A Matemática do Ensino Médio Volume 1 Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho Eduardo Wagner Augusto Cézar Morgado
SOLUCIONÁRIO COMPLETO
COLEÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA
Solu¸co ˜es do Livro: A Matem´ atica do Ensino M´ edio - SBM (Elon Lages Lima e col.)
[email protected] Compilado dia 23/09/2016
Esse documento est´a em constante revis˜ao. Vez ou outra um erro de portuguˆ es ´e corrigido, uma passagem que n˜ ao ficou muito clara ´e refeita, uma solu¸ca˜o equivocada ´e substitu´ıda ou a solu¸ c˜ ao de uma das quest˜oes ainda n˜ao resolvidas aparece magicamente em minha cabe¸ca, sendo inclu´ ıda em vers˜ oes atualizadas do documento. Assim, verifique se o que vocˆe tem em m˜aos ´e de fato a vers˜ao mais recente do documento . Todas as atualiza¸c˜oes dele est˜ao dispon´ıveis em www.number.890m.com sem br mesmo.
Se quiser informar algum erro de portuguˆes, digita¸ca˜o ou mesmo de l´ ogica nos exerc´ ıcios escreva para:
[email protected]
Sum´ ario 1 Conjuntos
2
2 N´ umeros Naturais
14
3 N´ umeros Cardinais
22
4 N´ umeros Reais
28
5 Fun¸c˜ oes Afins
35
6 Fun¸c˜ oes Quadr´ aticas
56
7 Fun¸c˜ oes Polinomiais
80
8 Fun¸c˜ oes Exponencias e Logar´ ıtmicas
87
9 Fun¸c˜ oes Trigonom´ etricas
95
10 Agradecimento
102
A Matem´atica do Ensino M´edio
1
Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
Conjuntos
1. Sejam P 1 , P2 , Q1 , Q2 propriedades referentes a elementos de um conjunto universo U. Suponha que P 1 e P2 esgotam todos os casos poss´ıveis (ou seja, um elemento qualquer de U ou tem propriedade P 1 ou tˆem P 2 ). Suponha ainda que Q 1 e Q2 s˜ao incompat´ıveis (isto ´e, excluem-se mutualmente). Suponha, finalmente, que P 1 Q1 e P2 Q2 . Prove que valem as rec´ ıprocas: Q1 P 1 e Q2 P 2.
⇒
⇒
⇒
⇒
Solu¸ c˜ ao:
⇒
⇒
Como P 1 e P2 esgotam todas as possibilidades e P 1 Q1 bem como P 2 Q2 , ent˜ao um elemento de U ou tˆem propriedade Q1 ou tˆem propriedade Q2 . Ou em outras palavras: n˜ao pode haver elemento de U que n˜ao goze de Q 1 e Q2 ao mesmo tempo.
⇒
Suponha por absurdo que Q 1 P2 . Neste caso um elemento u pertencente a U tˆ em tamb´em propriedade Q2 , pois P 2 Q2 . O que gera um absurdo j´a que Q 1 e Q2 se excluem mutualmente. Logo Q 1 P 1.
⇒
⇒
Analogamente se prova que Q2
⇒ P 2.
2. Enquadre no contexto do exerc´ıcio anterior o seguinte fato geom´ etrico: Duas obl´ ıquas que se afastam igualmente do p´ e da perpendicular s˜ ao iguais. Se se afastam desigualmente ent˜ao s˜ao desiguais e a maior ´ e a que mais se afasta. Solu¸ c˜ ao: Fazendo uma compara¸ca˜o com o exerc´ıcio anterior teremos:
P1 : Propriedade de se afastar igualmente. Q1 : Propriedade de serem de tamanhos iguais. P2 : Propriedade de se afastar desigualmente. Q2 : Propriedade de terem tamanhos desiguais. De modo que P
1
⇒ Q 1, P2 ⇒ Q 2 e a reciproca tamb´em ´e verdadeira.
3. Sejam X 1 X2 , Y1 Y2 subconjuntos do conjunto universo U. Suponha que X Y1 Y2 = , que X 1 Y1 e que X 2 T2 . Prove que X 1 = Y1 e X2 = Y2 .
∩
∅
⊂
⊂
1
∪X2 = U e
Solu¸ c˜ ao: 1 Como por mostrado que:hip´ X 1otese = YX 1.
⊂ Y1 ent˜ao basta provar que X1 ⊃ Y1 que por dupla inclus˜ao teremos Para mostrar que X 1 ⊃ Y 1 tomemos um elemento y ∈ Y 1 . Como por hip´otese X 1 ∪ X 2 = U
ent˜ ao y pertence a X 1 ou pertence a X 2 .
2
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∈
⊂
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∈
Se y X 2 e X2 Y 2 ent˜ ao y Y 2 . O que seria um absurdo j´ a que Y 1 X1 o que prova que X 1 Y 1 . E portanto que X 1 = Y1 .
⊃
∩ Y 2 = ∅. Logo y ∈
Analogamente se prova que X2 = Y2 .
4. Compare o exerc´ıcio anterior com o primeiro em termos de clareza e simplicidade dos enunciados. Mostre que qualquer um deles pode ser resolvido pelo outro. Solu¸ c˜ ao:
⊃
Para provarmos que X1 = Y1 , por exemplo precis´avamos apenas mostrar que: X 1 Y 1 . Assim se tomarmos um elemento u de U, P1 como a propriedade de pertencer a X 1 e Q1 como a propriedade de pertencer a Y 1 . Ent˜ao podemos afirmar que P 1 Q 1 . J´a que X 1 Y 1 . Neste caso provar a reciproca (Q 1 P 1 ), seria o equivalente a provar X1 Y 1 .
⇒
⇒
⊂
⊃
Em outras palavras provar a quest˜ao 3 implica na prova da quest˜ao 1 e vice-versa.
5. Ainda no tema do primeiro exerc´ıcio, seria v´alido substituir as implica¸c˜oes P 1
⇒ Q 2 na hip´otese por suas reciprocas Q 1 ⇒ P1 e Q2 ⇒ P 2?
⇒ Q 1 e P2
Solu¸ c˜ ao:
⇒
⇒
Essa substitui¸ca˜o n˜ao obriga a implica¸c˜ ao P1 Q1 e P2 Q2 . Basta imaginar o exemplo em que U = N, P1 e´ a propriedade “n ´e par”, P2 significa “n ´e impar”, Q1 que dizer “n e m´ultiplo de 4” e Q 2 diz “n ´e um numero primo maior do que 2”.
√
6. Escreva as implica¸c˜ oes l´ogicas que correspondem `a resolu¸c˜ ao da equa¸c˜ ao x + 2 = 2, ve ja quais s˜ao revers´ıveis e explique o aparecimento de ra´ızes estranhas. Fa¸ ca o mesmo com a equa¸c˜ ao x + 3 = x.
√
Solu¸ c˜ ao: Fazendo y =
√x tˆem se: ⇒ y + 2 = y 2 ∗
⇒ y2 − y − 2 = 0 ⇒ (y − 2)(y + 1) = 0 (1) ⇒ y = 2, y = −1 (2) √ como y = x de (1) e (2) temos: 2=
√x (3) −1 = √x (4) 3
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De (3) segue que x = 4.
√
( x)2 = 2 2 x= 4 De (4) segue que x = 1.
√
( x)2 = ( 1)2
−
x= 1
Testando estas ra´ızes chegamos a conclus˜ ao de que a solu¸c˜ ao de
√x + 2 = x e´ apenas 4.
√x + 2 = x √4 + 2 = 4 2+2=4 4=4
±√
A passagem marcada por e´ a ´unica implica¸c˜ ao irrevers´ıvel. Como y2 = ( x)2 a substitui¸c˜ao de x por y acaba gerando uma equa¸c˜ ao com duas ra´ızes. Uma delas seria a tal “raiz estranha”.
∗
Analogamente se resolve
√x + 3 = x.
7. Mostre que, para todo m > 0, a equa¸c˜ao
√x + m = x tem exatamente uma raiz.
Solu¸ c˜ ao: Seja y =
√x ent˜ao:
√x + m = x pode ser escrita como
y + m = y2
⇒ y2 − y − m = 0 Aplicando bhaskara: y=
−(−1) ± (−1)2 − 4(1)(−m) = 1 ± √1 + 4m
2(1)
2
2
Como por hip´otese m > 0 ent˜ao a (1 + 4 m) > 0 e a equa¸c˜ ao y y m = 0 possuir´a duas ra´ızes, uma positiva e uma negativa que chamaremos de k 1 e k2 (com k 1 , k2 R).
√ Se y = −k2 ent˜ ao x = −k2 e x = (k2 )2 sendo assim: 4
−
− −
∈
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√x + m = x ⇒ −k2 + m = (k2)2 ⇒ m = (k2)2 + k2 ⇒ m > (k2)2 (1) √ mas como x = −k2 ent˜ ao: m > (k2 )2
⇒ m >x
Essa implica¸c˜ ao no entanto ´e um absurdo pois analisando a equa¸c˜ao ( x + m = x), e a condi¸c˜ao de que m > 0 ent˜ao devemos ter x m. Logo x n˜ao pode ser igual a k2 pois isso resultaria em m > x
√
≥
−
Logo a equa¸c˜ ao s´o possui uma raiz. E ela ´e positiva.
8. Considere as seguintes (aparentes) equivalˆencias l´ogicas: x= 1
⇔ x2 − 2x + 1 = 0
⇔ x2 − 2 · 1 + 1 = 0 ⇔ x2 − 1 = 0 ⇔ x = ±1 Conclus˜ ao (?): x = 1
⇔ x = ±1. Onde est´a o erro?
Solu¸ c˜ ao: O problema est´a na segunda implica¸c˜ ao. Enquanto x2 2x + 1 = 0 x2 2 1 + 1 = 0 a reciproca n˜ao ´e verdadeira, pois se x = 1 ent˜ao ( 1)2 2 1 + 1 tamb´ em ´e igual a zero. Ou seja, a passagem de x 2 2x + 1 = 0 para x 2 2(1) + 1 = 0 ´e irrevers´ ıvel.
−
−
− − − ·
−
⇒ − ·
9. As ra´ızes do polinˆ omio x 3 6x2 + 11x 6 s˜ao 1, 2 e 3. Substitua, nesse polinˆomio, o termo 11x por 11 2 = 22, obtendo ent˜ao x3 6x2 + 16, que ainda tem 2 como raiz mas n˜ ao se anula para x = 1 nem x = 3. Enuncie um resultad o geral que explique este fato e o relacione com o exerc´ıcio anterior.
·
−
−
−
Solu¸ c˜ ao: Dado um polinˆomio p(x) = ax 3 + bx2 + cx + d cuja raiz ´e α ent˜ ao p(α) = 0. Tomando agora um segundo polinˆomio q(x) = cx pode-se escrever p(x) como: p(x) = ax 3 + bx2 + q (x) + d
5
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Repare que est´a substitui¸c˜ao nada muda em p(x). De modo qu e p( α) continua sendo raiz de p(x). Desse modo subs tituir q( α) pelo termo “qx” em p(x) significa apenas que estamos substituindo x por α em “qx”. p(x) = ax 3 + bx2 + cα + d Assim α continua sendo raiz de p(x), mas as suas demais ra´ızes perdem o sentido. Esse fato tamb´ em se verifica no exerc´ ıcio anterior quando substitu´ımos x por 1 na equa¸ c˜ ao 2
x
− 2x + 1 = 0 10. Seja P(x) uma condi¸c˜ ao envolvendo a vari´avel x.
(1) “Para todo x, ´e satisfeita a condi¸ca˜o P(x)” (2) “Existe algum x que satisfaz a condi¸ c˜ao P(x). a) Sendo A o conjunto de objetos x (de um certo conjunto universo U) que satisfazem a condi¸c˜ao P(x), escreva as senten¸cas (1) e (2) acima, usando a linguagem dos conjuntos. b) Quais as nega¸c˜ oes de (1) e (2)? c) Para cada senten¸ca abaixo diga se ela ´e verdadeira ou falsa e forme sua nega¸ca˜o: 2
um numero real x tal que x = −1. •• Existe Para todo numero inteiro n, vale n 2 > n. • Para todo numero real x, tem-se x > 1 ou x 2 < 1. • Para todo numero real x existe um numero natural n tal que n > x. • Existe um numero natural n tal que, para todo numero real x, tem se n > x. Solu¸ c˜ ao de A:
∈
Da senten¸ca (1) conclui-se apenas que: todo x U tamb´ em pertence a A. N˜ao se pode dizer que A = U porque n˜ao se sabe se U e´ constitu´ıdo apenas de objetos x. De (2) se conclui-que A =
∅
Assim as senten¸cas (1) e (2) escritas na forma de conjunto seriam respectivamente:
{x|x ∈ U} (2) A =∅ (1) A =
Solu¸ c˜ ao de B: A nega¸c˜ao de (1) ´e: Existe um x, tal que P(x) n˜ao ´e satisfeita. Que na forma de conjunto seria: 6
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A
⊂U
Essa nota¸c˜ao sugere que mesmo que U seja composto apenas de objetos x ent˜ ao, “A” ainda seria subconjunto de U j´a que ao menos um elemento x pertenceria ao conjunto universo mas, n˜ao a “A”. A nega¸ca˜o de (2) ´e: Nenhum elemento x satisfaz a condi¸c˜ao P(x). Que na forma de conjunto seria: A=
∅ Solu¸ c˜ ao de C:
• Falsa. Pois isso implicaria na existˆencia de uma raiz negativa.
A nega¸c˜ ao da afirma¸ c˜ ao ser´ a: Para todo numero real x, tˆem se x 2 =
−1.
• Falsa. Pois 1 ´e um numero inteiro e 12 n˜ao ´e maior que ele mesmo (12 >2 1). A nega¸c˜ ao da afirma¸ c˜ ao ser´ a: Existe um numero inteiro n tal que n ≤ n. • Falsa. Pois 2 ´e um numero real e 22 > 1 A nega¸ca ˜o da afirma¸c˜ ao ser´ a: Existe um numero real x tal que x ≤ 1 e x2 ≥ 1. •
Verdadeira. Dado um numero real r na forma r =
p ent˜ ao qr = p e pertence q
aos naturais de modo que qr > r . A nega¸c˜ ao da afirma¸ c˜ ao ser´ a: Existe um numero real x tal que n < x para todo numero natural n.
•
Falsa. O problema aqui est´a no fato da afirma¸c˜ao garantir a unicidade do numero natural. O que ocorre ´e que, dado um r R existem diversos naturais n tais que n > r. A nega¸ca ˜o da afirma¸c˜ ao ser´ a: Para todo numero natural n, existe um numero real x tal que n x.
∈
≤
11. Considere os conjuntos abaixo:
F = conjunto de todos os fil´ osofos. M = conjunto de todos os matem´aticos. C = conjunto de todos os cientistas. P = conjunto de todos os professores.
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a) Exprima cada uma das afirmativas abaixo usando a linguagem de conjuntos. 1) Todos os matem´aticos s˜ao cientistas. 2) Alguns matem´aticos s˜ao professores. 3) Alguns cientistas s˜ao fil´osofos. 4) Todos os fil´osofos s˜ao cientistas ou professores. 5) Nem todo professor ´e cientista. b) Fa¸ ca o mesmo com as afirmativas abaixo: 6) Alguns matem´aticos s˜ao fil´osofos 7) Nem todo filosos ´e cientista 8) Alguns fil´osofos s˜ao professores 9) Se um filosofo n˜ao ´e matem´ atico, ele ´e professor. 10) Alguns fil´osofos s˜ao matem´aticos. c) Tomando as 5 primeiras afirmativas como hip´oteses, verifique quais das afirmativas (6 a em diante), s˜ao necessariamente verdadeiras. Solu¸ c˜ ao de A: 1) 2) 3) 4) 5)
M M C C P
⊆C ∩ P = ∅ ∩ F = ∅ ∪P ⊃F ∩ C c = ∅
Solu¸ c˜ ao de B:
∩ ∩ ∩ ⊂ ∩
∅ ∅ ∅ ∪ ∅
6) M F = 7) F C c = 8) F P = 9) F M P 10) F M =
Solu¸ c˜ ao de C: Au ´ nica alternativa verdadeira ´e a de numero nove.
12. O artigo 34 da Constitui¸c˜ao Brasileira de 1988 diz o seguinte: “A Uni˜ao n˜ao intervir´a nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I. Manter a integridade nacional; II. Repelir invas˜ao estrangeira ou de unidade da Federa¸c˜ao em outra” III. ...; a) Suponhamos que o estado do Rio de Janeiro seja invadido por tropas do estado de S˜ ao Paulo. O texto acima obriga a Uni˜ao a intervir no estado? Na sua opini˜ao, qual era a inten¸c˜ ao dos legisladores nesse caso:
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b) Reescreva o texto do artigo 34 de modo a torn´ a-lo mais preciso. Solu¸ c˜ ao de a: O texto n˜ao obriga a interven¸ca˜o da federa¸c˜ao. Solu¸ c˜ ao de b: A Uni˜ao intervir´a nos Estados ou no Distrito (...).
13. Prove que x 2 + x
− 1 = 0 ⇒ x3 − 2x + 1 = 0.
Solu¸ c˜ ao: Se x2 + x 1 = 0 ent˜ao (x ent˜ ao pode se afirmar que:
−
− 1)(x2 + x − 1) = 0. Como ( x − 1)(x2 + x + 1) = x 3 − 2x + 1 x2 + x
− 1 = 0 ⇒ x3 − 2x + 1 = 0 ⇔
−
14. Prove que, para x, y e k inteiros, tem se x + 4y = 13k 4x + 3y = 13(4k y). Conclua que 4x + 3y e x + 4y s˜ao divis´ıveis por 13 para os mesmos valores inteiros de x e y . Solu¸ c˜ ao: x + 4y = 13k 4x + 16y = 52k 4x + (3y + 13y) = 52 k
⇒ ⇒ ⇒ 4x + 3y = 52k − 13y ⇒ 4x + 3y = 13(4k − y)
A conclus˜ao de que x + 4y e´ divis´ıvel por 13 ´e evidente j´ a que k e´ inteiro e: k=
x + 4y 13
O que obriga a x + 4y `a divisibilidade por 13. Analogamente se conclui que 4x + 3y tamb´ em ´e divis´ıvel por 13. J´ a que o produto de inteiros tamb´ em ´e inteiro (3k) e a subtra¸c˜ao entre eles tamb´ em (3k y).
−
15. O diagrama de Venn para os conjuntos X, Y, Z decomp˜oe o plano em oito regi˜oes. Numere essas regi˜oes e exprima cada um dos conjuntos abaixo como reuni˜ ao de algumas dessas regi˜oes. (Por exemplo: X Y = 1 2).
−
∪
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a) (X c Y c ); b) (X c Y ) Z c ; c) (X c Y ) (X Z c ); d) (X Y )c Z
∪ ∪ ∪ ∩ ∪ ∩ ∪ ∩
Solu¸ c˜ ao de D: Uma representa¸c˜ao poss´ıvel para essas oito regi˜ oes ´e a seguinte. X 2
Y 8
7 4
5
3 6
1 Z Assim: (X Y ) = 3 4 . . . 8 (X Y )c = (1 2 . . . 8) (X (X Y )c Z = (1 2) (1 4
∪ ∪ ∪
∪ ∪ ∪ ∪ ∪ − ∪Y)=1∪2 ∩ ∪ ∩ ∪ ∪ 5 ∪ 6) = 1
As demais respostas seguem a mesma l´ogica.
16. Exprimindo cada membro como reuni˜ao de regi˜oes numeradas, prove as desigualdades:
∪ ∩ ∪ ∩
a) (X Y ) Z = (X b) X (Y Z )c = X
∩ Z )c ∪ (Yc ∩ Z ); ∪Y ∪Z
Solu¸ c˜ ao de A: Nesse caso pode-se usar o diagrama do exerc´ıcio anterior. X 2
Y 8
7 4
5
3 6
1
Z Considerando apenas o lado direito da igualdade ( X
10
∪ Y ) ∩ Z = (X ∩ Z ) ∪ (Y ∩ Z ) temos:
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∪ Y ) ∩ Z = [(7 ∪ 8 ∪ 5 ∪ 4) ∪ (3 ∪ 8 ∪ 5 ∪ 6)] ∩ (4 ∪ 5 ∪ 6 ∪ 1) (X ∪ Y ) ∩ Z = [(7 ∪ 8 ∪ 5 ∪ 4 ∪ 3 ∪ 6)] ∩ (4 ∪ 5 ∪ 6 ∪ 1) (X ∪ Y ) ∩ Z = 4 ∪ 5 ∪ 6 (1) (X
Considerando agora o lado esquerdo:
∩ Z ) ∪ (Y ∩ Z ) = ((4 , 5, 7, 8) ∩ (4, 5, 6, 1)) ∪ ((3, 5, 6, 8) ∩ (1, 4, 5, 6)) (X ∩ Z ) ∪ (Y ∩ Z ) = (4 , 5) ∪ (5, 6) (X ∩ Z ) ∪ (Y ∩ Z ) = 4, 5, 6 (2) (X
Comparando (1) e (2) fica provado a igualdade. Solu¸ c˜ ao de B: An´aloga a anterior.
17. Sejam A, B e C conjuntos. Determine uma condi¸ c˜ao necess´aria e suficientes para que se tenha A (B C ) = (A B) C .
∪ ∩
∪ ∩
Solu¸ c˜ ao: Para este problema novamente usaremos a imagem a seguir. X 2
Y 8
7 4
5
3 6
1 Z Primeiro vamos calcular o lado direito da igualdade: A
∪ (B ∩ C ) = 7 ∪ 4 ∪ 8 ∪ 5 ∪ 6
e agora o lado esquerdo. (A
∪ B) ∩ C = 4 ∪ 5 ∪ 6
Para que (7 vazia ou que: 7
4
8
5
6) e (4
5
6) sejam iguais seria necess´ario que a regi˜ao 7
8 fosse
∪∪ 8∪= 4∪ou∪7 ∪ 8 =∪5 ou∪ mesmo 7 ∪ 8 = 6. ∪ Se 7 ∪ 8 for vazio ent˜ao A ⊂ C . Se 7 ∪ 8 for igual a 4, 5 ou mesmo 6 tamb´ em teremos A ⊂ C . Portanto a condi¸ca˜o para que a igualdade seja verdadeira ´e de que: A ⊂ C . 11
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18. A diferen¸ca entre conjuntos ´e definida por A condi¸c˜ao necess´aria e suficiente para que se tenha A
− B = {x|x ∈ A e x ∈/ B}. Determine uma − (B − C ) = (A − B) − C .
Solu¸ c˜ ao: Usando a figura da quest˜ao anterior teremos:
− (B − C ) = (7, 8, 4, 5) -[(3, 8, 5, 6)-(4, 5, 6, 1)] A − (B − C ) = (7, 8, 4, 5) -[(3, 8)] A − (B − C ) = (7, 4, 5) = A ∩ C A
Do lado direito tˆem se:
− B) − C = [(7, 4, 5, 8) − (3, 8, 5, 6)] − (4, 5, 6, 1) (A − B) − C = [(7, 4)] − (4, 5, 6, 1) (A − B) − C = (7) Que s˜ao somente os pontos de A. Assim para que a igualdade seja verdadeira ou 4 ∪5 = 7 ou 4 ∪5 = ∅. Em ambos os casos se conclui que A ∩ C = ∅. (A
19. Prove que se um quadrado perfeito ´e par ent˜ao sua raiz quadrada ´e par e que se um quadrado perfeito ´e impar ent˜ ao sua raiz quadrada ´e impar. Solu¸ c˜ ao: O produto de dois n´umeros impares ´e impar.
·
(2k + 1) (2q + 1) = 4kq + 2k + 2q + 1 = 2(2 kq + k + q ) + 1 = 2p + 1 Assim se tomamos um n qualquer de modo que seu quadrado (n2 ) seja par, ent˜ao n n˜ao pode ser impar. Como n2 = n fica provado que a raiz de um quadrado perfeito par tamb´ em ´e par.
√
De modo an´alogo se prova que se n 2 ´e impar n tamb´em o ´e.
20. Prove o teorema de Cantor: se A ´e um conjunto e P(A) ´e o conjunto das partes de A, n˜ao existe uma fun¸c˜ao f: A P(A) que seja sobrejetiva. ao f e considere X = x A : x / f (x) . Sugest˜ ao: Suponha que exista uma tal fun¸c˜
→
{ ∈
∈
}
Solu¸ c˜ ao: Essa demonstra¸ca˜o consta no livro “Matem´atica Discreta” do Edward R. Scheinerman na p´agina 189.
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→
Seja A um conjunto e seja f : A P (A). Para mostrar que f n˜ao ´e sobrejetora, devemos achar um B P(A) (isto ´e, B A) para o qual n˜ ao existe a A com f(a) = B. Em outras palavras, B´e um conjunto que f “perde”. Para este fim, seja
∈
⊆
∈
{ ∈ A : x ∈/ f (x)} ∈ A com f(a) = B.
B= x Afirmamos que n˜ao existe nenhum a
∈
Como f(x) ´e um conjunto - na verd ade, um subconjunto de A - a condi¸c~ ao x / f(x) tem sentido
Suponhamos, por contradi¸c˜ao, que exista um a
∈ A tal que f (a) = B. Ponderamos: a ∈ B?
• ∈ a ∈ f (a). Assim, pela de fini¸c˜ao de B, ∈ ∈ ⇒⇐ • Se a ∈/ B = f (a), ent˜ao, pela defini¸c˜ao de B, a ∈ B. ⇒⇐
Se a B, ent˜ao, como B = f(a), temos a / f (a); isto ´e a / B.
∈
∈
Tanto a B como a / B levam a contradi¸c˜oes; da´ı, nossa suposi¸c˜ao [existe um a f (a) = B] ´e falsa e, assim, f n˜ao ´e sobrejetora.
∈ A com
Observa¸ ca ˜o O livro do Scheinerman ainda traz uma ilustra¸ c˜ ao desta prova.
{
}
Sejam A = 1, 2, 3 e f : A
→ P (A) conforme definida na tabela a seguir. a 1 2 3
f(a)
a
f (a)?
{1, 2} ∈sim {3} n˜ao {} n˜ao Ora, B = {x ∈ A : x ∈ / f (x)}. Como 1 ∈ f (1), mas 2 ∈ / f(2) e 3 ∈ / f(3), temos B = {2, 3}. Note que n˜ao h´a a ∈ A com f (a) = B
Se alguma passagem ficou ou ser se algum foi corre¸ cometido
[email protected] paraobscura que possa feito a erro devida c˜ao.por favor escreva para Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com
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´ ´ A MATEMATICA DO ENSINO M EDIO A matem´atica do Ensino m´edio (volume 1) Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho. Eduardo Wagner. Augusto C´esar Morgado. Resolvido por: Diego Oliveira.
2
N´ umeros Naturais 1. Dado o numero natural a, seja Y (1) a (2) n
⊂ N um conjunto com as seguintes propriedades:
∈ Y; ∈ Y ⇒ n + 1 ∈ Y.
Prove que Y contem todos os n´umeros naturais maiores do que ou iguais a a. Solu¸ c˜ ao: X = Ia ∪ Y onde Ia = { n ∈ N; n < a}. Se provarmos que X = N, { ∈ N; n ≥ a}. Como a primeira demonstra¸ca˜o ´e mais simples vamos
Considere um conjunto ent˜ ao logicamente Y = n focar nela. Passo base:
• Se 1 < a ent˜ao 1∈Ia o que implica em 1 ∈ X ; • Se 1 ≥ a ent˜ao 1 ∈ Y que implica que 1 ∈ X. Em todo caso 1
∈ X.
Passo indutivo: Supondo que k
∈ N ent˜ao ou k ∈ I a ou k ∈ Y .
• Se k ∈ I a ent˜ao k < a que implica que: 1≥ k + 1caso ∈ Y;k + 1 ∈ I a . ◦◦ kou+ent˜ aoa,k nesse + 1
∈ X. 14
A Matem´atica do Ensino M´edio
•
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∈ Y, ent˜ao k ≥ a ⇒ k + 1 > a ∈ Y que implica novamente que ⊂ X.
Se k pois Y
Como o numero 1 e todos os seus sucessores pertencem a conclus˜ ao de que Y = n N; n a .
{ ∈
X
ent˜ ao
X
=
N.
k+1
O que co nduz a
≥ }
2. Use o exerc´ıcio anterior para provar que 2n + 1 < 2n em seguida, que n todo n
∈ X,
≤ 2 < 2n para
≤ 5.
Solu¸ c˜ ao de A: Essa proposi¸c˜ao simplesmente n˜ao ocorre para n = 2 (verifique!). No entanto para n ocorre. Vamos prova-la pela indu¸ca˜o j´a que pro outro caso isso n˜ao seria poss´ ıvel.
≥ 3 isso
Passo base: Para n = 3 temos: 2(3) + 1 < 2 3 Logo a desigualdade ´e valida para n = 3. Passo indutivo: Se a desigualdade ´e verdadeira para n = k, ent˜ao: 2k + 2 + 1 = 2 k + 2 2(k + 1) + 1 = 2 k + 2 Acontece que 2k + 2 < 2 k+1 . Veja: 2k + 2 < 2 k+1 2 < 2 k+1
− 2k 2 < 2 k (2 − 1) 2 < 2k Como n = k , ent˜ao k n˜ao pode ser menor que trˆes. O que prova essa ultima desigualda de. Assim: 2(k + 1) + 1 = 2 k + 2 < 2 k+1 2(k + 1) + 1 < 2 k+1
⇒
15
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Completando o passo indutivo e tamb´ em a demonstra¸ca˜o. Solu¸ c˜ ao de B: Passo base: Para n = 5 temos: 52 < 2 5 Logo a desigualdade ´e valida para n = 5. Passo indutivo: Se a formula e verdadeira para n = k, ent˜ao: (k + 1) 2 = (2k + 1) + k 2
≤ 2k + k2
Vamos provar que 2k + k2 < 2 k+1 . 2k + k 2 < 2 k+1 k 2 < 2 k+1 2k k 2 < 2 k (2 1) k2 < 2k
− −
Essa ultima inequa¸c˜ao e verdadeira por hip´otese assim: (k + 1) 2 < 2 k + k 2 < 2 k+1 Que simplificando fica: (k + 1) 2 < 2 k+1 O que completa o passo indutivo e a demonstra¸ c˜ao.
3. Complete os detalhes da seguinte demonstra¸ c˜ ao do Principio da Boa ordena¸c˜ao:
⊂
Seja A N um conjunto que n˜ao possui um menor elemento. Considere o conjunto X formado pelos n´umeros naturais n tais que 1, 2,... n˜ao pertence a A. Observe que 1 X e, al´em disso, se n X ent˜ ao todos os elementos de A, conclua que n + 1 X logo, por indu¸c˜ao, segue-se que X = N, portanto A e vazio.
∈
∈
∈
Solu¸ c˜ ao:
∪
O enunciado do problema sugere que N = X A. Mostrar que X = N seria simplesmente aplicar o Princ´ıpio da Boa Ordena¸ca˜o (PBO). No entanto o exerc´ıcio ´e de indu¸c˜ao portanto
16
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seguiremos os dois passos: Passo base: 1
∈ X por hip´otese.
Passo indutivo:
∈
∈
∈
Tomando k X ent˜ ao k + 1 A ou ent˜ao k + 1 X. Contudo n˜ao pode ocorrer de k + 1 A pois pelo PBO A teria de ter um menor elemento.
∈
O que iria contrariar a tese. Portanto, k + 1 N. Como 1 e todo os seus sucessor es pertencem a X ent˜ ao se conclui que X = N e que A ´e vazio.
∈
1,
√2, √3, √ 2
3
4
n
n+1 n. Para todo n n 4,... e decrescente a partir do terceiro termo.
4. Prove por indu¸c˜ ao que
≤
≥ 3 e conclua da´ı que a sequencia
Solu¸ c˜ ao de A: Passo base: Para n = 3 temos: 3
3+1 3
<3
O que ´e verdadeiro. Passo indutivo: O que desejamos agora ´e provar que a desigualdade
(k + 1) + 1 k+1
k +1
< k+1
Ocorre que
(k + 1) + 1 k+1
k +1
k
· =
k+2 k+1
k+2 k+1
ent˜ ao podemos escrever a desigualdade como: k
· k+2 k+1
k+2 k+1
< k+1
(k + 2) k+1 (k + 1) k+1 < k + 1 (k + 2) k+1 < (k + 1) k+1 (k + 1) = ( k + 1) k+2
17
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Simplificando: (k + 2) k+1 < (k + 1) k+2 O que evidencia a afirma¸c˜ ao, concluindo que:
(k + 1) + 1 k+1
k +1
< k+1
Solu¸ c˜ ao de B: Sabemos que:
n+1 n
n
⇒ n +n 1 < n1/n ⇒ n + 1 < n1/n · n ⇒ n+1< n
n+1 n
1/n
n
⇒
(n + 1) n + 1 n
< n1/n
⇒ (n + 1) n2 + n < n1/n 1
⇒ (n + 1) n + 1 < n1/n Essa ultima desigualdade nos leva a conclus˜ ao de que a sequˆ encia ´e decrescente a partir do 3◦ termo.
18
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5. Prove por indu¸c˜ ao que: 1 + 2 2 + 33 + ... + n2 =
n(n + 1)(2n + 1) 6
Solu¸ c˜ ao: O passo base pode ser facilmente demonstrado. Passo indutivo: 1 + 2 2 + 32 + . . . + k2 + (k + 1) 2 = =
k(k + 1)(2k + 1) + (k + 1) 2 6 =
=
k(k + 1)(2k + 1) + (k + 1) 2 6
(k + 1)(k + 2)(2k + 3) 6
(k + 1)((k + 1) + 1)(2(k + 1) + 1) 6
que implica em: 1 + 2 2 + 3 2 + . . . + k 2 + (k + 1) 2 =
(k + 1)((k + 1) + 1)(2(k + 1) + 1) 6
Completando o passo indutivo.
6. Critique a seguinte argu menta¸c˜ao: Quer-se provar que todo numero natural ´e pequeno. Evidentemente, 1 ´e um numero pequeno. Al´ em disso, se n for pequeno, n + 1 tamb´ em sera, pois n˜ao se torna grande um numero pequeno simples mente somando-lhe uma unidade. Logo, por indu¸ca˜o, todo numero natural e pequeno. Solu¸ c˜ ao: O problema aqui ocorreria no passo indutivo. Pois quando tomamos um n natural “pequeno” temos de nos perguntar, pequeno em rela¸c˜ao a que? Se em rela¸c˜ ao ao maior de todos os n´umeros naturais pequenos ent˜ao n + 1 seria grande?
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7. Use a distributividade para calcu lar ( m + n)(1 + 1) de duas maneiras diferentes e em seguida use a lei do corte para concluir que m + n = n + m. Solu¸ c˜ ao: 1◦ Forma: Usamos a distributividade a direita. (m + n)(1 + 1) = m(1 + 1) + n(1 + 1) = m + m + n + n = 2m + 2n; 2◦ Forma: Usamos a distributividade a esquerda. (m + n)(1 + 1) = 1(m + n) + 1(m + n) = m + n + m + n = 2m + 2nm + m + n + n = m+n+m+n Usando a associatividade m + (n + n) + m = m + n + m + n (m + (n + n) ) + m = m + n + m + n ((m + n) + n) + m = m + n + m + n (m + n) + (n + m) = (m + n) + (m + n) Finalmente usando a Lei do corte (A + B = A + C
⇒ B = C) ent˜ao:
n + m = m + n.
8. Seja X N um conjunto n˜ao vazio, com a seguinte propriedade: para qualquer n todos os n´umeros naturais menores do que n pertencem a X. Prove que X = N.
⊂
N,
se
∈
Solu¸ c˜ ao: Como o pr´oprio livro diz demonstra¸c˜oes que envolvem o PBO s˜ ao normalmente feitas por absurdo. Ent˜ ao suponha por absurdo que X = N logo A N onde N = X A. Assim pelo PBO a = minA e X = n N; n < a . No entanto considerando a hip´otese a X, o que gera o absurdo. Assim A = e ent˜ao X = N.
∃
{ ∈ {}
∃ ⊂
}
∪ ∈
9. Seja P(n) uma propriedade relativa ao numero natur al n. Suponha que P(1), P(2) s˜ ao verdadeiras e que, para qualquer n N, a verdade de P(n) e P(n + 1) implica a verdade de P(n + 2). Prove que P(n) ´e verdadeira para todo n N.
∈
∈
Solu¸ c˜ ao:
∈
Considere A como o conjunto de elementos a N, tal que P(a) sej a falsa. Suponha por absurdo que A = . Nesse caso A deve ter um elemento m´ınimo (min(A)) que chamaremos de a1 . Como P(1) e P(2) s˜ao verdadeiras ent˜ao a1 > 2 ´e como a1 e´ elemento m´ınimo de A ent˜ ao P(a1 2) e P( a1 1) tamb´ em s˜ ao verdadeiras. Entretanto como P(n) e P(n + 1) implicam em P(n + 2) verdadeira ent˜ao P(a1 2) e P(a1 1) implica em P(a) verdadeiro, o que ´e um absurdo,
−
∅ −
−
−
20
A Matem´atica do Ensino M´edio
pois a 1
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∈A
10. Use indu¸c˜ao para provar que 1 3 + 23 + 3 3 + . . . + n3 =
1 2 n (n + 1)2 4
Solu¸ c˜ ao: Base: A igualdade se verifica para 1. 1=
1 2 1 (1 + 1)2 4
·
1=1 Passo indutivo: Considerando a proposi¸c˜ao verdadeira para k ent˜ ao: 13 + 23 + 3 3 + . . . + k 3 + (k + 1) 3 =
1 2 k (k + 1) 2 + (k + 1) 3 4
·
Operando com o lado direito da igualdade acima facilmente se chega ´ a: 1 4
k2 (k + 1) 2 + (k + 1) 3 =
k2 (k + 1) 2 + 4(k + 1) 3
·
4
e ap´os certa ´algebra: k 2 (k + 1) 2 + 4(k + 1) 3 1 = (k + 1) 2 (k + 2) 2 4 4 concluindo o passo indutivo.
Se alguma passagem ficou ou ser se algum foi corre¸ cometido
[email protected] paraobscura que possa feito a erro devida c˜ao.por favor escreva para Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com
21
A Matem´atica do Ensino M´edio
Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
´ ´ A MATEMATICA DO ENSINO M EDIO A matem´atica do Ensino m´edio (volume 1) Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho. Eduardo Wagner. Augusto C´esar Morgado. Resolvido por: Diego Oliveira.
3
N´ umeros Cardinais
→ { ∈ ⊂
⊂
1. Seja f : X Y uma fun¸c˜ao. A imagem inversa por f de um conjunto B Y e o conjunto f −1 (B) = X x; f (x) B . Prove que se tem se mpre f −1 (f (A)) A para todo A X .e f (f −1 (B)) B para todo B Y . Prove tamb´ em que f ´e injetiva se, e somente se, f −1 (f (A)) = A para todo A X . Analogamente, mostre que f e´ sobrejetiva se, e somente se, f (f −1 (B)) = B para todo B Y .
⊂
∈ } ⊂
⊂ ⊂
⊃
Solu¸ c˜ ao
• Prova de que f
1 (f (A))
−
⊃ A para todo A ⊂ X. −
Por defini¸c˜ao temos que f 1 (f (A)) = x X ; f (x) f (A) . Assim tomando um x A f (x) f (A). Assim x f −1 (f (A)). Ou seja, dado qualquer elemento contido em A ele tamb´ em estar´ a contido em f −1 (f (A)), concluindo que f −1 (f (A)) A
⇒
∈
{ ∈
∈
• Prova de que f (f
∈
}
∈
⊃
1 (B))
⊂ B para todo B ⊃ Y. Por defini¸c˜ao temos que f (f 1 (B)) = {x ∈ X ; f (x) ∈ B }. Isso implica que qualquer elemento de f (f 1 (B)) pertencer´a tamb´ em a B. Logo f (f 1 (B)) ⊂ B. • Prova de que f e´ injetiva ⇔ f 1(f (A)) = A para todo A ⊂ X (⇒) A inclus˜ao de A em f 1 (f (A)) j´a foi demonstrada no primeiro item. Resta agora mostrar que A ⊃ f 1 (f (A)) e com isso f 1 (f (A)) = A. Suponha por absurdo que exista um x ∈ f 1 (f (A)), mas que n˜ao perten¸ca a A. Como x ∈ f 1 (f (A)) ent˜ao f(x) ∈ f(A). E como f ´e uma fun¸ca˜o injetora existe um a ∈ A tal que, f(x) = f(a). Isso resulta ent˜ao em um absurdo pois se f(x) = f(a) e f −
−
−
−
−
−
−
−
−
−
´e injetora isso implicaria em x = a, e por hip´otese x / A. Logo conclui-se que se x f −1 (f (A)) ent˜ao x
∈ A e portanto A ⊃ f 1(f (A)). ∈ Por fim se A ⊃ f 1 (f (A)) e f 1 (f (A)) ⊂ A ent˜ ao A = f (⇐) ??? −
−
−
22
∈ 1 (f (A)).
−
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• Prova de que f e´ sobrejetiva ⇔ f
1
−
(f (B)) = B para todo B
???
2. Prove que a fun¸c˜ao f : X tal que g(f (x)) = x para todo x
⊂ X.
→ Y ´e injetiva se, e somente se, existe uma fun¸ca˜o g : Y → X ∈ X.
Solu¸ ao: ( ) c˜
⇒
→ Y ´e uma fun¸ca˜o injetiva ent˜ao existe uma fun¸c˜ao g : Y → X . ∈ Y e um x ∈ X ent˜ao o par ( y, x) ∈ g e f (x) = y, pois f e´ injetiva. Sendo assim g(f (x)) = g(y) = x para todo x ∈ X . C.Q.D.. Se f : X
Tomando agora um y
⇐
( ) Se g : Y
→ X e´ uma fun¸c˜ao, ent˜ao existe uma fun¸c˜ao f : X → Y , onde ( x, y) ∈ f .
Supondo por absurdo que f n˜ao seja injetora, ent˜ao existe um x e um x pertencentes a X tal que ( x, y) f e (x , y) f logo, g(f (x ) = g(y) = x. Mas, como por hip´otese g(f (x)) = x e x = x temos ent˜ao um absurdo. Logo f ´e injetora. C.Q.D.
∈
∈
→ Y ´e sobrejetiva se, e somente se, existe uma fun¸ca˜o h : Y ⇒ X ∈Y.
3. Prove que a fun¸c˜ao f : X tal que f (h(y)) = y para todo y Solu¸ c˜ ao: ( )
⇒
Se f : X
→ Y e uma fun¸c˜ao ent˜ao existe uma fun¸c˜ao h : Y → X . ∈ ∈
Dado tamb´ em um x X existe um y Y de modo que o par ( x, y) fun¸ca˜o de X e Y ent˜ ao f (h(y)) = f ((y, x)) = f (x) = y. C.Q.D.
⇐
∈ f . E como h e´ uma
( ) Se existe uma fun¸c˜ ao h : Y
→ X ent˜ao existe uma fun¸c˜ao f : X → Y . ∈
Tomando por absurdo que f n˜ao seja sobrejetora, ent˜ao existe um y Y onde nenhum x resulte em ( x, y) h. O que ´e um absurdo, pois por hip´otese f (h(y)) = y para todo y Y .
∈
→
→
∈
∈X
4. Dada a fun ¸c˜ao f : X Y , suponha que g, h : Y X s˜ao fun¸c˜oes tais que g(f (x)) = x para todo x X e f (h(y)) = y para todo y Y . Prove que g = h.
∈
∈
Solu¸ c˜ ao: Para todo y
∈Y
temos h(y) = x 23
(1)
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Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
Por hip´otese g(f (x)) = x
(2)
o que implica em g(f (h(y))) = h(y) (3) Como f : X
→ Y de (2) podemos concluir que existe um
y
∈ Y tal que
g(y ) = x de modo que por (1) e (4) podemos dizer que
(4)
h(y) = g(y ) (5)
• Prova de que
y=y .
Supondo por absurdo que y = y , ent˜ao atrav´ es da igualdade imediatamente acima conclu´ımos que f (x) = y. Ou seja, existe ent˜ao um y Y tal que nenhum x X implique em g (f (x)) = x. O que contraria o enunciad o do problema. Portanto, y = y e assim (por meio da equa¸ c˜ao 5) temos que g = h. C.Q.D.
∈
∈
→
∈
5. Defina uma fun ¸c˜ao sobrejetiva f : N ao f (x) = n N tal que, para todo n N, a equa¸c˜ possui uma infinidade de ra´ızes x N. (Sugest˜ ao: todo n´umero natural se escreve, de modo u ´ nico sob a forma 2 a b, onde a, b N e b e´ ´ımpar.)
·
∈ ∈
Solu¸ c˜ ao: A fun¸ca˜o pedida ´e f : N
→ N com f (n) = a sendo n = 2a · b com b inteiro e ´ımpar.
• Prova de que a fun¸c˜ao ´e sobrejetora.
Isso ´e evidente, pois como a e´ qualquer, ent˜ao f e´ sobrejetora.
• Prova de que a fun¸c˜ao possui infinitas ra´ızes. Se f (n) = a ent˜ ao f (20 · b) = 0 para todo valor de b. Assim, f possui infinitas ra´ızes. f (20 1) = 0 f (20 3) = 0 f (20 5) = 0 .. .
· · ·
6. Prove, por indu ¸ca˜o, que se X ´e um conjunto finito com n elementos ent˜ao existem n! bije¸co˜es f : X X.
→
Solu¸ c˜ ao: 24
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(Base da indu¸c˜ ao) Para n = 1 ent˜ao X ´e um conjunto unit´ario e, portanto, s´o pode ter uma bije¸c˜ao (n! = 1). Provando a base da indu¸c˜ao. (Passo indutivo) Seja X um conjunto com n = k + 1 elementos ent˜ao a fun¸c˜ ao f ter´a k + 1 elementos no dom´ınio e no contradom´ınio. Dm
Cm a1
a1 a2
a2
.. .
.. .
ak+1
ak+1
Fixando o elemento a1 do Dm podemos relacion ´a-lo a qualquer elemento do Cm, sendo assim, temos k + 1 possibilidades para f (a1 ): f (a1 ) = a 1 , ou f (a1 ) = a 2 ,...,ou f (a1 ) = a k+1 . Feito ent˜ ao essa rela¸ca˜o (um elemento do Dm com um elemento do Cm), sobrar˜ao k elementos no Dm e no Cm a serem relacionados de modo a formarem uma bije¸ c˜ ao. Por hip´otese de indu¸c˜ao o numero de bije¸c˜ oes que podem ser feitos com esses k elementos ´e igual a k !.
·
Finalmente, aplicando o princ´ıpio fundamental da contagem teremos (k + 1) k! = (k +1)! de bije¸co˜es que podem ser constru´ıdas. Concluindo a prova da indu¸ca˜o.
7. Qual o erro da seguinte demonstra¸c˜ ao por indu¸c˜ao: Teorema: Todas as pessoas tˆem a mesma idade. Prova: Provaremos por indu¸c˜ao que se X ´e um conjunto de n (n 1) pessoas, ent˜ao todos os elementos de X tˆem a mesma idade. Se n = 1 a afirma¸c˜ao ´e evidentemente verdadeira pois se X ´e um conjunto formado por uma u ´ nica pessoa, todos os elementos de X tˆem a mesma idade.
≥
Suponhamos agora que a afirma¸c˜ao seja verdadeira para todos os conjuntos de n elementos. Consideremos um conjunto com n +1 pessoas, a1 , a2 , , an , an+1 . Ora, a1 , a2 , , an ´e um conjunto de n pessoas, logo a1 , a2 , , an tˆ em a mesma idade. Mas a2 , , an , an+1 tamb´em ´e um conjunto de n elementos, logo todos os seus elementos, em particular an e an+1 , tˆem a mesma idade. Mas de a 1 , a2 , , an tˆ em a mesma idade de a n e a n+1 tˆ em a mesma idade, todos os elementos de a1 , a2 , , an , an+1 tˆ em a mesma idade, conforme quer´ıamos demonstrar.
{
···
{
···
···
···
}
{ { ···
···
}
}
Solu¸ c˜ ao: O passo indutivo, no processo de prova por indu¸ c˜ao, ´e a demonstra¸ c˜ao da condi¸c˜ ao. P (n)
⇒ P (n + 1)
Entretanto, para n = 1 a implica¸c˜ ao ´e falha P (1)
⇒ P (2) 25
}
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{
pois, a indu¸c˜ao ´e feita sobre o conjunto a2 ,...,a era¸ca˜o desse fato que acarreta o erro na indu¸ c˜ao.
n+1
} o qual a 1 n˜ao pertence. E´ a desconsid-
8. Prove, por indu¸c˜ ao, que um conjunto com n elementos possui 2 n subconjuntos. Solu¸ c˜ ao1 : Provando para 1.
•Seja A um conjunto com 1 elemento (A = {a1}), ent˜ao P(A) = {∅, a1} ⇒= 21. • Provando para n = k + 1.
Precisamos provar que se B ´e um conjunto com n+1 elementos ent˜ao P(B) tˆem 2k+1 elementos. Se n(B) = k + 1 ent˜ao ele pode ser escrito como B=A
∪ {ak+1}
J´a que por hip´otese de indu¸c˜ ao n(A) = k. Assim, para cad a subcon junto S de A existem 2 subconjuntos de B: S e S ak+1 . Logo n(P(B)) = 2 o que implica em n(P(A)) = 2 2k = 2k+1 .
∪{
}
·
Obs: A nota¸c˜ao n(B) ´e usada para denotar o numero de elementos do conjunto B.
Dados n (npesado 2) objetos prove que ´e poss´ıvel determinar qual mais ´ esse leve9.e qual o mais fazendode2 pesos n 3 distintos, pesagens em uma balan¸ca de pratos. E o n´oumero m´ınimo de pesagens que permitem determinar o mais leve e o mais pesado?
≥
−
Solu¸ c˜ ao da primeira parte: Para n = 2 e´ obvio. Colocamos um objeto em cada prato da balan¸ca e observamos que com apenas uma (2 2 2 = 1) pesagem ´e poss´ıvel perceber qual o mais pesado e o mais leve.
· −
−
Se tivermos n = k+1 objetos ent˜ao podemos separar um deles em 2n 3 pesagens, descobrimos qual o mais pesado e qual o mais leve entre os k objetos restantes. Em seguida compa ramos o objeto que foi separado inicialmente com o objeto mais pesado dos k objetos j´a pesados. Agora temos duas possibilidades.
• O objeto separado inicialmente ´e mais pesado. 2(n
1
−
Nesse caso j´a ´e poss´ıvel distinguir o objeto mais leve e o mais pesado com apenas (2n 3)+1 = 1) pesagem. Contudo, como 2(n 1) < 2(n + 1) 3 ent˜ao fica provado a afirma¸c˜ ao.
−
−
−
• O objeto separado inicialmente ´e mais leve.
Solu¸ ca ˜o retirada das notas de aula da professora Anjolina Grisi de Oliveira da UFPE em 2007. Dispon´ıvel em: http://www.cin.ufpe.br/ if670/1-2007/apinducao.pdf
26
A Matem´atica do Ensino M´edio
Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
Nesse caso devemos realizar mais uma pesagem, pois o objeto separado pode ser o mais leve. Assim, nesse caso teremos realizado (2 n 3) + 2 = 2 n 1 pesagens.
−
−
−
−
Como 2n 1 = 2( n + 1) 3 ent˜ao fica novamente provado que 2n de pesagens para determinar o objeto mais leve e o mais pesado.
− 3 ´e um numero suficiente
Solu¸ c˜ ao da segunda parte N˜ao. Como vemos na prova do passo indutivo pode ocorrer de conseguirmos determinar o objeto mais leve e mais pesado com um numero maior de pesagens. Entretanto, 2 n 3 ´e o n◦ m´ınimo que garante o resultado para qualquer situa¸ca˜o.
−
10. Prove que, dado um conjunto com n elementos, ´e poss´ıvel fazer uma fila com seus subconjuntos de tal modo que cada subconjunto da fila pode ser obtido a partir do anterior pelo acr´ escimo ou pela supress˜ ao de um ´unico elemento. Solu¸ c˜ ao: Para n = 1 ´e obvio. Suponhamos ent˜ao um conjunto X com n elementos dispostos numa fila tal como ´e descrito como no enunciado. Tomamos agora um ( n + 1) elemento e o acrescentamos a fila, na ordem inversa, a cada subconjunto da fila anterior, come¸cando com o ´ultimo. Assim teremos uma fila com todos os elementos de X, dispostos como descritos no enunciado.
11. Todos os quartos do Hotel Georg Can tor est˜ao ocupados, quando chegam os trens T 1 , T2 , ..., T n , ... (em quantidade infinita), cada um deles com infinitos passageiros. Que deve fazer o gerente para hospedar todos? Solu¸ c˜ ao2 : No hotel, cujos quartos s˜ao Q1 , Q2 ,...,Q n , ..., passe o h´ospede do quarto Qn para o quarto Q2n−1 . Assim, todo s os qua rtos de n´umero par ficar˜ao vazios e os de numero ´ımpar, ocupados. Em seguida, numere os trˆes assim, T1 , T3 , T5 , T7 ,... Os passageiros do trem Ti ser˜ao pi1 , pi2 , pi3 ,...,p ik , ..., de modo que pik e´ o k-´esimo passageiro de Ti . Finalmente, comp lete a lota¸ca˜o do hotel alojando o passageiro pik no quarto de n´umero 2 k i. Como todo n´umero par se escreve, de modo ´unico, sob a forma 2 k i com k N e´ impar, haver´a um hospede apenas em cada quarto.
·
∈
·
Se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para
[email protected] para que possa ser feito a devida corre¸ c˜ ao.
Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com 2 Solu¸ ca ˜o retirada da p´agina do professor Luciano Monteiro (http://www.cerescaico.ufrn.br/matematica/arquivos/capmem/cardinais.pdf)
27
de
Castro
da
UFRN
A Matem´atica do Ensino M´edio
Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
´ ´ A MATEMATICA DO ENSINO M EDIO A matem´atica do Ensino m´edio (volume 1) Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho. Eduardo Wagner. Augusto C´esar Morgado. Resolvido por: Diego Oliveira.
4
N´ umeros Reais
1. Dados os int ervalos A = [ pertence a ((A B) (C D)) E.
− − ∩ −
−1, 3), B = [1,4], C = [2,3), D = (1,2] e E = (0,2] dizer se 0
Solu¸ c˜ ao Observe os segmentos:
−1
3 1
4
Assim A B = [ 1,1). Do mes mo modo se conclui que C D = (1, 2]. Ent˜ao (A B) (C D) ´e o pr´ oprio A B como se mostra na figura a seguir:
∩
−
−1
−
1 1
∩
2
− −
Por fim temos (A B) E
−1 Como 0
1 0
2
∈ A −B e 0 ∈/ E ∴ 0 ∈ ((A−B)−(C∩D))−E.
2. Verifique se cada passo na solu¸c˜ao das inequa¸c˜oes abaixo esta correto: 5x + 3 >2 2x + 1 2x2 + x <2 x2 + 1
⇒ ⇒
5x + 3 > 4x + 2
⇒
2x2 + x < 2x2 + 2
x>
⇒
−1
x<2
28
− −
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Solu¸ c˜ ao O processo para resolver inequa¸co˜es fracion´arias ´e o seguinte: 5x + 3 >2 2x + 1 5x + 3
− 2(2x + 1) > 2
2x + 1 x+1 >0 2x + 1 Resolvendo o numerador teremos: x + 1 > 0
⇒ x > −1. ⇒ x > −0.5.
Resolvendo o denominador teremos: 2x + 1 > 0 1
− −
0.5 + x+1 + 2x + 1 + 2xx+1 +1
+
− −
+
−
−
Chegando a conclus˜ao de que x > 0.5 ou x < 1. O que confi rma a suspe ita de que as implica¸c˜oes da letra a est˜ao erradas. Isso porque ela assu me que 2 x + 1 seja sempre maior que zero para todo valor de x R. A segunda implica¸c˜ao no entanto e´ verdadeira uma vez que x 2 + 1 ´e de fato maior que zero para todo x R.
∈
3. Seja a,b,c,d > 0 tais que
∈
a c < . Mostre que b d a a+c c < < b b+d d
Solu¸ c˜ ao ad < bc ad + ab < bc + ab a(d + b) < b(c + a) a c+a < b d+b ad < bc ad + cd < bc + cd 29
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d(a + c) < c(b + d) a+c c < b+d d Das duas desigualdades anteriores e do fato de que
a c < resulta que: b d
a c+a c < < b d+b d Uma pergunta que pode surgir ´e: Como se soube que devia se somar ab na primeira desigualdade ou cd na segunda? A resposta para isso ´e bem simples. Como j´a sabemos o resultado fica f´acil. Por exemplo, queremos provar que: a c+a c < < b d+b d Do lado esquerdo temos: a c+a < b d+b Onde podemos proceder do seguinte modo: a(d + b) < (c + a)b ad + ab < bc + ab Assim percebemos que para provar o lado esquerdo precisamos somar ab em ambos os lados.
4. Qual ´e a aproxima¸ c˜ ao da raiz c´ubica de 3 com precis˜ao de uma casa decimal. Solu¸ c˜ ao Como a precis˜ao ´e de uma unica ´ casa decimal a forma mais simples de se resolver o problema ´e por inspe¸ c˜ao, que nesse caso ´e 1,4. Outro m´etodo ´e por meio da formula de Newton (p´ ag. 163).
5. Ao terminar um problema envolvendo radicais, os alunos s˜ao instados a racionalizar o denominador do resultado. Por que? Solu¸ c˜ ao Segundo o BLOG MANTHANO o costume de racionalizar os denominadores das fra¸ c˜oes remonta a ´epoca em que n˜ao existia calculadoras, ou seja, era uma quest˜ ao operacional; que 1 2 facilitava os c´alculos manuais. Considerando a fra¸c˜ao e sua forma j´a racionalizada 2 2
√
30
√
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´e muito mais simples por meio desta ultima encontrar uma representa¸c˜ ao decimal para estas 1.4142 1 quantidades. Isso porque ´e muito mais f´acil realizar a divis˜ao do que . 2 1.4142 Para mais detalhes consulte o link: http://manthanos.blogspot.com.br/2011/03/porque-racionalizar-odenominador.html
0, 1 . Existe um numero em comum entre todos n estes intervalos? E se forem tomados intervalos aberto? 6. Considere todos os intervalos da forma
Solu¸ c˜ ao O zero pertence a todos os intervalos. No entanto se considerarmos os intervalos abertos e 1 1 0, com k > n, tem se que n / 0, . Logo n˜ao existe um n comum a k n todos esses intervalos. tomarmos n
∈
∈
7. Considere um numero raci onal m/n, onde m e n s˜ao primos entre si. Sob que condi¸c˜oes este numero admite uma representa¸c˜ao decimal finita ? Quando a represe nta¸c˜ao ´e uma dizima peri´odica simples? Solu¸ c˜ ao Nesse caso aplica-se as seguintes regras:
• Se n e´ uma potencia de 10 ent˜ao m/n admite uma representa¸c˜ao decimal finita. • Se n no entanto for primo com 10 ent˜ao m/n admite uma representa¸ca˜o por meio de uma dizima peri´odica simples.
8. O numero 0 , 123456789101112131415... e´ racional ou irracional? Solu¸ c˜ ao Como a sequencia de n´umeros depois da virgula n˜ao ´e peri´ odica o numero ´e irracional.
9. Utilize a interpreta¸ca˜o geom´etrica de modulo para resolver as equa¸ c˜oes e inequa¸co˜es abaixo:
| − | | |
a) x 1 = 4 b) x + 1 < 2 31
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| − 1| < |x − 5| | − 2 | + |x + 4 | = 8 | − 2| + |x + 4| = 1
c) x d) x e) x
Solu¸ c˜ ao
| − | | − | ⇒ − 1 = 4 ou 1 − x = 4 ent˜ao x = 5 ou x = 3. a) x 1 = 4 x 1 =4 x b) x + 1 < 2 x+1 <2
| | | | ⇔ −2 < x + 1 < 2 ⇒ −3 < x < 1 c) |x − 1| < |x − 5| |x − 1| < |x − 5| · 1 |x − 1| < 1 |x − 5| x−1 x−1 < 1 ⇔ −1 < <1 x−5 x−5
Para resolver a primeira inequa¸c˜ao faremos o seguinte:
−1 < xx −− 15 x x x x x
− 1 > −1 −5
−1 + x +5 >0 −5 x+5
− 1 + (x + 5) > 0 x−5 2x + 6 >0 x 5
−
Cuja desigualdade ocorre para x > 5 e x < 3. J´a a segunda inequa¸c˜ ao faremos assim: x x
−1 <1 −5 32
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− · xx −− 15 < 1 · (−1)
( 1)
1 x
− x > −1 −5
−x +x −5 >0 x−5 x−5 1 − x + (x − 5) >0 x−5 1
1
−x+x−5 >0 x−5 −4 > 0 −5
x
Cuja solu¸c˜ao ocorre somente para x < 5 (basta olhar pro denomin ador). Assim fazendo a intercess˜ ao entre as solu¸c˜ oes encontramos como solu¸ca˜o a condi¸c˜ao de que x < 3. d) Nesse caso procedemos da seguinte forma:
|x − 2| + |x + 4| = x−(x − 2−+2)|x++|x4|+=4|8= 8
De cada equa¸c˜ ao acima ainda tem-se:
x
− 2 + |x + 4 | =
x x
−2+ x+4=2x+2=8 − 2 − (x + 4) = −6 = 8
e tamb´ em:
2
− x + |x + 4 | =
2 2
− x + x + 4 = 6 = 8 − x − x − 4 = −2x − 2 = 8
Dos dois ´ultimos sistemas percebemos que as ´unicas solu¸c˜oes poss´ıveis vˆ em de 2x + 2 = 8 x = 3 e de 2x 2 = 8 x = 5.
− −
⇒
−
De fato testando estes valores temos:
|(−5) − 2| + |(−5) + 4| = | − 7| + | − 1| = 8 |(3) − 2| + |(3) + 4 | = |1| + |7| = 8 33
⇒
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Assim a solu¸c˜ ao para a equa¸c˜ao seria: x =
−5 e x = 3.
e) Procedendo da mesma forma que na quest˜ ao anterior chega-se a conclus˜ao de que esta equa¸c˜ao n˜ao tem solu¸c˜ao.
10. Sejam a e b n´ umeros reais n˜ao negativos. Mostre que: a+b 2
2
2 2 < a +b 2
Interprete geometricamente esta desigualdade. Solu¸ c˜ ao
a2 + b2 2
−
2
a+b 2
=
a2 + b2 2
2
−a
+ 2ab + b2 a2 = 4
− 2ab + b2 = 4
− a
b
2
2
0.
Portanto a2 + b 2 2
a+b 2
2
11. Sabendo que os n´umeros reais x, y satisfazem as desigualdades 1, 4587 < x < 1, 4588 e 0, 1134 < y < 0, 1135, tˆem-se os valores exatos de x e y at´e mil´esimos. Que grau de precis˜ao, a partir da´ı, podemos ter para o valor xy? Determine esse valor aproximado. Como proceder´ıamos para obter um valor aproximado de x/y? Qual o grau de precis˜ ao encontrado no caso do quociente? Solu¸ c˜ ao Tendo 1, 4587 < x < 1, 4588 e 0 , 1134 < y < 0, 1135 multiplicando termo a termo temos: 0.16541 < xy < 0.16557. Perceba que dentro deste intervalo po demos determinar com certeza que xy = 0.165 com erro inferior a um d´ecimo de mil´esimo. x x De forma parecida chegamos que 12.851 < < 12.864 onde determinamos que = 12.8 com y y erro inferior a um cent´ esimo.
Se alguma passagem ficou ou ser se algum foi corre¸ cometido
[email protected] paraobscura que possa feito a erro devida c˜ao.por favor escreva para Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com
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Fun¸co ˜es Afins
1. Quando dobra o percusso em uma corrid a de t´axi, o custo da nova corrida e´ igual ao dobro, maior que o dobro ou menor que o dobro da corrida srcinal? Solu¸ c˜ ao: Seja x o valor da bandeirada e y o valor por Km percorrido ent˜ ao o custo (C) ser´a: C = x + ky; Onde k ´e uma constante. Se dobr´assemos o percusso ent˜ao o custo seria: C = x + 2ky Se no entanto dobr´assemos o custo: 2C = 2(x+2ky) = 2x + 4ky Como 2x + 4ky > x + 2ky ent˜ao conclui-se que ´e menor que o dobro.
2. A escala da figura abaixo ´e linear. Calcule o valor correspondente ao ponto assinalado. 17
59
Solu¸ c˜ ao: Graduamos a reta do seguinte modo: x
17 0
1
2
3
59 45678
Agora fazemos:
35
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59 8 Onde se conclui que x = 41.
− 17 = x − 17 −0 3−0
3. A escala N de temper atura foi feita com base nas temper aturas m´aximas e minimas em Nova Igua¸cu. A correspondˆencia com a escala Celsius ´e a seguinte: N 0 100
C 18 43
Em que temperatura ferve a ´agua na escala N? Solu¸ c˜ ao: C
N
100
x
43
100
18
0
De acordo com o diagrama acima devemos fazer:
− −
− −
43 18 100 43 = 100 0 x 100 Onde se conclui que x = 328 ◦ .
4. Uma caixa d’´agua de 1000 l tem um furo por onde escoa ´agua a uma vaz˜ao constante. Ao meio dia ela foi cheia e as 6 da tarde do mesmo dia ela tinha apenas 850 l. Quando ficar´a pela metade? Solu¸ c˜ ao: Vamos pensar do seguinte modo. As zero horas a caixa possu´ıa 1000 litros. Seis horas depois possu´ıa 850. Esta situa¸ca˜o pode ser entendida pelo gr´afico abaixo.
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1000L θ1 850L
θ2 0h
6h
xh
O ponto onde a reta vertical intercepta o eixo x ´e a quantidade de horas que a caixa leva para ficar vazia. Como a inclina¸c˜ao de uma reta ´e constante em qualquer ponto θ 1 = θ 2 de modo que suas tangentes tamb´ em s˜ ao iguais assim:
− −
− −
1000 850 1000 0 = 6 0 x 0 Onde se conclui que a caixa ficar´a vazia apos 40h (x = 40). E como a vaz˜ao ´e constante ficar´ a pela metade ap´os 20h (40h/2) do inicio da vas˜ao.
5. Um garoto brinca de fazer quadrados com palitos como na figura. Se ele fizer n quadrados quantos palitos usar´a?
Solu¸ c˜ ao: 1 quadrado = 4 palitos ou 4 + (1 2 quadrado = 7 palitos ou 4 + (2 3 quadrado = 10 palitos ou 4 + (3 .. . n quadrado = 4 + ( n
− 1)3
− 1)3 − 1)3 − 1)3
Ou seja n quadrados levariam 4 + (n seguir
− 1)3 palitos, o que pode ser expresso pela f´ormula a n = 3n + 1
37
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6. Admita que 3 oper ´arios, trabalhando 8 horas por dia, construam um muro de 36 metros em 5 dias.
a) Quantos dias s˜ao necess´arios para que uma equipe de 5 oper´arios, trabalhando 6 horas por dia, construam um muro de 15 metros? b) Que hip´oteses foram implicitamente utilizadas na solu¸ca˜o do item anterior. c) Dentro dessa mesma hip´otese, exprima o numero D de dias necess´arios `a constru¸c˜ao de um muro em fun¸ c˜ ao do numero N de oper´ arios, do comprimento C do muro e do numero H de horas trabalhadas por dia. Solu¸ c˜ ao a: a) O problema em quest˜ao ´e um problema de regra de trˆes composta. 5 6 36 5 = 3 8 15 x
· ·
Que implica em x =
5 que ´e aproximadamente 1d e 16h. 3
Solu¸ c˜ ao b: b) O tempo e o numero de oper´ arios ´e inversamente proporcional ao tempo. Enquanto a quantidade de metros constru´ ıda ´e diretamente proporcional aos dias. Solu¸ c˜ ao c: c) Usando a ideia de resolu¸c˜ ao da regra de trˆ es composta chega-se a conclus˜ ao de que: D=
10 C 3 NH
·
7. As leis da f´ısica, muitas vezes, descrevem rela¸c˜oes de proporcionalidade direta ou inversa entre grandezas. Para cada uma das leis abaixo, escreva a express˜ao matem´atica correspondente.
a) (Lei da gravita¸ca˜o Universal). Mat´eria atrai mat´eria na raz˜ ao direta das massas e na raz˜ao inversa do quadrado da distˆancia. b) (Gases perfeitos). A press˜ao exercida por uma determinada massa de g´ as ´e diretamente proporcional a temperatura absoluta e inversamente proporcional ao volume ocupado pelo g´as. c) (Resistˆencia el´ etrica). A resistˆ encia de um fio condutor ´e diretamente proporcional ao seu seu comprimento e inversamente proporcional ` a ´area de sua se¸c˜ao reta. d) (Dilata¸c˜ao t´ermica). A dilata¸c˜ao t´ermica sofrida por uma barra ´e diretamente proporcional ao comprimento da barra e `a varia¸ca˜o de temperatura.
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Solu¸ c˜ ao: m1 m2 d2 b) pv = ct l c) r = k s d) ∆l = k l ∆t a) F = k
8. As grandezas X e Y s˜ao inversamente proporcionais. Se X sofre um acr´ escimo de 25% qual o decr´escimo percentual sofrido por Y? Solu¸ c˜ ao: Suponhamos que Y =
1 k se X for acrecido de 25% teremos: X Y=
1 k X + 14 X
Simplificando Y= Ou seja Y sofre uma redu¸ c˜ ao de regra de trˆes.
4 5,
4 k 5 X
·
para determinar a porcentagem desta redu¸ c˜ao usamos Y = 100% 4 Y = X% 5
Que implica em X = 80%.
9. Os termos a 1 , a2 ,...,a
n
de uma PA s˜ao os valores f(1), f(2),...,f(n) de uma fun¸ c˜ao afim.
a) Mostre que cada a i e´ igual `a ´area de um trap´ezio delimitado pelo gr´ afico de f, pelo eixo OX e pelas retas verticais de equa¸ c˜ oes. 1 1 x=i ex=i+ 2 2 b) Mostre que a soma S = a 1 + . . . + an e´ igual a a´rea do trap´ ezio delimitado pelo gr´ afico de f, pelo eixo OX e pelas retas verticais x = 12 e x = n + 12 . a1 + an c) Conclua que S = n. 2
−
Solu¸ c˜ ao a A fun¸ca˜o a ser considerada aqui ´e: f(i) = a 1 + (i - 1)r pois a 1 ,..., a n s˜ ao termos de uma PA. 39
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A ´area do trap´ezio ´e o produto entre altura e base m´edia. Pelo gr´afico verificamos que a altura ´e igual a 1.
h
i
− 2i
h=i+
i+
1 2
− i − 12
i 2
=1
J´a a base m´edia ´e igual a an .
i
Base media =
f (i
− 2i
i+
i 2
− 1/2) + f (i + 1/2) = a1 + (n − 1)r. 2
Assim fazendo a base m´edia vezes a altura chega-se a an .
·
1 an = an
Solu¸ c˜ ao b Seguindo a mesma l´ogica anterior se conclui que S = a1 + . . . + an , como ´e demonstrado na letra c.
40
a1 + an n que ´e o resultado da soma 2
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Solu¸ c˜ ao c Esta dedu¸ca˜o se encontra em TODO LIVRO de matem´atica do ensino m´edio que se prop˜ oem a trabalhar com progress˜oes de modo que n˜ao ser´a feita aqui.
10. Pessoas apresada podem diminuir o tempo gasto em uma escada rolante subindo alguns degraus da escada no percusso. Para uma certa esca da, observa-se que uma pessoa gasta 30 segundos na escada quando sobe 5 degraus e 20 segundos quando sobe 10 degraus. Quantos s˜ ao os degraus da escada e qual o tempo normalmente gasto no percusso. Solu¸ c˜ ao Seja d o numero total de degraus ent˜ao: (d (d
− 5)t = 30s − 10)t =20s
Onde se conclui que: d = 20 Ou seja existem 20 degraus na escada. Substituindo este valor em: ((20)
− 5)t = 30s
Chegamos a t = 2. Isto ´e, a escada leva 2 segundos para deslo car cada deg rau. Como existem 40 degraus na escada ent˜ao ser˜ao necess´ario 40 segundos para subi-la ou desce-la sem se movimentar.
11. Augusto certo dia, fez compras em 5 lojas. Em cada loja, gastou metade do que tinha e pagou na sa´ıda 2 R$ de estacionamento. Se ap´os toda essa atividade ainda ficou com R$ 20,00 que quantia ele tinha inicialmente? Solu¸ c˜ ao Como ele gasta sempre metade do que tˆem ent˜ ao: D D D D D 31 + + + + = D 2 4 8 16 32 32 Assim: 31 D + 22 = D 32 Que resulta em D = 704 R$.
41
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12. Seguindo as ideias de E.W., construa uma r´egua para medir n´umeros de sapatos. Solu¸ c˜ ao A cargo do leitor.
13. Estuda-se a implementa¸ca˜o da chamada f´ormula 95. Por essa f´ormula os trabalhadores teriam direito `a aposentadoria quando a soma de suas idades e tempo de servi¸ co chegasse a 95. Adotando essa f´ormula, quem come¸casse a trabalhar com 25 anos, com que idade se aposentaria? Solu¸ c˜ ao A equa¸c˜ao ´e a seguinte: Idade + Tempo de servi¸co = 95. No entanto para cada ano de servi¸co ´e somado um ano a idade atual, portanto: Idade = Idade atual + Tempo de servi¸co. Portanto:
·
Idade atual + 2 Tempo de servi¸co = 95 se a idade atual do individuo ´e de 25 anos ent˜ ao: Tempo de servi¸co = 35.
14. Em uma escola h´a duas provas mensais, a primeira com peso 2 e a segunda com peso 3. Se o aluno n˜ao alcan¸car m´ edia 7 nessas provas, far´a prova final. Sua m´edia final ser´ a ent˜ao a m´edia entre a nota da prova final, com peso 2 e a media das provas mensais, com peso 3. Jo˜ao obteve 4 e 6 mas provas mensais. Se a media final para aprova¸ c˜ao ´e 5, quanto ele precisa obter na prova final para ser aprovado? Solu¸ c˜ ao A m´edia antes da prova ´e: 4(2) + 6(3) = 5, 2 5 Assim a nota que ele precisa tirar ´e: 5.2(3) + 2n 5 n
≥5
≥ 47 42
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15. Arnaldo da a Beatriz tantos reais quanto Beatriz possui e da a Carlos tantos reais quanto Carlos possui. Em seguida, Beatr iz d´a a Arnaldo e a Carlos tantos reais quanto cada um possui. Finalmente, Carlos faz o mesmo. Terminam todos com 16,00 R$ cada. Quanto cada um possu´ıa no inicio? Solu¸ c˜ ao Suponha que de inicio Bia tenha x reais, Carlos y reais e Arnaldo z reais. Arnaldo da a Beatriz tantos reais quanto Beatriz possui e da a Carlos tantos reais quanto Carlos possui. Bia = 2 x Carlos = 2 y Arnaldo = z
− (x + y)
Em seguida, Beatriz d´a a Arnaldo e a Carlos tantos reais quanto cada um possui.
− −z − 2x − 2y
Bia = 3 x y Carlos = 4 y Arnaldo = 2 z
Finalmente, Carlos faz o mesmo.
− − − − − − − − − − − − − − − − − − −
Bia = (3 x y z) + (3x y z) = 6x 2y 2z Carlos = 4 y [(3x y z) + (2z 2x 2y)] = 4 y (x 3y + z) = 7y Arnaldo = (2 z 2x 2y) + (2z 2x 2y) = 4z 4x 4y
−x−z
Terminam todos com 16,00 R$ cada.
− − − − − −
Bia = 6 x 2y 2z = 16 Carlos = 7 y x z = 16 Arnaldo = 4 z 4x 4y = 16 Resolvendo o sistema de equa¸c˜ oes chega-se `a: x = 14, y = 8 e z = 26. Assim Bia tinha 14 reais, Carlos possu´ıa 8 reais e Arnaldo 26 reais.
16. Um carro sai de A para B e outro de B para A, simultaneamente, em linha reta, com velocidade constante e se cruzam em um ponto situado a 720m do ponto de partida mais pr´oximo. Completada a viagem, cada um deles para por 10 min e regressa, com a mesma velocidade de ida. Na volta, cruzam-se em um ponto situado a 40m do outro ponto de partida. Qual a distˆ ancia de A at´e B. Solu¸ c˜ ao3 : Seja va a velocidade do carro que sai de A e vb a velocidade do carro que sai de B ent˜ ao, suponha que ap´os um tempo t de viagem eles se encontram a 720m de A. 3
Solu¸ ca ˜o retirada da p´ agina da UFPR. Dispon´ ıvel em: http://www.mat.ufpr.br/ensinomedio/paginas/solucao.html
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Nesse caso podemos dizer que va t = 720 e, chamando de d a distˆancia entre A e B, temos vb t = d 720.
−
Fazendo a raz˜ao entre as igualdades: va t 720 = vb t d 720
−
va 720 = v d 720 b
−
Seja t o tempo decorrido desde o in´ıcio do percurso at´e o segundo encontro dos carros. Levando em conta os 10 minutos em que cada carro esteve parado, temos: va (t
− 10) = d + 400
e vb (t
− 10) = 2 d − 400
Dividindo membro a membro estas duas igualdades resulta
va d + 400 = . vb 2d 400
−
720 d + 400 Comparando, obtemos = . Segue-se imediatamente que d = 1760. d 720 2d 400
−
−
17. Em uma ferrovia, as esta¸c˜oes A e B distam entre si 3 km e a cada 3 min parte um trem de cada uma delas em dire¸c˜ ao `a outra. Um pedestre parte de A para B, no exato momento em que um trem parte de A para B e outro chega a A vindo de B. Ele chega a B no exato momento em que um trem parte de B para A e outro trem chega a B vindo de A. Em seu caminho, o pedestre encontrou 17 trens que iam no mesmo sentido que ele e com 23 trens que iam no sentido oposto ao seu, a´ı inclu´ıdos os 4 trens j´a citados anteriormente. As velocidades dos trens s˜ao iguais. Calcule as velocidades dos trens e do pedestre. Solu¸ c˜ ao4 Seja t minutos o tempo gasto pelo pedestre para ir de A a B. At´e chegar a B, ele foi ultrapassado por 16 trens (contando com o ultimo, que chegou junto com ele). Este ultimo trem saiu de A 16 3 = 48 minutos apos o pedestre, logo levou t 48 minutos para ir de A a B. Seja v a velocidade do pedestre e w a dos trens. Ent˜ao w(t 48) = vt = 3km.
×
−
−
Por outro lado, o primeiro trem que cruzou com o pedestre (na dire¸ c˜ ao contr´aria) saiu de B 22 3 = 66 minutos antes do trem que estava saindo de B no momento em que chegava o pedestre. Logo, o tempo que aquele primeiro trem gastou para ir de B at´e A foi 66 t minutos. (Saiu h´a 66 minutos mas j´a chegou h´a t minutos.) Ent˜ao w(66 t) = vt = 3km.
×
−
−
Assim, t 48 = 66 t, donde t = 57 minutos e t 48 = 9 minutos. Como w(t 48) = 3 k, segue-se que w = 1Km/3min = 20km/h. A velocidade dos trens ´e, portanto, 20km por hora. A velocidade do pedestre ´e v = 3/t = 3/57km por minuto, ou seja 180/57 km/h = 60/19 Km/h.
−
4
−
−
−
Solu¸ ca ˜o retirada da p´agina da UFPR: http://www.mat.ufpr.br/ensinomedio/paginas/solucao.html
44
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18. Dado o gr´afico abaixo, obtenha, em cada caso, o gr´afico da fun¸c˜ ao g tal que: y
f
x O
a) g(x)=f(x)-1 b) g(x)=f(x-1) c) g(x)=f(-x) d) g(x)=2(f(x)) e) g(x)=f(2x)
|
|
f) g(x)= f (x)
||
g) g(x)=f( x )
{
}
h) g(x)=max f (x), 0
Solu¸ c˜ ao
a) O gr´afico ´e deslocado uma unidade para baixo. b) O gr´afico ´e deslocado uma unidade a direita. c) A imagem do gr´afico ´e refletida em torno do eixo y.
−
d) Duas semi retas com srcem no ponto (1 outra (2,0) (UFPR).
, 2). Uma passa pelo pon to (0,2) e a
e) Duas semi retas com srcem no ponto (0 outra (1,0) (UFPR).
.5, 1). Uma passa pelo pont o (0,1) e a
−
f) A parte da fun¸c˜ao abaixo do eixo x ´e refletida para cima formando um W. g) A parte do gr´afico que tem x > 0 mais a reflex˜ao dessa mesma parte em torno do eixo Y (UFPR). h) O gr´afico de f , com a parte que tem y < 0 substitu´ıda pelo intervalo [0.5, 2] do eixo X (UFPR).
45
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19. Determine os valores reais de x que satisfazem:
− (x − 1) < x + 1 − (x − 1) < x + 5 c) min {x + 1; 5 − x} > 2x − 3 a) 2x + 3
b) 2x + 3
d) min x + 1; 5
x < 2x
e) min {2x − 1; 6−− x}} = x f) 2|x + 1| − |1 − x| ≤ x + 2 g) (2 x + 3)(1 − x) = (2 x + 3)(x − 2) h) |x + 1 − |x − 1|| ≤ 2x − 1 Solu¸ c˜ ao:
a) 2x + 3
− (x − 1) < x + 1 2x + 3
−x+1< x+1
x+4< x+1 4<1 Como a condi¸ca˜o n˜ao ´e verdadeira para nenhum x ent˜ ao a inequa¸ca˜o n˜ao tˆem solu¸ c˜ao. b) 2x + 3
− (x − 1) < x + 5 2x + 3
−x+1< x+5
x+4< x+5 4<5 Ou seja, a inequa¸c˜ ao se satisfaz para qualquer valor de x.
{
c) min x + 1; 5
− x} > 2x − 3 min x + 1; 5 x + 1 > 2x
− x} > 2x − 3 −3⇒x<4 8 5 − x > 2x − 3 ⇒ x < 3 {
46
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Como
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8 8 < 4 ent˜ao a solu¸c˜ ao ser´a x < . 3 3
{
d) min x + 1; 5
− x} < 2x
An´ alogo ao anterior.
{ − 1; 6 − x} = x
e) min 2x
x = 1 ou x = 3
|
f) 2 x + 1
| − |1 − x| ≤ x + 2 |
2 x+1
−
+ 1) − |1 − x| ≤ x + 2 | − |1 − x| ≤ x + 2 = 2(x −2(x + 1) − |1 − x| ≤ x + 2
2(x + 1)
− |1 − x| ≤ x + 2 =
−
≤ x + 2 (1) − ≤ x + 2 (2)
2(x + 1) 1 + x 2(x + 1) + 1 x
+ 1) − 1 + x ≤ x + 2 (3) −2(x + 1) − |1 − x| ≤ x + 2 = −2(x 2(x + 1) + 1 − x ≤ x + 2 (4) De (1) tˆem-se:
−1+x ≤ x+2 3x + 1 ≤ x + 2 2x + 2
2x
≤ 1 ⇒ x ≤ 12
A inequa¸c˜ao (2) n˜ao tˆem solu¸ c˜ao. A inequa¸c˜ao (3) tˆem solu¸ ca˜o para todo valor de x A inequa¸c˜ao (4) tˆem solu¸ ca˜o apenas para x Assim a solu¸c˜ao da inequa¸c˜ao ser´a: x
g) x =
≥ − 34 .
∈ − 34 , 12
± 32 47
≥ − 52 .
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h) An´alogo aos anteriores.
20. Resolva a inequa¸c˜ao. 1 1 < 2x + 1 1 x
−
Solu¸ c˜ ao:
1 1 <0 2x + 1 1 x
−
− − −
(1 x) (2x + 1) <0 (1 x)(2x + 1) <0 − −2x2 3x +x+1 Ou seja, resolver a inequa¸c˜ ao inicial ´e o equivalente a resolver: 3x
−2x2 + x + 1 > 0 Cuja solu¸c˜ao ocorre para x
∈ ( −∞, −0.5) ∪ [0, 1).
21. Determine a imagem da fun¸c˜ao f : R
→ R tal que f(x) = max {x − 1, 10 − 2x}.
Solu¸ c˜ ao: A imagem ´e o intervalo da fun¸ca˜o.
∞ 8 , 3
. Para visualizar essa imagem ´e necess´ ario esbo¸car o gr´afico
22. Fa¸ca os gr´aficos de:
{ − x; x + 1} | − |x − 1 |
a) f (x) = min 4
|
b) f (x) = x + 1
48
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Solu¸ c˜ ao5 : a) O angulo reto com v´ertice no ponto (3/2, 5/2) e lados passando pelos pontos ( (4, 0).
{ −
≤−} − −
{
−1, 0) e
≥ }
b)As semi-retas horizontais S = (x, 2); x 1 e S = (x, 2); x 1 , juntamente com o segmento de reta que liga os pontos A = ( 1, 2) a B = (1, 2), os quais s˜ao as srcens dessas semi-retas.
23. Identifique o conjunto dos pontos (x,y) tais que:
|x| + |y| = 1 |x − y | = 1 Solu¸ c˜ ao:
{(1, 0); (0, 1);( −1, 0);(0 , −1)} ⇒ − − −
a) (x,y) =
| − |
b) x y = 1 x y = 1 ou y x = 1. Nesse caso a solu¸c˜ao seria ambas as possibilidades, a saber: a reta y = x + 1 e y = x 1.
24. Um supermercado est´a fazendo uma promo¸ca˜o na venda de alcatra: um desconto de 10% ´epede-se: dado nas compras de trˆes quilos ou mais. Sabendo que o pre¸ co do quilo de alcatra ´e de R$ 4.00
a) O gr´afio do total pago em fun¸c˜ ao da quantidade comprada. b) O gr´afico do pre¸co m´edio por quilo em fun¸ ca˜o da quantidade comprada. c) A determina¸c˜ ao de quais consumidores poderiam ter comprado mais alcatra pelo mesmo pre¸co.
Solu¸ c˜ ao: a) f (x) = b)
f (x) = x
∈ ∞
∈
4 para x (0, 3) 3.6 para x [3, )
5
∈
4x para x (0, 3) 3.6x para x [3, )
∈ ∞
Solu¸ ca ˜o retirada da p´agina da UFPR: http://www.mat.ufpr.br/ensinomedio/paginas/solucao.html
49
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c) (Solu¸ c˜ ao retirada da p´ agina da UFPR 6 ) 4 Se 2.7 < x < 3 ent˜ao, pondo x = x, temos x > x e f (x ) = 3.6x (pois x > 3), portanto 3.6 f (x ) = 4x = f (x).
25. Um supermercado est´a fazendo uma promo¸ca˜o na venda de alcatra: um desconto de 10% ´e dado nos quilos que excederem a 3. Sabendo que o pre¸co do quilo de alcatra ´e de R$ 4.00 pede-se:
a) O gr´afico do total pago em fun¸c˜ao da quantidade comprada. b) O gr´afico do pre¸co m´edio por quilo em fun¸ ca˜o da quantidade comprada. c) A determina¸ca˜o de quantos quilos foram compradas por um consumidor que pagou R$.
Solu¸ c˜ ao: a) f (x) =
4x para x 12 + 3.6(x
A equa¸c˜ao 12 + 3 .6(x
∈ (0, 3] − 3) para x ∈ (3, ∞)
− 3) foi deduzida atrav´es da tabela a seguir: Quantidade 4 5 6 7
Valor 12+3.6 1 12+3.6 2 12+3.6 3 12+3.6 4
· · · ·
No entanto, perceba que o valor pode ser expresso em termos de quantidade de alcatra (seja l´a o que isso for), comprada. Quantidade 4 5 6 7 x
b) f (x) = x 6
4 para1.2 x (0, 3] 3.6 + para x x
∈
Valor 12+3.6 (4-3) 12+3.6 (5-3) 12+3.6 (6-3) 12+3.6 (7-3) 12+3.6 (x-3)
· · · · ·
∈ (3, ∞)
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c) O consumidor que pagou R$ 15,00 levou 3.83Kg. 12 + 3.6(x
− 3) = 15 ⇒ x = 3.83Kg
26. Os novos valores de IR-fonte: Base de c´ alculo At´eR$ 900 De R$ 900 a R$ 1800 Acima de R$ 1800
Al´ıquota Isento 15% 25%
Parcela a deduzir 0 R% 135% R% 315%
Baseado na tabela acima, construa o gr´afico do imposto a pagar em fun¸c˜ ao do rendimento. Solu¸ c˜ ao: Para resolver esta quest˜ao assumi as condi¸c˜oes do problema 27. Isto ´e: supondo que a renda liquida ´e calculada atrav´ es de uma express˜ ao da fora y = ax p, onde a seria a al´ıquota e p a parcela a se deduzir.
−
f (x) =
∈
0 para x [0, 900] 0.15x 135 para x 0.25x 315 para x
− −
∈ (900, 1800] ∈ (1800, ∞)
27. O impo sto de rend a y pago por uma pessoa que, em 1995, teve uma renda l´ıquida y calculado atrav´ es de uma express˜ ao da forma y = ax p, onde a al´ ıquota a e a parcela a deduzir p dependem da renda x e s˜ao dadas por uma tabela, parcialmente fornecida a seguir:
−
Renda (em R$) At´e8800 De 8800 a 17.160 De 17.160 a 158.450 Mais de 158.450
Al´ıquota ( a) 0% 15% 26% 35%
Parcela a Deduzir ( p) 0
(a) Complete a tabela, de modo que o imposto a pagar varie continuamente com a renda (isto ´e, n˜ ao haja saltos ao se passar de uma faixa de renda para outra). (b) Se uma pessoa est´a na terceira faixa e sua renda aumenta de R$ 5 000,00, qual ser´ a seu imposto adicional (supondo que este acr´ escimo n˜ao acarrete uma mudan¸ca de faixa)? (c) E comum encontrar pessoas que lamentam estar no in´ıcio de uma faixa de taxa¸c˜ao (“que azar ter recebido este dinheiro a mais!”). Este tipo de reclama¸ c˜ao ´e procedente? (d) A tabela de taxa¸c˜ao ´e, as vezes, dada de uma outra forma, para permitir o c´alculo do imposto atrav´ es de uma express˜ ao da forma y = b(x q ) (isto ´e, primeiro se deduz a parcela q e depois se aplica a al´ıquota). Converta a tabela acima para este formato (isto ´e, calcule os valores de b e q para cada faixa de renda).
−
(e) Qual a renda para a qual o imposto ´e igual a R$ 20.000,00? 51
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Solu¸ c˜ ao7 : (a) As parcelas a deduzir s˜ao 0, 1320, 3207 , 60 e 17468 , 10.
·
(b) 0 , 26 5000 = 1300. (c) N˜ao, porque a fun¸c˜ ao que descreve a renda l´ıquida (renda menos o imposto) em termos da renda ´e uma fun¸c˜ao crescente. (d) Em cada faixa de renda, devemos ter ax
− p = b(x − q) = bx − bq, para todo x. Ou seja,
b = a e p = bq . Assim, b = 0% e q e´ arbitr´ario para a faixa 1, b = 15% e q = 8800 para a faixa 2, b = 26% e q = 12.336, 92 para a faixa 3 e b = 35% e q = 49908, 86 para a faixa 4. (e) Inicialmente, vamos calcular o IR nos pontos de mudan¸ ca de faixa: Renda 8800 17160 158450
IR 0 1254,24 37983,40
Logo, um IR igual a R$ 20 000,00 ´e pago na faixa de tributa¸ca˜o de 17.160 a 158,450. A renda correspondente satisfaz 0, 26x 3207, 60 = 20.000, ou seja, ela ´e igual a R$ 89.260, 00.
−
28. Uma copiadora publicou a seguinte tabela de pre¸ cos: Numero de c´opias de1a19 de 20 a 49 50 ou mais
Pre¸co por c´opia R$0.1 R$ 0.08 R$ 0.06
Esboce o gr´afico da fun¸c˜ao que associa a cada natural n o custo de n c´ opias de um mesmo srcinal. Solu¸ c˜ ao: f (x) =
∈ ∈ ∈
0.1x para x [0, 900] 0.08x para x (900, 1800] 0.06x para x (1800, )
∞
| − 2| = ax + b que ocorre em fun¸c˜ao dos
29. Discuta o n´umero de solu¸c˜oes da equa¸c˜ao x parˆ ametros a e b. Solu¸ c˜ ao:
|x − 2| = ax + b =
x 2
+ b ⇒ (a − 1)x + (b + 2) −− x2 == ax ax + b ⇒ (a + 1)x + (b − 2)
7 Resolvida por Humberto Jos´ e Bortolossi. Dispon´ıvel em: http://www.professores.uff.br/hjbortol/disciplinas/2011.1/gma00116/listas/gma00116-lista-12.pdf
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Repare que em cada caso temos apenas uma ´unica possibilidade de solu¸c˜ao. Assim a equa¸c˜ao b+2 b 2 e . a 1 a+1
tˆem duas solu¸co˜es poss´ıveis, a saber:
− −
− −
30. Chama-se de fun¸cao ao poligonal f : [a, b] ˜ rampa a uma fun¸c˜ das formas abaixo:
→ R, cujo gr´afico ´e de uma
Isto ´e, f tem dois patamares [ a, c] e [d, b], onde assume, respectivamente, os valores 0 e D, ligados por uma rampa. a) Mostre que toda fun¸c˜ao rampa pode ser escrita na forma f (x) = para todo x
α [(d 2
− c) + |x − c| + |x − d|],
[a, b], onde
∈
α=
D d
´e a inclina¸ ca˜o da rampa.
−c
b) Mostre que toda fun¸c˜ao poligonal definida em um intervalo [ a, b] pode ser expressa como uma soma de uma fun¸c˜ ao constante (que pode ser vista como uma fun¸ c˜ao rampa de inclina¸c˜ao zero) com um n´umero finito de fun¸c˜oes rampa. Escreva nesta forma a fun¸c˜ao poligonal cujo gr´ afico ´e dado abaixo. y
1
2
3 x
-1
4 -1
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c) Conclua que toda fun¸c˜ao poligonal definida em um intervalo [a,b] pode ser escrita na forma
| |
| − a2| + ··· + α11|x − αn|,
f (x) = A + α1 xα1 + α2 x
∈
para todo x [a, b], onde α1 , α2 ,...,α n s˜ao as abscisas dos v´ertices da poligonal. Escreva nesta forma a fun¸c˜ ao poligonal cujo gr´afico ´e dado acima.
31. Dadas as progress˜oes aritm´eticas (a1 , a2 ,...,a n ,... ) e (b1 , b2 ,...,b n ,... ) mostre que existe uma, e somente uma, fun¸ca˜o afim f : R bn ,...
→ R tal que f (a1) = b2,...,f (an) =
Solu¸ c˜ ao:
Suponha por absurdo que exista uma fun¸c˜ ao afim g = f tal que g (a1 ) = b 2 ,...,g (an ) = b n ,... Sendo assim: g(a1 ) = f (a1 ) g(a2 ) = f (a2 ) g(a3 ) = f (a3 ) . . Sendo g (a1 ) = a(a1 ) + b e f = a (a1 ) + b ent˜ ao:
⇒ a1 = ab −−ab b −b g(a2 ) = f (a2 ) ⇒ a2 = a−a b −b g(a3 ) = f (a3 ) ⇒ a3 = a−a
g(a1 ) = f (a1 )
.. . O que implica em um absurdo, pois se todos os termos da sequˆ encia (a1 , a2 , a3 ,... ) s˜ao iguais a mesma n˜ao pode ser uma progress˜ao aritm´etica.
32. A e B s˜ao duas locadoras de autom´ovel. A cobra 1 real por quilˆometro rodado mais uma taxa fixa de 100 reais. B cobra 80 centavos por quilˆometro rodado mais uma taxa fixa de 200 reais. Discuta a vantagem de A sobre B ou d B sobre A em fun¸ c˜ao do numero de quilˆometros a serem rodados.
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Solu¸ c˜ ao: Vamos determinar quando A ´e mais vantajoso que B. 1x + 100 < 200 + 0 .8x 0.2x < 100
⇒ x < 500
Assim at´e 500 quilˆ ometros a empresa A ´e mais vantajosa que a B. Agora determinemos quando B ´e mais vantajoso que A. 1x + 100 > 200 + 0 .8x 0.2x > 100
⇒ x > 500
Assim acima de 500 quilˆometros a empresa B ´e mais vantajosa que a A.
→
33. Defina uma fun ¸c˜ao f : R R pondo f (x) = 2x se x e´ racional e f (x) = 3x se x ´ e irracional. Mostre que se tem f (nx) = nf (x) para todo n Z e todo x R mas f n˜ ao linear.
∈
∈
Solu¸ c˜ ao:
→
34. Prove que a fun¸c˜ao f : R R, definida por f (x) = 3x+sen(2πx), ´ e crescente e, para todo x R fixado, transforma a progress˜ao aritm´etica x, x + 1, x + 2,... numa progress˜ao geom´ etrica. Entretanto, f n˜ao ´e afim. Por que isto n˜ao contradiz o fato provado no final da se¸ c˜ao 4 (p´ag. 102)?
∈
Solu¸ c˜ ao8 :
∈
−
Para todo x R, como sen[2 x(x +1)] = sen(2 πx), segue-se que f (x + 1) f (x) = 7, portanto a sequˆencia f (x), f (x + 1),...,f (x + n),... e´ uma progress˜ao aritm´ etica de raz˜ ao 7. A maneira de f e f (x) = 7 +2 π cos(πx). Como [2 π cos(πx) 2π < 7, tˆem-se f (x) > 0 para todo x, logo f ´e crescente.
·
·
≤
Se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para
[email protected] para que possa ser feito a devida corre¸ c˜ ao.
Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com 8
Solu¸ ca ˜o retirada da p´ agina da UFPR. Dispon´ ıvel em: http://www.mat.ufpr.br/ensinomedio/paginas/solucao.html
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´ ´ A MATEMATICA DO ENSINO M EDIO A matem´atica do Ensino m´edio (volume 1) Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho. Eduardo Wagner. Augusto C´esar Morgado. Resolvido por: Diego Oliveira
6
Fun¸co ˜es Quadr´ aticas 1. Encontre a fun¸c˜ao quadr´atica cujo gr´afico ´e dado em cada figura abaixo: 2
2
(5,13)
(1.9) 8
(3,5)
Solu¸ c˜ ao 1a: Usando a forma canˆonica: f(x) = a(x
− 3)2 + 5
como f (5) = 13 ent˜ao: a(5
− 3)2 + 5 = 13
Que implica em a = 2. Assim a fun¸ c˜ao quadr´atica ser´a f (x) = 2( x
− 3)2 + 5.
Solu¸ c˜ ao 1b: Explorando a simetria da par´abola a coordenada “x” do v´ertice estar´ a a 2 unidades da reta y = 2 e y = 2.
−
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|2| + | − 2| = 2uc
2 Logo a coordenada “x” do v´ ertice est´a em 0. Usando a forma canˆonica.
f (x) = a(x
− 0)2 + y1
= ax 2 + y 1
Assim sabemos que a fun¸c˜ao ´e da forma f (x) = ax 2 + y1 com isso montamos o sistema.
3 = a( 2)2 + y1 9 = a(1)2 + y1
−
Assim a equa¸c˜ao do gr´afico ser´a: f (x) =
⇒ a = −2; y = 11
−2x2 + 11.
2. Identifique os sinai s de a, b e c nos gr´aficos de fun¸c˜oes quadr´aticas f (x) = ax2 + bx + c dados abaixo. ´ GRAFICO UM
O ´ GRAFICO DOIS
O
´ ˆ GRAFICO TRES
O
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Solu¸ c˜ ao: 1◦ gr´ afico: a < 0, b > 0, c > 0. 2◦ gr´ afico: a > 0, b > 0, c < 0. ◦ 3 gr´ afico: a > 0, b < 0, c > 0.
3. Escreva cada uma da fun¸c˜oes quadr´aticas abaixo na forma f (x) = a(x b)2 + c. A seguir, calcule suas ra´ızes (se existirem), o eixo de simetria de seu gr´afico e seu valor m´ınimo ou m´ aximo.
−
a) f (x) = x 2 b) f (x) = 8x
− 8x + 23 − 2x2
Solu¸ c˜ ao 3a: Encontrando o v´ertice da fun¸c˜ao:
−8) = 4 − 2ab = − (2(1) f (4) = 4 2
− 8(4) + 23 = 7
Logo o v´ertice ocorre em (4,7). Assim a forma canˆonica da fun¸c˜ ao ´e: 4)2 + 7
f (x) = 1(x
−
Como o ponto (4,7) ocorre acima do eixo x e a par´ abola ´e voltada para cima, ent˜ ao a fun¸c˜ao n˜ao tˆem raiz. O eixo de simetria ´e a reta x = 4 e o ponto de minimo ´e 7. Solu¸ c˜ ao 3b: As ra´ ızes da equa¸ c˜ao ocorrem para x = 0 e x = 4. f (x) = 8x x(8
− 2x2
− 2x)
O v´ertice da fun¸ c˜ao ocorre em (2, 8).
− 2ab = − 2(−8 2) = 2 f (2) = 2(8
− 2(2)) = 8
Logo a forma canˆonica da fun¸c˜ao ´e: f (x) = 2(x 2)2 + 8. Como a pa r´abola ´e voltada para baixo ent˜ao: o eixo de simetria ´e a reta x = 2 e o valor de m´aximo ´e 8.
− −
58
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4. Observe os gr´aficos abaixo, que representam as par´abolas y = ax2 para diversos valores de a. Estas par´abolas s˜ao semelhantes entre si? a=3
a=1 a=1/3
3 y = ax 2
1 1/3 O
Solu¸ c˜ ao: Dada uma fun¸c˜ao y = ax 2 ent˜ ao toda fun¸c˜ao y = (ka)x2 com k si e a y = ax 2 . Logo todas as fun¸c˜oes do problema s˜ao semelhantes.
∈ R s˜ao semelhantes entre
5. Encontre a unidade que deve ser usada nos eixo s cartesianos de modo que a par´abola abaixo seja o gr´afico da fun¸c˜ao f (x) = 2x2 .
O
Solu¸ c˜ ao: No gr´afico tra¸camos a fun¸c˜ ao g(x) = x.
P (0,0)
59
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Os pontos de intercess˜ao ir´a ocorrer em (0,0) e (0.5, 0.5). g(x) = f (x) x = 2x2 2x2 x(2x
−x= 0
− 1) = 0 ⇒ x = 0 ex = 0.5
Onde f(0) = 0 e f(0.5) = 0.5 Duplicando a coordenada x de (0.5, 0.5) encontramos a unidade.
6. Encontre os valores m´ınimos e m´ aximo assumidos pela fun¸c˜ao f (x) = x 2 um dos intervalos abaixo:
− 4x +3 em cada
a) [1 , 4] b) [6 , 10]
Solu¸ c˜ ao A fun¸c˜ao tˆem concavidade para cima e v´ertice em (2,-1). Assim no intervalo [1, 4] ter´a um m´ınimo em x = 2 e m´ aximo em x = 4. J´a no intervalo [6 , 10] o m´ınio ser´ a em x = 6 e m´ aximo em x = 10.
7. Seja f(x) = ax2 + bx + c, com a > 0.
x1 + x2 f (x1 ) + f (x2 ) < . 2 2 b) Mais geralmente mostre que se 0 < a < 1, ent˜ao f (αx1 + (1 α)x2 ) < αf (x1 ) + (1 α)f (x2 ). Interprete geometricamente esta propriedade. a) Mostre que f
−
−
Solu¸ c˜ ao 7a:
f
x1 + x2 2
=a
x1 + x2 2
2
+b
x1 + x2 2
+ c (1)
f (x1 ) + f (x2 ) (x2 + x22 )2 + b(x1 + x2 ) + 2c =a 1 (2) 2 2 60
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comparando (1) e (2): a
x1 + x2 2
2
+b
x1 + x2 2
+c
a(x21 + x22 )2 + b(x1 + x2 ) + 2c 2
a(x1 + x2 )2 + b(x1 + x2 ) + 2c a(x21 + x22 )2 + b(x1 + x2 ) + 2c 2 2 2 2 2 2 a(x b(x 2c a(x1 + x2 ) + b(x + x2 ) + 2c 1 + x2 ) + 1 1 + x2 ) + 2 2 (x1 + x2 )2 (x21 + x22 )2 Concluindo que: (x1 + x2 )2 < (x21 + x22 )2 Solu¸ c˜ ao 7b:
Provemos inicialmente que se x 1 = x 2 e 0 < α < 1 ent˜ao: [αx1 + (1 Prova: [αx1 + (1
− α)x2]2 < αx21 + (1 − α)x22
− α)x2]2 −
⇒ α(1 − α)[x1 − x2]
− α)x22
<0
− α)2x21 − 2α(1 − α)x1x2 + (α − α2)x22 > 0 se x1 = x2 e 0 < α < 1 C.q.d. (α
2
αx21 + (1
Finalmente voltamos ao problema principal.
− α)x2) = a(αx1 + (1 − α)x2)2 +b(αx1 + (1 − α)x2) + c + (1 − α)x22 ) +b(αx1 + (1 − α)x2 ) + c
f (αx1 + (1
Usando o resultado da primeira demonstra¸c˜ao: = αax 21 + αbx1 + αc + (1
− α)x22 + (1 − α)bx2 + (1 − α)c
= αf (x1 ) + (1 Como se queria demonstrar.
− α)f (x2)
8. Prove que se a, b e c s˜ao inteiros impares, as ra´ızes de y = ax 2 + bx + c n˜ao s˜ao racionais. Solu¸ c˜ ao: Imagine por absurdo que exista uma raiz racional p/q em sua forma irredut´ıvel. N˜ao pode ocorrer de p eq serem ambos pares pois, neste caso p/q n˜ao estaria em sua forma irredut´ıvel. Logo segue trˆes possibilidades: 61
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1◦ - (p e q s˜ao ambos impares). Neste caso: a
2
p q
+b
p q
+c= 0
ap2 + bp + c = 0 q2 q ap2 + bpq + cq 2 = 0 Como o produto de dois n´ umeros impares ´e impar ent˜ ao, ap2 ,bpq,cq 2 tamb´ em s˜ ao impares, o que ´e um absurdo, pois n˜ao pode haver trˆ es n´ umeros impares cuja soma seja igual a zero. 2◦ - (p e q s˜ao ambos pares). Neste caso ap 2 ´e impar, bpq,cq 2 s˜ao pares. Como a soma de dois pares e um impar ´e impar ent˜ao n˜ao pode ocorrer de: ap2 + bpq + cq 2 = 0 o que gera novamente um absurdo. 3◦ - (Um ´e par e outro ´e impar). Para essa demonstra¸ca˜o assumiremos que p e´ par e q e´ impar. Neste caso ap 2 e bpq e´ par e cq 2 ´e impar. O que novamente resulta no absurdo.
9. Uma pessoa possui um gravador de v´ıdeo dotado de uma contador que registra o numero de voltas dadas pelo carrete l da direita. A fita, de 6 horas de dura¸c˜ao, est´a parcialmente gravada. O contador indica 1750 ao final do trecho gravado e 1900 ao final da fita. O problema ´e saber quanto tempo de grava¸c˜ao ainda est´a dispon´ıvel no final da fita.
a) Explique porque n˜ao ´e razo´ avel supor que o tempo e grava¸c˜ao seja proporcional ao numero de voltas do contador. b) Considerado que a fita se enrola em cada carretel segundo c´ırculos concˆ entricos igualmente espa¸cados, mostre que o tempo T (n) de grava¸c˜ao ap´os n voltas ´e dado por uma fun¸c˜ ao da forma T (n) = an 2 + bn.
62
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c) Medindo o tempo de grava¸c˜ ao correspondente as primeiras 100, 200, 300 e 400 voltas, foram encont radas os dados abaixo. Estes valores s˜ao considerados com o modelo acima? Volta 100 200 300 400
Tempos(s) 555 1176 1863 2616
d) Quanto tempo de grava¸c˜ ao resta na fita?
Solu¸ c˜ ao 9a: Evidente. Solu¸ c˜ ao 9b: Pela cinem´atica sabe-se que:
−
2π(R + (n 1)r v Onde r e´ a espessura da fita, n o numero de voltas e R o raio do carretel. O tempo total ser´a a soma dos tempos de cada volta. T (n) =
n
T =
T (n) =
i=1
2πR 2π(R + r) 2π(R + 2r) 2πR + (n + + + ... + v v v v
= 2π (R + (R + r) + (R + 2r) + . . . + (R + (n v
− 1)r))
2π (Rn + (r + 2r + . . . + (n 1)r) v 1)r se comporta como uma P.A. ent˜ao:
−
Como r + 2r + . . . + (n
−
2
r + 2r + . . . + (n
− 1)r = (r + (n2− 1)r)n = 2n r2− rn
Logo 2π v
T =
Rn +
2n2 r rn 2
−
2πRn 4πn 2 r + v 2v
= =
2πr v
n2 +
Que ´e da forma T (n) = an 2 + bn.
63
− 2πrn 2v
π(2R v
− r)
n
− 1)r
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Solu¸ c˜ ao 9c: Com os dados fornecidos montam-se os seguintes sistemas.
a(300)2 + b(300) = 1863 a(400)2 + b(400) = 2616 a(100)2 + b(100) = 555 a(200)2 + b(200) = 1176
Cuja solu¸c˜ao ´e S1 = 0.0033; 5.22 e S2 = 0.0033; 5.22 . Como ambos os sistemas possuem a mesma solu¸ c˜ao ent˜ao os valores s˜ao consistentes.
{
}
{
}
Solu¸ c˜ ao de 9d: A fun¸ca˜o que usaremos ´e: T (n) = 0.0033n2 + 5.22n T (1750) = 19241, 25 T (1900) = 21831 T (1900) (1750) = 2589.75 seg
−
10. Dado um conju nto de retas do plano, elas deter minam um numero m´aximo de regi˜oes quando est˜ao na chamada posi¸c˜ ao geral: isto ´e, elas s˜ao concorrentes duas a duas e trˆes retas nunca tem um ponto em comum. Seja R n o numero m´aximo de regi˜oes determinadas por n retas do plano. a) Quando se adiciona mais uma reta na posi¸ c˜ ao geral a um conjunto de n retas em posi¸c˜ao geral, quantas novas regi˜oes s˜ao criadas? b) Deduza de a) que R n e´ dada por uma fun¸c˜ao do 2 ◦ grau em n e obtenha a express˜ao para Rn . Solu¸ c˜ ao: ???
11. No m´aximo quantos pontos de interse¸c˜ao existem quando s˜ao desenhadas n circunferˆ encias? Solu¸ c˜ ao: Observe os desenhos a seguir.
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O desenho mais a esquerda ´e composto de dois c´ırculos e dois pontos de interse¸ca˜o (2 2 2
− 2).
O desenho do centro de possui trˆes c´ e 6 pontos decao interse¸ o (3 O desenho mais a esquerda ´e composto 4 c´ırculo eırculos 12 pontos de interse¸ ˜ (4 2 c˜a4). O que3). sugere que n c´ ırculos dariam n 2 n pontos de interse¸ca˜o.
−
−
−
Obs: O leitor pode se perguntar “como se chegou a solu¸c˜ao de n 2 n?” A resposta ´e simples. Os trˆes diagramas podem ser modelados pelos pares ordenados (2,2); (3,6); (4,12). Poder´ıamos continuar esbo¸cando mais diagramas e assim obtendo mais pares ordenados, mas como o cap´ıtulo em quest˜ao ´e sobre fun¸co˜es quadr´aticas (e trˆes pontos s˜ ao suficientes para determinamos uma quadr´ atica) n˜ao h´a necessidade de continuar criando disgramas. Finalmente por meio do sistema:
−
Determinamos a equa¸ca˜o y = n 2
a 22 + b 2 + c = 2 a 32 + b 3 + c = 6 a 42 + b 4 + c = 12
· · ·
· · ·
− n.
12. Um estudante anotou a posi¸c˜ao, ao longo do tempo, de um m´ ovel sujeito a uma for¸ca constante e obteve os dados abaixo. Instante(seg) 0 10 20
Posi¸c˜ao (metros) 17 45 81
Calcule a posi¸c˜ao do m´ovel nos instantes 5 seg, 15 seg e 25 seg. Solu¸ c˜ ao: Com os valores fornecidos montamos o sistema.
a(0)2 + b(0) + c = 17 a(10)2 + b(10) + c = 45 a(20)2 + b(20) + c = 81
Cuja solu¸c˜ ao ocorre para a = 0.04, b = 2.4 e c = 17. Assim a fun¸c˜ao que expressa a distˆancia ser´ a: 2
f (x) = 0.04x + 2.4x + 17
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13. O motorista de um autom´ovel aplica os freios de modo suave e constante, de modo a imprimir uma for¸ca de frenagem constante a seu veiculo, at´e o repouso. O diagrama a seguir mostra a posi¸c˜ao do veiculo a cada segundo a partir do instante em que os freios foram aplicados.
a) Os dados acima s˜ao compat´ıveis com o fato de a for¸ca de frenagem ser constante? b) Qual a posi¸c˜ao do veiculo 5s ap´os o inicio da frenagem? c) Quanto tempo o veiculo demora para chegar ao tempo de repouso. d) Qual era a velocidade do veiculo no instante em que o motorista come¸ aplicar os freios.
cou a
Solu¸ c˜ ao 13a: Com os valores fornecidos montamos o sistema.
Cuja solu¸c˜ao ocorre para a = dados s˜ao compat´ıveis.
a(0)2 + b(0) + c = a(1)2 + b(1) + c = a(2)2 + b(2) + c = a(3)2 + b(3) + c =
− 52 , b = 32 e
0 30 55 75
c = 0. Como o sistema tˆem solu¸c˜ao, ent˜ao os
Solu¸ c˜ ao 13b: Usando os valores anteriores chegamos `a: f (t) =
−2.5t2 + 32t
Assim f (5) = 100 m. Solu¸ c˜ ao 13c: Tomando a derivada de f(t) ent˜ao: v(t) = 5t + 32 que ser´a nula quando t = 6.5 seg.
−
Solu¸ c˜ ao 13d:
− −
v(t) = 5t + 32.5 v(0) = 5(0) + 32.5 v(0) = 32.5 m/s
14. Um grupo de alunos ao realiza r um experimento no laborat´orio de F´ısica, fez diversas medidas de um certo comprimento. O instrutor os orientou no sentido de tomar a media aritm´etica
66
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dos valores encontrados como o valor a ser adotado. Esse procedimento p ode ser justificado do modo a baixo. ´ razo´avel que o valor adotado x seja escolhido Sejam x 1 , x2 ,...,x n os valores encontrados. E de modo que o erro incorrido pelas diversas medi¸ c˜oes seja o menor poss´ıvel. Em geral, este erro ´e medido atrav´ es do chamado desvio quadr´ atico total, definido por d(x) = (x
− x1)2 + (x − x2)2 + . . . + (x − xn)2.
x1 + x2 + . . . + xn n Suponha agora que se deseje utilizar o desvio absoluto total e(x) = x x1 + x x1 + . . . + x xn como medida do erro cometido. Mostre que e(x) ´e minimizado quando x ´e a mediana de x 1 , x2 ,...,x n . a) Mostre que d(x) ´e minimizado quando x =
|
| − | | −
| − |
Solu¸ c˜ ao 14a:
− x1)2 + (x − x2)2 + . . . + (x − xn)2 = (x2 − 2xx1 + x21 ) + (x2 − 2xx2 + x22 ) + . . . + (x2 − 2xxn + x2n ) = nx2 − 2x(x1 + x2 + . . . + xn ) + (x21 + x22 + . . . + x2n ) = (x
O ponto de m´ınimo ´e dado por: x=
− 2ab = 2(x1 + x22n+ . . . + xn) = x1 + x2 +n . . . + xn
15. Numa vidra¸caria h´a um peda¸co de espelho, sob a forma de um triangulo retˆ angulo de lados 60 cm, 80 cm e 1 m. Quer-se, a partir dele, recorta r um espelho retangular com maior ´area poss´ıvel. A fim de economizar corte, pelo menos um dos lados do retˆ angulo deve estar sobre um lado do triangulo. As posi¸c˜ao sugeridas s˜ao as da figura aci ma. Em cada caso , determine qual o retˆangulo de maior ´area e compare os dois resultados. Discute se a restri¸c˜ao de um lado estar sobre o contorno do triangulo ´e realmente necess´ aria para efeito de maximizar a ´area. Solu¸ c˜ ao 15a: Do ∆A tiramos: 80
−x
y Do ∆B tiramos:
(60 x y) Por semelhan¸ca:
−
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80
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− x = dfracx(60 − y) ⇒ 60x + 80y = 4800
y A fun¸ca˜o da ´area ´e:
A(x, y) = xy = x
240
− 3x
4
= 60x
− 34 x2 ·
Cujo m´aximo ocorre em (30,40). Assim ´a ´area m´axima ser´a A(30,40)=30 40 = 1200 cm.
16. Com 80 metros de cerca um fazendeiro deseja circundar uma ´ area retangular junto a um rio para confinar alguns animais. Quais devem ser as medidas do retˆangulo para que a ´area cercada seja a maior poss´ıvel? Solu¸ c˜ ao: Queremos maximizar A(x, y) = xy com a restri¸c˜ ao y = 80 A(x, y) = x(80
− 2x.
− 2x) = 80 x − 2x2
Cujo m´aximo ocorre em (20,40). Logo o retˆangulo deve ter 20m por 40m.
17. No instante t = 0 o ponto P est´a em (-2,0) e o ponto Q em (0,0). A partir desse instante, Q move-se para cima com velocidade de 1 unidade por segundo e P move-se para a direita com velocidade de 2 unidades por segundo. Qual ´e o valor da distˆancias m´ınima entre P e Q? Solu¸ c˜ ao: Primeiro devemos expressar os pontos P e Q em termos de t (tempo). P = (2t
− 2, 0)
Q = (0, t) 2
Assim P Q = (2t
− 2)2 + t2 PQ =
(2t
− 2)2 + t2
Cujo minimo ocorre para t = 0.8. Fazendo t = 0.8 chegamos ´a: PQ =
68
√
2 5 5
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18. Se x e y s˜ao reais tais que 3 x + 4y = 12, determine o valor m´ ınimo de z = x 2 + y2 . Solu¸ c˜ ao: Z = x2 +
12
− 3x 4
2
=
25 2 72 144 x = x+ 16 16 16
Cujo m´ınimo ocorre para x = 1.44 e y = 1.92. Assim Z (1.44, 1.92) = 5 .76
19. Um avi˜ao de 100 lugares foi fretado para uma excurs˜ ao. A companhia exigiu de cada passageiro R$ 800,0 0 mais R$ 10,00 por cada lugar vago. Para que numero de passageiros a rentabilidade da empresa ´e m´ axima? Solu¸ c˜ ao: A fun¸ca˜o custo ser´a: C (x) = 800 x + [(100
− x)10]x = 1800x − 10x2
Cujo m´aximo ocorre para x = 90. Assim o lucro da empresa ser´a m´aximo quando houver 90 pessoas.
20. Jo˜ao tˆem uma fabrica de sorvetes. Ele vende, em m´edia, 300 caixas de picol´es por R$ 20,00. Entretanto, percebeu que, cada vez que diminua R$ 1,00 no pre¸co da caixa, vendia 40 caixas a mais. Quanto ele deveria cobrar pela caixa para que sua receita fosse m´ axima? Solu¸ c˜ ao:
−
C (x) = (300 + 40 x)(20 x) Cujo m´aximo ocorre para x = 6.25. Assim o pre¸ co deve se 20
− 6.25 = 13.75R$.
21. Uma loja est´a fazendo uma promo¸c˜ao na venda de balas: “Compre x balas e ganhe x% de desconto”. A promo¸c˜ao ´e v´ alida para compras de at´e 60 balas, caso em que ´e concedido o desconto m´aximo de 60%. Alfredo, Beatriz Carlos e Daniel compraram 10, 15, 30 e 45 balas , respectivamente. Qual deles poderia ter comprado mais balas e gasto a mesma quantia, se empregasse melhor seus conhecimentos de Matem´atica. Solu¸ c˜ ao: Supondo que o pre¸co de cada bala ´e p, ent˜ao comprando 10 balas pagaremos 10 p (valor sem desconto
desconto).
−
Comprando 30 balas pagamos 30 p
30 − 30p · 100 .
69
10 − 10p · 100
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J´a se comprarmos 60 balas pagaremos 60 p balas pagar´a: xp
60 − 60p · 100 .
Assim, o indiv´ıduo que comprar x
x p 2 − xp · 100 = px − x 100
22. O diretor de uma orquestra percebeu que, com o ingresso a R$ 9,00 em m´edia 300 pessoas assistem concertos e que, para ao cde R$ingresso 1,00 nopara pre¸que co dos ingressos, o publico aumenta aos de 100 espectadores. Qualcada deveredu¸ ser o c˜ pre¸ o do a receita seja m´axima? Solu¸ c˜ ao: A fun¸ca˜o ser´a: C (x) = (300 + 100 x)(9
− 1x)
Cujo m´aximo ocorre para x = 3. Logo o valor do ingresso deve ser: 9
− 3 = 6 reais.
23. Qual o valor m´aximo de 21n - n 2 , n inteiro? Solu¸ c˜ ao: O valor de m´aximo ocorre para n = 10.5. Contudo como n deve ser inteiro testamos para n = 10 e n = 11. 21(10) 21(11)
− 102 = 110 − 112 = 110
Em ambos os casos o valor m´aximo ´e 110.
24. Fa¸ca o gr´afico de: f (x) = x2
| | − |x| + 1 | − x|
f (x) = x2 Solu¸ c˜ ao 24a:
2
x≥0 |x2| − |x| + 1 = x−x−2 +x x++1 para 1 para x < 0 Solu¸ c˜ ao 24b:
2
x ∈ (−∞, 0] ∪ [1, ∞) |x2 − x| = x−x−2 +x xpara para x ∈ (0, 1) 70
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25. Identifique o conjunto dos pontos (x,y) tais que:
a) x 2
− 5x + 6 = 0 − 5x + 6
b) y = x 2
Solu¸ c˜ ao de a: Resolvendo x 2
− 5x + 6 = 0 chegamos a x = 2 ou x = 3.
Solu¸ c˜ ao de b: ???
26. Resolva a inequa¸c˜ao x 4 + x2
− 20 > 0.
Solu¸ c˜ ao: A resolu¸c˜ ao dessa inequa¸c˜ ao ´e algo trivial e fica a cargo do leitor. A resposta ´e x < x > 2.
−2 ou
27. Determine expl icitamente os coeficientes a, b, c do trinˆomio f (x) = ax2 + bx + c em fun¸c˜ao dos valores f(0), f(1) e f(2). Solu¸ c˜ ao de b: f (0) = a 02 + b 0 + c
· · ⇒ c = f (0) f (1) = a · 12 + b · 1 + c mas como c = f (0) ent˜ao: f (1) = a + b + f (0) ⇒ f (1) − f (0) = a + b (1) De f (2) tiramos o seguinte. f (2) = a 22 + b 2 + c mas como c = f (0) ent˜ao:
·
·
⇒ f (2) − f (0) = 4 a + 2b (2). Multiplicando (1) por −4 −4(f (1) − f (0)) = −4(a + b) f (2) = 4 a + 2b + f (0)
4f (1) + 4f (0)) =
−
4a
− −
e somando com (2) termo a termo obtemos:
71
4b
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−4f (1) + 4f (0)) = −4a − 4b + f (2) − f (0)) = 4 a + 2b 4f (1) − 3f (0) − f (2) 3f (0) − 4f (1) + f (2) = −2b ⇒ b = 2
De posse do valor de b e c e sabendo que f (2) = 4a + 2b + f (0) ent˜ao: f (2) = 4 a + 2b + f (0) = 4 a + 2
⇒ a = f (0) − 2f2(1) + f (2)
4f (1)
− 3f2(0) − f (2)
+ f (0)
28. Um restaurante a quilo vende 100 Kg de comida por dia, a 12 reais o quilo. Uma pequisa de opini˜ao revelou que, por cada real de aumento de pre¸ co, o restaurante perderia 10 clientes, com um consumo m´edio de 500 g cada. Qual deve ser o valor do quilo de comida para que o restaurante tenha a maior receita poss´ıvel. Solu¸ c˜ ao: V (x) = (100 V (x) = (100
− 0.5 · 10x)(12 + x) − 05x)(12 + x)
Cujo ponto de m´aximo ocorre para x = 4. Assim o pre¸co a ser cobrado deve ser de 16 reais, (12 + 4 = 16). 29. Um pr´edio de 1 andar, de forma retangul ar, com lados proporcionais a 3 e 4, vai ser constru´ıdo. O imposto predial ´e de 1 real por metro quadrado, mais uma taxa fixa de 250 R$. A prefeitura cede um desconto de 1 real por metro linear do per´ımetro, como recompensa pela ilumina¸c˜ao externa e pela cal¸ cada em volta do pr´ edio. Quais devem ser as medidas dos lados para que o imposto seja o m´ınimo p oss´ıvel? Qual o valor desse imposto m´ınimo? Esboce o gr´ afico do valor do imposto como fun¸c˜ ao do lado maior do retˆangulo. Solu¸ c˜ ao:
·
Imposto = (3 a 4b)1 + 150 Desconto = (3 a + 4b)1 O total a se pago ser´a:
·
T = (3 a 4b)1 + 150
− (3a + 4b)1 = 12ab + 150 − 3a − 4b
30. Determine entre os retˆangulos de mesma ´area a, aquele que tem o menor p er´ımetro. Existe algum retˆangulo cujo per´ımetro seja maior do que os de todos os demais com mesma ´area? 72
A Matem´atica do Ensino M´edio
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Solu¸ c˜ ao: Chamando de x e a/x os lados desse retˆangulos, o per´ımetro em fun¸c˜ao de x ser´a: a x
p(x) = 2 x +
Sendo a uma constante e fazendo p (x) = 0 conclui-se que os pontos cr´ıticos dessa fun¸c˜ao ocorrem nas coordenadas ( a, p( a)) e ( a, p( a)).
√
√
Como p( a) > p(
√
−√
−√
−√a) ent˜ao o per´ımetro m´aximo ser´a p (√a) = 2 √a + √aa
√
= 4 a.
Coment´ ario: Existe, pelo menos, mais um m´ etodo de resolver esse problema sem o uso de c´ alculo diferencial. Entretanto, como o pr´oprio livro faz referˆ encia as derivadas n˜ ao h´a porque n˜ao usa-las aqui. Outro motivo ´e que o conte´ udo do ensino m´edio ainda abrange o estudo da derivada. Isso pode parecer estranho, pois a maioria dos professores negam essa afirma¸c˜ao, de modo que ´e bastante prov´ avel que vocˆ e s´ o tenha tomado conhecimento do c´ alculo diferencial na faculdade/universidade. Entretanto, alguns livros (os bons) de ensino m´edio como o T´ opicos da Matem´ atica elementar o Matem´ atica do Ensino m´ edio do Smole e Diniz (2007) e o Matem´ atica do Giorno (2002) ainda trazem esse conte´udo.
31. Que forma tem o gr´afico da fun¸c˜ ao f : [0,
∞) → R, dada por f (x) = √x?
Solu¸ c˜ ao: y
x
0
√
−
32. Mostre que a equa¸c˜ ao x + m = x possui uma raiz se m 1 1 < m < 0, uma raiz para m = e nenhuma raiz caso m < 1/4. 4 4
−
−
Solu¸ c˜ ao: Chamando y =
√x ent˜ao: 73
≥ 0, duas ra´ızes quando
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√x + m = x ⇒ y + m = y 2 Aplicando Bh´askara chegamos: yR =
1
± √1 − 4m 2
√ ≥∈ − √ Se m = −1/4 ent˜ao 1 + 4m = 0 e a equa¸ c˜ ao tˆem somente uma raiz. A saber x = 0.5. √ Se m < −1/4 ent˜ao 1 − 4m n˜ao tˆem solu¸ ca˜o, pois (1 − 4m) < 0 e n˜ao existe raiz
Se m 0 ent˜ao 1 + 4m tˆ em solu¸c˜ao e a equa¸c˜ao tˆem duas ra´ızes. O mesmo ocorre para m ( 1/4, 0).
de numero negativo. Portanto a equa¸c˜ao n˜ao tˆem solu¸ c˜ao.
33. Numa concorrˆ encia publica para a constru¸ c˜ao de uma pista circular de patina¸ca˜o apresentase as firmas A e B. A firma A cobra 20 reais por metro quadrado de pavimenta¸ c˜ ao, 15 reais por metro linear do cercado, mais uma taxa fixa de 200 reais para administra¸ c˜ ao. Por sua vez, a firma B cobra 18 reais por metro quadrado de pavimenta¸ c˜ ao, 20 reais por metro linear do cercado e taxa de administra¸c˜ao de 600 reais. Para quais valores do diˆ ametro da pista a firma A ´e mais vantajosa? Esboce um gr´afico que ilustre a situa¸c˜ ao. Resolva um problema an´alogo com os n´umeros 18, 20 e 400 para A e 20, 10, 150 para B. Solu¸ c˜ ao: Seja d o diˆametro da pista ent˜ao: p = πd (Per´ımetro) d2 ´ (Area da pista) 4
A=π
Sendo assim o valor cobrado pela empresa “A” ´e de 2
CA (d) = 20
· π4d
+ 15πd + 200 (com d > 0)
e o valor cobrado por B ´e de CB (d) =
18πd 2 + 20πd + 600 (com d > 0). 4
Os valores de “d” para o qual a empresa A ´e mais vantajosa ´e o resultado da inequa¸c˜ao: CA (d)
− CB (d) < 0 74
A Matem´atica do Ensino M´edio
⇒
Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
18πd 2 20πd 2 + 20πd + 600 ) ( + 15πd + 200 4 4
−
<0
2
⇒ 5πd −2 πd + 400
<0
Resolvendo essa u ´ ltima inequa¸ca˜o encontramos
−5π + √25π2 + 80π , π π − entretanto como d > 0 podemos descartar a segunda solu¸c˜ao, sendo assim, √ 5π + 25π 2 + 80π d> =≈ 21.72 π d>
5π +
√25π2 + 80π
ed <
Que implica em d > 21.72 Assim a empresa “A” ´e mais vantajosa quando d > 21.72m.
34. Dados a, b, c positivos, determinar x e y tais que xy = c e que y = ax + by seja o menor poss´ ıvel. Solu¸ c˜ ao: Fazendo f (x, y) = ax + by como xy = c, ent˜ao f (x, y) pode ser escrita como: f (x) = ax +
bc
(1)
x Imagine agora que desejamos obter x em fun¸c˜ao da soma f (x). Multiplicando (1) por x e reorganizando seus termos obtemos ax2 E usando Bhaskara.
− f (x) + bc = 0
⇒ x = f (x) ±
f (x)2 2a
− 4abc
Para que as solu¸co˜es da equa¸c˜ao imediatamente acima sejam reais devemos ter f (x)2 4abc 0, onde obtemos f (x) 2 abc ou f (x) 2 abc.
≥ √
≤− √
−
≥
√
Assumindo que f (x) ´e positivo ent˜ ao o m´ınimo ocorre quando f (x) = 2 abc. Conclus˜ ao: x e y devem ser escolhidos de modo que ax + by
≤ −2√abc.
35. Cavar um buraco retangular de 1 m de largura de modo que o volume cavado seja 300 m 3 . Sabendo que cada metro quadrado de ´area cavada custa 10 reais e cada metro de profundidade custa 30 reais, determinar as dimens˜oes do buraco de modo que o seu custo seja m´ınimo. 75
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Solu¸ c˜ ao: Seja 1, h e w as dimens˜oes do buraco ent˜ao:
· ·
V (h, w) = 1 h W = 300 (1) e o custo ser´a de C (h, w) = 10 w + 30h (2) evidenciando h em (1) e jogando em (2) (h) = 10 w +
9000 w
⇒ c(h)w = 10w2 + 9000 ⇒ 10w2 − c(h)w + 9000 = 0
(3)
Para que a equa¸c˜ao (3) tenha solu¸c˜ ao o seu discriminante deve ser maior ou igual a zero. Isto ´e: c(h)2
− 360.000 ≥ 0
⇒ c(h) ≥ 600 pois como w > 0 ent˜ao c(h) > 0 tamb´ em. Assim, p custo m´ınimo ´e de 600 reais. Se c(h) = 600 ent˜ao de (3) escrevemos 10w2
− 600w + 9000 = 0 ⇒ w = 30m
O que implica em h = 10m. Assim, as dimens˜oes do buraco ´e de 1m
× 30m × 10m.
36. Dois empres´arios formam uma sociedade cujo capital ´e de 100 mil reais. Um deles trabalha na empresa trˆ es dias por semana e o outro dois. Ap´ os um certo tempo, vendem o neg´ocio e cada um recebe 99 mil reais. Qual foi a contribui¸ c˜ ao de cada um para formar a sociedade?
76
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Solu¸ c˜ ao: Supondo “x” o valor do capital investido pelo s´ ocio que trabalha 3 dias, ent˜ao por meio de regra de trˆes simples deduzimos que o capital investido pelo s´ocio que trabalha apenas 2 dias 3x deve ser de . 2 3 dias – x 2 dias – ? Como o capital empregado ´e inversamente proporcional aos dias de trabalho o esquema acima sofre uma “invers˜ao” 2 dias – x 3 dias – ? 3x ?= 2
⇒
Aplicando a regra da sociedade9 a soma dos capitais, de ambos os s´ocios, deve ser igual a 100 mil. Sendo assim: 3 x + x = 100 2
× 103
⇒ x = 40 × 103 e portanto
3 x = 60 2
× 103
Logo o s´ocio que trabalha 3 dias investiu R$ 40.000,00 (quarenta mil) e o outro R$ 60.000,00.
37. Nas ´aguas paradas de um lago, Marcelo rema seu barco a 12km por hora. Num certo rio, com o mesmo barco e as mesmas remadas, ele percorreu 12km a favor da corrente e 8km contra a corrente, num tempo total de 2 horas. Qual era a velocidad e do rio, quanto tempo ele levou para ir e quanto tempo para voltar? Solu¸ c˜ ao: Seja v a velocidade da corrente, ent˜ao o tempo gasto a favor da corrente ´e de: ∆t =
∆s 12km = v 12km/h + v
Onde 12 km/h ´e a velocidade do barco em agua ´ parada e v ´e a velocidade das aguas ´ do rio10 . J´a a velocidade contra a corrente ser´a: 9
regra da sociedade
CasoEridan n˜ao conhe¸ a que veja as notas de aula de Matem´ atica Financeira da prof(a). Maia,cap´agina 5. Dispon´ıvel em: sugiro https://pt.scribd.com/doc/315018311/Matematica-Financeira 10 Veja volume 1 do curso de f´ısica b´asica do Nussenzveig cap´ıtulo 2, 4 ed.
77
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8km 12km/h v Como Marcelo faz todo o percusso em 2 horas ent˜ ao
∆t =
−
∆t + ∆t = 2
⇒ 1212+ v
+
⇒v
12
−8 v
=2
=6
assim, a velocidade das correntes ´e de 6km/h e os tempos s˜ao 12/18h = 40 min., a favor da corrente, e 1h20min contra.
38. Os alunos de uma turma fizeram uma coleta para juntar 405 reais, custo de uma excurs˜ao. Todos contribu´ ıram igualmente. Na u ´ltima hora, dois alunos desis tiram. Com isso, a parte de cada um sofreu um aumento de um real e vinte centavos. Quantos alunos tem a turma? Solu¸ c˜ ao: Com um total de “x” alunos a parte que caberia a cada um seria 405 x J´a com x
− 2 alunos seria
405 x 2 Sabemos tamb´ em que com a desistˆ encia dos dois alunos o valor da parcela que caberia a cada um, caso n˜ao houvesse a desistˆ encia, foi acrecida em R$ 1,20. O que em linguagem matem´atica seria
−
405 405 = + 1, 20 x 2 x
−
⇒ 1.2x2 − 2.4x − 810 (1) Usando bh´askara, ou m´etodo similar, observa-se que a equa¸ c˜ ao (1) possui duas solu¸c˜oes: 27 e
−25. Como “x” representa o numero de alunos n˜ao pode ser negativo, ent˜ao o n´umero de alunos na turma ´e de 27 alunos.
→
39. Prove que a fun¸c˜ ao f : R R e´ quadr´ atica se, e somente se, para todo h fun¸c˜ao φ(x)f (x + h) f (x) ´e afim e n˜ ao constante.
−
78
∈ R fixado, a
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Solu¸ c˜ ao11 : ( ) Se f e´ quadr´atica ent˜ao f (x) = ax 2 + bx + c, com a = 0 e
⇒
φ(x) = f (x + h)
− f (x) = a(x + h)2 + b(x + h) + cc − (ax2 + bx + c)
= 2ahx + ah2 + bh
que ´e uma fun¸ c˜ao afim e n˜ao constante para qualquer h n˜ ao nulo. ( ) Supomos, para h = 0 fixado, φ(x) = f (x + h) f (x) = px + q , com p = 0 e seja x1 , x2 , xm ,..., uma progress˜ao aritm´etica n˜ ao constante, de raz˜ao r. Afirmamos que f (x1 ), f (x2 ),...,f (xm ),... e´ uma progress˜ao aritm´ etica de 2a ordem n˜ao degenerada. Com efeito, f (xn+1 ) f (xn ) = f (xn+r ) f (xn ) = pxn + q = yn e´ uma progress˜ao aritm´etica n˜ ao constante, pois y n+1 yn = px n+1 +q (px0 +q ) = p(xn+1 xn ) = pr e´ constante e diferente de zero. Logo, pelo teorema da caracteriza¸ c˜ao f e´ quadr´atica.
⇐
−
−
− −
−
−
40. Olhando o gr´afico da fun¸c˜ao quadr´atica f (x) = x2 , vˆ e-se que ele parece uma par´ abola. Se for, quais ser˜ao o foco e a diretriz? Por simetria, o foco deve ser F = (0, t) e a diretriz deve 1 ser a reta y = t. Use a defini¸c˜ao de par´abola para mostrar que t = . 4
−
Solu¸ c˜ ao: O foco da fun¸c˜ao ser´a: F =
−
b , 2a
− ∆4a+ 1
=
0,
1 4
e a diretriz t=
−∆ − 1 = − 1 4a
4
Se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para [email protected] para que possa ser feito a devida corre¸ c˜ ao.
Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com 11
Solu¸ ca ˜o retirada da p´agina da UFPR: http://www.mat.ufpr.br/ensinomedio/paginas/solucao.html
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Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
´ ´ A MATEMATICA DO ENSINO M EDIO A matem´atica do Ensino m´edio (volume 1) Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho. Eduardo Wagner. Augusto C´esar Morgado. Resolvido por: Diego Oliveira.
7
Fun¸co ˜es Polinomiais
≥
1. Sejam P (x) e p(x) polinˆomios n˜ao identicamente nulos, com gr P (x) gr p(x). (onde g r significa o grau do polinˆomio). Prove que existe um polinˆomio q (x) tal que gr[P (x) p(x)q (x)] < gr P (x). Usando repetidamente este fato, mostre que existe m polinˆomios q (x) e r(x) tais que P (x) = p(x)q (x) + r(x), com gr r(x) < gr p (x). Os polinˆomios q (x) e r(x), tais que P (x) = p(x)q (x) + r(x) com gr r(x) < gr p (x), chamam-se respectivamente o quociente e o resto da divis˜ ao de P (x) por p(x).
−
Solu¸ c˜ ao: Se P (x) = a n xn + an−1 xn−1 +
··· + a1x + a0, com a n = 0
e p(x) = b p xp + bp−1 xp−1 +
··· + b1x + b0, com n ≥ p e b p = 0,
ent˜ ao basta tomar an n−p q (x) = x bp para provar o que se pede. Prova de que o q (x) determinado satisfaz a equa¸ c˜ ao gr[P(x) P(x)
− p(x)q(x)] < gr[P(x)].
− p(x)q(x)
= P(x)
− p(x) ·
= P(x)
−
= P(x)
−
an n−p x bp
bp xp + bp−1 xp−1 +
an n−p x bp
··· + b1x + b0·
a n bp−1 n−1 an xn + x + bp
···
an b1 n−p+1 a n b0 n−p + x + x bp bp
80
A Matem´atica do Ensino M´edio
= an xn +an−1 xn−1 + = (an =
− an) xn +
an−1
− a nbbpp
1
··· +a1x+a0 −
an−1
−
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− a nbbpp
xn−1 +
···
1
−
a0
an xn +
xn−1 +
a n bp−1 n−1 x + bp
··· +
− anbpb0 xn
p
−
a0
··· + a nbpb1 xn
p+1
−
− anbpb0 xn
−
Observe que o grau m´aximo que a fun¸c˜ao acima pode ter ´e n
p
+
an b0 n−p x bp
1.
−
Ou seja, gr[P(x)-p(x)q(x)] < gr[P(x)] se q(x) =
an n−p x bp
Provando assim a primeira parte do problema 12 .
Prova da segunda parte. Na primeira etapa provamos que dado um polinˆ omio P(x) existe um p(x) e q(x) tal que: gr[P (x)] > gr[P (x)
− p(x)q (x)] ◦
Como P(x) ´e um polinˆomio qualquer ent˜ao podemos aplicar a mesma l´ ogica ao segundo membro da desigualdade acima. Isto ´e, gr[P (x)
p(x)q (x)] > gr[(P (x)
−
p(x)q◦ (x))
−
p(x)q1 (x)]
−
⇒ gr[P (x) − p(x)q(x)] > gr[P (x) − p(x)(q (x) − q1)] ◦
(1)
e assim como conclu´ımos anteriormente o podemos dizer que o polinˆomio P (x)
− p(x) (q(x) q1(x)) ◦
tem, no m´aximo, grau n
− 2.
Se aplic´assemos novamente essa l´ogica ao segundo membro da desigualdade (1) obter´ıamos um polinˆomio de grau n 3 e assim por diante. Ou seja, n˜ao importa qual o valor de p (lembre-se que p e´ o grau do polinˆ omio p(x)) sempre podemos chegar a um polinˆomio cujo grau, no m´aximo, ser´ a p 1.
−
−
Esse fato implica na existˆencia de um polinˆomio r(x) tal que gr[r(x)] < gr[p(x) e P (x) = p(x)q (x) + r(x). 12 Na verdade essa n˜ao ´e uma prova definitiva. A demonstra¸c˜ ao absoluta dessa afirma¸c˜ ao ´e um pouco mais densa.
81
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2. Prove a unicidade do quociente e do resto, isto ´e, se P (x) = p(x)q1 (x) + r1 (x) e P (x) = p(x)q2 (x) + r2 (x), com gr r1 (x) e gr r2 (x) ambos menores do que gr p(x), ent˜ao q1 (x) = q 2 (x) e r 1 (x) = r 2 (x) para todo x R.
∈
Solu¸ c˜ ao13 :
− P (X ) = 0 ⇒ p(x)(q1(x) − q2(x)) = r2(x) − r1(x) (1) Supondo por absurdo que q 1 (x) = q2(x) ent˜ao teremos: gr[p(x)(q1 (x) − q2 (x))] ≥ gr[p(x)] E para r 2 (x) − r1 (x) teremos gr[r2 (x) − r1 (x)] ≤ max{gr[r2 (x)], gr[r1 (x)]} < gr[p(x)] P (x)
o que implica em: gr[(q1 (x)
− q2(x))p(x)] = gr [r2(x) − r1(x)]
O que pela equa¸c˜ao (1) seria uma absurdo. Logo q 1 (x) = q 2 (x) e ent˜ao: p(x)(q1 (x)
− q2(x)) = r2(x) − r1(x)
⇒ p(x) · 0 = r2(x) − r1(x) ⇒ r1(x) = r2(x) Completando a demonstra¸c˜ao da unicidade.
3. Diz-se que o numero real α e´ uma raiz de multiplicidade m do polinˆomio p(x) quando se tem p(x) = (x α)m q (x), com q (α) = 0. (Se m = 1 ou m = 2, α chama-se respectivamente uma raiz simples ou raiz dupla.) Prove que α e´ uma raiz simples de p(x) se, e somente se, tem-se p(α) = 0 e p (α) = 0. Prove tamb´ em que α e´ uma raiz dupla de p(x) se, e somente se, p(α) = p (α) = 0 e p (α) = 0. Generalize.
−
Solu¸ c˜ ao:
⇒ ⇒ p(α) = 0.
( ) Se α e´ raiz simples de p(x) ent˜ao p(x) = (x
− α)1q(x)
Derivando p(x) provamos que p (α) = 0.
p (x) = (x 13
− α) q(x) + (x − α)q (x)
Solu¸ ca ˜o retirada do livro T´opicos da Matem´atica Elementar volume 6.
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− α)q (x) (veja regras de deriva¸c˜ao) ⇒ p (α) = q (x) = 0. (⇐) Se p(α) = 0 ent˜ao p(x) = (x − α)n q (x). Derivando p(x) chegamos `a p (x) = n(x − α)n 1 q (x) + (x − α)n q (x). e considerando, por absurdo, que n = 1 ent˜ao p(α) seria = q (x) + (x
(x α)n p(α) = n x α q (x) + (x
−−
n
−
n
− α)
q (x)
⇒ p(α) = n 00 q(x) + (0)nq (x) ⇒ p(α) = ∞ (singularidade)
Observe que a singularidade obtida s´o deixa de existir quando n = 1. Logo, p(α) = 0 somente quando n = 1 o que implica no fato de α ser uma raiz simples.
4. Certo ou errado: α e´ raiz dupla de p(x) se, e somente se, ´e raiz simples de p (x). Solu¸ c˜ ao: Errado. Por exemplo, em p(x) = x 2 n˜ao ´e raiz dupla de p(x).
− 1 temos p (x) = 2x onde 0 ´e raiz simples de p (x), mas
5. Determine o polinˆomio P (x) de menor grau poss´ıvel tal que P (1) = 2, P (2) = 1, P (3) = 4 e P (4) = 3. Solu¸ c˜ ao: Esse problema po de ser resolvido de duas formas. Numericamente, por meio da interpola¸c˜ao lagrangiana, ou algebricamente, por meio de sistemas. Numericamente A fun¸ca˜o passa por 4 pontos. (x0 , y1 ) = (1 , 2) (x1 , y1 ) = (2 , 1) (x2 , y2 ) = (3 , 4) (x3 , y3 ) = (4 , 3) com base nele calculamos L0 =
x 1
−2 x−3 x−4 −2 · 1−3 · 1−4 83
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−1 x−3 x−4 −1 · 2−3 · 2−4 x−1 x−2 x−4 L2 = · · 3−1 3−2 3−4 x−1 x−2 x−3 L3 = · · 4−1 4−2 4−3 L1 =
x 2
Assim, o polinˆomio interpolador ser´a:
·
·
·
·
p(x) = 2 L0 + 1 L1 (x) + 4 L2 (x) + 3 L3 (x)
⇒ p(x) = − 43 x3 + 10x2 − 653 x + 15 Algebricamente A presen¸ca de quatro pontos sugere que o problema seja resolvido por um polinˆ terceiro grau. Sendo assim: P(1) = 2 P(2) = 1 P(3) = 4 P(4) = 3
omio de
⇒ a(1)3 + b(1) + c(1) + d = 2 ⇒ a(2)3 + b(2) + c(2) + d = 1 ⇒ a(3)3 + b(3) + c(3) + d = 4 ⇒ a(4)3 + b(4) + c(4) + d = 3
Resolvendo as equa¸co˜es acima por meio de um sistema chegamos a seguinte solu¸ c˜ao:
−
Sendo assim P(x) =
−
a = 4/3; b = 10; c = 4 3 65 x + 10x2 + 15. 3 3
−65/3;
d = 15
−
6. Seja p(x) um polinˆomio cujo grau n e´ um numero ´ımpar. Mostre que existem n´umeros reais x1 , x2 tais que p(x1 ) < 0 e p(x2 ) > 0. Conclua da´ı que to do polinˆomio de grau ´ımpar admite pelo menos uma raiz real. Solu¸ c˜ ao: Seja P(x) = an xn + an−1 xn−1 + + a0 tal que gr[P(x)] = n com “n” impar. Supondo a n > 0 podemos reescrever P(x) como:
···
P (x) = a n xn + k com gr[k] < n sendo assim lim P (x) = lim (an xn + k) =
x→∞
lim P (x) = lim
x→−∞
∞, pois a n > 0 (an xn + k) = −∞, pois a n > 0 ´e impar.
x→∞
x→−∞
84
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Logo existe x 1 e x 2 tais que P( x1 ) < 0 e P( x2 ) > 0. E atrav´ es do teorema do valor m´ edio existe tamb´ em um x 3 em ]x1 , x2 [ tal que P( x3 ) = 0, ou seja, P(x) tˆem pelo menos uma raiz real.
7. Mostre que se n ´e um n´umero par, ent˜ao o polinˆomio p(x) = x n + xn−1 + possui raiz real.
··· + x + 1 n˜ao
Solu¸ c˜ ao: Reescrevendo o polinˆomio de tr´as para frente nota-se que seus termos est˜ao em progress˜ao geom´ etrica com raz˜ ao igual a “x” e cuja soma ´e Sn =
xn 1 x 1
− −
Sendo assim, pode se afirmar que
xn 1 x 1 Observando a equa¸ca˜o acima vemos que o ´unico valor que poderia se uma raiz ´e 1, entretanto P(1) resultaria numa indetermina¸c˜ao do tipo 0/0, sendo assim, P(x) n˜ ao possui nenhuma raiz real.
− −
P (x) =
8. Tomando x 0 = 3, use a rela¸c˜ao de recorrˆ encia 1 xn+1 = 2
√
5
xn + xn
Para calcular 5 com trˆes algarismo decimais exatos. (Por exemplo: sabemos que 1.414 ´e uma aproxima¸c˜ao de 2 com trˆes algarismos decimais exatos porque 1.4142 < 2 < 1.4152 .)
√
Solu¸ c˜ ao: x0 = 3, logo, x1 = x 0+1 =
1 2
x2 = x 1+1 =
1 2
x3 = x 2 + 1 =
≈ ≈ ≈ ≈
x0 +
5 x0
2.333
x1 +
5 x2
2.238
1 2
x4 = x 3 + 1 = 1 2
5 x2
2.236
x3 + 5 x3
2.236
x2 +
Como (2.236)2 < 5 e (2 .237)2 > 5 a resposta ´e 2.236.
85
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Diego Oliveira - Vit´ oria da Conquista / BA
9. Usando o m´ etodo de Newton, estabele¸ ca um processo iterativo para calcular a fim de obter um valor aproximado de 2.
√
√a e aplique-o 3
3
Solu¸ c˜ ao: O m´etodo de Newton ´e um m´etodo num´ erico para determinar as ra´ ızes reais de um polinˆ omio. Neste caso do polinˆomio p(x) = x 3 2 (veja C´alculo com geometria anal´ıtica do Louis Lethold, volume 1, p´agina 61). Come¸cando a partir de x 0 = 1 obtemos:
−
x1 = 1.333 x2 = 1.2639 x3 = 1.25999 Como (1.25999)3 < 2 < (1.26)3 a aproxima¸c˜ao para
√2 como pedido ´e de 1.2599. 3
Se alguma passagem ficou ou ser se algum foi corre¸ cometido
[email protected] paraobscura que possa feito a erro devida c˜ao.por favor escreva para Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com
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´ ´ A MATEMATICA DO ENSINO M EDIO A matem´atica do Ensino m´edio (volume 1) Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho. Eduardo Wagner. Augusto C´esar Morgado. Resolvido por: Diego Oliveira
8
Fun¸co ˜es Exponencias e Logar´ıtmicas
1. Com um l´apis cuja ponta tem 0,02 mm de espessura, deseja-se tra¸ car o gr´afico da fun¸c˜ao f (x) = 2x . At´ e que distˆ ancia ´a esquerda do eixo vertical pode-se ir sem que o gr´ afico atinja o eixo horizontal? Solu¸ c˜ ao: Chamando de r o raio da ponta do l´apis, ent˜ao a linha que esbo¸ca o gr´afico tocar´a o eixo OX no ponto ( x, 2x ) com 2 x < r. Resolvendo a inequa¸ca˜o formada obtemos a solu¸c˜ao. 2x < r com (r > 0)
⇒ log(2x ) < log (r) ⇒ x · log(2) < log (r) ⇒ x < log(r) log(2) como log(2)
≈ 0.301 ent˜ao x < log(r) . 0.301
Assim, o gr´afico tocar´a o eixo horizontal no ponto onde a abscisa ´e imediatamente menos que log(r) . 0.301
2. Dˆe exemplo de uma fun¸c˜ao crescente f : R R+ tal que, para todo x R, a sequˆ encia f (x + 1), f (x + 2),...,f (x + n),... e´ uma progress˜ ao geom´ etrica mas f n˜ao ´e do tipo f (x) = b ax .
→
Solu¸ c˜ ao: Tomando f (x) = xb (fun¸c˜ao linear), ent˜ao
87
∈
·
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f (0 + 1), f (0 + 2),
f (1 + 1), f (1 + 2),
···
··· , f (0 + n), ··· = (b,b, ···
··· , f (1 + n), ··· = (b,b, .. .
f (n + 1), f (n + 2),
··· , f (n + n), ··· = (b,b, ···
.. . Que s˜ao progress˜oes geom´ etricas constantes (P.G. de raz˜ ao igual a 1). Como f (x) n˜ao ´e do tipo b ax ent˜ ao ´e uma resposta aceit´ avel ao problema.
·
3. Dados a > 0 e b > 0, ambos diferentes de 1, qual a propriedade da fun¸ c˜ao exponencial que assegura a existˆencia de h == 0 tal que b x = a x/h para todo x R? Mostre como obter o gr´afico x de y = b x a partir do gr´afico de y = a x . Use sua conclus˜ao para tra¸car o gr´afico de y = 1/ 4 x a partir do gr´afico de y = 2 .
∈
√ 3
Solu¸ c˜ ao da primeira parte: R
→R
+
x
A propriedade em quest˜ ao diz ao exponencial f : , definida por ı fb(x) b , x ´e sobrejetiva. Portanto, dado a >que 0, a hfun¸c˜ ==ax/h R tal que bh = a, ou seja, b = a1/h . Da´ para todo x R.
∈
∃ ∈
Solu¸ c˜ ao da segunda parte: Para obter o gr´afico de y = b x , trace uma reta vertical que passe pelo ponto x/h e outra que passe pelo ponto x. ax = h
x
x/h
Em seguida trace uma reta que passe pela intercess˜ ao da primeira reta (a que passa por x/h) com a curva e que seja paralela ao eixo x.
88
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ax = h
x
x/h
A intercess˜ao dessa reta com a reta que passa pelo ponto (0 , x) ser´a o ponto ( x, bx ). Solu¸ c˜ ao da terceira parte:
·√
Quando a = 2 e b = 1 4, a desigualdade a x/h = b x , que equivale a h = log(a)/log(b), nos d´a h = 3/2 e x/h = 2x/3. 3
−
−
Tomando x = 1 ent˜ao marcamos os pontos ( x/h, 0) = ( duas verticais sobre eles.
−2/3, 0) e ( x, 0) = (1 , 0) e tra¸camos y = 2x
P -1
-2/3
1
Agora trace uma reta paralela ao eixo x que passe pelo ponto P. y = 2x
P -1
P’
-2/3
1
Fazendo isso ser´a formado um ponto P’ na coordenada (1, b 1 ). Repetindo esse processo para outros valores de x esbo¸camos o gr´afico requerido.
89
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4. Prove que uma fun¸c˜ao do tipo exponencial fica determinada quando se conhecem dois dos seus valores. Mais precisamente, se f (x) = b cot ax e F (x) = B Ax s˜ao tais que f (x1 ) = F (x1 ) e f (x2 ) = F (x2 ) com x 1 = x 2 ent˜ ao a = A e b = B.
·
Solu¸ c˜ ao: Se ba x = BAx e ba x = BAx ent˜ ao: 1
1
2
2
a
Como x 1 = x 2 , isto obriga
x1
=
B
a
=
x2
A b A a = 1, ou seja, a = A. O que implica em: A
B = (1) x b
1
⇒ Bb = 1 ⇒B=b C.Q.D.
5. Dados x 0 == 0 e y 0 > 0 quaisquer, mostre que existe a > 0 tal que a x = y 0 .
0
Solu¸ c˜ ao: 1 Tomando a = y 0x0 ent˜ ao a x = 0
1 y x0
x0
= y 0 , como requerido.
0
6. Dados x 0 = x 1 e y0 , y1 n˜ao-nulos e de mesmo sinal, prove que existem a > 0 e b tais que b ax = y 0 e b ax = y 1 .
·
0
·
1
Solu¸ c˜ ao: Basta tomar a =
y0 y1
1 0 −x1
x
eb=
y0 . ax 0
7. A grandeza y se exprime como y = b at em fun¸ca˜o do tempo t. Sejam d o acr´ escimo que
·
se deve dar a t para que y dobre e m (meia-vida t/d de y) o acr´ escimo de t necess´ario para que y se reduza ´a metade. Mostre que m = d e y = b 2 , logo d = log a 2 = 1/log2 a.
−
·
90
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Solu¸ c˜ ao: Vamos come¸ car provando que se y(t + d) = 2w e y (t) = w, com y (t)bat , ent˜ao d = Prova. y(t + d) = 2w bat+d = 2w
⇒ ⇒ bat+d = √4w Como ba t = w ent˜ ao:
√4w ⇒ ad = √4 wad =
⇒ d = log(a) = 12 log(4) ⇒ d = 2 log(4) · log(a) C. Q. D. Provada a afirma¸ca˜o partiremos agora para a resolu¸c˜ao do problema proposto. Seja y(t) = w considerando o enunciado temos: y(t + d) = ba t+d = 2w (1) y(t + m) = bat+m = bat+m = Comparando (1) com (2)
·
y(t + d) = 4 y(t + m)
⇒ bat+d = 4 · bat+m ⇒ batad = 4 · bat am d
⇒a
m
= 4a d
⇒ aam = 4 91
1 w (2) 2
log(4) . 2 log(a)
·
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⇒ ad
m
−
=4
Aplicando logaritmo log ad−m = log(4)
⇒ (d − m)log(a) = log(4) log(4) ⇒ d − m = log(a)
Uma vez que provamos que d =
log(4) ent˜ ao 2 log(a)
·
d
log(4) − m = log(a)
log(4) ⇒ m = d − log(a) log(4) ⇒ m = 2 log(4) · log(a) − log(a)
⇒ m = − 2 log(4) · log(a) = −d ⇒ m = −d Com isso fica provado que m = que:
−d, e mudando a base de d=
d de 10 para 2 conclu´ ı-se tamb´ em
log(4) 1 = 2 log(a) log2 (a)
·
C. Q. D.
8. Observa¸c˜oes feitas durante longo tempo mostram que, ap´ os per´ıodo de mesma dura¸cao, ˜ a popula¸c˜ao da terra fica multiplicada pelo mesmo fator. Sabendo que essa popula¸ c˜ao era de 2,68 bilh˜ oes em 1956 3,78 bilh˜oes em 1972, O tempo necess´ queaapopula¸ popula¸c˜ da terra dobre deevalor; (b) A popula¸c˜ ao pede-se: estimada(a) para o ano 2012; (c)ario Em para que ano c˜aaoo da terra era de 1 bilh˜ao.
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Solu¸ c˜ ao de a: Ap´os um tempo “t” a popula¸c˜ ao ´e uma express˜ ao do tipo y(t) = b eat onde “b” ´e a popula¸ c˜ao inicial (2.68 milh˜oes). Sendo assim
·
y(t) = 3.78
⇒ 2.68 · ea(1972
1956)
−
= 3.78
⇒ a ≈ 0.0215 ⇒ 2.68 · eat = 2.68 · e0.0215t Quando a popula¸c˜ ao da terra dobrar teremos: y(t) = 2b
⇒ be0.0215t = 2b ⇒ e0.0215t = 2 ⇒ t ≈ 23, 24 Solu¸ c˜ ao: 23,24 anos.
Solu¸ c˜ ao de b: Em 2012 teremos t = 56 (2012
− 1956 = 12), assim 2.68e0.0215·12 = 8.9bi
ao da terra ser´a de 8.9 bilh˜oes. Solu¸ c˜ ao: A popula¸c˜ Solu¸ c˜ ao de c: 2.68e0.0215t = 1
⇒ 0.0215t · ln(e) = ln(1/2.68) t
≈ −45.87
−
Finalmente, fazendo 1956 + ( 45.87) chegamos a solu¸c˜ao.
−
1956 + ( 45.87) = 1956 = 1910.13
− 45.87
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Assim. descobre-se que o ocorrido foi no ano de 1910.
9. Dˆ e um argumento independente de observa¸ c˜ oes para justificar que, em condi¸c˜ oes normais, a popula¸c˜ao da terra ap´os o decurso de per´ıodos iguais fica multiplicada pela mesma constante. Solu¸ c˜ ao: ???
10. Resolva os exerc´ıcios do livro “Logaritmos”, especialmente os do u ´ ltimo cap´ ıtulo. Solu¸ c˜ ao: O professor que cobrar do aluno essa quest˜ao ´e t˜ ao sem no¸c˜ ao que merece uma surra!
Se alguma passagem ficou ou ser se algum foi corre¸ cometido
[email protected] paraobscura que possa feito a erro devida c˜ao.por favor escreva para Para encontrar esse e outros exerc´ıcios resolvidos de matem´ atica acesse: www.number.890m.com
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9
Fun¸co ˜es Trigonom´ etricas
1. Determine os valores m´aximo e m´ınimo da fun¸ca˜o f : 3/(2 + sen(x)).
R
→
R
definida por f (x) =
Solu¸ c˜ ao: Como 1 sen(x) 1 ent˜ao f(x) ´e m´ axima quando sen(x) = 1 (ou seja, quando o denominador de f(x) ´e m´ınimo) e m´ınima quando sen(x) = 1 (quando o denominador de f(x) ´e m´aximo).
− ≤
≤
Vmax =
3 =3 2 + ( 1)
Vmin =
3 =1 2 + (1)
−
−
2. Observando a figura a seguir, onde AB = x, mostre que t = sen(x)/cos(x). t 1 B x
Solu¸ c˜ ao: Trace uma reta como a reta pontilhada na figura a seguir. 95
O A
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t B x O
Observe que ∆ OBC
C
A
∼ ∆ TOA assim: CB OC = AT OA
cos(x) ⇒ sen(x) = ⇒ t = sen(x) t t cos(x)
·
3. Se sen(x) + cos(x) = 1.2, qual ´e o valor do produto sen(x) cos(x)? Solu¸ c˜ ao: sen(x) + cos(x) = 1.2
⇒ (sen(x)+cos(x))2 = 1.44 ⇒ 1+2sen(x)cos(x) = 1.44 ⇒ 2sen(x)cos(x) = 0.44 ⇒ sen(x)cos(x) = 0.44 2 ⇒ sen(x)cos(x) = 0.22 4) Definimos aqui as fun¸c˜oes: secante: sec(x) =
1 se cos(x) == 0 cos(x)
cossecante: csc(x) =
1 se sen(x) == 0 sen(x)
cotangente: ctg(x) = cos(x)/sen(x) se sen(x) == 0. Mostre que: a) sec 2 (x) = 1 + tg 2 (x)
96
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b) csc 2 (x) = 1 + ctg2 (x) Solu¸ c˜ ao da letra a: 1 cos2 (x) + sen2 (x) sen2 (x) sec2 (x) = = = 1+ = 1 + tg 2 (x) cos2 (x) cos2 (x) cos2 (x)
⇒ sec2(x) = 1 + tg2(x) C.Q.D. Solu¸ c˜ ao da letra b:cos2 (x) + sen2 (x) 1 cos2 (x) csc2 (x) = = =1 + = 1 + cotg2 (x) 2 2 sen (x) sen (x) sen2 (x)
⇒ csc2(x) = 1 + cotg2(x) C.Q.D.
5. Prove as identidades abaixo: a)
1 tg2 (x) =1 1 + tg2 (x)
b)
sen(x) = 1 + cos(x) csc(x) ctg(x)
−
− 2sen2(x)
−
Solu¸ c˜ ao de a:
sen2 (x) cos2 (x) sen2 (x) 2 (x) 1 cos2 (x) 1 tg 2 (x) cos = = 1 + tg 2 (x) sen2 (x) cos2 (x) + sen2 (x) 1+ 2 (x) cos2 (x) cos
−
−
=
−
cos2 (x) sen2 (x) = cos2 (x) cos2 (x) + sen2 (x)
−
− sen2(x) = 1 − 2sen2(x)
C.Q.D. Solu¸ c˜ ao de b: sen(x) = csc(x) cotg(x)
−
=
sen(x) sen2 (x) sen2 (x) 1 = = 1 cos(x) 1 cos(x) 1 cos(x) 1 sen(x) sen(x)
−
−
sen2 (x)(1 + cos(x)) = 1 + cos(x) 1 cos2 (x)
−
97
−
· −− cos(x) cos(x)
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6. Determine todas as solu¸c˜ oes da equa¸c˜ao cos 2x +
π 3
=
1 2
Solu¸ c˜ ao: 2x +
π π = 2kπ + 3 3
⇒ x = kπ
e tamb´em 2x +
π
7. Se tg (x) + sec(x) = Solu¸ c˜ ao: tg(x) + sec(x) =
π
= 2kπ
3
x = kπ
−3⇒
π
−3
3 , calcule sen(x) e cos(x). 2
3 2
sen(x) 1 3 + = 2 cos(x) cos(x)
⇒ 2(1 + sen(x)) = 3 · cos(x) ⇒ [2(1 + sen(x))]2 = (3 · cos(x))2 ⇒ 4 (1 + sen(x))2 = 9 · cos2(x) 2
2
⇒ 4(1 + 2 · sen(x) + sen (x)) = 9 · cos (x) ⇒ 13sen2(x) + 8sen(x) − 5 = 0 (1) Chamando sen(x) de y ent˜ ao (1) pode ser escrito como: 13y 2 + 8y
− 5 = 0 ⇒ y = −1 ou y = 135
5 . 13 Entretanto, o problema da primeira solu¸c˜ ao ´e que quando x = 270◦ o cos(x) = 0◦ , sendo assim, 5 au ´ nica solu¸ca˜o poss´ıvel ocorre para sen(x) = . 13 Como fizemos sen(x) = y ent˜ ao sen(x) =
−1 o que implica em
Substituindo esse valor em (1)
2(1 + sen(x)) = 3 cos(x)
· 12 ⇒ cos(x) = 2(1 +35/13) = 23 · 18 = 13 13 98
x = 270 ◦ ou sen(x) =
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⇒ cos(x) = 12 13 Solu¸ c˜ ao: sen(x) =
5 12 e cos(x) = 13 13
8. Encontre as f´ormulas para sen(2x), cos(2x) e tg (2x). Solu¸ c˜ ao:
·
·
sen(2x) = 2 sen(x) cos(x) cos(2x) = tg(2x) =
cos ( x)
− sen2(x)
2tg(x) 1
− tg2(x)
ˆ = 45 ◦ . 9. Observando a figura abaixo, mostre que A OB B 3 O
6 2 A
Solu¸ c˜ ao: Fazendo AOP = α e BOP = β , temos tg (α) =
tg(α + β ) =
1 1 + 2 3 = 1. Assim, AOB = α + β = 45◦ . 1 1 1 2 3
− ·
10. Se tg (x) =
1 , calcule tg (3x). 2
Solu¸ c˜ ao:
tg(2x) =
1 1 e tg(β ) = . Logo, 2 3
2 1 2 = 11 1 2 1 4
· −
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11. Calcular:
· − 5π 12
a) y = sen
5π 12
cos
π 12 π tg 12
1 + tg b) y = 1
Solu¸ c˜ ao:
· · −
a) 2y = 2sen tg b) y = 1
5π 12
5π 6
cos
=
1 1 . Logo, y = . 2 4
π π + tg 4 12 π π tg tg 4 12
12. Determine o valor m´aximo e m´ınimo de y = 2sen2 (x) + 5cos2 (x). Solu¸ c˜ ao: Esse ´e um caso em que se pode recorrer ao c´alculo diferencial. Primeiro determinamos a derivada da fun¸c˜ao y .
y = 6 sen(x) cos(x) Fazendo y (0) descobrimos os pontos cr´ıticos da fun¸ca˜o.
− ·
·
y =0
⇒ −6 · sen(x) · cos(x) = 0 ⇒ sen(x) · cos(x) = 0 Observando o ciclo trigonom´ etrico a identidade imediatamente acima ocorre quando sen(x) = 0, que ocorre quando x = 180 ◦ ou x = 0◦ . Ou quando cos(x) = 0, que acontece quando x = 90◦ ou x = 270 ◦ . Testando cada um desses valores chegamos a resposta. y(0◦ ) = 2 sen2 (0◦ ) + 5 cos2 (0◦ ) = 5
·
·
y(180◦ ) = 2 sen2 (180◦ ) + 5 cos2 (180◦ ) = 5
·
·
y(90◦ ) = 2 sen2 (90◦ ) + 5 cos2 (90◦ ) = 2
·
·
y(270◦ ) = 2 sen2 (270◦ ) + 5 cos2 (270◦ ) = 2
·
·
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Ou seja, o valor de m´aximo da fun¸c˜ ao ´e 5 e o m´ınimo ´e 2.
13. Determine o valor m´aximo e m´ınimo de y = sen(x) + 2cos(x). Solu¸ c˜ ao: Semelhante a quest˜ao 12.
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Agradecimento
Agrade¸co ao professor Everton Moraes, de Manaus, pela corre¸ c˜ ao da quest˜ao 38 da p´agina 78.
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