2010
Teoria Musical Aplicada à Banda de Música e & Grupos Vocais e Instrumentais grupos vocais
Ezidemar Siemiatkouski
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AS
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DEFINIÇÕES DE MÚSIC A
Música a arte de combinar diversos sons ( e o silêncio) uns após os outros ou ao mesmo tempo. Além de Tudo Música é uma Linguagem, um idioma musical que todo músico deveria compreender. A Música se divide em: Melodia Os sons são ouvidos uns após os outros formando um sentido musical. Muitas vezes é adicionado à melodia um poema ( letra). Harmonia Vários sons são ouvidos ao mesmo tempo obedecendo certas ´ Regras Musicaisµ. Contraponto Diversas melodias são ouvidas todas ao mesmo tempo dando a ideia de movimento de vozes. Ritmo Movimento dos sons obedecendo uma certa ordem de tempo e duração. Às vezes mais mais r ápido, às vezes mais lento. Timbre São as diferentes ´coresµ dos sons de cada instrumentos ( flauta, trombone, saxofone ) ou vozes (femininas, masculinas ) e que ao ouvir esses sons, sozinhos ou juntos, sabe-se sabe-s e distingui-los uns dos outros. É
y
y
y
y
y
NOTAÇÃO MUSICAL Pauta ou Pentagrama o conjunto de cinco linhas e quatro espaços onde são escritas as notas musicais ( do, re, mi, fa,sol, la, si ) e todos os simbolos e sinais de uma partitura. É
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Abaixo e acima da Pauta também se encontram linhas e espaços invisíveis que são conhecidos como: Linhas e Espaços Suplementares Superiores e Inferiores.
Linhas
e Espaços Suplementares Superiores
Linhas
e Espaços Suplementares Inferiores
CLAVES Para que as notas tenham nomes (do, re, mi, fa,sol, la, si ) e sua altura definida na escala, coloca-se no inicio da pauta um sinal conhecido como CLAVE. Há três sinais de clave: Clave de Sol
Clave de Fa
!Clave de Dó$:
Observe
A clave de
que os 2 pontinhos ( : ) ) colocados ao lado da clave de Fa e de Do , servem para indicar a linha em que Sol é escrita na segunda linha. se acha assinada a clave.
A clave de Fa pode ser escrita na terceira ou quarta linha. A clave de Do pode ser escrita na primeira, segunda ou terceira linha.
Correspondência Uníssona (mesmo som) nas Claves.
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A clave de Sol é usada para os instrumentos solistas e mais agudos, nos sons intermediários usamos a clave de Dó e nos sons médios para grave usamos a clave de F á. As claves mais usadas são: y
y
y
A clave de Sol A clave de Fá na quarta linha A clave de Dó na terceira linha (que é própria para a Viola Clássica)
DEFININDO O NOME DAS NOTAS NAS DIVERSAS CLAVES
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Clave de Sol Escrita na segunda linha. Dessa forma a nota que se encontrar escrita nessa linha ter á o nome da clave: SOL. A partir dai sabemos no nome das demais notas no pentagrama.
!
Clave de Fa Escrita na terceira e na quarta linha. Dessa forma a nota que estiver escrita nessa linha ter á o nome da clave: FA.
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A partir dai sabemos no nome das demais notas no pentagrama. Vejamos o exemplo mais comum que é a clave na quarta linha.
$:
Clave de Dó A clave de Dó pode ser escrita na primeira, segunda, terceira ou quarta linha. Veremos a seguir o caso mais usado que é na terceira linha. Portando a nota DÓ estar á escrita na terceira linha.
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Clave de Percussão A clave de Percussão é usada para instrumentos de percussão de notas não definidas (do, re, mi, etc).
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Ela é escrita como todas as outras no início da pauta.
Geralmente a pauta de uma partitura de instrumento de percussão só possui uma única linha pois o que interessa não é a nota (do, re, mi, etc), visto que esses não tem nota definida, e sim o ritmo. Porém, muitas vezes, a clave de Percussão é escrita em uma pauta normal (com as 5 linhas e os quatro espaços). Veja os exemplos abaixo:
Os instrumentos de percussão que se utilizam dessa clave em suas partituras são: BOMBO, CAIXA CLARA, PRATOS, TAMBORES, PANDEIRO, BATERIA e vários outros do mesmo gênero.
Atualmente a escrita musical para esses instrumentos, além de se util utiliz izar ar da Cla Clavve d de e Perc Percus ussã são o , faz faz uso uso tam també bém md de e not notas as com a ´cabeçaµ modificada mantendo sua duração e dando importância ao ritmo. Veja o exemplo:
Anotações:
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VALORES
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Nem todas as notas tem a mesma duração. Para entendermos a duração dos sons musicais é necess ário que as notas apareçam sobre formas diferenciadas. Estas diversas formas das notas se chamam Figuras ou Valores.
Temos então na seqüência abaixo as figuras mais usadas e que representam os sons, elas aparecem em sete formas diferentes:
Pausas As pausas são figuras que indicam duração de silêncio entre sons. Cada figura de som tem sua respectiva pausa que lhe corresponde o mesmo tempo de duração, ou seja, temos a pausa da semibreve, da mínima, da semínima, da colcheia, da semicolcheia, da fusa e da semifusa. Veja abaixo as figuras e suas pausas correspondentes:
Quando se escreve duas ou mais colcheias, semicolcheias, fusas e semifusas consecutivas os colchetes são substituídos por barras horizontais, ficando as notas unidas em grupos. 11
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Divisão proporcional dos valores A semibreve é a figura que representa maior duração e é tomada como unidade da Divisão Proporcional dos Valores , em resumo, todas as demais figuras são divisões da semibreve.
Divisão Proporcional dos Valores
Abaixo temos a comparação real dos valores de acordo com o que explicamos acima. Temos a semibreve e em seguida os valores das demais em relação a semibreve.
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Também assim:
E assim:
a Breve é uma figura usada mais mais raramente.
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Em outras palavras:
Os numeros são as frações de cada figura correspondentes à semibreve.
PONTO DE
AUMENTO
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um ponto colocado à direita da figura (nota ou pausa) para aumentar a METADE de seu valor de duração. É
Dois
ou mais pontos podem ser colocados à direita da figura, tendo nesse caso, o primeiro ponto o valor j á conhecido e os seguintes pontos cada um a metade do ponto anterior. E xemplos:
A s
pausas também podem ser pontuadas .
LIGADURA É uma linha curva que se coloca acima ou abaixo das notas. E xistem 2 tipos de ligaduras: de Valor e de Fraseado. A que
mais nos
interessa por enquanto é a de Valor . Ligadura
de Valor
É uma linha curva que une duas ou o u mais notas da mesma altura, (notas
iguais), e indica que os sons (notas) que estiverem ligados não devem ser separados. Somente o primeiro som é emitido e os demais serão apenas a prolongação do primeiro de acordo com seus valores.
Anotações:
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COMPASSOS
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As figuras que representam o valor da notas têm duração INDETERMINADA (não tem valor fixo). Para que as figuras tenham um determinado valor na duração do som, são utilizados espaços de duração à que se d á o nome de: TEMPO.
Tempo é um valor determinado na duração do som ou do silêncio (pausa).
Os
Tempos
são agrupados em ´pulsações µ(batidas) iguais, de 2 em 2, de 3 em 3 ou de 4 em 4, formando uma métrica. Contamos o tempo na música através da pulsação que é constante. A forma como contamos e dividimos o tempo é chamada de Compasso.
Compasso
é a divisão da música em séries regulares de tempo.
Essas
séries, ou seja, Compassos, podem ser de 2 tempos, 3 tempos, 4 tempos, 5 tempos, 7 tempos, 11 tempos, etc., mas os mais usados são:
y y y
de 2 tempos - Chamado de COMPASSO BINÁRIO de 3 tempos - Chamado de COMPASSO TERNÁRIO de 4 tempos - Chamado de COMPASSO QUATERNÁRIO
Compasso é identificado em uma determinada música pela pulsação dos tempos fracos e fortes . Veja no quadro a seguir como é a pulsação nos principais compassos: O
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Compasso Binário - 2 Tempos
Compasso Ternário - 3 Tempos
Compasso Quaternário - 4 Tempos
* Há também os compassos de d e 5, 7 ou mais tempos.
BARRAS DE COMPASSO Os
compassos são separados na pauta por uma linha vertical, chamada barra de compasso.
Usa-se uma barra dupla para separar períodos ou ou trechos da música.
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Para concluir a música usa-se a barra final .
E,
para indicar repetição de um trecho, usam-se barras de repetição chamadas de RITORNELLO
FÓRMULAS DE COMPASSO Representação
do compasso O Compasso é representado através de números em forma de fração que aparecem no início da pauta. O número superior (Numerador)indica a quantidade de tempos em cada compasso
O número inferior (Denominador)indica qual figura valerá 1
Portanto entendemos assim:
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tempo (Unidade de Tempo)
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y
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números que podem ser utilizados no Numerador de uma Fórmula de Compassos são: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, etc, e representam a quantidade de tempos dentro de cada compasso.
Os
números que podem ser utilizados no Denominador de uma Fórmula de Compassos são as frações semibreve, e representam as figuras que valerão 1 Tempo: y
Os
Lembrando que esses números não
são o Tempo de Duração das figuras, são apenas as proporções delas em relação à Semibreve.
Em
qualquer compasso a figura que preenche um tempo chama-se Unidade de Tempo (U.T.); e a figura que preenche um compasso inteiro ; sem faltar ou sobrar tempo; chama-se Unidade de Compasso (U.C.). Atualmente usa-se muito a escrita das Fórmulas de Compasso da seguinte maneira:
Anotações:
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CLASSIFICAÇÃO DOS COMPASSOS 21
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Os Compassos são classificados em:
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Simples e Compostos.
Compasso Simples Compasso Simples é aquele em que a figura que vale 1 tempo (unidade de tempo) forma uma figura simples, ou seja, não pontuada. Nos Compassos Simples, cada Unidade de Tempo é dividida em duas metades iguais:
Os números que são os Numeradores
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dos COMPASSOS SIMPLES são:
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Dessa
maneira já se sabe quando a Fórmula de Compasso é de um Compasso Simples pelos Numeradores.
Veja esse quadro contendo as Fórmulas de Compassos SIMPLES mais comuns:
Algumas U.C. nos Compassos Simples são formadas por figuras pontuadas
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Compasso Composto Compasso Composto é aquele em que a figura que vale 1 tempo (unidade de tempo) forma uma figura composta, ou seja, figura pontuada. Nos Compassos Composto, cada Unidade de Tempo é dividida em três metades iguais:
Os números que são os Numeradores
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dos COMPASSOS COMPOSTOS são:
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Dessa
maneira já se sabe quando a Fórmula de Compasso é de um Compasso Composto pelos Numeradores.
Veja esse quadro contendo as Fórmulas de Compassos COMPOSTOS mais comuns:
Algumas U.C. nos Compassos Compostos são formadas por duas figuras ligadas
AS
PULSAÇÕES
Duas Pulsações por compasso
Três
Pulsações por compasso
Quatro Pulsações por compasso
Pulsações divididas dividid as em duas (2)
Pulsações divididas em três (3)
Binário simples
Binário composto
Ternário simples
Ternário composto
Quaternário simples
Quatern ário composto
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Anotações:
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MÉTRICA A MÉTRICA se baseia no estudo dos Compassos e suas combinações com os diversos ritmos. E que o RITMO se trata da distribuição de valores e figuras diversas obedecendo uma certa ordem. Acento
Métrico Os tempos dos compassos obedecem a diversas acentuações, umas fortes outras fracas. Essa acentuações são o Acento Métrico. É por meio do Acento Métrico que podemos reconhecer, apenas ouvindo, se: Esta música tem compasso Binário Esta música tem compasso Ternário Esta música tem compasso Quaternário y y y
O Acento Métrico
dos compassos se d á dessa maneira:
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Para o Compasso Quaternário também utiliza-se o seguinte Métrico:
Os tempos também são subdivididos em
2010 Acento
Partes Fracas e Fortes.
Assim:
Fórmula Rítmica A métrica é sempre combinada a um padrão rítmico para gerar um estilo particular. É o que acontece com músicas de dança, ( a valsa ou a polka) que têm padrões particulares para enfatiza as pulsações (batidas), as quais são imediatamente reconhecíveis. Isto frequentemente é feito para que a música coincida com os passos r ápidos da dança. Esses padrões rítmicos são oque chamamos de Fórmula Rítmica e são o agrupamento de valores e figuras que fazem um sentido musical. E xemplo:
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INÍCIO DO RITMO Início do Ritmo O Ritmo pode-se iniciar de três formas: y
Ritmo Tético
O ritmo começa no 1° tempo do compasso ; no T empo empo Forte:
empo Forte T empo y
Ritmo Anacrústico (P rotético)
O ritmo começa antes do início do compasso: (Hino Nacional Brasileiro)
empo Forte T empo
Anacruse ou Prótese são as figuras que estão antes do início de um compasso.
(Decapitado) O início do 1º compasso é ocupado por pausa(s), e o ritmo começa no tempo F raco. y
Ritmo Acéfalo
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TERMINAÇÕES
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DO RITMO
O Ritmo pode-se terminar de duas formas:
Feminina ( Plana) O ritmo termina no tempo F raco do compasso: y
Terminação
Masculina ( T runcada) O ritmo termina no tempo Forte do compasso: y
Terminação
CONTRATEMPO quando as notas são executadas nos tempos ( ou partes) fracas , ficando os tempos (ou partes) fortes com pausas. O tempo onde deveria recair a acentuação é preenchido por silêncio: a pausa. É
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SÍNCOPE quando o som de uma nota executada no tempo (ou parte) fraca se prolonga até o tempo (ou parte) forte seguinte. Assim, o tempo forte estar á preenchido com os ´restos µ de som da nota anterior. a nterior. É
y y
Síncopes Regulares são compostas por notas de mesma duração. Síncopes Irregulares são compostas por notas de duração diferentes .
Também
assim:
QUIÁLTERAS Quando as Unidades de Tempo ( U.T.) e Unidade de Compasso ( U.C.) são subdivididas em grupos de notas, e esses grupos são alterados na quantidade de notas que normalmente os compõe ; para mais ou para menos; chamamos: Quiálteras. Coloca-se acima ou abaixo do grupo da Quiáltera o numero de quantidades de figuras que compõem a divisão alterada. E xemplo:
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As Quiálteras também podem ser constituidas por figuras de diferentes valores, ou ainda com notas e pausas. Assim:
A s Quiálteras formadas por valores iguais são as regulares e as
formadas por valores desiguais são as irregulares.
As Quiálteras são classificadas em: Diminutivas e Aumentativas. y
As Quiálteras Aumentativas alteram para mais a quantidade de subdivisões estabelecidas pela fórmula de compasso.
Mais conhecida como TERCINA
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y
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As Quiálteras Diminutivas alteram para menos a quantidade de subdivisões estabelecidas pela fórmula de compasso.
As Quiálteras devem ser executadas no mesmo tempo que o grupo de notas da subdivisão normal de cada Fórmula de Compasso é executado.
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Anotações:
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ANDAMENTOS
A velocidade com que uma música é tocada ; um movimento r ápido ou um movimento devagar ; sempre mantendo uma pulsação constante a cada compasso ou acelerando e desacelerando gradativamente, a isto chamamos de Agógica e é ela quem define a velocidade de execução de uma música. Esta velocidade é chamada de Andamento e indica a duração de cada tempo nos diversos compassos.
Agógica, termo utilizado para descrever os desvios e alterações do tempo, os quais são necessários para conferir sutileza e um maior interesse na frase musical. É usado para ressaltar todos os detalhes de execução de uma peça musical criando vitalidade através do uso inteligente do rubato, precipitações, rallentamento, interrupções, etc. Apesar de todas as indicações em uma partitura, o Andamento permanece sempre uma questão de interpretação do músico, de cada grupo ou de cada maestro e não existe realmente o Andamento ´corretoµ para uma peça musical, dado que a Acústica (como o som se propaga em diferentes ambientes) e outras influências externas exercem grande efeito sobre a velocidade a que uma composição se torna mais ou menos expressiva.
Metrônomo Metrônomo é um aparelho ( relógio) que mede o tempo musical. Determina o Andamento marcando regularmente a duração de cada tempo através de um ´clickµ. Para isso utiliza-se a seguinte Indicação O
Metronômica como no exemplo abaixo :
A Semínima representa o tempo a cada minuto e o número a quantidade de batidas (Semínimas) por minuto.
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A Indicação Metronômica é colocada ao lado do isolada - no início da partitura ou no decorrer dela.
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Andamento
ou
A representação escrita da Indicação Metronômica dependendo da U.T. de cada fórmula de compasso.
é indicado no início ou em outros locais da partitura e é representado por palavras (em italiano) e representam somente a velocidade dos Andamentos. O Andamento
Consideram-se três tipos de Rápidos.
Andamentos:
G rave
Andamentos Lentos
Moderados e
- É o andamento mais lento de todos
- Muito lento, mas não tanto quanto o Grave
Largo
Larghetto Lento
Lentos,
- Um pouco menos lento que o Largo
- Lento
Adágio
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- Moderadamente lento
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Andante
Andamentos Moderados
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- Moderado, nem r ápido nem lento
Andantino
- Igual ao Andante, mas um pouco mais acelerado
Moderato - Moderado Allegretto
- Moderadamente r ápido
Allegro
Andamentos Rápidos
- Andamento veloz e ligeiro
Vivace - Um pouco mais acelerado que o Allegro Vivo - Um pouco mais acelerado que o Vivace P resto
- Andamento muito r ápido
P restíssimo
- É o andamento mais r ápido de todos
Essas
palavras aparecem, muitas vezes, modificadas por meio de outros termos (também italianos), e representam mudanças no Andamento, tais como : y y y y y y y y y y
A ssai (bastante),
Molto (muito), Più (mais), Meno (menos) Animato (animado), Quasi (quase), anto (não tanto), Non T anto Mosso (movimentado), Poco (pouco), roppo (não demais), etc. Non T
E xemplo: Allegro non troppo, Allegretto A ssai, Andante meno mosso, Andante Quasi Lento ,
etc...
Algumas vezes encontramos outros termos ; não em italiano; representando as velocidades dos Andamentos e sim em alemão, francês, inglês, espanhol e também em português, além de outros.
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MODIFICAÇÕES NO ANDAMENTO As modificações momentâneas do Andamento inicial são indicadas no decorrer de um trecho musical, com termos também em Italiano:
Para aumentar a velocidade do Andamento: y
y y
y y y
Affret. ( Affretando ):
Apressar. Instrução para aumentar o ritmo, o que implica também um aumento na energia sonora. Accel. ( Accelerando): Acelerando. String. (Stringendo): Espremer . Direção à qual a intensidade da música deve ser aumentada , por aceleração do tempo (como quando se aproxima de um clímax). Più Mosso, Più Moto, Più Animato, Più Vivo. Poco a poco Accelerando, Calcando, Incalzando. Stret. (Stretto): Reunido , apertando. O Tempo fica mais r ápido. Também quando o tempo é acelerado para o clímax final.
Para diminuir a velocidade do Andamento: y
y y
y
y y
Rit. (Ritardando):
Retardando gradativamente. Segurando para tr ás, para segurar, retido. Allarg. ( Allargando). Rit. (Ritenuto ): Retido , ou seja, mais lento (imediatamente , e não gradualmente, com ritardando e rallentando ). Rall. (Rallentando ): Abrandar, gradualmente. Praticamente o mesmo que ritardando. Meno Mosso, Morrendo, Mancando, Calando. Slargando, Slentando,Strascinando, Tardando, Smorzando, etc.
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Para voltar ao Andamento anterior: y y y y
y
A Tempo A Tempo
Primo
Tempo
I L·istesso Tempo - o mesmo andamento. embora a fórmula de compasso mude , a duração d uração do tempo real permanece a mesma. In Loco - Tocar exatamente como está escrito.
Outras modificações de Andamento: Suspender o Andamento:
Ad. Lib. ( Ad
libitum): À Vontade. A interpretação é
livre, sem compasso e sem tempo. A Piacere: À Vontade. Senza Tempo: Sem tempo Rub. (Rubato) ² Indica certa liberdade na duração do valor das figuras sem alterar a divisão do compasso. Doppio Movimento ² Duplo. Duas vezes mais r ápido (ou seja, o dobro da velocidade anterior). a nterior).
A Fermata:
y
FERMATA sobre uma NOTA indica prolongamento, a vontade, do som.
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y
y
y
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SUSPENSÃO sobre uma PAUSA indica prolongamento, a vontade, do som.
PARADA sobre uma BARRA (DUPLA) indica interrupção entre duas partes do trecho musical.
Pode-se ainda acrescentar sobre a FERMATA as palavras LONGA ou CURTA, indicando uma sustentação maior ou menor do valor. val or.
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EXPRESSÃO Para interpretar uma obra, o músico deve compreender todas as intenções e sentimentos que compositor teve ao compô-la. Muitas vezes o título da obra ja traz todo um clima de como ela ser á interpretada. A maneira ou o car áter no qual o andamento dever á ser tocado chamamos de EXPRESSÃO. É pela E xpressão que o músico se orienta para executar essa peça musical conforme a intenção do compositor. Para informar o car áter da música, o compositor utiliza no início da partitura termos de E xpressão em Italiano. E xiste uma infinidade de termos de E xpressão. Veja alguns deles: Dolente - doloroso. Addolorato - doloroso, triste. Affabile - afável, carinhoso. Flebile - triste. Giocoso - brincando. Affetuoso - terno, meigo. Agevole - ágil. Giusto - justo, exato. Agitato - agitado. Leggiero - ágil, leve. Allegremente - alegre. Maestoso - majestoso. Amabile - amável. Mesto - triste. Amoroso - amoroso. Mosso - movido, animado. Animato - animado. Parlando - como se Appassionato estivesse falando. apaixonado. Piacevole - agradável. Piangendo - chorando. Ardito - com ardor. Recitativo - como se Brillante - com brilho. Burlesco - cômico. estivesse falando. Risoluto - decidido. Caldamente - com emoção. Scherzando - brincando. Calmato - com calma. Sciolto - naturalmente, Cantabile - cantando. desembaraçado. Con Duolo ² com dor. Sostenuto - sustentando o Con Anima - com a alma. som. Con Fuoco - com (´fogoµ) Tenero - com ternura. intensidade. Con Moto - movido, com Brillante - com brilho. vida. Burlesco - cômico. Dolce - com doçura. y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y y
y y
y
y
y y
y
y y
y
y
y y
y
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Todas essas E xpressões são combinados com os termos de Andamento. Assim: y
Andantino Affetuoso
y
y
Allegro
y
y y
con brio Allegretto Scherzando Andante Mesto
y y
Anotações:
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Lento
Piangendo Adagio Sostenuto Presto Mosso Andante Piacevole
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DINÂMICA A variação de Intensidade dos sons fortes e fracos constitui o ´colorido µ da música. A Dinâmica dos sons executados em uma obra, quase sempre vem indicada por palavras Italianas ² muitas vezes abreviadas ² e também por sinais gr áficos encontrados no decorrer de uma partitura. Veja abaixo a tabela das Intensidades:
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A Dinâmica na partitura vem escrita logo abaixo da pauta indicando o trecho que dever á ser executado num Forte:
ou num Mezzo-Piano e Piano logo após:
As mudanças gradativas de Intensidade, (do forte para o fraco), e vice e versa, (ou do fraco para o forte e depois para o fraco novamente), são escritas utilizando sinais gr áficos dessa Forma:
GRAMPOS DE INTENSIDADE
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Outras
abreveaturas em Italiano, também podem ser utilizadas para designar aumento ou diminuição gradativa da Intensidade, tais como: y y y y y y y
dim. : diminuindo. smoorz. : extinguindo o som. rinf. : reforçando o som. cresc. : crescendo a intensidade do som. Morendo: desaparecendo o som. s.v. (Sotto Voce): em baixa voz, som mediano. poco a poco. Etc..
Outras escritas de Dinâmica: Dinâmicas Extremas:
Costuma-se também utilizar outras abreveaturas combinadas com os sinais de Dinâmica habituais.
Costuma-se também utilizar outras abreveaturas combinadas com os sinais de Dinâmica habituais.
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ARTICULAÇÃO
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BIBLIOGRAFIA MED, Bohumil ² T eoria eoria da Música. Brasília. Musi Med. 1996. PRIOLLI, Maria Luiza Mattos ² Princípios Básicos da Música para a Juventude Vol. I & II. Rio de Janeiro. Casa Oliveira de Músicas LT D A. 1985. HARNONCOURT, Nikolaus ² O Discurso dos Sons. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro. 1988. BONA, Pascoal ² Curso complete de divisão musical. Irmãos Vitalle BENNET, Roy ² Uma breve história da Música . Rio de Janeiro: Zahar, 1986. ISAACS, Alan & MARTIN, Elizabeth ² Dicionário de Música Zahar. Zahar Editores. GROUT, Donald & P ALISCA, Claude ² História da Música Ocidental. Lisboa. Gradiva. 2006. BARROS, Beto ² Revista Weril n.º 144 Wikipédia, A Enciclopédia Livre ² Disponivel em: www.pt.wikipedia.org ENCYCLOPEDIA.com ² Disponível em: http://www.encyclopedia.com
y y
y
y y
y
y
y y
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