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INTRODUÇÃO E LEGISLAÇÃO BÁSICA SOBRE BRIGADA DE INCÊNDIO
IMPORTÂNCIA IMPORTÂNCIA DA BRIGADA BRIGADA DE INCÊNDIO INCÊNDIO PARA O CORPO DE BOMBEIROS BOMBEIROS E PARA A EMPRESA É de fundamental importância aliar os meios materiais existentes à sua perfeita utilização, necessitando para tanto de pessoas treinadas e em condições de obter o máximo de rendimento e eficiência no emprego de tais materias no combate a princípios de incêndio. Tornaria oneroso e inviável para uma empresa manter um efetivo permanente e exclusivo para o combate e prevenção de princípios de incêndios, surgindo como solução as Brig Brigad adas as de Incê Incênd ndio ios, s, as qu quai aiss são são desem desempe penh nhad adas as pelo peloss empr empreg egad ados os da empr empres esa, a, preparados e treinados para atuar com rapidez e efeciência na extinção de princípios de incêndios. Os incênd incêndios ios começa começam m peq pequen uenos, os, cresce crescendo ndo em intens intensida idade de e abrang abrangênc ência ia à medida que o tempo passa sem s em um combate efetivo.
DESENVOLVIMENTO Legislação Básica: N.R. 23. Proteção Contra Incêndio: Dispõe sobre as medidas de segurança que as empresas devem adotar contra incêndios. Salienta que deverão ser realizados exercícios sob a direção de pessoas capazes de prepará-los, estabelecendo um chefe e ajudante em nº de 10% do efetivo total total da empresa.
Item 2. do Art 16 da Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil (TSIB) Regulamento para concessão de descontos aos riscos que dispuserem de meios próprios de detecção e combate combate a incêndio.
NBR 14276 Estabelece as condiçõe mínimas para a elaboração de um programa de Brigada de Incêndio, visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir reduzir as consequências sociais do sinistro e dos danos ao meio ambiente.
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DA BRIGADA DE INCÊNDIO 1. Brig Brigad adaa de de Incên Incêndi dioo: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono e combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida. 2. Prncípios básicos: Para a eleboração do programa da Brigada de Incêndio devem ser atendidos os requisitos de 4.1. a 4.4. da NBR 14276. 3. Planejamento da Brigada de Incêndio: Estabelece os parâmetros mínimos de recursos humanos e administrativos necessários para a formação da Brigada. 3.1. A Brigada de Incêndio Incêndio deve deve ser composta composta levando-se levando-se em conta conta a população população fíxa e o percentual de cálculo cálculo da tabela 1. da NBR 14276.
4. Critérios Básicos Para a Seleção de candidatos a Brigada de Incêndio: Os candidatos devem atender aos seguintes critérios básicos: a) permanecer na edificação; b) possuir experiência anterior como brigadista; c) possuir robustez física e boa saúde; s aúde; d) possuir bom conhecimento das instalações; e) ter responsabilidade legal; f) ser alfabetizado. OBS: OBS: Caso Caso nen nenhum hum candid candidato ato atenda atenda aos critér critérios ios básico básicoss relaci relaciona onados dos devem devem ser selecionados aqueles que atendam ao maior numero de requisitos. 5. Atribuições da Brigadas de Incêndio a) Combater princípios de incêndios, efetuar salvamentos e exercer a prevenção de acordo com os planos existentes; b) conhecer os riscos de incêndios incêndios do prédio; c) promover medidas de segurança, propostas pelo Técnico de Segurança da Empresa; d) participar das inspeções regulares e periódicas; f) conhecer as vias de escape do prédio em que trabalha; g) conhecer os locais de alarme de incêdio e o princípio de acionamento do sistema; h) conhecer todas as instalações do prédio; i) verificar as condições de operacionalidade dos equipamnetos de combate a incêndios e de proteção individual;
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j) conhecer o princípio de funcionamento de todos os sistemas de extinção de incêndio (Sprinkler, CO2, Espuma etc,); l) atender a ocorrências de sinistros imediatamente a qualquer chamada; m) agir de maneira rápida, enérgica e convincente em situações de emergência. OBS: os Brigadistas, após o término do expediente, deverão verificar se as portas e janelas foram fechadas; se aparelhos elétricos (ventiladores, ar condicionados máquinas de escrever, somar, motores elétricos, etc) foram desligados; se há pontas de cigarros nos depósitos ou cestos de lixo; se todas as torneiras foram fechadas e se todos os cinzeiros foram esvaziados.
6. Organização da Brigada de Incêndio A Brigada de Incêndio deve ser organizada funcionalmente como segue:
6.1. Brigadista Membros da Brigada que executam as seguintes atribuições: 1) Aç Açõe õess de Pre Preve venç nção ão:: a) avali avaliaçã açãoo dos risco riscoss existe existente ntes; s; b) inspeção geral dos equipamentos equipamentos de combate a incêndio; incêndio; c) inspeç inspeção ão geral geral das das rotas rotas de de fuga; fuga; d) elaboração elaboração de relató relatório rio das irregular irregularidade idadess encontradas; encontradas; e) encaminha encaminhament mentoo do relatório relatório aos aos setores setores competent competentes; es; f) orient orientar ar a popul populaçã açãoo fixa fixa e flutu flutuant ante; e; g) exercí exercício cioss simula simulados dos.. 2) Ações Ações de Emergê Emergênci ncias: as: a) identi identific ficaç ação ão da da situ situacã acão; o; b) alarme e abandono de área; c) cort cortee de de ene energ rgia ia;; d) acionament acionamentoo do Corpo Corpo de Bombeiros Bombeiros e/ou e/ou ajuda ajuda externa; externa; e) prim primei eiro ross soco socorr rros os;; f) combat combatee ao princí princípio pio de incê incêndi ndio; o; g) recepção recepção e orien orientaçã taçãoo ao Corpo Corpo de Bombeiros; Bombeiros; h) preenchimento do formulário de registro de trabalhos trabalhos de bombeiros;
6.2. Líder Responsável pela coordenação coordenação e execução das ações ações de emergência em sua área de atuação atuação (pavimento/compartimento). (pavimento/compartimento). É escolhido entre os brigadistas aprovados no processo seletivo.
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6.3. Chefe da Brigada de Incêndio Responsável por uma edificação com mais de um pavimento/compartimento. É escolhido entre os brigadistas aprovados no processo seletivo 6.3. Coordenador Geral Responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta. É escolhido entre os brigadistas que tenham sido aprovados aprovados no processo seletivo
ESTRUTURA DA BRIGADA DE INCÊNDIO ORGANOGRAMA
COORDENADOR GERAL
CHEFE DA BRIGADA
Líder Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista
Líder Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista
CHEFE DA BRIGADA
Lider
Líder
Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista
Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista
Lider Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista
Lider Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista
OBS: se o prédio for amplo, para cada pavimento, área, compartimento ou andar, ou ainda demais prédios isolados, deve haver uma Turma Turma de Combate a Incêndio Incêndio (TCI).
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO A prevenção contra incêndio consiste numa série de medidas que tem por objetivo: 1) impedir o aparecimento de um principio de incêndio, 2) dificultar o desenvolvimento de um incêndio; 3) proporcionar sua extinção; 4) obediência a legislação em vigor tanto no planejamento como na construção de uma residência, uma grande fabrica ou até uma cidade; essa legislação traz instruções especificas e pormenorizadas, que fornecem detalhes como: tipo de material; número e localização de saídas de emergência nos locais de grande afluência de pessoas; largura e extensão de corredores; portas corta-fogo; escadas e ascensores; tipo, quantidade e localização de extintores; sistemas de alarmes e de sinalização etc.; 5) obediência a legislação em vigor quanto a produção, armazenamento, transporte e utilização de materiais inflamáveis; 6) treinamento de equipes de prevenção e de combate a incêndios em fábricas, escritórios, condomínios etc.; 7) formação de brigadas contra incêndio: 8) conhecer as instalações físicas do Prédio em que atua; 9) conhecer as rotas de fugas como: saídas de emergência, iluminação de emergência, escadas enclausuradas, portas corta fogo, ante câmara de fumaça, etc; 10) manter as rotas de fuga como: saídas de emergência, iluminações de emergência, escadas enclausuradas, portas corta fogo e ante câmara de fumaça, em condições de funcionamento; 11) conhecer os sistemas fixos e móveis de extinção de incêndios, como redes de hidrantes e extintores;
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12) observar diariamente, a localização dos extintores primando para que os mesmos permaneçam em seus locais designados; 13)observar a localização dos extintores e suas condições de carga e manutenção;
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III - TECNICA DO MATERIAL 1. EXTINTORES Os extintores foram criados para eliminar focos de incêndio no seu inicio, ou mesmo para extinguir pequenos incêndios. Podem ser portáteis, quando destinados a serem operados por uma única pessoa, ou carretas, quando exigem mais de uma pessoa para operá-los. Todo o extintor deverá ter em sua face externa uma etiqueta onde conste a data em que foi carregada, a data para recarga e seu número de identificação. Esta etiqueta deve estar convenientemente protegida, a fim de evitar danos as informações nele contidas. Além disso, todo extintor se obriga a ter um selo da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou INMETRO, indicando a data de validade de seu teste hidrostático ou recarga. Os locais em que estão instalados os extintores deverão ser assinalados por círculo ou seta vermelha, com bordas amarelas; deve também ser pintada uma área mínima de 1,00 m2 (um metro quadrado) no piso, logo abaixo do extintor. A parte superior do extintor nunca poderá ser instalada numa altura superior a 1,60m acima do piso. Não se deve instalar extintores em paredes de escadas, pois isso dificultaria o acesso a eles em momentos de emergência bem como a saída das pessoas do prédio. Existem diversos tipos de extintores, mas, aqui trataremos apenas dos que são mais comumente usados:
EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA Para formar a espuma mecânica são necessários a água, o ar atmosférico e o extrato (de origem sintética) que, ao se agregarem, formam um dos mais eficazes agentes extintores. Este extintor age, na classe A, pelo método de resfriamento e, na classe B, por abafamento. É importante ressaltar que pode ser normalmente utilizado em produtos como álcool, éter, acetona e seus derivados. É fabricado em duas versões: pressurização permanente por nitrogênio ou ar comprimido pressurização injetada, com cilindro lateral de dióxido de carbono (CO 2).
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O manuseio deste tipo de extintor, seja o de pressurização permanente, seja o de pressurização injetada, assemelha-se a todos os outros com as mesmas características. Para que este tipo de extintor funcione adequadamente, é necessário observar os seguintes cuidados básicos: a) semanalmente, verificar o acesso ao extintor, a carga e se o selo de lacração do cilindro de gás esta em ordem; b) anualmente, realizar a recarga, com empresa especializada e de confiança; c) a cada 5 anos, submeter o extintor a teste hidrostático, conforme norma EB-17 da ABNT. EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA (características) Capacidade: 09 litros (mistura de água e LGE) Unidade extintora: 09 litros Aplicação incêndios de Classe A e B Alcance médio do jato: 05 metros Tempo de descarga: 60 segundos Métodos de Extinção Abafamento e Resfriamento Procedimentos na operação: 1. Empunhar o extintor pala alça de transporte ao lado do corpo e transporte até próximo ao sinistro 2. Romper o lacre e puxar o pino de segurança 3. Empunhar o gatilho e o esguicho 4. Lançar a espuma contra um anteparo
EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA Neste tipo de extintor, o agente é a água que age através de resfriamento. O agente propulsor é um gás (CO2, N, ou ar comprimido). Indicado para incêndios da classe A, o extintor de água poderá ser de pressão permanente ou de pressão injetada no momento da utilização. Os de pressão permanente têm ou possuem, dentro do cilindro, água sob pressão de um gás propulsor (CO2, N, ou ar), sendo que seu acionamento é efetuado por meio de uma válvula que permite o controle da vazão. Os de pressão injetada têm ou possuem, dentro do cilindro, água e uma ampola na qual esta armazenado o gás. Retirado o pino de segurança e acionada a válvula, o gás é liberado e, sob pressão deste, a água é expulsa através do sifão e da mangueira.
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Os cuidados exigidos para que este tipo de extintor tenha funcionamento ideal são: a) semanalmente, verificar o acesso ao extintor, a carga e se o selo de lacração do cilindro de gás está em ordem; b) anualmente, realizar a recarga, com empresa especializada e de confiança; c) a cada 5 anos, submeter o extintor a teste hidrostático, conforme norma EB-17 da ABNT. EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA Capacidade: 10 litros Unidade extintora: 10 litros Aplicação Incêndios de Classe A Alcance médio do jato: 10 metros Tempo de descarga: 60 segundos Métodos de Extinção Resfriamento Procedimentos na operação: 1. Empunhar o extintor pala alça de transporte ao lado do corpo e transporte até próximo ao sinistro 2. Romper o lacre e puxar o pino de segurança 3. Empunhar a mangueira e acionar o gatilho 4. Dirigir o jato para a base das chamas
EXTINTOR DE CO2 É formado por um cilindro de aço sem costura, que acondiciona dióxido de carbono ou gás carbônico (CO 2) em seu interior. O CO 2 é material isolante, que atua sobre o fogo pela exclusão do oxigênio, possuindo também uma pequena ação de resfriamento. É dotado de um pino de segurança para que não entre em ação durante seu transporte. Este pino deve ser removido na hora de utilizá-lo. Com uma das mãos aperta-se o gatilho e, com a outra, empunha-se o difusor, dirigindo a nuvem formada para a base do fogo, com movimentos horizontais de varredura. Seu uso é aconselhável em equipamentos elétricos energizados (classe C), principalmente os delicados. Este tipo de extintor pode também ser utilizado para combater pequenos inícios de incêndios das classes B. Deve-se ter cuidado quando utilizado em locais fechados. É encontrado no tipo portátil (de 04 e 06 kg de carga) e no tipo carreta ou estacionário (de 10 a 50 kg de carga).
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Os cuidados com este tipo de extintor são os seguintes: a) semanalmente, verificar o acesso a ele e se o lacre e o pino de segurança estão em ordem; b) semestralmente, verificar seu peso e, se estiver apresentando perda de l0% da carga, descarrega-lo e, após inspeciona-lo, voltar a recarrega-lo; c) a cada 05 anos, submetê-lo a teste hidrostático, conforme norma EB-17 da ABNT. EXTINTOR GÁS CARBÔNICO Capacidade: 2, 4 e 6 Kg Unidade extintora: 6 Kg Aplicação incêndios de Classe B e C Alcance médio do jato: 2,5 metros Tempo de descarga: 25 segundos Métodos de Extinção Abafamento e Resfriamento (superficial) Procedimentos na operação: 1. Empunhar o extintor pala alça de transporte ao lado do corpo e transporte até próximo ao sinistro 2. Romper o lacre e puxar o pino de segurança 3. Empunhar a mangueira pelo punho de proteção 4. Dirigir o jato para as chamas movimentando o difusor para a direita e para a esquerda
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO Existem, no mercado, dois tipos distintos de extintor de pó químico seco: com pressão injetada (pressurização indireta) e pressurizado (pressurização direta). O de pressão injetada é formado por dois cilindros: o agente propulsor (gás carbônico ou nitrogênio) é confinado no cilindro menor, onde há uma válvula que, quando acionada, submete o agente extintor (cilindro maior) a uma pressão de trabalho. Pressionando a válvula na extremidade da mangueira, para a liberação do agente extintor. No pressurizado, o agente extintor encontra-se sob pressão de um gás propulsor e, no cilindro, existe uma válvula dotada de manômetro através da qual é liberado o pó. O pó utilizado é o bicarbonato de sódio não higroscópico (isto é, que não absorve umidade),ou bicarbonato de potássio;
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O extintor de pó químico seco é indicado para incêndios da classe C, sendo mais eficiente do que o de CO 2, pois sofre menos influência das correntes de ar, e também para incêndios da classe B, agindo por abafamento. Na sua aplicação, usamos o sistema de varredura. É encontrado no tipo portátil (de 01, 02, 04, 06, 08 e 12kg de carga) e em carreta (de 20 a 100 kg de carga). Quanto aos cuidados: a) semanalmente, verificar o acesso ao extintor, a carga e se o selo de lacração do cilindro de gás está em ordem; b) anualmente, realizar a recarga, com empresa especializada e de confiança; c) a cada 5 anos, submeter o extintor a teste hidrostático, conforme norma EB-17 da ABNT. EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO PRESSÃO DIRETA Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8, 12 kG Unidade extintora: 04 kg Aplicação incêndios de Classe B, C e D (PQS Especial) Alcance médio do jato: 05 metros Tempo de descarga: 15 segundos para 4 Kg, 25 segundos para 12 Kg Métodos de Extinção Abafamento Procedimentos na operação: 1. Empunhar o extintor pala alça de transporte ao lado do corpo e transporte até próximo ao sinistro 2. Romper o lacre e puxar o pino de segurança 3. Empunhar a mangueira e acionar o gatilho 4. Dirigir o jato para as chamas das chamas com movimentos laterais para a esquerda e direita, formando uma nuvem sobre o que está queimando. EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO PRESSÃO INDIRETA Capacidade: 4, 6, 8, 12 kG Unidade extintora: 04 kg Aplicação incêndios de Classe B, C e D (PQS Especial) Alcance médio do jato: 05 metros Tempo de descarga: 15 segundos para 4 Kg, 25 segundos para 12 Kg Métodos de Extinção Abafamento
Curso de Formação de Brigadista de IncêndioProcedimentos na operação:
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1. Empunhar o extintor pala alça de transporte ao lado do corpo e transporte até próximo ao sinistro 2. Romper e abrir o registro do cilindro auxiliar 3. Empunhar a mangueira e acionar o gatilho 4. Dirigir o jato para as chamas com movimentos laterais para a esquerda e direita, formando uma nuvem sobre o que está queimando
REGRAS BÁSICAS DE INSTALAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS 1º - Bem visíveis. 2º - Fácil acesso. 3º - Altura de 1,60 Metros. 4º - Nunca em paredes de escadas. 5º - Claramente sinalizados. 6º - Cobrir todas as classes. 7º - Funcionamento perfeito permanentemente.
HIDRANTES E MANGUEIRAS Os hidrantes são facilmente identificáveis pela porta vermelha com um visor no centro, onde se lê a palavra INCÊNDIO. Localizados normalmente perto de escadas e elevadores, basicamente compreendem: reservatório (elevado ou subterrâneo), canalização, válvula de retenção, registro de recalque (passeio), registro angular, mangueiras, esguichos, chaves de mangueiras. Para utiliza-los, retire a mangueira da caixa, desenrole-a, ligue-a no registro angular, coloque o esguicho e use-a esticada, para evitar dobras e quebras que reduzem a pressão da água. Dirija o jato para a base do fogo ou no caso de esguicho especial, trabalhar, sempre que possível, com neblina.
SISTEMA DE SPRINKLER (Chuveiros Automáticos ) O sistema de chuveiros automáticos para extinção de incêndios, conhecido pelo nome de Sprinkler, é uma instalação de água sob pressão que é acionada pelo aumento de temperatura. Compõem-se de um conjunto composto por: reservatório, tubos, válvulas, campainhas de alarme e os chuveiros propriamente ditos.
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TÉCNICA E TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO CONHECENDO O FOGO Podemos definir fogo como uma reação química, composta por três elementos: combustível, comburente e uma fonte de calor. TRIÂNGULO DO FOGO
Combustível é todo material que tem a propriedade de queimar. Há três grupos de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos. Combustíveis sólidos tem a propriedade de queimarem em superfície e profundidade, deixando resíduos (por exemplo, madeira, papel, tecido etc.). Combustíveis líquidos tem a propriedade de queimarem em superfície, não deixando resíduos (exemplos: gasolina, álcool, óleo diesel, graxas etc.). Combustíveis gasosos são gases ou vapores que queimam, podendo ser inodoros ou incolores (por exemplo, GLP – gás liqüefeito de petróleo ou gás de cozinha, butano, propano, acetileno etc.). Em geral os combustíveis precisam passar para o estado de gaseificação antes da inflamação, sendo que o grau de calor necessário para vaporiza-los varia de corpo para corpo. Comburente é o oxigênio do ar. Lembramos que na composição do ar que respiramos há cerca de 21% de oxigênio. Alguns corpos possuem oxigênio em sua própria estrutura, como é o caso do carbono e do hidrogênio. Calor é uma forma de energia essencial para o surgimento e a propagação do fogo. Provoca o início do incêndio, mantendo e incentivando a sua propagação, constituindo uma das colunas mestras do fogo. Nos incêndios, o calor provém da transformação de energia química, sendo um dos fatores que mais dificultam a ação dos bombeiros. Várias causas podem produzir calor, como por exemplo: curtos-circuitos, atritos, cigarros, superaquecimentos etc.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS O ROMPIMENTO DO TRIÂNGULO DO FOGO Para se interromper um incêndio, é necessário interromper, primeiramente, a rápida reação oxidante que origina o fogo. Podemos conseguir isto pêlos seguintes métodos ( ou por suas combinações) : 1 - resfriamento (classe A); 2 - abafamento, ou retirada do comburente (oxigênio). (Classes B, C e D); 3 - retirada ou remoção do suprimento de combustível (ou sua diluição). (Classes A, B, C e D); 4 - extinção Química. (Classes A, B, C e D); Examinaremos a seguir os 04 processos mais, detalhadamente: RESFRIAMENTO É o meio mais empregado no caso de incêndio em combustíveis comuns (classe A). Removendo-se o calor, baixa-se a taxa de evaporação, deixando a superfície do material inflamado de liberar vapores suficientes para manterem a combustão. ABAFAMENTO A extinção pelo abafamento (ou pela separação de agente oxidante) é efetuada mediante a aplicação de uma cobertura do agente extintor. Um exemplo que ilustra este tipo de situação é a colocação de uma tampa em cima de uma panela com gordura inflamada, onde após consumir o oxigênio do seu interior, a chama se apaga. REMOÇÃO OU RETIRADA DO COMBUSTÍVEL Este método consiste na redução do combustível ou eliminação dos materiais que possam servir de campo de propagação para o fogo. EXTINÇÃO QUÍMICA Este método consiste na quebra da reação química em cadeia, provocado no momento em que combustível, calor e comburente então juntos. Este método é indicado para todas as classes de incêndios, e os agentes extintores mais utilizados são o Halon (fora de uso) e PQS.
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ROMPIMENTO DO TRIÂNGULO DO FOGO
POR RETIRADA DE MATERIAL Retirado do COMBUSTÍVEL A falta de combustível faz cessar a combustão.
POR RESFRIAMENTO Retirado do CALOR A redução brusca da temperatura faz com que não haja mais liberação de vapores inflamáveis, para manterem a combustão.
POR ABAFAMENTO Retirado do OXIGÊNIO O comburente (oxigênio) torna-se ausente na reação, causando o cessamento da reação oxidante que dá origem ao fogo.
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MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR A propagação do calor é responsável pelo início e pela progressão de muitos incêndios e pode ocorrer conforme um dos processos examinados logo abaixo:
CONDUÇÃO Através do material condutor, geralmente sólido (como um cano, por exemplo), ocorre a propagação do calor. Esta propagação se dá em materiais sólidos, através da agitação das moléculas ou da rede cristalina (caso dos metais). A maneira mais eficiente de evitar este processo de transferência de calor é acompanhar, durante o incêndio, canos, tubos, barras de ferro, etc, que estejam recebendo calor e a medida a ser tomada, é o afastamento de todo e qualquer material que esteja junto aos objetos acima mencionados ou resfriá-los.
CONVECÇÃO É quando ocorre a propagação de calor através do deslocamento de massas aquecidas (gases ou líquidos). O modo mais eficiente de evitar este fenômeno é impedir que a fumaça se desloque para locais onde existam materiais inflamáveis e, para isto, talvez seja necessário fechar portas e passagens. Caso estas duas alternativas não sejam viáveis, é preciso providenciar aberturas (quebrando vidros e/ou telhados) para escoamento da fumaça e conseqüente diminuição do calor, operação esta, que requer muito cuidado.
IRRADIAÇÃO A propagação do calor ocorre através de raios de calor que se espalham por todas as direções. Este tipo de transferência de calor ocorre até no vácuo.
CLASSES DE INCÊNDIO
Em qualquer princípio de incêndio, primeiramente tem-se de observar o tipo de fogo e determinar sua classe, a modo de procedermos a sua correta extinção. Para facilitar o estudo, os incêndios foram distribuídos em quatro classes: A, B, C e D.
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Classe A - Materiais Sólidos Nesta classe enquadram-se os incêndios em materiais como o papel, o algodão, a madeira e outros, que deixam resíduos quando queimados. Para esta classe de incêndio, é necessário o uso de agentes extintores com grande ação de resfriamento e penetração, dos quais o principal é a água.
Classe B - Líquidos Inflamáveis Aqui se enquadram os incêndios em materiais como os líquidos inflamáveis em geral, tintas, óleos, graxas etc., que não deixam resíduos quando queimados. Para a extinção deste tipo de incêndio usar-se á técnica do abafamento, ou seja, o agente extintor deve eliminar o oxigênio.
Classe C - Elétricos Energizados São os incêndios em equipamentos elétricos ("energizados"), caracterizando-se por oferecerem riscos maiores a quem irá combatê-los. Para a sua extinção é necessário usar um agente extintor não condutor de eletricidade. Não se deve, portanto, utilizar água no combate a esta classe de incêndios. Quando a rede elétrica é desligada, ou seja, quando há corte na energia elétrica, o incêndio passa a pertencer a classe A.
Classe D - Metais Pirifóricos Nesta classe estão incluídos os incêndios em metais pirofóricos (inflamáveis), os quais exigem agentes especiais para sua extinção. Estes agentes extintores têm a propriedade de se fundirem em contato com o metal combustível, formando uma capa que o isola do ar, interrompendo assim a combustão.
CLASSE
Materiais combustíveis comuns, que queimam em profundidade: Madeira, papel e algodão.
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CLASSE
Materiais que queimam em superfície. Ex: Líquidos inflamáveis
CLASSE
Material elétricos energizados. Ex: equipamento elétrico energizados
CLASSE
Metais pirofóricos. Exemplo: alumínio magnésio
AGENTES EXTINTORES Os principais agentes de combate ao fogo é a água e os extintores.
ÁGUA A água é o agente extintor mais comum e tem sido utilizada, há séculos, por suas propriedades de resfriamento, abafamento e emulsionamento. Sua utilização pode se dar de várias formas, mas suas aplicações básicas são: jato sólido, neblina e vapor. Jato sólido: sob esta forma, com ação de resfriamento, a água é própria para ser utilizada em incêndios da classe “A”. Não deve ser utilizada na classe “B” pois, além de espalhar o líquido inflamável, por ser mais densa que o combustível, deposita-se no fundo do combustível liquido, podendo fazer transbordar o recipiente. Nunca deve ser usada em incêndios da classe “C”, pois a água é condutora de eletricidade, oferecendo grande risco ao operador.
Neblina: conseguida através de esguichos especiais, pulverizadores e dispositivos similares, constitui uma maneira eficaz e convencional de combater incêndios. Em determinadas situações é necessário que se aplique a água com o máximo poder de resfriamento.
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Vapor: extingue o fogo por abafamento, através da exclusão do ar ou redução de oxigênio do ar atmosférico, de maneira semelhante a do gás carbônico ou outros gases inertes. Pode ser utilizado, com vantagens, no controle a incêndios em equipamentos que contenham líquidos inflamáveis ou combustíveis que trabalhem sob altas temperaturas.
4.2. ESPUMA MECÂNICA Para formar a espuma mecânica são necessários a água, o ar atmosférico e o extrato (de origem sintética) que, ao se agregarem, formam um dos mais eficazes agentes extintores. Este extintor age, na classe “A”, pelo método de resfriamento e, na classe “B”, por abafamento. É importante ressaltar que pode ser normalmente utilizado em produtos como álcool, éter, acetona e seus derivados. É fabricado em duas versões:
Pressurização permanente por nitrogênio ou ar comprimido e
Pressurização injetada, com cilindro lateral de dióxido de carbono (CO2).
4.3. CO2 É formado por um cilindro de aço sem costura, que acondiciona dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) em seu interior. O CO2 é material isolante, que atua sobre o fogo pela exclusão do oxigênio, tendo também uma pequena ação de resfriamento.
4.4. PÓ QUÍMICO SECO Existem, no mercado, dois tipos distintos de extintor de pó químico seco: com pressão injetada (pressurização indireta) e pressurizado (pressurização direta). O de pressão injetada é formado por dois cilindros: o agente propulsor (gás carbônico ou nitrogênio) é confinado no cilindro menor, onde ha uma válvula que, quando acionada, submete o agente extintor (cilindro maior) a uma pressão de trabalho. Pressionando a válvula na extremidade da mangueira, ha liberação do agente extintor.
PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCÊNDIO Embora haja diferenças nos tipos de incêndios, podem-se estabelecer algumas normas básicas para todos: ao primeiro indicio de incêndio, transmita o alarme geral;
chame imediatamente o corpo de bombeiros;
desligue a chave geral de eletricidade;
procure impedir a propagação do fogo combatendo as chamas no estagio inicial; utilize o equipamento adequado de combate ao fogo, disponível na área;
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não tente salvar objetos; primeiro tente salvar vidas;
ajude e acalme os outros;
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não use elevadores; desça pelas escadas. Só suba se realmente for impossível descer, pois o fogo e o calor caminham sempre para cima; coloque um lenço molhado no nariz e caminhe para livrar-se da fumaça e do calor (o lenço serve como um eficiente filtro contra gases); não fique parado na janela sem nenhuma defesa: o fogo procura espaço para queimar e chegara até você, se você não estiver guarnecido; se estiver preso, tente arrombar paredes pelo impacto de algum objeto resistente; não se tranque em qualquer compartimento: em breve a madeira da porta será consumida e você poderá ser queimado; ao abrir uma porta, proteja-se contra a parede: o fogo, que deve estar do outro lado, poderá atingi-lo diretamente devido ao jato de ar frio proveniente da porta aberta; preso dentro de uma sala, jogue pela janela tudo o que puder queimar facilmente (cortinas, tapetes, cadeiras, plásticos); faça uma barreira contra o calor irradiado (que se propaga em linha reta) com a ajuda de uma mesa, deitada com o tampo em direção ao fogo; mantenha-se vestido e molhe suas roupas; se for descer alguns andares por meio de corda de pequeno diâmetro, faça nós de 1 em 1m, para que você consiga se segurar melhor; quando usar as escadas do Corpo de Bombeiros, desça com o peito voltado para a escada, olhando para cima; se a laje estiver quente, procure uma posição favorável ao vento; se houver telhas de amianto, faça uma pilha de três ou quatro folhas, depois monte uma cobertura, como um castelinho feito de cartas de baralho, e fique debaixo dela, protegendo-se do calor.
TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO SELEÇÃO DE EXTINTORES CLASSE A: Extintores recomendados: 1 - extintor de espuma: apaga por resfriamento e abafamento. 2 - extintor de Água: Excelente. Resfria, encharca e apaga totalmente. Extintores não recomendados: 1 - extintor de CO2 (gás carbônico); 2 – extintor de Pó-Quimico-Seco.
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CLASSE B:
Extintores recomendados: 1 - Gás carbônico: não deixa resíduos; 2 - Pó-Quimico-Seco: excelente, pois abafa rapidamente. 3 - Espuma: excelente, produz um lençol de espuma que abafa e resfria o fogo, evitando o retorno do fogo. 4 - Halon: Excelente, não deixa resíduos. Extintores não recomendados: 1 - Extintor de Água CLASSE C :
Extintores recomendados: 1 - Gás carbônico: excelente, não deixa resíduos, não danifica o equipamento e não conduz eletricidade. 2 - Pó-quimico-seco: Recomendado. Não é condutor de corrente elétrica, embora seja corrosivo, pode causar danos em equipamentos eletrónicos sensíveis. 3 - Halon: Excelente, não deixa resíduo, é inofensivo e não conduz eletricidade. Extintores não recomendados: 1 - Espuma: é condutora de eletricidade e danifica o equipamento. 2 - Água: Não recomendada, pois é condutora de eletricidade. CLASSE D:
Extintores recomendados: 1 - Compostos químicos especiais, limalha de ferro, sal-gema, grafite e areia. Extintores não recomendados: 1. não são recomendados os extintores de Água, Espuma e Bióxido de carbono.
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BUSCA, SALVAMENTO, PROTEÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS GENERALIDADES 0 trabalho em altura deve ser realizado por pessoas com conhecimentos na área, exige-se aptidão a qual se convergem conhecimento técnico, tático, preparo físico e psicológico. Tanto no esporte (escalagens) quanto no trabalho de Resgate de vitimas o adestramento é fundamental, onde se pode manter atualizado com fundamentos e rnateriais específicos para situações adversas. Equipamento adequado no trabalho de altura é tão importante quanto o dornínio da técnica, O equipamento adequado inclui aqueles elementos que são empregados para segurar ou facilitar o trabalho individual ou do grupo. No conceito que rege a determinação das características dos elementos para trabalhos de escaladas, destacamos cinco exigências básicas: máxima segurança, mínimo peso, menor volume, ótima rusticidade e fácil transporte e emprego. O aspecto segurança deve ser lembrado constantemente para êxito da tarefa. Em trabalhos de altura não podem existir falhas. Rigoroso acompanhamento garantirá o sucesso com a técnica dos "seis olhos" executante, "canga" e monitor ou chefe da equipe. O primeiro passo para trabalhar com segurança é ter confiança em si, para então realizar um trabalho com risco controlado e desenvolver segurança para outros (vítimas e companheiros)
CABO OU CORDA Definição:
Cabo ou Corda é um conjunto de cordões de fibra, torcidos ou trançados formando um conjunto uniforme resistente à tração.
Constituição: Um cabo para trabalhos em altura é composto de: Fibra - matéria básica; Fio - conjunto de fibras; Cordão - conjunto de fios, e Alma - elemento no interior do cabo com a finalidade de dar-Ihe maior resistência. Capa: elemento que envolve a alma e que juntamente com esta vai constituir o cabo propriamente dito.
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Tipos de fibras:
O cabo recebe o nome da espécie da fibra empregado em sua fabricação podendo ser de origem animal, vegetal ou sintética. - Fibras de origem animal (seda, crina e couro). Uso limitado; - Fibras de origem vegetal (sisal, manilha e cânhamo). Larga aplicação para trabalhos pesados; - Fibras de origem sintética (polietileno, nylon, poliester pré-estirado ). São os materiais mais resistentes, sendo o poliester o mais indicado para trabalhos em altura.
Os cabos e o seu emprego:
O tipo de cabo a ser empregado está diretamente relacionado com o tipo de operação a ser efetuado. Existem cabos para operações no plano vertical, no plano horizontal e oblíquo. No plano vertical o cabo deve possuir as seguintes características: - Leveza; - Boa flexibilidade; - Boa elasticidade ( 10% a 25% ) - Elevada carga de ruptura ( 1400 a 2000 Kgf ); - Resistência ao atrito. No plano horizontal ou oblíquo o cabo deve possuir as seguintes características: - Leveza; - Boa flexibilidade; - Pouca elasticidade; - Elevada carga de ruptura ( 1500 a 2500 Kgf ) - Resistência ao atrito.
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Utilização: -
Nunca trabalhar em arestas vivas, procurando colocar entre o cabo e o ponto de apoio ou amarração, uma proteção; Evitar contato dos cabos com areia, terra, óleos e produtos químicos, os quais atuando como abrasivos, comprometem a resistência do cabo; Usar nós que possam ser desfeitos facilmente ou quando utilizados com fins de tração, colocar um obstáculo que evite, o seu total esmagamento; Evitar pisar no cabo.
Manutenção: Os cabos devem ser submetidos a manutenção periódica, a fim de se evitar alguma alteração na sua carga de ruptura. Essa manutenção deve ser feita da seguinte maneira: - Antes e após sua utilização executar uma inspeção visual para verificar se o cabo apresenta desgaste excessivo; - Constatado um desgaste no cabo, submeter uma amostra a um teste de tração, a fim de se verificar o seu limite de trabalho; - Se o cabo for de fibra vegetal, banhá-lo em alcatrão; - Se for preciso lavar o cabo, deve-se lavá-lo com água e sabão neutro; - Após sua lavagem ou se o mesmo entrou em contato com água durante o seu emprego, deve-se estende-lo em local arejado e na sombra, evitando permeá-lo.
NÓS E VOLTAS Definição:
Os nós e voltas através de suas múltiplas confecções e formas de aplicação, constituem todo o trabalho base dos trabalhos em altura, devendo apresentar as seguintes características: - Ser simples ao ser feito; - Apresentar a máxima segurança; - Apertar a proporção que aumenta a força; - Ser fácil de desatar.
Principais nós e voltas utilizados: Obs: Lembrar que de acordo com a região e formas de confecção, existe uma variação quanto ao nome do nó ou volta, porém, o importante é definirmos a sua melhor utilização.
1. Meia volta ou nó simples:
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Sua principal função é servir como base ou parte de outro nó. Pode ser dado em um cabo para evitar que descoxe, dar apoio e firmeza na "pegada" através do apoio oferecido pela saliência do nó.
2. Cote:
É uma volta simples em que uma das partes do cabo morde a outra. É raramente usado, servindo somente para arrematar outras voltas.
3. Nó direito: Serve para unir dois cabos da mesma bitola tem a qualidade de não correr, mas e' muito difícil de ser desfeito, uma vez confeccionado. Desfaz-se por s i mesmo se os cabos são de diferentes bitolas ou materiais. 4. Nó torto: É dado corno um nó direito, mas as duas meias-voltas são feitas num mesmo sentido.
5. Escota singelo: leves.
Para unir dois cabos secos de bitolas diferentes utilizado somente para cargas
6. Escota dobrado: É melhor do que o simples, pois pode unir cabos de diâmetros iguais ou desiguais, serve para unir cabos molhados, ele não desata. 7. Nó de pescador: Para unir cabos de mesma bitola quando aplicamos um em cada chicote que se quer emendar, envolvendo a extremidade do outro. 8. Pescador duplo: Serve para unir cabos de mesma bitola e é confeccionado através do nó de frade nos chicotes. É mais seguro que o nó direito e escotas. 9. Lais de guia: Serve para fazer uma alça que não aperta quando submetida a esforço e é fácil desatar. É um nó muito seguro e de múltipla finalidade. Ao executa-lo deve-se tomar cuidado, pois sendo mal confeccionado desmancha-se com facilidade.
10. Nó de azelha: Serve para marcar um cabo pelo seio, ou também para encurtá-lo ou fazer uma alça. 11. Volta do fiel:
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Utiliza-se para ancoragem em viga, cano, estaca, galhos, que possa exercer grande tensão (nó muito seguro).
PRIMEIROS SOCORROS É a atenção imediata prestação a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo sua vida com fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições até que receba assistência qualificada.
MEDIDAS BÁSICAS QUE O SOCORRISTA DEVE ADOTAR 1. Assumir a situação; 2. Proteger o acidentado; 3. Examinar o acidentado.
Assumir a Situação a) Evitar o pânico e obter a colaboração de outras pessoas dando ordens claras e concisas; b) Avaliar o local do acidente, manter os curiosos afastados para evitar confusão e maiores danos, e para que o socorrista possa atuar da melhor maneira. c) Se for necessário avisar a polícia, e pedir ajuda qualificada;
Proteger o Acidentado a) Observar rapidamente se existe perigos possíveis para o acidentado e o socorrista nas proximidades, como fios elétricos, tráfego e andaimes. Pode ser necessário mudar o acidentado de lugar, identificar pessoas que se encarreguem de desviar o trânsito ou construir uma proteção provisória; b) Sempre que possível manter o acidentado deitado de costas até que seja examinado e se saiba quais os danos sofridos. Não alterar a posição em que se acha o acidentado sem refletir previamente qual a conduta mais adequada a ser tomada; c) Tranqüilizar o acidentado; d) Se o acidentado estiver vomitando, colocá-lo em posição lateral de segurança, para manter as vias respiratórias limpas e desobstruídas; e) Se o acidentado estiver inconsciente, investigar se está respirando e se mantém a função cardíaca, se necessário realizar Respiração Cardio-Respiratória; f) Cobrir o acidentado para conserva-lhe o corpo aquecido e protegê-lo do frio, chuva, etc... g) Quando a causa da lesão for um choque violento, deve-se presumir a existência de lesão;
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h) Deve-se determinar o método apropriado para transportá-lo quando o acidentado necessitar; i) Recorra a ajuda qualificada se assim exigirem os ferimentos ou as condições do acidentado.
Procedimentos no exame 1) 2) 3) 4)
Está consciente? Respira? Sangra muito? Está envenenado?
ABC do socorrista “A” – AIR – VIAS AÉREAS “B” – BREATHING – RESPIRA “C” – CIRCULATION – CIRCULAÇÃO
Examinar o acidentado a) Prioridades; b) Tenha idéia clara do que se deve fazer para não expor desnecessariamente a vítima; c) Verificar se há outros ferimentos, tendo o cuidado de não movimentar muito a vítima; d) Solicitar o auxílio de pessoas qualificadas, o melhor socorrista não pode substituir uma pessoa qualificada e portanto é muito importante que tome as providências necessárias para que o acidentado receba uma assistência apropriada quando possível; e) Alivie a dor, ainda tranqüilize o acidentado. O socorrista deve saber que qualquer ferimento ou doença dará origem a uma grande mudança no ritmo da vida do acidentado, pois o coloca repentinamente numa situação para qual não está preparado, e que foge ao seu controle. Em alguns casos pode haver perdido a consciência e encontra-se completamente desacordado. Em todas essas situações necessita de alguém que ajude. “Se o socorrista atuar de maneira tranqüila e hábil, o acidentado sentirá que está sendo bem cuidado e não entrará em pânico”. Isto é muito importante, pois a falta de tranqüilidade pode piorar muito o seu estado. sinais vitais 1. Níveis de consciência; 2. Respiração; 3. Pulsação;
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4. Temperatura; 5. Pressão sangüínea.
Níveis de consciência a) Normal : O acidentado está lúcido, orientado e coerente, quando indagado a respeito do acidente que acabara de sofrer, dá informações lógicas e auxilia o socorrista na localização dos ferimentos e lesões; b) Confuso: O acidentado está desorientado e quando o socorrista lhe aborda fazendo perguntas a respeito do acidente, o mesmo não sabe lhe dar informações precisas a respeito , em outras situações a vítima não sabe o que lhe aconteceu. c) Inconsciente: O acidentado quando abordado pelo socorrista não dá o menor sinal de lucidez, quando tocado o acidentado não demonstra qualquer reação, é um estágio em que o acidentado requer cuidados redobrados e, onde o socorrista deverá fazer uma averiguação bem minuciosa porque o acidentado não vai ajudá-lo na localização dos ferimentos ou lesões pouco aparentes, podendo apresentar dificuldade respiratória pelo bloqueio das vias aéreas superiores.
Respiração a) Definição: É a função do organismo, através do qual os tecidos recebem oxigênio e expelem gás carbônico. b) Considerações gerais: - A falta de oxigênio ao cérebro leva a morte, sendo denominado de hipoxia cerebral. - A respiração considerada normal é aquela que ocorre sem esforço, sendo que a artificial é executada através de aparelhos ou pelo próprio homem ( boca a boca ). c) Tipos de respiração: - Ausente; - rápida ou lenta ; - superficial ou profunda; - ofegante; - forçada ou asficciosa. d) Índice normais de respiração: - adultos = 12 a 20 rpm; - crianças em idade escolar ( 7 a 12 anos) = 20 a 25 rpm;
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- crianças com idade de 1 a 7 anos = 25 a 35 rpm; - recém nascidos = 35 a 40 rpm.
Pulsação
-
a) Definição: É a onda de pressão gerada pelo batimento cardíaco levado pelas artérias. b) Considerações gerais: - O pulso é tomado onde uma artéria possa ser comprimida contra um osso; - As artérias radiais são as mais convenientemente alcançadas e as mais comumente usadas; - A carótida normalmente é a artéria na qual a pulsação é tomada com o paciente inconsciente; - A pulsação também pode ser checada com o auxílio de um estretoscópio. c) Pulsos mais comumente encontrados: temporal – nas têmporas; - carotídio – no pescoço, junto ao externocleidomastoideu; branquial – na parte interna do braço logo após a articulação; radial – junto ao osso do rádio, no pulso; ulnar - junto ao osso da ulna, no pulso, parte inferior; femural – junto ao osso do fêmur, região inguinal; poplíteo – junto a articulação do joelho; tibilial – junto ao osso da tíbia, próximo ao tornozelo; pedial ou pedioso – no dorso do pé, na parte superior. d) Tipos de pulso: -
ausente; fraco ou forte; rápido ou lento; irregular (arritimia).
-
adultos = 60 a 80 bpm; crianças em idade escolar (7 a 12 anos) = 80 a 100 bpm; crianças com idade de 1 a 7 anos = 100 a 120 bpm; recém nascidos = até 145 bpm.
e) Índice normais de pulso:
Temperatura a) Definição: É o equilíbrio entre o calor produzido pelos tecidos e o calor perdido para o meio ambiente. b) Considerações gerais: - A pele é a nossa reguladora de temperatura;
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- A temperatura é tomada através de um termômetro; - Numa situação de emergência verifica-se a temperatura com o corpo da palma a mão (sensação térmica). c) Locais onde se verifica a temperatura: - temperatura oral; - temperatura axilar; - temperatura retal.
d) Índices normais de temperatura: - adulto = 36,0º a 36,7ºC; - crianças = 37ºC.
Pressão Sangüínea c) Definição: É a força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias. b) Considerações gerais: A pressão é medida em dois níveis: - Sistólica (pressão alta) é a pressão exercida junto aos vasos sangüíneos quando o sangue é lançado nas artérias pelo coração; - Diastólica ( pressão baixa) é a pressão exercida junto aos vasos sangüíneos quando o sangue retorna para ser filtrado junto aos pulmões e coração, circulando pelas veias. A pressão é aferida com a utilização do esfingnomanometro e com o auxílio do estetroscópio. d) Índices normais da pressão sangüínea: - sistólica = 100 a 140; - diastólica = 60 a 90.
PARADA CARDÍACA E RESPIRATÓRIA, E “RCP” PARADA RESPIRATÓRIA A vida depende da chegada de ar em qualidade e quantidade adequada aos pulmões. Quando este ar, por alguma causa, tem sua composição alterada ou não chega na quantidade necessária aos pulmões, existe o perigo de asfixia. Ainda que várias partes do corpo possam ser privadas de oxigênio por várias horas e recuperar-se completamente, o cérebro só pode tolerar a ausência de oxigênio durante alguns minutos. Quando a falta de
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oxigênio ultrapassa esse curto espaço de tempo, o cérebro pode sofrer um transtorno crônico, ou pode ocorrer a morte.
A respiração depende: a) da adequada concentração de oxigênio no ar inspirado; b) de que as passagens de ar pela garganta, laringe e traquéia estejam desimpedidas; c) da ação muscular rítmica ativada no tórax e no diafragma para a entrada de ar nos pulmões; d) da circulação adequada de sangue para transportar oxigênio dos pulmões ao cérebro e a outros órgãos importantes, e que este sangue retorne aos pulmões.
+
SE AS FUNÇÕES RESPIRATÓRIAS NÃO FOREM RESTABELECIDAS DENTRO DE TRÊS A QUATRO MINUTOS, AS ATIVIDADES CEREBRAIS CESSARÃO TOTALMENTE, OCASIONANDO Causas da parada respiratória a) Obstrução da passagem de ar por: 1. corpos estranhos ( sólidos ou líquidos); 2. afogamento; 3. estrangulamento; 4. soterramento. b) Contaminação do ar por gases tóxicos ( principalmente emanações de motores, fumaça densa). c) Interferência na função do centro respiratório: 1. choque elétrico;
Procedimentos 1. 2. 3. 4. 5.
Afastar a causa ou a vítima da causa, se for necessário; Verificar o estado de consciência da vítima; Desobstruir e manter desobstruídas as vias aéreas; Se necessário iniciar imediatamente a respiração artificial; Se as vias respiratórias estiverem impedidas, verificar se há corpos estranhos, sólidos ou líquidos, na boca e garganta, e retirá-lo; 6. Afrouxar as roupas da vítima, principalmente colarinho, cinturão e sutiãs;
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7. Ajudar a manter as vias aéreas desobstruídas; 8. Continuar a ventilação artificial, até que a respiração normal se restabeleça, ou até que seja atendido por pessoa especializada; 9. A vítima deve permanecer deitada, mesmo depois de Ter recuperado a respiração; 10. Continuar observando cuidadosamente a vítima para evitar que a respiração cesse novamente; 11. O transporte para um serviço de saúde é indispensável e deve ser feito sempre com a vítima deitada e acompanhada; Os músculos de uma pessoa em estado de inconsciência estão completamente relaxados. A língua retrai-se e obstruirá a garganta se mantivermos a vítima deitada de costas.
Fig1 Para eliminar a obstrução, deve-se: 1. ajoelhar-se junto à cabeça da vítima; 2. por uma mão na testa e a outra sob o queixo da vítima; 3. empurrar a mandíbula para cima e inclinar a cabeça da vítima para trás até que o queixo esteja em um nível mais elevado que o nariz; 4. desta maneira estabelece-se uma passagem livre de ar quando a língua é separada da parte posterior da garganta; 5. manter a cabeça nessa posição, escuta-se e observa-se para verificar se a vítima recuperou a respiração.
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Se a vítima não se recuperar, deve-se iniciar imediatamente a respiração artificial.
Fig 2
Respiração artificial Se a respiração não se iniciar espontaneamente, quando se desobstruir a passagem de ar, mediante a inclinação da cabeça da vítima para trás, deve-se proceder imediatamente a respiração boca a boca. Procedimentos para o Boca a Boca 1. separar rapidamente a vítima da causa ou afastar a causa da vítima; 2. colocar uma das mão sob a nuca da vítima e a outra mão na testa; 3. inclinar a cabeça da vítima para trás até que o queixo fique em um nível superior ao do nariz;
Fig 3 4. depois examine a vítima para verificar se começou a recuperar a respiração; 5. se não houver recuperação espontânea, depois da desobstrução, deve-se iniciar imediatamente a respiração boca a boca, adotando o seguinte procedimento: a) apertar o nariz da vítima com o polegar e o indicador da mão que foi colocada anteriormente na testa da vítima e inspirar profundamente; b) colocar a boca firmemente sobre a boca da vítima;
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c) insulflar ar nos pulmões da vítima e fazer compressão moderada na região do estômago para expelir o ar;
FIg 4 d) levante e vire a cabeça para observar se a caixa toráxica baixa;
Fig 5 e) Inspirar profundamente, outra vez e continuar o procedimento na forma anteriormente descrita.
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ESTA FORMA DE RESPIRAÇÃO DEVE SER FEITA EM INTERVALOS DE CINCO SEGUNDOS, ATÉ QUE A VÍTIMA RECUPERE RESPIRAÇÃO REGULAR OU ATÉ QUE POSSA RECEBER ASSISTÊNCIA MÉDICA .
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Parada cardíaca Parada cardíaca ou “morte súbita” é a cessação repentina dos batimentos cardíacos ou quando o músculo cardíaco, em condição de extrema debilidade, não se contrai e distende com o vigor necessário para assegurar suficiente quantidade de sangue á circulação. Pode ser constatada quando os batimentos cardíacos e a pulsação em artérias, como a carótida, femural ou a radial, são imperceptíveis. Causas de uma parada cardíaca - crise cardíaca; - choque elétrico; - intoxicação medicamentosa; - intoxicação por monóxido de carbono ou defensivos agrícolas; - afogamento; - acidentes graves; - processos infecciosos agudos; - estrangulamentos; - outras.
Sinais e sintomas - pulso ausente, débil ou filiforme; - insuficiência respiratória; - dilatação das pupilas; - espasmos ( contração súbita e violenta ) da laringe; - perda da consciência; - cianose ( coloração arroxeada da pele e lábios ); - ausência de batimentos cardíacos.
Conduta Uma rápida avaliação do estado geral da vítima é que vai determinar quais as providências a serem tomadas, por ordem de prioridades: 1. certificar-se de que a vítima respira ou não; 2. inicie, imediatamente, a respiração boca a boca se a ausência de movimentos respiratórios for identificado; 3. verificar o pulso e quais suas características ( débil, filiforme, lento e outras ); 4. inicie, imediatamente, a massagem cardíaca externa. A técnica da massagem cardíaca externa consiste em comprimir o coração contra o esterno ( osso chato situado na parte média e anterior do tórax e que une as costelas nesta
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região 0 e a coluna vertebral para forçar o restabelecimento da função mecânica do coração, ou seja bombardear sangue para o interior das artérias, com a finalidade de manter a circulação mínima necessária para manter os órgãos vitais como o cérebro. Como efetuar a massagem cardíaca externa 1. localizar o ponto de pressão, que se encontra exatamente no terço inferior do esterno, acima de sua ponta mole ( apêndice xifoide ) onde se junta ao abdômen;
Fig 6 2. aplicar as mãos no ponto de compressão, da seguinte forma: colocando à direita ou à esquerda da vítima, que deverá estar deitada à decúbito dorsal, em superfície dura, apoiar o terço próximo da palma da mão esquerda sobre o ponto de compressão, sobre a mesma região da mão direita sobre a mão esquerda, mantendo os dedos voltados para cima e longe das costelas;
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Fig 7 3. exercer pressão forte sobre o ponto de compressão, estimulando, deste modo, o coração, que reiniciará suas contrações, as quais automaticamente, expulsarão o sangue para as artérias por onde ele circulará por todos os chamados órgãos nobres ( músculo cardíaco, o cérebro e outros ). Cada compressão deverá empurrar o esterno cerca de 3 a 5 cm, isto durante meio segundo e exercendo uma força de mais ou menos 40 a 50 kg.
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Fig 8 4. em crianças de 2 a 10 anos, a pressão exercida no ponto de compressão deverá ser menor, utilizando-se apenas uma das mãos, enquanto a outra, colocada sob o tórax da criança servirá para apoiá-la.
Fig 9 5. nos recém-nascidos e menores de 1 ano deverão ser utilizadas as pontas dos dedos, pois nesta fase de desenvolvimento, o esterno e as estruturas desta região são muito flexíveis e tenros. O ritmo das massagens deve ser de 100 a 120 compressões por minuto.
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Fig 10 Instruções gerais reanimação pulmonar
para a cardioReanimação cardio-ulmonar
é a aplicação de dois recursos técnicos de primeiros socorros. a respiração artificial ( boca a boca ); a massagem cardíaca externa. É o primeiro socorro que se presta a vítimas de paradas cardíacas e respiratória. - caso haja apenas uma pessoa para prestar o socorro este deverá aplicar, após cada 15 compressões cardíacas, duas inflações de ar, boca a boca, alternadamente, até que chegue outra pessoa para auxiliá-la ou até que a vítima se reanime.
Fig 11
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- em caso de o socorrista contar com o auxílio de outra pessoa esta realizará a respiração boca a boca e controlará a pulsação carotídea ( da artéria carótida), enquanto o socorrista exercerá a massagem cardíaca. O ritmo da compressão e ventilação será tal que para cinco compressões haja a interposição de uma ventilação rápida. Caso seja necessário o revezamento entre o socorrista e o auxiliar, a pausa para trocar não deverá ser maior do que cinco segundos. A constatação de que a vítima se reanima pode ser feita se: as pupilas voltarem a se contrair; a coloração geral da pele melhorar; os movimentos respiratórios se reiniciarem; as pulsações retornarem.
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COM ESTA TÉCNICA, UMA PESSOA VÍTIMA DE PARADA RESPIRATÓRIA PODE SER MANTIDA VIVA PELO MENOS DURANTE UMA HORA .
QUEIMADURAS
Queimaduras são lesões produzidas nos tecidos pela ação de agentes físicos (frio ou calor ) e químicos ( produtos corrosivos ). As queimaduras são muito dolorosas e podem constituir uma ameaça para a vida, dependendo da extensão da região queimada. Toda a pessoa que tenha sofrido queimaduras de extensão maior que a palma da mão da vítima deve receber assistência qualificada depois que lhe for prestado os primeiros socorros. Classificação da queimaduras em graus Primeiro Grau : lesão das camadas superficiais da pele, apresenta como principal característica a vermelhidão intensa; Segundo Grau: lesão das camadas mais profundas da pele, apresenta como principal característica, a formação de bolha; Terceiro Grau: lesão de todas as camadas da pele, comprometendo os tecidos mais profundos podendo chegar até os ossos.
Principais sinais e sintomas das queimaduras -
dor no local; sensação de desconforto; temperatura corporal elevada; vermelhidão intensa; formação de bolhas; destruição dos tecidos; sede;
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desidratação; desmaio; estado de choque.
Instruções fundamentais para aplicação de primeiros socorros em queimaduras Ao prestar os primeiros socorros a uma vítima de queimadura, caso suas roupas estejam em chamas, utilize para abafa-las, um cobertor, casaco, tape, toalha ou faça-o rolar sobre si mesmo no chão, em seguida, corte e retire a roupa, se não estiver presa á pele. Neste caso, recorte ao redor da lesão e retire o resto da roupa solta. As prioridades para aplicar os primeiros socorros em caso de queimaduras são: 1. aliviar ou reduzir a dor; 2. prevenir o choque e, 3. prevenir a infecção.
Como aliviar a dor rapidamente em queimaduras leves e de pequena extensão Para aliviar a dor rapidamente deve-se emergir a parte queimada em água limpa (água potável ) ou, se for possível submeter essa parte em água corrente até que cesse a dor. Se a queimadura foi produzida por substâncias corrosivas ou irritantes, a área deve ser lavada durante, pelo menos, quinze minutos. A seguir, a queimadura deve ser coberta com um pedaço de pano limpo, o qual será preso cuidadosamente com uma atadura. No caso em que não se pode mergulhar a queimadura em água fria, pode-se aplicar compressas úmidas e frias (se a pele ainda estiver integra ).
SE... a região queimada for muito grande a pele tiver desaparecido por causa da queimadura as bolhas produzidas se romperem a situação da região queimada do corpo não permitir que seja imersa, deve-se obrir cuidadosamente com um pedaço de pano disponível, que esteja o mais limpo possível. Caso a vítima não possa ser transportada e no local haja pessoa qualificada para continuar prestando-lhe assistência adequada, proteja-a ao máximo, evitando contaminação e atrito, improvisando mosquiteiros ou utilizando outros recursos disponíveis para isso.
Como prevenir o estado de choque Nas queimaduras extensas e/ou profundas é freqüente sobrevir o estado de choque, causado pela dor e/ou perda de líquido. Em conseqüência disto, devem ser tomadas as medidas para a sua prevenção. Se a vítima sentir sede, deve ser-lhe dada toda água que deseja, porém, lentamente. Sendo possível, deve-se administrar, lentamente, à vítima meio litro de água, à qual tenha sido adicionada uma colher ( das de café ) de sal. Se a vítima estiver inconsciente, não lhe dê água, pois pode ocasionar-lhe a morte.
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Como prevenir a infecção Todo ferimento causado por queimaduras que apresenta bolhas ou aquele no qual a pele desapareceu em conseqüência da queimadura é muito vulnerável á infecção e, por isso, deve ser coberto com um curativo ( bandagem triangular aberta ).
Queimaduras por produtos químicos A pele ou os olhos podem ser queimados ao entrarem em contato com certos produtos químicos, mesmo através das roupas. Quando isso acontecer, deve-se aplicar sem demora os seguintes cuidados: tirar a roupa contaminada da vítima; o socorrista deve evitar sua própria contaminação; eliminar o produto químico lavando imediatamente a parte afetada com grande quantidades de água corrente, durante cinco minutos, pelo menos; no caso de queimaduras nos olhos, lavar abundantemente com água pura corrente, vedar o olho afetado com gaze ou pano limpo e encaminhar a vítima com urgência ao oftalmologista; continuar prestando os primeiros socorros, seguindo os procedimentos explicados para queimaduras.
Observações gerais -
NÃO romper nunca as bolhas; NÃO retirar as roupas queimadas que estiverem aderidas à pele; NÃO submeter à ação da água uma queimadura com bolhas rompidas; separar a causa da vítima ou a vítima da causa; cobrir cuidadosamente com um pano limpo as partes queimadas; tomar medidas apropriadas para a prevenção do choque; ajudar a vítima a obter ajuda qualificada;
É ABSOLUTAMENTE CONTRA-INDICADO A APLICAÇÃO SOBRE A QUEIMADURA DE QUALQUER SUBSTÂNCIA QUE NÃO SEJA ÁGUA LIMPA OU PANO MUITO LIMPO E UMEDECIDO .
HEMORRAGIAS
Hemorragia é a perda de sangue proveniente de ruptura, dilaceramento ou corte de uma vaso sangüíneo. A perda contínua de sangue pode ocasionar o estado e choque e leva a vítima á morte. Todas as hemorragias devem ser contidas o mais rápido possível. A perda de um terço do sangue em circulação é perigosa para a vida. O total de sangue circulante no organismo humano corresponde em litros, de 7% à 8% do peso corporal.
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Identificação da hemorragia A hemorragia nem sempre é visível, podendo estar oculta pela roupa ou posição do ferido ( por ex: hemorragia causada por um ferimento nas costas, se a pessoa estiver deitada de costas). Por isso a vítima deve ser examinada completamente para averiguar se há sinais de hemorragia.
Sinais e sintomas de uma hemorragia -
palidez intensa; mucosas descoradas; pulso rápido e fino; respiração rápida e superficial; vertigens; náusea, vômito; suores abundantes; intranqüilidade; sede; desmaio.
Classificação das hemorragias * Do ponto de vista anatômico, as hemorragias podem ser: Arterial: - sangue vermelho-vivo; fluxo em jatos intermitentes; sentido do fluxo sangüíneo, do coração para as extremidades. Venosas: - sangue vermelho-escuro; - fluxo contínuo; - sentido do fluxo sangüíneo, das extremidades para o coração. * Do ponto de vista clínico, as hemorragias podem ser: Internas: produzidas dentro dos tecidos ou no interior de uma cavidade natural. Externas: perda de sangue para o exterior do organismo, podendo ser observada visualmente.
Técnicas para contenção de hemorragia a. pressão direta; b. elevação do seguimento ferido ( membro ); c. curativo compressivo; d. pontos de pressão;
a. Pressão Direta Colocar um chumaço de tecido limpo sobre a hemorragia, fazendo pressão fortemente, com a própria mão sobre o mesmo. (fig 12)
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b. Elevação do Seguimento Ferido Se não houver suspeita de fratura, elevar o seguimento ferido a um nível superior ao coração. ( fig. 13 )
Fig 12
Fig 13
c. Curativo Compressivo Com a utilização de bandagens ou ataduras, fixar a compressa firmemente. A pressão da mão é substituída pela bandagem. (Fig 14)
c. Pontos de Pressão Consiste em comprimir a artéria lesada contra o osso mais próximo a ela, para diminuir a fluência da sangue na região do ferimento. (fig. 15)
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Fig 14
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Fig 15
Temporal
Carotídio
Radial Ulnar
Femural Tibial – anterior e posterior
popliteo
c. Fraturas É a solução de continuidade de um osso, determinado por um agente traumático, cuja intensidade suplanta a elasticidade e a resistência do osso. 1. Sintomas
- dor - edema - impotência funcional - diferença no comprimento do membro - desalinhamento ósseo - movimento anormal 2. Tipos de Fraturas
a. Fratura Fechada ou Simples: quando não há comunicação entre a fratura e o meio externo, permanecendo integra a pele. b. Fratura exposta: quando há comunicação entre a fratura e o meio externo, sendo a pele lesada por fragmentos ósseos. c. Fraturas completas : quando há total secção de uma estrutura óssea.