RITUAL DE CONTATO COM A CADEIA MARTINISTA
É útil, antes de algumas práticas, impregnar-se do espírito da tradição e meditar então sobre os textos suscetíveis de conduzir o espírito a uma espécie de comunicação comunicação inconsciente com os planos invisíveis. É, sem dúvida, dú vida, importante evitar leituras demasiado teóricas que apelam ao intelecto. Buscamos, ao contrário, atuar sobre a imaginação e a fé do indivíduo. Para isso, aconselhamos aconselhamos utilizar por uma parte “A Imitação de Cristo” e por po r outra as obras de L.C. de Saint-Martin. Saint-Martin. Convém ler cada dia as passagens da primeira obra de tal forma que vós impregneis lentamente e regularmente. No caso das diferentes obras de Saint-Martin, Saint-Martin, não deveis d eveis ler a totalidade de uma obra do início até o fim. É suficiente que abras ao acaso, tão pequena como possa ser possível uma obra das obras deste autor e que leias a passagem correspondente. correspondente. Pouco importa que a compreendais, o essencial é que vos impregneis, a compreensão virá posteriormente. Os aconselhamos em seguida utilizar orações singelas, que sejam extraídas da tradição cristã ou Martinista (as 10 preces de Saint-Martin), por exemplo). É importante que essa prática seja contínua e regular. O objetivo é uma ação lenta, todavia constante. Poderíamos utilizar a imagem das gotas que caem regularmente sobre a rocha de granito. A rocha mais dura será perfurada, o que não aconteceria se jogásseis uma grande quantidade de água. É o mesmo a respeito das práticas de orações ou de alguma outra técnica de harmonização. Os aconselhamos seguir estas preliminares durante um ciclo de 40 dias, duração tradicional das técnicas de ascese ocidentais. Escolhereis a seguir um dia significativo que se encontre na Lua Cheia, ou pelo menos na Lua Crescente, Crescente, na primavera. Podereis escolher um domingo pela manhã, como início do rito na hora mágica do Sol. Evidentemente, estas indicações podem ser ignoradas, se o rito não tem estrutura teúrgica. É unicamente uma ajuda no processo de construção psíquica do iniciado. Se puderes, procureis roupa branca (idêntica a uma túnica), um cordão negro, três velas, uma toalha branca, três faixas (negra, branca, vermelha) e um incensário. Se não puderes procurar o anterior, os aconselho a usar uma u ma vestimenta que seja ampla e que vos sintais a gosto com ela. Leste 1 --4-5 2
3
Oficiante
1-2-3: As três velas 4: Três faixas horizontais 5: Incensário Sentai-vos de frente ao altar que haveis instalado e relaxai-vos durante alguns minutos. Depois vos levanteis e começai a ler em voz inteligível o texto de abertura seguinte:
“-- O Oriente se ilumina... o sol se eleva. O olho do mundo se abrirá, a verdade aparecerá. O Sol se obscurecerá para os profanos? Negará o calor e a vida aos ignorantes? Não repartirá suas influências benéficas aos malvados? – Manifestação visível do centro invisível de toda vida e de toda luz, o Sol não nega suas influências astrais a ninguém, e toda criatura recebe um raio de substância-divina. – Mas, porque a Verdade não se há manifestado? Porque nos negaríamos a fazer partícipes de sua influência ao homem de desejo? – O Sol se eleva. Que caiam os véus como se dissipam as sombras da Noite!” Permaneça alguns instantes em silêncio e recolhimento. Depois acenda uma luz ambiente suave e pronuncie a seguinte invocação:
“Tríplice Luz misteriosa e Divina, Fogo Sagrado, Alma do universo, Princípio eterno dos Mundos e dos Seres, aclara meu espírito e meu coração e acende em minha alma o fogo vivificante da Verdade. Que a Sabedoria, a Força e a Beleza se manifestem nesta cerimônia sob os auspícios do Grande Arquiteto dos Mundos. Que as chamas iluminem meu ser com sua claridade.” Acenda então as três chamas dispostas sobre vosso altar, começando pela mais próxima ao Oriente, depois pela da direita e depois a da esquerda. Ficai alguns instantes em silêncio. Acenda o carvão e jogue um pouco de incenso, dizendo:
“Recebe, Oh Grande Arquiteto dos Mundos, minha homenagem. Que este incenso que eu te ofereço seja uma imagem verdadeira da pureza de minha palavra e de minha intenção por tua maior glória e justiça. Que este perfume seja a imagem da prece que eu te ofereço pela
eternidade. Que seja o emblema do fervor com o qual eu te invoco para alcançar a reconciliação, a fim de unir-me ao anjo a quem há dado o encargo de acompanhar-me e assistir-me. Recebe este perfume como o testemunho de meu amor”. Erga o incensário e balance-o 12 vezes para o Oriente. Depois o coloqueis sobre o altar. Golpeai então com ajuda de uma campainha ou com a mão, doze golpes lentamente e com solenidade sobre o altar. Pegue o livro da Bíblia e abra ela no prólogo do Evangelho segundo São João. Leia o texto: Jo 1:1 a 1:14. Deixai o livro sobre o altar aberto nesta página. Permanecei alguns instantes em meditação silenciosa na posição que achais mais apropriada. Recitai depois as preces e orações que utilizais em vossa preparação, de forma que coloqueis em relação os planos invisíveis e divinos. Tomai a Bíblia e leia o texto de Gênese: Gn 1:1 a 2:3. Permanecei alguns momentos em meditação silenciosa na postura que achais mais idônea. Levantai-vos e começai a invocação dos Mestres Passados da tradição Martinista:
“Eu invoco neste momento os Mestres Passados secretos da Cadeia astral Martinista. O puro desejo de meu coração se volta em direção a vós e os invoco. Escutai minha voz e meu chamado. Invoco a influência do Venerável Fundador da tradição Martinista: Oh Martínez de Pasqually, tu que hás fundado a Ordem Martinista como apoio dos Princípios viventes do invisível, escutai meu chamado e dirija para mim tua influência protetora e vivificante de forma que minha alma se situe na corrente para a qual eu marcho. Daime o sustento das forças secretas e astrais de tua Ordem. Invoco a todos aqueles que trabalharam pela Glória da Ordem Martinista no mundo visível. Invoco também a Louis-Claude de Saint-Martin, a Jean-Baptiste Willermoz e a todos seus discípulos da Ordem Invisível. Oh Mestres Invisíveis da Ordem Martinista, todos que haveis conhecido a Luz secreta e haveis participado em suas atividades, vós que sempre haveis sido os Cavaleiros fiéis de Ieoshuah, venham ao redor de mim para aportar-me vossas bençãos e vossa assistência para a obra que cumpro hoje. Que neste dia as influências sob as quais me coloco permitam o cumprimento de meu desejo de aperfeiçoamento físico, moral e espiritual.”
Permanecei alguns momentos em silêncio. Depois dizei:
“Invoco agora as influências do invisível. Venha a mim, oh Noudo-Raabts! Venha a mim, oh Ieoshuah Omeros! Em nome de Yod He Schin Vau He. Por I.N.R.I., Amém! Observai um momento de silêncio, depois dai 7 golpes secos e cerimoniais sobre o altar ou com a campainha. Depois dizei:
“Que na presença e sob a proteção dos mestres o rito se cumpra!” Visualizai-vos envoltos de uma luz branca e incandescente. Depois densificai esta visualização e imaginai-vos vestidos de uma túnica de linho branco. Então, dizei:
“Embranquecei Senhor meu, e purificai meu coração, a fim de que havendo sido lavado pelo sangue do cordeiro, goze um dia das alegrias eternas minha alma ao fim regenerada. Que a pureza desta vestimenta brote em meu ser e que possa progredir para minha reintegração espiritual.” Visualizai seguidamente um cordão negro ao redor de vossa cintura e dizei:
“Dignai-vos, Senhor misericordioso, extinguir em mim o ardor das paixões malvadas a fim de que a virtude, a força e a pureza permaneçam em mim. Que este laço seja a cadeia visível que me une aos Mestres do Passado presentes neste instante ao meu redor. Que em todo momento meus atos sejam julgados dignos de ser inscritos sobre os registros de nossa tradição.” Visualizai em seguida que estais revestido com uma capa negra que vos envolve e vos protege. Dizei então:
“Que esta capa protetora me permita entrar em meu ser, desaparecer ante os olhos do mundo e penetrar no mundo invisível.” Visualizai em seguida uma máscara negra sobre vossos olhos e dizeis:
“Mediante está máscara minha personalidade profana
desaparece. Converto-me num desconhecido ante milhares de outros desconhecidos. Não temerei mais as suscetibilidades mesquinhas às quais vejo-me obrigado na vida cotidiana. Estou protegido contra as armadilhas da ignorância e posso, sempre que o desejar, entrar em mim para descobrir o sagrado santuário no qual a verdade mostra seus oráculos.” Levantai e agarrai a espada. Levantai o braço dirigindo a ponta da espada para o céu e dizei:
“Que os querubins presentes no Oriente do Jardim reconheçam este signo e que saibam que fiz juramento de cultivar a virtude, de respeitar e louvar o Grande Arquiteto dos Mundos. Vós, Guardiões das terras de onde eu nasci, sabei que neste momento empreendo o caminho que me levará ante vós para retornar a minha residência celeste.” Ajoelhai-vos ante o altar voltado para o Oriente. Permanecei em silêncio alguns instantes. Depois dizei:
“Na presença dos Mestres do Passado e das Potestades e Criaturas invisíveis da Ordem Martinista, tomo neste momento o nome de ….................. (Nome esotérico, que se adotará durante as atividades Martinistas) e o farei de forma que possa leva-lo com dignidade em cada uma de minhas atividades na senda Martinista.” Permanecei em silêncio alguns momentos mais, depois pronunciai mentalmente as frases consagratórias seguintes, imaginando que se trata de um dos mestres da cadeia Martinista que se dirige a vós:
“A ti …............... (Vosso nome esotérico e o civil) te recebo e introduzo neste momento na cadeia e egrégora Martinista. Receba tua consagração de homem de desejo a fim de que cada um de teus passos te aproxime para o dia de tua reintegração.” (Podeis espontaneamente responder as palavras anteriores) Permanecei alguns momentos em meditação. Levantai-vos e pronunciai agora o Pai Nosso na língua que escolheis. Em seguida proceda ao encerramento do rito. Dai 7 golpes marcados e lentamente sobre o altar. Depois dizei:
“Oh homens regenerados, vós que manifestai no invisível os poderes divinos, os agradeço haver estado presentes neste rito.
Oh Mestres do Passado, sede louvados por haver-me concedido vossa benção. Vós, Santos Seres, dos que espero ser discípulo, dignai-vos mostrar-me a Luz que busco e oferecei-me ajuda de vossa Compaixão e de vossa Sabedoria! Em nome de Yod Heh Schin Vau He. Por I.N.R.I. Amém” Apagai as velas dizendo:
“Que esta trípice luz seja colocada sob meu interior e continue expandindo sua luz em minha alma purificada”. Depois dai 7 golpes lentamente e marcados sobre o altar. Terminai dizendo:
“Pela glória de Ieoshuah e do G.'.A.'. dos Mundos, sob os auspícios do Filósofo Desconhecido, nosso venerável mestre, nossos trabalhos de hoje ficam concluídos. Que eu possa cultivar a prudência e a discrição sobre meus trabalhos e contatos com a cadeia invisível da Ordem Martinista.” Dai um golpe seco sobre o altar. O rito está terminado. Podeis desmontar a decoração e seguir vossa jornada ou a velada com algumas atividades tranqüilas e virtuosas.
Sempre, sempre a Glória de Yod He Shin Vau He O Grande Arquiteto do Universo