NOTAS 1. Encontra-se esse mes mo tema desenvolvido desenv olvido por certos gramáticos do século XIX: “Ob “Ob servou-se que certas línguas se dividem desde a origem em dois grandes ramos: um apresentando um caráter predominantemente masculino, o outro predominantemente feminino: um mais rico em consoantes, o outro em vogais; um mais marcado pelas terminações gramaticais originais, o outro mais propenso a apagar essas terminações e a simplificar a gramática pelo uso das circunlocuções” (Max Millier, Lectures Lectur es su r la scienc sci enc e du langage, Londres, 1864). É igualmente frequente encontrar tal divisão, sexual-gram atiral-transposta para os de va neios sobre as origens ori gens da linguagem, especialmente especial mente a poética, como nessa, observação observaç ão de I. Fonagy: “O r parece masculino por causa do esforço muscular maior que ele exige para a emissão, em comparação com ò ráveotãf oü 6 m labial”... Nesse ponto, aprovamos a cn’ticã"qne Baudrillard faz disso em L ’Ech ange an ge symb sy mboli oliqu quee et la Mort Mo rt (Gallimard, 1976) [Baudrillard, J. A troc tr oc a sim si m bó lica li ca e. a. mo rte. rt e. Lisboa: Edições 70. 1996]: “Verdadeira metafísica dé uma língua original, tentativa desesperada de encontrar um habitat natural dó poético, um gênio expressivo da língua, que bastaria captar e transcrever”. Aqui, como em outras figuras “logofilicas”, o principio do arbitrário do signo encontrar-se-ia magi camente afastado da questão: mergulha-se mais uma vez nas velharias linguísticas do .Crátilo. 2. A idéia desta analog ia não é completam ente nova. Alain Pons (in (in Critique, 387-388) evoca um gramático do século XVII, Gabriel de Foigny, para quem “a linguagem é uma segunda geração, una e hermafrodita como a geração biológica. O óvulo, representado pela voga vogal,l, é fecund fec undado ado pelos pelo s princípio prin cípioss de diferenc dife renciaçã iaçãoo que são as con consoan soantes” tes” (p.729). (p.729) . 3. Ver, em Ornicar?, n° 16 (1978) [Thom, R. Parábolas e catástrofes: entrevista sobre matemática, matemática, ciência e filosofia . Lisboa: Dom Quixote, 1985], uma entrevista com Thom, da qual participavam particularmente os lingüistas A. Culioli e J.-C. Milner. Podese 1er nela: Milner: “Admitamos a sua proposta: a função fundamental da linguagem é a comunicação. Conclui-se daí que ela funciona? Thom: “Ah, sim! Creio que a linguagem é um instrumento muito bom”. 4. L' A m o u r de la la ng ue, ue , p. 26 [ver nota 23]. 5. O trabalho do gramático e do lingüista lingüista consiste em construir a rede desse real, de maneira que essa rede faça Um, não como efeito de decisões que viriam arbitrariamente rasgar essa unidade em um fluxo, mas por um reconhecimento desse Um enquanto real, ou seja, como causa de si e da sua própria ordem. Fazer lingüistica é supor que o real da língua é representável, que ele guarda em si o repetível, e que esse repetivel forma uma rede que autoriza a construção de regras. 6. A história como antropologia, ou seja, um dos pontos maiores do do auto-recobrimento da descoberta de Marx. * NT:[R ousseau, oussea u, J. J. Ensaio En saio sobre sob re a origem ori gem das da s línguas líng uas.. Campinas: Ed. Unicamp, 1998]. ** NT: [W ittg enste en ste in, L. L. Tractatus logico-philosoftcus. SP: Edusp. 2001],