Utilização de plantas com propriedades inseticidas: uma contribuição para o Desenvolvimento Rural Sustentável The use of plants with insecticide properties: a contribution for Sustainable Rural Development
Utilización de plantas com propiedades insecticidas: uma contribución para el Desarrollo Rural Sostenible Antonia Railda Roel Universidade Católica Dom Bosco Contato:
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Resumo: Os estudos de plantas com propriedades inseticidas foram retomados após a constatação de graves problemas de contaminação contaminação ambiental causados pela u tilizaç tilização ão d e prod utos qu ímicos. ímicos. Atualmente, muitas pesquisas estão sendo d esenvolvidas esenvolvidas sobre a exploração de plantas e seus efeitos efeitos diversos sobre pragas no camp o, em armazéns e na saúde pública. Na agricultura, o uso de inseticidas botânicos diminui os custos de produção, preserva o ambiente e os alimentos da contaminação contaminação qu ímica, ímica, tornando-se prática adequad a à agricultura agricultura sustentável e contribuindo contribuindo para o aprimoramento da qu alidad alidad e de vida d as popu lações lações envolvidas. envolvidas. Palavras-chave: Plantas inseticidas; inseticidas; Controle de p ragas; Agricultu Agricultu ra susten tável. Abstract: The studies of plants with insecticide properties were retake after evidences of serious problems of environ ment al contam contam ination caused by u se of chemical prod ucts. Actually, Actually, there are many researches on exploration of plants and its several effec effects ts on p ests in field, field, warehou ses and in pu blic health. In agriculture, the u se of botanical botanical insecticides decreases the production costs; it preserves the environment and foods of chemical contamination, becoming activity activity adap ted to sustainab le agricultu agricultu re and contribu ting to improv ement of life life quality of involved populations. Key words : Con trol of pests; Botan Botan ical insecticides; Sust Sust ainab le agricultu re . insecticidas das fueron retom ados d espués d e la constatación constatación d e Resumen: Los estud ios de plantas con propried ades insectici problemas graves de contaminación ambiental causados por el uso de pr odu ctos químicos. Actualmen Actualmen te, mu chas investigaciones investigaciones están siendo desarrolladas sobre la explotación de plan tas y sus efectos efectos diversos sobre p lagas en el campo, en almacenes y en la salud pú blica. blica. En la agricultura, agricultura, el uso d e insectic insecticidas idas botánicos disminu ye los costos costos de prod ucción ucción y p reserva el ambiente ambiente y los alimentos alimentos d e la contaminación contaminación qu ímica, ímica, volviénd volviénd ose una p ráctica ráctica adecuada para la agricultura sostenible y contribuyend o para la mejora de la calidad calidad d e vida d e las poblaciones poblaciones involucradas. Palabras Palabras clave : Plantas insecticidas; insecticidas; Control d e p lagas; Agricultur Agricultur a sostenible.
Introdução
A modernização da agricultura, após a Segun Segun da Guerra, acrescentou acrescentou , ao processo de produção de alimentos, a utilização de má quinas e equipam entos agrícolas, agrícolas, além de fertilizantes fertilizantes e pesticidas pesticidas quím icos, icos, tornand o o sistema sistema altamente d ependente d e recursos recursos (insum (insum os agrícolas) agrícolas) externos externos às p roprieda des ru rais. A aplicação aplicação d essa tecnologia tecnologia acarreta o aumento dos custos de produção com conseqüente conseqüente au mento d os preços preços dos alimenalimentos para os consumidores, inviabilizando freqüentemen te as prod uções agrícolas. agrícolas. Com esse sistema sistema vieram também mu itos casos de intoxicações de operadores, aumento da morta li lida da de d e animais dom ésticos ésticos e silvessilvestres, contam contam inação dos solos, da s águas e d os alimentos com resíduos de pesticidas, um conjunto de ocorrências que afeta, direta e indiretamente, a saúde das comunidades envolvidas envolvidas n a p rodução d e alimentos. alimentos. No contexto contexto a grícola grícola latino-americano, autores questionam o avanço tecnológico nesse modelo agrícola, mostrando que, no períod o, ocorreu ocorreu somente 7% de crescimento crescimento per capita na produção de alimentos. De acordo com Paschoal (1983), no período de
1964 a 1979 o consumo de fertilizantes minerais solúveis aumentou em 1.243%, o de p esticidas esticidas em 421% 421%,, o de m áquina s agrícolas em 389%, enquanto, no mesmo período, o aumento da produtividade agrícola (média de 15 culturas) foi de apenas 4,9%. Estima-se que, da renda agrícola, cerca de 66% dos lucros convergem para a indústria (insum (insum os e m áqu inas), 19% 19% para o comércio e apenas 11% dos lucros são destinados a quem realmente realmente os p rodu ziu. Nesse Nesse sistema sistema industrializado industrializado de p rodu ção de alimentos alimentos e fibras, os fertilizantes sintéticos e pesticidas somam cerca de 40 a 80% dos custos de prod ução. De acordo acordo com Ponte 1, no período de 1976 a 1985 o consumo de pesticidas cresceu cresceu em 500% 500%,, enqua nto r egistrou-se egistrou-se u m aumento de apenas 5% da produtividade. O Brasil, maior consumidor de pesticida da América Latina, utiliza utiliza 1,5 kg d e ingred iente ativo por hectare cultivado, sendo que na horticultura horticultura o consum consum o m édio anual sobe a 10 kg por p or hectar e. Nesse contexto, contexto, os maiores atingidos são os naturalistas consumidores de verduras, legumes e cereais integrais, quando produzidos em sistema não orgânicos, nicos, assim assim como a saú de e o bem -estar -estar d as popu lações lações ligadas ligadas d iretamente iretamente à produ ção. ção.
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Quando acompanhamos a agricultura dita industrializada, notamos a necessidade cada vez maior de utilização de pesticidas simultaneamente ao aparecimento de novas pragas e de popu lações resistentes aos inseticidas em uso. Em seu livro “ A s plantas que adoecem dos agrotóxicos: a teoria da trofobiose”, Charboussou (1987) expõe a teoria de que o ataque de pragas relaciona-se com o estado metabólico alterado das plantas. A utilização de p esticidas, de acordo com o au tor, as torna alimento adequado aos insetos e, portanto, mais susceptíveis ao ataque de parasitas. Dessa forma, os insetos teriam maiores condições de sobrevivência, pela ma ior oferta de alimentos e maior crescimento populacional. Nessas condições, ocorreria maior incidência de pragas, fato que justificaria novas aplicações, aumentando-se, assim, a dependência de pesticidas. Colocando em causa o uso indiscriminado de pesticidas sintéticos, Charbou ssou acrescenta qu e “todo parasita morre numa planta sã”. A América Latina foi favorecida pela natureza com uma grande abundância de recursos renováveis e não renováveis que vêm, entretanto, sendo utilizados segundo a lógica d o “solapam ento” (Altieri e Mazera, 1998). Apesar das variações de riquezas natu rais entre diferentes países ou n o interior de um só país, a degradação atinge todo o continente. Essa degra dação en volve o solo e a água (erosão, poluição, sedimentação química), além de provocar a destruição da biodiversidade e a redução da diversidade genética (causadas por desmatamento e alteração n o h abitat, entre ou tros), condições que acarretam o declínio das p rodu tividad es regionais. Como lembra Elizalde (2000), em um instigante estudo sobre o Desenvolvimento Local, a paisagem do Chile, entre outros problemas ambientais, é carcomida por extensos monocultivos e contaminada por toneladas de pesticidas e agroquímicos. O impacto ecológico dos pesticidas não só causa mortalidade de animais silvestres e domésticos, inimigos naturais das pragas e outros organismos ben éficos, como altera o equilíbrio do solo, causand o mortalidad e de microorganismos e influenciando, finalmente, toda a cadeia alimentar. Recente Relatório da FAO classifica o Brasil como o 3º maior consumid or d e pesti-
cida e, coincidentemente ou não, o 3º em mortalidade por câncer (Ponte, 1999). Em Fortaleza, de acordo com levantamento em hospitais, 51% das pessoas atacadas de cirrose hepática são abstêmias e, em sua maioria, consumidoras de dieta a base de frutas e hortaliças, justamente as culturas mais “protegidas” por pesticidas (Ponte, 1999). Como conseqüência de intoxicações por p esticidas são citadas m oléstias tais como câncer, cirrose hepática, abortos, deformações fetais, imp otência sexual, fibrose pu lmonar, braquicardia, distúrbios do sistema nerv oso, hep atite, acnes, pancreatite, diabete, úlcera, alergia e d istúrbios aud iovisuais, que se somam a ou tras intoxicações considerad as leves (Ponte, 1999). O emp rego de su bstâncias extraídas d e plantas silvestres, na qu alidad e de inseticidas, tem inúmeras vantagens quando comparado ao emprego de sintéticos: os inseticidas natu rais são obtidos de recursos renováveis e são rapidamente degradáveis (ou seja, não persistem no ambiente); o desenvolvimento da resistência dos insetos a essas substân cias - comp ostas da associação d e vários p rincípios ativos - é u m processo lento; esses pesticidas são d e fácil acesso e obten ção por agricultores e não deixam resídu os em alimentos, além de apresentarem baixo custo de produção. É, portanto, aconselhável, a produção de alimentos em sistema orgânico, quando da implantação de programas de agricultura sustentável e de desenvolvimento local. Em todas as regiões do m und o, a utilização doméstica de plantas com fins medicinais, assim como seu emprego pesticida na agricultura, são hábitos comuns e arraigados na cultura popular. A agricultura de subsistência na América Latina tem utilizado plantas para controlar insetos, entre as quais podem citar-se as mais conhecidas: alho ( A llium sativum ), fruta do conde (Annona squamosa), artemisia (Artemisia ludoviciana), mamona ( Ricin us cum mu nis ), louro ( Lauru s nobilis), coentro (Coriandrum sativum ), arruda ( Ru ta graveolens), cravo-de-defuntos (Tagetes sp), urtiga (Urtica urens ), maria-preta (Cordis verbenacea); chagas ( Trapaeolum mejus ); cavalinha ( Equisetum arvense); erva-de-santamaria (Chenopodium ambrosioides); mentrasto ( A geratum cony zoides); cardo-santo ( A rgemone mexicana); quebra-pedra ( Euphorbia prostata),
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guanxuma (Sida rhombifolia), gerânio (Pelargonium zonale), hortelã ( M entha piperita), esporinhas ( Delphinium sp.), alamand ra ( Allamanda nobilis), e ainda os atrativos/ repelentes tayuiá (Cayaponia tayuya) e eucalipto ( Eucalyptus spp), além d e mu itas outras m ais (Guerra et al. 1985; Laca-Buendia e Brandão, 1988). Em uma alternativa de produção de alimentos tal como se concebe a agricultura sustentável, busca-se mobilizar harm oniosamente todos os recursos disponíveis na unidade d e produção de forma a reduzir o imp acto ambiental e a poluição, a minim izar a d ependência externa das m atérias primas, a atingir a otim ização do balanço energético da p rodu ção e a prod uzir alimentos baratos e de alta qualidade biológica para suprir necessidades internas e gerar excedentes exportáveis. O resgate d e informações sobre a utilização popular de plantas no controle de enfermidades do homem, de animais domésticos e de plantas cultividas pelas comunidades, valoriza o conhecimento popular, importante fator a ser considerado nos programas de pesquisa em desenvolvimento local e na busca da sustenta bilida de na agricultura, principalmente quando se trata de p equenas propriedades em regiões economicamente desfavorecidas. Utilização de produtos de origem vegetal como praguicida nas lavouras, armazéns e residências
Os estudos de controle de pragas com produtos derivados de plantas foram retomados após a constatação de graves problemas de contaminação ambiental, denunciados principalmente por Raquel Carson em seu livro Primavera Silenciosa, publicado em 1962. Essas contaminações são causadas, majoritariamente, pela utilização de produ tos qu ímicos, pesticidas e fertilizantes n a agricultura moderna industrializada. Já nos tem po d o rei Jerjes da Pérsia, em aproximadamen te 400 A.C., o piretro, d erivado d o crisântemo (Chrysanthemum cinerariafolium ), era utilizado com o nome de “Pó (polvos) da Pérsia”. De acordo com Lagunes e Rodriguez (1992), os primeiros fitoinseticidas utilizados foram a nicotina extraída de N icotiana tabacum , a rianodina extraída de Ry ania speciosa, a sabadina e ou tros alcalóides
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extraídos d e Schoenocaulon officinale, as piretrinas extraídas do piretro C. cinerariaefolium e a rotenona extraída d e Derris spp e Lonchocarpus spp. Algumas p lantas têm contribuído para o controle de pragas fornecendo ingredientes ativos inseticidas ou, ainda, como base para a síntese de novas moléculas para uso na agricultura, como por exemplo a planta Physostigma venenosum , utilizada para a síntese dos inseticidas carbamatos por Stedman e Berger (Silva, 1990). Na década de 50, Maranhão (1954) relacionou cerca de 2.000 plantas inseticidas (distribuídas em 170 fam ílias) com atividad e tóxica par a d iversos insetos. De acordo com esse autor, os inseticidas comerciais de origem vegetal eram obtidos, principalmente d e cinco famílias botânicas: Solanaceae, Compositae, Leguminosae, Chenopodiaceae e Liliaceae, das quais se extraíam, respectivam ente, a nicotina, piretro, timbó, heléboro e anabasina. Grainge e Ahmed (1988) catalogaram 2.400 espécies de p lantas com propried ad es úteis no controle de insetos, além de listarem cerca de 800 pra gas controladas por essas plantas e, ainda, 100 plantas com outras substâncias químicas reportadas no controle de doenças e nematóides parasitas do homem e de animais. Schumutterer (1992) citou as famílias Meliaceae, Asteraceae, Labiaceae, Aristolochiaceae e Annonaceae como principais fontes de princípios ativos inseticidas. Os derivados botânicos podem causar diversos efeitos sobre os insetos, tais como repelência, inibição de oviposição e da alimentação, alterações no sistema hormonal, causando distúrbios no desenvolvimento, deformações, infertilidade e mortalidade nas diversas fases. A extensão dos efeitos e o tempo d e ação são dependentes da d osagem utilizada, d e man eira qu e a m orte ocorre nas dosagens maiores e os efeitos menos intensos e mais du radouros nas d osagens menores. A utilização de doses sub-letais causa redução das populações a longo prazo e necessita de menores quantidade de produtos. As doses letais muitas vezes tornam sua utilização inviável pela grande quantidade necessária. A eficiência da utilização de qualquer bioinseticida au men ta quando as lavouras são monitoradas regularmente, e o produto é aplicado em populações menores, com
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indivíduos no início do desenvolvimento. Dependend o da espécie vegetal e do tipo de utilização, os derivad os pesticidas podem ser utilizados sob forma pura, em estado de maceramento, em forma de p ós ou d e extratos (especialmente em soluções aquosas), além d e outras formas específicas, condições que facilitam o manuseio e a utilização. No Brasil há, atualmente, inúmeras pesquisas sobre o potencial fitoinseticida de algumas plantas nativas. Investigações sobre a utilização de extratos da pimenta-do-reino Piper nigrum na proteção de grãos contra a traça-dos-cereais Sitotroga cerealela obteve resultad os promissores (Boff e Almeida, 1995), assim como sobre larvas de Culex (Culex) quinquefasciatus, vetor da filariose bancroftiana (Chahad e Boff, 1994). Para o controle do bicudo do algodoeiro, A nt honomus grandis, comprovou-se o potencial dos extratos de M elia azedarach (cinamomo), Chenopodium ambrosioides (erva de santa maria) e principalmente dos frutos de Piper nigrum (pimenta preta), para u so em programas d e manejo de popu lações de insetos (Fernan des et al., 1993). A mamona, Ricinus comm un is, demonstrou ser eficiente no combate a formigas cortad eiras em testes feitos por Hebling (1996). A canela Cynnamomum zeylanicum demonstrou ter efeito repelente sobre Z abrotes subfasciatu s, praga de grãos arm azenad os, em testes feitos em laboratório por Oliveira et al. (2000). Os ingredientes ativos contidos nas folhas de Eu caliptu s cit riodora e outras espécies do gênero se mostraram promissores para o controle tanto de pragas de grãos armazenados quanto de formigas cortadeiras do gênero Atta (Nakano e Cortez, 1967; Anjos e Santana, 1994). Planta nativa da matas da Amazônia, Venezuela e América Central, a quina ou Quasia amara é comumente encontrada nos quintais dessas regiões, devid o ao uso m edicinal feito pela popu lação. A quina é indicada, na bibliografia científica, como repelente de moscas e no controle de pulgões, pequenos insetos fitófagos e p olífagos muito comun s em lavouras e p lantas ornamentais. Para se sublinhar a importância do conhecimento popular para o desenvolvimento da ciência, note-se que, no ano de 1995, um pequeno agricultor observou, no Pará, grande quantidade de gafanhotos mortos sob a árvore de
quina, cujas folhas tinham sido devoradas. Ora, o gafanhoto conhecido como tucura é praga voraz e causa muitos prejuízos aos prod utores da região, especialmente em man diocais, base da agricultura de subsistência. A partir do relato feito com fulcro em um conhecimento popular empírico, foram conduzidas várias experiências sobre os efeitos da planta em relação a esse inseto, resultando em recomendações sobre o uso e a preservação dessa planta na região. A manipueira, líquido de aspecto leitoso derivado da indústria da farinha de mandioca M anihot esculenta, contém goma, glicose e outros açúcares, proteínas, células descamadas das raízes, ácido cianídrico e derivad os cianogênicos, sais minerais e substâncias orgânicas diversas. Estud os dem onstram sua utilidade na agricultura por sua eficiência como inseticida e nematicida, e também são salientadas suas propriedades fertilizantes, decorrentes d e u ma composição química na qual se encerra a maioria dos macro e micro nutrientes (Ponte, 1999). Testes também dem onstraram sua eficiência inseticida para a cochonilha de carapaça Coccus hesperidium , o pu lgão negro Toxoptera citricidus e a cochonilha escama-farinha Pinaspis aspidistrae (Ponte et al., 1988). A família botânica Meliaceae é atualmente m uito investigada, por possuir mu itas espécies que são fonte de princípios ativos com propriedades inseticidas e diferentes mod os de ação em relação a mu itas espécies de insetos (Rodríguez, 1995). Destaca-se, dentre estas, a A zadirachta in dica, conhecida popularmente como nim (Koul et al., 1990). Os derivados dessa planta têm sido usados trad icionalmente p or agricultores, na Ásia e África, contra insetos nocivos à produção agrícola. Originária das regiões áridas da Índia, essa planta é utilizada, numa prática antiga e corrente nesse país, em culturas de subsistência. Nessa perspectiva, as folhas secas do nim são misturadas com grãos armazenad os ou seus frutos são esmagados nas paredes d os armazéns, para evitar danos provocados por insetos. Possui alta capacidade como inseticida e é capaz de exercer diversos m odos d e ação sobre os insetos, tais como: inibição alimentar, inibição da síntese do ecdisônio, inibição da biosíntese da quitina, deformações em pupas e adultos,
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redução da fecundidade e longevidade de ad ultos, alterações na capacidad e de atração dos feromônios, esterilização e inibição de oviposição, diminu ição d a tran smissão de vírus e mortalidade (Koul et al., 1990; Mordue (Luntz) e Backell, 1993 e Schmutterer, 1988; Rodríguez, 1995). O cinamomo, M elia azedarach, também da família Meliaceae, e outras espécies deste gênero são também utilizadas e estudadas por suas p ropriedad es inseticidas (Silva, 1990). O cinamomo foi testado por muitos aut ores para o controle de gafanhotos migratórios, Schistocerca cancellata, com resu ltados satisfatórios de mortalidade ou repelência, a pa rtir da utilização d e extratos de folhas e frutos frescos ou secos (Lepage et al., 1946). No entanto, o extrato de frutos de M . azedarach foi apresentado, em estudos, como tóxico a animais de sangue quente, embora o produto extraído das folhas demonstre uma toxicidade bastante reduzida (Saxena, 1989). Espécies vegetais do gênero Trichilia (Meliaceae) mostram-se bastante promissoras p ara u so inseticida. N o México, semen tes de m ilho são imp regnadas, du rante um dia, antes da semeadura, com u ma p asta aquosa obtida dos frutos de Trichilia havanensis, par a proteção contra pragas de solo (Hernández et al., 1983). Em estudos recentes, destacase a Trichilia pallida como uma das espécies com maior bioatividade (Torrecillas, 1997; Roel, 1998). Roel (1998), utilizando extrato acetato de etila de Trichilia pallida sobre o desenvolvimento d a lagarta-do-cartucho-domilho Spodoptera frugiperda, observou sua eficiência no controle de insetos com efeitos semelhantes aos constatados pela ação do nim. Essa espécie possui a vantagem de ser comum no cerrado brasileiro, e sua m adeira tem a reconhecida qua lidad e de ser resistente a cupins. Plantas que possuem certas substâncias com propriedades atraentes a insetos podem, também, auxiliar nesse controle, quand o agem como arm adilhas. A cucurbitacina, presente principalmente em plantas da família Cucurbitaceae, possui efeito atraente de alimentação para o besouro verde amarelo Diabrotica speciosa. Devido a essa característica, pedaços de abóbora-d’agua Lagenaria vu lgaris (Cucurbitaceae), tratadas com inseticida, podem ser utilizados no
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controle de vaquinhas em cultura de batata inglesa (Roel e Zatarim, 1990) . Nesse caso, besouros adultos voam em direção às “armadilhas”, atraídos pela cucurbitacina, alimentam-se e morrem pelo efeito do pesticida impregnado no vegetal. Brocas de caule e ramos são pragas sérias em citricultura, causam prejuízos na produção e podem provocar a morte das árvores. Essas pragas pod em ser controladas com o plantio intercalado de maria-preta, planta qu e fun ciona como arm adilhas a esses insetos. As fêmeas adultas fazem a postura na maria-preta, deixando livres da praga as árvores da frutífera cultivada. Espécies de plantas do gênero Crotalaria spp. (entre outras), utilizadas em sistema de rotação com a cultura, têm ap resentado bons resultados no controle de nematóides formadores de galhas do gênero M eloidoigyne. Esses verm es do solo são atraídos para essas plantas armadilhas, sem contudo conseguirem nela se desenvolver, diminuindo as infestações nos plantios posteriores (Kimati et al, 1997). Substâncias repelentes presentes em certas plantas pod em tam bém ser u tilizadas no controle de insetos e nematóid es. Plantas de gergelim são conhecidas como repelente de formigas cortadeiras; recomend a-se cultivá-las como bordad ura d e plantações que se quer proteger desses insetos. Da mesma maneira, plantas de cravo-de-defuntos (Tagetes sp.) podem ser utilizadas no controle de p ulgões, por seu efeito repelente sobre esses insetos. Na pecuária, muitos produtos de origem vegetal são eficientes no controle d e ectoparasitas (carrapatos, sarna, berne, bicheiras) e end oparasitas (vermes). Paschoal (1994) recomenda prod utos d e origem vegetal como d erris e piretrina, entre ou tros, para controlar sarnas, bernes e carrap atos, em uso restrito na criação de animais em sistema orgânico. A man ipu eira, testada como carrapaticida, mostrou -se tão eficiente qua nto os produtos convencionais, com 100% de controle (Ponte, 2000 b). Segund o Burg e Mayer (1999), a rotenona, extraída do timbó, controla bernes, carrapatos e sarnas de animais domésticos. Soluções de fumo, de fruta do conde ( A nonn a squam osa), de cravode-defuntos ( Tagetes sp. ) ou de mamona ( Riccinu s comun is) são descritas com o eficien-
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tes no controle de p ulgas e piolhos. Produ tos a base d e nin são citad os como eficientes no controle de carrapatos em bovinos, por N eves (2000). De acordo com Menezes 2 , o alho A llium sativu m apresenta p ropriedad es medicinais, atuando como bacteriostático, repelente de insetos e promotor de crescimento em algu mas esp écies animais (suínos, aves e peixes). A pesqu isadora comu nicou que está conduzindo um experimento, na fazenda Lagoa da Cru z (UCDB), sobre o desemp enho do alho, adicionad o à ra ção, no crescimento de suínos; em fase posterior, serão avaliados a ocorrência de ecto e endo parasitas nos animais testados no mesmo regime alimentar. A pesquisadora salientou ainda que, no local dos ensaios, foi observada a redução da população de moscas domésticas. Igualmente na área da saúde, diversos extratos vegetais vêm sendo p esquisados em testes visando p rincipalm ente transm issores de doenças tais como mosquitos hematófagos, moscas domésticas, baratas, perceve jos. Esses insetos provocam tr an stornos no campo e, cad a vez m ais, nas cidad es, principalmente em regiões mais carentes, razão pela qual esses estud os são da m aior imp ortância para populações de determinados locais. Tal é um aspecto importante a ser abordad o em programas de desenvolvimento local, no sentido de preservar a saúde e melhorar o conforto do homem nas suas comunidades. Assim, no Nordeste, alguns trabalhos vêm sendo conduzidos com extratos vegetais nativos no controle de p ercevejos Triatoma infestans, transmissor do Triopanossoma cruzi , causador da doença de chagas, ocasião em que foram observados resultad os promissores. Lagun es et al. (1984) testaram extratos aquosos do córtex de Trichilia havanensis e de folhas de Trichilia hirta, e constaram a toxicidade à barata doméstica Periplaneta americana. Para o controle de linhagens da mosca doméstica, M usca domestica, Costa et al. (1997) testaram du as espécies de Timbó, Derris urucu e Derris nicou , na forma de p ó da raiz e em diversas dosagens, observando que, embora ambas sejam eficientes, há sensíveis diferenças de efeito entre as linhagens. Também para o controle da mosca doméstica, Costa et al. (1997) conduziram investigações com espécies de tim bó e obtiveram resultados satisfa-
tórios, concluindo que, a despeito de sua toxicidade a mamíferos, a rotenona é relativamente inofensiva quando utilizada adequadamente. Folhas de louro Lau ru s nobilis, utilizadas em arm ários para controle de baratas, foram testadas por Machado et al. (1995), estudo que constatou os compostos voláteis do lour o são repelentes, mas não são tóxicos à Periplaneta americana. Deve-se, no entanto, observar alguns cuidados na manipulação de produtos de origem vegetal. Alguns dos fitoinseticidas elencados no presente artigo apr esentaram toxicidade a animais de sangue quente, tais como, por exemplo, os extraídos da família Annonaceae. Outros derivados vegetais podem ser prejudiciais a insetos úteis às plantas e ao hom em, tais como p olinizad ores, inimigos natura is de pragas e abelhas. Igualmente, produtos de origem da nicotina são de uso restrito, segundo a legislação nos Estados Unidos, por sua toxicidade, assim como o cinam omo é citado como tóxico a animais de sangue quente. Assim, os estudos dos pesticidas basead os em ingredientes ativos presentes nas plantas devem resgatar o conhecimento acumulado das comunidades sem desp rezar no entanto, o avanço tecnológico proporcionado pelo processo de modernização, com o objetivo de aumen tar a eficiência do controle sanitário assim como o de proporcionar maior segurança aos usuários. Considerações Finais
N o p r o ce s so d e m o d e r n i z a çã o o u industrialização, a agricultura se tornou depend ente de insum os produzidos fora do setor agrícola, como máquinas, equipamentos, fertilizantes e pesticidas, insumos que encarecem a produção e diminuem a margem d e lucro dos produ tores de alimentos e fibras. A retomad a d os estud os sobre a utilização de produtos de origem vegetal na agricultura não só é um resgate das práticas realizadas por nossos ancestrais, como se enquadra nos programas de desenvolvimento local e de sustentabilidade de propriedad es rurais. Em termos de p equenas propriedades rurais, as plantas que podem ser utilizadas como inseticidas devem ser plantadas no próprio local, com o objetivo de facilitar a coleta d os m ateriais vegetais e
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sua manipulação. Os extratos normalmente utilizados por pequenos agricultores devem ser aquosos, pela facilidade de obtenção e uso. As caldas, de fácil preparo, devem, no entanto, ser preparadas segundo as recomen da ções de especialistas e imed iatamente antes d o uso, pois os princípios ativos degra dam-se facilmente em presença de luz. As vantagens dessa prática envolvem os aspectos sociais, econômicos e ambientais, e são aqui considerad os desde a segurança dos operadores até a proteção ambiental, da possibilidad e de obtenção de m aiores lucros à permanência do homem no campo. Todos os aspectos devem ser considerados para os estudos e divulgação dessa técnica. Produtos de origem vegetal são biodegradáveis, ou seja, não persistem no am biente, no entanto, essa característica limita o controle de determ inadas p ragas, por possuírem pequeno efeito residual, levando à necessidade de novas aplicações. Esses bioinseticidas são um recurso facilmente disponível por sua ocorrência natural, todavia pod em ser esgotados se não forem constantemente repostos. O problema é maior quando se trata de planta exótica como o nim, fato que salienta a imp ortância de estudos com plantas nativas ou silvestres, que possam ser encontradas e p lantadas com maior segurança. A exploração das plantas deve ser feita de tal maneira que permita a preservação e a conservação das espécies. Outro ponto que deve ser considerado é a toxicidade dos produtos vegetais, as variações entre as espécies, as partes veg etais utilizad as e as formas d e extração. A toxicidad e de todo ingrediente ativo está obviamente associado à dosagem utilizada em relação ao peso do indivíduo, e é relacionada também a forma de aplicação. Todas as informações sobre eficiência, mod o d e u sar, dosagens, cuidados e outras, devem ser fornecidas por trabalhos científicos devidamente conduzidos, para maior segurança e eficiência n o emp rego e m aior credibilidad e científica das informações. Para garantir o sucesso do emprego d e inseticidas botânicos, todos os aspectos devem ser considerados, desde o levantamento e as avaliações de espécies silvestres até o mapeamento dos ingredientes ativos e suas concentrações nas diferentes partes
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vegetais. Importante também é conhecer a estabilidade e a persistência do produto no armazenamento e no campo, a toxicidade ao homem e animais domésticos, o impacto sobre inimigos naturais, a relação custo/ benefício e outros. Para tanto é necessário o envolvimento de um trabalho integrado envolvendo entomologistas, botânicos (fitotaxonomistas), químicos (fitoquímicos), toxicologistas e outros p esquisadores em penhados na recuperação e na sistematização de um saber popular e, muitas vezes, de âmbito regional. Notas 1
Palestra pr oferida p elo Prof. Dr. José Júlio d a Pon te, da UFCE, presidente da Academia Cearence de Ciências, no “I Congresso Brasileiro de Defensivos Agrícolas Naturais”, em 5/ 11/ 2000. 2 Informação da Veterinária Giovanna Padoa de Menezes, Mestranda em Meio Ambiente e Especialista em Suinocultu ra. Professora d a UCDB.
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