2004
Hi s t ó r i a s d e S u c e s s o E xp e r iê nc ia s E m p r e e n d e d o r a s
COPYRIGHT CO PYRIGHT © 20 04 , SEBR SEBRA AE – SER SERVIÇO DE APO POIO IO ÀS MICRO MICRO E PEQUENAS PEQUENAS EMPRES EMPRESA AS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.
SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas President Presidentee d o Conselho Deliberativ Deliberativoo Nacional Nacional Armando Monteiro Neto Diretor-Presidente Silvano Gianni Diretor de Administração e Finanças Paulo Tarciso Okamotto Diretor Diretor Técnico Luiz Carlos Barboza Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes Gustavo Henrique de Faria Morelli Gerente da Unidade de Inovação e Acesso à Tecnologia Paulo César Rezende de Carvalho Alvim Coordenação d o Projeto Desenvolvendo Desenvolvendo Casos de Sucesso Renata Barbosa de Araújo Duarte Comitê Gestor do Projeto Desenvolvendo Desenvolvendo Casos Casos de Sucesso Cezar Ceza r Kirsz Kirszen enbb latt, lat t, SEBR SEBRA AE/R E/ RJ; Dan Da niela Almeid Alme idaa Teixeira, Teixe ira, SEBR SEBRAE/ AE/ MG; Mara Mara Regin Reg inaa Ve Ve it, SEBR SEBRA AE/M E/ MG; Renata Maurício Macedo Cabral, SEBRAE/RJ; Rosana Carla de Figueiredo Lima, SEBRAE Nacional Orientação Metodo lógi lógica ca Daniela Abrantes Serpa – M.Sc., Sandra Regina H. Mariano – D.Sc., Verônica Feder Mayer – M.Sc. Diagramação Adesign Produção Editorial Buscato Informação Corporativa
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Hist Históri órias as de suces sucesso: so: experiênci experiências as empreendedoras empreendedoras / Organi Organizado zado por Renata Barbosa de Araújo Duarte – Brasília: Sebrae, 2004. 292 p. : il. – (Casos de Sucesso, v.3) Publicação originada do projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso do Sistema Sebrae. ISBN 85-7333-387-1 1. Empreendedorismo 2. Estudo de caso 3. Tecnologia 4. Inovação I. Duarte, Renata Barbosa de Araújo II. Série CDU 65.016:001.87
BRASÍLIA SEPN – Quadra 515, Bloco C, Loja 32 – Asa Norte 70.770-900 – Brasília Tel.: (61) 348-7100 – Fax: (61) 347-4120 www.sebrae.com.br
PROJETO DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO OBJETIVO O Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso foi concebido em 2002 a partir das prioridades estratégicas do Sist Sistema ema SEBR SEBRA AE com a finalidad finalidadee de d e diss d issemina eminarr na próp p rópria ria organização, nas instituições de ensino e na sociedade as melhores práticas de empreendedorismo individual e coletivo observadas no âmbito de atuação do SEBRAE e de seus parceiros, estimulando sua multiplicação e fortalecendo a Gestão do Conhecimento do SEBRAE. METODOLOGIA “DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO” A metodologia adotada pelo projeto é uma adaptação do consagrado método de estudos de caso aplicado em Babson College e Harvard Business School, que se baseia na história real de um protagonista, que, em dado contexto, se encontra diante de um problema ou de um dilema que precisa ser solucionado. Esse método estimula o empreendedor, o aluno ou a instituição parceira a vivenciar uma situação real, convidando-o a assumir a perspectiva do protagonista. O LIVRO HISTÓRIAS DE SUCESSO – Edição 2004 Esse trabalho é o resultado de uma das ações do projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso, elaborado por po r colaboradores colaborado res do Sistema Sistema SE SEBRAE, consultores e pro fessores de instituições de ensino parceiras. Esta edição é composta por três volumes, em que se descrevem 76 estudos de casos de empreendedorismo, divididos por área temática: • Volume 1 – Artesanato, Artesanato, Turismo Turismo e Cultura, Emp Empreend reend edo rismo rismo Social Social e Cidadania. idadan ia. • Volume olum e 2 – Agron Agronegó egócios cios e Extrativi Extrativismo, smo, Indústria, Ind ústria, Com Comércio ércio e Serviço. Serviço. • Volume 3 – Dif Difusão Tecnológi ecno lógica, ca, Soluçõe Soluçõess Tecno Tecnológi lógicas, cas, Inovação Inovação,, Empre Empreend end edo rismo rismo e Inovação. DISSEMINAÇÃO DOS CASOS DE SUCESSO DO SEBRAE O site Casos de Sucesso do SEBRAE (www.casosdesucesso.sebrae.com.br) visa divulgar as experiências geradas a partir das diversas situações apresentadas nos casos, bem como suas soluções, tornando-as ao alcance dos meios empresariais e acadêmicos. O site apresenta todos os estudos de caso das edições 2003 e 2004, organizados por área de conhecimento, região, municípios, palavras-chave e contém, ainda, vídeos, fotos, artigos de jornal, que ajudam a compreender o cenário onde os casos se passam. Oferece também um manual com orientações para instrutores, professores e alunos de como utilizar o estudo de caso na sala de aula. As experiências relatadas ilustram iniciativas criativas e empreendedoras no enfrentamento de problemas tipicamente brasileiros, podendo inspirar a disseminação e aplicação dessas soluções em contextos similares. Esses estudos estão em sintonia com a crescente importância que os pequeno peq uenoss negócios negócios vêm adquirindo adquirindo como promotor p romotores es do desenvol d esenvolvi vimento mento e da geração de emprego e renda no Brasil. Boa leitura e aprendizado! Gustavo Morelli Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes Renata Barbosa de Araújo Duarte Coordenadora do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso
HISTÓRIAS DE SUCE SUCESSO SSO – EXPERIÊNC EXPERIÊNCIAS IAS EMPREE EMPREENDEDORAS NDEDORAS
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REDUZINDO A POLUIÇÃO NO SETOR DE PANIFICAÇÃO PARAÍBA MUNICÍPIO: CAMPINA GRANDE
INTRODUÇÃO
N
o dia 20 de fevereiro de 2004, a Panificadora Santiago, localizada no município de Campina Grande, a 120 quilômetros de João Pessoa, capital da Paraíba, recebeu a visita de um funcionário da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), com o objetivo de verificar o cumprimento das normas de emissão de poluentes. A chaminé despejava no ar uma densa fumaça preta, evidenciando o descumprimento da legislação ambiental vigente. A panificadora foi autuada imediatamente e obrigada a recolher, no prazo de 20 dias, uma multa no valor de R$ 6 mil. O dono da panificadora, sr. Arlindo Leal, muito apreensivo, pagou a multa e teve um prazo para resolver o problema da poluição causada por sua panificadora. Os demais empresários do ramo ficaram alarmados, pois estavam todos sujeitos a ser autuados pelo mesmo motivo. Arlindo tinha pouco tempo, mais precisamente 120 dias, para tomar uma decisão sobre a melhor alternativa para adequar a Panificadora Santiago aos padrões ambientais.
Alessandra Martins Teixeira de Carvalho, administradora na Célula de Inovação e Acesso à Tecnologia do SEBRAE/PB, elaborou o estudo de caso sob a orientação da professora Sandra Regina Holanda Mariano, da Universidade Federal Fluminense (UFF), integrando as atividades do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso do SEBRAE.
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a g a r B n o s l i n e r a M
a g a r B n o s l i n e r a M
UTILIZAÇÃO DE FORNOS A LENHA NA MAIORIA DAS PANIFICADORAS
FILTRO INSERIDO NA CHAMINÉ REDUZ CONSIDERAVELMENTE OS GASES TÓXICOS
REDUZINDO A POLUIÇÃO NO SETOR DE PANIFICAÇÃO – SEBRAE/PB
A CHAMINÉ POLUENTE DAS PANIFICADORAS
A
s panificadoras de Campina Grande estavam localizadas no centro da cidade, nos bairros da Prata, Catolé, Ponto Sem Reis e Cruzeiro, onde eram registrados os maiores índices de reclamações sobre poluição impetradas pelas empresas e famílias da vizinhança. Um exemplo disso era a proximidade de uma das panificadoras do centro a uma escola pública e à Faculdade de Administração da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Nesses estabelecimentos, por diversas vezes, os alunos sofreram com a fumaça expelida pelas chaminés das panificadoras, e as aulas tiveram de ser interrompidas por se sentirem sufocados pela ação da substância tóxica contida na fuligem1, que provocava ardor nos olhos, irritação nas narinas e malestar, impossibilitando a permanência em sala de aula. Os problemas enfrentados pela população campinense por conta da fuligem eram conhecidos há algum tempo. Órgãos regulamentadores exigiam que medidas fossem tomadas no intuito de evitar esses problemas. Para se ter uma idéia, de sde o início início do d o ano an o de d e 2003, 2003, haviam haviam sido registradas 32 reclamações, feitas diretamente à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, órgão ligado à prefeitura, sobre o excesso de fumaça preta proveniente de quase todas as panificadoras da cidade. A população exigia que se tomassem providências urgentes para solucionar o problema. Os estabelecimentos estavam sujeitos a sofrer multas e outras penas prescritas pelo órgão. Os maiores maiores problemas de p oluição oluição do ar são são decorrentes d ecorrentes do lançamento de gases tóxicos (dióxido de carbono, monóxido de carbono e enxofre) na atmosfera pelas indústrias ou pelos veículos movidos a petróleo. Além disso, alguns compostos tóxicos são formados no próprio ar a partir tir de elementos elemen tos componentes compon entes dos gases despren didos pel pe las chaminés, chaminés, os quais reagem com elementos da atmosfera na presença de luz. O setor de produção das panificadoras que utilizavam fornos a lenha precisava urgentemente se modernizar tecnologicamente, não só para minimizar a grande quantidade de gás carbônico com fuligem lançada ao meio ambiente, como também para otimizar seus processos produtivo melhorando, assim, a qualidade do meio ambiente e dos serviços. Os problemas gerados ao meio ambiente por essas empresas eram muitos, e as possibilidades de solução, poucas. Um forno elétrico, por 1
É a cinza presente na fumaça causada pela queima de madeira.
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SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
exempl exemp lo, custava custava em média R$ R$ 10 10 mil mil, dep endend end endoo d o tamanho . Seu Seu consumo médio era de R$ 40,00 por dia, gastos com energia para produzir uma fornada de 150 kg de pães. Esses custos compunham a formação do preço do produto. A concorrência no mercado era bastante acirrada. O preço médio do pão era de R$ 0,10. A maioria das panificadoras tinha o pão como seu produto principal, atraindo atraindo o consumidor que, que , muitas vezes, vezes, se dir d iriigia gia p ara comprar comp rar,, além do pão, leite, frios e outros produtos de maior valor agregado, além de serem referenciais no contexto social. Para o sr. Arlindo Leal, “O pão é o que chama as pessoas para a padaria. Ficar sem vender pão quebraria o meu negócio”. Ameaçado de ter fechadas suas portas, encontrar uma solução era questão questão de vida vida ou morte morte do negóci negócio.
DESPOLUINDO PARA MANTER AS PORTAS ABERTAS
E
m dezembro de 2003, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/NR - PB), entidade executora do Programa SEBRAE de Consultoria Tecnológica (Sebraetec), já vinha, por intermédio da Coordenação de Projetos Tecnológicos e de seus consultores, conversando com os panificadores sobre a viabilidade de se implantar um filtro de fuligem. Naquela ocasião, o IEL contatou informalmente o SEBRAE/PB para habilitar uma proposta de implantação dos filtros nas panificadoras com o intuito de obter financiamento e consultoria através do programa. O Sebraetec Sebraetec tem o objeti objetivo de promo ver a melhoria melhoria e a inovação de processos e produtos, visando à incorporação do progresso tecnológico e ao aumento da competitividade dos pequenos negócios. São ações com enfoque nas estratégias de aumento da atividade empreended ora, objeti objetivando vando a sustentabil sustentabilidade e a inclusão nclusão d as micro micro e pe que nas empresas nas políticas de desenvolvimento econômico local. O formato de trabalho do Sebraetec é baseado no financiamento de consultoria ao pequeno negócio. A consultoria é prestada por organizações sem fins lucrativos voltadas às atividades de pesquisa, desenvolvimento e engenharia. O programa atua em projetos de aperfeiçoamento tecnológico, diagnóstico empresarial, clínicas tecnológicas, estudo de viabilidade econômica e 4
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de suporte tecnológico e empresarial. O atendimento é feito às empresas formais e informais dos setores da indústria, agropecuária, comércio, serviços e artesanato. O acesso aos conhecimentos da ciência, tecnologia e inovação é possível por meio de projetos elaborados pelo Sebraetec, que chega a subsidiar até 70% dos custos da consultoria. Em 8 de março de 2004, o IEL apresentou ao SEBRAE uma primeira versão da proposta de modernização tecnológica das panificadoras a serem financiadas com recursos do Sebraetec. Os empresários ficaram, então, aguardando a análise e aprovação da proposta para que a consultoria pudesse ser iniciada e os filtros adaptados à realidade de cada panificadora. A partir de uma solicitação do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Campina Grande (Sindpan/CG) e da Associação dos Panificadores, a engenheira mecânica Eulália Neves, consultora do IEL, desenvolveu um protótipo do filtro, cujo método era de retenção parcial da fuligem emitida pelos fornos a lenha das panificadoras. A consultoria do Sebraetec ajudou a viabilizar, no prazo de três meses, a implantação dos filtros em quatro panificadoras do município. O objetivo desse filtro, que já possuía patente requerida, era reduzir, no mínimo, em 60% os problemas de poluição do ar decorrentes do lançamento de partículas de fuligem na atmosfera pelas indústrias panificadoras, contribuindo para a diminuição do impacto ambiental. O filtro de fuligem era uma tecnologia simplificada de sistema de filtragem de fuligem que possui um custo inferior quando comparado com os filtros existentes no mercado. Seu custo era de R$ 4.600,00, já inclusos a bomba d’água, a instalação e o treinamento do colaborador responsável por sua manutenção. O material utilizado na confecção do filtro foi o aço inoxidável com borrifadores de água. A função do aço inoxidável era aumentar a durabilidade do sistema de filtragem. O filtro era instalado na chaminé das panificadoras. Segundo Sérgio Catão, então presidente do Sindpan/CG e proprietário de uma das panificadoras beneficiadas com a implantação do filtro, mais de 90% das panificadoras da Paraíba trabalhavam com esse tipo de forno. “Na Paraíba, a realidade não é diferente, mas o senso de responsabilidade ambiental nos fez procurar alternativas que gerassem resultados satisfatórios”, diz ele.
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DISSEMINANDO SOLUÇÕES
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experiência das panificadoras em utilizar uma consultoria tecnológica na solução de problemas é uma prática que foi se tornando comum para várias micro e pequenas empresas paraibanas. No caso das panificadoras contempladas com o projeto, o SEBRAE repassou, a fundo perdido, recursos na ordem de R$ 17.997,00, referentes a 70% do valor do projeto, e as panificadoras investiram, em contrapartida R$ 7.713,00, referentes a 30% do valor do projeto. O investimento totalizou R$ 25.710,00. A consultoria tecnológica envolveu o levantamento dos dados das panificadoras, a produção dos filtros, o acompanhamento, a instalação e o treinamento dos colaboradores responsáveis pela manutenção. A consultoria previu também que fossem realizadas algumas medições, em parceria com o Senai/PB, antes e depois da implantação, comparando a escala de poluição no centro da chaminé onde estaria localizado o filtro. Essas medições resultaram em parâmetros de aceitabilidade das taxas de emissão dos gases pelas panificadoras. Para que fosse possível a implantação do filtro, foi necessário que a consultoria trabalhasse na adequação das instalações físicas de cada panificadora, elaborando diagnósticos que atestassem se as panificadoras estavam em condições de implantar o filtro. Em 2004, algumas das panificadoras contempladas com o apoio do Sebraetec e da entidade executora ainda não haviam implantado os filtros pela falta de estruturação de suas instalações físicas. Nesse caso, teriam que se adaptar através da construção de suportes estruturais simples para que o filtro pudesse ser instalado.
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CONCLUSÃO
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ara os empresários, a implantação do filtro de fuligem foi um avanço importante no crescimento e na sustentação de seus pequenos negócios, tendo em vista a importância de seu papel social na comunidade. O maior m aior ganho p ara as panif p anific icado adoras ras com a imp lantação d o filt filtro ro foi a adequação aos requisitos mínimos exigidos pelos órgãos regulamentadores, refletindo não apenas no acréscimo da auto-estima empresarial, como também no estímulo à busca de alternativas viáveis para atender às necessidades do setor. A visão que a comunidade tinha das panificadoras era de grandes causadoras de poluição ambiental e, a partir da implantação do filtro, houve diminuição do impacto negativo relativo às panificadoras, acarretando um acréscimo positivo da visibilidade perante a comunidade. Os panificadores estavam otimistas em relação ao filtro, mas atentos a novas tecnologias que viessem beneficiar o setor produtivo. O Governo da Paraíba pretendia incentivar o uso do gás natural para o setor, setor, por po r ser uma tecnologia tecnologia de impacto que qu e p revê a redução d os gases tóxicos no meio ambiente, mas era preciso que os empresários adquirissem todas as informações sobre essa nova tecnologia e como poderiam se beneficiar com sua utilização. Em meados de 2004, um grupo de cinco panificadores da cidade estava se organizando, no IEL, para a implantação do filtro, devido à cobrança do atendimento às exigências da legislação ambiental. Eram muitos os desafios que os empresários teriam de enfrentar. É certo, porém, que a inovação incorporada nas panificadoras com a instalação do filtro solucionou um grave problema ambiental, mas isso foi apenas o começo de uma visão da tecnologia como elemento essencial para a solução de problemas relativos às micro e pequenas empresas na busca de um maior potencial competitivo e principalmente de adequação ao mercado.
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SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO • Avali valie o pap el dos ór ó rgãos fi fiscali scalizadores zadores como prop ulsores ulsores de ações que qu e resultam no desenvolvimento tecnológico. • Que fatores poderi pode riam am contribuir contribuir para a incorpo incorporaç ração ão de d e novas n ovas melhorias melhorias no processo produtivo das panificadoras? • Disc Discuta uta o impacto da implantação implantação da d a tecnologia tecnologia sobre a imagem das panificadoras na comunidade.
AGRADECIMENTOS Diretoria Diretoria Executiva Executiva do SEBRA BRAE/ PB: PB: Antonio Felinto Neto, Marcus Antonio Guedes Vasconcelos Fonseca, Pedro Aurélio Mendes Brito. Coordenação Técnica: Fernando Ronaldo Garcia de Araújo, consultor da Célula de Inovação e Acesso à Tecnologia. Colaboração: Eulália Neves, consultora do IEL/PB; Aluzilda J. de Oliveira, SEBRAE/PB; Fabio Remi, IEL/PB; Sérgio Catão, empresário e presidente da Associação dos Panificadores de Campina Grande.
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