FACULDADE CATÓLICA SALESIANA DO ESPIRÍTO SANTO
MATHEUS SIQUEIRA VIEIRA
ICA I
VITÓRIA 2015 MATHEUS SIQUEIRA VIEIRA
ICA I
Trabalho
apresentado
á
Faculdade
Católica Salesiana do Esprito Santo! para a disciplina de Teoria e Historia da Arte III do curso de "acharel e# Ar$uitetura e Urbanis#o% &rientador' (ro)%* Inah +ur,o
VITÓRIA 2015 A CIDADE DA NOITE APAVORANTE Reações à cidade Encortiçada do séc. XIX: Londres, Paris, Berlim, Nova York !""#$!%##&
'.!(& )Em !""#, *ames +omson, 'oeta c-a ind-striosidade vitoriana amais /oi recom'ensada 0raças à s-a mon-mental /alta de talento, '-1licava -ma versalada ins2'ida so1 -m t2t-lo ins'irado na o/erenda inicial intermin3vel e s-1 dantesca e4c-rs5o 'elo s-1m-ndo6. Tho#son! poeta $ue conse-uiu cha#ar a aten.,o n,o pelos dotes e# escre/er bons /ersos $ue! por0# era# tidos co#o 1se# -ra.a2 te/e al-o co#o 1sorte2 na escolha do ttulo de u# deles' The Cit3 o) +read)ul 4i-ht! a cidade da noite apa/orante% Isso acabou /irando u# dos #aiores te#as discutidos na$uela d0cada% '.!"& )7 editorial de 8tead vina enca1eçado 'or -m )N5o est3 na ora96 nos tons estentreos ;-e 3 cele1ri
!& )Na rai< do 'ro1lema esta o /ato de ;-e a 0ente do cortiço era inevit3vel e o'ressivamente 'o1re6.
A classe #0dia a-ora ha/ia sido chocada pelos escritos do (astor Mear#s! só $ue! al0# disso! tudo! o /cio da bebida e o declnio para o roubo co#e.ara# a piorar! a-ra/ando #ais o caos /i/ido pelos cidad,os% '.>>& ))?o ce0ar ao se- o ;-e 'ro'omos /aá?los para #oradias #ais baratas au#entando assi# a receita #ensal da )a#lia% Reuni5es co# polticos co#e.ara# a discutir o a#ento! #as o pro-resso ainda era lento! U#a casa co# /ários $uartos alu-ados para cada )a#lia de @ pessoas por $uartoB! isso sendo u# banheiro e u#a bica dá-ua por casa% U#a tra-0dia sanitária! ndices de #ortalidade in)antil subia# co# o re)le& )Por 1ai4o disso t-do, -m sistema de 0overno local incom'etente e ami=de corr-'to, ine'to no maneo dos 'oderes de ;-e dis'-na o- sim'lesmente rec-sando$se a e4ercA$los6. (or #ais $ue Dondres desde :@ ha/ia )ornecido bases para -o/erno #ais e)eti/o! ainda opera/a u# siste#a arcaico% A reparti.,o da área coberta por a$ueles $ue de/eria# inspecionar era ridcula% U#a área co# :G%GGG habitantes co# apenas u# inspetor% Deis co#e.ara# a ser cu#pridas bene)iciando trabalhadores! construindo #oradias pra eles% Mas as autoridades n,o #o/ia# nada a )a/or da causa! neste #o#ento a co#iss,o real co#e.a a in/estir #ostrando interesse% '.>"& )Entre as mais /eias e4crescAncias da sociedade #oderna acha/a#?se as nu#erosas -an-ues de ru)oes or-ani8ados%%% $ue se pa/oneia# por nossas -randes cidades e #uitas /e8es! n,o contentes de espancare#?se #utua#ente! #olesta# o pac)ico transeunte2% +e/ido aos poucos siste#as de ilu#ina.,o e se-uran.a nas ruas da cidade! a noite! as pessoas e/ita/a# sair de casa! pois era o #o#ento $ue o território era
dos indi-entes! dos ladr5es! dos b7bados! das prostitutas e dos assassinos% As /ias era# be# escuras e isso )acilita/a cri#es e outras indec7ncias% '.CC& )? ;-est5o a1itacional era o 'ro1lema central de Londres nos anos "# do séc-lo XIX: de !""C em diante, os ornais trimestrais e a im'rensa em 0eral enceram$se de advertAncias so1re a necessidade de re/orma imediata 'ara a/astar$se a ameaça de revol-ç5o6. & rápido cresci#ento populacional -era/a proble#as urbanos co#o a pobre8a! a polui.,o! a desor-ani8a.,o e co# -rande $uantidade de #,o de obra para trabalhar nas )ábricas! co#e.a?se a eornadas de trabalho! co# as p0ssi#as condi.5es de trabalho! a aus7ncia de direitos trabalhistas e #uitos outros )atores $ue esta/a# le/ando a re/olta da popula.,o% '.C%& )? c-l'a n5o é do 'ro'riet3rioD a c-l'a n5o é do constr-tor. Eles constroem 'ara satis/auntos habitacionais total#ente 1abarrotados2 de i#i-rantes! e n,o pode se desi-nar a nin-u0# a culpa dessa situa.,o! >á $ue os construtores n,o criasse# u# local de #oradia para essas pessoas! elas n,o teria# nada! e a #eu /er! #es#o co# o caos e a superlota.,o dentro das #oradias! pro/a/el#ente para eles a$uilo era su)iciente e de bo# ta#anho! por$ue n,o tinha# co#o pa-ar #ais por u#a #oradia #elhor% '.C%& )@as a0ora os 'rédios de a1itaç5o coletiva es'alavam$se 'or toda 'arte, ent-'indo todos os 1airros mais 1ai4os, onde ;-er ;-e o comércio dei4e al0-ns cent2metros de terreno sem dono6. Co#o precisa/a# de u# lu-ar para #orar! as construtoras pensara# e colocara# e# prática os con>untos habitacionais! $ue e# nada era con)ortá/el ou pelo #enos a-radá/el para $ue# /i/ia ali% '.(& )7s remédios /oram, 'ortanto, di/erentes. @as o 'ro1lema e a 'erce'ç5o do 'ro1lema eram similares em am1os os lados do atlFntico6.
A repeti.,o e# di8er $ue a #oradia precária para os #ais pobre se torna/a cansati/a! $uando de )ato o /erdadeiro proble#a /e# da )alta de plane>a#ento das cidadades%