ÍNDICE INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 CONCEITOS BÁSICOS CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA SISTEMA ABS (ANTILOCK (ANTILOCK BRAKE BRAKE SYSTEM) SYSTEM) ...................... 4 Generalidades Generali dades ................................................................................................ 4 ABS .................................................................................................................... 5 Componentes Compo nentes do sistem sistemaa ................................................................................. 5 Ciclo de funcionamento funcionamento ................................................................................... 5 CIRCUITO E ESQUEMA DE LIGAÇÕES CIRCUITO LIGAÇÕES DO ABS ABS ........................................................ 6 Veículos Veícul os 4x2 (19-320 (19-320 e 19-370)....................................................................... 19-370)....................................................................... 6 Veículos Veícul os 6x2 (25-320 (25-320 e 25-370)....................................................................... 25-370)....................................................................... 7 LUZ DE AVISO AVISO DO SISTEMA SISTEMA ABS .......................................................................... .......................................................................... 8 Luz de aviso aviso do painel painel ..................................................................................... ..................................................................................... 8 REDE CAN (CONTROLER (CONTROLER AREA AREA NETWORKER) NETWORKER) ......................................................... 9 Controlador Contro lador de extensão extensão de rede do sistema ABS no veículo ............................... 9 CENTRAL CENTR AL DE RELÉS E FUSÍVE FUSÍVEIS IS ........................................................................... 10 10 CONECTOR DIAGN CONECTOR DIAGNÓSTICO ÓSTICO NO VEÍCUL VEÍCULO O .............................................................. 11 Conector Conect or diagnó diagnóstico stico OBD ............................................................................. ............................................................................. 11 MÓDULO ELETRÔNICO DE CONTROLE DO ABS (ECM) ........................................... 12 Identificação Identi ficação dos conectores na ECM .............................................................. 13 Cuidados Cuidad os especiais especiais com a ECM ...................................................................... 13 Proteção Proteç ão interna da ECM ............................................................................... 13 Localização Localiz ação da ECM do sistem sistemaa ABS no veículo ............................................... 14 CONECTORES DA ECM - IDENTIFICAÇÃO DAS PINAGENS ..................................... 15 Conector Conect or X1 de 18 pinos ............................................................................... 15 Conector Conect or X2 de 18 pinos ............................................................................... 15 CONECTOR CONEC TOR DO SISTEM SISTEMA A ABS - REBOQ REBOQUE UE ............................................................ 16 SENSOR DE VELOC SENSOR VELOCIDADE IDADE DAS RODAS ................................................................ ................................................................ 17 Montagem Monta gem do sensor no alojamento em relação à roda dentada dentada ......................... 18 Teste do sensor de velocid velocidade ade com multím multímetro etro ................................................ ................................................ 19 Desenvolvimento da Rede - Treinamento
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RODA DENTA DENTADA DA................................................................................................ ................................................................................................ 20 VÁLVULA MODULADORA DE PRESSÃO DA CÂMARA DE FREIO ............................ 21 Condição Condi ção normal de frenagam de serviço (sem ABS)......................................... ABS) ......................................... 21 Condição Condi ção que identi identifica fica o travam travamento ento das rodas ............................................... 22 Manutenção Manut enção da pressão na câmara de freio ..................................................... 23 Condição Condi ção de trabalh trabalho o norma normalizada lizada .................................................................. 24 Teste da válvu válvula la modul moduladora adora de pressã pressão o ......................................................... 25 MANUTENÇÃO DO SISTEMA MANUTENÇÃO SISTEMA ABS ....................................................................... ....................................................................... 26 Verificação Verific ação do sistem sistemaa ABS ABS ........................................................................... 26 Falhas eletrônicas eletrônicas do sistema ABS ABS.................................................................. .................................................................. 26
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INTRODUÇÃO Segurança! Essa expressão sempre recebeu por parte da Engenharia da Volkswagen Caminhões e Ônibus um tratamento especial. A cada novo projeto, as atenções à segurança revelam-se mais intensas. Dotar os caminhões Volkswagen dos mais avançados recursos e sistemas de segurança foi, é e sempre será um objetivo da máxima prioridade. O recurso ABS - Antilock Brake System – aplicado aos caminhões Constellation 19-320, 19370, 25-320 e 25-370 faz parte desse objetivo e está à disposição dos clientes da marca para estabelecer o resultado de uma equação que já se tornou característica dos caminhões Volkswagen: Qualidade + Segurança = Confiabilidade. Caminhão Volkswagen! Nesse, você pode confiar.
O conteúdo inserido neste fascículo é parte complementar das ações de treinamento em sala de aula desenvolvidas pela área de Desenvolvimento da Rede e Treinamento, nas quais, os conceitos aqui mencionados são abordados de forma mais detalhada e poderão ser praticados nos agregados/veículos a que se referem. Participe dos eventos, leia com atenção e aproveite a oportunidade para ampliar seus conhecimentos! As informações e dados técnicos contidos nesta apostila estão sujeitos a alterações sem prévio aviso. Consulte sempre a literatura atualizada editada pela Volkswagen Caminhões e Ônibus.
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CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA ABS (ANTILOCK BRAKE SYSTEM) Generalidades
A ação de imobilização de um veículo em deslocamento sofre a influência de diversos fatores como velocidade, peso, tipo de piso, condições climáticas, força de frenagem etc. Estes fatores determinarão as condições em que essa imobilização se realizará. Duas dessas condições são determinantes para que acidentes sejam evitados: trajetória e distância percorrida até a parada total. Como principais causadores do aumento da distância de parada encontram-se o peso (carga) do veículo, velocidade e o tipo de piso da pista. Como principal causador da fuga da trajetória normal, encontra-se o travamento das rodas, principalmente das rodas direcionais, que provoca a perda de estabilidade do veículo. O ABS - Antilock Braking System, sistema eletrônico de gerenciamento que atua sobre a reação do sistema de freios de serviço de um veículo, tem como finalidade evitar o travamento das rodas durante uma frenada em situação de emergência, em condições desfavoráveis de atrito dos pneus com o solo, garantindo boa dirigibilidade e estabilidade do veículo. A ocorrência de travamento das rodas de um veículo durante a frenagem, provoca o aumento na distância de sua imobilização, além da perda da estabilidade direcional, tanto em retas como em curvas.
O sistema ABS permite manter o controle nessas situações, mesmo quando o piso se apresenta ou é de natureza escorregadia, como por exemplo, gelo na pista, asfalto com camada de óleo, lâmina de água, etc.
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ABS O sistema de gerenciamento eletrônico calcula inicialmente a velocidade individual das rodas, analisando os sinais vindos dos sensores de velocidade das rodas. Após isso, comparações lógicas entre os valores calculados e parâmetros estabelecidos pelo sistema são realizadas. Havendo escorregamento (velocidade das rodas x velocidade de referência), desacelerações serão calculadas para cada uma das rodas, implicando na atuação (ou não) do sistema. Consequentemente, com base nessas informações, o Módulo de Controle Eletrônico - ECM do ABS irá decidir sobre o aumento ou redução da pressão de ar nas câmaras de freio, controlando as rodas nas frenagens de forma a evitar seu travamento. As pressões são controladas por válvulas solenóides comandadas pela ECM. O início de atuação do sistema ABS sobre as rodas ocorre na faixa de 5 a 8 Km/h.
Componentes do sistema 1. Sensor de velocidade 2. Roda dentada 3. Câmara de freio 4. Válvula moduladora de pressão 5. ECM
Ciclo de funcionamento
Velocidade do veículo Velocidade de referência (calculada pela ECM) Sinal de velocidade da roda Pressão de serviço na câmara de freio Estado do modulador
Escorregamento da roda aumenta novamente - rápida mudança na desaceleração
o ã s al s u
re lv
Aumento p
á
Repetição do ciclo
e v d a
Manutenção ar
d o o d d al at
Exaustão u
s d E m
o
Tempo
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CIRCUITO E ESQUEMA DE LIGAÇÕES DO ABS Veículos 4X2 (19-320 e 19-370)
Circuito pneumático dianteiro Circuito pneumático traseiro Alimentação pneumática
1 - Sensor de velocidade da roda 2 - Módulo de controle eletrônico ABS 3 - Válvula moduladora de pressão
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4 - Câmara de freio 5 - Válvula moduladora de serviço (pedal)
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Veículos 6X2 (25-320 e 25-370)
Circuito pneumático dianteiro Circuito pneumático traseiro Alimentação pneumática
1 2 3 4
-
Sensor de velocidade da roda Módulo de controle eletrônico ABS Válvula moduladora de pressão Válvula moduladora de serviço (pedal)
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5 - Câmara de freio 6 - Válvula relé de freio
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LUZ DE AVISO DO SISTEMA ABS Para monitorar a atuação do ABS o painel conta com uma lâmpada de aviso instalada no display central. Caso a lâmpada venha a acender durante o funcionamento do veículo, estará indicando a ocorrência de uma falha no sistema. Os códigos correspondentes às falhas poderão ser constatados no próprio display digital do painel de instrumentos.
Luz de aviso do painel
PARE
15 10
20
40
25
X 100
5
50
30
km/h
20
30 35
70
80 90
100 110
10
0
60
120
0
125
+
4 2
6
10 0
1/2
8
12
H2 O
0
1/1
Símbolo
Indicação
Nota
ABS
Freio ABS
Indica uma falha no sistema do veículo ou em ambos
ABS
ABS do reboque e semi-reboque
Indica uma falha no sistema ABS do reboque e do semi-reboque
Para acessar as falhas do sitema ABS pelo display digital do painel o código a ser utilizado é “11”. Caso o reboque esteja equipado com ABS a luz de aviso será monitorada através da LU para o painel.
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REDE CAN (CONTROLER AREA NETWORKER) Controlador de extensão de rede do sistema ABS no veículo Com a entrada de um novo módulo de controle na rede CAN do veículo, adotou-se uma nova extensão na rede CAN para receber a ECM do sistema de freios ABS. Para tanto, usase o mesmo protocolo SAE J1939 que está ligado ao conector de diagnóstico. Informações a respeito da velocidade do veículo, assim como outras informações digitalizadas que o sistema possa necessitar, estão disponíveis na rede CAN. Tambem é possível realizar o diagnóstico do sistema ABS, pela rede CAN, usando a ferramenta diagnóstico VCO 950.
Caso o reboque esteja equipado com ABS, haverá interface deste sistema com a rede CAN do caminhão trator. Porém, os sistemas ABS do reboque e do caminhão trator permanecem independentes.
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CENTRAL DE RELÉS E FUSÍVEIS Com a inserção do sistema ABS no veículo, a central elétrica recebeu uma nova configuração. Esta configuração pode ser visualizada na parte interna da cobertura conforme figura abaixo.
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CONECTOR DIAGNÓSTICO NO VEÍCULO Conector diagnóstico OBD
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MÓDULO ELETRÔNICO DE CONTROLE DO ABS (ECM) A ECM tem como função monitorar os sinais enviados pelos sensores de velocidade, localizados individualmente nas rodas, e determinar, durante a frenagem de serviço do veículo e se necessário, a intervenção nas válvulas moduladoras de pressão das câmaras de freio. O controle da pressão para as câmaras de freio, diminuindo ou aumentando a pressão conforme necessidade operacional, é o que evita o travamento das rodas durante a frenagem. Para que ocorra o controle de variação da pressão nas câmaras de freio, a ECM determina uma velocidade e uma aceleração com base nos sinais recebidos pelos sensores das rodas. Esta velocidade, denominada “velocidade de referência”, é calculada através da média de velocidade das rodas, o que corresponde a aproximadamente a velocidade do veículo. Através de um critério de "ATRASO", um bloqueio ou escorregamento é reconhecido pela ECM. De acordo com o comportamento do movimento das rodas a ECM controla as válvulas moduladoras de pressão de ar que, por sua vez, modulam a pressão nas câmaras de freio, realizando a função do sistema ABS.
Se por algum motivo ocorrer falha no sistema, o condutor do veículo será avisado imediatamente por meio da luz de aviso de falha do ABS, localizada no display digital do painel.
ABS
ABS
Caminhão trator
Reboque ou semi-reboque
Devido ao constante monitoramento, todas as falhas (ativas e inativas) ficam armazenadas na memória da ECM e podem ser acessadas pelo VCO 950 ou pelo painel do veículo.
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Identificação dos conectores na ECM
conector X1 conector X2
Cuidados especiais com a ECM Quando houver a necessidade de remover ou plugar os conectores da ECM, é necessário antes, desligar a chave de contato ou desconectar a bateria. Ocasionalmente, pode surgir a necessidade de executar algum tipo de solda no veículo ou realizar carga rápida na bateria com aparelhos de recarga. Quando isso ocorrer, a bateria precisa ser desligada e os conectores da ECM removidos. Este procedimento evita que os módulos recebam cargas inadequadas, evitando danos internos. Alimentar a ECM fora do veículo também não é permitido.
Proteção interna da ECM A ECM está protegida contra: • Inversão da voltagem (polaridade). • Descarga eletrostática. • Anti-vírus (instalação de programas não originais) • Outros sinais temporários elétricos.
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Localização da ECM do sistema ABS no veículo Nos caminhões Constellation 19-320, 19-370, 25-320 e 25-370, a ECM do sistema ABS está localizada junto à central elétrica (e-rack), acima da Unidade Lógica.
ECM ABS
Um chicote exclusivo foi adicionado à central elétrica para atender aos sensores e atuadores do sistema ABS.
Veículo sem sistema de freios ABS
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Veículo com novo chicote para atender ao sistema de freios ABS
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CONECTORES DA ECM - IDENTIFICAÇÃO DAS PINAGENS As identificações das pinagens são distribuídas e posicionadas conforme mostram as ilustrações a seguir.
Conector X1 de 18 pinos
X1/16
X1/1
X1/18
X1/3
Conector X2 de 18 pinos
X2/16
X2/1
X2/18
X2/3
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CONECTOR DO SISTEMA ABS - REBOQUE Para os casos em que são utilizados o reboque ou semi-reboque com sistema ABS, um novo conector é instalado na parte traseira da cabine para realizar a ligação entre caminhão-trator e reboque. CONJUNTO DE BATERIAS COM MAX FUSE 110 A LINHA 31
LINHA 30 LINHA 15
RELÉ 15 86 LINHA 15
87a 30
85
FUSÍVEL 35 30A
CHAVE DE IGNIÇÃO
FUSÍVEL 34 10A CONECTOR DO ABS - (REBOQUE)
16
1 X R 3 O T C E 1 N O1 2 C
1
Válvulas Moduladoras
2
ECM do ABS do Reboque
3
5
ECM do ABS do Reboque (Via ECM do ABS Válvulas Moduladoras do Reboque) Sinal para Unidade Lógica
6
CAN ALTA (Reboque)
7
CAN BAIXA (Reboque)
4
8 7
B24
POSITIVO
87 (PÓS RELÉ 15)
NEGATIVO
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UNIDADE LÓGICA
SINAL
CRUZAMENTO DE LINHAS COM LIGAÇÃO
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SENSOR DE VELOCIDADE DAS RODAS O sensor de velocidade das rodas consiste em um corpo metálico moldado, com componentes plásticos e metálicos, sem tratamento térmico superficial, munido com um imã permanente e uma bobina de espiras em sua parte interna.
Sensor de velocidade
Carcaça Roda Dentada
Imã Permanente Bobina de Espiras
Capa protetora
Roda dentada
Este sensor tem como função detectar a velocidade periférica da roda do veículo (movimento) através de uma roda dentada montada junto ao cubo da roda.
Á medida que a roda dentada gira em relação ao sensor, variando sua velocidade, uma tensão de corrente alternada (VAC) é induzida na bobina do sensor. A freqüência desta tensão é proporcional à velocidade desenvolvida pela roda dentada. Desta forma, ao ser transmitido à ECM, este sinal de aspecto senoidal é analisado e interpretado em termos de velocidade periférica da roda.
t = Tempo Uss = Tensão induzida na bobina F = Frequência
Preste atenção ao tipo e ao número do sensor gravado na parte superior, quando instalado. Os sensores de velocidade diferem um do outro quanto ao comprimento do cabo - reto ou cotovelo (reto para rodas dianteiras e em cotovelo para rodas traseiras). O sensor é fixado sob pressão por uma luva de fixação alojada em um furo controlado. A luva de fixação dever ser substituída ao mesmo tempo que o sensor de velocidade.
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Montagem do sensor no alojamento em relação à roda dentada Para receber o sensor de velocidade, o furo de alojamento do sensor deve ser lubrificado adequadamente com graxa específica, resistente à alta temperatura (em geral, graxa à base de lítio). Nesta operação de montagem, primeiro, uma luva é inserida no furo do alojamento e depois o sensor é colocado até encostar na roda dentada. O sensor deve ser resguardado de batidas. O ajuste de posicionamento do sensor se dá automaticamente após o primeiro giro da roda. A distância ideal de trabalho entre sensor e roda é de, no máximo, 0,6mm, conforme indicado na figura.
Não deve ocorrer inversão na ligação dos terminais dos sensores entre os lados esquerdo e direito das rodas do veículo. Caso contrário a ECM vai controlar a frenagem pelos atuadores com as rodas invertidas no veículo
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Teste do sensor de velocidade com multímetro Após a montagem do sensor de velocidade, um multímetro pode ser utilizado para medir a resistência da bobina do sensor e verificar a presença de curto-circuito com a massa do veículo. No chicote do veículo, a continuidade dos fios até os pinos dos conectores da ECM e a presença de curto-circuito entre os fios também podem ser verificados. Adicionalmente, a tensão do sensor (VAC) pode ser medida, porém este valor depende dos seguintes fatores: distância existente entre o sensor e a roda dentada, e rotação da roda durante a medição.
Resistência da bobina do sensor:
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RODA DENTADA A roda dentada, juntamente com o sensor de velocidade, é componente fundamental para a geração de sinais a serem enviados à ECM. Montada no cubo da roda por meio de processo a quente (150° C), a roda contém 100 dentes e deve ser ajustada de tal forma que, quando o eixo do cubo gira, o movimento na direção radial (batimento) de qualquer região da roda não ultrapasse 0,2mm.
Durante a operação de montagem ou por ocasião de manutenções periódicas (troca das lonas de freio, rolamentos, etc.) impactos e pancadas na região dos dentes devem ser evitados. Caso isso ocorra, o sensor de velocidade poderá gerar sinais incoerentes à ECM, comprometendo o bom funcionamento do sistema ABS.
O mesmo se aplica para o caso de resíduos e sujidades entres os dentes da roda, que devem ser evitados.
Sensor de velocidade
Roda Dentada com contaminação
Resíduos de óleo, graxa ou de guarnições do freio prejudicam o funcionamento da roda dentada em relação ao sensor. O sinal para a ECM é afetado nessas condições.
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VÁLVULA MODULADORA DE PRESSÃO DA CÂMARA DE FREIO As válvulas moduladoras de pressão estão localizadas no veículo próximas às câmaras de freio e são controladas pela ECM por meio de pulsos elétricos. A válvula moduladora de pressão tem como função variar (aumentar, manter ou diminuir), conforme a necessidade instantânea e durante a frenagem de serviço, a pressão de ar disponibilizada à câmara de freio, que, por sua vez, atuará sobre a roda. O sistema ABS intervém na frenagem de serviço quando a força de frenagem instantânea aplicada na roda é maior do que o atrito entre o pneu da roda monitorada e o solo. Nesta situação, ocorre a rápida desaceleração, propiciando condição para travamento da roda. Em caso de falha na válvula moduladora de pressão, nos sensores de velocidade ou mesmo na ECM, a frenagem de serviço do veículo continuará operando normalmente, porém, sem a atuação do ABS.
Condição normal de frenagem de serviço (sem ABS) Devido a ação de frenagem (acionamento do pedal de freio) o ar comprimido entra pelo pórtico 1 e empurra a válvula membrana A, direcionando o fluxo em direção ao pórtico de saída 2. Como o sinal proveniente do sensor de velocidade permanece senoidal, a ECM não atua nas solenóides C e D, mantendo suas respectivas passagens fechadas (solenóide C mantém a passagem do assento superior fechada e solenóide D mantém a passagem do assento inferior fechada). Pela ação de uma mola, a válvula membrana B permanece fechada. Nesta condição, nenhum alívio é provocado pela ECM, sendo a pressão disponibilizada à câmara de freio. Pedal de freio
Câmara de freio
Roda dentada
Sensor de velocidade
ECM (ABS) Sinal senoidal
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Condição que identifica o travamento das rodas Na condição em que o travamento da roda está para ocorrer, o sinal senoidal proveniente do sensor de velocidade é alterado. Com base na interpretação deste sinal, a ECM energiza as bobinas C e D possibilitando a abertura de suas respectivas passagens (a solenóide C abre a passagem do assento superior e a solenóide D abre a passagem do assento inferior). No instante imediatamente após a abertura da válvula D, devido a pressão na câmara 1 ser maior do que a pressão atmosférica e existir comunicação desta câmara com o meio externo (passagem da válvula D aberta), ocorre queda de pressão nesta câmara. No momento em que as pressões estiverem iguais em ambos os lados da válvula membrana B, a mesma se abre, possibilitando a descarga de ar proveniente da câmara de freio e a conseqüente diminuição de pressão no mesmo. Com isso, a sapata de freio volta à posição de retorno e a roda tende a girar novamente, evitando o travamento. Ao mesmo tempo, como a solenóide C não permite a saída de ar para a atmosfera (nesta configuração) e o alívio de pressão está ocorrendo na câmara de freio, a mola da válvula membrana A fecha a passagem de fornecimento de ar comprimido, interrompendo o fluxo. Durante este processo a câmara 2 permanece pressurizada. A ECM monitora e comanda todas as válvulas moduladores de pressão do veículo simultâneamente.
2
1
Sinal senoidal alterado
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Manutenção da pressão na câmara de freio Com a roda do veículo liberada, um processo de restabelecimento de pressão (manutenção) é iniciado pela ECM até que a pressão na câmara de freio atinja a condição normal de trabalho. Com o aumento do sinal senoidal a ECM interrompe a energização da bobina D, provocando o fechamento de sua passagem. Com isso ocorre a pressurização da câmara 1 e o fechamento da válvula membrana B.
2
1
Sinal senoidal
Após este evento a ECM atua na bobina C, interrompendo sua energização. Com isso, a passagem do assento superior se fecha, provocando a despressurização da câmara 2. Como a pressão de ar na entrada do pórtico 1 é maior do que na câmara 2, a válvula membrana A se abre, permitindo que o fluxo pressurizado de ar atinja a câmara de freio. Durante o processo, a ECM avalia o sinal senoidal para determinar se a pressão aplicada na câmara de freio é suficiente ou se novos incrementos de pressão são necessários para que a pressão de trabalho seja atingida. Se um novo incremento de pressão for necessário, a ECM energiza novamente a bobina C possibilitando a abertura de sua passagem. Com isso, a câmara 2 é pressurizada e a válvula membrana A se fecha. A ECM analisa o sinal senoidal e interrompe a energização da bobina C, provocando o fechamento de sua passagem; a câmara 2 é despressurizada e a válvula membrana A aberta, permitindo que um novo fluxo de pressão atinja a câmara de freio. Estes ciclos, de abertura e fechamento da solenóide C, ocorrem em altíssimas frequências de acionamento e prosseguem até que a pressão na câmara de freio atinja um nível normalizado de trabalho.
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Condição de trabalho normalizada A partir do instante em que a roda do veículo passa a se movimentar livremente, o sinal senoidal produzido pelo sensor de velocidade é normalizado. Portanto, a ECM não atua mais em nenhuma válvula solenóide (solenóide C mantém a passagem do assento superior fechada e solenóide D mantém a passagem do assento inferior fechada) e o fluxo de ar pressurizado flui normalmente do pórtico 1 para a câmara de freio.
Sinal senoidal normalizado
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Teste da válula moduladora de pressão Quando ocorrer a necessidade de teste, a válvula moduladora de pressão deve ser testada com a tensão de trabalho da bateria, ou seja, 24V. A duração do teste envolve apenas alguns segundos, uma vez que um longo período pode ocasionar aquecimento e dano às válvulas solenóides. A resistência da bobina da solenóide deve estar compreendida entre 12 e 19 Ohms, a uma temperatura de 20°C (solenóides de 24V). A tensão aplicada não deve ultrapassar 33,5V. 12 - 19
Ω (sistemas
24V)
ABS VALVE
Indicação dos pinos
P1 = massa P2 = positivo P3 = positivo
Teste de resistência
P1 e P2 P1 e P3
P3
P1
P2
P3
P1
P2
Os chicotes de conexão com a ECM também podem ser testados. Os itens que devem ser verificados são: • Alimentação de 24V pela ECM • Continuidade nos fios entre os pinos dos conectores da ECM e válvula moduladora • Curto-circuito entre os fios • Curto-circuito das bobinas em relação à massa Após a manutenção do sistema (válvulas e sensores), deve-se verificar a ausência de falhas. Com o veículo em movimento, aciona-se o freio. A ação de frenagem das rodas fará com que sistema reconheça todos os sensores de velocidade com seus respectivos atuadores. Com isso, a luz de falha do painel será apagada.
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MANUTENÇÃO DO SISTEMA ABS Verificação do sistema ABS Possíveis problemas • • • • • • •
Conector desconectado; Sensor de velocidade ajustado incorretamente; Roda dentada danificada ou ajustada incorretamente; Cabo dos sensores e válvulas invertidos; Cabos rompidos; Cabos em curto circuito com a massa ou bateria; Componentes instalados incorretamente
Periodicidade de manutenção Intervalos de serviço: 3 anos ou 300.000 km. • Verificar a funcionabilidade do sistema usando equipamento de teste VCO 950 • A funcionabilidade elétrica do sistema ABS é verificada automaticamente • Componentes do sistema ABS não são reparáveis (a troca deve ser feita por completo)
Semestralmente ou a cada 50.000 Km • Verificação básica do sistema de freios • Verificação de vazamentos • Aplicação do freio de serviço • Aplicação do freio de estacionamento
Rotina de inspeção diária • Remover mistura que possa existir nos reservatórios de ar e verificar o funcionamento do secador de ar.
Falhas eletrônicas do sistema ABS Os testes e o diagnóstico de falhas dos sensores e atuadores do sistema devem ser feitos com a ferramenta de diagnóstico eletrônico VCO-950.
ABS é um sistema de segurança. As respectivas manutenções devem ser realizadas para o bom funcionamento do sistema.
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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