MIE Vocabulário / Conceitos Terminologia Básica da Investigação - Variáve Variávell Independ Independente ente (VI, variável variável preditora preditora)) – variável controlada pelo investigador, através de exposição a tratamentos diferentes ou grupos com diferentes características. - Variável Dependente (VD, de critério) – variável que o investigador está interessado em medir, para saber até que ponto diferem os grupos sujeitos a tratamentos diferentes (VD) ou que apresentam características diferentes (critério). Grupos experiment experimentais ais – grup - Grupos grupoo onde onde o inve invest stig igad ador or test testaa os efei efeito toss da vari variáv ável el independente. - Grupo de controlo – grupo de sujeitos não sujeito a teste. - População – grupo de sujeitos a que o investigador quer aplicar os resultados. - Amostra – grupo representativo escolhido para efectuar a investigação - Generalização/transferência – possibilidade de generalizar os dados obtidos junto da amostra para a população, depende da representatividade da amostra. Transferência envolve a transferência dos resultados para contextos similares. - Significância Estatística – permite distinguir se os resultados obtidos são significativos e não derivados do acaso. P< 0,5; p< 0,1; nível de confiança de 95% a 99%. - Variáveis parasitas/Variáveis Estranhas – variáveis que influenciam os resultados para lá das variáveis independentes ou preditoras.
Tipos de Investigação Descritiva Descreve fenómenos, identifica variáveis, inventaria factos.
Correlacional Relaciona Relaciona variáveis, variáveis, aprecia aprecia a inte interac racção ção de vari variáv ávei eis, s, diferencia grupos.
Experimental Proc Procura ura rela relaçõ ções es caus causai ais, s, prediz e controla fenómenos, estabelece leis.
Ciência: o conhecimento científico tem como características ser : objectivo (descreve a realidade como ela é) empírico (baseado na experiência, fenómenos e factos) racional (assente na razão e lógica, não na intuição) replicável (as mesmas condições em diferentes locais com diferentes experimentadores devem
gerar os mesmos resultados) sistemático (conhec (conhecime imento nto organiz organizado ado,, ordena ordenado, do, con consis sisten tente, te, e coe coeren rente te que forma forma uma totalidade coerente e integrada num sistema mais amplo) metódico (obtido através de procedimentos e estratégias fiáveis) comunicável (claro e preciso na sua significação, reconhecido e aceite pela comunidade) analítico ( vai além das aparências, entrando na complexidade e globalidade dos fenómenos) cumulativo (const (constroiroi-se, se, ens ensaiaaia-se se e acu acumul mula-s a-see a partir partir dos con conhec hecime imento ntoss cie científ ntífico icoss anteriores). Modelos de Investigação - investigação básica/investigação pura: descoberta e fixação de leis gerais - investigação aplicada/investigação prática: resolução de problemas concretos e particulares - investigação-acção: concilia as anteriores
Credibilidade da investigação científica - Para garantir que investigação tenha valor científico é necessário garantir a sua validade e fidelidade. estudar/medi r/medirr aquilo para que a investigaçã investigaçãoo foi planeada. Assegurad Asseguradaa no plano de Validade: estuda investigação e instrumentos de medida.
precis isão ão,, cons consis istên tênci ciaa ao long longoo do temp tempoo dos dos proce procedi dime ment ntos os usad usados os e Fidelidade: ou prec resultados obtidos. Resultados independentes do olhar do investigador, margem mínima de erro.
Validade: - validade interna – resultados alcançados aceites tendo em conta o plano de investigação (provar das hipóteses formuladas/resposta às questões levantadas). - validade externa – generalização dos resultados a outros contextos e situações similares. Nem sempre assegurável em contextos de dimensão reduzida. Fidelidade - precisão dos instrumentos de medida (máximo de consistência e mínimo de erro) - procedimentos: acordo inter-observadores, teste e reteste, splithalf - estudos quantitativos – precisão dos instrumentos de medida Fideli Fidelidad dadee associ associada ada aos ins instrum trument entos; os; val valida idade de relaci relaciona ona-se -se com pla plano no de inv invest estiga igação ção (esquema de controle de variáveis) - estudos qualitativos – descrição feita pelo investigador. Devido à importância dos contextos, existe exi stem m dificu dificulda ldades des de com compara paração ção,, utiliz utilização ação difíci difícill de ins instru trumen mentos tos est estand andarti artizad zados os e técnicas de controlo de possíveis fontes de erro. Fidelidade interna – grau em que investigadores diferentes são capazes de observar mesmos fenómenos/constructos no mesmo contexto/contextos idênticos. Fidelidade externa – grau em que outros investigadores, perante construtos já elaborados, conseguem fazê-los corresponder aos dados que recolhem, seguindo o mesmo procedimento do investigador que os elaborou. Estratégias para garantir fidelidade (investigações qualitativas) - ser o mais completo possível na descrição do processo de investigação: descrições densas (Geertz). Incluem: delineamento físico, social e cultural do contexto de estudo; definição do papel do investigador; descrição do quadro de referência conceptual; descrição exaustiva dos métodos de recolha de análise de dados; definição e operacionalização dos conceitos. Estratégias para aumentar fidelidade externa – clareza na definição de: - Estatuto do investigador; recolha de informadores; situações e condições sociais; construtos e premissas anaíticas; métodos de recolha e análise de dados. Estratégias para aumentar a fidelidade interna – descrições com nível de inferência baixo; múltiplos investigadores; investigadores participantes assistentes; corroboração dos dados; registo mecânico da informação. Validade: como estabelecer - mostrar o grau em que as conclusões representam a realidade que descrevem - avaliar se os construtos elaborados pelo investigador representam ou medem a experiência humana. Estratégias para aumentar a validade interna - perma permanê nênc ncia ia prol prolon onga gada da do inv invest estig igad ador or no terre terreno no;; técn técnic icas as de recol recolha ha de dado dados; s; observação participante; auto-reflexão do investigador. Validade externa: comparabilidade (grau de comparação com outros estudos), traductabilidade (grau (grau em que que quad quadros ros de refe referê rênc ncia ia são são fáce fáceis is de ente entend nder er e util utiliz izáv ávei eiss por outro outross investigadores.
Investigação – Etapas Definição de um problema - conhecimento do domínio / revisão da literatura - definir o problema: frase interrogativa - processo: definir o domínio, definir o tema/assunto, e então definir o problema Revisão da Literatura: trabalho de investigação faz parte de um continuum. Quadros teóricos, factores de motivação: - falta de consistência de resultados de estudos - fragilidade de estudos anteriores (metodologias, dados, amostragem, interpretação) - populações diferentes das que o investigador está interessado - replicar dados de outra investigação - questões e problemas ainda não solucionados
Etapas do processo de investigação (Mertens) - identificar pontos de vista pessoais - Identificar problema - Revisão de literatura - Identificar tipo de investigação - Identificar fontes de dados - Identificar métodos de recolha e tratamento de dados - Análise de dados, report, utilização - Identificação de futuras pesquisas Etapas do procedimento de investigação (Quivy) - Pergunta de partida - Exploração: leituras/entrevistas exploratórias - Problemática - Construção do modelo de análise - Observação - Análise das observações.
Métodos Quantitativos Métodos Experimentais e Correlacionais Características de um problema de investigação - questiona a relação entre duas ou mais variáveis - colocado de forma clara e sem ambiguidades - avaliado através de métodos estatísticos - pertinência teórica: contribui para o avanço do conhecimento na sua àrea - pertinência prática: contriubui para melhorar práticas - não deve representar um ponto de vista moral/ético Refere-se através de uma interrogativa
Formulação da hipótese Hipótese - afirmação ou predição. Descreve em termos concretos a expectativa do investigador acerca da relação entre as variáveis do problema. - investigação ordenada e rigorosa estrutura-se em torno de uma ou várias hipóteses. - Investigação: movimento de vaivém entre reflexão teórica e trabalho empírico, hipótese charneira do movimento.
Hipótese - deve estabelecer uma conjectura acerca da relação entre duas ou mais variáveis. - estabelecida de forma clara através de frase de tipo declarativo - avaliada com base nos dados recolhidos Hipóteses: dedutivas, decorrem de campo teórico e procuram comprovar deduções implícitas das teorias; indutivas, surgem da observação e deduções sobre a realidade. Variáveis Variável independente: a que o investigador altera; causa da diferença; tratamento dado pelo investigador. Variáveis dependentes: efeito; procede da VI; competência, conhecimento ou atitude susceptível de sofrer alterações durante a experiência; tem de ser mensurável. Variável moderadora : tipo de VI secundária, seleccionada com o objectivo de verificar se afecta a relação entre a VI e a VD. Variável de controlo: neutralizada para garantir que não terá efeito diferencial/moderador na relação VI/VD; poderá aparecer como variável moderadora. Variável interveniente: factor que teoricamente afecta o fenómeno observado, não pode ser vista, medida, manipulada. Efeito inferido a partir dos efeitos da VI ou da VM no fenómeno. Operacionalização de variáveis: - serve para poder manipular a variável. - definição operacional indica a forma como investigador medirá efeitos da pesquisa. - identifica os critérios observáveis do conceito que está a ser definido. - o conceito/definição pode ser operacionalizado de várias formas. - definição operacional única para a situação em que está a ser utilizada. Manipulação e controlo de variáveis - controlar ou limitar as condições susceptíveis de influenciar os efeitos. Grupo experimental: o que recebe o tratamento Grupo de controlo: o mais semelhante possível ao grupo experimental. Não recebe nenhum tratamento ou recebe tratamento placebo diferente do experimental (evita efeito de Hawthorne – grupo experimental tem melhores resultados por saber que está a ser alvo de tratamento). - opção de utilização medida cuidadosamente. - grupos de facto semelhantes em todas as dimensões, garantindo que caso se trocassem os grupos os resultados se mantém inalterados. Em populações reduzidas é difícil trabalhar com grupos de controlo. Grupo de controlo: permite verificar a eficácia da variável independente.
Validade Validade interna e externa: ex terna: ameaças Validade interna: quando os resultados recolhidos se devem não à experiência mas a outros factores. Validade externa: problemas de generalização dos resultados a outras populações. Ameaças à Validade Validade Interna: História: acontecimento exterior à experiência, que altera os resultados. Maturação: modificação devida à maturação dos sujeitos. Avaliação: melhoria devida a aplicação de teste anterior. Instrumentação: alterações à recolha de dados. Regressão estatística: gurpos escolhidos na base de pontuações extremas, numa dada variável. Mortalidade: retirada de alguns sujeitos. Estabilidade: tendência para resultados casuais. Grau de arbitrariedade pode ser medido estatísticamente. Ameaças à Validade Validade Externa: Efeitos da aplicação de um pré-teste – pré-teste pode sensibilizar sujeitos para tratamento. Sem pré-teste, tratamento não teria os mesmos efeitos. Interferência de Tratamentos Tratamentos - interacção entre tratamentos, experimentais ou não, quando participantes recebem vários tratamentos. Interacção selecção-tratamento – amostra pode não representar população.
Reacção dos participantes – efeitos de Hawthorne, placebo e novidade. Síntese: Investigação começa com problema -> revisão de literatura ajuda a formular hipóteses de investigação -> hipóteses contém variáves, que têm de ser classificadas e operacionalizadas. Etapas lógicas da investigação. _______________________________________________________________ ______________________________________________ _________________ Planos de Investigação Planos Pré-experimentais, quase experimentais e experimentais Planos Correlacionais Experimentação - experiências servem para determinar relações de causa-efeito, medindo esse efeito. Os estudos em que o investigador manipula a variável independente para observar se o efeito da sua intervenção na variável dependente corresponte à hipótese formulada são estudos experimentais.
Relação Causa-Efeito Condicionantes: A causa tem de preceder o efeito; A causa tem de estar relacionada com o efeito Não existe explicação alternativa para um dado efeito. Nos estudos experimentais manipula-se a causa para verificar se existe relação entre a causa e o efeito. Necessitam de procedimentos para ajudar a determinar a relação e minimizar influência de factores acidentais.
Planos de investigação – etapas metodológicas Tipos de planos Plano Experimental: procura respostas para relações de causa-efeito. Experiência permite manipular variáveis em estudo e observar alterações. Controlar possíveis variáveis interferentes, eliminando ou reduzindo eventuais erros, neutralizar ameaças validade interna. Planos pré-experimentais Modelos de grupo único, sem comparação com grupo de controlo. Grupo único pós-facto: explica uma consequência através do facto que a precedeu. Expõe sujeitos a intervenção , determinando a produção de efeitos que serão medidos. Tratamento>tempo->observação Grupo único pré e pós facto : utiliza um pré-teste, verificando condições anteriores à intervenção. Possível verificar se resultados se devem a intervenção, não se alteração decorreria sem tratamento, podendo acontecer por maturação (ameaça à val. Interna). Observação->tempo->intervenção->tempo->nova observação. Pós facto com grupo de controle não equivalente: determina a influência de uma variável num grupo. Grupo de controlo sem interveção. Avaliação pós-facto determina diferenças entre grupos após intervenção, embora sem avaliação anterior investigador não conheça as diferenças anteriores. Tratamento->tempo->observação (grupo 1); observação (grupo2). Investigação quase experimental Adoptam formas de comparação entre grupos; existem para situações onde não seja possível controlo experimental completo; levam controle experimental aos a os limites; sem amostras aleatórias, só controlam algumas ameaças à validade interna. Quando investigador não pode formar grupos equivalentes, programa já começou, sem grupo de controlo, todos os sujeitos incluídos.
Planos de grupo não equivalentes : deve-se fazer um pré-teste, recorrendo a dois grupos intactos. Modelo de investigação: grupo 1: observação->intervenção->observação; grupo 2: observação->observação. Séries temporais de registo: pode ter a finalidade de determinar efeito a longo prazo, com número variável de pré e pós-testes. Observações->intervenção->observações. Amostras temporais equivalentes: utilizado quando existe só um grupo e investigador submete a tratamento tratamento sistemático. sistemático. Internvenção->observação->intervenção->observação>internvenção->observação->intervenção->observação. Comparação de médias produzirá resultados não invalidáveis pela história. Amostras separadas com pré e pós-teste: Aplicável quando não é possível aplicar intervenção a todos os sujeitos ao mesmo tempo. Planos de grupo único com pré e pós-teste, que se repetem, controlando a história da investigação. Investigação ex-pós-facto Idêntica à investigação experimental, utilizada quando o investigador não pode manipular a variável independente. Compara pelo menos dois grupos numa variável dependente (efeito). Envolvem pelo menos uma variável independente, uma comparação, dois ou mais grupos, relação causa-efeito. Metodologia: - seleccionar dois grupos que diferem numa variável independente (um grupo tem uma característica ausente no outro, ou a mesma característica em diferentes quantidades/proporções) - comparar os grupos na variáve dependente - produzir amostra aleatória em ambos os grupos - recolher dados para comparar grupos. Plano/estudo correlacional: envolve questões sobre relação entre variáveis, verifica a relação existente entre duas ou mais variáveis, determina a intensidade dessa relação, podendo ser positiva (correspondente) ou negativa (inversa), traduzida pelo coeficiente de correlação. Vantagens: apropriado quando não é viável seguir estudo experimental; apropriado quando estão envolvidas variáveis muito complexas; permite determinar diferentes variáveis e estabelecer relação entre elas; apresenta graus de relação. Limitações: pode sugerir que- variável 1 determine variável 2; variável 2 determine variável 1; variável X determina ambas variáveis A e B; relação entre A e B devida a artefacto. Tipos de estudo correlacional: Estudo de relação: explora variáveis que podem estar relacionadas com variável de interesse; utilizado como precursor de estudos experimentais. Estudo de predição (prognóstico): explora como o desempenho de uma variável prediz desempenho de outra; utilizado como apoio a tomada de decisões. Correlação entre variáveis: grandeza estatística oscila entre -1,00 e +1,00. 0 significa ausência de correlação, correlação mais perfeita à medida que se aproxima da unidade, sendo negativa/inversa se mais próxima de -1,00 ou positiva/correspondente se mais próxima de +1,00. Plano com grupo de critério: metodologia que visa criar hipóteses de investigação, partindo de baterias de testes. Investigação correlacional: - útil para determinar relações entre variáveis, sugere bases de causalidade. Correlação não implica causalidade, mas causalidade implica correlação. - utiliza processos idênticos à investigação experimental e comparativa-casual, é mais económica, permite ignorar variáveis não relacionadas. Investigação Experimental Método de observação controlado, em que o valor de uma ou mais variáveis independentes é alterado para avaliar efeito em uma ou mais variáveis dependentes.. Envolve experiências laboratoriais ou experiências de campo. Problema de utilização de amostras equivalentes, equivalência possível através de amostras combinadas ou aleatórias. Tipos de planos: Pré-pós-teste com grupo de controlo: lida melhor com a validade interna, embora possa ocorrer enviesamento histórico, mortalidade, comunicação entre sujeitos do grupo experimental e grupo de controlo. Método: amostra1->observação->intervenção->observação; amostra2-
>observação->observação. Efeito de variabilidade é a relação entre observação de grupo de controlo e grupo experimental. Pós-teste com grupo de controlo: similar ao anterior, mas dispensando pré-testes por se considerar aleatoridade da amostra como suficiente. Menor ameaça à validade pela utilização de instrumentos. Conclusão: - antes de começar estudo, recolher/compreender métodos a aplicar - se formulários produzidos pelo investigador, estes devem ser testados antes de aplicação - métodos de recolha de dados que usam escalas ajudam a melhorar validade e consistência. - instrumentos produzidos individualmente requerem minúcia, rigor e formulação evitando enviusamentos/confusões - pode ser preferível usar formulários já desenvolvidos. ____________________________________________________________________________ ______________________________________________ ______________________________
Métodos qualitativos Estudo de Caso - observação detalhada de um contexto, ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico. (Merrian, 1988) - método de investigação que permite um estudo holístico e significativo de um acontecimento ou fenómeno contemporâneo dentro do contexto em que se produz. (Yin, 1989) Características: - Responde a questões do tipo “porquê”, “como”, pode responder a “qual”, “quanto”, “quais”, “onde”. - reflecte numa unidade todos os elementos que fazem parte do caso – totalidades holísticas. - Permite captar peculiaridades, idiossincrasias, e detalhes – caso único e diferente. - Implica imersão prolongada do investigador no terreno. - Exige negociação do carácter público/privado das informações. - Requer utilização de linguagem acessível a todos, que transmita a realidade estudada e permita a participantes identificarem-se com a situação. Tipos: classificados segundo o fim para o qual foram concebidos, o conteúdo abordado, os propósitos delineados, a unidade de análise, o design de investigação, os atributos do caso. Segundo o fim: Método de avaliação: política ou administrativa, estilo burocrático. Método de investigação: investigadores, estilo autocrático. Segundo os propósitos: Descritivos, exploratórios, interpretatórios. Segundo a unidade de análise: Estudos de Caso Único: caso histórico-organizativo, observacional, biografia, comunidade, micro-etnografia. Estudos multi-caso: multi-situacional, multi-sujeitos. Segundo design de investigação: Estudos de caso único holístico, caso único ramificado, multi-caso holístico, multi-caso ramificado. Segundo atributos do caso: caso ideal atípico, caso raro, casos de máxima variação, casos extremos, casos ilustres, casos politicamente importantes. Vantagens: - contacto directo com a realidade - pode constituir base de dados para múltiplos fins - impulsionar a acção - constituir suporte tomada de decisões - resultados acessíveis a todas as pessoas - arquivo de material descritivo rico e passível de reinterpretações subsequentes Limitações: - escassa possibilidade de generalização científica - não utilizar linguagem da teoria
- imprecisão/inexactidão dos resultados (implicação do investigador) - inconsistência e instabilidade dos dados (caso em acção) - complexo, moroso, difícil de levar a cabo - problemas de acesso e publicação de dados Refutação: “dar mostras da transferibilidade do caso é uma preocupação e exigência básica nos estudos de caso, e não a sua generalização científica” (walker, 1983). Tipos de generalização: - à classe mais ampla do caso - caso típico: das características do caso estudado a outros casos - do caso a outros casos (raro/extremo) Refutação - pode contribuir para a teoria ao permitir explicar como as abstracções teóricas se relacionam com as percepções comuns na vida quotidiana - pode gerar novas ideias e hipóteses que oferecem alternativa às já existentes - implica reflectir múltiplas interpretações/significados dos participantes, comprovadas e negociadas entre investigador/participantes -> o que parece certo para os participantes é o que importa e está realmente certo Fiabilidade assegurada por: - procedimentos claros e explícitos - amplas e detalhadas bases de dados - descrições densas - “volta” ao caso (réplica do estudo) Questões metodológicas: Design: sequência que liga dados empíricos às questões iniciais da pesquisa e suas conclusões. Estudo de caso-> questões em estudo-> as suas proposições -> unidades de análise -> ligação lógica dos dados com as proposições -> critério para interpretar resultados. Técnicas e instrumentos: entrevista, observação directa, observação participante, análise de documentos, registos tecnológicos, material artesanal. Competências do investigador: - saber fazer boas perguntas, ser bom ouvinte sem deixar levar por ideologias/preconceitos, adaptável e flexível, boa capacidade de captar os aspectos que estão a ser estudados, ser sensível, capaz de sobreviver a grandes pressões, ser discreto, paciente, aceitar incondicionalmente o outro sem juízos de valor, capaz de estabelecer relações empáticas. ____________________________________________________________________________ ______________________________________________ ______________________________
Métodos biográficos Conceito: produção de narrativas, por um investigador, sobre experiências de vida de pessoas que se disponibilizam para relatar o seu percurso de vida e reflectir sobre ele. Objectivos: - compreender porque é que um fenómeno ocorreu de determinada maneira e tem certo significado na vida do narrador - captar a vivências sociais, sujeito nas suas práticas, - descobrir a relação entre condições reais de existência e as vivências - reflectir sobre os relatos e construir base teórica sobre processos sociais e pessoais, em conformidade com o relatado pelos sujeitos Pressupostos: - homem é o conjunto das relações sociais - conhecer o social a partir da especificidade irredutível da práxis individual - relatos permitem evidenciar mecanismos de transição da relação individual e social (outros, sexo, classe social, família, realidade/ficção) Paradigma investigativo: Abordagem caracteriza-se por uma especificidade metodológica e técnica: natureza dos materiais biográficos, subjectividade, natureza do acto individual. Natureza dos materiais biográficos: relatos recolhidos junto do informante num processo de interacção investigador-narrador; materiais relativos a documentos biográficos recolhidos fora da interacção investigador/narrador. Subjectividade: tornar a subjectividade em conhecimento científico.
Natureza do acto individual: narrativa elaborada pelo investigador em interacção com indivíduo é totalização sintética tanto das experiências vividas como da interacção social -> todo o acto individual tem incorporado em si a história de um sistema social. Validade Validade da investigação: definição exacta da participação do investigador; identificação dos sujeitos; descrição do contexto; definição dos pressupostos subjacentes à teorização; utilização de categorias descritivas de baixo nível de inferenciação; utilização de meios técnicos que permitam manter a veracidade da realidade verbalizada. Fiabilidade da investigação: relatório final deve incluir partes/totalidade da narrativa. Vantagens: - diversidade de modos de trabalho e técnicas de investigação (narrativas, dramatizações, fotografias, diários) - acesso ao universo das relações sociais primárias - integração em várias esferas (familiar, amizade, profissional) - resposta directa a questões recolhidas por outros instrumentos - aprofundamento das situações mais pertinentes - formulação de hipóteses desde início do processo investigativo Limites: - centralização no individual, não valorizando dimensão colectiva - incapacidade de produzir generalizações (incide numa pessoa) - práticas e metodologia pouco consistente e sem rigor - não determinação dos métodos de tratamento e análise da informação antes da recolha - dificuldade em obter bons informantes - falibilidade da memória humana - fragilidade do papel do investigador: perigo de influenciar história de vida, enviesar a investigação por falta de distanciamento, distorcer contexto histórico e social. Planificar uma investigação Elaborar uma revisão de literatura envolve localizar e sintetizar a informação que já é conhecida sobre um assunto. (Mertens) Etapas: Definição do problema: determinado à partida pelo investigador; decorrente da leitura de documentos ou de outra fonte; consequência de uma investigação que faça surgir novos factos. Revisão da Literatura/bibliográfica: leitura de fundo para conhecer o que já foi investigado – estabelecer limites geográficos/temporais; revisão da literatura que contenha os dados históricos que procura, cartas, diários, etc – fontes de dados preliminares que fornecem informação sobre a questão/problema. Identificar fontes de factos históricos: documentos, artefactos, histórias orais, narrativas de vida. Síntese e avaliação de dados históricos: de relatos orais recolhidos: em consistência (solicitar clarificação de situações/acontecimentos ao narrador) e em validade (outras fontes, comparadas). ___________________________________________________________________________ ______________________________________________ _____________________________ Investigação-Acção - “estudo de uma situação social com o fim de melhorar a qualidade da acção dentro da mesma. A partir das acções, sua discussão, compreensão e alteração, esperam-se modificações, em consonância, nas situações.” P. P. 28 O uso de métodos de I-A diminui nos anos 60, ressurgindo nos últimos tempos. Fragilidades: precisar o seu significado, acordo entre os autores entre o seu âmbito lato e restrito, ambiguidade da sua natureza, heterogeneidade dos seus procedimentos. Princípios da I-A: - a sua metodologia tem sempre aspectos de índole prática a atingir: integra-se em processos/programas de mudança, onde o saber e a mudança social se constroem em paralelo. - atitude contínua de fases de planificação, acção, observação, reflexão, ponderando sempre o feedback entre elas. - requer o envolvimento de outros que não apenas o investigador: elementos das comunidades/instituições, sendo uma investigação-intervenção participativa. Apresentação Investigação-Accção (PDF na plataforma)
Conceito: “produção de conhecimentos ligada à modificação de uma realidade social, com a participação activa dos interessados” Ledoux, citado por Simões. Objectivos: “um conhecimento que se age e uma prática que se conhece; um conhecimentos para a acção e uma acção para o conhecimento” Conhecer->agir-> formar Objectivos: produzir conhecimento, modificar a realidade, transformar os actores. Pretente compreender e promover a mudança. Caracterísitcas: - situacional - colaborativa - participativa - auto-avaliativa Paradigma interpretativo: - aquisição de um conhecimento interpretativo dos fenómentos - procura a compreensão integrada da realidade, não verdades absolutas - objectividade reside na análise e reflexão mais do que na neutralidade do investigador ou nas técnicas não interferentes de recolha de dados. Validade Validade da I-A I- A Interna_ a necessária participação do investigador pode comprometer a objectividade, o rigor e a credibilidade. Externa: como generalizar as conclusões de uma I-A. Replicação. Organização da I-A Identificar o problema –> comunidade Escolher métodos e instrumentos de recolha de dados -> negociação entre comunidade e investigador Aplicação dos instrumentos .> predomínio do qualitativo, dados colectivos Análise e interpretação dos dados -> envolvimento de todos os participantes Utilização dos resultados -> directa: a comundade executa e aplica Credibilidade do trabalho -> inferida dos resultados positivos obtidos na comunidade envolvida. Texto “A investigação-Acção: natureza nature za e validade Conflito entre dois paradigmas na investigação de problemas educacionais: paradigma qualitativo (observações empíricas e quantificáveis) e paradigma qualitativo (informação holística, abordagem interpretativa). I-A – considera estes dois modelos Definida por Kurt Lewin (1944). Metodologia alvo de muito interesse, pouco clara no seu conceito. Dubost (1983) enumera quatro acepções do conceito: - estratégia de investigação no campo científico: investigar um problema fazendo da acção o instrumento de pesquisa. - estratégia de acção: estudo destinado a fazer emergir necessidades ou objectivos - estratégia de existência: carácter expressivo da acção – pôr em prática um projecto - estratégia de análise social: análise de situações e acontecimentos para lhes descobrir o significado. Ardoino (1983) - acção entendida como instrumental (intervenção sobre a situação) e investigação entendida como busca de resposta a um problema, através de dados empíricos recolhidos de forma sistemática e controlada. Portois (1981/1983) – I-A, dialéctica entre homem-actor e homem-investigador Conhecimento que se age e prática que se conhece; conhecimento para a acção e acção para o conhecimento. Dilui a fronteira entre investigadores e práticos, entre teoria e aplicação. Carácter da I-A:
Colaborativo: trabalho em conjunto de práticos e investigador Situacional: visa o diagnóstico e solução de problemas em contextos sociais específicos. Participativa: os práticos são condutores da pesquisa. Auto-avaliativa: as modificações vão sendo continuamente avaliadas. Processo cíclico: planeamento -> acção -> observação -> reflexão -> objectivo: produzir conhecimento, modificar a realidade, transformar os actores. Validade da i-a Problemas metodológicos Validade interna: interna : Investigador é interventivo. Como pode assegurar a sua objectividade e credibilidade? Utilização adequada de critérios de controlo das variáveis e generalização dos resultados. I-A tem de resolver o problema da fidelidade e validade das suas conclusões Rigor (e legitimidade): investigador em i-a. Tem de fazer face a ameaças/variáveis parasitas – história e maturação, efeitos do observador, selecção e regressão, mortalidade experimental, espuriedade nas conclusões. Efeitos do observador: investigador como observador participante dificulta a validade interna (envolvimento, pouco distanciamento, etc.). Validade Externa – generalização dos resultados: - I-A não se pode desinteressar da sua generalização. Poderá fazê-lo através de generalização em sentido quantitativo (amostras estatísticamente representáveis), levantando problemas de amostragem de investigação quantitativa. Replicação: possibilidade de transferência Em populações especiais/instituições, pode-se conceptualizar comparabilidade e transferibilidade de resultados. ____________________________________________________________________________ ______________________________________________ ______________________________
Planificação de Investigação Investigação: - questionamento sistemático, planeado e crítico, sujeito a apreciação crítica pública. Tem as suas raízes na curiosidade e no desejo de compreender, mas trata-se de uma curiosidade estável, na medida em que é sustentada por uma dada estratégia. (Rudick e Hopkins) Etapas: Escolha do tema:exequibilidade nos tempos e recursos disponíveis. Levantamento de dados: revisão literatura, pesquisa de documentos, contactos directos. Formulação do problema: questão teórica ou prática cuja solução seja relevante para o conhecimento. Definição de termos: conceitos explicitados para evitar interpretações incorrectas; vocabulário preciso, claro e adequado. Construção de hipóteses: etapa não obrigatória em todas as investigações; suposição que antecede os factos; claras, objectivas e testáveis. Delimitação da investigação: definir limites do estudo. Selecção da amostra: determinar os sujeitos objecto de estudo de um dado universo. Escolha do método: natureza e objectivo do estudo, questões de investigação.
Amostra: elemento fundamental para a relevância da investigação, raramente possível que estudo incida sobre todos os alvos potenciais (população/universo), selecção de unidades de de análise de população claramente determinada, sendo representativa. Modos de obter: Investigação qualitativa: (intencional) Não probabilística: acidental, voluntária, típica ou por quotas (critérios de grupo ou subgrupo).
Investigação quantitativa: (não intencional) Probabilistica: aleatória simples (sorteio), aleatória sistemática (sorteio de grupo), por clusters (extractos) Método: Quantitativo: explicar, controla, predizer; natureza como pré-determinada, externa, fragmentária, estática; ciência como algo duradouro não dependente do contexto ou do tempo; debruça-se sobre casos múltiplos; explica com base na dedução, quantificação e semelhanças; investiga em condições estáveis, para maior controlo da acção da variável; instrumentos precisos e investigação replicável; instrumentos que garantem objectividade, estratégias fixas, inalteráveis; observação sistemática: análises factoriais, procedimentos correlacionais). Qualitativo: compreender e interpretar a realidade; natureza de forma holística, dinâmica, interactiva; generalizações provisórias que se alteram por efeitos do contexto e do tempo; estuda casos isolados; explica com base na indução/interpretação das diferenças; investiga e contexto; não permite replicação; desenvolve a sensibilidade; estratégias fixas e ajustáveis (estudos de caso, observação participante, análise de conteúdo). Instrumentos de Recolha de dados Determinada pela natura do objecto de análise, coexistência de diferentes instrumentos. Documentais: livros, cartas, legislação, etc. Não-documentais: observação indirecta (entrevista, questionário), observação directa (não participante, participante). Entrevista Importante instrumento recolha dados (i. Qualitativa). Permite aceder a aspectos que investigador não pensava. Questões prévias: Quem entrevistar: sujeitos escolhidos de modo a proporcionar o máximo informação relevante – especializadas/peritas, testemunhas privilegiadas, público sobre o qual incide o estudo. Como estruturar: entrevista individual/telefone. Tipos: não-estruturada (conversas informais, sem questões pré-definidas); semi-estruturada (conduzida com tópicos específicos, implica guião); estruturada (questões pré-estabelecidas com ordem específica, intergadas em categorização de respostas); profundidade (questões, escuta, registo de respostas, colocação de questões para clarificação/alargamento, questões abertas, incentivo às posições individuais). Tratamento de dados: análise de conteúdo – pretende estabelecer unidades de registo, de significado ou temáticas (segmentos de frase semanticamente relevantes) ou de ocorrência ou concomitância (palavras cuja ocorrência é relevante de contabilização frequente). Fases da análise de conteúdo: 1º momento: leitura atenta dos textos, procura dos referentes chave, redução das proposições (elimina equivalentes e sinónimos), preparação temática (elimina paráfrases, conotação, mantém sentido do texto, proposições em frases simples). 2º momento: Codificação (códigos não superiores a 50). Leitura da totalidade do texto separando palavras-chave; isolamento das proposições a ser analisadas; codificação de cada proposição agrupadas por referente-chave. 3º momento: análise e interpretação dos dados. Questionário: processo rigoroso, dele depende medição das variáveis da investigação. É preciso definir: - tipos de perguntas - tipos de resposta adequados - escalas de medida a utilizar - métodos para análise de dados Vantagens: adequação dos instrumentos de recolha de dados depende do tipo de investigação e da população. - possibilidade de ser administrado a uma amostra lata da população - garantia de anonimato (condição para autenticidade) - possibilidade de responder em momento adequado, não implicando resposta imediata Desvantagens: - eficaz só em populações com alguma homogeneidade - aplicável a indivíduos alfabetizados e sem dificuldades de compreensão escrita - se inquirido responder em grupo pode perturbar informação que se quer individualizada
- devolução não é certa, pode ser morosa Etapas para formulação: revisão de literatura; formulação do problema; definição dos objectivos; formulação das hipóteses (não obrigatório); identificação das variáveis e indicadores; validação interna; definição da amostra; pré-teste. Tipos de perguntas Perguntas abertas: resposta não condicionada, com liberdade para pronunciar. Podem facultar mais informação, permitem estudo em profundidade, implicam grande rigor na formulação evitando dispersão de respostas, análise de respostas muito complexa. Perguntas semi-abertas: dão a possibilidade de acrescentar respostas às apresentadas. Possibilitam o alargamento da informação; torna mais difícil sistematização de dados recolhidos. Perguntas fechadas: condiciona o inqurido à escolha de uma das respostas apresentadas. São de resposta fácil podem servir de perguntas-filtro; permitem recolha de dados objectivos; adequam-se ao tratamento estatístico das respostas.
Observação: técnica privilegiada na investigação educacional, permite contacto directo entre investigador e objecto de estudo, relação estabelecida com participantes. Acompanhamento dos participantes pelo investigador no terreno vai apreendendo a visão/interpretação da realidade, de forma mais activa (investigador interage) ou menos activa (investigador se voz). Vantagens: método directo; ambiente natural, fornecendo informação impossível de obter num laboratório; não existe experimentação ou tipo de manipulação; útil em situações em que indivíduos não são capazes de referir/descrever comportamentos; apreende comportamentos não-verbais; melhor compreensão do contexto em que problemáticas acontecem; permite atenção a coisas que participantes poderiam deliberadamente omitir ou não da entrevista; possibilita maior compreensão combinando as percepções do investigador com as dos outros; fornece conhecimento pessoal a uma experiência directa, ajudando a compreender e interpretar o estudo. Desvantagens: processo dispendioso, difícil de realizar, obriga a deslocações frequentes; validade depende do processo de categorização; subjectividade pode provocar efeitos nefastos, pondo em risco validade das conclusões; requer investigadores bem treinados e competentes para obter boa qualidade dos dados recolhidos. Observação não-participante: observador assume papel exterior, não tomando iniciativa no evoluir de situações que observa. Por vezes, investigador começa por observador externo e gradualmente participante. Observação participante: observador que se torna membro da comunidade/população em estudo. Participa em actividades da comunidade, observa modos de comportamento e interacção. Investigador tenta ser aceite como próximo. Propósito de ver o que está a acontecer e sentir o que é ser parte do grupo. Validação Validação da investigação: processos que determinam a qualidade do desenho investigativo. Validade Validade dos instrumentos: verifica se instrumento mede o que foi planeado. Fiabilidade dos instrumentos: verifica grau de consistência com que instrumento mede o que planeou investigar inve stigar.. Validação Validação dos procedimentos: verifica reflexos da investigação. Processa-se através da validação interna (procedimento produziu alteração) e validação externa (resultados generalizáveis). Validação Validação do questionário: validação do conteúdo – adequação, compreensão, adequação de tempo, eficácia das instruções, questões relevantes. Validade factorial, mede correlação entre itens, confirmando ou não categorização criada pelo investigador: teste KMO. Amostra superior ao número de variáveis, nunca inferior a 100 sujeitos. Fiabilidade interna do questionário: precisão do intrumento de recolha: alfa de Cronbach. Recolha de dados: aplicação de instrumentos. Organização dos dados: observação minuciosa de dados obtidos; sistematização dos dados. Sistematização: examinar perguntas e tratar com programa informático (SPSS); introduzir dados definindo o tipo de variáveis. Análise e interpretação dos dados: estudo das relações existentes entre os varios factores e objecto de estudo; busca de significado a partir dos dados obtidos; representação dos dados. Estudo das relações: partir do registo de dados, verificar resultados obtidos através de técnicas estatísticas, elaborando representação gráfica.
Apresentação dos resultados: modo de apresentar resultados numéricos por tabelas, gráficos de barras, etc. Capítulo de apresentação deve ter: continuidade, interligar-se com o que o autor analisa ao longo da investigação; descrição de dados, explicando resultados numéricos por palavras. Conclusões: ir de encontro às hipóteses; apontar questões que não encontraram resposta; resultados principais apontados e comentados; sugestão de pistas para novas investigações. Método quantitativo Utiliza análise matemática como linguagem para descrever fenómenos. Análise estatística estabelece relação entre modelo teórico e dados obtidos. Relação estabelecida utilizando recursos de estatística descritiva e/ou estatística inferencial. Análise estatística: procedimento adequado a utilizar decorre do conhecimento da natureza da variável em estudo. Determinação efectuada pelas escalas de medida. Escalas Nominal – ordem das modalidades/categorias não tem significado; representa uma enumeração das modalidades possíveis; permite comparação pela igualdade. Escala Ordinal – ordem de modalidades/categorias tem significado; categorias sucessivas não representam diferenças iguais no atributo medido; comparação pela igualdade, posição relativa na ordem estabelecida. Escala de Intervalos – natureza quantitativa, determina distância entre elementos; categorias sucessivas representam diferenças iguais no atributo medido; permite comparação pela igualdade, posição relativa (ordem), diferença numérica (distância); zero da escala arbitrário; proprieades preservadas na transformação Yt=a+bY0 (Yt valor escala transformada; Y0 valor escala original, a,b constantes). Escalas de Razões – natureza quantitativa, nível mais elevado das escalas; valor base natural (zero absoluto); ordinal, unidade de medida, diferença aritmética entre elementos quantificável e representativa. Escalas de Atitude e Opiniões – escala de distância social de Bogardus: utilizada para medição da intensidade de preconceitos raciais e nacionais; 7 indicadores de distância social; resposta imediata, obedecer à primeira reacção. - intervalos de Thurstone: atenua subjectividade dos investigadores. Reúne número elevado proposições sistematizadas concordo/não concordo, com possibilidade de graus intermédios; reunir juri 100 pessoas classificar escala 11 categorias de acordo com intensidade, retirar proposições que tenham obtido classificação com grande dispersâo; calcular valor medidana de proposições com frequência elevada. Valor da mediana índice de classificação na escalaposição na escala de atitudes. Inconvenientes: preparação morosa/complicada da escala, juntando grande número de proposições, mobiliza júri numeroso, efectua estatística; fosso intelectual entre juri e população pode ser grande (compreensão das proposições; classificação das proposições influenciada pelo julgamento do júri. - cumulativa de Likert: atenua desvantagens de Thurstone; classificação das proposições feita pela população alvo; escalas de 5 ou 7 pontos; frequente somar respostas para obter score total. - unidimensional de Guttman.