APOSTILA
VIOLÃO POPULAR
Tom Maior Escola de música
VIOLÃO POPULAR
INTRODUÇÃO Como todo bom curso ou apostila de violão, vamos falar um pouquinho sobre a história desse maravilhoso instrumento! O violão é um instrumento de cordas como a harpa e o alaúde e, como estes, também teve sua origem no Oriente. Quando os mouros, no século VIII, dominaram a Espanha, deixaram lá muitos dos seus hábitos e costumes, que assimilados pelo povo espanhol permaneceram entre eles até os nossos dias atuais. Assim foi com o violão. Tão apreciado foi na Espanha que se tornou o instrumento popular, espalhando-se depois de lá para toda a Europa, com o nome de “guitarra espanhola”, ficando este país conhecido como sua terra de origem. Antes do violão, era o alaúde o instrumento mais conhecido na Europa e tão grande foi o sucesso do violão ou guitarra espanhola, que o alaúde foi em pouco tempo completamente esquecido. No ano de 1800, já o violão era conhecido no mundo inteiro e músicos notáveis como Schubert, Paganini e Weber compuseram belíssimas páginas musicais especialmente para violão. Hoje sabemos o quanto este instrumento é querido e apreciado em qualquer gênero de música. Principalmente no Brasil, onde é o instrumento musical mais popular, onde podemos ver músicas maravilhosas feitas apenas utilizando a musicalidade do violão. Somente no Brasil e em Portugal o violão é conhecido por este nome, no resto do mundo ele é conhecido como “guitarra”.
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ANATOMIA DO VIOLÃO - Boca: Orifício localizado no corpo do violão por onde o som se propaga. - Braço: Parte do instrumento que da suporte á escala. - Caixa de ressonância: Conjunto responsável pela amplificação do som. É formada basicamente pelo fundo, faixas e tampo, no caso dos violões Munhoz® encontramos varetas em seu interior. - Casas: Indicam exatamente a localização das Nota musicais no caso do violão e de outros instrumentos “temperados”.
- Cavalete: Serve para prender as cordas e suporte para o rastilho. Dica: fica bonito quando feito do resto do ébano que geralmente sobra da escala. - Cordas: Parte fundamental onde se originam as notas musicais. - Escala: Fixada no braço e na maioria das vezes no tampo, o que atrapalha a performance do mesmo. Da suporte ás casas e aos trastes. - Faixas: São as laterais do violão, geralmente feita da mesma madeira do fundo.
- Fundo: Componente fundamental da caixa de ressonância. - Mão: Encontrada na parte superior do braço, serve de suporte para o mecanismo das tarrachas. - Mosaico: Feito de minúsculos pedaços de madeira serve de ornamentação. - Pedacinho: Muito utilizado para igualar a altura do braço á altura do fundo. - Pestana: Uma pequena barra de osso, plástico ou madrepérola, fixada entre o início do braço e a cabeça. Possui um pequeno sulco entalhado para a passagem de cada corda. Isso permite o posicionamento correto das cordas. A pestana serve para apoiar as cordas na extremidade do braço. É o ponto de origem do comprimento das cordas e muitos o consideram como o traste zero.
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- Rastilho: Parte do instrumento que se apóia as cordas presas ao cavalete. Osso ou marfim são incomparáveis e fornecem grande apoio ás cordas, por serem inflexíveis e rígidos não absorvem as ondas ao contrário de alguns materiais utilizados hoje em violões baratos que absorvem o som por ser flexível. - Tampo: Corresponde ao corpo do violão. Onde a sonoridade varia de acordo com o tamanho, formato, madeira usada na confecção do instrumento etc. Experimentos recentes que moldaram um violão de diversos materiais e combinaram com diversos tipos de tampos, sugerem que o tampo é o grande responsável pela sonoridade o resto influencia muito pouco. (na sonoridade é claro). Lembrando que uma escala de madeira dura como o ébano e o pau-brasil preservam as vibrações do tampo e ai vai, mas o tampo que da a palavra final. - Tarrachas: Tem a finalidade de alcançar a afinação correta, afrouxando ou apertando as cordas, conforme a necessidade.
- Trastes/Trastos: São pequenas barras de metal (geralmente alpaca ou ligas de níquel) montadas sobre a escala e que definem os pontos exatos em que a corda deve ser dividida para obter cada uma das notas. Quando o músico encosta o dedo sobre uma corda ela pousa sobre a escala e fica apoiada sobre o traste.
O comprimento vibrante da corda passa a ser aquele entre o traste e o rastilho. Os trastes são montados nos instrumentos modernos para permitir que as guitarras tenham temperamento igual. Conseqüentemente a razão entre as distâncias de dois trastes consecutivos é, cujo valor numérico é aproximadamente 1,059463. Como essa razão é aplicada sucessivamente a cada intervalo, isso explica porque as casas próximas? Pestana são mais largas que aquelas próximas ao corpo do instrumento. O 12º traste divide a corda exatamente na metade e o 24º (se existente) divide a corda em um quarto do comprimento total (entre a pestana e o rastilho). Cada doze trastes representam um intervalo de exatamente uma oitava.
- Varetas: Adaptadas ao violão pelo Luthier Brasileiro Francisco Munhoz tem a função de distribuir as ondas sonoras afim de utilizar a parte morta do violão (parte da caixa de ressonância entre a boca e o braço) afim de equalizar o som, a grosso modo o “E” soa perfeitamente como o “e”. Obs: 1 – Toda nomenclatura assim como formato, presença ou ausência de certas partes variam e muito de um instrumento para outro.
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CORDAS As cordas do Violão podem ser de aço ou de nylon, mas é importante lembrar que temos que ter alguns cuidados com relação a isso. Normalmente o violão (violões) já é construído para usar um determinado tipo de corda (encordoamento). Em geral violões com cordas de nylon são de construção mais leve (violão recomendado para iniciantes) e tem sua caixa não muito reforçada internamente, para que possa vibrar mais e assim ter maior sonoridade. Sendo assim, nesse tipo de violão, cordas de aço podem deslocar o cavalete do instrumento (violão) ou até entortá-lo com o tempo, por exercerem maior pressão sobre o tampo. Violões que utilizam cordas de aço são normalmente mais reforçados, para garantir que a caixa e o cavalete suportem a pressão das cordas. Nesse caso, se trocarmos o tipo de jogo de cordas e utilizarmos o encordoamento de nylon, grande parte da sonoridade do instrumento não será aproveitada. Uma das dúvidas mais frequentes entre os violonistas é sobre qual tipo de encordoamento usar. As mais pesadas são as melhores? As leves têm menos sonoridade? Devemos tocar com a ação das cordas mais alta para conseguirmos volume maior? As respostas a estas perguntas são menos objetivas do que se espera? Sempre existe a falsa idéia de que há uma melhor medida ou marca de cordas e que, para todas as pessoas, elas devem funcionar da mesma maneira.
Na verdade, a escolha correta do encordoamento tem de levar em conta uma série de fatores como o tipo de música que se pretende tocar, a sonoridade que se quer atingir, qual o violão que está sendo usado, além de uma minuciosa observação do próprio comportamento muscular. Há, no entanto, fatores que nos ajudam a determinar uma escolha. Cordas pesadas tendem a vibrar menos, portanto aceitam mais impacto proporcionando volume maior. Já os leves necessitam de pouca energia, o que deve favorecer a interpretação. O problema é que existem violões mais tensos. Neles, as cordas mais leves têm o comportamento parecido com as pesadas. Proporcionalmente, há instrumentos com menos tensão que podem exigir encordoamento muito mais dens. Em resumo: tudo é relativo. O que se pode observar é que, apesar de tantas variantes, a grande maioria busca um som alto e firme? Sem perceber que talvez busque por este objetivo não dependa apenas do encordoamento ou das características do instrumento e de sua regulagem. A maneira de executar pode contribuir muito. O ideal é não sofrer na hora de tocar, ou seja, sem esforço e a obrigação de vencer a tensão das cordas ou da mecânica do violão, favorecendo? Assim a liberdade de movimentos e a interpretação. É muito comum o jovem violonista priorizar o volume em detrimento do timbre, o que o leva a buscar violões mais tensos, com ação mais alta e encordoamentos mais pesados.
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Mas é bom lembrar que tal escolha pode acarretar problemas relacionados? Fadiga muscular e, até mesmo, lesões por esforço excessivo. Uma boa base técnica ajuda muito na confecção da receita pessoal. O ângulo é um importante recurso. Quando a mão direita está colocada corretamente, o ataque ocorre de tal forma que a corda vibra paralelamente? Escala, diminuindo muito o risco do trastejamento e aumentando os limites da dinâmica, sem sobrecarga da mão esquerda. Com o violão regulado, a tensão adequada do encordoamento, a técnica em dia e os objetivos artísticos definidos? Podemos então escolher a marca? E qual é a melhor? Levando-se em conta que violões distintos respondem de forma diferente a um mesmo encordoamento, o que torna a escolha mais difícil, exigindo uma minuciosa comparação, posso dizer com toda certeza do mundo: no fundo é uma questão de gosto!
Se o seu violão, de uns tempos para cá, parece ter perdido o som, os agudos e os baixos ficaram abafados e as notas dos acordes se tornaram sem brilho. É a hora de trocar as Cordas! Muito frequentemente esquece-se esse tipo de manutenção do violão: não é difícil encontrar violonistas que tocam com cordas gastas do violão, com o revestimento completamente oxidado, com cordas desafinadas. As cordas do violão devem ser trocadas muito antes de chegar a esse estado. O certo é substituí-las de poucos em poucos meses, dependendo evidentemente, da frequência com que o instrumento (violão) é usado. Isso vale principalmente para os principiantes, pois as cordas velhas perdem a afinação, dificultando assim o desenvolvimento de um bom ouvido musical. (Aulas de Violão e Percepção Musical) Depois de colocadas, as novas cordas do violão requerem cerca de dois a três dias de uso para ficarem amaciadas. Para prolongar o tempo de duração das cordas do violão, depois de tocar, passe sempre uma flanela para retirar a sujeira.
A INSTALAÇÃO DE CORDAS NO VIOLÃO Fabricantes de violões, muitas vezes aconselham que as cordas novas sejam colocadas uma por vez no violão. A idéia é que retirar todas as cordas velhas do violão de uma só vez reduz a tensão no braço do instrumento, podendo distorcê-lo. Na realidade, isso é pouco provável. Talvez, o mais importante seja soltar as cordas do violão por igual, de forma que a tensão seja reduzida equilibradamente. Às vezes, as cordas arrebentam ao serem instaladas, e o chicotear das pontas soltas pode ser perigoso. Por isso, deve-se manter o rosto afastado das cordas ao afiná-las,
principalmente quando o violão utiliza cordas de aço. As cordas jamais devem ser afinadas mais de um tom acima do diapasão. Isso não apenas aumentaria a probabilidade de quebras, como também provocaria uma grande tensão no braço do violão, que poderia se distorcer. Ao colocar as cordas no violão ou na guitarra, é comum que quando a última estiver sendo afinada, a primeira já tenha descido de tom. Por isso caro leitor, tenha sempre em mente: Cordas novas sempre levam alguns dias para se estabilizarem, e então permanecem aproximadamente afinadas!
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AFINAÇÃO Este é um procedimento um pouco difícil para o principiante, mas é bom que você tente para ir se acostumando. Por favor, não arrebente a corda do violão! O violão tem 6 acordas, a saber E B G D A E de baixo para cima. Dependendo de quanto à tarraxa estiver esticada essas cordas podem ter outro som que não os necessários, corda mais folgada som mais baixo e corda mais apertada som mais alto. O que você tem a fazer é esticar convenientemente essas cordas. Afrouxe a 6a corda (E mais grossa) e vá rodando a tarraxa, a corda não pode ficar folgada nem apertada demais. Se o violão já estava mais ou menos afinado deixa-a como está. Coloque um dos dedos na 5a casa da corda E. Afrouxe a tarraxa da corda A e vá apertando aos poucos. O som produzido deve ser igual ao da corda A, já que o E na 5a casa é um A.
Repita o processo para a corda D e para a corda G. Faça o mesmo procedimento para a corda B, só que apertando na 4a casa ao invés da 5a, já que para fazer um B devemos apertar na 4a casa. Volte a apertar na 5a casa e afine a E mais fina. Quando estiver afinando repare que por causa de um fenômeno chamado ressonância, quando a corda de baixo estiver afinada a mesma vibrará sem você tocar nela! Toque a primeira corda, escute o som e depois toque a segunda. Ouça se é preciso apertar ou folgar a tarraxa. Com o tempo você perceberá as mínimas diferenças entre os sons. Por enquanto seu ouvido ainda não está acostumado e não existe uma fórmula mágica para fazer isso depressa, por isso não desista nem se encabule se você não conseguir uma afinação satisfatória. Podemos também afinar pelo teclado, veja o desenho abaixo:
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DE OLHO NA TEORIA MÚSICA: É a ARTE de combinar os SONS simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção dentro do tempo. É a ARTE de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante o SOM. As principais partes que a MÚSICA é constituída são: 1) MELODIA – É a combinação dos SONS SUCESSIVOS (dados um após o outro). É a concepção horizontal da Música. 2) HARMONIA – É a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS. (dados de uma só vez). É a concepção vertical da Música. 3) CONTRAPONTO – É o conjunto de melodias dispostas em ordem simultânea. É a concepção ao mesmo tempo horizontal e vertical da Música. 4) RÍTMO – É a combinação dos valores (tempo).
PARA LEMBRAR “ Lembre-se: entender os princípios da teoria fazem o músico tocar com segurança!”
VAMOS AO VIOLÃO Coordenação Motora Os dedos das mãos obedecem a uma numeração que facilita a execução e o entendimento dos movimentos a serem executados pelo violonista. Observe os desenhos:
Exercícios para a mão esquerda: 1234 1243 1342 1324 1423 1432
2314 2341 2413 2431 2134 2143
3412 3421 3214 3241 3124 3142
4321 4312 4213 4231 4132 4123
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AS FORMAS DE LER E ESCREVER A MÚSICA NO VIOLÃO
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Temos duas formas de tocar o violão popular: SOLO E ACOMPANHAMENTO! Começaremos primeiro pelo solo. Os solos ou melodias como vimos na teoria são escritos de três formas: 1. Partitura – é a escrita digamos oficial ou seja a real da música. Onde as notas musicais são escritas na pauta. No curso de violão popular nível 1 não entraremos em detalhes sobre a escrita musical. 2. Solo por números – é um sistema de escrita musical onde representamos as notas por dezenas sendo o primeiro número da dezena representa a corda a ser tocada e o segundo número da dezena a casa a presa no braço do violão. 3. Tablatura – é um sistema de linhas horizontais e paralelas onde cada corda é representada por uma linha e sobre estas linhas se escrevem números que representam onde estas cordas são presas. Vejamos alguns exemplos destas escritas: Partitura:
Solo por números: 20 - 10 - 13 - 12 - 10 - 17 - 15 - 12 - 10 - 13 - 12 - 24 - 11 - 10/20 20 - 10 - 13 - 12 - 10 - 17 - 110 - 19 - 18 -- 15 - 18 - 17 - 16 - 20 - 13 – 10 Tablatura:
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DE OLHO NA TEORIA Acidentes Musicais São sinais que alteram a altura das notas. Conforme tabela abaixo:
Tipos: A) Ocorrentes: São aqueles que aparecem no decorrer da música. Quando alteramos uma nota e a mesma se repete dentro do compasso o acidente não precisa ser repetido para determinar a alteração na nota. B) Fixos: São colocados após a clave no início da partitura. Alteram todas as notas correspondentes ao acidente anotado junto à clave no decorrer de toda a música. • SUSTENIDO – eleva a nota em um semitom
• BEMOL – abaixa a nota em um semitom
Veja que o fá# e o solb são tocados na mesma casa, portanto tem o mesmo som, este fenômeno chamamos de enharmonia, ou seja, nomes diferentes para o mesmo som. Para os violonistas o tom equivale a duas casas e o semitom a uma casa de distância.
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VAMOS AO VIOLÃO Quase todo mundo sabe o nome das notas musicais DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI. Acontece que num violão, por exemplo, temos mais de um DÓ, portanto depois do SI vem outro DÓ e a ordem segue normalmente. Tenho notado nesses anos em que leciono música que a dificuldade de grande parte dos alunos é com a ordem decrescente das notas SI LÁ SOL FÁ MI RÉ DÓ. Portanto antes de tocar memorize a ordem crescente e decrescente das notas, vamos lá? DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ DÓ SI LÁ SOL FÁ MI RÉ DÓ No violão as cordas são contadas de baixo para cima, sendo as mais graves em cima e as mais agudas em baixo. As notas são obtidas percutindo as cordas com os dedos, sendo que as cordas soltas já soam com uma nota musical, mas as outras notas obtêm pressionando as cordas no braço do violão e uma determinada casa. É extremamente importante ao violonista memorizar as notas no braço do violão, disto depende sua “vida” como músico. Vejamos as notas no braço do violão:
Memorize as notas primeiramente até a 5ª casa, depois até a 10ª.
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DE OLHO NA TEORIA Escala Maior Sendo escala uma série de sons ascendentes ou descendentes na qual o último será a repetição do primeiro uma oitava acima ou abaixo. A escala pode ser maior ou menor. O exemplo para formarmos a escala maior é a escala de dó por não conter em sua formação notas alteradas.
Os números romanos sobre cada nota indicam os graus da escala. Grau é o nome dado às notas da escala. Para construir escalas maiores nas diversas alturas, basta seguir a mesma estrutura em relação aos intervalos de um grau para outro, isto é, intervalo de semitom entre os graus III-IV e VII-VIII, e de tom entre os demais. Se mantivermos os mesmo desenhos trocando a casa onde está a tônica temos as escalas em todos os tons nas mesmas digitações abaixo:
Toque estas escalas com as digitações em todos os tons! Sustenidos e bemóis nas tonalidades- Armadura de Clave As escalas construídas nas demais alturas para obedecerem a regra de formação da escala de Dó maior necessitam de acidentes (sustenidos e bemóis). Estas alterações são colocadas junto à clave, sendo então chamados de acidentes fixos e passam a compor a: ARMADURA DE CLAVE Vejamos então os sustenidos existentes nas tonalidades maiores e suas armaduras:
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Sol maior- 1 sustenido - fá Ré maior- 2 sustenidos- fá e dó Lá maior- 3 sustenidos- fá, dó e sol Mi maior- 4 sustenidos- fá,dó,sol e ré Si maior - 5 sustenidos- fá,dó,sol,ré e lá Fá# maior-6 sustenidos- fá,dó,sol,ré,lá e mi Dó# maior- 7 sustenidos fá,dó,sol,ré,lá,mi e si.
Vejamos agora as tonalidade maiores com bemóis e suas armaduras: Fá maior- 1 bemol- si Sib Maior- 2 bemóis- si e mi Mib maior- 3 bemóis- si,mi e lá Láb maior- 4 bemóis- si,mi,lá e ré Ré b maior- 5 bemóis- si,mi,lá,ré e sol Solb maior- 6 bemóis- si,mi,lá,ré, sol e dó DóB maior- 7 bemóis- si,mi,lá,ré,sol,dó e fá
PARA LEMBRAR “ É importantíssimo memorizar os acidentes em todas tonalidades.”
ESCALAS MENORES As escalas menores seriam achadas da mesma forma que a escala maior preenchendo intervalos de tom e semitom entre os graus, todavia veremos uma forma mais prática de construirmos essas escalas a partir da escala maior. Daremos como exemplo as escalas menores em dó cabendo à você construir nas demais tonalidades. Escala menor natural ou primitiva Encontra-se abaixando o III, VI e o VII graus da escala maior em um semitom.
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Escala menor harmônica Encontra-se abaixando o III e o VI graus da escala maior em um semitom.
Escala menor melódica Encontra-se abaixando o III grau da escala maior em um semitom.
Como exercício toque as digitações das escalas menores em todos tons! Escala menor natural
Escala menor harmônica
Escala menor melódica
Observe bem ao tocar que as notas marcadas em branco são as tônicas.
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INTERVALOS É distância entre dois sons (duas notas). No violão contamos os intervalos pelo número de casas, pois cada casa equivale a um semitom a partir da nota base. Os intervalos surgem a partir da escala maior, assim sendo temos: DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ T 2 3 4J 5J 6 7 8 Os intervalos maiores são a 2ª, 3ª, 6ª e 7ª e os justos (perfeitos) a 4ª, 5ª e 8ª. Assim sendo temos duas grandes famílias de intervalos MAIORES E JUSTOS. Para acharmos os intervalos menores abaixamos em um semitom os intervalos maiores. Para achar os intervalos aumentados aumentamos em um semitom os justos e para encontrar os intervalos diminutos abaixamos em um semitom os intervalos menores e os justos. Veja o gráfico:
Temos ainda intervalos chamados de compostos, pois ultrapassa a oitava, na prática esses intervalos sãos os intervalos da oitava uma oitava acima assim sendo temos a equivalência abaixo: 2ª é igual a 9ª, 4 é igual a 11ª e 6ª igual a 13ª 14
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QUADRO DOS INTERVALOS E SÍMBOLOS USADOS NA CIFRAGEM DOS ACORDES OBS: o exemplo está em Dó maior
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QUADRO DOS INTERVALOS USADOS EM CIFRA EM TODAS AS TONALIDADES
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INTERVALOS NO BRAÇO DO VIOLÃO
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Sinais usados na cifragem
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ACORDES NATURAIS I – TRÍADES Tríade maior ou acorde perfeito maior é a raiz de todos os acordes maiores e é formado por fundamental, terça maior e quinta justa. Veja o exemplo em Dó maior:
Tríade menor ou acorde perfeito menor é raiz de todos os acordes menores e é formado por fundamental, terça menor e quinta justa. Veja o exemplo em Dó menor:
Tríade aumentada é formada por fundamental, terça maior e quinta aumentada. Vejamos o exemplo em Dó aum
Tríade diminuta formada por fundamental, terça menor e quinta diminuta. Vejamos o exemplo em Dó dim
O termo TRÍADE quer dizer acorde de três sons com terças superpostas.
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VAMOS AO VIOLÃO Acordes em tríades maiores em suas principais posições Exemplo em dó transponha-os para todos os outros tons. Tríade Maior- C (Dó maior) T 3 5J = dó mi sol
C7M
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1 4
2 3
1 1
Acordes em tríades menores em suas principais posições Exemplo em dó transponha-os para todos os outros tons. Tríade Menor- Cm (Dó menor) T b3 5J = dó mib sol
Na prática as tríades aumentada e diminuta acabam não sendo tocadas, pois harmonizamos com tétrades aumentadas e acordes de sétima diminuta e meio diminutos.
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DE OLHO NA TEORIA Acordes naturais II – TRÉTRADES Tétrade Diatônica Maior: é formada pela fundamental, terça maior, quinta justa e sétima maior. Vejamos o exemplo em Dó:
Tétrade Diatônica menor: é formada pela fundamental, terça menor, quinta justa e sétima menor. Vejamos o exemplo em Dó:
Acorde Maior com Sétima Menor (acorde de sétima da dominante): é formado por fundamental, terça maior, quinta justa e sétima menor. Vejamos o exemplo em Dó:
Acorde Meio-Diminuto: é formado pela fundamental, terça menor, quinta diminuta e sétima menor. Vejamos o exemplo em Dó:
Acorde Diminuto: é formado pela fundamental, terça menor, quinta diminuta e sétima diminuta. Vejamos o exemplo em Dó:
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VAMOS AO VIOLÃO Vejamos o exemplo das tétrades na tonalidade de Dó. Tétrade Maior- C7M (Dó com sétima maior) T 3 5J 7 = dó mi sol si
Tétrade Menor- Cm7 (Dó menor com sétima) T b3 5J b7 = dó mib sol sib
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Tétrade Dominante- C7 (dó com sétima) T 3 5J 7 = dó mi sol sib
Tétrade Diminuta – C° (Dó diminuto) T b3 b5 7dim = dó mi sol si°
Tétrade meio-diminuta-C7(b5) T b3 b5 b7 = dó mib solb sib
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RITMOS
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A partir de agora vamos estudar alguns ritmos e em seqüencias básicas de acordes e começarmos a montar um repertório de canções. O estudo dos ritmos é importantíssimo para o desenvolvimento da técnica do violonista popular. Dedique tempo ao seu estudo, sem pressa. A experiência como músico e como professor tem me mostrado que vencer a tentação de tocar prematuramente algumas canções e estudar os ritmos leva o aluno a um aprendizado sólido onde tocará não apenas algumas canções, mas todas as canções populares que desejar. È importantíssimo que você entenda os sinais que convencionei para estudo dos ritmos, então, os vejamos: Sinais convencionais para a mão direita DEDILHADO Baixo Fundamental: é tocado com o polegar e indicado na posição. Baixo Auxiliar: é tocado com o polegar e indicado na posição. Indicador: puxa a 3ª corda. Médio: puxa a 2ª corda. Anular: puxa a 1ª corda. Indica as cordas que deverão ser tocadas juntas. BATIDA Descida do polegar por todas as cordas. Subida do polegar por todas as cordas (usando a unha). Subida do indicador por todas as cordas. Descida do indicador por todas as cordas (usando a unha). Batida dos dedos i m a nas cordas primas (usando unhas) Abafar o som com a palma da mão ou com a mão fechada.
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Compasso: è a divisão da música em partes iguais (de mesma duração). Estas partes chamadas compassos serão denominadas nesta apostila batidas ou dedilhados, e são por sua vez, dividias em tempos. Tempo: é a marcação constante e regular que pode ser feita batendo-se o pé ou contando (1 2 3 4), conforme a indicação que aparece na batidas ou dedilhado. Se houver subdivisão nos tempos de um compasso, aparecerá outra contagem mais detalhada abaixo dos movimentos a serem executados. VANEIRA – VANEIRÃO – CHIMARRITA – BUGIO - RASGUIDO
9. P (ima) P + i (ima) (Am) 10. P (ima) P + (ima) + (G) 11. P (ima) + i (ima) (C)
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MILONGA 12. P i m P i m P i (Am) 13. P (i (ma) + i (ma) + i (Em) 14. P (i (ma) + i (ma) x i (Am)
XOTE – MARCHA
21. P (ima) + (ima) P (ima) + (ima) (G) 22. P (ima) + (ima) (E) CHAMAMÉ – GUARÂNIA – CHACARERA
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VALSA – RANCHEIRA
29. P (ima) (ima) (Am ) 30. P (ima) + (ima) + (ima) (G) 31. P i (ma) i (ma) i (Em) POLCA 32. P (ima) + (ima) + (ima) P (ima) + (ima) + (ima) (Am)
CANÇÃO – TOADA- ROCK – POP
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42. P i (ma) i (C) 43. P i m i a i m i (D) 44. P i m a + i m a (E) 45. P + i m a i m a (Am) 46. P (ima) (ima) P (ima) (ima) (G) SAMBA – CHORINHO – BOSSA NOVA 47. P (ima) ‘ (ima) P (ima) ‘ (ima) (A) 48. P (ima) ‘ (ima) P ‘ (ima) ‘ (G) 49. P ‘ (ima) ‘ P (ima) ‘ (ima) (D) 50. P (ima) ‘ (ima) P i (ma) i (Am)
BAIÃO – FORRÓ
BOLERO 51. P (ima) ‘ (ima) + (ima) + (ima) (E) BALADA 52. P i m a m i (Am)
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APÊNDICE Braço do violão para marcar acordes.
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Partitura Clave de Sol
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Partitura Clave de sol com tablatura
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Professor: Antônio Neves
Email:
[email protected] (51) 3452-4117 | 8565-6155 R. Jorge Assum, 304/305 - Sapucaia do Sul