1. Meditação da Respiração Cotidiana O Exercício da Respiração Diária inclui instruções específicas para a postura, já que trabalhamos com o corpo para acalmar a mente. É similar à ioga e benéfico para a saúde. Na meditação da respiração, mantenha a postura ereta e siga a sequência abaixo descrita: 1. Feche gentilmente a narina direita com um dedo, e faça uma inspiração longa e profunda pela narina esquerda. 2. No fim da inspiração, prenda a respiração por alguns segundos. 3. Feche a narina esquerda, abra a direita e expire por ela. 4. Depois inspire pela narina direita, mantendo a esquerda fechada. Prenda a respiração no fim da inspiração e, então, expire pela narina esquerda. 5. Em seguida, inspire gentilmente pelas duas narinas ao mesmo tempo. Expire com alguma força, para expelir o máximo de ar.
Meditação Me ditação da respiração com meditação de concentração
Enquanto inspiramos, visualizamos que toda a positividade do mundo entra na forma de um vento branco. E, ao expirarmos, visualizamos que todas as negatividades dentro de nós –tais como a raiva, a inveja ou a tristeza –saem na forma de fumaça preta. 1.
Comece com uma expiração longa usando ambas as narinas –visualize toda a raiva, ódio, carma negativo, desapontamento desapontamento e estresse saindo na forma de fumaça preta. 2. Feche a narina esquerda com seu dedo, inspire profundament e pela narina direita e segure o ar na altura do estômago por dois segundos –visualize toda a positividade entrando em seu corpo na forma de luz branca. 3. Feche a narina direita e expire todas as negatividades pela narina esquerda na forma de fumaça preta. 4. Inspire mais uma vez todos os pensamentos positivos pela narina esquerda na forma de luz branca. 5. Feche sua narina esquerda e expire todos os pensamentos negativos pela narina direita, na forma de fumaça preta. 6. Inspire profundamente todos os pensamentos bons e positivos com ambas as narinas, na forma de luz branca.
7. Expire com um pouco de força todos os pensamentos negativos e maus por ambas as narinas, na forma de fumaça preta. Esse é o conjunto de instruções de uma execução do exercício.
Quando somos iniciantes, é melhor completar o exercício três vezes e, com a prática, fazer mais vezes.
2. Meditação da Apreciação Passe alguns minutos com foco na respiração. Respire gentilmente até a parte inferior do abdômen. Perceba a respiração, os movimentos da barriga subindo e descendo. Encontre um ritmo natural que se adeque a seu corpo. Contemplamos e apreciamos sem fixação, sem alimentar o apego. Aprecie seu próprio corpo e qualquer nível de saúde que possua. Aprecie as pessoas maravilhosas em sua vida, que são bondosas com você, o ajudam e o apoiam. Aprecie o que você faz, sua carreira, seu estilo de vida, sua comunidade etc. Desenvolva um senso de contentamento pois a felicidade nada mais é que a satisfação que vem da apreciação. Faça isso detalhadamente. Aprecie de forma simples e sem expectativas ou condições; apenas o que quer que surja em sua mente, sem restrições. Praticamos apreciação tendo em vista o que já conseguimos, porque se não nos conscientizarmos de nossas realizações, damos espaço para que a insatisfação se infiltre, levando-nos, portanto, à infelicidade. Todas as manhãs eu mesmo procuro apreciar todas as pessoas belas que tenho em minha vida, imaginando como me sentiria se elas morressem amanhã. Isso pode soar mórbido, mas me faz apreciá-las muito mais no dia de hoje. Algumas vezes, fecho meus olhos e finjo que sou cego –só para sentir como seria minha vida e quantas coisas belas eu não veria. Se eu não tivesse pernas, audição ou visão, minha vida seria muito diferente. Procuro apreciar as coisas que tenho. Isso não quer dizer que essa prática elimina todo meu sofrimento, mas na maior parte do tempo me ajuda muito.
3. Meditação da Contemplação da Mudança Pense sobre como o mundo muda a cada segundo. Um bom lugar para começar é observando as estações –as mudanças na natureza entre primavera, verão, outono e inverno; a mudança na cor das folhas, na temperatura, o que cresce no solo. E da mesma forma que a cada dia há mudanças na estação, o mundo muda, nossos relacionamentos mudam e mesmo nosso corpo passa constantemente por mudanças diminutas.
Usamos as seguintes palavras para que nossas mentes fiquem atentas à natureza da mudança. Podemos recitá-las em voz alta ou lê-las silenciosamente, enquanto pensamos em seu sentido: Tudo que nasce necessariamente morre. Tudo que for acumulado um dia será consumido. Toda reunião se dispersará. Toda construção um dia cairá. Os amigos podem mudar. Os inimigos podem mudar. A felicidade vai mudar. O sofrimento vai mudar. Os conceitos vão mudar. As emoções vão mudar. O que quer que tenha acontecido ontem hoje é um sonho O que quer que vivenciemos hoje amanhã será um sonho.
É de grande ajuda nessa prática contemplarmos um rio desaguando no mar. Compreendemos que é sempre um rio e, ainda assim, a cada momento muda – nunca é exatamente o mesmo. Também o nascer e o pôr do sol são úteis para esse exercício, já que um nunca é igual ao outro e nos fazem lembrar da natureza passageira do tempo. E essa é a verdade da vida – que não há nada que possamos controlar de modo permanente: não conseguimos fazer com que as pessoas sejam exatamente como queremos, o tempo todo; não somos sequer capazes de organizar nossas vidas para que sejam exatamente como gostaríamos que fosse, tampouco podemos fazer isso com nossas mentes. As coisas mudam e é por isso que a vida é tão preciosa.
4. Meditação da Contemplação da Mudança Na meditação feita de olhos fechados, refletimos sobre o que já fizemos em nossas vidas. É um processo que nos ajuda a compreender a situação em que nos encontramos agora e aceitar que foram nossas ações que nos trouxeram até aqui. Refletimos sobre o tipo de pessoa que nos tornamos: como nos comportávamos ou reagíamos quando éramos crianças ou adolescentes; o que fizemos no ano passado, no mês passado ou mesmo nessa manhã.
Não se trata de ser uma pessoa boa ou má, já que a natureza verdadeira do ser é sempre pura, mas de podermos refletir sobre nossas ações e reações. Para refletirmos sobre isso, é interessante pensarmos nas pessoas que fazem parte de nossas vidas e olharmos além dos rótulos tais como “mãe”, “marido”ou “chefe”. Observá-los, simplesmente, como seres humanos que também querem felicidade e que não querem nenhum sofrimento. É necessário também refletir sobre como gostaríamos de ser tratados pelos outros e de que maneira os tratamos. Pensemos sobre amor, apreciação, respeito, perdão, compreensão, bondade e compaixão. E, exatamente, como no ditado “é preciso duas mãos para bater palmas”, compreendemos que as
pessoas nos tratam com amor, bondade, compreensão, tolerância e aceitação se lhes damos o mesmo tratamento. Trata-se de uma meditação que requer completa honestidade. Não diz respeito a encontrarmos arrependimentos ou desejarmos ser pessoas diferentes do que somos. Trata-se de nos aceitarmos como somos e, ao mesmo tempo, desenvolvermos a intenção de beneficiar os outros com nossas ações. Essa é uma combinação poderosa e serena. Quando nos sentimos desconfortáveis em nosso cotidiano, precisamos entender a causa. É muito fácil perder essas chances de parar e pensar – estamos tão chateados que não nos sobra energia para investigar. Tentemos não deixar que nossas emoções nos levem para muito longe de nossa natureza interior.