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A “ENERG ENERGI A VI TAL TA L ” SOB A ÓTICA SUBLIME ESPIRITUAL
anônimos Luiz Guilherme Marques (médium)
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cer ei s a Ve V er dade e a Ve V er dade vos l i ber ber tará tar á .” “Conh ecer
(Jesus Cristo)
ment ei r a él i vre vr e, mas m as a colh col h ei ta é obr i gatóri gatór i a .” “A semente .”
(Jesus Cristo)
subesti mem o pode pod er das Tr T r evas “N ão subesti .” .”
(Chico Xavier)
Quan do doi doi s ou mai s se r eun i r em em M eu “Quando N ome, ome, Eu E u estare tar ei entr nt r e el es .” .”
(Jesus Cristo)
Quan do for es orar or ar,, entr entr a no teu teu quar qu arto, to, fecha fecha a porta por ta e ora or a a “Quando teu Pai em segr segre edo, e vosso vosso Pai , que qu e sabe o que qu e se passa passa em segr edo, te r ecompens compen sar á .”
(Jesus Cristo)
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Este livro é dedicado a Allan Kardec e Gabi, exemplos da vivência superior preconizada neste livro. Os autores
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ÍNDICE Introdução PRIMEIRA PARTE: PURO AMOR RECÍPROCO CAPÍTULO I – AMOR AMOR MULTIMILENÁRIO 1 – Como Como identificar esse Amor ei r a im i m pr essã essão éa que qu e con t a ” 1.1 – “ – “A pr i m eir 1.1.1 – Atração Atração espiritual 1.1.2 – Atração Atração física 1.2 – Intenção Intenção na aproximação 2 – Identificação Identificação do parceiro ideal 3 – Sinceridade Sinceridade na avaliação CAPÍTULO II – FIDELIDADE FIDELIDADE ESPONTÂNEA 1 – Coração Coração pleno de Amor espiritual 1.1 - Descabimento do ciúme 2 – Descaminho Descaminho na fase humana: exemplos de animais fiéis 3 – Influência Influência das Trevas SEGUNDA PARTE: AS VIRTUDES CAPÍTULO I: HUMILDADE 1 – Definição Definição de humildade 2 – Jesus: Jesus: exemplo máximo de humildade CAPÍTULO II: DESAPEGO 1 – Definição Definição de desapego 2 – Jesus: Jesus: exemplo máximo de desapego CAPÍTULO III: SIMPLICIDADE 1 – Definição Definição de simplicidade 2 – Jesus: Jesus: exemplo máximo de simplicidade TERCEIRA PARTE: PESSOAS EM CONDIÇÕES DE VIVENCIAR A SUBLIMAÇÃO CAPÍTULO ÚNICO: TRÊS SITUAÇÕES 1 – Candidato Candidato do mesmo nível evolutivo superior 1.1 – Felicidade Felicidade na convivência 2- Candidato em condições de realizar a sublimação 2.1 – Investimento Investimento que pode ser bem sucedido 3 – Candidato Candidato avesso à proposta de sublimação subl imação 3.1 – Conveniência Conveniência em não aceitar o candidato QUARTA PARTE: MENTALIZAÇÃO
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CAPÍTULO ÚNICO: MENTALIZAÇÃO 1 – Desenvolvimento Desenvolvimento do tema QUINTA PARTE: AUTO AMOR CAPÍTULO ÚNICO: AUTO AMOR 1 – Desenvolvimento Desenvolvimento do tema
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INTRODUÇÃO al emã em ães Emil Ludwig, no seu livro “ Os al ”, ”, escreveu uma
frase que, à primeira vista, pode chocar a muitos e parecer
uma demonstração de xenofobia, pois ele era judeu: “ Os
al emães são r espeit espei t áveis vei s .” .”
um um
con co n j u n t o
despr d esprezí ezível
de
in i n di vídu os
Por que indivíduos respeitáveis não formariam um conjunto respeitável? – Por Por causa da índole belicosa daqueles indivíduos, segundo entendimento do autor, o que, aliás, ele demonstra pela sucessividade e frequência das guerras e da violência na História do povo alemão. Não fiquemos, porém, na análise sobre esse povo, que também muito tem contribuído para o progresso intelectual da humanidade, com poucas manifestações de espiritualidade no sentido mais elevado da palavra. Abordemos o povo brasileiro, objeto de uma anedota, que devemos transcrever, para nossa reflexão: Conta-se que Deus dotou o Brasil de todos os recursos naturais mais favoráveis ao progresso, mas colocou aqui um povo cheio de defeitos morais, que nos dispensamos de relacionar, mas que são visíveis, principalmente, aos olhos dos estrangeiros. Citemos outra situação, para servir de base à nossa reflexão: Quando um Orientador Espiritual afirmou a André Luiz que mais da metade da humanidade, ao desencarnar, vai para o Umbral, o aprendiz da Espiritualidade Superior ficou estarrecido, mas logo se viu conformado pela argumentação do Orientador, que lhe disse, em outras palavras, que esse é o único recurso que o Governo do planeta encontra para repreender homens e mulheres desenvolvidos intelectualmente, mas voltados para o orgulho, o egoísmo e a vaidade sob suas mais variadas manifestações. Pois bem, mostrado, através dessas três situações reais, como a humanidade terráquea vive muito mais em função do Mal do que do Bem, como pensar-se na próxima promoção da Terra para a categoria de mundo de regeneração?
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A maioria dos que estão cientes dessa mudança acredita que bastará realizar muitas obras na realidade exterior, quais sejam, escrever livros e artigos, realizar palestras evangelizadoras, fundar entidades filantrópicas ou religiosas ou, simplesmente, exercitar a religiosidade exterior, comparecendo aos locais do culto, ouvindo palestrantes famosos ou não e lendo os livros de escritores de renome ou não. Infelizmente, essa é a realidade. Todavia, temos de discordar desses que assim pensam e pr ojeto evolut evolutii vo vivem segundo esse “ projeto ” que chamaremos de puramente “horizontal ”, ”, pois eles estarão simplesmente
aumentando o seu acervo intelectual, mas o que se exige no
subl i m ação das da s en en ergi er gi as mundo de regeneração é a “ subl espirituais ”.
Não abordaremos, neste livro, essa questão em toda sua amplitude, mas apenas no que pertine ao relacionamento homem-mulher, ou seja, a sexualidade. Nosso estudo, tratado dessa questão, será dividido em cinco Partes: a Primeira focará a necessidade da ocorrência do puro Amor Amor recíproco, subdividindo-se em dois capítulos: 1 – Amor multimilenário e 2 – fidelidade espontânea; a Segunda focará as virtudes: 1 – humildade; humildade; 2 – desapego desapego e 3 – simplicidade; a Terceira tratará do foco do desenvolvimento do poder mental no Bem; a Quarta tratará da mentalização, em um capítulo único; e a Quinta o Auto Amor, igualmente em um capítulo único. Sem esses requisitos não há como o ser humano terreno se considerar preparado para vivenciar a “ permuta das energias nergi as espir i tuai s ” no relacionamento conjugal para estar
em condições de habitar o mundo de regeneração em que a Terra se transformará daqui a alguns séculos. A proposta pode parecer arrojada, mas a evolução, como n tese ese orma: Jesus esclarece em “A Gr an de Sí ”, ”, se realiza desta f orma: cumprido um ciclo, inicia-se outro, em um nível mais elevado,
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e não pelo simples prosseguimento do anterior, que transitava num degrau mais baixo. Por isso, é preciso tomar-se como referência novos paradigmas. Alguém poderá formular, espantado, por exemplo, estas indagações: 1 - O que tem o sexo a ver com o Amor? 2 – Por Por que tem de ser um Amor tão antigo? 3 – O que tem a fidelidade a ver com isso? 4 – Em Em que as virtudes influem na sexualidade? 5 – A proposta de vida em função do desenvolvimento do poder mental no Bem faz parte da sexualidade saudável? Todas essas respostas irão esclarecer nossos irmãos e irmãs que querem continuar reencarnando na Terra nos próximos séculos e milênios, pois, em caso de inadequação psíquica, o caminho é irem para mundos compatíveis com sua frequência mental, talvez um outro mundo de provas e expiações ou, conforme o caso, um mundo primitivo. Não pretendemos aterrorizar ninguém, mas mostrar uma realidade, que podemos comparar com a seguinte situação, vivenciada por muitas pessoas: alguém que queira ingressar na universidade não pode continuar estudando como um aluno do ensino médio, mas tem de adequar-se aos parâmetros muito mais elevados que se lhe fazem necessários para o aprendizado de uma profissão de nível superior. Assim também na evolução do Espírito: quando a Terra era um mundo primitivo, o padrão espiritual dos seus habitantes, em geral, era um, ou seja, aquele que Jesus encontrou quando da Sua Encarnação. Vivia a maioria, salvo raras exceções, representadas pelos missionários do Bem, as realidades da satisfação dos sentidos e instintos primitivistas e por olho, olh o, de dente por por dente dente a lei do “olh o por .” .” Depois da Sua Pregação, exigiu-se um esforço gigantesco de cada terrícola, para enxergar o Amor Universal como parâmetro individual e coletivo. Agora haverá a necessidade do esforço de cada um na sub l i maç ma ção do ps p si qui qu i smo no n o Bem B em ”, “subl ”, com o desenvolvimento do
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poder mental, pouco exercitado e pouco desenvolvido na imensa maioria das criaturas humanas da Terra. A meta não é impossível, mas cada um tem de começar pela própria conscientização, passando, em seguida, a exercitar essa nova lição e, depois de um determinado tempo, poder vivenciá-la como natural, rotineira, cotidiana, assim estando preparado, como o casal Kardec-Gabi, para a conjugalidade sublimada, que se tornará regra geral daqui a alguns séculos. Que Deus abençoe a todos nós, que somos irmãos e irmãs para sempre, e que Jesus derrame Sua Luz de Amor e Compreensão sobre todos os habitantes da Terra.
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PRIMEIRA PARTE: PURO AMOR RECÍPROCO
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CAPÍTULO I – AMOR AMOR MULTIMILENÁRIO Antes de falarmos nos casos de Amor multimilenário, temos algumas palavras a dizer sobre o seu oposto, que são as uniões, duradouras ou de breve duração, entre pessoas que nada têm a ver, em termos de Amor verdadeiro, umas com as outras. Houve tempo, aliás, muito extenso, que avança pela Antiguidade afora, em que os pais vendiam a dignidade dos filhos e filhas em troca de benesses financeiras ou equivalentes. Agora, com a liberdade que se conquistou, principalmente, a partir da Revolução Francesa, muitos filhos e filhas, sem contar adultos de várias idades, têm-se vendido a outrem em troca de aparente segurança financeira. O número de uniões sem verdadeiro Amor agora talvez seja tão grande quanto antigamente, apenas que, nos últimos tempos, a procura é por corpos bem delineados, daqueles e daquelas que perdem horas incontáveis nas academias de ginástica e nos especialistas em beleza corporal. Se você, querido leitor ou querida leitora, está vivenciando essa fantasia, acorde enquanto é tempo, apesar de que sempre há tempo para recomeçar, mesmo que seja em outra reencarnação, mas não perca tempo em enfeitar o corpo à custa de exercícios nem sempre saudáveis e tratamentos, que, ambos, diminuem o tempo da reencarnação, quando realizados fora das Leis da Natureza. Cometemos, aqui, a ousadia de indicar a você dois livros N atu u r eza eza ” e “A N oite oi te e o que, talvez, lhe sejam úteis: “ M ãe Nat E spír i to H u mano man o ”, ”, ambos publicados na Internet em
luizguilhermemarques.com.br e na Biblioteca Virtual Espírita. Iniciemos, agora sim, nossas reflexões sobre o Amor multimilenário. Lembre-se, por gentileza, do referencial que lhe apresentamos neste livro, através da menção ao casal KardecGabi, cuja biografia encanta quem dela toma conhecimento e
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que aqui, expressamente, recomendamos, inclusive através ar decc e Gabi ”, dos livros “K arde ”, de Violeta Cunha do Couto, e “Kardec e Gabi na Espiritualidade ”, ambos publicados na ”,
Internet nos dois endereços acima mencionados. Ninguém deve se subestimar, acreditando que seja um Espírito jovem, pois todos os que acreditam na reencarnação são, seguramente, Espíritos muito antigos, portanto, em condições de encontrar quem lhe seja ligado pelo coração há muitos milênios. Não devemos aceitar a companhia, a nível de convivência conjugal, mesmo que por pouco tempo, com quem não seja nosso afim desde épocas imemoriais, pois, em caso contrário, estaremos barateando nossa dignidade espiritual e a dignidade alheia, tanto quanto adquirindo compromissos sérios para o presente e para o futuro. Gandhi, perguntado sobre quais os fatores que destroem p olí íti ca sem pr p r i n cípi pios, os, o pr aze azerr o ser humano, respondeu: “a pol sem compromisso, a riqueza sem trabalho, a sabedoria sem car áter ter,, os negóci negócios os se sem mor m or al , a ciê ci ên ci cia a sem sem hu h u mi l dade e a or ação se sem m ca carr i da dade de .”
Se ainda não lhe chegou até o coração esse alguém, espere, que seus Amigos Espirituais lhe encaminharão essa pessoa, porque, se você se precipitar, pode ter pela frente um relacionamento que lhe impedirá ou dificultará o reencontro tão desejado e sonhado. As próprias Trevas costumam preparar esse tipo de armadilha e muitos caem nela.
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1 – COMO COMO IDENTIFICAR ESSE AMOR De início, temos a dizer que os prezados leitores perceberão, facilmente, e essa é a nossa intenção, que todas as três primeiras Partes deste livro farão referência à quarta, que trata da mentalização: é como se desenhássemos uma árvore de três ramos, mas de cima para baixo, terminando por traçar as linhas do tronco, frondoso, robusto, vital, pois, na verdade, através do desenvolvimento do poder mental no Bem é que o Espírito evolui rumo a outros patamares muito mais elevados. Todavia, essa árvore simbólica não estaria completa sem suas raízes, que representam o Auto Amor. Sem essa conquista, estará sempre no nível da, digamos, “horizontalidade ” de um mundo de provas e expiações e terá
de reencarnar tantas vezes quantas forem necessárias para adquirir o poder mental no Bem. Então prossigamos. Os Orientadores Espirituais têm muito empenho em aproximar esses Amores multimilenários uns dos outros quando pelo menos um deles milita realmente no Bem, pois, não só em proveito deles próprios, mas das coletividades que tanto necessitam de ajuda de pessoas de boa vontade, esses Guias sabem que aqueles dois trabalhadores do Bem somarão, ou melhor, multiplicarão, esforços nas Causas do Bem. Todavia, esses reencarnados devem estar bem sintonizados com seus Orientadores Espirituais, não só pelos trabalhos no Bem, como também pela prática habitual da mentalização, que abre os canais da comunicação mental direta com eles, e, assim, receberão, principalmente, nos momentos de desprendimento parcial da matéria, as orientações necessárias, inclusive, para identificar seu Amor multimilenário. Trata-se de uma questão de merecimento, como uma verdadeira recompensa pela sua dedicação ao Bem.
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Todavia, o contrário igualmente acontece, quando os reencarnados não merecem esse tipo de ajuda e, nesses casos, não percebem que estão diante daquela alma cujo coração é e “seu ”, ”, espontânea e livremente, há muitos milênios costumam seguir adiante, envolvidas por outros interesses e, dessa forma, vivem o resto da reencarnação infelizes, sozinhas ou junto de outro coração que nada tem a ver com o seu. segun n do su su as obras obr as “A cada um segu ”, disse Jesus, e assim ”,
acontece. Os Orientadores Espirituais, na verdade, podem forçar situações benéficas em favor dos seus pupilos, inclusive, propiciando esses reencontros para quem não os merece, mas concedem esse benefício apenas depois de ponderarem os prós e os contras em favor da evolução dos interessados e, assim, nem sempre os reencarnados distraídos com as coisas e interesses materiais são intuídos e percebem que o grande Amor da sua vida passou perto e eles não viram.
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PRI M EI RA I M PESS PESSÃ O ÉA QUE CONTA ” 1.1 – “ – “A PRI Essa frase, apesar de não representar uma verdade absoluta, pode ser tomada como uma referência para a avaliação de quem são as pessoas, quanto à sua essência espiritual. Cada um irradia de si seus próprios pensamentos e sentimentos, que, muito mais do que se possa imaginar, são percebidos pelas outras pessoas, inclusive, através dos olhos, ou seja, do olhar. A dissimulação é ensinada por muitos pais e responsáveis pela educação das crianças desde os primeiros anos de vida, como sendo um recurso para a sobrevivência no meio social e que daria grandes chances de “sucesso ” durante as reencarnações. Essa é uma triste realidade terrena. Enquanto que, por exemplo, Moreno ensinava a espontaneidade, para se alcançar alto grau de criatividade, a maioria dos orientadores terrenos, consciente ou inconscientemente, trabalha a mente dos seus pupilos para a adoção de atitudes estudadas, hipócritas, planejadas para dissimular, enganar, a fim de “ levar vantagem ” junto aos
companheiros de jornada terrena. Entende-se, dessa forma, que preparar para o “sucesso ” é transformar crianças em precoces adultos ardilosos, ambiciosos, e prontos para convencer a quem quer que seja de que estão preparados para qualquer atitude “politicamente correta ”: ”: quem não admira uma pessoa que tem o dom da
diplomacia, mesmo que no pior sentido da palavra? Essas pessoas dissimuladas são tidas como inteligentes, hábeis, dignas de ocupar altos postos na sociedade materializada, interesseira, que endeusa os falsos valores e destaca verdadeiros malfeitores, enquanto lhe aborrece pessoas que vivem e pregam o Bem, porque incomodam a consciência da maioria, que prefere os gozos terrenos aos sacrifícios aparentes que o Bem cobra como exigência imprescindível.
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Infelizmente, num mundo de provas e expiações, como o é a Terra, essa é a realidade da maioria dos seus habitantes. Uma pessoa treinada para ser dissimulada, porém, dificilmente deixa de revelar sua verdadeira essência interior, l ocal do porque, tanto quanto “o cri mi noso sempr e volta ao local crime tenci onado ado não conse consegue gu e i mpedir que qu e outr ou tr os ”, ”, “o mal i n tencion lhes captem o sentimento e o pensamento maldosos ”, ”,
principalmente se esses outros têm a mediunidade aflorada e desenvolvida no Bem, devendo estar alerta para receberem esse tipo de informação. Por isso, podemos dizer que não é sem razão o ditado que dá nome a este item do nosso estudo, todavia, deve-se avaliar com calma e ponderação sobre a personalidade do “candidato ” a companheiro na área da conjugalidade. Utilizamos, neste estudo, propositadamente, a expressão
“candidato ”, porque é conveniente que, antes de qualquer ”, envolvimento propriamente dito, o “ candidato ” seja avaliado
em profundidade, inclusive com o pedido de ajuda mental aos Orientadores Espirituais, que nunca deixam sem resposta esse tipo de indagação, porque é vital para os reencarnados.
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1.1.1 – ATRAÇÃO ATRAÇÃO ESPIRITUAL scol a B ásica si ca de M ental ent al i zação do d o Am A m or No livro “E scola Universal ” consignamos:
“O Espírito é “luz”, tanto que Jesus recomendou: “Brilhe vossa luz.” Sua essência não tem forma nem órgãos, mas [...] é pura “luz”.” [...] “Se você não acredita que é “luz”, ou seja, se você
en tende que qu e J esu s estava uti ut i l i zando an do apen apen as u ma fi f i gur a de l i n guagem, gu agem, como o faz f aze em os poetas, poetas, de n ada adian adi antar tar á conti nu ar a es estudar tu dar conosco. conosco. Pr esu esu m amos am os que qu e vocêtenh en h a, ent en tão, com c omo o cer t o qu qu e você é “luz”. Imagine - se se um foco de “luz” por alguns segun gu n dos ou mi n u tos, conf con f or me vocêdese desej e.” [...]
“Não leve em tanta conta, para iniciar a mentalização da sua su a essê n ci a espiritual, que é “luz”, se você detecta em si
def def ei tos mor ais ai s e vícios ci os,, pois poi s todas toda s as cri cr i atu r as de D eu s
são “luz” e você também é “luz”. Por algum motivo sua “luz” pode estar brilhando menos
que qu e o ideal i deal,, mas m as você cons con segui r á f azê-l a br i l h ar i n tensamente tensament e, tal como se vê, por ex empl o, nas n as f otos dessa r eali al i dade. “Kirlian”: entenda e conscientize -se des N ão se tr ata at a de d e nada n ada especial peci al , mas m as si si m de uma u ma pr evis evi são da Von V ontade tade de D eu s, que cri cr i ou a cada um de nós nós com a dest dest i n ação da d a per p erff eiç ei ção r elat el atii va, tan ta n t o qu q u ant an t o a sem sem ente ent e des desabr ocha och a e pr ocur ocu r a a su su perf per f ície ci e do sol solo, o, atende atend en do a u m tr opis opi smo i r r esi stível vel . N ós ta ta m b é m som som os assi m : n ão h ácom o f u gi r àperf er f eiç ei ção
relativa, não há como apagar a própria “luz”.
U ma vez cr i ado um u m ser ser , ele el e ser ser áE spír i to Pur Pu r o.”
Então, a partir dessa certeza, consolidada no nosso at r ação espi espi r i tu al ”, ou seja, a que íntimo, podemos falar em “atr existe entre dois focos de luz, e não entre dois corpos, o que, infelizmente, acontece quando não nos conscientizamos de que todos somos Espíritos , ou seja, “l u z ”, ”, e, então, passamos a enxergar em cada ser reencarnado seu corpo físico, portanto, com quase totais chances de não identificar nosso Amor
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multimilenário, o qual pode estar vestindo, na reencarnação, um corpo defeituoso, esteticamente desagradável aos olhos, ou atrelado obrigatoriamente a um leito de doente. Se enxergamos em cada pessoa seu corpo físico, analisando sua estética, ou se tomamos como referência na tentativa de identificação qualquer outro fator que não seja o Amor multimilenário, estaremos escolhendo a pessoa errada para a nossa vida. Inserimos aqui um desenho, que representa graficamente, o que tentamos transmitir em palavras, imagem fala f ala mais mai s alto obedecendo ao provérbio que diz: “ U ma imagem que mil pal pal avr avr as .”
Atentemos para o foco de luz branca que liga os dois Espíritos na área do “chakra ” cardíaco.
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Essa atração espiritual é que une realmente dois Espíritos ligados pelo Amor multimilenário e não há oposição, de quem quer que seja, que consiga desuni-los, pois Deus abençoa essas uniões ditadas pelo Amor verdadeiro, porque, nesses casos, não há orgulho, egoísmo ou vaidade, mas apenas a sintonia nas virtudes da humildade, desapego e simplicidade, visando ambos a vivência do Amor Universal, em benefício de todas as criaturas de Deus. Como Deus deixaria de abençoar essas uniões, se Sua finalidade é a felicidade dos Seus filhos e filhas na realização do Bem?
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1.1.2 – ATRAÇÃO ATRAÇÃO FÍSICA Habitando um corpo físico para a vivência das experiências reencarnatórias, cujo objetivo máximo, por enquanto, na Terra, é o desenvolvimento do poder mental no Bem, pelo fato mesmo da situação de estar ligado a uma máquina viva, formada por nonilhões de células, que são Espíritos rudimentares em evolução, há necessidades físicas a repr oduzi oduzi r e comer comer ”. serem satisfeitas, como “dormi r , repr ”.
Dentro do item reprodução, incluímos as necessidades tr ocass de energia nergi a vital subl i me sexuais, que chamamos de “ troca ”, quando as criaturas reencarnadas preenchem dois requisitos: 1 - estão em presença do seu Amor multimilenário e 2 - já despertaram para o desenvolvimento do poder mental no Bem. Veja-se que a quantidade e a qualidade desses requisitos oc as ener en ergé gé ti cas ca s não banaliza as referidas “ tr ocas ”, ”, mas sim
estabelecem um nível de qualidade que a maioria dos reencarnados na Terra não se dispõe a conquistar e vivenciar. Essa maioria, na verdade, procura a satisfação da troca energética com pouca diferença do que realizava na fase dos irracionais, o que acarreta, como consequências inevitáveis, sérios prejuízos orgânicos e psíquicos, fazendo parte dos primeiros o envelhecimento precoce, pelo desgaste energético, que repercute nas células físicas, e, quanto aos segundos, pela sintonia com as mentes desinteressadas pela elevação espiritual, mas, principalmente, com aquelas focadas propositadamente no vampirismo espiritual, que André Luiz descreve no seu livro “ L i ber t ação ”. Todavia, consignemos, primeiro, o que ele informa sobre m ental al ”: a “f or ça ment ”:
Sabemo s que qu e a edu educaç cação, na n a mai m ai or i a das d as veze vezes, s, par te da “ Sabemos
per per i f er i a para par a o cen cen tr o; contu cont u do, a re r en ovação, tr aduz adu zi n do aper aper f ei çoamen oamen to r eal, al , movi menta-s menta- se em em sen sen ti do i n ver ver so. A mbos os impu im pull sos, todavi a, sã são al i mentados ment ados e contr con tr olados ol ados pel pel os podere poder es quas qu ase e des desconh con h ecidos ci dos da mente ment e.
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O es espír i to hu h u mano man o lil i da com a for f orç ça mental , tanto tan to quan qu anto to man ma n ej a a eletr el etrii cidad ci dade, e, com a dif di f erenç er ença, por po r é m, de que, qu e, se se já j á apr en de a gastar gastar a segun gu n da, n o tr ans an sf ormi or mi smo i n ces cessante an te da Terr Ter r a, mal conh con h ece a ex ex i stên cia ci a da pri pr i meir a, que nos pre pr esi de a todos os atos da vida. vi da.”
Tenhamos em conta que, por trás de ação, está, primeiro o pensamento ou o sentimento, que significam movimentação m ental al ”. da “f or ça ment
Portanto, não há nenhum pensamento, sentimento ou ação que não produza efeitos no próprio Espírito que realiza essa operação, como também em todos os seres existentes no Universo que estejam vibrando naquela frequência. Compreendamos o alcance das nossas emissões mentais: pensemos nisso. Sigamos adiante, porém, nas citações do referido livro: Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, “ Seres apoi am-se am -se n a mente men te en en car n ada, atr a tr avé s de fal f alan anges ges i n contá con táveis, vei s, tão sem sem i consci con scient ente es n a r espon esponssabi l i dade e tão in i n comple compl etas na vi r tude tu de,, quan to os própri os h omen omen s.”
[...] Um reino espiritual, dividido e atormentado, cerca a “ Um
experi exper i ên cia ci a hu h u man ma n a, em todas to das as dir di r eções, es, in i n tenta ten tan n do dil di l atar o domín i o per per mane man en te da tir ti r ani an i a e da f orç or ça.” [...] [...] ossegui gu i r alé al é m do túmu túmu l o, a cami n h o “ I n capaci tados de pr oss do Cé Cé u que qu e não souber sou beram am conqu con quii star , os f i l h os do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e m i sé r i a mor m or al , di sput spu t ando an do,, entr ent r e si, si , a domi dom i n ação da Terra.” [...] [...] er n o, por po r i sto mes m esmo mo,, éu m pr p r obl ema de dir di r eção “ O i n f ern espi espirr i tu al. al . Satã éa i n teli tel i gên cia ci a perver per verssa - O mal ma l éo des desperdí per dício ci o do tempo ou o empr ego da en er gia gi a em sen sen ti do contr con tr ár i o aos propó pr opóssi tos do Se Sen h or . O sofr sof r i mento men to é r eparaç epar ação ou en si n ament am ento o r en ovador ovad or . M i stur stu r amam - se à mu l t i dão t err er r estr estr e, exer cem atu at u ação si n gul gu l ar sobr e i n úmeros mer os l ar es e admi n i str ações e o i n teress teresse fu f u n damental das mais mai s poder poder osas osas in teli gên cias ci as,,
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dentr den tr e elas, el as, éa éa con ser ser vação do mu m u n do of u scado e di str aído, do , àf or ça da i gnor gn or ân ci a def endi en di da e do egoísmo r ecalcado, cal cado, adian do-se o Rei Rei n o de D eu s, en en tr e os h omens, omens, indefinidamente... ” [...] [...] o bj eti vo ess essen cial ci al de tai s ex ex é r cito ci toss som sombr br i os éa éa “ O obj conser conser vação do pri pr i mi ti vis vi smo mental ment al da cri cr i atur atu r a hu mana, man a, a f i m de que o Pl ane an eta perman per man eça, tan t anto to quan qu anto to poss possível vel , sob se seu j ugo ti t i r âni co.” [...] [...] ma m associ associ ações en en or mes e compact com pactas, as, com base “ F or mam n as ema eman n ações da Cr C r osta do M u n do, on de mil mi l h ões de h omens e mul mu l h er es l h es su stentam tent am as a s ex i gên cias ci as mai s baix bai x as; as; f aze azem vi da cole col eti va provi pr ovissór i a àf or ça de su su gar em as en en ergi er gias as da res r esii dên cia ci a dos do s i r mãos en en car n ados, qual qu al se f oss ossem ex tensa tensa col ôn i a de cri cr i mi n osos osos,, vive vi ven n do a expensas de gener generos oso o rebanh rebanho o bovi bovino. no. I mporta mpor ta ponderar ponderar , contudo, contu do, que qu e o homem h omem ex ex plor pl ora a a vaca, men men os consciente conscient e e i n capaz de ser j u l gada por del del i to de coni vên cia, ci a, ao pass passo que qu e, na na esfera humana, o quadro apresenta outro aspecto. A cr i atu at u r a r aci onal on al n ão se se exi mi r áàr espon esponssabi l i dade. Se Se o per per segui gu i dor i n vis vi sível vel aos olh ol h os terr ter r estr es er i ge agr u pament pam entos os par a cul cu l to siste si stemá máti co à r evolta evol ta e ao egoísmo, o homem h omem en car n ado, sen sen h or de vali val i osos osos patri patr i môn môn i os de conhe conh ecime cim ento nt o sant santii f i cante, garant gar ante e-lh -l h e a obr a nef n efasta asta pela pel a fu f u ga con stante stan te às obr i gações divi di vin n as de cooperador cooper ador de Deus Deu s, no n o pl ano an o de se ser viç vi ço em que qu e se se l ocali ocali za, ali mentan mentando do rui r ui nosa nosa ali ança. Um e outr o, por por i sto, parti par till hando han do os r esul tados da indi i ndi f er ença des destr u tiva ti va ou da aç a ção con co n dená den ável, vel , atr at r i t am e se se vascol ejam ej am r ecipr ocament ocamente e, tai s quai quai s f er as que se se ent entrr edevor devoram am na na f l ore or esta da vida. Obsi Obsi diam-s di am-se e, mutu mu tuame ament nte e, quando quan do nos ati l h os edu educati cativos vos da car n e ou n a aus au sên cia ci a deles. deles. A tr aves avessam sé cul cu l os, os, assi assi m, j u n gidos gi dos um ao ou tr o, pr esos a l amentá ament ávei vei s il u sões e pr opós opósi tos si si n i str os, os, com ex tr emas pert per t u r bações par a si mesmos, j áque qu e a her h eran anç ça celes cel estt i al se faz naturalmente vedada a todos aqueles que menospr menospre ezam em si pró pr ópri pr i os as sementes divi di vin n as. as.”
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Portanto, para quem pretende continuar reencarnando na Terra pelos próximos milênios, é absolutamente necessário trabalhar o próprio íntimo pela elevação da frequência mental, levando em consideração os tópicos que abordamos acima, que, aliás, não representam novidade alguma, uma vez que vêm sendo ensinados por todos os mestres da verdadeira Ciência Espiritual, tendo como Jesus Seu representante máximo na Terra, o qual recomendou a auto sublimação: soi s “Que teus olhos sejam bons ”, ”, “Brilhe vossa luz ”, ”, “V ós soi deu deu ses; vós vós podei podei s fazer fazer tudo tu do que qu e Eu f aço e mui mu i to mai s ain ai n da ”, ”, per f eit ei tos, com c omo o voss vosso o Pai Pa i , qu q u e est est án os Cé Cé u s, éPer f eit ei t o ” “Sede perf
etc. etc. A atração física deve estar em segundo lugar e ser levada em conta apenas se ocorre a primeira, que é a atração espiritual, decorrente do Amor multimilenário, pois, em caso contrário, estar-se-á entrando na faixa mental de terríveis vampiros espirituais, como mostrado claramente por André Luiz. Não que se vá viver aterrorizado, mas deve-se ser prevenido, como quem não se aventura a frequentar locais visitados por assaltantes e marginais perigosos, pois o ataque é previsível. O que se irradia de cada um em termos de emissão mental é perceptível sobretudo pelos desencarnados e não há como enganar ninguém, pois cada um é exatamente o que pensa e sente. Melhoremos nossas emissões mentais pelo exercício da mentalização conjugado com a prática do Amor Universal, que decorre das virtudes da humildade, desapego e simplicidade.
oc as ener en ergé gé ti cas ca s Assim, as “tr ocas ” serão sublimadas e, ao
invés de desgastarem, serão refazentes.
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1.2 – INTENÇÃO INTENÇÃO NA APROXIMAÇÃO en ções Uma mesma iniciativa pode ter inúmeras “i n tenç ”, sendo que, por isso, a Justiça Divina, ao contrário da Justiça terrena - a qual não consegue alcançar a intimidade do ser humano – leva em conta única e exclusivamente as en ções “i n t enç ”, pois, por si sós, representam ações concretas, reais, mensuráveis e, portanto, aprováveis ou reprováveis perante o Tribunal Divino, que está dentro da consciência de cada um. Precisamos entender essa realidade e não ficarmos nos enganando de, por um lado, assumirmos as responsabilidades pelos nossos erros, nem, por outro lado, acharmos que nossas boas intenções não serão levadas em conta em favor da nossa iluminação interior. Quando nos aproximamos de alguma pessoa com vistas ao contato afetivo, a que nos referimos, nosso íntimo registra o que nos moveu àquela atitude e esse registro é avaliado pelo senso ético ínsito na nossa consciência, esta última que é a Voz de Deus dentro de nós. Feliz de quem se aproxima enxergando no outro um Espírito eterno, filho ou filha de Deus, com toda a respeitabilidade que merece por essa simples característica! Ao contrário, quem realiza essa aproximação enxergando um corpo, do qual pretende aproveitar-se para a satisfação dos próprios instintos primitivistas, ou, mesmo enxergando ali um Espírito, mas desejoso de dele tirar algum proveito não aprovável pela consciência, já inicia uma trajetória para baixo, que tenderá a descer cada vez mais. Não basta tratarem-se de Espíritos ligados pelo Amor multimilenário, se houver qualquer intenção diferente daquela do puro Amor Universal. Analisemos nossas escolhas e corrijamos, se possível, qualquer equívoco já perpetrado, a fim de que não aconteça aquilo que Jesus afirmou: a-t e depre depr essa com teu adve ad verr sár i o, par a que qu e el e “Reconci l i a-te n ão te en en tr egue gu e ao ju j u i z e o ju j u i z, chaman cham ando do se seu ofi of i cial ci al,, te
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encer en cer r em n a pr p r i são, sendo sendo qu e de lá l án ão sai r ás ant an t es de ter ter pago pago o úl úl timo ti mo quadrante quadr ante .” .”
Através da mentalização no Bem em favor da felicidade do eventual prejudicado, caso não haja outra forma de recomposição, consegue-se retificar ou minimizar muitos equívocos morais cometidos. scol a B ásica si ca de M ental ent al i zação do d o Am A m or No livro “E scola Universal ”, ”, publicado nos dois endereços de Internet acima
mencionados, os prezados leitores poderão tomar contato com essa técnica. Todavia, aprendamos isso para sempre: regra geral, as en ções “i n t enç ” são o único item levado em conta pela nossa
consciência, e não o que os atos em si, apesar de André Luiz
ter mencionado, no seu livro “ Nosso Lar ”, ”, que foram
computadas em seu favor todas as consultas gratuitas que deu como médico, apesar de concedidas nem nenhum idealismo, mas a verdade é que sua consciência o cobrou pela falta de idealismo, e exigiu-lhe a iluminação interior, coisa que passou a realizar depois da permanência compulsórias em regiões purgatoriais. en ções As “i n tenç ”, ”, portanto, são o que nos importa sublimar, pois são o resultado natural da auto iluminação interior pela elevação da frequência mental. Saiamos da análise das ações materiais e ingressemos no mundo superior do pensamento no Bem: essa é a fase em que devemos ingressar em definitivo. ese Em “A Gr an de Sín tese ”, ”, Jesus, falando no “dir ei to de punir ”, ”, registra a importância das “m oti vações ” (expressão en ções sinônima de “i n tenç ”). Vejamos: pl i ca o cál cul o das re r espons pon sabil abi l i dades dades: o “Outro fator com pli deter determi mi n i smo das causas i n tr oduz odu zi das n o pass passado, com as pró pr ópri pr i as ações, na n a tr aje aj etór tór i a do pr ópri pr i o des desti n o; i mpul mpu l sos ass assi mi l ados, por l i vre vr e e re r espons pon sável vel escolh col h a, n o edif edi f ício ci o cin ci n é t i co do pr ópr i o psiqu psi quii smo. E ss ssas as cau ca u sas são f or ças colocadas em movimento pelo próprio “eu” e uma vez l anç an çadas, ad as, sã são aut au t ôn omas, om as, até at éexau exa u r i r - se. se. Voss V ossos os atos ato s
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pros pr osssegue gu em em se seu s ef ei tos, ir r esi sti vel vel mente, por l ei s de caus cau sali al i dade. Se Seu i mpu l so émedi émedido do pela pel a potê pot ên cia ci a que qu e imprimistes a esses atos, proporcionais e da mesma n atu at u r eza, eza, bené b ené f i ca ou o u m al é f i ca, ao i m pul pu l so que qu e destes. destes. Assim o bem ou o mal dirigido aos outros éfeito sobr etudo etu do a si mesmo mesmo;; ér egido egi do pelas pel as re r eações da L ei e r ecai sobr sobre e o autor como uma chuva ch uva de ale al egri gr i as ou de dores. O destino implica, pois, uma responsabilidade composta, com posta, que qu e é r esu esu l tan ta n te do pass p assado ado e do pr ese esen te. Cada Ca da ato at o ésempr mp r e lil i vr e em em sua su a or i gem, mas m as não depoi s, por que qu e entã ent ão já j á perten per tence ce ao determi deter mi n i smo da l ei de cau sali sal i dade, dad e, que qu e lh l h e im i m põe põe as reaç r eações e as cons con sequê qu ên cias ci as.. O des desti n o, como com o efe ef ei to do pas p asssado, conté con té m, poi p oiss, zon zonas as de absol absol u to dete d eterr mi n i smo, mas m as a el el e sobr epõe põe-se a cada moment m omento o a l i ber ber dade do pre pr esen te, que qu e vai chegando chegando conti n uamente e tem tem o pode poderr de i ntr nt r oduzi oduzi r
sempre novos impulsos e, neste sentido, de “corrigir” os
pre pr ecede ceden n tes. tes. O impu i mpull so do des desti n o pode comparar compar ar -se à
inércia de u’a massa lançada, que tende a prosseguir na
di r eção in i n i ci ada mas, m as, no n o entan ent antto, pode po de sof sof r er atr at r ações e desvios colaterais; esse impulso pode ser corrigido. Determinismo e liberdade, dessa maneira, contr con tr abal anç an çam-se am -se,, e o cami n h o éa r esu l tan te dada pela i né r ci a do do pass pa ssad ado o e pela pel a con co n stan stan t e ação cor co r r etor eto r a do pr esent esente. e. Nes N esse sess equ equii l íbr i os ín t i mos de f or ças r esi esi de o cál cul o das re r esponsabil i dades dades. O pre pr esen te pode corr cor r i gir gi r o passado, passado, n u ma vida vi da de rede r eden n ção; pode somar -se a ele el e nas n as estr adas do bem, bem, tanto tan to quanto qu anto nas do mal. D i ante do deter determi mi n i smo da L ei , que impõ i mpõe e a cada causa causa se seu ef ei to, estáo poder poder do lil i vre vr e-ar bítr i o, de cor corrr i gir gi r a tr aje aj etór tór i a dos efeit ef eitos os com a i n tr oduç odu ção de novos n ovos imp i mpu u l sos. D esti n o nã n ão é fata fatali smo , não é cega “Ánánke” (necessidade, deter determi mi n i smo, i n evitab vi tabii l i dade), éa base de cri cr i ações ou destr u i ções con con tín u as. O que qu e a cad c ada a mom m omen entto est est á em ação n o desti d esti n o éa r esul esul t an te de tod t odas as essas for f or ças.
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Respon Responssabil abi l i dade progr pr ogr essi va, f u n ção do conh con h eciment ci mento oe l i berdade ber dade progr pr ogr essi va, cál cul cu l o compl comp l ex o de for f orç ças; as; evol u ção, ao a o mes m esm m o temp t empo o l i ber tação do deter d eterm m i n i smo das causas (des (desti n o), como do determi deter mi n i smo da maté m até r i a, ei s a r eali al i dade mais mai s prof pr ofu u n da do f en ômeno. U ma é ti ca r acion aci onal al tor n ada ciê ci ên cia ci a exata, exata , que qu e não sej sej a me m er a ar ma de defesa, deve levar em conta todos esses fatores compl ex os; os; deve saber pes pesar essas for ças e cal calcu cull ar -l h es a r esu l tan te; deve deve saber avali aval i ar as moti mot i vações; reconstruir na personalidade seu passado biológico e ori or i en tar -se n a vasta vasta r ede de cau caussas e ef ei tos, de i mpul mpu l sos e contra impulsos, que constituem o destino e sua cor r eção. Par P ar a cada cad a in i n di víduo du o o pon po n to de par t i da ému i to dif di f er en te e n ão há h á mai or absu absu r do, nu n u m mu m u n do de substanciais desigualdades, que uma lei humana a posteri posteri ori or i , ex ex tern a, igu i gual al par a todos. todos. Esta poder poder á sati sfaze sf azerr a f u n ções sociai soci ai s defensi def ensivas, vas, mas m as nã n ão pode po de cham ch amar ar - se j u stiç sti ça. Soment Som ente e esta esta pode, pode, pelas pel as sanç san ções morai mor aiss e pen pen ais ai s, constit constitui ui r a base base do dir ei to de puni pun i r . I sto está está estr i tamen ta mente te vin vi n cul cu l ado ao cál cul cu l o das r espons pon sabil abi l i dades, dades, sem sem o qu q u al n ão pode p ode se ser estabele tabel ecido. ci do. T en do-se estabi l i zado por meio mei o da for f orç ça, como todos t odos os direitos — na n a or o r i gem m era er a r eação e nece n ecess ssii dade dad e de defesa — , tr t r ans an sf or ma-se ma -se,, por po r evolu evol u ção, da d a f ase de vi n gan ga n ça pess p essoa oall à f ase de pr oteç ot eção col c ol eti va. va . A n or mal ma l i zação j u r ídi ca da d a f or ça, como co mo n o mai m ai s ampl o pr oces oc esso so da evol u ção da f or ça em di d i r eit ei to, a l egal i zação da da defes def esa a di d i r i ge-se ge- se àconse con serr vação de d e um u m gr u po sem sem pr e mai ma i s extenso, ext enso, àpr opor op or ção qu e su su r gem un u n i dades da des col etivas eti vas cada vez ma m ai s vva asta stas, do i n di vídu o àf am íl i a, àcl asse, àn ação, à h u man i dade. E m su a evolu vol u ção, o dir di r ei to pen pen al cir ci r cun cu n screve scr eve cada cad a vez mai s, até at éa eli el i mi n ação das d as zon zonas as i n defe def esas, tor to r n ando an do mai ma i s dif di f ícil ci l escapa escaparr à su a sanç san ção (extr (ex tr adi ção), o) , até at écobr i r todo to do o pl p l aneta; an eta; ao mes m esmo mo tempo t empo atinge ati nge e dis di scipl ci plii na cada ve vez mais mai s nu merosas merosas f ormas or mas de de atividades humanas. Paralelamente, quanto mais se
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estende o direito, mais diminui a ferocidade, torna-se mais racional e inteligente; quanto mais se torna pr oteç ot eção da or dem pú p úbl i ca, menos men os se se faz f az pela pel a r ei vin vi n dicaç di cação da of en sa sofr sof r i da pelo pel o par ti cul cu l ar ; ésempr e menos “força” e sempre mais “justiça”. À medida qu e o homem se afasta das necessidades da vida animal, man ma n i f esta esta-se -se contí con tín u a cir ci r cun cu n scr i ção do ar bítr i o n a def def esa, qu e se se tor n a mai m aiss equ equii l íbr i o j u r ídico; di co; a j u sti ça f i ca menos men os i n compl com pleta; eta; àpr opor ção que qu e o ju j u i z evol u i , torna-s tor na-se e digno dign o de conqu conquii star o dir ei to de j ul gar. gar . A ssi m, o f enôm enôm eno nã n ão apenas apen as se se pr oj eta da f ase i n divi di vidu dual al àf ase soci al , nã n ão só tende ten de a esta estabel belece ecerr mai ma i s prof pr ofun un da ordem, tor nando-s nan do-se e mais mai s substancial ubstanci al,, mas se desenvo desenvoll ve sempr mp r e m ais ai s e conté con té m o f ator at or mor mo r al , h ar mon i zandoan do-sse em em si stema é ti co. O conce con ceii to or i gin gi n ár i o de pre pr ej u ízo, r essar ciment ci mento, o, of en sa, ele el eva-s va- se à r econstr u ção de equi l íbr i os mai s alto al tos, s, en en r i que qu ecidos ci dos dos n ovos ovo s valor val or es que qu e a evol u ção ter t erá á desenv desenvol ol vido; vi do; a bal anç an ça da d a j u sti ça se far f ar á mu i to mai ma i s pre pr ecis ci sa, atéo atéo cál cul cu l o das d as r esponsab espon sabii l i dades da des espec especí íf i cas, ca s, isto i sto é , at a t éas dif di f er entí nt íssi mas respons responsabi abill i dades dades indi in divi viduai duai s. A pri pr i miti mi tiva va e gr oss ossei r a ju j u sti ça do di r ei to de def def en der-se der -se,, evol evolu u i r ápar a ju j u sti ça que qu e dáo dir di r ei to de j u l gar e de pun pu n i r ; cada vez vez mai s a bal anç an ça do di r ei to subs su bstiti tui tu i r á a espada espada da vin vi n ganç gan ça; cada vez mai s pes pesar áa r espons pon sabi l i dade mor al do cul cu l pado e sempr e menos meno s a pró pr ópr i a tutel tu tela a egoí egoísti ca. Em Em sua evol u ção, o j u s de pun pu n i r penetr pen etr ar á sem sem pr e m ai s a subst substâ ân ci a das das mot mo t i vaç vações. es. A ascensã ascen são mor m or al e psíqui qu i ca do le l egis gi sl ador o autor i zará ar áa faz f aze er uma um a si si ndi câ cânci nci a mor al sempr e mai s pr ofu of u n da, por que qu e só u m j u i z mai s sen sível vel e per per f ei to poder poder áousar, ousar , se sem tor n ar ti r ani an i a de pen pen samento, apr oxi ox i mar -se da ju j u sti ça substanci substan cial al que qu e vem vem da mã m ão de D eu s. Es E sta éa meta das f ormas or mas human hu manas as.. Quan Qu anto to mai m aiss evolu evol u ção elevar el evar o l egis egi sl ador , tan t anto to mai ma i s o su su bme bm eterá ter áa um um ato de bondade bond ade e de compr een são par a com o cul cu l pado. A f u n ção soci al da defes def esa a se en en r i quecer qu ecerá ám ai s de f u n ções
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pre pr even ven ti vas e educati du cativas vas,, porqu por que e o deve deverr dos dir di r i gen gen tes é aju aj u dar o home h omem m i nvoluí nvol uído a subi subi r . Assim as duas ferocidades, da culpa e do castigo, abrandam-se abr andam-se;; aproxi apr oxi mam-se os extr xt r emos, mos, har h armoni moni za-se a-se seu choque. ch oque. M el h or que i nves nvestir ti r contr a uma alma al ma que só sabe ser ser má, por p or que qu e éi n vol u ída, da , éaj u dá- l a a evolu evol u i r , demol i n do-s do- se os f ocos de i n f ecções mor mo r ai s onde on de n ascem ascem essas fl f l or es malé mal é f i cas. cas. Absur A bsur do enf u r ecer cer -se contr con tr a os efeit ef eitos, os, se se as causas f or em deix dei x adas in i n tacta ta ctass. Nã N ão se r esol esolve ve o probl pr obl ema apenas apen as com o egoísmo da auto au todef defe esa, com com a r epr essã essão sem a pr evenç evenção. J u sto, sto , mu m u i t as vezes, vezes, é só o que qu e protege pr otege a si si mesmo mesmo;; deve ampl i ar -se atépr oteger oteger a todos. Na N a balan bal anç ça soci social al h á u m tr t r i buto bu to an u al de expul expu l sos, segun segun do u ma l ei expr ess essa pel p elas as es estatí ta tísti cas. É pr ecis ci so compr com pr een der der essa l ei e cortá cor tá-l a pela pel a r aiz ai z. H á deserdados cujo crime éo de serem marcados no n asci ascimento mento por uma um a tar a he h er editá di tár i a. Ou tr os sã são f ali al i dos na l u ta pel pel a vida, com com a mes mesma psi psi cologia cologi a e valor moral mor al dos ven ven cedor cedor es. I n dis di spensável vel saber aber l er e tr abal h ar n a alma; al ma; saber aber f aze azer o cál cul o das re r espons pon sabil abi l i dades dades; ultrapassar a desastrosa psicologia materialista da antr ant r opologia opologi a cri mi nal . Deli nquê nqu ênci a éfe éf en ômen men o de i n vol u ção. É n ecess ecessá ár i o al a l i m entar ent ar t odos odo s os fat f ator or es de evolu evol u ção, demol i r os opostos, se qui qu i serdes er des que qu e o decur d ecur so da doen doen ça melh ore or e e a soci socie edade poss possa ar r i ar o f ardo. ar do. O t r abal aba l h o deve d eve ser ser de penetr pen etr ação de d e espí espír i t o, de educar edu car , cor cor r igi r , ajuda aju darr e, sob sobrr etudo — pr etende tende-s -se e gui ar e puni pun i r em nome n ome de u ma j u sti ça divi di vin n a — de re r ecordar cor dar a máx i ma
evangélica: “Quem esteja sem pecado, lance a primeira pedra”.”
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2 – IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO PARCEIRO IDEAL As “estórias ” de Amor, pelo menos as mais antigas,
terminavam sempre com o casamento do herói com a heroína, depois de angustiosos momentos da luta entre o Bem, que eles representavam, e o Mal, na pessoa de perseguidores cruéis. Todavia, sob o ponto de vista espiritual, aí é que costumam começar as histórias reais, ou seja, a partir daí é que a maioria dos Espíritos começa, de fato, a cumprir os compromissos que trouxe para sua reencarnação: trata-se da soci al do A m or ”, ou seja, o dever de ambos “f u n ção social trabalharem em prol da coletividade ou, pelo menos, de um modo geral, em favor de outras pessoas. Deus não possibilitou a união entre dois Espíritos para se isolarem em um pequeno mundo particular, à semelhança de uma simbólica ilha, cercada de sofrimentos por todos os lados. Quando Deus concede o benefício do reencontro de Espíritos ligados pelo Amor multimilenário é com a finalidade de somarem, ou multiplicarem, esforços em favor do Bem da humanidade. Assim aconteceu com Kardec e Gabi, por exemplo; com Francisco e Clara de Assis e outros tantos. Miremo-nos nesses exemplos dignificadores da espécie humana e não sejamos como a família de Robinson Crusoé e milhares de outras famílias enclausuradas no egoísmo. Identificado o parceiro ideal, permaneçam unidos na realização do Bem, em benefício do maior número possível de pessoas, mesmo quando haja prioridades em favor de alguém que necessite de apoio especial, porque o Amor tem de ser sempre Universal, para atingir sua finalidade. Até os próprios beneficiados têm de aprender com essa exemplificação, de entenderem que não são os únicos a merecer aquela dedicação, para que, por sua vez, imitem o exemplo dignificante e se desdobrem em realizações a favor de outros tantos e assim por diante.
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Na verdade, o maior benefício que podemos dar a alguém é instruí-lo, pelo exemplo, a fazer o Bem a muitos, tornando-se todos benfeitores, “multiplicadores ” do Bem. Lembremo-nos de uma lição oriental, do mestre que ensinou, ao seu único discípulo, todos os grandes segredos do Conhecimento de que dispunha, com o compromisso deste de transmiti-lo a outros dez, e cada um desses dez a outros dez e assim por diante. Devemos despertar os “multiplicadores ”, ”, pois foi isso que Jesus fez, apesar de ter distribuído Suas Lições entre todos. Lembremo-nos de que a identificação do parceiro ideal é apenas o começo de um trabalho em dupla, que irá se transformar numa equipe e esta cada vez mais numerosa e qualificada.
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3 – SINCERIDADE SINCERIDADE NA AVALIAÇÃO A avaliação tem de ser sincera e verdadeira, dizendo-se sim ou não com absoluta objetividade. Ninguém é obrigado a quem não lhe corresponda aos ideais superiores, porque, em caso contrário, as tarefas a realizar poderão ficar prejudicadas, além da própria infelicidade pessoal. Por isso é bom que, antes de começar um relacionamento f uturr o “sem futu ”, ”, esse nem comece. José Raul Teixeira narra um incidente desse tipo, vivido por uma amiga, cujo pretendente disse que tinha horror a “macumba ”, ao que ela respondeu: - Tome o dinheiro para a ”, passagem do ônibus e adeus, pois continuarei sendo espiritualista, uma vez que meu compromisso é sério. Simplesmente ter alguém ao lado por medo da solidão é má opção, pois você somente estará realmente sozinho se não sol i dár i o ” com as pessoas que necessitam do seu apoio e for “soli da sua atenção, contando-se aos milhares esses carentes, nos asilos, abrigos, em toda parte. O tempo só fica vazio para quem não quer preenchê-lo com realizações no Bem, as quais podem ser viabilizadas de várias maneiras, inclusive, atualmente, através da Internet, que apresenta esse lado bom. Quantos sites, blogs etc. de consolação, divulgação de pensamentos otimistas etc. etc.! Se possível, crie um; se não, participe de muitos. Mas não se esqueça de estar com as pessoas, que esse contato é vital, energético, indispensável. Mas, voltando à avaliação, lembremos o provérbio ef erí ível só que qu e mal acompan acom panh h ado ”, popular: “É pr efer ”, ou, melhor
dizendo: se o candidato não é seu Amor multimilenário, por melhor pessoa que seja, não será a pessoa ideal para você nem você o será para ela.
oc a ener en ergé gé ti ca ” tem de ser Compreendamos que a “ tr oca “sublimada ” para valer a pena e, em caso contrário, não
ultrapassará o nível primário e desgastante da mera descarga
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de energia espiritual, sem nenhum benefício e grandes prejuízos, como já dissemos linhas atrás. Saibamos Amar a nós mesmos, em primeiro lugar, sendo essa uma forma de Auto Amor, ou seja, dar-se apenas ao detentor do seu coração como seu Amor multimilenário.
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CAPÍTULO II – FIDELIDADE FIDELIDADE ESPONTÂNEA O que é a fidelidade senão a completude que o Amor multimilenário concede? Quando há traição é porque não se trata do Amor multimilenário; quando há ciúme também, pois ninguém troca o melhor pelo pior nem se preocupa em prender o que é seu espontaneamente. Se há infidelidade ou ciúme não há como “ fabricar-se ”
uma sintonia espiritual que não existe: trata-se da pessoa errada e não daquela que se conhece e a quem se Ama há muitos milênios. Aprendamos que mais importante que as leis humanas, as quais instituíram uma série de regras artificiais, está a Lei Divina, que instituiu normas que não se limitam a uma reencarnação, mas ao progresso dos Espíritos desde sua criação até o infinito. Quem conseguirá colocar Amor no coração de alguém à força de ameaças ou súplicas? Quem conseguirá impor a separação eterna daqueles que se Amam há milênios? Sejamos, então, conscientes de que, se não somos o Amor multimilenário de alguém que queremos, a recíproca é verdadeira e cada qual deve seguir seu caminho, sem mágoas, desforços, rixas, litígios judiciais, porque o tempo passa e cada um tem seu companheiro à espera do momento certo para reencontrar. Abramos caminho para os outros, que nossos caminhos serão abertos, na hora certa. O que afirmamos pode assustar alguém que foque apenas a reencarnação atual, mas, se tomasse conhecimento de outras vidas suas e das pessoas da sua convivência, ficaria feliz de não ter contraído compromisso conjugal com nenhuma delas, pois, na certa, seu Amor multimilenário não é nenhuma dessas: é o que geralmente acontece e, então, esperá-lo-ia, com paciência.
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CORAÇÃO PLENO DE AMOR ESPIRITUAL – CORAÇÃO
Do que temos falado neste livro, desde o começo, senão no Amor espiritual, entre duas pessoas e destas em relação às outras? À medida que as criaturas humanas evoluem seu coração vai ficando mais pleno do Amor espiritual, pois não conseguem mais conceber nenhum sentimento que não seja o Amor Universal. Não há como ser de outra forma, pois a compreensão que vai tomando conta do Espírito lhe faz ver que a única forma de ser feliz é contribuindo para a felicidade alheia. A mor cobr e a mul mu l ti dão dos Jesus mesmo falou: “O Amor pecados ”, ”, sendo que os males que foram praticados no extenso
passado do Espírito vão sendo desfeitos pela multiplicidade de iniciativas no Bem, uma vez que, à medida que o Espírito evolui, seu passado lhe vai sendo revelado e ele se sente no dever de realizar mais e mais no Bem, até que sua consciência lhe dê a quitação por tudo que estava registrado como sendo classificado como mal. Assim se processa a evolução de cada Espírito, até que, um dia, não tendo nada mais a ressarcir, passa à categoria de Espírito Puro e, então estará apenas realizando no Bem. Jesus é uma exceção a essa regra, pois, como dito por Emmanuel, é o único Espírito, de todos os que passaram pela Terra, que descreveu uma trajetória retilínea, ou seja, nunca “errou ”, ”, sendo que, desde o começo, nunca teve de pagar por
erro algum, mas apenas evoluiu, porque nunca assimilou pensamentos e sentimentos de orgulho, egoísmo ou vaidade, sendo sempre humilde, desapegado e simples. O Amor, com A maiúsculo, sempre é espiritual, ou seja, a irradiação de auto doação em relação a todos os outros seres e, dessa forma, não há como falar-se em Amor que não seja espiritual. azer amor ”, Quando se fala em “ f aze ”, não se trata de Amor,
mas sim de realizar o sexo, normalmente da forma mais primitiva possível, a não ser que ocorram as condições que
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viemos abordando desde o começo: 1 – tratem-se tratem-se de Espíritos ligados pelo Amor multimilenário, 2 – tenham adquirido em grau notável as virtudes da humildade, desapego e simplicidade e 3 – estão estão dispostas a realizar ou já realizaram a oc as ener energé gé ti cas ca s sublimação das “t r ocas ”. ”.
Na verdade, neste item, repetimos o que tínhamos falado antes, mas tal se faz necessário, para fixação dessa proposta, que redunda em progresso espiritual para as criaturas humanas, fazendo-as subir um degrau a mais na sua evolução, a fim de adquirirem condições de continuarem reencarnando na Terra, com sua passagem para mundo de regeneração, sem contar a felicidade que passarão a sentir, mesmo estando em um mundo não tão evoluído, pois a felicidade decorre da realidade interior de cada um e não de onde a criatura esteja.
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3.1 - DESCABIMENTO DO CIÚME Já tínhamos falado do ciúme quando nos referimos à fidelidade espontânea, mas, agora, vamos tratar especificamente desse sentimento de “posse ” sobre outra
pessoa. Na verdade, ninguém tem, legitimamente, o direito de “posse ” sobre o que quer que seja , tanto que Jesus afirmou: t enho o uma u ma pedra pedr a onde on de re r ecostar a cabeça .” “E u n ão tenh .” Se não tem uma “pedra ”, ”, terá alguma “ pessoa ”? ”?
Aprendamos que cada um é livre para decidir o próprio presente e o futuro e que ninguém pertence a ninguém, tendo o direito de permane cer “ao lado ” enquanto assim lhe convier e achar que vale a pena, sem contar que os planejamentos das reencarnações e trabalhos evolutivos podem afastar as criaturas por períodos mais ou menos longos, mesmo aquelas que se Amam multimilenariamente. Além disso, cada Espírito tem que aprender a doar-se a todas as outras criaturas, como forma de aprendizado do Amor Universal. E, mais, as tarefas de cada individualidade, por mais que se assemelhem, nunca são idênticas. esp aço E, mais ainda, cada criatura tem direito ao seu “espa sagrado ”, ”, que é aquele a que Jesus se referiu e que até hoje
não foi compreendido pela maioria, pois ainda sente muito de egoísmo e adere fortemente à ideia de “ posse ” sobre pessoas: Quan do for es orar, or ar, entr a no teu teu quarto, quar to, fecha fecha a porta port a e “Quando
or a a teu Pai em segr edo, e voss vosso Pai , que qu e sabe sabe o que qu e se se pass passa em segredo, te recompensará .”: entenda-se aí a menção ao sagr ado ad o ”, “espaço sagr ”, individual, indevassável, personalíssimo, no
contato de cada um com Deus. Como se justificar o ciúme?
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4 – DESCAMINHO DESCAMINHO NA FASE HUMANA: EXEMPLOS DE ANIMAIS FIÉIS Além de abordarmos o “ correto ”, estamos insistindo muito ”, no “errado ”, porque tal se faz necessário, uma vez que a ”,
maior parte das criaturas irá caminhar para a sublimação, mas sequer sabe que ela existe e é possível, pelo menos as criaturas do mundo ocidental, pois os orientais conhecem essas realidades há muito tempo e a praticam desde tempos imemoriais. Os ocidentais acreditam-se mais evoluídos, porque desenvolveram uma Ciência materialista e alastraram construções antinaturais pelo solo e construíram um mundo artificial para nele habitarem e viverem contrariamente às Leis da Natureza, enquanto que a maioria dos orientais se despreocupou desse tipo de investimento e vem cultivando os antigos valores, que se adequam à Natureza, vivendo, portanto, com mais saúde, mais paz e mais felicidade. Os animais, em grande quantidade, praticam a fidelidade, mesmo dentro do que se convencionou chamar “irracionalidade ”. ”.
A infidelidade é antinatural, pois contraria uma regra oc a ener en ergé gé t i ca ”, básica, que é a qualidade na “ tr oca ”, que depende totalmente da afinização, que não se aperfeiçoa em uma única reencarnação, mas em inúmeras. Ninguém consegue afinizar-se energeticamente com outra criatura em uma única vida, mas no decurso dos milênios afora. Aprendamos isso como regra a ser seguida nas nossas escolhas.
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4 – INFUÊNCIA INFUÊNCIA DAS TREVAS Não foi por acaso que transcrevemos vários trechos do mencionado livro de André Luiz falando sobre a presença constante das Trevas na vida da maioria dos reencarnados, porque os Espíritos ligados ao Mal procuram, inclusive, impedir o reencontro dos seres que se Amam multimilenariamente, induzindo-os a escolherem outros que nada têm a ver com eles, para serem infelizes e não se motivarem a fazer o Bem, realizando o Amor Universal. Por isso, é preciso seguirmos a orientação de Jesus: “ Vigiai e orai or ai ”. ”.
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SEGUNDA PARTE: AS VIRTUDES
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CAPÍTULO I: HUMILDADE Para evoluirmos espiritualmente é preciso, em primeiro lugar, compreendermos, em definitivo, e introjetarmos, para sempre nos lembrarmos, a noção verdadeira, real, de que somos “l u z ”, sendo que o corpo material é apenas uma ”,
grosseira vestimenta temporária, que já trocamos milhões de vezes, desde as reencarnações em estruturas subatômicas até a fase humana atual e, quanto ao próprio perispírito (que, na verdade, não é um corpo, mas vários corpos, pois que o próprio André Luiz identifica também o “ corpo mental ”), trata-se, igualmente, de mera vestimenta, apesar de mais sutilizada. Os Espíritos Puros, como Jesus, são apenas focos de “l u z ”, pois não necessitam mais de corpo algum. ”,
Para o leitor confiar no que estamos afirmando sobre o perispírito citaremos passagens do referido livro de André Luiz: men te, éuma éu ma cápsul a mai m aiss “O perispírito, para a mente, del del i cada, mais mai s su scetí cetível vel de r ef l eti r -l h e a gló gl ór i a ou a vici vi ciaç ação, em vi r t u de dos tecidos teci dos rar r ar efei ef eito toss de que qu e se
[...] constitui.” [...] per i spír i to. to . “Nossa atividade mental nos marca o peri
Podemos Podemos r econh ecer cer a propr pr oprii edade do ass asser to, quan qu ando do ain ai n da no n o mun mu n do. O gl u tão começa a adqui adqu i r i r aspe aspecto cto depr deprii ment mente e no cor po em em que qu e habita. habi ta. Os vici ados no abus abu so do ál cool passam passam a viver vi ver de bor co, ar r ojados oj ados ao solo, sol o, à mane man ei r a de grande gr andess ver ver mes mes. A mul m ul her que se se habi tuou tu ou a mercadeja mer cadejarr com o vaso fí f ísi co, olvi ol vidan dando do as sagr sagr adas f i n ali al i dades dades da da vida, vi da, apre apr esen ta máscara car a tr i ste, se sem sair sai r da car n e. Aqu A quii , por po r é m, A n dr é , o f ogo devor ador ad or das da s pai x ões avil avi l tantes tan tes r evel vel a su su as víti mas com mai s h edion di onda da
[...] crueldade.” [...] “O perispírito de todos os que aí se enclausuravam,
pacie paci en tes e ex pectado pectadorr es, mostr ava a mesma mesma opaci dade do cor c or po f ísico. si co. Os est est i gmas gm as da velh vel h i ce, da mol mo l é stia sti a e do
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des desen canto, cant o, que qu e per per segue gu em a exper exper i ên cia ci a hu h u mana, man a, al i tr i un f avam, avam, per per f ei tos.. tos....” [...]
“O hipnotismo é tão velho quanto o mundo e é recurso
empr egado pelos pel os bons bon s e pel pel os maus mau s, toman tom andodo-sse por base base,
acima de tudo, os elementos plásticos do perispírito.” [...] Sabes, assi assi m, qu q u e o vaso vaso “Gúbio sorriu e considerou: — Sabes,
per i spi r íti co étambé am bé m tr an sfor sf or m ável e perecí per ecível, vel , emb embor a estr u tur tu r ado em ti po de maté r i a mai s rar r are ef ei ta. Sim... — acre acr escen cen tei, r eti cen cen cios ci oso, o, em em mi m i n h a se sede de — Sim... saber. Viste companheiros — pr pr oss ossegui u o ori or i entador — , — Viste que qu e se des desf i zer am dele, ru r u mo a esf esf er as su bli bl i mes, mes, cuj a gr andez an deza a por en quan qu anto to nã n ão nos n os édado sondar sonda r , e obse ob serr vaste vaste ir i r m ãos que qu e se se su su bmeter bm eteram am a oper o per ações r eduti du ti vas e des desi n tegrador tegr ador as dos el ementos ment os per per i spir pi r íti cos para par a r en asce ascerr em n a carn car n e ter ter r estr e. Os pri pr i meir os sã são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cump cu mprr i do, enqu en quan anto to qu q u e os segun dos sã são col egas nos no ssos, que qu e já j ámerece mer ecem m a r een een car n ação tr t r abal aba l h ada por valor val or es i nte nt er ces cessore or es, mas, mas, tanto tan to quant qu anto o ocorr ocor r e aos companhe companh ei r os r espei espeitá táveis vei s des desses ses dois doi s tipos, ti pos, os ign i gnor or antes an tes e os maus mau s, os os tr ans an sviados vi ados e os cri cr i mi n osos osos també m pe p er dem, dem, u m di d i a, a for ma pe per ispir ispiritu itual. al.” [...]
Atente-se, agora, para a observação de André Luiz: “O perispírito, mais tarde, será objeto de mais amplos estu estudos dos das escol escol as es espi r i ti stas ta s cri cr i stãs. — Nota Nota do do Autor espiritual.”
Então, compreendendo que somos “ l u z ”, ”, não há como
separar-se, nessa estrutura monolítica o que é inteligência do que é virtude etc. etc., pois não há como se dividir a “ l u z ” em partes, como se faz com um objeto sólido. O Espírito irradia sua luminosidade segundo o conjunto de qualificações que foi adquirindo no decurso dos bilênios de sua existência, por isso cada um apresentando uma intensidade, coloração etc. etc. totalmente diferente dos
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demais, uma vez que não há trajetórias evolutivas semelhantes e, muito menos, idênticas. Cada ser é único na Criação. Mas, o que é a humildade, pinçada da “ l u z ”, ”, apenas para efeito de estudo? – É o grau de compreensão que cada um
adquiriu de que sua vida é apenas mais uma no meio de nonilhões de nonilhões de outras. m esmo, nada n ada poss posso Por isso Jesus disse: “E u, de M i m me .” .”
Quando chegamos a um determinado grau dessa compreensão, olhamos para trás, para o passado das muitas reencarnações de que temos conhecimento e enxergamos apenas uma imensa planície, sem marcos de destaque especial para determinados eventos, sem datas nem consideração a posições sociais, nem qualquer outro valor que não seja a própria conscientização e investimento na espiritualização, ou seja, na eliminação das “ cascas ” (como as várias películas de uma cebola) que impedem a “ l u z ” de brilhar fulgurante.
Isso é a humildade: misto de certeza do progresso realizado, mas com a consciência de que somos meros trabalhadores da Grande Causa, sabendo que nossa tarefa é a de uma engrenagem de uma imensa Máquina Viva da Evolução.
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1 – DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO DE HUMILDADE Como definição de humildade poderíamos repetir o que m esmo, nada n ada poss posso Jesus afirmou: “E u, de M i m me .” .” Deus é que tudo pode, mas, mesmo assim, ensina-nos o anonimato. Entendamos isso e cortemos rente os pruridos do orgulho, que os Espíritos trevosos nos induzem a assimilar, fazendo-nos acreditar que somos mais importantes que os demais seres da Criação. Cada qual tem sua função na imensa Máquina Viva da Evolução, tanto que Jesus, mesmo sendo o Divino Governador da Terra, não pode passar do âmbito das Suas Atribuições.
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2 – JESUS: JESUS: EXEMPLO MÁXIMO DE HUMILDADE Quem melhor do que Jesus para exemplificar, não só a humildade, quanto todos os demais qualificativos que se referem à perfeição relativa? Pois, sendo o único Espírito que descreveu sua trajetória evolutiva de forma retilínea, resolveu-se pela assimilação e observância irrestrita de todos os ditames da Lei Divina desde o começo. co meço. Alguém haverá em condições de se Lhe equiparar em termos de qualidades morais? Sigamos sempre os referenciais da Sua vivência, muito mais do que as palavras que se Lhe atribuem, pois os exemplos representam a eloquência absoluta e nunca deixam dúvidas, o que pode acontecer com as palavras, sujeitas a múltiplas interpretações. Estudemos Sua Biografia, passo a passo, desde o Nascimento na maior pobreza, entre animais, nossos irmãos; depois, Sua Infância, educando-se junto aos pais, obediente aos regramentos da época, em que aos meninos competia aprender um ofício; Sua Juventude, dedicada ao trabalho humilde; depois Sua Atitude de Obediência à ordem materna de transformar água em vinho, nas bodas de Caná da Galileia; posteriormente, Sua Vida Pública, dedicada à propagação da Boa Nova; e, ao final, o Grande Ensinamento de que a morte não existe, não só pela Sua entrega espontânea aos algozes, como Suas manifestações seguidas após a desencarnação. Isso para só considerarmos o período da Sua encarnação, mas, para entendermos como se processou e se processa Sua da L uz atuação, leiamos “A Caminho da ”, ”, de Emmanuel, “ Brasil, Cor Co r ação do d o M u n do, Pátr i a do d o E vangel van gelh h o ” e “A Grande Sín t ese ese ”, ”, d’Ele mesmo, ditada através do médium Pietro
Ubaldi. Para quem quer conhecê- l’O, Sua biografia engloba isso tudo e não apenas o período da Sua encarnação, que se restringe a meros trinta e três anos. A humildade transparece nas Suas mínimas atitudes e, até hoje, Ele se manifesta para milhões de pessoas, no mundo
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inteiro, independente delas se autodenominarem cristãs ou não, pois Ele é o Divino Governador da Terra e não fundador e chefe de uma corrente religiosa, que alguns chamaram de Cristianismo.
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CAPÍTULO II: DESAPEGO Ao invés de explanarmos sobre o desapego, iremos, no item seguinte, transcrever um estudo da irmã Tereza intitulado “Desapego de tudo e Apego a Deus ”, ”, que já foi
divulgado na Internet nos endereços já referidos neste livro. Excluiremos apenas a Nota e não colocaremos aspas, pois, entre os autores espirituais ninguém se considera autor de ideias e realizações, uma vez que trabalham e realizam no anonimato e em equipes, sem nenhuma ideia de personalismo.
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1 – DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO DE DESAPEGO Trata-se o egoísmo do defeito moral mais grave, que resume todos os outros, enquanto que o desapego é a virtude mais importante, oposta ao egoísmo. u ma pe p edra dr a onde on de r ecostar costar a Jesus disse: “N ão tenh o uma cabeça ”: ”: aí resumiu o desapego.
Este tópico será o mais extenso do nosso livro, mas merece, realmente, ocupar a maior parte dele, porque é sinônimo no Amor Universal, o qual, depois do Amor a Deus e do Auto Amor, deve representar o principal foco do Espírito para a sua evolução. Acompanhemos, agora, a explanação da irmã Tereza: . Eu não ten ho um a ped ra o nd e ass entar a cab eça
(Jesus Cristo) On d e es ti v er t eu te s o u r o aíes ta r áo t eu c o r ação .
(Jesus Cristo) Tud o m e éperm itid o, m as n em tu do m e co nv é m.
(Paulo de Tarso) Eu e o Pai Pai som os um .
(Jesus Cristo) Não so u Eu q uem vi ve, m as éo Pai q ue v iv e em Mim .
(Jesus Cristo)
ÍNDICE Introdução 1 – A A virtude do desapego 1.1 – Desapego Desapego dos bens materiais 1.2 – Desapego Desapego dos interesses materiais 1.3 – Desapego Desapego dos outros Espíritos 1.4 – Desapego Desapego do corpo alheio 1.5 – Desapego Desapego da própria inteligência
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1.6 – Desapego Desapego dos interesses alheios 1.7 – Desapego Desapego do passado 1.8 – Superação Superação das posturas inconvenientes 2 – Apego Apego a Deus 2.1 – O O Tao Te Ching 3 – Exemplos Exemplos de desapego 3.1 – Jesus Jesus 3.2 – Sócrates Sócrates 3.3 – Francisco Francisco de Assis 3.4 – Juana Juana Inés da la Cruz 3.5 – Francisco Francisco Cândido Xavier 3.6 – Madre Madre Tereza de Calcutá 3.7 – Yvonne Yvonne do Amaral Pereira 4 – Jesus: Jesus: exemplo máximo de apego a Deus Conclusões INTRODUÇÃO Quando o Espírito alcança o grau de compreensão de que é um ser imaterial e que suas encarnações visam apenas seu progresso intelecto-moral e nada mais que isso - sendo passageiras as construções no mundo material, tanto assim que das civilizações do passado, no máximo, restaram alguns poucos vestígios, como se fossem “material de demolição”,
reaproveitado em realizações novas, pois, por outro lado, também “na Natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” – então, apesar de continuar cumprindo suas
obrigações como cidadão, profissional e pai ou mãe, passa a priorizar seus investimentos espirituais, preparando-se para a vida no mundo espiritual, que é nossa pátria definitiva. Para tanto, o desapego é uma virtude imprescindível, devido à sua abrangência, como veremos neste estudo, não se
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restringindo à mera doação de alguns bens materiais que já estão gastos pelo uso, que passamos às mãos dos momentaneamente mais necessitados que nós mesmos. Normalmente, quem pratica essa “caridade” incompleta está
simplesmente repetindo indefinidamente, sem se decidir pelo passo seguinte, o primeiro degrau da virtude do desapego, que vai ao infinito, tendo Jesus como Modelo, mantendo-se esses principiantes do desapego, na verdade, ligados pelo coração aos bens materiais, renunciando a algumas coisas supérfluas ainda a contragosto, pagando, perante Deus, o tributo da escravidão mental da observação criteriosa de Jesus: “Onde estiver teu tesouro aí estará o teu coração.” O coração desses
estará em sobressalto pelo medo das perdas e em pânico pelas efetivas “aparentes” perdas que Deus determinar na sua vida,
inclusive com a desencarnação compulsória, que a todos aguarda inúmeras vezes durante a trajetória dos Espíritos. O desapego deve ser interpretado de forma muito mais ampla que a relacionada a coisas, como os queridos irmãos podem depreender, já de início, sendo que, na sua forma ampla, é praticado por poucos, cuja compreensão já amadureceu, enquanto que a maioria retrata o estágio atual de cristianização apenas iniciante da humanidade do nosso orbe, caracterizado pelo descompasso entre a teoria da religiosidade formal e a prática cotidiana das Leis Divinas, ficando os primeiros restritos ao cumprimento de uma obrigação incômoda aconselhada pelas correntes religiosas em geral. Desapegar-se foi uma das Lições mais importantes que Jesus procurou incutir na mente e no coração dos Espíritos ligados à Terra, porém, até o momento, alcançaram-se resultados comparáveis à construção da base de um grande
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edifício, mas a incompreensão ainda é muito grande, principalmente entre os encarnados, que aferram-se às posses e interesses materiais, às pessoas a quem se ligam em simbiose extenuante e a quem costumam querer tiranizar afetivamente, além de outros itens abrangentes, que iremos abordar neste estudo. Grande parte dos Espíritos encarnados sofre pelos bens, interesses e pessoas que gostariam de ter à sua disposição, demonstrando incompreensão quanto aos objetivos primordiais da Vida, enquanto que há Espíritos que estão no plano espiritual saudosos das objetividades puramente materiais, sendo-lhes recomendado, por isso, reencarnar com a brevidade possível, pois não se adaptam ao mundo verdadeiro, em que nada importa a não ser as virtudes e conquistas do Espírito. O presente estudo representa o trabalho conjugado entre o aprendizado pessoal do médium - sob nossa orientação e de outros Espíritos que por ele se interessam, o qual necessita realizar seu desenvolvimento espiritual, para melhor servir à Causa de Jesus, para a qual recebeu a bênção da reencarnação - tanto quanto o nosso, do lado espiritual, procurando levar aos que habitam presentemente o mundo material as informações que os prepararão para viver melhor a ascensão moral mesmo durante a encarnação: são duas realidades que se interpenetram, como deve acontecer em benefício geral, antecipando a realidade do mundo de regeneração, às cujas portas se encontra a humanidade terrestre, quando não haverão mais barreiras entre encarnados e desencarnados, mas sim o intercâmbio permanente e consciente entre as duas faixas vibratórias, a exemplo do que acontece aí no mundo material material entre pessoas
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que se comunicam pelos modernos recursos da telefonia, internet e outros. Fazemos, aqui, remissão a alguns ensinamentos de Lao Tsé, no que diz respeito ao apego a Deus, numa homenagem aos esforços daquele Espírito de grande elevação, os quais remontam à velha China, mas que se resumem, no conjunto da sua pregação, ao “Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, afirmado com outras expressões,
o que, infelizmente, não foi compreendido por muitos dos seus seguidores, até hoje, que se apegaram a rituais e exterioridades inúteis para a evolução espiritual, como, aliás, acontece com muitas Lições nobilitantes das várias correntes religiosas e filosóficas, cuja missão é de iluminar o caminho da humanidade, sobretudo, a encarnada. Este estudo deveria ser do interesse de todos, mas sabemos que poucos estão dispostos a ouvir alguém falar em desapego, pois é uma das virtudes mais difíceis de consolidarse nos Espíritos. O símbolo desenhado neste livro mostra a estrela, que é o Espírito, ascendendo em direção ao Olho, que é Deus, o que se concretiza com a diminuição do peso perispiritual, pelo desapego, fazendo-se mais leve, até não ter peso algum, e, nessa fase, estando em condições de vivenciar a felicidade, a paz da consciência, a serenidade, o Nirvana, não da inatividade, mas da prática do Amor Universal. Que Jesus nos abençoe nesta tarefa de tentar contribuir com os nossos irmãos para passarem a investir mais consciente e intensamente no desapego no seu sentido mais amplo, e, em contrapartida, se apegando ao Pai Celestial, que deve constituir-se na meta de Amor mais importante, como ensinaram Jesus, Lao Tsé e outros missionários, cada um na
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sua época e no contexto humano próprios, segundo criteriosa programação do Sábio Governador da Terra. 1 – A A VIRTUDE DO DESAPEGO O egoísmo é uma das chagas da humanidade, sendo-lhe a virtude oposta correspondente o desapego, que significa a capacidade de renunciar a tudo que não seja realmente essencial, não se restringindo aos bens materiais, mas também a qualquer outro tipo de benefício. O nível de desapego de cada Espírito revela sua estatura espiritual, podendo-se considerar como referencial máximo Jesus, que no-lo ensinou quando disse: “Não tenho uma pedra onde descansar a cabeça.”
Por ter ciência de que o mundo espiritual é nossa verdadeira pátria, sendo a vida terrena mera passagem temporária necessária, principalmente para quem ainda se encontra nos degraus inferiores da evolução moral, os Espíritos Superiores não se apegam às coisas e interesses materiais. Assim, quem pretende evoluir moralmente necessita desapegar-se, o máximo que conseguir, de tudo que não possa carregar para o mundo espiritual, ou seja, o que não sejam suas próprias aquisições intelecto-morais. Tudo o mais, inclusive o corpo físico, como se sabe, fica para trás na passagem para a pátria verdadeira. Exemplifiquemos, para melhor compreensão, por que compensa desapegarmo-nos desde já. O Espírito André Luiz descreve a cidade espiritual de Nosso Lar e as regras que ali vigoram, podendo-se entender que regulamentos semelhantes se aplicam às demais urbes espirituais de igual categoria. Ali cada habitante ou família pode possuir apenas um imóvel para a própria moradia, não havendo a mínima possibilidade de alguém, mesmo os dirigentes, monopolizarem
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a área imobiliária e, muito menos, explorarem a necessidade dos demais. Quanto ao salário, é idêntico, em tese, para todos, seja um trabalhador braçal, seja o governador da cidade. As necessidades básicas são atendidas sem distinção do nível evolutivo, não havendo ninguém colocado à margem da assistência que a Caridade recomenda. Considerando esses fatores, ainda mais depois da enorme divulgação que o filme Nosso Lar deu a esses aspectos e outros da vida no mundo espiritual, não se concebe como muitos de nós ainda vivamos apegados de forma obsessiva aos ganhos materiais, ao poder temporal e a inúmeras questões que nada acrescentam à evolução intelecto-moral. É necessário atentarmos para o que fazemos dos bens que chegam às nossas mãos, principalmente se lhes estamos dando uma destinação útil aos nossos irmãos em humanidade. Em caso contrário, acordemos para a realidade que nos aguarda, porque podemos ser chamados, a qualquer momento, a “prestar contas dos talentos que recebemos”, na
certa quando assumimos o compromisso de realizarmos o Bem. Quem vive apegado aos bens e interesses terrenos revela, mesmo que afirme o contrário, pouca certeza quanto à vida espiritual, pois, em caso contrário, não tergiversaria em renunciar a muitas coisas do mundo pelas riquezas espirituais, que se traduzem, basicamente, nas conquistas interiores da inteligência e da moralidade. O tempo urge e não há como adiarmos mais a reflexão sobre o quanto já nos desapegamos de tudo que nos mantém atrelados ao passado primitivista, que nos jungia até ao próprio corpo em estado de putrefação, após a morte. A consciência age automaticamente, apesar do Amor Divino nos conceder sempre novas chances de refazimento moral. 1.1 – DESAPEGO DESAPEGO DOS BENS MATERIAIS
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Pedimos licença aos prezados confrades para refletirmos juntos sobre o dinheiro na vida de alguns personagens do Cristianismo e na nossa própria vida. Zaqueu, que viveu muitos anos apegado às riquezas, acumuladas por meios que sua consciência condenou tão logo caiu em si, depois de dialogar com Jesus, abandonou tudo que tinha amealhado e foi viver do próprio trabalho como professor e servidor braçal, conforme lhe foram surgindo as oportunidades, assim, gradativamente, redimindo-se e seguindo adiante na escalada evolutiva, até transformar-se no missionário do Cristo Bezerra de Menezes. Maria de Magdala, vítima da própria luxúria e do apego aos bens materiais, deixou tudo para trás e seguiu Jesus, após receber d’Ele Sua Bênção, passando a dedicar -se ao amparo aos leprosos do corpo e da alma, subindo, nas sucessivas reencarnações, pelos degraus da evolução até chegar a Madre Teresa de Calcutá, a Grande Mãe dos que nunca tiveram mãe que os acalentasse. Paulo de Tarso, que nasceu em família rica e auferia polpudos salários no malsinado trabalho de perseguidor cruel dos adeptos do Cristo, depois que O encontrou às portas de Damasco, renunciou ao poder material e à fonte de renda da Maldade, passando a manter-se com o trabalho de manufatureiro de tendas, progredindo ético-moralmente pelo futuro afora até o estágio espiritual do sadu Sundar Singh, pregando o Evangelho de Jesus entre os tibetanos, na sua última encarnação, no século XX. E nós, como temos garantido nossa sobrevivência material? Podemos realmente olhar-nos no espelho da própria consciência e sentirmos a tranquilidade do dinheiro ganho com honestidade e com desapego ou ele nos queima as mãos e teremos de devolvê-lo à comunidade ou às pessoas, através das doações espontâneas ou escoará por entre nossos dedos
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com os gastos médicos e medicamentos, tentando, em alguns casos, curas impossíveis? O desapego aos bens materiais é uma das virtudes mais difíceis para os seres humanos da atualidade, fascinados que ainda vivem pelo consumismo e pelo desejo de mais gozarem de facilidades que cheguem ao ponto de não precisarem sequer exercer algum trabalho... Não há como amarmos a Deus e a Mamom ao mesmo tempo, já advertia Jesus, ensinando-nos o desapego aos bens materiais, os quais devem cingir-se ao necessário, enquanto habitamos um corpo de carne, pois na vida espiritual, de nada careceremos a não ser da própria consciência em harmonia com as Leis Divinas. Pensemos no papel que o dinheiro tem representado na nossa vida! Quando temos uma situação financeiramente f inanceiramente confortável na posição de encarnados, isso significa que pedimos a Deus a oportunidade de servir na Causa da Fraternidade, proporcionando benefícios para nossos irmãos e não o resultado puro e simples dos nossos méritos, como se Deus recompensasse Seus filhos com a fortuna material: trata-se de um compromisso que prometemos cumprir, para nossa própria evolução. Ninguém precisa de tantos bens para viver, sendo Jesus o Modelo mais significativo também nesse aspecto, pois nada tinha de Seu em termos materiais, mas tinha todos os poderes do Espírito, onde reside a verdadeira potência, onde está concentrado o foco do interesse dos seres evoluídos e não no número de propriedades, títulos, renome na sociedade, prestígio de família e outras realidades temporárias. O aprendiz do Evangelho, dentro do possível, deve guardar para seu uso, apenas o indispensável para bem
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cumprir suas tarefas, passando a outras mãos, mais necessitadas no momento, tudo que lhe seja dispensável, até como exercício de desapego. Em caso contrário, seu coração estará preso aos bens que “as traças roem e os ladrões desenterram e roubam”.
1.2 – DESAPEGO DESAPEGO DOS INTERESSES MATERIAIS O ideal de realizar grandes feitos é natural e louvável. Todavia, o desapego ao poder é virtude que poucos alcançaram. A maioria, aliás, não faz empenho algum em adquirir essa virtude e só se desliga do poder contra sua vontade... Um louvável exemplo foi dado por Lúcio Quinto Cincinato (www.sobiografias.hpg.ig.com.br/LuciusQu.html): [ou Lucius Quinctius Cincinnatus] (519 - 438 a. C.) Gue Gu er r ei r o romano rom ano de tr aje aj etór tór i a par parcial cial men men te l en dár i a. H omem si si mpl es che ch egou a côn côn su l e ditador di tador e, depoi depoiss de salvar a cidade, tornou-se um dos personagens mais importantes da história de Roma. A república romana atr at r avess avessava entã ent ão mom m ome en tos to s dif di f íceis cei s por caus cau sa de d e um um i mi n ente ent e ataqu ataq u e de vols vol scos e é quos, qu os, duas du as tr i bos tr adicionalm adicion alme ente ini i ni migas mi gas dos l atin os. os. Um U m des destacame tacamento nto r omano comandado comandado por por M i núcio núcio (458 a. C.) C.) enf enf r entou os é quos qu os n o mon te Álgi Álg i do, mas m as f i cou acuado acu ado nu n um desf desf i l adeir adei r o. Di D i ante an te da des desesper esperada ada situ si tu ação dos si ti ados e da da pr ópri pr i a cidade ci dade,, os cô côn sul es decidi decidi r am r ecorr er a Cincinato, experiente general que comprovara sua habilidade militar em confrontos anteriores com os vol vol scos. cos. O of of i cial que proc pr ocur ur ou Cinci Ci ncin n ato para para entr entr egar a n omeação en en contr con tr ou-o ou -o l avran avr ando do a terr ter r a. Com dif di f i cul dade, dade, conse consegui gu i u conve con ven n cê-l o a acei acei tar o cargo car go de ditador di tador , títul tu l o que qu e lhe lh e outor gava, em em cará car áter provi pr ovissór i o, poder absolu to. N o coman com ando do de um u m poderos poder oso o exé r cito, ci to, el e f oi ao encon encontr tr o do i ni mi go e o vence venceu u , se segundo gun do a lenda, em apenas u m di a. De D e poss posse de vul toso toso buti bu ti m, r egre gr essou a
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Roma, r en u n ciou ci ou ao cargo car go e voltou vol tou à vida vi da si si mpl es de lavrador.
Temos que Cincinato: a) não procurou o poder e sim foi convidado para exercê-lo; b) foi-lhe outorgado poder absoluto, mas não consta que tenha agido de forma indevida contra alguém ou em benefício próprio; c) cumprida sua missão, renunciou ao poder. Numa época em que grandes disputas ocorrem pelos postos de comando; em que abusos dos mais graves são praticados por muitos que exercem o poder; em que tudo se faz para continuar em situação de evidência - fica parecendo surrealista o idealismo de um Cincinato. Mas, o antídoto para essa fúria desenfreada pelo poder está na compreensão de que somente o povo detém o poder. Em caso contrário, acreditando cada um que o exercício do poder significa a recompensa aos bem dotados, seres superiores que merecem dirigir os destinos dos menos aquinhoados, estaremos utilizando-o, mesmo que minimamente, com desvio ou excesso de poder. Pensando de forma incorreta e em desacordo com as luzes atuais de valorização do povo, quando chegar a época de deixar o poder, estarão desarvorados, como quem perde um patrimônio pessoal... Os benefícios terrenos servem apenas enquanto o Espírito está vestido com um corpo de carne, para ter as condições de sustentar-se com a dignidade do trabalho útil e honesto. Todavia, há um limite para se obedecer, a partir do qual se ingressa na faixa do supérfluo, do desnecessário, do perigoso para a própria serenidade do Espírito. Se alguém nasce com a tarefa do exercício do poder, deve exercê-lo para o bem comum, como Pedro II, o grande e humilde servidor do povo brasileiro; se a tarefa é na área
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financeira, como Henri Ford ou Bill Gates, que sejam criados postos de trabalho, mas não uma vida dedicada à usura; se a força é o intelecto, como Einstein e Albert Sabin, que seja empregado em favor da Ética e não da imoralidade, da violência e da competição desenfreada. Cada um tem de prestar contas a Deus dos recursos que d’Ele recebeu, como na parábola dos talentos.
1.3 – DESAPEGO DESAPEGO DOS OUTROS ESPÍRITOS Transcrevemos aqui uma reflexão do livro “Luz em Gotas”, psicografado pelo irmão, então encarnado, Gilberto Pontes de Andrade, intitulada “Para que servem os Amigos”:
Quando o homem pretende ser querido pelos demais, passa a adotar a gentileza e a doçura como formas de conduta. Porém, logo que se apropria da confiança dos seus pares, passa a adotar uma atitude inversa, ignorando as mais comezinhas normas de Fraternidade. Isso tem sido uma realidade no cenário humano. E não acrediteis que os deslizes, relacionados às regras da gentileza, devam ser atribuídos ao “modus vivendi” atual
das coletividades humanas. Pois, embora seja razoável asseverar que não há mais tempo para as pequeninas normas de etiqueta, devemos saber que uma palavra de amizade, uma expressão delicada, um gesto de meiguice, um sorriso ou um aceno cordial sempre encontram guarida, mesmo naqueles que pareçam indiferentes às boas maneiras. O gesto amável é o passo para sedimentar uma amizade nascente e, também, para apagar uma suspeita infundada, uma informação infeliz uma inspiração negativa. Não aguardeis, porém, que os outros tomem a iniciativa de serem gentis para convosco: a iniciativa deve ser vossa. Sejam os vossos hábitos de culto da gentileza um modo de equilíbrio, que deveis impor a vós mesmos como disciplina de autoburilamento da vontade e do comportamento.
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E, agindo assim, estareis preparados para viver nas Colônias Espirituais – para onde transferireis, mais tarde, vossa residência, em cujo ambiente preponderam o respeito e a cordialidade, a gentileza e o afeto. Como ninguém tem a obrigação de vos amar, antes deveis amar os outros. Respeitai nos ásperos, nos ingratos e nos frios do vosso caminho criaturas infelizes, a quem deveis maior cota de gentileza, pois isso também é Caridade. E deveis agir assim, principalmente, em vosso próprio lar e em relação aos vossos parentes. Para a vitória sobre vós mesmos, imprescindível será vos submeterdes a eficiente programa de ação nesse sentido, que não pode ser negligenciado. São necessárias autoanálise, trabalho sincero, prece constante e sadia convivência com os mais infelizes. Recordai que a vida física é breve, por mais longa pareça. A oportunidade abençoada que vos chega não é casual: aproveitai-a, gerando simpatia e fazendo o bem, porque o vosso objetivo agora é o aprimoramento espiritual. Dignificai a vossa Fé, traduzindo-a em serviços aos vossos semelhantes – como a fonte que se confia ao próprio curso, guardando a Bondade por destino. Grandes e pequenas ocorrências desfavoráveis sobrevirão, induzindo-vos a declarar, no mundo íntimo, a revolução da revolta incontida, qual se devêsseis quebrar, em crise de ira, a escada que a Vida vos destinou à escalada para o Mais Alto. Entretanto, quando ainda tenhais de comprar o vosso equilíbrio a preço de lágrimas, deveis suportar o tributo da conquista que realizareis na direção da vossa elevação. No claro caminho que vos foi reservado, encontrareis o lamento, as injúrias e as injustiças daqueles que acreditaram na elevação sem trabalho – e, por isso mesmo, viram-se esbulhados pela própria rebeldia, na vala do desencanto. E
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encontrareis, também, os que transformaram a própria liberdade em passaporte para a Demolição, angustiados na descrença que geraram para si mesmos. Prossegui sem esmorecer, auxiliando e construindo, e sereis, por vossa Fé, o alento dos que choram, a Esperança dos tristes, o raio do sol para os que atravessam a longa noite da penúria, o apoio dos amargurados, abnegação que não teme estender o braço providencial aos caídos e o bálsamo dos que tombaram e se feriram no caminho. Seja a vossa Fé a armadura e o crisol. Com ela defendervos-eis das arremetidas da Sombra e purificar-vos-eis através da lealdade ao Bem Eterno, marcada, quase sempre, pelo fogo do sofrimento. Seja a vossa Fé, enfim, o guia para o ingresso na Suprema Redenção, mas, para semelhante vitória, exige-se vossa disposição para abençoar incessantemente e servir sem esmorecer. Que as bênçãos de Jesus iluminem os vossos caminhos e solidifiquem o vosso Espírito nos trabalhos de cada dia. Todavia, até quanto aos amigos devemos ser desapegados, para não dificultar sua liberdade de escolha, seu crescimento intelectual e moral, em outras palavras, sua evolução e sua felicidade, querendo submetê-los, mesmo que suavemente, às nossas vontades e critérios de interpretar e viver a Verdade. Muitas vezes, sob o manto e a aparência de Amar, na verdade, estamos coarctando os voos dos nossos afetos mais caros e sinceros. Devemos aprender o desapego quanto a eles, libertando-os e nos libertando, pois somente o Amor do Pai Criador e Sustentador da Vida detém a Perfeição Absoluta e leva sempre ao Bem, sem jaças. Amar e ser Amado é o ideal de todos os Espíritos, mas devemos Amar com desapego, Amar libertando, Amar com respeito à individualidade dos outros.
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1.4 – DESAPEGO DESAPEGO DO CORPO ALHEIO A visão materialista principalmente de grande parte dos Espíritos encarnados faz cobiçar o corpo alheio, como objetivo de satisfação egoística, muitas vezes sob o pretexto de Amar, mas, na verdade, sendo a intenção secreta a de utilizar maliciosamente os implementos orgânicos, colocados por Deus sob o comando do outro, para fins educativos. Principalmente no relacionamento afetivo a nível de convivência íntima, costuma-se desvirtuar o Amor, tentando explorar a afetividade alheia através do abuso sobre o corpo do ser que se diz Amar. A falta de verdadeiro respeito à dignidade do outro, que também é filho de Deus, é que leva muitos casais ao rompimento, porque tanto fizeram um contra a honradez do outro, que, no final de algum tempo, o Amor e a admiração iniciais se contaminam com as mágoas e o ressentimento provocados pelos atentados morais que um cometeu contra o outro. Emmanuel afirma: “Há Espíritos que se Amam profundamente e nunca se tocaram.” As necessidades
corporais devem ser colocadas sob o controle ético, para que não se convertam em fonte de desapontamento e decepção, quando não de crimes. Os implementos orgânicos representam sagrado material que Deus concede aos Seus filhos para evoluírem e nunca para de comprometerem com o Mal. O limite entre o justo e o injusto, o conveniente e o desarrazoado deve ser estabelecido por cada um, atentando para o alerta de Paulo de Tarso: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém.”
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As uniões entre pessoas que se dizem Amar deve ser muito mais de almas que de corpos, embasadas na proposta de trabalho no Bem, para que sejam gratificantes e duradouras, fonte inesgotável de felicidade, quando escudadas no desapego um em relação ao outro, no seu sentido mais elevado, e no apego a Deus. Trata-se de um aprendizado de muitas encarnações, que somente se perfectibiliza quando o Espírito já está purificado pela dedicação ao Bem, passando a merecer a luz interior, que passa a iluminar seu exterior como já clareou todos os refolhos do seu psiquismo. É importante começar a investir nessa conquista espiritual, para ser feliz desde agora, e não aguardar algum dia no futuro para começar a respeitar a dignidade de quem está ao nosso lado para evoluirmos juntos, pelo tempo que a Justiça Divina autorizar, pois, do Amor restrito devemos aprender o Amor Universal, como quer nosso Pai. 1.5 – DESAPEGO DESAPEGO DA PRÓPRIA INTELIGÊNCIA A inteligência é uma conquista de cada Espírito, inegavelmente, todavia, se há o mérito individual, resultado do esforço persistente em aperfeiçoar-se, temos de considerar dois fatores nessa situação: a programação amorosa e dedicada dos Orientadores Espirituais, que colocam cada Espírito no contexto exato para mais evoluir, tanto quanto a contribuição de todos os demais seres no crescimento intelectual de cada um. Com razão Ralph Waldo Emerson afirmou, em outras palavras, que somos o resultado feliz da humanidade inteira, pois ninguém deve arrogar-se o mérito da sua intelectualidade somente a si próprio. Os Espíritos Superiores já aprenderam a gratidão a Deus e a todos os seus irmãos em humanidade, vivendo em
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constante harmonia com eles, praticando a gentileza e a doçura, ao lado da caridade e da fraternidade, agindo com igualdade e respeitando a liberdade de todos. Desapegar-se das próprias conquistas intelectuais é aprender a humildade, pois há muitos que se perdem nos desvãos do orgulho pelos títulos intelectuais que adquiriram e, com isso, cortam o elo da intuição, que só beneficia aqueles que nada pretendem além de servir a Deus e à humanidade. Quem se faz orgulhoso pelo seu cabedal intelectual passa a viver a horizontalidade dos conhecimentos do mundo, mas não aprende a Ciência Divina, que só é revelada aos ‘pobres de espírito”, quer dizer, aos realmente humildes.
As aquisições culturais terrenas são fragmentárias, pois a Cultura dos encarnados é materialista na sua generalidade, e, mesmo as informações mais avançadas em termos de espiritualidade repassada aos encarnados, são parciais, limitadas, pois que a Verdade, no seu significado mais profundo, vive na pátria espiritual, acessível aos Espíritos desvestidos do corpo físico e gozando da plenitude das suas conquistas evolutivas de muitas encarnações, as quais eles conhecem e valorizam. Desapegar-se da vaidade intelectual é imprescindível para apegar-se a Deus, cuja Luz somente penetra profunda e integralmente em quem não traz em si a couraça vibracional do apego aos interesses mundanos. Há quem se envaideceu tanto da própria acumulação cultural que se castigou com a perda da memória, sendo que alguns casos são verificáveis entre os encarnados, vítimas da falta de humildade. “Quem se humilha será exaltado, e quem se exalta será humilhado”, assim afirmou Jesus.
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O desapego à aparente superioridade, por causa da cultura, deve fazer parte do esforço diário de cada candidato a aprendiz do Evangelho de Jesus. 1.6 – DESAPEGO DESAPEGO DOS INTERESSES ALHEIOS É importante regozijarmo-nos com as conquistas salutares dos nossos irmãos em humanidade, mas devemos sempre nos colocar, nesses casos, na posição de meros coadjuvantes, parceiros com atuação meramente auxiliadora, mas deixando que eles assumam a responsabilidade pelo próprio progresso, sem o que ficarão eternamente dependentes e frágeis. A evolução é individual, mesmo que muito amemos nossos afetos mais caros ao coração. Eles é que têm de palmilhar a escalada da própria evolução: compete-nos acompanhar-lhes os passos, ao seu lado, mas não à sua frente, como o guia do corredor cego, que não pode arrastá-lo para a frente, mas apenas avisá-lo sobre algum perigo do percurso. Os objetivos são individuais tanto quanto os louros. “Cada um está sozinho consigo próprio”, quer dizer, com a própria
consciência, portanto, com Deus. A estrada evolutiva é uma vasta e ampla avenida, onde todos seguimos adiante, rumo a Deus, todavia, o que se passa no coração e na mente de cada caminhante somente ele próprio sabe e responde por suas preferências e escolhas. Participar da vida dos nossos afetos ou daqueles que ainda não conseguimos conquistar é de lei, mas como companheiros de algum tempo, segundo o Planejamento Divino, que, em última instância, programou o Amor entre todos os seres e não apenas entre poucos irmãos, isolados dos demais.
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Se nossa intenção é ajudar a evolução alheia, nunca, por outro lado, devemos invejar suas conquistas justas ou injustas, pois, na verdade, somente Deus sabe por que cada um deve deter nas próprias mãos determinados benefícios. Nosso presente significa apenas um espaço de tempo, diminuto, da nossa viagem para o futuro, tanto quanto acontece com os demais Espíritos. Aquilo que a Justiça divina nos confiou é diferente do que entregou aos demais, cada um devendo olhar apenas para o seu próprio prontuário de deveres a cumprir e não julgar o trabalho alheio, nem nele tentar interferir. Podemos comparar à situação dos trabalhadores da Vinha, referidos na parábola dos trabalhadores da última hora, porque não devemos questionar o salário que cada um venha a receber, uma vez que somente o Pai sabe quanto cada um deve ganhar. Que nossos “olhos sejam bons”, não cobiçando o salário de
ninguém, mas contentando-nos com o nosso, como Jesus ensinou, Ele próprio não tendo “uma pedra onde assentar a cabeça.”
1.7 – DESAPEGO DESAPEGO DO PASSADO Ao reencarnar, cada Espírito é submetido a um processo hipnótico realizado por especialistas nas ciências psíquicas, com a finalidade de adequar-se-lhe o patrimônio mnemônico às necessidades do reinício, que deverá transcorrer, assim, com maiores chances de sucesso. Na verdade, sem esse esquecimento temporário, seria inviável a reabilitação da maioria dos encarnados, que teriam presentes na memória atual seus erros praticados contra os outros e contra si próprios, além das injustiças reais ou supostas que teriam sofrido. André Luiz afirma que quase ninguém suportaria
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uma vida longa demais na atual realidade terrena, de planeta de provas e expiações, em que preponderam os defeitos morais, porque as lembranças amargas sobrepujariam as cariciosas. Yvonne do Amaral Pereira afirmava que tinha o triste privilégio de recordar-se de várias encarnações anteriores. Todavia, sua situação era especialíssima, porque as lembranças eram necessárias necessárias para o sucesso sucesso do trabalho doutrinário que lhe competia, inclusive na elaboração dos seus livros. Há pessoas que gostariam de ter acesso ao próprio passado remoto, o que, todavia, pode lhes prejudicar a atuação na atual encarnação, pois, olhando para trás, correm o risco de se perturbarem. O presente é que importa e os orientalistas têm razão quando aconselham a valorização do “aqui e agora”. Existe quem conserva com excesso de apego
papéis, objetos, relíquias e outras lembranças nem sempre convenientes para eles próprios, bem como para eventuais desencarnados que têm a ver com aqueles pertences. Imaginese a angústia dos personagens históricos com a idolatria de admiradores fanatizados; dos que foram canonizados como santos sem merecimento; dos que criaram em seu redor da sua pessoa uma aura de superioridade ou negatividade, que pode influenciar indefinidamente as personalidades desequilibradas... Há casos de parentes desencarnados que não conseguem se equilibrar pela emissão mental descontrolada dos encarnados saudosos, vítimas da inconformação ou da revolta... O passado simplesmente passou e não deve ser perenizado, conforme lição da Mãe de Jesus a Francisco Cândido Xavier ao lhe enviar por Bezerra de Menezes uma frase aparentemente simples, mas de imensa profundidade e
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O pensamento desequilibrado pode atingir seu alvo; a saudade doentia pode desestruturar aquele que precisa de paz; os objetos impregnam-se com o magnetismo de quem os possuiu e quer esquecer o passado para se reformar moralmente. Recomeçar sempre em bases mais saudáveis e elevadas: esse o caminho, desvinculando-se do que prejudique a paz e a reforma moral. O apego ao passado é prejudicial, tanto que as reencarnações significam recomeços. Somente os Espíritos Superiores têm condições de suportar as lembranças de um período muito largo de sua existência. Os encarnados que guardam uma tendência ao saudosismo deveriam rever sua forma de pensar, para não estagnarem enquanto tudo chama para a renovação e o crescimento intelectual e moral. digna de reflexão permanente: “Isso também passa.”
1.8 – SUPERAÇÃO SUPERAÇÃO DAS POSTURAS INCONVENIENTES É de grande utilidade cada um analisar suas posturas para verificar se não estão sendo categorizadas pelos outros como inconvenientes. Francisco Cândido Xavier, por exemplo, era frequentemente importunado por um conhecido que, sempre que o via, achava que o alegraria lhe contando anedotas picantes... Quantos adoram falar o tempo todo do próprio sucesso e outros das suas infelicidades reais ou imaginárias! Outros utilizam um vocabulário chocante a cada passo da conversação, a qual se torna torturante... Outros ainda alugam por horas a fio os ouvidos alheios na narrativa de episódios deprimentes. Há quem fale e não deixe oportunidade de ninguém falar... A falta de respeito à individualidade alheia, à privacidade dos outros, ao direito de cada um pensar como
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lhe apraz, tudo isso representam inconveniências que devem ser evitadas, sob pena de se criarem indisposições em todos os ambientes e em relação às pessoas em geral. Quantas vezes se veem personalidades públicas dizendo despautérios quando poderiam estar contribuindo para o equilíbrio, a paz, a harmonia e o bem-estar geral, infelizmente inclusive no próprio meio religioso, criando situações lamentáveis! As inconveniências são o retrato do desalinho interior, enquanto que as posturas equilibradas falam em favor de quem as adota. Jesus nunca foi inconveniente, sendo o Modelo que devemos adotar sempre, dentro das nossas possibilidades. 2 – APEGO APEGO A DEUS Não foi por acaso que Jesus colocou em primeiro lugar o Amor a Deus, acima de todas as coisas, valores e pessoas, pois, se, realmente, invertermos essa sequência de prioridades, estaremos errando, com graves consequências para nossa própria vida. Os Espíritos menos evoluídos têm dificuldade em entender o Pai, justamente porque aprenderam a enxergar apenas com os olhos materiais e não sabem ainda utilizar o pensamento, pelo qual se conhece o Pai e se relaciona com Ele. Para muitos Deus é uma abstração e há quem Lhe negue a própria existência, apesar de não haver base racional para acreditar que o Universo, regido por Leis perfeitas, tenha surgido do Acaso e que a Vida seja mero acidente da Natureza. Lao Tsé canta um poema de Amor ao Pai Celestial, homenageando-O e ensinando às gerações que o sucederam a fazer o mesmo.
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Jesus nos ensinou o “Pai Nosso”, que é o mais importante
legado que a humanidade recebeu, acima mesmo do Sermão da Montanha, porque diz respeito a Deus e não às Suas criaturas. Apegar-se a Deus significa cumprir-Lhe os Mandamentos, que podem resumir-se no Amor a Ele, a nós próprios, no sentido de evoluirmos, e ao próximo, englobando todos os seres, do mais primitivo ao mais evoluído. Devemos ensinar nossos irmãos em humanidade também a reverenciar a Deus, orando em Seu louvor e agradecendoLhe a benção da vida e não apenas expor-Lhe um rosário de pedidos, muitos até injustos. O azul do céu, o brilho das estrelas, a claridade do luar, a beleza das paisagens naturais, a saúde do corpo, a inteligência, os afetos mais puros, os sofrimentos físicos e morais, tudo são bênçãos de Deus, para nossa evolução, pelo que devemos agradecer. Deus quer que sejamos irmãos de verdade uns dos outros e não adversários: por Amor a Ele aprendamos essa Lição, que a recompensa será a felicidade. O apego a Deus não implica em excluirmos nossos irmãos, mas abraçá-los, pelo pensamento, se possível, abarcando a humanidade toda: isso é apego a Deus, que Ele quer que aprendamos. Aqueles que ainda não adquiram a humildade não conseguem orar a Deus como quem se dirige confiantemente ao Pai Celestial e, por mais que tentem encarar com naturalidade esse relacionamento, seu orgulho os impede de acercarem-se do Criador com o Amor e que Ele quer dos Seus filhos, entregando-se de corpo e alma a quem nos Ama Infinitamente. Os prepotentes veem nessa entrega uma
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humilhação, que não se permitem e pagam caro com os sofrimentos que carreiam para si próprios com sua impenitência. A ignorância dos tempos mosaicos, por exemplo, fez com que se tivesse no Pai um Senhor Rude e Severo, quase igual a Júpiter, que oscilava entre a bondade e a maldade, como um ser humano impaciente, inconstante e cioso de poder. Somente com Jesus vimos mais claramente Deus como Pai Amoroso, apesar das afirmações consoladoras de um Lao Tsé sobre Tao, Senhor do Universo. Não há Amor mais completo e puro que o do Pai, que grande parte da humanidade da Terra, infelizmente, ainda não tem condições de compreender, justamente porque lhe faltam as virtudes, única porta aberta para ingressarmos na faixa mental da Superioridade e Felicidade dos que procuraram, em primeiro lugar, “o Reino de Deus e Sua Justiça.” Essa porta somente se abre para quem se desapegou
de tudo que é incompatível com as Leis Divinas. Felizes dos que já têm Deus no coração e na mente, porque podem repetir, mesmo que em escala infinitamente menor: “Eu estou no Pai e o Pai está em Mim.” Isso representa apego a Deus,
que Jesus, Lao Tsé, Francisco de Assis, Sócrates e alguns outros fizeram por merecer. 2.1 – O O TAO TE CHING Neste ponto, transcrevemos o texto intitulado “O Tao Te Ching na Visão Espír ita”, que representa o encantamento
diante da presença de Deus, reconhecida pelo missionário de Jesus naqueles tempos recuados da evolução da humanidade: INTRODUÇÃO
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Colhemos o texto do seguinte endereço da Internet: http://pt.wikisource.org/wiki/Tao_Te_Ching, todavia nele introduzimos algumas correções, pois a digitação e a própria gramática são ingratas, além de que mudamos o estilo para a prosa e selecionamos apenas os excertos referentes a Tao, que, acreditamos, tenha sido a expressão utilizada com o principal significado de Deus, porém, não antropomórfico, mas Imaterial, Invisível, Perfeito, Infinito, a quem se deve Amar acima de todas as coisas. Não concordamos com a afirmação de alguns de que se trata de uma doutrina panteísta, como podemos deduzir pelas suas expressões sobre Tao. Quando fala em “Tao do homem” presume-se que seja por simples pobreza vocabular daqueles tempos remotos, em que o número de palavras era reduzido, principalmente para expressar as realidades imateriais. Jesus, como se sabe, nunca deixou de enviar Seus emissários a todos os povos, para ensinar-lhes a Verdade, ou seja, as Leis Divinas. Lao Tsé [1] foi um dos missionários que o Divino Governador da Terra determinou que encarnasse na velha China, a fim de instruir o povo sobre a Verdade. O que se nota é que o texto é um misto de ensinamentos que se podem resumir no “Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. Aliás, essa é a essência de
quase todas as correntes religiosas. -----------------------------------------------------------------------------Em seguida a cada trecho do livro de Lao Tsé, colocado em itálico, estarão nossos breves comentários: O Tao T ao sobr e o qual qua l se pode dis di scor r er n ão éo etern eter n o Tao; T ao; o N ome om e que qu e pode ser ser di to n ão éo eter n o N ome; om e; o nã n ão-se o- serr n omei om eia a a or o r i gem do d o cé u e da ter r a. O ser ser n omei om eia a a mã m ãe das dez-m dez-mii l -coi sas. as. Por i sto, n o nã n ão-s o- ser contempl con templ a-se o des desl u mbr amento; amen to; n o se ser contempl con templaa-sse su su a deli del i mi tação. A mbos, o mesmo mesmo com n omes dive di verr sos, os, o mesmo mesmo di d i z-se z-se
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m i sté r i o. M i sté rio deslumbramento.
dos do s
mi mi sté r i os,
por po r t al
de
tod t odo o
Deus é Infinito e sobre Ele não há palavras do vocabulário humano adequadas para descrevê- l’O, justamente por estar acima de qualquer concepção humana. Por isso Jesus chamou-O simplesmente de Pai, considerando que não haveria melhor expressão para nos informar sobre Ele, pois, comparando-o com os pais terrenos, que reproduzem corpos, o Pai Celestial é o Criador dos Espíritos, ou seja, de tudo o que existe. Deus é um “não -ser”, que tudo criou, diferente do nosso “ser”, que m odifica o que já existe. Grande foi o esforço de Lao Tsé procurar dar a noção de que Deus é Espírito, ao contrário do Deus antropomórfico da maioria das correntes religiosas da época. Utilizou, por falta de termos melhores, as expressões: “Eterno”, “Nome”, “NãoSer”, “Mistério” e “Deslumbramento”.
O Tao éum vaso vazio cujo uso nunca transborda. A bis bi smo! Pare Par ece o ance an cesstr al das dez dez-mi l -cois -coi sas, as, abranda abr anda o cume, des desf az o emar emar anhado, anh ado, moder moder a o br i l ho, un u n e o pó. pó. Pr ofu of u n do! Par ece ex i sti r : eu n ão se sei de que qu em éf i l h o, pare par ece ser o anteri or ao Ance An cesstr al. al .
Abarca o Universo. Profundidade Infinita. Criador de tudo que existe. Detém o Poder Absoluto. É o Incriado. O bem b em supr su pr emo é com co mo a água. gu a. A água gu a ben b enef efii ci a as a s dez- dez- mil mi l -cois -coi sas sem conf l i to, habi ta os l u gare gar es que os h omen omen s abomi abominam: nam: por i sto aproxi aprox i ma-se ma-se do Tao.
Para aproximar-se conscientemente de Deus, que é o Bem Supremo, é preciso ser como a água, que faz o Bem a tudo e a todos, indistintamente. Aqui está uma das afirmações do Amor ao próximo. A o concl con clu u i r a obr a deve deve-se afas af astar tar -se: -se: este éo Tao T ao do cé u.
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Apesar de filhos de Deus, a Obra pertence a Ele, que nos honra com a oportunidade de trabalhar na Sua Vinha, mas devemos ter consciência de que somente nosso próprio interior nos pertence e não o que ultrapassa os limites de nós mesmos. O desapego é uma das virtudes, reflexo da noção de que nada nos pertence. Assim Jesus afirmou: “Eu não tenho uma pedra onde assentar a cabeça.”
Ol h amos am os e nã n ão vemos: v emos: esse esse se cham ch ama a J; J ; escu escuta tam m os e nã n ão ouvi ou vimo moss: ess esse se cham ch ama a H ; tocam to camos os e n ão sen sen ti m os: esse esse se cham ch ama a V: V : est est es tr ês não podem po dem ser decom decom posto po stos, s, entr ent r elaç el açados con sti tu em um. u m. Seu Seu alt al t o nã n ão él u mi n oso, seu seu bai ba i x o n ão éescu escurr o, con tín u o... o.. . n ão se pode pod e nom n omear ear:: r etor n a ao nã n ão-ser o-ser . I sto échamado: cham ado: f orma or ma semsem-ff or ma, i magem da não-coi o- coissa; i sto échama ch amado: do: clar cl ar o-escu o-escurr o. Ao Ao enco en con n t r á- l o n ão se vê r osto sto, ao segui segu i - l o n ão se vê as costas costas.. Vol tando tan do ao cami caminh nh o anti ant i go poder poder emos r eger ger o pr esen te e conh con h ecer cer a ori or i gem da anti ant i gui gu i dade. I sto é : o fi fio condutor condu tor do Tao. Na anti gui dade os que atu atuavam avam o T ao esta estavam vam su ti l mente men te penetr pen etrados ados no n o mí m ísti co, tão prof pr ofu u n damen damen te que er er am i r r econh ecívei vei s e, e, por ser em i r r econh ecíveis vei s, for f or ça-s a- se a descr descr ever seu aspecto aspecto exter ex terii or .
Não há como descrever o Indescritível e, somente pela visão espiritual, Ele é perceptível. Os missionários que antecederam Lao Tsé estavam sintonizados com Jesus, Representante de Deus para os habitantes da Terra, sendo que tais missionários, por sua elevação intelecto-moral, estavam muito acima da humanidade terrena. Que Qu em guar gu ar da o T ao nã n ão dese desej a o mu m u i to e, por n ão bus bu scar o mui mu i to, pode r en ovar-s ovar- se.
Quem pensa, sente e age segundo as Leis Divinas tem tudo que é importante para sua evolução intelecto-moral. Por isso Jesus afirmou: “Procurai, em primeiro lugar, o Reino de
Deus e Sua Justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo.”
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A o h aver o cé u h áo T ao. A o h aver av er o T ao h ádu r ação.
O Céu é a representação da perfeição relativa, resultado da evolução intelecto-moral, conforme as Leis Divinas. A continuidade da evolução vai em direção ao infinito. Quando Quan do o grande gran de Tao se se r etr ai, surge sur gem m o amor humano hu mano e a j u sti ça. Qu Q u ando an do a sabedor abedor i a e a crí cr íti ca pr ospe osperr am su r gem gem as gr gr ande an dess menti r as. as. Quan Qu ando do os l aços f ami l i are ar es se r ompem ompem sur sur gem gem o deve deverr f i l i al e pater pater nal . Quan do as as n ações est est ão em desor dem sur su r gem os o s f u n ci oná on ár i os leai l eais. s.
Deus concede o livre-arbítrio aos seres que já alcançaram a razão, ou seja, a inteligência, na fase humana. Assim, uns optam pelo Bem e outros pelo Mal. O conteú con teúdo do da gr ande an de vi vi r tude tu de pr ové m i n teir tei r amente amen te do T ao. O T ao gera ger a todas t odas as cois coi sas de modo tão of u scante can te que qu e obscur obscu r ece. ece. Obscur O bscur as e of u scantes can tes são suas sua s i magens. ma gens. Of u scantes can tes e obscur obscu r as, nel n ele e es estão as coi sas. Te T en ebr osa e i n sondá son dável, vel , nel n ele e está está a sement semen te. E est esta sement semen t e éa éa ver ver dade e n o seu seu i n teri ter i or está a autenti au tenti cidade ci dade.. Da Da antiguidade atéhoje temos de usar nomes para se exami xam i n ar todas as cois coi sas, as, mas como como sei sei como su su r gem gem todas toda s as cois coi sas? as? - Ju J u stame tam en te por su a se semente. ment e.
Deus plantou na intimidade de cada ser a consciência, a qual orienta sua evolução rumo à perfeição relativa. Por tanto, tan to, qu q u em segu segue e o Tao éu m com o Tao, T ao, qu em segue gu e a vi r tu de éu m com c om a V i r tude, tu de, quem qu em segu segue e a perdi per diç ção é u m com co m a per p erdi di ção. Qu Q u em se se u n e ao Tao, T ao, o T ao o acol aco l h e ale al egre gr emente. Que Qu em se u n e àvir vi r tude tu de,, a vi r tude tu de o acolh e al egr emen ementte. Qu Q u em se un u n e à perd er di ção, a per di ção o acol ac ol h e alegr al egr ement emen t e. On On de há h ápou po u ca f é n ão se enco encon n tr a f é . A o col co l ocar oc ar - se na n a pon p on ta dos do s pé s nã n ão se obté obt é m f i r m eza. eza. Com Co m as per per n as aber aber tas ta s n ão se se pode andar an dar . Quem Qu em apar ece n ão pode bri br i l h ar. ar . Que Qu em se afi af i r ma n ão pode f i gur ar. ar . Qu em se glor gl or i a n ão ter t erá ám é r i t os. Qu em se en en al t ece nã n ão
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pode per per dur du r ar. ar . Par a o T ao ele el e soa soa supé r f l u o, par asi asi ta, cois coi sas que qu e todos abomi n am. Por P or i sto, qu em está están o Tao T ao n el as não cai. cai . H áu ma cois coi sa i n def def i n i da, mas per per f ei ta, qu e exi ste antes an tes do Cé u e da Te T er r a. Sil Si l enci osa e separada, epar ada, f i ca sozi ozi n h a e i mutá mu tável vel : tudo tu do per per meia, mei a, mas nada põe põe em r i sco. Pode od e ser ser cham ch amad ada a de d e M ãe sob sob o cé cé u . N ão sei seu n ome: om e: escre cr evo Tao; T ao; f orç or çado a nomear, n omear, ch amo de Gr ande. Gr ande an de si gni gn i f i ca alé al é m, al é m sign si gnii f i ca lon l onge, ge, lon l onge ge si gni gn i f i ca re r etor n o. Por i sto, o T ao égr égr ande, an de, o Cé u é grande, a Terra égrande, o Homem égrande. No U n i ver ver so há h áquatr qu atr o gr ande an dess: o H omem éu m dos quatr qu atr o. O H omem om em segue segu e a ter t errr a, a T err er r a segue segu e o cé u , o Cé u segue gu e o Tao, T ao, o Tao T ao segu segue e a si si mesmo mesmo..
Jesus, que atingiu elevadíssimo grau de perfeição relativa, como Espírito Puro, afirmou: “Eu e o Pai somos ormando-nos sobre Sua sintonia com Deus. Também Um”, inf ormando-nos disse: “A cada um segundo as suas obras” e “Vós sois deuses; vós podeis fazer tudo que eu faço e muito mais ainda.” Como
visto, os antigos chineses tiveram acesso à Verdade, através de missionários que a afirmaram, desde tempos imemoriais. i memoriais. Coi sas que neces necessi tam de re r ef or ço cons con stan te logo l ogo envelh envel h ecem: ecem: i sto écham ch amado ado sem T ao. Sem Tao T ao l ogo n ão h á T ao atu a tu ante. an te. A r mas ma s não são in i n str u m entos ent os de boa- boa - sor te: são coi co i sas que qu e todos todo s odeiam odei am.. Por P or tan ta n to, to , qu em está está n o Tao T ao com co m elas el as nã n ão se ocupa. ocu pa.
A não-violência estava, assim, aconselhada há milhares de anos, pois a Paz é de Deus, como consequência do Amor ao próximo. T ao... o i n tocável vel e i n omi n ável vel , embo emborr a mu i to peque pequ en o, o mun mu n do nã n ão o pode contr olar ol ar..
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Por que Deus é pequeno? – Por que, pelo estado de ignorância da maioria dos Espíritos, não recebe deles o reconhecimento que deveria ter, todavia, “o mundo não o pode controlar”, mas Ele é quem controla tudo.
Uma similaridade do Tao no mundo: os riachos das montan mon tanh h as e águas gu as dos val vale es i n do par a o r i o e o mar .
A água, desde seu surgimento na superfície, passando ao regato e, depois, aos rios, sempre encontra um caminho para chegar ao oceano, e, nesse trajeto, fertiliza as terras por onde passa: assim é Deus, que a tudo e a todos sustenta com Seu Pensamento de Amor Paterno e não há quem ou o que não Lhe receba a influência fecundante. O gr ande an de Tao T ao ét r ansbor an sbor dan t e: está está à di r eit ei t a, está está à esqu esquer erda. da. A s dez-m dez-mii l - coi sas pr ovêm del d ele e e ele el e não as r ej ei ta. Re R eali al i za a obr a e não as chama cham a de propr pr opr i edade. dade. E l e veste veste e al i menta men ta as a s dez-m dez-mii l -coi -co i sas e n ão se se asse assen h or a delas. del as. Nã N ão tem t em desej desej os e por po r i sto épequeno pequ eno,, mas, m as, como com o tudo tu do depe depen n de del del e, chamamos cham amos gran de. de.
Deus preenche o Universo, por Ele criado. Dá as potencialidades evolutivas a cada ser e a cada um sustenta com Seu Pensamento de Amor Paterno. Seu único objetivo é a Felicidade dos Seus filhos e filhas. É pequeno, inexistente até, para quem não O reconhece como Pai, mas, na verdade, é a Origem de tudo. M úsi ca e i guar i as f aze azem o per per egri gr i n o es estagnar , mas o Tao su r ge da boca bo ca sem sem som e sem sem sabor . Ol O l h a-s a- se e n ada se vê, ouve ou ve-se -se e nada se es escuta, cu ta, u sa-s a- se e n u n ca se esgota. got a. Par Pa r a compr comprii mir mi r deve deve dei dei xar expandir xpandi r , para enf r aquece aquecerr deve deve dei dei xar f ortale or talece cerr , para des destr ui r deve deve dei dei xar des desabrochar, abrochar , para retirar deve dar: isto échamado conhecer o i n vi sível. vel .
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Os Espíritos encarnados, muitas vezes, se deixam enganar pelo apego às coisas e interesses materiais, esquecendo-se de que são Espíritos em cumprimento de tarefas programadas no mundo espiritual, que visam sua própria evolução intelecto-moral. O mundo espiritual é a verdadeira pátria do Espírito e a realidade que lá encontramos costuma ser quase o oposto da material, sendo seus únicos valores as virtudes. O T ao éetern ter n o nã n ão-f o- f aze azer e nada f i ca por f aze azer . Se r ei s e pr ín cipes ci pes o pr eser var em, as a s dez-mi dez-mi l -coi sas por si se transformam.
A força do Espírito está no pensamento e, assim, os Espíritos Superiores, mesmo quando encarnados, atuam muito mais através das suas vibrações mentais do que na azáfama diária, no corre-corre atrás das realizações materiais. Mais importante que mudar a realidade exterior é mudar o interior das pessoas, para tanto primeiro mudando a própria. Portant Por tanto, o, per per dendodendo-sse o Tao, ei ei s a vir tude tu de;; per per den den do-se do-se a virtude, eis o amor humano; perdendo-se o amor h u man o, eis a j u sti ça; perdendoper dendo-sse a ju j u sti ça, eis a mor ali al i dade. dade. A mor ali al i dade r eduz du z a fé f ée a fi f i del del i dade, dade, se sen do a or i gem gem de toda desor desorde dem. m. O saber saber pre pr ematu r o émera mer a apar ên cia ci a do Tao T ao e o começo de toda l oucu ou curr a. Por i sto, to , o h om em m adu ad u r o até m - se ao ao r eal e nã n ão àapar ên ci a; at é m - se ao pal pável e não ao i mpal mp alpá pável; vel ; af asta o ali al i e agar r a o aqui. Aqui também se aplica a Lição de Jesus: “Procurai, em
primeiro lugar, o Reino de Deus e Sua Justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo.” As realizações sem Deus são como “construir a casa sobre a areia”.
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O r etor eto r n o éo mov m ovii m ent en to do d o Tao T ao,, suav su avii dade da de éa oper o peraç ação do T ao. Sob o cé u as dezdez- mi l - coi sas n ascem do ser ser e o ser ser n asce asce do nã n ão-ser o-ser . Quan Qu ando do uma u ma pe p essoa superi super i or escuta cu ta o Tao, ela pratica zelosamente. Quando uma pessoa mediana median a es escuta cut a o Tao, T ao, el el a o se segue gu e algu al gun n s momentos moment os e em outr ou tr os n ão segu segue e. Quan Qu ando do uma u ma pess pessoa i n f er i or escuta cut a o T ao, ao , el a r i às gar ga r gal ga l h adas. ad as. Se nã n ão r i r al to, ent en t ão n ão éo T ao. Por i sto exi stem as sen tenças: as: O Tao T ao clar cl aro o pare par ece escuro. O Tao progressivo parece retrógrado. O Tao plano pl ano par ece escabroso. cabroso. A V i r tude tu de su pre pr ema pare par ece um vale. A Virtude firme parece vazia. A Virtude sólida pare par ece vacil vaci l ante. an te. O gr ande an de quadr qu adrado ado nã n ão tem cantos can tos.. O gr ande an de tal ento ent o nã n ão termi ter mi n a cedo. A gr ande an de músic música a nã n ão se se ouve. ou ve. A gr ande an de im i m agem n ão tem t em def i n i ção. O Tao T ao se se ocul ta no n o se sem-n m- n ome e só o Tao T ao pode bem bem atu at u ar, ar , dando a si si mes mesmo. O T ao ger ger a o um, um , o um u m ger ger a o dois, o doi do i s gera ger a o tr t r ês, o tr ês gera ger a as dezdez- mi l - coi sas. sas. A s dez-m dez-mii l - coi sas tem atr at r ás de si escu escurr i dão, àsua f r ente ent e elas ela s abr açam a l u z e o vazio vazi o lh l h es dáa har h ar mon mo n i a.
Deus é o Criador, outorgando às Suas criaturas o poder de atuar no Universo. Os Espíritos Superiores pensam, sentem a agem conforme as Leis de Deus; os medianos oscilam entre o Bem e o Mal; os rebeldes às Leis Divinas riem dessas Leis, desacreditando do próprio Pai. Qu ando an do o T ao r ein ei n a sob o cé cé u , usamo u samoss cor cé i s par a pux pu x ar esterco. ter co. Qu Q u ando an do o T ao n ão r ei n a sob o cé u , caval cav alos os de batalh batal h a procr pr ocrii am nos n os pastos pastos ver ver des des.
Quando as criaturas são obedientes às Leis Divinas, tudo é harmonia. Em caso contrário, multiplicam-se as rivalidades. Saber Saber bastar -se n o que qu e basta éo bastan te. Sem Sem sair sai r de casa casa conh con h ece-se ce-se o mu m u n do. Sem Sem ol o l h ar pel pel a jan j ane el a vê-se o
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T ao do cé u . Qu anto an to mai ma i s l onge on ge se se vai menos men os se se conh con h ece. ece. Por i sto, to , o hom h omem em san santo to n ão viaj vi aja a e conh con h ece, ece, nã n ão ol h a e sabe, nã n ão age e re r eal i za. N o estu estu do a cada di a se cres cr esce ce mai s, no n o Tao T ao a cada cad a di a se se decr decre esce mai s e decr decr esce, ce, decr ecr esce, esce, at éch ega egar - se àn ão- ação. N a n ão- ação n ada dei dei xa de agir agir .
A força do Espírito está no pensamento e quanto mais se sintoniza com as Leis Divinas mais se adquire força mental. O Tao T ao dávida, vi da, a vir tude tu de cul ti va, o ambie ambi en te molda, mol da, as i n f l u ên cias ci as des desen volve vol vem. m. Por i sto as dez dez-mi l -coi sas honr hon r am o Tao T ao e digni dign i f i cam a vir tude tu de.. O Tao T ao éh onr ado e a vir vi r tude tu de dign di gnii f i cada: i sto nã n ão se se ordena, or dena, mas ve vem espontaneamente.
A evolução intelecto-moral de cada Espírito se processa naturalmente, cada um a seu tempo. Deus concede a vida; devemos aprender, cultivar e ensinar as virtudes; o meio onde vivemos propicia o aprendizado; as boas influências auxiliam. Todas as circunstâncias, positivas e negativas são planejadas por Deus como impulsionadoras da evolução intelecto-moral. O T ao dá vida, vi da, a vi r tude tu de cul ti va e o cre cr escimento ci mento se apr ap r i m or a e a pr p r oteç ot eção am a m adu ad u r ece e a man m anu u tenç en ção se r enova. O mundo mu ndo te t em uma u ma ori or i gem, gem, que se se pode chamar M ãe do mu n do. do .
Deus é o Criador, mas pode ser chamado de Pai ou de Mãe. Se eu ti ves vesse o conh con h ecimento ci mento de como agi r de acordo acor do com o grande gr ande T ao ju stament tamente e teme temerr i a a atividade ati vidade.. O gran de Tao é plano, mas o pov povo o pr pr ef er e atalh atalh os onde on de a cor co r t e ér ígida gi da,, mas m as os campos cam pos ench enc h em-se em- se de er er vas dani n has e cel cel ei r os f i cam vazi vazi os. os.
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Novamente se fala na potência mental. A desconsideração das criaturas pelas Leis Divinas as faz cair nas garras dos Espíritos encarnados e desencarnados voltados para o Mal. I sto se chama cha ma ostentar ostent ar r api n a; n ão, mas m as is i sto n ão éo T ao. I sto se diz di z sem qu ando do sem-T sem- T ao, n ão há h áT ao. ao . – T ao e, quan
O Mal não é criação de Deus, mas sim consequência da má aplicação do livre-arbítrio pelos seres rebeldes às Leis de Deus. F echar as entr nt r adas, adas, trancar tr ancar as portas por tas,, abrandar abran dar o cume, des desf aze azer o emar emar anhado, anh ado, mode moder ar a lu z, re r eun i r o pó: pó: i sto se chama ch ama un u n i ão mi steri ter i osa osa com o T ao.
Quem evolui intelecto-moralmente adquire cada vez maior poder mental, resultado da gradativa união consciente com Deus. Raiz Rai z prof pr ofu u n da, fu n damento só sól i do, o T ao da ex i stên cia ci a eter etern n a e da vi são per pé t u a.
A evolução intelecto-moral concede inimagináveis aos Espíritos que a conquistam.
poderes
Quan Qu ando do o mu m u n do égovern gover n ado pelo p elo T ao, os o s mor mo r tos to s n ão se pass pa ssam am por espí espír i tos. to s.
Quando os encarnados compreendem as Leis Divinas, os desencarnados são encarados com naturalidade, pois tanto uns quanto outros são Espíritos, apenas que vivendo em contextos diversos, mas interligados pelo pensamento.
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O Tao T ao éo r ef úgio gi o das dez-mi dez-mi l -coi sas, as, tesou tesourr o dos bons, r efú ef úgi o dos do s n ão-bo o- bon n s.
Deus ampara todas as Suas criaturas, sejam boas ou não-boas, bem como provê às suas necessidades evolutivas. M as empunh mpu nh ar o cetr cetr o de j ade e des desf i l ar em um u m corte cor tejj o f esti vo não se se i gual gu ala a a ass assen tar e aden aden tr ar n o Tao. T ao. E qual qu al a r azão dos d os ant an t i gos apr ap r eciar eci ar em o T ao? ao ? N ão épor po r que qu e se se diz di z: " Que Qu em pede pede r ecebe cebe,, quem er er r ou evita vi ta a per per ver ver são?" Por i sto o Tao T ao éo bem bem mai s pre pr ecios ci oso o do mun do: agir agi r o n ão-agi o- agi r , ocupar ocu par o nã n ão-ocu o- ocupar par , sabor sabor ear o nã n ão-s o- sabor ear, ear , engrandecer o pequeno, retribuir rancor em virtude, plan pl ane ej ar o dif di f ícil ci l quan qu ando do ain ai n da éf ácil ci l , faz f aze er o gr ande an de do qu e épequ peq u eno. en o.
Conhecer as Leis Divinas e praticá-las é a mais importante realização da vida humana e esse estilo de vida proporciona todos os poderes e benefícios úteis à evolução dos Espíritos. N a anti an ti gui gu i dade os que qu e be bem atuavam at uavam n o Tao T ao nã n ão bus bu scavam a i l u mi n ação do povo, p ovo, mas m as si si m a su a simplicidade.
A instrução simplesmente enriquece o cérebro de informações, mas as virtudes proporcionam a evolução moral, que mais vale que a primeira. Assim Emmanuel falou: “Aquele que Ama está à frente do que simplesmente sabe.”
Sob o cé u t odos odo s dize di zem m que qu e meu T ao égr ande an de e, por i sto, é anormal. Por ser grande, parece anormal; porque, se f oss osse n ormal or mal , hámui mu i to teri ter i a fi f i cado pequ peque en o.
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Deus é Infinito em todos os aspectos, por isso sendo rejeitado pelos orgulhosos, que não admitem nada nem ninguém que lhes seja superior. O T ao do d o cé u : sem sem l u t ar , éh ábi l em vencer ven cer;; sem sem f al ar , é h ábil bi l em r esponde pon derr ; sem sin si n ali al i zar , vêm por p or si ; pass passo-a- o- a- pass pa sso, o,é é h ábi l em pl anej an ejar ar .
Deus está acima de todas as Suas criaturas e detém todas as faculdades. O Tao T ao do cé u , como l embra embr a o ar mar de u m ar co!
O Poder de Deus é Infinito. O T ao do Cé u ti r a do mai s e compl eta o me m en os. os. O T ao do h omem éo contr con tr ár i o: ti r a do menos para par a dar ao mai s. Mas quem tem a mais para dar ao mundo? Só o poss possu i dor do Tao. T ao. Jesus disse: “Quem se humilhar será exaltado e quem se exaltar será humilhado.”: assim a Pedagogia Divina ensina
Suas criaturas sobre a Igualdade. Enquanto isso, o egoísmo humano costuma expoliar os que pouco ou nada têm. Todavia, somente tem muito, em termos espirituais, os Espíritos Superiores, os quais dão muito de si aos que lhes estão abaixo na escala evolutiva, auxiliando-os na evolução intelecto-moral. O T ao do cé u n ão tem t em sent sen t i m ent en tos, mas sempr semp r e est estácom co m o home h omem m bom.
Deus não distingue entre Seus filhos e filhas uns dos outros, sejam bons ou não-bons, mas recompensa os primeiros para mostrar aos outros que vale a pena serem bons.
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O Tao T ao do cé u benefi cia ci a se sem pr ej u dicar di car , o Tao T ao do homem h omem santo ant o age sem l u tar .
Deus somente beneficia, mesmo quando parece castigar. Os Espíritos Superiores nunca castigam a ninguém. Aliás, na “parábola do trigo e do joio”, Jesus afirmou, em outras palavras, que somente Deus “separaria” o joi o do trigo. Também disse: “Eu a ninguém julgo.” e “Não Julgueis para
que não sejais julgados, pois, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos.”
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3 – JESUS: JESUS: EXEMPLO MÁXIMO DE DESAPEGO A frase que já citamos de Jesus resume toda Sua pregação: t enho o uma u ma pedra pedr a on o n de re r ecostar a cabeç ca beça .” “N ão tenh .”
Não se trata de Filosofia vazia, mas de uma realidade, pois
ninguém é dono de nada, a não ser da própria “ l u z ” que cada
um é.
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CAPÍTULO III: SIMPLICIDADE A simplicidade é uma virtude que ultrapassa a compreensão humana comum e avança rumo à perfeição. Infelizmente, ainda rareia na Terra, pois a maioria cobre-se de ambições e desejos de glórias efêmeras. Devemos, todavia, conscientizarmos de que a simplicidade representa um dos itens das bem aventuranças, sabendo-se que o Sermão da Montanha é o mais importante monumento da passagem de Jesus pela Terra como encarnado.
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1 – DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO DE SIMPLICIDADE Poucos poderiam ser mais felizes na afirmação do que é a simplicidade. Vejamos como Emmanuel tratou desse tema, apresentando uma obra de Valérium: B EM -AVENT URADOS OS SI M PLES “ BEM E subi ndo ao monte, m onte, dian te da mul tidã ti dão, o Cr i sto, acima de tudo, tu do, destacou destacou aque aqu el es que qu e o se segui gu i am, despoj despojados ados da embr i ague agu ez ger ger ada pelo vin vi n h o da i l u são. E comoveu-se comoveu -se ao f i tá-l os... os... Sim, Si m, todos to dos el el es es est avam pobr pob r es, ain ai n da os o s de cé r ebro ebr o cul cu l to e veste im i mpecá pecável . Pobr es de su ti l ezas; as; .. Pobr Pob r es de arti ar ti f ícios... ci os... D esar mados mado s de podere poder es terr ter r estr es... D est est i t u ídos do s de ambi am bi ções h u m anas.. an as.... E n tern eceu ceu -se Jesu Jesu s, compr een den den do qu e somente somente sobr sobr e el es, espí espír i tos ex ex one on er ados da me m en ti r a e des desen f aix ai x ados do per per sonali smo in f er ior , é que pode poderr ia edif edif icar as cons con str u ções i n i ciai ci aiss da Boa B oa Nova N ova e si tuou tu ou-os, -os, em em pri pr i mei mei r o lugar, lu gar, na glór glór i a ce cel este, te, pr pr oclamando: B em-aventu u r ados os si si mpl es de espír i to, por que qu e del del es é — Bem-avent o r ein ei n o dos do s Cé Cé u s... Pensando neles, os companheiros reencarnados, des despr etensios tensi osos os e si n cer cer os, os, que qu e dese desej am apr en der com co m a verdad ver dade, e, Val é r i u m escr escr eveu este este lil i vr o. E n tr egandogan do-o, o, pois poi s, aos ami gos de esperan per anç ça fi f i r me e cor ação si si n gelo, gel o, r ogamos ogam os ao Di D i vin vi n o M estr estr e n os faç f aça a todos todo s també m simpl si mpl es, a f i m de d e que nos n os ide i den n ti f i que qu emos com a grandeza simples do autor e nos coloquemos, i gual gu almente, mente, àsombr a acolh acol h edora dor a da bem-aventu r anç an ça..”
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2 – JESUS: JESUS: EXEMPLO MÁXIMO DE SIMPLICIDADE Misturou-se ao povo pobre e desvalido; era visto sendo acompanhado de pessoas desprezadas pela sociedade dura e estamentada em classes sociais estribadas no poder aquisitivo e nos títulos de falso poder; “ humilhou-se ” diante da
humanidade toda para ensinar a humildade, apesar de ser o Divino Governador da Terra e, na verdade, por isso mesmo, pois o mais evoluído tem de servir ao menos evoluído para ensiná-lo a servir. Aprendamos que os Espíritos Superiores não são arrogantes como nossos homens e mulheres terrenos, que, quanto mais destacados mais distantes se mantêm, mas, muito pelo contrário, quanto mais adiantados na escala evolutiva, mais se honram em servir a todos. Essa lição deve ser aprendida, pois, em caso contrário, passar de ano an o ” na teremos de continuar reencarnando sem “ passar abet i zação espi espi r i t u al .” fase da “al f abeti
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TERCEIRA PARTE: PESSOAS EM CONDIÇÕES DE VIVENCIAR A SUBLIMAÇÃO
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CAPÍTULO ÚNICO: TRÊS SITUAÇÕES Optamos por apresentar, para fins didáticos, três situações
diferentes quanto à sublimação ener en er gé t i cas ”, ”, como veremos nos itens seguintes.
das
“ trocas
Como dito anteriormente, a maioria dos ocidentais não tem o mínimo interesse nessa sublimação e continuará oc as ener en ergé gé t i cas ca s realizando “ tr ocas ” de baixa frequência, até que desperte para esse passo adiante na própria evolução espiritual. Esse passo adiante, como tudo que diz respeito à evolução espiritual tem de ser espontâneo, porque exige, primeiro, a conscientização, depois a continuidade na trajetória e, por fim, se transforma em situação natural, espontânea, que não exige mais nenhum esforço para continuar nesse nível de qualidade. Sigamos, então, adiante, no nosso estudo.
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1 – CANDIDATO CANDIDATO DO MESMO NÍVEL EVOLUTIVO SUPERIOR Não basta encontrarmos o nosso Amor multimilenário, mas, além dos outros requisitos que mencionamos anteriormente, é preciso que ele já tenha conquistado o nível oca s energé ener gé t i cas su su bl i m adas ad as das “t r ocas ” ou que, no mínimo, se
proponha, firmemente, a essa sublimação. Em caso contrário, faz-se inconveniente a união, devendo cada um seguir seu caminho, pois o mais evoluído perderá com essa união.
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1.1 – FELICIDADE FELICIDADE NA CONVIVÊNCIA Concretizando-se ou já estando concretizada a sublimação, a felicidade passa a ser, não somente afetiva, mas também na área da sexualidade, que chamamos de área das oca s ener gé ti cas su su bl i m adas ada s “t r ocas ”. ”.
Repetiremos abaixo o desenho dos dois Espíritos em
pleno estado de felicidade durante as referidas “ trocas ener gé t i cas subl sub l i m adas ad as ” para melhor compreensão do que pretendemos dizer: sendo, como o é, cada Espírito “ l u z ”, ”,
acima dos corpos espirituais e físicos, ocorre a permuta de energia luminosa de alta frequência, nesses momentos.
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2- CANDIDATO EM CONDIÇÕES CONDIÇÕES DE REALIZAR A SUBLIMAÇÃO Pode acontecer de um dos dois não ter ainda conhecimento desse passo adiante, mas querer investir nele: será então uma incumbência do parceiro ensinar-lhe o caminho, acompanhando-o nessa trajetória, como o mestre orienta o aprendiz dedicado e zeloso. É muito raro os Espíritos, mesmo aqueles que estão ligados pelo Amor multimilenário, serem exatamente do mesmo nível evolutivo e, assim, o que está à frente orienta o menos evoluído, contanto que este último se esforce realmente em aprender, não só para também evoluir, como também para não prejudicar seu benfeitor e perder a oportunidade que está tendo de conviver com ele. Se perder a oportunidade, não se sabe se algum dia terá outra...
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2.1 – INVESTIMENTO INVESTIMENTO QUE PODE SER BEM SUCEDIDO O investimento dará certo se o menos evoluído aproveitar a oportunidade do aprendizado. Em caso contrário, será excluído da relação por iniciativa do benfeitor ou, mesmo que ele queira manter o relacionamento, chegará a hora em que as próprias Leis Divinas se encarregarão de entregar o retardatário à própria sorte.
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3 – CANDIDATO CANDIDATO AVESSO À PROPOSTA DE SUBLIMAÇÃO Se o candidato ao relacionamento se mostra avesso à própria ideia da sublimação, o melhor que se pode fazer é cada um seguir sua própria vida, pois o relacionamento não dará certo. oc as ener energé gé t i cas ca s Afinal, as “t r ocas ” representam um item importantíssimo no relacionamento e não haverá sintonia entre um Espírito que quer permutar “energia de alta f r equê equ ên cia ci a ” e outro que sintoniza nas emissões de “baixa f r equê equ ên cia ci a ”.
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3.1 – CONVENIÊNCIA CONVENIÊNCIA EM NÃO ACEITAR O CONDIDATO A amiga de José Raul Teixeira, a que nos referimos lá pelas tantas do nosso estudo é um autêntico exemplo da pessoa que bem procedeu quanto a um candidato que a encarava como “macumbeira ”, pelo fato de ser espiritualista, sendo que esse relacionamento, se é que tivesse se iniciado, nunca teria bons resultados, inclusive na área das “trocas ener gé ti cas subl sub l i m adas ada s ”.
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QUARTA PARTE: MENTALIZAÇÃO
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CAPÍTULO ÚNICO: MENTALIZAÇÃO Sem o desenvolvimento do poder mental no Bem, o Espírito não evolui a partir de certo ponto: é como se tivesse encontrado um degrau à frente, depois de caminhar milhares de quilômetros. Então, tem de decidir: ou sobe o degrau ou fica parado diante dele, por tempo indeterminado. Esse degrau é, no caso da atualidade da humanidade da Terra, o desenvolvimento do poder mental no Bem. No item seguinte transcreveremos a Introdução do livro “Escola Básica de Mentalização do Amor Universal”,
publicado na Internet, até este momento, em luizguilhermemarques,com.br, mas que, em pouco tempo, também estará disponível na Biblioteca Virtual Espírita.
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1 – DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO DO TEMA Não utilizaremos aspas, porque somos membros da mesma equipe de trabalhadores na área da mentalização e sua divulgação entre nossos irmãos e irmãs reencarnados. Trata-se, como dito no item anterior, de trecho do livro d e M ental ent al i zação do A mor mo r U n i vers ver sal ”: “E scol a B ási ca de
INTRODUÇÃO Antes de iniciarmos, propriamente, as reflexões diretamente ligadas ao tema deste livro, temos de compreender que, na fase humana, ou seja, aquela que vivemos atualmente, intermediária entre o Reino animal e a angelitude, nosso objetivo é aquele que Jesus enunciou através dos três Amores: 1 – a a Deus; 2 – a a si mesmo e 3 – ao ao próximo. O primeiro é a reverência que devemos aprender a dedicar ao nosso Pai, que nos criou; o segundo é o autoconhecimento, de que Sócrates tanto falava e anda esquecido pela maioria dos nossos irmãos e irmãs encarnados; e o terceiro é o Amor Universal. Temos que dizer também que nenhuma circunstância deve passar pela nossa mente como justificativa para descumprirmos qualquer uma dessas três propostas, pois elas representam nosso progresso como Espíritos imortais, destinados à perfeição relativa. No presente estudo focalizaremos mais o Amor Universal, mas ele passa pelos dois primeiros, pois quem não é grato ao seu Pai, não saberá Amar seus irmãos e irmãs e quem não sabe quem é não saberá como entender o “ outro ”. ”.
Não se trata de Filosofia, mas da prática, do dia a dia, da vivência em várias reencarnações, que, no final de um certo tempo, fazem o Espírito despertar do letargo provocado pela luta pelos interesses materiais e ver que precisa Amar para ser feliz. É essa a proposta que trazemos para nossos queridos irmãos e irmãs, sem, contudo, nos julgarmos melhores do que ninguém, mas apenas queremos contribuir para que sua vida
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seja melhor, mais feliz, despertando, por sua vez, para a vivência desses três Amores. Iniciemos nossas reflexões. Na nossa trajetória evolutiva, tivemos que vivenciar as experiências sucessivas dos Reinos mineral e vegetal e, somente no último estágio no Reino animal, adquirimos a faculdade do pensamento fragmentário, que, com o ingresso na fase humana, transformou-se em pensamento contínuo. Todavia, a verdade é que, se há planetas onde os seres humanos se comunicam apenas pelo pensamento, na Terra isso parece ficção, segundo o entendimento da maioria esmagadora dos seus habitantes. Os gurus e iniciados em número reduzidíssimo, dentre os quais uma personalidade que ficou muito conhecida no mundo ocidental – Chico Xavier – não necessitam mais da articulação verbal de palavras para entenderem e se fazerem entendidos. Entenda-se o pensamento como um meio de comunicação mais aperfeiçoado que as palavras e gestos. Essa potência pode ser desenvolvida pela prática de exercícios especializados, tanto quanto se necessita de especialização em qualquer outra atividade. Propomo-nos a estudar junto com nossos irmãos e irmãs um pouco da teoria e da prática e, estando preparados para vibrar em favor do Amor Universal, através de emissões mentais, iniciarão uma diferenciada forma de contribuir para melhorar a vida das pessoas e a sua própria, pois, como disse Jesus pelos lábios de Francisco de Assis: “ É dando que se recebe .” .”
Iniciemos esta Introdução, então, com as reflexões que se seguem.
O Espírito é “l u z ”, tanto que Jesus recomendou: “ Brilhe ”, voss vossa l u z .” Sua essência não tem forma nem órgãos, mas é .” pura “l u z ”. ”. Assim, todas as criaturas são “ l u z ”, ”, desde as mais
rudimentares, ou seja, as mais próximas da sua origem, do
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instante mágico em que saíram das Mãos do Criador, quando foram pela primeira vez pensadas, simbolizadas na estrutura de uma partícula subatômica; até as mais adiantadas, que podemos chamar, simbolicamente, de Espíritos Puros, e, nesse caso, podemos tomar Jesus como referência. Fixemos bem essa noção, pois ela é o cerne do nosso estudo, ou seja, todos os seres são “ l u z ”. ”. Se você não acredita que é “ l u z ”, ou seja, se você entende ”,
que Jesus estava utilizando apenas uma figura de linguagem, como o fazem os poetas, de nada adiantará continuar a estudar conosco. Presumamos que você tenha, então, como certo que você é “l u z ”. ”. Imagine-se um foco de “l u z ” por alguns segundos ou minutos, conforme você deseje. Sigamos adiante. soi s deuses deuses; vós vós pode pod ei s f azer azer Jesus também falou: “V ós sois
tudo tu do que Eu f aço e mui mu i to mai s ainda ai nda ” e também “Sede per f eit ei t os, com com o voss vo sso o Pai Pa i , que qu e est est án os Cé Cé u s, éperf per f eit ei t o .” .”
Se você também não acredita que Ele estava afirmando que a evolução nos transforma de simples energia subatômica em Espíritos puros, no curso dos bilhões de anos, então também estamos perdendo nosso tempo em lhe falar e você em nos ouvir. Todavia, se sua percepção intelectual, sua razão, sua inteligência, resultado de bilhões de anos de evolução, adota como verdades essas três frases que Jesus proferiu para retratar todas as potencialidades de cada criatura de Deus, então, vamos adiante, numa viagem que você adorará, pois representa seu aperfeiçoamento interior, um passo adiante na sua vida, no caminho da perfeição relativa (pois só Deus detém a Perfeição Absoluta). Não importa que sua vida tenha seguido, até agora, sem rumo definido ou que você tenha se encaminhado para o Mal,
pois todos os seres que estão ligados à Terra são “ filhos pródigos ”, ”, que estão à procura do caminho de volta para a
Casa Paterna.
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Uns estão mais próximos da hora do Abraço do Pai e outros ainda procuram ignorar o Amor de que são objeto: você, provavelmente, estará entre esses dois extremos. Mas, confie em que você é luz e chegará ao estágio de Espírito Puro e sigamos adiante. Dividiremos este livro em duas Partes: a Primeira dedicada ao Auto aperfeiçoamento, com dois Capítulos: o primeiro dedicado às questões teóricas e o segundo ao exercício de mentalização em seu próprio favor enquanto que a Segunda Parte trata do exercício de mentalização do Amor Universal, em favor das pessoas que você quiser ajudar, sejam poucas ou muitas, contanto que você pense nelas com Amor Universal e não com amor egoístico. Você consegue entender a diferença entre o amor egoístico e o Amor Universal? Não leve em tanta conta, para iniciar a mentalização da sua essência espiritual, que é “ l u z ”, se você detecta em si ”,
defeitos morais e vícios, pois todas as criaturas de Deus são
“l u z ” e você também é “ l u z ”. ”. Por algum motivo sua “ l u z ” pode estar brilhando menos
que o ideal, mas você conseguirá fazê-la brilhar intensamente,
tal como se vê, por exemplo, nas fotos “ Kirlian ”: ”: entenda e
conscientize-se dessa realidade. Não se trata de nada especial, mas sim de uma previsão da Vontade de Deus, que criou a cada um de nós com a destinação da perfeição relativa, tanto quanto a semente desabrocha e procura a superfície do solo, atendendo a um tropismo irresistível. Nós também somos assim: não há como fugir à perfeição relativa, não há como apagar a própria “ l u z ”. ”.
Uma vez criado um ser, ele será Espírito Puro. Seguindo adiante, quando for mentalizar seu perispírito,
procure focalizar mais tempo, mentalizando “ l u z ” nos pontos
deficientes, mas sem ansiedade, pois todo progresso demanda uma série de mudanças, que, se forem muito rápidas, podem nem sequer dar a satisfação da vitória.
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Saboreie, “curta ” a satisfação de vivenciar seu próprio
progresso, como se saboreasse uma apetitosa fruta da sua preferência. Progredir não é passar, de imediato, de oito a oitenta, mas caminhar cada passo, adiante, do oito até chegar ao nove, ao dez, ao onze e assim por diante, pois o oitenta é a perfeição, que está destinada a cada um de nós, algum dia, mas não agora. Até lá fiquemos felizes pela caminhada ascensional, porque, na verdade, estamos caminhando numa estrada de terra, pisando com os pés descalços, haurindo a energia que brota da Terra, pisando igualmente na grama rasteira, que, de espaço em espaço, brota do solo, e estamos vendo em torno da estrada trechos arborizados profusamente, tendo, em outros pontos, arbustos de pequeno porte, que deixam-nos ver, ao longe, paisagens de imensos campos plantados com várias espécies vegetais, da mais pura beleza, tudo isso iluminado por uma claridade solar que aquece sem incomodar: essa é a nossa caminhada evolutiva, mesmo que, sem apurar os “olhos de ver ”, que representam compreendermos que somos “ l u z ”, enxerguemos apenas ”,
escuridão, problemas, sofrimentos, erros e desânimo. Assim deve ser a nossa percepção com relação à caminhada evolutiva, não importando se estamos vivendo num palácio ou numa pequena e pobre moradia; se somos intelectuais ou semialfabetizados; se estamos bem de saúde física ou deitados num leito de hospital; pois, somos “ l u z ” e nossos pensamentos e sentimentos são nossas formas de manifestação mais elevada, ou seja, são nós mesmos, enquanto que o corpo físico é a nossa ferramenta de manifestação mais rudimentar, mais grosseira e, portanto, sujeita às doenças, ao envelhecimento e à desagregação no túmulo. Mas não somos o nosso corpo físico: nós somos uma chama de “ l u z ”, ”, que tem
um outro corpo, sutil, invisível para os seres humanos
encarnados em geral, mas que é nosso corpo “ definitivo ”, ”,
digamos assim.
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Se esse corpo “definitivo ” está doente, procuremos curá -
lo, pois ele é muito importante para nós, como nossa vestimenta verdadeira. Iremos trabalhar nosso psiquismo para curá-lo. Sigamos adiante. Queremos aperfeiçoar o corpo físico? – É É uma opção que temos de avaliar se é a coisa mais importante para a nossa
vida. Se não for contribuir para a nossa evolução como “ l u z ”, ”,
simplesmente procuremos mantê-lo, sem deixá-lo piorar mais do que acontece normalmente por força do processo de gradativo envelhecimento, até ele não mais servir e ser devolvido à Mãe Natureza, para servir de adubo natural,
enquanto que nós seguiremos adiante, como “ l u z ” revestida daquele outro corpo, “ definitivo ”, o perispírito, que brilhará, ”,
como Jesus recomendou, se investirmos no nosso vossa aperfeiçoamento intelecto- moral Ele não disse: “Br i l he vos l u z ”? ”?
Vamos, então, mais adiante, no nosso estudo. Tendo aperfeiçoado a nós mesmos, estaremos em
condições de maior quantidade e qualidade de “ l u z ”
direcionarmos às pessoas. Esta é a proposta do nosso estudo. Acompanhem-nos aqueles que gostam de aventuras pelo Mundo do Desconhecido! Que Jesus nos abençoe a todos, a fim de compreendermos quem somos e onde podemos chegar, sempre pedindo Sua Bênção para nossa vida, nossos estudos e nosso trabalho em favor do Bem de todos!
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QUINTA PARTE: AUTO AMOR
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CAPÍTULO ÚNICO: AUTO AMOR O Auto Amor é reconhecer- se como “l u z ” e nunca deixar de identificar-se como tal, representando essa a base de toda a evolução do Espírito. Por isso, no simbolismo da árvore, identificamos o Auto Amor como as raízes, das quais vem o alimento extraído do subsolo e a partir das quais o tronco, os ramos, as folhas e os frutos têm condições de subsistir e cumprir suas respectivas finalidades.
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1 – DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO DO TEMA “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.” (Jesus Cristo) ci pal das re r eencar enca r n ações é apr ender a “O obj eti vo pr i n cipal l i n guagem gu agem do pen pen samento, ament o, su su bor din di n ada ao compr omi sso é ti co do Amor A mor U n i ver ver sal. al . En quan qu anto to nã n ão chega ness nesse patamar , o se ser h u man o encon tr a-s a- se em em estágio gi o pr i már i o em te t er mos de espiritualidade .”
(um anônimo)
Quando Jesus resumiu a Lei e os profetas na frase: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos” muitos entenderam, com relativa facilidade, o que é Amar a Deus, porque esse ensinamento vem desde o início da humanidade, diferenciando-se a Lição de Jesus apenas pela informação de que o Pai deve ser adorado (Amado) “ em E spír i to e Verdad Ver dade e ”, ou seja, espiritualmente e não através de ”,
manifestações exteriores; outros tantos se esforçaram para
compreender quem seria o “ próximo ”, ”, acreditando que se
tratavam apenas dos seres humanos, mas são todas as criaturas de Deus, desde os minerais até os Espíritos Puros, como é o caso de Jesus, conforme exemplificado por Francisco de Assis; mas o Amor a si mesmo nunca precisou de tanto esclarecimento quanto agora, quando a humanidade da Terra ingressará na fase da regeneração, em que os paradigmas são bem mais elevados do que os até então admitidos, ou seja, admissíveis para os habitantes de um orbe de provas e expiações. Este estudo pretende tratar do Auto Amor, que não é o que muitos pensam, ou seja, o orgulho, o egoísmo e a vaidade, mas sim a aquisição das virtudes da humildade, do desapego e da simplicidade. Basear-nos-emos no ditado de um Espírito Amigo e o comentaremos item por item.
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O autor espiritual relacionou 13 itens como posturas de Auto Amor: vi ve com aqu aq u i l o que qu e tem: suas sua s emo emoç ções, es, seus seu s 1 - “V ocêvive sen sen ti m ent en t os e sua sua cab c abeç eça e nã n ão com com o qu que é do out ou t r o .” .” Cada um somente “tem ” aquilo que consegue levar para o mundo espiritual, pois tudo o mais lhe é emprestado “ por u m pouco pou co de tempo ”. ”.
Pensemos nisso, a fim de não estarmos a correr atrás de fantasias.
A maioria dos encarnados vive em função do que “ n ão tem ” e sofre muito por isso. O autor enumera três coisas que todo mundo “ tem ”: ”: s ua cabeça” . “suas emoções, seus sentimentos e sua
O que são as emoções, os sentimentos e a cabeça? Como alguém conseguirá viver bem, estando apegado ao outr o que é “do outro ”? ”? E o que significa algo que é “ do outr o ”? É tudo que não ”? – É “tenho ”. ”. passar a maior mai or parte par te da vida subm subme etido ti do à 2 – “ – “É um er r o pass apr ap r ovaç ova ção e ao apoi apo i o al a l h eios ei os .” .”
O principal objetivo das reencarnações é a aquisição do poder mental no Bem. Para tanto ninguém precisa da aprovação ou do apoio alheios, pois o caminho é individual,
qu ando do o di d i scípul pu l o está está pr onto on to o m estr estr e apesar de que “ quan aparece ”, ”, ou seja, o fruto amadurece naturalmente.
A dependência afetiva doentia é altamente prejudicial, pois o único apoio que nunca falta é o de Deus, a quem devemos nos desapegar, tanto quanto nos desapegarmos de tudo e de todos, apesar de aprendermos a Amar a tudo e a todos, universalmente. Apegar-se é uma coisa, Amar é outra, sendo a primeira nociva e a segunda saudável. Quem se restringe, se omite, se acovarda quando deve tomar uma atitude no Bem, não pode alegar nenhuma justificativa em sua defesa, mas sim deve encher-se de coragem para direcionar sua vida no rumo do progresso
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intelecto-moral, sem aguardar apoios externos, aprovações de uns e outros, pois Deus sempre encaminhará as soluções, na acasos maioria das vezes através de “apar en tes acasos ”. ”.
A noção de Auto Amor não exclui, de forma alguma, o Amor conjugal, filial, paterno, materno, etc., mas sim pretende reforçar em cada um a autoconfiança, a iniciativa, a fé em Deus, a certeza de que merece ser feliz e coisas semelhantes. É um exercício diário de conscientização e não apenas a leitura de um livro ou lições esparsas. Qu ando incorpor in corpor amos um per per sonagem, onagem, sacri sacri f i camos 3 – “ – “Quando o pr ópr i o espí espír i to ao dar d ar sati at i sfaç sf ações do n osso osso modo m odo de ser .” .” “Personagem ” significa máscara, algo que desfigura nosso verdadeiro “ E u ”. ”.
Não devemos usar máscaras, mas sermos nós mesmos, naquilo que somos de melhor. Muita gente usa máscaras, uma para cada ocasião e, assim, vive infeliz. Outros assumem o que têm de pior, mas
esse não é seu verdadeiro “E u ”, ”, mas sim seu “ego ”. ”. oiss deu deu ses; vós vós podei podei s faz f aze er tudo tu do que qu e Jesus falou: “V ós ssoi E u f aço e mui mu i to mai s ain ai n da .”: .”: esse é o “E u ” de cada um e
quem se contenta em não realizar sua perfectibilidade está se subestimando: esses não realizam o Auto Amor. Não devemos prestar contas a ninguém da nossa procura pela própria evolução intelecto-moral, ou seja, não devemos deixar que ninguém nos desvie dessa rota. Podem prender nosso corpo, mas ninguém aprisiona o pensamento de outrem, que voa e vai a qualquer ponto do Universo. Qu anto to mai m aiss poder vocêder a ou tr o per per sonage on agem, m, 4 – “Quan mai s o outr ou tr o per per sonagem on agem vocêse tor n ar á .” Já dissemos que “personagem ” é máscara.
Se alguém usa máscara, não o imite, pois, em caso contrário, você será uma farsa tanto quanto ele o é. Seja você mesmo no Bem e na evolução intelecto-moral.
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Não se submeta a esse “ mascarado ”, ”, nem tenha medo
dele: deixe que ele siga o caminho dele, se você não conseguir convencê-lo a ser autêntico na procura do auto aprimoramento. poder er você vo cêdáàs cr ít i cas ca s ou ou às per das, 5 – “ – “Qu an to m ai s pod mais mai s el as ocorr em .” .”
As críticas auxiliam-nos a detectar nossas falhas, tanto an do u ma pess pessoa n ão gos go sta da que Chico Xavier falou: “ Qu ando gent gen t e el el a tem t em sempr e razã r azão .” .”
As perdas nos ensinam o desapego, sem o qual não
conseguimos identificar o que “ temos ”, ”, ou seja, aquilo que
conseguiremos levar para o mundo espiritual. Se nos preocuparmos com as críticas e o que perdemos essas críticas e perdas parecerão maiores do que são realmente.
m te pede pede a t ún i ca, ca , dá- l h e Por isso Jesus falou: “ Se al gu é tamb ta mbé é m a capa; ca pa; se algu al gué é m quer qu er te obr ob r i gar a dar da r mi l passos, passos, vai com ele el e mai s dois doi s m i l ; dáa qu em te t e pede pede e n ão vol vo l t es as costas ao que qu e des desej a que qu e l h e empr estes .” .” en tr o de d e você voc ê, se você vocêdápoder po der aos ao s out ou tr os, com c om 6 – “D ent cert cer t eza, eza, você vocêest est ar áse anu an u l an do .” .”
O que importa é o que está dentro do Espírito, pois somente isso ele leva para o mundo espiritual, ou seja,
somente isso ele “tem ”. ”.
Se o Espírito permite que outrem lhe anule os bons propósitos, seu prejuízo é evidente. Há quem seduza os outros para o Mal utilizando vários argumentos, mas nenhum deve ser admitido, pois toda união sadia só existe no Bem, porque o Mal somente gera infelicidade, sofrimento, vazio existencial etc. Ninguém deve permitir que outrem o desvie do bom caminho, ou seja, do auto aprimoramento intelecto-moral. gu é m ém enor en or do que qu e out ou t r em .” 7 – “ – “N i n gué .” Se há os mais evoluídos e os menos evoluídos, todos são igualmente filhos e filhas de Deus, O qual Ama a todos igualmente.
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A parábola dos trabalhadores da última hora resume várias lições, sendo uma delas de que o Pai Ama a todos por igual, tanto que ali se diz, em linguagem simbólica, que, ao final da jornada, todos receberam o mesmo salário. pen sar que qu e não me m er ece ser f el i z: mu de já j áde 8 – “ – “Par e de pen f orma or ma de pen pen sar .” .”
Alguns pensam que não merecem a felicidade porque não são belos, outros porque não se destacam pela inteligência, outros porque não são ricos e assim por diante, mas a felicidade é universal e nada tem a ver com o que está fora do íntimo de cada um. Ser feliz, todavia, não é podermos contar com a afetividade de quem não esteja disposto a nos declarar afeição, porque há muitas outras pessoas que nos Amam, bastando nos abrirmos para elas. Muitos se sentem infelizes porque querem obrigar uma determinada pessoa a aceitar-lhe a convivência, mas isso é autoritarismo, é egoísmo e não Amor, pois quem Ama dá, sem esperar retorno. A sua felicidade independe das outras pessoas e está dentro de você, caso você faça tudo corretamente, no sentido mais elevado da palavra. Qu anto to mai s i mpor tân tân cia ci a e poder poder vocêder der aos se seu s 9 – “ – “Quan obj etivos eti vos ideal i dealii stas ta s, aos seus seus pensamento pensamen toss no B em e às su as ver ver dades ver ver dadeir dadei r as mais mai s for f or tes el es fi f i carã car ão .” .” Concentre-se em torno dos seus “objetivos idealistas, pen pen samentos no n o B em e ve ver dades dades ver ver dadei dadei r as ” que o tempo
transcorrerá cheio de felicidade para você, independente das turbulências que ocorram em volta, provocadas por aqueles que só se sentem bem no meio dos tumultos. Com a continuidade no Bem sua força mental aumenta e você terá menos dificuldade em isolar-se interiormente das ciladas do Mal.
conspirr a par par a a f el i cidade e o Bem “T udo conspi ”, ”, pois esse é um
dos itens da Lei de Deus. Respeita tarr -se é f u n dame dam en tal ta l .” 10 – “ – “Respei .”
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Quem se prostitui moralmente não está exercendo o auto respeito. Desrespeitar seu “E u ” perfectível é vender barato sua
própria consciência. Respeitar sua perfectibilidade, sua filiação divina: isso é imprescindível para a paz interior, a felicidade, a auto realização como ser humano. Nada compensa a falta de auto respeito. resp eito. mp or te se se as pessoas pessoas o cr i ti cam ou o 11 – “N ão se i mpor elogiam .” .”
O padre Antônio Vieira já aconselhava a não se levar muito a sério tanto as críticas quanto os elogios, pois, muitas b eijj o éa vezes, como dizia o poeta Augusto dos Anjos: “ o bei vé sper a do escar escar r o ”. ”.
Não que se vá levar ao pé da letra a expressão poética do escritor, mas simplesmente queremos dizer que aqueles que elogiam agora, se desagradados, costumam criticar e viceversa. O Auto Amor deve estar acima dessas oscilações tão comuns em um mundo de provas e expiações, como é a Terra. qu e im i m por po r ta par p ar a voc v ocê êé você você 12 – “ – “O que .” Alguém entenderá esta frase como a consagração do orgulho, do egoísmo e da vaidade, mas sua intenção é justamente incentivar a aquisição das virtudes da humildade, do desapego e da simplicidade, pois a expressão “ você ” podese traduzir por seu “ E u ”, ”, o qual é um “ deus ”, ”, no sentido que
Jesus empregou. 13 – “ – “Ame-se .” .” Esteja certo de que você é luz, faça-a crescer, irradiar-se; confie no que você tem de melhor; supere suas más inclinações; invista no seu aperfeiçoamento intelectual;
dan da n do qu e se r ecebe e trabalhe em favor dos outros, porque “ é é perdo er doa an do qu q u e se se é perd er doad oa do ”: ”: Ame-se!
FIM