Torneiro Mecânico Operações em Torno Mecânico
Torneiro Mecânico – Operação em Torno Mecânico © 2010 - SENAI São Paulo - Departamento Regional Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Equipe responsável Diretor da Escola Coordenação Pedagógica Coordenação Técnica Organização do conteúdo
Nivaldo Silva Braz Paulo Egevan Rossetto Antonio Varlese Senai “Humberto Reis Costa”
Ficha catalográfica SENAI. SP Torneiro Mecânico Operação em Torno Mecânico/ SENAI. SP - São Paulo: Escola SENAI “Humberto Reis Costa”, 2010.
Escola SENAI
Humberto Reis Costa Rua Aracati Mirim, 115 – Vila Alpina São Paulo - SP - CEP 03227-160 Fone/fax: (11) 2154-1300 www.sp.senai.br/vilaalpina
Sumário TORNEAR SUPERFÍCIE CILÍNDRICA C ILÍNDRICA NA PLACA UNIVERSAL ................................................. 5 FACEAR ................................................................ ...................................................................................................................................... ......................................................................... ... 9 FAZER FURO FU RO DE CENTRO ........................................................................................................ ........................................................................................................ 13 TORNEAR SUPERFÍCIE CILÍNDRICA C ILÍNDRICA NA PLACA UNIVERSAL E CONTRAPONTA ............... 17 TORNEAR SUPERFÍCIE CÔNICA USANDO O CARRO SUPERIOR ........................................ 21 FURAR COM AUXÍLIO DO CABEÇOTE MÓVEL ....................................................................... 27 TORNEAR SUPERFÍCIE CILÍNDRICA C ILÍNDRICA EXTERNA ENTRE PONTAS ........................................ 31 ESMERILHAR SUPERFÍCIE PLANA EM ÂNGULO ................................................................... ..................................................................... 35 35 RECARTILHAR NO TORNO ................................................................... ........................................................................................................ ..................................... 41 SANGRAR E CORTAR NO TORNO.................................................................. ............................................................................................ .......................... 45 ROSCAR COM MACHOS NO TORNO ....................................................................................... ....................................................................................... 53 ROSCAR COM COSSINETE NO TORNO .................................................................................. .................................................................................. 57 TORNEAR SUPERFÍCIE CILÍNDRICA INTERNA ...................................................................... ........................................................................ 61 TORNEAR E FACEAR REBAIXOS INTERNOS ........................................................... .......................................................................... ............... 65 CENTRAR NA PLACA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES.................................... 69 CALIBRAR FURO COM ALARGADOR NO TORNO ............................................................... ................................................................... .... 73 TORNEAR PEÇA EM MANDRIL ................................................................................................. ................................................................................................. 77 TEMPERAR E REVENIR ............................................................................................................. ............................................................................................................. 83 PERFILAR COM FERRAMENTA DE FORMA ............................................................................ 87 ABRIR ROSCA TRIANGULAR EXTERNA EXTERNA POR PENETRAÇÃO PERPENDICULAR PERPENDICULAR................ 89 ABRIR ROSCA TRIANGULAR DIRETA DIRETA INTERNA .................................................................... ...................................................................... 95 TORNEAR SUPERFÍCIES CÔNCAVAS E CONVEXAS (MOVIMENTO BIMANUAL) ................ 99 TORNEAR EXCÊNTRICO ......................................................................................................... 105
TORNEAR COM LUNETA FIXA ................................................................................................ 111 REAFIAR BROCA HELICOIDAL ................................................................................................ 113 TORNEAR SUPERFÍCIE CÔNICA DESALINHANDO A CONTRAPONTA...............................117 ABRIR ROSCA QUADRADA EXTERNA ................................................................................... 121 ABRIR ROSCA MÚLTIPLA (EXTERNA E INTERNA) ............................................................... 126 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 132
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Tornear superfície cilíndrica na placa universal Tornear superfície cilíndrica é uma operação que consiste em dar forma cilíndrica a um material em rotação, submetido à ação de uma ferramenta de corte; é uma das operações mais executadas no torno. A superfície é feita na placa universal com a finalidade de obter formas cilíndricas definitivas ou de preparar o material para outras operações.
Processo de execução 1. Prenda o material, deixando para fora das castanhas um comprimento maior que a parte que será torneada, e que não supere em três vezes o seu diâmetro.
2. Centre o material, corrigindo, se necessário.
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3. Monte a ferramenta, deixando a ponta para fora o suficiente para que o porta-ferramentas não toque na castanha.
4. Fixe o porta-ferramentas no carro superior e regule a altura da ferramenta, verificando o balanço do suporte porta-ferramenta.
5. Aproxime a ferramenta sem tocar na peça até o comprimento desejado, medindo com régua graduada ou paquímetro.
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6. Selecione a rotação adequada, ligue o torno, faça um risco de referência com a ferramenta e afaste-a da peça.
7. Desloque a ferramenta até sua extremidade e tangencie a ponta da ferramenta na peça; em seguida, desloque a ferramenta para a direita, para que ela fique fora do material.
8. Acerte o traço zero do anel graduado pela linha de referência e faça penetrar a ferramenta em uma determinada profundidade.
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9. Com avanço manual, faça um rebaixo de aproximadamente 3mm de comprimento e recue a ferramenta.
10. Desligue a máquina e verifique, com o paquímetro, o diâmetro obtido no rebaixo.
Precaução Faça a medição com o torno parado. 11. Torneie, completando o passe até a primeira marca que determina o comprimento e verifique a cilindricidade e a circularidade. Observações Use fluido de corte, se necessário. 12. Repita o passo 11 tantas vezes quantas forem necessárias para atingir o diâmetro deseja
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Facear
Facear é fazer no material uma superfície plana perpendicular ao eixo geométrico da peça, mediante a ação de uma ferramenta de corte que se desloca por meio do carro transversal. Esta operação é realizada na maioria das peças que se executam no torno, tais como: eixos, parafusos, porcas e buchas.
O faceamento serve para obter uma face de referência para medição ou, ainda, como passo prévio à furação.
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Processo de execução 1. Prenda o material na placa universal, deixando para fora da placa um comprimento L inferior ou igual ao diâmetro D do material.
Observação O material deverá estar centrado; caso contrário, mude sua posição manualmente, fazendo-o girar um pouco sobre si mesmo e corrigindo, se necessário. Precaução Certifique-se de que o material esteja em preso na placa. 2. Coloque a ferramenta no porta-ferramentas e prenda-a. Observação A distância b da ferramenta deverá ser a menor possível, a fim de evitar flexão da ferramenta e permitir melhor acabamento superficial.
3. Prenda o porta-ferramentas de modo que ele tenha o máximo de apoio sobre o carro superior. 10
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Observações A ponta da ferramenta deve-se situar na altura do centro do torno; para isso, use a contraponta como referência.
A aresta de corte da ferramenta deve ficar em ângulo com a face do material.
4. Desloque o carro principal para aproximar a ferramenta da peça e fixe-o no barramento. 5. Selecione a rotação adequada e ligue o torno. 6. Faça a ferramenta tocar na parte mais saliente da face do material e zere ou tome referência no anel graduado do carro superior.
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7. Avance a ferramenta até o centro do material e faça-a penetrar aproximadamente 0,2mm. 8. Desloque lentamente a ferramenta até a periferia da peça e repita os passos 7 e 8, até completar o faceamento. Observação No caso de ser necessário retirar muito material na face, o faceamento se realiza da periferia para o centro da peça, com a ferramenta adequada, ou inclinando o porta-ferramenta.
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Fazer furo de centro Fazer furo de centro é abrir um orifício de forma e dimensão determinadas, por meio de uma ferramenta denominada broca de centrar.
Esta operação é feita geralmente em materiais que necessitam ser trabalhados entre pontas ou na placa e ponta. Às vezes, faz-se o furo de centro como passo prévio para furar com broca comum.
Processo de execução 1. Centre e prenda o material. 2. Faceie. 3. Coloque o mandril porta-brocas no mangote e prenda a broca no mandril. Observações SENAI - SP
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Os cones do mangote e do mandril porta-brocas devem estar limpos.
4. Aproxime a broca do material, deslocando o cabeçote móvel.
5. Trave o cabeçote móvel no barramento. 6. Selecione a rotação adequada com base no diâmetro menor da broca de centrar e ligue o torno. 7. Acione o volante do cabeçote com movimento lento e uniforme, fazendo penetrar parte da broca, e faça o furo de centro. Observações A broca deve estar alinhada com o eixo do material. Caso contrário, corrija o alinhamento por meio dos parafusos de regulagem do cabeçote.
8. Afaste a broca para permitir a saída dos cavacos e para para limpá-la. Observação A limpeza da broca é feita com pincel. 14
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9. Termine o furo de centro repetindo os passos 7 e 8, até obter a medida D, especificada no desenho ou conforme a norma ISO 866.
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Tornear superfície cilíndrica na placa universal e contraponta Tornear superfície cilíndrica é uma operação que consiste em dar forma cilíndrica a um material em rotação, submetido à ação de uma ferramenta de corte; é uma das operações mais executadas no torno. A superfície é feita na placa universal e contraponta com a finalidade de tornear material cujo comprimento exceda em três vezes seu diâmetro.
Processo de execução 1. Faceie e faça o furo de centro na peça. 2. Coloque a contraponta no mangote. Observação Os cones do mangote e da contraponta devem ser limpos com pano que não solte fiapos. 3. Prenda o material, apertando-o suavemente na placa universal. 4. Aproxime a contraponta deslocando o cabeçote móvel e trave-o no barramento.
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Observações Verifique o alinhamento da contraponta pela referência A do cabeçote e corrija-o, se necessário.
O mangote deve ficar fora do cabeçote no máximo duas vezes o seu diâmetro.
5. Prenda a ferramenta no porta-ferramentas, fixe o porta-ferramentas no carro superior e regule a altura da ferramenta. 6. Introduza a contraponta no furo de centro da peça, girando o volante do cabeçote móvel. 7. Verifique a concentricidade do furo com o diâmetro externo da peça e fixe-a definitivamente na placa universal. 8. Lubrifique o furo de centro, ajuste a contraponta e trave o mangote por meio do manípulo. 9. Selecione a rotação adequada e ligue o torno. 10. Aproxime a ferramenta da peça, faça uma linha de referência e zere o anel graduado. 11. Desloque a ferramenta, determine a profundidade de corte, tomando referência dessa profundidade no anel graduado, e torneie a extremidade da peça.
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12. Retire a ferramenta e desloque-a para realizar o outro torneado, com a mesma profundidade do corte anterior.
13. Recue a ferramenta e, com auxílio do paquímetro, meça os diâmetros torneados, verificando sua cilindricidade e circularidade. Precaução Faça a medição com o torno parado. Observação Se o diâmetro torneado próximo à contraponta for maior, desloque o cabeçote móvel transversalmente na direção X; se o diâmetro for menor, desloque o cabeçote móvel na direção Y.
14. Torneie na medida.
Observações A peça somente deve ser retirada da placa depois de terminada, para evitar nova fixação. Verifique freqüentemente o ajuste da contraponta e a lubrificação.
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Refrigere a peça constantemente para evitar aumento excessivo de temperatura, que provoca dilatação linear e pode causar danos à peça e à contraponta.
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Tornear superfície cônica usando o carro superior Tornear superfície cônica usando o carro superior é dar forma cônica ao material em rotação, deslocando a ferramenta obliquamente ao eixo geométrico do torno, conforme a inclinação dada ao carro superior. Sua principal aplicação é na confecção de pontas de tornos, buchas de redução, sedes de válvulas e pinos cônicos.
Processo de execução 1º Caso - Tornear cônico externo 1. Torneie cilindricamente o material, deixando-o no diâmetro maior do cone. Observação Use fluido de corte.
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2. Incline o carro superior do torno soltando os parafusos da base e girando-o no ângulo desejado, conforme a graduação angular, e aperte os parafusos da base.
3. Corrija a posição da ferramenta, que deve estar rigorosamente na altura do centro e perpendicular à geratriz do cone. 4. Gire a manivela do carro superior, deslocando-a totalmente para frente. 5. Desloque o carro principal para a esquerda, até que a ponta da ferramenta ultrapasse em 5mm, aproximadamente, o comprimento do cone.
6. Fixe o carro principal.
7. Selecione a rotação e ligue o torno.
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8. Inicie o torneamento pelo extremo B do material, com passes finos, girando a manivela do carro com movimentos constantes e lentos. Observações Troque de mão, na manivela, de modo que não se interrompa o corte. Use fluido de corte.
9. Verifique o ângulo do cone com auxílio de goniômetro ou transferidor de graus quando estiver mais ou menos na metade do torneado e corrija, se necessário.
Observação Quando a verificação se faz com calibrador, deve-se afastar a ferramenta transversalmente e lembrar de limpar o material e o calibrador.
Precaução Para não se ferir, afaste a ferramenta e cubra sua ponta.
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10. Repita os passos 8 e 9 até terminar a operação, verificando a circularidade especificada. 2º Caso - Tornear cônico interno 1. Prenda a ferramenta de tornear interno. Observações A ferramenta deve ser a mais robusta possível para evitar vibrações. Movimente a ferramenta, girando-a no sentido das flechas, para acertá-la na altura.
2. Torneie cilíndrico interno no diâmetro menor do cone, levando em consideração o comprimento do cone. 3. Fixe o carro superior no ângulo de inclinação do cone. 4. Coloque o carro principal em posição de tornear e fixe-o. Observações Se o comprimento do cone for igual ao comprimento da peça, a ferramenta deverá sair do lado da peça aproximadamente 5mm.
5. Selecione a rpm considerando o diâmetro maior do cone e torneie.
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Observações As demais fases de execução são iguais às do torneamento cônico externo com o carro superior. Para alisar, dê os passes no sentido de B para A e repasse de A para B, sem dar profundidade de corte. Ajustes rigorosos são conseguidos quando há uniformidade da superfície usinada.
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Furar com auxílio do cabeçote móvel Furar com auxílio do cabeçote móvel é uma operação que consiste em fazer um furo cilíndrico por deslocamento de uma broca montada no cabeçote móvel, com o material em rotação. Serve, em geral, de preparação do material para operações posteriores de alargamento, torneamento e roscamento internos.
Processo de execução 1. Faceie. 2. Faça um furo de centro. 3. Verifique a broca.
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Observações: A verificação da broca é feita medindo o seu diâmetro com o paquímetro, sem girá-la, m edindo sobre as guias é importante verificar se a afiação esta adequada ao material.
Observação No caso de broca de mais de 12mm, é necessário fazer um furo inicial de diâmetro um pouco maior que o da alma da broca.
4. Fixe a broca helicoidal. Observações A broca de haste cilíndrica é fixada no mandril. A broca de haste cônica é fixada diretamente no cone do mangote ou com auxílio de bucha de redução.
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5. Selecione a rotação do torno, conforme o diâmetro da broca e a velocidade de corte do material. 6. Aproxime o cabeçote móvel, de modo que a ponta da broca fique a mais ou menos 10mm do material, e fixe-o.
Observação O mangote deve ficar o máximo possível dentro de seu alojamento. 7. Inicie o furo, fazendo a broca avançar com giro do volante do cabeçote móvel, até que comece a cortar e continue até o furo atingir a profundidade necessária. Observações Retirar freqüentemente a broca do furo para extrair os cavacos, evitando o engripamento da broca no furo.
Aplicar fluido de corte para refrigerar e lubrificar a broca e a peça. A profundidade do furo pode ser verificada pela escala existente no mangote ou com uma referência sobre a broca.
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8. Afaste o cabeçote móvel, limpe o furo e verifique a profundidade do furo com a haste de profundidade do paquímetro.
Observação No caso de alargar ou roscar com machos, a medida da profundidade deve ser sempre a da parte cilíndrica do furo, não levando em consideração a parte cônica da ponta da broca.
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Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas é uma operação que se realiza em materiais montados entre as pontas do torno, as quais giram arrastadas por um arrastador. Executa-se em peças que devem conservar os centros para fácil centragem posterior, com a finalidade de manter a coaxialidade entre os diâmetros usinados..
Processo de execução 1. Faça furos de centro nos extremos, conforme a NBR 12 288. 2. Monte a placa de arraste, a ponta e a contraponta no torno. Observações Limpe com um pano as roscas e os cones do eixo-árvore e do mangote.
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Verifique a centragem e o alinhamento das pontas e corrija, se necessário.
3. Afaste o cabeçote móvel e fixe-o na posição adequada.
4. Coloque o arrastador na peça, sem fixá-lo. 5. Ajuste o material entre as pontas e fixe o mangote. Observações Lubrifique os furos de centro com graxa. A peça deve girar livremente, sem folga entre as pontas. 6. Posicione e fixe o arrastador. Observação Em caso de superfícies já usinadas e acabadas, use proteção entre o arrastador e a peça.
7. Monte a ferramenta e torneie a peça. 32
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Observações Com o torno desligado e a árvore em posição neutra, movimente a placa e verifique se a placa arrastadora e o arrastador estão bem presos, e se não batem no carro superior ou no portaferramentas. Verifique a cilindricidade com o paquímetro ou micrômetro e corrija, se necessário, no parafuso de alinhamento do cabeçote móvel. Verifique constantemente o ajuste das pontas e lubrifique-as, pois durante o torneamento, a peça se aquece e dilata, impedindo o deslizamento das superfícies dos furos de centro nas pontas; isto provoca aquecimento elevado, danificando as pontas e a peça.
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Esmerilhar superfície plana em ângulo Esmerilhar superfície plana em ângulo consiste em afiar a cunha cortante de uma ferramenta segundo ângulo preestabelecido, para fazer ou refazer as superfícies de corte. Esta operação é feita para que as ferramentas tenham as condições ideais de corte, evitando conseqüentemente maior aquecimento do material e da ferramenta, devido ao atrito peça-ferramenta.
O processo de execução desta operação é básico, pois deverá ser seguido para a afiação das demais ferramentas de aço rápido ou de metal duro, no caso de ser fixado no suporte por soldagem. Na indústria, quando há secção especializada, a afiação se faz geralmente em esmerilhadoras apropriadas ou em afiadoras.
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Processo de execução 1. Segure o bite inclinado de modo a obter o ângulo de folga , observe o ângulo de posição em relação à face de trabalho do rebolo e esmerilhe os ângulos.
Observações Movimente o bite em relação à face de trabalho do rebolo, a fim de que este possa ter um desgaste uniforme. As ferramentas de aço rápido ou de metal duro devem ser afiadas a seco ou com refrigeração constante porque podem aparecer micro trincas, produzidas pelas tensões impostas pelo aquecimento e resfriamento repentinos. Utilize rebolo com composição adequada para cada tipo de material a ser esmerilhado. Precauções Use óculos de proteção. Segure o bite com firmeza e observe que o apoio da ferramenta esteja a 2mm aproximadamente do rebolo.
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2. Verifique o ângulo de posição com goniômetro ou com verificador fixo, olhando contra a luz.
3. Verifique o ângulo de folga
com verificador fixo, estando o plano de base do bite
geralmente apoiado sobre o desempeno.
4. Posicione o bite inclinado em relação à face de trabalho do rebolo, de modo a obter o ângulo de folga
, o de posição
s do outro lado da ferramenta.
Observação Esmerilhe com movimentos uniformes, obtendo obtendo o angulo de de ponta ponta . SENAI - SP
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5. Verifique o ângulo obtido com auxílio de verificador fixo ou goniômetro. 6. Posicione a aresta principal de corte paralelamente ao apoio da ferramenta da esmerilhadora e incline o bite de modo a conseguir o ângulo de saída positivo.
Observação Esmerilhe com movimentos uniformes, obtendo o ângulo de cunha . 7. Verifique o ângulo
obtido com auxílio auxílio de verificador fixo ou goniômetro.
Observações Para obter o ângulo de inclinação igual a zero, a aresta principal de corte deve estar paralela à face de trabalho do rebolo. Costuma-se também utilizar o rebolo tipo “copo” para que as faces esmerilhadas fiquem planas.
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8. Retire as rebarbas e lapide a aresta principal utilizando uma lima abrasiva sobre a superfície principal de folga e sobre a superfície de saída.
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Recartilhar no torno Recartilhar no torno é produzir sulcos paralelos ou cruzados, sob compressão dos dentes de uma ferramenta chamada recartilha, sobre um material em movimento. O recartilhado é feito para evitar que a mão deslize quando se manipula uma peça e, no travamento de peças injetadas em pinos metálicos, e em certos casos para melhorar seu aspecto.
Processo de execução 1. Torneie a parte que será recartilhada, deixando-a lisa, limpa e com o diâmetro compatível com o tipo de recartilha a ser utilizada. Observação Consulte as designações referentes a recartilha na norma DIN 82.
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2. Monte o porta-recartilha no porta-ferramenta, observando a altura e o alinhamento. Observações Altura: o porta-recartilha deverá ficar na altura do eixo geométrico da peça.
Alinhamento: a recartilha deverá ficar perpendicular à superfície que será recartilhada.
3. Desloque o porta-recartilha até próximo ao extremo da parte que será recartilhada. 4. Determine o avanço e a rotação e ligue o torno. Observação O avanço deve ser de 1/5 do passo da recartilha. 5. Avance a recartilha transversalmente até marcar o material e desloque-a um pouco, no sentido longitudinal.
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6. Desligue o torno e examine a zona recartilhada. Observação Caso o recartilhado pareça irregular, corrija-o, repetindo os passos 2, 5 e 6, até que fique uniforme.
recartilhado irregular
recartilhado regular
7. Ligue o torno, engate o movimento automático do carro principal e recartilhe toda a superfície desejada. 8. Inverta a posição da alavanca do carro principal e retorne com movimento automático à posição inicial. 9. Repita os passos 7 e 8, aumentando a penetração gradualmente, até concluir o recartilhado. Precaução A peça deve estar bem presa na placa do torno. Observação Utilize querosene ou óleo lubrificante de baixa viscosidade para lubrificar a peça e as recartilhas. 10. Afaste a recartilha e limpe o recartilhado com uma escova de aço, movimentando-a no sentido das estrias.
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Sangrar e cortar no torno Sangrar e cortar no torno é uma operação que consiste em abrir canais ou ranhuras por meio da ação de uma ferramenta especial que penetra no material perpendicularmente ao eixo de simetria da peça, podendo chegar a separar o material, caso em que se obtém o corte. Quando a ferramenta penetra paralelamente ao eixo de simetria da peça, usina-se um canal frontal. É aplicada principalmente na confecção de arruelas, polias e eixos roscados e retificados.
Processo de execução Sangrar perpendicularmente no torno 1. Prenda o material, fixando-o de modo que o canal a fazer fique o mais próximo possível da placa, para evitar flexão da peça.
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2. Marque a largura do canal. Observação A marcação pode ser feita também diretamente com a ferramenta.
3. Prenda a ferramenta. Observações O balanço B deve ser o menor possível. A aresta de corte da ferramenta deve estar na altura do eixo do torno.
O eixo da ferramenta deve ficar perpendicular ao eixo do torno.
4. Posicione a ferramenta entre as marcas do canal e fixe o carro principal do torno. 46
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5. Selecione a rotação adequada e ligue o torno. 6. Avance a ferramenta até tocar de leve o material e tome referência no anel graduado do carro transversal, zerando-o.
7. Avance a ferramenta cuidadosamente, próximo à marca-limite, deixando material para o acabamento. Observação Utilize fluido de corte.
8. Afaste a ferramenta, desloque-a para outro lado do canal e repita o passo 7.
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9. Termine o canal, faceando primeiro os flancos e depois o fundo na profundidade desejada.
Observações Faça penetrar a ferramenta alternando os lados do canal para diminuir o esforço e evitar o atrito do cavaco com as paredes laterais da peça.
Verificar o corte da ferramenta e afiá-la, se necessário, antes de terminar a ranhura.
Sangrar frontalmente no torno 1. Faceie a peça. 48
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2. Prepare a ferramenta, observando os diâmetros do canal. Observações A largura do bedame deve ser menor que a largura do canal. A ferramenta deve ser afiada com os raios máximo e mínimo deslocados verticalmente em relação ao eixo geométrico da peça, para que as superfícies de folga da ferramenta não toquem internamente no canal.
3. Prenda a ferramenta. Observação A aresta de corte da ferramenta deve estar no centro da peça e posicionada paralelamente à face usinada. 4. Selecione a rotação adequada, ligue o torno e marque a largura do canal com a própria ferramenta.
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5. Avance a ferramenta por meio do deslocamento do carro superior e toque a ferramenta na face da peça, zerando o anel graduado. 6. Avance a ferramenta próximo da marca-limite, deixando material para acabamento. Observação A ferramenta deve penetrar de forma escalonada para diminuir o esforço de corte.
7. Termine o canal torneando os diâmetros e depois o fundo, na profundidade desejada. Observação Verificar o corte da ferramenta e, se necessário, reafiá- la antes de terminar a ranhura. Cortar no torno 1. Afie a aresta de corte com uma inclinação de aproximadamente 5 , para que a rebarba não fique presa na peça a ser segmentada.
2. Repita os passos 6 e 7 da operação de sangrar perpendicularmente no torno.
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Observação Uma outra maneira de cortar é afiar a aresta de corte do bedame com um abaulado, que provoca um cavaco em forma de arco e reduz o atrito com as laterais da ranhura, produzindo melhor corte.
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Roscar com machos no torno Roscar com machos no torno é uma operação que consiste em fazer roscas internas, com uma ferramenta chamada macho, em uma peça que antes foi adequadamente furada. Aplica-se uma vez ou outra, aproveitando-se a montagem no torno, em furos roscados de pequenos diâmetros.
Processo de execução Caso 1 - Abrir roscas com machos sem furo de centro 1. Fure a peça. Observações Consulte a tabela de roscas para determinar o diâmetro da broca. Se o furo não for passante, faça o furo com a profundidade maior que o comprimento útil da rosca, considerando esse comprimento útil no primeiro macho. 2. Prenda o macho nº 1 (macho de pré-corte) no mandril. 3. Aproxime o cabeçote móvel até que a parte cônica do macho penetre no furo.
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4. Coloque a alavanca de mudança de rotação na posição neutra. 5. Utilize fluido de corte adequado ao material a ser roscado. 6. Gire a placa com a mão e, simultaneamente, pressione o macho através do volante do cabeçote móvel, até que penetre uns quatro filetes, iniciando a rosca. 7. Solte o macho do mandril e afaste o cabeçote móvel, deixando o macho na peça. 8. Coloque o desandador no macho e engrene a menor rotação do torno.
Observação O desandador deve ser adequado ao tamanho do macho. 9. Termine de passar o macho nº 1, fazendo penetrar o macho por meio de giro do desandador; a cada volta de penetração, gire meia volta em sentido contrário, a fim de quebrar o cavaco, colocando fluido de corte constantemente.
Observação 54
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Tratando-se de furo não passante, marque no macho o comprimento a roscar e tome cuidado, ao se aproximar do final. 10. Termine a rosca, passando o macho nº 2 (macho de semi-acabamento) e o nº 3 (macho de acabamento). Observação Introduza os machos, fazendo-os coincidir com os filetes abertos anteriormente.
Caso 2 - Abrir rosca com machos com furos de centro na espiga 1. Prenda o macho nº 1 (macho de pré-corte) no desandador. Observação Use desandador proporcional ao tamanho do macho. 2. Coloque o macho no furo da peça. 3. Faça a contraponta encaixar no furo de centro do macho. 4. Fixe o cabeçote móvel.
5. Apóie o braço do desandador em uma parte fixa e plana do carro superior.
Observação Utilize fluido de corte adequado ao material a ser roscado. SENAI - SP
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6. Coloque a alavanca de mudança de rotações do torno na posição neutra. 7. Gire a placa com a mão e acompanhe a penetração do macho, girando o volante do cabeçote móvel. 8. Faça penetrar o macho realizando movimentos sincronizados de giro da placa com avanço manual do mangote. 9. Gire a placa em sentido contrário ao de corte do macho para quebrar os cavacos. Observações O mangote deve ser recuado proporcionalmente ao afastamento do macho em relação à rosca. Limpe aplique fluido de corte constantemente o macho. 10. Passe o macho nº 2 (macho de semi-acabamento) e o nº 3 (macho de acabamento), repetindo os passos anteriores, e termine a rosca. Observações Introduza os machos de maneira que coincidam com os filetes abertos anteriormente. O macho nº 3 não requer o movimento alternado de rotação à direita e à esquerda.
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Roscar com cossinete no torno Roscar com cossinete no torno é uma operação que consiste em fazer rosca, com no máximo até 12mm de diâmetro, sobre um material cilíndrico, mediante um cossinete apoiado no mangote. Realiza-se, também, quando a rosca é pouca rigorosa, ou para terminar roscas previamente desbastadas com ferramenta.
Processo de execução 1. Faça um chanfro na extremidade da peça a ser roscada.
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Observações Verifique se o diâmetro da peça está de acordo com o cossinete que será usado. Para não causar danos à crista do filete, evite diâmetros superiores ao diâmetro máximo recomendado em tabela. 2. Monte o cossinete no porta-cossinete.
Observação Se o cossinete for do tipo redondo fechado, basta montar o cossinete no porta-cossinete; se for do tipo redondo aberto, regule a abertura do cossinete com auxílio dos parafusos do portacossinete e fixe-o. 3. Aproxime o cabeçote móvel do material e fixe-o. 4. Coloque as alavancas de mudança de rotação na posição neutra. 5. Aproxime o cossinete, avançando o mangote até que a entrada toque no chanfro.
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Observação A haste do porta-cossinete deve ser apoiada no porta-ferram entas para evitar o movimento de giro. 6. Gire a placa do torno e o volante do cabeçote móvel com a mão, simul-taneamente, para acompanhar o avanço do cossinete.
Observação O giro da placa deve ser de 1/2 volta no sentido anti-horário para cortar e 1/4 de volta no sentido horário para quebrar os cavacos. Use fluido de corte adequado. 7. Afaste o mangote, gire a placa no sentido contrário e retire o cossinete. 8. Verifique a rosca com um calibrador de rosca ou uma porca calibrada. Observação Se a rosca não estiver de acordo, regule o cossinete por meio dos parafusos do portacossinete, verificando com o parafuso calibrador. 9. Repita os passos 5, 6 e 7, terminando a rosca. Observações Podem-se também fazer roscas com diâmetro maior que 12mm. Para isso, é necessário desbastar previamente com a ferramenta, deixando o cossinete para a calibragem final da rosca.
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Tornear superfície cilíndrica interna Tornear superfície cilíndrica interna consiste em fazer uma superfície cilíndrica interna pela ação da ferramenta, que é deslocada paralelamente ao eixo do torno. É conhecida também pelo nome de broquear. Realiza-se para obter furos cilíndricos com baixa rugosidade e dimensões exatas em buchas, polias, engrenagens e outras peças.
Processo de execução 1. Fixe a peça na placa. Observação Deixe, entre a face da placa e a peça, uma distância suficiente para a saída da ponta da ferramenta e dos cavacos.
2. Centre a peça. 3. Fure a peça num diâmetro aproximadamente 1mm menor que o diâmetro nominal. 4. Prenda a ferramenta para torneamento interno no porta-ferramentas.
Observações SENAI - SP
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Deixe para fora do porta-ferramentas um comprimento suficiente para tornear internamente. O corpo da ferramenta deve ser o mais rígido possível.
5. Alinhe e ajuste a altura da ferramenta. Observação O corpo da ferramenta deve estar paralelo ao eixo do torno; a ponta da ferramenta deve estar na altura do centro.
6. Fixe a ferramenta. 7. Selecione a rotação e o avanço do torno e ligue-o. Observação Consulte a tabela de velocidade de corte para selecionar a rotação e o avanço. 8. Faça a ferramenta penetrar no furo e desloque-a transversalmente, até que a ponta toque na peça.
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9. Faça um rebaixo no furo para servir de base para a medição.
10. Pare o torno, afaste a ferramenta no sentido longitudinal e faça a verificação da medida com o paquímetro.
11. Torneie, dando os passes necessários, até obter um diâmetro 0,2mm menor que a medida final, para dar o acabamento. 12. Consulte a tabela e selecione o avanço, para dar o acabamento.
Observação Se necessário, a ferramenta deve ser reafiada.
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13. Faça um rebaixo com a profundidade final e verifique a medida. 14.Termine o passe, afaste a ferramenta e verifique a circularidade e a cilindricidade. Observações Ao fazer a verificação, desligue a máquina e afaste a ferramenta para evitar riscos na superfície acabada. Os furos, conforme sua exatidão, podem ser verificados com paquímetro, micrômetro interno, calibrador-tampão ou com a peça que entrará no furo.
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Tornear e facear rebaixos internos Tornear e facear rebaixos internos é uma operação muito semelhante à de tornear superfície cilíndrica interna, diferenciando-se por terminar em uma face plana interna. A ferramenta atua em duas direções, de modo a determinar um ângulo reto. Esta operação é realizada para construir, por exemplo alojamentos de rolamentos ou buchas.
Processo de execução 1. Prenda o material. 2. Faceie o material. 3. Prenda a ferramenta de facear interno.
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Observações O gume da ferramenta deverá ficar exatamente na altura do eixo geométrico da peça. Deixar a ferramenta para fora dos calços somente o necessário. 4. Aproxime a ferramenta do material e fixe o carro principal. 5. Prepare e ligue o torno. Observação Ao consultar a tabela de rotações, considerar o maior diâmetro do rebaixo. 6. Desloque a ferramenta até que sua ponta coincida com o centro do material.
7. Encoste a ferramenta na face do material, tome referências no anel graduado e avance aproximadamente 0,5mm. 8. Desloque a ferramenta, até que a medida do rebaixo se aproxime da medida do diâmetro.
9. Deixe sobremetal para acabamento, numa medida entre 0,5 e 1mm. 10.Termine o rebaixo. Observação 66
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Tornear primeiro o diâmetro e, em seguida, facear na profundidade requerida. 11. Faça a verificação com auxílio do paquímetro.
Observações Antes de medir, retirar as rebarbas. O paquímetro não deve tocar nos cantos da peça. Sempre que possível, fazer um furo antes de iniciar o rebaixo.
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Centrar na placa de quatro castanhas independentes Centrar na placa de quatro castanhas independentes é uma operação que permite a centragem de materiais ou peças, por meio do deslocamento independente de cada castanha. Utiliza-se para torneamento excêntrico, peças fundidas, forjadas, torneamentos preliminares e centragem com exatidão, o que permite a fixação de material ou peças irregulares com maior firmeza.
Processo de execução 1. Abra as castanhas, tomando como referência as circunferências concêntricas, geralmente marcadas na face da placa.
2. Introduza o material na placa e aperte ligeiramente as castanhas.
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3. Verifique a centragem da peça. Observações Para a verificação da centragem, utilize graminho, tomando como referência o perímetro da peça ou uma traçagem. Caso se exija exatidão, utilize relógio comparador ou apalpador. Se a peça estiver fora de centro, solte ligeiramente a castanha do lado em que o material mais se afastar da agulha e aperte a castanha oposta, deslocando o material o equivalente à metade da distância entre a peça e a agulha.
Precaução Nunca deixe mais de uma castanha desapertada. 5. Repita o passo 3 até que o material fique centrado, e aperte as castanhas firmemente. Observações No caso de peças usinadas cuja centragem deve ser rigorosa, usa-se um relógio comparador, depois da centragem com graminho.
No caso de materiais e peças brutos ou muito irregulares, pode-se fazer a centragem usando giz. Para isso, prende-se o material, liga-se o torno em baixa rotação e aproxima-se o giz para 70
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marcar a região da peça que fica mais afastada do centro; daí por diante, procede-se como foi explicado na centragem com graminho.
Quando o material é muito comprido, faz-se a centragem próximo à placa, por um dos processos já indicados, e depois centra-se a extremidade, batendo com martelo de plástico, antes do aperto final.
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Calibrar furo com alargador no torno É dar dimensão, forma cilíndrica e rugosidade Ra da ordem de 0,8 m a furos cilíndricos com uma ferramenta denominada alargador. Esta operação ocorre pela combinação do movimento de rotação da peça presa na placa do torno e o avanço do alargador preso no mangote do cabeçote móvel, e sua finalidade é tomar mais rápida e econômica a execução de furos normalizados em buchas, polias, anéis e engrenagens.
Processo de execução 1. Fure a peça. Observação Deixe sobremetal no furo, considerando o material da peça e o diâmetro do furo. 2. Monte o alargador. Observação O alargador deve ser montado num mandril flutuante, e este fixado no mangote do cabeçote móvel.
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Se não dispuser do mandril flutuante, utilize o mandril porta-brocas ou monte o alargador diretamente no mangote do cabeçote móvel.
3. Aproxime o cabeçote móvel do material e fixe-o. Observações O alargador deve estar alinhado com o furo. O mangote deve estar o máximo possível para dentro do cabeçote móvel. 4. Selecione a rotação para a operação de alargar. Observação A rotação é, em geral, 50% menor que a rotação utilizada na operação de furar. 5. Ligue o torno e passe o alargador. Observação O avanço do alargador é obtido girando o volante do cabeçote móvel, em geral, de 2,5 a 3 vezes o avanço usado para furar. Utilize fluido de corte adequado para lubrificar e obter bom acabamento. 74
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6. Continue até a passagem do alargador. 7. Retire o alargador. Observação O alargador deve ser retirado com o material girando no mesmo sentido de quando penetrou. O alargador deve ser limpo com um pincel 8. Verifique a medida com um calibrador tampão ou um micrômetro interno.
Observação Para verificar a medida, o cabeçote móvel deve ser afastado e o furo limpo com um pano ou uma escova apropriada. Se a peça estiver quente, esfrie antes da verificação.
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Tornear peça em mandril Mandris são dispositivos que têm forma cilíndrica ou cônica, destinadas a auxiliar a fixação de peças no torno para obtenção de peças concêntricas e coaxiais, como polias, engrenagens, buchas e peças de fabricação em série.
Processo de execução 1. Escolha o mandril apropriado. Observações Para torneamento externo de uma peça por vez, tendo como referência o furo, utiliza-se o mandris com uma conicidade de 0,04:100 ou o expansível.
Para torneamento interno, tendo como referência o diâmetro externo, utiliza-se o mandril expansível interno (pinça).
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Em torneamentos externos de uma ou várias peças por vez emprega-se o mandril da figura a seguir .
As peças devem ser faceadas e as faces devem estar perpendiculares ao furo, para não forçar o mandril. A rosca da porca de fixação deve estar calibrada. 2. Monte as peças no mandril. Observações Dependendo do tipo de mandril, a montagem pode ser:
Caso I - No mandril com conicidade de 0,04:100 Limpe e lubrifique a peça e o mandril. Verifique o lado de entrada do mandril. Monte a peça no mandril, usando uma prensa. Observe o esquadro do mandril durante a penetração.
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Caso II - No mandril expansível. Limpe, lubrifique e monte o mandril. Limpe a peça e monte-a na bucha expansível. Aperte a porca dianteira, até que a peça fique bem presa à bucha expansível. Aperte a porca de encosto.
Caso III - No mandril de aperto com porca. Limpe e lubrifique o mandril e as peças. Monte as peças. Coloque as arruelas e a porca. Aperte a porca.
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3. Monte o mandril no torno.
Caso IV- Para torneamento externo. Prenda o arrastador no mandril. Coloque o mandril entre pontas.
Ajuste as pontas, dando aperto suave. Fixe o mangote. Observação Antes de montar o mandril entre pontas, verifique a coaxialidade entre a ponta e a contraponta. Caso V- Para torneamento interno
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Limpe a rosca e monte a placa cônica no eixo-árvore do torno. Limpe e monte o mandril no torno, roscando-o na vara de tração. Limpe a peça e introduza-a no mandril. Aperte a peça, acionando a alavanca que puxa a vara de tração. 4. Torneie a peça. Observações Selecione a rotação adequada e determine o avanço de corte. Verifique se a peça esta bem presa. É aconselhável dar passes leves para evitar desajustes da peça no mandril.
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Temperar e revenir Temperar e revenir são operações de tratamento térmico destinadas a aços carbono e aços ligados, conferindo ao aço tratado propriedades mecânicas de dureza e, consequentemente, resistência ao desgaste. Na operação de têmpera, o aço adquire elevada dureza acompanhada de tensões e fragilidades, que são características da estrutura martensítica, obtida pelo resfriamento rápido. O revenido reduz a fragilidade provocada pela têmpera e aumenta a tenacidade do aço temperado. Normalmente a operação de revenir acompanha a operação de têmpera.
Processo de execução: Têmpera Ligue o forno. Regule a temperatura de aquecimento. Observação A temperatura de aquecimento deve ser de 50oC acima da linha A3 para aços hipoeutetóides e de 50oC acima da linha A1 para aços hipereutetóides.
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Coloque o material no forno. Observação O tempo de permanência na temperatura de aquecimento deve ser suficiente para a completa difusão dos elementos da liga na austenita. Como regra, adota-se um tempo de 2 minutos por milímetro de bitola. Resfrie o material para efetivar a operação de têmpera.
Observações A velocidade de resfriamento está relacionada à severidade do meio (água ou óleo), ao tipo de aço, ao grau de agitação e ao volume da peça. O resfriamento deve ser feito em um meio liquido para possibilitar a formação da martensita. As peças devem ser mergulhadas sempre na vertical.
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Deve-se agitar a peça ou o meio de resfriamento para garantir que a curva de resfriamento passe à esquerda da curva em “C” do aço em tratamento.
Processo de execução: Revenir Regule a temperatura de aquecimento. Observação A temperatura de aquecimento varia em função do tipo de aço, da dureza e da característica mecânica desejada.
Cada material tem uma curva característica. Coloque o material no forno. Observação O tempo de permanência na temperatura de aquecimento deve ser de no mínimo 60 minutos para peças com até 25mm de espessura. Para peças de massa elevada, acrescentar 60 minutos para cada 25mm de espessura.
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Resfrie o material para efetivar a operação de revenido no aço temperado. A velocidade de resfriamento deve ser média, normalmente ao ar tranqüilo. Aços ligados ao cromo e níquel, principalmente, devem ser resfriados em água para evitar o fenômeno chamado de fragilidade ao revenido. Repetir a operação até obter a dureza desejada.
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Perfilar com ferramenta de forma Perfilar com ferramenta de forma consiste em obter sobre o material uma superfície com o perfil da ferramenta. Realiza-se freqüentemente para arredondar arestas e facilitar a construção de peças com perfis especiais.
Processo de execução 1. Prepare o material. 2. Coloque a aresta cortante da ferramenta na altura do eixo geométrico do material.
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3. Posicione a ferramenta com a ajuda de um gabarito e fixe-a.
4. Selecione o número de rotações compatível com o material e a ferramenta. 5. Fixe o carro principal. 6. Inicie o perfilado, fazendo lentamente a penetração da ferramenta. Observações Em casos de superfícies de corte muito grande, movimente lateralmente a ferramenta, ao mesmo tempo em que ela avança. A verificação deve ser feita periodicamente, utilizando um gabarito de forma desejada. 7. Termine o perfilado, continuando lentamente a penetração. Observação Preste atenção à concordância das curvas, quando se aproximar da forma desejada.
8. Verifique a forma.
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Abrir rosca triangular externa por penetração perpendicular Abrir rosca triangular externa por penetração perpendicular é dar forma triangular ao filete da rosca, com uma ferramenta de perfil adequado, conduzida pelo carro principal, com penetração perpendicular à peça. O avanço deve ser igual ao passo da rosca por volta completa do material. A relação entre os movimentos da ferramenta e o material se obtém com um jogo de engrenagens fixo na grade do recâmbio. Esta operação é necessária para a confecção das roscas de peças e parafusos e recomendada para roscas de passo menor que 3mm.
Processo de execução 1. Torneie no diâmetro. 2. Verifique se a espera ou carro superior está em posição paralela ao eixo da peça.
3. Monte a ferramenta no porta-ferramenta. SENAI - SP
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Observações A ponta da aresta cortante deve estar na altura do eixo geométrico da peça. O ângulo deve estar com sua bissetriz perpendicular ao eixo geométrico da peça.
Para auxiliar o posicionamento da ferramenta, utilize o escantilhão.
4. Fixe a ferramenta. 5. Determine e regule o avanço do torno. Observações Utilize a caixa de avanços; se o torno não tiver, monte o jogo de engrenagens calculado. O valor de avanço no torno é o próprio passo da rosca; esse valor é encontrado em tabelas e catálogos técnicos. Precaução Desligue a chave geral do torno durante a troca de engrenagens. 6. Selecione a rotação adequada para roscar. 7. Verifique a preparação e ligue o torno. 90
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Precaução Assegure-se de que a proteção das engrenagens esteja colocada. 8. Encoste a ferramenta na peça. 9. Desloque manualmente a ferramenta para fora do material e registre a referência zero no anel graduado. 10. Avance a ferramenta, dando uma profundidade de corte de 0,3mm. 11. Engate o carro principal. 12. Ligue o torno e deixe a ferramenta deslocar-se num comprimento de aproximadamente 10 filetes. 13. Afaste a ferramenta, desligue o torno e verifique o passo com a ajuda do verificador de roscas ou de uma régua graduada.
14. Retorne a ferramenta ao ponto inicial de corte e desbaste a rosca. Observação Quando o passo da rosca confeccionada é submúltiplo do passo do fuso, o carro pode ser desengatado e colocado manualmente. Caso contrário, para voltar ao ponto inicial de corte, o retorno se faz invertendo o sentido de rotação do motor e com o carro engatado. 15. Dê a profundidade de corte recomendada.
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Observação Para saber quando a profundidade dos sucessivos passos chega à altura do filete, faça o controle por meio do anel graduado, observando os valores da altura do filete em tabelas e em catálogos técnicos. 16. Ligue o torno e dê um passe, interrompendo quando chegar ao comprimento previsto da rosca.
Observação Durante todo o roscamento, use fluido de corte de acordo com o material. 17. Recue a ferramenta e dê reversão para retornar ao ponto inicial, repetindo o passo 15. 18. Dê outro passe, com uma nova profundidade de corte, deslocando a ferramenta.
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19. Repita os passos 17 e 18, porém deslocando a ferramenta longitudinalmente, em sentido contrário ao do avanço dado no passo 18.
Observação Continue dando passes com o mesmo procedimento, até que faltem alguns décimos de milímetro para a altura do filete. 20. Coloque a ferramenta no centro do vão da rosca, com o carro em movimento. 21. Dê a menor profundidade de corte possível, até que a ferramenta encoste nos flancos do filete a fim de reproduzir exatamente a sua forma, e faça a referência no anel graduado. 22. Repasse toda a rosca com a mesma profundidade de corte, de acordo com o passo 21.
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24. Verifique a rosca com uma porca calibradora ou com calibrador anel tipo passa-não-passa.
Observações A porca calibradora deve entrar de modo justo, porém não forçado. Se necessário, repasse a rosca dando o mínimo possível de profundidade de corte até conseguir o ajuste.
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Abrir rosca triangular direta interna Abrir rosca triangular direita interna é uma operação que permite dar forma tria ngular ao filete utilizando uma ferramenta de tornear interno com perfil apropriado, conduzida pelo carro principal. A relação de movimentos entre a ferramenta e a peça é obtida com as engrenagens do recâmbio e da caixa de avanços. O avanço determina o passo da rosca por volta completa da peça. O avanço de profundidade de corte da ferramenta é inverso ao da rosca externa.
Processo de execução 1. Fure e torneie na medida. Observações Na execução de roscas sem saída, deve-se fazer um canal de alívio no final do furo com a ferramenta de sangrar interno conforme norma NBR 5870:1988.
A referência da profundidade do canal, deve ser feito com o auxílio do anel graduado do carro transversal. 2. Posicione a ferramenta de roscar.
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Observações A ponta da aresta cortante da ferramenta deve estar na altura do eixo geométr ico da peça.
O posicionamento da ferramenta deve ser realizado com o auxílio de um escantilhão.
Na falta de um escantilhão, monte a ferramenta no porta-ferramenta do torno e incline o carro superior num ângulo que corresponda à metade do ângulo do filete. Utilize a face lisa da placa como referência e aproxime a aresta de corte lateral da ferramenta, liberando o portaferramenta. Faça coincidir a aresta de corte da ferramenta com a face lisa da placa e fixe novamente o porta-ferramenta. Retorne novamente o carro superior à marca zero. Dessa forma a ferramenta estará posicionada corretamente. Verifique se o corpo da ferramenta passa com folga no furo da peça, e chegue até o canal de saída. 3. Prepare o torno.
Observações A maioria dos tornos trazem afixadas em sua caixa de avanço tabelas que relacionam o passo da rosca com o avanço. A obtenção do avanço do carro principal é feita pela relação de engrenagens do recâmbio e pelo posicionamento das alavancas da caixa de avanço. Selecione uma rotação que seja compatível com a operação que será realizada. 96
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4. Limite o comprimento da ferramenta de acordo com o comprimento da rosca.
5. Verifique a preparação e ligue o torno. 6. Encoste a ferramenta na peça. Observação Tome a referência inicial com o anel graduado do carro transversal.
7. Desloque manualmente a ferramenta para fora do furo.
8. Avance a ferramenta, dando uma profundidade de corte de 0,3mm.
9. Engate o carro principal e inicie a rosca.
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Observações Ao chegar ao comprimento da rosca, recue a ferramenta e inverta o sentido de rotação do torno. Durante o roscamento, use fluido de corte de acordo com o material. Continue dando diversos passes, até obter a altura do filete. É importante deslocar a ferramenta longitudinalmente, em sentido contrário ao do avanço, a cada três ou quatro avanços de profundidade, a fim de proporcionar certa folga à ferramenta, que trabalhará sem sofrer esforço excessivo. 10. Termine a rosca, repassando-a com a mesma profundidade, se necessário. 11. Verifique a rosca com um parafuso ou calibrador tampão de rosca. Observação Se necessário, repasse a rosca dando o mínimo possível de profundidade de corte até conseguir o ajuste.
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Tornear superfícies côncavas e convexas (movimento bimanual) Tornear superfícies côncavas e convexas consiste em obter tais superfícies sobre o material por meio de uma ferramenta que se desloca, simultaneamente, com movimento de avanço e penetração. Esta operação se realiza para obter a forma definitiva de peças como manípulos e volantes, ou como passo prévio para perfilar com ferramenta de forma.
Processo de execução Caso 1 - Superfícies côncavas 1. Torneie, com rugosidade baixa, a superfície onde será usinada a concavidade. 2. Marque, com riscos da ferramenta, os limites da superfície desejada.
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3. Monte a ferramenta para o torneamento da superfície côncava.
Observação A ponta da ferramenta deve ser arredondada, pois as f erramentas de pontas agudas dificultam a obtenção de bom acabamento. 4. Penetre a ferramenta no centro do canal o mais profundamente possível.
5. Desloque o carro superior até o ponto A da peça e, com movimentos simultâneos de deslocamento (a1 ) e profundidade (P1 ), realize o primeiro passe.
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6. Desloque o carro superior até o ponto B da peça e, com os movimentos (a2 ) e (P2 ), simultaneamente, realize o segundo passe.
7. Faça a verificação do trabalho utilizando um gabarito ou um verificador de raios.
8. Realize tantos passes quantos forem necessários, com os mesmos procedimentos dos passos 1 e 2, até chegar ao perfil desejado.
Caso 2 - Superfícies convexas 1. Torneie, com rugosidade baixa, a superfície onde será usinada a concavidade. 2. Marque, com riscos da ferramenta, os limites da superfície desejada.
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3. Monte a ferramenta para o torneamento da superfície convexa. Observação A ponta da ferramenta deve ser arredondada, pois as ferramentas de pontas agudas dificultam a obtenção de um bom acabamento.
4. Coloque a ferramenta em frente à parte mais saliente da superfície A. 5. Com os movimentos de avanço (a1) e profundidade (P1), simultâneos, realize o primeiro passe. 6. Volte ao ponto A e, com o avanço (a2) e a profundidade (P2), simultâneos, realize o segundo passe. 7. Faça a verificação do trabalho utilizando um gabarito ou um verificador de raios.
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8. Realize tantos passes quantos forem necessários, com o mesmo procedimento, até chegar ao perfil desejado.
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Tornear excêntrico
Tornear excêntrico é uma operação para tornear partes de uma peça em que o eixo de simetria se encontra deslocado em relação ao eixo do torno. Esta operação é aplicada na produção de eixos de manivelas, eixos principais de prensas e cames utilizados na construção de máquinas. Esta operação pode ser realizada de duas formas. Processo de produção Caso I - Tornear excêntrico na placa de castanhas independentes. 1. Pinte a face que será traçada. 2. Coloque o eixo sobre um bloco em “V” e determine o centro com o calibrador traçador de
altura.
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3. Posicione a linha de centro na perpendicular utilizando um esquadro de base.
4. Determine o deslocamento do eixo de simetria do excêntrico e trace na peça.
5. Trace a circunferência de referência com um compasso.
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6. Prenda a peça na placa de castanhas independentes. Observações Utilize a contraponta e o esquadro para auxiliar a centragem da peça.
Aperte ligeiramente as castanhas. 7. Aproxime a ponta da agulha do graminho da circunferência traçada. 8. Gire a placa com a mão e verifique a centragem da circunferência traçada.
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9. Centre a peça, desapertando e apertando as castanhas opostas, verificando a centragem com o graminho e esquadro.
Observação Para girar a placa com a mão ela deverá ser liberada, colocando uma das alavancas de registro de rotação na posição neutra. Precaução Nunca deixe mais de uma castanha desapertada ao mesmo tempo. 10. Para balancear a placa gire-a com a mão e marque a posição de parada. 11. Monte os pesos na parte que ficou para cima.
12. Gire novamente a placa e verifique se se deve pôr ou tirar pesos para atingir o equilíbrio.
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Precaução Não utilize os pesos fora da periferia da placa ou parafusos muito compridos. Observação O balanceamento está correto quando, girando a placa várias vezes, observa-se que ela pára, pelo menos, em três pontos diferentes. 13. Selecione a rotação e ligue o torno. Observação Se o torno oscilar, verifique novamente o balanceamento da placa. Não ultrapasse o limite de rotação previsto para placas de castanhas independentes. 14. Inicie o torneamento, dando passes finos. Observação Após certo número de passes, deve ser verificado o balanceamento e corrigido, se for o caso. Verifique novamente a centragem do traçado e, se necessário, faça nova centragem. 15. Dê os passes finais, terminando o excêntrico.
Caso II - Tornear excêntricos entre pontas 1. Trace os centros do excêntrico, repetindo as fases 1, 2, 3 e 4 do caso I. Observação Trace as duas faces sem remover o material do bloco em “V”.
2. Marque os centros com um punção de bico. 3. Faça os furos de centro na furadeira de coluna. 4. Monte a peça entre pontas e torneie o excêntrico.
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Observações Lubrifique os furos de centro com graxa. A peça deve girar livre e sem folga entre as pontas. Os avanços deverão ser pequenos para não quebrar a ferramenta, devido ao esforço descontínuo. 5. Mude a peça de centro e torneie os corpos concêntricos.
Observação Quando o diâmetro do excêntrico é muito fino, enfraquecendo demais a peça, coloque um calço de madeira ou de alumínio entre as paredes faceadas para evitar deformações.
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Tornear com luneta fixa
Processo de execução 1. Monte a luneta, fixando-a sobre o barramento. Observações Coloque de modo que o material se apóie o mais próximo do extremo a tornear. Limpe a base da luneta e o barramento, a fim de obter bom apoio e centragem. As pontas da luneta devem ser apoiadas em superfícies cilíndricas. 2. Apóie um dos extremos do material sobre as pontas da luneta e coloque o outro extremo na placa, ajustando levemente as castanhas.
Observações SENAI - SP
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Verifique se a superfície de apoio do material sobre a luneta está cilíndrica. É possível montar a peça entre pontas e utilizar a luneta fixa. 3. Centre o material deslocando as pontas da luneta e verifique a centragem com graminho ou relógio comparador. Observação Se a peça tiver furo de centro, utilize a contraponta para facilitar a centragem.
4. Lubrifique a superfície cilíndrica do material que fica em contato com as pontas da luneta.
5. Torneie a peça. Tornear com luneta fixa é uma operação que consiste em tornear um material com um extremo preso na placa ou entre pontas e apoiado na luneta fixada no barramento do torno. Aplica-se no torneamento interno ou externo de peças de grande comprimento, sujeitas a flexões. Observações Trabalhe com baixa rotação e mantenha os contatos bem lubrificados. A luneta fixa pode também ser empregada como apoio intermediário, no caso de torneamento em peças muito longas.
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Reafiar broca helicoidal
Reafiar broca helicoidal é a operação que consiste em preparar a arestas cortantes de uma broca com a finalidade de deixá-la em condições adequadas para a execução de furos cilíndricos. Esta operação é executada sempre que as arestas de corte da broca não estiverem em boas condições, ou quando for necessário corrigir o ângulo da ponta da broca, tornando-o adequado ao material a ser furado.
Processo de execução 1. Ligue a esmerilhadora. Precauções Antes de iniciar qualquer operação com a esmerilhadora, verifique as condições da máquina. Use óculos de segurança 2. Segure a broca com as mãos, em posição de reafiar. Observação SENAI - SP
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Para segurar corretamente a broca, coloque os dedos polegar, indicador e médio da mão direita na ponta da broca e os mesmos dedos da mão esquerda na haste.
3. Encoste uma das arestas da broca no rebolo e reafie. Observações Ao encostar a broca no rebolo, observe as inclinações para obter o ângulo de posição da aresta de corte
e o ângulo lateral de folga .
A superfície de folga da broca deve tocar levemente no rebolo para evitar superaquecimento da broca. A haste da broca deve ser movimentada para baixo e para cima, alternadamente; os dedos da mão direita funcionam como um eixo de articulação; não se deve girar a broca, pois ela gira automaticamente. 114
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Os movimentos alternados impostos à broca devem permitir que ocorra o contato entre ela e o rebolo em toda a superfície principal de folga. Na reafiação de brocas helicoidais com máquina, é possível utilizar refrigeração constante; já na reafiação manual, deve-se evitar o resfriamento intermitente, que pode provocar microtrincas e causar quebra da broca, oferecendo perigo ao operador. 4. Verifique o ângulo de posição da aresta de corte da broca e o ângulo lateral de folga. Observações A verificação do ângulo de posição da aresta de corte deve ser feita utilizando o verificador de ângulo ou o transferidor de graus.
O ângulo de posição da aresta de corte é determinado conforme o tipo de material a ser furado. Se necessário, repita os passos 2 e 3. 5. Reafie a outra aresta, repetindo os passos 2, 3 e 4. Observação As arestas de corte devem ter o mesmo comprimento e o mesmo ângulo de posição ângulo lateral de folga
eo
correto, de modo a gerar um ângulo de aresta transversal de 130 .
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Tornear superfície cônica desalinhando a contraponta
Tornear superfície cônica desalinhando a contraponta é uma operação que permite obter superfícies cônicas com a peça presa entre pontas, por meio do deslocamento da ferramenta paralela ao eixo do torno, e com a contraponta desalinhada em um valor calculado para obtenção do cone desejado.
Esta operação é empregada para cones de pouca exatidão dimensional, de pouca inclinação e com comprimento maior que o curso do carro superior. Processo de execução 1. Faça furos de centro.
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Observação Fure com a broca de centro de forma R (NBR- 12 288) e utilize ponta e contraponta de 600 ou fure com a broca de centro de forma A (NBR- 12 288) e utilize as pontas esféricas.
2. Determine a dimensão em que deve ser desalinhada a contraponta. 3. Gire o parafuso de regulagem e faça o deslocamento da contraponta, verificando o deslocamento com paquímetro ou relógio comparador.
4. Prenda o material entre pontas.
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5. Monte a ferramenta no porta-ferramentas. Observação A ponta da ferramenta deve ficar na altura do eixo geométrico da peça. 6. Inicie o torneamento do cone. Precaução As pontas esféricas são mais fracas que as cônicas, de 60 ; evite, portanto, esforços muito grandes, a fim de não quebrá-las. 7. Verifique a conicidade medindo os diâmetros nas extremidades do cone ou usando calibrador cônico. 8. Corrija, se necessário, e termine o cone.
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Abrir rosca quadrada externa
Abrir rosca quadrada consiste em fazer um filete com perfil quadrado, com procedimento similar ao da execução de rosca triangular. A diferença está em que a profundidade de corte deve ser perpendicular ao eixo do torno, sem folga na aresta cortante da ferramenta.
Embora ainda seja empregada na fabricação de porcas e parafusos, a rosca quadrada tem uso reduzido, sendo substituída pelas roscas trapezoidal e dente-de-serra. No entanto, a execução de roscas trapezoidal e dente-de-serra requer antes a abertura de um sulco helicoidal semelhante à rosca quadrada.
Processo de execução SENAI - SP
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1. Torneie no diâmetro, faça o canal de saída segundo a norma NBR- 5870/88 e o rebaixo de referência. Observação A largura do canal deve ser maior que a metade do passo da rosca.
2. Escolha a ferramenta e o suporte. Observações Usar ferramenta com ângulo de folga conveniente para haver espaço entre ela e os flancos dos filetes da rosca a executar.
Usar, de preferência, suporte flexível.
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O comprimento da parte afiada da ferramenta deve ser aproximadamente 1mm maior que a profundidade do filete da rosca a executar.
3.
Prenda a ferramenta, observando a altura e o alinhamento.
Observações A aresta de corte da ferramenta deve estar na altura do eixo geométrico da peça. Verificar se a aresta cortante está paralela à peça.
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4. Selecione a rotação de acordo com a rosca a ser feita. 5. Monte as engrenagens para roscar ou disponha as alavancas na posição, no caso de tornos com caixa de mudanças de avanços. Precaução Caso seja torno de mudança de engrenagens, desligue a chave geral antes de trocá-las. 6. Avance a ferramenta transversalmente e inicie a rosca.
Observação A profundidade de corte varia de 0,05 a 0,1mm. 7. Engate o carro e ligue o torno para dar o primeiro passe. Observação
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Quando a ferramenta estiver no canal de saída, afaste-a e reverta o torno; quando a ferramenta estiver fora da peça, desligue o torno, reposicione a ferramenta e avance-a, dando a profundidade de corte.
8.
Repita o passo anterior, até chegar próximo da medida do filete.
9.
Verifique o ajuste da rosca com uma porca-calibradora, sem forçá-la, ou com a peça-
fêmea. 10. Repasse, se necessário, até conseguir o ajuste.
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Abrir rosca múltipla (externa e interna)
Abrir rosca múltipla é uma operação que possibilita a obtenção de roscas na superfície externa ou interna de peças, por meio de um sistema de divisões no avanço da ferramenta, a qual permite fazer duas ou mais entradas de filetes. As roscas múltiplas são aplicadas em parafusos e porcas de comando de movimento ou em peças que exigem um fechamento rápido, como fusos para prensas, válvulas hidráulicas e buchas roscadas.
Processo de execução Caso I - Rosca múltipla externa 1. Monte a peça no torno. Observação Dependendo da peça, pode-se montá-la na placa de três ou quatro castanhas ou entre pontas. 2. Posicione as alavancas da caixa de avanço para o passo desejado. 3. Calcule e monte as engrenagens do recâmbio. 4. Selecione a rotação apropriada para execução da rosca. 5. Prepare e prenda a ferramenta.
Observação
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Para roscas com ângulo de hélice (beta) inferior a 12o, a aresta de corte da ferramenta deve ser horizontal. Para ângulos de hélice superiores a 12o, a aresta da ferramenta deve ser perpendicular ao flanco do filete.
6. Faça a primeira entrada de filetes.
7. Faça as alterações na grade de engrenagens para abrir a segunda e a terceira entrada, e assim sucessivamente, até chegar próximo da medida final. Precaução Antes de mexer nas engrenagens do recâmbio, desligue a chave geral do torno. Observação A divisão na grade pode ser feita por dois processos: 1º Processo Alguns tornos, em geral os com caixa de mudança de avanços, possuem na grade um dispositivo que permite fazer a segunda, terceira, quarta e demais entradas da seguinte forma: Afaste o anel dentado na direção A.
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Gire a roda motora até que a referência do anel coincida com o número desejado. Observação
Giro da roda motora =
N de dentes inteiros N de entradas da rosca
Exemplo: 3 entradas 60
Anel dentado interno = 60
Giro da roda motora =
3
= 20
Portanto, para 3 entradas, gire a roda motora de vinte em vinte dentes para cada entrada. Encaixe o anel dentado, movendo-o para B e faça a outra entrada, e assim sucessivamente. 2º Processo Em tornos com mudança de engrenagem, para executar a segunda, terceira, quarta e demais entradas, monta-se no eixo principal do torno uma roda dentada motora que seja divisível pelo número de entradas da rosca.
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Divida a roda motora pelo número de entradas e marque os pontos. Marque referências nas duas outras rodas (intermediária e conduzida). Retire ou afaste a intermediária. Gire a roda motora, acionando a placa, até a marca seguinte tomar a posição da anterior. Recoloque a roda intermediária na posição anterior, fazendo com que as referências A e B ocupem o mesmo lugar. Faça nova entrada, e assim sucessivamente. Observação As divisões, para roscas múltiplas, podem ser feitas por meio do carro superior: para cada nova entrada, avance a ferramenta um valor igual ao passo. 8. Substitua a ferramenta de desbaste pela de acabamento. 9. Acerte a ferramenta, centrando-a em relação ao sulco da rosca. 10. Repasse todas as entradas até a medida final, seguindo os mesmos passo indicados para o desbaste.
Observação
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Quando se trabalha em tornos onde a mudança de entrada é mais difícil e demorada do que a substituição da ferramenta de desbaste pela de acabamento, é preferível terminar completamente uma entrada para, depois, passar à execução da outra. Caso II - Rosca múltipla interna. 1.
Prepare o torno para roscar.
Observações Em caso de rosca não passante, faça o canal de saída da ferramenta. A inclinação da ponta da ferramenta deve ser igual à inclinação da hélice da rosca, conservadas as respectivas folgas laterais. Convém o uso de duas ferramentas: uma para desbaste, mais estreita, com o gume perpendicular ao flanco do filete, e outra para acabamento com medidas exatas e o gume horizontal.
A face de corte da ferramenta, no caso de rosca trapezoidal ou quadrada, deve ficar paralela à parede do furo. No caso de rosca triangular, ela é acertada com um escantilhão.
2. Marque a referência de profundidade na ferramenta e inicie o corte desbastando uma entrada, deixando 0,1mm de sobremetal.
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3. Faça a divisão e abra a segunda entrada e assim sucessivamente. 4. Substitua a ferramenta de desbaste pela de acabamento, centrando-a bem, e repasse todos os filetes, deixando-os na medida. 5. Verifique a rosca com a peça-macho ou com um calibrador tampão para rosca, e corrija se for necessário.
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Referencias Bibliográficas
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PENTEADO, Branca Manassés et al. Curso profissionalizante: mecânica: processos de fabricação. São Paulo: Globo, 1995. v.2 (TELECURSO 2000 Profissionalizante).
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SCARAMBONI, Antonio et al. Curso profissionalizante: mecânica: leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. São Paulo: Globo, 1995. v.2 (TELECURSO 2000 Profissionalizante).
3.
SENAI. SP. Caminhão betoneira: cara chata. Por Regina Célia Roland Novaes e Selma Ziedas. São Paul, 1997. (Tecnologia aplicada, 1).
4.
Caminhão betoneira: cara chata. Por Regina Célia Roland Novaes e Selma
Ziedas. São Paulo, 1997. (Operações, 1). 5.
Comando numérico computadorizado. São Paulo: Faculdade SENAI de
Tecnologia Mecatrônica, 2000.
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