4327 - ITINERÁRIOS E CIRCUITOS TURÍSTICOS 19/05/2016 Sessões: 3,4,5 Sumário: Conceitos e terminologia dos itinerários turísticos. Abordagem histórica: dos primeiros itinerários ao turismo contemporâneo.
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SIGNIFICADO COMUM
SIGNIFICADO COMUM
OS PRIMEIROS PRIMEIROS ITINERÁRIOS NO MUNDO: O IMPÉRIO ROMANO E AS 7 MARAVILHAS Condições:
Rede de estradas; Segurança; Riqueza.
Roma era o ponto de partida para os diversos itinerários organizados em torno das riquezas históricas e arqueológicas da bacia do Mediterrâneo.
OS PRIMEIROS ITINERÁRIOS NO MUNDO: O IMPÉRIO ROMANO E AS 7 MARAVILHAS 1. Pirâmide de Quéops 2. Jardins suspensos da Babilónia 3. Estátua de Zeus em Olímpia 4. Templo de Artemísia em Éfeso 5. Mausoléu de Halicarnasso 6. Colosso de Rodes 7. Farol de Alexandria
OS PRIMEIROS ITINERÁRIOS NO MUNDO: IDADE MÉDIA Peregrinações religiosas Estas viagens eram feitas por “trilhos”
previamente definidos e com referências de locais, paisagens e objetos para que as pessoas se pudessem guiar.
OS PRIMEIROS ITINERÁRIOS NO MUNDO: DOS DESCOBRIMENTOS AO GRAND TOUR Condições:
Expansão marítima Invenção da imprensa
Grand Tour
Membros das famílias ricas inglesas; Duração: cerca de três (3) anos; Os relatos dos outros viajantes serviam de guias para o Grand Tour.
Paris
Roma
Génova
Florença
Veneza
Alemanha
Países Baixos
O INÍCIO DO TURISMO ORGANIZADO 1841 – Thomas Cook organiza a primeira viagem coletiva com a duração de um dia e com 570 passageiros. 1864 – Primeira excursão acompanhada no regime “tudo incluído” para 500 turistas tendo
como destino a Suiça.
OS PRIMEIROS ITINERÁRIOS EM PORTUGAL Os primeiros transportes públicos, a Mala-posta e o Comboio, só chegariam nos séculos XVIII e XIX, adiando consideravelmente o desenvolvimento do turismo. No entanto, estes dois serviços foram responsáveis pela sistematização dos primeiros itinerários regulares no nosso país.
O TURISMO EM PORTUGAL COMO ATIVIDADE ORGANIZADA
PRIMEIRA AGÊNCIA DE VIAGENS EM PORTUGAL A Agência Abreu foi fundada no Porto em 1840. Bernardo Abreu, conceituado comerciante da cidade, abriu a Agência para tratar de passaportes, de vistos de emigração, da venda das passagens de comboio para Lisboa e de navio para a América do Sul, especialmente dos que pretendiam emigrar para o Brasil.
4327 - ITINERÁRIOS E CIRCUITOS TURÍSTICOS 19/05/2016 Sessões: 6,7,8,9 Sumário: Conceitos e terminologias. Classificação dos itinerários turísticos. Preparação da atividade Miniteste.
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DEFINIÇÕES
UFCD 4327 Itinerários e circuitos turísticos
CIRCUITO TURÍSTICO Conjunto de caminhos e visitas que se complementam constituindo um itinerário fechado. Viagem combinada em que intervêm vários serviços: transportes, alojamento, guia, que se realiza de acordo com um itinerário programado e com um desenho circular sempre que seja possível (o ponto de partida e de chegada serão coincidentes).
ITINERÁRIO TURÍSTICO Descrição de um caminho especificando os lugares de passagem e propondo uma série de atividades e serviços. Este caminho pode ser seguido numa viagem entre dois locais distintos, com referências aos vários pontos de interesse turístico que se encontram pelo meio. Os itinerários podem incluir indicações de distâncias e tempos previstos para as deslocações e visitas sugeridas.
ROTA Sinónimo de itinerário em que a saída e a chegada não são coincidentes no mesmo ponto. Os conceitos de Rota e Itinerário podem ser considerados sinónimos embora seja de realçar o facto da Rota estar sujeita a um tema ou a uma delimitação geográfica e associada a um percurso dirigido, o qual tem sido usado preferencialmente em termos institucionais e promocionais.
O CONCEITO DE ROTA ESTÁ ASSOCIADO A UM TEMA
FORFAIT Nome técnico utilizado para um tipo de Itinerário organizado cujo preço inclui todos os serviços. Forfait
para a Oferta – viagens
programadas para serem posteriormente vendidas pelos retalhistas Forfait
para a Procura – viagens
organizadas à medida do cliente
EXCURSÃO Viagem organizada em grupo, com regresso ao ponto de origem e incluindo todos os serviços básicos (transporte de pessoas e bagagem, refeições, circuitos turísticos, guia-intérprete, entradas em museus e monumentos, etc.). Tem uma duração igual ou inferior a um dia, não incluindo a componente alojamento.
PERCURSO Refere-se apenas ao caminho físico (estradas, ruas, etc.) a ser percorrido entre dois pontos de uma viagem. Está presente em cada um dos tipos de viagem anteriores.
VISITA Deslocação para observação ou participação em qualquer atividade, a um determinado local, turístico ou não, na qual se dá o reconhecimento, exame ou inspeção de um lugar de paragem incluído num itinerário. A visita representa cada uma das paragens que compõem um itinerário.
OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS DE UM ITINERÁRIO TURÍSTICO
UFCD 4327 Itinerários e circuitos turísticos
CLASSIFICAÇÃO DOS ITINERÁRIOS TURÍSTICOS
Eixo condutor
Âmbito geográfico
Tipo de turismo associado
Envolvente do destino
Duração
Meio de transporte
POR EIXO CONDUTOR Itinerários geográficos •
São desenvolvidos em torno de uma unidade geográfica particular (Região; Município; Localidade). Englobam diversas tipologias de recursos turísticos, naturais e culturais.
Itinerários temáticos •
São desenvolvidos em torno de um tema específico (tipologia de património, período cronológico, etc.). Podem englobar uma ou mais unidades geográficas.
POR ÂMBITO GEOGRÁFICO Itinerários locais •
Quando a realização de um itinerário se limita a um ou vários locais, ou seja, abaixo da escala regional.
Itinerários regionais •
Quando a realização de um itinerário se estende à escala regional.
Itinerários Nacionais •
Quando a realização de um itinerário engloba vários pontos que abrangem a totalidade de um país.
Itinerários internacionais •
Quando a realização de um itinerário abrange o âmbito territorial de dois ou mais países.
POR TIPO DE TURISMO ASSOCIADO Itinerários culturais • Itinerários de interesse histórico ou literário • Itinerários de interesse patrimonial ou monumental • Itinerários de interesse folclórico ou artesanal
Itinerários gastronómicos ou enológicos
Itinerários naturais ou de ecoturismo
Itinerários desportivos ou de aventura
Itinerários de saúde e bem-estar
POR ENQUADRAMENTO DO DESTINO Itinerários urbanos •
Os itinerários urbanos desenvolvem-se dentro de uma área urbana, normalmente um conjunto ou centro histórico de interesse significativo.
Itinerários rurais •
Os itinerários rurais permitem a descoberta dos valores tradicionais, paisagísticos e/ ou culturais, de uma área caracterizada por atividades tradicionais de subsistência, situada fora dos perímetros urbanos.
Itinerários mistos •
Considera-se itinerários mistos aqueles que incluem no seu percurso a exploração de uma área urbana e, em complemento, uma zona rural.
POR DURAÇÃO DA PERMANÊNCIA Itinerários de curta duração •
Os itinerários de curta duração compreendem normalmente apenas meio-dia ou, no máximo, um dia de percurso. Neste tipo se inserem a generalidade das excursões feitas de autocarro, bem como os percursos pedonais.
Itinerários de média duração •
Os itinerários de média duração têm uma duração entre um dia e uma semana. Aqui se inserem a maioria dos itinerários que implicam alojamento, bem como aqueles realizados em torno de distâncias medianas, normalmente à escala regional, bem como aqueles que implicam mais pontos de paragem e locais a visitar.
Itinerários de longa duração •
Os itinerários de longa duração consideram-se normalmente a partir de uma semana de duração, podendo em casos menos frequentes exceder os 15 dias.
POR MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO Itinerários pedestres Itinerários por via rodoviária Itinerários por via fluvial/ marítima Itinerários por via ferroviária Itinerários por via aérea Itinerários combinados
4327 - ITINERÁRIOS E CIRCUITOS TURÍSTICOS 05/06/2016 Sessões: 14,15,16,17 Sumário: Correção do miniteste. Preenchimento do formulário de avaliação do percurso pedestre efetuado (PR3 – “Cezimbra ”). Recursos afetos à conceção de itinerários. Recursos naturais, culturais e serviços turísticos. Fases de organização de um itinerário. Cuidados especiais na elaboração de um itinerário.
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CRITÉRIOS NA ESCOLHA DOS PONTOS DE INTERESSE (POI) DO ITINERÁRIO Importância histórica
Importância natural
Importância cultural
Importância social
Outras
RECURSOS TURÍSTICOS
Recursos Naturais
Recursos Culturais
RECURSOS NATURAIS (1/2) Tipos
Sub-tipos
Elementos climáticos
Sol; Neve
Montanhas
Serras; Picos; Morros/colinas
Outras formas de relevo
Vales; Arribas; Planaltos; Planícies
Formações geológicas
Grutas; Jazidas minerais; Vestígios paleontológicos
Hidrografia
Rios; Estuários; Lagos/lagoas; Praias fluviais; Quedas d’água
RECURSOS NATURAIS (2/2) Tipos
Sub-tipos
Zonas costeiras ou litorais
Praias; Baías/enseadas; Falésias; Cabos/pontas; Dunas
Terras insulares
Ilhas; Arquipélagos; Recifes
Florestas
Pinhais; Eucaliptais; Soutos
Diversos
Pântanos; Áreas de caça e pesca; Reservas especiais de flora e fauna; Fontes hidrominerais/termais
RECURSOS CULTURAIS (1/2) Tipos
Sub-tipos
Monumentos
Arquitetura militar; civil; religiosa; industrial
Sítios
Sítios históricos; arqueológicos; científicos
Equipamentos de pesquisa e lazer
Museus; Bibliotecas; Arquivos; Institutos históricos e geográficos
Manifestações, usos e tradições populares
Festas/comemorações/atividades religiosas, populares e/ou folclóricas; Gastronomia; Artesanato; Feiras e mercados
RECURSOS CULTURAIS (2/2) Tipos
Sub-tipos
Realizações técnicas e científicas
Exploração agrícola/pastoril/industrial; Jardins zoológicos/aquários/viveiros; Jardins botânicos; Planetários; Outros
Eventos
Congressos e convenções; Feiras e exposições; Realizações desportivas/artísticas/ culturais/sociais/ assistenciais; Realizações gastronómicas e enológicas; Outros
SERVIÇOS TURÍSTICOS O destino turístico é composto, para além de recursos naturais e/ ou culturais que constituem em si a fonte de motivação para a deslocação do turista, pelos serviços turísticos. Para poder usufruir plenamente dos atrativos locais, o turista necessita consumir uma série de serviços de apoio que se prendem com o alojamento, restauração, transporte, informação, etc.
SERVIÇOS TURÍSTICOS (1/2) Tipos
Sub-tipos
Meios de alojamento
Hotéis; Aparthotéis; Motéis; Pousadas; Estalagens; Hostels; Pensões; Colónia de férias; Turismo rural; Parques de campismo
Restauração
Restaurantes; Cervejarias; Cafés; Casas de chá; Outros
Distribuição turística
Operadores turísticos; Agências de viagens
Transportes turísticos
Aéreo; Rodoviário; Ferroviário; Marítimo
Aluguer de veículos e equipamentos
Carros; Motos; Bicicletas; Embarcações; Equipamentos desportivos
SERVIÇOS TURÍSTICOS (2/2) Tipos
Sub-tipos
Espaços de eventos
Centro de convenções; Buffets; Áreas de exposição e eventos culturais
Entretenimento
Bares; Casas de espetáculo; Cinemas; Teatros; Parque de diversões; Parques temáticos; Campos de golfe; Hipódromos; Autódromos; Marinas
Informação turística
Guias; Mapas; Postos de informação turística; Centros de informação turística
Comércio turístico
Souvenirs; Artesanato; Produtos típicos
FARINHA TORRADA DE SESIMBRA As origens deste doce encontram-se envoltas em mistério. Sabe-se que remonta ao final do século XIX. Consta que terá começado por ser um remédio caseiro contra maleitas como a constipação e tosse. Terá, também, embarcado com os pescadores da vila marítima. A Farinha Torrada de Sesimbra, um bolo seco e de grande duração, servia de alimento durante a faina em mar alto.
Como muitas das coisas boas, a receita é simples: Farinha de trigo, ovos, chocolate, açúcar amarelo, canela, raspa de limão. Tudo misturado, espalha-se num tabuleiro e vai ao forno à temperatura média durante 20 minutos. Depois de cozido, corta-se em quadradinhos.
FASES DE ORGANIZAÇÃO DE UM ITINERÁRIO ESTUDAR A
ANALISAR A
PROCURA
OFERTA
COMUNICAR E
ENVOLVER A
DESENHAR O
DIVULGAR
COMUNIDADE
PERCURSO
CONTEXTUALIZAR
1. CONTEXTUALIZAÇÃO A equipa que elabora o itinerário deve situar-se no contexto sociocultural no qual se insere o percurso.
2. ESTUDO DA PROCURA Fazer o estudo dos visitantes, potenciais e reais, o seu número, as suas expetativas, as suas motivações, o seu perfil sociocultural, os seus rituais, as idades, a saúde, etc. Quanto maior for o conhecimento do público-alvo, maior será possibilidade de desenhar um itinerário à medida dos seus desejos e assim satisfazê-lo e conquistá-lo.
3. ANÁLISE DA OFERTA Fazer o inventário detalhado de todos recursos turísticos da região que permita o ajuste correto e indicado entre produtos e serviços do itinerário.
4. DESENHO DO PERCURSO Feito com base no levantamento efetuado. Aqui será escolhido o tema do itinerário, a execução do traçado, os meios de transporte mais adequados e a sinalética a utilizar, bem como os serviços complementares a afetar, como a intervenção de guias especializados.
5. ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE Um aspeto essencial será o de envolver a comunidade local no roteiro, estabelecendo eventuais acordos e parcerias com instituições locais.
6. COMUNICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO Deve conferir-se especial atenção à comunicação e interpretação do itinerário, através dos suportes que se revelem mais adequados ao projeto.
CUIDADOS ESPECIAIS NA ELABORAÇÃO DE UM ITINERÁRIO Ter em atenção os tempos médios das distâncias a percorrer, para evitar etapas muito longas;
Não introduzir um número excessivo de pontos de paragem, para não sobrecarregar a etapa;
Deverá ser deixada margem para a eventual ocorrência de imprevistos;
Ter em conta os dias e horários de visita às atrações turísticas;
Lembrar a sazonalidade na marcação do itinerário (estação do ano, mês, dia da semana);
Confirmar os horários dos diferentes serviços utilizados;
Deverão ser tidos em conta os procedimentos de segurança e emergência aplicáveis a cada etapa.
CONTINUA…