ORDEM DAS QUESTÕES D A FISICA E A ALMA E O CORPO Nesta quinta quinta parte do discurso discurso do método, método, Descartes f az um esboço das concepções sobre a física e cosmologia; dualidade ou independência entre corpo e alma; teoria mecanicista; o mundo é uma máquina; universo ± composto de matéria e movimento. Todos os acontecimentos são causados pelo choque de partículas movendo-se umas sobre as outras. O mundo é uma máquina: o mundo é um imenso relógio mecânico composto de inúmeras rodas dentadas. ..seria agora necessário que abordasse muitas questões controvertidas entre os eruditos, dos quais não desejo atrair a inimizade, acredito que será melhor que eu me abstenha e apenas diga, em geral, quais elas são, para deixar que o s mais sábios julgue m se seria útil que o pú blico fosse mais especificamente informado a esse respeito (DESCARTES, R. Discurso do Método, V parte, p. 41).
Ele tenta de uma maneira simplificada simplificada explicar todo s os processos complexos da natureza, embora não tenha publicado, por razões desconhecida as quais o nosso filosofo não entrou em detalhe s, fazendo assim apenas um resumo de tais questões. tentei
explicar
as
principais
num
tratado
que
certas
considerações me impedem de publicar, não poderia fazê-las conhecer melhor do que explicando aqui, resumidamente, o que ele contém. (DESCARTES, R. Discurso do Método , v parte, p. 41). Descartes defendia um conhecimento racional: Por meio da razão, que através de modelos teóricos quer conhecer e dominar o mundo: Contudo, tal qual os pintores que, não conseguindo representar igualmente bem numa tela plana todas as diversas diversas faces de um corpo sólido, escolhem uma das principais, que põem à luz, e, sombreando as outras, só as fazem aparecer tant o quanto se possa vê-las vê-las ao olhar aquel a; receando de ssa forma, não colocar em meu discurso tudo o que havia em meu pensamento, tentei apenas expor bem amplamente o que concebia da luz; depois, na ocasião propícia, propícia, acrescentar alguma coisa a respeito do sol e das estrelas fixas, porque a luz provém quase inteiramente deles; a respeito dos céus, porque a transmitem; a respeito dos planetas, dos cometas e da Terra, 1
porque a refletem; e, em particular, a respeito de todos os corpos que existem sobre a Terra, porque são ou coloridos, ou transparentes, ou brilhantes; e, por fim, a respeito do homem, porque é o seu espectador. (DESCARTES, R. Discurso do Método, v parte, p. 42).
O mundo é uma máquina; Unificação da realidade; Conhecer para dominar; Modelo mecânico facilmente dominável pelo homem e Interesse em unificar mediante modelos mecânicos de inspiração geométrica . Daí me pus a falar especificamente acerca da Terra; como, apesar de haver claramente estabelecido que Deus não colocara peso algum na matéria de que ela era formada, todas as suas partes não deixavam de propender exatamente para o seu centro; como, existindo água e ar em sua superfície, a disposição dos céus e dos astros, especialmente da lua, devia nela causar um fluxo e refluxo, que fosse semelhante, em todas as suas circunstâncias, ao que se observa nos nossos mares; e, além disso, certo curso, tanto da água como do ar, do levante para o poente, tal como se observa também entre os trópicos; como as montanhas, os mares, as fontes e os rios podiam naturalmente formar-se nela, e os metais surgirem nas minas, e as plantas crescerem nos campos, e em geral todos os corpos denominados mistos ou compostos serem nela gerados.´ (DESCARTES, R. Discurso do Método, V parte, p.
43).
A alma e corpo humano, para Descartes , para ele existe duas estruturas o res cogitans (alma) onde nelas esta o pensamento / realidade inextensa ou seja
as realidade imateriais e o res extensa (corpo) as realidades materiais ( extenso (permanência no tempo; duração). satisfiz-me em imaginar que Deus formasse o corpo de um homem inteiramente semelhante a um dos nossos, tanto no aspecto exterior de seus membros como na conformação interior de seus órgãos, sem compôlo de outra matéria exceto aquela que eu descrevera, e sem colocar nele, no início, alma racional alguma, nem qualquer outra coisa para servir-lhe de alma vegetativa ou sensitiva, mas sim avivasse em seu coração um desses fogos sem luz que eu já explicara, e que não concebia outra natureza a nã o ser a que aquece o feno quando o guardam antes de estar seco, ou a que faz ferver os vinhos novos quando fermentam sobre o bagaço. Pois, examinando as funções que, por causa disso, podiam se encontrar neste corpo, achava exatamente todas as que podem estar em nós sem que o pensemos, nem, como conseqüência que a nossa alma, isto é, essa parte 2
distinta do corpo cuja função, como já foi dito mais acima, é apenas a de pensar, para tal contribua, e que são todas as mesmas, o que consente dizer que os animais sem razão se nos assemelham, sem que eu possa encontrar para isso nenhuma daquelas razões que, por dependerem do pensamento, são as únicas que nos pertencem enquanto homens, enquanto encontrava a todas em seguida, ao presumir que Deus criara uma alma racional e que a juntara a esse corpo de uma certa maneira que descrevia. (DESCARTES, R. Discurso do Método, V parte, p. 44).
RENÉ DESCARTES E A CONCEPICÃO DE HOMEM E ANIMAL Descartes afirma que o homem é diferente dos animais porque, eles carecem de pensamiento ou alma racional. Afirma que o organismo dos animais é um a complexa máquina automática. Demostra que a alma dos animais(alma sen sitiva) é inferior á humana, devido a que os animais não usam a razão, e não são seres inteligentes, e que a alma do homem é independente do corpo e é imortal. os animais sem razão se nos assemelham, sem que eu possa encontrar para isso nenhuma daquelas razões que, por dependerem do pensamento, são as únicas que no s pertencem enquanto hom ens(...). O que não parecerá
de
maneira
alguma
estranho
a
quem,
sabendo
quão
diversos autômatos, ou máquinas móveis, a indústria dos homens pode produzir, sem aplicar nisso senão pouquíssimas peças, em comparação à grande quantidade de ossos, músculos, nervos, artérias, veias e todas as outras partes existente s no corpo de cada a nimal, conside rará esse corpo uma
máquina
que,
tendo
sido
feita
pelas
mãos
de
Deus,
é
incomparavelmente mais bem organizada e capaz de movimentos mais admiráveis do que qualquer uma das que possam ser criadas pelos homens. (DESCARTES, R. Discurso do Método, v parte, p.50).
Por fim descartes conclui que os seres humanos são por muitas razões superiores aos animais sem razão, e que a alma é de fato de uma natureza transcendental, pois ela não se extingui com a morte do corpo material mais vai alem da existência do corpo, por essa razão a alma é imortal. compreende-se muito mais as razões que provam que a nossa (alma) é d e uma natureza inteiramente independente do corpo e, conseqüentemente, 3
que não está de maneira alguma sujeita a morrer com ele; depois, como não se notam outras causas que a destruam, somos naturalmente impelidos a supor por isso que ela é imortal(DESCARTES, R. Discurso do Método, V parte, p. 53 ).
O QUE DIZEM OS CARTESIANOS Assim, de posse dessas verdades claras e distintas - a existência de sua alma e de Deus -, Descartes julgou poder descartar tudo aquilo que não aparecesse de forma nítida. Além da filosofia, o novo método cartesiano de busca da verdade seria capaz de encontrar na natureza aquelas leis com as quais Deus permitira que fossem feitas mudanças na matéria. Nesse sentido, a quinta parte do Discurso do Método traz a descrição sumária do mundo que Descartes havia impedido de ser publicada e a discussão em torno da biologia de animais e plantas, com destaque para a divulgação da circulação sanguínea descoberta pelo médico inglês William Harvey, em 1628. Os animais por não serem capazes de expressar seus pensamentos por intermédio da linguagem, como fazem os homens, seriam considerados como máquinas movimentadas por uma alma corruptível e mortal.
A dúvida metódica de Descartes, ao contrário do método indutivo de Bacon, procurava se despir de toda experiência sensível para chegar aos pressupostos da razão apriori . Mais radical que a simples dedução lógica da geometria de então - a "maneira dos geômetras" a qual Hobbes pôde aplicar, em sua teoria política, partindo de uma base materialista e não de uma mera razão -, Descartes abriu caminho para o racionalismo puro que, na matemática dos séculos seguintes muito ajudou à interpretação científica da natureza. Em ciências, foi um rival à altura do empirismo inglês e, até que o pragmatismo viesse a prevalecer no século XX, colocou o Canal da Mancha como fronteira geográfica a marcar físicamente a separação entre a filosofia insular, em geral naturalista e empírica, e a continental européia, analítica e metafísica. De fato, o temor da censura impediu Descartes de propor a um público geral a aplicação do seu método, não como uma forma provisória e pessoal, mas como teoria moral definitiva, válida para todos. Entrement es, o método cartesiano trazia inerente uma dificuldade quase intransponível na barreira das mentes de outros 4
seres pensantes. Por adotar uma introspecção como base de sua investigação, o máximo que poderia admitir como certo seria a sua própria existência e a do mundo externo pela idéia de Deus. Não há como, sem muito esforço interpretativo, afirmar categoricamente a existência de uma outra alma no corpo de um outro ser humano com os fundamentos do novo método. Com As P aixões d a
Al ma,
há a explicação de como a alma pode motivar e
movimentar o próprio corpo, através das paixões. Também se encontram recomendações de auto-controle com base na reta razão. Contudo nada há que garanta sua existência em outros corpos apenas pela presença de uma glândula específica - a pineal no caso de Descartes.
O QUE EU DIGO DO QUE DIZ DESCARTES E O DO QUE DIZEM OS CARTESIANOS. É evidente que descarte, DESCAETES. R.Ordem das questões de física V parte . O Discurso do método. Ed. Martin Claret, 2008
http://www.discursus.hpg.ig.com.br/moderna/methode.html
1 - O que concebemos como claro e distinto quando perguntamos em que consiste o mundo material? 2 - O universo físico é puramente material? 3
± Quais a duas substâncias que existe realmente para Descartes e de que
são compostas?
5