História
Geog afia de Goiás Profess r PH
“ Q u a n t o m a i o r a d i f ic i c u l d a d e , t a n t o m a i o r o m é r i t o ” . P e r o L u d o v i c o
xpansão Territorial itorial do Brasil No início, os colon izadores portugueses oncentrara -se no lit ral com a extração do pau- rasil, depois no Norde te brasileir plantando a cana de açúcar, nesse período e istiam Ban deiras de caça a índio para escravizar. Com o pas ar do temp , a cana c meçou a e trar em decadê cia e a po ulação transferiu-se para o Sudeste. A partir daí o Brasil omeçou a expandir seu território, levando à descoberta de ouro em Minas Gerais, Mato Grosso e G iás. iás.
São São v ár i o s o s f a t o r e s q u e l e v r a m a e ss s s e x p a n s ão , co co m o a :
*União Ibérica 1 Ibérica 1 80-1640 – Em 1578 D. Sebastião orreu na batalha de Alcácer-Quibi (Mar ocos) dura te uma ba alha cruzadista, com isso o rei da Espanha, Filipe II, ass me o trono port guês em 1 80. Acabando com o Tratado de T rdesilhas (esse período é conhecid , literatura, com Sebastiani mo) e leva do à decad ncia do aç car no Brasil. *Criaç o de gado - Iniciou-se no Nordes e (Bahia e ernambuco e acompa hou o curso do rio São Francisco (pela grande quan idade de p stagens na urais) até interior do Brasil (sertão), levando ao povoamento das regiões de M.G., .T. e, depois, Goiás. Obs.: O rio S o Francisc também é conhecido como Rio dos Curr is e Velho hico. *Drog s do Sertão - Os jesuí tas vieram té o interio do Brasil a procura de ervas medi cinal.. Eles partia geralmente do Pará, om as Des idas e penetravam até o interior da Amazônia. *Band irismo irismo - Expedições d bandeirantes que saiam de SP para o interio do Brasil à proc ra de ouro ou cativar í dios para s rem escravizados. Tipos de bandeira :
01
História e Geografia de Goiás Professor PH a) Entrada: Expedição de bandeirantes financiadas com o capital do governo (coroa) com intuito de encontrar ouro, pedras preciosas ou índios. Esse tipo de expedição foi em menor número, pois o governo português não queria ariscar seu capital sem a certeza de obter lucros, pois o ouro só foi encontrado no século XVIII, no Brasil. b) Bandeira: expedição organizada, na maioria das vezes, com capital privado, com a finalidade de encontrar índios, ouro ou pedras preciosas. Esse tipo de campanha foi mais freqüente, porque a coroa não tinha nada a perder, e sempre incentivava e autorizava os que quisessem se aventurar nessa empreitada. c) Descidas: Essas expedições vinham do Norte (Pará) até o Interior do país (Sertão) para capturar índios e drogas do sertão para suas aldeias, nas missões da Amazônia. Geralmente, as descidas eram comandadas pelos jesuítas que aproveitavam essas viagens para expandirem o cristianismo no novo continente, através da catequização dos índios e lucrarem com a venda das ervas medicinais, que só existiam nos países tropicais como o Brasil. Essas ervas medicinais (chamadas de Drogas do Sertão) eram muito valorizadas na Europa. Os jesuítas também tinham o costume de fazer mapas da região, onde eles passavam, e levando ao conhecimento da região. Esses mapas foram muito utilizados pelos bandeirantes. d) Monções: Qualquer tipo de expedição (Entrada, Bandeira ou Descida), desde que acompanhasse o curso dos rios, como caminho para o sertão (interior).
Goiás Antes da Mineração Desde o primeiro século de colonização do Brasil, a região de Goiás foi percorrida pelas Bandeiras e pelas Descidas; mas só no século XVIII, com a mineração, mineração, iniciou-se a ocupação efetiva do território goiano pelos portugueses. A primeira Bandeira de que se tem notícia em terras goianas data de 1590-93, sob o comando de Domingos Luis Grau e Antônio Macedo. Depois desta, várias outras estiveram em Goiás, como: Sebastião Marinho- 1592; Domingos Rodrigues- 1596-1600; Nicolau Barreto- 1602-04; Belchior Dias Carneiro- 1607; Martins Rodrigues- 1608-13; André Fernandes- 1613-15; Lázaro da Costa- 1615-18; Antônio Pedroso de Alvarenga- 1615-18; Francisco Lopes Buenavides- 1665-66; Antônio Pais- 1671; Sebastião Pais de Barros e Bartolomeu Bueno da Silva(pai)- 1673; OBS.: muitas OBS.: muitas bandeiras não foram registradas.
As Descidas
A primeira foi coordenada pelo padre Cristóvão de Lisboa, em 1625. Depois, vieram: *Pe. Luis Filgueira- 1636; *Pe. Antonio Ribeiro e Pe. Antônio Vieira-1653; *Pe. Tomé Ribeiro e Francisco Veloso-1655; *Pe. Manuel Nunes- 1659; *Pe. Gaspar Misch e Ir. João de Almeida- 1668; *Pe. Gonçalo de Vera e Ir. Sebastião Teixeira- 1671; *Pe. Raposo- 1674; *Pe. Manuel da Mota e Pe. Jerônimo da Gama- 1721-22; OBS.: nem as bandeiras, nem as descidas, vinham para se fixar na terra.
Os fatores que motivaram os bandeirantes virem para Goiás
-Buscar um caminho por terra para chegar a Cuiabá (M.T.), pois Goiás localizava-se entre a região das Minas Gerais e a região das minas de Cuiabá; -Crenças populares de que em Goiás haveria ouro (Goiás fica entre as regiões mineradoras de M.T. e M.G.); -Momento político favorável(a coroa precisava de novas fontes de riquezas), pois Portugal estava passando por dificuldades econômicas. Descoberta do Ouro: 02 1693 ,o bandeirante paulista Antônio Rodrigues Arzão, encontra ouro Sabará, M.G.; -Em -Em 1718 , Pascoal Moreira Cabral descobriu ouro em Cuiabá, M.T.;
História e Geografia de Goiás Professor PH a) Entrada: Expedição de bandeirantes financiadas com o capital do governo (coroa) com intuito de encontrar ouro, pedras preciosas ou índios. Esse tipo de expedição foi em menor número, pois o governo português não queria ariscar seu capital sem a certeza de obter lucros, pois o ouro só foi encontrado no século XVIII, no Brasil. b) Bandeira: expedição organizada, na maioria das vezes, com capital privado, com a finalidade de encontrar índios, ouro ou pedras preciosas. Esse tipo de campanha foi mais freqüente, porque a coroa não tinha nada a perder, e sempre incentivava e autorizava os que quisessem se aventurar nessa empreitada. c) Descidas: Essas expedições vinham do Norte (Pará) até o Interior do país (Sertão) para capturar índios e drogas do sertão para suas aldeias, nas missões da Amazônia. Geralmente, as descidas eram comandadas pelos jesuítas que aproveitavam essas viagens para expandirem o cristianismo no novo continente, através da catequização dos índios e lucrarem com a venda das ervas medicinais, que só existiam nos países tropicais como o Brasil. Essas ervas medicinais (chamadas de Drogas do Sertão) eram muito valorizadas na Europa. Os jesuítas também tinham o costume de fazer mapas da região, onde eles passavam, e levando ao conhecimento da região. Esses mapas foram muito utilizados pelos bandeirantes. d) Monções: Qualquer tipo de expedição (Entrada, Bandeira ou Descida), desde que acompanhasse o curso dos rios, como caminho para o sertão (interior).
Goiás Antes da Mineração Desde o primeiro século de colonização do Brasil, a região de Goiás foi percorrida pelas Bandeiras e pelas Descidas; mas só no século XVIII, com a mineração, mineração, iniciou-se a ocupação efetiva do território goiano pelos portugueses. A primeira Bandeira de que se tem notícia em terras goianas data de 1590-93, sob o comando de Domingos Luis Grau e Antônio Macedo. Depois desta, várias outras estiveram em Goiás, como: Sebastião Marinho- 1592; Domingos Rodrigues- 1596-1600; Nicolau Barreto- 1602-04; Belchior Dias Carneiro- 1607; Martins Rodrigues- 1608-13; André Fernandes- 1613-15; Lázaro da Costa- 1615-18; Antônio Pedroso de Alvarenga- 1615-18; Francisco Lopes Buenavides- 1665-66; Antônio Pais- 1671; Sebastião Pais de Barros e Bartolomeu Bueno da Silva(pai)- 1673; OBS.: muitas OBS.: muitas bandeiras não foram registradas.
As Descidas
A primeira foi coordenada pelo padre Cristóvão de Lisboa, em 1625. Depois, vieram: *Pe. Luis Filgueira- 1636; *Pe. Antonio Ribeiro e Pe. Antônio Vieira-1653; *Pe. Tomé Ribeiro e Francisco Veloso-1655; *Pe. Manuel Nunes- 1659; *Pe. Gaspar Misch e Ir. João de Almeida- 1668; *Pe. Gonçalo de Vera e Ir. Sebastião Teixeira- 1671; *Pe. Raposo- 1674; *Pe. Manuel da Mota e Pe. Jerônimo da Gama- 1721-22; OBS.: nem as bandeiras, nem as descidas, vinham para se fixar na terra.
Os fatores que motivaram os bandeirantes virem para Goiás
-Buscar um caminho por terra para chegar a Cuiabá (M.T.), pois Goiás localizava-se entre a região das Minas Gerais e a região das minas de Cuiabá; -Crenças populares de que em Goiás haveria ouro (Goiás fica entre as regiões mineradoras de M.T. e M.G.); -Momento político favorável(a coroa precisava de novas fontes de riquezas), pois Portugal estava passando por dificuldades econômicas. Descoberta do Ouro: 02 1693 ,o bandeirante paulista Antônio Rodrigues Arzão, encontra ouro Sabará, M.G.; -Em -Em 1718 , Pascoal Moreira Cabral descobriu ouro em Cuiabá, M.T.;
História
Geog afia de Goiás Profess r PH
- Em 1673 veio para Goiás uma expedição chefiad pelos ban eirantes Bartolomeu B eno da Sil va(p i) e Sebas ião Pais de Barros, es a bandeira saiu de S.P. percorren o vários caminhos(rio Tiete, Paranaíba e Tocantins). Mas o ou o encontra o era de pouco valor(ouro de tolo), e com isso Bart lomeu mor eu pobre e desmoralizado perante sociedade mineradora brasileira. Depois que várias andeiras d caça ao índio e de mi eração percorreram o solo goiano, Bart lomeu Bue o da Silva( ilho), o An angüera, (1670-1740), João Leite da Silva Ortiz e João de Abre (irmão de rtiz) conduziram uma xpedição p ra procurar ouro na re ião, compo ta por: - 50 homens (brancos,negros e índios, omens livr s e escravos); - Mulas e cachor os; - Um padre e ne huma mul er (havia índias que foram aprision das no ca inho). Essa expedição partiu no dia 3 de julho de 1722 e no dia 26 de j lho de 172 chegou a mar ens do Rio ermelho(Rio das Cambaúbas) pró imo à Serra D’ourada, nde encontrou um veio de o ro, dando i ício ao povoamento de Goiás.Qua do essa ex edição che ou a Goiás ó restavam 120 homens, o estante m rrera no caminho por ários moti os como:fome,doenças,ataques de animais e índios, e longos períodos de seca. Assi que descobriu ouro Bartolomeu fincou uma cruz(A Cruz do Anhanguera) marcando presença do homem b anco e dad início a colonização de Goiá . Poucos meses dep is da volta da bandeira, organizou , em São Paulo, uma nova expedi ção ara as min s. Bartolomeu Bueno v ltava, a Goiás, com o t ítulo de sup rintendent das minas, e Or iz com o de guarda-mo . Entre 1722 e 1725, foram descobertas as jazidas de Sant’Anna, Ouro Fino, arra, Anta, Sant Rita, Sant Cruz, Mei Ponte, Jar guá, Coru bá e Araxá.Com isso, a região aurí fera de Goi ás p ssou a receber um gra de fluxo mi ratório.
otas e suas Históri s As grandes estradas que rasga o Brasil escondem muito mais aventuras do que mostram suas placas e sinais. A cada passo deparamos com ma paisagem diferente, cada encruzilhada leva a re iões marca as pelas hi tórias do B asil. Quem parte de Sã Paulo e segue pela vi Anhangüera, r mo a Campinas, perco re trechos o antigo Caminho para as Minas de Goiás (ou aminho do Goia es).
Aberto e 1725 por Bartolomeu Bueno da ilva, era us do pelos b plorar o ouro da região central do Brasil. Mas esse caminho tinha sido tra mais ambiciosos : fazia part das estrat gias de int gração e d mínio terri guês. Era precis proteger as minas aurí feras e impedir o avanço dos espa sul. om a aber ura do Ca inho dos G iases, pret ndia-se articular estra
ndeirantes que iam ex ado com o jetivos bem orial do go erno portu hóis pelas f ronteiras03do as como o Caminho do
História e G ografia de Goi s Prof essor P Viamão co a bacia hidrográfica o rio Paran , a fim de fundar povoados, vilas e cidades n eixo dessas est adas e incentivar a ag icultura de cana-de-aç car. Essa olítica surtiu grandes efeitos na capitania de São P ulo, duran e o govern de Morga o de Mateus ( 1765-1 75 ). Vilas como Campinas, Jundiaí e M ji-Mirim foram fundadas; os engenhos de açúcar se multiplicaram e a regiões Sul e Sudeste atin iram limite próximos aos de hoje. Há outras es radas da poca das bandeiras: a Raposo avares, a Fernão Dias... Mas hoje seus trajetos são percorridos em alta vel cidade, revelando ape as fragmentos de paisagens. Suas histórias se dilue e se apag m a cada curva, a cad morro. parar e ver o tempo corr r.
Povo mento d Goiás Ap s a descob rta do our deu-se o início do po oamento d Goiás pelos paulistas, estes tiveram vá ios obstáculos, como: A distância dos grandes centros urban s do Sudeste(as vezes as viagens demoravam até 3 meses); O esconhecimento da região goiana( uitas expe ições se pe diam pelo aminho); O espovoame to e a situ ção de isolamento da r gião; A i regularidad dos rios(o rios goian s não são navegáveis); Os índios hosti que ataca am as expedições paulistas; Fal a de estradas para Goi s; Se as e falta d alimentos;
** Cidade e Goiás, sé ulo 19, em desenho de William Bu chell.,
Em 1726, Bartolomeu fun ou o Arraial Nossa Se hora de Sant’Anna( el vada a cat goria de Vila “Boa” em 1739 e depois ci dade de Goiás que esta a vinculad politicame te à Capita ia de São Paulo, ste foi o primeiro arrai l goiano e apital de G iás até 1933. Encrava a nas montanhas e construída em solo r choso, a ci ade de Goi s, tinha de encanto os asarios col niais, cujos quintais termin vam em córregos de á ua fresca ( como rio V rmelho ). No salões da ligarquia, herdeira da riqueza criada pela expl ração do ouro, falava-s tanto o francê quanto po tuguês, as igrejas construídas por escravos (fi anciadas p los minera ores) ostentava imagens b rrocas pintadas a ouro, obra do escultor Veiga Valle. Mas luxo dos li ros e sedas imp rtadas convivia com a esesperança de uma cidade onde, nas primei as décadas deste século, já ão se construía mais d que uma casa por ano, e nas noit s de luar, o lirismo das serenatas era pontuadas p los gemido da febre, provocada p los esgotos a céu aberto. Esse povo mento foi marcado por quatro cara terísticas básicas:
Irregular; Instável; Sem Planejamento; Rápi o.
E 1727, foi edificada a rimeira ca ela goiana: Capela de ant’Anna, erguida por artolomeu. Em 1743, sob iniciativa d ouvidor-geral de Goiás, demoliu- e a capela, e no mes o local(Praça do Jardim), ouve a construção da Igreja de S nt’Anna, a catedral da cidade de oiás. 04 atitude do ouvido -geral foi j stificada pelo crescime to da população na região. Essa
História
OBRA DE
Geog afia de Goiás Profess r PH
EIGA VALE
C A P E L A D E S A N T ´A N A D E 1 7 4 3
Zona de povoam nto em Goiás:(Arraiais)
1726 1729 1731 1734 1737 1746 1741 1774 1730 1732 1734 1735 1736 1738 1740 1746 1749
NA REGIÃO SUL S nt’Anna( ila Boa), hoje cidade de Goiás S nta Cruz Meia Ponte(Pirenópoli )-Chegou disputar om Vila B a a sede o Gov rno C ixás C rrego do araguá S nta Luzia Luziânia) Pilar B nfim A REGIÃO NORTE
aranhão guas Que tes atividade Traíras e São José do ocantins achoeira e São Félix Porto Real rraias e C valcante armo ocal
Esse povoamento foi marcado or um con ronto entre o Branco(“colonizador ) e índio, é claro que este último sempre saía perd ndo. Como a maioria das tribos m strava-se resistente à tentativas de do inação, fo se combatendo os ban eirantes ou evitando o assédio dos jesuítas, a auto idades decl raram a G erra Justa, ou seja, a guerra de ex ermínio. Contra o caiapós fo am enviadas bandeiras de Sertanismo de Contrato, em qu os bandei rant s recebiam terras ou o ro para ext rminar gru os indígenas resistentes ou quilom os. Primeiro f oi a bandei a de Antônio Pires de Campos, com seus quinhentos índios bororós, que tacou os c iapós pela quantia de ma arroba de ouro. P uco depois foi a vez d Manuel de Cam os Bicudo, considerad um experiente explor dor de our e caçador de índios e que costumav despovoar aldeias inteiras. Mas, so ente no final do sécul XVIII, após muita resistência à c sta de incontáveis baixas, os caiapós emanescentes foram aldeados nas reduções de D. Maria I e São Jos de Mossâ med s. Essa reduções eram aldeias criadas pelos j suítas para reunir os i dígenas co o objetiv de c tequiza-los. Durante a administração da Metrópole pelo Marquês de Pombal, o reinado e D. José I (1750-1777), os jesuítas fo am expuls s e o chamado Regimento das Mi sões (ou R duções) foi anul do. Com is o, a responsabilidade pelos assunt s indígenas passou para a adminis ração leiga. Foi nomeado um diretor dos povoados i dígenas e as reduções oram eleva as à condição de vilas. A política pombalina em relação aos indígenas visava p rsistir nas entativas d conquista pacifiicamente os grupos indígenas para explorar s a mão-de- bra na lav ura. A gue ra somente deveria ser usad quando n o houvesse outra alter ativa. cla o que para as autorida es locais foi relativamente fácil encontrar argument s para justificar as matanças que continuara a ocorrer. Nesse contexto, a força da espada aca ou por impor o domínio do branc sobre o ín io(segundo Pala in), levand a dizimação do nativo e várias fo mas, como: Ocupaçã das terras dos índios; Escraviz ção dos mais pacíficos; Choques intermitent s com as tribos indomáveis; 05
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Aldeamento de pequenos rupos, que efinhavam rapidament no regime de semicatiiveiro; Cruzamentos r ciais, sobretudo através dos índios cativos; Suicídios coleti os (forma e resistência à escravidão); De eneração e extinção dos índios; Do nças trazid s pelos brancos; De truição do eio onde elles viviam.
Principais Tribo * a i a p ó s – ação bravíssima e mui to numeros que com eus ataque s dificultou o aumento da apitania. E am valente e guerreir s. Admitia o divórcio e a poliga ia; contav m os meses pela s luas. Qua do morria lguém da t ribo, fazia danças e s e tingiam d negro, de ons nação m is feroz e umetrando seu sentiment s.Inimigos mortais dos xavantes., * x a v a n t e s – rosa. Emb ra numero os, andavam disperso pelas ma as, entre os rios Arag aia e Tocantins. Cruéis e ro badores, * g o y a z e s ( d u nome a oiás) – índi s que tinha m a pele m ais branca ue os demais, vi vendo nas vizinhanças da Serra Dourada, acíficos(atualmente ex tintos), * c i x ás , * a r aé , * c n o e i r o s – ação muit cruel, guer reia, e que ão sabia f gir, resistin o nos seus combates até orrer. Alé de arco e flecha, usa am lanças ompridas, entadas nas extremidades e adoravam arne de ca alo, que er a seu mais saboroso ali mento, * a p i n a g é , * c a p e p u x i s – nação indolente e preguiçosa, que não p lantava e s vivia da c ça, pesca e roubos, q e faziam d seus vizinhos, * x a c r i a b á , * a c r o á , * arão, *cor oá-mirim, temembó, *tapiropé, *carajá, * avaé, *carajaí, *gradaí, tessemedu, *amadu, *guaia-guassu, *x erente, * arijó, *ar cobé, *macamec an, *norag ajé, *afodi e, *otogé, *garahus-aussu, *gua ayrissu, *guapindae, *coriti, *tapaguá, bororó e * erente de quá.(35 tribos).
Co tudo, a ar ueologia n s mostra que a regiã de Goiás á era habi ada por volta de 9.000 ªC. as, em 19 6, cientistas e instituições de pesquisa de ren me da Fra ça e dos E tados Unidos se obilizaram para apoiar ou contestar a teoria s gundo a qual o sítio ar ueológico encontrado no projeto Serra Geral, no li ite de Goiás com a Ba ia, mostraria sinais de atividade humana bem mais ntiga, coisa de há 43 mil anos. A t se, se comprovada, se ia o suficie te para no mínimo, colocar em xeque todas as teorias até en ão aceitas obre o pov amento do continente mericano e que dão como data pr vável de 15 mil nos atrás. As populaç es pré-hist ricas do Pl nalto Cent al eram divididas em grupos bem pequenos, com e trutura fa iliar, que o cientistas chamam de “microbando”. Eles ex licam esta limita ão populacional ( no áximo duas ou três fa ílias viven o juntas ) como uma ecorrência da f alta de tecnologia para a construç o de aldeias, o que as obrigava a viver nos a rigos naturais. Mesmo assim, havia oca iões em qu esses ban os se junta am em agrupamentos maiores, geral ente nos p ríodos sec s, quando e conclui q e eles já experimenta am algumas formas de fe tejos. Tam ém era no períodos secos que e ses indivíd os mais se distanciav m de cavernas, ara explorar outros tip s de ambientes, como as margens dos grandes rios, onde exerciam a ativiidade da pe ca, caça e oleta de frutos e raízes.. No Brasil, no período da c egada dos europeus, avia aproxi adamente 200 mil índios, e no Centro- este cerca de 40 mil n tivos, já e Goiás havia perto de 5 mil indivíd os(índios). Havia grupos nô ades (caç dores, coletores e usavam instru entos lasc dos para onseguirem seus alimentos) e sedentári s (com cer mica, horti ultura, roçados e camp s de caça e coleta).
O PRIMEI O ENCONT O DOS BA DEIRANTE COM O ÍNDIOS
06 Primeiro Gado nas Terras dos Go azes
O POUS NOS GARIMPOS
História e Geografia de Goiás Professor PH Antônio Ferraz de Araújo, o precursor da pecuária goiana, foi o segundo filho do casal Manoel Ferraz de Araújo (natural da cidade do Porto, Portugal) e Verônica Dias Leite. No ano de 1678, casou-se na Vila Sant’Ana do Parnahyba (SP) com Maria Pires Bueno, filha de Bartolomeu Bueno da Silva(pai) e Isabel Cardoso. Fez parte da histórica bandeira do cunhado Bartolomeu Bueno da Silva(filho), o Anhangüera, que no dia 3 de julho de 1722 saiu de São Paulo e vagou pelos sertões dos goyazes sofrendo todo tipo de infortúnio durante três anos, três meses e dezoito dias. No mês de julho de 1726, Ferraz veio novamente acompanhando o cunhado Bartolomeu em sua segunda incursão às terras goianas. Porém, ele só chegaria à futura terra de Vila Boa, alguns dias depois da chegada da bandeira de Bueno, conduzindo porcos e vacas de leite, vendidos literalmente a peso de ouro(o valor de uma vaca era de duas libras, ou 919 gramas de ouro, e o porco valia 286 gramas. Essa é a primeira informação histórica que temos a respeito da entrada de gado em solo goiano. Antônio Ferraz de Araújo foi nomeado, em 1728, por Bartolomeu Bueno, para administrar o Arraial de Sant’Ana, futura Cidade de Goiás. Provavelmente Ferraz, insatisfeito com a perda do título de superintendente das Minas de Goiás, que ostentava o cunhado Bueno, e o seu afastamento da administração do Arraial de Sant’Ana, no ano de 1733, resolve empreender novas aventuras. Neste intento, funda, em 1734, as minas de Natividade, cidade hoje localizada no Tocantins. Por volta do ano de 1744, contratado pela administração das minas de Goiás, organiza ataque aos índios caiapós, que foram se refugiar na Capitania de Mato Grosso. O local e a data do seu falecimento infelizmente não são conhecidos. A exploração do ouro goiano e seu reflexo no comportamento da pecuária, registrou três momentos distintos: o apogeu das minas, de 1725 a 1753, quando a pecuária era usada apenas para matar a fome; a crise na mineração, de 1753 a 1777, época em que a pecuária passou a ser um instrumento para diminuir as calamidades e a decadência do ciclo aurífero, de 1788 a 1822, fase na qual a pecuária finalmente descobriu seu poder econômico. No período do apogeu, a cultura da pecuária foi altamente controlada pelos representantes da coroa portuguesa, que interpretavam esse segmento econômico como forma de concorrência à exploração do ouro e certeza na diminuição dos dízimos. Além disso, os portugueses achavam que a pecuária fomentava o contrabando, principalmente pelas picadas que levavam aos currais da Bahia, instalados às margens do rio São Francisco(Rio dos Currais). Vários bandos ( os decretos eram assinados pelos capitães-generais da Capitania de São Paulo, pois somente a 8 de novembro de 1749, com a posse de Dom Marcos de Noronha, é criada a capitania de Goiás, desmembrando-a da jurisdição paulistana) foram enviadas aos superintendentes das minas de Goiás, proibindo e punindo com rigor a entrada em terras goianas de pessoas, gêneros alimentícios e gado por outros caminhos senão aquele que saía de São Paulo, controlado por vários registros. A pecuária nesses anos era mera coadjuvante da exploração do ouro. Somente acontecia na medida necessária para alimentar bocas, essas mais ávidas da fome pelo metal amarelo. Sem contar que havia por parte dos próprios mineradores, um arraigado preconceito por essa iniciativa, que a interpretavam como menos honrosa do que a exploração do ouro, entendendo-a como perda de status. as necessidades de ambos os lados moveram moinhos do preconceito. No contexto histórico do século XVIII destinava-se a Goiás o papel de região exportadora de ouro. A agricultura e a pecuária (regiões criadoras de gado: Rio Verde, Jataí, Morrinhos, Catalão, Caiapônia e Luziânia) estavam em segundo plano, com veremos neste documento. DOCUMENTO
BANDO: - Pedro Mathias Sigar, escrivão da superintendência d’estas minas dos Goyaz, etc. Certifico que em meu poder e cartório se acha um bando, que mandou lançar o superintendente d’estas minas, prohibindo aos moradores d’ellas o terem canaviaes de assucar, fazerem aguardente, o qual é do theor seguinte “Bartolomeu Bueno da Silva superintendente e Guardamór d’estas minas de Goyaz, n’ellas provedor das fazendas dos defuntos e ausentes, tudo na forma das ordens de S.M.;etc. Porquanto tenho recebido carta do governador e capitão-general da capitania de S. Paulo e suas minas, Antônio da Silva Caldeira Pimentel, em qual me declara que S.M.”que Deus guarde, por repetidas ordens tem prohibido haver cannas deassucar, engenhocas e as suas destilações de aguas ardentes en minas, e com especialidade n’estas dos Goyaz, por principiarem de novo, e lhe constava que muitos moradores d’estas minas tinham em suas roças e fazendas, mandasse logo queimar e destruir adita planta de canna. Pelo que mando nenhuma pessoa de qualquer grão e condição que seja, não tenha em suas roças e fazendas a referida planta de canna, e os que tiverem, a destruirão e queimarão logo, para que lhes concedo o tempo de sessenta dias, com a comunicação de que não fazendo, denunciando-se que a tem, provandose, pagará a pessoa que comprehendida cem oitavas de ouro, que a aplicarão para as obras da matriz d’espezas da justiça, e outrossim será preso na cadeia, donde estará 30 dias. E para que ninguém possa allegar ignorância, etc., 13 de junho de 1732. Bartolomeu Bueno da Silva” . 07 (“Entretanto seria inútil que os colonos plantassem milho, feijão e arroz em maior quantidade do que a necessária para alimentar suas famílias, pois esses produtos não encontram com-
História e Geografia de Goiás Professor PH prador. É a criação de gado que constitui atualmente a fonte de renda mais segura dos fazendeiros de Santa Luzia (Luziânia), mas nem por isso são grandes os lucros obtidos, não só porque eles precisam dar sal aos animais se quiserem conservá-los, mas principalmente porque as fazendas ficam distantes demais dos mercadores que poderiam compra-los”... Adaptado de SAI NT-HI LAIRE, A.).
Toda força de trabalho deveria ser destinada à mineração, única atividade valorizada e compensatória, motivando o deslocamento desses trabalhadores das regiões mais distantes do país para Goiás. No entanto, é justamente no período da decadência do ouro que a sociedade ruraliza-se em busca de duas vertentes econômicas: a pecuária e a agricultura. E estas atividades apareciam não mais objetivando apenas a subsistência, mas sim como ação econômica. Até hoje são uma fonte vital para o PIB goiano e Goiás é conhecido nacionalmente pela força de sua pecuária e agricultura. A região norte da Capitania de Goiás antecedeu a exploração da pecuária em detrimento ao sul. Algumas premissas justificam tal acontecimento. As minas de ouro do norte, apesar de férteis, não conseguiam sobrepujar em qualidade as lavras do sul. As alternativas de subsistência que sobravam eram a pecuária e a agricultura. As terras não eram boas para o plantio, lembrando que na época não havia os atuais recursos de correção e revitalização do solo. Portanto, a opção final era a pecuária, ainda nos moldes de subsistência. Em contrapartida, a região sul goiana, dadas à qualidade de suas terras, teve como opção principal a agricultura, trilhando o caminho inverso do norte.
A mineração em Goiás A maior concentração aurífera em Goiás deu-se em torno das serras dos Pirineus e Dourada.O ouro era descoberto por acaso e no início apenas as camadas de superfície eram exploradas de várias formas, como: O ouro era encontrado em veios d’água(regatos), nos taboleiros(bancos de areia) e nas grupiaras(cascalho ralo). O período minerador teve por base trabalho escravo, e a Coroa portuguesa tomou medidas quanto às jazidas minerais, tentando evitar o ençambarcamento(demarcação) dessas jazidas numa extensão superior à capacidade de exploração dos mineradores. Essa medida teve por objetivo “incentivar o maior número possível de mineradores, com vistas obviamente à extração de mais elevadas quantidades do metal precioso”. As principais jazidas foram descobertas em: Sant’Anna, Ouro Fino, Barra, Anta, Santa Rita, Santa Cruz, Meia Ponte, Jaraguá, Corumbá e Araxá. Alem de ouro, Goiás também apresentava grandes concentrações de xisto, quartzífero, xisto micácio(útil na produção do aço) e pedras preciosas. A produção de ouro em Goiás não foi uniforme e realizou-se numa curva que teve seu início em 1725,seu apogeu em 1750, e sua decadência já em 1770. A região mineradora de Goiás foi a terceira em produção de ouro no Brasil(ficando atrás de M.G. e M.T.), e teve seu esgotamento rápido,causado por vários fatores como: O esgotamento rápido das minas; A carência de mão-de-obra; A má administração da região; Altos custos no transportes; Estradas precárias; Longas distâncias dos grandes centros; Falta de alimentação; As técnicas rudimentares (e precárias) empregadas na extração do ouro; Contrabando de ouro; Falta de investimentos(todo ouro produzido aqui era levado para a metrópole); Excesso, e altas taxas, de impostos cobrados às populações das regiões auríferas.
Os Impostos Cobrados Em Goiás
O sistema de capitação, instituído em 1736,vigorou até 1751, na tentativa de evitar o contrabando. Esse sistema consistia no pagamento de uma quantia por cabeça de escravos possuídos; a quantia era fixada por escravo. A partir de 1751, voltou-se ao pagamento do quinto, que consis08
História
Geog afia de Goiás Profess r PH
tia n cobrança a quinta parte de todo ouro extraí o , o qual everia ser levado às Casas de Fun diçã de Vila Boa(instalada em 1751) São Félix(iinstalada e 1754,mai tarde transferida para Cavalcante em 1796), pois odo ouro, para sair da Capitania, deveria ser f undido em arras, ter cari bo da coro e uma gui para exportação.Essas Casas de F ndição foram extintas m 1807. Para agr var situação, o govern não possuí a uma força repressiva capaz de conter o clima de banditismo em terras g ianas. Com um peque o Regimen o dos Dragões, que mesmo assim cons mia perto e 2/3 da d bilitada receita do Est do, era impossível mo ificar o clima existente, até porque essa pequena fo ça repressi a ainda tin a outras fu ções, com a seguran a interna, a vigilância das fronteiras, o p trulhamento das regiõ s diamantíf ras, o tran porte dos quintos e até a arrecadação d s impostos. Com toda essas fun ões, a situ ção gerada acabava i viabilizando trabalho repressivo. Sem dú ida, o cont abando e a violência eram a tônica da região. Além do quinto(20% da produç o de ouro) e da capita ão(imposto cobrado por cabeça de escr vos), havia outros imp stos como: E TRADAS- obre a circ lação das mercadorias( oupas, ferr gens, sal e até alimentos); DÍZIMOS-so re a décima parte da rodução agropecuária( ois o gove no não queria que a a g opecuária se desenvolvesse muito m áreas mineradoras, icando sempre em seg ndo plano); P SSAGENS sobre o trâ sito nos rios( isso dific ltava ainda mais o trânsito para G iás); OFÍCIOS-so re lotação e cargos públicos(a prática de com rar cargos públicos era comum em terras goiana ); S ZAS-sobre o comércio de escravo (esse imposto era cob ado em to o Brasil, isso levava ao a mento do contrabando de escravos); F RO-impos o pago pelo uso dos terrenos e cas s(espécie de IPTU). Apesar de tantos tri utos, a crise de arreca ação era c nstante, principalment após a década de 1770, com a deca ência da mineração g iana e tam ém pela p atica da corrupção do fiscais. A crise a mineraç o acabou por levar o oiano à agricultura e a pecuária d subsistência(estas já exis iam desde início da ineração), as as dific ldades era de toda ordem. Com prav -se e vendia-se o estri amente necessário. Goiás importava o sal, o ferro, pólvora e os tecidos, e exportava o algodão, o açúcar, a mar elada, os ouros e o gado. Se o comércio externo estava prejudic do pela di iculdade de tran portes, pela falta de pr dução agrí ola e pela iminuição do ouro, o c mércio inte no também tinha os seus pr blemas, co o a falta d moeda pa a troca de ercadorias, o baixo poder de com pra os moradores e a economia de su sistência.T do isso con tribuía para o isolamen o de Goiás, que ra “terra de ninguém”.
Escravi ão
O DESEMBARQUE OS ESCRAVOS Em Goiás foi utilizado, na min ração, a ão-de-obra escrava indígena(no i ício) e ne gra. ormalment , a estimativa de vida útil de um scravo nas minas não ultrapassava 7 anos de trabalho. Além do mais, a á alimenta ão, os ma s tratos(as vezes os e cravos dor iam em pé dent o d’água), s arbitrariedades e os castigos eram a forma sual de sujeição do es ravo, como desc eveu Debret...”fazendo pouco exercícios, pass a mulher uase o dia inteiro sentada à moda asiátiica, com pa te superior do corpo in linada para frente e ap iada nos ri s; da imobilidade dessa 09
História e G ografia de Goi s Prof essor P posição resulta uma a iposidade que se manif esta pela inchação excessiva das partes inferiores, o que visível principalme te nos tornozelos...”. Co o declínio da mineração, os senh res de esc avos não ti ham mais omo mantê-los e nem recur os para ad uirir novas peças. Tal fato levou ao abrandamento da escravidão, ia da miscigenação, fugas, eslocamento para outras regiões, e da compra da liberd de. A criação de gado,nova atividade econômica, or suas pr prias cara terísticas l vou também a um controle menos rig roso do trabalho escra o. Portant ,quando foi assinado a áurea, em 1888, quase não havia escr vos, para serem libe tos, em G iás. Um dos maiores redutos de escravos fugitivos(1736) em Goiás é a pequena idade de Pilar de Goiá , que foi to bada pelo Patrimônio Histórico e Artís ico Nacional em 1954.
Goiá Dentro do Sistem Colonia No contexto histórico, desde a descoberta das minas, Goiás pertencia à Capitania de São Paulo. As insatisfações administrativas existiam, foram as câmaras ue se manifestaram e primeira linh contra os Capitães G nerais, representantes diretos da metrópole. Também h via o descaso com os probl mas goian s, principal ente após a decadên ia da mine ação, levou a algumas rev ltas nesse eríodo. Em 1821, ocor reu no norte de Goiás o primeiro movimento separatista, comandad pelo padre Luiz Bartolomeu Márquez, que estabele eu um gov rno provisório na proví ncia de Cav lcante (tal insurreição foi reprimida p r D. Pedro ). Esse m vimento foi fruto da insatisfação gerada pelos poucos benefícios recebidos e também pela chegada de líder s sulistas escontente com governo central no norte do Estad . Apesar d o movime to separati ta do norte de Goiás t r fracassado, c ntinuou vivo o ideal até a criação do Estado o Tocantin , em 1988. Mas esses movimentos nã eram ricos em sentim ntos nacionalistas, era do clero qu se sentia lesados e seus interesses. As conspirações foram de unciadas e seus principais implicados recebe am como castigo deportação para além de 50 légu s da capital de Goiás. Os grupos locais,com diferentes id ias e com os me smos objetivos – o po er, entraram novamente em choque. Houve té mesmo quem falasse em ideal repu licano. No entanto, a ituação foi dominada or conchavos políticos entre famílias ricas e influen es de Goiá e Meia Ponte, sempre coerentes c m a ordem constituída, desde que ela lhes oferecesse a direção da futura Província. Ap s vários ch ques admi istrativos, oiás conse uiu sua independência no dia 9 de maio de 1748 realizada por D. João V (que passou a ser valida em 1749), influenciad pela Guer a dos Emboabas(1708-09),tendo como primeiro governador, enviado de S.P., D. Marcos de Noronha ”Conde do Arcos”, ex- governador de Pernam uco. O Governador era responsável pela admi istração, pela aplicação da leis e pel comando o exército. A justiça ficava a cargo do Ouvid r e a arrecadação dos impostos sob res onsabilidad do Intend nte. As primeiras medidas de Marcos de Noronha fora : Restrição para conter despesas das jazidas que estavam em decadência, substituiçã da capitação pelo quinto, cobrado nas novas casas de fundiçã construídas em Vila Boa e São F lix. Além disso, como orma de c mbater o c ntrabando, também expulsou os ouriv s de Vila Boa. Os sucessores de D. Marc s de Noron a, tanto José Xavier B telho Távo a quanto João de Manuel de Melo, pouc fizeram para melhor r a situação da capita ia. Este último tentou, sem sucesso, a ivar a nave ação dos rios Araguai e Tocantins. José de lmeida Vasconcelos, o barão de Mossâmedes, assu iu o gover o em 1772 e preocupou-se em es imular o desenvolvime to de 10 outras atividades na c pitania, tai como a a ricultura e pecuária. Mais tarde, governou L ís da
História e Geografia de Goiás Professor PH Cunha Meneses, que conseguiu abrir a navegação do Araguaia, melhorando, ainda que pouco, a comunicação de Goiás com outras capitanias. A decadência da mineração refletiu-se no esvaziamento dos núcleos urbanos, dispersando a população, parte dela retornando paras as capitanias de origem, para o litoral, onde era mais fácil garantir os meios de sobrevivência. Os que ficavam tinham a alternativa de tentar a sorte em busca de novas jazidas ou em outras atividades, sendo que cresciam rapidamente em importância a agricultura e a pecuária, que também atraíam interessados de outras regiões. Com a pecuária, novos arraiais surgiram, entre eles Curralinho(atual Itaberaí), Campo Alegre(pouso de tropeiros – Os vendeiros de beira de estrada forneciam provisões e pouso para os tropeiros. Muitos arraiais se formavam em torno desses estabelecimentos. -- ), Ipameri, Catalão, Posse, Porto Real e outros. Até 1809, havia em Goiás apenas uma ouvidoria (OUVIDOR: no período colonial, o juiz posto pelos donatários ou antigo magistrado com as funções do atual juiz), ou seja, uma comarca. Somente desse ano em diante é que passaram a ser duas: uma para o norte e outra para sul. O provedor, importante funcionário real presente em todas as capitanias, em Goiás, acumulava também a função de diretor geral dos índios, criada em 1774. Na passagem do século XVIII para o XIX, Goiás perdeu territórios para o Maranhão, Minas Gerais(as terras de Araxá e Desemboque, que hoje fazem parte do Triângulo Mineiro) e Mato Grosso, que pretendia receber as terras entre o Araguaia e o Rio das Mortes, além de áreas na região do Rio Pardo, de Coxim e de Santana do Paranaíba. A sociedade colonial goiana
A população era muito variada, tanto etnicamente como em sua condição socioeconômica, ou seja, classe alta e classe baixa (... “Pode-se melhor constatar o luxo dos vestuários aos domingos e dias santificados, quando todos exibem o que de mais poderoso têm. Nesses dias, vêem-se freios de cavalos e estribos de prata, sendo o animal coberto com uma manta de pele de onça. Os brancos aparecem usualmente com uniforme, distinção à qual quase todos têm direito por ocuparem postos na Guarda Nacional. No modo de viver, tudo como antigamente. Em regra, a riqueza era acumulada por indivíduos isolados, que depois viviam regaladamente, mas para cada um desses, podiam-se contar cinqüenta mendigos entre o povo”... Adaptado de POHL, J. E. ). Na falta de mulheres brancas, a união com as índias era costume predominante, geralmente não-oficializado. O número de escravos africanos era bastante superior ao número de homens livres. Estes, por sua vez, eram mestiços, mamelucos e mulatos( ...” Eles se vestem com tecidos grosseiros de algodão ou lã, fabricados em casa. Não há homem que não deseje ter um traje apropriado para os dias de festas, nem mulher que não queira ter um vestido de boa qualidade, um colar, um par de brincos, uma de lã, um chapéu de feltro. Tais mercadorias não são encontradas nas pouquíssimas e mal providas lojas que ainda existem em Santa Luzia, mas o pouco dinheiro que ainda circula é gasto em outras regiões. Alguns agricultores estão tão empobrecidos que passam meses comendo alimentos sem sal; quando o vigário aparece para confessar as mulheres de uma mesma família, vão se apresentando, uma por uma, usando o mesmo vestido”... Adaptado de SAINT-HILAIRE, A.). Proveniente de diversas regiões do Brasil, aventureiros atrás de minas, comerciantes inescrupulosos, procurando enriquecimento fácil (e eram os que mais o conseguiam), negociantes contrabandistas, tropeiros e até alguns portugueses vindos da Metrópole. Muitos criminosos procurados refugiavam-se nos arraiais goianos para fugir da Justiça(“Goiás era terra de ninguém”), mais presente na área litorânea e nas vilas mineiras mais bem estruturadas.Tudo contribuía para o isolamento de Goiás. O transporte das tropas do Rio de Janeiro era oneroso, devido às distâncias, ao tempo gasto e à perda de produtos ao longo da viagem; tentou-se a navegação para minimizar problema, mas de novo a distância era um grande problema, além dos ataques indígenas, do tempo gasto nas viagens causado pelo isolamento de Goiás e dos gastos com pessoal. Isso resultou no crescimento da violência e do sentimento de insegurança. Além da violência, que era uma constante na vida dos goianos, as doenças ceifavam milhares de vida de tempos em tempos. Eram comuns as epidemias de varíola e as febres que dificilmente poupavam algum dos que eram por elas acometidos. Nem mesmo o investimento de capital externo no final do século XIX, garantiu o êxito do comércio pelos rios Araguaia e Tocantins.Por tudo isso Goiás estava condenado ao isolamento. Várias foram as conseqüências para Goiás com a crise do setor mineratório, assim relatadas por Palacin: Diminuição da importação e do comércio externo; Menos rendimento dos impostos; Diminuição da mão-de-obra escrava(pelo seu alto custo); Estreitamento do comércio interno, determinando a subsistência; Esvaziamento dos centros urbanos e ruralização; Empobrecimento e isolamento cultural;
Transição da Economia Mineratória para a Agropecuária
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História e Geografia de Goiás Professor PH É um período de transição, tanto do ponto de vista econômico - da mineração para a agropecuária - quanto do ponto de vista político – passagem do sistema colonial para o sistema imperial. Contudo, mantêm-se as estruturas da sociedade goiana. Esse momento de transição, com todas as suas incertezas, relatadas pelos viajantes, deixa algumas impressões comuns sobre Goiás nas primeiras décadas do século XIX, como: Precárias condições das vias de comunicação e infra-estrutura para os viajantes; Longas distâncias; Crise no abastecimento de víveres; Despovoamento da região, com um processo de ruralização; Escassez de mão-de-obra; Comércio de pequeno porte e estagnado; Pecuária como principal atividade de exportação.
Isto posto, podemos concluir que “... Goiás, na primeira metade do século XIX, é terra em que vivem populações abandonadas, isoladas e iletradas, mantidas à margem da civilização capitalista”. A crise do ouro fez com que Goiás regredisse a uma economia de subsistência, com a agricultura e a pecuária. A estrutura social goiana dessa época apresentava-se bem definida: a elite, formada por grandes fazendeiros, altos funcionários da Coroa e alguns ricos comerciantes; os homens livres, como pequenos proprietários e pequenos comerciantes, vaqueiros, sapateiros, entre outros; e os pobres – mulatos, negros livres, aventureiros, fugitivos, mendigos –, estes sim, a maioria da população. O número de escravos era muito maior do que o número de pobres, porém eles eram considerados mercadorias, e não como pessoa(na época da Lei Áurea, em 1888, a quantidade de escravos era muito pequena e ela quase não afetou a sociedade goiana). Nessa sociedade, segundo documentos da época, as pessoas que tinham algum estudo eram uma minoria insignificante(mas as que eram estudadas tinham um certo privilégio e eram chamadas de “doutores”). A situação era tão crítica que em 1810, por exemplo, existiam apenas 14 professores em toda a Capitania de Goiás, sendo que três em Vila Boa, dois em Meia Ponte e os demais dispersos pelas vilas goianas. Havia uma única livraria em toda a Capitania, instalada em Meia Ponte. E o papel das mulheres nessa sociedade, era de ser sempre dominadas pelos homens. Viviam praticamente confinadas às suas casas e durante o dia só se viam homens nas ruas. Como as mulheres não recebiam educação, sua conversa era desprovida de encanto. Eram inibidas e estúpidas, e se achavam praticamente reduzidas ao papel de fêmeas para os homens. Geralmente os casamentos eram arranjados, e as mulheres eram sempre mais jovens do que os homens, ou seja, ainda crianças. Era freqüente que, além da própria esposa, os homens da época tivessem amantes e filhos com elas. Estes filhos eram os “bastardos”, e ficavam à margem da sociedade, e quase sempre, não eram reconhecidos pelos pais.
Tentativas governamentais de melhorar a economia de Goiás Como medidas salvadoras, o Príncipe Regente – D. João, tendo em vista seus objetivos mercantilistas, passou a incentivar a agricultura, a pecuária, o comércio e a navegação dos rios. a) Foi concebida isenção dos dízimos por espaço de tempo de dez anos aos lavradores que, nas margens dos rios Tocantins, Araguaia e Maranhão fundassem estabelecimentos agrícolas; b) Deu-se especial ênfase a catequese e civilização do gentio com interesse em aproveitar a mão-de-obra dos índios na agricultura; c) Criação dos presídios às margens dos rios com os seguintes objetivos: proteger o comércio, auxiliar a navegação e aproveitar o trabalho dos nativos para cultivar a terra; d) Incrementou-se a navegação do Araguaia e Tocantins; e) Revogou-se o alvará de 5 de Janeiro de 1785 que proibia e extinguia fábricas e manufaturas em toda a colônia. Esta revolução foi seguida de estímulos a agricultura do algodão e à criação de fábricas de tecer. Ainda na primeira metade do século XIX, os caminhos para os sertões de Goiás também eram enfrentados com grandes riscos e dificuldades pelos comerciantes mineiros de gado. As rotas e as áreas de criação de gado em Minas Gerais haviam se modificado no século XIX. Por volta da década de 1820, segundo informações da presidência da província, novos pecuaristas haviam se estabelecido em Uberaba e no Prata, na região do Triângulo mineiro. Posteriormente, esses municípios viriam a se tornar os principais centros criatórios de Minas, além de compradores de animais do sertão mineiro, do Mato Grosso e de Goiás. O comercio de gado procedente de Goiás se desenvolveu a partir de meados do século XIX, 12 alcançando um grande volume para o período. Esse gado era exportado, o destino principal eram os mercados fluminenses e os abatedouros do Rio de Janeiro, para o abastecimento dessa cidade e outras regiões do Sudeste.
História e Geografia de Goiás Professor PH O presidente da câmara da vila de Oliveira, Vigilato José Bernades, que fora um dos mais importantes marchantes mineiros, narrou como uma aventura a sua primeira tentativa de comercializar o gado daquelas províncias vizinhas no ano de 1847. A sua tropa teve de enfrentar péssimos caminhos e abrir picadas(roçados no meio do mato) em regiões inóspitas, temendo a ameaça dos índios da tribo dos coroados(índios que usavam coroas de plumas), a peste bovina e a falta de víveres ao longo do trajeto(entre Minas e Goiás). A região Centro-Oeste(na época formada pelas províncias de Goiás e Mato Grosso), em 1872, mostrava-se ainda pouco povoada, comportando apenas 2,2% da população brasileira, com um contingente escasso de escravos, correspondente a 7,8% dos seus habitantes(Goiás era menos da metade desses dados). Após o declínio das atividades mineradoras em fins do século XVIII, a reconexão dessa área(sudeste goiano) à economia do Sudeste do Brasil se fez por meio da agricultura de alimentos e a pecuária, que se assentaram principalmente no trabalho livre não assalariado(parceiros e meeiros). A pequena lavoura de caráter camponês, cultivada com o trabalho familiar, conviveu com a agropecuária, que empregava agregados e camaradas – trabalhadores que recebiam como remuneração a cessão de lotes de terras para retirarem sua auto-subsistência – bem como a pecuária, baseada no “sistema de quarta”, o qual remunerava o vaqueiro com a quarta parte das crias do rebanho de houvesse cuidado. O avanço da pecuária extensiva, voltada para o mercado do Sudeste, contribuiu para a rápida ocupação do sul de Goiás, que passou a concentrar mais da metade da população da província em 1872. A montagem dessa pecuária mercantil goiana, foi promovida pelo deslocamento de capitais(oriundos do café) e famílias de Minas e São Paulo, desde o início do século XIX, com a ocupação territorial por grandes unidades pecuaristas(coronéis). As condições sócio-econômicas do Brasil não possibilitaram uma ação administrativa satisfatória em Goiás, durante os séculos XVIII e XIX. A política goiana, por outra parte, era dirigida por Presidentes impostos pelo poder central(Capital). Somente no fim do Segundo Reinado(séc. XIX ), é que a administração de Goiás passou a ser comandada por políticos(famílias de coronéis) locais:Rodrigues, Jardins, Fleury, Bulhões e Caiados.
Panorama Cultural A educação formal(desligada da igreja), no século XIX em Goiás inexistia. Em 1830 é criado o primeiro jornal goiano, “A MATUTINA MEIAPONTENSE”. Em 1846 cria-se o Liceu de Goiás, onde o ensino secundário deu seus primeiros passos. As famílias mais ricas faziam seus estudos em Minas Gerais ou São Paulo.
A República em Goiás Goiás acompanhou os movimentos liberais, no Brasil durante e século XIX, a abolição da escravidão não afetou a vida econômica da Província. Pois o número de escravos era muito pequeno em comparação a outras regiões do Brasil. Após a decadência da mineração goiana a escravidão foi sendo substituída, gradativamente, pela prática do trabalho de parceiros e meeiros, diminuindo progressivamente o cativo goiano. A fidelidade partidária e a firmeza de convicção de Guimarães Natal eram, realmente excepcionais para a época, pois, na política partidária de Goiás a figura usual era o camaleão, ou seja, adaptar-se ao governo central. Guimarães fez renascer o Jornal Bocayuva fundado por Manuel Alves de Castro através do qual batalhou pela divulgação de seus ideais, na época denominados subversivos, contrários aos ideais republicanos. Em 1887 fundou o Brazil Federal com os mesmos objetivos. Tinha como lema: “Quanto pior melhor”. Em Goiás as idéias republicanas não encontraram muito apoio. Na capital existam apenas 20 republicanos, no interior só existia um Clube Republicano em Formosa, originado de rixas no seio do Partido Conservador em 1888. A notícia da proclamação só chegou aqui a 28 de novembro, confirmada pelo Correio Oficial o a 1 de dezembro. Era presidente do nosso Estado o Dr. Eduardo Augusto Montadon. Guimarães Natal foi aclamado Presidente do Estado na Praça Pública. Nessa ocasião ele mesmo sugeriu uma junta, que assim se compunha: Joaquim Xavier Guimarães Natal, José Joaquim de Souza e Major Eugênio Augusto de Melo. Em conseqüência surgiram questões administrativas e políticas. O povo continuava esquecido e usado por hábeis políticos. É bom lembrar que Guimarães Natal é cunhado dos Bulhões e logicamente continuava tudo na mesma. Após a Proclamação da República, Goiás teve duas Constituições: a dos Bulhões e a 13 dos o Fleury. Após renúncia de Deodoro prevaleceu a Constituição de 1 de julho de 1891, que era a Constituição dos Bulhões, apoiados por Floriano Peixoto. A transformação do regime monárquico
História e Geografia de Goiás Professor PH em republicano ocorreu sem grandes dificuldades,mas a administração foi substituída pelo poder local(coroneis). Os Bulhões, dirigentes do partido liberal após o 15 de novembro, apoiados pelos republicanos, tornaram-se os donos do poder em Goiás.
Felix de Bulhões, o Castro Alves Goiano As sociedades abolicionistas de Goiás tornaram maior impulso na última década de 70 (século XIX).A Lei Áurea não encontrou nenhum negro cativo na cidade de Goiás. A notícia da abolição chegou no dia 31 de maio. Não causou surpresa porque a muito era esperada. A Lei libertou em toda a Província goiana aproximadamente 4.000 escravos, segundo o historiador Luis Palacin. Número insignificante para uma população que já alcançava a cifra superior a 200.000 habitates. Pelo exposto, vimos que a abolição em Goiás não deve ter afetado a economia agropastoril.
Transição do Regime de Governo em Goiás Os efeitos do 15 de novembro em Goiás prenderam-se às questões administrativas e políticas. Os fatores sócio-econômicos e culturais não sofreram abalos: o liberto continuou flutuante caminhando para o marginalismo social; as elites dominantes continuaram as mesmas; não ocorreu a imigração européia; os latifúndios continuaram improdutivos, áreas imensas ainda por povoar e explorar; ocorria a decadência econômica, sem se pensar em modificar a estrutura de produção; a pecuária e a agricultura eram deficitárias;a educação estava em estado embrionário; o povo esquecido em suas necessidades, mas usado pelos hábeis políticos, que baixavam vários decretos em seu nome.
Crises Políticas e Elites Dominantes – Bulhões e J ardim Caiado Os Bulhões continuaram donos do poder como na fase na qual ascendiam os liberais na área nacional. Agora, com maior margem de mando, graças á autonomia do Estado oferecida pelo novo regime — Federação. Com o Marechal de Ferro (Floriano Peixoto) no poder central, os Bulhões consolidaram seu domínio na política de Goiás. O grande líder desta oligarquia foi José Leopoldo. No entanto, em 1908, em decorrência da sucessão senatorial, Goiás viveu clima de intranqüilidade política, desaguando numa revolução(1909).Nesta luta saíram vitoriosos, mais uma vez, os Bulhões, a esta altura apoiados por Eugênio Jardim e Antônio Ramos Caiado, que posteriormente, se tornaram fortes como políticos não só na área regional como na nacional. Foram desentendimentos entre o grupo bulhônico e os Jardim Caiado e o apoio da política de Hermes da Fonseca a estes, que levaram a oligarquia dos Bulhões à derrocada. A partir de 1912, a elite dominante na política goiana, vai ser a dos Jardim Caiado, popularmente conhecido por Caiadismo. No seu início os documentos registram “política Eugenista”. A política de Hermes da Fonseca denominou-se: “Política de Salvação”, consistia em depor os grupos dominantes em vários estados, revestindo de poderes políticos elementos de farda(CORONEIS). Em Goiás, na disputa do poder político o Coronel reformado Eugênio Jardim, que, por ser cunhado dos Caiados, dividiu com eles o mandonismo estadual. Após sua morte, Antônio Ramos Caiado (Totó Caiado) tornou-se o verdadeiro chefe político de Goiás até 1917, depois ele foi substituído por Eugênio Caiado, que governou até 1930 .Seus contemporâneos afirmam que dirigiu Goiás como se fora uma grande fazenda de sua propriedade. Somente foi afastado do poder quando o movimento renovador de 1930 tornou-se vitorioso. Em Goiás, seu grande opositor foi o médico Pedro Ludovico Teixeira.
Goiás Antes da Revolução de 30 e Estrada de Ferro As três primeiras décadas do século XX não modificam substancialmente a situação a que Goiás regredira como conseqüência de decadência da mineração no fim do século XVIII. Continuava sendo um Estado isolado, pouco povoado, quase integralmente rural. Com o propósito de dotar o estado de Goiás de reais condições de transporte ferroviário, visando integrá-lo ao resto do Brasil, surge em 1873 um decreto do governo Imperial para que tal 14 situação fosse concretizada. Dessa maneira, o então presidente da província goiana Antero Cícero de Assis foi autorizado a contratar a construção de uma estrada de ferro para ligar a cidade de Goiás, ora capital de Goiás, à margem do rio Vermelho, partindo da estrada de ferro Mogiana, em Minas Gerais.
História e Geografia de Goiás Professor PH A construção da Estra de Ferro foi o primeiro passo na urbanização e na expansão do capitalismo em Goiás no início do século XX. Em 1886 a Estrada de Ferro Mogiana chegou até Araguari (MG). Os trabalhos da construção da da Estrada de Ferro de Goiás tiveram início no começo do século XX. Já em 1912 chegavam à cidade goiana de Goiandira (onde foi inaugurada em 1913). Até o ano de 1952, a ferrovia percorria com seus trilhos, aproximadamente, 480 quilômetros, chegando ao seu ponto mais distante em Goiânia. No total, 30 estações à estrada, onde se destacavam as de: Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira (ponto de ligação com a rede mineira), Ipameri, Roncador, Pires do Rio, Engenho Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões e Goiânia. Atualmente, o território goiano é servido por 685 Km de trilhos, pertencentes à Ferrvia Centro-Atlantica, subsidiária da Cvrd e sucessora da antiga Estrada de Ferro de Goiás e da RFF. Essa empresa ferroviária percorre com seus trilhos a região sudeste do Estado, passando por Catalão, Ipameri, Leopoldo de Bulhões, chegando até Anápolis (Porto Seco), Senador Canedo e indo até a Capital Federal. A Centro-Atlantica promove o escoamento de boa parte da produção goiana (soja, álcool, acúcar e açucar).
Regime Propriedade: Classes Sociais Inexistia uma classe de pequenos proprietários dedicados à lavoura ou à pecuária. Em todo o estado encontramos as propriedades em mãos de poucas famílias aparentadas entre si. Dentro dessa grande propriedade, trabalhavam e viviam seus dependentes; sitiantes, vaqueiros, meeiros, camaradas, jagunços, etc., num sistema patriarcal, herdado do período colonial. A diferença mais profunda encontrava-se no prestígio e no poder. Não existindo uma economia monetária regulamentada pelo poder central. Trabalhar para alguém não significava simplesmente um contrato de serviço prestado e salário recebido, era principalmente o estabelecimento de um laço pessoal, de confiança mútua e de dependência pessoal. O empregado tomava-se assim “homem do patrão”, num sentido real, embora sem o formalismo e sem a ideologia do antigo feudalismo. Quase poderíamos dizer que o governo só exercia sua jurisdição na capital; os coronéis, o vigário e o juiz (este último mais dependente do governo) eram mantenedores da ordem social. As distâncias, a pobreza de meios econômicos, a carência de um corpo de funcionários adequado, são as causas principais deste enfraquecimento do poder central do Estado.
A Revolução de 30 e a Construção de Goiânia A Revolução de 30 embora sem raízes próprias em Goiás, teve uma significação profunda para o Estado. É o marco de uma nova etapa histórica para o Estado. Esta transformação não se operou, imediatamente, no campo social, mas abalou o campo político drasticamente (fim do caiadismo e início do ludoviquismo). Não foi popular nem sequer uma revolução de minorias com objetivos sociais. A consciência social não havia atingido tal ponto e faltava organização de classe. Foi feita por grupos heterogêneas da classe dominante descontente (MG e RS), de militares (grupo tenentista) e das classes médias, sem uma ideologia determinada e coerente, aglutinados por sua repulsa à ordem política estabelecida na República Oligárquica. A Revolução não provocou nenhuma mudança social. Mas sem dúvida trouxe uma renovação política, com transformações profundas e decisivas no estilo de governo. O governo passou a propor como objetivo primordial o desenvolvimento do Estado de Goiás, que foi marcado pela construção de Goiânia. O principal objetivo do governo provisório de Getúlio Vargas (1930-34) foi o esfacelamento do poder local dos coronéis e o fortalecimento do Estado Nacional. A construção de Goiânia, pelas energias que mobilizou, pela abertura de vias de comunicação que a acompanharam o crescimento, e pela divulgação do Estado no país. E isso foi o ponto de partida dessa nova etapa histórica. A participação efetiva de Goiás na Revolução limitou-se à ação pessoal do Dr. Pedro Ludovico Teixeira. Pedro L. Teixeira nasceu na cidade de Goiás(encravada nas encostas da Serra Dourada e dos morros São Francisco, Lajes e Cantagalo, a Cidade de Goiás, antiga Vila boa, resiste à memória do tempo, mostrando aos olhos de hoje suas bicentenárias calçadas de pedras e casas coloniais de parede-meia, naquela solidariedade que se estende aos fundos dos pomares, sempre 15 alimentados por becos ancestrais), então capital do estado de Goiás, em 23 de outubro de 1891, filho do médico João Teixeira Álvares e de Josefina Ludovico de Almeida. Cursou o 2 grau no Liceu de Goiás. Transferiu-se para o Rio de Janeiro e bacharelou-se em Medicina.
História e G ografia de Goi s Prof essor P Re ornou a Goiás em março de 1916, fixando re idência em Bela Vista, onde começou a clinicar. E 1917 mud u-se para io Verde(G ) e no ano seguinte casou com G rcina Borges Teixeira, que era filha do senador M rtins Borges. Tiveram seis filhos: Mauro, Lívi , Pedro Lu ovico Júnior, Paulo, Antônio Goianio B rges Teixei a. Pedro Ludovico foi u dos fundadores do jo nal O Sertão, mais tarde de ominado O Sudoeste. urante set anos tinha lutado na posição ao coronelismo e Rio Verde. Ao articular-se o movimento revolucionário, le entrou o esquema mantendo-se e contato com os cent os revoluci nários de inas (como na Coluna Mineira de 27 de outubro de 1930). Desmantelado movimento, Pedro Ludovico foi p eso por 14 dias. Quan o ele estava sen o conduzid para Goiá , juntamente com os demais presos, chegou a noticia da itória da Revoluç o de 1930. Ap s a Revolução de 30, Goiás foi governado por arlos Pinheiros Chagas entre 27 e 30 de outubro de 1930, quando assumiu uma Junta Provisória f rmada por Mário Caiado, Pedro Lu ovíco e Emílio Fr ncisco Póv a(de 30 de outubro a 23 de nove bro de 193 ). E em 2 de novem ro de 1930 Pedr Ludovico T ixeira foi indicado, por Getúlio Var as, como I terventor de Goiás.
Governo de P dro Ludo ico Teix ira (1930 45)
Pe ro Ludovic , no cerrado goiano (onde hoje é o centro de Goiânia), operário trabalhando na const ução de G iânia (repare nas más instalações) e a construção
Mudança da C apital A udança da capital de oiás estava inserida no plano de G tulio Vargas, a “March para o Oeste”, que visava entre outr s aspectos: A ocupaç o do interi r do Brasil com a aç o de imigrantes, a valorização das terr s através e sua distribuição à p sseiros, de ender o território nacional ( través do nacionalismo), expandir o capitalismo que estava cent ado somente no Sudeste do país, dimin ir e eliminar a oposiçã das oligar uias locais( oronéis). Havia também, o desejo ampliar e incentivar a economia gro-export dora de G iás e diminuir a diferenças econômicas entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste. ara isso, Getulio 16 Vargas pre isava de u a base de apoio política goiana, f i quando in icou Pedro Ludovico Teixeira como inter entor de G iás, já que ele era inimigo político os Caiados.
História
Geog afia de Goiás Profess r PH
Av. Goiás Para governar de acordo com o propósitos de Vargas, Pedro só t ve uma alt rnativa que foi a transferên ia da capital, para um local distante dos mandos e desmandos da família do Caia os, que co trolava a região da cidade de Goiá , desde 191 2, como u a de suas ropriedade rurais particular. Contudo veio a idéia d mudança a capital g iana. Essa mudança só foi possível com o apoio polí ico econômiico e militar do governo federal.
Pedro Ludo ico e Getúlio Vargas(no início da construção de Goiânia) e a Av. Goiás em 1934.
tapas da Construç ão de G iânia (Feita Por Pedro L. Tei eira) O Brasil ê Goiânia ascer 19 3...1942 Trechos e um relat rio que Pe ro Ludovico envia a Ge úlio Vargas, em 1933, com o objetivo e convenc r o presidente da imp rtância de udar a ca ital do Est do da cida e de Goiás para outra regiã . Neste rela tório Pedro Ludovico m stra os pro lemas da antiga capital de Goiás. De: P e d r L u d o v i co Para: G e t l i o V a r g a 17
Rede de sgotos “A cidade de Goiás se assenta to a ela em t rreno roch so, de perf ração difícil, quase im possí vel, porque exige o e prego de dinamite. Em muitos po tos urbanos, mesmo nos centrais,
História e Geografia de Goiás Professor PH sobrepondo-se ao nível das ruas, se vêem pedras enormes que não podem ser removidas nem rebentadas. Não são susceptíveis de remoção porque nenhuma força dominada pelo homem as removeria. E não podem ser rebentadas porque as cargas de dinamite que seriam necessárias estenderiam os efeitos danificadores de suas explosões às habitações vizinhas. São saliências visíveis do colossal rochedo calcário em que foi plantada a velha cidade do Anhanguera. A perfuração de cisternas é tarefa a um tempo temerária e penosa, porque a coesão da rocha só capitula mediante a intervenção estilhaçadora da dinamite. (...) De onde se conclui quanto difícil é, sobretudo, quanto dispendiosa seria a construção de rede de esgotos nesta capital. E como pode uma cidade ser limpa, higiênica, habitável sem possuir um sistema de galerias subterrâneas para o esgotamento dos detritos, águas servidas e matérias fecais? E mais: se realizasse a captação e a canalização de água em volume suficiente para atender às necessidades da população da cidade de Goiás como se poderia construir, com os poucos recursos da municipalidade, ainda que auxiliada pelo Estado, a obra complementar, no caso a rede de esgotos, que, a ser traçada e realizada como a exigem as condições do centro urbano, imporia um dispêndio talvez superior a 2.000 contos? Houve um técnico que orçou, em tempos, os serviços de água e esgotos da capital em 3.000 contos, soma absurda se atentarmos para a circunstância de que a população da capital, toda centralizada numa pequena área, compõe-se apenas de 8.256 habitantes. Falta de água
O problema do abastecimento de água permanece insolúvel, tal como em 1890, tal como sempre. Toda a água potável, consumida pela população da Capital, é transportada na cabeça em potes é fornecida pelas duas únicas e pobres fontes existentes, que ainda são as mesmas mandadas levantar, a 60 anos, pelo capitão e general d. José de Almeida Vasconcelos – a histórica Fonte da Carioca, antigamente chamada Cambaúba, construída em 1772, no primeiro ano, e não menos histórico Chafariz do Largo da Cadeia, construído em 1778, no ultimo ano de governo daquele capitão(...) . É muito comum, em todas as cidades que não têm água canalizada, o expediente primitivo de recorrer a população à abertura de cisternas para se prover de água potável. Nesta capital, nem desse recurso se pode valer a população, ainda que a maioria das casas tenha cisterna. È que aqui a água de poço é absolutamente impotável, devido à abundancia de carbonato de cálcio que lhe adicionam as rochas calcárias que formam o subsolo da cidade. Rara é a cisterna que não tenha aberto na pedra viva, a dinamite. Em alguns pontos centrais do perímetro urbano, as águas dos poços não são utilizados nem para banhos, porque, além do carbonato de cálcio, contêm outras substâncias que as tornam viscosas, neutralizam a ação química do sabão e provocam sensação desagradável na epiderme.(...) A contingência secular de necessitar a população de um exército de baldeadores de água, deu lugar a que surgisse uma estranha instituição nitidamente local – o bobo. Caracteriza-se esta instituição pela tendência comum, verificável em muitas das famílias goianas, de manter cada uma delas um bobo – mentecapto, idiota, imbecil – para o serviço de transportes domésticos, especialmente o de água. Há numerosas famílias que se beneficiam dos serviços desses deserdados da sorte, transformando-os em escravos irremissíveis, a troco dos restos de comida e de um canto para dormir, não raro entre os animais domésticos. Contam-se às dezenas, nesta capital, os infelizes classificáveis no extenso grupo patológico dos débeis mentais, desde os imbecis natos até os cretinizados pela miséria física ou adquiridas, os quais, como verdadeiras máquinas, se esbofam nos trabalhos caseiros das famílias que os acolhem. Entre os elementos mais indispensáveis à fundação e desenvolvimento de um centro urbano figura a água. Sem tal elemento ao alcance dos habitantes de uma cidade, a qualquer hora do dia ou da noite, nos mais elevados pavimentos dos prédios, ela deixa de realizar um dos principais requisitos estabelecidos pela vida moderna. O consumo d’água tem crescido nos últimos anos nas aglomerações humanas civilizadas. É que as cidades tendem a ser cada vez mais limpas. Além do aumento do seu consumo no interior das habitações, verifica-se também um maior gasto nos logradouros públicos nos jardins e parques.(...) Não alimentamos sentimentos contrários à velha capital. Nascido aqui, criado aqui, educado no Liceu de Goiás, preso portanto à cidade pelos laços afetivos que se estabelecem geralmente entre o homem e a sua terra natal, se considerações de ordem sentimental pudessem influir em nosso ânimo, relativamente ao caso da mudança, é claro que a nossa opinião seria contrária à mesma, tanto mais pelo motivo de que ela fere profundamente os interesses de muitos membros de nossa família, assim como os de numerosos amigos. O local escolhido
O local que se destina à fundação da nova capital foi escolhido por comissão composta dos senhores d. Emanuel Gomes de Oliveira, revmo. Arcebispo de Goiás, cel. Pirineus de Sousa, conceituadíssimo oficial no Exército, comandante do 6 o Batalhão de Caçadores, de Ipameri, dr. Laudelino Gomes, médico, diretor-geral do Serviço Sanitário do Estado, sr. Antonio Augusto de Santana,
História e Geografia de Goiás Professor PH comerciante estabelecido nesta capital, e dr. Colemar Natal e Silva, advogado, o qual funcionou como secretário da comissão. (...) Clima
Tratemos agora do clima, o qual se pode classificar de excelente, a julgar pelo que observei e se me informou a respeito. O clima é determinado principalmente pelos seguintes elementos: latitude, altitude, direção dos ventos, condições topográficas, geológicas e hidrográficas do terreno. Se a latitude é baixa em Campinas, influindo tal circunstância para as temperaturas altas, em compensação a altitude é nos lugares de cota inferior superior a 700 metros, o que influi sobremodo para que a coluna termométrica indique, nos dias mais quentes, graus perfeitamente suportáveis.(...) Condições topográficas
Com relação às condições topográficas, nada, de fato, pude observar contra a escolha feita. Os terrenos se estendem em torno da velha e pequena cidade de Campinas, apresentando até pontos bem afastados, as mais suaves ondulações. Os acidentes topográficos nenhuma dificuldade oferecem que se oponha ao traçado moderno. As avenidas e ruas podem ser orientadas do modo mais favorável sem que isso dê lugar a dispendiosas obras de terraplanagem. (...) A vitalidade da idéia
Há outros fatores responsáveis pelo atraso de Goiás. Negá-los, para atirar toda a carga à velha capital goiana, seria atitude unilateral e vesga, que jamais perfilharíamos. Mas o fator flagrante, o que se apresenta em primeiro plano, o imediato é, inquestionavelmente, a incapacidade da capital atual para impulsionar o progresso do Estado. E como o poderá fazer uma cidade que, com duzentos e tantos anos de existência, apoiada na situação ímpar de capital, ainda hoje não existe paralelo, já não dizemos com as outras capitais, porque isso pareceria gracejo, mas com qualquer cidadezinha obscura, que possua 10.000 habitantes, água canalizada, rede de esgotos e casas de diversões? Como poderia dirigir e acionar o desenvolvimento do colossal território goiano uma cidade como Goiás, isolada, trancada pela tradição e pelas próprias condições topográficas ao progresso, e que em meio século não dá um passo para a frente, não se mexe, não se remoça, não resolve um só dos seus problemas? (...) Eis porque, arrostando trabalhosa mas resolutamente as mil dificuldades previstas e imprevistas, nos encontramos tête à tête com o problema da mudança da capital, disposto a resolvê-lo e convencido de que o resolveremos, tanto nos encorajam as suas justas esperanças. A cidade de Goiás foi sede política da Capitania, da Província e do Estado de Goiás, desde 1749 até 1930, quando ocorreu a transferência para Goiânia.Mas Pedro Ludovico não foi o primeiro governante a pensar na mudança da capital; em 1754, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal, o governador Conde dos Arcos(D. Marcos de Noronha), responsável pela primeira administração de Goiás naquela época, escreveu ao governo português falando que seria melhor transferir a capital, já na categoria de Vila Boa desde 1736, para o Arraial de Meia Ponte(Pirenópolis). O Conde achava que a Vila tinha problemas climáticos e de comunicação. Mas o governo português não quis saber disso, pois para que ocorresse a transferência era preciso bastante investimento. Em 1830, Miguel Lino de Morais, que foi o segundo presidente da Província de Goiás no período do Império, expressou seu desejo de fazer a mudança da capital para Água Quente, porque , de acordo com ele, esse era o local mais promissor, uma região mais povoada e seu comércio era mais intenso. Ao contrário da capital que, segundo ele, tinha uma estrutura sanitária ruim e um sistema de transporte deficiente. Contudo, em 1890, Rodolfo Gustavo da Paixão, presidente do Estado, criticava a cidade de Goiás e sua falta de infra-estrutura.Portanto, em 1891, surgiu um anteprojeto que indicava que a cidade de Goiás continuaria como capital até que a Assembléia encontrasse meios de deliberar sua transferência. Mas o que importa é que Pedro Ludovico foi primeiro e o desejar e conseguir concretizar a mudança da capital para onde hoje é Goiânia. O interventor, na seqüência natural das diversas fases da iniciativa, continuava a tomar providências a respeito da edificação da cidade. Em 20 de dezembro de 1932, foi assinado o Decreto nº 2737, nomeando uma comissão que, sob a presidência de de Dom Emanuel Gomes de Oliveira, então bispo de Goiás, escolhesse o local onde seria edificada a nova Capital do Estado. O parecer foi favorável a campinas, nas proximidades de Serrinha. O relatório da Comissão, depois de submetido ao parecer dos engenheiros Armando Augusto de Godói, Benedito Neto de Velasco e Américo de Carvalho Ramos, foi encaminhado ao Chefe do Governo Estadual, apesar da forte campanha antimudancista. 19 O Decreto nº 3359, de 18 de maio de 1933, determinou que a região, às margens do córrego Botafogo, compreendida pelas fazendas denominadas “Criméia”, “Vaca Brava” e “Botafogo”, no então Municipio de Campinas, fosse escolhida para ser edificada a Nova Capital. Entre outras medidas, enumerava o ato que a transferência se operasse no prazo máximo de dois anos.
História e Geografia de Goiás Professor PH Dessa forma, nas proximidades de Anápolis, onde logo chegariam os trilhos da estrada de ferro, teve início a construção daquela que viria a ser a cidade de Goiânia. Designado o dia 27 de maio de 1933, para início dos trabalhos de prearo do terreno, e com o lançamento da pedra fundamental em 24 de outubro de 1933 e foi inaugurada em 1942. A 06 de julho de 1933 baixou um decreto encarregando o urbanista Atílio Correia Lima, representante da firma carioca P. Antunes Ribeiro e Cia, da elaboração do projeto para a construção da nova capital de Goiás, mediante o pagamento de Cr$ 55.000,00. Situado em região de topografia quase plana, o território surge como degrau de acesso às terras mais elevadas do Brasil Central. O rio Meia Ponte e seus afluentes, entre os quais se destaca o ribeirão João Leite, constituem a rede hidrográfica de Goiânia. Clima mesotérmico e úmido. Temperatura média anual de 21,9 graus, devido a influência de altitude. Formado na Suíça e na França, de onde acabara de voltar, o urbanista Armando de Godoi assina em 1935 o plano diretor da nova capital, um projeto estilo monumental, baseado nos mesmos princípios adotados em Versailles, Kalrsruhe e Washington. O plano tinha como referencia o projeto original da cidade, idealizado em 1933, por outro urbanista, Atílio Corrêia Lima, também autor do projeto de prédios importantes, como o Palácio das Esmeraldas. Foi um grande falatório: desvario dos modernistas planejar uma cidade para 15 mil habitantes, quando a antiga capital, dois séculos depois de fundada, contava com apenas 9 mil moradores.Topografia, zoneamento e sistema de tráfego são os aspecto que norteiam o arrojado projeto. Destaque para a Praça Cívica, sede do Centro Administrativo, de onde se irradiam as grandes avenidas( Av Goiás, Araguaia e Tocantins) A 24 de outubro de 1933 — como homenagem à Revolução de 30 — teve lugar o lançamento da pedra fundamental. A partir deste momento. a construção de Goiânia progrediu rapidamente. A 7 de novembro de 1935 realizou-se a “mudança provisória”: o governador - Pedro Ludovíco -deixou Goiás, para fixar sua residência em Goiânia. Nesta data, em 1935, foi criado o município de Goiânia, que teve seu primeiro prefeito, nomeado pelo governador Pedro Ludovico, Venerando de Freitas Borges. Em Goiás ficaram ainda a Câmara e o Judiciário. A mudança definitiva, teve lugar em 23 de março de 1937, pelo Dereto nº 1816, quando os principais edifícios públicos já estavam concluídos, embora a cidade, do ponto de vista urbanístico, ainda se encontrasse em seus começos. O Baismo Cultural só ocorreu a 5 de julho de 1942, em solenidade realizada no recinto do Cine-Teatro Goiânia, com a presença de representantes do governo federal, dos estados e de todos os municípios goianos. Planejada para 50 mil habitantes, Goiânia tem hoje uma população 1.083.396 habitantes, de acordo com os dados do IBGE, com base no Censo realizado em 2000. Pedro Ludovico, a partir de 1935, exerceu constitucionalmente o cargo de governador até o golpe do Estado Novo, quando voltou a ser interventor federal até a queda de Getúlio Vargas. Pedro governara Goiás novamente de 1951/54, dessa vez eleito pelo povo através do voto direto.
Dados Gerais Goiânia, capital do Estado de Goiás, foi fundada em 24 de outubro de 1933, por Pedro Ludovico Teixeira. São feriados municipais os dias 24 de outubro (aniversário da cidade) e 24 de maio (padroeira de Goiânia - Nossa Senhora Auxiliadora). A tensão elétrica local é 220 Volts, a frequência é 60 Hertz, e o CEP é 74000-000, diferenciando-se por regiões, bairros e setores da cidade. Situado na Mesorregião centro goiano e na Microrregião de Goiânia, o município de Goiânia é limitado ao norte pelos municípios de Goianira, Nerópolis e Goianápolis; ao sul, pelo de Aparecida de Goiânia; a leste, pelo de Bela Vista de Goiás; e a oeste, pelos de Goianira e Trindade. O Centro Administrativo Municipal está localizado na Avenida do Cerrado, nº. 999, Parque Lozandes, CEP: 74884-092, na região sudeste da cidade. Situado em uma região de topografia quase plana, o território surge como um degrau de acesso às terras mais elevadas do Brasil Central. O Rio Meia Ponte e seus afluentes, entre os quais se destaca o Ribeirão João Leite, constituem a rede hidrográfica de Goiânia. O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima 20 absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.
História
Geog afia de Goiás Profess r PH
Situada o coração o Brasil, G iânia fica próxima da Capital Fede al e pratica ente equi distante de todo os outros estados brasileiros. f cil chegar Goiânia e mais fácil ainda apaixo nar- e por ela. Nove meses de sol por ano, centenas de praças floridas, ru s arborizadas, limpas e bem iluminadas, com um dos melhores istemas de transporte oletivo do aís e uma ente bonita e ac lhedora faz m o visitante se sentir em casa.
Bandeira de Goiânia
Retângulo verde, di idido por oito faixas b ancas carregadas de sobre-faíscas vermelhas, disp stas duas a duas, no s ntido horiz ntal e verti al. No cent o, em retâ gulo branc , aplicado o bras o: escudo o 1º estilo introduzido em Portugal trazido para o Brasil. o escudo: oroa mural, com oito torres, sendo cinco visíveis. A or verde d escudo si boliza a vit ria, a honr , a cortesia civili ada, a alegria e a abundância. A fl r de lís, no centro do e scudo, é o ímbolo do oder. A fai xa e treita e on ulada, de f ente, simboliza o córre o Botafogo, às margens do qual f i construída Goiâ ia. De um lado, o bandeirante lem ra o Anhanguera; do o tro, o gari peiro. Na f ixa maior, frase: "PE A GRANDE A DA P TRIA" O Brasã representa o Governo unicipal.
refeitos e Goiâni Vene ando de Frei as Borges
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História e G ografia de Goi s Prof essor P Estudos: ontabilidad , Escolas P ofissionais Profissão: Contador, rofessor e Jornalista. Nascimen o: 22 de julho de 1907, Anápolis, Residênci : Goiânia. Filiação: J ão de Freit s e Custódia Carolina Cônjuge: aria José de Araújo. Filhos: Eclair, Carlos, ize, Hírcio, Dila e Luis Vida Políti a e Parlam nta
a) Primeiro prefeito e Goiânia, cargo té 05.11.1 45. b) Secretário da Faz nda, nas I imbra Bueno toma posse. c) Prefeito, eleito, de Goiânia, P d) Deput do Estadual, PSD, 3.ª e) Deput do Estadual, PSD, 4.ª f) Conselheiro do Tribunal de C Legisl tura.
alesianas, ão Paulo, 1926. O. orges. oberto.
nomeado por Pedro Ludovico em 7.11.1935, mantendo-se no terventoria , de fevereiiro de 1946 a abril de 947, quando CoD, 1951-1955. egislatura, 1955-1959. egislatura, 1959-1963. ntas do Estado de Goiás, nomeado em 1963, o término a 4.ª
Outras Informações:
a) Colab rou com os jornais ‘Correio Official’ e ‘Voz do Povo’, sob pseudônimo. iretor e Re atorChefe do “O Comércio”, jornal que circulo na antiga apital em 934. b) Um dos fundadores da Associ ção Goiana de Imprensa. c) Direto dos Diário Associados de Goiás. d) Conta or do Estado de Goiás. e) Superintendente da Federaçã das Indúst ias do Esta o de Goiás – FIEG. f) Memb o da Acade ia Goiana e Letras e o Instituto Histórico e eográfico e Goiás.
Publicaçã :
“Dobras do Tempo”. “Samburá”.. Falecimento: 16 de janeiro de 19 4, em Goiânia.
1º ‐ Venerando de Freitas Borges.
No eado pelo Interventor Pedro Ludovico Teixeir , aos 28 a os, viria a er o prefeito que ficou mais tempo no c mando da idade — 14 anos (20/ 1/1935 a 05/11/45). Viu a pop lação da Capital riplicar cinco anos depois da criaçã , em 1940(48.166 habitantes), se undo o IBGE. Em 1942, seriam 52 mil. mpenhou-se em ofere er infra-estrutura à nova cidade e teve dificuldades em supera a falta de energia elétrica e asfalto. Em 1935, qua do o jovem jornalista enerando d Freitas Borges foi lev do à prese ça de Pedro Ludovico, isso p r causa dos seus artigos publicad s no jornal Correio Ofi ial em defesa da 22 mudança da capital, ele pergunto ao interventor se havia alguma condição para que ele f sse o primeiro p efeito de Goiânia. "Si , a de que não se roube na pref itura. Não gosto de la rão", disse Pedr . Só que o futuro pref ito também impôs a s a: "Pois be , doutor Pedro, eu ta bém tenho uma condição: não aceito q e me bote cabresto”.
História e Geografia de Goiás Professor PH 2º ‐ Ismerindo Soares de Carvalho 09‐11‐1945 a 17‐02‐1946.
Assumiu por apenas três meses, nomeado pelo interventor Eládio de Amorim, e voltaria à prefeitura mais tarde, ficando também por menos de um ano. 3º - Orivaldo Borges Leão 18-02-1946 a 25-03-1947. Nomeado pelo interventor Filipe Antônio Xavier de Barros, ficou menos de um ano à frente da administração municipal. 4º - Ismerindo Soares de Carvalho 26-03-1947 a 06-11-1947. Nomeado pelo interventor Jerônimo Coimbra Bueno, ficou pouco temo no poder. 5º - Eurico Viana 06-11-1947 a 30-01-1951. Primeiro prefeito eleito pelo voto universal e direto. Trabalhara como engenheiro em Rio Verde e na Cidade de Goiás. Trabalhou ainda nas obras de construção de Goiânia e investiu na infraestrutura. 6º - Venerando de Freitas Borges 31-01-1951 a 31-01-1955. Pelo voto, volta à prefeitura, pelo PSD, e continua sua administração visando ao desenvolvimento. 7º - Messias de Souza Costa 02-02-1955 a 05-03-1955. Presidente da Câmara na terceira legislatura, assumiu interinamente por menos de um mês, pelo PSD. 8º - João de Paula Teixeira Filho 05-03-1955 a 31-01-1959. Conhecido como Parateca, foi eleito pelo PTB. Profissional de fotografia, chegou a Goiânia em 1939, para documentar imagens dos primeiros tempos da cidade. Foi vereador por quatro mandatos. Atendeu a zona rural do município, construindo estradas e açudes e fundou novas escolas no campo. Preocupou-se com o que iria se tornar depois a Grande Goiânia, implantou novo sistema de arborização, pavimentou ruas de Campinas, instituiu o sistema de tributação sobre imóveis e racionalizou a arrecadação. 9º - Jaime Câmara 31-01-1959 a 31-01-1961. Pioneiro na comunicação em Goiânia, tornou-se candidato natural do partido situacionista, o PSD, à prefeitura, pois havia passado pela Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), que tinha envolvimento grande com a cidade. Muito entrosado com o governador José Feliciano, conduziu-se n a administração municipal contando sempre com o apoio da esfera estadual e pôde cuidar bem dos serviços essenciais durante o mandato-tampão de dois anos. 10º - Hélio Seixo de Britto 31-01-1961 a 31-01-1966. Eleito pela UDN, médico e político de grande senso ético e profunda integridade, militante nas antigas oposições. Foi o responsável pela conquista da autonomia da prefeitura. Desde a criação, a esfera estadual assumiu a maior parte das responsabilidades em relação à cidade. Levantou essa bandeira como sua maior prioridade. Promoveu ampla reestruturação administrativa. No final de 1961, um decreto do governador Mauro Borges transferia à competência da prefeitura os assuntos de urbanismo, conservação da cidade e cadastro imobiliário. Hélio reequipou a prefeitura, renovando a frota e o maquinário e criou as secretarias municipais. 11º - Íris Rezende Machado 31-01-1966 a 20-10-1969. Eleito pelo MDB, carismático e populista, implantou o sistema de mutirão para a realização de muitas obras, inclusive a nova sede da prefeitura na Praça Cívica. Sem problemas maiores no relacionamento com a Câmara, pois tinha sido vereador por duas vezes, e desfrutando agora das prerrogativas da autonomia obtida na gestão de Hélio, Íris teve saldo de realizações apreciável. Foram abertas e pavimentadas novas avenidas, construídas praças e o Parque Mutirama, ampliou-se a rede municipal de ensino. Decisão da junta militar que governava o País suspendeu os direitos políticos e cassou seu mandato em 1969. 12º - Leonino Di Ramos Caiado 22-10-1969 a 30-06-1970. Indicado pelo regime militar (governador Otávio Lage de Siqueira pela ARENA). Até 1985, os prefeitos das capitais, por imposição do regime, passariam a ser indicados de forma indireta. Saiu para assumir o governo de Goiás – indicado pelo general Emílio Médici. 13º - Manoel dos Reis e Silva 02-07-1970 a 14-04-1974. Médico, foi presidente do BEG em 1965, até ser nomeado, pelo governador Otávio Lage de Siqueira pela ARENA, para a prefeitura de Goiânia. Demonstrou muito fôlego com programas de obras disseminados por toda a cidade. A antiga tendência de privilegiar o Centro e os bairros chamados nobres foi substituída pela descentralização dos benefícios, como obras de pavimentação e iluminação pública. Foi o idealizador do programa “Prefeitura nos Bairros”. 14º - Rubens Vieira Guerra 27-05-1974 a 21-03-1975. Engenheiro, que estava no comando da Secretaria de Planejamento do Estado, depois de ter sido presidente da Saneago. Formado em Engenharia Civil pela UFG, destacou-se como profissional23 na área. Havia sido chefe da Sevop, em 1958. Foi diretor técnico da Suplan. Foi nomeado pelo governador Leonino Di Ramos Caiado, ela ARENA, prefeitura de Goiânia. 15º - Francisco de Freitas Castro 21-03-1975 a 17-05-1978.
História e Geografia de Goiás Professor PH Atuou com destaque no ramo de supermercados. Em 1974, foi eleito deputado estadual, e um ano depois, nomeado pelo governador Irapuan Costa Júnior ela ARENA, para prefeito. Encontrou a prefeitura de Goiânia com problemas orçamentários e financeiros e promoveu, para superá-los, um exercício de intensificação fiscal, levantando a receita e enxugando a máquina. Em sua administração, destacam-se o asfaltamento de grande parte das linhas de ônibus e a reforma da Avenida Goiás, com construção do calçadão. 16º - Hélio Mauro Umbelino Lobo 17-05-1978 a 10-04-1979. Nomeado pelo governador Irauan Costa Júnior, pela ARENA. Era deputado federal e havia sido, no governo Leonino Caiado, secretário de Educação. Foi o primeiro goianiense a chegar ao cargo de prefeito. Se preocupou com a questão ambiental, restaurar pontos e equipamentos urbanísticos originais, refazer áreas verdes que haviam sido reduzidas. O coreto original da Praça Cívica retomou a originalidade em sua gestão, infundiu mais qualidade ao serviço de limpeza urbana e à coleta do lixo e melhorou a iluminação pública. Acrescentou cerca de 200 mil metros quadrados de asfalto. Promoveu ainda ampla reforma do Lago das Rosas. 17º - Daniel Antônio de Oliveira 10-04-1979 a 30-06-1979. O governador Ary Valadão indicou o nome de Rogério Gouthier Fiúza para o cargo, mas havia resistência na Assembléia Legislativa – que deveria aprovar a indicação. Na condição de presidente da Câmara, o vereador Daniel Antônio teve de assumir interinamente a função por dois meses, pelo MDB. 18º - Índio do Brasil Artiaga Lima 30-06-1979 a 14-05-1982. Fez Direito na UFG, ocupou a presidência da Caixego e do BEG, quando foi nomeado por Ary Valadão a prefeitura de Goiânia, pela ARENA. Fez uma administração planejada. Iniciou a regulamentada revisão do Código de Posturas Urbanas e do Código de Edificações e Obras. Implantou a Área Azul; planejou e instalou os grandes eixos de transporte coletivo, com faixas exclusivas para ônibus (como os eixos Norte-Sul e Anhanguera). Formulou e fez aprovar a Lei de Habitação Popular, criando condições para loteamento de áreas destinadas à população de baixa renda. Antecipou-se a alguns problemas do crescimento da cidade. Deixou o cargo para se submeter à cirurgia nos EUA. 19º - Goianésio Ferreira Lucas 17-05-1982 a 14-03-1983. Médico, nomeado pelo governador Ary Valadão pela ARENA, foi designado para completar a gestão de Índio, que deixou o cargo para se submeter a uma cirurgia. 20º - Daniel Borges Campos 15-03-1983 a 18-03-1983. Assumiu por apenas três dias a prefeitura. 21º - Nion Albernaz 18-03-1983 a 31-12-1985. Indicado pelo governador Íris Rezende pelo PMDB, de quem havia sido secretário quando este passou pela prefeitura. Na história político-administrativa de Goiânia, apenas Venerando exerceu o cargo por mais tempo que Nion, que esteve no comando por 11 anos. Teve como prioridade no primeiro mandato pavimentação de praças, avenidas e ruas, assim como um serviço público decorrente e a iluminação. 22º - Daniel Antônio de Oliveira 01-01-1986 a 26-03-1987. Primeiro prefeito e Goiânia eleito diretamente após o Golpe de 1964, pelo PMDB. Envolveu-se com política estudantil e acadêmica no Colégio Estadual Professor Pedro Gomes e na Faculdade de Direito da UCG, onde presidiu o Centro Acadêmico Clóvis Bevilácqua. Problemas de relacionamento com diversas áreas o envolveram em uma crise que acabou por afastá-lo. O governador Henrique Santillo promoveu intervenção estadual na administração no dia 2 de março de 1987. O interventor foi Joaquim Roriz, então deputado federal. Ele ficou no cargo de 3 de março de 1987 até 19 de outubro de 1988. Daniel reassumiu em 19 de outubro de 1988 para no dia 1º de janeiro de 1989 passar o cargo a Nion. 23º - Joaquim Domingos Roriz 03- 03 – 1987 a 19 – 10 – 1988. Interventor nomeado pelo governador Henrique Santillo. - Daniel Antônio de Oliveira 19- 10- 1988 a 31- 12- 1988. Reassumiu o cargo e passou à Nion 24º - Nion Albernaz 01-01-1989 a 31-12-1992. Eleito pelo PMDB, preocupou-se com a limpeza da cidade, com o ajardinamento, com as flores, e enfatizou a qualificação dos serviços, a começar pela educação. Considera importante a questão do visual da cidade porque levanta a auto-estima coletiva e estimula civilidade. Também iniciou a construção da Marginal Botafogo. 25º - Darci Accorsi 01-01-1993 a 31-12-1996. Eleito pelo PT, após vários mandatos do PMDB, inseriu uma ruptura no Irismo na prefeitura de Goiânia. Deixou a prefeitura com 94% de aprovação popular. Destacou-se na área ambiental, com 24 a construção do Parque Vaca Brava e preocupação com desenvolvimento sustentável. Goiânia foi considerada à época a 2ª cidade ecologicamente correta do País. 26º - Nion Albernaz 01-01-1997 a 31-12-2000. Eleito pelo PSDB, sua prioridade foi a qualificação dos serviços, especialmente os da saúde pública. 27º - Pedro Wilson 01-01-2001 a 31-12-2004.