Curso de Curso de Hidrogeologia
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação Dr. Paulo Galvão
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Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Aquífero livre Topo do aquífero limitado pela própria superfície superfíc ie livre da água, sobre pressão atmosférica. atmosférica.
Karmann Karmann (2009) (2009) �
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Aquífero livre Mecanismo de liberação de água: drenagem dos poros, com
pouca participação da compactação do aquífero ou expansão da água.
Franja capilar
�
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Aquífero confinado Topo do aquífero limitado por camada impermeável, ou quase, com pressão hidrostática maior maior que a pressão pressão atmosférica.. atmosférica
�
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Aquífero confinado Não drenante: camadas confinantes são impermeáveis, não
permitindo a passagem de água. Drenante: camadas confinantes são semipermeáveis possibilitando a passagem de água, chamado de drenança.
Drenança vertical descendente
Drenança vertical ascendente �
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Aquífero confinado Mecanismo de liberação: compactação do aquífero e da
expansão da água, provenientes da diminuição da pressão hidrostática.
�
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Bombeando um aquífero
Cone de rebaixamento (ou depressão)
Raio de influência �
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Bombeando aquífero livre
Zona Não saturada
Nível estático
Zona saturada
Fluxo subterrâneo
Aquífero livre Camada impermeável
Datum Raio do poço
�
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Bombeando aquífero livre Vazão de bombeamento (Q = L³/t)
Zona Não saturada
Raio de influência Cone de rebaixamento
Nível estático
Nível dinâmico
Zona saturada
Perda de carga no poço
Fluxo subterrâneo alterado
Aquífero livre Camada impermeável
Datum Raio do poço
�
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Bombeando aquífero confinado não drenante Zona não saturada
NE (aq. livre)
NE (aq. conf.)
Zona saturada
Camada impermeável Zona saturada
Fluxo subterrâneo
Aquífero confinado Camada impermeável
Datum Raio do poço
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Bombeando aquífero confinado não drenante Vazão de bombeamento (Q = L³/t) Zona não saturada
NE (aq. livre)
Raio de influência Cone de rebaixamento
Zona saturada
ND (aq. confinado)
Camada impermeável
NE (aq. conf.)
Perda de carga no poço
Zona saturada
Fluxo subterrâneo alterado
Aquífero confinado Camada impermeável
Datum Raio do poço
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Bombeando aquífero confinado drenante
Zona não saturada
NE (aq. livre)
NE (aq. conf.)
Zona saturada
Camada semimpermeável Zona saturada
Fluxo subterrâneo
Aquífero confinado Camada impermeável
Datum Raio do poço
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Bombeando aquífero confinado drenante Vazão de bombeamento (Q = L³/t)
NE (aq. livre) Zona não saturada
Cone de rebaixamento
Zona saturada
ND (aq. confinado)
Camada semimpermeável Zona saturada
NE (aq. livre)
Raio de influência
NE (aq. conf.)
Perda de carga no poço
Drenança vertical
Fluxo subterrâneo alterado
Aquífero confinado Camada impermeável
Datum Raio do poço
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Regime de bombeamento
Comportamento evolutivo do cone de rebaixamento durante o bombeamento de um poço. Regime de bombeamento transiente (transitório) e estacionário (ou permanente)?
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Regime transiente Manancial superficial Camada impermeável
Aquífero confinado Camada impermeável
Datum
) s ( o t n e m a x i a b e R
Tempo (t) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Regime transiente Manancial superficial Camada impermeável
Aquífero confinado Camada impermeável
1. Água extraída apenas do aquífero, com contínua evolução do rebaixamento.
Datum
) s ( o t n e m a x i a b e R
Regime transiente Tempo (t) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Regime transiente Manancial superficial Camada impermeável
Aquífero confinado Camada impermeável
1. Água extraída apenas do aquífero, com contínua evolução do rebaixamento. 2. Cone de rebaixamento evolui progressivamente.
Datum
) s ( o t n e m a x i a b e R
Regime transiente Tempo (t) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Regime estacionário Manancial superficial Camada impermeável
Aquífero confinado Camada impermeável
1. Água extraída apenas do aquífero, com contínua evolução do rebaixamento. 2. Cone de rebaixamento evolui progressivamente. 3. Evolução do rebaixamento chega no manancial superficial, passando a contribuir.
Datum
) s ( o t n e m a x i a b e R
Regime transiente Tempo (t) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Regime estacionário Manancial superficial Camada impermeável
Aquífero confinado Camada impermeável
1. Água extraída apenas do aquífero, com contínua evolução do rebaixamento. 2. Cone de rebaixamento evolui progressivamente. 3. Evolução do rebaixamento chega no manancial superficial, passando a contribuir. 4. Quando a contribuição iguala à vazão bombeada, cessará a contribuição do aquífero, ocorrendo estabilização do cone.
Datum
) s ( o t n e m a x i a b e R
Regime estacionário
Regime transiente Tempo (t) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor manual de nível d’água
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor automático de nível d’água
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor de vazão (balde e cronômetro)
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor de vazão (hidrômetro)
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor de vazão (vertedouros) Vertedor retangular
Vertedor triangular
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor de vazão (vertedoros) Vertedor retangular
Vertedor triangular
900
H
H
Ɵ
L Q = 1,84 . L . H 1,5
Q = 1,42 . H 2,5
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor de vazão (escoadouro de orifício circular) 3 a 10 mm
45º
Tubo Piezométrico
Escala
1,5mm
DETALHE DA PLACA
Mínimo de 1,20m
60cm
Registro tipo Bola/Globo
Adaptado de Driscol (1987)
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor de vazão (escoadouro de orifício circular) 0.9
Q
=
4,43 KA h
Q= Vazão (m3 /s) K= Constante do tubo A= Área do orifício de descarga (m2) h= Altura piezométrica (m) 0.8
K e d s e r o l a V
K=0,709 0.7
0.6 0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
Razão entre diâmetros ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Equipamentos para medições Medidor de vazão (medidor ultrassônico)
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Testes em aquíferos Monitoramento temporal e espacial das cargas hidráulicas resultantes da perturbação hidráulica no aquífero por injeção ou extração de água. Observação das respostas do aquífero em grandes áreas . Determinar vazão limite de sistemas aquíferos. Predizer a zona de influência de bombeamento de poços. Avaliar condições de contorno hidrogeológico. Avaliar a eficiência de poços. ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Tipos de testes de bombeamento Teste de produção: determina perdas de cargas totais no poço (equação do poço BQ + CQ²), eficiência do poço, vazão de explotação, curvas de
rebaixamento. Medição do nível d’água no próprio poço bombeado. Teste de aquífero: determina parâmetros hidrodinâmicos do aquífero:
transmissividade (T), coeficiente de armazenamento (S), condutividade hidráulica (K), permeabilidade (k). Medição do nível d’água em um ou mais poços de observação a uma distância conhecida do poço bombeado. Vários métodos para cada situação hidrogeológica.
Teste de aquífero
Teste de produção
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Fatores de influenciam no rebaixamento Problemas construtivos: bomba subdimensionada, furo na
tubulação, rachaduras, etc. Penetração parcial: poço parcialmente penetrante, poço incompleto. Interferência entre poço: poços bombeamento ao mesmo tempo e próximos. Fronteiras hidráulicas: barreiras hidráulicas, impermeáveis ou semipermeáveis afetando o fluxo da água subterrânea.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Problemas construtivos Problemas relacionados com manutenção em bombas submersas (subdimensionamento, desgaste de peças) e tubulações (furos, encaixes, oxidação, rachaduras).
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Efeito da penetração parcial Quanto à penetração dos poços no aquífero: A.
Poço totalmente penetrante: zona filtrante por toda a extensão do
aquífero. B.
Poço parcialmente penetrante: zona filtrante não penetra totalmente o
aquífero. C.
Poço incompleto: poço penetra totalmente o aquífero, mas não são
colocados filtros em toda a extensão do a uífero na considerados como parcialmente penetrantes).
A
B
C
C
rática, são
Em aquíferos isotrópicos, o efeito da penetração parcial deixa de ser considerado para distâncias de 1,5 a 2,0 vezes a espessura do aquífero. Modificado de Custodio & Llamas (1983) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Efeito da penetração parcial Q
Poço totalmente penetrante
Curva de rebaixamento sem efeito
Camada impermeável
Linhas de fluxo paralelas
Aquífero confinado Camada impermeável
Datum ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Efeito da penetração parcial Q
Poço parcialmente penetrante
Curva de rebaixamento sem efeito
Curva de rebaixamento com efeito
ΔS
= incremento de rebaixamento Camada impermeável
Linhas de fluxo alteradas
Aquífero confinado Camada impermeável
Datum ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Interferência entre poços Quando dois (ou mais) poços bombeados simultaneamente sofrem acréscimo de rebaixamento (interferência) devido a expansão do cone de depressão do outro poço.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Fronteiras hidráulicas Poço bombeado próximo a um limite hidráulico (semipermeável ou impermeável) e seu cone de rebaixamento atinge o limite, afetando o fluxo da água subterrânea. Usando a Teoria das Imagens, o rebaixamento no poço observado será a soma dos rebaixamentos rovocados elos bombeamentos dos poços real e imagem.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Teste de produção Teste de produção: determina perdas de cargas totais no poço (equação do poço BQ + CQ²), eficiência do poço, vazão de explotação, curvas de
rebaixamento. Medição do nível d’água no próprio poço bombeado. 1. Realização do bombeamento e o registro da evolução dos rebaixamentos no próprio poço bombeado. .
.
3. A cada etapa, a vazão deve aumentar, de modo que Q1< Q2
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Gráfico t x s em testes sucessivos
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Gráfico t x s em testes escalonados
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Gráfico Q x s/Q equação do poço B = perdas laminares totais (B 1 + B2 + B3) e BQ as perdas de carga do aquífero. C = perdas axiais e na entrada dos filtros (C1 + C2 + C3) e CQ2 a perda de carga no poço. 2 = expoente de vazão (adimensional).
quaç o carac er s ca o poço s = BQ + CQ² s = rebaixamento no poço
para o tempo de teste.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Rebaixamento para qualquer tempo Com valores de B e C, da curva característica para o tempo de teste, para a construção da curva de rebaixamento para um tempo desejado, adota-se os procedimentos: 1. Extrapolar valor do rebaixamento dos dados de rebaixamento da primeira etapa do teste no gráfico x log t , para o alcance desejado; 2. Determina B(t) pela equação: B (t ) = s p (t ) −
CQ
2 Equação logarítmica
Q 3. Determina s p (t) pela equação: s p (t ) = B(t ) + CQ
2
B(t) = Coeficiente de perda linear para um tempo t desejado; s P = Rebaixamento no poço bombeado no tempo t; CQ² = Perdas de carga no poço;
2 = Expoente da vazão (adimensional). ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Vazão de explotação Para uma vazão de explotação para x anos, monta-se uma curva característica do poço relacionado ao tempo de bombeamento. Com base nessas curvas e admitindo-se um rebaixamento máximo disponível (RD), é possível determinar a vazão de explotação de um poço para qualquer tempo de bombeamento. RD = CB (ou PC ou PB) – – – – RD = rebaixamento disponível; CB = profundidade câmara de bombeamento; PC = profundidade do crivo da bomba; PB = profundidade da bomba; NE = nível estático; SB = coluna d’água de submergência da bomba; VS = variação sazonal; I = interferência.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Eficiência hidráulica do poço Relação entre as perdas de cargas naturais (B1Q) e as perdas totais ocorridas durante o bombeamento ( B1Q+CQ2).
Ef
B1Q
=
2
=
%
1
Um poço seria 100% eficiente na hipótese pouco plausível de que todas as perdas laminares ou turbulentas, com exceção das perdas naturais no aquífero, fossem nulas.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de produção Materiais de campo – Verificação do medidor de nível • Funcionamento do alarme sonoro e visual (baterias) • Quantidade de fio e aferição
– – – – – – –
Cronômetros Fichas de campo Lápis, borracha, calculadora Papel mono-log e bi-log Perfil construtivo e litológico do poço testado Mapa geológico Recipientes para possíveis coletas de amostras de água
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de produção Pré-teste – Finalidades: • Definição da vazão do teste • Previsão de níveis dinâmicos • Verificar condições locais de trabalho
– Cuidados • Definir local de descarga da água – Aquífero confinado ou semi-confinado – Aquífero livre
• Verificar possibilidade de transtornos devido ao bombeamento – Inundação – Interrupção de abastecimento – Rodovias
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de produção Estratégia do teste – – – – –
Verificar a existência de outros poços Paralisar todos os poços? Definir os poços de observação Infraestrutura necessária • • • •
Medidores Veículos Energia Alimentação, descanso
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de produção O teste – Importância dos primeiros 15 minutos – Importância da anotação precisa – Acompanhamento gráfico do teste – • • • •
Equipamento de bombeamento Falta de energia Defeito no medidor de nível Poço que desenvolve durante o bombeamento
– Tempo de duração do teste
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Planejamento do teste de produção Em etapas sucessivas Etapa
Data
Hora início
Hora término
Duração (h)
Vazão (m³/h)
1 2 3 4 5
19/05/15 20/05/15 21/05/15 22/05/15 23/05/15
8:00 8:00 8:00 8:00 8:00
11:00 11:00 11:00 11:00 11:00
3:00 3:00 3:00 3:00 3:00
2,0 3,5 5,0 7,0 10,0
Em etapas escalonadas Etapa
Data
Hora início
Hora término
Duração (h)
Vazão (m³/h)
1 2 3 4 5
19/05/15 19/05/15 19/05/15 19/05/15 19/05/15
8:00 11:00 14:00 17:00 20:00
11:00 14:00 17:00 20:00 2300
3:00 3:00 3:00 3:00 3:00
2,0 3,5 5,0 7,0 10,0 ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Ficha do teste de produção
Intervalos de 20 min... Depois de 30 min... Depois de 1 hora...
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Noção de grandeza
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Q = 1 m³ m³/h /h = 1.000 l/h 2 caixas d’água de 500 litros
PTPT- 1 ≈ 1
m³ h ≈ 1
.
lh
300 caixas d’água de 500 litros
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
PTPT-01 fica 24 horas bombeando!
. d’água de 500 litros
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Exemplo de teste de produ produção ção escalonado, 4 etapas (vazões: 2,0; 3,5; 5,0 e 6,5 m³ m³/h), /h),
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Gráfico t x s do teste escalonado 0 Etapa 1
Q = 2,00 m³/h
S1 = 8,44 m
5 10
ΔS2
= 8,72 S2 = S1 + ΔS2 S2 = 8,44 + 8,72 = 17,16 m
Etapa 2 ) m ( s , o t n e m a x i a b e R
Q = 3,50 m³/h
15
ΔS3
= 12,14 S3 = S2 + ΔS3 S3 = 17,16 + 12,14 = 29,30 m
Etapa 3
Q = 5,00 m³/h 25 30 Etapa 4
35
ΔS4
= 11,87 S4 = S3 + ΔS4 S4 = 29,30 + 11,87 = 41,17 m
Q = 6,50 m³/h
40
Teste escalonado sem recuperação inicial
45 0
100
200
300
400
500
Tempo, t (min) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Gráfico Q x s/Q subsequente 7
) m / ³
s/Q4 = 6,33 m³/h s/Q3 = 5,86 m³/h
6
C = tg α C = s/Q4 - s/Q1 Q4 - Q1 C = 0,486
s/Q2 = 4,90 m³/h
m / m 5 ( Q / s , o 4 c i f í c e p s 3 e o t n e m 2 a x i a b e 1 R
α
s/Q1 = 4,22 m³/h
Equação característica do poço s = BQ + CQ² s = 3,261Q + 0,486Q²
B = 3,261
Q1 = 2,00 m³/h
Q2 = 3,50 m³/h
Q3 = 5,00 m³/h
Q 4 = 6,50 m³/h
0 0
1
2
3
4
Vazão, Q (m³/h)
5
6
7
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Eficiência hidráulica do poço Ef
=
B1Q B1Q + CQ
2
=
%
Equação característica do poço s = 3,261Q + 0,486Q² Q1 = 2,00 m³/h Ef
=
3,261* 2,00 2
(3,261* 2,00) + (0,486 * 2,00 )
=
77%
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Rebaixamento para 20 anos Equação do poço s(2h) = 3,261Q + 0,486Q², para Q1 = 2,00 m³/h 5
s20anos = 0,407 log(20) + 0,177
4.5
s20anos = 6,839 m
4 3.5
B 20
3 2.5
s 20
−
B (20) = 6,839 −
y = 0,407 log(x) + 0,177
2
=
CQ 2 Q
0,486 * ( 2 2 ) 2
B (20) = 6.838
1.5 1
s p (20) = B (20) + CQ
0.5
2
s p (20) = 6.838 + 0,486Q 2
0 1
10
100
1000
10000
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Vazão de explotação para 20 anos Q 1 2 3 4 5
s 2 horas 0,486Q2
s = 3.261 + 3,26 6,52 9,78 13,05 16,31
s 20 anos S = 6.839 + 0,486Q2 6,83 13,67 20,52 27,36 34,20
Q (m³/h)
0
RD = rebaixamento disponível; CB = profundidade câmara de bombeamento; PC = profundidade do crivo da bomba; PB = profundidade da bomba; NE = nível estático; SB = coluna d’água de submergência da bomba; VS = variação sazonal; I = interferência.
2
3
4
5
6
0
Q = 4,3 m³/h
5 10
RD = CB (ou PC ou PB) – NE – SB – VS – I
RD = 40 – 8 – 2 – 2 – 0 = 28 m
1
15 ) m ( s
20 25
2 horas RD = 28 m
30 35
20 anos
40
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Resultados obtidos Equação do poço s = 3,261Q + 0,486Q² Poço tem eficiência de 77% Vazão de explotação de 2,3 m³ m³/h /h para 20 anos
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Teste de aquífero Teste de aquífero: determina parâmetros hidrodinâmicos do aquífero:
transmissividade (T), coeficiente de armazenamento (S), condutividade hidráulica (K), permeabilidade (k). Medição do nível d’água em um ou mais poços de observação a uma distância conhecida do poço bombeado. Vários métodos para cada situação hidrogeológica. Regime de bombeamento
Confinado não drenante
Confinado drenante
Livre
Transitório
Theis (1935) Cooper & Jacob (1946)
Hantush (1956) Walton (1962)
Theis (1935) com correção de Jacob (1946) Boulton & Pricket (1963, 65)
Estacionário
Thiem (1906)
DeGlee (1930) Hantush & Jacob (1966)
Dupuit (1863)
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Teste de aquífero Teste de aquífero: determina parâmetros hidrodinâmicos do aquífero:
transmissividade (T), coeficiente de armazenamento (S), condutividade hidráulica (K), permeabilidade (k). Medição do nível d’água em um ou mais poços de observação a uma distância conhecida do poço bombeado. Vários métodos para cada situação hidrogeológica. . um ou mais poços de observação.
2. Teste de longa duração, mínimo 24 horas (confinado), 48 horas (livre). 3. A vazão durante todo o teste deve ser mantida constante. 4. A vazão de bombeamento deve ser o suficiente para perturbar o aquífero, gerando rebaixamentos significativos, mas não grande suficiente para que o rebaixamento chegue no crivo da bomba.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Gráfico t x s em testes de aquífero
Modificado de Freeze & Cherry (1979) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de aquífero Materiais de campo – Verificação do medidor de nível • Funcionamento do alarme sonoro e visual (baterias) • Quantidade de fio e aferição
– – – – – – – –
Cronômetros Fichas de campo Lápis, borracha, calculadora Papel mono-log e bi-log Perfil construtivo e litológico do poço testado Mapa geológico Recipientes para possíveis coletas de amostras de água Medidor multiparâmetros ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de aquífero Pré-teste – Finalidades: • Definição da vazão do teste • Previsão de níveis dinâmicos • Verificar condições locais de trabalho
– Cuidados • Definir local de descarga da água – Aquífero confinado ou semi-confinado – Aquífero livre
• Verificar possibilidade de transtornos devido ao bombeamento – Inundação – Interrupção de abastecimento – Rodovias
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de aquífero Estratégia do teste – – – – –
Verificar a existência de outros poços Paralisar todos os poços? Definir os poços de observação Infraestrutura necessária • • • •
Medidores Veículos Energia Alimentação, descanso
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Preparativos do teste de aquífero O teste – Importância dos primeiros 15 minutos – Importância da anotação precisa – Acompanhamento gráfico do teste – • • • •
Equipamento de bombeamento Falta de energia Defeito no medidor de nível Poço que desenvolve durante o bombeamento
– Tempo de duração do teste
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Ficha do teste de aquífero Poço: _____________________________ Prof.: _________ Q: _____________ Local: _____________________________ Cota: _________ r: ______________ Município: __________________________ NE: __________ Início: __________ tb: ________________________________ ND: __________ Término: ________ Coordenadas: lat.:______________ long.: _________________ z: ______________ HORA
t
(min)
1 2 3 4 5 6 8 10 12 15 20 25 30 40 50 60
ND (m)
sw
(m)
Q
(m 3 /h)
Q/sw
m3 /h/m
Intervalos de 1 hora... Depois de 2 horas... ... até as 24 ou 48 horas
RECUPERAÇÃO RECUPERAÇÃO t’(min)
ND (m)
(tb/t’)+1
Sw(m)
1 2 3 4 5 6 8 10 12 15 20 25 30 40 50 60
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Teste de aquífero
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis (1935) Aquífero: isotrópico, homogêneo, infinito, água é liberada do
armazenamento; confinado; fluxo é radial para o poço. Poço bombeado: vazão constante; totalmente penetrante, sem armazenamento de água no poço; poço de observação. Método
.
,
,
.
2. Construir a curva curva padrão W(u) x 1/u (bi-log) 3. Construir a curva de campo rebaixamento x tempo (bi-log) (módulos iguais) 4. Superpor a curva de campo sobre a curva padrão até um bom ajuste e escolher um ponto de superposição qualquer e registrar os valores de W(u) e 1/u, curva padrão, e s e t, curva de campo, referentes à superposição. 5. Com os valores, calcular T, S e K, a partir das equações. ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis (1935) s 2
r S
4Tt
=
Q
4 π T
W ( u ) ⇒ T
4Ttu 2
r
=
Q
4 π s .
T = transmissividade (L2 /T); Q = vazão de bombeamento (L 3 /T); s = rebaixamento a uma distância r do poço bombeado (L); S = coeficiente de armazenamento (adimensional); K = condutividade hidráulica (L/T); t = tempo a partir do início do bombeamento (T); b = espessura do aquífero; r = distância do poço de observação (L); e W(u) = função de poço para aquífero confinado não drenante.
W ( u )
T b
No gráfico!
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis (1935)
Curva teórica de Theis W(U) x 1/U
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis (1935)
) m (
Curva de campo txs
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis (1935)
1/U = 1
) m (
Ponto de superposição
W U = 10
Sobreposição das curvas ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis (1935)
1/U = 1
) m (
Ponto de superposição
s=1m
W U = 10
t = 1,5 min
Sobreposição das curvas ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis (1935) 1/U = 1 , o u U = 1 W(U) = 10 t = 1,5 min s=1m =
Q
=
4 π s
S
=
K
=
4 Ttu r T b
2
=
Espessura do aquífero, b = 1 2 0 m Distância do poço de observação, r = 3 2 m Vazão de bombeamento, Q = 12 m³/h 12
=
4 ( 3 ,14 )(1) =
4 ( 9 , 55 )(1,5 )(1)
9 , 55 120
32 2 =
=
,
²
,
-3
²
9,33 x 10-4
7,95 x 10-2 m/h (ou 2,21 x 10-5 m/s)
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Cooper & Jacob (1946) Aquífero: isotrópico, homogêneo, infinito, água é liberada do
armazenamento; confinado; fluxo é radial para o poço. Poço bombeado: vazão constante; totalmente penetrante, sem armazenamento de água no poço; poço de observação. Método
. , , . 2. Construir a curva de campo rebaixamento x tempo (bi-log), ajuste uma reta aos pontos plotados, e só! 3. Escolher um ciclo logarítmico no eixo x (tempo) para determinar o Δs no eixo y (rebaixamento). 4. Avaliação de t0 prolongando a reta até a mesma interceptar o eixo x, onde o rebaixamento = 0. 5. Com os valores de s, t e Δs, calcular T, S e K, a partir das equações. ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Cooper & Jacob (1946) T
=
2 , 3Q 4π ∆ s
S =
,
Δs
= 0,184 m
o
Ciclo logarítmico
2
r
t0 = 1,4 min
K
=
T b
T = transmissividade (L2 /T); Q = vazão de bombeamento (L 3 /T); S = coeficiente de armazenamento (adimensional); K = condutividade hidráulica (L/T); to = tempo zero no eixo x (T); b = espessura do aquífero; r = distância do poço de observação (L). ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Cooper & Jacob (1946) Cooper & Jacob (1946) constataram que quando o valor de u é muito pequeno, u<0,01, os termos da série de Theis (1935) eram suficientes para apresentar uma aproximação bastante confiável do valor de W(u).
s=
Q
2
(− 0,5772− lnu) ,
sendo
u
=
r S t
Negligenciável quando u é pequeno
Isso ocorre quando os tempos de bombeamento são longos ou as distâncias do poço de bombeamento são pequenas.
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Cooper & Jacob (1946) Então: s= s=
Q
r S 2
− 0,5772 − ln 4πT 4Tt ln
4πT
2
r S
− 0,5772
Como –0,5772 = ln 1,78; ln x = 2,3 log x
Logo:
s=
2,3Q 4πT
log
2,25Tt 2
r S ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Cooper & Jacob (1946) No tempo 1:
s1 = No tempo 2:
s2
=
2,3Q 4πT 2,3Q 4πT
log
log
Então:
s2 − s1
= ∆s =
2,25Tt 1 2
r S 2,25Tt 2 2
r S
2,3Q 4πT
log
t 2 t 1 ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Cooper & Jacob (1946) Como log
t 2 t 1
para um ciclo logarítmico = 1 ∆s =
2,3Q
∴ T =
4πT
2,3Q 4π∆s ,
s=0=
Isto requer que
2,3Q 4πT
2,25Tt 0 2
r S
log
=1
2,25Tt r 2 S
então: S =
2,25Tt 0 2
r
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Cooper & Jacob (1946)
Δs
= 0,184 m
Ciclo logarítmico t0 = 1,4 min
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Solução de Theis Theis (1935) (1935) Espe Espess ssur uraa do aquí aquífe fero ro,, b = 1 2 0 m Distâ stânci ncia do poço oço de obs observaç rvaçãão, r = 3 2 m Vazão azão de bomb bombea eame ment nto, o, Q = 12 m³/h
= 0 ,1 8 4 m t0 = 1,4 min Δs
Theis: 9,55 m²/h (ou 2,65 x 10 -3 m²/s)
T
=
S =
K =
2 , 3Q
=
4π ∆ s
=
2 , 25 (11,95 )(1, 4 ) 32
r T b
=
=
4 (3,14 )( 0 ,184 )
2 , 25 Tt o 2
2 ,3(12 )
11,95 120
2
,
²
,
-3
²
Theis: 9,33 x 10-4 =
6,12 x 10-4
Theis: 7,95 x 10-2 m/h (ou 2,21 x 10-5 m/s) =
9,93 x 10-2 m/h (ou 2,76 x 10-5 m/s) ��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Resultados obtidos usando Theis (1935) Theis (1935) e Cooper Cooperr & Jacob Coope Jacob Jaco b (1946) (1946)) (1946 Aquífero isotrópico isotrópico,, homogêneo e confinado. Transmissividade (T) 9,55 - 1 11,95 1,95 m²/h m²/h oe c ente e armazenamento
,1 - ,
x1
-
-2 m/h Condutividade hidráulica (K) 7,95 - 9 9,93 ,93 x 10 10-2
��
Hidráulica de poços, testes de bombeamento e interpretação
Recapitulando... Regime transiente: água extraída apenas do aquífero, com contínua
evolução do rebaixamento. Regime estacionário: quando a contribuição iguala à vazão bombeada, cessando a contribuição do aquífero, estabilizando o rebaixamento. Fatores que influenciam no rebaixamento: problemas construtivos, enetra ão arcial interferência entre o os fronteiras hidráulicas. Testes de produção (escalonado ou sucessivo): determinar eficiência do poço, vazão de explotação, curvas de rebaixamento – equação do poço BQ + CQ². Teste feito no poço bombeado. Teste de aquífero: determinar parâmetros hidrodinâmicos do aquífero (T, S e K). Vários métodos, que dependem da natureza do aquífero (se é livre ou confinado, transiente ou estacionário, isotrópico ou anisotrópico, homogêneo ou heterogênio). Métodos mais usados: Theis (1935) e Cooper & Jacob (1946). Teste feito em poço(s) de observação. ��