1 INTRODUÇÃO A avaliação econômica, o planejamento de lavra e a previsão de desempeno de !ma operação mineira são "eitos com #ase em estimativas de teor e de $!antidade do min%rio& 'm se tratando de metais preciosos, deve(se ser mais assertivo nas amostra)ens, tratamento de in"ormaç*es da sonda)em e e+ec! e+ec!ção ção ade$!a ade$!ada da da lavra lavra para para )erar )erar con"ia con"ia#il #ilida idade de dos res!lt res!ltado adoss almejados& 'rros )eol)icos e operacionais podem prej!dicar o desempeno das operaç*es ocasionando perdas e dil!ição do min%rio& O presente tra#alo irir- demo demons nstr trar ar al)! al)!ma mass das das di"e di"ere rent ntes es "orma "ormass de cont contro role le de dil! dil!iç ição ão operacional d!rante a e+ec!ção da lavra& l avra& 1&1 De"inição De"inição de Dil!ição Dil!ição .ri)t, citado por /te0art e Tr!eman 23345, de"ine dil!ição como a contaminação do min%rio pelo est%ril d!rante o processo de e+tração& A dil!ição dil!ição pode ser planejada planejada, casos em $!e a operacionalidade impossi#ilita !ma maior seleti seletivid vidade ade da lavra, lavra, o! operacional, $!ando a contaminação de est%ril % acima da planejada devido "alta de padr*es na operacionalidade das atividades $!e antecedem a e+tração do min%rio& A dil!ição planejada e operacional são par6metros operacionais m!it m!ito o !tili !tili7a 7ado doss para para medi medirr a $!al $!alid idad ade e das das oper operaç aç*e *ess mine minerr-ri rias as,, em partic!lar nas atividades da lavra, o! seja, para certi"icar de $!e o prod!to e+tr e+tra8 a8do do estest- de acor acordo do com com o plan planej ejad ado o no $!e $!e se re"e re"ere re ao teor teor e rec!peração na lavra& Uma pr-tica ade$!ada de controle de dil!ição pode detectar as ca!sas dos erros entre as estimativas planejadas e a prod!ção o#servada& 'sses controles são "!ndamentais para ade$!ação de pr-ticas operacionais, tomada tomadass de decis* decis*es es mais mais assert assertiva ivas, s, ader9n ader9ncia cia ao plano plano de prod! prod!ção ção,, meloria na $!alidade de entre)a do prod!to para o se! #ene"iciamento, maior l!cratividade, valori7ação de mercado&
2 D'/'N:O;:I<' I<'NTO
2&1 =atores da mina Os "atores de mina são indicadores respons-veis por tra7er in"ormaç*es so#re a $!alidade operacional de !ma lavra o! desenvolvimento& No caso da lavra, esses "atores indicam o $!anto a mesma est- "ora dos par6metros esta#elecidos pela empresa, perdas, a!mento de c!sto operacional& Diversas podem ser as "ormas de medir esses "atores& Um dos m%todos mais !tili7ados % o escaneamento da re)ião& 2&1&1 Underbreak Underbreak % o termo !tili7ado para medir o $!anto dei+o! de se
rec!perar, $!e#rar em !m desmonte tanto de )alerias $!anto de realces con"orme planejado& 2&1&2 Overbreak O termo overbreak pode ser interpretado como toda so#re$!e#ra )erada em !m desmonte tanto de lavra $!anto desenvolvimento de acordo com o planejado podendo ser calc!lado de di"erentes "ormas& >ode ser comparado com dil!ição, dependendo das "ormas de avaliação das mineradoras& 2&1&? <@= Mine Call Factor 5 !ma "orma de medir a e"ici9ncia de !m processo de prod!ção& O <@= compara o min%rio estimado in situ pela $!antidade de min%rio prod!7ido na !sina, j- considerando as perdas d!rante o processo& 2&1&B Rec!peração A rec!peração, con"orme o prprio nome indica % todo o material rec!perado d!rante o processo de lavra&
2&1&C Dil!ição A dil!ição % a contaminação do min%rio por est%ril d!rante o processo de e+tração& Um maior percent!al de dil!ição permite prever riscos econômicos por ter relaç*es diretas e indiretas com o c!sto da lavra& Nas relaç*es diretas se encontram a $!eda do teor d!rante o tratamento do min%rio ao mesmo tempo em $!e se )asta mais ener)ia para tratar o est%ril transportado& Nas $!est*es indiretas, pode(se di7er $!e a!menta(se o nmero de via)ens de material transportado d!rante a limpe7a do realce, a!mentando a relação est%ril min%rio da mina& /te0art em s!a dissertação de mestrado re"ere(se aos a!tores ;appalainen e >itEajarvi 1FFG5, por classi"icarem a "orma de ocorrer a dil!ição em $!atro casos, $!e são elesH
Incerte7a do local e+ato do contato do min%rio Dil!ição t%cnica inevit-vel aplicando t%cnicas de e+tração
e+istente
ossi#ilidade de ocorr9ncia de est%ril na re)ião do rec!rso
estimado&
=i)!ra 1 ( Dil!ição planejada + dil!ição não planejada =onteH Adaptado de /te0ard 233C5&
:-rias são as de"iniç*es so#re dil!ição, cada mina mede a dil!ição de acordo com os interesses as empresa& A dil!ição % normalmente e+pressa
em percent!al de so#re$!e#ra, as e$!aç*es mais com!ns no c-lc!lo de percent!ais sãoH Diluição (%) = (Massa de estéril) x 1 ! (Massa de "inério) (1) Diluição (%) = (Massa de estéril) x 1 ! (Massa de "inério # Massa de estéril) ($) Diluição (%) = (eor do recurso & teor dilu'do) ! (eor do recurso) ()
A dil!ição total de !m stoe % a soma da dil!ição planejada e a dil!ição operacional, $!e pode se vis!ali7ada com mais detales na =i)!ra 2H
=i)!ra 2 ( Dil!iç*es >lanejadas e Dil!iç*es Operacionais =onteH /co#le e
2&1&C&1 Dil!ição planejada A dil!ição planejada % a ocorr9ncia de encai+antes não minerali7ada $!e seria considerada como est%ril, dentro da )eometria de escavação planejada em !ma mina& De"ine(se est%ril como as s!#st6ncias minerais sem aproveitamento econômico& O $!e determina a s!#st6ncia não minerali7ada a se tornar min%rio, tratando(se de minerais met-licos % o teor da re)ião analisada em !ma ja7ida& O teor % a concentração desses minerais met-licos presentes na re)ião em est!do& No caso da dil!ição planejada, são reali7adas as c!#a)ens so#reposição de modelos de #locos em !m determinado slido, no caso em
est!do, slido do realce planejado para escavação5& Atrav%s dessas c!#a)ens, tem(se o conecimento de concentração de minerais em !ma determinada massa e $!antidade de massa não minerali7ada& Utili7ando o c-lc!lo a m%dia ponderada, o#t%m(se o teor da re)ião& @aso o teor esteja acima do teor de corte, a massa não minerali7ada se torna min%rio, via#ili7ando s!a e+tração& A#ai+o encontra(se o c-lc!lo de teor in situ sem consideraç*es de par6metros operacionais&
eor = (Massa de "inério) x (concentração do "inério) ! ("assa de "inério # "assa de estéril) (*)
No caso de minerali7aç*es de o!ro, s!a concentração % medida pela $!antidade de o!ro em )ramas por tonela)em& J!anto menor a $!antidade de massa de est%ril, maior % o teor& As dil!iç*es planejadas são consideradas d!rante !ma lavra pelos se)!intes "atoresH seletividade do m%todo de lavra, pot9ncia e contin!idade do corpo minerali7ado, re)!laridade de contato do corpo de min%rio, limitaç*es e dimens*es de e$!ipamentos de per"!ração, caracter8sticas do maciço rocoso 7onas cr8ticas de "alas, "rat!ras, cisalamento5&
2&1&C&2 Dil!ição operacional A dil!ição operacional % associada ao est%ril desmontado no stoe e transportado j!nto com o min%rio e $!e não se locali7ava internamente aos limites do stoe planejado, tam#%m conecida como dil!ição não planejada& O overbreak % considerado por al)!mas mineradoras como dil!ição& As ori)ens
da dil!ição operacional podem estar associadas K insta#ilidade do maciço rocoso pelos desmontes, per"!ração inade$!ada, seç*es de )alerias com a#ert!ras acima dos padr*es, sistema de contenção de ca#os ine"icientes o! a "alta do mesmo& No presente tra#alo, o c-lc!lo da dil!ição operacional ir- ser reali7ado por meio se)!inte e$!açãoH
Diluição oeracional = (Massa reali+ada , Massa lane-ada) ! Massa lane-ada x 1 (.)
2.2 Controles operacionais O controle de dil!ição pode ter in"l!9ncias diretas so#re o c!sto de !m stoe& A dil!ição incrementa c!stos na lavra por e+trair est%ril& O alto c!sto )erado, possivelmente pode acarretar na invia#ilidade do stoe& ;o)o, !ma mina, deve ter prioridade e e+i)9ncia no controle de dil!ição& Na mina @rre)o do /8tio, m!ito tem se "alado e tra#alado nas "ormas de controlar a dil!ição& >elo m%todo de lavra aplicado, #ai+o teor da mina e comple+idades )eol)icas, a dil!ição tem sido !m o#st-c!lo para atender as metas esta#elecidas pela empresa& O controle % de"inido pelo levantamento das ca!sas da dil!ição em $!e % considerada m!ito importante a participação de envolvidos no processo, contato direto com operadores no campo e conecimento do processo de lavra& Na mina @rre)o do /8tio são reali7adas re!ni*es semanais de controle de $!alidade da lavra tendo "oco principal a dil!ição operacional& 'm cada ca!sa levantada como !ma das respons-veis pela dil!ição operacional v9(se a possi#ilidade de intervenção direta em se! processo para controlar e eliminar poss8veis "alas administrativas e operacionais& Diversas podem ser Ks ca!sas da ocorr9ncia da dil!ição operacional na mina @rre)o do /8tio& Neste tra#alo, iremos tratar de $!atro "ormas devido con"ia#ilidade de in"ormação, disponi#ilidade de dados, possi#ilidade de an-lises e )ra! de in"l!9ncia nos res!ltados da dil!ição operacional de acordo com an-lises de campo&
2&2&1 >adroni7ação em seç*es de )alerias d!rante o desenvolvimento sec!nd-rio
As )alerias sec!nd-rias devem ser desenvolvidas dentro da lente minerali7ada& O posicionamento inade$!ado da lente na )aleria o! erros ao
desenvolv9(la )era por m!itas ve7es a necessidade de reali7ar os camados desancos& O!tra sit!ação em $!e se % com!m reali7ar os desancos são casos onde e+istem d!as lentes minerali7adas, podendo am#as ser lavradas o! não& >ara casos em $!e se torna vi-vel a lavra das d!as lentes, a in"l!9ncia da seção da )aleria a"eta po!co na dil!ição operacional ao contr-rio de casos de )alerias desenvolvidas em d!as lentes, sendo vi-vel a lavra de apenas !ma delas& J!anto maior a a#ert!ra de escavação, maior a insta#ilidade do maciço devido possi#ilidade de maior $!antidade de descontin!idades dispostas& A !nião de d!as descontin!idades o! mais )eram #locos $!e podem se desli7ar& A#ai+o se)!em e+emplos de )alerias com seç*es acima do planejado na
=i)!ra ? ( Ima)em )aleria desenvolvida com e+posição de d!as lentes =onteH An)lo)old Asanti 231?5
Os projetos de le$!es de 31 a 12 para a lavra entre os s!#n8veis CG3 e C43 da mina @acorro Mravo do corpo 211 /!l&
=i)!ra B ( >osicionamento de le$!es na )aleria CG3 da
:isão vertical do le$!e 3C con"orme projeto de per"!ração onde apenas o corpo 211 s!l "oi lavrado com seção de )aleria acima do padrão& A seção da )aleria do n8vel CG3 con"orme ima)em a#ai+o poss!i dimens*es de C,3 metros de alt!ra por 13 metros de lar)!ra&
=i)!ra C ( :ista vertical lavra da
2&2&1&2 Laleria desenvolvida em d!as lentes e via#ilidade de lavra em am#as& :ista de planta da )aleria escaneada da
=i)!ra G ( :ista de planta da )aleria @M n8vel GC4 corpos ?33 e ?12N =onteH An)lo)old Asanti 231?5
:ista de planta de parte de projeto de lavra entre os s!#n8veis GC4 e G? da mina @acorro Mravo do corpo ?12 e ?33 Norte& :isão do a"astamento dos le$!es de 1 a 1B ao lon)o do strike&
=i)!ra ( >osicionamento projetos de le$!es na )aleria @M GC4 =onteH An)lo)old Asanti 231?5
:isão vertical do le$!e 31 con"orme projeto de per"!ração onde os corpos ?12 e ?33 Norte "oram lavrados& A seção de )aleria desenvolvida "oi de C,3 metros de alt!ra por 13 metros de lar)!ra&
=i)!ra 4 ( :ista vertical lavra da
2.2.1.3 Galeria desenvolvida para apenas uma lente fora do corpo de minério. A "i)!ra a#ai+o se re"ere ao projeto de per"!ração ela#orado para a lavra da mina @acorro Mravo, entre os s!#n8veis GC4 e G? corpo ?33 Norte& Devido ao c!rto pra7o na entre)a de prod!ção da lavra no local, a reali7ação de !m desanco di"ic!ltaria na entre)a da prod!ção prevista para o m9s& ;o)o, a decisão tomada "oi a reali7ação do desanco j!nto ao desmonte do le$!e para não aver necessidade de tratamento de coco na re)ião do desanco&
/ =i)!ra F ( :ista projeto de per"!ração de @M GC4G? corpo ?33N =onteH An)lo)old Asanti 231?5
2&2&2 A "alta de !tili7ação dos sistemas de contenção de ca#os e $!alidade na aplicação dos mesmos O conecimento da estr!t!ra do maciço rocoso no m%todo de lavra s!portado % de e+trema import6ncia para o s!cesso nas operaç*es da lavra& As descontin!idades e re)i*es de di$!es são as principais ca!sadoras da dil!ição operacional devido ao desli7amento das mesmas $!ando as condiç*es do am#iente estão "avor-veis para esse acontecimento, sendo elasH "alta de conecimento pr%vio da ocorr9ncia das descontin!idades, stress no maciço rocoso ca!sado pelos desmontes, "alta de ca#eamento no local, contenção ine"ica7 devido "alta de padroni7ação nas instalaç*es do ca#o& /e)!ndo P!tcinson e Diederics 1FFC5, o ca#eamento % !ma "orma vers-til para a contenção do maciço rocoso &&&5& Os ca#os de aço podem re"orçar )randes vol!mes de roca para impedir o deslocamento de lon)os planos de descontin!idades&
>ara $!e a esta#ilidade da roca ocorra em escavaç*es s!#terr6neas, #arras, ca#os e aros são !tili7ados no interior do maciço de maneira a a!mentar a ri)ide7 e a resist9ncia do maciço, "a7endo com $!e este possa se a!to(s!portar& AQ':'DO e
ade$!adas para a seção da )aleria da mina, contri#!em de "orma si)ni"icativa para !ma menor dil!ição operacional na mina& A litolo)ia da roca in"l!encia na per"!ração& >ara $!e a litolo)ia não seja respons-vel pelos desvios dos "!ros, % m!ito importante $!e o operador do e$!ipamento seja capacitado para e+ec!ção da atividade e !tili7e os sistemas de per"!ração ade$!ados para o tipo da roca, $!e são elesH
a) Percussão:
b) Avano:
c) !otaão por percussão: mecanismo $!e "a7 a coroa )irar entre impactos s!cessivos, colocando(a n!ma nova posição de roca ainda não "ra)mentada&
d) !otaão e trituraão: a "inalidade da rotação e virar o #it de "orma $!e o mesmo $!e#re contin!amente novos pedaços de roca no "!ndo do "!ro&
e) !otaão e corte: nesse m%todo, os cortadores $!e#ram a roca K medida $!e o #it % )irado e pressionado contra o "!ndo do "!ro&
f) "impe#a: sistema $!e tem por "inalidade apresentar K coroa !ma nova s!per"8cie de roca limpa atrav%s da remoção cont8n!a, do interior do "!ro, da roca "ra)mentada&
!$%$!&'C(A
ANL;OLO;D A/PANTI& !elat*rio de +iabilidade da ,ina C*rre-o do tio, 233F& ANL;OLO;D A/PANTI& !elat*rio "avra $/perimental da ,ina C*rre-o do tio, 233F& ANL;OLO;D A/PANTI& :ideo mec6nica de rocas mina s!#terr6nea& AULU/TO N'TO& /&
A:'Q'DO, I& @& D& & <&& icion4rio de ,ineralo-ia e Gemolo-ia& O"icina de Te+tos& /ão >a!lo, 2334& G34 p& riscila Aparecida >essoa & @& ,inimisin- ilution (n 'arro;+ein ,ines& Tesis s!#mitted in "!l"ilment o" te re$!irements "or te De)ree o" Doctor o" >ilosopS& UniversitS o" J!eensland,233C& /T'.ART, >&@& TRU' < !evie of te fundamentals, 'r7metall, 1F4?&