O Oráculo Sagrado
de
Ifá
Tradu ção pa ra o port ugu ês : Òs unl ékè
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O rácu l o 1
Èjìogbè O Odù Èj ì ogb e fal a de i l um i naç ão, bem es t ar ge ral , vi t óri a s obre os i ni mi gos , des pert ar es pi ri t ual , vi da l onga e paz m ent al . Obs erv ação oci dent al : Novos ne gó ci os ou i nt ens i fi c açõ es nos ne góci os ex i st ent es , novos rel a ci onam ent os , ou ex peri ênci as es pi ri t uai s podem s er es per adas . Ex is t e um a pos si bi l i dade de com port am ent o s upe rz el os o que requ er bom s ens o pa ra s er s uper ado. Ej i ogb e é o Odù m ai s im port ant e. El e s i m bol i z a o pri ncí pi o m as cul i no e, port ant o é cons i der ado o pai dos odùs . Na ordem fi x ada por Òrúnm ìl à, Eji o gbe ocupa a pri m ei ra posi ç ão. Em Ej i ogb e, os doi s l ados do Odù s ão i dênt i cos : Ogbe es t á em am bos os l ados di rei t o e es qu erdo. O Odù deve ri a s er cham ado “Ogbem ej i ”, m as el e é uni vers al m ent e conh eci do com o Ej i ogb e p orque ej i t am bém s i gni fi ca “doi s ”. Há um equi lí bri o de forç as em Ej i ogb e, que é s em pr e um a boa profe ci a. Dur ant e um a s es s ão di vi nat óri a, o cl i ent e par a quem Ej i ogb e é di vi nado es t á bus cando por paz e pros pe ri dade. O cl i ent e cons ul t ou If á porque el e ou el a quer fi l hos ou des ej a s e en gaj ar em um novo proj et o. If á di z que s e o cli ent e fiz er um a ofe renda, t odas as s uas ex i gênci as s er ão s at is f ei t as e t odos os s eus em pr eendi m ent os s erão bem s ucedi dos . É neces s ári o o s ac ri fí ci o para obt er vi t óri a s obre os i ni mi gos que poderi am es t ar bl oqueando os cam i nhos do cl i ent e. S e el e ou el a t em t rab al hado s em pro gr es s o ou fei t o ne gó ci os s em l ucro, If á prevê pros peri dad e ou ri quez a s e a pes s o a fi z er os s a cri fí ci os ne ces s á ri os . Em Ej i o gbe, If á prevê vi da l onga des de que o cl i ent e cui de m ui t o bem de s ua s aúd e. P es s oas en ca rnadas pel o O dù E ji ogb e devem s em pr e cons ul t ar o orácul o de If á ant es de t om ar qual que r de ci s ão i m port ant e na vi da. 1 – 1 (t r adução do vers o) As m ãos pert enc em ao co rpo, os pés pert enc em ao co rpo, Ot a rat ar a cons ul t ou o orá cul o de If á para El erem oj u, a m ãe de A gbon ni re gun. Foi pedi do para el a s acri fi c ar Duas ga l i nhas , duas pom bas , e t ri nt a e doi s m il búzi os , a s erem us ad as par a s at i s faz e r o If á de sua cri an ça. Di s s er am que s ua vi da s eri a prós per a. El a obedec eu e fez o s acri fí ci o. Owo t ’ar a, Es e t ’a ra, e Ot ar at ar a s ão os nom es dos t rês di vi nado res que cons ul t aram o orácul o de If á pa ra El erem oj u, a m ãe de A gbonni r egun (um dos tí t ul os de l ouvação de Òrúnm ì l à). El e rem oj u es t av a en frent ando pro bl em as . El a con cordou em faz er o s acri fí ci o e s at i s faz er o If á de s ua cri an ça ( i ki n I f á - d ez es s ei s fru tos d e p al mei ra). El a s e tornou prós pe ra porque s a cri fi cou as coi s as que If á pr es cr eveu. O s acri fí ci o des em penha um papel es s en ci al no s i s t em a Yo rùbá de cr enças e t radi ç ão r el i gi os a. De m odo a vi ver l on ga e paci fi cam ent e na t er ra, es pe ra- s e que os s er es hum anos fa çam os s a cri fí ci os ne ces s á ri os que at r ai rão boa s ort e e af as t arão as des gr aç as . 1 – 2 (t r adução do vers o) Ot i t o omi fi - nt e l e-i s a cons ul t ou If á pa ra El e rem oj u, a m ãe de A gbon ni re gun. If á di s s e que o i ki n de s ua cri an ça i ri a aj udá- l a. P ort ant o foi pedi do a el a que s acri fi cas s e um rat o awos i n , um a gal i nha ou c abra, e fol has de If á (fol has e gb ee, em núm ero de dez es s ei s , dev em s er es m agadas na á gu a e us ad as pa ra l av ar a cab eça do cl i ent e). El a obedec eu e fez o s acri fí ci o.
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Out ro di vi nador, cham ado Ot it ol om i fi -nt e l e- is a t am bém cons ul t ou If á para El erem oj u, a m ãe de A gbonni r egun. If á confi rm ou que o iki n de sua c ri anç a (frut o de pal m a s agrado ) a aj ud ari a s e el a cont i nuas s e a f az e r s eus s a cri fí ci os . Os di vi nado res de If á s ão t am bém es pe ci al i st as em erv as . Supõe- s e que el es es t ej am bem fund am ent ados na m edi ci na t radi ci on al . Ac redi t a- s e que todas as pl ant as , e rvas , e fol has do m undo pe rt enc em a If á . Os conh eci m ent os s obre s eus val ores es pi ri t uai s e m edi ci nai s podem s er encont r ados nos ens i nam ent os de If á. As si m , em m ui t as oc as i ões , os di vi nadores de If á pres c revem erv as e pl ant as pa ra a cur a ou prev enç ão de doen ças e enf erm i dades . Em s eu vers o Odù, fol has e gb ee s ão r ecom end adas pa ra l avar a cab eça do cl i ent e ( Orí ), a qual s e acr edi t a cont rol a r o des t i no da pes s oa. 1 – 3 (t r adução do vers o) Ot ot oot o Oro rooro S epa radam ent e nós com em os f rut os da t err a. S epa radam ent e nós com em os i m um u (frut o es p eci al ). Nós es t am os com a c abeç a a ci m a dos cal c anha res em am or com Oba ‘M aki n. Todos el es di vi na ram par a Agbonni re gun. Foi di t o que s e el e fi z es s e s acri fí ci o, el e s eri a ab ençoado com fi l hos ; el e nem s ab eri a o núm ero de s eus fi l hos dur ant e e após s ua vi da. Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e um a c abr a e fol has de If á . S e el e ofer ec es s e o s a cri fí ci o, el e deve ri a coz i nhar fol has de If á para s uas es pos as com er em . El e obedec eu e fez o s acri fí ci o. Fol h as de Ifá : Fol has m oí das ye nm e ye nm e (a gbon yi n), i ru gba, ou ogi ri (condi m ent os ) com c ravos e out ros condi m ent os . C oz i nhe- os j unt am ent e com os t rom pas de fal ópi o da c abra. C ol oque o pot e de s opa em fr ent e ao t rono de Ifá e deix e que s uas es pos as a com am al i . Quando el as t erm i na ram de t om a r a s opa, el as t i veram mui t os fi l hos . As es pos as de A gbonni r egun es t avam t endo di fi cul dad e em engravi da r e dar a l uz . Os ci nco Awo que di vi naram par a A gbonni r egun enfat i z aram a i m port ânci a do s acri fí ci o. El es di ss e ram que s e el e con cordas s e em f az e r o s ac ri fí ci o, el e t eri a m uit os fi l hos durant e s ua vi da e após a sua m ort e. Adi ci onal m ent e, os s ac erdot es t i ver am que f az e r us o de s eu conhe ci m ent o s obre m edi ci na t radi ci onal pa ra coz i nhar fol has de agbon yi n com as t rom pas de f al ópi o da cab ra s ac ri fi cad a. Es t e r em édi o foi cons um i do pel as es pos as de A gbonni re gun ant es que el e pudes s e t er os fi l hos predi t os por If á. 1 – 4 (t r adução do vers o) Okunkun- bi rim ubi ri m u cons ul t ou If á par a Eni unkokunj u. Di s s er am que não havi a ni n guém que l he ti ves s e fei t o um a gent i l ez a que el e não ret ri bui u com m al . Nós pedi m os a el e pa ra s a cri fi c ar um a al f anj e e um a es c ada. El e s e re cus ou à s a cri fi c ar, Eni unkokunj u - o nom e com o qual cham am os o f az endei ro. Todas as boas coi s as que O ged e ( a banan a) forne ceu pa ra o f az endei ro não for am apre ci adas . O faz endei ro por fi m dec api t ou Ogede. If á m ui t as vez es fal a por pa rábol as . Est a es t óri a ap res ent a um rel a ci onam ent o ent r e a banana (Oged e) e, pers oni fi c ada com o al gu ém que foi gent i l com o f az end ei ro ( agbe), um in gr at o que r et ri bui u a gent i l ez a com o m al . Não im port a o quão gra nde s ej a o rel a ci onam ent o, a banan a é des t ruí da ao fi nal . Nos t em pos ant i gos , qual que r um enc arnado por es t e Odù poderi a s er de capi t ado ao fi m de s ua vi da na t erra. Em t em pos mode rnos , i st o s e ref er e m ai s à “p erde r- s e a c abeç a” e pa ga r um al t o cus t o.
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O rácu l o 2
Oyekumeji O Odù O ye ku M ej i s i gni fi ca es cu ri dão e i nfel i ci dade, e adv ert e s obre m ort e, doenç as , pr eocupa ções e um m au pres s a gi o, m as t am bém ca rre ga com t udo i s s o a s ol ução de t odos es s es probl em as . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e com m á s ort e encont r a bl oquei o; o cl i ent e com boa s ort e pos s ui fort e s uport e anc es t ral . O yekum ej i é o s egundo Odù (ol odu) pri nci pal . El e si m bol iz a o pri ncí pi o fem i ni no. Os odùs Ej i o gbe e O yekum ej i deram nas ci m ent o aos quat orz e odùs pri nci pai s res t ant es . No Odù O ye kum ej i , há um O ye ku no l ado di rei t o, que é a fo rça m as cul i na, e out ro O ye ku no l ado es qu erdo, que é a forç a fem i ni na. As pes s oas par a quem es t e Odù é di vi nado dev eri am form a r um hábi t o de of ere cer s a cri fí ci os e s at i s faz er s uas c abeç as (ori ) de t em pos em t em pos de modo à evi t ar es t ados de dep res s ão. Adi ci onal m ent e, dev eri am ouvi r e res pei t ar as opi ni ões de s eus m ai s vel hos . El as nec es s it am honra r s eus ances t r ai s re gul a rm ent e. No Odù O ye kum ej i , If á adv ert e cont ra o pe ri go de m ant e r rel a ci onam ent os com mui t as m ul heres . As m ul heres s e t orna rão ci um ent as , e os probl em as ger ados im pedi r ão o pro gr es s o do cl i ent e. Des t e Odù, nós apr endem os que é m el hor t er um m ari do, um a es pos a. 2 – 1 (t r adução do vers o) O ye dudu awo ori Bi j e cons ul t ou If á par a Ol ofi n. Nós pedi m os pa ra el e ofe rec er um t eci do pr et o, um a cab ra, e fol has e s em ent es de bij e. Nós di s s em os a el e que es t a m ort e i m i nent e não i ri a m at á- lo, não i ri a m at ar s eus fi l hos s e el e fi z es s e a ofer enda. El e obedec eu e fez s acri fí ci o. S e es t e Odù é l an çado, a fam í l i a do cl i ent e deve apl i c ar bi j e (um a erv a af ri can a) s obr e s uas f aces e cob ri r o If á dos m es m os com t eci do pr et o e fol has de bi j e. El es es t ão as s egur ados de que m ort e, doen ças , e t odos os out ros m al es não s erão c apaz es de reconh ec ê-l os , um a vez que a m ort e não r econhe ce Oni bi j e (al guém que faz us o do rem édi o bi j e pr es cri t o pel o di vi nador ). 2 – 2 (t r adução do vers o) Ees i n gbona l ’ew e t ut u l ’egbo cons ul t ou If á par a 165 á rvores . A pal m ei ra e a árvor e Ayi nr e s a cri fi c aram um a gal i nh a ent re as á rvores . Ent ão, s e um torn ado es t i ves s e devas t ando, a jovem fol hagem de pal m a afi rm ari a: eu fiz s ac ri fí ci o pa ra es cap ar do pe ri go. A fol ha gem de pal m ei ra nunca é af et ada por vent os ou t ornados porque el a re al iz ou o s ac ri fí ci o r equeri do nes t e Odù. Todos os pe ri gos s ão des vi ados da pal m ei ra. 2 – 3 (t r adução do vers o) Vo cê é o ye Eu s ou o ye Doi s o ye cons ult a ram Ifá pa ra Ol ofi n. El es di s s er am doi s de s eus fil hos i ri am f rat ura r [ os os s os ] das cox as , m as el e não dev eri a fi car preo cupado porqu e el es s eri am bem s uc edi dos na vi da.
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Foi pedi do à el e que s ac ri fi cas s e t eci do kel eku, pa ra s e r us ado com o um a prot eç ão par a as cri anç as . El e obedec eu e fez o s acri fí ci o. If á predi s s e que o aci dent e que os fil hos de Ol ofi n i ri am s ofre r não im pedi ri a o s uces s o des t es na vi da. Tudo o que el e neces s i t av a faz er er a real i z ar um s a cri fí ci o e forne ce r o t eci do es p e ci fi cado com o cob ert ur a prot et or a. 2 – 4 (t r adução do vers o) Quando eu a cordei de m anhã, eu vi um a gr ande quant i dade de cri an ças . Eu pe rgunt ei pel o r ei no da t er ra. Eu en cont rei os ant i gos em gra nde es pl endor. Eu pe rgunt ei pel o r ei no do céu. Ori s a -nl a es t av a i ndo vi s it a r Òrúnm ì l à El e pergunt ou: C om o es t ão s eus fi l hos que es t ou l evando com i go pa ra o m undo? C as o haj a res f ri ado, C as o haj a dor de cabe ça, C as o haj a m al ári a e out ras enfe rm i dades , O que eu pode ri a f az e r por el es? Òrúnm ì l à ordenou a el e que m arc as s e Odù O ye kum ej i s obre pó de i ye- i ros un. Apanh e al gum as fol has fr es cas de per egun e as t ri t ure. M i s t ure- as j unt am ent e com banh a de Òrí e us e i s s o para es fr egar em s eus co rpos . P er egun der ram a rá á gu a s obre a mort e devas t ado ra. P er egun der ram a rá á gu a s obre as doenças devas t ado ras . O rácu l o 3
Iworimeji Es t e Odù fal a das pes s oas pres ent e adas com a habi l i dade de ver coi s as com s uas própri as pe rs pect i vas . El as m ui t as vez es sonham , t êm vi s ões cl ar as , cres cem e t ornam -s e " adi vi nhos " ou es pi ri t ual i st as . C li ent es com es s e Odù devem s er acons el hados a cul t uar If á . Is s o i rá l hes t raz er boas pe rs pect i vas , vi da l onga (i re ai ku), pros pe ri dade (i re aj e), um a es pos a (i r e a ya) e fi l hos (i re Om o). Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á cui d ados am ent e ex am i nando e r eaval i ando t ant o os c am i nhos t em por ai s com o es pi ri t uai s / em oci onai s . Odù Iwo ri m ej i ocupa o t erc ei ro l ugar na ordem dos odùs . C om o um ol odu, Iw ori m ej i cons i st e de Iw ori no l ado di rei t o (o pri ncí pi o m as cul i no) e Iw ori no l ado es que rdo (o pri ncí pi o f em i ni no). If á diz que s e al gum a coi s a foi perdi da, o cl i ent e s erá as s e gu rado de que a coi s a s erá vi s t a ou r ecupe rad a. As chanc es para um a prom oç ão no t rabal ho s ão boas , m as o cl i ent e nec es s i t a of ere ce r s a cri fí ci o pa ra evit a r que cal uni ador es caus em s ua dem i s s ão. S e o cl i ent e des ej a vi aj ar para fora da ci dad e onde res i de ou i r par a out ros paí s es , el e dev e faz er s ac ri fí ci o de modo que s eus ol hos não vej am qual que r m al . Quando o s acri fí ci o cor ret o é re al iz ado, um a pes s oa enfe rm a s eguram ent e i rá fi c ar bem de novo. If á con fi rm a no Odù Iwo ri m ej i que os dez es s ei s f rut os da pal m a s agrad a (i ki n If á) s ão a r epres ent aç ão de Òrúnm ìl à e s eu obj et o de ador ação na t er ra. Ei s o porqu e do s ac erdot e de If á ( Bab al awo) as ut il i z a par a rev el ar os mi s t éri os da vi da. 3 – 1 (t r adução do vers o)
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M uj im uw a, B abal a wo de Op aker e, cons ul t ou par a el e. P ar a evi t ar que el e adoec es s e, foi ori ent ado a el e que s a cri fi c as s e vi nt e anz ói s de pes c a e vi nt e pom bas . El e obedec eu e fez o s acri fí ci o. Fol h as de Ifá fo ram pr epar adas para el e pa ra s e rem us ad as par a l ava r s ua c abe ça (o ri ), pa ra s e rem us ad as par a l ava r s eu Ifá . Opak er e nunca fi ca ri a doent e. P ar a afas t a r um a doen ça i mi nent e, M uj i m uwa acons el hou Opak ere a f az er um s ac ri fí ci o. Adi ci onal m ent e, fol has de If á deve ri am s er prepa radas par a el e para l avar s ua cab eç a e s eu If á. 3 – 2 (t r adução do vers o) Gbe gi j ebet e foi aquel e que cons ul t ou para Ode quando Awas a e ra s eu i ni m i go. Foi pedi do a el e (Ode ) par a of ere cer um bordão e um a c arga de inham e. Ode at endeu ao cons el ho e f ez s a cri fí ci o. O inham e foi pil ado. Todo o i nham e pi l ado foi com i do à noi t e. El es fo ram dorm i r. Quando vei o a es curi dão, Aw as a vei o. Ode us ou s eu bordão par a m at ar Aw as a. No di a s egui nt e, pel a m anhã, o c adáve r de Awas a foi en cont rado do l ado de for a. Ode cons ul t ou If á a r es pei t o do que el e poderi a f az e r para s e l i vrar de s eu i nim i go Awas a. El e s e gui u o cons el ho do di vi nador e ofe rec eu al guns i nham es e um bord ão, que foi us ado par a m at a r s eu i ni mi go. 3 – 3 (t r adução do vers o) Ò gún -ri bi ti cons ul t ou pa ra Iwo ri m ej i quando Iwo ri m ej i es t ava par a s e c as ar com a fil ha de Ope Ol ofi n. Foi pedi do a el e que fi z es s e um s ac ri fí ci o. S ua es pos a j am ai s s eri a es t éri l . Um a gal i nh a foi o s ac ri fí ci o. Foi di t o que am bas as pal m ei r as m acho e fêm ea j am ai s s eri am es t ér ei s . P orque Iwo ri m ej i re al iz ou o s ac ri fí ci o nec es s ári o, as pes s oas nas ci das por es t e Odù j am ai s s eri am i nfé rt ei s ou es t ér ei s . El as s eri am s em pre ab enço adas com fil hos . 3 – 4 (t r adução do vers o) Ti j ot a yo foi aquel e que cons ul t ou par a Ode. Foi di t o que el e deve ri a vi r e s ac ri fi ca r um a ped ra de m oi nho e um a es t ei r a, pa ra f az er com que t odos que t i ves s em vi ndo regoz ij a r com el e s em pr e fi c as s em com el e. Ode re cus ou e ne gl i gen ci ou o s ac ri fí ci o. El e fal ou que es t av a s at i s fei t o s e el e pudes s e apen as s e l i vrar de Awas a. As pes s o as vi ri am s em pre re goz i j ar ou c el ebr ar com Ode. M as porqu e Ode negl i genci ou o s a cri fí ci o ne ces s á ri o, ni ngu ém j am ai s fi ca ri a com el e. C ons equent em ent e, as pes s oas que s ão enca rnadas por es t e Odù t em apen as s uces s o t em porári o. N ada pare ce durar mui t o. Suas ri quez as e pr az eres t êm s em pr e curt a dura ção.
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O rácu l o 4
Idimeji Es t e Odù fal a dos que t em i ni mi gos s ecr et os t ent ando l anç ar enc ant am ent os s obre el es ou os que t êm s onhos rui ns a m ai or part e do t em po. El es preci s am apaz i gu ar Ifá pa ra poderem venc er es s as obs t ruções mundan as . Obs erv ação oci dent al : O cl i ent e es t á s ent i ndo aum ent o de pres s õ es t ant o nas ques t ões t em porai s com o em oci on ai s . Id i m ej i é o quart o Odù na ordem fi x ada por Òrúnm ìl à. Es t e Odù é fundam ent al porque el e com pl et a os quat ro pont os ca rdeai s do uni ve rs o: Ej i ogb e ( Les t e), O yek um ej i (O es t e), Iw ori m ej i (Nort e), e Id i m ej i (S ul ). Odù Id i m ej i si m bol iz a a m at erni dad e. A i nt er ação de um Idi m as cul i no no l ado di rei t o com um Id i f em i ni no no l ado es qu erdo res ul t a em r eproduç ão — o nas ci m ent o de um a cri ança. S e um a pes s o a es ti ve r encont r ando di fi cul dad e em s e es t ab el ec er na vi da e es ti ve r s e mudando de c as a em cas a s em res i dên ci a pe rm anent e, Id i m ej i di z que a pes s oa deve ret orn ar à ci dade ou paí s de s eu nas ci m ent o. C om o s a cri fí ci o aprop ri ado ao ori ( cabe ça ) ou el ed a (cri ado r) da pes s oa, a vi da pode rá f aci l m ent e r et orna r ao norm al . Em Odù Odi m ej i , If á vê boa s ort e e vi da l on ga par a um hom em ou um a mul he r. M as o cl i ent e ne ces s i t a cul t uar If á par a evi t ar m ort e s úbi t a. O cl i ent e poderá s e el ev ar à um a boa pos i ç ão na vi da m as deve rá s er cui dados o com cal uni ador es . É pos s í vel t rabal har duro no com eço da vi da e perde r t udo no fi nal . P ar a pros pe rar, devem s e r fei t as cons t ant es ofe rend as aos an ces t r ai s do cl i ent e. S e al guém pl an ej a vi aj a r, deve s er fei t o s acri fí ci o a Ò gún para as s e gur ar um a j ornada s egura e f el iz . Quando um a m ul her es t i ver des es p erad a par a t er um fil ho, el a é a cons el had a a s ati s f az er Òrúnm ì l à. If á di z que el a t erá um a cri anç a e que es t a cri an ça s e rá um a m eni na. P ar a s erem bem suc edi das na vi da, as pes s oas en carn adas por Odù Id i m ej i dever ão s er confi áv ei s , hones t as , e fr anc as em s eus negóci os com os out ros . El as deve rão t er os pés no chão e s er em prát i cas em s ua at it ude com rel a ção à vi da. 4 – 1 (t r adução do vers o) At el e wo-abi nut el u cons ult ou Ifá pa ra It e re. Foi di t o que suas i déi as i ri am s em pre s e m at eri al iz ar; port ant o el e deve s ac ri fi ca r pr egos , t rês bodes , e t rês gal os . It er e obedec eu e fez o s acri fí ci o. Fo ram pr epar adas fol has de If á para el e beb er. Ent re os m at eri ai s pr es cri t os par a o s a cri fí ci o es t av am os pre gos . P regos , que t em c abeç as , c apaci t a ri am os s onhos de It er e a s e r eal iz a rem ou s uas idéi as a s e concr et iz ar em . 4 – 2 (t r adução do vers o) Opa -a ro abi di j egel e ge cons ul t ou If á par a as pes s oas em If e . Foi di t o que um a vez que a m ort e es t ava m at ando as pes s oas al i , el as deveri am s acri fi car um a co rrent e e um c arnei ro. El es ouvi ram e s ac ri fi ca ram . O Bab al awo di s s e: Um úni co el o nunca queb ra. As s i m , as m ãos da mort e não podem m ai s t ocá -l os . A mort e pe rs oni fi cad a es t ava m at ando a todos em Il e -If e . If á foi cons ul t ado. O B abal awo acons el hou os res i dent es a faz er um s acri fí ci o que i ncl uí a um a s i m pl es co rrent e que nunca pode s er quebr ada. Ei s com o a m ão m al évol a da m ort e pode s er det i da. 4 – 3 (t r adução do vers o) Odi di -a fi dit i cons ul t ou If á par a Odi di m ade. Foi pedi do a el e que fi z es s e um s ac ri fí ci o:
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doi s agbon ol od u ( gr andes cocos ), doi s c ara cói s , e t rês mi l e duz ent os búz i os . El e s e re cus ou à of ere ce r o s ac ri fí ci o. O Bab al awo dis s e: If á di z , “S eu fi l ho nunca f al ará ao l on go de sua vi da.” Id i m ej i di vi nou para Odi di m ade, m as el e s e recus ou a ofe rec er o s acri fí ci o r equi si t ado. P ort ant o, con form e o If á, s eu fi l ho perm an ece ri a m udo ao lon go de s ua vi da. 4 – 4 (t r adução do vers o) Eu s ou eni - odi Vo cê é eni -odi Doi s eni - odi di vi nar am par a o odi (fort al ez a) dur ant e hos t il i dades polí t i cas . Foi di t o: O odi ci rcund ará a ci dad e. P ort ant o el e deve ofer ece r doi s t eci dos de em bal ar. E as s i m el e fez . Dur ant e hos t i li dad es pol ít i cas ent re duas ci dad es , é de i ncum bênci a dos res i dent es cons t rui r um a fort al ez a, que os prot e ge rá de s eus i ni m i gos . Is s o t am bém deve ri a s e apl i car à um i ndi ví duo ou um a f am íl i a que es t ej a s endo am ea çad a de al gum a form a. O rácu l o 5
Irosumeji Es s e Odù fal a dos que s ão s em pr e popul ar es e que s ão t i dos em gr and e es t i m a pêl os am i gos . El es pr eci s am t om a r cui dado com s ua s aúde, t ant o apl ac ando s uas c abe ças (Orí ), com o oc as i onal m ent e apaz i gu ando Ès ù , ou o co rpo de as s i s t ent es de If á . S e el es s e s ent em des ani m ados e com e çam a perd er i nt er es s e em qual qu er coi s a que f açam , If á deve s er cons ul t ado e apaz i gu ado par a el es . Ess e Odù denot a di fi cul dad es em o ci onai s e fi nan cei r as . M as não im port a o quant o di fí ci l a vi da pos s a par ec er, o cli ent e pode t ri unf ar pel o of ere ci m ent o dos s acri fí ci os corr et os e pel a re cus a em gu arda r o m al no cor aç ão em pens am ent os e i déi as . Obs e rva ção oci dent al : As coi s as não es t ão fl ui ndo fa ci lm ent e — i s s o requ er m ai s t rab al ho que o norm al para s e re al iz ar qual quer coi s a. Ir os um ej i é o qui nt o Odù na ord em i nal t er ável de Òrúnm ì l à. El e ped e por um a cui dados a refl ex ão s obre nos s o fut uro. Nós não podem os fal ha r em pe rceb er que “O hom em propõe, D eus di s põe”. Em Odù Ir os um ej i , If á pede que um ri t ual fam i l i ar s ej a re al iz ado anu al m ent e. O cli ent e deve ri a cont i nuar a pr át i ca e t am bém honr ar e res p ei t ar os an ces t rai s , part i cul a rm ent e o pai , es t ej a vi vo ou m ort o. Aquel es nas ci d os por Ir os um ej i deveri am faz er [ as coi s as urgent es ] dev agar, aprend er [a t er] pa ci ênci a, e a aguard ar que os m om ent os di fí c ei s s e di s s i pem . El es deve ri am s em pre s e l em bra r que nenhum a condi ção é pe rm anent e. O s acri fí ci o apropri ado deve rá s e r ex ecut ado por um a m ul her que es t ej a ans i os a para t er um beb ê. Ir os um ej i di z que el a engra vi dar á e t er á um bebê. A cri ança s e rá um m eni no, que deveri a s e t orna r um B abal a wo. 5 – 1 (t r adução do vers o) Ol i ye be cons ul t ou If á para In a (fogo). Ol i ye be cons ul t ou If á para E yi n (frut o da pal m ei ra ). Ol i ye be cons ul t ou If á para Iko (r áfi a ). A cad a um del es foi pedi do para s ac ri fi ca r um a es t ei ra ( eni -i fi ) e um t eci do am ar el o. Apen as Ik o fez o s acri fí ci o. Quando o pai del es (um chef e) mor reu, In á foi i ns t al ado com o ch efe. Vei o a chuva e des t rui u In a .
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E yi n foi ent ão i ns t al ado com o che fe. Vei o a chuva par a des t rui r E yi n t am bém . Ik o foi fi nal m ent e i ns t al ado com o ch ef e. Quando choveu, Iko s e cob ri u com s ua es t ei ra. Quando a chuv a c es s ou, Iko rem ov eu a es t ei ra e, com o res ul t ado, não m orreu. A chuva não pode ri a des t rui r Iko (r áfi a) porque el e e ra o úni co ent re os t rês i rm ãos que of ere ceu a es t ei r a com o s a cri fí ci o. Iko us ava a es t ei r a com o prot e ção cont ra a chuva. Iko foi , port ant o c apaz de m ant er o tí t ul o de s eu pai por um l ongo t em po. 5 – 2 (t r adução do vers o) Okak ar aka- afowot i ku, Id a s egbe re gb ere w’ako cons ul t ou par a Ir os u quando Iro s u es t av a par a da r a luz . Foi di t o que a vi da da cri anç a s eri a dura e que s eri a di fí ci l ga nhar di nhei ro pa ra a m anut enç ão da c ri anç a. M as s e Ir os u des ej as s e reve rt er a s it ua ção, Ir os u deve ri a s ac ri fi ca r doi s ca racói s . Ir os u s e re cus ou a faz er o s acri fí ci o. Fi l hos de Iro s um ej i s em pr e ach ar ão a vi da di fí ci l porqu e Ir os u nes t e ve rs o de Odù s e re cus ou a f az er o s a cri fí ci o r equi s it ado. 5 – 3 (t r adução do vers o) Is es er efogbes e’ ye cons ul t ou If á para Akuko adi ye ( gal o ). Foi pedi do à el e para ofe rec er s eu go rro verm el ho ( cri s t a de gal o ) e doi s m i l e duz ent os búz i os com o s acri fí ci o. El e s e re cus ou à of ere ce r s eu gor ro verm el ho. O Bab al awo dis s e que o gal o s e ri a m ort o. O gal o di s s e, “Que as s i m s ej a”. O gal o s e re cus ou à s acri fi c ar s eu go rro verm el ho porqu e el e ti nha acei t ado a m ort e com o um a obri ga ção da vi da 5 – 4 (t r adução do vers o) Adei s i cons ul t ou If á pa ra At apa ri (c abeç a). At ap ari i a r eceb er um gor ro do Ori s a. Foi di t o que ni n guém pode ri a a rran ca r o gorro del e s em s an gr am ent o; é im pos s í vel t er doi s gorros . Ei s o porque as pes s oas nas ci das por Iro s um ej i s em pr e ach ar ão a vi da di fí ci l . O rácu l o 6
Owonrinmeji Na ord em es t ab el eci d a de Òrunm ìl á, es t e é o s ex t o Odù. Es s e Odù pede pel a m odera ção em t odas as coi s as . Est e Odù predi z duas gra ndes bênç ãos para qual que r um que s e encont ra na m i s éri a, provendo el e ou el a os co rret os s ac ri fí ci os . A pes s o a s erá bene fi ci ad a com di nhei ro e um a es pos a ao m es m o t em po. If á nes t e Odù enf at iz a a i m port ânci a do s acri fí ci o. Quando um s a cri fí ci o é ofer eci do, el e não deve s er s om ent e des t i nado aos Òrì s à ou pa ra os ances t r ai s , m as t am bém us ado para al i m ent ar a boc a de di ve rs as pes s oas . Es s a é um a m anei ra de faz er s a cri fí ci os a cei t ávei s .
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Obs e rva ção oci d ent al : P ens am ent os cl aros s ão nec es s ári os para obt en ção de s uces s o. O cult i vo da t erra é a oport uni dade m ai s grat i fi c ant e para os fil hos de Owonri nm ej i . C ult i vos bem s uc edi dos e col hei t as com ga nhos em di nhei ro aux i l i arão à prom ove r suas fi nan ças . P ara s uc es s o na vi da, os fi l hos de Owonri nm ej i devem apr ender a propi ci a r s uas c abe ças (ori ) de t em pos em t em pos , ouvi r s eus pai s , res pei t a r os m ai s vel hos , e r ever enci a r s eus an ces t r ai s (egungun). S e um a pes s o a pl an ej a vi aj ar, If á di z que s ac ri fí ci o deve s er r eal iz ado pa ra ga ra nt i r s e gu ranç a e um a vi a gem praz eros a. P ara lon ga vi da, é ne ces s á ri o ofe rec er s acri fí ci o a If á e t am bém s at is f az er o el ed a ( cri ador ). 6 – 1 (t r adução do vers o) (...) A di vi nação de If á foi r eal i z ada por Ol ogbo Oji gol o (o gat o), que i a vi si t ar a ci dad e das brux as (Aj e ). Foi di t o a el e que el e ret orn ari a com s e gur ança s e el e pudes s e s acri fi c ar um a ovel h a, duas pom bas , e fol has de If á (t ri t ure al guns fi l et es de m et al bronz e e chum bo com s em ent es de wer ej ej e, e es fr egue is t o s obre um a i nci s ão fei t a s ob as pál pebr as ). El e at endeu ao cons el ho e fez o s ac ri fí ci o. O rem édi o de If á foi apl i cado com o indi c ado aci m a, depoi s de el e t er s acri fi cado. 6 – 2 (t r adução do vers o) Goorom aafi yun Goorom aa fi bo cons ul t ou If á par a 165 ani m ai s quando el es es t av am em um a j ornad a. Foi pedi do a el es que s ac ri fi cas s em um t eci do pret o. Ol o gbo (o gat o ) foi o úni co que real i z ou o s acri fí ci o. C hegando ao s eu des ti no, el es s e encont rar am com as brux as (aj e), que devora ram t odos os ani m ai s que s e re cus ar am à s a cri fi c ar o t eci do pret o. O gat o foi vis t o à di s t ânci a s e cobri ndo com o t eci do pret o. El e ti nha quat ro ol hos com o as brux as , que deci di ram não m at á- lo porqu e el e era um a del as . O gat o vol t ou par a c as a cant ando: Goorom aafi yun, Goorom aa fi bo... Dos 165 ani m ai s que foram na vi aj em , o gat o foi o úni co que vol t ou para cas a s adi o e bem di s pos t o. Is s o porqu e el e real i z ou t odos os s a cri fí ci os pr es cri t os por If á. 6 – 3 (t r adução do vers o) Ol oi rekoi r e Ol oorunkoorun, cons ul t ou If á par a Op aket e quando el a es t av a s e di ri gi ndo à s al a de pa rt o. El a foi acons el had a à s acri fi car duz ent os Ikot i , duz ent as agul h as , duz ent os rat os , e duz ent os pei x es . Opak et e obedec eu e fez o s acri fí ci o. El a s e t ornou fé rt il com o If á predi s s e. Opak et e foi cons ult a r If á devi do à fal t a de fi l hos . Foi di t o à el a que re al iz as s e s ac ri fí ci o. El a of ere ceu o s acri fí ci o e t eve mui t os fi l hos com o predi t o por Ifá .
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O rácu l o 7
Obarameji Es t e Odù denot a [que a pes s oa es t á em ] um es t ado de i nce rt ez a ou s us pens e, i ncap az de t om ar de ci s ões . Os fi l hos des t e Odù t êm um a t endên ci a em com prar por i m puls o e m ui t as vez es t ornam - s e ví t i m as de i l us ões . El es l am ent am a m ai ori a de s uas deci s ões por t om a -l as ne rvos am ent e e às pres s as . P ar a pros per ar na vi da, os fi l hos des t e Odù i rão pre ci s ar apl ac ar s uas cabe ças (Orí ) de t em pos em t em pos . Obs e rva ção oci dent al : Bl oquei os ou di fi cul dad es t em por ai s ou es pi ri t uai s / em oci onai s dev em s er di s curs ad as . Odù Obar am ej i ocupa o s éti m o l ugar na ordem fix ada por Òrúnm ì l à. P ara um cl i ent e que es t ej a l i dando com ne gó ci os , If á diz que para t er um a c as a chei a de cl i ent es e am i gos , el e ou el a t erá que of ere cer s ac ri fí ci os e t am bém s e gui r Òrúnm ì l à. S e o Odù Obar am ej i for ap ar ece r no j ogo par a al guém , el e diz que à part e das di fi cul dad es fi nan cei r as , o cl i ent e es t á rode ado de ini m i gos que quer em f az er um a t oc ai a cont ra el e ou faz er um at aqu e de s urpres a em s ua vi da ou na s ua cas a. A di fi cul dad e fi nanc ei ra s e am eni z ará e os ini m i gos s er ão de rrot ados quando o cl i ent e con cord ar em real i z ar t odos os s ac ri fí ci os pres cri t os por If á . P or fi m , a pes s oa des cob ri rá quem s ão s eus ini m i gos e s erá cap az de i dent i fi car o que ger ou s eus probl em as . 7 – 1 (t r adução do vers o) Ot unwes i n (“a m ão di rei t a l ava a es qu erda ”). Os i nwet un (“a m ão es que rda l av a a di rei t a ”). Ei s o que l i m pa as m ãos . El as fo ram as que re al iz ar am di vi nações de If á pa ra a árvor e Awun quando Awun i a l avar a cab eç a (ori ) de Onde ro. Foi di t o que el e pros pe rari a. El e deveri a, port ant o ofe re cer um a ovel h a, um a pom ba, e cont as de coral . El e obedec eu e fez o s acri fí ci o. Foi pedi do à el e que am a rras s e as cont as na es ponj a que el e us ari a par a s e l avar. 7 – 2 (t r adução do vers o) Ot unwes i n, Os i nwet un, ei s o que l i m pa as m ãos . Fo ram el as que r eal iz a ram a di vi na ção de If á par a Onde ro quando a árvo re Awun i a l avar sua cab eça (ori ). Foi pedi do à el e que s ac ri fi cas s e de form a à t er u m a boa pes s oa que l avas s e s ua c abeç a. Onde ro di s s e, “Qu al é o s acri fí ci o? ”. O Bab al awo di s s e que el e dev eri a ofer ec er t e ci do branco e um a pom ba. El e real i z ou o s acri fí ci o. P ort ant o, qual que r um que re ceb er es t e Odù s er á ori ent ado a us a r roupas branc as . 7 – 3 (t r adução do vers o) Oj i kut ukut u Bar agend engend en-bi -i gbá- el epo foi quem real i z ou di vi naç ão de If á par a Ej i -Obar a, que es t ava vi ndo pa ra If e . Foi ori ent ado a el e que s acri fi cas s e um a ovel h a par a evi t ar doenç a. El e s e re cus ou a of ere ce r o s ac ri fí ci o.
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Quando Ej i -Obar a ch egou em If e , el e es t ava ent ret i do com a carn e de um a ovel ha. El e a com eu e fi cou t ão t erri vel m ent e doent e que s eu t órax por fim es t av a gra nde de um a form a anorm al . Des d e ent ão, aquel es que s ão nas ci dos par a es t e If á s em pre t erão o t órax ex t rao rdi nari am ent e grand e. Tab u : Aquel es que s ão nas ci dos por Odù Obar am ej i não dev em com er carn e de ovel ha. 7 – 4 (t r adução do vers o) O gi gi f ’oj u-i ran -wo’l e cons ul t ou If á para At ap er e, a fi l ha de Ow a- Ol ofi n. Foi pedi do à el a para faz er um s acri fí ci o de o gi -ori (b anha de òrí pura ), oj o-owu (m ui t a l ã de al godão ), e um a ovel ha. El a obedec eu e s acri fi cou. Foi ent ão as s e gu rado à el a que el a t eri a m ui t os fi l hos . El a es t ava t endo s ei s cent as cri anç as t odos os di as após el a t er com i do o rem édi o de If á cozi nhado para el a. Fol h as de Ifá : C oz i nhe o gi - ori com fol has bi ye nm e, cravos , e i ru gba; t ri t ure junt o com out ros i n gredi ent es par a faz e r um a s opa pa ra s e r com i da por el a. Do m esm o m odo, es t e rem édi o pode s er coz i nhado pa ra cli ent es par a quem es t e If á s ej a l anç ado e que j á t enh am real i z ado o s a cri fí ci o pr es cri t o por If á. O rácu l o 8
Okanranmeji Es t e Odù si gni fi c a probl em as , cas os t ri bunai s , s ofri m ent os e m ás vi bra ções . Fi l hos des s e Odù, i rão s em pre ace rt ar em chei o por faz er em ou diz er em o que é ex at am ent e ce rt o. As pes s oas pens am fr eqüent em ent e que os fi l hos des s e Odù s ão a gr es s i vos e m andonas devi do a el es t ent ar em preval e ce r apes a r de todos as probabi l i dades . Em m uit as s i t uações el e s i rão s e r ebel ar cont ra as conv enções da s oci ed ade e cons equ ent em ent e cri am probl em as par a el es m es m os . Propens os a i nfe cções , os fi l hos des s e Odù devem t om a r cui dado com s ua s aúd e de form a a não s e t orna rem doen ças c rôni cas . Obs e rva ção oci d ent al : É hora de com prom et e r-s e a al i vi ar probl em as . Okan ranm ej i é o oi t avo Odù na ord em i nal t er ável de Òrúnm ì l à. S e Okan ranm ej i é l ançado par a um cl i ent e, If á diz que o cl i ent e es t á s ofrendo por f al t a de fi l hos , di nhei ro, e out ras coi s as boas da vi da. M as s e o cl i ent e c rer em Òrúnm ì l à e cul t uar Ifá , t odos os s eus probl em as s erão res ol vi dos . P ara ven cer os i ni m i gos e t er cont rol e s obre t odas as di fi cul dades , o cl i ent e t erá que ofe rec er s ac ri fí ci os à S àn gó e Ès ù. 8 – 1 (t r adução do vers o) Os uns un- i gbó- yi - kos ’oj e, Oburokos ’ej e for am aquel es que cons ul t a ram If á pa ra o povo na ci dade de Ow á. Foi di t o a el es que fi z es s em s a cri fí ci o de m anei ra que um es t ranho fos s e f ei t o rei . Qual qu er coi s a que o B abal awo qui s es s e s eri a o s a cri fí ci o. El es at ender am o cons el ho e ofer ec eram o s acri fí ci o. 8 – 2 (t r adução do vers o) Os uns un- i gbó- yi - kos ’oj e, Oburokos ’ ej e foram aquel es que di vi nar am If á par a S akot o quando el e i a pa ra a ci dade de Ow a.
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Foi ori ent ado a el e que s acri fi cas s e um a pom ba, um a ovel ha e t rês bol os de fei j ão. El e at endeu ao cons el ho e fez o s ac ri fí ci o. Os B abal a wo o a cons el har am ai nda a com er os bol os de f ei j ão e não dá- los par a Ès ù . Enquant o el e part i a em s ua j ornad a, el e l evava os bol os de fei j ão cons i go. El e encont rou o prim ei ro Ès ù e di s s e, “S e eu des s e a você es t e bol o de fei j ão, você fa ri a a chuv a m e at i n gi r at é que eu che gas s e à ci dade de Owa ”. Ent ão el e m es m o com eu o bol o de fei j ão e pros s e gui u. El e pas s ou pel o s egundo Ès ù , es t i cou sua m ão com um bol o de fei j ão para Ès ù, e repet i u o que havi a di t o para o pri m ei ro. Ent ão el e com eu o bol o de fei j ão. El e fez a m es m a coi s a com o t er cei ro Ès ù. Enfu reci do, o t ercei ro Ès ù f ez com que a chuv a at i n gi s s e S akot o at é que el e chegas s e à ci d ade de Ow a. Os B abal awo havi am predi t o que e próx i m a pes s oa a s er i ns t al ad a com o r ei da ci dad e de Owa ch egari a bas t ant e mol had a pel a chuva. Os habi t ant es de Ow a fiz e ram des t e es t ranho ench ar cado [ pel a chuv a] s eu rei . 8 – 3 (t r adução do vers o) M o da a per e o s e pere cons ul t ou If á para Ol u-i gbo (rei da fl ores t a). M o da a per e o s e pere cons ul t ou If á para Ol u-odan quando el es i am s eduz i r Ewu, a es pos a de In á (fogo). Foi ori ent ado à el es que s acri fi c as s em um fei x e de gi es t a e fol has de If á (es m a ga r fol has ren ren na á gu a), um a gal i nha e um t eci do pr et o. Ol u- odan s e r ecus ou a faz er o s acri fí ci o. El e di s s e: não na pres enç a de s eu Es us u oni ’ gb a- ofon, Wari wa oni ’ gb a, e Iyo r e oni - gb a-i t er e (bas t ão m á gi co). Ol u- i gbo foi o úni co que re al iz ou o s ac ri fí ci o. Um di a, Ewu, es pos a de In á , deix ou a c as a de s eu es pos o pa ra i r na cas a de Ol u-odan. In á s e pr eparou e foi para a c as a de Ol u-odan para res gat ar s ua es pos a. Quando che gou l á, el e gri t ou al t o o nom e de s ua es pos a: Ewu, Ewu, Ewu. In á quei m ou Es us u oni ’gb a- ofon, Wari wa oni ’gb a- ida, e I yo re oni ’ gba -i t ere. Ewu ent ão cor reu para Ol u-i gbo, que t i nha r eal iz ado o s acri fí ci o. In á foi at é l á e gri t ou: Ewu, Ewu, Ewu. Ol u- i gbo ent ão as pe rgi u o rem édi o de If á s obre In á t al com o ins t ruí do pel o Bab al awo . El e re ci t ou t rês vez es : M o daa per e o s e pe re. O fogo ( Iná ) s e ex t i ngui u, de form a que Ewu es t av a di s poní vel para Ol u-i gbo. Ol u- i gbo, a fl ores t a dens a, ai nd a hoj e ret ém a es curi dão que el e s acri fi cou. 8 – 4 (t r adução do vers o) Oki t i bi ri ki t i foi quem cons ul t ou If á par a Ol u quando el e t i nha ap enas um fi l ho. Foi ori ent ado a el e pa ra s a cri fi c ar um a ovel h a bran ca s em qual quer pont o ne gr o, um a c abr a nova, e um bode. Foi as s egur ado a el e que s eu fi l ho úni co s e t ornari a doi s . El e at endeu ao cons el ho e re al iz ou e s a cri fí ci o. Em brev e, s eus fil hos s e torn aram doi s . Des d e ent ão, es t e Odù t em si do ch am ado Okan ranm ej i . Qual qu er um par a quem es t e If á for l ançado s em pre t er á um fi l ho a m ai s . O rácu l o 9
Ogundameji Es t e Odù adv ert e cont ra bri gas , di s put as e hos t i li dad es im i nent es . Durant e um a s es s ão de di vi na ção, s e es s e Odù apar ec e para um a pes s oa el a dev e s er avi s ada par a t er cui dado com t rai dores ou am i gos en gan ador es . If á diz que a pes s oa deve t er confi ado em al guém i ndi gno de confi an ça. S e o cl i ent e es t á em bat al ha com probl em as fi nanc ei ros e opos i ção de i ni mi gos , es t e Odù di z que a pes s oa dev e ofer ece r o s ac ri fí ci o cert o a Ò gún e t am bém apl a ca r a sua cab eça (Orí ) par a que t enha êxi t o e pros peri dad e.
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Obs erv ação oci d ent al : O cl i ent e es t á s obre car re gado com t rab al ho e probl em as pes s oai s de out ras pes s oas . Na ordem de Òrúnm ì l à, o Odù O gundam ej i ocupa o nono lu ga r. El e é o Odù que enc arna Ò gún , o deus do fer ro e da gue rr a. A m ai or part e dos fi l hos de O gundam ej i s ão ador ador es de Ògún, que s ão r econhe ci dos p or s eu poder, co ra gem e t al ent os cri at i vos . C om s uas habi l i dades i m agi n at i vas i ncom uns el es abrem port as e cri am oport uni dades de em pre go pa ra os out ros . P es s oas enca rnad as por O gundam ej i s ão s em pre aben çoad as com m uit os fi l hos . 9 – 1 (t r adução do vers o) Al a gb ara ni ns okun Ade foi quem cons ul t ou If á par a Ò gún . Foi ori ent ado a el e s a cri fi c ar um al f anj e, um ga l o e um i nham e as s ado. If á di s s e que o al fanj e s eri a a chav e pa ra a pros peri d ade de Ògún. El e dever á s em pre cam i nha r com el e j unt o. Foi pedi do à el e que com es s e o i nham e. El e o com eu. Quando el e fi cou com s ede, el e foi beber água do ri o. Após beb er a á gua, el e vi u duas pes s oas bri gando por caus a de um pei x e que el as havi am pes cado. Ò gún os acons el hou a s er em paci ent es e di s s e que el es dev eri am i r pa ra cas a e di vi di r o peix e. El es s e recus ar am . O prim ei ro hom em dis s e que el e vei o do l es t e e o s egundo hom em di s s e que el e vei o do oes t e. Após ouvi r as s uas des cul p as , Ògún pegou o al f anj e o qual l he foi ori ent ado pa ra s em pre port a r cons i go e part i u o pei x e em dois pa ra el es . O prim ei ro hom em o agrad ec eu e pedi u a el e que abri s s e um a t ri l ha de l á at é a ci dade onde res i di a. O hom em prom et eu enri qu ece r a vi da de Ò gún s e el e at endes s e o s eu des ej o. O hom em gar ant i u a Ògún que el e t am bém r eceb eri a coi s as val i os as que i ri am el eva r s ua confi anç a. O s egundo hom em i gual m ent e a gr ade ceu a Ògún e fez um pedi do si m i l ar. Ò gún concordou em faz e r t al com o el es pedi ram . Ò gún t em si do s em pre ch am ado de O gundam ej i des d e o di a em que el e di vi di u um pei x e pa ra duas pes s oas que es t av am bri gando. 9 – 2 (t r adução do vers o) A go go- owo-kos ei f ’ apokos i cons ul t ou If á para Ol ofi n quando Ol ofi n Aj al orun es t ava propondo envi ar s eu fi l ho, Ò gún , ao m undo par a abri r o cam i nho da vi da. Ò gún foi avi s ado de que el e s eri a inc apaz de cum pri r a t aref a devi do à pos i ção i nfl exí vel do mundo. M as el e deve ri a r eal i z ar s a cri fí ci o cont r a a s aúde pr ec ári a e a m ort e s úbi t a: um carn ei ro e um úni co el o de co rrent e. El e fez o s acri fí ci o. El es di s s er am : Um úni co el o nunca quebr a. 9 – 3 (t r adução do vers o) Okel egbongbo-as ’ofun- kil o cons ul t ou If á par a Ò gún . À el e foi gar ant i do que s e el e pudes s e re al iz ar s a cri fí ci o, el e j am ai s m orre ri a. O mundo i nt ei ro s em pr e i ri a pedi r à el e pa ra aj ud á-l os à r epar ar s eus m odos de vi da. M as nenhum del es fi c ari a a s eu l ado para res ol ver os s eus próp ri os probl em as . Quat ro ca rnei ros , quat ro bodes , e quat ro c aba ças cob ert as devem s er ofe reci dos em s acri fí ci o.
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El e real i z ou o s acri fí ci o em cad a um dos quat ro c ant os do m undo. 9 – 4 (t r adução do vers o) Ik oko- Idi -s ’akun -ber e cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à. Foi predi t o que s ua es pos a da ri a a luz à t ant os fi l hos que el e não os conh ece ri a a t odos . El e foi port ant o ori ent ado a s ac ri fi ca r um a Gal i nha d’Angol a e duas m i l búz i os . Òrúnm ì l à fez o s acri fí ci o. Al a re é o nom e pel o qual ch am am os o pri m ogêni t o de Òrúnm ì l à. Ai nda hoj e, nós ouvim os as pes s oas diz e rem : Om o Al a re (o fi l ho de Al a re — prop ri et ári o). Qual qu er um par a quem es t e If á s ej a di vi nado dever á t er mui t os fi l hos . O rácu l o 10
Osameji Es t e é um Odù que si gni fi c a fal t a de cora ge m e fu ga de bri gas ou opos i ções . Fi l hos des s e Odù r eal iz am um a gr ande quant i dade de vi agens , ou a negóci os ou por praz er. El es c res c em e t ornam - s e bons adm i ni st r adores s e el es ge s t am os negóci os dos out ros . C om o el es s ão f aci l m ent e am ed ront ados , el es não i rão corr er ri s cos . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e en ca ra m udança i nes pe rad am ent e em t rans t ornos t ant o no s ervi ço quant o nos rel aci onam ent os . Os am ej i é o dé ci m o Odù na ordem fix a de Òrúnm ìl à. Odù Os am ej i r ei t era a nec es s i dade por auxí l i o es pi ri t ual cont ra m aus s onhos e fei t i cei ras que i nt erfi r am com o s ono da pes s oa. Dev er ão s er real i z ados s acri fí ci os aprop ri ados par a s ati s f az e r os f ei ti c ei ras (aj e) e par a as s egura r a prot eção nec es s ári a. Adi ci onal m ent e, s e Os am ej i é l anç ado par a um cli ent e, If á diz que o cl i ent e t em ini m i gos que es t ão pl anej ando prej udi c á- lo. S e o cl i ent e re al iz ar s a cri fí ci o a S àngó , el e ganh ará for ça aum ent ada e event u al m ent e venc er á os i nim i gos . Aquel es enc arn ados por es t e Odù t endem a s e des cont rol ar ou l hes fal t am li m i t es . M uit o es forço é exi gi do para c apa ci t á-l os a s e con cent ra r no que es t ão faz endo ou para que el es s e apl i quem di l i gent em ent e em s eu t rabal ho. 10 – 1 (t r adução do vers o) Kas a kaj a -kat et es a cons ul t ou If á par a Ej i -Os a. Ej i -Os a es t ava indo à If e para um proj et o. Foi di t o à el es que es t es s eri am am edront ados por al go que poderi a evi t ar s ua real i z aç ão do proj et o. P or es t e mot i vo el es dev eri am s acri fi c ar um ca rnei ro e um a ped ra de rai o. El es s e recus ar am a faz e r o s ac ri fí ci o. Quando el es ch egar am a If e , um a l ut a acont e ceu. El es t ent a ram r es i st i r m as não puder am e t i veram que fu gi r. Des d e aqu el e di a, as duas pes s oas que fu gi r am t em si do ch am adas de Os am ej i . 10 – 2 (t r adução do vers o) Igbi n ko ya pal aka es s e cons ul t ou If á pa ra um a Os a quando el a es t av a per am bul ando pel o m undo s ozi nha. Foi di t o à el a que el a encont rari a um par s e el a fi z es s e s acri fí ci o: duas pom bas , doi s c ara cói s , e r em édi o de If á (m oe r fol has de bi ye nm e e cozi nhá -l as com ovos de gal i nha ) pa ra el a com e r. 15
El a obedec eu e fez o s acri fí ci o. Qual qu er um par a quem es t e If á é di vi nado t er á m ui t os fil hos . 10 – 3 (t r adução do vers o) Okan -at egun- kos e- i rode’l e cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à quando el e es t ava propondo s e cas ar com Ol u yem i , a fi l ha de Ol ofi n. Foi di t o que s e el e c as as s e apen as com Ol u yem i , s ua honr a s eri a grand e. O s acri fí ci o: duas gal i nh as , duas c abras e t rês mi l e duz ent os búz i os . É a cons el háv el a qual que r um par a quem es t e If á s ej a di vi nado s e cas a r com um a e apen as um a m ul her. 10 – 4 (t r adução do vers o) Ol i ye nm e yenm e cons ul t ou If á par a Aj a. Foi ori ent ado a el e s a cri fi c ar doi s ca racói s e fol has de If á (t ri t urar fol has de t et ere gun na água, ent ão quebr ar a pont a da concha do ca racol e dei x ar o lí qui do fl ui r dent ro do prep arado ). El e deveri a s e banh ar com o rem édi o par a s e acal m a r. Aj a s e re cus ou a s acri fi c ar. El e di s s e que s ua s al i va era s ufi ci ent e pa ra s aci ar s ua s ede. If á di s s e: O cl i ent e par a quem es t e If á é l anç ado não es t á goz ando de boa s aúde.
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Ikameji Es t e Odù si gni fi c a m uit as preocup açõ es e, port ant o pede por m odera ção. Com o cor ret o s a cri fí ci o é pos sí vel ex erc er cont rol e. Fi l hos des s e Odù es t ão s em pr e cer cados por pes s oas que s ão predi s pos t as a im por dor aos out ros ou que t em pr az e r no s ofri m ent o dos out ros . El es t êm que es t ar cons t ant em ent e preveni dos devi do a el es não poder em cont ar com fam í l i a ou am i gos pa ra aj ud ar. Obs e rva ção oci d ent al : Es s e é um bom m om ent o para conc epção. Odù Ik am ej i ocup a o déci m o pri m ei ro l uga r na ordem fix a de Òrúnm ìl à. Um a pes s oa i rá s em pr e col he r o que pl ant ou. Os fi l hos de Ik am ej i ne ces s i t am propi ci ar s uas cab eças (ori ) freqü ent em ent e de form a a faz er as es col has corr et as . S e Ik am ej i é l ançado par a um cl i ent e, If á di z que es t e en frent a di fi cul dad es . O cl i ent e t em i ni m i gos ci um ent os que es t ão t ent ando bl oque ar s uas oport uni dades . El e ou el a es t á s ofr endo com a fal t a de fi l hos confi ávei s e com neces s i dad es fi nanc ei ras . M as s e o cl i ent e re al iz ar os s acri fí ci os ap ropri ados pa ra If á e Ò gún , el e ou el a t erá oport uni dad es i l im i t adas par a s e torn ar produt i vo ( a) e bem suc edi do ( a). 11 – 1 (t raduç ão do vers o ) Odan -gej e awo At a- nde cons ul t ou If á par a E yi n (f rut o da pal m ei r a). El e foi ori ent ado a faz er s acri fí ci o por caus a de aborr eci m ent os : um gal o e qual quer coi s a que o Bab al awo es col hes s e t er com o s acri fí ci o. E yi n di s s e que, com a m a gní fi ca coro a em s ua cabe ça, el e j am ai s adm i ti ri a i r à qual que r B abal a wo pa ra f az er s a cri fí ci o. El e s e re cus ou abrupt am ent e a faz er s acri fí ci o. If á di z: Qual qu er um par a quem es t e
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If á fo r di vi nado es t ar á com probl em as . 11 – 2 (t raduç ão do vers o ) Et us es e fi ’nu- i gbos e’l e, Oni wak awak afi ’nu -i s as e ‘budo quando aquel es que cons ul t ar am If á par a B ara A gbonni r egun, que es t ava indo a If e para com eç ar um pa rt o. Foi di t o a el e par a s a cri fi c ar doi s grãos de m il ho e duas gal i nhas . El e real i z ou o s acri fí ci o. El e pl ant ou o m i l ho, o qual el e col heu quando fi cou m aduro par a propi ci a r s ua c abe ça (o ri ). El es di s s er am : Aquel e que co rt ou duas fol has (pal has ) de m i l ho para dei fi c ar s ua cab eç a deve ri a s e r cham ado Ik am ej i . Qual qu er um par a quem es t e Odù é di vi nado t erá mui t os fi l hos . ou s e torn ará bem s ucedi do no mundo. 11 – 3 (t raduç ão do vers o ) Oj oj os e- idi ber e cons ul t ou If á pa ra Ò rúnm ìl à quando s ua es pos a es t ava pres t es a com et er adul t éri o. Foi pedi do a el e para s ac ri fi ca r duas cabe ças de cobr a e um a corda de es cal a r pa ra evi t a r que as pes s oas s eduz i s s em s ua es pos a. El e s egui u o cons el ho e real i z ou o s acri fí ci o. O ye e Owo re eram ri vai s de Òrúnm ì l à. El es e ram i ncap az es de s eduz i r a es pos a de Òrúnm ì l à porque Òrúnm ì l à ti nha r eal i z ado o s ac ri fí ci o. A es pos a de Òrúnm ì l à s e cham a Ope. 11 – 4 (t raduç ão do vers o ) Om i pens en -akodun- koro cons ul t ou If á par a Ò gún quando el e i a at aca r a ci dade de s eu i ni mi go. Foi ori ent ado a el e s a cri fi c ar um pequeno barri l de vi nho de pal m ei ra, um inham e as s ado, e az ei t e- de-dend ê. Ò gún s e re cus ou a faz er o s acri fí ci o. Os B abal a wos di s s eram : If á di z que el e s erá env enenado l á ant es de vol t ar pa ra c as a porque el e s e re cus ou a real i z ar o s acri fí ci o pres c ri t o. El e foi l á, l ut ou, e venceu a bat al h a. Em s eu c am i nho de vol t a par a c as a, um de s eus hom ens l he ofe rec eu um peda ço de i nham e as s ado, que el e com eu. O inham e gr udo u em s ua ga rgant a e el e fi cou inc apa ci t ado de en gol i - lo. P or fi m , el e não cons e gui a fal a r. S e voc ê fal ar com el e, el e us ará s ua c abeç a e s uas m ãos par a a rt i cul ar s uas res pos t as at é hoj e. O rácu l o 12
Oturuponmeji (Ologbonmeji) A car act e rí st i c a m ai s im port ant e das pes s o as nas ci das nes t e Odù é a pe rs i st ên ci a. El es s ão vi goros os e res ol ut os e i rão mos t ra r det e rm i nação apes a r de t rat am ent o rud e. Obs e rva ção oci d ent al : Ques t ões r el aci onad as aos fil hos es t ão na m es a .
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Ot uruponm ej i , t am bém ch am ado de Ol ogbonm ej i , é o déci m o s e gundo Odù pri nci pal na ordem i nal t er ável de Òrúnm ì l à. Es t e Odù s im bol iz a a cri a ção de fi l hos . P ar a t er fi l hos s audáv ei s e bem com port ados , Ot uruponm ej i diz que é ne ces s á ri o of ere ce r s acri fí ci os aos egungun (ant ep as s ados ) e a Ori s a -nl a. Os fil hos de Ot uruponm ej i t endem a s e t orna rem com pl ac ent es . P ara t om a r deci s ões s ábi as , el es devem ouvi r e res pei t a r as opi ni ões de s eus pai s e os pont os de vi s t a dos m ai s vel hos em ger al . Os fi l hos de Ot uruponm ej i t êm for ça par a s uport ar as nec es s i dades ou a do r. Cons equ ent em ent e, el es s e t ornam dem as i ado i m prudent es , t ei m os os , e faci l m ent e con fus os . S e fo r para el es perm anec er em con cent r ados e não pe rder em s uas pos i ções na vi da, dever ão s er fei t os es for ços pe rs i s t ent es para propi ci a r s uas cabe ças (ori ) e s acri fí ci os a If á re gul arm ent e. 12 – 1 (t r adução do vers o) Oka ra gb a cons ul t ou If á par a Ej i -O ge quando el es es t av am pres t es a des c er para If e . Foi predi t o que am bos i ri am s e s obres s ai r em If e . Foi pedi do a el es para s acri fi car dez es s ei s ca ra cói s , dez es s ei s t art aru ga s , dez es s ei s ped ra de rai os (doi s de cad a é sufi ci ent e), e fol has de If á (fol has de okunpal e e abo- i gbo ou a gbos awa e out ros condi m ent os , pa ra s e rem m oí dos e coz i nhados com o s opa e dados ao cl i ent e para com er; qual que r um que des ej as s e us ar o r em édi o par a pros pe ri dade t am bém poderi a com ê- lo). Após com er o r em édi o, o cl i ent e dever á depos i t ar os edun -aa ra (pedr a de rai os ) s obre s eu If á . 12 – 2 (t r adução do vers o) El ul us e’di be re cons ul t ou If á pa ra Ol ofi n, Que i a s e c as ar com P upa ye m i , um a j ovem gar o t a do l es t e. Foi ori ent ado a el e s a cri fi c ar duas cabr as . El e real i z ou o s acri fí ci o. Foi di t o a el e que el e t eri a apen as doi s fil hos do c as am ent o m as que os dois dev eri am s er bem t rat ados porqu e el es s eri am grand es na vi da. Tam bém foi decl a rado que os doi s fil hos que foram bem t rat ados em If e dev eri am s e r cham ados de O ge -m ej i . 12 – 3 (t r adução do vers o) A gba -i gbi n-f ’i di j el u cons ul t ou If á para Odo. Foi di t o a el e que es t e s em pre encont r ari a um as s ent o (l ugar ) onde quer que el e fos s e m as que sua im prud ênci a o m at ari a. O s acri fí ci o: um ca ra col , um a s em ent e de pi m ent a- da-cos t a, Doi s m il e duz ent os búz i os , e fol has de If á (m oe r fol has de gb egi com a pi m ent a -da- cos t a, f erve r o ca ra col , e coz i nhá- los j unt os; es t e rem édi o dev e s er dado ao cl i ent e pa ra com er ou pa ra qual que r out ro que quei ra us á-l o). Odo s egui u o cons el ho e fez o s acri fí ci o. O rem édi o de If á foi cozi nhado para el e t al com o des cri t o a ci m a, de form a que el e pudes s e es t a r s e gur am ent e as s ent ado. C om o o gb egi é profund am ent e enrai z ado, Odo s em pre es t a rá fi rm em ent e as s ent ado em qual qu er l u ga r. 12 – 4 (t r adução do vers o) Kas akaj a Kat et es a cons ul t ou If á par a O ge. Foi pedi do à el e faz er s acri fí ci o de m odo a
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s er cui dados o. B anha de òrí e az eit e -de- dendê dev eri am s e r ofe reci dos com o s acri fí ci o. El e s e re cus ou a f az er s a cri fí ci o. S e el e ti ves s e fei t o o s a cri fí ci o, o r em édi o de If á (m i s t ura de banha de òrí e az eit e -de- dendê ) t eri a s i do prepa rado para el e es f re ga r em s eu corpo porqu e: “Ao m ei o di a o az ei t e -de- dendê es t á al e rt a. Es t a é a r az ão de s ua vi da l onga. Ao m ei o di a a banha de òrí es t á vi gi l ant e. Es t a é a r az ão da s ua habi li dad e de vi ve r at é a vel hi ce. ” O ge é o nom e de Odo (pi l ão). O rácu l o 13
Oturameji Es t e Odù s ugere paz m ent al e l i berdad e de todas as i nqui et ações ( ans i edad es ). Fi l hos des t e Odù s ão m ei gos e m oder ados em ca rát e r. Obs e rva ção oci d ent al : Est e é o m om ent o par a novos s uces s os em negóci os e rel aci on am ent os . Ot ur am ej i é o dé ci m o t ercei ro Odù na ordem fi x a de Òrúnm ì l à. As pes s o as nas ci das s ob Ot uram ej i s er ão bem suc edi das nos ne gó ci os , part i cul arm ent e na art e de com pr ar e vende r. É im port ant e s at i s faz e r Ès ù fr eqüent em ent e por caus a daqu el es que t rai rão s ua con fi anç a ou pl anej a rão en gan ar s ua fam í l i a. Os fi l hos de Ot uram ej i preci s am ap rende r a res e rvar um t em po par a des cans a r e não di s si pa r s uas en ergi as at é o ex t rem o de s of rer um col aps o fí s i co ou ne rvos o. S e Odù Ot uram ej i é l ançado par a um cl i ent e, If á di z que o cl i ent e t em i nim i gos que o t ornar am um a pes s oa im prud ent e. D a m es m a m anei r a que el e é pobre, el e não t em es pos a nem r el aci o nam ent os f am il i ar es . El e dev eri a t ão rápi do quant o pos s í vel ofer ec er s ac ri fí ci o. Ot uram ej i diz que el e dev eri a f az e r s ac ri fí ci o à Ògún , Yem onj a, e If á. El e deve ri a ent ão s er c apaz de vence r s eus i ni mi gos , ganh ar al gum di nhei ro, e fi nal m ent e t er um a es pos a e fi l hos . 13 – 1 (t r adução do vers o) Aru gbo -nl a ni i s e ori f egunfe gun cons ul t ou If á para Ot u quando el e i a pa ra If e faz er t rabal ho de di vi na ção. Foi di t o a el e par a s a cri fi c ar duas bengal as [de c am i nhada] e duas ovel has . Foi di t o a el e que el e não ret orna ri a l o go. Ot u r eal iz ou o s a cri fí ci o e perm an eceu por um l ongo t em po. 13 – 2 (t r adução do vers o) (...) cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à quando el e i a des cobri r e es t abel ece r um a ci d ade. Foi di t o a el e par a s a cri fi c ar um grupo de form i gas - s ol dado (owo i j am j a), s ab ão ne gro, qua rent a búz i os j á prep arados em um cordão no es curo, um peda ço de pano bran co, e um a árvor e odan. Òrúnm ì l à at endeu ao cons el ho e fez o s ac ri fí ci o. Os B abal a wos a cons el har am Òrúnm ì l à a pl ant ar a árvor e Odan num m at agal e am ar rar as búzi os nel a. El e deveri a l avar s eu corpo com o s abão negro prepa rado com fol has de Od an e c arr ei ras de form i gas . El e deveri a us ar o pano bran co par a s e co bri r. S e es t e If á enc arna al guém , dev e s er di t o à es t e al guém pa ra faz er da m es m a form a.
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Os B abal a wos di ri am a el e com s e gu ranç a que o lu ga r onde el e pl ant ou a árvor e odan t al com o des cri t o a ci m a ev ent ual m ent e s e torn ari a um m er cado. 13 – 3 (t r adução do vers o) Oki t i -o gan- af ’i di j ’ago cons ul t ou If á pa ra Ot u. Foi di t o a el e par a of ere cer duas t art aru gas de m odo a s e t ornar ri co. Ot u ouvi u e f ez o s acri fí ci o. Os B abal a wos adv ert i ram Ot u pa ra não m at ar as t art aru ga s m as pa ra vendê- l as . Por m ei o de um s ort ei o, el e deveri a de ci di r onde i r pa ra vendê- l as . Quando el e chegou na ci dade, foi ofer eci do à el e oi t ent a bol s as de di nhei ro pel as t art arugas . Ès ù a cons el hou Ot u à não ac ei t ar o preço. Ès ù es t á s em pre a favo r de qual quer pes s o a que real i z e s ac ri fí ci os . Quando o pre ço foi el ev ado par a vá ri as c ent enas de bol s as de di nhei ro, Ès ù o acons el hou a ac ei t ar a ofe rt a. Ei s com o Ot u s e tornou ri co. Os B abal a wos di s s eram : O di a que Ot u com prou duas t art a rugas dev eri a s er ch am ado Ot ur am ej i . 13 – 4 (t r adução do vers o) (...) C ons ult ou Ifá pa ra Òrúnm ìl à. Foi di t o a el e par a r eal iz a r s ac ri fí ci o de modo que el e pudes s e gov ern ar s ua ci dade adequ adam ent e. Òrúnm ì l à di s s e: “Qu al é o s acri fí ci o? ” Os B abal a wos di s s eram : S ei s es t ei r as , s ei s penas de pap agai o, s ei s c abras , e mi l e duz ent os búz i os . Foi di t o a el e que pes s oas de toda part e do mundo vi ri am pa ra honr á- lo s obre a es t ei r a. Òrúnm ì l à real i z ou o s acri fí ci o t ão rápi do quant o pos s í vel , e pes s oas de toda part e do m undo vi e ram par a honr á-l o s obre a es t ei r a t al com o pr edi t o. Des d e aqu el e di a, os B abal a wos t em s e s ent ado s obre a es t ei r a par a r eal iz a r di vi nação de If á . O rácu l o 14
Iretemeji Es t e Odù di z que pa ga para s e i ncl i nar par a conqui s t ar. Hum i l dade é um a vi rt ude m ui t o i m port ant e. Es t e Odù avi s a cont r a i nt ri gas e i nim i gos que es t ão t ent ando des p acha r pront am ent e nos s as ch ances de s uc es s o na vi da. Obs e rva ção oci d ent al : Est a pes s oa m archa pel o s eu próp ri o t am bor e t em probl em a em s ubm et er-s e. Na ordem fi x a de Òrúnm ì l à, Odù Ir et em ej i ocupa a déci m a -quart a pos i ção. Est e Odù pede por t ot al dedi c aç ão a If á. Todos os fi l hos de Ir et em ej i dev em s e r devot os de Òrúnm ì l à. As cri an ças do s ex o m as cul i no dev em s er ini ci ad as par a s e t orna rem B abal a wos . S e as cri anç as cr er em em If á , Òrúnm ì l à con cede rá a el as boa s ort e pa ra di nhei ro, es pos as , fi l hos , vi da l on ga, e fel i ci dad e. De t em pos em t em pos el es dev erão propi ci ar s uas cab eç as (ori ) de m odo a evi t a r es t res s e em oci onal ou hum i l hação por for ças m al é fi cas . S e Ir et em ej i for l an çado pa ra um cl i ent e que es t i ver doent e, If á di z que par a um a rápi d a recup era ção o cl i ent e dever á re al iz ar os s acri fí ci os cor ret os a Obal uwai ye (S anponn a) e aos fei t i cei ros (aj e ).
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Os fi l hos de Ir et em ej i dev eri am apr ender a rel ax ar, porqu e é fáci l para el es fi c ar am f at i gados , abo rre ci dos , e i m paci ent es quando es t ão s ob pres s ão. 14 – 1 (t r adução do vers o) Okan awo Ol ui gbo cons ul t ou If á pa ra Ò rúnm ìl à quando el e es t av a i ndo par a If e . Foi di t o a el e que qual quer pes s o a que el e i ni ci as s e não m orre ri a j ovem . Fol h as de t et e e duas pom bas devem s er s acri fi cadas . El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. O t et e foi am as s ado na á gu a par a s er us ado par a l ava r s ua cabe ça. 14 – 2 (t r adução do vers o) Ada -i l e- o-m ukankan cons ul t ou If á pa ra Ir en quando el e i a i ni ci ar doi s fil hos de Ol ofi n. Foi di t o a el e par a f az e r s ac ri fí ci o. El e s egui u o cons el ho e fez s acri fí ci o. Foi as s egur ado a el e que qual qu er pes s o a que el e i ni ci as s e não m orreri a j ovem . O di a que Ir e n i ni ci ou duas pes s oas que não mor rer am deve s er ch am ado Ir e- t e-m ej i . 14 – 3 (t r adução do vers o) Odan -ab ’ori pe gunpe gun cons ul t ou If á par a Akon (o ca ran gu ej o). Foi di t o a el e que el e nunca i ri a s e acos t um ar com as pes s oas no m er cado m as s e el e qui s es s e cor ri gi r es t a f al ha em s i m es m o, el e dev eri a s acri fi c ar um pot e de az ei t e (at a-epo ) e um x al e. Akon s e re cus ou a f az er o s a cri fí ci o num di a de m erc ado. Akon equil i brou s eu pot e de az ei t e- de- dendê na s ua c abeç a. Quando el e t ent ou s e em brul har com s eu x al e, o pot e cai u de s ua c abe ça e o az ei t e m an chou s uas roup as . O az ei t e -de- dendê que m anchou o corpo de Akon naqu el e di a perm ane ceu nas s uas cos t as at é hoj e. S e qual que r um nas c er por es t e If á , es t e deveri a s er advert i do a nunca us ar um x al e pa ra cob ri r s eu corpo. 14 – 4 (t r adução do vers o) Adi l u-abi di s um us um u cons ult ou If á para Ol uweri , que es t ava indo com pr ar Akon (o car anguej o) com o um es cr avo. Foi di t o a el e que s e el e com pr as s e o es cr avo el e j am ai s pr eci s ari a das pes s o as . Um a baci a nova, um a c abra, e e fun deve ri am s er us ados com o s a cri fí ci o. Ol uwe ri obede ceu e re al iz ou o s ac ri fí ci o. Akon t eve m uit os fi l hos . Oluweri comprou inicialmente escravos humanos. Eles o destrataram e o abandonaram. Apenas o caranguejo (Akon) permaneceu com ele. Coloque o efun na bacia nova e ofereça a cabra à ela. Oráculo 15
Osemeji Es t e Odù im pl i ca em vi t óri a s obre i ni mi gos e cont rol e s obr e di fi cul dades . Obs e rva ção oci d ent al : Est e é o m om ent o de i nce rt ez a ou de mudan ça de condi çõ es em ne gó ci os e rel aci onam ent os . É um bom m om ent o para am or e di nhei ro.
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Os em ej i é o dé ci m o-qui nt o Odù na ordem inal t er ável de Òrúnm ì l à. S e os s ac ri fí ci os cor ret os for em ex ecut ados , os fil hos de Os em ej i vi ver ão at é um a i dade lon ga, des de que el es cui dem de s ua s aúd e. El es t am bém devem fort al e cer s ua cr enç a em If á e s uas própri as cap aci dad es de m odo a pros pera r na vi da. P ar a am or, um c as am ent o fel iz , e pros peri dad e fi nan cei r a, s ac ri fí ci os adequ ados dev em s er r eal iz ados à Os un. S e Os em ej i é l anç ado par a um cl i ent e, If á di z que o cl i ent e t em mui t os i ni m i gos e, par a ven cer os i ni mi gos , deve ofe rec er s ac ri fí ci os a S àngó e Òrúnm ì l à. A credi t a -s e que Òrúnm ì l à t em enorm es pode res pa ra vence r t odos os ini m i gos t ant o na t err a com o no c éu. Em Os em ej i , If á nos ens i na que apenas s acri fí ci os podem s al var os s eres hum anos . A vi da é des agrad ável s em s a cri fí ci o. Fal t a de fé ou aut oconfi an ça é s em pre um a t ragédi a. 15 – 1 (t r adução do vers o) Ti t oni -nkun’l e ti - nm uk’awot o cons ul t ou If á par a Arugbo (os idos os ). Foi pedi do a el es para s acri fi car em um a gal i nha, um a ga i ol a ch ei a de al god ão, e dez es s ei s peda ços de gi z (efun ) de modo que el es pudes s em al can çar um a i dade avanç ada ent re os odùs . El es s e gui r am o cons el ho e s ac ri fi ca ram . El es vi ver am at é envel he cer em com c abel os gri s al hos . Qual qu er um que envel he ça com cabel os gri s al hos ent r e os odùs deve s er cham ado A gbam ej i (os doi s an ci ões ). 15 – 2 (t r adução do vers o) Os ek es ek e (al e gr i a) cons ul t ou If á para Aj e (ri quez a). Foi di t o a el a que o mundo i nt ei ro es t a ri a s em pr e em s ua bus ca. El a pergunt ou, “Qu al é o s a cri fí ci o? ” Foi di t o a el a par a s a cri fi c ar t oda coi s a com es t í vel . Aj e s egui u o cons el ho e s acri fi cou. O mundo i nt ei ro es t á fel i z por es t ar em bus ca de Aj e. 15 – 3 (t r adução do vers o) Akuko fi Ogbe ori r e s e i na cons ult ou If á para Aj e (ri quez a). Foi di t o a el a par a s a cri fi c ar qual que r ani m al m ort o s em [ us o de] um a f aca (eki ri apada fa) de modo a conduzi r um a vi da t ranqui l a. Aj e s e re cus ou a s acri fi c ar. P or c aus a de s ua re cus a, at é o di a de hoj e Aj e nunca s e fix a em um l u gar. 15 – 4 (t r adução do vers o) Ol uwe we gb e’nu - i gbo- t efa cons ul t ou If á para Eji - os e quando el e es t ava i ndo para a t err a de If e . Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e 160 rol os de l ã de al godão e dez es s ei s ben ga l as [ de cam i nhad a] . El e s acri fi cou apen as doi s de cad a i t em . Enquant o el e pros s e gui a, em s eu c am i nho, as duas ben gal as que el e s a cri fi cou s e quebra ram , m as el e não m orr eu. O Bab al awo dis s e: De t odos os odùs , qual quer um que quebrou duas ben gal as e não m orreu deve ri a s er cham ado de Os em ej i . P ort ant o, qual que r um nas ci do por es t e If á c are ce de fé. Is s o é, el e vai s em pre ques t i ona r os Bab al awo s . Es t a pes s o a ach a di fí ci l ac redi t ar na ve rdade. O rácu l o 16
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Ofunmeji (Orangunmeji) Es t e Odù si gni fi c a boa fo rt una. El e pede por paci ên ci a e t rans i gênci a — um a vi da de dar e r eceb er. C om cert os s a cri fí ci os , s uc es s o é gar ant i do. Obs e rva ção oci d ent al : As coi s as es t ão fl ui ndo. Ofunm ej i , t am bém conhe ci do por Or angunm ej i , é o déci m o-s ex t o Odù na ordem reconh eci da de Òrúnm ì l à. P ara m ul heres j ovens , Ofunm ej i i m pli c a na pos s i bi li dad e de engravi da r e dar a l uz . Os fi l hos de Ofunm ej i s ão ge neros os . El es podem não s e r ri cos [ de di nhei ro] , m as el es s ão s em pre ri cos em s abedori a. El es não podem vi ver onde o a r é ab af ado porque el es podem s ufo car f aci l m ent e. A m ai ori a del es t em di fi cul dade em res pi r ar. P ar a boa pros p eri dad e fi nancei r a, os fi l hos de Ofunm ej i t er ão que real i z ar s ac ri fí ci os pa ra a Aj e ou pa ra Ol okun. É i m port ant e para el es dem ons t ra r gent i l ez a t ant o par a es t ranhos quant o par a m em bros de s ua fam í l i a, e es peci al m ent e par a os ne ces s i t ados e os pobr es . S e Ofunm ej i for l ançado par a um cl i ent e, o cl i ent e pode es t ar as s egurado de que t udo dará cert o na vi agem s e el e ou el a re al iz ar os s acri fí ci os pres c ri t os por If á. 16 – 1 (t r adução do vers o) O gba ra ga da cons ult ou Ifá pa ra Odù quando el e i a c ri ar todos os di fe rent es ti pos no m undo. Foi ori ent ado a el e s a cri fi c ar quat ro pil a res e um a gr and e cab aç a cont endo um a t am pa e um a corr ent e. El e s egui u o cons el ho e s acri fi cou. Foi ga rant i do a el e que ni n guém ques ti ona ri a s ua aut ori dade. As s i m el e dev eri a arm a r os quat ro pi l ar es no s ol o uni dos , col oca r a caba ça s obre el es , e us a r a co rrent e par a at a r os pi l ares às s uas m ãos . El e obedec eu e real i z ou o s acri fí ci o t al com o i nst ruí do. O di a em que Odù cri ou t odos os ti pos no m undo t em s i do cham ado des de ent ão Odudua (Odù cri ou t udo o que ex i st e, Oodua, Ol odum ar e). El e cri ou t udo o que exi s t i a na caba ça. Nós (s eres hum anos ) es t am os t odos vi vendo dent ro da cab aç a. 16 – 2 (t r adução do vers o) Aru gbo -i l e-fi - i re- s a-kej ek ej e cons ult ou Ifá pa ra Ol ofi n quando el e i a f az er nas cer os dez es s ei s Ir únm al e (odùs pri nci pai s ). Foi predi t o que os fi l hos s eri am pobres . S e el e qui s es s e que el es cons e gui s s em di nhei ro, el e t eri a que s a cri fi c ar dez es s ei s caba ças de fa ri nha de mi l ho, dez es s ei s cab aç as de ekuru, dez es s ei s ol el e (f ei t o de fei j ões verm el hos ), e dez es s ei s ovel has . Ol ofi n s e recus ou à re al iz a r o s ac ri fí ci o. El e di s s e que es t ava s at i s fei t o apen as por f az er nas cer as cri anças . El e s acri fi cou apen as par a s i m es m o e i gno rou as cri anç as . P ort ant o, os B abal a wo nunc a devem fi car ans i os os por j unt ar di nhei ro ao i nvés de adqui ri r s ab edori a e poder ao l ongo de s uas vi das . 16 – 3 (...) cons ul t ou If á par a Ej i ogb e e os res t ant es dez es s ei s odùs pri nci pai s . Foi pedi do a el es para pagar em o débi t o de s acri fí ci o devi do por s ua m ã e. El es s e recus ar am a re al iz a r o s ac ri fí ci o. Ei s o porque os Bab al awo nunca foram ri cos , em bor a el es s ej am ri cos em s abedori a.
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16 - 4 A gba gb a- il uf ’i di kodi cons ult ou pa ra Oran gunm ej i , à quem foi pedi do s ac ri fi ca r um a ovel ha, dez es s ei s pom bas , e t rês m i l duz ent os búzi os . El e s e gui u o cons el ho e s a cri fi cou. O B abal a wo di vi di u os m at eri ai s de s ac ri fí ci o em duas part es , res erv ando m et ad e par a s i própri o e dando a out r a m et ade pa ra O rangunm ej i par a us ar par a propi ci a r s ua c abe ça (ori ) quando el e r et ornas s e para cas a. Ao che ga r em cas a, foi di t o a Oran gunm ej i que s ua m ãe gos t ari a de vê- lo e a s eus i rm ãos m ai s vel hos na faz end a. As s i m , el e es t av a i ncapa ci t ado de real i z ar o s a cri fí ci o de propi ci ar s eu ori em c as a. C ar regando os m at eri ai s com el e, el e s e j unt ou à s eus i rm ãos m ai s vel hos de form a que t odos pudes s em vi s i t ar s ua m ãe com o di t o. Quando el es ch egar am na front ei ra, o funci oná ri o da al f ânde ga pedi u a el es par a pagar em um a t ax a de al fând ega. Ej i ogb e, o l í der dos odùs , não ti nha os duz ent os búzi os ex i gi dos , e nenhum out ro dos quat orz e odùs t i nha di nhei ro par a paga r. Apenas Or angunm ej i , o dé ci m o-s ex t o Odù, t i nha o di nhei ro, que el e pa gou por t odos el es ant es que el es pudes s em at r aves s a r [ a front ei r a] para i r à f az enda. As s im , quando el es ch egar am à faz enda, os quat orz e odùs res t ant es de ci di ram t ornar a am bos Ej i o gbe e Oran gunm ej i os ch ef es da f am íl i a. Des de aquel e di a, nós s em pre ch am am os Oran gunm ej i de “ Ofunm ej i ”. Des d e aqu el e di a, f al am os , “N enhum If á é m ai o r do que Ej i ogb e, e nenhum If á é m ai or do que Ofunm ej i .” P or es t a raz ão, ao l ança r a s ort e (i bo) na di vi na ção de If á, s e E ji ogb e ou Of un me ji forem l ançados , nós s em pr e deci di m os a s ort e em favo r del es . O rácu l o 17
Ogbe‘Yeku Nes s e Odù s om os acons el hados a us ar a i nt el i gênci a ao cont r ári o da forç a ou conf ront aç ão pa ra s uper ar obs t ácul os ou i nim i gos . N ão im port a quant o im port ant e al gu ém s ej a, es t a pes s oa ne ces s i t a obt er e s e gui r os cons el hos de um B abal a wo. C renç a i nabal ável em Ifá i rá s em pre r ecom pens a r o " cl i ent e ". Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á ger al m ent e dedi c ando mui t a ene rgi a a ques t ões t em porai s e preci s a s e " abri r " es pi ri t ual m ent e e em oci onal m ent e. No Odù Ogbe’ Yeku, O gbe es t á na di r ei t a, rep res ent ando o pri ncí pi o m as cul i no, e O ye ku es t á na es qu erda, repr es ent ando o pri ncí pi o fem i ni no. Quando O gbe vai vi si t ar com O yeku, as t rans fo rm açõ es r es ult ant es des t e m ovi m ent o s ão s i m bol i z adas por Odù O gbe ’Yeku. (C om o ant eri orm ent e di s cut i do, exi s t em 256 odùs no s i s t em a If á de di vi nação: dez es s ei s odùs pri nci pai s e 240 r am i fi ca ções ou com bi na ções de Odù. Odù O gbe ’Yeku é o pri m ei ro das com bi na ções de odùs e el e ocup a o dé ci m os ét i m o l ugar na ordem fi x a de Òrúnm ì l à.) 17 – 1 (t r adução do vers o) Ekum i ni , Ekum i ni cons ul t ou If á par a Ol ukot un Aj am l ol o, o pai de Oi t ol u. Foi previ s t o que el e s eri a grand em ent e favor eci do por If á es t e ano. P ouco depoi s , Ol ofi n pro curou por Ol ukot un pa ra que vi es s e e cons ul t as s e If á pa ra el e. Ol ukot un pedi u que di s s es s em a Ol ofi n que el e es t av a i ncap aci t ado de vi r i m edi at am ent e porque el e es t av a cul t uando s eu If á naquel e m om ent o. Ol ofi n cham ou por Ol ukot un pel a s e gund a vez . Ol ukot un res pond eu rep et i ndo o que el e havi a di t o ant es . El e ai nda es t ava cult uando s eu If á . Ol ofi n r es pondeu e di ss e, “Qual If á Ol ukot un Aj am l ol o es t á cul t uando? O If á favor eceu a el e? ” M ai s t ard e, Ol ukot un Aj am l ol o che gou par a re al iz ar di vi naç ão de If á para Ol ofi n. If á di ss e que não havi a nad a de e rrado com Ol ofi n; el e ap enas es t ava s ent i ndo di fi cul dad e par a dorm i r à noit e. P ort ant o, com o pa rt e do s ac ri fí ci o, el e deve ri a con cede r à Ol ukot un: s ua fil ha m ai s vel ha adorn ada com cont as em s eus pul s os e t ornoz el os , um a cab ra gr ande, e quat ro m il e quat roc ent os búz i os .
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Ol ofi n r eal i zou o s a cri fí ci o. As s i m que Ol ukot un es t ava i ndo para cas a com os m at eri ai s do s acri fí ci o, as pes s oas com e çar am a ri di cul a riz á -l o e a Ol ofi n, pergunt ando, “C om o pode Ol ofi n conced er s ua fi l ha à es t e pobr e Ol ukot un? ”. El es arr anc aram a bel a ga rot a de Ol ukot un e a der am para um oba (r ei ). El a s e t ornou a es pos a do rei . O oba t am bém não podi a dormi r bem e foi fo rçado a procur ar por Ol ukot un Aj am l ol o para vi r e cons ul t a r If á pa ra el e. Ol ukot un vei o e di s s e ao oba que el e es t ava i ncapa ci t ado de dormi r profundam ent e à noi t e. P ort ant o, s e el e qui s es s e afas t a r a mort e s úbi t a, el e t eri a que con cede r ao Bab al awo que cons ul t ou If á par a el e: s ua j ovem rai nh a, duas c abr as gr and es , e quat ro mi l e quat rocent os búz i os . O oba re al iz ou o s ac ri fí ci o. Ol ukot un Aj am l ol o c arr egou os m at eri ai s do s acri fí ci o para cas a e c ant ou a s e gui nt e canç ão: Ekum i ni , Ekum i ni , ei s com o If á pode s er f avoráv el , e as s i m por di ant e. C om es t e Odù nós ap rendem os com o Ol ukot un Aj aml ol o foi bel am ent e recom p ens ado e favor eci do devi do à s ua i nabal áv el cr enç a em If á . 17 – 2 (t r adução do vers o) (...) (...) cons ul t ou If á par a Al agem o (c am al e ão) quando el e i a cel ebr ar as fes t i vi dades anuai s com Ol okun. Foi pedi do a el e para s ac ri fi ca r vi nt e mi l búzi os , duz ent os pom bos , e um a vari ed ade de t eci dos . El e s egui u o cons el ho. Os di vi nado res prepa rar am rem édi o de If á par a el e. Al a gem o ent ão envi ou um a m ens agem pa ra Ol okun di z endo que el e i a part i ci pa r das fes t i vi dad es . El e gos t ari a de com pet i r com Ol okun ao us a r roup as i dênt i cas . Ol okun r es pondeu, “ Tudo bem ! C om o voc ê s e at reve, Al a ge m o? ” El e di s s e que agu ard ari a a che ga da de Al a gem o. Al a gem o che gou no di a prop os t o. Ol okun i ni ci ou a com pet i ç ão. Qual qu er roup a que Ol okun us as s e, Al a gem o us ari a a m es m a e as i gu al ari a. Após um curt o t em po, Ol okun fi cou z angado e deci di u que el e t ent ari a bl oquea r o cam i nho de form a que Al agem o a chari a i m pos s í vel r et ornar par a cas a. El e foi bus c ar o aux íl i o dos fei t i cei ros e brux as par a col oc ar obs t ácul os no c am i nho de Al agem o. Al agem o por s ua vez foi cons ul t ar os Bab al awo s s obre o que el e dev eri a faz er para evi t ar qual que r i m pedi m ent o em s eu c am i nho para cas a. El e foi ori ent ado a s a cri fi c ar eni - agba fi (um a es t ei r a de ráfi a ), i gba- ewo (um a cab aç a [ com] i nham es as s ados am as s ados ), e al gum as out ras coi s as . El e s egui u o cons el ho. O r em édi o de If á foi prepa rado para el e. Foi ens i nado a el e a s e gui nt e c anç ão: Os o i be e j owo m i . Aj e i be e j owo m i . Bi Igu n ba j ’ebo a jooe gb a. (P os s am as fei t i cei ras aqui m e dei x ar em paz P os s am as brux as aqui m e dei x arem em paz S e um abut re com e o s acri fí ci o, el e dei x a a c abaç a aqui ). Foi ai nda pedi do a el e que es t i cas s e a es t ei r a no ri o e s e s ent as s e s obre el a. Al agem o fez com o foi di t o por s eus Bab al awo e el e foi cap az de volt a r par a c as a. Al a gem o re al iz ou os s acri fí ci os pres c ri t os por s eus Bab al awo e foi port ant o capaz de s upera r os obs t ácul os que Ol okun am ea çou col oc ar em s eu cam i nho. Oráculo 18
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Oyekulogbe Es t e Odù s ugere que o cl i ent e i rá encont r ar um confl i t o. Ao i nvés de envol ve r- s e, o cl i ent e dev e s er um m edi ador. E as s i m faz endo, el e ou el a i rá t er vant a ge m . Est e Odù t am bém nos pr evi ne para s e rm os cui dados os com am i gos que pos s am caus a r des t rui ção da cas a/ fam í l i a. Um c am i nho de t rabal ho ou car rei r a apa re cem bl oqueados ou di fi cul t os os . Na fi l os ofi a Yo rùbá, não há i da s em vol t a. Odù O ye kul ogbe , o déci m o-oi t avo Odù na ordem fix a de Òrúnm ì l à, rep res ent a a vi s i t a de r et orno de O ye ku, no l ado di rei t o do Odù, à O gbe , a go ra na es qu erda. P ort ant o es t e Odù com pl et a o ci cl o de movi m ent os de Ogbe a O ye ku e de O ye ku de volt a a O gbe . 18 – 1 (t r adução do vers o) A gi l a Awo, Agi l a Awo, Opa gi l agi l a Awo cons ul t ou If á par a al ad e M eri ndi l o gun (dez es s ei s rei s ) e Òrúnm ì l à. If á pr evi u a ch egada de al guns es t r anhos que i ri am l ut ar um cont r a o out ro. Foi , port ant o ori ent ado a el es pa ra ofer ece r s a cri fí ci os de form a a t er p az após a part i da dos es t ranhos . O s acri fí ci o: dez es s ei s car acói s , duas cabr as , e t ri nt a e doi s m i l búz i os . Òrúnm ì l à foi o úni co que re al iz ou o s a cri fí ci o. Quando os es t ranhos chegar am , el es ent ra ram na cas a de Al ara e com eç aram a bat er um no out ro. Al a ra os col ocou par a for a. Os es t r anhos t am bém vi er am para a c as a de Aj e ro e para as [ cas as ] dos quat orz e r ei s res t ant es . Todos el es pus er am os es t ranhos para for a. M as quando os es t r anhos che ga ram à c as a de Òrúnm ì l à e com eça ram a bat er um no out ro, Òrúnm ì l à t ent ou paci fi c á-l os . Di nhei ro e cont as es t av am cai ndo des t es es t ranhos em l ut a. Òrúnm ì l à es t ava ocup ado re col hendo t odo o di nhei ro e cont as e j ói as preci os as . A l ut a ent re os es t ranhos conti nuou por di as , at é que a cas a de Òrúnm ì l à es t ava r epl et a de di nhei ro e todas as coi s as boas . O yekul o gb e! Edu s e t ranqui l iz ou. Os nom es dos dez es s ei s rei s pr i nci pai s s ão: Ol ow u, Ol i bi ni , Al ar a, Aj ero, Or angun, Ewi, Alaafin-Oyo, Owore, Elepe, Oba-Adada, Alaajogun, Olu-Oyinbo, Olu-Sabe, Olowo, Olu-Tapa, e Oloko ou Osinle. Os r ei s pos s uem ri quez as e todas as boas coi s as , m as não t em paz . Òrúnm ì l à, o úni co a re al iz ar o s ac ri fí ci o, t eve paz com pl et a. Es t a é a r az ão porque todos os rei s devem m ant er Bab al awo com o cons el hei ros , es pe ci al m ent e quando el es s e confront am com probl em as ou preocup açõ es . 18 – 2 (t r adução do vers o) Arun -pos e- i reke cons ul t ou If á para Om o-nl e (l a ga rt ix a) quando el e i a m ora r com O ro (pa rede de ba rro). Om o- nl e foi ori ent ado a s ac ri fi ca r quat ro pom bas de m odo a as s egura r um l ugar con fort áv el par a m ora r. El e fez o s acri fí ci o. Oro foi acons el hada a s ac ri fi ca r de modo a não a cei t ar am iz ade com qual q ue r um que a es c avas s e. Um gal o foi pedi do para es t e s a cri fí ci o. Oro s e re cus ou a s acri fi car. P orque Oro s e recus ou a re al iz ar o s acri fí ci o pres cri t o por If á , el a t eve que forne ce r al oj am ent o pa ra Om o- nl e. Em out r as pal avr as , as l agart i xas a go ra vi vem em pared es de barro. Oráculo 19
Ogbewehin
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Es t e Odù fal a de confus ão em oci onal . Tam bém as s e gu ra concl us ões bem s ucedi das . El e nos f al a par a con fi ar em ex peri ênci as ant eri or es . Obs e rva ção oci d ent al : r el aci onam ent o.
O
cl i ent e
es t á
fr eqüent em ent e
com eç ando
ou
t erm i nando
um
19 – 1 (t r adução do vers o) (...) r eal iz ou di vi naç ão de If á para Ogbe quando el e i a vi s i t ar com Iwo ri . Foi pedi do a el e para s ac ri fi ca r t rês bodes , t rês gal os , a roupa que el e es t ava ves ti ndo, e um r at o do m at o (o rat o deve s er m ant i do em pé at r ás de Ès ù). P orque el e ret o rnari a com ri quez as , el e deve ri a s e as s egur ar que a ri quez a não es cap ari a del e. El e fez o s acri fí ci o. Qual qu er pes s o a par a quem es t e Odù é l ançado deve s em pr e of ere cer s ac ri fí ci o par a gar ant i r um fi nal f el iz ou bem s ucedi do. 19 – 2 (t r adução do vers o) O gbeho fa afa a cons ul t ou If á par a Al ukunri n (o co rvo). Foi di t o a el e par a s acri fi car as duas úni cas roupas que el e pos s uí a (um a pret a, um a branc a), um bode, e um ca rnei ro de m odo à não enl ouquece r, e s e el e des ej as s e s er t rat ado pel os B abal a wo. O rem édi o de If á (s e el e fiz es s e o s ac ri fí ci o): De rr am ar o s angu e do bode dent ro de um pot e gr ande ant es de col ocar m as i nwi n (ogbo e fol has de es us u) dent ro do pot e. Adi ci one água pa ra el e s e l avar. Al ukunri n s e recus ou a faz e r o s ac ri fí ci o. Aquel es nas ci dos por es t e Odù ge ral m ent e enl ouquec em . O rácu l o 20
Iworibogbe Es t e Odù fal a pri m ei ram ent e de fil hos e encor aj a um a at m os fer a soci al pos i ti va pa ra m ant er o bem es t a r da fam í li a. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e é m ui t o s éri o e pre ci s a de "r ecr ei o" — Ter al gum a di vers ão s i m pl es e pueri l pa ra res t aur ar o equil í bri o. 20 – 1 (t r adução do vers o) (...) El e di s s e que al go deve ri a s e r ofe re ci do à c ri anç a de fo rm a que a cri ança não vi es s e a m orre r: i nham e am as s ado, um a gal i nha, e t rês mi l e duz ent os búz i os . If á di s s e que el es dev eri am coz i nhar a com i da e a gal i nha pr es cri t os , reuni r t odas as c ri anç as , e perm i ti r que os com panh ei ros de rec rea ção da cri ança doent e com am da com i da ofe reci d a. If á di s s e que a cri an ça doent e i ri a fi c ar bem s e um a fes t a fos s e fei t a pa ra s eus com panhei ro de re cr eaç ão. 20 – 2 (t r adução do vers o) (...) cons ul t ou If á par a Erukuku -i l e (pom bo) e Erukuku- oko (pom ba ). Am bos es t av am s ofrendo por fal t a de fi l hot es .
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Foi pedi do a el es para s a cri fi c ar qui abo, bas t ant e i nham e, um fei x e de var et as , um pot e gr and e, e t rês m i l e duz ent os búz i os . O pom bo r eal iz ou o s a cri fí ci o m as a pom ba s e r ecus ou. A pom ba t eve dois fi l hot es e o pom bo t eve doi s fi l hot es . A pom ba di s s e que el a não s acri fi cou e ai nda as s i m t eve doi s fi l hot es . El a foi cons t rui r s eu ni nho na árvor e e gun gun. Vei o um a t em pes t ade, a árvo re egun gun foi ar ranc ada com raí z es , e os fil hot es da pom ba m orr er am . El a gri t ou, “ O pri m ei ro e o s egundo eu não vi .” O pom bo gri t ou, “Eu fi quei de cos t as para o pot e e não m orri .” O pot e era um dos m at e ri ai s que o pom bo t i nha s ac ri fi cado. El e foi c apaz de prot e ge r s eus fi l hot es com o pot e. El es s obrevi ver am . O rácu l o 21
Ogbedi Es t e Odù fal a da neces s i dad e de ex ecut ar o s a cri fí ci o co rret o para que s e evi t e confus õ es ou zom bari a. Obs erv ação oci d ent al : O cl i ent e es t á s ent i ndo ou es t á com m edo de pres s õ es em o ci onai s . Pos s i bil i dad es pr at i cas não podem s er real i z adas at é que es t a pres s ão s ej a ali vi ad a. A pr es s ão vem m ui t as vez es de ques t ões de rel a ci onam ent os . 21 – 1 (t r adução do vers o) Kukut e -a gbon Ko roj ij i cons ul t ou If á par a O gbe Quando Ogbe foi caç ar em um a expedi ção. Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e De m anei r a que el e não en cont ras s e obs t ácul os al i ; Três cabri t os , t rês fran gos e 6 000 búz i os . El e s e re cus ou a s a cri fi c ar. Quando el e chegou à fl ores t a, a chuva cai u Enquant o el e cor ri a, vi u um bura co l argo que pens ou el e es t ar em um a árvor e ou em um form i guei ro El e ent rou no bura co e não s oube que era um el ef ant e que ti nha abe rt o s eu ânus . O el efant e fe chou s eu ânus com el e dent ro. El e não pôde des cobri r um a s aí da. S eus com panh ei ros com e çar am a procur a-l o. Depoi s de um t em po, quando el es não o puder am ach ar, el es deci di r am ex ecut a r o s ac ri fí ci o que el e t i nha ne gl i genci ado. El e foi ex cr et ado ent ão pel o el e fant e. P orém , el es di ss e ram : O O gb e que s ai u de um ânus dev eri a s er ch am ado O gbedi . 21 – 2 (t r adução do vers o) O gbedi k aka, Ogb edi l el e cons ul t ar am If á par a Ès ù quando el e es t av a s at i s faz endo um perí odo de t rabal ho duro com Òrúnm ì l à, Ori s a-nl a, Ori s a- oko, e Ògún. A Ès ù foi pedi do que of ere ces s e Ees an, nove pom bos e oi t o mi l búz i os . O r em édi o de Ifá dev eri a s er pr epar ado pa ra pe rm it i -l o pa ga r s eus débit os . Ès ù s e recus ou a s ac ri fi ca r. Ès ù foi um pes cado r naquel es t em pos . S em pre que el e pe ga va m uit o peix e em s ua a rm adi l ha, os Ir unm ol e (as quat rocent as dei dades ) s ent i am i nvej a del e. El es pens aram que l ogo Ès ù ganh ari a di nhei ro s ufi ci ent e pa ra s e afi an çar des t es di l em as fi nanc ei ros . Por es t a raz ão, el es deci di r am envi a-
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l o em m i s s ão a l u gar es di s t ant es no m esm o di a. Após o envi o da m ens agem Òrúnm ì l à pens ou em cons ul t ar o orá cul o de If á s obre o as s unt o. El e cham ou os bab al awo que cons ul t aram If á e di s s er am O gbedi k aka. Òrúnm ìl à foi ori ent ado a s ac ri fi ca r s ei s coel hos , s ei s pom bos e doz e m i l búz i os . El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. O rem édi o de If á foi pr epar ado para el e am arr ando os s ei s coel hos na bol s a. El es o adv ert i ram a s em pr e l evar a bol s a com el e. Ori s a -nl a pedi u a Ès ù i ra at é Ìr ànj e e t raz e r s eu bordão (opa- os oro) e s ua s acol a. Òrì s à- oko envi ou Ès ù a Òde -Ir a wo. Ògún pedi u a Ès ù i r à Òde -Ir e e t raz er s eu gb am dari (um al f anj e l a rgo). R api dam ent e Ès ù s e l evant ou e foi at é um arbus t o pert o onde el e s upl i cou e obt eve t odas as coi s as pedi das . Lo go após Ès ù part i r, t odos os Ir unm ol e foram col et ar os pei x es da a rm adi l ha del e. As s i m que el e ret ornou, encont rou el es part i l hando s eus peix es . Quando el e ap ar eceu i nes pe radam ent e, t odo o m undo em bol s ou o peix e. El e ent r egou t odos os it ens que el es pedi ram pa ra el e i r bus ca r. Ès ù ent ão com eçou a ques t i onar t odo mundo, “Onde voc es obt i ver am o pei x e que es t av am rep art i ndo? ”. Al guns es t av am s e des cul p ando; out ros não s ouber am o que di z er. Ent ão i m pl orando o pe rdão del e, deci di r am abri r m ão do s eus di rei t os s obre di nhei ro el e os devi a. El e não dev eri a deix ar ni n guém ouvi r que el es o t i nham roubado. Era cos t um e em If e naqu el es t em pos que ni n guém devi a rouba r. Òrúnm ì l à di s s e que el e não roubou o pei x e de Ès ù. Ès ù dis s e que Òrúnm ì l à devi a t er roub ado o pei x e que foi col oc ado na bol s a que el e es t ava s egu rando. Ès ù pens ou que o nari z do pei x e es t ava s ai ndo par a for a da bol s a. El es l evar am o as s unt o par a cort e na ci dad e de If e. El es di s cut i ram . O t ri bunal deci di u pedi r par a Òrúnm ìl à que des v el as s e o cont eúdo de s ua bol s a. El e s ol t ou a bol s a e el es vi ram os s ei s co el hos que el e j ogou para fora. El es com eç ar am a cul pa r Ès ù. Ès ù i m pl orou pe rdão a Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à s e r ecus ou a des cul pa -l o. Ès ù em penhou s ua c as a e out ras pos s es s ões para Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à ai nda re cus ou ac ei t ar o argum ent o del e. Os Ot u If e (os an ci ões de If e) pe rgunt aram para Ès ù o que el e pr et endi a f az er. Ès ù r es pondeu que el e i ri a para cas a com Òrúnm ì l à e cont i nuari a l he s ervi ndo pa ra s em pre. El es ent regar am Ès ù pa ra Ò rúnm ìl à. Quando el es ch egar am à c as a de Òrúnm ì l à, Ès ù quis ent ra r com Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à re cus ou e pedi u par a Ès ù que s e s ent as s e do l ado de for a. Òrúnm ì l à di s s e que o que el e com es s e dent ro da c as a, el e com pa rt il ha ri a do l ado de fora com Ès ù . Ès ù t em vi vi do ent ão des d e aquel e di a do l ado de fora. O rácu l o 22
Idigbe Es t e Odù fal a do pres ent e ou probl em a im i nent e e det erm i na o s acri fí ci o neces s ári o pa ra ven ce r. Obs e rva ção oci dent al : M edos t em por ai s , m ui t as vez es rel a ci onados a s ervi ços ou part e m onet ári a, devem s er t rat ados . M uit as vez es rel a ci onam ent os em oci onai s es t ão caus ando i nqui et aç ão e des equi l í bri o. 22 – 1 (t r adução do vers o) B aba -aki ki bi ti , B aba -aki ki bi ti cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à quando Tant o a M ort e ( Ik u) quant o a M ol és ti a (Àrùn ) am e aç aram vi s i t ar sua cas a. El e foi ori ent ado a prepa rar doi s si gi di am onu (um a fo rm a de Ès ù-El egba ra) com doi s m il e eru (ti po de erva ) fi x ados nel es : Lh es dê al f anj es de m adei ra par a s erem cont i dos por s uas as m ãos e ponha ped aços de obì nas s uas boc as . Ent ão m at e um cabri t o e vert a o s angu e del e s obre el es . C ol oque um na port a da fr ent e da cas a e o out ro na port a de t rás . Òrúnm ì l à real i z ou o s acri fí ci o. El e agi u de aco rdo com as i ns t ruçõ es de If á. Ik ú vei o at é a port a da frent e da c as a e s audou o s i gi di da s egui nt e m anei r a: B aba -aki ki bi ti , B aba -aki ki bi ti , por favor dê pas s a gem , que o Awo at r aves s e S i gi di nada res pond eu. Ik u deu m ei a—vol t a. El e foi para t rás da cas a e rep et i u a m es m a coi s a.
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Àrùn vei o e di s s e as m es m as pal avr as . S i gi di nada res pondeu Foi is t o que Ò rúnm ìl à fez par a prev eni r que Ikú (M ort e ) e Àrùn (M ol és t i a) adent r as s em s ua c as a. 22 – 2 (t r adução do vers o) Ìd i gba, Ìdí gb e cons ul t ou If á par a S àn gó quando el e es t av a rode ado por ini m i gos . If á as s egurou a el e vi t óri a dobr e os i nim i gos . Um c arnei ro e 6.600 búz i os fo ram of ere ci dos em s ac ri fí ci o. S àn gó r eal iz ou o s a cri fí ci o e foi vit ori os o dobr e s eus i ni mi gos . O rácu l o 23
Ogbe’rosu Es t e Odù det erm i na a s ol ução pa ra a am e aça de m ort e, doença, cas os j udi ci ai s , perd as e i nfe rt il i dade. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á s em pr e m eti do em al gum t i po de probl em a. S om ent e ação es pi ri t ual pode res t aur ar o equi lí bri o. 23 – 1 (t r adução do vers o) Òna gbon ran gondon -nt i -If e- wa cons ul t ou If á par a Abat i , o fi l ho de Àram f è, que foi confront ado por t odos os m al es . El e foi as s egur ado que a m ort e (i kú) não i ri a der rot a- l o, que a m ol és ti a (àrùn ) i ri a derrot a -l o, que cas os j udi ci ai s (ej o) não i ri a derrot a -l o, que prej uíz o (o fo) não i ri a der rot a- lo. A el e foi pedi do s acri fi car um carn ei ro e fol has de If á. El e obedec eu e ex ecut ou o s acri fí ci o. O rácu l o 24
Irosu-ogbe Es t e Odù enfat i z a que rel aci on am ent os es pi ri t uai s pes s oai s s ão cont rári os àquel es m onet á ri os ou com e rci ai s . Obs e rva ção oci dent al : Em oções t êm pre fe rênci a enquant o t rabal ho pes ado cam i nha a pa ços l ent os . 24 – 1 (t r adução do vers o) Ohun ti os e bá al é i l é t i ko ni konga ra ide, oun li o s e i yal e i l e t i ko ni ’bus un al a Foi aquel e que cons ul t ou If á par a Agb e- Im o ri m odori quando el e foi t om ar Bi oj el a, a fi l ha de Ol ófi n, com o s ua es pos a. O s acri fí ci o: Doi s rat os , doi s pei x es , um a ga l i nha e 3 200 búz i os . If á di z: A jovem dev eri a s er dad a a um bab al awo com o es pos a. 24 – 2 (t r adução do vers o)
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Ai gboni wonr an awo Ol ú-Oj e C ons ult ou Ifá pa ra Odùgb em i , que foi um hom em bas t ant e ri co e popul a r na Terr a. Odù gbem i foi ori ent ado a faz er s acri fí ci o para evi t ar s e t ornar um hom em bas t ant e ri co e popul a r no P araí s o. Um pom bo deve ri a s e r s ac ri fi cado s e o Odù fos s e di vi nado no es ent a ye de um rec ém -nas ci do. Um a ovel ha dev eri a s er s a cri fi c ada s e o Odù fos s e di vi nado no It ef a. Not a: Es ent a ye (o pri m ei ro paço na Terr a) é re al iz ado no t er cei ro di a após o nas ci m ent o da cri ança. It ef á ( Ini ci ação em If á ) pode s er re al iz ado em qual quer époc a ex c et o s e a cri ança é s us cet í vel à doen ças ou en frent a out ros probl em as .
O rácu l o 25
Ogbewonri (Ogbèwúnlé) Es t e Odù fal a da es col ha ent r e m ari dos ou es pos as pot enci ai s . S acri fí ci os as s e gu ram a es col ha co rret a e a as s oci a ção bem s ucedi da. Obs e rva ção oci dent al : Um grand e m om ent o par a capi t al iz a r, em oci on al m ent e, nos at rat i vos dos cl i ent es para os out ros .
t ant o
com er ci al
com o
25 – 1 (t r adução do vers o) Aj aj e cons ul t ou If á para Koko quando el a es t av a ponder ando c as ar ou com Apat a ou com Akuro. El a foi acons el had a a ofer ec er um s ac ri fí ci o de quat ro pom bos e quat ro peda ços de t eci do nodos o. El a ouvi u e at endeu o cons el ho. Lh e foi fal ado que Akuro s eri a o m ari do f avore ci do. S e Koko ti ves s e êx i t o, Akuro t am bém t eri a êx it o. 25 – 2 (t r adução do vers o) Oki t i -bam ba -t ii pekun -opopo cons ul t ou If á par a Ol ofi n. El e foi ori ent ado of ere cer s ac ri fí ci o de m an ei ra que Ogbè dari a a el e boas com apni as . Três gal os , t rês bol as de inham e pil ado, e s opa deve ri a s e r ofe reci do. El e real i z ou o s acri fí ci o. O rácu l o 26
Owonrinsogbe Es t e Odù fal a de fei t i ça ri a ou vi bra ções negat i vas i nt erf eri ndo com a paz m ent al do cl i ent e. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á m ui t as vez es envol vi do em um rel aci on am ent o em oci onal que t em nubl ado s eu j ul gam ent o. 26 – 1 (t r adução do vers o) Bon ron yi n awo Òde- Ido , O goronbi a wo Òde -Es a, Eri gi dúdú a wo. Il ú S akon foi que cons ul t ou If á para Ol ofi n Obel ej e quando el e foi dorm i r e des pe rt ou com m ás vi braçõ es .
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Foi di t o a el e dorm i r for a de cas a e de s uas redond ez as , m at ar um cabri t o s obr e o l ix o, e l evar t udo is s o pa ra a fl ores t a. Di s s er am a el e que s e um a pes s oa l evas s e o m al pa ra a fl ores t a, el e volt a ri a pa ra c as a com o bem . A fol ha s e m ost rou s er ol owonr an-ns an -s an. Hoj e Al ad e expul s ou o m al par a a fl ores t a. S ac ri fí ci o para P ros peri dad e (Aj é): 2 pom bos — um del es deve s er us ado par a apaz i gu ar a cab eça (orí ) do cl i ent e. S ac ri fí ci o para um a es pos a (a ya ): 2 gal i nhas — um a del as dev e s er us ada us ado para ap azi gua r a c abeç a (o rí ) do cl i ent e, cont ant o que el e t enha s acri fi c ado um cab ri t o. O cli ent e deve varr er s ua cas a com fol has de ol owonran -ns an- s an (os okot u) com o pres c ri t o aci m a. 26 – 2 (t r adução do vers o) Ès ì -pe rew e, E gba -per ewe cons ul t ou If á para Ol ú Oge, Que é ex t rem am ent e am argo com a fol ha j ogbo. O s acri fí ci o: 3 gal os , 2 600 búz i os e fol ha de J ogbo (am argo). S e a pes s oa pa ra quem es t e If á é di vi nado real i z ar o s a cri fí ci o, ent ão es m ague as fol has am argas na á gu a e adi ci one i yè—i ròs u (pó) des t e Odù na s ol ução, e pe ça ao cl i ent e para bebe r. If á r evel a que o cl i ent e não t em paz m ent al ou enc ara opos i ção das pes s oas . O rácu l o 27
Ogbe’bara Es t e Odù fal a de enf erm i dades t al com o al ergi as peri ódi c as . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em s e es for çado mui t o no s ervi ço. 27 – 1 (t r adução do vers o) Kuom i , o di vi nador pa ra a ga l i nha (adi ye) , A el es pedi u para ofer ec er s acri fí ci o com o um a form a de prev enç ão a um a doenç a que os as s ol ou dur ant e a es t aç ão de s eca. Dez obì e 20 000 búz i os deveri am s er s a cri fi c ados . Al guns del es real i z aram o s acri fí ci o; out ros não. 27 – 2 (t r adução do vers o) Ip al ero- ab’ enum ogi m o gi m am o’ni l owo cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à quando a m ort e (k awoka wo) vei o faz er um a vi s i t a vi ndo do P arai s o. El e foi ori ent ado a s acri fi car um a cab ra e dez es s ei s Ik i n. A cabr a deveri a s e r mort a do l ado de fo ra de m anei r a que a m ort e não es t ari a apt a a apri s i ona-l o com out ros . Òrúnm ì l à pres t ou at enç ão ao cons el ho e fez o s acri fí ci o. O rácu l o 28
Obarabogbe Es t e Odù fal a de grand e res pei t o e poder par a o cl i ent e que fi el m ent e s e gui r as previ s ões de If á . Obs e rva ção oci d ent al : O cept i ci s m o ger al do cl i ent e es t á bl oqueando o s uces s o.
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28 – 1 (t r adução do vers o) Obarabobo awo Eko consultou Ifá para Eko, o filho de Ajalorun. Foi predi t o que as pal avras de Eko s e ri am s em pre res pei t ad as com o s endo a pal av ra fi nal . Um a ovel ha foi of ere ci da com o s acri fí ci o . If á di z que par a qual que r um que es t e If á é di vi nado, ex erc erá um a grand e i nfl uênci a no m undo. El e vi ve rá m ui t o t em po. 28 – 2 (t r adução do vers o) Ir of á- abe enúj i gi ni , o advi nho de Òrúnm ì l à, foi quem cons ul t ou If á para Adi fal a, que es t av a indo di vi nar par a Os i n. Adi fal a pedi u a Os i n faz er s a cri fí ci o de m anei r a a a fas t a r mort e r epent i na dent ro dos s et e di as s e gui nt es . S et e carn ei ros e 1.000 búzi os deveri am s er of ere ci dos . Osi n não re al iz ou o s a cri fí ci o, m as a ga rrou Adi fal a e o am ar rou. Adi fal a c ant ou a s e gui nt e c anção: Eu, um adi vi nho cuj as pr edi ções de If á pas s a rão i m edi at am ent e na t ábu a de adi vi nha ção (opon), Ib a rat i el e, Ib ar at i el e. C ert am ent e Os i n m orre rá am anh ã, Iba rat i el e, Ib ar at i el e. Os i n pe ga rá um pot e e i rá at é o ri o, Ib a rat i el e, Ib ar at i el e. El e pegar á um a vas s ou ra e varr er á o chão, Ib ar at i el e, Iba rat i el e. El e pe ga rá um a es cada e s ubi rá no t el hado, e as s i m por di ant e. O babal awo cant ou es s a can ção t odos os di as at é que um di a quando el es es t av am t raz endo um a noi va nova (i yàwó ) para Os i n de um l ugar di st ant e. Osi n di s s e que el e va rre ri a a cas a rapi dam ent e ant es da ch egada da noi va. El e pegou a vas s oura e var reu a cas a. As s i m que t erm i nou, deci di u s ubi r no t el hado pa ra es pi a -l os . El e pe gou um a es cad a e foi ao t el hado para ver a noi va que vi nha ao l onge. El e cai u e a pared e des m oronou s obre el e. El es envi a ram pes s oas para li be rt ar e t raz er Adi f al a. Adi fal a di s s e que el es dev eri am of ere cer rapi dam ent e u m s ac ri fí ci o de dez ovel has , dez gal os , dez vacas , e a es pos a nova que es t av a vi ndo a Os i n. Os i n des pe rt ou enquant o el es es t avam ex ecut ando o s ac ri fí ci o. If á di z que nós nunca devem os duvi dar das predi çõ es de um bab al awo. O rácu l o 29
Ogbe’kanran Es t e Odù fal a de pos s í vel perda de l ucros ant eri or es devi do à fal ha ao ex ecut ar um com pl et o s a cri fí ci o. M ei as m edi das s em pre res ul t ar ão em pe rdas . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á com m uit a pr es s a, el e pre ci s a cam i nhar m ai s devagar e com cui d ado. 29 – 1 (t r adução do vers o) Oki t i bam ba- ti i -pekun -opopo cons ult ou If á fo r Ogb è quando Ogb è foi a Òt uuf è. A el e foi pedi do que s a cri fi c as s e quat ro pre gos (S e ri n) e 8 000 búz i os . El e s ac ri fi cou ap enas t rês pre gos e 6 000 búz i os . O bab al awo di s s e que el e deveri a cr avar os pregos no ch ão da rua pri nci p al , um por vez . El e s e di ri gi u à ru a pri nci pal e pr egou o pri m ei ro pre go no chão. Um a porç ão de di nhei ro ap are ceu e el e a pe gou. El e pr egou o s e gundo pre go no chão. Um pequ eno gr upo de ga rot as apa rec er am e el e as reuni u ao s eu r edor. El e ent ão es pe rou por um curt o perí odo de t em po e pre gou o t erc ei ro pre go no chão. Vá ri as c ri anç as ap ar ece ram e el e as reuni u ao s eu r edor. El e di s s e: Há! O que acont e ceri a s e eu t i ves s e r eal iz ado o s acri fí ci o com pl et am ent e? Eu t eri a ti do m ui t o m ais . El e vol t ou e ret i rou o pri m ei ro pre go. El e ent ão o cravou de front e a el e e c as os judi ci ai s (ej o), prej uí z os (ofo ) e out ros m al es apa rec er am pa ra el e. A part i r des t e di a O gbe encont rou di fi cul dades , e es t e odù t em s i do cham ado de Ogb e’K anran. O rácu l o 30
Okanransode Es t e Odù fal a de s obrepuj a r nos s os i ni m i gos ou com pet i dores para cons e gui r um a posi ç ão de pro em i nênci a.
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Obs e rva ção oci d ent al : Um novo t rabal ho, um a prom oção ou um aum ent o es t ão em um fut uro próxi m o. 30 – 1 (t r adução do vers o) P ande re- fol u-om i -l i ki t i cons ul t ou If á para Ol it i kun, o fi l ho m ai s vel ho de Èwi (rei ) de Ado. A el e foi pedi do di st ri bui r 180 ak ar a de m an ei ra a obt er vit óri a s obre os i ni mi gos . Um c abri t o e 3 200 búz i os fo ram t am bém s a cri fi c ados . Ol i t i kun real i z ou o s acri fí ci o. 30 – 2 (t r adução do vers o) P ande re- fol u-om i -l i ki t i cons ul t ou If á para Ol it i kun o fi l ho m ai s vel ho de Èwi (rei ) de Ado. S ei s ga l os e 12 000 búz i os deveri am s er of ere ci dos com o s ac ri fí ci o. Ol i t i kun real i z ou o s acri fí ci o. El e foi ins t al ado com o o T’e wi s e (port a—voz de Èwi ). O rácu l o 31
Ogbe’gunda (Ogbeyonu) Es t e Odù fal a de em i nent e suc es s o m onet ári o ou m at e ri al . Obs e rva ção oci dent al : Um a oport uni dad e de negóci os i rá s e apres ent ar. A pri ncí pi o o cl i ent e i rá r ej ei t ar com o s e não val es s e a pena. Um a s éri a cons i de raç ão da oport uni dade l evar á a gra nde s uc es s o. 31 – 1 (t r adução do vers o) Kuku- ndukun, P et e-i noki Fo ram os que cons ul t aram If á para as pes s oas de E gún M aj o. Foi predi t o que el es s eri am ri cos . Quat ro porcos , 80 000 búz i os e quat ro barri s de vi nho dev eri am s e r s ac ri fi cados . El es ouvi ram e re al iz ar am o s ac ri fí ci o. 31 – 2 (t r adução do vers o) Ib i nu, o advi nho de Al á rá, cons ult ou If á para Al ár á. Edofu fu, o advi nho de Aj erò, cons ul t ou If á para Aj e rò. P el et uru, o advi nho de Òr àngún, cons ul t o u If á par a Òr àngún. If á pr eveni u que al gum a coi s a s eri a envi ad a a el es e que el es não deve ri am re cus a r. Após al gum t em po, a m ãe del es envi ou a Al ár á um pres ent e em brul hado com fol has s e cas de Koko. Al á rá fi cou i rri t ado e es pant ado de com o s ua m ãe poderi a envi ar al go em brul hado em fol has s e cas de Koko; El e recus ou ac ei t a- lo. A m ãe del es fez a m es m a coi s a com Aj erò e el e t am bém re cus ou acei t a l o. Aborre ci dos , el es o l ev aram a Òràn gún, que a cei t ou o em brul ho. El e o des em brul hou e encont rou cont as . Òràn gún j á ti nha re al iz ado o s a cri fí ci o pr es cri t o pel o babal awo. Òràn gún ofer ec eu: t eci do de ve ado 1 , um pom bo e 16 000 búzi os . Òr àngún fi ou um qui nt o das cont as e envi ou o col ar par a Al árá porqu e el e s enti u que i ss o o s at i s fa ri a. Al ár á com prou o col ar de Òràn gún. Òràn gún fi ou out ro col a r e o envi ou pa ra Aj erò, que t am bém pa gou a Òr àngún por el e. Òràn gún foi capaz de vender os col ar es porqu e el e os em brul hou el egant em ent e. Òr àngún fi cou com as cont as res t ant es para s i . 1
N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’s È d è Aw o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y, “ e t u ” a s s i m e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) .
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O rácu l o 32
Ògúndábèdé Es t e Odù enf at iz a a nec es s i dade de hones t i dade e i nt egri dad e. Obs erv ação oci d ent al : A ques t ão de i nfi del i dade m at ri m oni al em um rel a ci onam ent o m ui t as vez es apa rec e. 32 – 1 (t r adução do vers o) O m ent i ros o vi aj ou por vi nt e anos e não foi cap az de ret orn ar. O m ent i ros o vi aj ou por m ai s s ei s m es es e não foi cap az de ret orn ar. A Hones t i dade -é -a- m el hor-di ret ri z cons ul t ou If á par a B aba Ìm àl e, que es t av a t raj ado em roupõ es . Foi di t o pa ra el e que el e s eri a um m enti ros o por t oda s ua vi da. P ara el e foi pedi do s ac ri fi ca r m as el e s e re cus ou. At é hoj e, os ì m àl e (M u çul m anos ) ai nda es t ão m ent i ndo. El es es t ão s em pre di z endo que anu al m ent e j ej uam por Deus . Um di a, Ès ù os ques t i onou do porque di zi am el es que j ej uavam a Deus anual m ent e. Vo cês es t ão diz endo que Deus es t á m ort o? Ou es t á Deus t ri s t e? Vocês não com pr eend em que Deus é a verdad e con gê ni t a? El e ( Ès ù) di s s e: Hen! vocês j ej uam por Deus ; Deus j am ai s morr er á. Edùm a re nunca ado ec erá. Ol ódùnm ar è nunca fi c ará t ri s t e. Ès ù foi for çado a di s pers a -l os . A c anção que Ès ù c ant ou naquel e di a foi : Nós nunca ouvim os f al ar sobr e a m ort e de Ol ódùnm arè, s enão aqui l o que provem da boca dos m enti ros os , e as s i m por di ant e. 32 – 2 (t r adução do vers o) Kan ran gb ada- Àkàr à- ngb ada! Es t ou na c as a de Owá. Que di nhei ro novo m e pro cure. Que es pos as novas m e procu rem . Que cri an ças novas m e procu rem . S e um a c ri anç a vê Al àkà rà, el a j o gar á for a s eu pedaço de i nham e. Ò gúndás o rí i ref ’O gb è, t ra ga - m e boa s ort e. R em édi o de If á: Com a s ei s àk àrà fr es cos com pó de i yè -i ròs ù no qual o odù Ò gúndás o rí i ref ’O gb è t enha s i do m arcado e r ez ado com o m ost r ado a ci m a. O rácu l o 33
Ogbèsá Es t e Odù fal a de fal s i dad e de am i gos e da nec es s i dade de t erm i nar qual quer coi s a com e çad a. Obs e rva ção oci dent al : É um a s it ua ção di fí ci l que a go ra es t á che ga ndo, m as s e você não s e ent r egar nem des i s t i r t ri unfar á no fi nal . 33 – 1 (t r adução do vers o) Le kel eke, o advi nho de O gb è, cons ul t ou If á par a O gbè, Que es t ava vi aj ando par a Al ahus a. El e previ u que el e pros pe rari a al i . P or es s a raz ão, el e deve ri a of ere ce r um s acri fí ci o de dez es s ei s pom bos e 3 200 búzi os . El e at endeu ao cons el ho e fez o s ac ri fí ci o. 33 – 2 (t r adução do vers o) Af ef el egel e ge , advi nho da Ter ra, Efu ful el e, o advi nho do C éu,
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Kukut eku, o advi nho do Subt er rân eo. O Orácul o de If á foi cons ul t ado por Iki , que foi preveni do ace rc a de um am i go t ão gra nde quant o um carn ei ro. El e foi ori ent ado a ofer ece r um s ac ri fí ci o de m anei ra a prev eni r que s eu am i go o enganas s e e o fi x as s e par a s e r m ort o. um a porç ão de obì , brac el et es de fe rro, 2 200 búz i os e um gr ande r eci pi ent e de m adei r a com t am pa onde s erá col ocad a a ofer enda. Ik i f ez o s acri fí ci o. Um di a; o carn ei ro foi vi s i t ar Ol ofi n e r eparou que o s ant uá ri o do egúngún del e es t ava v az i o. El e pe rgunt ou a Ol ofi n o que el e us av a em s eu cul t o de e gúngún. Ol ofi n res pondeu que el e ut i l iz ava obì com o s ac ri fí ci o. O c arnei ro ri u e di s s e que em bor a is s o fos s e bom , el e t ra ri a Iki pa ra um s a cri fí ci o. Ol ofi n o a gr ade ceu. Um di a, o ca rnei ro foi vi s i t ar Iki . O ca rnei ro pergunt ou a Iki s e o pai del e s em pr e cont ava par a el e s obre um j o go que el e e o ca rnei ro cos t um avam j ogar. Iki pe rgunt ou que j ogo que era. O ca rnei ro dis s e a Ik i que o jo go e ra dar vol t as um a c arr egando o out ro por quat ro pé enqu ant o um es t ava ocult o dent ro de um re ci pi ent e de m adei ra. Iki di s s e que s eu pai nunca ti nha f al ado s obre o j ogo apes a r de pare cer di vert i do. O ca rnei ro col ocou um re ci pi ent e de m adei ra no chão e ent rou dent ro. El e pedi u a Iki que t am pas s e e ent ão o car re gas s e por quat ro pés . P er corri da a di s t ânci a, o carn ei ro di s s e que era a s ua vez . O carn ei ro ent ão ca rre gou Iki por quat ro pés col ocou -o no chão e ao s eu t urno ent rou no re ci pi ent e. E foi a vez de Iki ent rar no reci pi ent e. O c arnei ro o c arr egou por quat ro pés , por ém quando Ik i pedi u que o col ocas s e no ch ão, o ca rnei ro o i gnorou e cont i nuou cam i nhando. Iki im pl orou, m as o carn ei ro t ornou a não da r ouvi dos a el e. Iki com e çou a c ant ar a cant i ga que o bab al awo ens i nou- l he quando r eal i z ou o s acri fí ci o: Af ef el egel e ge , advi nho da Ter ra, Efu ful el e, o advi nho do C éu, Kukut eku, o advi nho do Subt er rân eo. O carn ei ro es t á m e l evando pa ra Ol ofi n para s er mort o. Eu não s abi a que es t ava jo gando um jo go de mort e com o ca rnei ro. Af ef el egel e ge , advi nho da Ter ra, Efu ful el e, o advi nho do C éu, Venh am poderos am ent e l i bert a r Ik i do r eci pi ent e. Após al guns mom ent os , o ca rnei ro s acudi u p r eci pi ent e e ouvi u o s om dos br acel et es de ferro e pens ou que fos s e Ik i . Quando el e che gou na c as a de Ol ofi n es t e of ere ceu aj uda com o r eci pi ent e. El e r ecus ou e dis s e que pre ci s ava i r at é o qui nt al dos fundos . Quando el es fo ram pa ra os fundos , el es aj uda ram o c arnei ro com o re ci pi ent e. Abri ndo o reci pi ent e, el e des cobri u que iki não es t ava dent ro. Ol ofi n di s s e que devi do o c arnei ro t ent ar en ga na -l o, el e s e ri a s acri fi cado a Eegun. Des de es s e di a, um c arn ei ro s em pre é ofer eci do a Ee gun com o s ac ri fí ci o.
O rácu l o 34
Oságbè Es t e Odù fal a da nec es s i dade t om ar o s eu t em po e do us o da pe rc epção es pi ri t ual par a s e ap reci ar os pr az e res da vi da. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á a rri s c ando tudo pôr es t ar s endo dem as i adam ent e t em poral e perdendo s eu equi l í bri o es pi ri t ual . 34 – 1 (t r adução do vers o) El e di s s e Os a, eu di s s e Os a’Gb e. El e di s s e que o rat o que vem de Os a s eri a prot egi do por Os a. El e di s s e que o peix e que vem de Os a s eri a prot egi do por Os a. P es s oas prov eni ent es de Os a s e ri am prot e gi do por Os a. 34 – 2 (t r adução do vers o)
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At i ba m at ou um cão m as não t ev e t em po par a com e -l o. At i ba m at ou um ca rnei ro m as não t eve t em po para com e- l o. At i m um u m at ou um c abri t o m as não t eve t em po par a com e- l o. Ès ù- Òdàr à perm i t i ri a- m e l evar m eus t es ouros de cas a. P ropi ci aç ão pa ra es t e If á: Vert a az ei t e- de-dend ê no s ol o dent ro ou fora de c as a ou em Ès ù. O rácu l o 35
Ogbèká Es t e Odù fal a de t er que s uper ar ci úm e e i nvej a pa ra al can çar fam a e res p ei t o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a inj et a r m ai s s ens o com um e m enos im a gi na ção nas at i vi dades cot i di an as . 35 – 1 (t r adução do vers o) Es um ar e com um l i ndo dors o cons ul t ou If á par a a Chuva t orren ci al . A el a foi pedi do que ofer ec es s e um s ac ri fí ci o de um a enx ad a, um al fanj e e um cab ri t o para evi t ar que as pes s oas a l evas s em para dent ro da fl ores t a. Quando el a fi nal m ent e vei o a real i z ar o s acri fí ci o, as pes s oas com e ça ram a dar at en ção a el a. 35 – 2 (t r adução do vers o) Owó ni pebe, Es è ni pebe cons ul t ou If á pa ra Ari nwak a, que foi o m édi co de Owoni .. A el e foi di t o que t eri a f am a pel o m undo i nt ei ro. Ent ão, el e deve ri a s a cri fi c ar um r at o, um peix e e um a gal i nh a. El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. O rácu l o 36
Ikagbè Es t e Odù fal a em t er que defend er noss os di rei t os e ex i gi r res p ei t o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e ap rende r a mode rar s uas pal av ras e açõ es quando ex por um pont o de vi s t a. 36 – 1 (t r adução do vers o) El e di s s e gros s eri a, eu di s s e ins ol ênci a. El e di s s e que nunca é pos sí vel rol ar pano s e co no fo go. Eu di s s e que não é pos s í vel ut i li z ar um a cobra com o ci nt o. El es não dev em s er t ão rude quant o o gol pe do fi l ho do che fe na cab eç a. que eu s ej a res pei t ado ent ão at é hoj e. Inv oque es t e If á no i yè - i ròs ù que t enha s i do m arcado com o Odù Ìk á gbè e es fr egue na s ua c abe ça (orí ). 36 – 2 (t r adução do vers o) Ori rot eer e, o advi nho da fl ores t a, cons ul t ou If á para Ad ei l o ye, que es t ava l am ent ando s ua f al t a de fil hos . O s acri fí ci o: doi s ca rnei ros e 44 000 ou 120 000 búzi os . El a pres t ou at enão nas pal av ras e re al iz ou o s ac ri fí ci o. El a fi cou m uit o ri c a e t eve fi l hos . C ant i ga: Dei l o ye, d’opagun.
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Vej a um m ont e de cri anças at r ás de mi m / vej a um m ont e de cri anças at r ás de mi m , e as s i m por di ant e. O rácu l o 37
Ogbètúrúpòn Es t e Odù fal a s obre o cl i ent e fi ca r para t rás em um a com p et i ção. El e pode vence r at ravés do s a cri fí ci o. Obs e rva ção oci dent al : Um novo rel a ci onam ent o ou des pe rt ar es pi ri t ual i rá al i vi a r o foco t em poral corr ent e do cl i ent e. 37 – 1 (t r adução do vers o) J i gbi nni cons ul t ou If á pa ra o caval o (es i n) e t am bém para a va ca (er anl a). A vac a foi a cons el had a a ofer ece r s ac ri fí ci o de m anei ra que a el a s eri a dada a pos i ção s oci al do c aval o. Três enx adas e 6 600 búzi os dev eri am s er us ados com s a cri fí ci o. A vac a ouvi u porém não re al iz ou o s ac ri fí ci o. O caval o ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. Nos t em pos que pas s ar am , a va ca ocupava um a pos i ção s oci al s uperi or ao cav al o. Ès ù pe rs uadi u as pes s o as a t rat arem o caval o com o um bom com panh ei ro porqu e Ès ù é s em pr e a favor de qual que r um que r eal iz a s eus s ac ri fí ci os . If á c ant a: J i gbi nni o (s í m bol o de c argo) es t á no pes coço do caval o / es t á no pes coço do cav al o. 37 – 2 (t r adução do vers o) Ò gbèt únm opon- Sunm os i , Bi - om o- ba-nke -i yá - re- ni - aa gb efun. cons ul t ou If á par a Al aworo -Òrì s à, que es t ava s ofrendo com fal t a de fi l hos e es t ava s ai ndo com o abut r e. El a foi acons el had a a faz er s acri fí ci o um peda ço de t eci do bran co col oc ado no Òrì s à, 3 200 búzi os e duas gal i nhas . El a pres t ou at enç ão nas pal avr as e r eal i zou o s a cri fí ci o. O rácu l o 38
Òtúrúpòngbè Es s e Odù fal a de probl em as que es t ão por vi r ou i nqui et aç ão em c as a c aus ada pôr c ri anç as . Obs e rva ção oci d ent al : Est e é um bom m om ent o pa ra concep ção. 38 – 1 ( Tradu ção do vers o) Do’ni doni - o-gbodo fori -oko- ba-i ná, Os oro- o-gbodo yi - wo’nu -e gun- s oro, O j opurut upar at ani i l em okuro- l ’al ede cons ul t ar am Ifá par a o cri ado de Ol ofi n, um f am os o a crobat a ( at aki ti - gb a- egb ew á). Di s s eram que probl em as des pont av am m ai s adi ant e; lo go, deve ri a s acri fi car doi s ga l os , 12 000 búzi os e um a corda. El e ouvi u m as não real i z ou o s acri fí ci o. A m ãe do rapaz re al iz ou o s a cri fí ci o quando s eu fi l ho t eve probl em as . A hi s t ori a de If á: Er a um a vez , um hom em ent rou na cas a do Ol ofi n e dorm i u com as es pos a del e. Es t e at o cruel surp reend eu o Ol ofi n que des ej ou s ab er com o al gu ém poderi a s er t ão coraj os o a pont o de ent r ar no ap art am ent o de s ua es pos a, des de que havi a ap enas um port ão que l evav a at é a s ua áre a. P or is s o, el e i ni ci ou um a inves t i ga ção. A i nves ti ga ção fr ac as s ou em rev el ar a pes s oa m al i nt enci onad a. El e convo cou t odos os habi t ant es da ci dad e, col ocou no ch ão 20 000 búz i os e um c abri t o, e of ere ceu ent ão um prêm i o pa ra a pes s oa que pudes s e pul ar por s ua pared e e che ga r at é a s ua ár ea. AS pes s oas t ent aram e fal ha ram ; porém um rapaz da cas a de Ol ofi n t om ou a frent e e
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f aci l m ent e pul ou at é a ár ea. O Ol ofi n a ga rrou o rap az , que foi cons i derado com o s endo o s eu ofens o r, e o am arrou. Quando a m ãe do rapaz s oube do acont eci do, rapi dam ent e re al iz ou o s ac ri fí ci o que s eu fi l ho havi a negl i ge nci ado. Tão r ápi do quant o el a real i z ou o s acri fí ci o, Ès ù col ocou as s egui nt es pal av ras na boca dos fi l hos de Ol ofi n: Voc ê. Ol ofi n, foi o úni co que dorm i u com s ua es pos a. Por que am a rra ri a o fi l h o de al gu ém e des ej ari a m at a -l o? Ol ofi n Quando el e des am ar rou o rap az e fi nal m ent e l he deu o cab ri t o e os 20 000 búz i os . O rácu l o 39
Ogbètúrá Es s e Odù fal a de s ac ri fí ci o gar ant i ndo paz e fel i ci d ade. Obs e rva ção oci d ent al : Um confl i t o no s ervi ço s erá res ol vi do a favo r do cl i ent e. 39 – 1 ( Tradu ção do vers o) P ar a, o am i go da enx ada (oko), e Odeb e, o am i go do foi c e (àdá ), cons ult a ram If á pa ra Òrúnm ì l à enqu ant o el e es t av a vi ndo par a o m undo. El e [ If á] di s s e que Òrúnm ì l à nunca cai ri a em des gr aç a. Um a c abra, um rat o e um pei x e deve ri am s er s acri fi c ados . Òrúnm ì l à ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. Ent ão, des de a cri ação do m undo at é os di as at uai s , Òrúnm ì l à nunca cai u em des gra ça. El e foi quem pri m ei ro nel e [ mundo] pi s ou. El e t rei no u os Advi nhos de If á e s it uou os odù em suas res pe ct i vas pos i ções . Apes ar de t odas es s as coi s as , el e nunca ne gl i gen ci ari a os s acri fí ci os pres c ri t os para el e, porqu e el e dem onst rou aos s er es hum anos que "n ão pode haver paz al gum a s em s ac ri fí ci o ". Est a cl a ram ent e ex pres s o em vári as li çõ es em Ifá que “os s eres hum anos não vi vem em paz s em ofer ec er s a cri fí ci os ”. Al ém do m ai s , pequ enos s ac ri fí ci os previ nem a m ort e pr em at ura. Qual quer pes s oa que des ej a t er boa s ort e s em pre of ere ce rá s a cri fí ci os . Qu al quer um que cul ti va o hábi t o de faz e r o bem , es p eci al m ent e ao pobre, s em pre s erá fel i z. 39 – 2 ( Tradu ção do vers o) Aj i wo ye- odede cons ul t ou If á para Ol om o-A gbet i . Foi predi t o que t odas as s uas aqui s i ções vi ri am faci l m ent e a el e nes s a var anda. Um r at o, um peix e e duas im a ge ns deve ri am s er s acri fi cados . El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. O rácu l o 40
Òtùrà-Oríkò Es t e Odù fal a que o cl i ent e es t á nec es s i t ando de aut o confi anç a, poi s el e t em sof ri do p erd as . Obs e rva ção oci d ent al : S e a cl i ent e es t á gravi d a, um a ofe rend a par a gar ant i r um a c ri anç a s aud ável dev e s er fei t a. 40 – 1 ( Tradu ção do vers o) P enr enm i yenm i , P enr enm i ye nm i , Òràn mi d’et e, Òr àn m i d’ero C ons ult ou Ifá pa ra o mi l ho (Àgbàdo ) Quando el e es t ava vi ndo ao mundo pel a p ri m ei ra vez . Foi di t o a el e que ofer eces s e s ac ri fí ci o de m anei ra a prev eni r que as pes s oas vi es s em com er s eus deri vados . um t eci do novo e um cabri t o dev eri am s er s ac ri fi cados . El e s e re cus ou a s a cri fi c ar. Es t á é a r az ão pel a qual as pes s oas com em mi l ho e s eus deri vados .
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40 – 2 ( Tradu ção do vers o) Al uke res e -f ’i rako rori n cons ul t ou If á par a Ol ókun- Sonde, Que s ent ou-s e paci ent em ent e e fi cou ol hando a vi da pas s a r. Foi pedi do a el a que ofe re ces s e s acri fí ci o quando pa rec eu- lhe i nút i l a s ua vi da. Foi predi t o que el a s e t orna ri a gra nde. Dez es s ei s pot es d’á gua, duas ovel has e 3 200 búzi os dev eri am s e r s ac ri fi cados . El a s e t ornou a r ai nha de todas as cor rent ez as . O rácu l o 41
Ogbèatè Es t e Odù fal a s obre evi t ar probl em as e pot en ci al c ri at i vo em vi agens e es for ços que es t ão pôr vi r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e en ca ra pos s í vel perd a de em pre go ou rel a ci onam ent o. 41 –1 ( Tradu ção do vers o) I ya l et aj aj a cons ul t ou If á para Ewon. I ya l et aj aj a cons ul t ou If á para Iro . I ya l et aj aj a cons ul t ou If á para Ìgè dè, o fi l ho de Agbonni regun. El es fo ram adv ert i dos a não i rem par a a roça. S e fos s em at é l á i ri am encont r ar Ik ú (a mort e ). El es não ouvi ram . Na m anhã s egui nt e el es for am at é a roç a e encont r aram Ikú, que m at ou Ewon e Ir o. El e t ragou Ìgèd è, o fi l ho de A gbonni re gun. Quando as notí ci as che ga ram aos ouvi dos de A gbonni r egun, el e foi at é s eu bab al awo, que cons ul t ou If á par a el e. A el e foi pedi do as cri fi car penas de papa gai o, cont as t ut u-opon, t rês grand es bol as de i nham e pi l ado e s et e pom bos . El e t am bém foi ori ent ado a l evar o s acri fí ci o à ro ça ao am anhe ce r. El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. C hegando à roç a, el e encont rou o corpo de Ewon, no ch ão. El e encont rou o co rpo de Iro no ch ão. Ik ú cham ou Agbonni regun. El e vom i t ou Ìgè dè nas m ãos de A gbonni r egun e pedi u para que el e en gol i s s e Ìgèd è. El e di ss e: A gbonni re gun s em pre deveri a vom it a r Ìgèd è em di as t er ri vel m ent e t ri s t es . 41 – 2 ( Tradu ção do vers o) As ai gboro, A ri nni gboro, Oburi n- buri n bu-omi bo’j u cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à. Foi predi t o que Òrúnm ì l à s eri a en ri queci do na ci dade. Ent ão el e deve ri a of ere ce r um s acri fí ci o: um r at o, um peix e e um a ga l i nha. El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. O rat o, o pei x e e a gal i nha foram ut i l iz ados pa ra s ati s f az e r If á . O rácu l o 42
Ireteogbe Es t e Odù fal a de pros pe ri dade, fel i ci dade e s at i s fa ção s ex ual . Obs e rva ção oci dent al : Um novo r el aci onam ent o corr ent e é provável .
rel a ci onam ent o
ou
um
aum ent o
na
i nt ens i dade
do
42 – 1 ( Tradu ção do vers o) At e gb e, At egbe, o Advi nho de Ol okun, co ns ul t ou If á pa ra Ol okun. Um a ovel ha e 18 000 búz i os deveri am s er ofer eci dos com o s a cri fí ci o. Foi predi t o que el e s eri a ri co e t eri a m ui t os fi l hos .
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El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o El e fi cou ri co e t eve mui t os fi l hos . 42 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ir e - nt e gb e, o Advi nho de Aki s a, cons ul t ou If á par a Aki s a quando es t e es t av a a pont o de dar m el ao If á del e. El e foi ori ent ado a s acri fi car m el , aadun (mi l ho e az ei t e ) e obi . El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. If á ent ão deu- lhe di nhei ro O rácu l o 43
Ogbese Es t e Odù fal a de boas not í ci as e real i z açõ es que ch am am por cel ebr açõ es . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e pode es p era r mudan ças pos i ti vas em s eu rel aci on am ent o em oci on al . 43 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ero -i l é-kom opet ’ona -nbo cons ul t ou If á par a Ol oi de, que es t ava indo s e cas a r com Am i . Lhe foi fal ado que o mundo s ai ri a par a cel ebra r com el es quando el es fi cas s em mui t o prós peros em vi da. Um a cabr a dev eri a s er us ada em s ac ri fí ci o. El e ouvi u a ori ent aç ão e real i z ou o s acri fí ci o. A hi st ori a de Ifá : Um di a t odos os pás s aros s e j unt aram para pedi r a Ol oi de que ap res en t as s e s ua noi va Am i . Ol oi de con cordou e ordenou que el es s e reuni s s em no m er cado, provi den ci as s em vi nho de pal m a e out ras bebi d as al coól i cas e as s i m pôr di ant e. No di a apont ado, todos os pás s a ros da fl ores t a s e junt ar am com o vi nho de pal m a requi s i t ado. Depoi s de t erem t erm i nado de beb er e de com e r, o pap agai o (Odi der e) pôs -s e de pé e m ost rou a m ar ca em s ua c auda (am i ) pa ra t odos os pás s aros . El e c ant ou e dan çou: Eu vim pa ra lhe m os t ra r am i , Ol oi de. Eu vi m par a l he m os t rar am i , Ol oi de. Eu vim pa ra l he mos t ra r am i aos pás s aros da fl ores t a. Fi ca ram t odos el es f el iz es e j unt a ram - s e a el e a c ant ar e dança r. 43 – 2 ( Tradu ção do vers o) S ees e Woowo cons ul t ou If á para Ir es u -el e, Que es t ava vi ndo vi s i t ar Ode Aj al a ye . Foi di t o que Ògún s eri a o úni co a rep ar ar s ua cab eça (orí ). Lo go, dev eri a s acri fi car um a ces t a de i wen [ i ng. pal m kernel s hell ] , t rês gal os , um inham e as s ado e 6 600 búz i os . El e real i z ou o s acri fí ci o. O rácu l o 44
Oso-Ogbe (Osomina) Es t e Odù previ ne cont r a as s oci açõ es com pes s oas m ás . Um l i gei ro s ofri m ent o s erá s ubs t it uí do pôr pros peri dad e. Obs e rva ção oci d ent al : At ra ções em oci onai s res ul t am em revol t a t em porá ri a. 44 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ari nn aper anj e- Es e, Ol o gbof ’os i ’orun- o-nj ar ege. Òrúnm ì l à di s s e que el e s eri a ens i nado a s ofr er no iní ci o e pros per ar no fi nal . Um a cabr a dev eri a s er dad a a Èdú (Òrúnm ì l à). El e di s s e que el es com eram , el es não de ram nad a a Iga l i ye re com e r. El es beb er am , el es não deram nada a Iga l i ye re beb er. Igal i yer e ofus cou os ol hos del es .
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Igal i yer e é o nom e que nós cham am os a Ès ù. 44 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ir e - yu e cons ul t ou If á par a Ol oj a- eru. El e foi ori ent ado a s acri fi car um cab ri t o e 6 600 búzi os de m anei ra a evi t ar pes s oas que ret ri bui ri am a el e com o m al . El e s e re cus ou a of ere ce r s ac ri fí ci o. El e aj udou a ca rr egar pes o at é a fei r a e a s ua gen eros i dad e foi r et ri buí da com m al . O rácu l o 45
Ogbèfún Es t e Odù fal a de i nst rum ent os que quando s oam afugent am a m ort e e os m aus es pí ri t os . Obs e rva ção oci d ent al : Com port am ent o não m onógam o pode c aus ar gr ande dano. 45 – 1 ( Tradu ção do vers o) M os aa -l i -o-ni - opa, Erogbonr e-o- m es e cons ul t ar am If á par a O gbè. O gbè es t a i ndo s eduz i r a es pos a de Òfún. El e foi as s egur ado do s uces s o. Um a gal i nh a, um rat o, e 4 400 búz i os deveri am s er s acri fi c ados . El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. 45 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ol i wowoj i , Ol i wowoj i wo. El es cons ul t ar am If á par a a mort e Ikú (a m ort e). El e cons ul t ar am If á par a Àrùn (doenç a). Am bos queri am des pos a r Las unwont an, a fi l ha de Òrì s à. Òrì s à di s s e que da ri a s ua fil ha par a qual quer j ovem que pudes s e cri a r 201 novas cabe ças (orí ). El es pa rt i ram e fo ram pens ar no que faz er. Ik ú foi at é a roça procur ar 201 pes s oas , que foram m ort as i m edi at am ent e. S uas cab eças for am pegas , am ar radas j unt as e l evadas pôr el e. As s i m que el e foi par a o c am i nho que l evav a à c as a de Ori s a, el e ouvi u al guém c ant ando o s e gui nt e cant o: S e eu ver Ik ú, eu i rei l ut ar com el e. Ol i wowoj i , Ol i wowoj i wo. S e eu ver Ik ú, eu i rei l ut ar com el e. Ol i wowoj i , Ol i wowoj i wo. Quando Ikú , col ocou as 201 c abeç as no ch ão e s ai u corr endo, es pant ado que al gu ém s eri a s ufi ci ent em ent e cor aj os o par a am ea ça r a el e e a Arun. El e não s abi a que Arun es t av a pôr t rás des t e at o di aból i co. Arun ti nha acab ado de i r ver um bab al awo pa ra es t e o auxi l i as s e i m agi nar um a m anei r a de cons egui r que Las unwont an fi l ha de O ri s a s e t ornas s e s ua es pos a. O bab al awo di s s e a el e para que cons egui s s e 200 conch as de car am uj o, os quai s el e provi den ci ou. O bab al awo fi ou as conch as , col ocou -as ao redo r do pes co ço de Arun e di s s e ens i nou a el e a cant i ga que el e dev eri a cant a r. Quando Ikú j o gou as 201 c abe ças fo ra e fugi u, A run j unt ou as 201 cab eças e as l evou para Ori s a. Ori s a por s ua vez deu La s un wont an, s ua fil ha, a Arun. Ent ão nós t em os um di t ado que diz : “ A M ort e t i nha s ac ri fi cado par a a doença para t er s uc es s o”. Es t a hi s t ori a nos cont a que qual qu er i ns t rum ent o s onoro afugent a rá a m ort e ou out ros es pí ri t os m al i gnos . Es t a é a r az ão pel a qual a m edi ci na t radi ci onal as pes s o as col oc am i ns t rum ent os des t a nat urez a no àbì kù (n as ci do pa ra m orr er) ou nout ras c ri anç as doent es . O rácu l o 46
Òfún’gbè Es t e Odù fal a de um poderos o i ni mi go. Um a bri ga ou probl em a é es t á par a acont ece r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e f reqüent em ent e en ca ra con fl it os l e gai s e/ ou gov ernam ent ai s . 46 – 1 ( Tradu ção do vers o)
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Igi - rer e, Igi - i gbo, Igi - rer e, Igi - odan, P er egun nwani ni , o Advi nho de Es um eri , cons ul t ou If á pa ra Ò fún quando Òfún es t av a i ndo s urra r O gbè at é a m ort e. Ofun foi ori ent ado a s ac ri fi ca r, de m anei ra que O gbe s obrevi ves s e à s urr a. Um c arnei ro deve ri a s er s ac ri fi cado. El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. Es t e If á mos t ra que um a bri ga ou probl em a es t á par a acont ece r. 46 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òfún no’ra, aj a no’ra cons ul t ou If á par a a t art aru ga (Ol obahun Ìj a pá ) quando el e es t av a i ndo ao m er cado com os m ons t ros ( ewel e). El e foi ori nt ado a of ere cer s ac ri fí ci o de m an ei ra a ret orn ar a s al vo. Três gal os , 6 600 búz i os e l a gos t a ( ede) deve ri am s er s acri fi c ados . El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. O rácu l o 47
Oyekubiworilodo Es t e Odù ofer ec e s ol uções pa ra es t eri l i dade e im pot ên ci a s ex ual . Obs e rva ção oci d ent al : É um mom ent o per fei t o par a gra vi dez . 47 – 1 ( Tradu ção do vers o) O yekubi ri cons ul t ou If á para o pom bo. Foi predi t o que o pom bo s eri a fért i l . Ent ão el e deve ri a s a cri fi c ar 2 000 f ei j ões e 20 000 búzi os El e s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. O pom bo s e tornou fért i l . O Orácul o de If á foi cons ul t ado para a po m ba ( adaba ) Foi pedi da a el a que fiz es s e um s acri fí ci o. A pom ba re al iz ou o s a cri fí ci o El a s e t ronou fé rt il . 47 – 2 ( Tradu ção do vers o) O yeku -awo -om ode, Iwo ri -a wo-a gb al agba cons ul t ou If á par a o P êni s (Orom i na ), que es t ava indo l ut ar em um a bat al ha na ci dad e Aj at i ri . Di s s er am que el e não pen et ra ri a s e fal has s e em re al iz ar s acri fí ci o. O s acri fí ci o: Três carn ei ros , t rês cabri t os , t rês cã es m achos , t rês ga l os , t rês t art aru ga s m acho e 6 600 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. El e penet rou. Orom i na é o nom e pel o qual cham am os o pêni s (okó ). O rácu l o 48
Iwori-Yeku Es s e Odù fal a s obre pe ri gos im i nent es e com o evi t ar ou mi ni m iz ar as cons eqü ênci as . Obs e rva ção oci dent al : Bl oquei os em oci onai s preci s am s er el i m i nados at ravés do Cul t o Anc es t ral ou ofer endas .
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48 – 1 ( Tradu ção do vers o) O gun- agbot el e ki i p’a ro cons ul t ou If á par a Ìw òrì . A el e foi pedi do es t ar prepa rado. A M ort e es t av a ch egando. M as , s e el e s a cri fi c as s e, el a s eri a afas t ad a. O s acri fí ci o: um a caba ça cont endo i nham es coz i dos com ól eo ( ewo), um a por ção de obì para s er em dis t ri buí dos às pes s oas , um fr ango, um a ovel ha e 240 000 búzi os . El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. 48 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ohun- ti yo os eni ki i gb ai s e’ni , Èn yì àn -kan- dandan -l i o-m aabi - Aye kun-om o cons ul t ou If á par a Ol ofi n. El es di s s er am q ue um re cém - nas ci do ado ece ri a. Após um perí odo prol on gado de t rat am ent o, el e t eri a m el horas m as fi ca ri a al ei j ado. El es acons el har am pa ra que Ol ofi n não fi c as s e z angado; s e el e of ere ces s e s acri fí ci o, o bebê ai nda pros pe ra ri a. O s acri fí ci o: um a ovel ha, 440 000 búzi os , e o rem édi o de If á (qui nar fol has de i ro yi n e de ewu ro na á gu a com s ab ão par a banh ar a pes s oa pa ra quem If á foi cons ul t ado). O rácu l o 49
Oyekuf ’oworadi Em i re es s e Odù fal a de s uces s o pes s o al e fi nan cei ro com m ul he res . M as em i bi el e pede s a cri fí ci o pa ra evit a r m ort e. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á dando m ui t a im port ânci a em at i vi dade s ex ual am e aç ando o bem es t a r. 49 – 1 ( Tradu ção do vers o) Bi o yi n bi Ado cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à. If á es t av a i ndo em um a vi a gem de di vi naçaõ par a a ci d ade das m ul he res . Foi predi t o que Òrúnm ì l à t eri a m uit o s uc es s o al i . Ent ão el e deve ri a of ere ce r com o s a cri fí ci o dez es s ei s pom bos e 3 200 búz i os . El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. 49 – 2 ( Tradu ção do vers o) O gi dol ’Egba, S agam o o Advi nho de Es a. Am bos cons ul t ar am If á par a Òrúnm ì l à no di a em que a m ort e es t ava pergunt ando pôr s ua c as a; a doença es t ava pergunt ado pôr s ua cas a. El es di s s er am que s e Òrúnm ì l à fal has s e em r eal iz a r o s ac ri fí ci o, m orr eri a. O s acri fí ci o: doi s cã es ne gros e 4 400 búzi os . El e es cut ou e r eal i z ou o s acri fí ci o. O rácu l o 50
Idiyeku Em i re, es s e Odù fal a de s uces s o fi nan cei ro at rav és da propi ci aç ão do Orí . Em i bi , es peci fi ca s a cri fí ci o pa ra evit a r m ort e. Obs e rva ção oci d ent al : É nec es s ári o s e com uni car com os An ces t rai s para aux i li a r os ne góci os ou al i vi ar pres s ões quot i di anas .
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50 – 1 ( Tradu ção do vers o) Id i ye ku yek et e cons ul t ou If á para Ol ori -o ga. A el e foi pedi do que of ere ces s e um pedaço de t eci do branc a que el e t i nha em s ua cas a, um a ovel h a e 3 200 búz i os de m anei r a que s eu corpo não s eri a envol vi do com o t eci do aqu el e ano. El e ouvi u m as não real i z ou o s acri fí ci o pres cri t o. C ant i nga de If á: Edi -o ye ye, Edi - o ye ye / Ol ori - oga cobri u a si m es m o com s eu t eci do / Edi - o ye ye , Edi -o ye ye. 50 – 2 ( Tradu ção do vers o) Awo- i re- i re- ni i t fi -ehi n- t an’na cons ul t ou If á para Okunkuns u, que s e di ri gi a à ci d ade de If e. El e foi ori ent ado a ad ent ra r à ci d ade pel a noi t e, após Te r ofe re ci do u m s acri fí ci o — um r at o, um peix e e um a gal i nh a — par a propi ci a r s ua cabe ça. If á di s s e que el e s eri a m uit o bem suc edi do al i . Hi s t ori a de If á: C hegando na ci dad e à noi t e, Ès ù com eçou pôr vi si t ar t odas as cas as pa ra anunci a r a che gad a de Okunkuns u e diz er que um bab al awo havi a a cabado de ch egar. El e não i ri a na c as a de ni ngu ém . As pes s oas dev eri am s e es for çar pa ra i r e vê-l o onde el e perm ane ce ri a, porque s ej a o que fo r que fiz es s e pel a pes s o a i ri a f az e r com que el a es t i ves s e bem , ai nda que s ua pers onal i dad e não fos s e gr ande. Is t o foi o que Ès ù des cr eveu par a as pes s oas . Okunkuns u fi nal m ent e ret ornou par a cas a com m ui t o di nhei ro e pos s es . O rácu l o 51
Oyeku’rosu Es s e Odù fal a da i m port ânci a de s e obedec er If á para obt er s uc es s o e evi t ar m ort e. Obs e rva ção oci dent al : Bom pens am ent o devem s er t raduz i dos em boas ações pa ra evi t ar probl em as . 51 – 1 ( Tradu ção do vers o) Aj aw es ol a, At e- i ye- i ros u- s e-ol a cons ul t ou If á par a Gb ere fu, o fi l ho m ai s vel ho de Òrúnm ì l à. El es di s s er am que s eus iki n o enri qu ece ri a. Foi pedi do que el e s acri fi cas s e um rat o, um peix e e um a cab ra. El e s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. 51 – 2 ( Tradu ção do vers o) Awok eker e- il é- eni -kot n’ni j e cons ul t ou If á par a Ol ofi n. Foi pedi do que el e s acri fi cas s e um cão, um i nham e as s ado. vi nho de pal m a e 6 600 búzi os de m anei ra a evi t ar o des p raz er de Ò gún. El e ouvi u e s e re cus ou a s acri fi c ar. Ò gún o m at ou. If á adv ert i u que nenhum babal awo deve ri a s er des res p ei t ado, nem m es m o um j ovem Awo. O rácu l o 52
Irosu Takeleku Es s e Odù fal a de i nvej a e s eduç ão e pede pôr s acri fí ci os para evi t ar gr aves cons eqüên ci as . Obs e rva ção oci d ent al : Um a m udan ç a de s ervi ço i rá t raz er m el hor am ent o. 52 – 1 ( Tradu ção do vers o) Oro dudu awo inú i gbó cons ul t ou If á par a Am ure,
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quando Am ure es t ava i ndo l evar a es pos a de S an go par a c as a. El es di s s er am que s e el e f al has s e em s acri fi c ar, a m ort e o l eva ri a. O s acri fí ci o: t rês cabri t os e 6 600 búz i os . El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. 52 – 2 ( Tradu ção do vers o) It akut al i - ai t a-as o, Iri kuri l i -ai ri - ofi cons ul t ar am If á par a Òrúnm ì l à, que s e di ri gi a à cas a de Ol oki n-s and e. Foi di t o que a cas a de Ol oki n- s ande s e ri a m uit o prom i s s ora a el e; l o go, deve ri a el e s ac ri fi ca r quat ro pom bos , i ye - i ros u, 8 800 búz i os . porqu e el e s eri a i nvej ado as s i m que re col hes s e s eus honorári os . El e ofer eceu o s acri fí ci o. Foi pedi do para s ac ri fi ca r m ai s a fr ent e t rês cab ri t os e 6 600 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e apr es ent ou o s ac ri fí ci o. El e foi invej ado quando r ecol heu s eus honorári os . El e cant ou a s egui nt e cant i ga: Awo es t á i ndo par a cas a par a s e reab as t ec er com pó de i yè o pó de i ye do Awo acabou. o pó de i ye do Awo acabou. Awo es t á i ndo par a cas a par a t orna r a enche r s eu pó de i yè o pó de i ye do Awo acabou. O rácu l o 53
Oyeku Wonrin Es s e Odù ofer ec e cura pa ra pos s í vei s cons eqü ênci as s é ri as de adult é ri o e pe ri go de vi a gens di s t ant es . Obs e rva ção oci d ent al : Açõ es i m pens adas i rão r es ult a r em bl oquei os nos ne góci os . 53 – 1 ( Tradu ção do vers o) Oki t i bi -aket eki i t an- ni di - ope cons ul t ou If á par a La we ni bu. Foi pedi do a el a que conf es s as s e s eu adul t éri o s e não qui s es s e mor re r. Um a cabr a dev eri a s er of ere ci da com o s acri fí ci o, s e el a não qui s es s e m orr er devi do ao adul t éri o. El a apres ent ou o s acri fí ci o. If á di z que a m ul her para quem es t e odù é di vi nado es t á com et endo adul t éri o. 53 – 2 ( Tradu ção do vers o) J afi ri j afi Kem kej ade, Agad agi di wonu -odo-ef ’ar abo- om i cons ul t ou If á par a o c aç ador (od e), cons ul t ou If á pa ra Òrúnm ìl à. O caç ador s e di ri gi a à fl or es t a de Oli koroboj o. Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e de m anei ra a evi t ar que al i el e mor res s e: s et e gal os e 14 400 búzi os . O caç ador real i z ou o s acri fí ci o. Òrúnm ì l à es t ava em jorn ada a um loc al di st ant e. Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e de m anei ra a evi t ar que al i el e mor res s e: um bar ri l de az ei t e- de-dend ê, nove gal os , nove cab ri t os , nove rat os , nove peix es e pom bos . Òrúnm ì l à s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. O rácu l o 54
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Owonrin Yeku Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de c aut el a em noss as at i vi dad es . Obs e rva ção oci d ent al : P ens am ent os i rra ci onai s res ul t ar ão em r eper cus s ões em oci onai s s éri as . 54 – 1 ( Tradu ção do vers o) S i pi s i pi -l i -a- nri ’gba- Aj e, Du gbedu gb e- li - anl u-a- gb ee- Yeb a, A ki il u a gb ee Yeba ki om adun keredudu ker edudu cons ul t ou If á par a Ori s a-nl a porque s ua es pos a Yem owo, es t av a i ndo pa ra a roç a com et e r adul t éri o. P ara que el a não mor res s e devi do a s ua infi del i dad e, el a deve ri a of ere cer um s acri fí ci o de quat ro pom bos , 8 000 búz i os e quat ro c aram uj os . El a real i z ou o s acri fí ci o. O m esm o Ifá foi di vi nado pa ra Aj ana a- Werepe, que er a o am ant e de Yem owo. Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e t rês cabri t os e s ei s mi l búz i os par a evi t ar s ua m ort e. El e s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. 54 – 2 ( Tradu ção do vers o) Aj al orum I kukut eku awo eba’no cons ul t ou If á par a Kut e runbe, quando es t e s e di ri gi a à ro ça de Al oro para o fes t i val anu al . El e foi advert i do que s e el e não t om as s e pre cau ções aquel e ano, el e s eri a m ort o pel o produt o de s ua ro ça. O s acri fí ci o: t odo o produt o da roça. s et e gal os e 14 000 búz i os . El e s e re cus ou a s a cri fi c ar. O rácu l o 55
Oyekubara Es s e Odù pede por s ac ri fí ci os par a evi t ar as cons eqü ênci as de at i vi dades norm ai s do di a-a -di a. Obs e rva ção oci dent al : Es s e Odù of ere ce ao cl i ent e a oport uni dade de evi t ar as cons eqü ênci as de m ás açõ es ant eri or es . 55 – 1 ( Tradu ção do vers o) O yeku -pab al a, O yeku -pab al a cons ul t ou If á par a a t art aru ga (a wun) quando el a es t av a s ervi ndo Esi pôr di nhei ro que a el e devi a. El es di s s eram que s e el a ofer ec es s e s acri fí ci o — 3 600 búz i os e um a cab ra dev eri am s er ofe reci dos — el a evi t ari a o reem bol s o des t e em prés t i m o. El a s e gui u a ori ent aç ão e fez o s acri fí ci o. A hi st ori a de Ifá : P ôr l ongo t em po, a t art a ruga t em es t ado a s ervi ço de s eu cont r at o de re em bol s o de dí vi da. el a deci di u fi c ar em cas a e f al t ar com s eu credo r pôr ci nco di as . El a em brul hou um pacot e de pedr as com um a cont a es pe ci al e o l evou at é a cas a de Es i . Quando Esi ch egou em c as a, o pa cot e foi dado a el e, o qual el e j ogou fora em um arbus t o. Awun pergunt ou s e el e vi u o pa cot e que el e t i nha dei x ado em s ua c as a. Es i di s s e que vi u e que o jo gou fora em u m a rbus t o. Awun di s s e, “H á! você j o gou fora cont as de cor al (i yu n) em um arbus t o? ”. P ara encu rt ar a hi s t ori a, o hi s t ori a vi rou cas o j udi ci al . El es fo ram at é os an ci ões na ci dade que a gi ram em j uí z o. Es i foi j ul gado cul pado. Foi pedi do a el e que us as s e as cont as com o r eem bol s o pel o di nhei ro que el e em pr es t ou a Awon. 55 – 2 ( Tradu ção do vers o) O yeku -pab al a, O yeku -pab al a, o Advi nho de Es i n (c aval o), cons ul t ou If á par a Es i n. Foi pedi do que el a ofer eces s e um s ac ri fí ci o pa ra que evi t as s e puni ç ão após Ter um bebê; 2 000 varas , um cabri t o e 2 600 búz i os . Es i n ouvi u. Es i n s e re cus ou a s a cri fi c ar.
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S ua hi s t ori a: Es i n foi vi s it a r O yo quando el e t eve um bebê. Ès ù pes i u para as pes s oas a cav al gar. El es di s s er am , “H á! el a a cabou de t er um beb ê”. Ès ù di s s e que i ss o não s i gni fi c ava q el a não pudes s e anda r. El e di s s e que el es dev eri am us ar um a var a pa ra a çoi t ar. El es a mont ar am . El a andou. Toda vez que el a não andas s e corr et am ent e, el a e ra açoi t ada. Esi n l am ent ou não Ter fei t o o s ac ri fí ci o pr es cri t o pôr O yeku -pab al a, O yeku -pab al a, O yeku -pab al a, pab al a, e as s im por di ant e. O rácu l o 56
Obara Yeku Es s e Odù previ ne cont ra ins ubordi na ção no l ar e no t rabal ho. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e é enc arado com o s endo o pa rcei ro dom i nant e. 56 – 1 ( Tradu ção do vers o) Al ukos o Oba (rei ) di s s e que el e provav el m ent e não s ervi ri a ao rei . Ib a ra -O yeku, você al gum a vez ouvi u coi s a as s i m? Al u’l u- Oba (o percus s i oni s t a do r ei ) di s s e que el e pos s i vel m ent e não s ervi ri a ao rei . Oba ra -O yeku você al gum a vez ouvi u coi s a as s i m? Erú (um es cr avo) di s s e que el a poss i vel m ent e não s ervi ri a s eu m es t re. If á dev eri a s er propi ci ado com um a gal i nha. S e nós ap az i guás s em os If á com um a ga l i nha, If á a cei t ari a nos s a of erend a. 56 – 2 ( Tradu ção do vers o) If á foi cons ul t ado para Òrúnm ì l à quando s eus cl i ent es s e recus aram a pat ro ci na- lo. Dez r at os (eku- awos i n), fol has de i re e s ab ão for am s acri fi cad as . El e ouvi u as pal avras e r eal iz ou o s a cri fí ci o. O babal awo pil ou t odos o m at eri al junt o par a el e s e banha r com o pr epar ado. O rácu l o 57
Oyekupelekan Es s e Odù fal a de com o o s a cri fí ci o pode nos prot e ge r cont ra m ás i nt enções e perd a de pr es tí gi o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e é t ei m os o e re cus a bons cons el hos . 57 – 1 ( Tradu ção do vers o) Kab ekukut ekurol on a-ka ri bi pade- ij ap eki peki cons ul t ou If á par a Aki bol a quando es t e s e di ri gi a à roça par a o f es ti val anual m at ar o fi l ho de O yi (m a caco ). El e pl an ej ou ex i bi r s ua pel e. Foi pedi do que O yi ofe re ces s e um s acri fí ci o: t rês l anças , t rês gal os e 6 600 búz i os . El e s e re cus ou a f az er o s a cri fí ci o. El e foi mort o. 57 – 2 ( Tradu ção do vers o) At ori ro ra yo - Il e l aba -Ir oko -n gbe cons ul t ou If á par a Ira wos as a, es cravo de Ol odunm ar e.
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Foi predi t o que s e el e fal h as s e em s egui r o cam i nho de Ol uwa, s ua reput aç ão s e ri a bani da. Um a cabr a e 2 000 búz i os deveri am s er ofer eci dos em s a cri fí ci o. Ir a wo (a es t r el a) s e re cus ou a s acri fi c ar. Ent ão, o di a que Ol odunm ar e re fl et i ri a na vai dade de um a es t r el a, nós verí am os um a es t rel a r epent i nam ent e cai r do céu pa ra dent ro da es curi dão. O rácu l o 58
Okanran Yeku Es s e Odù fal a de s ac ri fí ci os pro por ci onando ri quez as e s ac ri fí ci o não real i z ados t raz endo des t rui ç ão. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e gos t a de cor rer ri s cos ou "c am i nhar por ex t rem os " e deve t rab al har com s eus anc es t rai s pa ra evi t ar di fi cul dad es . 58 – 1 ( Tradu ção do vers o) Tekut u, o Advi nho faz cri anças , Tek at a o Advi nho dos adul t os , O ku ika kan ki o di Ej i - O ye cons ul t ou If á par a as pes s oas em Igbe yi n -odo, e t am bém na c as a de It o ri . Foi pedi do a el es que s ac ri fi cas s em dez gal os e 20 000 búzi os . As pes s o as de òde It o ri não s a cri fi c aram . A guer ra que t eri a m at ado as pes s oas de Igbe yi n -odo foi par a a cas a de It ori . 58 – 2 ( Tradu ção do vers o) Okan ran ’Yeku di s s e ri quez as . Eu di s s e m ai s ri quez as . As s i m com o é bom par a um a caba ça de dendê, As s i m com o é bom par a um a caba ça de banha de òrí , As s i m com o é bom par a um a caba ça de adi n, o con fort o de um a cas a fa ci li t ar á a um i dade do banh ei ro e em volt a de um pot e d’á gu a. S ac ri fi que oi t o car am uj os e 16 000 búzi os . S e o cl i ent e real i z ar o s acri fí ci o, If á diz que t udo cor rer á bem com el e. O rácu l o 59
Oyeku-Eguntan Es s e Odù ofer ec e prot e ção cont ra m ort e im i nent e. Obs e rva ção oci dent al : Um s ervi ço ou rel a ci onam ent o peri ga t erm i na r devi do a bat al has em oci on ai s . 59 – 1 ( Tradu ção do vers o) Eni l ’oj a Ewon, Ol a l ’oj a Ow e cons ul t ou If á par a O yek u, cuj a a m ort e foi pr edi t a em quat ro di as . Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e um ca rnei ro. El e ouvi u as pal avras e f ez o s a cri fí ci o. O di a predi t o não vei o pas s ar. A revol t a s obre a m ort e de O yek u não s e m at eri al i z ou. O rácu l o 60
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Ogunda’Yeku Es s e Odù fal a de bondad e e gen eros i dad e t raz endo con fort o, c res ci m ent o e pros peri d ade. Obs e rva ção oci d ent al : Um fort e aux il i o an ces t ral proporci ona um fim pa ra di fi cul d ades . 60 – 1 ( Tradu ção do vers o) P oroki poroki m o l e hun’s o, Kek eke m o l e r ’erù, M o t a m o j er e, Id i eni li ai wo bi ot i l ’aro si . If á foi cons ul t ado para Tet e regun quando el e es t av a par a ent r egar a “ água do confort o” a Ol okun. Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e banh a de òrí , doi s c aram uj os , e 16 000 búz i os . El e s egui u as i n st ru ções e re al iz ou o s ac ri fí ci o el e ent re gou a á gu a a Ol okun. Ol okun di s s e Vo cê, Tet er egun! de agor a em di ant e, você s em pr e es t a rá em con fort o. Vo cê nunca s ent i r á fal t a de roupas . Eu cont i nuarei a aben çoa -l o. C ant i ga de If á: Tet er egun pros pe rou / el e ent r egou a “á gu a do confo rt o” a Ol okun. 60 – 2 ( Tradu ção do vers o) Eki kan- il é -aba ra gb aradodo gb ar adodo cons ul t ou If á par a Enu- ona- il é, Ari n- kere -kan’bi . Foi pedi do a el e que ofe re ces s e s acri fí ci o [ de m anei r a] que el e nunc a t i ves s e f al t a de pes s oas : quat ro pom bos e 3 200 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. O rácu l o 61
Oyeku Gasa Es s e Odù s ugere com prom i s s o para evi t ar perda t ot al . Obs e rva ção oci dent al : r el aci onam ent o.
Es s e
Odù
m ui t as
vez es
denot a
confl i t o
na
soci edade
ou
no
61 – 1 ( Tradu ção do vers o) Il e- ewu -ab’oj us okot o cons ul t ou If á par a as pes s oas em O ge re -e gb e. Foi pedi do que el es s acri fi cas s em de m anei ra a evi t ar pes ares em s uas vi das . O s acri fí ci o: um a caba ça de vi nho de pal m a, quat ro pom bos e 8 000 búz i os . El es s e recus ar am a re al iz a r o s ac ri fí ci o. 61 – 2 ( Tradu ção do vers o) Um el e fant e m orreu na roç a de Oli j ede, m as s ua c al da fi cou na roça de Oni t i yo. Os habi t ant es da ci dade de Oni t i yo di s s e ram que o el efant e pert enci a a el es . Os habi t ant es da ci dad e de Oli j ede di s s er am que o el ef ant e pert en ci a a el es . O el efant e que m orr eu s obre as duas t err as adm i ni st r adas si m boli z a a gu err a. El es fo ram adv ert i dos a re al iz a rem s ac ri fí ci o, poi s i ri am l ut ar por al gum a coi s a. Um cabri t o e 12 000 búz i os deve ri am s er ofer eci dos em s a cri fí ci o. Após
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t rês m es es , el es real i z aram o s acri fí ci o que havi am i gnorado. O el e fant e s e decom pôs . Ès ù ent ão di vi di u o m arfi m ent re as duas pa rt es e os acons el hou a des i s ti r em da gue rra. O rácu l o 62
Osa Yeku Es s e Odù pede s acri fí ci o para as s e gur ar lon gevi d ade e par a evi t ar pos sí vei s t urbul ên ci as . Obs e rva ção oci dent al : P roces s os judi ci ai s ou s e rvi ços duvi dos os com bi nam com bl oquei os em oci on ai s cri ando si t uaçõ es c aót i cas . 62 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os a yek u cons ul t ou If á par a On at ooro. Os a yek u cons ul t ou If á par a On agbooro. Foi predi t o que os di as de es t rada da vi da s eri am prol on gados . Lo go dev eri a ofer ec er s a cri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha e 4 200 búz i os . el es ouvi ram e r eal i z aram o s a cri fí ci o. 62 – 2 ( Tradu ção do vers o) Os a yek u: Is akus a-I ya k u ya ni i m unii ye’ kun cons ul t ou If á par a o gal ho de um a árvo re. Foi pedi do que ofe re ces s e s acri fí ci o par a as s e gu rar s ua s e gur anç a no di a em que um t ornado vi es s e. Foi pedi do que ofe re ces s e um a t art aru ga , um pom bo e 2 000 búzi os . El e s e re cus ou a s a cri fi c ar. O rácu l o 63
Oyekubeka Es s e Odù fal a da ne ces s i dade do babal a wo di vi di r s eus s ac ri fí ci os com Es u e out ros . S ac ri fí ci os ga ra nt i ndo s egu ran ça. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e pr eci s a dar m ai s ênfas e em s ua nat ur ez a es pi rit ual e m enos nas "coi s as " ou di nhei ro. 63 – 1 ( Tradu ção do vers o) Gbi n gbi n er eke, Adi vi nho do l ado do cór re go, cons ult ou Ifá pa ra O yeku e Eka. Foi pedi do que s acri fi cas s em duas ga l i nha, m il ho e 3 200 búzi os . O yeku não r eal i zou o s a cri fí ci o. A hi st ori a de Ifá : Tant o O ye ku quant o Eka foram em um a per egri na ção di vi nat óri a. Eka t eve s uc es s o m as O yeku não. Eka di s s e, “Vam os pa ra c as a ”. As si m que el es es t avam ret ornando, el es cont rat a ram um barqu ei ro. O yek u, o pri m ei ro em chegar l á, pedi u pa ra o barquei ro que aj udas s e a em purra r Eka no ri o. A pri m ei ra pes s oa pagou ao ba rquei ro 2 000 búz i os . Quem ordenou Eri nwo If è fos s e j o gado na água? A á gu a nunca l eva ri a um ca ran guej o em bor a. El e nad ari a par a s eguran ça. O yeku i nst i gou o barqu ei ro a deix ar Eka c ai r na águ a. Edun (m a ca co) foi aquel e quem res gat ou Eka. 63 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ade rom okun o Advi nho de Ij e s a. Adebo ri o Advi nho de Egba. Kokof akoko ye r e- o-bawon -pi n-eru -l ’o gboogba -orun- nii t i i -wa que é
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o nom e dado a Ès ù- Òdàr à. O yeku e Eka cons ul t aram If á para Owá, que ut il i z ou ci nco búz i os par a cons ul t ar em nom e das m ul her es i nfecund as na cas a. Devi do a fra cas s a r em i nt erpr et ar corr et am ent e, Owa m at ou a am bos na encruz i l hada. Kokof akoko ye r e des ceu do C éu para o l ocal do a cont eci m ent o. el e pux ou um a fol ha e es fr egou nos ol hos e nas cabe ças del es . El e c ant ou: Eri ru gal e- gb ende, gbende o. Gbende. Eri ru ga l e- gb ende. El es des pert aram . El e os es col t ou at é Ow a. El e pres cr eveu s acri fí ci o par a Owa em 2 000. El es di s s er am , “o propós i t o de s ua cons ul t a a Ifá foi a i nfe rt il i dade das m ul heres em s ua c as a. Você pref eri ri a que el as fos s em fé rt ei s ”. Foi pedi do que el e s a cri fi c as s e s e não qui s es s e m orr er naquel e m esm o di a. Owá f ez o s acri fí ci o. El es di vi di ram o m at eri al do s acri fí ci o e de ram a Ès ù s ua própri a part e. Ès ù dis s e que el e não s abi a que er a pôr is s o que os babal awo es t i ver am s ofrendo. El e t om ou s ua porção, e el e di s s e que el e fi ca ri a pa rt i cul arm ent e no céu zel ando por el es . M as el es dev eri am s ep ara r pri m ei ro s ua própri a porção de t odas as coi s as s ac ri fi cad as . Ès ù foi bom par a os bab al awo. D es de aqu el e di a, os babal awo res ol ver am rep art i r s eus pri vil é gi os s a cri fi ci ai s com Ès ù. O rácu l o 64
Ika yeku Es s e Odù ofer ec e um a s ol ução par a es t eri l i dade m as cul i na e pede m ais pos i t i vi dad e na nat ur ez a do cl i ent e. Obs e rva ção oci d ent al : r es t abel e ci do.
Um
rel a ci onam ent o
es t á
acab ando
ou
a cabou.
El e
pode
s er
64 – 1 ( Tradu ção do vers o) Akus ab a- Iyan da, o Advi nho de Onim e ri -ap al a, cons ul t ou If á par a Oni m eri - apal a quando el e es t ava es t é ri l e t odas m enos um a de s uas 1 440 m ul heres o havi a ab andonado. F oi pedi do um s acri fí ci o de dez es s ei s pom bos , dez es s ei s car am uj os , dez es s ei s ga l i nhas e fol has de If á (com 12 000 búzi os preço do s abão, vá e t am bém col et e as form i gas de Al adi n e um a part e do form i guei ro; pi l e j unt o com as fol has de ol us es aj u, s awe repep e e ori ji ; ponha s abão em um a cab aç a que t enha um a t am pa; m at e um a gal i nha e vert a s eu s an gu e ni s t o, pa ra t om ar banho). Is s o perm i t i rá que todas s uas m ul heres que o ab andonar am ret orna r para el e, cont i nuem f ért ei s e dêem a l uz a c ri anç as . El e s e gui u a ori ent aç ão e r eal iz ou o s a cri fí ci o. O rem édi o de If á ci t ado a ci m a foi prep arado par a el e banhar-s e. Num ins t ant e, a úni ca m ul he r que perm ane ceu com el e en gr avi dou e t eve um bebê. Aqu el as que o havi am deix ado r et ornar am à c as a de Oni m eri quando ouvi r am as boas novas . El as t am bém en gr avi dar am e t i ver am fi l hos . 64 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ari s a -i ná, Akot a- gi ri - ej o cons ul t ou If á par a a cobra e par a um ani m al da fl ores t a es p eci al (ai ka) quando as pes s oas os ri di cul a riz a ram pel a fal t a de cor agem del es . fos s em des afi ados pa ra um com bat e, el es fugi am pa ra evi t ar des gr aç a, inj uri as e m ort e. S e fos s em am ea çados pel as pes s oas e pel a m ort e, el es s e encol he ri am . era as s i m que el es prot egi am a s i m esm o cont ra at aqu es e mort e. Devi do a es s a condut a el es e ram des prez ados pel as pes s oas . Depoi s de al gum t em po, el es com eç aram a s ent i r-s e ins at i s fei t os e mui t o i nfel iz es com a s i t uação. el es convi da ram os Advi nhos para cons ul t ar o orácul o par a el es . Os Advi nhos di s s er am que s e el es des ej as s em s erem res p ei t ados na vi da. dev eri am ofer ec er s ac ri fí ci os e r ec eber o rem édi o de If á. El es pe rgunt ara, “qu al é o s ac ri fí ci o? ”. Os Advi nhos di s s eram que el es deveri am ofer ec er um a fl echa, um a fa ca, um a pedra de r ai o, um gal o, pi m ent a- da-cos t a, 2 400 búz i os e rem édi o de If á (pul veri z ar li m al ha de fe rro com pi m ent a -da- cos t a que s eri a tom ado com um mi n gau; a pedr a de rai o aqueci da at é fi car ve rm el ha, deve s er col oc ada no m i ngau, que deve s e r cobe rt o com koko – fol has de i nham e na cab aça; o rem édi o dev e s er bebi do pel o cl i ent e. Apenas a cobr a re al iz ou o s ac ri fí ci o, porém s em a fl ech a. C ert o di a t eve el a l ut ou com al gum as pes s oas . Um a del as a ga rrou a cobr a de m anei ra a der ruba- l a com o de cos t um e. Ès ù pergunt ou à cobra, “P or que você s a cri fi c a a fac a? ”. S e al guém i a derrub a-l o ou t oca r s ua c al da, el e devi a cont i nuar o at aque s eus as s al t ant es com a f ac a que el e s ac ri fi cou. A cobra at acou ent ão. Qu ando duas das pes s oas c aí ram ao s ol o, os dem ai s fugi r am . O ani m al da fl ores t a (ai ka ), após prol on gado
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s ofri m ent o, foi ao fi m par a re al iz ar part e do s acri fí ci o pres c ri t o. El e ofe rec eu um ca co de l ouça e out ras coi s as . S eu corpo foi cobe rt o com es c am as dur as que t orna ram i m pos sí vel às pes s oas infri n gi r al gum puni m ent o a el e. Não havi a nenhum pe ri go para ai ka no pas s ado. O rácu l o 65
Oyeku Batutu Es s e Odù ofer ec e fuga de cas t i go por m ás açõ es m as i ns i st e no com port am ent o m oral no fut uro. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e en ca ra probl em as l e gai s , pos s i vel m ent e com o gove rno. 65 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òrúnm ì l à m e perdoa rá. O Cl em ent e perdo ará. S e a á gu a m at a um a pes s oa, el a s er á perdo ada. S e um r ei m at a um a pes s oa, el e s erá perdoado. Òrúnm ì l à! que pos s a eu s er perdoado nes t e c as o. Em t odos os c as os , a chuva ( eej i ) foi pe rdoad a pel a com uni dad e. Doi s ga l os e 12 000 búz i os devem s er ofer eci s o em s acri fí ci o. R em édi o de If á: pil a r fol has de t ude e mi s t urar com i ye - i ros u des t e If á . Ponha a m i st ur a em doi s búz i os , em brul he com fi o de al god ão e ut i l iz e com o col ar de prot eç ão. 65 – 2 ( Tradu ção do vers o) O yi n- won yi nwon yi n, o Advi nho da cas a de Ol ufon, j unt o com Ib ar aj uba. Ib ar aj uba cons ul t ou If á pa ra Ari bi j o, o j ovem proveni ent e de Oke- Ap a. El e foi acons el hado a nunc a faz e r aco rdos s ec ret os com r el aç ão a di nhei ro ou out ros as s unt os para s em pre. C ada aco rdo m onet ári o deve s er fei t o ab ert am ent e e em públi co. Um cabri t o, um rat o, um pei x e duas gal i nhas , vi nho, obì e 6 000 búz i os devem s er s a cri fi c ados . O rácu l o 66
Oturupon yeku Es s e Odù fal a que o cl i ent e s acri fi cou al e gri as em s ua bus c a pôr di nhei ro. Obs e rva ção oci d ent al : Fix aç ão por negóci os res ul t am em des aven ça fam i li a r. 66 – 1 ( Tradu ção do vers o) Okeb eeb ee, o Advi nho do m undo, cons ul t ou para o j ogo a yo e par a as c ri anç as . el es foram a cons el hados a s em pre j oga rem o j o go a yo. J ogando com as c ri anç as a pes s oa pode part i l har de s ua al e gri a. Foi is s o que foi di vi nado por If á , a um hom em ri co que er a m ui t o inf el iz . O s acri fí ci o: Um a cab aça de i nham e pi l ado, um pot e de s opa, vári os it ens de com er, 2 000 búzi os e s em ent es de a yo em s uas bandej as . Convi de vari as pes s oas pa ra um a fes t a par a jo ga r a yo com você em s ua c as a pa ra bani r a t ri s t ez a e evi t ar a mort e. O rácu l o 67
Oyeku Batuye Es s e Odù fal a s obre r em oção de cul pa e res t aura ção da l i berdad e de ati vi dad es . Obs e rva ção oci d ent al : Ques t ões l e gai s s ão res ol vi das e s ucedi das por di vert i m ent o s oci al . 67 – 1 ( Tradu ção do vers o) Oropot o cons ult ou If á para Sor angun. el e foi ori ent ado a faz er s ac ri fí ci o de m an ei ra a s er ex oner ado. O s ac ri fí ci o: doi s gal os , rat os i gb égbé, 2 600 búzi os e rem édi o de If á ( em brul he um rat o i gb égbé com oi t o fol has de gb égbé e ent er re na fl ores t a ).
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67 – 2 ( Tradu ção do vers o) I ya n -bi -at un gun, Obe- bi - at uns e, Okel egbongbo-di -at unbu- baal e cons ul t ou If á par a Oni - al akan -es uru, Que s eri a afort un ado em Te r duas es pos as um di a. foi pedi do que el e s acri fi c as s e duas ga l i nhas e 16 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. O rácu l o 68
Òtúrá-àikú Es s e Odù nos previ ne cont ra a t ent aç ão de ent rar em um rel a ci onam ent o des t rut i vo. Obs e rva ção oci d ent al : Apa rent em ent e oport uni dades at rat i vas dev em s er evi t adas . 68 – 1 ( Tradu ção do vers o) Fo ri l aku, o Ad vi nho de Òt ú, Òt ú um barquei ro. Foi pr edi t o que um a m ul her, j unt o com s eus pas s a ge i ros , vi ri a a bordo. A m ul her er a mui t o boni t a e el e qui s des pos a- l a. S e el e fi z es s e um a propos t a a el e, es t a a ac ei t ari a. A m ul her s e cham av a O ye . El e dev eri a ex ecut a r s acri fí ci o t ão dep res s a quant o pos sí vel para im pedi r Ès ù de i ns ti ga -l o a f al ar à m ul he r que poderi a caus a r a m ort e del e. O s ac ri fí ci o: Dend ê à vont ad e, 2 400 búzi os e rem édi o de If á (qui nar fol has de ol us es aj u e es o na água e mi s t ura -l as com s ab ão par a banh ar- s e). Òt ú s e re cus ou a s a cri fi c ar. el e acr edi t ou que s eus s a cri fí ci os pr évi os foram acei t os . El e não pôde f az e r s em c as ar com um a m ul her boni t a. O rácu l o 69
Oyeku-Irete Es t e odù of ere ce um a s ol ução pa ra doença. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á ou fi ca rá doent e. 69 – 1 ( Tradu ção do vers o) Afi nj u yel e, Okunrun- koj ekew afu yi , e Awowons an, o Advi nho da cas a de Kus eru, fo ram os t rês Advi nhos que cons ult a ram If á pa ra Kus e ru. Os Advi nhos di s s eram que em s ua cas a havi a um jovem que es t eve fra co. El e foi at acado por um a doen ça que fez s uas m ãos , pernas , ol hos e nari z inch as s em . Foi pedi do a Kus e ru que ofer eces s e um s acri fí ci o porque If á predi s s e que aquel e rap az i ri a s e r es t abel e ce r. O s ac ri fí ci o: quat ro pom bos , 4 400 búz i os e rem édi o de If á (água de chuv a em c as ca de um a árvo re a ye, fol ha de as unrun, um pouco de s al e al gum as pi m ent as verm el has pequen as ; coz i nhe em um a pan el a e us e o rem édi o com o banho e t am bém para bebe r). O rácu l o 70
Irete’yeku Es s e Odù pede pôr i ni ci ação e ri goros o com port am ent o m oral . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e prov avel m ent e com port ou- s e de m anei ra aut om edi t at i va que a go ra am eaç a des t rui r s eu ne góci o. 70 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ori fus i , o pai de El u, di s s e que el e es t ava procu rando um m ei o par a pr eveni r que a m ort e l evas s e el e, s eus fi l hos e s ua es pos a de s urpr es a, ao paço que el es es t av am s e t ornando fam os os e renom ados . M uj im uw a o Advi nho de Opak ere, Bonron yi n o Advi nho do Es t ado de Ido , O gorom bi , o Advi nho de do Es t ado de Es a, Gbem i ni yi o Advi nho de Il uj um oke, Ku yi nm i nu o Advi nho da pal m ei r a,
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cons ul t ar am If á par a Ori fus i e P eregun, am bos que rendo es c apar da m ort e. Os Advi nhos di s s e ram : S e voc ê des ej a es c apar da m ort e deve of ere ce r s ac ri fí ci o e s e i ni ci ar. O s ac ri fí ci o cons i s t e de dez pom bos , dez gal i nh as , 20 000 búzi os e az ei t e -de- dendê em gr ande quant i dade ao l ado de Ès ù. If á i rá s em pre l he m ost r ar com o s e conduz i r e a condut a que afas t a a m ort e de você. Al ém di s s o, você r eal iz a rá o s acri fí ci o, você com eça ri a cul t i vando o hábi t o des faz er o bem com o nunca t enha f ei t o ant es . S eri a i nút il s e após você Ter real i z ado os s ac ri fí ci os reduz i s s e s ua benevol ên ci a; você m orr eri a. Vo cê deve pe ga r os pom bos e as gal i nhas , e s olt a -l os e s e abs t enha dos m at a- los , m as l hes dê com i da s em pre que el es volt a rem à s ua cas a. C om eçando por hoj e, voc ê deve s e abs t e r de m at a r qual que r coi s a, poi s qual quer um que não des ej a s er l evado pel a m ort e, não deve l eva r a m ort e a ni n guém , com ex ce ção das cobras venenos as . P ere gun s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. A cant i ga de If á : M ort e, não l eve mi nha cas a à ruí na. Eu não prat i quei o m al . Doenç a, não l ev e m i nha cas a à ruí na. Eu não prat i quei o m al . Eu s ou bom pa ra com am i gos e i ni m i gos . Eu não prat i quei o m al . Quando as pes s oas foram envol vi das em l it í gi o em Ake, m e api ed ei e os aj ud ei . Eu não pr at i quei o m al . Quando as pes s oas for am envol vi das em l i tí gi o em Oko, m e api edei e os aj udei . Eu não prat i quei o m al . Li t i gi o, não l eve mi nha c as a à ruí na. Eu não pr at i quei o m al . Eu encont r ei duas pes s oas bri gando; m e api ed ei e os aj udei . Eu não prat i quei o m al . Mi s éri a, não l ev e m i nha cas a à ruí na. Eu nunca fui pr egui ços o. Ès ù-Òd àrà não com e pim ent a. Ès ù-Òdà rà não com e adi n. Eu dei az ei t e- de-dend ê par a o m ol es t ador da hum ani dade. Eu não pr at i quei o m al . P rej uí z o, não l eve mi nha cas a à ruí na. Eu nunca furt arei . O rácu l o 71
Oyeku-Ise Es s e Odù ex pl i ca a nec es s i dade da m ort e com o part e da ordem nat ur al . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á r el ut ant e em a cei t ar o fi m de um r el aci onam ent o ou s oci ed ade. 71 – 1 ( Tradu ção do vers o) K’ am at et eku, o Advi nho da cas a da al e gri a, Ai t et eku- i s e o Advi nho da cas a da t ri s t ez a, Bi -i ku-ba- de- ka-yi n -Ol uw a-l o go, o Advi nho de Igb o ya e wa Al o gbon- on-m aku- ni nu, M as i m al e ni nm e ye ni yi , Advi nho de Afi nj u-m aku-m as e -baj e O ye kes eni yi , cons ul t ou If á para os s ábi os que convi da ram os bab al awo a cons i der arem s obre os probl em as da M ort e pergunt ando: Porque a m ort e dev e m at ar as pes s oas e ni ngu ém al gum a vez a s uperou? Os babal a wo di s s eram : Ifá i ndi cou que Am uni wa yé cri ou a m ort e pa ra o bem da hum ani dade. A á gua que não fl ui s e t rans form a em a çude — um açude com água pol uí da; um açude com á gua que pode c aus ar doen ças . A água ca rre ga as pes s oas f aci l m ent e e água os devol v e fa ci lm ent e. Que o doent e r et orne à cas a par a cu ra e renov ação do corpo, e o m au par a renov aç ão do ca rát e r. O l ouco s e pr eocupou com s ua fam í l i a. Os bab al awo pergunt a ram : O que é des a gr adáv el s obr e is t o? Os s ábi os s e curv aram par a If á di z endo: Òrúnm ì l à! Ib oru, Ib o ye, Ib os i s e. Todos el es s e di s pe rs ar am e nunc a m ai s cons i der aram m ai s a m ort e com o um probl em a. Òrì s à -nl a é aquel e cham ado Am uni wa yé. O rácu l o 72
Ose-Yeku Es s e Odù ofer ec e pros pe ri dade e popul ari dad e. Obs e rva ção oci d ent al : O di a-a -di a na vi da do cl i ent e es t á fl ui ndo. 72 – 1 ( Tradu ção do vers o) Aj i s egi ri , Ani kans ekos un won cons ult ou If á para Os e, que pedi u par a el e s acri fi c ar de m anei r a a t orna r-s e popul ar e não pobre. El e foi ori ent ado a s acri fi car: Um a c abaç a com az ei t e- de- dendê, um a caba ça de banh a de òrí , 3 200 búzi os e rem édi o de If á (pi l ar a c as ca da r aiz da árvor e i ro yi n com o i nt eri or do a ri dan); m i s t urar o com pos t o com s abão- da- cos t a;
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col oque um pi n go de dendê e de òrí na bas e do s abão na cab aça ). O rem édi o dev e s er ut i l iz ado para banh ar- s e. El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. O rácu l o 73
Oyeku’fuu Es s e Odù previ ne de um a en ferm i dad e i mi nent e e of ere ce prot eç ão cont r a el a. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e en ca ra um obs t ácul o i nes pe rado no di a -a- di a nos ne góci os . 73 – 1 ( Tradu ção do vers o) Aduro ga ngan o Advi nho do bordão, Aye gi ri d anu o Advi nho da prat el ei ra. Am bos cons ul t ar am If á par a Abari l e- os i s e-os abo, que nunca adoec eu. El e foi preveni do sobr e um doenç a que es t ava por vi r, um a doen ça im previ s t a que o dei x ari a al ei j ado. El e pergunt ou, “Qu al é o s a cri fí ci o? ” Foi di t o: um car am uj o, um pei x e, az ei t e- de-dend ê, 20 000 búzi os e rem édi o de If á. El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. A doenç a oco rreu porém não de m anei r a s eve ra. El e s e r ecupe rou. O rácu l o 74
Ofun’yeku Es s e Odù as s e gur a l ongevi d ade, res p ei t o e bons r el aci onam ent os com os s a cri fí ci os e com port am ent os apropri ados . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode agua rdar um perí odo de c al m a e de re al iz aç ão. 74 – 1 ( Tradu ção do vers o) O Advi nho de Am oos em at e, Am ul udun Is i m i bak al e cons ul t ou If á pa ra Is i m i bakal e, Ani m as awu, Afoj ooj um o funni nij i j em i m u, Or eoni l e, Ore- al ej o, Eni -al ej i kan- ko-gbodoki . El e di s s e: S e voc ê es t á com fom e, venh a e com a; s e voc ê es t á com s ede, venh a e beba. Após re al iz ar o s acri fí ci o, el e foi ori ent ado par a que t ent as s e evi t ar as pes s oas part i ndo para a ro ça e vi aj ando ra ram ent e. El e dev e s er s em pre bom com os pobr es . El e ouvi u as pal av ras e re al iz ou o s a cri fí ci o. O rácu l o 75
Iwori wo’di Es t e Odù det erm i na o concei t o de renas ci m ent o e i m ort al i dade em If á. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a de fi l hos par a encont r ar equi lí bri o es pi ri t ual . 75 – 1 ( Tradu ção do vers o) Não ex i s t e um a s ó m ul her gr ávi da que não quei r a dar a l uz a um s ace rdot e de If á. Não ex i st e um a s ó grá vi da que não quei ra dar a l uz a Òrúnm ì l à. Nos s o pai , s e el e deu- nos o nas ci m ent o, i nevi t avel m ent e ao s eu t em po nós em t roca dar em os nas ci m ent o a el e. Nos s a m ãe, s e el a deu- nos o nas ci m ent o, i nevi t avel m ent e ao s eu t em po nós em t roca darem os nas ci m ent o a el a. O orá cul o de Ifá foi cons ult ado pa ra Ò rúnm ìl à, que afi rm ou que el e deveri a t raz er os céus pa ra a t err a, que el e dev eri a l evar a t err a
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de vol t a aos céus . A fi m de cum pri r com s ua m i s s ão, foi pedi do a el e que ofer ec es s e t udo em par es , um m acho e um a fêm ea — um carn ei ro e um a ovel ha, um cab ri t o e um a cabri t a, um gal o e um a gal i nha e as s i m por di ant e. Ò rúnm ìl à s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. As s im a t err a t ornou- s e fé rt il s e mul t i pl i cou gr andem ent e. O rácu l o 76
Idi’wori Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de d es envol ver nos s o i nt el ect o e previ ne cont ra as s oci a ções com m al fei t or es . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á i gnorando os ri vai s pot en ci ai s em ne góci os ou em um a r el aç ão. 76 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìd í a wo ej uri , Ìd í a wo ej um o, Okunkun de’ni m ol e- bi -oru, o Advi nho da c as a de Edu. If á es t á faz endo al go al ém do i nt el ect o hum ano? É ne ces s á ri o re al iz ar s acri fí ci o de m anei r a a não s er r el egado a um a pos i ção de m enor im port ân ci a. s a cri fí ci o: quat ro pom bos , 8 000 búzi os e rem édi o de If á (fol h as de om o e awun pi l adas junt as ; m i st ur ar com s abão) El e ouvi u as pal avras e r eal iz ou o s a cri fí ci o. 76 – 2 ( Tradu ção do vers o) S e nós t em os s abedo ri a e fal ham os em apl i c a- l a, nos t ornam os i gnorant es . S e nós t em os poder e fal h am os em apl i ca -l o, nos t ornam os i ndol ent es . If á foi cons ul t ado para as pes s oas do s ubm undo que não es t ão as s oci ando com os hom ens s ábi os e t rabal h adores . If á adv ert e, você não es t á s e rel a ci onando com pes s o as de bom c arát e r. . Is t o fr eqüent em ent e t rás m á s ort e pa ra a pes s oa. O s acri fí ci o: duas gal i nh as e 4 400 búz i os .
O rácu l o 77
Iwori’rosu Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de pa ci ênci a par a obt er sol uçõ es e al c anç ar obj et i vos . Obs e rva ção oci d ent al : Ger al m ent e o cl i ent e es t á " enc al hado" , i ncap az de s e gui r em frent e na vi da. 77 – 1 ( Tradu ção do vers o) Bi oj um o- banm o-akoni i y’ ogbe ri bi -oj o-ano cons ul t ou If á pa ra Kom o, que es t ava pens ando em com o faz er al go ont em . El e m edi t ou e dormi u. No di a s egui nt e el e ai nda não s abi a o que faz er. P ar a res ol ve r o probl em a, você deve pondera r di a- a-di a, s e pos sí vel , m ês -a- m ês , at é que fi nal m ent e s ai ba o que faz er. O s ac ri fí ci o: quat ro gal os , 8 000 búz i os e r em édi o de If á (col oqu e quat ro car am uj os em água fri a pa ra beb er). El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o.
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el e as s e gurou que s uas idéi as s em pre vi ri am à s ua c abe ça). 77 – 1 ( Tradu ção do vers o) If á pr evi u que el a s e t orna ri a m ãe. Eu com pr ari a um pouco de s ând al o (os ù 2 ) para es fr egar em m eu beb ê. Um a m ãe não pôde aj uda r com prando s ândal o por t er cui dado com o corpo de s eu bebê? If á foi cons ul t ado para Òrúnm ì l à, que di s s e que s ua es pos a en gr avi dari a e t eri a um bebê. O s acri fí ci o: duas gal i nh as , os ù e 4 400 búzi os . Dê a a rvore os ù para m ant er a es pe ranç a que el a a us ará par a pas s a r no bebê. O rácu l o 78
Irosu wori Es s e Odù fal a s obre não ex i s ti r praz er, paz ou ganho ge nuí no proveni ent e de m ás ações . Di fi cul dad es e mudan ças s ão part e do cr es ci m ent o e conh eci m ent o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a concent rar-s e nos obj et i vos e des ej os de l ongo praz o do que nas s at i s façõ es de curt o praz o. 78 – 1 ( Tradu ção do vers o) F aç am os as coi s as com al egri a. Aqui l o que des ej a que s e vá, i rá. Aquil o que des ej a que ret orn e, r et ornar á. Defi ni t i vam ent e os s e res hum anos t em es col hi do t raz er boa s ort e ao mundo. Oni s ci ênci a o Advi nho de Òrúnm ì l à, cons ul t ou If á pa ra Òrúnm ì l à, que di s s e que os s eres hum anos vi ri am e fa ri am um a pe rgunt a a el e. El e foi acons el hado a ofer ece r um s ac ri fí ci o de peix es e de 2 000 gr ãos de f ari nha de mi l ho (a gi di ). Òrúnm ì l à s e gui u a ori ent aç ão e r eal i z ou o s acri fí ci o. C ert o di a todo ti po de pes s oas , i ncl ui ndo l adrões e out ro m al fei t ores , s e reuni r am e fo ram t er com Òrúnm ì l à par a recl am arem que el es es t av am “ cans ados de dar em cabe çad as pel a t erra; Òrúnm ì l à! P erm i t a- nos refu gi a rm os nos C éus ”. Òrúnm ì l à di s s e que não podi a evi t ar que des s em cab eç adas pel a t err a at é que el es conqui s t as s em a boa pos i ção que Odudua ord enou para c ada i ndi ví duo; s ó ent ão poderi am el es res i di r em nos céus . El es pe rgunt ar am , “o que é boa posi ç ão? ”. Òrúnm ì l à pedi u a el es que confes s as s em s ua i gnor ênci a. El es di s s er am , “nós s om os i gnor ant es e gos t a rí am os de obt e r conhe ci m ent o de Ol odunm ar e”. Òrúnm ì l à di s s e: A boa pos i ção é o m undo. Um m undo no qual haver á conheci m ent o com pl et o de todas as coi s as , al e gri a em t odos l u gar es , vi da s em ans i edad e ou m edo de i ni m i gos , at aqu e de s erpent es ou out ros ani m ai s pe ri gos os . S em m edo da m ort e, doen ça, l i tí gi o, perd as , brux os , brux as ou Es u, peri go de aci dent es com água ou fogo, s em o m edo da mi s éri a ou pobrez a, devi do ao s eu poder i nt erno, bom c arát er e s abedori a. Quando você s e abs t ém de roubar por caus a do s ofri m ent o pel o qual o dono pas s a e a des onr a com es t e com port am ent o é t rat ado na pr es enç a de Odudua e out ros es pí ri t os bons no céu que s ão s em pre am i gáv ei s e fr eqüent em ent e nos des ej am o bem . Es t as for ças podem ret orna r s obre voc ês e pe rm it i r com que ret orn em à es curi dão do m undo. Tenham em m ent e que voc ês não r ec ebem nenhum favo r e t udo que é roubado s erá r eem bol s ado. Todos at os m al i gnos t em s uas r eper cus ões . In di vi dual m ent e o que s er á nec es s ári o para al can ça r a boa pos i ção é: s abedori a que pode gov erna r ad equadam ent e o m undo com o um t odo; s a cri fi que ou cul ti ve o hábi t o de faz e r coi s as boas par a os pobr es ou par a àquel es que nec es s i t am de s ua aj uda; um des ej o de al m ent ar a pros pe ri dade do m undo m ai or do que des t rui -l o. As pes s oas cont i nuar ão a i r aos céus e vi r para a t er ra após a m ort e at é que todos al can cem a boa pos i ção. Há um a gr ande quant i dade de coi s as boas no parai s o que ai nda não es t ão di s poní vei s na t er ra e s er ão obti das ao devi do curs o. Quando t odos os fil hos de Odudua es t i verem reuni dos , aquel es s el e ci onados pa ra t rans feri r as boas coi s as par a o m undo s er ão cham ados de èni yàn ou s er es hum anos . 78 – 2 ( Tradu ção do vers o)
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o sù , o sù n: p ó e xt ra ído d a Ba ph ia n it id a , p ap ilio n á ce a, o u P te ro ca rpu s o su n , p ap ilio n á ce a. 58
Um a vi da de doçura s em am a rgura é m as s ant e. Qu al quer um que não t enha es pe ri m ent ado pri vaç ão nunc a apr eci a rá a pros pe ri dade. Es t as fo ram as pal avras de If á aos faz endei ros , que di s s eram que s e t odas as es t açõ es fos s e es t ações de chuva, o mundo s eri a a gr adáv el . Di s s eram el es que ofer ece ri am as c ri fí ci o e cl am ari am a B ara A gbonni r egum por auxí l i o. Òrúnm ì l à di s s e que el es dev eri am re al iz ar s a cri fí ci o deavi do à l oucura del es e que o mundo pe rm ane ceri a i nal t erado com o orden ado por Oòdu a: a es t a ção chuvos a e a es t a ção s eca. O s acri fí ci o: quat ro cab ras , 8 000 búz i os e as s i m por di ant e. El es s e recus ar am a s ac ri fi ca r. Òrúnm ì l à fez com que chov es s e pes ado durant e o ano i nt e ri o s em nenhum a l uz do s ol . As pes s oas ado ece ram e vári as m orr eram aquel e ano ; as col hei t as não vi ngaram . El e foram de vol t a a Òrúnm ì l à pa ra s e des cul pa rem e real i z ar o s a cri fí ci o. Òrúnm ìl à dis s e que o m at eri al de s ac ri fí ci o for am dobr ados . O s ac ri fí ci o t ornou- s e oi t o cabr as e 16 000 búz i os . O rácu l o 79
Iwori’wonrin Es s e Odù fal a de prot e ção cont ra des as t res nat urai s e re cuper aç ão de qual quer coi s a que s e t enha perdi do. Obs e rva ção oci d ent al : Um vel ho rel a ci onam ent o pode s er r eac endi do. 79 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ol u gbem i ro, o Advi nho de Ok e-Il è, Em i baj o, o Advi nho de Oj u-om i . If á voi cons ul t ado pa ra J oworo, que es t a i ndo em um a vi a gem . El e foi acons el hado a s a cri fi c ar c am arõ es , um a ovel ha e 4 000 búzi os . El e ouvi u as pal avras e r eal iz ou o s a cri fí ci o. Os Advi nhos di ss e ram que J oworo nunc a s eri a m ort o pel a á gu a; el e s em pre nad ará e s em pr e fl ut uar á. 79 – 2 ( Tradu ção do vers o) Iw ori ’wonri n foi o Ifá di vi nado pa ra o povo de Ot u-If è quando procur avam por cert a pes s oa. El es es t av am s e guros de s i que el es s orri ri am no fi nal , poi s a pes s o a s eri a encont r ada. O s acri fí ci o: quat ro pom bos e 8 000 búz i os . El es r eal i z aram o s a cri fí ci o. O rácu l o 80
Owonrin’wori Es s e Odù fal a de t rab al ho árduo com o o rem édi o que cur a a pobr ez a. El e t am bém of ere ce r em édi os par a enf erm i dades em oci onai s . Obs e rva ção oci dent al : Fr equent em ent e o cl i ent e é pre gui ços o com o res ul t ado da i nqui et a ção es pi ri t ual . 80 – 1 ( Tradu ção do vers o) In ham es er am ca ros , dendê er a ca ro, m i l ho e out ras com i das eram caros . Foi real i z ado um j ogo di vi nat óri o pa ra Iwo ri , Foi obs ervado que t odos os it ens eram c aros . Lh e foi re com endado que ofe rec es s e s acri fí ci o de form a que os i t ens s e t ornas s em ac es s í vei s .
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O s acri fí ci o: 2 000 enx adas , 2 000 foi ces , r at os , peix es e 12 000 búz i os . El e real i z ou o s acri fí ci o. O babal awo dis s e que t odos os hom ens deve ri am pegar s uas enx adas e foi ces e i r t rab al har na roç a de form a que os i t ens s e torn as s em ac es s í vei s . Apen as t rab al ho árduo pode m oder ar a i ndi gên ci a. 80 – 2 ( Tradu ção do vers o) Were -ns e- el e ya ka ’d e-wonnr eri n cons ul t ou If á par a Oj uo gbebi kan, que foi ori ent ado a s acri fi car par a prot e ge r s ua es pos a cont r a l oucur a ou s e el a j á fos s e l ouca, r ecupe rar s ua s ani dad e. O s acri fí ci o: quat ro ca ram uj os , 8 000 búz i os e r em édi o de If á. O rácu l o 81
Iwori’bara Es s e Odù i nsi s t e na boa condut a e ofe re ce sol uçõ es par a a educa ção de cri an ças confi áv ei s . Obs e rva ção oci d ent al : O foco do cl i ent e dev eri a s er ques t ões prát i cas . 81 – 1 ( Tradu ção do vers o) Iw ori b ar abar a, Iw ori b ar abar a. cons ul t ou If á par a os l adrõ es e para os m enti ros os . el es foram acons el has dos a re al iz e r s ac ri fí ci o e abri r m ão de m al com port am ent o de m anei ra a evi t ar t errí vei s probl em as . O s acri fí ci o: um a porção de obì , dendê, 44 000 búz i os , pom bos , e as s i m por di ant e. Os obì e os búz i os deveri am s er doados . El es s e recus ar am a re al iz a r o s ac ri fí ci o. 81 – 2 ( Tradu ção do vers o) In á -kuf ’e erub ’oj ú, Ogbedekuf ’om orero ’po cons ul t ou If á par a Abowoab a, o fi l ho de Afes os a ye . Foi predi t o que el e vi veri a por m ui t o t em po e s e ri a c apaz de cont a r hi s t óri as s obre s ua fam í l i a. M as de m anei r a a t er fi l hos res pons áv ei s . deveri a s ac ri fi ca r s ei s pom bos , 12 000 búz i os e r em édi o de If á . El e ouvi u as poal avras e r eal iz ou o s a cri fí ci o.
O rácu l o 82
Obara’wori Es s e Odù es t abel e ce o conc ei t o de di nhei ro com o s endo im port ant e, m as nunca t ão im port ant e quant o a s abedori a, conhe ci m ent o, s aúde e bom ca rát e r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne ces s i t a pôr m ai s ênfas e no des envol vi m ent o es pi ri t ual e equi l í bri o em oci onal . 82 – 1 ( Tradu ção do vers o)
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Orob ant a- awuwobi - owu cons ult ou If á pa ra o mundo no di a em que as pes s o as do m undo de cl ar aram que o di nhei ro é a coi s a m ai s im port ant e no m undo. el e i ri am des i st i r de t udo e cont i nuari am co rrendo at r ás do di nhei ro. Òrúnm ì l à di s s e: Suas i déi as ac er ca do di nhei ro es t ão cor ret as e não es t ão. If á é o que nós devem os honrar. Nós dev erí am os cont i nuar a adro ra a am bos . Di nhei ro ex aut a um a pes s oa; di nhei ro pode corrom p er o c ar at er da pes s oa. S e al gu ém m ui t o apr eço pel o di nhei ro, s eu c arat er s e rá con rrom pi do. Bom c ar át er é a es s êci a da bel ez a. Tem di nhei ro não quer di z er que a pes s oa es t á i s ent a de fi c ar ce ga , louc a, al ei j ada ou doent e. Voc ês podem s er i nfe ct ados por en ferm i dad es . Vocês dev eri am i r e aum ent ar vos s a s abedori a, r eaj us t ar vos s os pens am ent os . Cul t i var o bom ca rat e r, adqui ri r s abedori a, re al iz r s a cri fí ci o de m anei ra que voc ês pos s am es t ar t ranqui l os . El e pergunt aram , “qual é o s acri fí ci o? ”. O s acri fí ci o i ncl ue rat os , pei x es , cab ri t os , um a cab aça de f ari nha de mi l ho (ewo; cornm e al ), um a caba ça de ekuru e 20 000 búzi os . el es s e recus aram a s a cri fi c ar. El es i ns ul t ar am e ri cul ari z aram os babal awo e out ros prat i c ant es da m edi ci na t radi ci on al . Após al guns mom ent os el es com e çar am a pas s ar m al . El es es t avam doent es e t ri s t es e não t i veram ni n guém para cui da r del es . El es fo ram m orrendo a cad a di a. El es s e def ront aram com probl em as fí s i cos e não puderam pedi r auxí l i o aos babal awo e para os out ros . Qu ando não pude ram m as i s uport a r a a fl i ção, for am s e des cul p ar com os babal awo. Des de aqu el e di a, os babal a wo t em s i do s em pr e t rat ados com honra no mundo. O rácu l o 83
Iwori-Okanran Es s e Odù es t abel e ce a ne ces s i dade de pri va ci dade ent re o babal awo e o cl i ent e. Is s o ênf at i s a a i m port ânci a de pl anej am ent o prévi o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e m ui t as vez es não é s i ncero com o babal awo. 83 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ari m as akoka- Iwo gbe o Advi nho de Òrúnm ì l à, cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à. El e foi acons el hado a s a cri fi c ar pa ra evi t ar s e m et er em probl em as com as pes s oas que vem a el e s e cons ul t a r. C onvers a des cui d ada norm al m ent e m at a um a pes s oa i gno rant e. Não há nad a que um bab al awo não pos s a ve r. Não há nad a que um bab al awo não pos s a s ab er. Um bab al awo não pode s e r t a gar el a. O s acri fí ci o: quat ro ca ram uj os , um a cab ra e 3 200 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 83 – 2 ( Tradu ção do vers o) Obel ewobel e wo, s e um a cabr a dorm i s s e el a ex am i na ri a o s ol o, cons ul t ou If á par a M ak anj u-huwa Ir i n- gb ere -ol a. Foi predi t o que o que el e es t av a pl anej ando i ni ci ar não cri a ri a di fi cul dad e par a el e s e el e ex ecut as s e s a cri fí ci o. O s ac ri fí ci o: um a cab ra, um a gal i nh a, 8 000 búz i os e rem édi o de If á (col oque quat ro c aram uj os em á gu a l im pa para o cl i ent e beb er e di ga a el e que s eus pens am ent os s em pr e vi rão à c abeç a). El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. O rácu l o 84
Okanran-Iwori Es s e Odù avi s a o cl i ent e par a di vi di r s eus probl em as com os out ros . Tam bém fal a de um vi s it ant e i mi nent e.
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Obs e rva ção oci dent al : M edos e um a i ncap aci dad e de di vi di -l os es t ão bl oqueando o cam i nho do cl i ent e. 84 – 1 ( Tradu ção do vers o) Bi a dake t ’ar a eni a bani dake. Bi a ko wi t ’enu eni f ’Aye gbo a ki i n’a gbor andun cons ul t ou If á par a o l a ga rt o e pa ra t odos os dem ai s r épt ei s . El e [ o l a ga rt o] que não ex pres s a ri a s eus probl em as a ni n guém . El e bat eu com a cab eç a cont ra a pal m ei ra e cont r a a pared e. Foi di t oent ão que ni n guém s i m pat iz ari a com el e. O s acri fí ci o: um cab ri t o, um gal o, um pom bo e 8 000 búz i os . El e s e re cus ou a s a cri fi c ar. 84 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ayu nbol i -owo- n yun -enu cons ult ou Ifá M o yebo. M o yebo foi em um a vi agem e não cons e gui u vol t ar a t em po. S ua m ãe es t ava es per ando por el e. S eu pai es t av a es p erando por el e. Foi di t o que Mo yebo ret orn ari a s e el es fi z es s em s a cri fí ci o: um a gal i nha, um pom bo, um a l a gos t a e 12 000 búzi os . El es ouvi ram as pal avr as e real i z aram o s acri fí ci o.
O rácu l o 85
Iwori-Eguntan Es s e Odù fal a s obre a ção ad equada com o s endo im port ant e para um a m udança pos i t i va na s ort e. Obs e rva ção oci dent al : A i nc apaci bi l i dade do cl ent e em "pux a r o gat i l ho" es t á c aus ando perd a da di r eç ão. 85 – 1 ( Tradu ção do vers o) O gun t án, ot è t án, Eni -nbam i i j a-o- si wo- ij a cons ul t ou If á par a Ol úl at ej a Ab at as eke rek ere gb ’oko. Foi previ s t o que o des a fort unado s e t ornari a afo rt unado. O s acri fí ci o: um pom bo, um pedaço de t eci do branco e 80 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. 85 – 1 ( Tradu ção do vers o) Iw ow ot i ri wo cons ul t ou If á par a Ol oba, cuj o di a de ani ve rs ári o foi a ci nco di as . El e foi acons el hado a s a cri fi c ar dez r at os , dez peix es e 2 000 búz i os de m anei r a a t er t em po par a c el ebr ar s eu fes t i val . Ol oba s e recus ou a s a cri fi c ar. El e deci di u i r rapi dam ent e à fl or es t a e m at a r os r at os reque ri dos . Quando Ol oba ad ent rou à fl ores t a, Ès ù obst rui u s ua vi s ão e el e não pôde encont ra r o c am i nho de r et orno par a c as a. No di a ant eri or ao f es ti val , s eus fi l hos vi e ram r eal iz a r o s ac ri fí ci o. na m anhã do di a do f es t i val , el es s e reuni r am e m archa ram par a para a fl ores t a Im al e Ol oba cant ando: Iwo wot i ri wo o , hoj e é o ani vers ári o de Ol oba. A ci dad e i nt ei ra ouvi u a cant i ga e j unt aram - s e à proci s s ão em di re ção à fl ores t a. Foi quando Ès ù rem oveu a es cu ri dão dos ol hos de Ol oba. El e ent ão pode s egui r o s om da c ant i ga at é che ga r na fl ores t a Im al e.
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O rácu l o 86
Ògúndá’wòrì Es s e Odù fal a de enf erm i dad es em oci onai s e m ent ai s caus ad as por es pí ri t os m al i gnos . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne ces s i t a de li m pez a es pi ri t ual . 86 – 1 ( Tradu ção do vers o) O louco es t á s e gur ando um a f ac a, um a foi c e, pra gu ej ando e pe rs egui ndo as pes s o as . Nós não gos t am os da l oucura. Ògún es t á louco. O que podem os nós faz er por Ò gún? Vam os à cas a de Òrúnm ìl à e pe rgunt ar. Quando che gam os `a cas a de Òrúnm ì l à, Ò rúnm ìl à cons ul t ou o Or ácul o de If á e di s s e Ò gúnd á W òrì . Òrúnm ì l à di s s e: Ò gúndá W òrì ! es t a é um a vi braç ão ne gat i v a. Um a vi br ação negat i va nunca pode t er a ch ance ar ranc ar a frut a de Ir ókò. O m undo é r epl et o de vi bra ções negat i vas , um t i po de vi braç ão ne gat i v a. Nada é m el hor do que s er m ai s fort e que t oda vi br ação ne ga t i va. Devem os nós s e r t ão fort es quant o Ò gún e t ão s ábi os quant o If á. If á di z: Tra ga o l ouco pa ra s er t rat ado, poi s s erá curado. O s acri fí ci o: um ca ram uj o, um a c abra, 80 000 búz i os e fol has de If á .
O rácu l o 87
Iwori-Osa Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s e t er res pons abi li dad e pel as nos s as at i vi dades . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em o conh eci m ent o ou habi l i dade de res ol v er s eu probl em a m as s e recus a a ver ou a uti l iz ar i s s o. 87 – 1 ( Tradu ção do vers o) Eni a S a, Ol a a S a cons ul t ou If á par a a t art aru ga (obahun ij ap a) que fugi u para a fl or es t a devi do à s ua m á condut a. Foi deci di do que quando a t art a ruga fos s e c apt urada s eri a el a pres a l evada de vol t a par a c as a. El a foi acons el had a a s acri fi car de m anei r a que s er pr es a e l evad a de vol t a para cas a. O s acri fí ci o: um pom bo, 3 200 búz i os e fol has de If á . El a ouvi u as pal avras porém não fez o s ac ri fí ci o. 87 – 2 ( Tradu ção do vers o) At i kar es et e o advi nho do C éu,
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cons ul t ou If á par a Ol odunm ar e e para o m undo quando as pes s oas corr eram at é Ol odunm ar e pedi r cons el ho s obre vári os probl em as , chor ando, “P apai , P apai , eu vi m . S al ve-m e por favor ”. El e di s s e, “qual o probl em a? ” “Aqu el es que Eu dei poder não us am o p ode r. Aquel es que Eu dei s abedori a não us am s ua s abedori a i nt erna que Eu l he dei ”. O s acri fí ci o: Teci do pret o, ovel ha pr et a, 20 000 búzi os e fol has de If á. El e ouvi u e fez o s acri fí ci o. Foi as s umi do que s e um a c ri anç a não vê s eu pai , el a s e de fende rá por s i s ó.
O rácu l o 88
Osa’wòrì Es s e Odù fal a de boa s ort e ex cepci onal . E t am bém ex pl i ca a pos i ção s a gr ada do Igú n em If á. Os e rva ção oci d ent al : O cl i ent e i rá encont r ar s uces s o m at eri al at rav és de a ção es pi ri t ual . 88 – 1 ( Tradu ção do vers o) Tem i gbus i , o Advi nho de Aj et unm obi , predi ce boa s ort e vi nda do m ar ou l agoa par a Aj et unm obi . Di nhei ro, vi ri a par a s ua cas a. S orri ndo, el e ol hou par a o bab al awo e di s s e, “ Voc ê não s ab e que é por i s s o que t enho m e es for çado? . Foi pedi do que el e s acri fí ci o pa ra obt er a com pl et a fel i ci dad e: um a ovel ha, pom bos , ban ana m adur a e
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4 400 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. Lhe foi dado al gum as das banan as que el e of ere ceu e foi pedi do que el e as com ec e. Foi - lhe re com endado a com er banan as fr equent em ent e. 88 – 2 ( Tradu ção do vers o) Os a woo, Iw ori woo cons ul t ou Ifá par a o abut r e. O m undo int ei ro vei o es per ando para com e r Igú n. O hom em s ábi o foi envi ado ao C éu pa ra ques ti ona r, Igún foi acons el hado a s a cri fi c ar um pa cot e de obì um a ovel ha e 86 000 búz i os para evi t ar que s eus i nim i gos o com es s e t al qual os out ros pás s a ros . El e s e gui u a ori ent aç ão e real i z ou o s acri fí ci o. Qu ando Om o che gou ao C éu, el e ent re gou a Ol odum ar e as m ens a gem s as pes s oas . Ol odunm ar e di s s e que não es t ava ápt o a res pond er por es t ar m uit o ocupado e que neces s i t av a de al gum obì par a t erm i na r s ua t ar ef a. El e ent ã ordenou a Om o que fos s e procu rar por obì . Qu ando chegou à encruz i l hada ent r e os C éus e a Terr a, ao l ado de Ès ù el e encont ro al guns obì que Igún havi a of ere ci do em s ac ri fí ci o. El e l evou os obì pa ra Ol odunm a re. Após al guns i ns t ant es , o própri o Igú n foi at é o parai s o vi si t ar Ol odunm ar e, que o r ecep ci onou com al guns dos obì que Om o t i nha t raz i do. Igú n ex am i nou o obì e di s s e que es t e s e par eci a com o que el e havi a of ere ci do no out ro di a. Ent ão el e na rraou a Ol odunm ar e a s egui nt e his t óri a: El e foi ao bab al awo pa ra um a cons ul t a quando ouvi u que as pes s oas es t av am di s cut i ndo s e Igún dev eri a s er m ort o e com i do com o os dem ai s pás s a ros . El e di s s e, “D evi do à cont rov erci a que s e s e gui u, as pes s oas foram for çad as a envi a r Om o ao C éu pe rgunt ar a voc ê s e Igún deveri acom i do ou m ant i do int act o. Após eu real i z ar o s acri fí ci o, Ès ù m e i nt rui u a vi r ao parai s o vi s it a -l o.”. Ol odum a re pedi u que Igú n ret ornas s e à Terr a. El e di s s e, “S e as pes s oas f rac as s ar am em ver Om o, não s ão capaz e r de m at a r você. S eu s acri fí ci o foi acei t o. Om o ent r egou a m ens agem del es m as não hav erá nenhum a r es pos t a. Om o perm anec er á no C éu. Voc ê pode r et ornar à Te rr a”. Enquant o as pes s oas es per avam em vão pel o ret orno de Om o, Ès ù orgul hos am ent e foi anun ci ando que “ni ngu ém com e ri a Igún na Ter ra ”. Ès ù auxi l i a t odo aquel e que of ere ce s acri fí ci o. Foi por i s s o que Ès ù foi at rás de Igún prot egendo- l he. Des d e aquel e di a, o s e gui nt e prov érbi o t em s i do us ado: S e nós não vem os Ol um o, nós não com em os Igú n; Igú n es t á na t err a, Ol um o no C éu.
O rácu l o 89
Iworioka Es s e Odù adve rt e cont r a roubo e vi ol ên ci a. Obs e rva ção oci d ent al : O foco do cl i ent e é monet á ri o em um m om ent o em que novos r el aci onam ent os ou ní vei s de um rel aci on am ent o cor rent e ofer ec em gr ande oport uni dade. 89 – 1 ( Tradu ção do vers o)
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Ani kanj a -ol e- ej o, Aj um oj a- ol e -ej o, Ij ot i abam ’ol e Ol e -a’ -ka ´r awon cons ul t ou If á para Kus i ka e s eu bando, que ti nhao o hábi t o de furt a r à noi t e s ob o m ant o da es curi dão. El es fo ram adv ert i dos que em br eve s eri am pres os . S e el es não des ej as s em s er em pres os , t eri am que s ac ri fi ca r t odos os bens furt ados que t i nham em s uas c as as , um a gra nde cabr a e 8 000 búz i os . S e el es real i z as s e o s acri fí ci o, s eri am ori ent ados a depos i t ar t odos os bens furt ados na encruz i l hada à m ei a noi t e. Dev eri am el es abri r m ão de prat i car at os m al dos os .
O rácu l o 90
Ika’wori Es s e Odù adve rt e s obre as repe rcus s ões de at os m al évol os . Tam b ém f al a s obre prot eç ão dos ent es fam í l i ares cont ra a di s si m i naç ão de en ferm i dad e. Obs e rva ção oci d ent al : O cam i nho m undano do cl i ent e es t á bl oque ado por cól e ra. 90 – 1 ( Tradu ção do vers o) S er are -S era re. Aquel e que jo ga fora as ci nz as é pe rs e gui do pel as ci nz as . S er are -S era re. Um m al fei t or arrui n a a s i m es m o pel a m et ad e dos s eus c ri m es . If á foi cons ul t ado para Inú kogun, que pranej ava pr at i car o m al . El e foi advert i do de que s uas m ás a ções pl an ej adas t rari am r eper cus ões danos as a el e. El e foi ori ent ado a ofer ec er s a cri fí ci o e abri r m ão de s eu fei t o m al i gno. O s acri fí ci o: doi s pom bos , 4 000 búz i os e fol has de If á . 90 – 2 ( Tradu ção do vers o) Okak ar aka- af ’owo -t i -i kú cons ul t ou If á par a Ìk à el e es t ava procur ando por um a pes s oa de fi ci ent e em s ua c as a. A pes s oa defi ci ent e ce rt am ent e i ri a m orre r. El e foi ori ent ado a ofer ec er s a cri fí ci o pa ra evi t ar que out r as pes s oas em s ua cas a fos s em i nfe ct ados pel a doenç a: um a cab ra, um a gal i nh a, um pouco de bebi da e fol has de If á (t ri t urar fol has de cebol a e mi s t urar com dende; ut il i z ar o cr em e r es ult ant e par a es f re ga r pel o corpo).
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O rácu l o 91
Ìwòrì’túrúpòn Es s e Od ù fal a s obre gra vi dez bem s ucedi da e da t rans form a ção de s i t uações no ci vas em s uc es s o at rav és de s acri fí ci o. Obs e rva ção oci d ent al : O "n as ci m ent o " es pi ri t ual ou em oci onal i rá t raz er fi m a m edos m undanos . 91 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìw òrì [ foi ] o m ari do de Òt úrúpòn, qu e t eve um beb ê que mor reu. If á di s s e que es t a mul her en gr avi dari a novam ent e e que car re ga ri a o bebê em suas cos t as . Ìw òrì foi ori ent ado a ofe rec er s a cri fí ci o par a evit a r que s eu fi l ho m orres s e pr em at uram ent e: um a gal i nha, um a cabr a, peix e aro, 80 000 búz i os e fol has de If á (t ri t urar dez fol has de el a com um pouco de s em ent es i ye ré; co z i nhe em um a s opa j unt o com o peix e; a s opa deve s er cons um i da ao al vore cer daí a gr avi dês vi rá em ci nco m es es ). el e vouvi u as pal avr as e r eal i zou o s a cri fí ci o. Foi obs ervado que el a j am ai s deix ari a cai r s uas fol has , quando a out r as [pl ant as ] s im . 91 – 2 ( Tradu ção do vers o) Eki t i bababa cons ul t ou If á pa ra Òrúnm ì l à quando el e es t ava econom i z ando di nhei ro para com pr ar um es cravo. El e foi ori ent ado a s acri fi car um a cab ra e 3 200 búz i os . El e s e re cus ou a s acri fi c ar. Òrúnm ì l à com p rou o es cr avo s em re al iz ar o s ac ri fí ci o pres cri t o. O es cr avo era um a m ul her. El a m orr eu t rês di as após a aqui s i ção. As pes s oas da c as a de Òrúnm ì l à com eça ram a chor ar. Ès ù vei o at é a cas a e ouvi u a l am ent a ção. El e pergunt ou, “porqu e voc ês es t ão chorando des t a m anei r a? ”. Òrúnm ì l à di s s e, “a es crav a que com prei t rês di as at rás acabou de m orr er”.
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Ès ù di s s e, “m eu s enhor, você cons ul t ou o Or ácul o de If á ant es de com pra r? . Òrúnm ì l à res pondeu que el e cons ult ou If á. Ès ù di s s e, “m eu s enhor, Àbi kúj i gbo! Você ex ecut ou o s acri fí ci o cert o? Òrúnm ì l à di s s e, “ai nda não re al iz ei o s ac ri fí ci o”. Ès ù di s s e, “ Você não f ez o que s e er a es p erado que fi z es s e ent ão. Voc ê dev e i r e real i z ar o s acri fí ci o s e não qui s er pe rder o di nhei ro que gas t ou com a es crav a”. Òrúnm ì l à fez o s acri fí ci o. Ès ù pegou o c adáve r da es cr ava e o l avou e o ves ti u el e ga nt em ent e. El e l evou o co rpo par a o m er cado e o s ent ou em um enc ruzi l had a. C ol ocou em s ua m ão um gra vet o de m as t i gar e em s ua frent e col ocou um t abul ei ro cont endo pequenas m er cadori as . O di a er a um di a de ,ei r a. Com mui t as pes s oas i ndo ao m erc ado. El as s aud avam es t a m ul he r com o s e el a es t i ves s e vi va. C om o el a não res pondi a, rapi dam ent e as pes s oas fugi am del a. Ès ù s e es cond eu em um arbus t o. M ai s t ard e, Aj é s e ap rox i m ou do m erc ado com s eus 200 es cravos ,que us ual m ent e car re ga vam as m er cadori as que el a com prav a. El a chegou at é o corpo m ort o e parou para com pra r al gum a m er cadori a. Apos de fal ar com o corpo por al guns i ns t ant es s em obt er r es pos t a, Aj é fi cou z angada. El a t om ou um a vara que es t a com com um de s eus es c ravos e bat eu com a m esm a no corpo, o qual foi ao s ol o. Ès ù pul ou par a for a do a rbus t o que el e es t ava es condi do. El e di s s e, Há! Aj é o que foi que voc ê fez? m at ou a es c rav a de Ò rúnm ìl à !. Aj é com eçou a i m pl or ar a Ès ù, que r ecus ou s ua al egaç ão. El e dis s e que Aj é devi a pegar t odos os s eus es cravos e i r com el e at é a c as a de Òrúnm ì l à. Aj é com e çou a propor a Ès ù que el a i ri a repo r o es c ravo de Òrúnm ì l à com um de s eus própri os es cravos . Ès ù não acei t ou. El a ofer ec eu m ai s um par a que fos s em doi s es cravos s eus a r es s ar ci r Òrúnm ì l à. Ès ù i ns i s ti u pa ra que Aj é fos s e j unt o com os es cravos . Aj é fi nal m ent e con cordou e Ès ù os l evou par a a c as a de Òrúnm ì l à pa ra r epor a es c rava m ort a. Foi as s i m que Aj é s e t ornou es crav a de Òrúnm ì l à.
O rácu l o 92
Òtúrúpòn’wòrì Es s e Odù fal a de m ort e r es ul t ant e da fal t a de cum pri m ent o do s acri fí ci o pres cri t o. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á s e pr eocupando dem ai s ac er ca de um novo fi l ho ou ne gó ci o. 92 – 1 ( Tradu ção do vers o) Abam o -ni -n gbehi n- oran, Igb á l i -a- nm u- re- eri , Aki m u-a wo-r e- eri foi o If á di vi nado para as pes s oas em Ot u-If e no di a em que el es i am l evar um pot e de c erâm i c a para o ri o. El es for am a cons el hados a l eva r de pref erên ci a um a caba ça do que um pot e de c er âm i ca que i ri a cai r. El es i gno rar am o cons el ho e l evar am um pot e. Quando el es es t ava apanh ando á gua, um del es dei xou c ai r o pot e. No des ej o de s al va -l o, el e c ai u no ri o e afundou. El es di s s er am , “ Há! Nós s abi a- m os que deve ri am os t er t raz i do um a c aba ça para apanha r á gu a!”. Des de aquel e di a um a c abaç a t em s i do uti l iz ad a par a ap anhar água. El es s a cri fi c aram 16 000 búz i os e fol has de If á; el es nunc a devi am t er fei t o l am et áv el coi s a. As fol has de If á dev em s er pr epar adas : Tri t ura r fol has de es o em á gu a e quebra r um ca ram uj o nel a. Todas as pes s oas da ci dad e deveri am es f re ga r s eus corpos com a m i s t ura para evi t a r al go que el es vi es s em a l am ent a r. 92 – 2 ( Tradu ção do vers o)
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A gbe rupon cons ul t ou If á par a À gb àdo (m i l ho). El a foi ori ent ad a a ofer ec er um s ac ri fí ci o de m anei ra a t er um part o s e gu ro. O s acri fí ci o: um pom bo, 3 200 búz i os , um ci nt urão (oj a -i kal e) e fol has de If á . El a ouvi u e s e re cus ou a s acri fi c ar. O rácu l o 93
Ìwòrì Wotúrá Es s e Odù fal a s obre des arm oni a f am il i a r. Obs e rva ção oci d ent al : Os cl i ent es es t ão t endo probl em as com s eus fi l hos . P erceb endo el es is s o ou não. 93 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um a árvor e t ort a di s pers a o fo go. Um a pes s oa l ouca s e di s pers a em s ua própri a c as a. Es t e foi o If á di vi nado para pai cobr a e s eus fi l hos . Lh e foi fal ado que s eus fi l hos nunc a conco rdari am em rep el i r um at aque j unt os . S e o pai cobr a des ej as s e uni -l os , deveri a of ere ce r um s acri fí ci o: dez es s ei s car am uj os , pom bos . ven eno e dez es s ei búz i os . Es s e s e re cus ou a s a cri fi c ar.
O rácu l o 94
Òtúrá’wòrì Es s e Odù fal a de não a gi r i m pet uos am ent e, com o s e t odas as coi s as boas es t ej am em nos s o c am i nho. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e não deve acei t a r de car a a prim ei r a of ert a. 94 – 1 ( Tradu ção do vers o) Lu cr o na cas a, luc ro na faz enda pert enc em a Aruko. A cri an ça deveri a com e r de t udo. A c ri anç a dev eri a t er um a m ul her li vre de c arga. If á fou cons ul t ado por Òrúnm ì l à. Foi di t o que el e t eri a t odas as coi s as li vres de c arga. O s acri fí ci o: um a ovel ha, um pom bo e 20 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o.
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94 – 2 ( Tradu ção do vers o) Nós náo devem os l am be r um a s opa quant e por c aus a da fom e. S e nós l am bes s em os s opa quent e devi do a fom e, quei m a rí am os a boc a. If á foi cons ul t ado para Aki ns u yi . Foi di t o a el e, “es t e é um ano de pros pe ri dade ”. El e deve s a cri fi c ar um a cabr a, um a gal i nha, um r at o, um peix e e 18 000 búz i os . El e ouvi u as pal avras e f ez o s a cri fí ci o.
O rácu l o 95
Ìwòrì-Ate Es s e Odù s obre ini ci a ção em If á com o um modo de m el horar a vi da. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e cons i de rar s eri am ent e s ua i ni ci aç ão. 95 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os i ni ci e cui dados am ent e, os ini ci e cui dados am ent e de form a que as pes s oas do mundo não s e port em m al . Qual qu er um que faz o bem , o faz por s i s ó. Qual que r um que f az o m al , o f az por s i só.. Es t e foi o If á di vi nado para o M undo. Vocês l adrõ es dev em pri var- s e do furt o. El es di s s er am que não podem s e abs t er do fu rt o. Qual que r um que roube s er á t rat ado com zom bari a. Qual que r um que roub e um mi l pe rder á doi s mi l em s ua vi da. Qual quer um que ver um m endi n go deveri a da r-l he es m ol as . Qual quer um que f aç a mi l boas açõ es obt erá duas m il . Oòduà At e rí gb ej i , m eu s enhor, re com pens a rá boas açõ es . El es fo ram a cons el hados a s ac ri fi ca rem c aram uj os , ba gr e e 3 200 búz i os . 95 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìw òrì t ej úm ó’hun-t i is e ’ni . S e voc ê for i ni ci ado em If á , você deve rei ni ci ar s eu própri o es pí ri t o. Ìw òrì t ej úm ó’hun-t i is e ’ni . Awo! Não es cal e a pal m ei r a com um a corda defei t uos a. Ìw òrì t ej úm ó’hun-t i is e ’ni . Awo! não m e rgul he na a´gua s e não s abe nad ar. Ìw òrì t ej úm ó’hun-t i is e ’ni . Awo! Náo des em bai nhe um a fa ca com rai va. Ìw òrì t ej úm ó’hun-t i is e ’ni . Awo! não us e o avent al de Awo. Ìw òrì t ej úm ó’hun-t i is e ’ni . El es pedi r am que s acri fi c as s e bagre, 3 200 búz i os e fol has de If á (coz i nhe o ba gr e com fol as de es o f az endo um a s opa e dando ao cl i nt e para que t om e). O rácu l o 96
Irete’wòrì Es s e Odù adve rt e cont r a i nt ri gas e f al a da prat i ca de If á pa ra um a vi da prós per a. Obs e rva ção oci d ent al : P aci ênci a ao i nvés de rai va ou frus t ra ção i rá produz i r s uces s o m at e ri al .
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96 – 1 ( Tradu ção do vers o) A guer ra prej udi ca o mundo. In t ri gas arui nam as pes s oas . Es t e foi o If á di vi nado para Ol ofi n Iw at uka. Ol ofi n foi adv ert i do que a gu er ra e ra im i nent e. S e Ol ofi n des ej as s e s er vit ori os o, el e deve ri a s a cri fi c ar dez es s ei s ovos , um c arnei ro, um cab ri t o, um gal o e 2 200 búzi os e fol has de Ifá . Ol ofi n ouvi u as pal avras m as não s ac ri fi cou. 96 – 2 ( Tradu ção do vers o) P ri m ei ro, eu ouvi um barul ho res s onant e. Eu pe rgunt ei o que es t ari a acont e cendo. El es di s s er am que Ire t e es t ava ini ci ando Iwo ri . If á é o P roponent e. Ori s a é o C om andant e. A gbe negro us a de s ua aut ori dade par a t raz er ovos brancos . Al uko ve rm el ho us a de s ua aut ori dad e par a t raz er ovos bran cos . If á foi cons ul t ado por Òrúnm ì l à B ar a Agbonni r egun. El e foi ori ent ado a s acri fi car 2 000 pim ent as -da- cos t a, obì e 20 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. Lh e foi as s e gur ado que el e s eri a um com andant e. Des d e ent ão If á s e t ornou P roponent e e o C om andant e. Gbe re fu deve s e t orna r um Awo (Advi nho de Ifá ) para s e t orna r ri co. Awo! O rácu l o 97
Iwori-Ose Es s e Odù s obre t rans form a r des gr aç a em s uces s o. Obs e rva ção oci d ent al : M ul he r de m ei a i dade pode engra vi dar. 97 – 1 ( Tradu ção do vers o) S ofri m ernt o não vem s em s eus bons as p ect os .. O bem e o m al s em pre es t ão j unt os . If á foi cons ul t ado para Owokos i -en yi an -kos unwon. Lh e acons el h aram que não fi c as s e abat i do porque el e es t av a na pobrez a. el e deve ri a m ant er s eu bom nom e. Doçu ra norm al m ent e t erm i na o gos t o de um a fol ha am a rga. Foi fal ado para el e of ere cer s a cri fí ci o de m anei r a que s ua des gr aç a pudes s e s e t rans form a r em pros pe ri dade: pom bos , 3 200 búzi os e fol has de If á (pi l ar as fol has am a rgas de ol us eaj u; adi ci onar ao s ab ão). 97 – 2 ( Tradu ção do vers o) Aum a mul her bonit a que não m ens t rua, com o pode t er fi l hos? Es t e foi o If á di vi nado para Oj u-oj e deus a da bel ez a. El a foi ori ent ada a s ac ri fi ca r de m anei ra a poder t er fi l hos . O s acri fí ci o: um a gal i nha, um a cab ra, 2 4 00 búz i os e fol has de If á . O rácu l o 98
Ose’wori Es s e Odù fal a de poder e gra ndez a, por ém adve rt e que o m au em pre go des s es pode des t rui r o l ar ou fam í l i a. Obs e rva ção oci dent al : M ui t o t em po ou ênfas e no t rabal ho es t á am e aç ando o rel a ci on am ent o e a fam í li a do cl i ent e.
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98 – 1 ( Tradu ção do vers o) Tem i - a-s et i won cons ul t ou If á pa ra Os e e para Iwo ri . Qual qu er um que des afi as s e Apa s eri a m ort o por Apa. Qual qu er um que des afi as s e Ir oko s eri a confront ado com Ir oko. Foi predi t o que Os e ’wori s e t ornari a um gr ande hom em . El e t eri a cont rol e s obra as di fi cul dades e vi t óri a s obre os ini m i gos . O s acri fí ci o: um ca rnei ro, 2 000 pedras , 2 200 búz i os , e fol has de If á (m oer gra ni t o e pi m ent a- da-cos t a at é vi ra r pó par a s e r t om ado no mi n gal ) El e ouvi u e real i z ou o s acri fí ci o. 98 – 2 ( Tradu ção do vers o) Tul et ul e-E ga cons t rui u e des t rui u sua própri a t enda. If á foi cons ul t ado para Ol ufi j abi Abi nut anfi - ogbun gbun -t u-i l e- ka. Foi pedi do que s ac ri fi cas s e de m anei ra que s ua c as a não fos s e des t rui da: um ca ram uj o, banha de òrí , az ei t e- de- denê, 16 000 búz i os e fol has de If á. El e ouvi u as pal avras m as não s a cri fi cou. S e el e ti ves s e fei t o o s a cri fí ci o, dev eri am t er-l he a cons el hado a com e r fr eqüent em ent e baban as m adur as , vert er az ei t e- de- dendê em El e gb ar a, e dev eri a t er s i do pos t o banha de òrí em If á . O rácu l o 99
Iwori-Ofun Es s e Odù fal a s obre m el hori as nos negóci os e s uces s o. Obs e rva ção oci dent al : As preo cupaçõ es monet ári as ou com erci ai s do cl i ent e i rão lo go des apar ec er. 99 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um bom Awo cons ul t ou If á para Òrúnm ì l à. If á s e gui a em um a per egri na ção di vi nat óri a par a a l a go a e pa ra o m ar. Foi previ s t o que If á cont i nuari a adqui ri ndo pr es t í gi o e honra. El e ret orna ri a a s ua cas a com fi nanc ei ram ent e bem . El e deveri a s acri fi car ovel ha branc a, pom bos brancos e 8 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e re al iz ou o s ac ri fí ci o. O rácu l o 100
Ofun’wori Es s e Odù ex pl i ca que o us o cor ret o do di nhei ro as s egura re al iz aç ão na vi da. Obs e rva ção oci d ent al : Ques t ões m onet á ri as podem c aus ar cont rove rs i a em oci onal . 100 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ol ak anm i cons ult ou If á para Aj é. Aj é foi ori ent ada a of ere cer s a cri fí ci o de form a que as pes s oas do mundo cont i nuari am a procur ar por el a pra ci m a e pr a bai xo. F ei j ões bran cos , s al , m el e 2 000 búz i os s eri am of ere ci dos . El a s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. Um di a, Aj é i rri t ad a foi at é o ri o e as pes s oas z el os am ent e pro cura ram por el a no fundo do ri o. 100 – 2 ( Tradu ção do vers o)
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S e t em os bom co raç ão nos podem os adot ar os fi l hos de out ras pes s oas cons ul t ou par a Obonhunbonhun, que foi ri co m as des provi do de fi l hos , e por es t a raz ão fi cou m al -a fam ado. Foi pedi do que el e s ac ri fi cas s e dez rat os , dez pei x es , dez pom bos e 2 000 búz i os . As si m el e fez . M as i t ard e, Ès ù que s em pre apoi a aquel es que re al iz am o s ac ri fí ci o, o en cont rou no cam i nho da roç a e di s s e a Obonhunbonhun (bes ouro ) que pegas s e qual quer um dos j ovens i ns et os que el e at r ai u at é s ua c as a e cobri s s e com arei a. El e di s s e que Odudua os t rans form ari am em cri an ças par a el e. Obonhunbonhun s egui u es t e cons el ho e i s s o é o que el e ai nda faz at é hoj e. O rácu l o 101
Ìdí-Rosù Es s e Odù adve rt e cont ra um a enfe rm i dade na ár ea da ci nt ura ou náde ga. Tam bém prognos t i c a um i ncrem ent o nos negóci os . Obs e rva çaõ oci dent al : Um a cl i ent e frequ ent em ent e encont rar á di fi cul d ades m ens t ruai s ou ut eri nas . 101 – 1 ( Tradu ção do vers o) El a pi c a, m e dói — a nád ega do anci ão lhe caus a di fi cul dades . Foi cons ult ado par a Agb a Kuom i , que t em al gum t i po de enf erm i dade em s uas nád egas . El e foi ori ent ado que s e s ac ri fi cas s e e r ec eber fol has de If á el e fi c ari a curado. O s acri fí ci o: nove car am uj os , 18 000 búz i os e fol has de If á . El e fez o s acri fí ci o. 101 – 2 ( Tradu ção do vers o) Es t a é a cs a do babal awo. Es t a é a va randa do babal a wo. Os ù- ga gar a ( al t o Os ù), o Advi nho de At ande, cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à foi ori ent ado a s acri fi car. Os ù o f ari a popul a r no m undo. O papagai o é conhe ci do por s ua cal da verm el ha. Um a gal i nha, az ei t e- de- dendê, um rat o, um pei x e, 20 000 búz i os e um os ù (bord ão de ofí ci o de If á ) dev eri am s e r s ac ri fi cados . El e real i z ou o s acri fí ci o. O os ù foi pl ant ado de front e À c as a de Òrúnm ì l à. Out ros m at e ri ai s de s a cri fí ci o fo ram col oc ados al i , nos quai s o az ei t e- de- dendê e ra vert i do. O rácu l o 102
Ìrosù’dí Es s e Odù fal a de um a pes s o a que t em um t al ent o par a cu ra e ofe rec e s ol uções para conc epção. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e m edi t ar s obre um a car rei ra di fer ent e. 102 – 1 ( Tradu ção do vers o) Bi m oba wondi -a- s an cons ul t ou If á par a Ìros ù que t i nha as s um i do que t odas as feri d as enf aix adas por el e ci c at ri z ari am . Foi pedi do que el e s a cri fi c as s e banda gem , um peix e ara, quat orz e m il búz i os e fol has de If á (es m agar fol has de Ìro s ù em á gu a; uti l iz a r a mi s t ura pa ra l avar os i ki n do cl i ent e). el e s e t ornari a m édi co. S e es s e If á é di vi nado em um es ent a ye ou It ef á, o cli ent e o cl i ent e s s e t ornar á um es p eci al i s t a em cu rar m achuc ados . 102 – 2 ( Tradu ção do vers o)
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Oj a -abi am o- adi t u cons ult ou If á para Ìro s ù. Foi pedi do a el e a s ac ri fí ci o de modo que el a s e t ornas s e m ãe. doi s rat os , doi s porqui nhos da i ndi a e 20 000 búz i os . El a s acri fi cou. O rácu l o 103
Ìdí’owonrin Es s e Odù fal a da ch egada do re conheci m ent o e da i m port ânci a da c arr ei ra do cl i ent e. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á s endo pr es s i onado no t rabal ho. 103 – 1 ( Tradu ção do vers o) Id i wonri nwon - Idi wonri nwon cons ul t ou pa ra Obahun Ij ap a. Foi pedi do a el a que s ac ri fi cas s e de m anei r a de form a que el e fos s e honrado em t odo l ugar que fos s e t oca r. O s ac ri fí ci o: cont as de coral , quat ro pom bos e 8 000 búz i os . El e fez o s a cri fí ci o. Ob ahun s e t ornou um i m port ant e t oc ador. El e s a cri fi cou coral devi do ao i nt ert eni m ent o. 103 – 2 ( Tradu ção do vers o) Em i kom aaku- Yi ye nni nm a a ye cons ul t ou If á pa ra Ope, que foi ori ent ado a faz er s acri fí ci o de form a que el e pudes s e t er t er um a bas e fi rm e e evi t as s e a mort e. O s ac ri fí ci o: um a ovel ha, um a go go, 4 400 búz i os e fol has de If á . El e ouvi u as pal avras e s ac ri fi cou. Op e foi as s e gu ra co com um bas e fi rm e e vi da l onga. Fol has de If á: La ve os i ki n If á com fol has de kut i e col oque o agogo no i ki n de If á. C anti ga de If á : Eu es t ou env ergonhado da m ort e; em lu ga r de m orr er eu m e t rans fo rm ei na fol ha kuti (r epet i r quat ro vez ). O ago go deve acom panh ar es t a cant i ga O rácu l o 104
Owonrin’di Es s e Odù fal a da gen eros i dade e hones t i dade com o fórm ul a de s uces s o e am o r. Obs e rva ção oci d ent al : Os negóci os ap arent am es t ar de "p ern as par a o ar ". 104 – 1 ( Tradu ção do vers o) Owo ri n-di m owo, Owonri n- dim es e foi a cons el hado a prat i c ar a cari d ade de form a a re ceb er bêns ãos . El e não agi ri a as s im . Ifá foi cons ult ado para Obahun Ij a pa, que foi ori ent ad a a s acri fi c ar de form a que el a não fi c as s e des am pa rada: um a pacot ed e obì , um a gr ande t i gel a de i nham e pi l ado, um gra nde pot e de s opa, quat ro pom bos e 2 000 búz i os . 104 – 2 ( Tradu ção do vers o) S e gur e es t a coi s a, m ant enh a s eguro. S e voc ê é ques t i onado, a coi s a dev eri a s er produz i da em dem and a. If á foi cons ul t ado para c es t as e s acol as . C ada um a del as foi ori end ada a dar s ac ri fí ci o de form a que as pes s o as cont i nua ri am as am ando. O s ac ri fí ci o: doi s pom bos e 2 400 búz i os . El as s a cri fi c aram . Foi decl a rado que qual quer um que devol ves s e coi s as a s eus propri et ári os i ri a s em pre pros pe ra r. O rácu l o 105
Ìdí’bàrà
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Es s e Odù fal a s obre a nec es s i dade de rem ove r obs t ácul os e m au ent endi dos at r avés de s a cri fí ci o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s e depar a com probl em as no rel aci onam ent o. Com prom i s s é ne ces s á ri o par a s al va- l o. 105 – 1 ( Tradu ção do vers o) Edi di os at rap al ha, Obar a os dá cobe rt ura foi di vi nado par a a árvor e em um arbus t o es pi nhos o que foi a cons el hado par a s acri fi car os s egui nt es m at e ri ai s de fo rm a que et i (di fi cul dad es ) s eri am rem ovi das de s eu cam i nho. Tam bém foi di vi nado pra Ope e foi pedi do que s a cri fi que: um a foi ce, um m ach ado, um ci nt o par a s uport e (i gb a), um a preá, um pei x e aro, pom bos e 18 000 búz i os . El a[ a árvo re em um a rbus t o es pi nhos o] s e re cus ou a r eal i z ar o s ac ri fí ci o des t as coi s as , m as Ope s a cri fi cou. Fol has de If á for am prep ar adas pa ra Ope e foi di t o que el e não s eri a at r as ado pel os arbus t os . Ès ù es t á s em pre ao l ado de quem s acri fi c a. Um di a, Ès ù di s s e ao faz endei ro pe ga r s eus apet r echos e i r a Op e e ves ti r Ope, porque Ès ù de a gor a em di ant e t ornari a Ope ben éfi co ao faz end ei ro. O faz endei ro s egui u a ori ent a ção e ves t i u Ope. Ope ao s eu t em po s e t ornou ben éfi co às pes s oas . 105 – 2 ( Tradu ção do vers o) Edi di o Advi nho de Oko (o a rbus t o), Obar a o Advi nho de Il é (a c as a). If á foi cons ul t ado par a am bos e foi pedi do para s acri fi car em de fo rm a a evi t arem m al - ent endi dos ent re el es pa ra s em pre. O s acri fí ci o: duas aves (um gal o e um a gal i nh a), um a cabr a, um cab ri t o e 20 000 búz i os . Edi di s e r ecus ou a s a cri fi c ar, m as Ob ara não. C om o de cos t um e, Edi di foi a c as a de s eus pa rent es , na cas a d e Ol ofi n, pa ra cum pri m ent a-l os após um di a de t rabal ho na roça. Event ual m ent e el e foi a cons el hado a vi r e pedi r s ua noi va em c as am ent o, as s im que el a pudes s e cas ar. S ua prom et i da, Ob ara, não gos t a de Edi di , o qual el a ri di cul ari z a com o s endo um l enhado r. El a pergunt ou, “o que devo eu faz er com um l enhado r? ”. Em s egui da, el e com eçou a s upl i car Ob ara pa ra enc ar a-l o com bons ol hos . Obar a não qui s vê -l o. Edi di , fi nal m ent e r eal i z ou o s acri fí ci o que l he foi pedi do, poi s de out ra m anei r a perde ri a s ua es pos a. O rácu l o 106
Obara’di Es s e Odù adve rt e cont r a perd a de nos s a i ndependen ci a e i nt e gri d ade. Obs e rva ção oci dent al : O r el aci onam ent o do r ecl am a ções do parc ei ro.
cl i ent e es t á s e des equi l i brando
devi do
a
106 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ees i n- war a cons ul t ou If á par a Ol ofi n, que foi adve rt i do que al gum ex t ran gei ros es t av am por vi r. El es pr enderi am as pes s oas nas cas as e na f az enda e os l eva ri a pra ci dad es ex t rangei r as . Foi pedi do que Ol ofi n s acri fi cas s e az ei t e- de dendê a s er veri t do s obre Ès ù, e dez es s ei s pom bos , um del es para s er us ado par a a propi ci aç ão da cabe ça do cl i ent e. Esm a gu e as fol has de ol us es aj u e ori j i em água; pe rm it a que o s angu e do pom bo got ej e n a m i s t ura; l eve es t e pot e de rem édi o de If á ao m erc aado de form a que todas as pes s oas da ci dade pos s am es fr ega- l a em s eus corpos . 106 – 2 ( Tradu ção do vers o) Igbá orí -am i , o Advi nho das mul her es , cons ul t ou If á para um a pros t i t ut a que es t av a indo pra cam a com t odos os hom ens . El a foi adv ert i da q ue es t ava f az endo um a coi s a ar ri s cad a. Um a pros ti t ut a perde o r es pei t o. Nenhum a mul her pode pros p era r pra s em pre na pros t i t ui ç ão. El a foi acons el had a a con fes s a r sua i gnorân ci a e a s acri fi car doi s pom bos , doi s ca ram uj os , banh a de òrí , 8 000 búzi os , e fol has de If á (es m a gue fol has de es o com i yre ; coz i nhe a mi s t ura com um c aram uj o faz endo um a s opa pa ra el a com er; você t am bém pode m is t ura r es o moi do com banh a de òrí para es fr egar na v a gi na; as fol has de es o podem s er pi l adas com s abão pa ra banhar-s e). O rácu l o 107
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Idi-Okanran Es s e Odù adve rt e que qual quer um que prat i ca at os des ones t os i rá cert am ent e s e r pe go e puni do. Obs e rva ção oci d ent al : Tr ai ção por aquel es que o cl i ent e confi a l evar á a probl em as . 107 – 1 ( Tradu ção do vers o) Id i konr andi konran, Id i konran am arrou doi s i nham es j unt os di vi nou par a doi s l adrões que s e di ri gi am à s ua ronda norm al . El es foram acons el hados a s acri fi car em pa ra evi t ar s er em pres os por fort e cord a enqu ant o procur avam sua avent ur a. A t er ra prende o l adrão em nom e do dono. R oubo é um at o des onros o. El es fal a ram , ‘qu al é o s a cri fí ci o? ’. Foi di t o: quat ro c aram uj os , 3 200 búzi os e fol has de If á ( es m agar fol has de es o e ol us es aj u em água e l ava r o corpo com i s s o). Os l adrões s e re cus a ram a s a cri fi c ar. el e fo ram capt ur ados e am arr ados com cord as e l am ent aram por não t er em fei t o o s a cri fí ci o. O rácu l o 108
Okanran-Di Es s e Odù fal a de um rel a ci onam ent o que i rá ev ent ual m ent e da ra cert o. Obs e rva ção oci d ent al : Um a s oci ed ade ou r el aci onam ent o ant eri or é r eac es o. 108 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um a panel a pret a tom a cui dado com t odo o m undo al ém de si m es m a. If á foi cons ult ado par a Òrúnm ì l à, que es t ava i ndo des pos ar Ehi nm ol a. Todas as dei dad es ( Ir únm al e) t ent aram s eduz i r Ehi nm ol a s em s uces s o. Òrúnm ì l à foi acons el hado a s acri fi car pom bos e 12 000 búz i os . Òrúnm ì l à ouvi u at ent am ent e o cons el ho e s ac ri fi cou. El e m ais a di ant e foi a cons el hado a não pe rder a pa ci ênci a s e a mul her não l he des s e at en ção im edi at am ent e. El a bus c ari a por el e onde quer que el e pudes s e es t ar. El a am al di çoar á o di a em recus ou a propos t a de Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à pa rt i u para Ado Ayi wo. Um ano depoi s depoi s que Òrúnm ì l à part i u, Ehi nm ol a m udou s ua opi ni ão. El a des ej ou s e c as ar. El a foi por t oda part e com as dei dades , m as ni n guém cons egui u a m al di ção que Òrúnm ì l à jo gou s obre el a. Todos os es for ços s e m os t rar am i nút ei s . Ehi nm ol a ev ent ual m ent e a rrum ou s uas m al as e s e di ri gi u à c as a de Òrúnm ì l à em Ado. Òrúnm ì l à es t av a fes t ej ando o F es t i val do Inh am e Novo quando Ehi nm ol a chegou. O az ei t e -de- dendê e o s al de Òrúnm ì l à ti nham s e es got ado, o que Ehi nm ol a proveu al e gr em ent e quando el a des fez s uas m al as . Quando Òrúnm ì l à t erm i nou a of erend a, el e pergunt ou a Ehi nm ol a, “o que você faz aqui? ”. Ehi nm ol a res pondeu, “é você”. Ent ão Òrúnm ì l à ap anhou duas f at i as de i nham e que el e s ac ri fi cou. El e es fr egou um a na out ra e as deu a Ehi nm ol a diz endo, “el e es t á pront o pa ra s er com i do, Ehi nm ol a. El e es t á pront o para s er bebi do, Ehi nm ol a”. Foi as s im que Ehi nm ol a s e t ornou es pos a de Òrúnm ì l à. Des d e ent ão, s e ques t i onam os ac er ca de quem conh ece o fut uro, el es di ri am , “Òrúnm ì l à conhec e o fut uro ”. O rácu l o 109
Ìdí-Ògúndá Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s ab edori a e ca rát e r par a equi l i brar a fo rça fí s i ca. Obs e rva ção oci d ent al : P rom i s cui dad e s exual l evarão ao des as t re. 109 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òrúnm ì l à di s s e Ìdì - Ògún- dá Eu di s s e Ìd ì - Ògún-dá. Òrúnm ì l à acons el hou Ò gún a s ac ri fi ca r um a ovel ha, um pom bo,
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4 400 búzi os e fol has de If á de form a que s ua cabe ça fos s e t ão boa quant o o r es t o do corpo. El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. Tudo es t avam bem com el e. 109 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òrúnm ì l à di s s e que a r es i dêci a de Ò gún es t av a ab andonad a, Eu di s s e que a res i d ênci a de Ò gún es t av a ab andonada. P or que nós chegam os à res i dên ci a de Ògún e não encont r am os ni nguém ? A cas a foi t ot al m ent e ab andonada. El es di s s er am que o c arát er de Ògún es t av a apavo rando [t odo mundo] . Ent ão s e nós des ej ás s em os que a c as a de Ò gún fos s e aba rrot ada [de pes s oas ] com o es p eram os , el e dev eri a s acri fi c ar um a cabr a, 20 000 búz i os , e fol has de If á. O rácu l o 110
Ògúndá’Dí Es s e Od ù fal a de um a j ornada bem s ucedi da, por ém adv ert e s obre pos s í vel des confo rt o i nt es t i nal . Obs e rva ção oci d ent al : Um a cl i ent e gr ávi da t em f reqüent em ent e al gum a hem orr agi a pl ac ent al . S ac ri fí ci o i rá cura r o probl em a. 110 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Ò gún es t a i ndo vi aj ar. El e fez s uas m al as . Òrúnm ì l à di s s e que a vi aj em de Ògún s eri a di vert i da e que el e r et ornari a com s e gur anç a. O s acri fí ci o: um gal o, az ei t e- de- dendê. obì e 4 400 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 110 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) Oj o- s urus uru (v az am ent os cons t ant es ), Advi nho do par aí s o, cons ul t ou If á par a um a caba ça nova (ke re gbe ). Foi predi t o que a caba ça i ri a vaz ar. P ar a bl oquear o vaz am ent o, el a foi ori ent ada a s a cri fi c ar pas t a de c al ef ação (at e ), es pi nhos , 3 200 búz i os e fol has de If á (es m a gue fol has de da gu ro e coz i nhe com peix e aro par a o cl i ent e com er ). If á di z: s e es s e odù for di vi nado, o cl i ent e s ofr e de dis ent eri a. O rácu l o 111
Ìdí’sá Es s e Odù fal a de i nqui et aç ão e des ej o de fu gi r de s uas res pons abi l i dades . Obs e rva ção oci d ent al : P res s ões di ári as es t ão c aus ando t rans t orno em oci onal . 111 – 1 (Traduç ão do ve rs o) Ìd í (as náde ga s ) ent rou, Ìd í foi s ent a r-s e, Ìd í não pode s ent ar- s e, Ìdí s e l evant ou, Ìdí não pôde des cans a r. Foi pedi do a Ìdí s ac ri fi cas s e para pode r des cans ar. O s ac ri fí ci o: um pom bo, 3 200 búz i os e fol has de If á (es m ague fol has de es ò e j okoj e e m i s t ure com s ab ão- da-cos t a; para o cl i ent e us ar s em pr e par a l ava r s eu corpo). 111 – 1 (Traduç ão do ve rs o)
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Òrúnm ì l à di s s e Ìdí - Òs á, eu di s s e Ìd í - Òs á. Ìdí corr eu para t ão l onge que el a es t ava s endo procur ada pa ra s e t ornar um a chef e. Ìd í ( as náde ga s ) para l onge; ni n guém a procu rou m ai s . El a s e tornou mot i vo de des onra e de vergonha. Ìdí foi acons el hada a s a cri fi c ar dez fol has de owa, dez pom bos , dez ovel has , 20 000 búzi os e fol has de If á que el a dev eri a procu ra r. El a fez com o foi acons el hado. É por i s s o que t odo m undo es t a a procur a de Ìdí . O rácu l o 112
Osa’di Es s e Odù s obre rem oção de bl oquei os par a obt er um rel aci on am ent o bem s ucedi do. Obs e rva ção oci d ent al : O m edo da car êci a de rel aci onam ent o do cli ent e t erm i nar á com o ap are ci m ent o de um a nova pes s oa. 112 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Os c am i nhos de Òs á não es t ão abert os . Os cam i nhos de Òs á es t ão bl oqueados . Òrúnm ì l à di s s e que um s a cri fí ci o t em que s er ex ecut ado pa ra abri r os cam i nhos pa ra Òs á. Um a l am pari na de barro, az ei t ede -dendê, 8 000 búz i os e fol has de If á (pul ve riz a r fol has de qui abo e mi s t ura r com s ão par a banha rs e). A l am pada deve s er a ces a no m om ent o do s acri fí ci o. 112 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) Òrúnm ì l à di s s e que boas not í ci as s ão mot i vo de al e gri a. Eu di s s e boas notí ci as . Por favor di aga a ot do mundo que a pes s oa que es t ávam os procur ando che gou. Obì , orogbo, pi m ent a- da- cos t a, vi nhi de pal m a e 3 200 búzi os devem s er s a cri fi c ados . Os com ponent es do s acri fí ci o devem s er ut il i z ados par a i nt ret e r a pes s o a. O rácu l o 113
Ìdí’ká Es s e Odù adve rt e cont r a puni m ent os s everos por m ás fa çanh as . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s e depar a com pos s í vei s t rai çõ es em ne gó ci os ou s egredos pes s oai s . 113 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Nós i nves t i gam os fei t i cei ros , brux as e quem c aus a danos a out r em ; Ai da form i ga que t em f err ão e f erro a quando for pêga. Is t o foi di vi nado para Abat eni j e, Os i kapa -adi ye- adugbo- run, At ’eni yan at ’ eranko -kon’ eewo, que di s s e que s eu fi m es t ava próx im o. O s acri fí ci o: Qual quer coi s a que o bab al awo peça e fol has de If á (es m a gu e fol has de ori j i e ol us es aj u em águ a; ut il i z e um a es ponj a kan ri nkan nova e s abão- da-cos t a pa ra l avar o corpo do cl i ent e). O cl i ent e t am bém t êm que at ende r a a adv ert ên ci a e dar a m ai ori a de s uas pos s es com o es m ol as ou s e ini ci a r em If á . 113 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) As i ri bom om o cons ul t ou If á para Ol okun e Ol os a. Foram ori ent ados a cada um del es s ac ri fi ca r quat ro pot es de barro, dez es s ei s pom bos , 80 000 búzi os e fol has de If á. As si m fiz er am . El es for am as s e gu rados de que ni n guém ve ri a ou conh ece ri a os s e gr edos del es . O rácu l o 114
Ìká’dí Es s e Odù fal a s obre m os t rar res p ei t o para evi t ar probl em as na vi da.
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Obs e rva ção oci d ent al : A fal t a de es pi ri t ual i dade do cl i ent e es t á bl oque ando as at i vi dad es m undanas . 114 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Bi aba- ro- li -a roj u, La i s e -l ai ro- bi -omi nu- nko’ni , I ya Kii gbai j e ’ni cons ul t ou If á par a Kodunm i -Agba. Foi pedi do que el e s acri fi cas s e de m odo que não s ofres s e puni ção nã vi da. O s ac ri fí ci o: dez ovos ce gal i nha,b anha de òrí , pedras de rai o, 4 400 búzi os e fol has de If á (t ri t ura r ori j i e ol us es aj u com pi m ent a do rei no; faz er um a s opa com es s a m i st ur a com um ovo; col oque as ped ras de rai o na s opa após el a es t ar pront a; Acorda r a ao rom per do di a e tom ar es s e r em édi o). Agba s e recus ou a s ac ri fi ca r. 114 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) S e um j ovem hom em que é des ca rado encont ra um vel ho awo, el e o bofet ea rá. S e el e encont r a um vel ho he rbol ári o, el e o cas t i ga rá s ev eram ent e. S e el e encont r a um vel ho s ac erdot e que s e aj oel ha em pr ece, a ci dent al m ent e el e o l ança rá ao s ol o. If á foi cons ul t ado par a os des obedi ent es , que di s s e que ni n guém poderi a re form a -l os . “P or quê? Você não s abe que um a cri an ça que bat e em um s ac erdot e que es t á rez ando es t á pro curando por s ua própri a m ort e? Verm es m orrem rapi d am ent e, m ui t o r api dam ent e”.
O rácu l o 115
Idi-Oturupon Es s e Odù fal a de s ol uções para probl em as m édi cos que i m pos s i bi li t am a gr avi dez . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode ex pe ri m ent ar um des pe rt ar em oci onal ou es pi ri t ual . 115 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Id i t i ri pon, Idi t i ri pon, Idi abi ya m o t i ri pon-ti ri pon foi cons ult ado par a Ol u-O ga n, Que foi ori ent ad a a s acri fi c ar dez es s ei s s em ent es de okoro, dez es s ei s i nham es fêm e a (ewu ra), quat ro c abras e 3 200 búzi os de modo que el a pos s a pari r mui t os fi l hos . El a fez o que fo i pedi do. 115 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Os uns un, o a wo de Ol úi gbo, cons ul t ou If á par a Odun gb e, que foi pedi u par a s ac ri fi ca r de modo que el e não s ej a at a cado por doenç as nas nádegas . O s acri fí ci o: doi s gal os , um cão, 6 600 búz i os e fol has de If á . E, s e el e j á t i ves s e si do at a cado, que el e poderi a s er cu rado. O rácu l o 116
Oturupon’Di Es s e Odù fal a de um a pes s o a que es t á es pi ri t ual m ent e ab andonad a e em neces s i dad e de um a r enovaç ão es pi ri t ual . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á s e aut ocons um i ndo e s ofrendo devi do a i s t o.
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116 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) O mundo é bel o. O par ai s o é m ar avi l hos o. Odùdùa a ori ent ou as pes s o as do m undo vol t ar em a el e at r avés da re enca rna ção. as cri an ças s e re cus ar am a i r. As pes s oas i dos as t am bém s e recus aram a i r. el e pergunt ou a raz ão. El es di s s e ram , “N ão é fáci l i r ao par ai s o e vol t ar”. Òrúnm ì l à s ai d, “O parai s o é gra ci os o e é o l ar da bel ez a”. Odùdùa j am ai s vi veri a em um l ugar des p rez í vel .O Ori s a é s em pr eencont rado em lu ga res des c ent es . Qual quer um que é ch am ado deve r es ponder ao cham ado.. Nenhum a m ãe cham a ri a s eu fil ho par a sof re r. As pes s oas do mundo ai nda es t avam es i t ant es . El es for am ori ent ados a s ac ri fi ca r de modo que s eus véus de ecuri d ão pudes s em s er rem ovi dos . S e el es es t ão t rabal hando, el es dev em s em pre ol har pa ra o pa rai s o. O s acri fí ci o: Efun, um pedaço de t eci do br anco, 20 000 búz i os e fol has de If á. S e o s acri fí ci o pres cri t o fos s e r eal i z ado, el es s e abs t eri am de s an gu e. El es s e recus aram a s ac ri fi ca r. 116 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) Hoj e você recl am a que Ot urupon 'Di é cul pado. Am anh ã você re cl am ar á que Èl à não es t á adm i ni s t rando o m undo corr et am ent e. El e fez Odundun o rei do t odas as fol has e Tet e s eu r epres ent ant e. Voc ê ai nda es t á re cl am ando que Èl à não adm i ni s t ra o mundo corr et am ent e. No fi m ., Èl à es t i rou a s ua co rda e as c endeu aos C éus . Èl à es t i ra ri a a s ua corda e des c eri a pa ra re cebe r bên çãos , Èl à ! O s a cri fí ci o: um pom bo, um pei x e aro e fol has de If á (t ri t ura r fol has de ori ji com s abão e dar ao cl i ent e ao qual es t e If á foi di vi nado; el e dev erá s e l ava r com es s a mi s t ura após real i z ar o s a cri fí ci o de m odo que s uas boas faç anhas no m undo não s ej am vi st as com o m ás ). O rácu l o 117
Ìdí-Òtúrá Es s e Odù fal a de res t ri ções di et ét i c as par a s aúde e s a cri fí ci o pa ra harm oni a f am il i a r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e f reqüent em ent e t em probl em as de s aúd e t al com o pres s ão al t a ou col es t e rol . 117 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Um pai des ej a o bem ao s eu fi l ho. Um a m ãe des ej a o bem ao s eu fi l ho. Lon ge vi dade e i dade avan çada dep ende de Èdú. If á foi cons ul t ado pa ra Ol u yem i , que foi ori ent ado a s ac ri fi ca r para pr eveni r doenç a nas náde ga s . O s acri fí ci o: um pom bo, um a gal i nha, um gal o, um pei x e aro, 18 000 búz i os e fol has de If á . No es ent a ye ou it e fá, es s a c ri anç a não dev e s e uni r em m at ri m ôni o s em o cons ent im ent o de s eu pai ou de s ua m ãe. Eewo: O cli ent e não dev e com e r noz de col a ou carn em as dev e ut il i z ar pi xe ou c aram uj os em s ua s opa. 117 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) Oko (a pá ), o úni co que procur a o bem - es t ar da t err a, cons ul t ou par a Al árá, que foi ori ent eado a s a cri fi c ar pa ra que s ua f am íl i a s e unis s e ao i nvés de s e di s pers a r. O s acri fí ci o: um fei x e de vas s ou ras , um par de pom bos j ovens e 16 000 búz i os . Al á rá f ez o s acri fí ci o. Lh e foi as s e gur ado que s eri a fel iz par a s em pr e. Al á ra s e t ornou bem s ucedi do. O rácu l o 118
Òtúra’dí Es s e Odù fal a s obre um a cri anç a s uc edendo s eu pai e um rel aci onam ent o com um parc ei ro dom i nant e. Obs e rva ção oci d ent al : O out ro par cei ro no rel a ci onam ent o é cont rol ador em dem as i a.
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118 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Ari b a de nád egas verm el has cons ul t ou If á par a Orí -Awo, que foi s audado por Om uko-e gi . Foi predi t o que el e us ari a a coro a de s eu pai , l ogo deve ri a s a cri fi c ar um a ovel ha par a t er vi da l onga. 118 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) O Al vore cer (i j im j i kut u) cons ul t ou If á para Adi . Adi es t av a i ndo des pos ar o Nas c er-do-s ol (i yal et a ). El es di s s er am que el e s em pre t rem eri a à vi s t a de s ua es pos a. O s acri fpi ci o: t rês gal os e 6 600 búzi os . El e s e re cus ou a s a cri fi c ar. O rácu l o 119
Ìdí-Irete Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de t rab al ho árduo para al can ça r um a pos i ção el evad a. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em um a prom oção ou novo t rab al ho em s eu cam i nho porém o m edo pode bl oquea- l o. 119 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Om o yi n, o Advi nho de bom cora ção, l avou out ra c abe ça do hom em . A cab eç a fi cou li m pa. Om o yi n l avou out ro co rpo do hom em . O corpo fi cou bri l hando. If á foi cons ul t ado para Aw eroro gbol a. Foi predi t o que Adegbi t e s e torn ari a rei n o fut uro. Dez pom bos , pen as de pap agai o e 2 000 búz i os El e ouvi u e s acri fi cou. 119 – 2 (Tr aduç ão do vers o ) Ij i m er e, o Advi nho da apt i dão fí s i ca e da bel ez a, cons ul t ou If á par a Ari s em as e Ìd í ret eret e. El e foi ori ent ado a s acri fi car de m anei r a a t rabal ha r e não t er m edo de t rab al har. O s acri fí ci o: um ca rnei ro, um a enx ad a, um a foi c e e um c ão. Nós pe rgunt am os a raz ão. If á di s s e: Um a enx ada nunca fal t a ao t rab al ho. Um a foi ce nunca adoec e. Um c ão pe ga no t rabal ho duram ent e. Um carn ei ro não t em e nenhum a oposi ç ão. O rácu l o 120
Irete’di Es s e Odù al a de res i s t ênci a à m udanç a, m as da nec es s i dade da m es m a. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a reav al i ar um r el aci onam ent o que não es t á dando m ai s c ert o. 120 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ij oko- agba- bii k’ eni -m a- di de -m o, A gb a-m ’opa -l ’owo. cons ul t ou If á par a a M ó (ol o) . Ol o não queri a s e l evant a r do l ugar onde el a es t ava.
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Foi pedi do que el a s acri fi cas s e dois pom bos , 4 400 búzi os e fol has de gbé gb é. El a ouvi u o cons el ho e s ac ri fi cou. Ol o s em pr e t eri a al gu ém par a c arr ega- l a. O rácu l o 121
Ìdí-Ose Es s e Odù fal a s obre pos s í vei s probl em as proveni ent es de orga ni sm os m i cros cópi cos . Obs e rva ção oci d ent al : P rom i s cui dad e i rá res ul t ar em doença. 121 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os ol hos prot e gem a c abeç a; um a pequ ena coi s a pode caus ar confus ão i nc al cul ável . If á foi cons ul t ado pa ra 165 á rvores . El as for am ori ent adas a faz er s ac ri fí ci o para evi t a r rec eber um es t ranho peri gos os . Quat ro fa cas , az ei t e -de- dendê, banha de òrí e 18 000 búz i os dev eri am s er s ac ri fi cados . El as ouvi ram o cons el ho, porém não s acri fi car am . Op e s acri fi cou m et ad e do que foi pedi do e P er egun s egui u a ori ent a ção e re al iz ou pl enam ent e o s ac ri fí ci o. Àquel es que s a cri fi c aram foram dadas fol has de If á . Ent ão foi decl ar ado que paras i t as nunc a arrui na ri am Ope e nem P er egun. P aras i t as t ei m os os que t ent am at a ca r P ere gun não s obrevi v em . 121 – 2 ( Tradu ção do vers o) El es s of rer am um des as t re e qui s er am s aber qual foi a caus a, m as ni ngu ém s oube com o el a vei o at é que re al iz a ram s acri fí ci o pr evi st o por Ba al e- ero, que acons el hou a s a cri fi c ar quat ro ga l i nhas , 8 000 búzi os e fol has de If á para perm i t i r a des covert a. O rácu l o 122
Ose’dí Es s e Odù adve rt e cont r a s er m ui t o am áv el , para que um i nim i go der rot ado não ret orn e. Obs e rva ção oci d ent al : a gr es s i vam ent e.
O cl i ent e en ca ra um
confl i t o
ao
qual
el e dev e s e
com port ar
122 – 1 ( Tradu ção do vers o) Nós não apanh am os um gat uno e o deix am os s em um a úni c a m arc a. S e nós s om os vi t ori os os , nós dev em os prende r o t rai do r. S e nós não prende rm os o t rai dor, a pes s oa que nós coqui s t am os , depoi s de des canç ar um pouco, cl am ará vi t óri a s obre nós . Ifá foi cons ult ado pa ra S aanu- ot e, que foi ori ent ado a s a cri fi c ar pa ra evit a r de t rat ar um a fal t a com com paix ão. D eus am a a t odas as coi s as não em ex ces s o. O s acri fí ci o: quat ro gr and es s acol as , 3 200 búz i os e Fol h as de Ifá ; Um a s acol a prende s eu cont eudo. O rácu l o 123
Ìdí-Òfún Es s e Odù fal a rem oç ão de bl oquei os e de um a vi a gem ines p erad a. Obs e rva ção oci d ent al : Os negóci os do cl i ent e es t ão i ndo m al ; é re com endado a t om ada de um a nova li nha de aç ão. 123 – 1 ( Tradu ção do vers o) Oj i j i fi ri cons ul t ou If á para Ìdí e Òfún. Foi di t o a el es que um a ines p erad a vi aj em es t av a por vi r e que deveri am s acri fi c ar de m anei ra que t i ves s em s uces s o nes s a j ornad a.
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O s ac ri fí ci o: um a ovel ha, um pom bo, 18 000 búz i os e fol has de If á (faz er um a s opa com fol has de ai kuj e gunr e t ri t urad as , um pom bo e um pei x e a ro; t eve s e r comi da bem cedo pel a m anh a pel a pes s oa ou por qual quer um na cas a ). 123 – 2 ( Tradu ção do vers o) Edi di os s egura em cas a. Òfún os bl oquei a na fl or es t a. Quem i rá s al va -l os? Apen as Òrúnm ì l à os l i bert a rá; Apen as Òrúnm ì l à. Is t o foi di vi nado às pes s oas de If e- Oo ye no di a que el es for am s i ti ados . El es fo ram ori ent ados a s a cri fi c ar um pent e, um pom bo e 2 400 búz i os poque s o o c abel o es t á em bar açado, apen as um pent e pode arrum a-l o.
O rácu l o 124
Òfún’dí Es s e Odù adve rt e cont r a gul a e egoí s m o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á s e pro cupando dem ai s com s eus ne góci os ; i s s o res ul t a em di fi cul dad es de r el aci onam ent o. 124 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òfún l i mi t a s ua bondade, W àrà gb à age depr es s a de form a que Òfún não pos s a nos m at a r. If á foi cons ul t ado para Ol orí -O ga. El e di s s e: Qual quer um que l im i t e a beneval ênci a em s ua c as a nunc a r eceb er á bondade da out ra part e. El e foi ori ent ado a s ac ri fi ca r um pom bo, um a ovel ha, um a porção de ob`e 20 000 búz i os para perm i ti r que a bondade fl ua par a dent ro da cas a. O rácu l o 125
Ìrosù’wonrin Es s e Odù adve rt e para des frut ar a pros pe ri dade que ch ega, devem os cons e rvar a paz e ha rm oni a. Obs e rva ção oci d ent al : O s uces s o que che ga pode caus a r probl em as fam i li a res ou de par ceri a. 125 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìr os ù wónrí n, Ìr os ù wóri nwon cons ul t ou If á pa ra as pes s oas de Al ed e-Ow a. Foi pedi doa a el es que s a cri fi c as s em dez es s ei s pom bos , um a ovel ha, dez es s ei s car am uj os e 16 000 ou 160 000 búzi os de m odo que pudes s em apaz i gu ar a m ent e e evi t arem gu err a ci vi l . 125 – 2 ( Tradu ção do vers o) Eri nt unde, nós es t am os pros pe rando. If á foi cons ul t ado par a as pes s oas de If e- Oo ye . El e di ss e: Es t e é um ano de di nhei ro e fi l hos . Um a ovel has , um pom bo e 16 000 búz i os dev eri am s er s ac ri fi cados . As s i m el es fi z er am . O rácu l o 126
Oworin’rosu
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Es s e Odù fal a da i m port ânci a dos s onhos . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e ne ces s i t a de cont at o int i m o com s ua ene rgi a ances t r al para co rri gi r di fi cul dad es m undanas . 126 – 1 ( Tradu ção do vers o) Eri nm u ye o Advi nho de bom co raç ão, cons ul t ou If á par a Ol a wunm i quando Ol awunm i dorm i u e s onhou. P el a m anhã, pedi u que um s a cerdot e de Ifá vi s s e di vi nar par a el e. Eri nm u ye o Advi nho de bom cor aç ão, vei o, cons ul t ou If á e encont rou Owon ri n’ros u. Após cu rt a re fl ex ão, el e di s s e: Ol awunm i ! você t eve um s onho na ul t im a noi t e. Est a é a raz ão de t er convi dado um bab al awo. No s onho voc ê ouvi u o s om de s i nos de danç a e vi u al guém s orri do par a você. O s onho que você t eve t rás bons au gúri os . Lo go, voê deve s ac ri fi ca r: dois pom bos , duas gal i nhas , doi s pa cot es de obì , 2 400 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. S ua c abe ça foi cult uad a com um pom bo. Foi de cl ar ado que “Ol awum i s em pr e s eri a res p ei t ado”. O rácu l o 127
Ìrosù-Obara Es s e Odù fal a de di vi di r com os out ros de m anei r a a ga rant i r pros peri dad e e fel i ci dad e. Obs e rva ção oci dent al : Um en cont ro de negó ci os ou oport uni dade que es t á por vi r s erá bem s uc edi do. 127 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um a vi da de pe ga r—e—l evar fari a o m undo um lu ga r praz ei ros o para s e vi ver. If á foi di vi nado pa ra Òrúnm ìl à, que s e di gi ri a a Ot u-If e pa ra ens i nar as pes s oas a convi ver em bem t ant o em c as a quant o na roç a. Foi predi t o que Òrúnm ì l à es t ari a apt o a i nt rui -l os . El es ac ei t ari am s eus ens i nam ent os . M as ant es de em bar ca r em s ua j ornada, el e deveri a s a cri fi c ar um a porção de oro gbo, fol has de ogbo, ban anas e 16 000 búz i os . As s i m fez Òrúnm ì l à. 127 – 2 ( Tradu ção do vers o) Om o ko Al aj é, ot a nt a wàr à cons ul t ou If á par a O yi nbo. O yi nbo foi a cons el hado a s ac ri fi ca r de modo a cap aci t a- lo a com e rci a r abundant em ent e. O s acri fí ci o: um a quanti dad e de s al equi val ent e ao val or de 200 búzi os , um a gal i nha branc a, um pom bo bran co e 20 000 búz i os . O yi nbo s a cri fi cou e s e t ornou pros p ero. O rácu l o 128
Obara-Ìrosù Es s e Odù pede por i ni ci ação em If á par a as s egura r benç ão. Obs e rva ção oci d ent al : O s uces s o do cli ent e depend e de cres ci m ent o es pi ri t ual . 128 – 1 ( Tradu ção do vers o) O rei t eve um fi l ho; el e o cham ou de Ade (a co roa). O ri co t eve um fi l ho; o cham ou de Aj é (di nhei ro). Nós ol ham os em nos s o qui nt al ant es de nom ea rm os um a cri ança. Você não s abe que o fi l ho de Oba raÌr os ù é um babal awo? Est e foi o If á di vi nado á ra as pes s oas no di a que nós vi m os Ob ara -Ìr os ù no s ant uá ri o de If á . Foi pedi do que s a cri fi c as s em dez rat os , dea pei x es , os ùn e 20 000 búz i os . O cl i ent e
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dev e s r i ni ci ado em If á. Enquant o el e s e t orna t ot al m ent e ve rs ado em If á, um os ùn deve s er pl ant ado pa ra el e. 128 – 2 ( Tradu ção do vers o) If á nos f avore ceu, que cul t uem os ent ão a If á . Ori s a nos favor ec eu, que cul t uem os ent ão Ori s a. Ori s a -nl a nos f avore ceu com fi l hos . If á foi cons ul t ado para Es us u. Foi predi t o que Es us u s eri a favo reci do com fi l hos . Lo go el e deve ri a s a cri fi c ar um a cabr a, 3 200 búzi os e fol has de If á. O rácu l o 129
Ìrosù’kanran Es s e Odù cham a pôr aut o- afi rm a ção. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e é ti m i do e f aci l m ent e dom i nado no t rab al ho. 129 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ol ukonr an-i wos i , Ol uko ya - i wosi . Qual qu er um que l evar ins ul t os para cas a cont i nuar á s ofr endo. If á foi cons ul t ado para Ol ogbo, o fi l ho de um s ac erdot e. Foi det erm i nado que Ol ogbo s upera ri a t odos os obs t ácul os e conqui s t ari a s eus i ni mi gos . Foi pedi do que s ac ri fi cas s e um a f aca, pim ent a-da -cos t a, 2 200 búz i os e fol has de If á . O rácu l o 130
Okanran’rosù Es s e Odù adve rt e s obre os peri gos de ações i rres pons áv ei s e de cl ar a que arr ependi m ent o genuí no s em pr e s er á pe rdoado.. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e f requent em ent e t em probl em as com s eu com p anhei ro ou fi l hos . 130 – 1 ( Tradu ção do vers o) Or an- ki i ba’ni ki a ye - ori , Eni ba ri -or an-H eepa -onad a, Onani yi adu ri ti won cons ul t ou If á para a gal i nha e s eus pi nt os quando el es es t av am per am bul ando li vr em ent e. Foi pedi do que el es s acri fi cas s em s e des ej as s em cont i nuar s e movendo li vr em ent e s em m orr er. O s acri fí ci o: um os ùn, um rat o, um pei x e, 2 800 búz i os e fol has de If á . 130 – 2 ( Tradu ção do vers o) M á aç ão propos i t al não é bom . S e um a pes s oa m á s e des cul p a, não haver á nenhum probl em a. As pes s oas s em pr e perdoa rão o i gnor ant e. Im o ran- s e- ibi kos unwon cons ul t ou If á para Os ’o ran- s ’aki n M eb el ufe. Todo o m undo es t ava s e queix ando del e. S e el e s e des cul pas s e s eri a perdo ado. As brux as , os fei t i c ei ros e Ès ù o pai del es es t av a bl oqueando s ua boa s ort e proveni ent e de Ol odunm ar e. el e foi cont udo ori ent ado a s acri fi c ar quat ro pom bos , um a ovel ha, noz es de col a, 3 200 búzi os e fol has de If á (pi l ar fol has de ol us es aj u e ori j i com s abão -da- cos t a; us ar es t e r em édi o par a banho). El e re al i s ou o s a cri fí ci o. Lh e foi as s e gur ado que Ol odunm are pedi ari a a Ès ù que o perdoas s e.
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O rácu l o 131
Ìrosù-Egúntán Es s e Odù enf at iz a a nec es s i dade de s acri fí ci o e do us o da m edi ci na herb al . P ede para que a pes s oa s e cont enh a em f az er m al e s e dedi c ar ao cul ti vo do bom c arát e r. Obs e rva ção oci d ent al : As coi s as não es t ão fl ui ndo para o cl i ent e. 131 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um c achor ro é agrad ável at é os dent es em sua boca. Um carn ei ro é agrad ável at é s eus chi f res . If á foi cons ul t ado para a pes s oa m al vada. Deus i ns t rui u às pes s oas do mundo a real i z arem s acri fí ci o. Òrúnm ì l à i nst rui u no us o da m edi ci na. El e di s s e que s e as pes s oas real i z am s acri fi ci o e ofe rendas , el as dev eri am im pl ora r a El e gb ar a para que es t e l eve os s acri fí ci os at é Ol odunm ar e. Deus não torn a o s a cri fí ci o obri gat óri o. Qual quer um que des ej a t er s uc es s o fa rá o s acri fí ci o. Ori s a- nl a i ns t rui u as pes s oas a pri va r-s e de envi a r a Ès ù m ens agens m al i gnas , devi do às s uas rep er cus ões . Quat ro pom bos , s ab ão-da -cos t a, os ùn e 3 200 búz i os deve ri am s er s acri fi cados . El as real i z aram o s acri fí ci o e des de ent ão. Òrúnm ì l à t em fal ado às pes s oas o hábi t o de tom ar em s eus banhos a cad a quat ro di as e o us o de os ùn par a es fre ga r no corpo. 131 – 2 ( Tradu ção do vers o) Eki t i pet e cons ul t ou If á par a Ode -a ye e para Ode- Orun, que foram ori ent ados a s acri fi c ar quat ro pom bos e 8 000 búz i os de m odo que a ca çad a del es t eri am s uc es s o. Ode- a ye s e recus ou a faz e r o s a cri fí ci o, Ode- Orun re al iz ou o s ac ri fí ci o. A Hi s t óri a de If á: Um di a enqu ant o caç avam , Ode- Orun deu de ca ra com ci nco gra ndes ovos s ob al gum as fol has . el e os pegou. Quando el e al c ançou um a en cruz il had a, el e cham ou por por s eu col e ga e dis s e, “Ode -a ye, venha e pe gu e o que eu deix ei pa ra voc ê aqui ”. El e ent ão ret ornou à s ua ca çad a. Ode -a ye não cons egui u nada aquel e di a. Quando el e r et ornou à encruz i l hada e encont rou dois gra ndes ovos , el e os pegou com al egri a. Im e di at am ent e após el e volt a r à caç ada, el e coz i nho os ovos e os com eu. No di a s egui nt e, Ode -Orun foi par a o l ocal que el e havi a col et ado os ovos . P ara s ua grand e s urpr es a, el e en cont rou 20 000 búzi os deb aix o de c ada ovo. El e rapi dam ent e em bol s ou as t rês por ções de di nhei ro no pri m ei ro, s e gundo e t er cei ro di a. Ent ão el e encont rou Ode- a ye e pergunt ou a el e, “o que você f ez com os ovoos do out ro di a? ” Ode -a ye res pond eu, “ eu os coz i e com i ”. “C om o? ” “El es es t avam deli ci os os ”. Ent ão Ode- Orun di s s e, “H á! es t á t erm i nado. Você es t á m ort o. Vo cê Od e-a ye nunc a pros pe rar á”. Hoj e nos di z em os : “Ò rúnm ìl à ”, que si gni fi ca “S ó Deus pos s ui pros pe ri dade. El e é aquel e que pode ri a da r a qual qu er pes s o a de a cordo com s ua vont ade ". O rácu l o 132
Ògúndá-Rosù Es s e Odù fal a do fi m das di fi cul dades e o com e ço da boa s ort e. Obs e rva ção oci dent al : Es s e é o m om ent o par a um novo negó ci o, um novo r el aci onam ent o e novo s uc es s o. 132 – 1 ( Tradu ção do vers o) A m al di ção t erm i nou, eu es t ou fel i z . Eu fui pobr e, a gor a s ou ri co. A m al di ção t erm i nou, eu es t ou fel i z . Eu es t av a s ó, a gor a es t ou c as ado.
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A m al di ção t erm i nou, eu es t ou fel i z . Eu nunc a t i ve um fi l ho, agora eu t enho vá ri os . A m al di ção t erm i nou, eu es t ou fel i z . Eu es t av a doent e, agor a es t ou cur ado. If á foi cons ul t ads o para a ovel ha, que foi am al di ço ada pel os m ut il ados e al ei j ados . Foi pedi doque s ac ri fi cas s e de modo que as m al di ções sobr e s ua cabe ça fos s em bani das . O s acri fí ci o: pom bos , obì , pim ent a -as - cos t a, oro gbo e 2 800 búzi os . El a s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 132 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ò gún es t ava pro curando por s ua es pos a. El e a encont r ari a. If á foi cons ul t ado para Òrúnm ì l à. Òrúnm ì l à foi ori ent ado a s acri fi car e l he foi gar ant i do que en cont rari a s ua es pos a quees t ava des apar eci da. O s acri fí ci o: um rat o, um c am ar ão. um ca ram uj o e 2 000 búz i os . Foi decr et ado que, da m es m a m an ei ra que a pes s o a bat e em um car acol , Ede t rari a de vol t a a s es pos a de Òrúnm ìl à. O rácu l o 133
Ìrosù-Osa Es s e Odù fal a do im port ân ci a do s a cri fí ci o pa ra vence r obs t ácul os e i ni m i gos . Obs e rva ção oci d ent al : Há pes s o as que es t ão cons t ant em ent e cons pi rando para at rap al har o cl i ent e. 133 – 1 ( Tradu ção do vers o) Af ef es e- ori -i gi - her eher e, Efun funl el eni i ti - ewé -a gbon- ni koroni koro cons ul t ou If á par a Òrúnm ì l à. Foi pedi do que el e s acri fi cas s e um cabri t o de modo a s er vit ori os o s obre s eus i ni m i gos e ven cer t odos os obs t ácul os . El e s egui u a ori ent a ção e fez o s ac ri fí ci o. O rácu l o 134
Osa-Rosù Es s e Odù fal a de paz e di nhei ro com o s endo os i ngredi ent es es s enci ai s para o s uces s o e pros pe ri dade. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s e depar a com um a mudan ça repent i na em cas a ou nos ne go ci os . 134 – 1 ( Tradu ção do vers o) P az perf ei t a, Os a ’R os u. O car am uj o vi ve um a vi da pací fi ca. Os a ’R os u cons ul t ou If á para Al a gem o. Foi pedi do a el e que vi ves s e um a vi da pací fi ca e qui et a. A vi da de Al a gem o s eri a cal m a. Foi pedi do que el e s acri fi cas s e az ei t e-de -dendê, banha de òrí , um gr and e pei x e aro e 18 000 búzi os . El e fez o s acri fí ci o.
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134 – 2 ( Tradu ção do vers o) Qual qu er um que t em di nhei ro es t á apt o a com pra r coi s as boas . If á foi cons ul t ado para Eeka -Al aj e. Eki ka foi as s egur ado que s e t ornari a prós pero. El e t eve mui t os fi l hos . Quat ro gal i nhas e 3 200 búz i os s eri am s a cri fi c ados . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. O rácu l o 135
Ìrosù’Ká Es s e Odù fal a de paz m ent al e s acri fí ci o para evi t ar doen ça -do-s ono. Obs e rva ção oci d ent al : Os negóci os es t ão m ai s di fí c ei s do que dev eri am s er. Mi ut o t rab al ho pa ra cons egui r r es ult ados mi ni m os . 135 – 1 ( Tradu ção do vers o) O som de um s i no é ouvi do m undi al m ent e. If á foi cons ul t ado para Òrúnm ì l à. foi pr edi t o que o nom e de Òrúnm ìl à s eri a ouvi do m undi al m ent e e todo m undo as pi r ari a conhec e- lo. El e foi ori ent ado a faz er s acri fí ci o para apaz i gu ar s eu es pí ri t o. O s acri fí ci o: um pei x e aro, um pom bo e 20 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 135 – 2 ( Tradu ção do vers o) Arok a- Agbok a cons ul t ou If á par a Os ù. Os ù foi ori ent ado a s acri fi c ar pra s e preveni r cont ra a doen ça do s ono que pode res ul t a r em m ort e. O s acri fí ci o: um a fl echa em s eu es t oj o, um a ovel ha e 4 400 búz i os . El e ouvi u e s acri fi cou. Foi decr et ado que “um a fl e cha nunca dorm e em s eu es t oj o”. O rácu l o 136
Ìká’rosù Es s e Odù fal a de vi da l on ga e popul ari dad e. Obs e rva ção oci dent al : Com pet i ção em um r el aci onam ent o pode s er r es ol vi do a favor do cl i ent e. 136 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ayi nka, o Adi vi nho de Ìr os ù, cons ul t ou If á par a Ìros ù. Foi pedi do a Ìr os ù que s ac ri fi cas s e de modo que el a fos s e apont ad a com o a m ai s popul a r das árvor es . O s acri fí ci o: um pom bo, um a gal i nha br anca e 12 000 búz i os . El a s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 136 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ayi nka, o Adi vi nho de Ìr os ù,
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cons ul t ou If á par a Ìros ù. Foi pedi do a Ìr os ù que s ac ri fi cas s e de modo que ti ves s e vi da l onga. O s acri fí ci o: ovel ha, pepe reku e 3 200 búz i os . El a s acri fi cou. Foi decr et ado: “P epe reku vi ve rá lon gam ent e”. O rácu l o 137
Ìrosù’Túrúpòn Es s e Odù adve rt e cont r a m al ca rat e r e ofer ece um a s ai da para s e t er fil hos s aud ávei s . Obs e rva ção oci d ent al : Es s e Odù aj uda as m ul heres a evi t ar abort os . 137 – 1 ( Tradu ção do vers o) P upadam ofun fun cons ul t ou If á par a S òpònná Af ’ol ugbo roda’j u -oran -ru, cuj o c ar át er não deix ava que as pes s oas f al as s em de s eu nom e. Foi pedi do a el e que s ac ri fi cas s e de form a que Òrúnm ìl à pudes s e aj ud a-l o a am eniz a r s eu c arat er. O s acri fí ci o: um pom bo (s em m anch as ), 1 800 búz i os e fol has de If á. S òpònná s e r ecus ou a s acri fi ca r. S e el e t i ves s e fei ro o s ac ri fí ci o, Òrúnm ìl à t eri a am eniz ado s eu ca rát e r de fo rm a que s eu nom e fos s e bem fal ado no m undo. 137 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìr os ù ’Tu rupon cons ul t ou If á par a Abim oku. Abi m oku foi ori ent dado a faz er s acri fí ci o. Abi m oku s em pre dari a a l uz a cri na ças que s obrevi ve ri am . O s ac ri fí ci o: um a t art a ruga e 16 000 búzi os . El a s acri fi cou. F oi a cons el hado que o nom e del a fos s e m udado par a M ol a (um a c ri anç a s obrevi v e). " É proi bi do. Um a t art aru ga j ovem nunca m orre ". O rácu l o 138
Oturupon’Rosù Es s e Odù adve rt e cont r a des a rm oni a em um rel a ci onam ent o. Obs e rva ção oci d ent al : Es s e Odù ped e por m ai or int i mi dad e, r el aç ão abe rt a com o com panhei ro da pes s oa. 138 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ot urupon’R os u, Ari wo ni cons ul t ou If á par a D el um o. El a foi preveni da de que s eu m ari do a pert uba ri a. P orém , s e el a fi z es s a s a cri fí ci o, s eu m ari do l he da ri a paz m ent al . O s acri fí ci o: doi s ca ram uj os e 4 400 búz i os . El a s acri fi cou. Foi decl ar ado: “doi s c aram uj os nunc a s e cho cam ”. 138 – 2 ( Tradu ção do vers o) Es uru awo Ir e cons ul t ou If á par a Ot urupon quando es t e es t ava indo des pos a r Ìr os ù. Lh e foi as s e gur ado que el e t eri a m ui t os fi l hos e net os pel o cas am ent o. Um a porção de obì , um a gal i nha e 3 200 búz i os deve ri am s er s acri fi cados . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. O rácu l o 139
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Ìrosù’Túrá Es s e Odù fal a de coi s as que s ão- nos boas m es m o que não gos t em os del as . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em um a des agra dável porém nec es s ári a t ar efa a cum pri r. 139 – 1 ( Tradu ção do vers o) Há di as em que nós louvam os as pes s oas m ás . Ifá foi cons ult ado para Ol odunm are, que foi a cons el hado a s ac ri fi ca r para as s e gu ra r que a pes s o a que el e pl an ej ava envi a r em m i s s ão não r ecus as s e a t ar ef a de faz er do m undo um l ocal pa cí fi co. Du as t art aru ga s , fol has de o gbo e 6 600 búzi os foram s ac ri fi cados . Após o s ac ri fí ci o, el e envi ou Ìros ù ’Túr á ao mundo. As pes s oas quei x aram s e que o ca rát e r de Ìro s ù’Túr á não era bom . Odùdùa di s s e que el e envi ou Ìro s ù’Túr á par a o bem da hum ani dad e; ent ão el e não o s ubs t it ui ri a por out ro qual que r. El e dis s e: S e um grupo de pes s oas s e r eune, após al gum t em po o m es m o s e di s pers a. Qual i m pres s ão da ri a s e as pes s oas s e r euni s s em dur ant e um t em po m ui t o l ongo, at é fi c ar em i m pos si bi l it ados de s e di s pers a r e i r par a s uas res pe ct i vas c as as? O rácu l o 140
Òtúrá-Ìrosù Es s e Odù fal a de a hones ti dad e s er o úni co cam i nho pa ra s e cons e gui r paz -de- es pí ri t o e ha rm oni a. Obs e rva ção oci d ent al : Fr eqüent em ent e, as r el açõ es com er ci ai s do cl i ent e es t ão em pe ri go. 140 – 1 ( Tradu ção do vers o) Gbas i di gba ra cons ult ou Ifá pa ra Oni ko yi . Oni ko yi t om ari a a propri ed ade de al guém . Oni ko yi s e de ci di ri a a ut i l iz ar a propri edade par a s i . Foi predi t o que o c as o ger ari a cal oros a di s cus s ão. Ent ão el e deve ri a f az er um s ac ri fí ci o de dez c ar am uj os e 3 200 búz i os . Foi pedi do que devol ves s e t udo que não lhe pert en ces s e. 140 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òt úr á des c ançou, Ìro s ù di s can çou: el a cons ul t ou If á pa ra Ol ú- Iwo . Ol ú- Iwo e s ua es pos a foram as s egurados da paz -de -es pí ri t o. Um pom bo e 4 400 búz i os s eri am ofe re ci dos em s acri fí ci o. El e ouvi u e s acri fi cou. O rácu l o 141
Irosu-Ate Es s e Odù pede por i ni ci ação em If á par a cons egui r s uces s o e vi da l on ga. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a s egui r um cam i nho es pi ri t ual . 141 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìr os ù -At e cons ult ou If á para Òrúnm ì l à. foi pr edi t o que Òrúnm ì l à i ni ci ari a pes s oas por t odo o mundo. Foi pedi do que s ac ri fi cas s e um a gal i nha, fol has de t et e, 3 200 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
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141 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ài kú- egbon-Ìw a cons ul t ou If á pa ra Ìro s ù e Ìr et e, que foram avi s ados a s a cri fi c ar pa ra que cont i nuas s em a s erem favor eci dos por Òrúnm ìl à e não pere ce rem . Um a cabr a e 20 000 búz i os s eri am s a cri fi c ados . El es s a cri fi c aram . Foi decl ar ado que Òrúnm ì l à s em pre vi veri a no i yè- i ròs ù. O rácu l o 142
Irete’Rosù Es s e Odù fal a de em pe ci l hos e di fi cul dades i nes per adas . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e com fr eqüên ci a es t á s ent i ndo pres s ão — s em um a c aus a f aci l m ent e i dent i fi cáv el . 142 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ir e t e’R os u cons ul t ou If á pa ra Ol ofi n. Ol ofi n foi a cons el hado a ofe re cer s acri fí ci o devi do probl em as ines p erados . Um pom bo bran co, um a gal i nha branc a e 20 000 búz i os . deveri am s er s acri fi c ados . O rácu l o 143
Irosu-Ose Es s e Odù fal a de ven cer di fi cul dades e m el horar os negóci os . Obs e rva ção oci d ent al : C ami nhos n ovos ou aprox im a ções res ul t am em s uces s o. 143 – 1 ( Tradu ção do vers o) Nós ouvi m os o s om do os ù de Os e s aud ando as pes s oas . Nós pe rgunt am os o que Os e es t av a faz endo, s oando s eu os ù. Os e es t ava conqui s t ando s eus i ni mi gos . Os e es t ari a preocup ado com s eu t rabal ho de di vi nha ção. O s acri fí ci o: um pom bo, um rat o, um peix e e 2 800 búz i os . El e obedec eu e s acri fi cou. O rácu l o 144
Ose-Rosù Es s e Odù fal a da rem o çaõ da dor e da t ri s t ez a. Obs e rva ção oci d ent al : At i vi dade mundan a caót i c a es t á res ul t ando em inf el i ci dade. 144 – 1 ( Tradu ção do vers o) A bat al ha é dol oros a, a ci dad e é m i s er ável . If á foi cons ul t ado por Os e. Os e foi acons el hado a s acri fi car de form a que el e es t ari a s em pre fel i z . O s acri fí ci o: um s i no, um a porç ão de obì , um a gra nde ti j el a de i nham e pi l ado, um a t i j el a de sopa, 2 000 búzi os e fol has de If á. El e s e re cus ou a s a cri fi c ar.
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144 – 2 ( Tradu ção do vers o) Obi yenm e yen m e cons ul t ou If á par a o gal o e par a a gal i nha. As av es cont i nuari am a s er produt i vas . Foi pedi do que s ac ri fi cas s em um a cab ra e 20 000 búzi os . El es s a cri fi c aram .
O rácu l o 145
Ìrosù’fún Es t e Odù fal a de prot eç ão cont r a en ferm i dad es de fo rm a a t er boa s ort e. Obs e rva ção oci dent al : O pr ej udi cando os ne gó ci os .
cl i ent e
es t á
se
pr eocupando
dem ai s
com
rel a ci onam ent os
145 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìr os ù ’fún, o som da chuva é ouvi do em t odo lu ga r. If á foi cons ul t ado para Ekun (o l eopa rdo). Lhe foi pedi do que s a cri fi c as s e de form a quenão pudes s e s er at ac ado por S ònpònná. O s ac ri fí ci o: ve rt a az ei t e-de -dendê em um a ti j el a, m il ho t orrado e eko mi s t urado com á gua em um a c abaç a. Ekun s a cri fi cou m as não fez co rret am ent e. El es e ga bou que não t i nha ce rt ez a que al gu ém poderi a derrot a-l o em com bat e. El e foi info rm ado que Sònpònná o at ac ari a m as não poderi a m at a- lo. 145 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìr os ù ’fún, um a inoc ent e c ri anç a nas c eu. Ìr os ù ’fún, nós dev em os l avar a c abeç a do cl i ent e. If á foi cons ul t ado por Òrúnm ì l à. El e foi as s egur ado que boa s ort e es t av a em s eu cam i nho. Um pom bo e 2 000 búz i os deveri am s er s a cri fi c ados . El e ouvi u e fez o s acri fí ci o. O rácu l o 146
Òfún’Rosù Es s e Odù fal a de s ac ri fí ci o pa ra r em over t ris t ez a pa ra um a vi da l onga e fel iz . Obs e rva ção oci d ent al : Es s e Odù é um a boa i ndi ca ção pa ra novos e i nt i m os rel a ci onam ent os . 146 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òfún ’R os ùn cons ul t ou If á para Ewa- ol ú. Foi predi t o que Ew a-ol ú s eri a t eri a um a vi da fel i z . O s acri fí ci o: Um a ga rr af a de m el e 14 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
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146 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òfún es t á di s t ri bui ndo bondade. Òfún não f az nenhum al arde s obre is s o. P es s oas com o Òfún s ão di fí c ei s de s e encont ra r na t erra. Qual qu er um que des ej a real i z ar m ar avi l has deve ol har pa ra o parai s o. O P arai s o é o l ar da honr a. If á foi cons ul t ado para os s eres hum anos , que f al aram que a mort e s em pre os l evari am a ver as m ar avi l has em c éu. Foi pedi do que s acri fi cas s em de m anei ra que a es curi dão e a t ri st ez a fos s em bani das de s eus c am i nhos . O s ac ri fí ci o: quat ro gal i nhas , quat ro t art a rugas , quat ro peda ços de t eci do br anco e quat ro pacot es de obì . El es ouvi ram m as não s ac ri fi ca ram . O rácu l o 147
Owonrin’Bara Es s e Odù pede para ol harm os dent ro de nós m es m os para obt erm os res pos t as para nos s os probl em as . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode es per ar um a m udança pos it i va na s ort e. 147 – 1 ( Tradu ção do vers o) El e m e ve, Eu não o vej o. Owon ri n’B ar a di vi nou para Owa. Foi di t o que o que procu ram os es t á pert o de nós , m as por ci rcuns t an ci as i nes pe radas . Foi pedi do s acri fí ci o par a que B ar a Agbonni re gun pos s a mos t ra r-nos . Òrúnm ì l à, Tes t em unha do D es t i no, S egundo S er Supr em o de Ol odunm ar e di s s e: O que es t am os procu rando es t á pert o de nós ; nada nos i m pede de ver que el e s al va da i gno rân ci a. O s acri fí ci o: um a gal i nha, 20 000 búz i os e r em édi o de If á (duas Orí awonri won). El e s acri fi cou. Foi di t o ent ão que Oow a s em pre encont r ari a o que el e procur as s e. 147 – 2 ( Tradu ção do vers o) As r edes abundam par a o pes cador Ib ada di vi nou pa ra De’do. Foi predi t o que el e deve ri a s er um pes cado r. Foi pedi do que fi z es s e s a cri fí ci o pa ra vi da l onga e s aúd e. O s acri fí ci o: pep ereku, um a ovel ha, um pom bo e 2 800 búz i os . El e fez o s acri fí ci o. O rácu l o 148
Obara’Wonrin Em ibi , es s e Odù fal a de um a pes s oa agi ndo i rr aci onal m ent e; em i ré fal a de pros pe ri dade pot enci al . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a s e t ranqui l iz ar-s e para obt er s uc es s o.
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148 – 1 ( Tradu ção do vers o) A gbe t em a voz de jo go. Al uko t em a voz de veneno, Ob ara ’Wonri n t em a voz de m as orom as o ro (eu f arei o m al , eu far ei o m al ) foi di vi nado pa ra Egbi n- ol ’o run-gogoro, que es t av a i ndo s e en cont rar par a dan çar e l he foi pedi do que s ac ri fi cas s e duas gal i nhas e 3 200 búzi os . E gbi n ouvi u e s ac ri fi cou. quando el e ch egou ao loc al , el e ul t rap as s ou t odos os out ros na danç a com o pr edi t o. S eus com panh ei ros fi c aram furi os os e envi a ram Es i n par a bus c ar um ven eno que el es pudes s em ut i li z ar par m at ar Egbi n. Quando Es i n es t av a ret orn ando, com e çou a chover e a roda de danç ari nos di s pers ou- s e. A chuva um edec eu a droga no co rpo do c aval o (es i n). O ven eno fez Es i n fi ca r furi os o e cor rer. Des d e ent ão, o veneno fez es i n fugi r r epent i nam ent e com m edo e corr er s em ni n guém o gui a r. 148 – 2 ( Tradu ção do vers o) O que s abem vo c ês s obre i st o? Nós conh ec em os is t o com o al e gr i a. Is t o foi di vi nado pa ra Ò rúnm ìl à Al ad e quando es t av a el e em di fi cul dade. El es di s s er am : O ano de ri quez as che gou. Foi pedi do que s ac ri fi cas s e um pom bo, s al e 2 000 búzi os . El e s acri fi cou. O rácu l o 149
Owonrun’Konran Em i bi es s e Odù fal a da nec es s i dade de s ac ri fí ci o par a evi t ar acus ações cont ra o cl i ent e. Em i ré fal a de m om ent os de praz e r par a o cl i ent e. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne ces s i t a s e r m ai s re al i st a com res pei t o as s unt os cot i di anos . 149 – 1 ( Tradu ção do vers o) Há um di a, um di a de al e gri a; há um out ro di a, um di a de l ágri m as . Qual di a é es t e? Di s s er am el es que es t e é um di a de t ri s t ez a. Is t o foi di vi nado pa ra Ob ahun-Ij ap a (t a rt aru ga ) af ’oran -bi -ekun- s ’eri n. El es di s s er am : Hoj e é di a de acus açõ es i nj us t as . Ent ão el a foi a cons el had a a s a cri fi c ar efun, os ùn, um pom bo, fol has de al godoei ro e 2 200 búz i os . El a ouvi u as pal av ras m as ná f ez o s a cri fí ci o. El a dis s e que não i m port a quão gr ande t ri s t ez a pudes s e rec ai r s obre s eus om bros que el a não pudes s e m ant e r o s orri s o em s eus l ábi os . El a s a cri fi cou depoi s , quando fal s as acus ações s e t orna ram m ui t os pes adas para el a. Ant es que fol has de Ifá fos s em prepa rad as par a Ìj ap á, foi - lhe di t o que a ofe rend a dobrou. El a ouvi u e s acri fi cou. Lh e foram dad as fol has de If á (t ri t ura r as fol has com out ros i n gredi ent es m enci onados aci m a com s abão pa ra o cli ent e ut il i z ar no banho). 149 – 2 ( Tradu ção do vers o) Há um di a, um di a de al e gri a; há um out ro di a, um di a de l ágri m as . Is t o foi di vi nado pa ra E gas es e, o pás s aro no al godo ei ro. El e pergunt ou, “qu e di a é es s e? ’. Lh e foi dit oque é o di a de al egri a e de fol gu edo. El e foi acons el hado a s a cri fi c ar um pom bo, um a cab aç a cont endo i nham e pi l ado, um a t i j el a de s opa, vi nhode pal m a e 3 200 búz i os . El e ouvi u o cons el ho e s ac ri fi cou. O rácu l o 150
Okanra’wonrin Es s e Odù fal a s obre probl em as j udi ci ai s e de s uas rep ercus s õ es . C rim es s erão puni dos .
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Obs e rva ção oci dent al : Com frequ ênci a, o cl i ent e enca ra probl em as j udi ci ai s — com o governo ou com a R ecei t a Fed eral , por ex em pl o. 150 – 1 ( Tradu ção do vers o) S ofri m ent o prol on gado foi di vi nado para Okanr an cont r a quem pro ces s os j udi ci ai s for am i nst i gados . El es di s s eram que s acri fí ci o dev eri a s er f ei t o de form a que Ok anran não fal eces s e durant e o proces s o. O s acri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha e 2 200 búzi os . El e s a cri fi cou. Foi di t o que: Okanr an des canç ar á. P om bos j unt am bênç ãos a tort o e a di rei t o em c as a. Lon go é o t em po de vi da da ovel ha; el a re cebeu a bên ção de um a exi s t ênci a pací fi ca. O mundo i nt ei ro gos t a de di nhei ro. Not a: A m ai or pa rt e do di nhei ro de s acri fí ci o deve s er dad a aos out ros ; ap enas um a pequena porç ão s er á do bab al awo. 150 – 2 ( Tradu ção do vers o) J ekos eka (l he deix e f az er m al ) apoi a Os i ka; J ekos ebi (l he dei x e prat i ca r cru el dade ) apoi a As ebi . If á foi cons ul t ado par a o pet ul ant e, que di z que Òrúnm ì l à é chei o de advert ên ci as m as que f ará o que l he de r na t el ha. El es es t ão prat i cando o m al; el es es t ão f az endo m al dade; as coi s as m undanas s ão boas para el es . Is t o foi r el at ado a Òrúnm ì l à, que di s s e, “P orém , quant o t em po pos s a l eva r, vi n ganç a es t á por vi r, da m esm a m anei ra que as ondas d’oce ano quebram , s uavem ent e arruí na a c arga e os ne go ci os enquant o t rab al ha. Qu ando a hora ch egar, el es fu gi r ão" . Um s ac ri fí ci o deve s er fei t o par a i m pedi r J ekos eka e J ekos ebi ad ent rar em em nós , de form a que s em el hant es não nos es c arne ça no fim . O s acri fí ci o: dez es s ei s car am uj os , az ei t e -de- dendê e 18 000 búzi os . El es ouvi ram e s ac ri fi ca ram .
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Or ácul o 151
Oworin-Egúntán Es s e Odù fal a de confl i t os e di fi cul dad es nos ne gó ci os e no l a r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á envol vi do em um confl i t o que não pode venc er. Dev e co rt ar gas t os . 151 – 1 ( Tradu ção do vers o) Owon ri n-E gúnt án di vi nou par a Odan que es t ava em m ei o a i nim o gos (ou s ej a, t odas as árvor es da f az enda e ram hos t i s à árvo re Edan ). El es cont r at ar am um m ons t ro que poderi a bat er em Odan que es t á di a e noi t e ao a r l i vre. Foi pedi do a Odan s acri fi car de m anei ra que o m onst ro náo pudes s e pega- l o. O s acri fí ci o: um rat o, um pei x e aro, dendê, banha de òrí , 2 400 búz i os e fol has de If á . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. El es di s s er am : “o m ons t ro não pode pegar Odan ao ar li vre. Odan s em pre s e rá res pei t ado”. 151 – 2 ( Tradu ção do vers o)
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P er egun-s us u cons ul t ou par a Owon e E gúnt án. Foi pedi do que s acri fi cas s em de m anei ra que es t a ri a bem com Owon e Egúnt án s ua es pos a. O s acri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha, 4 400 búz i os e fol has de If á . ( es m a ga r fol has ol o yi nwi n em á gu a par a o cl i ent e l avar s ua cab eç a com s ab ão). El e s acri fi cou.
Or ácul o 152
Ogunda Wonrin Es s e Odù fal a depos s í vel i nvej a, ci úm es e confl i t os devi do ao s uc es s o do cl i ent e. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e evi t ou um a confront a ção. A confront ação deve s e re al iz a r. 152 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um a pes s oa pr egui ços a dorm e enquant o um ope rári o t rab al ha; o t rabal hador fi nda s ua j ornad a e out ros com e çam a i nvej a- lo. Is t o foi di vi nado pa ra Ò gún. Foi pedi do que el e s ac ri fi cas s e de modo que aqu el es que o invej av am fos s em des t rui dos . O s acri fí ci o: um pot e d’água, um c arn ei ro, 2 400 búzi os e fol has de If á . El e s a cri fi cou. Foi di t o que “ A c abaç a que faz do pot e d’á gu a um i ni m i go, quebr ará a c am i nho do ri o; aqu el es que t em avers ão por você m orr erão ”. 152 – 2 ( Tradu ção do vers o) M arqu e o Odù Ògúnd á Wonri n no i ye -ì ros ù e i nvoque If á des t e modo: “Ò gúnd á Wonri n! Qu e a bat al ha que eu l ut arei s ej a par a m i nha honra. Vi t óri a após a l ut a pert en ce ao l eão. Vi t óri a após a l ut a pert en ce a Àà rá. Ògúnd á! Você os j oga ao ch ão no com bat e t odos os di as , em t odos os l ugares . Que a bat al h a que eu l ut ar ei s ej a pa ra mi nha honr a. Aj a gbu yi ”. P onha o i ye - ì ros ù no dend ê e l am be i st o ant es de s ai r para o cam po de bat al ha. Ou m oa j unt o com ipe -el e (l im al ha de f erro ), i yi - ekun (p el e de l eopardo) e pi m ent a- da-cos t a de ai j a com edun- ààr á, m arqu e o Odù Ò gúnd á Wonri n nel e, e i nvoque com o as s i m a. Es fr egue na c abeç a ant es de l ut ar.
Or ácul o 153
Owonrin-Osa Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de co ragem em confl i t os que es t ão por vi r e t er c aut el a com novos rel aci onam ent os . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t om ar cui dado no rel aci onam ent o com um a pes s oa ”pob re”. 153 – 1 ( Tradu ção do vers o) Owon ri n-Os a: El egba ra não fugi rá no di a de um a bat al ha. Um a gl o ri os a bat al ha par a El egb ar a. Ààr á não fu gi r á no di a de um a bat al h a. Um a gl ori os a bat al ha pa ra Àà rá . Ekun (o l eão) não fu gi r á no di a de um a bat al ha. Um a gl o ri os a bat al ha par a Ekun. Eu não fugi rei no di a de um a bat al ha; que m eus s ol dados não fuj am no di a de um a bat al ha. Not a: P ronunci e as pal avras aci m a s obr e o i ye - ì ros ù m ar cado com Owonri n- Os a. Tri t ur e ipe -el e, col oque em um a caba ça e m i st ur e com a gi di (fubá ) e beb a com s eus s ol dados .
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153 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ik un, o Awo da es t rad a, di vi nou para Owon ri n, al e rt ando- o que um a m ul he r fugi t i va vi ri a a s er s ua es pos a. Foi pedi do que s acri fi cas s e par a que el a pudes s e adent r ar à s ua cas a com cu i d ado. O s a cri fí ci o: ca ram uj o, 2 000 búzi os e fol has de If á (coz i nhar um cal do com fol has de ès o com c aram uj os pa ra s e r t om ado pel o cl i ent e ). el e ouvi u e as cri fi cou.
Or ácul o 154
Osawonrin Es s e Odù fal a s obre a i nut i l i dade de s e fu gi r de probl em as e ques t ões ve rgonhos as . Obs e rva ção oci d ent al : r el aci onam ent os .
O
cl i ent e
pode
encont r ar
mudan ças
s ubi t as
des a gr ad ávei s
nos
154 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ew é Om o di vi nou para Os a, al e rt ando- o que fu gi r s eri a i nút il porqu e o m undo o veri a e ri ri a del e. Lh e foi acons el hado faz er s ac ri fí ci o de modo que os as s unt os vergonhos os não pudes s em s obrevi r. O s a cri fí ci o: um ca ram uj o, um pom bo e 3 200 búz i os . El e fez com o acons el hado. Após o s acri fí ci o, o bab al awo ouvi u a s egui nt e cant i ga de If á: Os a não roubou, hen ! Os a não ut il i zou f ei ti ços m al éfi cos , hen ! Os a não cont ou os s egredos de s eus am i gos , he! Os a não m ent i u, hen! Mi nha ques t ão s e t ornou honr ada; Eu of ere ci um pás s aro em s acri fí ci o (t r ês vez es ). Mi nha ques t ão s e t ornou honrada, e as s i m por di ant e. Todas as pes s oas que es t avam ali c ant ar am em coro. 154 – 2 ( Tradu ção do vers o) At ewo gb a ( cons ent i m ent o) di vi nou para As ol e (s ent i nel a; c ão). As ol e foi ori ent ado a s a cri fi c ar de m anei r a que s eu car át er pudes s e s e r acei t áv el pel as pes s o as do m undo. O s ac ri fí ci o: m el , um a gal i nha e 2 000 búz i os . El e s e gui u a ori ent aç ão e s a cri fi cou.
Or ácul o 155
Owonrin’Ká (Erinsija) Es s e Odù ga ra nt e s uces s o at rav és da m oder aç ão. Em i bi , el e prev ê s ol uçõ es at rav és de s a cri fí ci os , pa ra m ort e e hos t il i dade. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e pens ar cui dados am ent e ant es de agi r. 155 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òrúnm ì l à di s s e Owonri n’K á, eu di s s e Owonri n’ Ká. Eu pergunt ei por que Owon es t á ri ndo ani m ad am ent e. Òrúnm ì l à di s s e: H á di nhei ro, um a es pos a, fi l hos e coi s as boas em s ua cas a. A vi da de
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Owon é per fei t a. Owon col ocou tudo em equi lí bri o. Owon não com e s em ant es av al i ar aquil o que com e. Owon não beb e água s em ant es aval i ar aqui l o que beb e. Owon não us a roupas s em ant es av al i ar aqui l o que ves t e. Owon não cons t roi um a cas a s em ant es aval i ar aqui l o que cons t roi . Is t o foi di vi nado por Afi won- s e-ohun- gbo gbo em If e- Oo ye, e t am bém para O yi nbo. Foi pedi do que el es s a cri fi c as s em pa ra que nunca perdes s e o equi l í bri o. O s ac ri fí ci o: quat ro pi m ent as - da- cos t a, quat ro bol s as , fol has de m eu, quat ro m orce gos e 4 200 búzi os . El es s a cri fi c aram . Lh es for am dad as fol has de If á com a gar ant i a que qual quer coi s a que el es s e gur as s em , não deix ari am cai r. Um a m orce go não s e p rend e em um a á rvore par a depoi s des i s t i r e c ai r. 155 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ka ri nl o, Kari m bowal e. S e um a c ri anç a não c am i nha, não pare cer á ex pert a. Is t o foi di vi nado para par a Adem oo ri n Ayank al e. Lh e foi pedi do que s acri fi c as s e de m anei r a a não t ropeç ar nas m ão da m ort e, ou s e el e s e s enti s s e nas m ãos da m ort e, que es t a não pudes s e l eva- lo. O s acri fí ci o: um a t art aru ga , es oi ku (um t i po de s em ent e ) e 20 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 155 – 3 ( Tradu ção do vers o) Owon ri n’Ká di vi nou pa ra Òrúnm ìl à, que es t a ri a c am i nhando ao r edor do m undo. Foi pedi do que s a cri fi c as s e pa ra que as m ãos daqu el es que o m enos prez a não ti ves s em poder s obr e el e. O s acri fí ci o: noz es de kol a s ecas , orogbo, om o-a yo (um ti po de s em ent e), um pom bo, um a gal i nha, 20 000 búz i os e fol has de If á . El e ouvi u e s acri fi cou. El es di s s eram : as unhas dos hom ens não i nfe ct am as noz es de kol a, oro gbo, om o-a yo ; as m ãos dos que m enos prez am a ti não t e afet arão.
Or ácul o 156
Ìká’wonrin Es s e Odù pede para evi t ar ações preci pi t adas par a que s e evi t ar des gos t os . Obs e rva ção oci d ent al : Des equi l í bri o em oci onal caus a rá pe rdas a t rabal ho.
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156 – 1 ( Tradu ção do vers o) A pes s oa m á não pes a suas a ções . Is t o foi di vi nado pa ra Al abam o (aquel e que pes a), que foi ori ent ado a s ac ri fi ca r quat ro car am uj os , 3 200 búzi os e fol has de If á par a que el e pos s a faz er coi s as boas . El e ouvi u as pal av ras m as não s ac ri fi cou. 156 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìk á -npo yi nka’ won (m al fei t ores s ão dando vol t as em t orno de si ); Òwon es t ava gargal hando. Is t o foi di vi nado par a as pes s oas em If e- Oo ye . El as foram ori ent adas a s ac ri fi ca r de m an ei ra que s eus i ni mi gos não as ret i ras s em de s ua posi ç ão ou as rel egas s em a t ar efas s ecund ári as . O s acri fí ci o: efun, os ùn, um pom bo, um a ovel ha e 2 400 b úz i os . El es ouvi ram e s acri fi car am . O bab al awo di s s e: Foi Aba ri won que di s s e que If e não deveri a s e ex pandi r na t erra poi s s eri a des t ruí da. Òrúnm ì l à! Nós não di s s em os que Ife não s e ex pandi ri a. Que vi vam os l onga vi da. Que nos s as pegad as no m undo não s ej am apagad as .
Or ácul o 157
Owonrin-Oturupon Es s e Odù propõe t ant o sol uçõ es pa ra m ort es prem at ur as de cri anç as , quant o pa ra o suc es s o de um a vi a gem que es t á por vi r. Obs e rva ção oci d ent al : Es s e Odù of ere ce ao cl i ent e preven ção cont ra abo rt o. 157 – 1 ( Tradu ção do vers o) S im pat i z ant es di vi naram para Eku-de’d e (o l am uri ant e não faz nada ) devi do `m ort e prem at u ra de s eu fi l ho. El e foi ori ent ado a faz er s acri fí ci o para cap aci t a- l o a fi ndar as m ort es pr em at uras de s eus fi l hos . O s acri fí ci o: quat ro ga l i nhas , 2 800 búzi os e fol has de If á. 157 – 2 ( Tradu ção do vers o) Owo ri n es t ava i ndo em um a j ornada; el e encont rou Ot urupon pel o cam i nho. Is t o foi di vi nado por Òrúnm ìl à. El es di s s er am : Òrúnm ì l à ret ri bui r á com bondad e. O s acri fí ci o: doi s pom bos e 4 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
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Or ácul o 158
Oturupon-Owonrin Es s e Odù fal a de al e gri a que es t á por vi r e da ne ces s i dad e de prot eger s ua reput ação. Obs e rva ção oci d ent al : Um rel a ci onam ent o não mono gâm i co pode caus ar probl em as . 158 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ot urupon- Owon ri n, nós es t am os dançando, nós es t am os nos re goz i j ando. Ot urupon- Owon ri n nós es t am os bri ncando. Is t o foi di vi nado pa ra aqu el es em O yo. El es di s s er am : Al go que cont ent ar á os cor açõ es del es es t á próx i m o. S e aproxi m ando r ápi do, m as el es dev eri am s a cri fi c ar quat ro pom bos , bas t ant e az ei t e- de- dendê e 8 000 búz i os . El es ouvi ram e s ac ri fi ca ram . El es di s s er am : Ès ù não s er á c apaz de t i rar s ua al e gri a. 158 – 2 ( Tradu ção do vers o) O di nhei ro m e vê e m e s egue, Ot urupon-Owon ri n. Um a es pos a m e vê e m e s egu e, Ot urupon- Owonri n. Um fi l ho m e vê e m e s e gu e, Ot urupon- Owonri n. Is s o foi di vi nado pa ra Ol as im bo At epam os e -Kol am al el o, que foi a cons el hado a s ac ri fi ca r de m anei ra que s ua honr a não lhe fos s e t i rad a. O s acri fí ci o: um a ovel ha e 4 200 búz i os . El e s acri fi cou.
Or ácul o 159
Owonrin-Òtúrá Es s e Odù fal a s obre evi t a r confl i t os com um fort e oponent e. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e dev e evi t ar um confl i t o fí si co ou um des ej o de "i r a des forr a" com al gu ém . 159 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ij am j a s em pre es t á prep arado di vi nou pa ra Ìgbí n (ca ram uj o) Om es o quando el e es t ava indo l ut ar com Ekun (l eop ardo). El es di s er am : O l eopardo es t á s em pr e pr epar ado e o car am uj o não deve ri a s e avent ur ar [ a des a fi a- l o] . Nós dei x am os p or cont a daquel e que é m ai s pode ros o que nós , Ol orun. El e foi acons el hado a f az er s a cri fí ci o de form a que des t i no poderi a l ut a r por el e. O s acri fí ci o: um abahun -ì j apá (t art aru ga ) e 3 200 búzi os . O car am uj o s acri fi cou. 159 – 2 ( Tradu ção do vers o) Nós pro curam os mui t o por i s t o; nós o a cham os . Is t o foi di vi nado para a fol ha gbé gb é, a qual foi orden ada a s acri fi car de fo rm a que podes s e t er boa s ort e em confi a r. O s acri fí ci o: dez es s ei s orogbo e 4 400 búzi os . El a ouvi u as pal avras e s a cri fi cou.
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El es di s s er am : A m ort e não l evará gb égbé, doenç a não a j ogará ao s ol o. Gbé gbé s em pre es t ar á verd e.
Or ácul o 160
Otura-Wonrin Es s e Od ù fal a da m ort e com o part e da ordem cós m i c a com o t am bém da nec es s i dade de cons ci ent iz aç ão fí s i ca e es pi ri t ual . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e não es t á s endo at en ci os os ou am oros o o s ufi ci ent e com s eus fi l hos . 160 – 1 ( Tradu ção do vers o) O Onis ci ent e conh ece aquel es que t rat am o próx im o com m al dade. P es s oas do cam po re conhe cem pes s oas da ci dad e. Vi aj ant es da Terr a e vi aj ant es do C éu, nós ver em os cad a um del es novam ent e. C upi ns não s e di s pers am s em l o go em s e gui da s e re agrup arem . Is t o foi di vi nado para nós s eres hum anos que s e l am ent am pel o o mort o. As pes s oas da t err a es t ão ret ornando pa ra onde el es vi eram . P ara quê as l a gri m as? P ar a quê t ri s t ez a? P ar a quê m over a s i m es m o par a ci m a e para baix o? P ara quê j ej uar? Aquel e que nos envi a é o m es m o que nos cham a de vol t a à c as a. Aqui l o que nos a gr ada na t err a não agrad a a Edùm arè. As pes s o as na t er ra s e reun em e faz em o m al . Edùm a rè não gos t a di s s o; Edùm ar è não acei t a i ss o. Ent ão, s e eu di go vai , voc ê vai e s e eu di go vem , você vem . S e um a cri an ça não conhe ce s eu pai , a t er ra não es t á cert a. A m ort e é aqui l o que l eva um a cri an ça a conhe cer o C éu. Quem es t á pens ando em Edùm arè? S e não houves s e Ès ù, o que pens ari am os pobr es? Todo mundo es t á pens ando em si m es m o; el es es t ão pro curando com i da e bebi da. M i st é ri o da es curi dão! Um a c ri anç a não conhec e s eu pai ! Fal e com i go pa ra que eu f al e com voc ê; por nos s as voz es re conhe cem os um ao out ro na es cu ri dão. S e um a c ri anç a não conhec e s eu pai , a t er ra não es t á c ert a. O s ac ri fí ci o: quat ro pom bos bran cos , quat ro ovel has e 8 000 búzi os . El es ouvi r am e s ac ri fi ca ram de m odo que puder am t er vi da lon ga e ver a bondad e e bên çãos .
Or ácul o 161
Owonrin-Irete Es s e Odù fal a de não s er s upers t i ci os o ou pa ranói co. Obs e rva ção oci d ent al : É nec es s ári o que o cl i ent e m edi t e s obr e s eus obj et i vos e aj a de m anei r a a at i ngi - los . 161 – 1 ( Tradu ção do vers o) Não há bat al h a no cam po; não há cons pi r ação na ci dad e. Is t o foi di vi nado pa ra Ol ofi n Iw aj o. El es di s s er am que o m andat o del e com o ch ef e s eri a bom . El es di s s er am que Ol ofi n dev eri a s acri fi car par a que a al egri a de s eu rei nado não t orna ri a as pes s oas pr egui ços as ou m ás . O s acri fí ci o: dez es s ei s car am uj os , um c ão e 14 000 búz i os . El e ouvi u as pal avras e s a cri fi cou.
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161 – 2 ( Tradu ção do vers o) Owon ri u des denhos am ent e de Ir et e, o des a fi ando a agi r, pe rgunt ando, " o que f ará Ir et e? ”. El es di s s er am que Ire t e pode pi s ot e ar e pode o s ubm e rgi r. Is t o foi di vi nado por Afi ’ni s ’ egan (z om bet ei ro ), Que foi acons el hado a s acri fi car de m odo que Ès ù não o j ogas s e cont r a al guém m ai s pode ros o. O s acri fí ci o: um a caba ça de i gb a ewo (i nham e pi l ado e as s ado) e nove car am uj os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
Or ácul o 162
Irete Wonrin Es s e Odù fal a de s e cons erv ar um a pos i ç ão de honr a. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e ganh a; oponent e perde ! 162 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ir e t e Wonri n di vi nou para Òrúnm ì l à, que di s s e que t odos aquel es que cons pi ram cont ra el e, cai ri am em ve rgonha e que nós não ouvi rí am os m ai s os s eus nom es , m as s im , nós ouvi rem os para s em pre com honr a o nom e de Òrúnm ìl à pel o m undo. O s acri fí ci o: um a ovel ha, um a gal i nha d’angol a e 3 200 búz i os . El e s acri fi cou. 162 – 2 ( Tradu ção do vers o) A gbe es t á t raz endo bondade à cas a; Ir et e es t á apent ando -os na m ão. Is t o foi di vi nado pa ra Tem it a yo, a quem foi pedi do s acri fi c ar para t er vi da l on ga na t err a. O s acri fí ci o: um a ovel ha, um pom bo, peper eku (t i po de e rva) e 4 400 búz i os . El e ouvi u e s acri fi cou.
Or ácul o 163
Owonrin-Se Es s e Odù fal a de vi t óri a s obre adve rs ári os . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s em pr e s er á a cus ado de prom i s cui dade s ex ual . 163 – 1 ( Tradu ção do vers o) Owon ri n-S e di vi nou par Ò rúnm ìl à. El es di s s er am : Òrúnm ì l à e as pes s oas de s ua cas a nunc a t i ves s em do que s e l am ent ar. El e foi ori ent ado a s acri fi car um pom bo e 3 200 búz i os .
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el e s acri fi cou. 163 – 2 ( Tradu ção do vers o) Owon ri n não pe ca; Owon ri n não pr at i ca o m al ; Owonri n es t a s endo f al s am ent e a cus ado. Foi di t o que Owonri n venc eri a e que el e dev eri a s acri fi c ar um gal o, um edùn- ààr á e 2 200 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou e col ocou a pedra de r ai o em s eu If á .
Or ácul o 164
Ose-Owonrin ( Ose-Oniw o, Ose-Oloogun ) Es s e Odù fal a de s ac ri fí ci os par a r epar ar noss a forç a e prot eç ão. Obs e rva ção oci dent al : Des as s os s e go no negóci o ou c arr ei ra do cl i ent e pode s er equi l i brado at r avés de renov ação es pi ri t ual . 164 – 1 ( Tradu ção do vers o) Eu es t ou des gos t os o, a wo da Terr a; eu es t ou c ans ado awo do C éu. Is t o foi di vi nado pa ra P okol aka quando es t e es t ava i ndo cur ar Ogi ri (par ede ). El e foi ori ent ado a s acri fi car de m odo que O gi ri não m orres s e s obre el e. O s acri fí ci o: t rês gal os e 6 600 búzi os . El e ouvi u por ém não s ac ri fi cou. P okol aka é o nom e pel o qual ch am am os um a forqui l ha. 164 – 2 ( Tradu ção do vers o) C ol oque i ye - ì ros ù que foi m ar cado com o Odù Os e- Oni wo em em um pot e gra nde; adi ci one um a quant i dad e gene ros a de rai z es de it o e de eenu (t i po de frut a ); vert e r á gu a dent ro e cobri r o pot e; m i st ur e ci nz as à águ a e l acr ar a mi s t ura por s et e di as . Am ar re nove ee ru com l i nhas pr et as e branc as no pes coço do pot e. Abr a o a gbo (i nfus ão ) no s ét i m o di a par a tom ar banho. S eu efei t o: Enquant o voc ê es t á us ando es t e agbo, nenhum fei t i ço nem enc ant o o afet arão, e t odas s uas bênçãos s erão re cebi das .
Or ácul o 165
Owonrin Fú Es s e Odù fal a de c al am i dade im i nent e e a s uprem aci a de If á . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e não pode fi c ar focando em qual quer coi s a.
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165 – 1 ( Tradu ção do vers o) Owon ri n Fú, Owon ri n Fú di vi nou par a as pes s oas de If e- Oo ye. El es di s s er am : Tem po vi rá no qual as cri anças do m undo cam i nhar ão a m ei o c am i nho do C éu e da Te rra (com o um pás s a ro). Foi pedi do às pes s oas de If e que fi z es s em s acri fí ci o de m anei r a a evit a r que s ofres s em um a gr ande pe rda naqu el e t em po. N áo com e çari a em Il e- If e m as s eri a m undi al . O s ac ri fí ci o: òwú e gún gún, quat ro pom bos bran cos , quat ro vac as br anc as , quat ro ovel h as br anc as , i ye - àgbe (ti po d e pás s aro ) e 3 200 búz i os . El es ouvi ram as pal avr as m as não s a cri fi c aram . El es di s s e ram que el es j á t i nham s a cri fi c ado para and ar no s ol o. El es não andam pel o a r. 165 – 2 ( Tradu ção do vers o) Owon ri n s opra a t rom bet a di vi nou par a Òrúnm ì l à. El es di s s eram que a cas a de Òrúnm ì l à não fi ca ri a des ocup ada (vá ri as pes s oas es t ari am procu rando por el e ). Todas as pes s oas ouvi ri am fal ar de s ua fam a e es t ari am a s ua procur a. O s a cri fí ci o: um ca ram uj o e 20 000 búz i os al ém de fol has de Ifá ( es o). El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. Fol h as de Ifá for am pr epar adas par a el e e el e foi as s egurado de que t odas as bênçãos vi ri am f aci l m ent e.
Or ácul o 166
Òfún-Wonrin Es s e Odù fal a de boas ações que t raz em s uas próp ri as re com pens as . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s e s ent e dep reci ado em l ugar de s at i s fei t o. 166 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òfún dá pa ra s e r ac ari ci ado; Òfún dá para s er cui dado. Is t o foi di vi nado pa ra Odùdù a, que far á bem ao mundo i nt ei ro. El e di s s e que faz er bem m undi al é a m el hor car act e rí st i c a do ca rát e r. El es di s s er am : Um a part e do m undo não o a gr ade cer á. Al guns nem m es m o s aber ão o bem que el e f ez a el es . El es não conhe cer ão s eu us o. El e di s s e: Um pai não dá s en ão coi s as boas aos s eus fil hos . A m ãe de um a cri an ça não dá s enão coi s as boas à s ua cri an ça. Foi pedi do a Odùdù a que s acri fi c as s e de m odo que t oas as coi s as bouas dadas a el es , s e não aprov ei t adas , pudes s em ret orn ar- l he. O s acri fí ci o: um pom bo, um ewi (t art arug a do ri o), 16 000 búzi os e fol has de If á. El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 166 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òfún os deu a aca ri ci ar; Òfún os deu a ri r. Is t o foi di vi nado pa ra Ol ak anm i , que di s s e que Edùm ar è t rari a coi s as boas . Foi pedi do que el e s acri fi cas s e de m odo que s eus ini m i gos não ti ves s em poder s obr e el e e fi z es s em com que el e perd es s e sua propri ed ade. O s acri fí ci o: t rês fac as , t rês gal os e 6 000 búzi os . Ol ak anm i s acri fi cou.
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Or ácul o 167
Òbàràkànràn Es s e Odù fal a de um a pos sí vel di s cordân ci a com am i gos e s óci os e de s ol uções par a as cont rol a r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e en ca ra con fl it os no t rab al ho. 167 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òba ràk ànràn di vi nou pa ra Iwo (o pap agai o), que foi acons el h ado a s acri fi c ar de m odo a evi t ar cai r em des gos t o com os out ros pás s aros . O s acri fí ci o: m i l ho, pi m ent a -da- cos t a e 2 000 búz i os . El e ouvi u as pal avras m as di s s e que não s acri fi cari a. 167 – 2 ( Tradu ção do vers o) El e des ej ou fal a r m as foi i m pedi do por Òb àrà ràk ànràn. Aquel e que eu ofendi ! El e qui s fal ar m as não pôde; Òbà rà ràkàn ràn im pedi u- lhe de s e queix ar de mi m par a o m undo. A vara i m pede ao peix e de fal a r; A var a im ped e ao rat o de fal ar. El em berun nunca f al ar á aos ouvi dos das pes s oas . As fol has de If á uti l iz ad as : A var a na qual um pei x e foi t os t ado, a va ra na qual um rat o foi t os t ado, um orogbo e fol has de El em be run. Es t es el em ent os devem s e r am ar rados em faz enda de al godão com l i nhas pr et as e branc as . O pa cot e deve fi c ar bem apert ado. A prep ar ação dev e s er m ant i da no bol s o do dono, e o us uári o s em pre dev e m ast i gar pi m ent a- da- cos t a, nove grã os em núm ero, para os enc ant am ent os .
Or ácul o 168
Òkànràn-Bàrà Es s e Odù fal a de af as t am ent o de m ort e prem at u ra e da pr evenç ão de des as t re nat ural que pode ab at er noss as cas as . Obs e rva ção oci dent al : Es s e Odù i ndi ca um a fort e pos s i bi l i dade de confl i t os com c ri anç as e pai s . 168 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òkàn ràn -B àrà di vi nou pa ra Ol as oni , que foi ori ent ado a s acri fi car um a ovel ha e 4 400 búzi os de modo que ti ves s e vi da l onga e s audável . el e não s a cri fi cou. 168 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òkàn ràn -B àrà di vi nou pa ra Ol a-Ò gún, que foi ori ent ado a s acri fi car de m odo que o r ai o não di s t rui s s e s ua c as a. O s acri fí ci o: um ca rnei ro, ge neros a quant i dad e de az ei t e- de- dendê, pequ enas banan as m aduras , 2 400 búz i os e fol has de If á . C ave um bura co no ch ão da cas a, vert a o az ei t e- de- dendê nel e e col oque o r es t ant e dos i t ens des cri t os aci m a. C ubra t udo com arei a e suavi s e o l u gar com água.
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O rácu l o 169
Òbàrà-Ògùndà Es t e Odù fal a da nec es s i dade de s e r epar ar um a m á reput a ção de form a a gar ant i r s uc es s o. Obs e rva ção oci d ent al : O t rabal ho do cl i ent e es t á fi cando pra t rás . Aç ão es pi ri t ual i rá cons ert ar i s s o. 169 – 1 ( Tradu ção do vers o) Nós ol ham os à frent e e ni n guém é vi s t o; nós ol ham os at rás e ni ngu ém é vi s t o. Is t o foi di vi nado pa ra Ol ofi n Iw at uka, a quem foi pedi do s ac ri fi ca r s e des ej as s e t er um a c as a chei a. El e pergunt ou, “qu al é o s ac ri fi ci o? ” El es di s s er am : um pom bo, 20 000 búzi os , fol has de If á (t ri t ure j unt o fol has de ol us es aj u e s aw er epepe com um pequ eno form i gu ei ro com al gum as form i gas dent ro; mi s t ure t udo com s ab ão-da cos t a [o s abão no val or de 1 200 ou 2 0 00 búz i os] ; que o s an gu e do pom bo s ej a ve rt i do em t odo o pr eparo; us e par a l avar o corpo do cl i ent e). O cli ent e s er á acons el hado a m udar de nom e após o s a cri fí ci o. 169 – 2 ( Tradu ção do vers o) A cas a de Ol u é boa; s ua varand a é t ão boa quant o. Is t o foi di vi nado pa ra Ol u- Iwo , que foi dit o que el e nunc a c ai ri a em des crédi t o. Lh e foi t am bem acons el hado a s acri fi car de m odo a evi t a r m ort e pr em at ura; um a ovel ha, um a t art a ruga, 4 400 búz i os e fol has de If á . El e s acri fi cou. Fol h as de Ifá for am pr epar adas par a s eu us o (t ri t urar fol has de i fos i e ori j i , i yer e e i rugb a; faç a um c al do com a c arn e da i j apa; is s o é para s er com i do de m anhã bem c edo). Eles disseram: O ruído de ifosi (semente) não danifica eleti (folha). Você não será movido pelas fofocas da terra. O rácu l o 170
Ògúndá-Bàrà Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s a cri fí ci o pa ra m ant e r um rel a ci onam ent o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á envol vi do em um i nt ens o m as fút il r el aci onam ent o. 170 – 1 ( Tradu ção do vers o) Odi di -Afi di t i di vi nou pa ra Ògún quando el e es t ava i ndo t om ar Òbàrà por es pos a. Er a de conheci m ent o ger al que Òbàr à nunc a fi cou mui t o t em po com um hom em ant es de m udar-s e. Ò gún di s s e que el e es t ava f as ci nado por el a. El e foi ori ent ado a s ac ri fi ca r um a gal i nha epi pi (um a ave com pen as es c as s as ), um vi vei ro de gal i nha, 4 400 búz i os e fol has de If á . El e ouvi u e s acri fi cou. 170 – 2 ( Tradu ção do vers o) Um s ol o em que há danç a s em pr e es t á i rregul ar; um c am po de bat al h a t am bém é des ar rum ado. Is t o foi di vi nado pa ra Ò gún quando el e es t ava indo l ut ar com Òbàr à. El e foi as s egur ado que t eri a s uces s o m as que dev eri a s acri fi c ar de m odo a evi t ar a m ort e de Òbàr à na bri ga. O s acri fí ci o: doi s ces t os com papel s ol t o e fol has , duas gal i nh as e 4 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
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El es di s s er am : Duas gal i nhas não m orrem por l ut a r. C est os ch ei os de pap el e fol has não m orre quando c arr egados . Or ácul o 171
Òbàrà-Òsá Es s e Odù adve rt e cont r a fr egues i a fraudol ent a. Obs e rva ção oci d ent al : Des as s os s e go em oci onal conduz a erros prát i cos .. 171 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òbà rà -Òs á di vi nou par a Et a, que foi i nform ado que um de s eus cl i ent es es t ava pl anej ando fugi r com s eu di nhei ro. El e foi ori ent ado a s a cri fi c ar de m odo que s eu cl i ent e provavel m ent e pa gas s e s eus débi t os . O s a cri fí ci o: pom bos , um a gal i nha, 2 200 búz i os e fol has de If á (pi l ar j unt o fol has de ees i n e t a gi ri com s ab ão- da-cos t a; que o s angue da gal i nha s ej a vert i do na mi s t ura). El e s acri fi cou. Foi - l he di t o que Ees i n não fra cas s a ri a em obt er s eu di nhei ro na dem anda. Es t e s abão é pa ra banho. 171 – 2 ( Tradu ção do vers o) Tri t ure fol has de j às ókè com s ab ão- da-cos t a. C ol oque a mi s t ura em um a c abaç a li m pa e es pa rram e s obre el e o pó da pl ant a s e ca erun (obo). Tra ce o Odù Òb àrà -Òs á nel e e r eci t e o s e gui nt e en cant am ent o: Qu ando o fei t i cei ro m e vi u, pergunt ou que eu e ra. Eu di s s e, “eu s ou o fi l ho de Òbàr àÒs á ”. Quando a brux a, a mort e e Ès ù m e vi ram e ques t i onar am que eu era, eu di s s e a cada um del es , “ eu s ou o fil ho de Òbàr à- Òs á”. O fi l ho de Òbà rà- Òs á não corr e; O fi l ho de Òbàrà -Òs á nunc a mor re; el e nunca adoec e; ”. “O fi l ho de Òb àrà -Òs á nunca l eva m á r eput aç ão”. Not a: Ponha a cab aç a em um a s a col a de pano bran co e pendure -a no t et o s e você pref eri r. Is t o é pa ra s er us ado no banho.
Or ácul o 172
Òsá-Bàrà Es s e Odù fal a do peri go de pat roci nado res pe rdi dos ou de um i ndi ví duo. Obs e rva ção oci d ent al : Es s e Odù m os t ra pa ra o cl i ent e com o r eac ende r cham as apa rent em ent e m ort as . 172 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os cov ard es ced em ao s ofri m ent o foi di vi nado para Ake re gb e (a cab aça ), que dependeu das m ul heres e c ri anç as j ovens . El e foi ori ent ado a s acri fi car um pom bo, um a gal i nha e 6 600 búzi os de m anei ra que el e não s e de cepci on as s e de repent e com s eus part i dári os enqu ant o el e es t av a em gl óri a. El e ouvi u as pal avras m as não s a cri fi cou. 172 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òs á ret orn a rapi d am ent e s e el e fu gi u; el e ret orna à c as a rapi dam ent e; des pr ez í vel vol t a à cas a rapi d am et e. Um a cri an ça pequen a s ai co rrendo r api dam ent e do cam po ees i n. Des p rez í vel r et orna à cas a rapi dam ent e. Fol has de If á; P art a um obì de s ei s gom os ; pegue s ei s fol has de ees i n bran cas (ees i n- wàr à); t ra ce o Odù Òs ábà rà no t abul ei ro de If á com i ye- ì ros ù. com o
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m enci on ado aci m a, us ando o nom e da pes s oa que part i u. Ent ão col oque um pouco de I ye - ì ros ù na fol ha de e es i n com um dos gom os do obì e l eva r is t o a Ès ù for a ou no port ão da ci dade. R epi t a is s o s ei s vez es . Is t o é uti l iz ado par a t raz er um fu gi t i vo de vol t a à cas a. A coi s a s urpr eendent e acr ca di st o é que, não i m port a a di s t ânci a do fugi t i vo, el e é obri gado a ouvi r s eu nom e s endo cham ado. Um a fol ha de e es i n, um gom o de obì e um pouco de i ye -ì ros ù us ado s ei s vez es é s ufi ci ent e a es s e propós i t o. Ve rt er az ei t e -de- dendê as s im q ue com pl et ar a oper aç ão. Or ácul o 173
Òbàrà-Ká Es s e Odù fal a fal a de m ant er poder e i nfl uênci a.. Obs e rva ção oci dent al : Di fi cul dades m undanas podem s er evi t adas at r avés de um a nova ex peri ên ci a es pi ri t ual ou em oci on al . 173 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òbà rà -Ká di vi nou par a Ol ubol aj i , que fal ou que que el e s eri a um a pes s oa i m port ant e e am ada por vári as pes s oas m as que deve ri a faz er s a cri fí ci o de m odo a evi t ar perda de bens . O s acri fí ci o: um pom bo, um a gal i nha, um a t art aru ga e 3 200 búz i os . El e s acri fi cou. Após s a cri fi c ar el e cant ou: Eu es t ou fel iz , Òbà rà -Ká. Nós es t am os danç ando e regoz ij ando, Òbàr à- Ká. 173 – 2 ( Tradu ção do vers o) Kow ee, o Adi vi nho da t er ra; Ogbi gbi , o Adi vi nho dos C éus . S e Kowe e, indi ca a ch egada do j ovem em t er ra. O pé do R ei é com um ; O pé do R ei é com um . El es ut il i z aram en cant am ent o para Òrúnm ì l à, que foi rod eado por ant agoni s t as . El e foi as s egurado da vi t óri a s obr e el es . Foi dec ret ado que as fol has ewo dra ga ri am s eus ant agoni s t as par a o C éu, e eeru l evari a a des gr aç a a s eus i ni m i gos . Òbàr à- Ká s e gur ari a as m ãos del es . As fol has de If á : Le ve fol has de ewo de cas a (as pequen as , ar ranc adas com s eus dent es , não s uas m ãos ). C onsi ga t am bém ee ru awoi ka (aqu el e que pi n ga s em ar ranc ar, um s ó) e um car am uj o. Tor rar t udo junt o, pul ve riz e e guard e em um a àdó. S e voc ê t em um ou m ai s i ni mi gos , es p al he o pó no ch ão li m po de s ua cas a. Tr ac e o Odù Òbàr à- Ká e reci t e a i nvoca ção aci m a. Es pa rram e em ge nufl ex ão. Fei t o is s o, você dev e pi n ga r az ei t e -de- dendê em volt a da m edi ci na. F aça i s s o por um m ês . Or ácul o 174
Ìká-Bàrà Es s e Odù fal a de m ei os de s e t ornar adoráv el e at r at i vo ao out ros . Obs e rva ção oci dent al : Há a probabi l i dade de conc epç ão. O cl i ent e dev e s er cui dados o s e a con cepç ão não for des ej ada; gr at o s e fo r. 174 – 1 ( Tradu ção do vers o) C am i nhe r api dam ent e que nós podem os fugi r ao t em po. Voe rapi dam ent e que nós podem os r et ornar no t em po. Is t o foi di vi nado t ant o par a As a quent o para Awodi . Fo ram - lhes pedi do que s a cri fi c as s em de m odo que fos s em am ados por todos os hom ens . O s acri fí ci o: oi t o ca ram uj os , 16 000 búz i os e fol has de If á . El es ouvi ram as pal avr as m as não acri fi car am . 174 – 2 ( Tradu ção do vers o)
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Kek e pode danç ar, o pás s aro pode voar foi di vi nado para Lek el ek e e s ua es pos a. Lh es foi fal ado que o pom bo s em pre os cons ult a ri a em qual quer coi s a que el e qui s es s e faz er, s e el es s a cri fi c as s em doi s Efun, doi s m ecani s m os de fi ação e 2 400 búzi os . El es s a cri fi c aram . Not a: D es de ent ão, nós diz em os , “vo cê não vê a bel ez a de Lek el ek e, cuj a el egân ci a af et ou a pom ba? ”. O rácu l o 175
Òbàràtúrúpòn Es s e Odù fal a das s ol uções para inf ert i l i dade e abort os . Obs e rva ção oci d ent al : S acri fí ci o ao Òrì s à é i ndi c ado pa ra a conc epção. 175 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ol adi pupo di vi nou par a Aroko (qui abo ), que es t av a cho rando porque s ua es pos a não ti nha fil hos . Lh e foi dit o que s acri fi cas s e um a cab ra e 16 000 búz i os de m odo que s eus des ej os fos s em concedi dos . El e ouvi u e s acri fi cou. 175 – 2 ( Tradu ção do vers o) Om o- M aar a di vi nou para Ol ofi n, que es t av a i ndo com pra r um a es crav a. el e foi adve rt i d o a s ac ri fi ca r de modo que não perd es s e di nhei ro com a es crav a devi do a cons t ant e pe rda de cri an ças del a. O s acri fí ci o: um a t art aru ga, um a ovel ha e 16 000 búzi os . El e s acri fi cou. El e foi as s egur ado que a m ul he r s eri a fé rt il e que el e ga nhari a por el a s em pes a res . O rácu l o 176
Òtúrúpòn’Bàrà Es s e Odù fal a da i m port ânci a de m ant er a s aúd e par a as s e gu rar um a vi da l on ga. Obs e rva ção oci d ent al : Os Fi l hos s ão hos t i s a um novo rel a ci onam ent o dos pai s . 176 – 1 ( Tradu ção do vers o) Honr a vai , honr a vem di vi nou par a I ya m ool e, que di s s e que s ua fi l ha s eri a s audável m as que não des ej ari a es t ar em s ua com panhi a quando el a c res c er. O s acri fí ci o: um pom bo (e yel é- eji gbe re) e 12 000 búz i os . El a ouvi u e s acri fi cou. 176 – 2 ( Tradu ção do vers o) M ari dos louvam as s uas es pos as ; os m ari dos de out ras pes s o as nunca nos louva ri am . Is t o foi di vi nado pa ra Teni m aas unwon, o m ari do de Aj em oori n. Foi di t o a Teni m aas unwon que a mul her que el e es t ava propondo cas am ent o s eri a um a boa es pos a m as que deveri a s ac ri fi ca r de modo que el a não mor res s e j ovem . O s acri fí ci o: um a ovel ha, um ca ram uj o e 3 200 búz i os . El e ouvi u as pal avras e s a cri fi cou. O rácu l o 177
Òbàrà-Túrá
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Es s e odù foca no res pei t o em nos s o l ar e no t rab al ho. Obs e rva ção oci d ent al : Um rel a ci onam ent o es t á caus ando des arm oni a. 177 – 1 ( Tradu ção do vers o) O pequeno adi vi nho de Ol o yo di vi nou par a o r ei de Ol o yo , que propos com pra r a mul her que el e gos t ou com o es cr ava. El e foi advert i do pa ra não com pra r a mul her pois el a er a um di s perdi s aro ra. Ol o yo di s s e, “qu al o s acri fí ci o par a prev eni r que el a di s perdi c e s e eu a com prar? ”. O s acri fí ci o: oi t o ca ram uj os , um a cab aç a de ewo, quat ro pom bos , 16 000 búz i os e fol has de If á. El e não s ac ri fi cou. 177 – 2 ( Tradu ção do vers o) Apap at i ako, At uwon-ni l et uwon- loko di vi nou para a gal i nha e s eus pi nt os . Lh e foi dit o que um fort e i ni mi go es t av a vi ndo at a ca- l os ; s e s ai s s em de cas a pa ra o c am po, el e os p ers e gui ri a, m as m as s e s acri fi cas s em , t ri um fa ri am . O s ac ri fí ci o: um car am uj o, 3 200 búzi os e fol has de If á (f az er um cal do com fol has de owo m oi das e com o c ar am uj o e t om a r). foi decl a rado que: O fal cão não dani fi c ari a um car am uj o; t udo que el e pode faz e r é obs e rva- l o. Vo cê s er á r es pei t ado. Or ácul o 178
Òtúrá-Bàrà Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s e não vi ol ar t abus . Obs e rva ção oci d ent al : A opi ni ão ou deci s ão do cl i ent e s er ão ques t i onados . 178 – 1 ( Tradu ção do vers o) P aa rakoda di vi nou pa ra Ol obede Ip et u, que di s s e pa ra s a cri fi c ar um c abri t o e a fac a em suas m ãos ant es de i r pa ra a roç a. El e s e recus ou e foi par a o c am po. As s i m que es t av a r et ornando para cas a após s eu t rabal ho na roç a, el e t ent ou col her al gum as beri n gel as . P ara a s urpr es a del e, um crâni o s eco pe rt o da beri nj el a fal ou a el e, “não m e toque, não m e t oque, voc ê não m e vê? ” Ol obede Ip et u fi cou com m edo e corr eu para rel at ar o ocorri do ao rei . El e im pl orou ao rei que m andas s e al guém de vol t a com el e, diz endo que s e el es encont r as s em al gum a coi s a cont ra ri a ao que el e di ss e, el e pode ri a s e r m ort o. O r ei apont ou doi s hom ens para i r com el e. Che ga ndo ao loc al , Ol obede fez ex at am ent e com o t i nha fei t o na pri m ei ra vez , m as para s eu horro r não houve nenhum a r es pos t a. El e foi mort o no l ocal de acordo com a prom es s a de Ol obede e as i ns t ruções do rei . As s im que os hom ens es t avam s e pr epar ando par a r et ornar ao r ei par a cont ar o que fi z er am , o crâni o s eco di s s e, “M ui t o obri gado, eu es t ou m ui cont ent e ”. El es for am narr ar o a cont eci do. O rei envi ou out ros oit o hom ens com os doi s pri m ei ros . Os doi s hom ens di s s er am ex at am ent e com o fi z er am , e pa ra o hor ror del es o cr êni o s eco nad a fal ou. El es t am bém foram mort os no l oc al . P ara encurt a r a hi s t ori a. vári as pes s o as m orre ram des as m an ei ra, quas e c em pes s o as . Event u al m ent e, o ocor ri do foi rel at ado a Òrúnm ìl à, a quem foi pedi do cons el ho s obre o que deveri a s e r fei t o pa ra t erm i nar es t a c at ás t rofe. Ò rúnm ìl à ori ent ou a s a cri fi c ar um a cabr a, um a gal i nha, 4 400 búz i os e fol has de If á . El es s e gui r am a ori ent a ção e s a cri fi c aram . Òrúnm ì l à em s e gui da os ori ent ou a i r ao l ocal e rem ove r o cr âni o e ent e rr a-l o com o um s er hum ano, em con form i dade com os ri t os funer ári os . El e t am bém os a cons el hou a não t ocar qual que r coi s a onde quer que el es ach as s em m arc ada com aal e (um a m ar ca para um a coi s a não s er t ocado por ni ngu ém com ex ces s ão do dono). A m es m a advert ên ci a foi pas s ada ao redo r da ci dade, que el es nunca deveri am m ex er com qual quer coi s a m ar cada com aal e. O rácu l o 179
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Òbàrà-Retè Es s e Odù fal a de s uces s o e es t abi l i dade s e s ac ri fí ci o for re al iz ado. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em boas pers pe ct i vas par a um novo t rabal ho ou negóci os . 179 – 1 ( Tradu ção do vers o) Oba ra -ret e, boas coi s as vi r ão at é mi nha m ão. Is t o foi di vi nado pa ra Agbonni re gum , que foi dit o que al gum a coi s a boa es t áva res e rvado a el e e que el e deve ri a s ac ri fi ca r um pom bo, um car am uj o e fol has de If á. El e ouvi u as pal avras e s a cri fi cou. 179 – 2 ( Tradu ção do vers o) Oba ra -ret e di vi nou pa ra Òrúnm ìl à, a quem foi di t o que dev eri a s ac ri fi ca r de modo que não encont r as s e gr and es probl em as e s em pr e podes s e es t ar por ci m a onde quer que el e fos s e. O s acri fí ci o: um ca ram uj o, t eci do branco, 3 200 búz i os e fol has de If á . El e s acri fi cou. Foi ent ão de cret ado que nad a de de t ão di fí ci o at r aves s a ri a s eu cam i nho. Òrúnm ì l à i ni ci uo a s i m es m o em If á, e el e s em pre i ni ci ari a t odos os es t udant es de If á.
179 – 2 ( Tradu ção do vers o) Oba ra -ret e di vi nou pa ra Aki nt el u a quem foi di t o que deveri a s ac ri fi ca r de m odo que o vi l ar ej o que el e fundou t i ves s e s uc es s o. Oi t o ca ram uj os , um a ovel ha, 16 000 búz i os e fol has de If á dev eri am s er s ac ri fi cados . El e s acri fi cou. O rácu l o 180
Irete-Òbàrà Es s e Odù fal a do us o de fei t i ço para cont rol ar di fi cul d ades . Obs e rva ção oci d ent al : Cui dado com pes s oa t rap ac ei ra. 180 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ni n guém es t á al ém da regra do rei ; ni n guém es t á al ém da im pres s ão de Tet e. Is t o foi di vi nado por Òrúnm ìl à ao r ei quando es t e s e encont r ava cer cado de i nim i gos . Foi - l he as s e gu rada a vi t óri a s obr e el es . O s acri fí ci o: um cab ri t o e 6 600 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 180 – 2 ( Tradu ção do vers o) As ej ej es a ye, As ej ej es a ye, As ej ej es a ye, War awa ram as e, Wara war am as e, Waraw aram as e, Ir et e -Oba ra t ra ga t oda bondade pa ra as fol has de If á. C oz i nhe fol has de t et e at et eda ye com o um a s opa par a s er com i da em t oda com i da. Ou t rit ur e fol has de woro e i yer e e as cozi nhe em um a sopa pa ra vel ha cos , com pei x e aro
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pa ra com i da. Quando a s opa es f ri ar, t rac e o odù Ir et e- Obar a no i ye - ì ros ù, reci t e a i nvoca ção a ci m a e a cres cent e à s opa. O rácu l o 181
Òbàrà-Òsé Es s e Odù fal a de m ei os de cont rol ar as forç as nat ur ai s . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne ces s i t a de puri fi ca ção para s e l i vrar de en ergi as negat i vas . 181 – 1 ( Tradu ção do vers o) El es di s s eram , “onde es t á m eu pai? ”. Eu di s s e “m eu pai m orr eu”. “Ond e es t á mi nha m ãe? ”. Eu di s s e “M i nha m ãe es t á na c at acum ba e f al a rui dos am ent e”. El es di s s eram , “voc ê é fi l ho de quem? ”. Eu di s s e ”eu s ou o fi l ho de Oba ra -Os e, que i gno rou as r egras ”. Eu fui es pan cado s eve ram ent e e fui es bof et eado aqui e l á, li vrem ent e com o as cabr as com em . O fi l ho de Oba ra- Os e nunc a s ofr e, Oba ra Os e não pe rm it e que s eu fi l ho pad eça s em nec es s i dade. Fol has de If á: Pul veri s e fol has de ej a (ha ri ha) e fol has de àr ère que fo ram col hi das da á rvore m ãe. P onha o pó na fa ce de um ca ram uj o e t race o odu Oba ra -Os e nel e. R eci t e o encant am ent o aci m a e o em brul he com um pedaço de t eci do pret o e com l i nha pret a. F eche os ol hos e j ogu e em um arbus t o. 181 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ai s i re f ’a gbon i s al e pal e. S e a chuva foi i nvoc ada, el a deve c ai r. S e a paus a da chuva é i nvocad a, el a dev e ces s a r. Is t o foi di vi nado para Òrúnm ì l à, que foi as s egurado que Eri nwo Os i n nunca s eri a m ol hada pel a chuv a. Obara -Os e, eu t e i nvoco, s al ve es t e boni t o ves ti do de s er abat i do pel a chuva. C ant i ga: Não deix e chov er, não deix e chov er, Obar a-Os e não dei x e chove r. Fol has de If á: P egue um ped aço de t e ci do br anco e t rac e o odù Obar a-Os e com i ye - ì ros ù em s ol o s eco do l ado de fo ra [do l ocal ] . R eci t e o en cant am ent o aci m a e ent ão am arr e es t e i ye- ì ros ù com o t eci do branco e pendur e a t roux a em um a arvor e. Não chover á nes s e di a. S e ni ngu ém jo ga r água naquel e m es m o l uga r onde o If á foi pl ant ado, não chove rá aquel e di a. Or ácul o 182
Òsébàrà Es s e Odù fal a de m ei os de gar ant i r o fut uro s uc es s o de um a cri an ça e adv ert e adul t os s obr e qual quer j ornad a que poss a apa rec er. Obs e rva ção oci d ent al : Há m ui t a ba gunç a nas at i vi dad es quot i di an as dos cl i ent es . El e ou el a pre ci s a vol t ar pas s o e re cons i der ar suas at i vi dad es . 182 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òs éb àr à di vi nou para um r ec ém -nas ci do, cuj os pai s foram ori ent ados a faz er um s a cri fí ci o de m odo que a cri ança não s ofr es s e por fal t a de m oradi a quando cr es ces s e. O s acri fí ci o: ba gr e, 2 400 búz i os e fol has de If á que a cri an ça de form a que a cri anç a pos s a l evar um a vi da prós p era. 182 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òs éb àr à di vi nou para o es t al aj adei ro que es t av a i ndo à res i dênci a de out ro hom em em um a t erra ext r angei r a. Foi - l he dit o que s ua j ornad a não t eri a s uces s o; lo go, não deveri a i r. Foi -l he pedi do que s a cri fi c as s e duas gal i nhas , 8 000 búz i os e fol has de If á .
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O rácu l o 183
Òbàrà-Òfún Es s e Odù fal a de um gr and e s uces s o fi nanc ei ro. Obs e rva ção oci d ent al : Es s e é um ót im o m om ent o par a um novo t rabal ho ou um ri s co com e rci al . 183 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ar al em i kaka awo Ob ara -Òfún (t rês vez es )! O ro mi gbed egbed e awo Oli pom oj e (t r ês vez es )! Oro mi po kel e (t rês vez es )! If á foi cons ul t ado para A gbonni r egun. C ant i ga: Há um a gr and e quant i dade de di nhei ro nes t e l ugar; nenhum cont ado r cont a rá os luc ros do mi l ho no s ol o. Fol h as de Ifá : t rit ur e s em ent es de aj é e gr ãos de s orgo 3 at é vi rar pó. Tr ac e o odù Obara -Ofun no pó. R eci t a r a i nvoc ação a ci m a e mi s t ure o pó com s abão- as -cos t a; col oque al guns i koode e um t ant o de s ab ão em um a l am pa ri na de barro nova. Que a pen a de pap agai o fi que apoi ada no bi co da l am pa ri na e s om ent e um a part e s obres s ai a. O s ab ão é para l ava r as m ãos t odas as m anhãs . Faç a um ar ranj o de búzi os [s em cont ar quant os ] ao redo r da l am pa ri na de barro. Qu e o s an gue de um pom bo s ej a vert i do no s ab ão; m et a t am bém a cabe ça do pom bo no s ab ã. Abra um obì de quat ro gom os e di s ponha ao redor da l am pari na. Ent oe a c ant i ga de Ifá enqu ant o faz es s a prep ara ção. 183 – 2 ( Tradu ção do vers o) It un es t á refo rm ando- m e, If á es t á os at r ai ndo com s eus di nhei ros . Vi s it ant es de um a l onga di s t ânci a es t ão procur ando- m e. Is t o foi di vi nado por Òrúnm ìl à, que ori ent ou a s ac ri fi ca r de m odo que el e vi s s e coi s as boas t odos os di as de s ua vi da. O s acri fí ci o: um peda ço de pano bran co, um pom bo bran co um a gal i nha branc a e 4 400 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 183 – 3 ( Tradu ção do vers o) di nhei ro ci ngi ndo, es pos a ce rc ando. di vi nou para Tewo gbol a, que foi ori ent ado a s acri fi car quat ro pom bos , um a gal i nha e 16 000 búzi os , poque foi pr evi s t o que um pás s aro t rari a bondad e a el e. El e ouvi u e s acri fi cou. O rácu l o 184
Òfún’Bàrà Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de prot e ge r nos s os bens . Obs e rva ção oci dent al : Condi ções de ne gó ci o f avoráv ei s podem s ofr er por caus a de um indi ví duo i ndi gno de confi ança. 184 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ofun ’B ar a di vi nou para Ol u- Ot a, que di i s e que mui t as pes s oas o pat ro ci nari am e cons equ ent em ent e el e fi ca ri a ri co. El e foi acons el hado a s acri fi car cont ra m al fei t ores . 3
É uma planta de origem africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na alimentação animal, principalmente de bovinos (guinea corn).
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O s acri fí ci o: quat ro pom bos , 4 400 búz i os e fol has de If á. El e ouvi u e s acri fi cou. 184 – 2a (Tr aduç ão do vers o ) Òfún es t ava dando Oba ra, Òfún es t av a dando cari nho à um a i ngrat a. Is t o foi di vi nado para um hom em a quem foi di t o que um a ce rt a m ul he r que el e gos t ou, pl anej ou furt a- l o e abandon a- lo. El e deveri a s a cri fi c ar um cab ri t o, az ei t e, obì e fol has de If á . 184 – 2b ( Tradu ção do vers o) Òfún es t ava dando Oba ra di vi nou par a um hom em cuj os pert en ces es t avam s endo ex i gi dos por um i m post o r. El e foi ori ent ado a s acri fi car um cabri t o, ax ei t e-de -dendê, obì e fol has de If á de m odo que el e não fos s e s eduzi do por Ès ù a conc ede r os pert en ces ao i m post o r. O rácu l o 185
Òkànràn-Egúntán Es s e Odù es t abel e ce a cri ação da Terr a. Obs e rva ção oci d ent al : Est e é um m om ent o r el aci onam ent o s e for ini ci ado com caut el a.
aus pi ci os o
par a
um
novo
t rabal ho
ou
185 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um a cor rent e c ai e f az o som woroj o. Is t o foi di vi nado par a Òrúnm ì l à e os quat roc ent os Ir únm al e quando Ol odunm ar e reuni u toda s ua ri ques a em um úni co l ugar. El e convo cou todos os Ir únm ol e pa ra que el es a l evas s em par a t er ra. Foi pedi do a el es que fiz es s em s ac ri fí ci o porque Ol odunm are des ej ou i ncum bi -l os de um a t are fa. O s a cri fí ci o: um a gen eros a quant i dad e de i nham e pi l ado, um a pan el a chei a de s opa, bas t ant e obì , ovel ha, um pom bo, gal i nha e 3 200 búzi os . El es dev eri am ent r et er os vis i t ant es com a com i da us ad a pa ra o s a cri fí ci o. Apen as Òrúnm ì l à r eal iz ou o s a cri fí ci o. Após al guns di as , Ol odunm ar e j unt ou s eus pe rt enc es e os envi ou pa ra os quat rocent os Ir únm al e. O m ens a gei ro de Ol odunm a re procu rou os quat ro cent os Irú nm al e e ent r egou a m ens agem , porém nenhum del es o re cepci onou com com i da. Quando el e foi à cas a de Òrúnm ìl à, ent ret ant o, Òrúnm ì l à ani m adam ent e deu- l he boas vi ndas e o r ecep ci onou com com i da. Devi do a es s a gent i l ez a o m ens agei ro rev el ou a Òrúnm ì l à que el e não dev eri a fi c ar ans i os o em l evar as c argas r euni das na frent e de Ol odunm ar e, des de que a ca rga m ai s i m port ant e es t av a deb aix o do as s ent o de Ol odunm are. Quando t ods o os Ir únm al e s e r euni ram , r eceb er am a m ens a gem de Ol odunm ar e. El es s e l evant ar am e com e ça ram a bri gar pel as ca rgas ; al guns pe ga ram di nhei ro, out ros al gum as roupas e as s i m s uces s i vam ent e, m as o m ens a gei ro de Ol odunm a re es t av a fal ando pel a s ua t rom bet a a Òrúnm ì l à, di z endo, "Ò rúnm ìl à, ap enas fi que qui et o s ent ado. A coi s a m ai s im port ant e es t á na concha do ca racol ”. As si m Òrúnm ì l à s e s ent ou e pa ci ent em ent e as s i st i u os out ros Ir únm al e que l ei vavam para t er ra t oda a ri quez a, pros p eri dad e, e out ros art i gos de vári os t i pos . As s im que todos os Ir únm al e part i ram , Òrúnm ì l à s e l evant ou e foi di ret am ent e pa ra a cad ei ra de Ol odunm ar e; el e pe gou a con cha do car acol e part i u em di re ção à t err a. Òrúnm ìl à en cont rou os out ros Irú nm al e ao fi nal da es t rad a que conduz ao céu e pergunt ou -l hes o que es t ava e rrado. El es l he f al aram que a t err a es t ava cob ert a com água e não havi a nenhum lu ga r s eco onde el es pudes s em at e rri s s a r. Òrúnm ì l à m et eu a m ão del e na concha do car am uj o, ti rou um a red e, e a l ançou em ci m a da á gu a. El e m et eu a m ão del e novam ent e e t i rou t er ra que el e l ançou em ci m a da rede. Ent ão el e m et eu a m ão del e um a t ercei ra vez , el e ti rou um a ga l i nha de ci nco dedos , e a l ançou na r ede para es par ram a r a t er ra na red e e na á gu a. A á gu a es t ava ret roced endo e o s ol o es t av a s e ex pandi ndo. Quando par eceu que o t rabal ho c am i nhava mui l ent o, o própri o Òrúnm ì l à des ceu e m andou a pequen a quant i a de t err a aum ent ar: S e es pal h e depres s a, s e es p al he depres s a, s e es p al he depr es s a!! !" . El e pa rou, e o m undo s e ex pandi u. Havi a gr ande al egri a em céu. O l ugar onde Òrúnm ì l à m andou o mundo s e ex pandi r é at é hoj e ch am ado de If e- Wara, em Il e- If e. Todos os dem ai s Ir únm al e des cer am após Òrúnm ì l à. Foi Òrúnm ì l à quem cri ou a t erra e foi el e quem pri m ei ro nel a cam i nhou. C om o t al , el e não perm i ti u naqu e
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nenhum dos Irú nm al e des ces s e na t er ra at é que el e t i ves s e pê go tudo el es t roux er am e dado a cad a um del es o que el e j ul gou j us t o. El es re cebe ram al e gr em ent e as s uas porções . Ent ão Òrúnm ì l à com e çou a c ant ar, "O mundo ex i st i u, exi s t ênci a na fr ent e, ex i st ên ci a at r ás " . Not a: O 256 odù s ão cham ados Ir únm al e nes t e c as o; at é m esm o um úni co i m al e s e ri a ch am ado Ir únm al e, com o el e es t á fora dos quat rocent os Im al e. 185 – 2 ( Tradu ção do vers o) Quem é rápi do ger al m ent e é aux i li ado por Ò gun a s er vi t ori os o durant e as l ut as . Aquel e que não cons egue l ut ar nem fal a r não pode cam i nha r na t er ra por m uit o t em po. O com b at e pode t raz er ri quez a e honra. Is t o foi di vi nado pa ra Ògún -gbem i , que foi ori ent ado a não fu gi r, m esm o que não s ent i s s e co ragem o bas t ant e pa ra des afi a r al guém dur ant e um a bri ga. É o poderos o que des f rut a o m undo; ni n guém res p ei t a um a pes s o a fr aca. É o varoni l que cont rol a a t err a; as pes s oas não dão at enção aos cov ardes . Lhe pedi r am que fi z es s e s acri fí ci o de form a que el e não r el ax as s e e pudes s e s er fi si c am ent e fort e. O s a cri fí ci o: um ga l o, t rês fac as , um a pi m ent a- da-cos t a, 3 200 búz i os e fol has de If á (ponh a um grã o de pi m ent a- da- cos t a na águ a em um a c abaç a; dê a á gu a para o ga l o beber; o cl i ent e dev e ent ão beb er a água rem an es cent e na c aba ça e com er a pi m ent a- da-cos t a e m ai s al guns grãos ). Or ácul o 186
Ògúndá-Kànràn Es s e Odù fal a de s e us a r as capa ci dades t ant o es pi ri t uai s com o i nt el e ct uai s par a s e obt e r s uc es s o. Obs e rva ção oci d ent al : Es s e é o m om ent o par a o cl i ent e m udar de t rabal ho. 186 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ò gúndá kan, Òk ànràn kan, Òkàn ràn- kàngún- kànge di vi nou pa ra E gún gún, que es t ava em um com ér ci o im produt i vo. El e di s s e que o s ofri m ent o del e t eri a fi m aqu el e ano. el e dev eri a s acri fi c ar um a c es t a de obì e um pacot e de chi cot es . El e ouvi u e s acri fi cou. 186 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ò gúndá o awo das m ãos . Òkàn ràn o a wo dos pés . Foi di t o que am bos t rari am boa s ort e à Terr a, l o go, el es deveri am s acri fi c ar um a ovel ha. El es ouvi ram e s ac ri fi ca ram . O rácu l o 187
Òkànràn-Sá Es s e Odù fal a de s e s aber quando evi t ar confront a ções . Obs e rva ção oci d ent al : Confl i t os em um a s oci ed ade devem s er deci di dos paci fi cam ent e. 187 – 1 ( Tradu ção do vers o) Aki n é as s oci ado com o pri ncí pi o do "com b at er e evi t ar ". Qual qu er aki n (pes s oa val ent e ) que s abe com o lut ar m as não s e evadi r de ce rt as lut as , s er á capt urado por out ro aki n. Is t o foi di vi nado pa ra Aki ns u yi , que foi acons el hado a s acri fi car de m odo a s em pre s e r res p ei t ado.
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O s acri fí ci o: um a gal i nha d’Angol a, 3 200 búz i os efol has de If á (e wé i m o-ope, oj el eew é, ew é Ol us es aj u para faz er um a i nfus ão que s erá us ada para banhar o cl i ent e, que deve rá s em pr e s e cobri r com t e ci do et u). El e ouvi u e s acri fi cou. 187 – 2 ( Tradu ção do vers o) Enx adas não cult i vam um a roça por s i s ó. Nós , s er es hum anos s om os a fo rça por det r ás del as . M a chados não podem em pre ende r nada com êxi t o. Nós , s er es hum anos s om os a for ça que os põem a t rab al har. Os al f anges não podem por si s ó abri r um a cl a rei ra. Nós , s er es hum anos s om os o s eu auxí l i o. Um i nham e col ocado dent ro de um pi l ão não pode moe r a si m es m o, m as nós s er es hum anos o aj udam os . M as , quai s fo rças es t ão t rab al hando no aux íl i o à hum ani dad e, di f erent es de Ol orun e dos própri os s eres hum anos ? Is t o foi di vi nado par a o el e fant e e par a os s er es hum anos . Foi pedi do ao el e fant e que fi z es s e s a cri fí ci o de m odo que os s er es hum anos não pudes s e capi t ur a- lo. O s acri fí ci o: dez es s ei s car am uj os , 660 búz i os e fol has de If á (as fol has de owo e os ca ram uj os devem s er coz i dos e com i dos de m anhã, ant es que o cl i ent e fal e com qual que r out ra pes s oa). O el efant e s e r ecus ou a faz er o s acri fí ci o. Os s er es hum anos s e gui ram a ori ent a ção e s ac ri fi ca ram . O rácu l o 188
Òsákànràn Es s e Odù fal a do s acri fí ci o de form a a evit a r i nfort úni o e as s egura r t ranqui l i dade. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e é propens o à i rri t aç ão 188 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os ak anr an foi di vi nado par a o ant í l ope, que pedi u um s acri fí ci o para que el e não m orr es s e com o res ul t ado de inci dent es i ns ul t ant es . O s acri fí ci o: um gal o, um a quant i dad e de al j avas , a rcos , fl ex as e 2 200 búz i os . El e ouvi u m as não s acri fi cou. El e al egou que s eus chi fr es ga ra nt i am s ua i m uni dad e a ins ul t os . El es di s s er am que i ni mi gos t ra ri am -l he probl em as de lu ga res di s t ant es . El e di s s e el e depend eri a dos s eus chi fr es . 188 – 2 ( Tradu ção do vers o) A pes s oa que não pode s ofre r i ns ult os dev e cons t rui r s ua cas a em um a áre a s epa rad a. Is t o foi di vi nado pa ra o Ìgbí n (ca ram uj o), a quem foi pedi do que s acri fi c as s e um a t art aru ga e 18 000 búz i os . Ìgbí n s a cri fi cou, e el e foi as s egur ado que el e goz ari a de paz e t ranqui l i dade na c as a que el e cons t rui u. É di t o que as pes s oas nunc a j ej uam na cas a do car am uj o e que ni n guém chora na cas a de Ahun (t a rt aru ga ).
Or ácul o 189
Òkànràn-Ká Es s e Odù fal a de cor agem e hones t i dade para s e prev eni r de i nfort úni o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em que s ust ent a r o que el e a credi t a. 189 – 1 ( Tradu ção do vers o)
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Lu t ando na fr ent e, l ut ando na ret agua rda, s e não r es ul t a na m ort e da pes s oa, norm al m ent e f az del a um com panh ei ro val ent e que, por l ut a r, adqui r e honra e ri quez a. Is t o foi di vi nado para a t art a ruga, a quem foi pedi do que s ac ri fi cas s e um ca rnei ro, 2 400 búz i os e fol has de If á de m anei ra a não m orr er com o r es ul t ado de um a lut a. El a ouvi u e s acri fi cou. Fol h as de Ifá fo ram pr epar adas para el a com a prom eç a de que el a nunca m orr eri a durant e um a bat al h a. Foi di t o que el a nunca s eri a mort a durant e lut as que s ão conh eci das pel o m undo. Nunca for am m ort os ca rnei ros dur ant e bri gas . 189 – 2 ( Tradu ção do vers o) Não há ni n guém cuj a cas a s ej a inc apaz de s e torn ar um a faz enda. Não há ni nguém cuj a f az end a s ej a i ncap az de s e t ornar um a faz enda eno rm e e vel ha. A hones ti dad e em m i m não perm i t i rá que a faz enda s e t orne um t er reno bal di o. Não há ni n guém cuj a m ort e não pos s a l evar, e não há ni n guém cuj o o fi l ho a mort e não pos s a l ev ar, ex cet o Orunm i l a, m eu s enhor, àbi kú- ji gbo, e aquel es dent re os fil hos de Edùm arè que s ão honr ados . If á foi cons ul t ado para Ap at a (ro cha ), que pedi u um s a cri fí ci o pa ra que el e nunca pudes s e m orre r, de form a que as gr am a poderi a cres ce r. O s acri fí ci o: um a ovel ha, 2 200 búzi os e fol has de If á. El a s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. O rácu l o 190
Ìká-Kònràn Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s a cri fí ci o pa ra evit a r as cons eqüên ci as de ações m ali gnas . Obs e rva ção oci d ent al : Um a i m port ant e es col ha es t á pendent e — Um a deci s ão deve s er tom ada s obre o que é cert o e bom . 190 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìk á -Kònr àn foi di vi nado pa ra Eka, a quem foi di t o que a m ort e es t av a ch endo par a el e devi do aos s eus m aus at os . S e Eka não des ej as s e morr er, dev eri a el e s ac ri fi ca r um a ovel ha e as roupas pr et as que es t av a us ando. El e deveri a t am bém par ar de s er m au e ves t i r roupas bran cas dal i pra f rent e. El e ouvi u as pal avras m as s e r ecus ou a s acri fi ca r. 190 – 2 ( Tradu ção do vers o) It o di vi nou par a Owó (as m ãos ), que foram ori ent adas a faz er s acri fí ci o de m odo a s em pre t er em coi s as boas e nunca ex peri em et ar o m au. O s acri fí ci o: um pom bo bran co, um a gal i nha branc a, 20 000 búzi os e fol has de If á. El as ouvi ram m as não s ac ri fi ca ram . El es ent ão di s s eram : As m ãos s em pre ex pe ri m ent arão do bem e do m al . O rácu l o 191
Òkànràn’Túrúpòn Es s e Odù fal a do conhe ci m ent o de Òrúnm ì l à s obr e t odas as coi s as , i ncl ui ndo a art e da m edi ci na t radi ci onal . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e não es t á s endo hones t o com o Ba bal áwo.
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191 – 1 ( Tradu ção do vers o) È at rav és do es t udo de If á que a pes s oa ent end e If á. É perd endo-s e pel o cam i nho que a pes s oa s e f am il i ari z a com o m esm o. A pes s oa s em pr e per am bul a ao lon go de um a es t rad a que el a nunc a pas s ou. If á foi cons ul t ado para Os an yi n no di a em que Ol odunm are cobri u um a caba ça e convi dou a Orunm il a i r e des cobri r-l a at r avés da cons ul t a ao orácul o. Os an yi n i nsi s t i u em acom p anhar Orunm i l a, m es m o s endo acons el hado a fi c ar porque el e es t ava em di fi cul dade. Os an yi n, porém , foi i nfl ex í vel . Ant es que el es ch egas s em l á, Ol odunm a re t ocou o s an gue de s ua es pos a com um t eci do bran co de al god ão, gua rdou em um a cab aça s obr e a es t ei ra na qual Orunm il a foi s e s ent ar enquant o cons ul t ava Ifá . Orunm i l a cons ult ou Ifá e di ss e, “Okan ran ’Turupon ”. Após a di vi naç ão Orunm i l a s oube o que t i nha dent ro da c abaç a br anca. Ol odunm are o l ouvou. Orunm il a ent ão pedi u que Ol odunm are s acri fi car um c ão e um a cabr a. Ol odunm ar e s ac ri fi cou. Os an yi n em oci onad am ent e s e junt ou a Orunm il a na pro cura dos m at eri ai s para o s acri fí ci o. Enquant o es t av a s e es forç ando pa ra aj ud ar a m at ar o c acho rro, a fac a que el e es t av a s egurando es capou de s ua m ão e c ai u s obr e a s ua pe rna fez endo um a feri da m ui t o gra nde. O runm il a pedi u que l evas s em Os an yi n par a a cas a de Orunm i l a. Orunm il a o curou, m as Os an yi n nunca pode ri a us a r novam ent e a pern a pa ra t rabal hos árduos . Orunm i l a t eve pena del e e deu l he vi nt e fol has de If á para c ada t i po de enf erm i dade, pa ra propor ci onar-l he um a font e de r enda. Foi as s i m que Os an yi n s e t ornou um herbol á ri o. O rácu l o 192
Òtúrúpòn Kòràn Es s e Odù fal a de s e evit a r pos s í vei s di fi cul dades com as cri anças e i nim i gos . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t er cui dado em procedi m ent os em pr es ari ai s . 192 – 1 ( Tradu ção do vers o) Om ot ol am o yo, Iyo wukode -m aar ’eni s ’ ehi n-dem i foi di vi nado pa ra Efunbunm i , a quem foi dit o que t eri a vári os fi l hos , m as que el a deveri a s ac ri fi ca r de modo que a cri ança que el a es t av a c arr egando em s uas cos t as não s e t ornas s e um cri m i nos o quando cr es ces s e. O s acri fí ci o: um pom bo, 4 400 búz i os e fol has de If á . El a ouvi u as pal avras porém não s acri fi cou. S e t i ves s e s a cri fi c ado, a el a s eri am dadas fol has de Ifá pa ra banhar a cri ança. Fol h as de Ifá : M as c er e ol us es aj u e es o em á gua, ou pil e as fol has e m is t ure com s abão -da- cos t a pa ra o us o da cri anç a quando el a fo r m ai s vel ha. 192 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ot urupon Konran, Ot urupon Koran foi di vi nado par a Orunm i l a. Doi s de s eus i ni mi gos es t avam faz endo um r el at óri o sobr e el e para Ès ù e pedi ndo a Ès ù par a os aj uda r a m at ar Orunm i l a. Foi pedi do a Orunm i l a que fiz es s e um s acri fí ci o com duas caba ças , duas gal i nhas e 480 búz i os . El e ouvi u e s a cri fi cou. El e am ar rou as duas cab aç as em s eus om bro s e pô-s e em m arch a em di re ção ao s ant uá ri o de È s ù para f az er o s a cri fí ci o. Enquant o el e i a, as duas cab aç as bat i am um a cont ra a out ra com o s e el as es t i ves s em diz endo, " eu m at ar ei Okan ran, eu m at ar ei Ot urupon ", e as s i m por di ant e. As s im que el e s e aprox i m ou do s ant uári o de Ès ù, os doi s ini m i gos ouvi ram es s e vot o f ei t o pel as c abaç as e pergunt a ram a si m es m os o que a cont ec eri a s e Orunm i l a os vi s s e, um a vez que ant es de os ver j á es t ava f az endo t al j ura. El es ent ão fugi ram ant es que Orunm il a ch egas s e ao s ant uá ri o de Ès ù. Foi is s o que Orunm il a fez par a der rot ar os s eus i ni m i gos . O rácu l o 193
Òkànràn-Òtúrá Es s e Odù fal a de confl i t os em f am íl i a e em out ros rel a ci onam ent os .
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Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e en frent a um confl i t o com par ent es com r el aç ão a poss es s õ es m at eri ai s . 193 – 1 ( Tradu ção do vers o) “O que voc ê faz pa ra mi m , eu fa ço pa ra você” s em pre di fí cul t a a res ol u ção r ápi da de um a di s put a. Is t o foi di vi nado pa ra Ol úko ya, que foi acons el h ado a s acri fi c ar para que a di s put a ent r e el e e s eus paent es não prej udi c as s e s uas am i z ades . O s acri fí ci o: quat ro ga l i nhas , az ei t e- de-dend ê e 16 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 193 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òkàn ràn -Òt úrá foi di vi nado pa ra a lí de r das cob ras , que foi avi s ado a não ent r ar em um a bri ga que r es ult a ri a em não t er m ai s am i gos ent r e s eus própri os par ent es . S e a l í der das cobr as des ej as s e es t ar em condi ções am i gáv ei s com os s eus par ent es , deve ri a s acri fi car ven enos e fl ex as , um a al j av a, f ei ti ços peri gos os , um cabri t o e 2 000 búz i os . El a ouvi u as pal av ras m as não s ac ri fi cou. C om o r es ult ado, as cobr as nunc a for am am i gas um as das out r as .
Or ácul o 194
Òtúrákònràn És s e Odù fal a de s e evit a r as cons eqüên ci as de m aus com port am ent os . Obs e rva ção oci d ent al : A "bo ca gr ande " do cl i ent e t em caus ado prej uí z o. 194 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òt úr ákònràn, a ci dad e a ci dade es t á t ranqüi l a foi di vi s ada par a Al afur a. el es dis s e ram : Os ani m ai s no bos que nunca a rgum ent am com o l eopardo; os pás s a ros no bos que nunc a a rgum ent am com o f al cão. Os s er es hum anos nunca argum ent arão com i go ac erc a de m eu car át er t am pouco ac er ca s obre m eu t rabal ho. As pes s oas não m at ar ão os c ães por caus a de s eus l at i dos t am pouco os carn ei ros por s eus bal i dos . As pes s oas nunca ent r arão em li t í gi o com i go. Fol has de If á: Tra ce o Odù Òt úrákònr àn no i ye - ì ros ù e re ci t e o en cant am ent o aci m a nel e ant es de mi s t ura r-l o com az ei t e- de- dendê e l am be-l o (pa ra s er us ado s em pre que houver um c as o j uduci al ). 194 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ori j i , o Adi vi nho das coi s as boas , cons ul t ou If á pa ra Òt ú, que des ej av a des pos a r Òkòr àn, a fi l ha do Ol ofi n. As pes s oas es t av am diz endo que i st o c aus ari a um a di s put a. O hom em a quem Òkòràn foi prom et i da com o es pos a t i nha gas t ado mui t o nel a. M as Ori ji , o Adi vi nho das coi s as boas , di s s e que Òt ú cas ari a com Òkòràn; no ent ant o, el e deveri a s a cri fi c ar oi t o ca ram uj os . um pom bo, 16 000 búz i os e fol has de If á. El e s acri fi cou. O rácu l o 195
Òkànràn-Atè
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Es s e Odù fal a da ne ces s i dade do cl i ent e s e r i ni ci ado. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t rab al har s ua es pi ri t ual i dade. 195 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òkàn rà -At è di vi nou par a Eni a ye w u, que foi acons el h ado a s e i ni ci a r em If á, de m odo que s ua vi da no mundo pudes s e s er agrad ável . O s acri fí ci o: doi s pom bos , um r at o, um peix e e 3 200 búz i os . O rácu l o 196
Irete-Okanran Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de c aut el a com rel aç ão a um a cons pi ra ção ent re pes s oas da m es m a idad e da pes s oa. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e t er cui dado com com pet i ções no t rab al ho. 196 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ir e t e- Okanr an foi di vi nado pa ra O runm il a no di a em que os bab al awo s e reuni r am na c as a do Ol ofi n pa ra pr epar ar veneno com o qual o m at ari am quando al i che gas s e. Foi - l he pedi do que j ej euas s e ao l on go daquel e di a para evi t a r s er envenen ado. El e deveri a s a cri fi c ar 3 200 búzi os e az ei t e -de- dendê. El e s e gui u a ori ent aç ão e s a cri fi cou. Naqu el e di a, os babal awo que s e reuni ram na cas a deo Ol ofi n ch am ar am Orunm i l a par a que fos s e part i ci par com el es de um banqu et e. Tendo cons pi rado j unt o com o Ol ofi n, el es col oca ram ven eno nos vi nhos e t am bém pus er am at a ragba (ven eno que c aus a mort e ) no t eci do e na es t ei ra pa ra Orunm il a. Quando Orunm il a che gou na cas a de Ol ofi n, el es l he de ram vi nho pa ra bebe r.El e ol hou para aqui l o por al guns m om ent os e di s s e, “o que es t á boi ando no pot e (oru )? É ven eno que es t á boi ando no pot e. Ire t e- Okanr an, não beber á hoj e, Ir et e -Okan ran”. Após um cu rt o es p aço de t em po, el es t roux eram ogu ro (vi nho) para el e, m as Orunm i l a ol hou e dis s e a m es m a coi s a. Após i s s o, o Ol ofi n col ocou s eu If á no chão par a cons ul t a em nom e do fi l ho prim o gêni t o del e que es t av a fi ngi ndo es t ar doent e. Todos os babal awo pr es ent es di s s eram que a cri an ça não m orre ri a. Quando o Ol ofi n pergunt ou a opi ni ão de O runm il a, el e di s s e que a cri ança m orre ri a a m enos que Ol ofi n ent r egas s e s eu ves t uá ri o re al e a es t ei ra que habi t ual m ent e es t end e em s eu t rono de fo rm a que el es pode ri am s e r ut i l iz ados na fabri caç ão de um m edi cam ent o par a a cri an ça. Ol ofi n que es t av a pro curando por m ei os de m at a r Orunm i l a, pens ou t er encont rado um a chanc e, poi s poderi a pôr at a ra gb a dent ro do ves t uári o e na es t ei ra ant es dos ent r egar par a Orunm i l a. M as as s im que el es fo ram t raz i dos , um pás s aro com e çou a gri t a rm pe rs i st et em ent e, diz endo a Orunm i l a, “Orunm i l a, não s ent es e na es t ei r a hoj e, não s ent e- s e na es t ei ra hoj e. S ent e-s e no i fi n, s ent e- s e no i fi n!”. Quando el es t erm i na ram de t raz er o ves t uá ri o e a es t ei r a, Orunm i l a pedi u que el es us as s em a es t ei ra pa ra s e s ent a rem . El es obed ec eram e for am enven enados . O runm il a deix ou o l ocal s em s er prej udi c ado. O rácu l o 197
Okànràn’Se Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de des envol vim ent o es pi ri t ual para evi t ar an gus t i a e t ri bul ações . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s of reu um rev és fi nan cei ro. 197 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ques t õ es de an gús t i a não s ão bons ; um a ques t ão probl em át i ca é um m au es pet á cul o. Is t o foi di vi nado pa ra o fi l ho de um hom em ab as t ado, a quem foi pedi do s ac ri fi ca r de modo que el e não s ofres s e t ri bul açõ es . O fil ho do hom em ri co pergunt ou, “o que é s ofri m ent o? ”
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El es di s s er am : O at o de abran ge r é s ofri m ent o; a vont ade das pes s oas é an gús t i a. El e di s s e que i s s o era bas t ant e. O fil ho do hom em ri co pergunt ou qual s eri a o s a cri fí ci o. El es di s s er am : um t e ci do branco, um pom bo, um a ovel ha, um a gal i nha e 20 000 búzi os . 197 – 2 ( Tradu ção do vers o) Le m br e- s e do P os s es s o r. Nós nos l em br am os do Pos s es s or, nós ai nda es t am os vi vos . Le m br e- s e do P os s es s o r. Nós nos l em br am os do Pos s es s or, nós es t am os re goz ij ando. O Pos s es s or nunca ap al pa no es curo; Edum ar e nunc a t em prej ui z os . Não há nenhum a t ri st ez a l á na c as a do P os s es s or, nenhum a pobrez a ou penúri a. Orunm i l a Ol owa Ai ye re di s s e que s e nós nos dep ar ás s em os com qual que r t ri bul aç ão, deve rí am os nos l em bra r do P os s es s or. O Pos s es s or nunca s e ent ri s t eceu. O Pos s es s or s acri fi cou um pom bo, duas cabe ças de i gu ana, 20 000 búz i os e fol has de If á (a s erem dad as À pes s oa que é apl i cada em s eu t rab al ho). O rácu l o 198
ÒséKòràn Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de um a com p anhei ra na vi da do cli ent e. Obs e rva ção oci d ent al : Condi ções de t rab al ho i ncons t ant es ne ces s i t am de equi l i bri o em oci onal pa ra s e harm oni z arem . 198 – 1 ( Tradu ção do vers o) Vo cê não gos t a del e, Eu não gos t o del e. A pobrez a cam i nhou por s i m es m a. Is t o foi di vi nado pa ra um a pes s oa des afort unad a, que foi acons el h ada s acri fi c ar para que pudes s e adi qui ri r um a com panh ei ra. O s acri fí ci o: duas gal i nh as , doi s chapéus ou dois t urbant es fem i ni nos , 2 000 búz i os e fol has de If á . El e não s ac ri fi cou. 198 – 2 ( Tradu ção do vers o) S as am ur a di vi nou para Os eKonr an, A quem foi di t o que t eri a i ni m i gos e s uces s o s obre el es . O s acri fí ci o: um a t art aru ga, efun, os ùn, 2 400 búz i os e fol has de If á . El e s acri fi cou. O rácu l o 199
Okanran-Òfún Es s e Odù fal a do fi m de probl em as e t ri bul ações . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e i rá ex pe ri m ent ar um novo r el aci onam ent o ou aum ent ar a i nt ens i dade de um rel a ci onam ent o co rrent e. 199 – 1 ( Tradu ção do vers o)
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S e al guém t eve m á s ort e por l ongo t em po, is t o s er á m udado pa ra boa s ort e. Is t o foi di vi nado pa ra Okan ran -Abas ewol u, que foi acons el hado a s a cri fi c ar um pom bo, um a gal i nha e 12 000 búz i os . El e s acri fi cou. 199 – 2 ( Tradu ção do vers o) Àr àbà -nl á ( gr ande al am o) di vi nou par a Okan ran e Ofun. Foi - l hes cont ado que el es nunca s eri am s uj ei t ados a s ofr er s em vi n gan ça. Al gu ém s em pr e s e recus ari a a vê-l os s ofr er s em vi n gan ça. Foi pedi do que s ac ri fi cas s em um carn ei ro e 2 200 búz i os . El es s a cri fi c aram para que nunc a s ofr es s em s em vi nganç a. Or ácul o 200
Òfún’Konran Es s e Odù adve rt e s obre abus o de poder. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á s endo pr es unços o. 200 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òfún ’Kònr àn foi di vi nado par a Ol odunm ar e quando el e es t av a s e prepa rando pa ra envi ar as pes s oas pa ra a Ter ra. El es di s s er am que Ol odunm ar e es t av a re fl et i ndo no cas t i go que os poderos os i nfl i gi ri am aos fr acos , no cas t i go que os rei s e chef es infl i gi ri am às pes s oas que foram di st i t ui das ou em peri go. El e vi u pes s oas i nocent es s endo m ort as na Terr a e des ej ou def ende r aquel es que não ti nham ch anc e de s e vi n gar. Foi pedi do para El e s ac ri fi ca r um a t art aruga, um a fa ca, um a rco e um a fl echa, um a pi m ent a e 18 000 búzi os . S e El e s acri fi c as s e, poderi a os dei x ar l i vre na Te rra. El e s acri fi cou. O rácu l o 201
Ògúndá’Sá Es t e Odù fal a de ganho m onet á ri o par a a pes s o a verd adei r am ent e es pi rit ual . Obs e rva ção oci d ent al : For ça no t rab al ho conduz a ganho si gni fi c ant e. 201 – 1 ( Tradu ção do vers o) C el i bat o foi di vi nado par a If á quando o mundo t odo es t av a diz endo que i fá es t ava só. F oi pedi do a Ifá que es col hes s e um a com panh ei ra. If á di s s e que es col heu di nhei ro com o s ua com panhei r a. Foi pedi do a el e que s acri fi cas s e um pom bo e 24 000 búz i os . El e s ac ri fi cou. 201 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ò gúndá ’S á foi di vi nado pa ra o r ec ém -nas ci do. El es di s s er am que s a cri fí ci o e ra neces s ári o s e o bebê fos s e vi ver e apr eci ar a vi da. O s acri fí ci o: um a gal i nha d’Angol a, um pom bo e 24 000 búz i os . El e ouvi u e s acri fi cou. O rácu l o 202
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Òsá’Gúndá Es s e Odù fal a de boa s ort e que não vem s em s ac ri fí ci o. Obs e rva ção oci d ent al : Há al guém que o cl i ent e não deve confi a r. 202 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os a ’Gunda pode l ut ar. Oi der e, o awo de Igba do, Al uko, o awo de Igba do, Ai j agogorogo, o a wo de Ol i bar a, todos di vi na ram para Ol i bar a. Oi der e, o awo de Igb ado, di s s e que des cobri u boa s ort e par a Ol i bar a. ent ão Ol i bara dev eri a s ac ri fi ca r um pom bo, um a ovel ha e 44 000 búz i os . El e s ac ri fi cou. Al uko, o awo de Igba do, di s s e que el e vi u nas ci m ent o de fi l hos (t ant o Oi der e quant o Al uko eram ext r angei ros ); ent ão, Ol i bar a dev eri a s acri fi c ar um a gal i nh a, um a c abra e 32 000 búzi os . Ol i bar a s a cri fi cou. Aij a go go rogo, o awo da c as a de Ol i bara, que previ u um a gu err a. El e t am bém pedi u que Ol i bar a s ac ri fi cas s e: um carn ei ro e 66 000 búz i os . el e di s s e que s e Ol i bar a não ofer eces s e o s a cri fí ci o, have ri a gu err a em onz e di as . Ol i bar a não ofer eceu o s ac ri fí ci o. No dé ci m o pri m ei ro di a, a gue rra vei o. Ol i bara fugi u da ci dad e. 202 – 2 ( Tradu ção do vers o) S un-m i s ’ebe, S un-m i s ’aporo cons ul t ou para Ai kuj e gun re (t i po de e rva) e Ol oko (f az endei ro ). Ai kuj e gunr e foi a cons el hado a s ac ri fi ca r um ca ram uj o, um a gal i nha e um ca rnei ro. El es di s s eram a Ai kuj e gunr e que não m orre ri a m as es t a ri a en rai z ado e col ocado em um alt o obj et o a ci m a do chão. Ai kuj e gunr e s ac ri fi cou. Ao f az end ei ro foi pedi do que ofe rec es s e em s acri fí ci o um carn ei ro, um al f ange e 66 000 búzi os de modo que el e não mor res s e. El e s ac ri fi cou. Quando o faz endei ro es t av a c api nando, el e j unt ou Ai kuj e gunr e com o al fan ge em um lu ga r. Ai kuj e gun re di s s e, “Eu m e f aço not ar s endo reuni do, as s i m m e aj ude a fal a r para m eus pai s no C éu”. Quando o faz endei ro fi nal i z ou a c api nagem e j unt ou a erva ch am ada Ai kuj egunre com um al f ange e o col o cou em um t ronco, a e rva di s s e, “di ga -m e pai do C éu que eu s ou not ável ”. Ent ão, as ul t i m as pal avr as us ual m ent e fal ad as pel a e rva s ão: “que ofaz endei ro não m orr a. Que eu t am bém não m orr a, de form a que am bos pe rm ane çam pa ra s em pr e”. O rácu l o 203
Ògúndá’Kaa Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de c aut el a e s acri fí ci o par a s ol uci onar probl em as m onet ári os . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s e depar a com confl i t os ou a cus a ções no t rab al ho. 203 – 1 ( Tradu ção do vers o) Orunm i l a di s s e Ogund a’K aa, Eu di go O gund a’K aa. Is t o foi di vi nado pa ra Om ot ad e. el es dis s e ram que es t am os s upli c ando a Orunm il a para im pedi r que Om ot ade fos s e cont ado com o l adr ão. O s acri fí ci o: quat ro ga l i nhas , rat os , peix e, az ei t e- de-dend ê e 8 000 búz i os . El e s acri fi cou.
203 – 2 ( Tradu ção do vers o) O gunda ’Ka a foi di vi nado pa ra Orunm il a, o rei , que es t ava com probl em as . Foi - l he as s e gu rado que cons e gui ri a al gum di nhei ro l ogo. O s acri fí ci o: doi s pom bos e 2 000 búzi os , el e s acri fi cou.
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O rácu l o 204
Ìká-Ògúndá Es s e Odù fal a de s ac ri fí ci o a Ogun par a des envol v er co ra gem em al guém t ím i do. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á fi ngi ndo um probl em a que não exi s t e. 204 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ò gún prova m i nha i nocen ci a Ò gún, por favor m e apói e. Não há ni n guém com probl em as que não peç a auxí l i o a Ò gún. Quem quer que s ej a que faç a o bem rec eber á o bem . É um a pes s oa em pa rt i cul ar que Ògún auxi l i ar á. Is t o foi di vi nado pa ra Adet ut u, o fi l ho do cova rde que res pi r a m edros am ent e, que era m ei o-m ort o ant es da bri ga. El e foi acons el hado a s a cri fi c ar um c ão, az ei t e- de-dend ê, i nham e as s ado e vi nho de pal m a. El e ouvi u m as não s acri fi cou. O rácu l o 205
Ògúndá-Òtúrúpòn Es s e Odù fal a de boa fort una r es ul t ant e de m el hora de com port am ent o. Obs e rva ção es pi ri t ual .
oci dent al :
Di fi cul dades
e
bl oquei os
s ão
di s s ol vi dos
com
des envol vim ent o
205 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ò gún di r eci onou boa s ort e par a a cas a de Ot urupon. Is t o foi di vi nado pa ra as pes s oas em If e- Oo ye . El es di s s er am que um ano de ri quez as t i nha vi ndo, um ano de abund ânci a, um ano de nas ci m ent o de mui t as c ri anç as . Foi - l hes pedi do que s ac ri fi cas s em dez pom bos , dez gal i nhas e 20 000 búz i os de fo rm a que el es não di s put ari am novam ent e. El es of ere ce ram o s a cri fí ci o. 205 – 2 ( Tradu ção do vers o) As á rvores es t ão s ent i ndo dores de c abeç a na fl ores t a. O Iro ko es t á s ent i ndo dor no pei t o. A árvo re curat i va es t á rem edi ando a todos . Is t o foi di vi nado pa ra Ò gún e Ot urupon. De m anei r a a com port ar- s e bem , foi - lhes pedi do que s a cri fi c as s e um cão, az ei t e-de -dend ê, um gal o e 18 000 búzi os . El es of ere ce ram o s a cri fí ci o. Ò gún ent ão deu Ot urupon boa s ort e. Ò gún li bert ou Ot urupon da es cravi dão. Nós es t am os r egoz i j ando, nós es t am os dan çando. Or ácul o 206
Òtúrúpòn-Egúntán
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Es s e Odù fal a do pres ent e, s endo um m al m om ent o par a um a nova c ri anç a, m as m ant ém um a gra nde prom es s a par a o fut uro. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t ev e re cent em ent e perd eu um a c ri anç a, ant es ou lo go depoi s do nas ci m ent o. Al gum a coi s a es t ava err ada com a c ri anç a. 206 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os r am os do i roko deve ri am s er podados enquant o a árvo re é j ovem . Quando fi ca vel h a e al t a, s eus gal hos j á não podem s er faci l m ent e cort ados . Is t o foi di vi nado para Òt ú, a m ãe de um bebê novo. El es di s s er am que a cri anç a s e ri a um l acr ão quando cres ces s e. Foi pedi do pa ra que os pai s ofe rec es s em s a cri fí ci o par a que a c ri anç a pudes s em obedec e- los . O s a cri fí ci o: um ca ram uj o, um peix e aro, um pom bo, um a ban ana, 66 000 búz i os e fol has de i fá. S e o s a cri fí ci o for re al iz ado, as fol has es o s ão as fol has de If á a s erem us ad as . Es prem er as fol has em á gu a com fl ui do do ca ram uj o e banhar a cri ança. S e a cri an ça cr es ce r, dar- l he um a s opa fei t a com fol ha es o, car am uj o ou peix e aro par a com er. El a t am bém dev e com e r banan as . 206 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ot urupon- Egunt an foi di vi nado par a Orunm i l a. El es di s s er am que a es pos a de Orunm i l a conc ebe ri a. Foi pedi do que Orunm i l a of ere ces s e s acri fí ci o par a que a cri anç a vi es s e em um mom ent o m ai s propí ci o a el es . O s acri fí ci o: um a gal i nha gr and e, um a c abra e 66 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. Or ácul o 207
Ògúndá-Túrá Es s e Odù fal a da s aúde do cl i ent e, el e s ent i ndo-s e fi s i cam ent e doent e com o res ul t ado de pr es s ão e ini m i gos . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e é hi pocondrí aco. 207 – 1 ( Tradu ção do vers o) S akam da (Eu s o u bas t ant e li m po) foi di vi nado pa ra Ot a (ped ra) na á gu a. Nós t em em os a doenç a. Foi pedi do a Ot a- mi não t em ar a doenç a e l he foi pedi do que of ere ces s e s a cri fí ci o de form a que el e perm ane ces s e fi xo. O s acri fí ci o: um ca ram uj o, um pom bo, 32 000 búz i os e fol has de If á . El e s acri fi cou e s e vi u l i vre de doenç as . 207 – 2 ( Tradu ção do vers o) O gunda -Tu ra. É bom que perm i t e à pes s oa s upe rar um ini m i go. Um a pes s oa m al favor eci da pode s er f aci l m ent e at r ai da pel o s eu i ni m i go. Quem m e pari u? Ò gúndát at úráp a, faç a com que m eus i ni m i gos c ai am um após o out ro e m at e -os em gra nde qu ant i dade. Eu não deveri a conhe ce r qual que r i nim i go ou qual quer oponent e. Quem é um a pes s oa m al favor eci da? Um a pes s oa m al f avore ci da é aquel a a quem a m ai ori a das pes s oas ac redi t a es t ar a rrui nad a e el a ai nda pens a que é m ui t o am ado. Em vent os fort es , pl ant a e gb ee cai um a s obre as out r as ; de c ert a form a, m eus i ni m i gos m orr erão um após out ro. El es nunca s e aj udar ão mut uam ent e; os l agart os m achos não aj udam uns aos out ros em um curt o es p aço de t em po. Fol h as de Ifá : Tr ac e o Odù Ogunda- Tur a no pó de ì ros ù e i nvoque If á com o det erm i nado a ci m a. Um a pequ ena porç ão do pó deve s er col oc ado no t opo da c abe ça e es fr egado da t es t a à part e i nfe ro-
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pos t eri or da c abeç a. Is t o dev e s er fei t o pel a m anhã, à t arde ou a noit e at é o pó a cab ar. É par a s er ut i li z ado apen as um a vez ao di a. O rácu l o 208
Òtúrá-Egúntán Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de r em over energi as negat i vas do cl i ent e. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e ne ces s i t a de puri fi ca ção para rem ove r ene rgi a es pi ri t ual ne gat i v a. 208 – 1 ( Tradu ção do vers o) El es fiz e ram m ui t o m al a mi m . Eu não s ou m acul ado; el es não m e podem s upera r; el es es t ão am al di ço ando, jur ando, e m e des ej ando m al . Ot ura -E gunt an di s s e que eu não dev eri a t er m edo nem s e pr eocupa r com el es . El e prom et eu corri gi r m eus cam i nhos de fo rm a que eu pos s a vi ver um a vi da m el ho r. El e di s s e que mi nha vi da s eri a prós pe ra. É Ot ura- Egunt an que que l ava m i nha cab eça de m anei r a que nenhum a m al di ção, m al edi cên ci a, f ei ti ço ou enc ant o m e af et e. Fol h as de Ifá : Quei m a r j unt o fol has ol us es aj u, i fen e es o. M i s t ure o pó com s abão- da- cos t ae col oqu eo em um a cab aç a. J ogu e um pouco de pó de i yè - ì ros ù s obre o s abão, t rac e o odù s obre el e e i nvoque o en cant am ent o aci m a. Ut i l iz ar para t om a r banho.
Or ácul o 209
Ògúndáketè Es s e Odù fal a de doi s conc ei t os im port ant es : o pap el de El e gb ara (E s u) com o um m ens agei ro ent r e os s er es hum anos e Deus ; e E gúngun ( anc es t rai s ) com o o cam i nho dos s eres hum anos pa ra a s uprem a ci a. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á s endo dom i nado por um a fem e a. 209 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os pes c adores não s abem em qual lu ga r o m ar obt em s uas á gu as nem a ori gem da l ago a. Is t o foi di vi nado par a El e gb ara, a quem foi di t o que el es deve ri am s upli c ar a el e um a vari ed ade de coi s as de m odo que el e ca rre ga s s e s eus s acri fí ci os par a o C éu. Orunm i l a pergunt ou com o El e gb ara cons e gui ri a m os t ra r pa ra el es que os s eus s acri fí ci os ti nham al c anç ado o C éu. El e gba ra di s s e que qual quer um cuj o s acri fí ci o t enha si do a cei t o s abe ri a por si s ó que el e foi ac ei t o. Quando as pes s oas que nunca of ere ce ram s acri fí ci o fi z er em um a ofe rt a, el es t êm que di z er: M eu s acri fí ci o che gou ao m ar e à l a guna. El e s er á a cei t o. M as qual que r um que t enha of ere ci do s a cri fí ci o, e o s a cri fí ci o foi acei t o, t em que diz e r: M eu s ac ri fí ci o al can çou o C éu. Foi pedi do a El egbar a que s acri fi cas s e de form a que as pes s oas do m undo o obedec es s em .O s ac ri fí ci o: um a pal m ei r a, um a co rda de es c al ar, um gal o, um òkét é e 66 000 búz i os . el e ouvi u e a cei t ou.
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209 – 2 ( Tradu ção do vers o) S e nós des ej am os m ent i r, nós par ec erem os es t ar a gi t ados . S e nós des ej am os diz e r a verdad e, nós pa rec er em os es t a r confort áv ei s . Nós não podem os engana r um ao out ro quando es t am os ca ra a ca ra. Is t o foi di vi nado pa ra Ò gún, que es t av a i ndo real i s a r os ri t uai s pres cri t os pel a I ya l od e nas ruas . Todas as m ul heres es t av am c as t i gando t odos os hom ens . Foi pedi do que Ò gún s acri fi cas s e um boné, um cão, 14 000 e al gum as out r as coi s as des conheci d as por não i ni ci ados . El e s ac ri fi cou. Depoi s di s s o, o mi s t éri o de Egún gún e de out ros cul t os que cobr em as s uas fa ces , cab eç as ou corpos i nt ei ros ti ver am iní ci o. As m ul he res er am ant i gam ent e as cont rol adoras des t e m i st é ri o. El as as s us t ar am os h om ens com el e e não obedec er am os hom ens m ui t o. Os hom ens , es p eci al m ent e Ògún, des cobri ram um m odo m el hor que o m odo das m ul he res .
Or ácul o 210
Irete-Egúntán Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de i ni ci aç ão. Obs e rva ção oci d ent al : Des envol vi m ent o es pi ri t ual az -s e é nec es s ári o para paz e pros pe ri dade. 210 – 1 ( Tradu ção do vers o) Tet e, venha e aj a de form a que el es pos s am s er conform ados . Is t o foi di vi nado pa ra P èr ègún (pl ant a de c erc a), a quem foi pedi do ofe re cer s acri fí ci o de form a que pudes s e s ent i r- s e bem s endo i ni ci ado em If á . O s acri fí ci o: um a banana, m ant ei ga de cari t é e 44 000 búzi os . El e s acri fi cou. El e foi i ni ci ado.
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El es di s s er am que el e s e s ent i ri a bem . De f at o, P èrè gún s e s ent i a m ui t o t ranqui l o e confo rt ável . 210 – 2 ( Tradu ção do vers o) Bo a s ort e vei o par a m im . Is t o foi di vi nado por Orunm il a ao r ei quedo el e es t ava em des gra ça. El e di s s e que um ano de sort e es t ava por vi r. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e um pom bo, um a gal i nha, um c am ar ão (ed e) e 2 000 búzi os . El e s acri fi cou.
Or ácul o 211
Egúntán’sé Es s e Odù fal a para não c as t i gar pes s o as por s uas car act e rí st i c as fí s i cas . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e m ar cha pel a t oque de s eu própri o t am bor. 211 – 1 (Tr aduç ão do vers o ) Ò gúndá ofend eu a ni n guém , Ò gúnd á não m achucou ni n guém . É proi bi do, não é bom cas t i gar Ògúndá. Is t o foi di vi nado pa ra Ol ówó, a quem foi pedi do que ofer eces s e s ac ri fí ci o par a não s er puni do durant e s ua vi da. O s acri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha e 44 000 búzi os . El e ouvi u e s acri fi cou. Honr ai s e r es pei t ai s os out ros ; é m el hor deix ar o fi l ho de um hom em honrado im pune. Um a á rvore é r es pei t ada por caus a de s eus nós [de m adei r a] ; Ent ão t am bém é um res p ei t ado um hom em al bi no por c aus a do Ò rì s à. Vo cê dev e t oda a honra mi m .
Or ácul o 212
Òsé-Egúntán Es s e Odù fal a do im pedi m ent o de boa fort un a. Obs e rva ção oci d ent al : M udanças rápi das em at i vi dad es t em porai s i rão res ul t ar em ganhos . 212 – 1 ( Tradu ção do vers o) P obrez a e s ofri m ent o t erm i nam foi di vi nado pa ra Tot o.
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Foi pedi do a Tot o ofe re cer s acri fí ci o de fo rm a que el e s eri a s em pre ri co. O s acri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha, um a gal i nh a e 32 000búz i os . El e ouvi u e s acri fi cou. 212 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìs é- E gúnt án, nós conh ec em os bom t raj e em À gb e. Ìs é- E gúnt án, nós conh ec em os bom t raj e em Àl ùkò. Ìs é- E gúnt án, nós conh ec em os bom t raj e em Odi de re. Toda boa s ort e es t á nas m ãos de Ol ókun — Ol ókun o che fe de t oda á gua. Ìs é- E gúnt án Tot o com anda a t oda boa sort e venha a m im . Fol h as de Ifá : pul veri z e as penas à gb e, àl ùkò e i koode com fol has de t ot o; col oque em um a quant i dade de s ab ão-da -cos t a corr es pondent e a 2 000 búzi os e t race o odù Òs éE gúnt án nel e; us ar para banho. Not a: Em qual que r m om ent o que a pena d e um àgbe é m enci onad a, s ai ba que um a pen a de r abo dev erá s er us ada. Todos os m at eri ai s a s er em us ados par a awur e (m edi cam ent o pa ra s ort e boa) deve es t a r li m po, pe rfei t o e em bom es t ado. Or ácul o 213
Ògúndá-Fú Es s e Odù fal a de pos s í vei s di s put as s obre pos s es . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á s e dep arando com al gum a es p éci e de di s t ri bui ç ão de he ranç a ou c ri anç as que s ent em que os pai s não os es t ão t rat ando i gual m ent e. 213 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ò gúndá, dê o cont rat o ao dono. S e você não der o cont rat o ao dono, tom al o- ei de t i à for ça e bri gar ei , em bor a eu não t er adent rado à s ua cas a procur ando bri ga. Is t o foi di vi nado para um vi aj ant e que s e hos ped ari a na cas a de um hom em av aro. Foi pedi do que el e of ere ces s e s acri fí ci o par a que não perd es s e s eus pert enc es pa ra o pat r ão av aro. O s acri fí ci o: um a gal i nha, 12 000 búz i os e fol has de If á (pi l ar fol has de t agi ri e ees i n- war a e um a quant i dad e de s ab ão- da-cos t a equi val ent e a 12 000 búz i os: col oca r em um cant o da cas a e ve rt er o s an gu e da gal i nha nel e; us ar para banho). 213 – 2 ( Tradu ção do vers o) Dê par a m im , eu não vou dá- l o a você. Nós não podem os lut ar em ci m a de cont as t odo o cam i nho pa ra O yo e at é que nós ch egam os à cas a do Ol ofi n. S e nós l ut am os s e cret am ent e, nós dev em os f al ar a ve rdade no di a em que a bri ga al canç a o r ei .. Is t o foi di vi nado para o rei quando um s aco de cont as foi t raz i do por gu ardi ões e que m ai s t ard e de ci di ram enven ena r o propri et ári o das cont as de m odo que as m es m as fi c as s em par a el es . Foi pedi do que s ac ri fi cas s e um pom bo e 2 000 búzi os . A hi s t óri a da ques t ão: Havi a um hom em com doi s fi l hos . É um cos t um e em nos s a t erra que os f am il i ar es não perm i t am aos fi l hos de um pai fal eci do t er qual quer coi s a for a do propri edade do pai del es . P or es t a raz ão, a fam í li a do pai dos doi s fi l hos f al eci do t om a ram a propri ed ade e a di vi di ram t ot al m ent e ent r e el es . Es t es doi s fi l hos roub aram um a bol s a de cont as e a m ant i veram es condi d a em al gum lu ga r, e vend eram as val i os as cont as um a a um a. quando a bol s a fi cou quas e vaz i a, e m ai s da m et ade j á s e for a, o fi l ho m ai s vel ho qui s engan ar s eu i rm ão. El e l evou as cont as res t ant es ao rei par a cus t ódi a e f al ou pa ra s eu i rm ão que as cont as t i nham s i do roubadas . Al ém di s s o, o rei t am bém es t ava pens ando em um m odo de m at a r o fi l ho m ai s vel ho de form a a poder m ant er as cont as cons i go.
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Or ácul o 214
Òfún-Egúntán Es s e Odù fal a das cons equ ênci as de s e i gnor ar com port am ent o m oral e s acri fí ci o. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á envol vi do ou des ej os o de um pos s í vel rel a ci onam ent o s ex ual noci vo. 214 ( Tradu ção do vers o) Os upaj erej e re, advi nho de Oni bara, di vi nou pa ra Oni bar a, a quem foi pedi do que s acri fi c as s e um c arnei ro e 22 000 búz i os de m odo que el e não ent ras s e em probl em as por c aus a de um a m eret riz . Oni ba ra não ofer ec eu o s ac ri fí ci o. El e pergunt ou que ti po de probl em a poderi a ofe re cer um a m eret ri z a el e, o l í der de um a naç ão? A hi st ori a de Oni ba ra após el e t er re cus ado s a cri fi c ar: No ano que Ifá foi cons ult ado para Oni bar a, um a m ul her che gou de um a t err a l on gí qua pa ra des pos a-l o. A m ul her foi pros t it ut a. Vári as pes s oas que a conhe ci am e aquel as que ouvi ram f al ar sobr e el a vi eram pa ra preveni - l o a não s e cas a r com el a. Oni ba ra s endo um rei , re gei t ou a adve rt êci a das pes s o as . El e s e recus ou a des pr ez ar a mul her poi s el a e ra m ui t o boni t a. A im a gem des t a m ul her ocupou a m ent e do rei de m anei ra que el e não e ra c apaz de r epel i r ou m udar os pedi dos da m ul her. A m ul her di s s e ao rei que não com i a out r a coi s a s enão c arne, ent ão o rei m at ou t odas as aves , c arn ei ros e c apri nos que el e t i nha par a a caus a da m ul her. Ent ão o r ei com e çou a arm ar ar apucas par a as av es , ca rnei ros e cap ri nos que pudes s em ent ra r no s eu pal á ci o. Quando o dono vi es s e pro cura r o ani m al no di a s e gui nt e, o rei di ri a que el e l he es t ava cham ando de l adr ão. M as quando não t i nha m ai s aves , carn ei ros e capri nos na viz i nhanç a, o rei pens ou em um a out rr a m anei r a par a obt er ca rne pa ra a m ul her. ent ão el e cons e gui u um fei t i ço com o qual as pes s oas s e t rans form av am em t i gres . Após i s s o, o rei i a t oda m anh ã at é os pos t es onde os ani m ai s er am pres os pa ra ao abat e e os l evav am dal i . C ons equ ent em ent e, as pes s oas com eç aram s e cans aram com os horro res que o ti gre es t av a caus ando pel o as s as s í ni o de s eus ani m ai s dom és t i cos . Os ca çador es da vi zi nhan ça fi z er am um a vi gi l i a e at i rar am no t i gr e. Quando el e foi at i ngi do pel as fl ex as , fugi u e foi c ai r na frent e da c as a de Oni bar a. Int o ocor reu nas pri m ei ras horas da noi t e à luz da l ua. Quando am anh ec eu, Oni bar a foi en cont rado na pel e do ti gre; todas as fa cas que el e us ou para perfu rar as ví t im as es t av am em s uas m ãos e o ani m al que el e havi a ab at i do es t av a ao l ado del e. As pes s o as s e
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s urpr eend eram em ver que o rei del as t eve t al hábi t o rui m . Ent ão el as ach aram um l u gar depr es s a pa ra o ent er rar s e cret am ent e. El as l ev aram cabo da m ul her, a m at ar am , e a ent e rra ram na abóbada de Ob a. Des d e es t e t em po, s e um ti gr e é m ort o, s ua fac e é cobert a, e s e rá l ev ado par a um l ugar s e cret o ant es de s er es fol ado. Is s o é por que um t i gre é cham ado de r ei . P rové rbi o: Um ti gre, ap es ar de s ua m al dad e, pedi u par a as pes s oas que não dei x em s ua fac e des cobert a.
Or ácul o 214
Òsá-Ká Es s e Odù prev ê um novo bebê e fal a da prot e ção do s egredo de al guém . Obs e rva ção oci dent al : Um com ent á ri o sobr e um ant i go em pr egado pode caus ar probl em a pa ra o cl i ent e. 215 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òs á c am i nha ao redor di vi nou par a um re cém - nas ci do. Foi predi t o que el e s eri a um apai xonado por vi aj ar pel o m undo quando el e fos s e m ai s vel ho. el es di s s er am : Um s acri fí ci o deve s e r fei t o de m odo que el e pos s a t er um a habi t aç ão em t er ra e pos s a es t a r m uit o bem . O s acri fí ci o: um ca ram uj o, um ai ka (ani m al es pe ci al do m at o), s ab ão-da -cos t a, 32 000 búz i os e fol has de If á . As fol has de If á dev em s e r moi das e cozi das na s opa com ai ka ou c aram uj o par a o cl i ent e beb er e as fol has de If á devem s er m i s t uradas no s abão- da-cos t a. 215 – 2 ( Tradu ção do vers o) P al avr as part i cul a res torn a-s e -ão públ i cas foi di vi nado por Ayé kogbej e. Um confi dent e es t á r evel ando s e gr edos . Foi pedi do que s ac ri fi cas s e par a que não fi z es s e coi s as vergonhos as em s e gr edo, e que s eus s e gr edos não fos s em di vul gados . O s acri fí ci o: um ca ram uj o, az ei t e- de-dênd e, banh a de òri , um pom bo, 66 000 búzi os e fol has de If á. El e ouvi u e s acri fi cou.
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Or ácul o 216
Ìká-Sá Es s e Odù adve rt e às pes s oas a não faz er em nada des ones t o. Obs e rva ção oci d ent al : Confus ão em oci onal pode l evar a de ci s ões peri gos as . 216 – 1 ( Tradu ção do vers o) Um m al c arát e r ger a um cov arde foi di vi nado pa ra um l adr ão. El es di s s er am que um l adr ão não s e ri a t ão br avo quat o o prop ri et ári o. O l adrão foi advert i do a s acri fi c ar de m anei r a a adqui ri r coi s as faci l m ent e ou hones t am ent e. O s acri fí ci o: quat ro ca ram uj os , 8 000 búz i os e fol has de If á (wo ro e ès o par a s er em coz i das e com i das com os c aram uj os ). el e não s a cri fi cou. 216 – 2 ( Tradu ção do vers o) O mundo é fri o. Nós es t am os des can çando; pes s oas fra cas deix am a ci dad e. Is s o foi di vi nado pa ra J okoj e que des ej ou des can çar, el e deveri a s acri fi car pano br anco, um pom bo, um a ovel h a e 20 000 búz i os . El e s acri fi cou. El es f al ar am que el e es t ari a us ando verd e com o pano prot et or.
Or ácul o 217
Òsá-Òtúrúpòn Es s e Odù fal a de i nfe rt il i dade e de s acri fí ci o para vi da l onga. Obs e rva ção oci d ent al : Es s e é o m om ent o par a s a cri fi c ar a Ògún par a con cepç ão. 217 – 1 ( Tradu ção do vers o) El a- não- car re ga -c ri anç a-em - s uas -cos t as foi di vi nado par a Òs á At i nus oj o, a quem foi pedi do que s acri fi c as s e de m odo a poder dar a l uz . O s acri fí ci o: um a cabr a, um a gal i nha, 16 000 búz i os e fol has de If á . El a s e re cus ou a s a cri fi c ar. 217 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òs á -Òt úrúpòn, Òs á-Òt úrúpòn foi di vi nado pa ra a pel e de um ani m al . el es dis s e ram que a pel e s eri a s audável e vi veri a m ai s que qual quer out ro ani m al no m undo. O s acri fí ci o: um pom bo, um a ovel ha, obì e 44 000 búz i os . A pel e s acri fi cou.
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Or ácul o 218
Òtúrúpòn-Òsá Es s e Odù fal a de t i rar um a cri an ça do peri go. Obs e rva ção oci dent al : Um a nova cri anç a ou novas res pons abi li dad es es t ão cri ando um a pr eocupa ção t em porári a. 218 – 1 ( Tradu ção do vers o) Igbok egbodo foi di vi nado par a Konkon El es di s s er am q ue el e deve ri a f az e r s ac ri fí ci o pa ra que um rec ém -nas ci do não envol ves s e os pai s em probl em as ou des as s os s e go. O s acri fí ci o: um pi l ão, um car am uj o, az ei t e-de -dendê em abundân ci a, 32 000 búz i os e fol has de If á (j okoj e e ès o). Konkon m a yi kan s e re cus ou a s acri fi car. 218 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òt úrúpòn- Òs á foi di vi nado para as pes s oas na ci dad e cham ada Il ar a. El es di s s eram que t odos os beb es nas ci dos naquel e ano s eri am ca rr egados nas cos t as de suas m ães enqu ant o es t as fu gi ri am de um a bat al ha. As pes s oas pergunt aram o que deveri am s ac ri fi ca r e foi res pondi do: az ei t e-de -dendê, ban anas m adur as , banha de ori , fol has If en, fol has j okoj e, fol has woro e 42 000búz i os . El es não s acri fi car am .
Or ácul o 219
Òsa-Òtúrá Es s e Odù fal a dos deus es f avore cendo aquel es que fal am a verd ade. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e con front ar um probl em a que el e vem evi t ando. 219 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òs á -Òt úrá diz , o que é verd ade? Eu di go, o que é verd ade? Òrunm i l a di z: Verdad e é o S enhor do P arai s o gui ando a t err a. Òs á -Òt úrá diz , o que é verd ade? Eu di go, o que é verd ade? Òrunm i l a diz : Verdad e é o In vi s í vel gui ando a t er ra, a s abedo ri a que Ol odunm a re es t á us ando — gra nde s ab edori a, mui t as s ab edori as .
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Òs á -Òt úrá diz , o que é verd ade? Eu di go, o que é verd ade? Òrunm i l a di z: Verdad e é o car át er de Ol odunm ar e. Ve rdad e é a pal avr a que não cai . If á é a verdad e. Ve rdad e é a pal avr a que não s e co rrom pe. Poder que ul t rap as s a a tudo. B ênç ão pe rpét ua. Is t o foi di vi nado pa ra a Ter ra. El es dis s e ram que as pes s oas do mundo dev eri am s e r verd adei r as . P ara c apaci t a -l os a s er em verd adei ros e hones t os que idabo (m edi ci na de If á ) s ej a apl i cad a por m ar ca r o Odù Òs á- Òt úrá no i yè- ì ros ù. Após re ci t ar o If á aci m a s obre o pó, m i st ur e- o com eko e beba- o, ou col óque -o no az ei t e- de-den ê e o com a, de modo que s rá fáci l s er hones t o e ve rdadei rao. C ant i ga de If á: Fal e a verd ade, di ga os fat os . F al e a verdad e, di ga os f at os . Aqu el es que fal am a ve rdade s ão aqu el es a quem as dei dad es aux i l i am .
Or ácul o 220
Òtúrá-Sá Es s e Odù fal a das cons equ enci as de s e fal ha r com os s acri fí ci os e da re com pens a daqu el es que f az em s acri fi ci o. Obs e rva ção oci d ent al : O t em per am ent o do cl i ent e es t á caus ando probl em as . 220 – 1 ( Tradu ção do vers o) Eu não t enho m edo, eu não s ou m edros o. M eu corpo é fres co. Is s o foi di vi nado pa ra Ol ókun a quem foi pedi do s acri fi c ar de m odo que s eu corpo pudes s es es t ar s em pre fres co. O s acri fí ci o: um a caba ça de az ei t e- de-dend ê, um a c abaç a de banha de ori , um a c abaç a de adi n, um c aram uj o, um a ovel ha, um pom bo, um c arnei ro, um a pedr a- de-r ai o, 44 000 búz i os e fol has de If á . El e s acri fi cou. 220 – 2 ( Tradu ção do vers o) C om prar e fu gi r, com prar e fu gi r. Um a pes s oa m á fu gi u com m eu di nhei ro. Is s o foi di vi nado pa ra o pat o. El es di s s er am que a pes s oa m á chegou pa ra com prar del e e fugi ri a s em pagar. Foi - l he pedi do que s a cri fi c as s e de modo que não pe rdes s e s eu di nhei ro. O s acri fí ci o: 18 000 búz i os , um pom bo e fol has de If á ( ees i n e cas c as de c aro ço de pal m ei r a). El e não s ac ri fi cou. O as s unt o s e t o rnou de âm bi t o i nt erj ect i vo: Há! Há ! Há! es s e é a prát i c a do pat o par a es s e di a. S e t i ves s e s ac ri fi cado com o ori ent ado, fol has de If á s e ri am prepa radas pa ra el e. Ent ão que ni n guém s e una à s oci ed ade de agbebom a rú (es s es que foram ori ent ados à s a cri fi c ar m as as s im não proced er am ). Or ácul o 221
Òsá-Retè Es s e Odù i ndi c a que a úni cas sol uç ão par a os probl em as corr ent es vem das dei dades . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e não es t á r eceb endo s uport e prát i co nem mor al de s eu com panh ei ro. 221 – 1 ( Tradu ção do vers o) S e a pes s oa que dorm e s ozi nha dorm e m al , s om ent e deus pode di s pert a -l a. Is s o foi di vi nado pa ra um es t r angei ro que es t av a i ndo para o cam po (ej uj u) par a es p era r.
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De form a que a cons egui r al gu ém para l he aj uda r a l ev ar o f ardo em s ua cab eç a, l he pedi r am que s a cri fi c as s e um a av e, 3 200 búzi os e fol has de If á (fol has ol us es aj u para s erem es prem i das em água pa ra banho com s abão ). El e ouvi u o cons el ho e s ac ri fi cou. O es t ranho foi ao cam po e prep arou o s eu fardo. El e ol hou para di rei t a e para a es qu erda, par a fr ent e e para t rás , e não vi u ni ngu ém . El e di s s e, “Es t e fardo é a gor a o f ardo de Deus . Ent ão, Efuful el e auxi l i a- m e a c arr egar es t a c arga em m i nha c abeç a, Efu ful el e. Você não s abe que aqu el es que não t êm pes s oas depos it a rão sua confi an ça no S enhor t eu Deus? ”.
Or ácul o 222
Ìretè-Sá Es s e Odù fal a que prev eni r é m el hor que rem edi a r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode s e dep ara r com com pet i ç ão no s eu rel aci on am ent o am oros o. 222 – 1 ( Tradu ção do vers o) Aquel e que gua rda cont ra mot i m não é um cov arde. As ab el has pa rt i ram m as dei x aram o s eu favo de m el ; as form i gas s ol dado part i ram e dei ch aram s eus rem an es cent es . Is t o foi di vi nado pa ra o povo da t err a e no parai s o quando ent ra ram em gue rra. Foi pedi do que am bos s a cri fi c as s em um j arro de m el e um a cab aç a de eko. Apen as as pes s oas do C éu s a cri fi c aram ; as pes s oas da t er ra não. A hi st óri a: As pes s o as da t er ra fora para um a bat al ha com as pes s oas do C éu, m as as s i m que ch egar am ao port ão do C éu, el es vi r am um pot e de eko mi s t urado col m el . Não s abendo que el e es t ava m i st ur ado com ven eno, el es beber am a m i s t ura, e t odos aqu el es que beber am m orre ram al i m es m o. As pes s oas do C éu m arch ar am at é os port ões do out ro l ado do C éu e en cont ra ram co rpos no chão. El es bat e ram em s et e corpos com um a var a aos quat ro cant os da c aban a del es . El es m anda ra aquel es s et e c arr egar em os corpos dos out ros mort os pa ra lon ge do port ão. Após os s et e t er em car regado s eus cam arad as para l on ge do port ão as pes s o as do C éu com eça ram a c ant ar e es c arne ce r-l os ve rgonhos am ent e as s im : “Nós bebem os m el e não com bat em os as pes s oas do C éu; nós bebem os m el . Todos os povos pre gui ços os es t ão em bat al ha. Nós bebem os m el e não com bat em os as pes s oas do C éu. Todos os povos pregui ços os es t ão em bat al ha. Nós bebem os m el e não com bat em os as pes s oas do C éu; nós beb em os m el ”. At é hoj e, voc ê não vê as pes s oas na t er ra c arr egando s eus m ort os aqui e al i? Os mort os es t ão ca rre ga ndo os m ort os .
222 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìr e t è- Òs á foi di vi nado pa ra Aduroj à -Aba yak o. El es pedi r am par a el e vi r e f az er s a cri fí ci o de m anei ra a s obrepuj ar os i ni mi gos . O s acri fí ci o: um ca rnei ro, um gal o e 22 000 búzi os . El e s acri fi cou. El es di s s er am que Aduroj à- Aba yak o venc eri a s eus i nim i gos .
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Or ácul o 223
Òsá-Sé Es s e Odù adve rt e cont r a fal s as acus ações . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode s e dep ara r rep ent i nam ent e com mudan ças em s eu s ervi ço ou t rab al ho. 223 – 1 ( Tradu ção do vers o) Os á -s é, Ori n-s é, o fil ho s e gu e o ex em pl o do pai . Is s o foi di vi nado pa ra Ol úi gbó e Ol úodàn. Foi pedi do a am bos s a cri fi c ar um a cabr a. Ol úi gbó s ac ri fi cou s ozi nho. El es pedi r am a Ol úi gbó que todas as boas coi s as es t i ves s em em s uas m ãos e pes s oas vi ri am s upl i ca r por el es . 223 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òs á não of endeu. Òs á não m a guou. A pes s oa que pens am os t er nos ofendi do, não nos ofendeu. Is t o foi di vi nado para Ow a que es t ava procu rando por um hom em com o s e fos s e um l adrão m as na ve rdade er a i nocent e. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e de m odo que Ès ù não o im pul s i onas s e a acus a r fal s am ent e um hom em i nocent e. O s acri fí ci o: doi s pom bos , um a cab aça de i nham e pi l ado e t orrado (ewo ) e 4 400 búz i os .
Or ácul o 224
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Òsé-Sá Es s e Odù fal a fal a de conci l i a ção em lu ga r de confront a ção para res ol ver di s put as . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e es t á num a di s put a — m ui t as vez es com o gov erno. O pa gam ent o es t á em ordem . 224 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òs é -S á foi di vi nado par a El é gb árá. Foi pedi do a El é gbá rá que s ac ri fi cas s e de m odo a não m orra devi do a probl em as de t ri bunal . O s acri fí ci o: pano, um obì de t rês gom os , az ei t e-de -dendê, 6 600 búz i os e fol has de If á . El e ouvi u e s acri fi caou. Fol h as de Ifá fo ram pr epar adas para el e. El es di s s er am -l he: Òs é -S á obì nunca mor re em um c as o com o t al ; El égbá rá não m orre rá em um c as o. 224 – 2 ( Tradu ção do vers o) Aki n (um a brava pes s o a) es t á as s oci ad a com o pri ncí pi o de “l ut a e es qui va”. Is s o foi di vi nado par a Ol obahun Ìj a pá (a t art aruga) . Foi - l he pedi do que s acri fi c as s e de m odo a não t er que l ut ar e m orre r e pe rm ane cer res pi t ado onde quer que fos s e. O s acri fí ci o: orogbo, s al , s em ent es a yo , um gal o e 3 200 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou e foi -l he dado fol has de If á. El es di ss e ram que as pal av ras de s ua boca nunca i ri a abor re çer as pes s oas do m undo. As pes s oas s em pr e procur arão por di nhei ro e s al . Quando nós vem os awun (um a t art aru ga ), nenhum bas t ão é neces s ári o.
Or ácul o 225
Òsá-Fú Es s e Odù fal a de ent endi m ent o e obedi ênci a de t abus . Obs e rva ção oci d ent al : C aos nas at i vi dades di ári as es t á di s t orc endo o j ul gam ent o do cl i ent e. 225 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òrunm i l a di s s e Òs á-F ú, Eu di s s e Òs á- Fú. Nós es t am os fugi ndo da pi c ada da cobr a. Nós es t am os fu gi ndo de m anei ra que o el e fant e não nos pe gue. Nós es t am os fu gi ndo de m anei ra que o búf al o ( efòn) não l ut e conos co. Nós es t am os fu gi ndo de m anei ra que o fo go não nos quei m e. Nós es t am os fu gi ndo das dí vi das de m anei r a que as pes s oas da t err a não nos es carn e. Nós es t am os fugi ndo da propri edade de out ras pes s oas pa ra não nos t orna rm os l adrõ es , de modo que as pes s oas de repent e não el ev em s uas voz es cont ra nós um di a. Nós es t am os fu gi ndo do am ul et o de modo que s ua pal av ra m á não nos afet e. Não há praz er par a aquel es que di z em que não fugi rão de nada na t err a. Is s o foi di vi nado par a os fi l hos dos hom ens , que di s s eram vi r e s acri fi car de form a que el es s oubes s em evi t ar t udo aqui l o que é èèwò (um at o proi bi do). O s ac ri fí ci o: dez es s ei s ca ram uj os , fol has om o, az eit e -de- dendê, s al e 32 000 búz i os . Apenas al guns del es s acri fi car am . El es di s s eram : Aquel es dent r e vocês que s ac ri fi ca ram , t erão vi da l onga na t er ra e a t err a s erá boa pa ra voc ês .
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Oráculo 226
Òfún-Sá Es s e Odù fal a da vi da i nt ei ra de um a pes s o a vi rando de cab eç a par a bai xo, e da red enç ão es pi ri t ual com o úni c a s ol ução. Obs e rva ção oci d ent al : Enquant o t udo pare ce bom no m om ent o, des as t r e s e aprox i m a. 226 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ot ooro! A Te rra gi ra em t orno de si no es p aço. Ogba ara ! A Terr a é ras gad a ex pondo s eu núcl eo. S e o m undo fi ca podre em nos s a époc a, é porque nós j á não s abem os nos com port ar. If á foi cons ul t ado pa ra os an ci ões de If è quando a s oberani a de If è as s em el hava -s e a um a cab aç a ra chado. Nós di s s em os : Quem nos auxi l i ará a r es t au ra ri a a s oberani a de If è t al qual repa ram os um a c aba ça r achad a? Nós m andam os cham ar Ol ot a da ci dad e de Ado. El e vei o — poderos os s ace rdot e — m as nad a pôde faz er. Nós m andam os cham a r Eri nmi da ci dade de Owo. el e vei o m as nada pôde faz er. M es m o s endo Ado o dom i cí l i o de If á e Owo o as s ent o da s ábi a Et u. Nós m andam os cham ar Ògún em Ir e a fi m de res t au rar a s obe rani a de If è . El e vei o m as t ent ou em vão. OS hom ens t ornar a- s e árvo res s e cas em suas r aiz es , a chuva s e re cus av a a c ai r, a fom e vei o; hom ens e ani m ai s per ec eram . El es cho rar am em des es p ero: Quem acab ari a com nos s a m i s éri a e res t au rari a o es t ado perdi do de If è? . Um a voz di s s e: Voc ês ai nda não cham aram por Obal ufon em Iyi nd e, Lá bé ri j o em Id o, J i gúnr è em Ot unm oba, e Es egba, o Awo de Ègbá. Vocês ai nda não m andar am cham a r As ada em Ij e s a e Akódá e As èd á em Il e- If è pa ra vi r em aj udar a res t au ra r If è . Quando el es for am cham ados , el es vi e ram e t ent at am , porém fal ha ram . F oi t udo em vão.
226 – 2 ( Tradu ção do vers o) O pom bo conh ece os s egredos m ai s int i m os de Es el u. O c ar am uj o conhe ce a s abedo ri a de Apako. el es di vi naram par a os an ci ões de If è quando es t á s e as s em el hav a a um a c aba ça ra chad a, quando ni n guém pôde s er en cont rado par a par ar a m aré de des t rui ç ão. Nós ch am am os Ol um o, o s ac erdot e de Im ori em Ij es a, por Ò gún, o s ace rdot e de Al á rá, por Ogbón Eni t aar a, o s ac erdot e da m ont anha de Ij èro, por Odudu gbunudu, o s ace rdot e de Es em owe, por Obol eboogun, o l í der em Ket ú. El es vi er am e m os t rar am t oda s ua forç a, m as t udo eram em vão. El es for am im pot ent es cont ra as for ças de des t rui ção que es t av a l evando If è à ruí na. . . . Ent ão nós ch am am os pro Akoni l ogbon, nós envi am os em i s s ári os a Af ’òn àhan ’ni . Nós procu ram os o auxí l i o del es . El es vi er am e di s s eram par a nós ch am ar Ot ot o-en yi an, o s ace rdot e daci dad e Aru fi n, pa ra el e vi r e soa r a t robet a pa ra ch am ar Al aj ó gun, ch am ar por Ol ofi n m eu s enho r Àj àl á yé e m eu S enhor Àj àl órun e m eu S enhor A gi ri -Il ó gbón, a cri an ça nas ci d a na mont anha It as e, o l ugar de onde o s ol nas c e. P oi s el e s oz i nho pode r es t aur ar Ifè . Ot ot o- en yi a n (“o hom em perf ei t o”) vei o. El e pe rgunt ou: Porqu e vocês m e cham a ram pa ra s eu m undo? Nós r es pondem os : Vós podei s t oca r a t rom bet a para cham a r Al áj ogun e que el e por s ua vez cham e o Che fe Úni co. Ot ot o-en yi an recus ou -s e di z endo: Eu não toc arei . Bus cando des es p erad am ent e m udar de ci s ão del e, nós di s s em os : O es qui l o não anunci a a vi nda do j i bói a? El e novam ent e s e recus ou: Eu não t ocar ei a t rom bet a. Nós di s s em os : O s apo não procl am a a pres en ça da ví bora? El e não s e rende ri a. Ai nda el e di s s e: Eu não s opra rei .Foi ent ão que nós di s s em os a el e: A gal i nhol a s oz i nha procl am a o deus de m ar. O àl ùkò s oz i nho anun ci a a deus a do ri o. O ol oburo s oz i nho anunci a os ci d adãos doe céu. Você s oz i nho, do am anh ece r de t em po, s em pr e cham ou Al áj o gun (o capi t ão das Hos t es M il i t ar es do céu ).
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226 – 3 ( Tradu ção do vers o) A gor a, o Hom em P er fei t o res pond eu. El e t om ou s ua t rom bet a e t ocou. Os Gr andes do C éus des ce ram . O pâni co envol veu os fil hos da Ter ra. El e fant es corr eram para s uas cas as nas fl or es t as . Bú fal os fu gi r am par a a fl or es t a. As aves al adas bus car am s eu própri o hábi t at ; os r épt ei s , os poderos os anim ai s da á gu a acel e ra ram às suas r egi õ es pel o m a r. Os c acho rros foram di ret o par a a t er ra dos cacho rros , as ovel ha par a a t er ra das ovel has , os s e res hum anos para o lu ga r dos hum anos . C onfus ão abs ol ut a r ei nava; al guns ent r ar am nas c as as err adas e out ros s egui r am as di re ções er rad as . Foram ras ga das roup as em fr agm ent os . O an ci ão dis s e: rei na ! Eu r es pondi : C aos rei na. Voc ê es t á i ncom pl et o, eu es t ou i ncom pl et o, at é m es m o os di as do m ês luna r es t ão incom pl et os . 226 – 4 ( Tradu ção do vers o) El es di vi na ram par a o S enhor dos P oder es da Terr a. El es di vi naram par a os pode res do C éu e par a m eu S enhor, o S enhor da P erf ei t a S abedori a, a cri an ça nas ci d a na m ont anha de It as e, a C as a do Al vor ece r. Foi el e quem dis s e: S e real m ent e If è deve s er cu rada e r es t abel e ci da, depr es s a a fol ha de al as u wal u (a fol ha que refo rm a o c ar át er do hom em , l i m pa-o e puri fi ca -o) deve s e r cul t i vada. Ent ão e não ant es a paz r et orna rá pa ra a t err a. F ren et i cam ent e nós bus cam os a fol ha al as uw al u. Nós l evam os um a fol ha a el e. El e di s s e: não é a fol ha. Nós l evam os out ra fol ha a el e. Is s o não é a fol ha. Ent ão, em com pai x ão el e di s s e a nós : C onfes s e s ua m al dade que eu pos s o cobri r s ua nudez . Dep res s a nós r es pondem os : Nós conf es s am os nos s a m al dad e, S enhor, cub ra nos s a nudez . Ent ão el e m et eu s ua m ão na bol s a de S abedori a P ri m ordi al e t i rou a fol ha al as uwal u. Nós es t ávam os l ado a l ado com alí vi o e com al egri a. Nós dançam os .Nós nos regoz ij am os . Nós cant am os : " Nós r eceb em os a fol ha de al as u wal u. A cri an ça com a c abe ça co road a nos dot ou, Dot ou a todos n ós de car át er perf ei t o! “ Naqu el e di a, a chuva cai u de céu. A s ober ani a de If è foi renov ada, s e re gen erou. Foi res t ab el eci d a a c abaç a que rachou.
Oráculo 227
Ìká-Òtúrúpòn Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de um rel a ci onam ent o es pi ri t ual . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e vem abri ndo m áo de um r el aci onam ent o que pode ri a s er ben éfi co. 227 – 1 ( Tradu ção do vers o) A t art a ruga es t á re col hendo o ben efí ci o do c as co em s ua part e de t rás . Ir er e t em um pei t o bem gra nde. Um vel ho Ài r á (r edem oi nho de vent o) fr eqüent em ent e cort a o t opo da cop a de um a árvor e i rókò. Is s o foi di vi nado pa ra um a propri et ári a de t erras que cons t rui u um a m ans ão de dez es s ei s quart os . foi pedi do que el a s ac ri fi cas s e de m odo que el a pudes s e encont r ar um a boa e hones t a pes s o as que i ri a prot e ge - l a cont r a o roubo de s ua propri edad e, fat o que l he t ra ri a gr and e dor. O s acri fí ci o: dez es s ei s pom bos , doi s pat os , dez es s ei s ca ram uj os , 3 200 búz i os e fol has de If á . A propri et ári a de t er ras s e r ecus ou a s acri fi ca r. El a di s s e que não nec es s i t ava de um s e gur ança. Dond e um l adrão vi ri a rouba r a s ua propri edad e com dez es s ei s quart os? Ob al ùfòn t ent ou des pos a -l a e el a r ecus ou. Ò gún t ent ou des pos a -l a e el a re cus ou. Orunm il a t ent ou e el a recus ou. A propri et ári a de t err as cos t um av a dorm i r nos dez es s ei s q ua rt os de m odo que não pudes s e s e r capt urad a por nenhum a pes s oa m á. El a t am bém 140
f echa ri a à noit e as port as da cas a quando el a qui s es s e dorm i r. No di a em que Orunm il a es t av a pr epar ado para env ergonh ar a m ul he r, com o i rofá em s ua m ão e de cl ara ções de If á em s ua boc a, Orunm i l a abri u t odas as port as e ch egou at é à m ul her. Durant e t udo aqui l o que Orunm i l a f ez à cas a e a mul her, ni ngu ém des pert ou. El a ol hou o corpo del a e vi u t udo aqui l o que t i nha s i do fei t o a el a, e el a não s oube quem ti nha fei t o i st o. El a pergunt ou para os vi gi l ant es da cas a; el es s ó puder am l he f al ar que el es t i nham dorm i do at é de m anhã. El a com andou pa ra todas as cri an ças da cas a del a s ai r s oando os si nos e jur ar naquel e hom em que ti nha vi ndo pa ra a cas a del a para ex ecut a r t al aç ão m á dur ant e a noi t e. El es di s s e ram tudo que el es puder am , e rai o t udo que que el es pude ram , m as el es não adqui ri r am ni n guém par a res ponde r a el es . M ui t o c edo a m anhã que vem . Orunm i l a s ai u com os c am ar adas del e, s oa o s i no e c ant a t hus l y: Swe arl i n g wi l l ki l l t he s wea re r - a wer epep e, s we ari ng wi l l ki l l t he s wea rer - aw erep epe, and s o on. quando a m ul her s oube que er a Orunm il a que t i nha t ent ado a c as ar e ra um a vez , el a o cham ou e lhe fal ou que el e s ó poderi a s er o m ari do e ent ão el e deve, venha pa ra a cas a del a. O si gni fi cado des t e Ifá : S e es t e If á é di vi ned durant e o gbi gbo -ri ou es ent a ye de um a m eni na, pa ra o pai deve ri a s er fal ado que a m eni na deve s e r a es pos a de um babal a wo. El a s er á prós per a, e es t ar t ranqüi l o em vi da, a dei x e si do dado a um babal a wo.
Oráculo 228
Òtúrúpòn-Ká Es s e Odù fal a de grand e pros p eri dade e s aúd e. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á preo cupado com doença. 228 – 1 ( Tradu ção do vers o) Aum ent o na cas a, aum ent o m ai or na faz end a foi di vi nado par a Òt ú. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e; s uas es pos as en gr avi dar am e os f rut os das árvo res de s ua ro ça de ram bons frut os em gr ande quant i dade. O s acri fí ci o: um a banana, bas t ant e obì , bas t ant e orogbo, ar ei a e fol has de If á. El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou t odos os ít ens . 141
228 – 2 ( Tradu ção do vers o) Os an ge de gb e b’okunri n-j á di vi nou par a Dej ugbe Okunrunt a gobol e, Awuwol ap a. El es di s s er am que s e Dej u gb e des ej as s e que s eu bra ço fos s e curado, el e deveri a s acri fi car doi s pom bos , duas gal i nhas , 8 000 búz i os e fol has de If á (t ri t urar fol has i t apàr a mi s t urar com s abão -da- cos t a e az ei t e-de -dendê; es f re ga r no co rpo). El e s egui u a i nst ru ção e s ac ri fi cou.
Oráculo 229
Ìká-Òtúrá Es s e Odù fal a do fi m de um probl em a e do i ní ci o de boa s ort e. Obs e rva ção oci d ent al : A s ort e do cl i ent e es t á a pont o de m udar de m á par a boa s ort e. 229 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìk á m e em pur ro u; Eu nunca c aí . Ìk á es t á envi ando m al es pa ra m i nha c as a; mi nha c as a não di s pers ou. Todas as coi s as boas es t avam acum ul and as . Is t o foi di vi nado par a Orunm i l a. El es di s s eram que o m ot im cont r a Orunm i l a s e ri a m ot i vo de vergonh a. Foi pedi do que el e s acri fi cas s e s ei s pom bos , 12 000 búz i os , pi m ent a- da- cos t a e fol has de If á (t orr ar fol has kuti , fol has it o e pi m ent a -da- cos t a t udo j unt o; mi s t urar com s abão -da- cos t a. Us a r par a banho ). El e s acri fi cou. 229 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìk á -Òt úr á, O a cum ul ador, o r euni dor, aux i li a -m e a j unt a r di nhei ro, auxi l i a- m e a r euni r es pos as , auxi l i a- m e a t er m ui t os fi l hos . Venha e r euna t oda as coi s as boas em mi nha vi da. Fol has de If á: Tra çar o Odù Ìkà - Òt úrá no Ìros ù; i nvoque com o mos t rado a ci m a s obr e o pó; us a r para m ar car a c abeç a ou col oc ar no az eit e e com e r.
Oráculo 230
Òtúrá-Ká Es s e Odù fal a de di s pers a r nos s os i nim i gos par a gar ant i r nos s a pros p eri dade. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a s er l i m po es pi ri t ualm ent e das en ergi as negat i vas .
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230 – 1 ( Tradu ção do vers o) As a re ge ge é o nom e dado à M ort e, Abi ri n gbe re é o nom e dado à M ol és ti a. S e o el e fant e che ga à es t r ada, el e s e al egra rá. S e o búf al o che ga a um l ocal pant anos o, el e es t ará li vr e e s e al egra rá. Òt úr ákát úrák á! aj udai -m e a di s pers a r bruxos e fei t i cei r as ; aj udai -m e a di s pers a r m eus i nim i gos e oponent es . Fol h as de Ifá : m oer fol ha èl a e ì ye re . C ol oque em um m ont e de coz i nhar argi l a e as fol has moi das com um pei x e a ro. Ent ão col oc ar s obre es s a s opa um pouco de pó de If á no qual o Odù Òt úrá- Ká t enha s i do t açado e a i ncant ação de Ifá a ci m a dev e s er reci t ad a. Ve rt er az ei t e no chão ao redo r do m ont e ant es de t om ar a s opa. 230 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òt úr á-K á foi di vi nado par a Ade yi bo, a quem foi pedi do s ac ri fí ci o de m anei ra que um l adrão não pudes s e fal s am ent e m enci ona r s eu nom e. O s acri fí ci o: quat ro ca ram uj os , um pom bo, 16 000 búz i os e fol has de If á. El e s e re cus ou a s a cri fi c ar.
230 – 2 ( Tradu ção do vers o) Orunm i l a di s s e Òt úrá- Ká, eu di s s e Òt úrá- Ká. El es pe rgunt ar am o que Òt úr á es t av a cal cul ando. Orunm i l a di s s e que Òt úrá es t ava cont ando di nhei ro. Is t o foi di vi nado pa ra Il é- s anm i que era ex t rem am ent e pobre. El es di s s er am a el e que s eu ano de pros peri dad e che gou. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e quat ro pom bos e 32 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
Oráculo 231
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Ìká-Ìretè Es s e Odù fal a de a gi r indep endent em ent e par a gar ant i r pros p eri dade. Obs e rva ção oci d ent al : Um novo negóci o não deve envol ver um a s oci edade. 231 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìk á -Ìre t è foi di vi nado para Awofus i . El es di s s er am que em qual quer l u gar que el e fos s e, boas coi s as es t a ri am em s u cam i nho. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e um pom bo, um a gal i nha, 12 000 búz i os e fol has de If á (t orr ar a c abeç a de um a cobr a [ oká] com ol us es aj u e fol has ès o; m i s t ure o pó com s abão- da-cos t a; us ar pa ra banho ). El e s acri fi cou. 231 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìk á -Ìre t è foi di vi nado para At i kar es et e. El es di s s er am que At i kares et e não deveri a confi a r em ni n guém e nem t er pa rc eri a em negóci os . Foi - l he ent ão pedi do que s a cri fi c as s e um a gar ra fa de m el , quat ro pom bos , um ai ka (ani m al es pe ci al do m at o), e 20 000 búz i os . El e s acri fi cou. El es di s s er am que a vi da de At i kares et i re s e ri a m uit o boa. Boam , mui t o boa, nós f al am os do m el .
Oráculo 232
Ìretè-Ká Es s e Odù fal a de proem i nên ci a e s uces s o. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e i rá t ri unfar num a di s put a corr ent e (at ual ). 232 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìr e t è- Ká foi di vi nado para Orunm i l a. El es di s s er am que Orunm i l a s em pre t eri a t rab al ho de awo par a faz er; el e s eri a cham ando em t odos l u gar es par a r eal iz a r o t rab al ho de um awo. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e quat ro pom bos e 8 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 232 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìr e t è- Ká foi di vi nado para o rei de Beni n, À gbÀ Il e s i Adaket e -pem pe pari akun. El es di s s er am que o r ei de B eni n es t ari a apt o à gov erna r o s eu paí s . Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e um a cord a de es cal a r fei t a de pal m ei r a e 24 000 búz i os . El e s acri fi cou.
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Oráculo 233
Ìká-Sé Es t e Odù fal a da nec es s i dade de s e r evert er a pobrez a e a f al t a de s ort e. Obs e rva ção oci d ent al : M udanças em oci onai s es t ão caus ando res ul t ados m at e ri ai s negat i vos . 233 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìk ás é, Ìk á s é foi di vi nado pa ra Os ì kàl ekà. El es di s s er am que el e s eri a m ui t o pobre em s ua vi da. El e pergunt ou o que s eri a ne ces s á ri o s ac ri fi ca r par a que el e não fos s e pobr e. El es pedi r am que el e s ac ri fi cas s e s ei s pom bos , bas t ant e obì , t odos os fei t i ços m aus que es ti ves s em em s ua cas a ou roç a e fol has de Ifá . El e s e re cus ou a s a cri fi c ar. 233 – 2 ( Tradu ção do vers o) El es es t avam acus ando fal s am ent e um hom em que er a inoc ent e de qual quer c ri m e. D epoi s de m uit o t em po, o vi ngador l evari am vi n gan ça nes s es que acus ou um hom em i nocent e fal s am ent e. Is t o foi di vi nado pa ra Ol abos i po, a quem as pes s o as ol havam vi am com o s endo um hom em m ui t o c ruel . Foi -l he pedi do que s acri fi c as s e fo rm a que s eus i nim i gos pudes s em s e r pêgos pel as fo rças da t er ra. O s agri fí ci o: cas ca de ca roço de dendê, nove pom bos , um gal o e dez oi t o mi l búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
Oráculo 234
Òsé-Ká Es t e Odù fal a do cont rol e das di fi cul d ades e vit óri as s obre os i ni mi gos . Obs e rva ção oci d ent al : Há um a pos s í vel am e aç a l e gal pa ra o cl i ent e de as s oci açõ es ou ne góci os do pas s ado. 234 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òs é -Ka a foi di vi nado pa ra D e yu nl enu Abowos eri n. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e de m anei r a que el e não fos s e m enci onado pel os pec ador es em um di a m ui t o ruim . O s acri fi c e: oi t o ovos , a var et a de m ast i ga ção que el e es t av a us ando e 16 000 búzi os . El e não s ac ri fi cou. 234 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òs é s uperando o m undo foi di vi nado para Orunm i l a. El es di s s er am que Orunm i l a ven ce ri a t odos s eus i ni mi gos por todo o m undo.
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Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e um c arn ei ro, um a ped ra- de- rai o e 22 000 búz i os .
Oráculo 235
Ìká-Fú Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de da r par a poder re cebe r. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e t em e es t ar em oci onal m ent e " ab ert o" (ou ex post o). 235 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìk á -Fú foi di vi nado par a a t art aru ga. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e dez pom bos , 2 000 búzi os e fol has de If á de m anei r a que um a gr ande dádi va pudes s e s er dad a a al a. El a s e re cus ou a s a cri fi c ar. El es di s s er am : Aquel e que não cont ri bui por s i s ó não pode rec eber dos out ros . Not a: A pes s oa pa ra qual es s e Ifá fo r di vi nado es t á es per ando pres ent es , m as nad a re ceb erá. 235 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìk á -Fú foi di vi nado pa ra a t art a ruga, a qual foi pedi do que s acri fi cas s e de e m anei ra que s eus dev edores pagas s em o di nhei ro q l he devi am . O s acri fí ci o: um pom bo, 2 000 búz i os e fol has de If á ( es fr egar a t es t a com fol has bran cas ees i n; as fol has devem s er t orrad as com pi m ent a- da-cos t a e us ad as par a m as r car a c abeç a; guard e o prep ar ado em um a ado e cub ra- a com t eci do et u; uti l iz ar quando fo r cobr ar o di nhei ro de um devedo r).
Oráculo 236
Òfún-Ká Es s e Odù fal a do fi m de di fi cul dades fi nanc ei ras e o com eço de pro em i nênci a. Obs e rva ção oci dent al : O t rab al ho do cl i ent e ou s ua c arr ei ra es t á a pont o de m el hor ar s i gni fi cam ent e. 236 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ò gún di fundi u coi s as boas foi di vi nado par a Orunm i l a o prí nci pe que es t ava sof rendo com a pobrez a. El es di s s eram que Orunm i l a rec eberi a di nhei ro m as que deve ri a s acri fi car um pom bo, obì em abund ânci a (par a s er em di st ri buí dos com o pr es ent es ), az ei t e-de -dendê e 32 000 búz i os . El e s e gui u a ori ent aç ão e s a cri fi cou. O az ei t e deve s er vert i do s obre Ès ù. O cl i ent e dev e adorna r s ua c abeç a com o pom bo após tom ar banho e col oca r um a boa roupa).
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236 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òfún -Ká foi di vi nado par a Dek as i (o hom em que o r ei não qui s re conhe cer ), a quem foi dit o que dev eri a ocupar o t rono de s eu pai . Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e s ei s pom bos , 12 000 búz i os e fol has de If á. El e s acri fi cou.
Oráculo 237
Òtúrúpòn-Túrá Es s e Odù fal a do es t abel e ci m ent o da ord em e da i m port ânci a (ou s i gni fi cado) dos di as da s em an a. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e dev e pl anej ar s uas açõ es de acordo com di as favor ávei s nos Odù. 237 – 1 ( Tradu ção do vers o) Al akon eri (“um s onho não t em nenhum a t est em unha ”), o advi nho de Al árá. Um a pes s oa não s e com port a im pa ci ent em ent e e i m pl or a aos pés de out ro hom em pa ra pa rar com s ua i m paci ê ci a. Es t a foi a bas e de adi vi nhaç ão pa ra O runm il a que i a i m pl orar luz do di a (s ol ) pa ra Ol odunm ar e (D eus ) de form a que el e pudes s e t er poder s obre o s ol . Foi - l he di t o que s ac ri fi cas s e dez es s ei s c aram uj os , dez es s ei s gal i nhas , dez es s ei s cabr as e 32 000 búzi os . Orunm i l a obedec eu e s acri fi cou. Ent ão Ol odum a re di s s e que não l he pode ri a da r o cont rol e s obre a l uz do di a, porém o deix ari a conh ece r os nom es dos di as e as coi s as que es t ão m ai s de acordo para re al iz ar nel es . Obs e rva ção: Ori s a -nl a foi o prim ei ro a es col her um di a. Orunm i l a es col heu o s e gundo. Ò gún es col heu o t er cei ro. S àn gó es col heu o quart o. Es t es quat ro di as s ão os di as ut i li z ados para cul t uar t odos os Òrì s à nas t err as Yorubas : Ij ebu, È gbá e as s i m por di ant e. Ent ão, há quat ro di as na s em an a. M as nos s os pai s di zi am que el es cul t uavam s eus Òrì s à t odo qui nt o di a; s ão os quat ro di as que el es cham a ram de ci nco. P ar a uni fi ca r os di as dos Òrì s à, os di as de m er cado de t oda a t erra ou ci dades m enci onad as de Il é - If è s ão quat ro di as que pe rfaz um a s em an a. Em out ro ar ranj o, nos s os pai s t êm out ros s et e di as com os s eus s i gni fi c ados : Oj ó Ài kú — O di a da i m ort al i dade. Oj ó Aj é — O di a da deus a das ri quez as . Oj ó Is é gun — O di a da vit óri a. Oj ó’rú — O di a de abri r a port a e s ai r. Oj ó’bo — O di a do ret orno do s ol em s eu curs o norm al . Oj ó Et i — O di a das di fi cul d ades ou di s put a. Oj ó Aba- (Eem o) — O di a dos t rês des ej os ou o di a das t rês m aravi l has .
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S ai ba poi s que só um Òrì s à t em um di a com s eu nom e dent ro des s es s et e di as . Es t e é Aj é (a deus a das ri quez as ). Orunm i l a não cri ou es t es s et e di as para cul t uar qual que r Òrì s à. El e os cri ou com a fi nal i dad e de obs e rvar m at ri m ôni os e ani vers ári os , par a com e çar um negóci o ou pa ara s e m udar para um a cas a nova, e as s i m por di ant e. Os di as da s em ana dos Òrì s à es t ão em um ci cl o dent ro des t es di as em f avor de obs erv ânci a im port ant e de t udo que pode acont e cer no di a do Òrì s à. Vi nt e e oi t o di as , que form am s em an as de s et e di as dos Òrì s à, form am um m ês .
Oráculo 238
Òtúrá-Tutu Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de com pl et a r o s ac ri fí ci o i nt ei ro. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pode t er probl em as de s ubs t ânci a -abus o. 238 – 1 ( Tradu ção do vers o) Az ei t e- de-dend ê s epa rad am ent e, t e ci do branco s epa radam ent e, foi di vi nado par a Ob at al a Òs e er è-Igbo quando el e es t av a ch egando de Ìr ànj e (C éu) par a s er ent ronado no mundo. Di s s er am -l he que s ac ri fi cas s e um pano de envolt ur a bran co, um ca ra col e vi nt e m il búz i os . Lhe l he a cons el har am que não beb es s e vi nho de pal m a nada. El e obede ceu e s ac ri fi cou a m ei o c am i nho. Di s s er am -l he que s e ves t i s s e em pano bran co que é a ves t i m ent a do Òrì s à. Di s s er am -l he que us as s e i s t o no mundo. El e us ou o pano bran co, m as el e não at end eu a advert ênci a cont ra vi nho de pal m a. El e s e em beb edou e dendê es pi rrou- l he nas roup as del e. El e ent ão fi nal m ent e s acri fi cou um car acol e com ve rgonha jurou nunca m ai s beb er vi nhos . Not a: P ara qual que r um quem es t e é di vi nado em sua i ni ci aç ão, t em que s e pri var t ot al m ent e de ál cool . 238 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òt úr á-Tut u foi di vi nado para Ol ubol ade. El es di s s er am que Ol ubol ade t eri a um a es pos a que dari a a el e m ui t os fi l hos . Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e para que s eus fil hos não fos s em m udos . O s acri fí ci o: duas aves (um a ga l i nha e um gal o), doi s pom bos , duas gal i nhas d’Angol a e 8 000 búzi os . El e s acri fi cou. El es ent ão di s s eram : os pi nti nhos da gal i nh a d’An gol a nunca s ão m udos . Não há um di a em que o gal o não cant e.
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Oráculo 239
Òtúrúpòn-Retè Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s a cri fí ci o com a fi nal i dade de evi t ar doenç a e ini m i gos . Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e ne ces s i t a de es t rat é gi a e pl an ej am ent o para al c anç ar o s uc es s o. 239 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òt úrúpòn- R et è foi di vi nado par a a m ãe de Adepòn. A m ãe de Adepòn adv ert i da a faz er s acri fí ci o de m odo que s eus fil hos não s ofres s em de l epr a. O s acri fí ci o: quat ro aves negras (gal os e gal i nhas ), 66 000 búzi os e fol has de If á. El a não s ac ri fi cou. A m ãe de Adepòn é o nom e pel o qual cham am os o m am ão. 239 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òt úrúpòn- R et è foi di vi nado par a Ow á de Il e s a. El es di s s er am : Owá de Il es a um a guer ra es t á por vi r! El e foi advert i do a s acri fi car de m odo a s e defend er de s eus i ni mi gos . O s acri fí ci o: a cab eça de um ca rnei ro, fol has de If á e 22 000 búzi os . (S e o cl i ent e s ac ri fi ca r, nós devem os no If á do cl i enet com a s egui nt e i nvoca ção, “ com a c abe ça que o Ai s e [ca rnei ro] venc e a bat al ha”. Ow á ouvi u as pal av ras m as não s ac ri fi cou.
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Oráculo 240
Ìretè-Tutu Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de obed ece r a aut ori dade e s ac ri fi ca r de form a a t er m ui t os fi l hos . Obs e rva ção oci d ent al : a pal av ra ou i déi as do cl i ent e s er ão cons i de radas s eri am ent e. 240 – 1 ( Tradu ção do vers o) Eu t er ei um fi l ho para car re ga r em m eu dors o. Eu t er ei um a cri an ça com a qual bri nc ar. Is t o foi di vi nado pa ra Àdón (o m orce go ) e t am bém para Oode. El es f al ar am par a s ac ri fi ca r de m anei ra que el as ti ves s em ui t os fi l hos no mundo. O s acri fí ci o: duas gal i nh as , duas c abras , e 32 000 búzi os . El es ouvi ram e s ac ri fi ca ram . 240 – 2 ( Tradu ção do vers o) A grand e s erp ent e (ok á) vi ve na cas a do pai e t em s ua própri a peçonh a em s ua boca. Er e vi ve na cas a do pai e t em s ua própri a vendit a (owun). A honra dada ao el ef ant e é a r az ão de que, em bora não al t o, el e t em um a boca lon ga. E yo é a qual i dade de m ari wo (fol ha gem j ovem de pal m ei r a). Is t o foi di vi nado pa ra Ob at al a Òs eer e- i gbó que i a s e s ent a r em um l ugar e s er ali m ent ado pel os quat ro cent os Ir únm al è. El e di s s e que s e des s e par a qual que r um del es um a ord em que não fos s e obed eci da, el es i ri am t odos j unt os ques t i ona-l o. El e s acri fi cou um gal o, vi nt e mi l búz i os e fol has de If á .
Oráculo 241
Òtúrúpòn-Sé Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s a cri fí ci o pa ra s e t er vi da praz ei ros a. Obs e rva ção i nocent es .
oci d ent al :
O
cl i ent e
ne ces s i t a
r el ax a r
e
ex peri m ent a r
praz e res
pos i t i vos ,
241 – 1 ( Tradu ção do vers o) O m undo não é doce o bas t ant e par a vi ver pra s em pre nel e. S ó um a cri ança di z que o mundo é a gr adáv el . Is t o foi di vi nado pa ra O runm il a e par a as pes s oas . Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e de m anei r a que o mundo fos s e agra dável aos s er es hum anos . O s acri fí ci o: um pom bo, um a gal i nha d’An gol a, m el e 42 000 búz i os . Orunm i l a di s s e que s e el es não fi z es s em por s i m esm os , com o poderi am el es conhec er a al e gri a do m undo? “Um a c ri anç a com e aqui l o que ga nha, em bor a o pai da cri an ça t enha que ganha r pri m ei ro pa ra que a c ri anç a com a ”. Orunm i l a obedecu e s ac ri fi cou. Ent ão os s e res hum anos foram ori ent ados a s a cri fi c arem por s ua vez . Apenas al guns poucos s a cri fi c aram . Aquel es que s ac ri fi ca ram t i ver am um a vi da a gr adáv el . 241 – 2 ( Tradu ção do vers o)
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Òt úrúpòn- S é foi di vi nado pa ra a árvo re j ewe re, que t eve um beb ê. El es di s s er am que t an t o a m ãe quant o o beb ê paras ari am por pri vaçõ es . S e el es não qui s es s e pade cer, dev eri am s ac ri fi ca r s ei s pom bos , s ei s ga l i nhas , 12 000 búzi os e fol has de If á. A árvor e j ew ere é o nom e pel o qual cham am os as pi m ent ei r a. El a não s ac ri fi cou.
Oráculo 242
Òsé-Òtúrúpòn Es s e Odù fal a de um a r el aç ão que é di fí ci l em bora poss a s er frut í fer a. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e es t á envol vi do em um rel a ci onam ent o s em ven cedor es . 242 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òs é -Òt úrúpòn foi di vi nado para Ol ú-nl a. El es di s s eram que s eus fil hos s e defend eri am cont ra cons pi r açõ es e i ni mi gos m as dev eri am s ac ri fi ca r um porr et e, um ca rnei ro, um gal o e 22 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. 242 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òs é -Òt úrúpòn foi di vi nado para um a m ul he r. El es di s s er am que um hom em que el a es t ava a pont o de des pos ar i ri a deix a- l a pobre e i a faz e -l a s ofr er, em bora el a es t i ves s e gr ávi da. Foi pedi do que el a s acri fi cas s e para s e pr eveni r cont ra i s s o. Foi - l he di t o que s ac ri fi cas s e doi s car am uj os , t eci do et u, um pot e de az ei t e -de- dendê e 18 000 búzi os . El es di s s er am : “Doi s ca ram uj os nunca di s put am ”. El a não s ac ri fi cou. El a di s s e, “Voc ê di s s e que eu t erei fil hos . Is s o é o bas t ant e ".
Oráculo 243
Òtúrúpòn-Fún Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de pa rt il ha r-m os nos s a boa s ort e. Obs e rva ção oci dent al : A vi da do cl i ent e es t á repl et a de boa s ort e, m onet ari am ent e e em oci on al m ent e. 243 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òt úrúpòn- Fún foi di vi nado pat a a árvor e os an. A árvo re os an foi i nst rui da a da r de beb er e com er par a os out ros e que nunca pas s ari a por pri va ções s e el a s ac ri fi cas s e. O s acri fí ci o: um pacot e de s al , um c es t o de c am arõ es , t eci do br anco e 18 000 búz i os . El a obedec eu e s acri fi cou. Òt úrúpòn- Fún (el es di s s er am ): Qual que r um que t enha abundân ci a, dev e dar al go par a aqu el es que pas s am por nec es s i dades . Font e et e rna ! Voc ê nunc a pas s a rá por pri vaçõ es .
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243 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òt úrúpòn- Fún foi di vi nado para o propri et á ri o. El es di s s er am que o prop ri et ári o r ec eberi a l ogo um a es t ranh a, um a m ul her em l act aç ão. Foi - l he di t o que s ac ri fi cas s e de m an ei ra que el e adent ras s e à sua cas a com bons pés (s o rt e). O s acri fí ci o: doi s pom bos e 44 000 búzi os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
Oráculo 244
Òfún-Òtúrúpòn Es s e Odù fal a da fe rt i li dad e e da nec es s i dade de s ac ri fí ci o par a s e evi t ar di s put as em r el aci onam ent os . Obs e rva ção oci d ent al : C ri an ças i rão t raz er al egri a, m as um rel a ci onam ent o pre ci s a de aj uda. 244 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òfún -Òt úrúpòn foi di vi nado para Obat al a Òs ee rè- i gbó, a quem foi di t o que t eri a m ui t os fi l hos . O mundo i nt ei ro vi ri a im pl orar as cri anças del a. M ai s à frent e foi -l he di t o que el a s eri a l ouvada por es t as cri anças . Obat al a di s s e, “O runm i l a os t rei nar á”. Foi - l he di t o que s ac ri fi cas s e de m odo que Orunm il a pudes s e es t ar f el iz com s eu t rabal ho. El a s acri fi cou m el , s al , vári os pom bos e 42 000 búz i os . 244 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òfún -Òt úrúpòn foi di vi nado para um a m ul he r que es t ava pro curando por um m ari do. El es di s s er am que o hom em que el a es t av a i ndo des pos ar a s urr ari a cons t ant em ent e s e el a não s a cri fi c as s e um ai ka, doi s c aram uj os (Doi s car am uj os nunca bri gam ent re si ) e 32 000 búz i os . El a ouvi u as pal av ras m as não s a cri fi cou, diz endo que s eu m ari do era m ui t o boni t o par a bri gar com ni n guém . Um a pes s oa boni t a não bri ga ou s ua bel ez a s erá di st rui da.
Oráculo 245
Òtúrá-Retè Es s e Odù fal a da re afi rm a ção de nos s a es pi ri t ual i dad e. Obs e rva ção oci d ent al : M odera ção é di fí ci o par a o cl i ent e. 245 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òrú rá- R et è l evant e -s e novam ent e. S e voc ê nas c e, t ent e ge ra r a si m es m o novam ent e. Òrú rá- R et è, Am uwon,Am uwon, aqu el e que conhec e a mode ra ção nunc a c ai rá em des gra ça. Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão? Orunm i l a di z: Aquel e que es t á t rabal hando. Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão? Orunm i l a di z: Aquel e que não des perdi ç ar á s eu di nhei ro.
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Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão? Orunm i l a di z: Aquel e que não rouba. Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão? Orunm i l a di z: Aquel e que não t em dí vi das . Eu di go: Quem conh ece a m oder aç ão? Orunm i l a di z: Aquel e que nunc a bebe al cool , aqu el e que nunca queb ra s ua pal avr a com os am i gos . Òrú rá- R et è, aqu el e que l evant a bem cedo e m edit a em s uas at i vi dades ! Ent re os es pi nhos e ca rdos , a j ovem fol hagem de pal m a cres cer á, J oworo nunca us ar á todo o s eu di nhei ro, j okoj e nunc a cont rai r á dí vi das . S e Ees an deve m ui t o di nhei ro, el e pagar á a dí vi da. Am uwon é o am es o ( aquel e que t em s ens o do que é cor ret o). Fol h as de Ifá : M oer fol has de jowó ro, ès o e j okoj e junt os e mi s t urar com s abão -da- cos t a no val or do pr eço de 120 ou 200 búz i os .C ol oque nove búz i os um a um no s abão. Tra ce o Odù Òt úrá- R et è em i yè ì ros ù s obre o s abão na cab aç a. B anha r-s e com el e.
245 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òrú rá- R et è foi di vi nado par a Ewi na ci dade Ado. El e foi re cent em ent e ent ronado rei . El es di s s er am : S e Ewi pode s ac ri fi ca r, não haver á gue rra ou des ent endi m ent os dur ant e o s eu rei nado. O s acri fí ci o: duas gal i nh as d’An gol a e do i s ou quat ro pom bos (br ancos ). El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou.
Oráculo 246
Ìretè-Túrá Es s e Odù fal a da i ncant a ção nec es s ári a para evi t ar si t uaçõ es (prox im as da m ort e). Obs e rva ção oci d ent al : Es s e Odù of ere ce um a s ol uç ão pa ra doen ça/ en ferm i dad e. 246 – 1 ( Tradu ção do vers o) 153
Enc ant am ent o: A m ort e não conhec e um awo; o C éu não conhe ce um m édi co. A m ort e l evou Ol am b a e pr eocupou o rei de Ej i o. El a l evou Eji - Ogo go -A gbebi kopon’ wol a. Os vent os do l ado di r ei t o es t ão a gi t ando as fol has do coqu ei ro vi ol ent am ent e. Os vent os do l ado es querdo es t ão a gi t ando as fol has do coqu ei ro vi ol ent am ent e. If á foi cons ul t ado para Orunm i l a À gbonni rè gún, Que es t ava i ndo faz er Ikú (m ort e) em um hom em de If á . El e a chou m el hor pedi r A go (des cul pa ) por s er um vi gi l ant e. A m ort e que m at ari a Awo hoj e, para t rás ! pa ra t rás ! Awo es t á i ndo, par a t rás ! para t rás ! Awo es t á i ndo, par a t rás ! para t rás ! A doenç a que m at ari a Awo hoj e, para t rás ! pa ra t rás ! Awo es t á i ndo, par a t rás ! para t rás ! Not a: Nós podem os ut il i z ar es t e If á di z endo (ì gèdè) pa ra um a pes s oa que des fal e ceu de rep ent e ou es t á m orrendo. Odù Ìr et è-Túr á s er á m ar cado na ar ei a em que es t a pes s oa enf erm a es t á dei t ad a. A a rei a s er á s e gu rada na fr ent e do hom em que es t á doent e, o nom e del e s erá cham ado, e ent ão nós di r em os o en cant am ent o aci m a. O nom e do enfe rm o s er á us ado ao i nvés de “Awo”. S e nós es t am os com m edo quando vi aj am os , devem os s em pre re ci t ar o ì gèd è aci m a. Ent ão a a rei a s eri a l evada à um a árvor e gra nde no B os que de S acri fí ci os .
Oráculo 247
Òtúrá-Sé Es s e Odù fal a da ch egada do peri go em cas a ou no t rabal ho. Obs e rva ção oci d ent al : M udanças em oci onai s dev em s er t rat adas cui d ados am ent e. 247 – 1 ( Tradu ção do vers o) O yer e (O ye he re ) do t opo da fol ha ge m da pal m ei r a foi di vi nado pa ra Òt ú. Òt ú es t av a i ndo gu er rea r na ci dade de Aj as e. Foi - l he acos el hado a s acri fi car par a venc ec era bat al ha: doi s cab ri t os e 44 000 búz i os . El e ouvi u o cons el ho, s acri fi cou e venceu o i ni m i go. 247 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òs é os prej udi cou foi di vi nado par a as pes s o as da ci d ade de O yo . Foi pedi do que el es s ac ri fi cas s em um ces t o de es u ru, s abão, um ca rnei ro, um pom bo, um a gal i nha e 20 000 búzi os . El es s a cri fi c aram t udo. El es não s ofr eram m as i i nfort úni os . Òs é não m ai s os prej udi cou. O s ab ão l avaou t odos os s eus probl em as . 247 – 3 ( Tradu ção do vers o) Òs é os prej udi cou s e ri am ent e foi di vi nado para para el es quando Ikum i j a foi s it i ar a ci dad e de E yó. Foi - l hes pedi do que s acri fi c as s em nove cabri t os e 180 000 búz i os . El es não s acri fi car am .
Oráculo 248
Òsétúrá
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Es s e Odù fal a da en carn aç ão de Ès ú- Òdàr à. Obs e rva ção oci d ent al : Nada acont e ce s em a aj uda de Ès ú. 248 – 1 ( Tradu ção do vers o) Enc ant am ent o: Akak ani ka, Akak ani ka, Al akak ani ka, Al apas ap a- ij aka ’l u. um pás s a ro voa vi ol ent am ent e par a dent ro da cas a. Akak ani ka é o nom e dado a If á . Al ak akani ka é o nom e dado aos Odù. Al ap as apa -i j aka’l u é o nome dado a Ès ú- Òdàr à. um pás s a ro voa vi ol ent am ent e par a dent ro da cas a, é o nom e dado à Aj é, o fi l ho de Ol ókun-s ande, o rei das á gu as abund ant es , Ò gò- Owoni . Ès ú- Òdàr à, t u fundas t e es t a ci dad e. Tu li vr as t e os babal áwo da ci dade da fom e. Tu li vr as t e os os m édi cos da ci dade da fom e, e o m es m o fiz es t es com os herb al is t as . Eu s ou o bab al áwo da ci dade. Eu s ou o m édi co da ci dad e. Eu s ou o he rbal i s t a da ci d ade. Ès ú- Òdàr à, não dei x ai que eu pas s e fom e. Fol h as de Ifá : P egu e um a fol has de abam od a, arei a de um a l oj a de f err ei ro, efun e os ùn. M a rque o Odù Òs et úr á na fol ha de ab am oda. M i st ur e efun com a a rei a da l oj a de f err ei ro, m arque o Odù Òs é e os ùn com a arei a e m arque Òt úr á na fol ha de abam oda. P art a um obì de quat ro gom os . Ut i li z e s et e grã os de at a ar e e um gom o de obì par a i nvocaa rna fol ha de abam od a di á ri am ent e, com o aci m a. pendu re a fol ha com li nhas br ancas e pr et as na cas a. 248 – 2 ( Tradu ção do vers o) Enc ant am ent o: Òs ét úr á Am uker e ( gr avet o), It e kun Òrì s à Daj i , Apoj oj om at e. Di nhei ro é bom par a a honra, di nhei ro é bom para al t a pos i ção. Nós us am os di nhei ro par a t er cont as de coral no pes coço, que di gni fi ca a pes s oa. Tu, Òs ét úrá, s oube com o da r. Tu des t e Al ér á e el e pôs a co roa. Tu des t e Aj erò e el e us ou um ves t i doenf ei t ado de cont as . Tu des t e Òr àngún e el e us ou um a va ra de fe rro pa ra i r at é o c am po. Tu des t e Ol úpopo Am u yu n- bo’l e; Eri nm a gaj i -ehi n- eku-j am o o rei de Ado, o anci ão de Il es e us ando um pequeno boné em ci m a de Akun, Ol ú- O yi nbo Am ’okun-s u’ re; o rei de Ij ebu O gboro ga n-ni da Ako yeb e ye be ya ’ gun, El e yo - Aj ori , Aj e’ gi - em i -s an’ ra, Ol om u- Aper an, Ol oro- agogo; Ol ú-Tap a Le m pe ododo i na j o bar aus a, Oj o pat apat a m ul e d’Ekùn, Ol owo Ari n gi nj i n Adubul ef ’ agada i de j u’ra. Ol owu Oduru . . ., t u des t e Ol ofa -Ari nni l u Ayi nki nni bo om o l ’enu, e as s im por di ant e. Oh! J al a, dê- m e; Ès ùÒdà rà, dê-m e; B ar a- P et u, dê -m e coi s as boas . Fol h as de Ifá : Tr ac e o Odù Òs ét úrá no i yè -ì ros ù em fi no ól eo e l am ber o dedo m édi o. Todas as coi s as boas vi rão a t i . Honr a e r es pei t o es t arão cont i go at rav és dos anos quando você us ar es s e en cant am ent o.
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Oráculo 249
Òtúrá-Fún Es s e Odù fal a de boa s ort e i mi nent e s e o cl i ent e evi t ar m aus at os . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e dev e r es i st i r à prát i ca de adul t é ri o. 249 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òt úr á dá. Òt úr á com prou pra el e foi di vi nado par a Ol új im i Um a pes s oa i m port ant e i rá nos conc eder boas coi s as . Foi - lhe pedi do que s a cri fi c as s e, pa ra a fort una da deus as do di nhei ro es t a r à m ão. O s acri fí ci o: um t eci do br anco, i fere (s em ent e ), doi s pom bos brancos e 2 000 búzi os . El e ouvi u e s acri fi cou. Foi - l he di t o que não com et es s e adul t é ri o. 249 – 2 ( Tradu ção do vers o) At uwonka, Ad awonnu foi di vi nado pa ra Ol ófi n Iw at uka. Ol ófi n foi a cons el hado a s ac ri fi ca r pa ra que el e não ac ei t as s e um m au cons el ho que poderi a ac aba r com a s ua ci dad e. O s acri fí ci o: um a cabr a, oi t o fran gos , az ei t e -de- dendê, 20 000 búz i os e fol has de If á (kol ej o). El e não s ac ri fi cou.
Oráculo 250
Òfún-Túrá Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s a cri fí ci o pa ra es t abi li z ar um rel aci onam ent o. Obs e rva ção oci d ent al : C as am ent o com at ual parc ei ro do cl i ent e é aprop ri ado e benéfi co. 250 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òfún provou az ei t e, Òfún der rubou ol el e (bol o f ei t o de fei j ão ) no s al . Òfún procurou por t odas as coi s as agrad ávei s pa ra com er. Is t o foi di vi nado par a Ès ù-Òd àrà que i a des pos ar Epo (az ei t e-de dend ê). F oi -l he a cons el hado a s ac ri fi ca r de modo que el es nunc a s e s ep aras s em . O s ac ri fí ci o: t rês gal os e 6 000 búz i os . El e s acri fi cou. 250 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ar er em are, A rer em ar e foi di vi nado par a Ol ówu. El es di s s er am que t udo i a t ão bem para Ol ówu que el e deve ri a s a cri fi c ar de m anei ra a t orna r- s e um hom em do c am po. O s acri fí ci o: t rês carn ei ros , t rês enx ad a, t rês foi c es e 6 000 búz i os .
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El e s acri fi cou.
Oráculo 251
Ìretè-Sé Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s a cri fí ci o pa ra evit a r fei t i ç ari a e t odos as out ras en ergi as ne gat i v as . Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e s e depar a com um con fl it o gove rnam ent al ou em s ua s oci ed ade. 251 – 1 ( Tradu ção do vers o) Enc ant am ent o: A gbo gboni wonr an, Agbogboni wonran, A gbo gboni wonr an. Ekun Am om oni buu, Ekun Am om oni buu, Ekun Am om oni buu. El e que col i de com es pi nhos ès ù, os es pi nhos ès ù o fe ri rá; el e que col i de com Ès ù, Ès ù o far á m al ; e as s i m s er á. Fol h as de Ifá : P egu e um a ped ra l at eri t a, t rês fa cas novas (fei t as pel o fer rei ro l ocal ), c as c a da á rvore i par a, vári os ti pos árvor es e pl ant as es pi nhas (us e a cas ca ou part e da pl ant a), e vári os t i pos de es pi nhos , pl ant as ras t ei j ant es (cort e pedaços del a ). Ponha t udo em um pot e. t ri t ure a cas c a de i para at é vi ra r pó. P onha o pó de frent e ao pot e, t rac e o Odù Ìr èt è- S é nel e, e re ci t e o en cant am ent o aci m a. J unt e ent ão o pó no pot e com á gu a. C obri r e l acra r o pot e com argi l a ou ci nz as úm i das . Após s et re di as , ab ra e us e com o banho. Não deve s e r bebi do. 251 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ij al a, Ij a l a, Ij al a. Al a ge re -i de, Al ager e- i de, Al a ge re -i de. Owo roni koko, Oworoni koko, Owo roni koko. Ondes e é s ua m ãe. Quando el es des ce ram em duas coi s as col os s ai s , Ol odunm are es t ab el ec eu a regra que duas coi s as col os s ai s não ca em um a s obre a out ra. O bebê t art aru ga não s egu e a t art aru ga de m ãe; O bebÊ ca ram uj o não s egu e a m ãe c aram uj o; o bebê s erp ent e não s egu e a m ãe s e rpent e; e as s i m por di ant e. Um hom em mort o de If á não a fet a o fil ho de out ro hom em . Que toda fei t i çari a l anç ada s obr e m i m s ej am i nafet i va. Fol h as de Ifá : Tom e um a t art aru ga , um ca ram uj o, um a cobr a, a cas c a de duas árvo res Iro ko e If á okú (m ort o de If á) . Tor rar t uodos os el em ent os j unt os e m ant er o pó em um ado. P egu e um a pequ ena por ção na ocas i ão e t ra ce o Odù Ir u- Ekùn (Odù Ìr et è- S é) nel e, e r eci t e o en cant am ent o um pouco ant es de m i st ur ar com dendê e l am be- lo. Tam b ém pode s er us ado com o un güent o para es fr egar no co rpo. Um pouco del e pode s e r dado para out r a pes s oa us ar. Es t e If á é um a pre cauç ão cont r a f ei ti ç ari a.
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Oráculo 252
Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé Es s e Odù fal a de boa fort una pa ra di nhei ro, res pei t o e i nfl uenci a. Obs e rva ção oci dent al : O cl i ent e dev eri a pro cede r confi den ci al m ent e com pe rs pect i vas e r el aci onam ent os . 252 – 1 ( Tradu ção do vers o) If á di s s e, s e tornou Al áj uba rak a. Eu di s s e, s e tornou Al áj uba rak a. S e nós us am os j ubar aka, que el e s ej a J ubar aka. el e deu nas ci m ent o a Ol ot ooro, Ol ot ee re, e Onàwo funm i ri n. Onà wofunm i ri n pari u Aj é. Aj é pari u os s er es hum anos . Aj é s e pr eparou e foi pel o m ar. Os s eres hum anos t am bém s e pr epar aram e foram para Ir ad a. Òs é corr a r api dam ent e para o deus do m ar e m e t ra ga di nhei ro. Ìr e t è corr a rapi dam ent e pa ra Ir ada par a m e t raz er pes s oas . Ape não dei x e mi nha boa s ort e che ga r at r as ada a m i m . Ej i ri n não dei x e que m i nha boa s ort e va guei e ao lon ge ant es de vi r a m im . S e nós va rrem os a cas a e o c am i nho, o refu go é l evado at é a li x ei r a. In gre di ent es de If á: Pi l ar fol has ape e ej i ri n, s uj ei ra de ent ul ho, s ab ão-da -cos t a na m edi da de 1 200 búzi os . Tr ac e o Odù Òs é- Ìr et è na pared e do quart o us ando efun par a m arc ar Os e e os un pa ra m ar car Ìr e t è. O efun e o os un devem s er m i st ur ados s ep arad am ent e com água ant es do us o. Abat er doi s pom bos bem boni t os , um pa ra Os e e o out ro para Ìr et e. O s an gue deve s er m i s t urado com o s abao pi l ado com as fol has . Fi x ar o s abão aci m a dos Odù fei t os na pa red e. Us e o s abão f requent em ent e pa ra banh ar- s e.
252 – 2a (Tr aduç ão do vers o ) As e waa nit i Ài rá (pode res dom i nant es pe rt enc et es ao t rovão). Quando nós dam os a á rvore de pal m a a cord a de pal m a, el a s e agar ra nis t a Is t o foi di vi nado pa ra o gal o, A quem foi pedi do que s a cri fi c as s e de m odo que s eus col egas ac ei t as s e qual quer coi s a que el e di s s es s e para el es . Os a cri fí ci o: um pom bo e 2 000 búzi os . el e s acri fi cou. 158
el e ent ão ord enou que qual quer coi s a que o gal o di s s es s e, s eus col e ga s ac ei t ari am .
252 – 2b ( Tradu ção do vers o) Òs é -bi -Ìr e t è (Òs é pa ri u Ìr et è) foi di vi nado para Ol ófi n. Foi - l he pedi do que s acri fi cas s e um c arn ei ro e 20 000 búz i os . El e s egui u a ori ent a ção e s ac ri fi cou. Foi procl am ado que “a ordem del e funda rá um a ci dade ”
Oráculo 253
Ìretè-Òfún Es s e Odù fal a da popul ari dad e e s uces s o de If á. Obs e rva ção oci d ent al : Os negóci os do cl i ent e ou s eu t rab al ho i rão c res c er. 253 – 1 ( Tradu ção do vers o) Ìr e t è- Òfún foi di vi nado pa ra Orunm il a. El es di s s er am que Orunm i l a t eri a m ui t os cl i ent es . M uit os vi ri am re ceb er If á; m ui t os vi ri am para s e i ni ci ar; m ui t os vi ri am a el e para di vi na ção. Foi - l he pedi do um s ac ri fi ci o de um pom bo, um a gal i nha e 20 000 búz i os . El e obedec eu e s acri fi cou. 253 – 2 ( Tradu ção do vers o) Ìr e t è- Òfún foi di vi nado pa ra Ani m o-ol a Ani m as ahun. Foi - l he di t o para que s ac ri fi cas s e. El es di s s er am que el e deve ri a s ac ri fi ca r t udo que fos s e com es t í vel . O s acri fí ci o: um a caba ça de i nham e pi l ado, um pot e de s opa, bas t ant e obì e 20 000 búz i os . El e obedec eu e s acri fi cou. El es di s s er am : Um a pes s oa ge neros a nunc a pas s a rá por pri vaçõ es .
Oráculo 254
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Òfún-Retè Es s e Odù fal a da ne ces s i dade de s a cri fí ci o pa ra obt e r res p ei t o e prot eç ão. Obs e rva ção oci d ent al : O cl i ent e pr eci s a quebra r um a s i t uaç ão e s e r m ai s s eguro. 254 – 1 ( Tradu ção do vers o) El es m e t rei nar am , eu t ornei a m e t rei na r foi di vi nado par a Ol ús es o. El es di s s er am que Ol ús es o cont i nuari a f az endo o que es t av a a gr adando par a o m undo. Foi - l he di t o que s ac ri fi cas s e de m an ei ra que as pes s oas do m undo pudes s em res p ei t a-l o. O s ac ri fí ci o: quat ro pom bos , 20 000 búz i os e fol has de If á (t ri t ur e fol has de a gb a yu nkun e a yì n ré em á gu a; uti l iz a r par a l ava r a cabe ça e o If á do cl i ent e). El e fez o s acri fí ci o. 254 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òfún -R et è foi di vi nado pa ra Omi ( água). Foi di t o que el e s ac ri fi cas s e de m anei ra que ni ngu ém pudes s e cons pi rar cont ra el e ou boi cot a- l o. O s acri fí ci o: s al , um pom bo, um a t art a ruga, t eci do et u e 32 000 búz i os . el e obede ceu e s ac ri fi cou. El es di s s er am : Quem i ns ti t ui r a si m es m o com o i nim i go da água, m orr er á prem at u ram ent e. O t eci do et u é par a cobri r o corpo do cl i ent e.
Oráculo 255
Òséfú Es s e Odù fal a da habi l i dade de If á em r es ol ver todos os probl em as . Obs e rva ção oci d ent al : Qual quer que s ej a o probl em a do cl i ent e, ex i s t e um a s ol ução. 255 – 1 ( Tradu ção do vers o) S e a pes s oa é az arad a, el a não é s ábi a o b as t ant e. Há água na c as a do deus do m ar; o m ar é a c abeç a das águas .H á á gua na c as a do deus da l a goa; a l a goa é a s egunda c abe ça de t odas as á gu as . Há s abedo ri a em Akódá, Akódá que fal a a pal avra de If á . Há s abedo ri a em As èdá, As èd á que fal a o cons el ho de todos os s ábi os an ci ões . Há s abedo ri a em Orunm i l a, o ori ent ador das for ças do m undo, o rep ar ador da s ort e, aqu el e cuj o em penho é r econs t rui r a cri at ur a com um orí rui m . Is t o foi di vi nado pa ra os kom oos ekom oowa (pes s oa não- int el i gent e) que s e l am ent avam di ari am ent e por não t ere rem boa s ort e, di z endo que o c ri ador os es t av a m al t rat ando. El es for am ori ent ados a s a cri fi c ar s abão- da- cos t a, l ençol branco e 2 000 búzi os . Aos po ucos que r eal iz a ram o s a cri fí ci o foi di t o que s e l avas s em com o s ab ão (el es deve ri am s e l av ar por t rês ou ci nco di as enquant o s e ves t i am com o l en çol br anco). el es for am para c as a e s e ini ci a ram em If á, e após a i ni ci aç ão el es aprend er am If á. El es s e gui r am a ori ent ação e s a cri fi c aram . É di t o que os kom oos ekom oowa que aprende ram Ifá t erão s ort e em fi m .
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255 – 2 ( Tradu ção do vers o) Orunm i l a di s s e Arol e, Eu di ss e Arol e, foi di vi nado par a um as c ri anci nhas que s e di ri gi am pa ra o m undo que es t av am s endo m and ados de vol t a pel o port ei ro e m orr endo com o beb ês . el es pergut a ram a raz ão. Is t o porqu e não es p eram por Orunm i l a. Orunm i l a ques ti onou doi s del es (um m eni no e a out ra m eni na). diz endo, “P or quem vocês es per am? ”. El es di s s er am , “P or Orunm i l a”. El e di s s e, “Bom , ent ão s i gam -m e”. Ent ão el es s e gui r am Orunm i l a at é o port ão, é o port ei ro qui s m anda -l os de vol t a. Orunm i l a i nt er cedeu e pa gou 240 búz i os por c ada um del es . Est a é a qu ant i a que nós pa gam os hoj e em res gat e pa ra um beb ê re cém - nas ci do.
Oráculo 256
Òfún-Sé Es s e Odù fal a de vi nganç a e advert e s obre poss í vei s pe rdas . Obs e rva ção oci d ent al : Aquel es que es t ão t ent ando i m pedi r o pro gr es s o do cl i ent e i rão s ofr er. 253 – 1 ( Tradu ção do vers o) Òfún -S é foi di vi nado par a o eni m ani da ci dade de Os ó. Foi - l he pedi do um s ac ri fí ci o de modo que s uas pri m ei ras poss es s õ es não fos s em perdi dad as .. O s acri fí ci o: um a t art aru ga, um car am uj o, 66 000 búz i os e fol has de If á . El e não s ac ri fi cou. 253 – 2 ( Tradu ção do vers o) Òfún não of endeu, Ò fún não pl an ej ou o m al cont ra ni n guém . El es cons pi r ar am cont ra Òfún.
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Òfún foi acons el hado a s acri fi car pa ra que o vi n gador pudes s e aj udar a pagua r nas s uas verd adei r as m oedas . O s acri fí ci o: um a t art aru ga, um a fa ca, cas c a de caro ço de dendê e 18 000 búz i os . El e s acri fi cou. Fol h as de Ifá fo ram pr epar adas para col oca r s ob o t raves s ei ro dos cl i ent es .
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