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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES
CLEITON PODIATZKI, DOUGLAS CORREIA, INACIO LUFT, JEAN FONTANA, RODRIGO CORREIA
MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA ANÁLISE DE FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA
BLUMENAU 2016
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CLEITON PODIATZKI, DOUGLAS CORREIA, INACIO LUFT, JEAN FONTANA, RODRIGO CORREIA
MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA ANÁLISE DE FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Elétrica do Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade Regional de Blumenau, requisito parcial para a obtenção da aprovação na disciplina de Mercado de Energia Elétrica. Prof. Sandro G. Bagattoli
BLUMENAU 2016
3 LISTA DE SIGLAS
kW
Quilowatt
kWh
Quilowatt-hora
kV
Quilovolt
COM
Consumo Total
CNP
Consumo Ponta
CNF
Consumo Fora Ponta
DNP
Demanda Ponta
DNF
Demanda Fora Ponta
DEP
Demanda Ponta (Acumulada-Controle)
DFP
Demanda Fora Ponta (Acumulada-Controle)
UFO
Energia Reativa Excedente Ponta
UFF
Energia Reativa Excedente Fora Ponta
DMP
Demanda Reativa Ponta
DMF
Demanda Reativa Fora Ponta
ERA
Energia Reativa
EEAM
Montante de energia elétrica ativa medida
p
Posto Tarifário p (Ponta) (Ponta) ou fp (Fora Ponta) Ponta)
kvarh
Quilovolt-ampere-reativo-hora
fm
Fator de Potência Médio Mensal
PAM
Demanda de potência ativa medida ou MUSD medidos
PAC
Demanda de potência ativa ou MUSD contratados
VRDULT
Valor de referência equivalente ás tarifas de demanda de potência aplicáveis aos subgrupos do grupo A ou ás TUSD-Consumidores-Livres
ICMS
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
PIS
Programas de Integração Social
COFINS
Contribuição Social para Financiamento de Seguridade Social
COSIP
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública
FEA
Faturamento de energia elétrica ativa em reais
FDA
Faturamento de demanda ativa em reais
FER
Faturamento de energia elétrica reativa em reais
FDR
Faturamento de demanda reativa em reais
4 LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fatura de energia elétrica cliente Benaci Terraplanagem ......................................... 10
5 LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Tabela de tarifas homologadas Grupo A4 - Verde ................................................... 17 Tabela 2: Tabela de tarifas homologadas Grupo B1 ................................................................ 18 Tabela 3: Tabela de tarifas homologadas Grupo A4 - Azul ..................................................... 20 Tabela 4: Tabela de tarifas homologadas Grupo B3 – Convencional ...................................... 26 Tabela 5: Tabela de tarifas homologadas Grupo B3 – Branca ................................................. 27 Tabela 6: Tabela Correção Fator de Potência........................................................................... 29
6
SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8
2
ANÁLISE DA FATURA .......................................................................................... 10
2.1
ANÁLISE DE CONSUMO E DEMANDA............................................................... 11
2.1.1
Energia Ativa Consumida Total (CON) ..................................................................... 11
2.1.2
Energia Ativa Consumida em Horário de Ponta (CNP) ............................................. 11
2.1.3
Energia Ativa Consumida em Horário Fora de Ponta (CNF) .................................... 11
2.1.4
Demanda em Horário de Ponta (DNP) ....................................................................... 12
2.1.5
Demanda em Horário Fora de Ponta (DNF) .............................................................. 12
2.1.6
Demanda em Horário de Ponta (Acumulada-Controle) (DEP) .................................. 12
2.1.7
Demanda em Horário Fora Ponta (Acumulada-Controle) (DFP) .............................. 12
2.1.8
Energia Reativa Horário Ponta (UFO) ....................................................................... 12
2.1.9
Energia Reativa Horário Fora Ponta (UFF) ............................................................... 13
2.1.10 Demanda Reativa Horário Ponta (DMP).................................................................... 13 2.1.11 Demanda Reativa Horário Fora Ponta (DMF) ........................................................... 13 2.1.12 Energia Reativa Hora (ERA)...................................................................................... 13 2.2
FATOR DE POTÊNCIA MÉDIO MENSAL ............................................................ 14
2.3
DEMANDA DE ULTRAPASSAGEM ..................................................................... 14
2.4
IMPOSTOS ................................................................................................................ 15
2.5
TARIFAS HOMOLOGADAS (RESOLUÇÃO 1.927 / 2015) .................................. 17
2.6
CÁLCULO DE FEA – FATURAMENTO DE ENERGIA ATIVA.......................... 18
2.7
CÁLCULO DE FER – FATURAMENTO DE ENERGIA REATIVA ..................... 18
2.8
CÁLCULO DE FDA – FATURAMENTO DE DEMANDA ATIVA ...................... 19
2.9
CÁLCULO DE FDR – FATURAMENTO DE DEMANDA REATIVA ................. 19
2.10
VALOR TOTAL DA FATURA ................................................................................ 20
3
MEDIDAS PARA REDUÇÃO DO VALOR DA FATURA ................................. 21
3.1
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA VERDE COM ALTERAÇÃO DA DEMANDA CONTRATADA ................................................... 21
7 3.1.1
CÁLCULO DE FEA – FATURAMENTO DE ENERGIA ATIVA.......................... 21
3.1.2
CÁLCULO DE FER – FATURAMENTO DE ENERGIA REATIVA ..................... 22
3.2
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA AZUL .......................... 23
3.3
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA CONVENCIONAL OPTANDO POR FATURAMENTO COM APLICAÇÃO DO GRUPO B .............. 25
3.4
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA BRANCA OPTANDO POR FATURAMENTO COM APLICAÇÃO DO GRUPO B .................................. 27
4
EXCEDENTES DE REATIVOS ............................................................................ 28
4.1
CÁLCULO DO BANCO DE CAPACITORES......................................................... 28
4.2
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA PARA O BANCO DE CAPACITORES......................................................................................................... 30
5
FATOR DE CARGA FATURÁVEL E FATOR DE CARGA REAL ................. 31
6
GERENCIAMENTO DE CARGA ......................................................................... 32
7
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ................................................................ 35
8
REFERENCIAS ....................................................................................................... 36
8
1
INTRODUÇÃO
O consumo de energia elétrica nacional vem apresentando um ritmo de crescimento significativo nas últimas décadas, consequência da vasta disponibilidade de tecnologias de consumo tanto residenciais quanto industriais. Embora o planejamento estratégico tenha privilegiado a expansão da oferta para atender este crescimento de consumo, a expansão da infraestrutura de geração de energia tem sido alvo de críticas devido ao impacto socioambiental, uma vez que a construção de novos aproveitamentos hidrelétricos provoca o alagamento de grandes áreas para a construção de barragens, deslocamento de comunidades locais e alterações no regime hídrico, entre outros impactos considerados negativos. Nesse contexto de crescimento de consumo, preocupação crescente com sustentabilidade e limitações na capacidade de expansão da infraestrutura de geração, o gerenciamento pelo lado da demanda aparece como uma alternativa indispensável de planejamento para o setor elétrico. A adoção de políticas que promovam a conservação de energia por parte dos consumidores permite que reduzam a necessidade de expansão da oferta e os impactos ambientais decorrentes. Entre as medidas de gestão de demanda, podem ser citadas o incentivo ao uso de equipamentos com consumo mais eficiente de energia, a estrutura tarifária com valores crescentes por faixa de consumo e a implantação de redes inteligentes. A implantação eficaz de políticas de conservação de energia requer o conhecimento da estrutura de demanda dos consumidores finais. Por parte das empresas consumidoras de energia, começou-se a considerar o desligamento estratégico de determinadas cargas elétricas no período de maior valor de tarifação, visando contabilizar significativas reduções de custo nas faturas de energia.
9 A resolução 414/2010 escrita pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, determina todos os possíveis enquadramentos do consumidor, as fórmulas de cobrança de consumo, demanda, ultrapassagem de demanda, excedente de demanda e consumo reativo, período de testes, etc. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o faturamento de energia da empresa BENACI TERRAPLANAGEM LTDA ME baseando-se nos dados referentes ao consumo da empresa no período de 15/05/2016 a 14/06/2016. A empresa em estudo é uma consumidora do grupo A4 modalidade tarifária verde, ligada em rede trifásica de distribuição 23 kV. Tendo em vista suas características de consumo e demanda de energia, serão analisadas através de cálculos algumas alternativas de faturamento. Também será analisada a correção do fator de potência através de bancos de capacitores. O estudo do contexto de cobrança e então viabilidade de redução de despesas com energia elétrica será avaliado como requisito da disciplina de Mercado de energia elétrica, ministrada pelo professor Sandro G. Bagattoli.
10
2
ANÁLISE DA FATURA Na Figura 1 é apresentada a fatura de energia elétrica que será utilizada no decorrer do
trabalho.
Figura 1: Fatura de energia elétrica cliente Benaci Terraplanagem
11 A seguir seguem os principais dados extraídos da fatura do cliente:
Modalidade Tarifária Verde / Grupo A4 (2,3 a 25 kV);
Demanda Contratada 180 kW;
Fator de Potência Médio 0,71;
Perdas de Transformação 0% (Medição efetuada no primário do Transformador);
Horário de Ponta: 18:30 ás 21:30;
Bandeira Tarifária Verde;
Leitura Anterior 14/05/2016 – Bandeira Verde;
Leitura Atual 14/06/2016 – Bandeira Verde;
Dias Faturados: 31.
2.1
ANÁLISE DE CONSUMO E DEMANDA
2.1.1 Energia Ativa Consumida Total (CON)
– 1865451 – 1649547 0,072 15545,088 ℎ 2.1.2 Energia Ativa Consumida em Horário de Ponta (CNP)
– 64400− 58121 0,0720 452,088 ℎ 2.1.3 Energia Ativa Consumida em Horário Fora de Ponta (CNF)
– 1801051−1591426 0,0720 15093 ℎ
12
2.1.4 Demanda em Horário de Ponta (DNP)
47 0,2880 13,536 2.1.5 Demanda em Horário Fora de Ponta (DNF)
379 0,2880 109,152 2.1.6 Demanda em Horário de Ponta (Acumulada-Controle) (DEP)
– 483 – 436 0,2880 13,536 2.1.7 Demanda em Horário Fora Ponta (Acumulada-Controle) (DFP)
– 4659 – 4280 0,2880 109,52 2.1.8 Energia Reativa Horário Ponta (UFO)
– 93293 − 84751 0,0720 615,024 ℎ
13
2.1.9 Energia Reativa Horário Fora Ponta (UFF)
– 779759 − 704376 0,0720 5427,576 ℎ 2.1.10 Demanda Reativa Horário Ponta (DMP)
– 3130 − 2821 0,0720 22,24 2.1.11 Demanda Reativa Horário Fora Ponta (DMF)
– 17614 − 16159 0,0720 104,76 2.1.12 Energia Reativa Hora (ERA)
– 2037168 − 1821349 0,0720 15538,968 ℎ
14
2.2
FATOR DE POTÊNCIA MÉDIO MENSAL Para descobrirmos o Fator de Potência Médio Mensal primeiramente descobrimos o
valor referente ao kQh, na qual pode ser encontrada, isolando-se a variável a partir da seguinte fórmula:
ℎ2ℎ−ℎ√3/3 Substituindo-se por valores medidos na fatura de chegamos ao resultado do kQh igual a 21228,802. A partir daí pode-se chegar ao valor do Fator de Potência Médio Mensal, através da equação abaixo, já que descobrimos todas as variáveis agora.
ℎ ℎ (2ℎ−ℎ √ 3 ) 15545,088 0, 7 07 0 88 15545,088 (221228,802−15545, √ 3 )
2.3
DEMANDA DE ULTRAPASSAGEM A demanda de ultrapassagem é a parcela que excede a demanda contratada, caso a
demanda ou MUSD (Montante de Uso) medidos tenham extrapolado a tolerância de 5% prevista no Art.93 da Resolução Normativa nº 414/2010. Aplica-se a cobrança de ultrapassagem conforme a seguinte equação:
[ – ] 2
15 No caso do cliente, não haverá cobrança de ultrapassagem, pois a demanda medida é de 109,15 kW, multiplicando por 1,05, chegamos ao valor de 114,60 kW, valor este que está abaixo da demanda contratada, conforme cálculo abaixo:
109,15 1,05114,60 2.4
IMPOSTOS As informações dos tributos que são encontrados na fatura do cliente são os seguintes:
ICMS:
Base de Cálculo (R$) = 12.237,52
Alíquota (%) = 25
Valor do Imposto (R$) = 3.059,36
PIS (R$) =110,13
PIS
% $/ á 100 % 110,13/12.237,52 100 0,90 COFINS
COFINS (R$) = 510,30
% $/ á 100 %510,30/12.237,52 1004,16 COSIP
COSIP (R$) = 319,24
16 FATOR DE TRIBUTOS A SER APLICADO NA TARIFA
1 – % % % 1 – 0,009 0,0416 0,250,6994
17
2.5
TARIFAS HOMOLOGADAS (RESOLUÇÃO 1.927 / 2015) Na Tabela 1 abaixo pode-se verificar os valores para TUSD e TE que compõem a
Tarifa Homologada. No caso, o cliente pertence ao subgrupo A4, modalidade Verde.
Tabela 1: Tabela de tarifas homologadas Grupo A4 - Verde Fonte: Resolução Homologatória nº 1.927/2015
18
2.6
CÁLCULO DE FEA – FATURAMENTO DE ENERGIA ATIVA
$ 394, 9 3688, 7 7 247, 4 274, 5 1 $452,088 0,10006994 15093 0,10006994 $700,497 6947,225 = 7647,72
2.7
CÁLCULO DE FER – FATURAMENTO DE ENERGIA REATIVA Segundo o Art. 96 da Resolução Normativa nº 414/2010, a tarifa utilizada para o
faturamento de energia reativa é o valor de referência equivalente à tarifa de energia "TE" da bandeira verde aplicável ao subgrupo B Convencional, em Reais por megawatt-hora (R$/MWh):
Tabela 2: Tabela de tarifas homologadas Grupo B1 Fonte: Resolução Homologatória nº 1.927/2015
$ 1 1
259, 7 2 259, 7 2 $615,024 0,10006994 5427,576 0,10006994 $228,387 2015,513
19
= 2243,90
2.8
CÁLCULO DE FDA – FATURAMENTO DE DEMANDA ATIVA Para fins de faturamento, utiliza-se 180kW de demanda contratada, uma vez que as
demandas medidas de ponta e fora de ponta são inferiores à demanda contratada.
$ 1− $180 ,, = 2344,581
2.9
CÁLCULO DE FDR – FATURAMENTO DE DEMANDA REATIVA Segundo o art. 96 da Resolução Normativa nº 414 / 2010 a tarifa utilizada para o
faturamento de demanda de potência reativa é o valor da tarifa de demanda de potência – para o posto tarifário fora de ponta – das tarifas aplicáveis aos subgrupos do grupo A para a modalidade tarifaria horaria azul:
20
Tabela 3: Tabela de tarifas homologadas Grupo A4 - Azul Fonte: Resolução Homologatória nº 1.927/2015
$− $104,76−180 ,, = -980,034
Como o valor da demanda faturada é superior ao maior valor entre a demanda reativa de ponta e fora de ponta, não há cobrança de reativos de demanda.
2.10 VALOR TOTAL DA FATURA
∑$ ∑$ 7647,722243,902344,581 0 319,24 $ 12555,441
21
3
MEDIDAS PARA REDUÇÃO DO VALOR DA FATURA
Algumas medidas podem ser adotadas para diminuir o valor da fatura de energia do cliente como: adequação do contrato de demanda na concessionária, enquadramento em outras modalidades de tarifação e instalação de banco de capacitores.
3.1
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA VERDE COM ALTERAÇÃO DA DEMANDA CONTRATADA Vê-se na fatura analisada, que a demanda contratada é muito maior que a demanda
medida. Portanto, tem-se a possibilidade de diminuir a demanda contratada, a fim de reduzir o valor da fatura. O novo valor contratado será de 109kW. Com este valor de demanda contratada, não será cobrada ultrapassagem, pois o valor medido não excede em mais de 5% os valores contratados, conforme o Art. 93 da Resolução Normativa nº 414/2010.
3.1.1 CÁLCULO DE FEA – FATURAMENTO DE ENERGIA ATIVA
$ 394, 9 3688, 7 7 247, 4 274, 5 1 $ 452,088 0,10006994 15093 0,10006994 $ 700,497 6947,225 7647,72
22
3.1.2 CÁLCULO DE FER – FATURAMENTO DE ENERGIA REATIVA
$ 1 1 259, 7 2 259, 7 2 $615,024 0,10006994 5427,576 0,10006994 $228,387 2015,5132243,90 3.1.3 CÁLCULO DE FDA – FATURAMENTO DE DEMANDA ATIVA
Observando a demanda medida, nota-se que há a possibilidade de redução da demanda contratada para 109kW, sem a necessidade de cobrança de ultrapassagem.
109 1,05114,45 Ou seja, a demanda medida pode ser até 114,45kW que não será cobrada ultrapassagem.
$ 1− $109,15 0,9,699411 $1421,73
23
3.1.4 CÁLCULO DE FDR – FATURAMENTO DE DEMANDA REATIVA
$− $104,76−109,15 ,,
= -57,18
3.1.5 VALOR TOTAL DA FATURA
∑$ ∑$ 7647,722243,901421,73 0 $ 11632,59
+ FDR + COSIP
+ + 319,24
3.2
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA AZUL Uma das alternativas do enquadramento tarifário seria a alteração para a modalidade tarifária Azul. Nesta modalidade, permite que o usuário escolha duas demandas distintas, uma para a ponta e a outra para fora de ponta. Neste caso, analisando a fatura, temos 13,54 kW, porém, a mínima demanda contratada deve ser de 30kW, conforme Resolução Normativa nº 414/2010. Para a contratação da demanda para fora de pontaserá contratada 109kW.
24
3.2.1 CÁLCULO FEA – FATURAMENTO DE ENERGIA ATIVA
$ 74, 5 1394, 9 3 74, 5 1247, 4 2 $452,088 0,10006994 15093 0,10006994 $303,44 6947,22 7250,66 3.2.2 CÁLCULO FDA – FATURAMENTO DE DEMANDA ATIVA
$ 1− $30 0,25,699431 1085,64 $ 109,15 0,9,699411 1421,73 $1085,64 1421,73 2507,37 3.2.3 CÁLCULO FDR – FATURAMENTO DE DEMANDA REATIVA
$ − $ 22,25−109,15 ,, $ 104,76−109,15 ,,
= -1131,91
= -57,18
25
$ 0 3.2.4 CÁLCULO FER – FATURAMENTO DE ENERGIA REATIVA
$ 1 1 259, 7 2 259, 7 2 $615,024 0,10006994 5427,576 0,10006994 $228,387 2015,513 = 2243,90
3.2.5 VALOR TOTAL DA FATURA
∑$ ∑$ 7250,662243,902507,37 0 319,2412321,17 3.3
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA CONVENCIONAL OPTANDO POR FATURAMENTO COM APLICAÇÃO DO GRUPO B Devido a demanda medida ser de 109,25kW, foi considerado que a potência do
transformador é de 112,5kVA, portanto, conforme o Art. 100, inciso I da Resolução Normativa Nº 414/2010, pode-se optar por faturamento com aplicação da tarifa no grupo B. Neste caso, será feito uma análise aplicando a modalidade tarifária convencional.
26
Tabela 4: Tabela de tarifas homologadas Grupo B3 – Convencional Fonte: Resolução Homologatória nº 1.927/2015
3.3.1 CÁLCULO DE FEA – FATURAMENTO DE ENERGIA ATIVA
$( ) 259, 7 2184, 6 4 $15545,08 0,10006994 $9876,48 3.3.2 VALOR TOTAL DA FATURA
∑$ ∑$ 9876,48 $ 10195,72
+ COSIP
+ 319,24
27
3.4
ENQUADRAMENTO NA MODALIDADE TARIFÁRIA BRANCA OPTANDO POR FATURAMENTO COM APLICAÇÃO DO GRUPO B Devido a demanda medida ser de 109,25kW, foi considerado que a potência do
transformador é de 112,5kVA, portanto, conforme o Art. 100, inciso I da Resolução Normativa Nº 414/2010, pode-se optar por faturamento com aplicação da tarifa no grupo B. Neste caso, será feito uma análise aplicando a modalidade tarifária branca. Como não possuímos o relatório de massa deste consumidor, estimamos que o consumo no período intermediário (01 hora antes e 01 hora depois do horário de ponta), seja aproximadamente, o mesmo consumo de energia do horário de ponta, ou seja, 452,088 kWh. Este consumo, por sua vez, foi deduzido do consumo no horário fora de ponta.
Tabela 5: Tabela de tarifas homologadas Grupo B3 – Branca Fonte: Resolução Homologatória nº 1.927/2015
28
3.4.1 CÁLCULO DE FEA – FATURAMENTO DE ENERGIA ATIVA
$ 394, 9 3424, 9 0 247, 4 2289, 5 7 $ 452,088 0,10006994 452,088 0,10006994 247, 4 2154, 2 4 14640,912 0,10006994 $ 529,83 347,11 8408,169285,10 3.4.2 VALOR TOTAL DA FATURA
∑$FEA ∑$9285,10 $ 9604,34
+ COSIP + 319,24
4
EXCEDENTES DE REATIVOS 4.1
CÁLCULO DO BANCO DE CAPACITORES
°
A Resolução Normativa n 414/2010 determina no art.95 que o fator de potência de referência, tem como limite mínimo permitido, para as unidades do grupo A o valor de 0,92,
29 porém na fatura analisada o fator de potência médio mensal foi de 0,71. Para elevação do fator de potência de 0,71 para 0,95, que foi o fator que escolhemos para o cliente, deve-se usar um banco de capacitores, o qual será mostrado abaixo: Dados:
FP atual= 0,71
FP desejado= 0,95
Dmedida= 109,15kW
Fator multiplicador = 0,663 (Conforme Tabela 6)
0,663 109,15 72,36 Com esse resultado, será orçado um banco de capacitores de 80 kvar.
Tabela 6: Tabela Correção Fator de Potência Fonte: Disponível no site www.weg.net
30
4.2
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA PARA O BANCO DE CAPACITORES O cálculo do retorno econômico obtido como resultado da instalação de um banco de
capacitores é feito para o consumidor analisar a viabilidade de implementação. Será considerado um sistema com capacidade instalada de 80 kVAr com o custo de R$ 10.000,00. Será adotado um tempo de vida útil de 10 anos e taxa de desconto mensal de 0,5%.
0, 0 05 10, 0 05 10,005 −1 FRC0,01102
Se o investimento mensal for dividido em parcelas no tempo atual:
0,01102 x R$ 10000R$ 110,20 Para calcularmos a economia mensal, somamos as cobranças geradas devido os reativos excedentes (R$ 228,39 na Ponta e R$ 2015,58 no Fora da Ponta) e subtraímos com o valor encontrado anteriormente. Portanto:
R$ 2243,97− R$ 110,20R$ 2133,77 10000 l n 1− x 0, 0 05 2133, 7 7 n ln10,005 n5 meses
Pode-se calcular o tempo de retorno com base no valor economizado mensalmente:
Considerando-se uma vida útil de 10 anos, haverá o retorno do investimento nos 116 meses excedentes, o que implica em uma economia de:
116 x R$ 2243,97R$ 260.300,52
31
5
FATOR DE CARGA FATURÁVEL E FATOR DE CARGA REAL
O fator de carga faturável demonstra a utilização da capacidade do cliente levando em consideração a energia consumida e a demanda faturável, sendo desejável o valor mais próximo de 1.
31 24 744ℎ 31 – 8 – 1 3 66ℎ 678ℎ 74415545 180 0,116 66452 180 0,038 67815093 180 0,123 á 66 45213,54 0,505 á 67815093 109,15 0,203
O fator de carga faturável encontra-se muito distante do desejado, para uma melhoria do fator de carga faturável sem custos adicionais, deve-se reduzir a demanda contratada para o mais próximo do possível medido, já que a demanda faturável é a demanda contratada. Como a demanda medida é de 109,15kW e considerando a possibilidade de ultrapassagem da demanda em 5%, a nova demanda contratada deve ser de 109kW. Abaixo é demonstrado o novo fator de carga com a nova demanda contratada.
á 67815093 109 0,204 á 66452 109 0,062
32
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GERENCIAMENTO DE CARGA
O gerenciamento de carga consiste na aplicação de métodos de leitura, controle e adequação do comportamento de consumo e de solicitação de demanda, ativos e reativos, em instalações consumidoras de energia elétrica. A análise que faremos do gerenciamento de carga é feita através de gráficos, onde é implementado a reta de carga de cada opção de fornecimento. A melhor opção de fornecimento é escolhida em relação fator de carga calculado, ou seja, a reta de carga que está mais próxima ao fator de carga calculado é a melhor opção de fornecimento. O Fator de carga é o indicador que informa se o consumidor está utilizando a energia elétrica de forma otimizada, o fator de carga utilizado para analisarmos o gerenciamento de carga é 0,505 para o horário de ponta e 0,203 para o horário fora de ponta. Para efetuarmos o gerenciamento de cargas, utilizaremos as opções de fornecimento descritos abaixo. Não foi previsto o uso de gerador no horário de ponta, por se tratar de um consumo irrisório, destinado a apenas iluminação externa e utilidades gerais. Enquadramentos: 1- Enquadramento Atual 2- Modalidade Azul 3- Convencional B3 4- Modalidade Branca B3
Análise para o período no horário de ponta: 1-
=+.á
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=+,,+, .á =+,.á 2-
3-
4-
=,, +,,+, .á =,+,.á =+,,+, .á =+,.á =+,,+, .á =+,.á
Grafico:
Análise para o período no horário fora de ponta:
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1-
=+.á
=,, +,,+, .á =,+,.á 2-
3-
4-
=,, +,,+, .á =,+,.á =+,,+, .á =+,.á =+,,+, .á =+,.á
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CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Levando em consideração que a energia elétrica é um recurso indispensável para praticamente todos os consumidores, o controle sobre a fatura de energia se torna muito importante para a economia do consumidor, principalmente para consumidores de maior porte. No caso da indústria, o controle adequado sobre a fatura de energia elétrica tem um impacto direto no custo do produto produzido ou serviço exercido. Com o conhecimento da legislação e o conhecimento técnico do responsável é possível verificar o melhor enquadramento para um determinado consumidor, levando o mesmo a melhor eficiência energética da sua fatura de energia. A partir da fatura analisada em questão foram verificados todos os custos e tarifas presentes, com uma análise comparativa dos cálculos e das modalidades tarifarias propostas foi possível identificar diversas melhorias para a empresa, a fim de reduzir de forma satisfatória o preço da fatura de energia elétrica. Levando em consideração os tópicos estudados e calculados, concluiu-se que pelo simples fato da empresa diminuir a sua demanda contratada na modalidade tarifária verde, aumentando desta forma, o seu fator de carga faturável e, aplicando a correção de fator de potência, houve o melhor aproveitamento de energia. Com esta diminuição de contrato de demanda, sem a cobrança de excedentes de reativos, a fatura de energia do consumidor será de R$ 9388,69, ou seja, um valor menor do que todos as opções de enquadramentos citados. Isso equivale a uma economia de 25,2%.