem ser convidada (Ester 4:1-2; 8:3). Ela não ficou contente com a destruição de Hamã; sua intenção era salvar o seu povo. A instituição da Festa de Purim é escrita e preservada para que todos possam ver e ainda é observada hoje. O povo escolhido de Deus, sem qualquer menção direta ao Seu nome, foi concedido a suspensão da execução por meio da sabedoria e da humildade de Ester. O purim é uma festa de comemoração ao livramento dado por Javé aos judeus que habitavam a Pérsia no período de retorno a Jerusalém. Alguns especialistas afirmam que o livro de Ester foi escrito para legitimar uma festa que não nasceu em solo palestino. O nome “Purim” é adequado, pois significa sorte, indicando que o livramento do Senhor não aconteceu por algum modo visivelmente miraculoso, mas de uma forma que muitos considerariam um acaso, porém esta festa legitima o ensino da Providência divina, indicando que Deus age tanto de modo visivelmente miraculoso quanto de modo aparentemente casual.