CADERNO DE ESTUDOS GRAU DE APRENDIZ DA ARTE ARTE
Manual do Aprendiz da Arte Introdução ao estudo da Ordem e da Doutrina Maçônica. Capítulo I AS ORIGES DA IS!I!"I#$O COSIDERA#%ES &RE'IMIARES
Qualquer que tenha sido o vosso propsito e o anseio de vosso !ora"#o ao in$ressar na Au$usta Institui"#o que %raternal&ente vos a!olheu' !o&o u& de seus &e&(ros' ) !erto que n#o tereis entendido' a prin!*pio' toda a i&port+n!ia espiritual deste passo e as possi(ilidades de pro$resso que !o& ele vos %ora& a(ertas, A -a"onaria -a"onaria ) pois' u&a Institui"#o Institui"#o .er&)ti!a .er&)ti!a no tr*pli!e e pro%undo sentido da palavra, O se$redo &a"/ni!o ) de tal nature0a' que n#o pode 1
nun!a ser violado ou tra*do' por ser &*sti!a e individual&ente reali0ado por aquele &a"o& que o (us!a para us23lo !onstrutiva&ente' !o& sin!eridade e %ervor' a(soluta lealdade' %ir&e0a e perseveran"a no estudo e na pr2ti!a da Arte, A -a"onaria n#o se revela e%etiva&ente sen#o a seus adeptos' aqueles que a ela se doa& por inteiro' se& reservas &entais' para tornar3se verdadeiros &a"ons' isto )' O(reiros Ilu&inados da Inteli$4n!ia Construtora do Universo' que deve &ani%estar3se e& sua &ente !o&o verdadeira 5u0 que ilu&ina' desde u& ponto de vista superior' todos os seus pensa&entos' palavras e o(ras, Isto ) !onse$uido por inter&)dio das provas que !onstitue& os &eios pelos quais torna3se &ani%esto o poten!ial espiritual que dor&e e& estado latente na vida rotineira' as provas si&(li!as ini!iais e as provas posteriores do des+ni&o e da de!ep"#o, Que& se dei6ar ven!er por elas' assi& !o&o aquele que in$ressar na Asso!ia"#o !o& u& esp*rito super%i!ial' dei6ar2 de !onhe!er aquilo que a Orde& en!erra so( sua %or&a e seu &inist)rio e6terior' dei6ar2 de !onhe!er seu propsito real e a 7or"a Espiritual o!ulta que interior&ente ani&a a Orde&, Seu tesouro a!ha3se es!ondido pro%unda&ente na terra, S es!avando' ou se8a' (us!ando3o por (ai6o da apar4n!ia' pode&os en!ontr23lo, Que& passa pela Institui"#o !o&o se %osse u&a so!iedade qualquer ou u& !lu(e pro%ano' n#o pode !onhe!43la9 so&ente per&ane!endo nela lon$a&ente' !o& %) inalterada' es%or"ando3nos e& tornar&o3nos verdadeiros &a"ons e re!onhe!endo o privil)$io inerente a esta qualidade' ela nos revelar2 o seu tesouro o!ulto, Deste ponto de vista' e qualquer que se8a o $rau e6terior que possa&os !onse$uir' ou que 82 nos tenha sido !on%erido para !o&pensar de al$u&a %or&a nossos anseios e dese8os de pro$resso' di%i!il&ente podere&os real&ente superar o $rau de aprendi0, Na %inalidade ini!i2ti!a da Orde&' so&os e !ontinuare&os sendo aprendi0es por u& te&po &uito &aior que os si&(li!os tr4s anos de idade, O6al2 %osse&os todos (ons aprendi0es e !ontinu2sse&os sendo3o por toda nossa e6ist4n!ia: Se todos os &a"ons se es%or"asse& pri&eiro e& aprender' quantos &ales que te& sido la&entados e que ainda ser#o la&entados' n#o &ais teria& ra0#o de e6istir: Este pequeno -anual' quer ser u& Guia Sint)ti!o para os aprendi0es de todas as idades &a"/ni!as' apresentando e& suas p2$inas' de %or&a !lara e si&ples' as e6pli!a";es que nos pare!e& ne!ess2rias para entender e reali0ar individual&ente o si$ni%i!ado deste $rau %unda&ental' no qual se en!ontra todo o pro$ra&a ini!i2ti!o' &oral e operativo da -a"onaria, Ser u& aprendi0' u& Aprendi0 ativo e inteli$ente que envida todos os es%or"os para pro$redir ilu&inada&ente no !a&inho da a Doutrina Ini!i2ti!a que se en!ontra es!ondida e ) revelada no si&(olis&o deste $rau' ) se& d?vida &uito &elhor que ostentar o &ais elevado $rau &a"/ni!o' per&ane!endo na &ais odiosa e destruidora i$nor+n!ia dos prin!*pios e %ins su(li&es de nossa Orde&, N#o deve&os ter' portanto' de&asiada pressa na as!ens#o a $raus superiores, O $rau que nos %oi outor$ado' e pelo qual e6terior&ente so&os re!onhe!idos' ) se&pre superior ao $rau real que al!an"a&os e reali0a&os interior&ente' e a per&an4n!ia neste pri&eiro $rau di%i!il&ente poder2 ser @
ta6ada de e6!essiva' por &aiores que se8a& nossos dese8os de pro$resso e os es%or"os que %a"a&os nesse sentido, Co&preender e%etiva&ente o si$ni%i!ado dos s*&(olos e !eri&/nias que !onstitue& a %r&ula ini!i2ti!a deste $rau' pro!urando a sua pr2ti!a todos os dias da vida' ) &uito &elhor que sair pre&atura&ente dele' ou despre023lo se& t43lo !o&preendido, A !ondi"#o e o estado de aprendi0' re%ere&3se' de %or&a pre!isa' nossa !apa!idade de apreender9 so&os aprendi0es enquanto nos torna&os re!eptivos' a(rindo3nos interior&ente e !olo!ando todo o es%or"o ne!ess2rio para aproveitar&os !onstrutiva&ente todas as e6peri4n!ias da vida e os ensina&entos que de al$u& &odo re!e(e&os, Nossa &ente a(erta' e a intensidade do dese8o de pro$redir' deter&ina& esta !apa!idade, Estas qualidades !ara!teri0a& o Aprendi0 e o distin$ue& do pro%ano' se8a dentro ou %ora da Orde&, No pro%ano' =se$undo se entende &a"oni!a&ente esta palavra> prevale!e& a in)r!ia e a passividade' e' se e6iste u& dese8o de pro$resso' u&a aspira"#o superior' en!ontra&3se !o&o que sepultados ou su%o!ados pela &aterialidade da vida' que !onverte os ho&ens e& es!ravos !o&pletos de seus v*!ios' de suas ne!essidades e de suas pai6;es, O que torna patente o estado de aprendi0' ) e6ata&ente o despertar do poten!ial latente que se en!ontra e& !ada ser e nele produ0 u& vee&ente dese8o de pro$redir' !a&inhar para a %rente' superando todos os o(st2!ulos e li&ita";es' tirando proveito de todas as e6peri4n!ias e ensina&entos que en!ontra e& seus passos, Este estado de !ons!i4n!ia ) a pri&eira !ondi"#o para que se8a poss*vel tornar3se &a"o& no sentido verdadeiro da palavra, Toda a vida ) para o ser ativo' inteli$ente e 0eloso' u&a aprendi0a$e& in!essante9 tudo o que en!ontra&os e& nosso !a&inho pode e deve ser u& proveitoso &aterial de !onstru"#o para o edi%*!io si&(li!o de nosso pro$resso' o Te&plo que assi& eri$i&os' !ada hora' !ada dia e !ada instante G, D, G, A U, isto )' do Prin!*pio Construtivo e Evolutivo e& ns &es&os, Tudo ) (o& no %undo' tudo pode e deve ser utili0ado !onstrutiva&ente para o Be&' apesar de que possa ter3se apresentado so( a %or&a de u&a e6peri4n!ia desa$rad2vel' de u&a !ontrariedade i&prevista' de u&a di%i!uldade' de u& o(st2!ulo' de u&a des$ra"a ou de u&a ini&i0ade, .eis aqui o pro$ra&a que o Aprendi0 deve es%or"ar3se e& reali0ar na vida di2ria, So&ente &ediante este tra(alho' inteli$ente' 0eloso e perseverante' pode !onverter3se nu& verdadeiro o(reiro da Inteli$4n!ia Construtora' e !o&panheiro de todos os que est#o ani&ados por este &es&o pro$ra&a' por esta &es&a %inalidade interior, O es%or"o individual ) !ondi"#o ne!ess2ria para este pro$resso, O Aprendi0 n#o deve !ontentar3se e& re!e(er passiva&ente as id)ias' !on!eitos e teorias vindas do e6terior' e si&ples&ente assi&il23las' &as tra(alhar !o& estes &ateriais' e assi& aprender a pensar por si &es&o' pois o que !ara!teri0a a nossa Institui"#o ) a &ais per%eita !o&preens#o e reali0a"#o har&/ni!a de dois prin!*pios de 5i(erdade e Autoridade' que se en!ontra& a&i?de e& t#o %ran!a oposi"#o no &undo pro%ano, Cada u& deve aprender a pro$redir por &eio de sua prpria e6peri4n!ia e por seus prprios es%or"os' ainda que aproveitando se$undo seu dis!erni&ento e e6peri4n!ia daqueles que pro!edera& nesse &es&o !a&inho, A Autoridade dos -estres' )' si&ples&ente Guia' 5u0 e Apoio para o Aprendi0' enquanto n#o aprender a !a&inhar por si &es&o' &as seu pro$resso ser2 se&pre propor!ional a seus prprios es%or"os, Assi& ) que
esta Autoridade a ?ni!a que ) re!onhe!ida pela -a"onaria nun!a ser2 o resultado de u&a i&posi"#o ou !oa"#o' &as o i&pl*!ito re!onhe!i&ento interior de u&a superioridade espiritual ou &elhor di0endo' de u& &aior avan"o na &es&a senda que todos indistinta&ente per!orre&os, Aquela Autoridade natural que so&ente !onse$ui&os !onhe!endo a
os vest*$ios e a &e&ria' e que re&onta& provavel&ente a !entenas de &ilhares de anos antes da era atual, Os pri&eiros rituais (aseados nas tradi";es (*(li!as' u&a ve0 que seus redatores apoiara&3se pela %) nessas tradi";es' !onta& queH Ad#o %oi ini!iado na Orde& do den' pelo G, J e& todos os ritos da -a"onaria' isto si$ni%i!ando' evidente&ente' que as ori$ens da -a"onaria deve& re&ontar pri&eira so!iedade hu&ana' da qual Ad#o ) u& s*&(olo' !orrespondendo Era Saturniana ou Idade de Ouro da tradi"#o $re!oro&ana' e ao Satra Ko$a dos hindus, !erto' pois' que esse *nti&o dese8o de pro$resso' essa pro%unda aspira"#o e& dire"#o , -as' se o esp*rito &a"/ni!o e6istiu desde as pri&eiras )po!as !onhe!idas e des!onhe!idas 3 da histria' e n#o %oi alheio ao pri&eiro ho&e& esse &es&o esp*rito =se real&ente tiver e6istido tiver se e6pressado natural&ente de u&a %or&a adaptada e !onveniente nas pri&eiras !o&unidades 3 *nti&as e por tanto se!retas 3 de ho&ens que se isolava& dos de&ais pelo seu dese8o de sa(er e penetrar o -ist)rio Pro%undo das !oisas' ) i$ual&ente !orreto que ne& se&pre ter3se32 &ani%estado e6ata&ente da %or&a e& que ho8e se !onhe!e' se e6er!e e se prati!a, Entretanto' os prin!*pios i&ut2veis so(re os quais %oi esta(ele!ido essa &ani%esta"#o' e que !onstitue& seu esp*rito e sua !ara!ter*sti!a %unda&ental' n#o pode& ter so%rido varia";es su(stan!iais' e u&a ve0 que %ora& esta(ele!idas e& )po!as de anti$Lidade in!al!ul2vel' deve& ta&()& ter per&ane!ido (asi!a&ente os &es&os atrav)s de todas suas &eta&or%oses ou en!arna";es e6teriores, Ta&()& deve& re&ontar os sinais' s*&(olos e toques' a *nti&a ess4n!ia da ale$orias e o si$ni%i!ado das palavras que !orresponde& aos di%erentes M
$raus' =por seu !ar2ter e sua trans&iss#o ininterrupta> at) a &ais re&ota anti$Lidade, Ainda que as altera";es das lendas 3 e& sua %or&a e6terior 3 possa& ter sido not2veis' entretanto' %a!e ao redu0ido e eli&inado &eio so!ial no qual %ora& disse&inadas' pela prpria apar4n!ia e6terior e ainda' pelas provas e a %idelidade que era& soli!itadas aos ini!iados' essas altera";es se&pre se redu0ira& ao &*ni&o' sendo &ais inten!ionais =isto )' !ausadas por ne!ess2rias adapta";es> que !ausais, Al)& disso' por tere& tais ale$orias $irado ao redor de u& &es&o te&a ou Id)ia -#e 7unda&ental' estas altera";es deve& ter sido $eral&ente !*!li!as' $ravitando ao redor de u& &es&o ponto' passando' e& !onseqL4n!ia' &ais de u&a ve0 pela &es&a %or&a ou por %or&as an2lo$as, Apesar do se$redo que deve ter !ara!teri0ado !onstante&ente a atividade da Orde&' nas di%erentes %or&as assu&idas e6terior&ente' e& diversos lo!ais pode&os en!ontrar al$uns vest*$ios que !on%ir&a& esta asser"#oH nos Te&plos sa$rados de todos os te&pos e de todas as reli$i;es' entre as est2tuas' $ravuras' (ai6os3relevos e pinturas9 nos es!ritos que nos %ora& trans&itidos' e& representa";es si&(li!as de ori$ens diversas' nas prprias letras do al%a(eto' pode&os en!ontrar v2rios tra"os de u&a inten"#o indu(itavel&ente ini!i2ti!a ou &a"/ni!a =sendo os dois ter&os' at) !erto ponto' equivalentes>9 e eventual&ente o!orre n#o apare!ere& nestas representa";es os &es&os sinais de re!onhe!i&ento, Da &es&a %or&a na &itolo$ia' e nas lendas e tradi";es que !onstitue& o %ol!lore liter2rio e popular' h2 &uitos tra"os dos &ist)rios ini!i2ti!os' daquela Palavra Perdida qual se re%ere nossa Institui"#o' !o& seu ensina&ento esot)ri!o revelado de u&a %or&a si&(li!a, O aspe!to esot)ri!o da reli$i#o 3 !onhe!ida e6oteri!a&ente 3 deve ter !onservado atrav)s dos te&pos esta dupla !ara!ter*sti!a' qualquer que tenha sido a %or&a e6terior parti!ular na qual tenha se &ani%estado nos di%erentes povos e nas &ais variadas )po!as da histria,
A DO"!RIA I!ERIOR
Todos os povos anti$os !onhe!era&' al)& do aspe!to e6terior ou %or&al da reli$i#o e das pr2ti!as sa$radas' u& ensina&ento paralelo interior ou esot)ri!o que era &inistrado uni!a&ente aos que &oral e espiritual&ente era& reputados di$nos e &aduros para re!e(43la, O aspe!to esot)ri!o da reli$i#o 3 !onhe!ida e6oteri!a&ente pelos pro%anos 3 era provido espe!ial&ente pelos !ha&ados -ist)rios =palavra derivada de &sto' ter&o que era apli!ado aos ne%itos' e que si$ni%i!ava eti&olo$i!a&ente &udo ou se!reto' re%erindo3se evidente&ente a o(ri$a"#o de se$redo selado por 8ura&ento' que era pedido a todo ini!iado>' -ist)rios dos quais a -a"onaria pode !onsiderar3se herdeira e !ontinuadora' por inter&)dio das !orpora";es de !onstrutores e de&ais a$rupa&entos &*sti!os que nos trans&itira& sua Doutrina, Esta Doutrina Interior 3 esot)ri!a e o!ulta 3 ) essen!ial&ente ini!i2ti!a' pois que so&ente ser2 al!an"ada por inter&)dio da ini!ia"#o' isto )' pelo in$resso nu& parti!ular estado de !ons!i4n!ia =ou ponto3de3vista interior>' pois so&ente &ediante ele pode ser entendida' re!onhe!ida e reali0ada, A Doutrina Interior te& sido e !ontinua sendo a &es&a para todos os povos e& todos os te&pos, E& outras palavras' enquanto para os pro%anos =os que se en!ontra& na %rente ou %ora do Te&plo' isto ) su8eitos apar4n!ia pura&ente e6terior das !oisas> te& havido e haver2 se&pre di%erentes reli$i;es e ensina&entos' e& aparente !ontraste uns !o& os outros' para os ini!iados n#o houve ne& haver2 &ais do que u&a s e ?ni!a reli$i#o Universal da
Deste ensina&ento ini!i2ti!o' esot)ri!o e universal !o&u& a todos os povos' ra"as e )po!as' as di%erentes reli$i;es e as diversas es!olas te& !onstitu*do e !onstitue& ainda ho8e' u& aspe!to e6terior &ais ou &enos
i&per%eito e in!o&pleto, As lutas reli$iosas se&pre !ara!teri0ara& aqueles per*odos nos quais' pela i&ensa &aioria de seus diri$entes' %oi perdida de vista aquela ess4n!ia interior que !onstitui o Esp*rito da reli$i#o' !o&preendido uni!a&ente o aspe!to pro%ano ou e6terior, Pois o %anatis&o se&pre te& sido a!o&panhado da i$nor+n!ia,
(IM DES!A 'I#$O.