Tantra Magick Um manual da Amookos Traduzido por Cláudio Carvalho Editado por Evaldo Assunção Jr
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O MANUAL DE MAGIA(K) TÂNTRICA Tantra Magick Neste livro você encontrará os três primeiros conjuntos de instruções para o grupo AMOOKOS (a Ordem Arcana e Mágicka dos Cavaleiros de Shambhala). Pela primeira vez, nós revelamos publicamente os métodos, ritos e filosofia buscados por um grupo interno de iniciados dentro da Comunidade Natha. Este livro mostra como os fios esotéricos do oriente e do ocidente se fundem unidos em um sistema prático que tem como seu propósito a revelação do potencial espiritual latente em cada indivíduo. Os iniciados da AMOOKOS tomam como seu ponto de partida a suposição de que dentro de cada um e de todos os seres humanos há uma centelha divina, o Alpha Ovule, ou espírito, que simplesmente deveria ser libertado dos laços ou correntes da ignorância ou condicionamento para poder brilhar livremente. ____________________________________________________
Introdução O Guru
Sua Santidade Shri Gurudeva Mahendranath (Dadaji) nasceu em Londres em Abril de 1911. Desde sua tenra juventude ele tinha um profundo interesse pelos padrões ocultos e espirituais do mundo. No início dos seus vinte anos ele veio a conhecer o infame (sic) Aleister Crowley, cuja hipérbole agitou e enfureceu a Fleet Street nos anos vinte e trinta. O conselho de Crowley ao jovem buscador era simples – vá para o Oriente para aprender mais sobre os padrões de ocultismo e sabedoria que lá floresceram desde as eras pré-cristãs. Entretanto, a Guerra Civil Espanhola – na qual Dadaji lutou contra os fascistas como membro da Brigada Internacional – e a Segunda Guerra mundial intervieram. Era 1949 quando Dadaji partiu das costas da Bretanha para chegar, sem um níquel, em Bombay. Lá ele foi apresentado através de um mútuo reconhecimento à um sadhu do culto Adinath. Os Naths foram uma vez muito numerosos e influentes na Índia; existem 3
nove sub-seitas, uma das quais é o culto Adinath. ‘Nath’ é o termo Sânscrito para ‘Senhor’ e é um epíteto de Shiva, o Senhor do Yoga. Os iniciados tem os seus nomes terminados em ‘nath’. Um dos iniciados Nath – Goraknath – criou ou reintroduziu o Hatha Yoga no Século 11. O culto Nath também foi responsável por obras tais como o Hatha Yoga Pradipika e os Shiva e Goraksha Samhitas. O sadhu apresentado à Dadaji era o último Adinath Yogi remanescente em toda a Índia, e era também o Adiguru ou mantenedor da linha sagrada da tradição. Diferentemente de algumas das outras seitas dos Naths o principal interesse do Adinath era o Yoga de libertação das restrições das condições de vida, e tornar-se livre da Roda do Samsara ou morte e renascimento. Dadaji foi iniciado como um sannyasi pelo Adiguru Lokanatha, tornando-se assim o primeiro cidadão inglês a se tornar um sadhu. Um sadhu pode fazer apenas três exigências: por abrigo – a sombra de uma árvore; como vestimenta – trapos. Para comida – pedaços de sobras. Estas condições nos tempos anteriores ajudavam o buscador da sabedoria à perceber a natureza transitória e finalmente inútil do apego. Nisto os sadhus emulam a figura do Guru de toda a Índia, o Senhor Dattatreya. Datta é o fundador e espírito guardião legendário de muitas senão da maioria das sub-seitas Nath. Ele representa um ser humano que se libertou dos três gunas ou fios da filosofia hindu a partir dos quais se diz que todo o tecido do Cosmos é costurado. Por este motivo ele é sempre retratado como um homem nu com três cabeças e seis braços para representar a Trindade de deuses hindus, Brahma, Vishnu e Shiva. Pelos próximos trinta anos Dadaji caminhou pelo Sudeste Asiático como um sannyasi sem um centavo. Suas viagens o levaram ao Butão, onde ele foi iniciado na Seita Kargyupta do Lamaísmo Tibetano. Ele também viajou para a Malásia onde se tornou um sacerdote Taoísta e estudou o I Ching, e para o Ceilão, onde ele foi durante um período um Bhikku do Budismo Theravada. Talvez possa parecer estranho que um sannyasi de uma tradição hindu pudesse também se tornar um lama, um bhikku e um sacerdote, porém como a maioria das tradições Orientais reconhecem apenas a sinceridade em um aspirante por sabedoria e conhecimento não existe contradição essencial no fato de uma pessoa ter mais de um guru ou guia ou em procurar onde quer que uma busca pessoal possa levar. Durante as andanças de Dadaji pela Índia, ele conheceu e foi iniciado pelo último Guru sobrevivente dos Uttara Kaulas dos Tantricos do Norte. Ele também se tornou um iniciado do culto do Sahajiya Nu de Benares.
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AMOOKOS - A Ordem Arcana e Mágicka dos Cavaleiros de Shambhala Neste livro você encontrará os três primeiros conjuntos de instruções para o grupo AMOOKOS (a Ordem Arcana e Mágicka dos Cavaleiros de Shambhala). Pela primeira vez, nós revelamos publicamente os métodos, ritos e filosofia buscados por um grupo interno de iniciados dentro da Comunidade Natha. Este livro mostra como os fios esotéricos do oriente e do ocidente se fundem unidos em um sistema prático que tem como seu propósito a revelação do potencial espiritual latente em cada indivíduo Os iniciados da AMOOKOS tomam como seu ponto de partida a suposição de que dentro de cada um e de todos os seres humanos há uma centelha divina, o Alpha Ovule, ou espírito, que simplesmente deveria ser libertado dos laços ou correntes da ignorância ou condicionamento para poder brilhar livremente. Como uma apresentação de métodos práticos para operar rumo ao auto conhecimento, sabedoria e compreensão, muitos poderão considerar indispensáveis os exercícios nos diferentes papéis graduados. Muito do material não será encontrado em outra tradição ou ensinamento. Sua versão do básico e partes essenciais da prática tantrica em linguagem simples também é nova. A AMOOKOS foi iniciada sob autorização de HH Shri Gurudeva Mahendranath. Desejando transmitir sua própria experiência e a transmissão Nath, em 1978 Mahendranath passou o parampara ou linhagem de transmissão para um jovem ‘buscador da verdade’. Neste ponto, o Adinath Sampradaya foi transformado em um grupo internacional (Vide Licença abaixo). Logo após, foram recebidas instruções para iniciar um grupo de nove graus dentro dos Naths, e a AMOOKOS foi o resultado. Dadaji colaborou com os compiladores deste material em cada passo, e aprovou seu conteúdo: ‘o correio matutino chegou e outra sacudida com o material do grau dois. Surpreendente – levará alguns dias para concluí-lo passo a passo’. 14 de Março de 1983 ‘Tenho perambulado de novo através do material dos graus 1 e 3 da AMOOKOS. É estupendo, néctar da sabedoria. Você certamente produziu uma explosão milagrosa no mundo oculto’. 24 de Março de 1983. ‘Os papéis do grau 3 são hiperdimensionais e isto por si é uma obra de arte de sabedoria e expressão comparadas’. 16 de Novembro de 1983. ‘A AMOOKOS é uma ordem mágica para aqueles que buscam poderes ocultos e mágicos. Tudo pode ser feito através do correio. Entrevistas pessoais não essenciais’. 25 de Abril de 1983. Diferentemente de outras escolas esotéricas, nenhuma pressão era aplicada sobre os candidatos a fim de buscar o material em qualquer outro ritmo além da sua própria velocidade pessoal. À qualquer momento, sem motivo ou explicação, uma pessoa poderia 5
cessar o trabalho. A estrutura hierárquica que havia condenado muitos outros grupos à intrigas políticas e lutas pelo poder nunca afetou a AMOOKOS. Nos poucos anos desde que ela foi fundada, nenhuma pessoa foi expulsa da Ordem. Zonules ou Lojas do grupo rapidamente se enraizaram nos Estados Unidos, na Suécia, na Alemanha Ocidental, no Reino Unido, na Espanha e até mesmo nas Filipinas. O primeiro zonule foi inaugurado em Londres, cumprindo assim a predição contida no Meru Tantra (século 17) que declarava que os tantricos praticariam em Londres, que usariam um mantra em língua inglesa e que se tornariam senhores do mundo. No seu melhor, a estrutura da AMOOKOS age da mesma forma como um curso de treinamento. Os nomes e acessórios que cercam cada um dos graus nunca foram seriamente considerados por iniciados da Ordem. O que realmente importa é que o trabalho prático seja feito. Ninguém chegou a ter qualquer dúvida de que a estrutura de grau fosse mais do que uma ficção conveniente. A Golden Dawn cometeu o erro de fazer a correlação de sua estrutura graduada com a Árvore da Vida cabalística, de forma que os iniciados eram levados a pensar que quanto maior o seu grau, mais próximo estariam do ‘topo da árvore’. De fato, o Grupo Médio da AMOOKOS sabia que sua tarefa era de se tornar independente, livre de todos os nomes e formas. Por que substituir uma corrida de ratos por outra ? Nisso, eles seguiram os preceitos do Svecchachara, uma palavra composta em Sânscrito que significa o caminho de seguir a própria vontade verdadeira da pessoa (Sva = Seu, Iccha = Vontade, Achara = Caminho). Se o trabalho dos graus da AMOOKOS fosse bem sucedido, um indivíduo finalmente perceberia que os graus e o trabalho eram simplesmente um meio para um fim, para ser descartado uma vez que a essência fosse extraída. Devido à maioria dos candidatos começar como seres condicionados, a remoção gradual destas camadas ou grilhões permitiria à aquele algo que sempre esteve ali ser totalmente expressado. Qualquer método que conduzisse à este self verdadeiro era útil. Nomes como Nath, e grupos tais como a AMOOKOS, poderiam permanecer apenas como coisas relativas. Quando o espírito está livre, o que importa o nome que é dado à sua forma externa ? A complicação e ritualismo dos três primeiros papéis graduados foram considerados pelos adeptos do grupo como o combustível para incitar o auto conhecimento. O curso contido neste livro, embora expressado simples o suficiente, é um rigoroso regime de trabalho yóguico prático. O aspirante é conduzido de simples começos até exercícios e visualizações mais e mais complexos, sendo o objetivo final a libertação do condicionamento e lavar o cérebro de toda experiência nesta vida. Um exemplo do que é exigido dos iniciados da AMOOKOS é mostrado por As cinco Academias de Percepção Sensorial do Papel do segundo Grau. Este é um exercício de consciência se estendendo por um período de seis meses, e envolvendo o iniciado em uma reavaliação sobre como ele ou ela vê o mundo. Os iniciados consideram este como um exercício fundamental. Realmente ele não é fácil de realizar. Enquanto a maioria das pessoas acham que elas utilizam seus cinco sentidos, este exercício mostrou a elas simplesmente o quão pouco elas realmente utilizaram. Devido à substituição de rótulos (palavras) pela experiência direta, as diferentes graduações de cor, cheiro, gosto, toque e audição são perdidos quando as pessoas são bem jovens. Magia(k) Tantrica contém os Papéis Graduados do nível preliminar da Ordem Nath Ocidental AMOOKOS.
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A palavra Nath implica o principal objetivo do membro da AMOOKOS: perceber a si mesmo(a) como um mestre – o significado da palavra Natha. Uma chave principal é acessar os padrões Kala Chakra, que permitem uma observação objetiva e intensa dentro de qualquer coisa restrita pelo tempo. Outra chave é o conhecimento da fisiologia interna e sutil, que permite que o potencial dos vários centros seja percebido, e equilibra um ser humano. A terceira chave é a tradição interna de liberdade e tolerância comum às tradições Nath, e o desenvolvimento da espontaneidade, assimilação perfeita e equilíbrio. A iniciação implicava em não aceitação de elementos exotéricos ou culturais peculiares à Índia. A mesma fonte que inspirou os Naths também brotou rumo ao oeste, ao norte rumo ao Tibete, ao leste rumo à China e o Japão, e ao sul, rumo à Índia e Sri Lanka. Assim quaisquer elementos culturais anexados à tradição interna são completamente supérfluos. A AMOOKOS é subdividida em três grupos: Templo Externo, Médio e Interno. Estes alinhados com antigas classificações tantricas em Pashu (rebanho), Vira (heroínas ou heróis), e Divya (espiritualmente realizado). Os três primeiros graus eram graus de treinamento. Os iniciados são encorajados à trabalhar na prática – sendo o descondicionamento o primeiro trabalho prático para qualquer esotérico. O trabalho ajuda a introduzir os estudantes aos conceitos básicos do trabalho espiritual oriental e ocidental. Os graus não são hierárquicos, mas similares à níveis em uma escola. O avanço é apenas com base na conclusão de cada estágio sucessivo. No Templo Médio, é dada a oportunidade aos iniciados para fundarem seus próprios zonules, acampamentos ou lojas. O trabalho espiritual tornou-se de uma natureza mais independente. Os titulares de zonule tem autonomia na condução de seu próprio acampamento. A AMOOKOS queria encorajar a independência para as pessoas, e assim evitar os problemas de egoísmo, partidarismo e ‘congestão de grau’ – problemas que tem infestado muitos grupos Ocidentais. O Templo Interno era para pessoas que desejam seguir seu próprio caminho espiritual, e que não necessita de suportes, orientação ou instrução dos outros. A associação é aberta para qualquer pessoa sincera com 18 anos ou mais. Não existem obrigações financeiras. Havia uma obrigação de não comunicar material graduado para não iniciados. Os membros estão livres para deixar a AMOOKOS a qualquer momento, e por qualquer motivo, ou, se eles optarem, suspender seu trabalho para recomeçar numa data posterior. Muitos desejarão saber a razão do porque estas instruções estão agora se tornando mais disponíveis em geral. A razão maior e importante é que como o mundo se aproxima do milênio, os membros da Comunidade Natha sentem que todos seriam capazes de tomar vantagem dos exercícios e sabedoria contidos nestes papéis. Ao mesmo tempo a corrupção, difamação e partidarismo de diferentes grupos esotéricos é um escândalo para aqueles que buscam um caminho espiritual. Titulares de zonules individuais através do mundo estão continuando seu trabalho de orientação, experimentação e estudo.
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A Comunidade Nath internacional deseja disponibilizar seus métodos e filosofia para todos. O tempo dos grupinhos secretos acabou.
Carta Patente da AMOOKOS Saibam que neste Dia de Ano Novo, Primeiro de Janeiro, de Mil Novecentos e Setenta e Oito, esta decisão, sendo minha verdadeira Vontade e Desejo foi colocada em imediata operação. Portanto eu, Shri Gurudeva Dadaji Mahendranath, o único Supremo Guru sobrevivente do Adi Natha Sampradaya – o Culto e Organização dos Primeiros e Supremos Senhores Sagrados do Cosmos Espiritual; Rei de Shambhala e Grande Senhor de seus Cavaleiros; Mantenedor do Livro Estuário(?) dos Nove Chefes Secretos, Merlin de Cockaigne e Luz da Estrela de Prata; ordeno por meio da presente através daquela Suprema Autoridade que repousa em mim, que o Adi-Nath Sampradaya se tornará daqui em diante uma Ordem Internacional e Cosmopolita de todas as Pessoas Dignas, estudantes e chefes de família acima da idade de dezoito anos, que possam ocupar uma vida normal e manter seu sustento; sempre contanto que eles aceitem as três metas e objetivos básicos dos Nathas – compreendendo – Paz Real, Liberdade Real e Felicidade Real. Portanto desde o Guru Nu até o Sishya Nu, a Transmissão e Iniciação será concedida a todos os Nobres Mestres, Magos, Alquimistas, Maçons, Rosacruzes, Astrólogos e Ocultistas de natureza estável que possam se vincular em uma Grande Concórdia de Pessoas Cósmicas e Trabalhar, Experimentar e Ensinar para a prosperidade e bem estar de toda a humanidade. Esta nova promulgação não impede ou desencoraja aqueles que como Nathas desejam se tornar Ermitões, Sannyasins, Anacoretas ou Reclusos se assim o quiserem fazer. Para finalizar esta decisão de uma Ordem maior e mais expansiva, a Iniciação e Parampara (linhagem de sucessão Nath) foi agora passada por mim para Shri Lokanath Maharaj, Senhor de Cockaigne e Príncipe de Babalon [e] que Ele possa continuar a linhagem de sucessão e passá-la para todas as outras pessoas dignas. Esta é a nossa lei, o Ritmo do Cosmos conforme o qual o Sábio deve viver.
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Capítulo Um: O Aprendiz (Papel do Grau 1 AMOOKOS) Introdução Para iniciar o trabalho na AMOOKOS você terá primeiramente que juntar aquelas coisas requeridas para operar no grau. Será necessário que você se resolva a realmente fazer o trabalho – nosso caminho é prático, e os reinos superiores não podem ser introduzidos todos de uma vez. Os papéis do primeiro grau são projetados para serem úteis tanto para iniciantes quanto para pessoas que já tiveram alguma experiência com o esotérico. O trabalho incluído é projetado para oferecer aos membros uma base para o trabalho mais exigente que segue. Você deve seguir seu ritmo com o grau e não estar demasiadamente apressado. Leia o capítulo por completo uma vez para se familiarizar com seu conteúdo. Reuna tudo o que for necessário. Faça esforços diários com a percepção (página 27 do original) e o Rito Diário (páginas 21 a 22). Faça experimentos semanais em seu laboratório zonule com skrying (visualização_?) (página 28). Nos seus momentos de lazer, familiarize-se com o sistema de menmônica, e com o simbolismo na página 23 se este não for familiar à você. Estude e reflita sobre o restante do seu material conforme sua Vontade.
Simbolismo do Grau Símbolo: Vara de medição (régua). Podemos perceber três aspectos nisto: a Medida, o Medidor e o Medido. Um objeto, aquele que pode ser medido, só pode ser conhecido pelo medidor
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(sujeito) através de um instrumento ou vara de medição. Uma de nossas primeiras tarefas é a de construir um instrumento válido por meio do qual todo o Cosmos possa ser medido. Esta régua é dividida em 5 partes. Serão aprendidas mais coisas sobre isto na Academia dos 5 sentidos, enquanto se trabalha no segundo grau. Cor: Verde Esmeralda. Você pode utilizar um pano desta cor para se sentar sobre o mesmo quando estiver meditando no local do Assento do Dragão, no Umbra Zonule. Gema: Pedra verde, tal como uma esmeralda. Esta pode ser encravada em um anel ou outro item de joalheria para uso em uma Loja. Operação: Implica na reunião por você de todos os elementos e artefatos requeridos para operar neste grau. Colar: Contas simples. Número de Unidades: 3 Nome do Zonule: Reunião Animal: Gato Local de reunião: Quartos Os Reis Sábios ordenaram Todos os membros devem compreender: Os segredos da nossa vida são encontrados no oráculo e o divino os gravou sobre a pele do tigre; mas as linhas são muito grossas. Os segredos do senhor da luz são vistos no cosmos e nas folhas, as cascas das árvores, em fortes vinhas e correias de couro. Eles estão gravados mais delicadamente sobre a pele da nobre Pantera. Os mistérios dos mestres são vistos nas altas montanhas e [estão] gravados em rochas e pedras, e nas chamas do fogo, e em rios sinuosos. Os padrões para o camponês são encontrados nas florestas e [estão] registrados nas folhas, nas cascas das árvores, em fortes vinhas e correias de couro. Os Reis Sábios concederam que os segredos da humanidade serão encontrados na natureza interna, e revelados sobre o lago plácido de tranqüilidade.
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Existe um poder de luz e um poder de trevas, e nós devemos aprender à discriminar; nunca nos tornarmos envolvidos em más esperanças ou metas obscuras. Se você vê a vida em pequenos pedaços, o mundo em partes, e pensar apenas em diminutas partículas e divisões, então reporte-se ao Alto Executor (Carrasco). Operando no Grau O Diário Desde o começo, mantenha um diário de seus experimentos e trabalho. Nele você deve anotar a data, a prática, e quaisquer impressões, memórias ou sensações que possam surgir. Esforce-se para escrever com precisão e livremente, e mantenha o diário atualizado. Sua capa e seu interior podem ser adornados com quaisquer símbolos, padrões de cores que você sinta que expresse suas aspirações. Ninguém na ordem pedirá para ver o seu diário, embora você esteja livre para discutir sobre ele com seus irmãos de ordem caso assim o deseje. O tamanho do livro depende inteiramente de você, embora a partir da experiência prática nós aconselhemos que este não seja menor que o formato A5, com uma capa dura. Umbra Zonule
O trabalho dos membros da AMOOKOS tem lugar no Umbra Zonule (literalmente: círculo do crepúsculo). Este é o lugar onde a energia mágicka é gerada, direcionada ou absorvida. Todo trabalho individual e de grupo tem espaço nesta área. Trace um círculo ao redor de si. Você pode usar giz ou pós coloridos, ou o círculo também poderá ser visualizado ou traçado com a ponta de uma vara. O centro do zonule é chamado o Assento do Dragão. Você deve reunir o seguinte de forma a representar os cinco elementos: Éter: A Vontade do Mago [um pentagrama vermelho] 11
Ar: Uma vareta de incenso é seu símbolo Fogo: Um braseiro, vela ou lamparina Água: Água numa tigela Terra: Gêneros alimentícios Estes devem ser posicionados nos quadrantes apropriados como mostrado no diagrama. O local do Éter é o Assento do Dragão. Prepare o zonule diariamente, e dedique um tempo em meditação. Tenha seu diário próximo de você – nele você pode registrar quaisquer impressões que tenha. Não seja precipitado. Relaxe, assuma uma posição confortável. Se a temperatura permitir, é melhor ficar nu, mas a sua própria preferência é o melhor guia. As melhores ocasiões para operar na UZ são os crepúsculos – amanhecer e pôr do sol. Entretanto, qualquer momento é bom; neste assunto não existem regras fixas e inflexíveis. Nós incluímos da página 21 um ritual que você deve conduzir a cada dia.
“Os ritos não devem ser realizados na direção onde cair a primeira letra do nome do local do lugar do rito. Esta proibição se aplica mais à rituais particulares do que rituais em geral.”
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Iniciação Antes de proceder à operar com estes papéis, é essencial que você seja iniciado. Se não houver nenhum grupo (Zonule) AMOOKOS local então você deveria fazer isso num tempo pré-estabelecido com seu Guia mágicko. Neste rito você deve estar nu. De antemão você já deveria ter tomado um banho. Não use nenhuma peça de joalheria nesta ocasião. Você terá que juntar seu equipamento para representar os elementos e adicionalmente, você precisará de cinzas de modo à consagrar seu corpo com as marcas de um Tantrico. Para fechar o Zonule você também precisará de um recipiente de algum tipo no qual você possa acender um pequeno fogo.
Abertura Você deve abrir um Zonule da seguinte maneira: Faça um círculo de qualquer tamanho adequado e através de qualquer maneira adequada. Quer seja dentro de uma casa ou a céu aberto, você deve estar nu e separadamente da iniciação você poderá usar ornamentos e artigos de joalheria se desejado. Marque quatro pontos ao redor da circunferência para indicar as direções principais. O centro é o Assento do Dragão. Também presentes dentro do círculo devem estar a chama, incenso, fruta, água e um pentagrama vermelho. Os quatro primeiros deve ser posicionados nos quadrantes, o último diretamente à sua frente. Fique de face para o leste, e dispense quaisquer energias negativas estalando os dedos da mão direita ou fazendo algum outro ruído agudo – tal como o Vajra Mantra PHAT. Faça o mesmo na ordem Leste, Sul, Oeste, Norte, Sudeste, Sudoeste, Noroeste, Nordeste, Acima e Abaixo. De face para o Leste, e estando sentado, diga: Eu saúdo a linhagem dos inumeráveis Naths E lanço o Brilho do Círculo do Dragão Possa meu Zonule estar intacto E a paz de Om Shiva Shakti habitar neste. Bata palmas, três vezes, bem alto. Posicione as mãos sobre as respectivas partes do corpo, dizendo: Eu saúdo Shiva Shakti em meu coração Eu saúdo Shiva Shakti no alto da minha cabeça Eu saúdo Shiva Shakti no topo da minha testa Eu saúdo Shiva Shakti em minha couraça (1) Eu saúdo Shiva Shakti em meus três olhos Eu saúdo Shiva Shakti em minha yoni / meu linga Faça três respirações profundas. Ao fim de cada respiração, diga: Om, Paz-Liberdade-Felicidade para todos os Membros da Amookos Om, eu saúdo a Deusa de Tríplice Natureza Om, eu saúdo o Senhor da Consciência Agora visualize os quatro guardiães dos quadrantes: Ainda de face para o Leste, curve-se, e visualize a forma de uma jovem deusa nua, com a pele da cor do ouro forjado, em união sexual com um homem.
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Dirigindo-se ao Sul, curve-se, e visualize a forma de uma jovem deusa nua, de cor vermelha, com olhos flamejantes, que está montada sobre um leão escarlate. Dirigindo-se ao Oeste, curve-se, e visualize a forma de uma jovem deusa nua, de cor azul, cintilando [devido à] umidade, com belos olhos grandes, que monta uma nobre águia. Dirigindo-se ao Norte, curve-se, e visualize a forma de uma jovem deusa nua, com um rosto pacífico e sorridente, de cor verde, sentada nas costas de um touro. Dirija-se novamente ao Leste.
O Rito de Iniciação Após se sentar silenciosamente por cerca de cinco minutos, você deve acender o incenso e o fogo, verter a água, e juntar os símbolos dos elementos em seus quadrantes apropriados. Visualize que você, na UZ, está rodeado por um cone de luz branca intensa, e que na ponta deste cone há um vórtice de energia. Imagine que a luz de Shambhala (2) penetra através do alto de sua cabeça, inundando primeiramente o cérebro, então o coração, então os genitais. Visualize a região do seu cérebro como a Lua, seu coração como o Sol, e seus genitais como Fogo. Medite: meus pensamentos refletem, meu coração está calmo e aquecido, fogo é minha paixão... durante alguns minutos. Você deve então se levantar e dizer: A nudez será o meu símbolo de liberdade Um símbolo de meu novo nascimento na Vida Mágicka Ela é a maior expressão da Criação Através da mente e do corpo de todo ser humano Através do intelecto, sentimentos e expressões dos sentidos O Criador desfruta o mundo e o cosmos assim criados Eu busco sinceramente estudar as ciências ocultas Eu busco saber mais sobre o modo de vida mágicko Eu renuncio à vergonha, timidez e inibições Eu renuncio os caminhos da escuridão e da ignorância Agora marque as 8 partes apropriadas de seu corpo com cinzas: Eu consagro minha fronte à Divina Sabedoria Eu consagro meu peito ao abraço do amor Eu consagro meus genitais ao prazer do Criador Eu consagro minhas mãos ao eterno serviço Eu consagro meus pés para trilhar nosso caminho O rito está completo Eu saúdo a Deusa de Tríplice Natureza Eu saúdo o Senhor da consciência Paz-liberdade-felicidade para todos os membros da AMOOKOS Perceba-se como tendo nascido em uma nova existência como a Senhora ou o Cavaleiro de Shambhala, e mais uma vez sente-se silenciosamente e medite por alguns momentos.
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Fechamento Para fechar este, ou qualquer rito similar, dirija-se ao Nordeste, onde reside uma Deusa toda vestida de vermelho, segurando em suas mãos um crânio [como] cálice e uma tesoura, sentada sobre um cadáver. Aqui você já deveria ter previamente colocado um recipiente de algum tipo no qual um pequeno fogo possa arder. Seja cauteloso ! Após comer qualquer fruto restante e ter bebido qualquer [quantidade de] água, o resto dos acessórios de seu ritual devem ser colocados neste recipiente, e queimados como uma oferenda à esta Deusa, Shoshita, cuja função é consumir o que sobrou. Dirija-se novamente ao Leste, visualize as quatro Deusas dos Quadrantes fundindo-se em você, sente-se por um momento em meditação, e diga, Eu fecho meu Umbra Zonule Possam todos experimentar paz, liberdade e felicidade ! Om Shiva Shakti !
O Rito Diário Abertura Abra seu Umbra Zonule conduzindo o Rito de Abertura (parte um do ritual de iniciação).
O Rito do Pentagrama
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Estando sentado dentro de seu Umbra Zonule proceda com o Rito do Pentagrama. Posicione cinco pequenas vasilhas em cada ponta de seu Pentagrama. Ofereça incenso, fogo, água e alimento à cada uma das cinco Deusas nos cinco pontos (vide diagrama). Enquanto o faz, medite sobre suas formas dizendo: Virgem Deusa perfumada de doce aroma, eu me curvo perante a tua bela forma de seta. Que eu possa estar desperto e alerta ! Doce Aroma: Ela é jovem e bela, ornada com flores brancas e está nua, salvo por seus ornamentos prateados. Seu cabelo está penteado de um modo encantador. Doce senhora de olhos [cor] de mel da verdade do toque, eu me curvo perante a tua bela forma de seta. Que o meu ser possa despertar ! Verdade do Toque: Ela é jovem e bela, ornada com verde, salvo pelas muitas esmeraldas que se espalham por suas tornozeleiras, colar e anéis. Ela está em pé, pés delicados, em um belo prado gramado, circundado por graciosas colinas. Perfumada e sincera senhora do paladar, eu me curvo perante a tua bela forma de seta. Deixe-me sempre saborear ! Senhora do Paladar: Seu coração sincero se mostra através de seus belos olhos, e ela está no primeiro florescer da juventude, usando apenas ornamentos de safira. Alimento e bebida estão à seus pés. Garota adornada da audição, eu me curvo perante a tua bela forma de seta. Que eu possa despertar para a realidade ! Garota da audição: Ela usa ornamentos de ouro. Ela tem olhos brilhantes, tocando suavemente um instrumento de cordas. Ela está circundada por árvores, cada uma repleta de pássaros que cantam docemente que estão em harmonia com sua música. Ela está sentada próximo à um rio murmurante, e na cena de fundo mais próxima à sua imagem há uma montanha com o ápice coberto de neve. Garota nua em flor, encantadora senhora da visão, eu me curvo perante a tua bela forma de seta. Que eu possa sempre ver com clareza ! Seta da Visão: Sua bela forma nua está coberta com pasta vermelha. Sete arco-íris parecem terminar em seus pés. Pavões se exibindo totalmente caminham próximos à ela. O sol está alto no céu. Agora imagine, ou visualize, que cada uma destas virgens se funde em uma só Deusa, no centro, que é sua unidade.
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A Deusa da Seta dos Cinco: Ela é tão vermelha quanto o alvorecer, nua (vestida de céu), seu corpo molhado com o doce néctar do êxtase, ela segura em suas duas mãos cinco setas e cinco flores. Ela sorri gentilmente, e está satisfeita e contente.
(legenda das figuras: PROJEÇÃO/ABSORÇÃO – SÍMBOLO DA PIRÂMIDE LEVOGIRO_?)
Tópicos de Estudo Você precisará de uma tabela de Efemérides para cobrir o próximo ano. Vide também detalhes para leitura posterior, ao final deste capítulo.
O Rito de Abertura – uma introdução ao seu simbolismo O primeiro grau da AMOOKOS pode ser visto simbolicamente como o primeiro Templo, Cidade ou Portal em nossa ilha Kaula de Amookos-Shambhala. Nós discutimos o termo Shambhala mais completamente abaixo, na página 28. Na AMOOKOS nós vemos esta ilha de paz, liberdade e felicidade como um lugar interno, localizado dentro de nossos
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próprios corpos. Amookos-Shambhala possui nove anexos no total, cada um sendo um jardim prazeiroso de delícias. Para o novo membro, as fortificações desta cidade são guardadas em seus quatro lados por quatro yoginis celestiais (yogis femininas), ou deusas, cada uma montada em seus animais mágicos. No centro do complexo urbano de Shambhala existe um Meru-Lingam, Merlin ou Mastro que sustenta o mundo. Aqui está Adinath Shiva com sua Shakti. Adinath é uma palavra em Sânscrito que significa o Senhor Primordial. A própria Ilha Kaula está no centro de um oceano de néctar ou ambrosia. Tudo isso está simbolicamente resumido nos papéis graduados pelo yantra corporal. Um yantra é simplesmente a representação, na forma de um diagrama, de uma verdade espiritual. Freqüentemente eles oferecem muitas interpretações. Por exemplo, o yantra corporal é um emblema tanto do próprio corpo, quando das duas luminárias, sol e lua, e da terra. O Assento do Dragão do Umbra Zonule é o Bindu ou o centro do círculo. Mas este é também idêntico ao meru lingam no simbolismo da ilha de Amookos. Você virá a estudar o Yantra Corporal em profundidade quando estiver operando no segundo grau. Os Senhores Dragões ou Chefes Secretos de Amookos portam cada um o duplo tridente ou Vajra (3) que significa o corpo humano – dois braços, duas pernas, cabeça e genitais. Você perceberá que isto é também o Sol e a Lua em uma figura, ou acimaabaixo(4).
As bestas que guardam as fortalezas da Ilha de AMOOKOS são as formas animais de Shiva, e as yoginis ou Deusas são formas de Shakti, ou a Deusa Kalika, que é a Senhora do Tempo. Você poderá representá-los na UZ como lingas ou penis de cristal, rubi, safira e esmeralda fixados em yonis ou vaginas douradas. Se forem representados desta forma, um tridente vermelho deverá ser gravado sobre o lingam. Mais esotericamente, as quatro formas representam os ângulos ou cantos do mapa de um tempo de respiração, ou ciclo respiratório da Amookos, vulgarmente conhecido
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como horóscopo. O Leste é o Ascendente, o Sul é o Meio do Céu, o Oeste é o Descendente, e o Norte é o Fundo do Céu. Estes quatro juntos formam um dia de Shambhala. Tal dia não é calculado em horas, mas em minutos e iguala 24 horas x 60 minutos = 1440 minutos. (No Kalendário Lunar existem 15 dias ou Eternidades, isso quer dizer 21600 minutos). Cada um dos quatro lokapalas – isso é, pares de Protetores do Mundo ou guardiães – é, portanto, 360 minutos (um quarto de um dia) e cada par também forma em si mesmo um ciclo ou círculo completo (360 graus). Você pode chamar cada par do que quiser desde que seja lembrado de que eles são um par: Shiva-Skakti. Nós os chamamos Alvorada, Meio Dia, Pôr do Sol e Meia Noite, ou os quatro Crepúsculos. Em cada par existe luz e trevas, yin e yang. Estes quatro crepúsculos ocorrem em um dia de Shambhala, e também em um ano de Shambhala. Existem quatro festivais para celebrar estes quatro crepúsculos. Estes ocorrem nos dois Equinócios e nos dois solstícios: Primavera = Alvorada, Verão = Meio Dia, Outono = Pôr do Sol, Inverno = Meia Noite. O diagrama no verso da página – mostra o inter-relacionamento entre luz e trevas. A tradição Amookos Adinath afirma que os atos e ritos mágickos realizados nos crepúsculos são os mais eficazes. No subcontinente Indiano dizem que os crepúsculos são ocasiões quando o Senhor Shiva governa a terra. Os símbolos dos quatro Crepúsculos devem ser representados em todo Zonule ou UZ da AMOOKOS. Você deve tentar desenhá-los por si mesmo, ou de outra forma poderá visualizar os yoni-lingas como descrito acima. No seu próprio corpo os quatro crepúsculos estão representados pelos grupos Cerebral (símbolo do Ar) Genital (símbolo do Fogo) Oral (símbolo da Terra) e Anal (símbolo da Água). Deve ser observado que estes são agrupados em dois pares – Cerebral/Genital e Oral/Anal. O primeiro repousa no sistema nervoso, o último no canal alimentar. Quando tomados em conjunto, os quatro Guardiães ou Lokapalas formam uma Esfinge, ou enigma do Egito. Na astrologia do ciclo respiratório da Amookos, os quatro ângulos são extremamente importantes. Os ângulos representam o planeta terra, e o centro secreto deste, em Shambhala, é a Maga ou o Mago que se senta no centro da UZ sobre o Assento do Dragão. Shambhala pode ser vista como uma pirâmide, com seus quatro lados de Shambhala-Pyramidos representando os quatro elementos. O ápice da Pirâmide tem uma significação similar ao pico do Monte Shambhala ou o centro, Meru-Lingam – se as quatro condições forem reunidas e estiverem em equilíbrio então se pode dizer que ele existe.
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Uma palavra sobre Shiva e Shakti. Shiva é o deus primordial e Shakti é a deusa primordial. Embora hajam muitos nomes diferentes do Deus e da Deusa, nós Kaulanaths sustentamos que eles são simplesmente adjetivos do Deus e da Deusa primordiais. Como os Naths seguiam a Natureza, dessa forma a coisa mais natural era visualizar o Criador como uma união feminino-masculino – por fim é desta forma que a criação tem seu lugar na terra.
Astrologia A arte da astrologia é um acessório essencial ao nosso trabalho. A partir da determinação de ocasiões propícias para a realização de ritos, do conhecimento da posição da Lua, e para compreender a sua própria psicologia, a astrologia se mostrará muito útil para você. É necessário fazer distinção entre astrologia Tropical e Sideral. A primeira desfruta uma moda no Ocidente, e sua história é confusa. Ela está baseada no Equinócio da Primavera coincidente com 0 grau em Áries. Na realidade, devido ao fenômeno conhecido como a precessão dos equinócios, o Equinócio da Primavera não tem coincidido com as estrelas da constelação de Áries desde o 5o Século D.C. Isto significa que nenhum dos signos zodiacais, tal como são conhecidos no Ocidente, corresponde às verdadeiras posições das constelações que derivam de seus nomes. A Astrologia Sideral é baseada nas posições da constelação tal como elas realmente aparecem no céu, e é a astrologia da Índia, Tibete, China, Caldéia e Babilônia. Se você estudou astrologia anteriormente e estiver satisfeito, nos lhe pediríamos para suspender temporariamente suas crenças e dar uma atenção cuidadosa à nossa astrologia AMOOKOS, cuja função real é de natureza espiritual, tornar-se liberto da teia do renascimento.
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Você pode ficar interessado em saber que Pitágoras, um dos nossos ‘irmãos em espírito’ é ainda hoje reverenciado por Astrólogos Hindus, que o conhecem como Yavanacharya (do Sânscrito: O Professor Grego). A Ordem Hermética do Áureo Alvorecer também promoveu a versão sideral da astrologia. Neste estágio, você não é solicitado à fazer um estudo completo dos princípios, mas será gradualmente apresentado à aspectos adicionais deste trabalho. Neste meio tempo, tente aprender os símbolos da astrologia, e talvez adquira uma Efemérides atual – tal como a efeméride Rafael – que apresenta os fenômenos cósmicos importantes por um ano.
Mnemônica A primeira meta de um membro da Amookos deve ser a de se livrar do condicionamento, e de pensar independentemente. Tudo o mais depende disto. Muito do que você encontrará aqui não é usualmente classificado como ‘oculto’ porém a proficiência nos métodos será um auxílio valioso à visualização e imaginação, habilidades essenciais, e também lhe oferecem uma introspeção à subciência chamada Associação de Pensamento. Aparte de muitas dessas considerações, você descobrirá que a Menmônica é útil na vida quotidiana. Elabore uma lista de palavras que rimem com os números: 1-10, p.ex. 1 Bun, 2 Shoe, 3 Tree, etc. (*) Faça rimas simples. Quando você tiver feito ou memorizado a lista você estará pronto para prosseguir. Peça para alguém ler para você uma lista de dez objetos sobre os quais ele(a) tenha pensado. Enquanto você ouve as palavras, associe cada uma com as palavras que você conectou aos números, por exemplo, Maçã Pãozinho 1, Carro Sapato 2, etc. _________________________________________ (*) As palavras estão no original para se idéia de rima (N.do T.) Assim que for ouvindo as palavras lidas em voz alta, crie uma imagem que conecte as duas palavras. Por exemplo, um pãozinho com molho de maçã, um carro no formato de um sapato. Fazendo estas associações, você será capaz de lembrar em qualquer seqüência a lista das palavras lidas. Teste pessoas que não conhecem este método lendo em voz alta dez palavras e verificando se elas conseguem repeti-las em qualquer seqüência. O segundo método envolve conectar cada palavra de uma lista com a próxima palavra, criando uma corrente. Por exemplo, maçã/carro (um carro no formato de uma maçã); carro/cão (um cão com rodas), etc. Pratique estes métodos até que você esteja proficiente. Uma objeção sempre levantada é de que estes métodos parecem tomar tempo e que são complicados. Se você experimentar o teste de recordar dez palavras sem usar qualquer método destes você perceberá o quão desamparado estará sem os mesmos. Um material adicional de maior uso prático foi preparado, mas primeiro torne-se proficiente em ambos os métodos acima.
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Percepção Como você deve ter intuído a partir do Rito do Pentagrama, a consciência perceptiva é um acessório essencial ao nosso trabalho. Pode-se ir muito longe usando apenas estes métodos. O currículo das cinco Academias de percepção começa no segundo Grau. O objetivo deste trabalho não é meramente aumentar o alcance dos próprios órgãos de percepção, mas aumentar a qualidade da consciência. Mudar a percepção de passiva para ativa. No desenvolvimento comum a associação de palavras evita que os sentidos funcionem ativamente num estágio prematuro da vida. Todos os resultados deverão ser registrados no seu diário.
Visualização (Skrying) O desenvolvimento, por meios positivos, das faculdades imaginativas auxiliarão o seu trabalho de muitos modos. Um auxílio útil ao desenvolvimento da psiquê e de outras faculdades é o Skrying (visualização), seja num cristal ou num vidro escurecido. Um cristal é caro mas segue uma alternativa mais em conta. Pegue um cálice de vinho, e cubra sua superfície interna com a fuligem (*) de uma vela. Tome cuidado para não trincar o vidro se aplicar muito calor. Um copo de coloração preta também pode ser usado. (*a substância preta que se desprende durante a queima do pavio. N.do T. ) Antes de tentar visualizar, abra a UZ na maneira adequada, e sente-se silenciosamente observando o vidro. Não se concentre demasiadamente, porém de outra forma deixe a mente fluir livremente. Observe quaisquer imagens que possam surgir, e registre-as posteriormente em seu diário. Você pode tentar este experimento uma vez por semana.
Shambhala Shambhala é uma palavra em Sânscrito, que ocorre em muitos textos hindus. Ele aparece até mesmo em dicionários da língua sânscrita, conferindo à mesma o significado de “mulher insinuante”, e de uma cidade em Uttar Pradesh. Esta cidade ainda existe, e é o lugar onde Kalki, o décimo Avatar de Vishnu, e idêntico à Rudrachakrin, deverá renascer em algum tempo futuro. No Bhagavata Purana (antigas lendas do Divino), é feita referência à Shambhala neste sentido. O surgimento na terra do Espírito do Senhor Kalki (Kalkinath) marca o período conhecido como Satya Yuga, o Aeon da Verdade, a Idade de Ouro do passado. Esta idade encerra a idade negra do Kali yuga. Quando a idade negra tiver passado por seu nadir, e alcançado um estágio de exaustão (marcado pelo terror, intriga, dominação e caos), o espírito do Divino deverá Se manifestar em Shambhala como o Senhor Kalki. Ele está associado à dois símbolos, aquele da espada flamejante e o do cavalo branco. Espada flamejante também pode ser expresso como uma espada de fogo, e ela não significa espada num sentido agressivo, mas uma chama moldada como uma espada. Em
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detalhes, esta chama significa uma nova estruturação, um novo Modo de Vida, valores novos e diferentes que trarão luz às pessoas que tem permanecido nas trevas. A espada implica em destruição no sentido de que o novo destruirá os sistemas e idéias do velho modo. O cavalo branco é importante porque este animal não é um animal nativo da Índia. Ele veio originalmente das terras Norte, Leste e Oeste dos Himalaias. Portanto ele indica algo estrangeiro, ou de fora da Índia. Um novo modo de vida não pode ser uma continuidade de algo antigo. Todo o precedente possui um significado mais profundo do que poderia ser esperado. Nós não interpretamos Kalki como uma pessoa real que encarnará na terra, mas por outro lado um símbolo de algo, algum impulso interno que deverá florescer dentro de nós. A idade negra representa o ser condicionado, o espírito de Kalki [representa] a Luz que é a luz do espírito. Não ser dependente do velho ou do antigo, a única arma para se conseguir este Novo Aeon interno é a arma da verdade. Muitos livros tem sugerido que uma Shambhala real exista ou tenha existido, um lugar onde tudo era doçura e luz. Temos que rejeitar isto. Se este país de paz, liberdade e felicidade deve existir, então ele deve ser um local interno. Por estas razões nós encaramos Shambhala como sendo localizada em vários pontos dentro do corpo humano.
Na Amookos nós algumas vezes nos referimos a nós mesmos como Shambhala International, porque qualquer lugar que seja um ponto de encontro para os Kaula Naths pode ser considerado como sendo uma Shambhala – mas apenas se formos corajosos e abertos o suficiente para abraçar a verdade.
Shambhala e o Caminho da Mão Esquerda (Vama Marga) Se investigarmos as diferenças entre um caminho esotérico (mão esquerda) e um caminho exotérico (mão direita), poderemos elaborar uma tabela comparativa: Shambhala Agharti Caminho da Mão Esquerda Caminho da Mão Direita Difícil de alcançar Fácil de alcançar Tantrico Ortodoxo Ciência Superstição Meditação Sacerdotes / oração O ‘caminho da mão esquerda’ na Índia não tem a mesma conotação depreciativa como no Ocidente. Ele significa o caminho onde sexualidade e morte são levados em conta, onde ser individual é importante, onde não existem regras. Os caminhos da mão direita deitam regras para o ortodoxo seguir – nenhum esforço é requisitado segundo os sacerdotes; apenas siga as instruções e você vai para o céu. É necessário mencionar aqui que devido à esta tendência antagônica, o caminho de Shambhala sofre grandemente nas mãos dos escritores não iniciados. Tem sido feitas tentativas de jogar todos os crimes da humanidade nas mãos dos Tantricos, pessoas cujo
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único crime foi o de não julgar e modificar os outros. Na Amookos nós temos um ditado: Não julgue e modifique o mundo, apenas esteja seguro de que ele não modifique você. Nos caminhos de mão direita as ervas daninhas da política e do sacerdócio florescem – esta é a terra das respostas fáceis, racionalizações, controle das massas, “Deus está do nosso lado”, e rótulos para tudo.
Meditação Poucos nascem com a habilidade de praticar os diferentes padrões esotéricos e a maioria precisa desenvolvê-las e formulá-las através da meditação. Este é um meio bastante prático através do qual podemos conhecer e recordar aquilo que nunca foi verdadeiramente perdido, a identidade de nós mesmos com o Divino. Nunca poderá haver um sistema universal de meditação para todas as pessoas. A maioria faz o melhor quando eles se ajustam aos seus próprios padrões individuais. Apenas a orientação pode ser dada. Apenas comece quando você souber o que você quer fazer. Entre na UZ, sente-se de pernas cruzadas, confortável e relaxado. Não são necessários amparos, nem posturas elaboradas. Fique desperto, ou você terá penetrado no reino do fracasso. Transe, inconsciência e sono são instrumentos de derrota. Nas caminhadas exploratórias da mente preliminares e iniciais, concentre-se na contagem da respiração. Conte a respiração assim que ela se move para dentro e para fora, de um a sete, repita. Na Amookos a respiração é sinônimo do Divino. Temos palavras na nossa língua que expressam isto – atmosfera de origem grega tem a mesma raiz de atman em Sânscrito, significando espírito, ou respiração. Deve ficar claro que não é necessário meditar ‘sobre’ algo. É suficiente nos primeiros estágios apenas observar os desfiles das seqüências de pensamentos. Não é objetivo da prática da meditação aniquilar o pensamento. Isto seria impossível. O objetivo da meditação é desembaraçar o observador, o medidor, do mar de pensamentos no qual ele(a) está normalmente misturado. Observando as correntes, muitas indicações para a própria teia de palavras da pessoa podem ser descobertas. Estas tem muitas vezes bases emocionais, e podem formar a semente ou núcleo de obstáculos, condicionamento e pensamentos obscuros. Assegure-se de registrar cuidadosamente em seu diário os resultados do seu trabalho.
Os Siddhis – Reinos Psíquicos Este documento cobre uma grande variedade de assuntos de forma sucinta. Não de declara que este documento seja um guia global para os diferentes tópicos. Os membros da Amookos são encorajados à explorar estes assuntos por si mesmos segundo seus interesses. Tem sido nossa experiência em vinte e quatro anos de estudo que a realização nestes siddhis (poderes mágickos) é muito mais rara do que se poderia pensar com base na vasta quantidade de literatura relativa à estes. Muitas pessoas declaram-se ‘experts’ mas o estudante deve tomar cuidado quanto à considerar estas declarações de forma literal.
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O ponto de vista da AMOOKOS é o de que algumas pessoas parecem ter nascido compartilhando estes siddhis, porém o condicionamento e a confusão mental os obscurece. Se uma disposição espiritual ativa surge numa pessoa então os siddhis surgem naturalmente. Parece existir uma proteção embutida contra seu pleno desenvolvimento em uma pessoa que não esteja seguindo um caminho espiritual. Isso não quer dizer que qualquer um que declare possuir tais poderes sejam fraudes, existem pessoas que ou crêem genuinamente que possuem tais poderes ou que realmente os possui em alguma extensão. O membro da AMOOKOS deve cultivar uma mente aberta temperada com um saudável ceticismo. Às vezes em Zonules locais grupos podem fazer experimentos com estas técnicas de um modo prático. Psicometria Esta é a habilidade de coletar informação psiquicamente a partir de objetos. Isso às vezes se estende à incluir fotografias ou imagens de pessoas ou lugares. Diz-se que cada objeto está de certa forma ‘encharcado’ de emanações psíquicas. Se este objeto tem estado em grande proximidade com um indivíduo ele pode ter um campo rodeando-o ou permeando-o que reflita aquele de seu proprietário. Como orientação à prática nosso conselho seria sempre o de levantar o seu UZ antes de experimentar. Pegue o objeto e segure-o com leveza. Permita à sua mente relaxar, e observe quaisquer imagens ou palavras que possam surgir. É importante ajudar as informações rejeitadas, e por este motivo parece ser importante dizer a primeira coisa que ocorra à você, não importa o quão absurdo ou ridículo isto possa parecer. Viagem Astral Este é um tema muito popular, e existem muitos livros relacionados à ele. Contudo é importante se assegurar de que você tenha a mesma compreensão do termo quanto o autor. O que é chamado experiência fora do corpo ou Viagem Astral pelos psíquicos e experimentadores é muitas vezes confundido com o processo da imaginação criativa praticada pela Golden Dawn e outras ordens mágickas ocidentais modernas. Nós falamos aqui sobre Experiência Fora do Corpo relacionada ao que os psíquicos freqüentemente denominam como o corpo ‘etérico’. Este é considerados por muitos como sendo uma simulação do corpo físico existindo numa forma sutil, e conectado ao corpo físico por um cordão sutil. Existem muitas técnicas relacionadas à esta prática. Algumas vezes a separação do corpo ‘etérico’ do corpo físico ocorre espontaneamente. Isso é discutido mais detalhadamente no capítulo três. A experiência de todos parece diferir levemente. É possível treinar nas várias técnicas para conseguir a separação. Entretanto é muitas vezes mais fácil viajar pela British Airways do que conseguir isto. Clarividência e Clariaudiência Estas palavras implicam na habilidade de ‘ver’ ou ouvir psiquicamente. Existem espíritas que declaram ter a habilidade de ver guias espirituais e almas. Mais uma vez a discriminação deve ser empregada. Use seus próprios padrões para julgar a validade. 25
Conexões Mágickas e Ataque Psíquico Uma conexão psíquica entre um objeto e um indivíduo (como na psicometria) pode ser utilizada para propósitos mágickos –de acordo com os xamãs e feiticeiros do passado e do presente. Por este motivo tais coisas como unhas cortadas, cabelos e secreções corporais tem sido sempre consideradas como coisas que deveriam ser cuidadosamente descartadas. A paranóia se espalha aqui. Lembre- se de que uma pessoa chamando-se a si mesma de feiticeiro(a) ou bruxo(a) não significa que ele(a) realmente o seja. Em nossa experiência um ‘ataque psíquico’ genuíno é um fenômeno extremamente raro. Se por outro lado, você tomar isso para si a fim de tentar tal ataque sobre outra pessoa, lembre-se de que na AMOOKOS tal plano de ação só pode ser tomado após consultar outros dois Yogi-Magistas do Templo do Meio. É muito raro que tal tentativa seja garantida – reflita sobre si mesmo com relação às razões confusas por trás de seus motivos de obscuridade e vingança. A extensão em que os iniciados da AMOOKOS chegam à isso não constitui motivo para qualquer um temer ‘ataque psíquico’ por parte dos outros. Nossa linhagem é muito antiga e nossos membros são protegidos pelos Guardiães e Ferozes Devis do Sampradaya ou linhagem de iniciação. Se estiver numa passagem difícil como resultado de seus experimentos você poderá chamar a Linhagem para protegê-lo. Psicocinese Um meio de movimentar objetos pelo poder da mente ou por meios psíquicos. Muito [está registrado] nos noticiários da última década por causa dos truques de Uri Geller e outros entortadores de garfos. Lembre-se que conjuradores experientes são capazes de produzir efeitos que parecem confundir a mente e desafiar a explicação. Se tais coisas fossem possíveis não haveria necessidade para os governos de gastar milhões de libras em tecnologia de armas. Este ponto também se aplica à outras ‘habilidades’ psíquicas. Sabe-se que ambos os governos dos EUA e da União Soviética tem patrocinado pesquisas em habilidades psíquicas – mas tais experimentos devem apenas ser supostos e isso não significa necessariamente que as agências governamentais crêem que elas funcionam. Todas as vias são investigadas. Auras Muitas tradições antigas declaram que as pessoas possuem um campo de energia psíquica capaz de ser percebido por indivíduos sensitivos. Entretanto este assunto também sofre de muita literatura e experimentação prática insuficiente. Tome cuidado com literaturas que dêem significados ‘superficiais’ às cores da aura. Cada indivíduo difere dos demais. Este assunto é diferente de ‘carisma’ que todo membro da Amookos deve cultivar. Bioenergia Bioenergia, energia da vida, Chi ou qualquer que seja a denominação dada refere-se à energia sutil que parece marcar a diferença entre um cadáver e um ser humano vivente. Esta 26
energia parece ser de uma natureza fluídica e pode ser bloqueada em sua passagem por bloqueios musculares ou mentais. O objetivo da AMOOKOS é mantê-la fluindo livremente e disponível à qualquer momento. O termo Tantrico para ela é Prana-Shakti, a energia ou shakti que está relacionada intimamente ao processo da alimentação, respiração e impressões. Quando Ela deixa o corpo de uma pessoa esta pessoa morre. Leitura Complementar Ectasy, Equipoise and Eternity de HH Shri Gurudeva Mahendrahanatha. Este manuscrito é, efetivamente, a dissertação histórica da AMOOKOS. Twilight Yoga Esta publicação, indispensável para os membros da AMOOKOS, agora inclui o importante documento os Navanaths, mais material adicional. Notas (1) A armadura inclui a totalidade da região do pescoço e ombros, os três olhos sendo os dois olhos físicos mais o ‘terceiro olho’ na fronte. (2) Vide “Sobre Shambhala”, página 28 (3) Vajra significa um relâmpago (4) A declaração ‘acima é como embaixo’ é fundamental ao nosso trabalho na Amookos. Isso é discutido em profundidade no terceiro grau.
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Capítulo Dois: Escudeiros e Criadas Simbolismo do Grau Bastão Este é um instrumento de apoio idêntico ao Lingam ou Meru-Lingam que apoia o Cosmos. No corpo de um mago ele é o núcleo central ou eixo ao redor do qual é tecida a teia de Maya (ou ilusão) – produzindo Shaktis do complexo físico e psíquico. Gema: Opala, a cor do semen, a medula do bastão Lingam: De madeira Estudo: Prática e meditação contínua do material do 2o grau Colar: De madeira Número de contas: 6 Nome do Zonule: Círculo Animal: Um cão preto. O cão preto é o veículo de Bhairava, o aspecto terrível de Adinath-shiva. Uma Iconografia mostrando Dattatreya apresenta-O sendo rodeado por quatro cães. Local de Reunião: Quartos À cada Escudeiro e Criada o Mago faz saber o seguinte: Os tesouros do mundo são iscas para o tolo, mas aquele que busca pela luz procura possuir pouca coisa deste reino mundano. Se você nasceu para ser um Mestre você descobrirá este pergaminho nos arquivos do céu; mas vivendo como um ignorante você jamais o encontrará. Uma vez que nada é desfrutado em Necrópolis, é melhor morrer jovem e realizado do que envelhecer em sono e morrer como um tolo ignorante.
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Ao invés de uma vida de sono, desperte para a vida ! Ao invés de sonhos, pesadelos, tédio e enfado, desperte para a plenitude da vida Cósmica real ! Uma visão expansiva do Cosmos fantástico tem sua contraparte numa visão fantástica de Vida Nova, Vivência, Luxúria e Amor Desperto. Se você deseja o poder sobre a humanidade – ensine-os a dormir, à acreditar e à ter fé; nunca à pensar ou despertar da pesada labuta que é seu regozijo. Quando você faz perguntas você revela sua ignorância. Ainda assim isto é bom, pois aquele que não faz perguntas permanecerá ignorante para sempre.
Operando no Grau Conhecimento sobre o Tempo Leia novamente a seção sobre a astrologia da AMOOKOS no primeiro grau. Um exemplar da Astrologia Tantrica (1) deve ser obtida. É essencial que você perceba as principais diferenças entre Zodíaco Tropical (TZ) e Zodíaco Sideral (SZ). O Conhecimento sobre o Tempo da AMOOKOS está fundamentado nos seguintes princípios alquímicos: - que aquilo que está acima é como aquilo que está embaixo (Macro Microcosmos); - todo processo natural no Cosmos está baseado nas mesmas leis naturais como todos os outros processos – aprenda com a natureza; - o próprio Ser ou Espírito verdadeiro ou partícula de Shiva da pessoa está livre [da ação] do tempo. Podemos observar o Tempo como Shakti. Todos os planetas, constelações, e aspectos planetários num mapa da respiração (ou horóscopo) da Amookos podem se tornar os poderes e energias de um Adinath. Geralmente eles escravizam uma pessoa através de identificação inconsciente, causada pela respiração que toma um certo ritmo no nascimento. Uma pessoa pode ser seu Mestre ou Mestra (Nath). No rosário de um Nath existem 108 contas. Num mapa de respiração da Amookos existem 108 partes da Lua.
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O Yantra Corporal Introdução Você deve fazer esforços muito sérios para compreender este símbolo, pois sobre este depende muito do curriculum da AMOOKOS. Em essência o Yantra Corporal é um Shri Yantra simplificado. O ponto no centro ou bindu representa Adinatha, quer dizer Consciência-Percepção. O triângulo no centro tem como seus ângulos Shiva (símbolo do Sol) Shakti (símbolo da Lua) e Shiva-Shakti (estes símbolos sobrepostos). Os pontos do triângulo são também os três gunas ou qualidades da Filosofia Indiana – Rajas, Tamas e Sattvas. Nós podemos resumir e expandir esta informação na seguinte tabela: ATIVO Rajas Sol Pai
PASSIVO Tamas Lua Mãe
RECONCILIADOR Sattvas (3 gunas) Terra Filho
Memorize estes diagramas:
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Éter Ar Terra Água Fogo ‘Eu Sou Corpo’
Sol Mercúrio Júpiter Vênus Marte ‘Eu Sou’
Lua Plutão Saturno Urano Netuno ‘Eu Não Sou’
Esforce-se para expandir esta tabela por si mesmo. Deve ser acentuado que estas três qualidades fundamentais não podem ser estudadas isoladamente, nem elas existem exceto através do relacionamento com cada uma das outras. O triângulo completo também pode ser visto como o círculo das Shaktis ou Energias do Adinatha chamadas Vontade (Iccha), Conhecimento (Jnana) e Ação (Kriya). Temos que examinar estes poderes numa forma prática. Vontade é também determinação, resolução. Conhecimento é o saber como, ausência de ignorância à respeito de qualquer coisa dada. Ação é o meio de realizar o que é desejado. Tomemos um exemplo prático: para fazer um bolo você tem que estabelecer o objetivo e estar preparado para conduzir o processo até o fim, à despeito de qualquer obstáculo. Isto é Vontade. Você tem que saber como fazê-lo – a receita, ajuste do forno,etc. Você tem que realmente fazê-lo ! Você tem que utilizar instrumentos, a tigela, o forno, a colher de mistura. Você tem que reunir os materiais requisitados. Apenas este caminho através da combinação dos três, poderá o objetivo desejado ser trazido à existência. Portanto, antes de assumir qualquer projeto à você é solicitado enquanto membro da AMOOKOS à primeiramente fazer uma resolução poderosa no sentido de conduzir as coisas até o fim. Em segundo lugar você deve estar seguro de que possui o conhecimento necessário. Em terceiro lugar você deve fazê-lo. Você deve aplicar estas três Shaktis em todo empreendimento. Aplique isto à toda e qualquer coisa. Você perceberá a partir disto que o yantra mais básico a partir do qual todos os outros se originam é (há uma falha de impressão_N.do T.) Ele simboliza a união das três Shaktis. O Yantra Corporal mostrado na página 44 consiste de cinco círculos ou mandalas: 1 O Bindu, potencial, Adinath 2 O Triângulo 3 Círculo de Oito Pétalas (planetas) 4 Círculo de Doze Pétalas (constelações) 5 Quadrado de quatro portões ou o anexo mágicko Este é o triângulo central do qual se originam as várias modificações mostradas nas pétalas. Neste segundo grau nós estaremos trabalhando com um yantra no qual o círculo de doze pétalas é omitido. Um yantra pode ser construído de dois modos: Bhu (Sânsc., Terra) Plano, Bidimensional. Meru (Sânsc., uma Montanha) Erguendo-se à um ponto ou pirâmide. O Yantra Corporal acima ilustrado possui vinte e sete pontos de Energia; trabalhando desde o lado externo para dentro eles são quatro elementos, doze Constelações, oito planetas, três qualidades fundamentais (como acima descrito). O bindu, que é idêntico 32
à você, o feiticeiro sobre o Assento do dragão, está fora do Tempo ou Espaço, e não possui número ou características exceto Consciência-Percepção. Ele é o Verdadeiro Ser, ou Espírito, ou Partícula Shiva. Estes vinte e sete pontos de energia também são as letras do alfabeto, contando o espaço em branco como um caractere adicional. Eles são a raiz de todos os mantras. O número vinte e sete é de alguma importância para a obra da AMOOKOS, e seu valor e significado se tornarão continuamente aparentes para você. Ele é uma chave que abre e desbloqueia a psicologia humana – assim que ela o estiver realizando, a mesma reunirá todos os elementos da nossa Tradição. O círculo dos oito planetas mostra uma modificação dos pontos Shiva e Shakti. A tabela abaixo mostra como estes emanam uns dos outros. (segue uma tabela cujas linhas são, de cima para baixo, de A até I, de J até R, de S até Z (mais o caractere &), de 1 até 9, e na última linha os sigilos de Mercúrio, Plutão, Júpiter, Saturno, Sol-Lua, Vênus, Urano, (?) e Netuno)
Deve-se pensar no Yantra Corporal como um mapeamento do Macrocosmos dentro do Microcosmos; aqui por exemplo, o cosmos dentro do corpo: isto está resumido na legendária Tábua de Esmeralda de Hermes Trismegistos: “Eu não falo coisas fantasiosas, mas aquilo que é certo e muito verdadeiro. Aquilo que está embaixo é como aquilo que está encima. Aquilo que está encima é como aquilo que está embaixo. Isto realiza o milagre da Unidade.” Como iniciados de uma tradição espiritual vocês devem se centralizar no Assento do Dragão ou Bindu e recriar o seu Cosmos. No curso natural do desenvolvimento humano o Cosmos está no Caos. Eis aonde devemos nos conectar aos Franco Maçons, cujo mote é ‘Ordem a partir do Caos’. Através da AMOOKOS nós orientamos os que são sinceros à realizar isto por si mesmos.
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Meditação Sol-Lua-Fogo Nos Papéis Graduados do primeiro grau há uma ilustração do Cálice de Shambhala, ou Shambhala Vajra. Lhe foi pedido para meditar sobre estas três grandes Luminárias do sol, lua e fogo (página 23). A realização destas Três em Uma é um de nossos grandes segredos. Lua é Conhecimento e Intelecto Sol é Sentimento emocional e Vontade Fogo é Sensação corporal e Ação A pergunta que você tem que fazer a si mesmo é: Qual é o quarto ? Um Nath é um ser humano de intelecto superior que dá igual importância à estas três em Seu ser. Para tal pessoa o mundo pode ser segurado na palma da mão. Deve ser claramente entendido que a educação enfatiza apenas uma destas luminárias – o conhecimento. Este desastre produz psicopatas e sociopatas destituídos de sentimento e sensação corporal. O Cálice de Shambhala, ou Shambhala Vajra, no qual é derramado o Néctar de Adinath é um Todo unificado. Parte de sua tarefa neste grau é corrigir o desequilíbrio na sua própria natureza, para desvelar a Lua. Medite diariamente por dez minutos sobre os seguintes pontos: eu sinto meu corpo? Eu sinto minhas emoções? Use a experiência quotidiana para ajudá-lo. Experimente e sinta cada parte do seu corpo.
Ayurveda e as Três Qualidades
Existe um sistema de ‘medicina’ Tantrica Nath Yoga pouco conhecido no Ocidente. Ele é chamado Ayurveda. Para um ser humano estar saudável o seu corpo, feito das três Qualidades, deve estar em harmonia. Para que isto ocorra um corpo requer alimento.
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Existem três tipos de alimento: Lua Sol Fogo
Impressões Sensoriais Respiração Comida e Água Eles podem ser desfrutados apenas se houver um apreciador presente para usufruí-
los. Os instrumentos pelos quais o apreciador consome aquilo a ser desfrutado são conhecidos como os três Fogos: Lua
Fogo do Sentido
Metabolismo – os cinco sentidos
Sol
Fogo da Respiração Metabolismo – pulmões e troca de sangue
Fogo
Fogo do Alimento
Metabolismo – estômago, etc.
Esta é uma tabela de Crescimento e Queda, ou Criação-Manutenção-Destruição. A partir dela podemos aprender a auto-compreensão, e você descobrirá que esta tabela é um mapa do desenvolvimento de uma criança desde a concepção até a idade de cerca de 5 ou 6 anos. Tal como acentuamos acima, cada processo natural pode nos contar muito sobre cada outro processo natural. Aqui é mostrada a correspondência entre uma criança e o sistema planetário.
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Uma diferença importante entre um Nath e uma pessoa comum dentro do mundo comum é a de que o primeiro pode usufruir enquanto que o último geralmente não o faz. Medite sobre tudo isso com um coração aberto.
Unidade do Conhecimento e Ser Esforce-se para compreender que os Papéis Graduados da Ordem formam uma unidade completa, e tente descobrir seu inter-relacionamento.
Ritual Mágicko do Yantra Corporal O rito principal do Yantra Corporal deve ser realizado nos períodos de Lua Cheia, Nova, Crescente e Minguante. Na Magia(k) do Grande Yantra a atenção ao Corpo da Tartaruga (página 18) não é necessária. Abra tal como no primeiro grau (passos 1 – 5). Estando sentado no Assento do Dragão dentro do Umbra Zonule, de face ao Leste, visualize-se como sendo da natureza de Adinath-Shiva, pura consciência, o Quarto, o eterno Lingam Yoni. Desenhe à sua frente o yantra tal como no diagrama. Pode ser que você já tenha este diagrama gravado em um metal puro, sendo que neste caso este poderá ser utilizado.
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Pegue uma flor vermelha, ou pó vermelho ((Kum Kum) e visualize que a essência de Shakti é carregada através de seu hálito, e expire seu hálito sobre a flor ou pó. Pegue a flor ou pó e coloque-o no centro do yantra e diga o mantra: Om Hrim Shrim Krim Parameshvari Svaha Reflita que Adinath e Shakti estão agora em realidade posicionados no Bindu ou Potencial, Ponto central do Yantra. Ofereça comida, água e quaisquer outras coisas agradáveis à Adinath e Shakti, dizendo: Eu ofereço ..... ao Adinath Branco e sua Shakti Vermelha do Tempo dentro do Bindu do Yantra. A seguinte Prática Ritualística deve ser realizada de dois modos, ou do centro para fora (Projeção), ou do lado externo para o centro (Absorção). Quando utilizar um Rito de Projeção comece com Kriya Shakti no centro do Yantra. Caso esteja realizando um Rito de Absorção, comece a partir do lado externo, tomando primeiramente Asita Shakti a Deusa da Meia Noite. Ofereça comida, água e outras substâncias agradáveis à cada um dos assistentes de Shiva Shakti (respectivamente) dizendo: Om Hrim Shrim Krim eu ofereço ..... à (Nome do assistente). Visualize as Shaktis como segue. Cada Shakti deve ser visualizada como abraçando seu respectivo Shiva. Cada um dos Shivas é branco, está nu, untado com cinzas, com seus pênis eretos. A atribuição destas Shaktis ao Yantra Corporal é mostrada no diagrama (no original-N.do T.) Kriya Shakti (Espírito): Ela é negra como a terra fértil, vestida de céu, com 3 olhos e 2 mãos, ornada com safiras e ungida com ungüento púrpura, com um rosto sorridente e olhos escuros, a encarnação da Ação. Jnana Shakti (Lua): Da brancura da Neve, com um rosto belo e agradável, três olhos, concedendo bênçãos e dispersando o medo com Suas duas mãos, usando um colar e ornamentos de pérolas brancas. Ela é a encarnação do Conhecimento. Iccha Shakti (Sol): Vermelha como um milhão de sóis, três olhos, duas mãos. Ela usa bagas de rudraksha e rubis, está ungida com pó vermelho, jovial, com seios altos protuberantes, portando braceletes e tornozeleiras dourados. Ela é a encarnação da Vontade. Pita Devi (Mercúrio): Esbelta, com olhos inquietos, nua, ungida com pó amarelo, portando um colar de quartzo, segurando em Sua mão direita um livro e em Sua mão esquerda um espelho, a encarnação do Pensamento. Nila Shakti (Plutão): Nua, de cor violeta, aquela bizarra, quase invisível devido à Sua negritude, portando gemas de carvão negro, segurando em Sua mão direita um prato cheio de vidro fragmentado e em Sua mão esquerda uma máscara, a encarnação do desapego. Rakta Devi (Marte): Adore aquela Amazona vermelha e esbelta com quadris estreitos e seios pequenos, nua, de rosto zangado, três olhos, segurando em Sua mão direita uma faca afiada e em Sua mão esquerda um pequeno escudo, a encarnação do Vigor. Aruna Shakti (Netuno): Nua, com três olhos como os da gazela, e longos cabelos negros, aquele ser dos sonhos que porta gemas de opala e segura em Sua mão direita um prato que libera fumaça, e em Sua mão esquerda um cristal de visualização, a encarnação da imaginação. Harina Devi (Vênus): Uma Deusa muito bela com três olhos e duas mãos, um doce rosto sorridente, seios grandes e graciosos, de cintura esbelta, de formas muito lindamente 37
curvilíneas, com cabelos claros, segurando em Sua mão direita uma flor e com Sua mão esquerda fazendo o sinal de conceder, a encarnação do Amor. Karbura Devi (Urano): Adore aquela Grande Senhora com três olhos, magra e altiva, portando um colar de cristal, ungida com pó azul, segurando de modo ameaçador em Sua mão direita um bastão, e com Sua mão esquerda segurando uma criança próxima à um de Seus seios, a encarnação do Controle.
Malini Devi (Júpiter): Adore a doce Senhora que está nua, portando a melhor qualidade de ouro e jóias, com um rosto sorridente, Sua língua para fora e tocando Seu lábio inferior, com três olhos. Com Sua mão direita Ela derrama ouro sobre Seu adorador; em Sua mão esquerda Ela segura um prato cheio de comidas finas, a encarnação da Expansão. Asita Shakti (Saturno): Adore a Senhora anciã, escura e ressentida, com cabelos desarrumados e de aspecto melancólico. Ela tem três olhos e duas mãos, nua com seu corpo tosco e seios pendentes, ungida com pó negro. Ela segura em Sua mão direita uma corda com a qual Ela restringe, e em Sua mão esquerda Ela segura um crânio, a grande Devi que é a encarnação da Restrição.
As Devis dos Elementos As formas das Grandes Devis dos Elementos são como aquelas no Rito de Abertura. Cada uma está sentada sobre sua Besta-Shiva. Acessórios ritualísticos devem ser oferecidos à cada uma destas grandes Eternidades, uma de cada vez. Quando estas Devis, com seus Shivas, tiverem sido desta forma adoradas, mais uma vez deve-se oferecer coisas boas à Shiva e Shakti no centro do Yantra. Agora recite o mantra Om Hrim Shrim Krim Parameshvari Svaha seis vezes (ou tantas vezes quantas forem as contas no seu Rosário do Grau). Medite por um momento, e tome a flor ou um pouco do pó vermelho de volta à seu rosto, e imagine que a Essência é uma vez mais tomada de volta para dentro do seu ser e assim se tornando uma com você. Feche tal como na página 20 do primeiro grau.
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Preparando um Yantra Corporal Permanente Se você deseja preparar um Yantra Corporal permanente, as notas seguintes podem ser úteis. Um yantra de ouro dura toda a vida, um yantra de prata por doze anos, e um yantra pintado em tecido ou papel de qualidade por seis anos. Se for pintado, as cores usadas devem ser aquelas das Deusas (vide diagrama). De outra forma, um novo Yantra pode ser traçado à cada vez.
Consagração de um Yantra Permanente. O Cálculo do Momento do Ritual: Você deve escolher o exato momento de um eclipse, ou um Sol em conjunção com a Lua, mas certifique-se de que não existam aspectos maléficos nos Ângulos da carta ou aspectando o Sol ou a Lua, considere apenas Conjunção, Oposição ou Quadratura nestas avaliações. Você também precisará consagrar água (2). Abra seu Umbra Zonule do modo usual. Fique de face para o Leste. Coloque a superfície de seu Yantra sobre um pedestal de seda ou algodão vermelho. Medite um pouco sobre si mesmo como sendo unificado com o Sol e a Lua, a encarnação da Consciência. Mova sua respiração através de pó vermelho ou branco por sobre o Yantra (3). Diga: Om eu me curvo perante Shiva Shakti Om Hamsa, possa este Yantra estar vivo ! Om Hamsa, possa este Yantra respirar ! Om Hamsa, possa este Yantra possuir todos os sentidos ! Om Hamsa, possa este Yantra possuir fala, mente, olhos, ouvidos, língua, nariz ! Om Hamsa, possa a felicidade morar aqui para sempre ! Então derrame sobre o Yantra o nosso Néctar do Kaula (água consagrada) e punhados de cinza branca. A seguir tome esta essência de volta para dentro de seu coração via respiração. Limpe o Yantra cuidadosamente e embrulhe-o em seda ou algodão (de preferência vermelho).
Práticas Secundárias do Yantra Corporal Cada uma das oito Shaktis planetárias possui um Yantra similar na forma ao Yantra principal. Portanto oito vezes oito são as sessenta e quatro shaktis. Então a Lua, o Sol e o fogo (Iccha, Jnana e Kriya) estão no triângulo central dos yantras de cada uma das seguintes, e as quatro Protetoras da Fortaleza estão nos quatro cantos.
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Pitadevi: A Deusa Amarela. Ela rege a ambigüidade, as ervas, a inteligência, linguagem, aliança, velocidade, dualidade. Seu nome secreto é ‘olhe para frente, nunca para trás’. Quando Ela é invocada dentro de Seu Yantra as suas oito yoginis, todas similares à ela, são Habilidade, Perspicácia, Duplicidade, Leopardo(?), Autoria(?), Artífice, Brilho, Impulso. O Yantra deve ser colorido de amarelo. Nila shakti: A Shakti Safira. Máscaras, choque, desapego, isolamento, ermitães e anacoretas são regidos por Ela. Seu nome secreto é “Eu não existo”. Suas auxiliares são Isolamento, Eremita, Escuridão, Máscara, Vampira, Morte, Separação. Raktadevi: A Deusa Vermelha. Ela rege todas as coisas significadas pelos nomes de suas auxiliares. Elas são Ira, Resistência, Sangue, Faca, Castradora, Matadora, Conquistadora, Vigorosa. Pinte o Seu Yantra de vermelho sangue, e se dirija à Ela com uma mente devotada. Arunashakti: A Shakti Magenta. Os nomes de suas auxiliares significam os Poderes (Shaktis) da Deusa. Eles são A Romântica, Sonhadora, Passiva, A Confusa, Indecisa, Incerta, Garota Serpente, Corça Montês. Seu Yantra é colorido de magenta. Harinadevi: A Deusa Verde. Ela é a doce Deusa do Amor e Afeto. Nas pétalas de Seu Yantra Verde estão Síntese, Harmonia, Serenidade, Alegria, Ungüento do Amor, Adornada com Penas de Pavão, Prostituta, Artista.
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Karburadevi: A Deuza Cinza. Suas auxiliares que se assemelham à Ela, são Análise, Controle, Relação(?) de Amor, Dominadora, Contagem(?), Hierarquia, A Compulsiva, Robô. Ela concede o controle sobre todas as coisas, e Seu Yantra deve ser colorido de prata. Malinidevi: Deusa da Flor. Ela, a grande Doadora de Riqueza, oferece riqueza à qualquer nível. Suas auxiliares são Língua, Assimiladora, Expansão, A Otimista, Fútil, Sorte, Dádiva, Generosidade. Cada uma deve ser adorada pela ordem. O Yantra é azul. Asitadevi: A Deusa Negra. Ofereça um gesto de respeito (curvando-se) à Grande Limitadora com suas oito auxiliares conhecidas como Rejeição, Limitação, Cautela, Responsabilidade, Melancolia, Servidão, Tristeza, Escuridão. A Negra, com sua corda mágicka, restringe e pune a todos. Seu Yantra é negro.
Os Poderes Mágickos das Oito Devis Planetárias, e as ocasiões de seus rituais. Pita Devi. Operações de conhecimento, Mercúrio deve estar em conjunção ao Ascendente ou Meio do Céu, em quadratura (4) com a Lua. Não deve haver aspectos maléficos (vide Astrologia Tantrica para maiores detalhes). Mercúrio em Gêmeos ou Virgem [em] Rashi ou Navamsha. Nila Shakti. Operações de desapego. Plutão deve estar em conjunção com o Meio do Céu. Sem aspectos maléficos. Rakta Devi. Operações de destruição. Marte deve estar em Áries ou Capricórnio e angular, em conjunção ou oposição à lua. Aruna Shakti. Operações de Sonho, Hipnose e Ilusão. Netuno angular com seu próprio [signo_?]. Harina Devi. Operações de Amor e Sexualidade. Vênus em Peixes, Libra em conjunção com o Ascendente ou Ângulo de quadratura com a Lua. Sem aspectos maléficos. Karbura Devi. Operações de controle. Urano em ângulo, sem aspectos maléficos. Malini Devi. Operações de Riqueza. Júpiter em Peixes, Sagitário ou Câncer ou em ângulo, sem aspectos maléficos. Quadratura com a Lua também se isto for possível. Asita Devi. Operações de Morte. Saturno angular.
Operação Ritualística Antes de adorar qualquer uma destas auxiliares da Grande Shakti do Tempo você deve realizar primeiro o Grande Ritual do Yantra Corporal. Então desenhe um Yantra apropriado à Shakti em particular, e Sua adoração é realizada de um modo similar, substituindo Suas auxiliares secundárias pelas oito Shaktis planetárias. O trabalho com estes Yantras menores deve ser realizado através de linhas similares como o trabalho com o Grande Yantra Corporal. O mago tem que conquistar o amor delas para obter sucesso. Isso implica em prática repetida e também oferendas satisfatórias. No caso da Deusa Amarela, flores amarelas, pó amarelo, tecido amarelo, etc., devem ser utilizados.
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O Yantra Corporal e a Tradição do Tantra O Yantra Corporal é o Kalachakra Yantra – aquele que lida com a Roda do Tempo, e é uma síntese dos Yantras das Devis ou Deusas Kali e Lalita. As oito yoginis sobre as oito pétalas do Yantra representam os oito planetas, Plutão, Mercúrio, Júpiter, Saturno, Vênus, Urano, Netuno e Marte. Três Yoginis no triângulo central representam Lua, Sol e Fogo. Quatro yoginis nos portais do diagrama representam os quatro elementos ou os quatro crepúsculos. O bindu ou ponto no centro do Yantra Corporal é Shiva-Shakti-Samarasa (União Sexual) ou Perfeita Assimilação. É a partir de sua união que procede todo o Yantra. Quando estiver efetivamente realizando o ritual, você deverá dedicar um tempo considerável visualizando a Deusa como residindo no seu coração. Então visualize-a sendo ‘extraída’ do seu corpo por meio de sua expiração e posicionada no centro do Yantra. Uma vez que Ela tenha sido invocada no centro, o restante do ritual deve proceder como se Ela estivesse realmente presente no Yantra. Assim deve-se curvar perante Ela, oferecer à Ela flores, frutos, e outras coisas satisfatórias, e finalmente oferecer à Ela seu próprio complexo de Yoginis. Uma vez que a Devi reside no seu corpo rodeada por Suas Yoginis (as quais as pessoas de forma errada consideram como sendo seus próprios poderes), o ritual é uma afirmação de uma situação que pode realmente ser considerada como existente em todos os momentos. Adinath Shiva, livre do Tempo, a Testemunha, não possui poderes ou energias. É apenas a Devi quem desfruta, sente, pensa, etc, etc. Neste ritual particular você está considerando a Devi como em um de Seus aspectos Particulares como a Senhora do Tempo. A afirmação ou oferenda poderia portanto ser desta forma: Oh Devi, eu lhe dou meu corpo (Terra), emoções (Sol), mente (Lua), vigor (Marte), imaginação (Netuno), senso de análise (Urano), afeto (Vênus), tristeza (Saturno), felicidade (Júpiter), senso de lógica (Mercúrio), senso de desapego (Plutão). Tome o meu dia inteiro (Alvorada, Meio Dia, Pôr do Sol, Meia Noite) e minha noite inteira.
Oferendas à Devi Neste ritual qualquer coisa pode ser oferecida à Devi quando Ela estiver sentada no centro do Yantra. Toda tradição tantrica insiste em que o sacrifício animal deve ser oferecido à Devi. O mantra Svaha ao final de uma seqüência de Bija (5) mantras indica este sacrifício. Se um animal for oferecido, diz-se que este deve ser macho. Isso é porque o sadhaka ou mago é considerado como masculino. O maior sacrifício é o de um ser humano, e apenas os reis podem realizar este sacrifício. Tradicionalmente, o Tantra nos ensina que o ‘Rei’ é um Vira ou Herói que está preparado para oferecer sua vida à Devi. ‘Homem’ representa orgulho ou ego. Podemos observar que outros animais representam outras qualidades egóicas como ganância, por exemplo, uma tartaruga é letargia, um touro é teimosia, etc. Num rito Kalachakra os pequenos animais do zodíaco juntamente com seus Kleshas (6) podem ser oferecidos como sacrifício.
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O Carneiro representa precipitação; o Touro é teimosia; Gêmeos são Dispersão ou falta de concentração; Câncer é isolamento; Leão é fúria; Virgem é exigência; Libra é sentimentalismo; Escorpião é reserva; Sagitário é ortodoxia; Capricórnio é criar dificuldades para si ou para o outro; Aquário é melancolia; Peixes é ilusão. Se você não oferecer sacrifício animal nas formas acima mencionadas, diz-se que a Devi toma você em substituição. São apenas os tolos que pensam que o sangue de criaturas inocentes deve ser derramado durante este rito. O sangue que você derrama é o seu próprio. Estrutura do ritual Podemos dividir o Ritual do Yantra Corporal em três partes principais: 1 a visualização interna, precedida pela ‘limpeza da área de trabalho’ 2 a invocação, acompanhada com oferendas de tudo o que é vermelho – “flores menstruais”, “sangue de animais”, “flores vermelhas”, etc. 3 o rito de fechamento, tomando a Deusa novamente para dentro de seu próprio ser e ‘colocando em ordem os restos’. Estes componentes são comuns à toda tradição Tantrica Indiana. Embora o Tantra esteja associado no ocidente com Devi ou a Deusa, existem Tantras de Shiva, Vishnu, Ganapati, Surya, Kartikeya e muitos outros aspectos do Deus e da Deusa Primordiais. Todos eles empregam a mesma estrutura para ritual [mas] há variações – por exemplo, enquanto invocamos a grande Shakti do Tempo dentro de Seu Yantra, Shiva é invocado dentro de uma pedra representando o pênis, Vishnu em uma pedra espiral (Shalagrama), Ganapati em uma pedra vermelha, etc. ,etc. Porém qualquer que seja a base, a dinâmica do ritual permanece a mesma. É importante não se enganar a respeito do ritual. No ocidente, onde há uma relativa ausência de ritual, os esotéricos tendem a pensar que o simples fato de fazer um ritual realizará o que é desejado. Isso pode até mesmo ser justificado ao se chamar o ritual de ‘encantamento’. Contudo um ritual é iconográfico. Sua forma e estrutura nos informa muitas coisas sobre as pessoas que o planejaram. Por esta razão os rituais não devem ser alterados indiscriminadamente. Tão profundo pensamento e ponderação a respeito da estrutura e componentes de um ritual são uma necessidade para um Tantrico. Apesar de tudo, muitos milhões de pessoas comuns na Índia realizam rituais Tantricos sem qualquer compreensão da sua dinâmica. Isso significa que as pessoas estão medindo círculos mágicos, realizando rituais de banimento, utilizando Yantras. Assim você deve examinar muito cautelosamente a estrutura do Ritual do Yantra Corporal com todos os seus elementos para uma compreensão sobre seu propósito e objetivos. Considerá-los meramente por seu valor nominal é perder seu objetivo principal. (7)
Amuleto da Grande Deusa do Tempo Você pode ler este amuleto ou armadura durante o rito como uma oferenda à Deusa instalada no Yantra. De outra forma, ele pode ser escrito sobre o papel, e a Deusa ser instalada nele, para que este seja mais tarde carregado junto à pessoa. 43
De outro modo ele pode ser utilizado como um rito de proteção geral quando recitado no instante de um dos quatro crepúsculos. Om Possa Shiva com Sua Shakti do Tempo me proteger em meu coração! Possa a Shakti do Conhecimento proteger o meu cérebro! Possa a Shakti da Ação proteger meus genitais! Nila Shakti protegei meu cérebro, Pita Devi protegei minha fronte! Malini-Devi, dançai em minha língua! Asita Devi, protegei minha garganta! Possam Harina Devi e Karbura Devi proteger e guardar meu ânus! Possam Arunashakti e Raktadevi proteger meus genitais! Possam as sessenta e quatro Yoginis proteger e guardar meus membros sempre e em todo lugar! Que o alvorecer me proteja no Leste! Que o pôr do sol me proteja no Oeste! Que o meio-dia me proteja no Sul! Que a meia-noite me proteja no Norte! Possa a Shakti da Vontade me proteger acima e abaixo! Om Hrim Shrim Krim Parameshvari Svaha!
Operação com Mnemônica e Seu Significado Este é um Portal para o Laboratório: dentro existe uma sub ciência: Associação de Pensamento. Se você operou sinceramente com o material dos documentos do primeiro grau, você deu um início. Esperançosamente você já aperfeiçoou a técnica mínima. O conteúdo da memória da maioria, ou de muitas pessoas, está associado aleatoriamente. Cada pessoas é diferente. Para uma pessoa ‘repolho’ pode estar associado aos prazeres do campo. Para outros ele pode evocar a memória dos jantares na escola. Muito daquilo que passa por ‘totalmente desperto’ consiste de uma seqüência de associações aparentemente aleatórias. Começamos a pensar em uma coisa, e antes que saibamos o que aconteceu, nosso pensamento divergiu e se foi em uma multiplicidade de direções. Não há razão para tentar parar o fluxo dos pensamentos. Você deve simplesmente observá-los muito minuciosamente. Faça isso diariamente. Assegure-se de registrar os detalhes em seu diário mágicko. Uma dica para isso é que algo observado, ouvido, tocado, cheirado, saboreado, pode deflagrar uma cadeia inteira de associações internas que ‘trazem de volta o passado’, e portanto uma ponte de memória. Lembre-se: A palavra não é a coisa, mas apenas um rótulo para ela. O mapa não é o território! O seguinte exercício é dado de forma que se possa obter intuição dentro da associação de pensamento. É bastante possível através deste método memorizar uma lista com 100 palavras ou coisas facilmente, dentro de um período de não mais de 15 minutos à meia hora.
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Ao invés de rimar números de 1 a 10 como anteriormente, nós transformamos os números de 11 à 100 ou mais, em palavras atribuindo à cada dígito uma consoante. 1=t, 2=n, 3=m, 4=r, 5=l, 6=d, 7=c,k, 8=f,v, 9=p,b, 0=s,z. Fazendo isso podemos inserir vogais para conectar as palavras aos números, p.ex., 11=tEAt, 12=tIn, 13=tOmE, 14=tAr,etc., etc. Agora é fácil usar estes deflagradores do mesmo modo como antes. Este método também pode ser usado para memorizar longas séries de números. 123273024641 = tIn mAn cOmEs in rEd rat Quando você tiver preparado sua lista de deflagradores até 100 descubra algum modo de usá-las positivamente. Você pode memorizar os significados das 78 cartas do taro, os 64 hexagramas do I Ching, qualquer coisa que você deseje. Você deve estar agora numa posição de expandir este sistema para outros usos no campo da memória e isso também se mostrará que vale a pena dispender algum tempo considerando que significado ele tem no campo da associação de pensamento.
Os Cinco Kleshas Leia isto Três Vezes: As Cinco Obstruções que carregam a Dor As Causas da Origem de Problema e Conflito Ignorância-Ego-Aversão-Apego-Agarrar-se à Vida “Através dos laços quíntuplos chamados Kleshas, Shankara prende os pashus. Ao ser bem servido pela devoção, Ele próprio é seu libertador. Os cinco Kleshas que se tornaram grilhões são a Ignorância, Ego, Aversão, Apego, Agarrar-se à Vida.” (Linga Purana, II, 9) Trabalho prático com estes cinco bloqueios é um grande segredo da tradição Nath. Esta parte de seu trabalho se origina de uma tradição muito antiga e central dentro do Sampradaya (ou linhagem de iniciação). Os 5 Obstáculos devem ser combatidos individualmente, e suas ramificações emaranhadas dentro de nós devem ser o objeto de repetida meditação e estudo. Este trabalho é muito interno. Se você ainda não possui uma cópia do Yoga do Crepúsculo você deve obter uma. 1. Ignorância Esta pode assumir muitas formas. Por exemplo, achar que nós sabemos o que é real quando não temos base para tal pensamento. Lembre-se dos cinco prazeres sensoriais de um Cavaleiro de Shambhala: os cinco sentidos refinados e despertos. Como um produto condicionado é certo que você sofre num grau maior ou menor de uma droga chamada 45
hipnose. Seus sentidos estão lentos e rebaixados, e você sente apenas aquilo que está condicionado à sentir. Este é apenas um aspecto do Bloqueio da Ignorância. Se os seus sentidos estão obscurecidos, como pode ser possível perceber o que é real ou imaginário? 2. Ego A opinião imaginária que temos de nós mesmos a qual também pode assumir várias formas. A idéia de que somos capazes ou incapazes de [fazer] algumas ou muitas coisas as quais a evidência de nossas ações contradiz. Esta opinião pode ser deflacionada (masoquismo) ou inflacionada (narcisismo). De qualquer modo ela não é verdadeira. Pergunte a si mesmo o que deu origem à tal monstro? Suas palavras, aparência, ou qualquer que seja o ‘valor’ sobre si próprio compensam tal existência interna absurda? Você é este tal ser maravilhoso que nada disso poderia de alguma forma se aplicar à você? Investigue, experimente e verifique. 3. Aversão Nada em si mesmo é horrível, mas nossa atitude mental lhe dá esta matiz. Quantas coisas lhe desgostam simplesmente porque você está condicionado? Costumes, tradições locais e éticas são todas rejeitadas pelo Kaula Nath. Se você sentir repulsa por qualquer coisa trace-a de volta à sua raiz. Como você soube que ela era horrível? Quem lhe disse? A pessoa natural agindo espontaneamente não tem necessidade de idéias condicionadas. Um dos nomes de Shiva é “Aghora” significando nada em si mesmo é horrível. Condicionados pelo Klesha aversão nós nos impomos limites artificiais. 4. Apego A falsa idéia de que possuímos qualquer coisa. “Isto é meu”. Identificação com todo tipo de idéias, coisas, pessoas. A inabilidade de perceber que tanto nós somos uma parte da natureza quanto as coisas as quais declaramos serem nossas. A inabilidade de perceber que é aquilo que necessitamos - mais do que aquilo que queremos – que é importante. 5. Agarrar-se à Vida Recusa em se submeter à leis naturais. Tentar fazer dois virar três ou recusa em aceitar o inevitável. Falta de habilidade em entregar-se, ou render-se. Isso tem muitos efeitos colaterais indesejáveis, incluindo a inabilidade de nos entregarmos à qualquer coisa ou qualquer pessoa. Trabalhar estes Obstáculos é um elemento essencial do Ensinamento de Sabedoria da Amookos. Agora é a hora de começar à dissolver os cinco kleshas com seus emaranhados. Você não pode ser um mestre até que tenha enfrentado os Obstáculos em si mesmo, e não pode se aplicar magia(k) sobre eles. Os Kleshas se aplicam em muitos níveis e são de fato as sombras horríveis dos elementos puros. Nós discutiremos isso mais profundamente no capítulo três. Alcance a essência deles e você estará livre deles.
O Múltiplo Acorde Humano Podemos ver a estrutura humana como contendo uma multiplicidade de instrumentos de corda, cada um dos quais vibrando em uma certa forma. Muitos serão considerados pelo sábio como estando fora de afinação. Em alguns casos esta desarmonia pode arruinar o todo.
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Músculos desnecessariamente tensos podem roubar a energia de uma pessoa. Na maioria dos casos os grupos musculares que estão tensos de forma crônica ficarão inconscientes - isto é, não os percebemos. Estas tensões, julgadas como um coletivo ou agregado, formam couraças, teias ou tipos que podem não permitir livre expressão e impedem a entrada e saída de fluxo da mãe natureza em suas muitas formas. Teias ou couraças caem em grupos distintos de acordo com a Ciência do TempoRespiração. Vide a seção sobre Conhecimento do Tempo no documento do primeiro Grau: popularmente isso é conhecido como o horóscopo de um indivíduo. Esta matéria é discutida com alguns detalhes mais adiante e no livro Astrologia Tantrica (vide bibliografia). Uma abordagem individual baseada em conhecimento preciso é essencial. As couraças caem em duas categorias dependendo de sua relação com o Sol e a Lua; Duro e Macio. As três Shaktis do Sol, Lua e Fogo em uma pessoa formam uma tripla oitava de modo que o que estiver estruturado nas tensões corporais é também refletido intelectualmente e nas emoções. Por estas razões uma abordagem puramente intelectual ou unilateral aos problemas, patologias e condicionamentos falhará. As tendências à armar a couraça surgem com o nascimento. Nunca devemos esquecer que nós somos, na terminologia Tantrica, Heroínas e Heróis. A tradição interna e oral é a de que Yoginis e Shaktis existem simplesmente para o propósito de manter nossas mentes fora destes problemas. Tal resolução é da maior importância, uma vez que estamos no caminho do retorno. Por que é dito que o caminho Kaula Nath é tão estreito quanto a lâmina de uma navalha? É porque nós estamos intencionalmente nos posicionando como Heroínas e Heróis em uma batalha que devemos vencer, mas que a pessoa comum não consegue nem mesmo encarar.
Academia de Simbolismo O Significado de Dattatreya (Os iniciados da AMOOKOS receberam uma cópia do Dattatreya Upanishad, traduzido em inglês, e publicado na Adyar Library Series.(8) ) Upanishad significa doutrina secreta ou esotérica – conhecimento oral. Diz-se haver cento e oito Upanishads, sendo este um número ideal. O Dattatreya Upanishad é assimilado ao quarto ou assim chamado Veda Mágicko – Atharva Veda. Veda significa conhecimento ou sabedoria ritual. Um Upanishad pode não ter nada a ver com religião. Ou ele é conhecimento mágicko genuíno, ou, em alguns casos uma tentativa de imitar o artigo genuíno. Muitos Upanishads apresentam um corpo integral do conhecimento esotérico mais alto ou espiritual dentro do espaço mais resumido. Crê-se que Dattatreya seja um ser iluminado que foi o primeiro à explanar os Agamas e Tantras. Ele é o alegado autor do Avadhoot Gita e o promulgador do Shri Vidya. Ele é o Guru ou a figura do Guia de toda a Índia, o protótipo de todos os Yogis e Sadhus, e o legendário fundador dos Naths. Ele é mencionado em textos sagrados, tais como os Upanishads, Puranas e Tantras. No Shrimad Bhagavata uma grande seção trata dele como Avadhoot.(9) Imagens modernas de Dattatreya muitas vezes o apresentam vestido. Isto bajula um puritanismo e modéstia
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modernos, pois já há muito tempo e por tradição sempre se fala dele como estando completamente nu. Existe uma sabedoria integral em sua nudez. A palavra sânscrita é digambara, significando vestido com as direções do Espaço. Muitas lendas estão associadas à ele, embora muito pouco tenha sido desde então traduzido para o inglês. Muito freqüentemente diz-se que ele aparece para as pessoas estando nu, mascando betel (uma planta asiática), com uma Shakti nua em seu colo à esquerda, comendo carne de porco e bebendo vinho. Podemos aprender com isto que ele é uma figura pouco tendo a ver com ortodoxia. O porco é abominado na Índia. Os ortodoxos dizem que o vinho está sob a maldição de Brahma. A nudez é proibida pela Mão Direita ou Ortodoxa. Datta é o eterno Shaman, o próprio Shiva, rejeitando todas as regras inúteis e vivendo de acordo com sua própria Verdadeira Vontade ou Lei. Isto é Svecchacharya – o Caminho da Própria Vontade. Pelo menos mil anos antes de Buda, diz-se que o Senhor Datta alcançou a iluminação sob a Árvore Audumber. É possível que esta lenda antiga tenha dado origem à estória budista. A imagem de Dattatreya pode nos dizer algo sobre sua importância e significado oculto. Ele possui três cabeças, seis braços, está de pé sobre o mundo, está ladeado por uma vaca, e está rodeado por quatro cães. Ele calça padukas (sandálias de madeira) vermelhas. Seus seis braços portam o tridente, disco, concha, lotus, cetro, pote de água.
O significado interno destes símbolos Os três Gunas, ou qualidades – as três cabeças. Brahma - Santa Criação. Vishnu – Santa Conservação. Shiva – Santa Dissolução. Tridente – três olhos e três gunas. Concha – espiral levogyrate(?). Disco – cosmos. Cetro – soberania. Lotus desenvolvimento da expansão do Cosmos. Pote de água – a vasilha do Sadhu. Vaca – Shakti. O Cosmos Mundial. Os quatro cães – as quatro direções de Bhairava ou Shiva. A imagem integral representa um indivíduo ou ser humano que combina todas as coisas, todas as condições, todas as palavras, todos os estados – em outras palavras, um Realizado. Ele está livre de todas as condições mundanas – portanto ele está nu, movendose pelo mundo ou permanecendo parado de acordo com sua Própria Vontade. Então ele é o Mago supremo. O Shaman Cósmico. Hoje Datta é freqüentemente adorado ou venerado como um deus. Este processo sempre acontece com as pessoas na Índia. Datta é especialmente popular nas regiões Saurashtra e Maharashtra. No sul da Índia ele é o foco de um culto puramente devocional.
A Academia dos Cinco Sentidos Você deve levar muito a sério as práticas descritas aqui e fazer esforços conscientes para manter-se dentro do programa de seis meses. A palavra “Academia” é derivada de Akademos, um semideus grego que deu seu nome ao jardim no qual Platão ensinava seus seguidores. Agora ela indica um local de estudo, um colégio ou uma universidade.
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Os Tantricos desenvolveram cinco símbolos para representar aquilo que o ocultismo ocidental chama de os cinco elementos.(10) Durante um dia de 21600 respirações, símbolo do Macrocosmo-Microcosmo, um elemento em particular pode ser mais poderoso que qualquer outro, como nós vimos com trevas e luz no capítulo um. Assim que o poder de um elemento cresce, também assim ele decresce, e o próximo elemento na seqüência se torna influente. Toda coisa sujeita ao tempo é composta desses cinco elementos, quer a ‘coisa’ esteja morta ou viva. Assim o corpo de um humano vivente e um cadáver são ambos compostos dos cinco elementos. É apenas quando o Triângulo Divino da consciênciadesperta penetra na Coisa que ela se torna animada ou viva. Esta é uma base para as nossas cinco setas florescentes da AMOOKOS, as quais você recordará a partir do Rito do Pentagrama do Primeiro Grau. As setas são os cinco sentidos, compostos pelos cinco elementos. Uma seta simboliza força indo para fora, a seta florida representa um movimento Interno e um movimento Externo. Quando o Triângulo ou Consciência Desperta penetra, então as cinco Setas ou Sentidos florescem. No terceiro grau os nomes e poderes destas cinco Grande Deusas ou Maha Shaktis são revelados. O trabalho nas cinco Academias consiste em assegurar que os seus sentidos ou instrumentos ou Shaktis estão carregados até o limite com a divina energia de Shiva ou Consciência / Desperta. Em outras palavras, você deve transformar galhos secos em ramos floridos. A importância desses exercícios não pode ser negligenciada. Eles formam um fundamento indispensável para nossa própria Cidade De Shambhala ou Maha Zonule.
O Mahazonule Microcósmico Para compreender o propósito do exercício de seis meses é necessário introduzir mais alguns conceitos. Nós consideramos Shiva-Shakti como fundamentalmente inseparáveis, uma unidade. Esta é representada pelo Bindu ou ponto no centro de um triângulo com seu ápice para baixo. Shiva é o Bindu de Consciência-Desperta, Shakti é o triângulo formado por Iccha (Vontade), Jnana (Conhecimento) e Kriya (Ação).
Estas três Shaktis juntas constituem a Deusa Tríplice, algumas vezes chamada Lalita (Aquela que Brinca). Estas três simbolizam os três Gunas ou Fios ou Qualidades Primordiais, a partir dos quais é tecido o Cosmos – Reconciliador (Fogo), Ativo (Sol) e Passivo (Lua). Por meio de mútuas combinações estes três criam a manifestação integral.
Maya – Deusa da Ilusão Por causa do enorme número de combinações e recombinações possíveis, a Consciência Desperta (Shiva) pode parecer se tornar identificado, condicionado e confuso. Esta ilusão e desilusão é chamada de Maya – às vezes personificada por uma Deusa muito persuasiva. Ela também é chamada de Kanchuki Devi, isso é, a Deusa dos Véus. Estes são quíntuplos em número, as assim chamadas cinco limitações. 1 de Ação (Kriya Shakti limitada) 2 de Conhecimento (Jnana Shakti limitada)
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3 pelo Desejo (Iccha Shakti limitada) 4 pelo Tempo 5 pelo Destino Através das inúmeras combinações e recombinações possíveis, o indivíduo se esquece que ela(e) é Shakti-Shiva e considera a si mesma(o) como sendo um indivíduo limitado (Purusha) com uma certa natureza (Prakriti). Esta certa natureza, um reflexo ou sombra ou falsa imagem de Shakti, possui um instrumento mental que é por si mesmo também um reflexo das Shaktis Iccha, Jnana e Kriya. Por exemplo, o “eu”, ou ego, ou identidade pessoal (Ahamkara) é o reflexo de Iccha, e faz o Indivíduo pensar que tudo o que existe pode ser possuído por ele(a) – ao invés de Shiva-Shakti. A Mente (Manas) é o principal fator relativo à associação de pensamentos, causada pela impressão dos sentidos. A Inteligência (Buddhi) é aquilo que compreende o significado das impressões sensoriais externas ou internas. Os cinco elementos estão organizados como um veículo de Shiva-Shakti. Eles são animados pelo triângulo de Consciência Desperta, com poderes de ação e poderes de sensação. Os cinco poderes de ação são Excreção, Sexualidade, Compreensão, Movimento e Fala. Os cinco poderes de Sensação são o Olfato, Paladar, Visão, Toque e Audição. Por meio destes dez instrumentos um ser humano é capaz de se mover pelo mundo e sentir as cinco impressões: Aroma Paladar Visão Toque Som As cinco impressões que vão dando voltas sem parar Estas cinco impressões, unidas aos três reflexos das Shaktis Iccha, Jnana e Kriya constituem o Corpo Sutil, que pode sobreviver à morte física. Lembre-se à todo momento de sua unidade com Shiva/Shakti. Se você esquecer, ou [conforme] nossa terminologia estiver condicionado à esquecer esta unidade com Shiva/Shakti, o influxo das impressões sensoriais poderá criar uma nova Maya ou confusão. Assim termina a discussão sobre os trinta e seis Tattvas do Tantrika tradicional.
Trabalho Prático A experiência mostra que muitas pessoas cessam de estar conscientes de seu ambiente já em uma tenra idade. O instrumento mental possui uma tendência peculiar de construir imagens internas, muitas vezes associadas aleatoriamente à outras imagens internas, e compostas de descrições verbais. Estas por sua vez, atuam a fim de evitar uma sensibilidade maior. Como um exemplo, nós temos a palavra ‘vermelho’ e a maioria das pessoas poderia dizer que elas entendem em qual cor esta palavra implica. Ainda assim manter o conceito de ‘vermelhidão’ pode nos fazer inconscientes sobre as possíveis graduações. Nossa linguagem é construída de tal forma que nós geralmente ignoramos os tons de vermelho. Nossa concepção inerna sobre muitas palavras pode nos fazer ignorar a evidência dos nossos sentidos. O mapa não é o território. Uma palavra pode evocar lembranças de uma imagem interna do objeto que ela representa, e ainda assim as imagens internas podem se diferenciar para cada indivíduo, e podem ser associadas aleatoriamente com muitas outras imagens e objetos.
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O curriculum que segue tem o objetivo de explorar as limitações e condicionamentos que devem ser destruídos antes que o trabalho posterior possa proceder. É muito importante que você mantenha um registro separado e completo de suas vinte e seis semanas de experimento sensorial. O curriculum não pode terminar após vinte e seis semanas. A prática de Consciência / Desperta é parte do seu crescimento contínuo. O Rito Diário Existe um antigo rito ou ritual que o acompanhará diariamente nesta operação. Você deve realizá-lo ao despertar. Nenhuma preparação especial é necessária. Dedique de cinco a dez minutos nisto. Realize-o enquanto está deitado na cama, logo que despertar. Com os pés juntos, visualize que uma Chama de Grande Resplendor que é o Fogo no Final do Tempo, é acesa no dedão do seu pé esquerdo. Imagine esta Chama purificadora como que avançando, envolvendo seus pés e pernas até o topo de sua cabeça. Este fogo é chamado Kalagni-Rudra, ou Rudra (=Shiva=Adinath) como o Fogo consumindo tudo até o Final do Tempo. Ele purifica transformando tudo em cinzas, sendo que as próprias cinzas em nossa linhagem Adinatha são consideradas sagradas, e a única coisa digna a ser deixada quando nós saímos deste mundo de mortais. Quando todas as energias (Shaktis) cessam de existir, então o que resta ? Semana 1 Diferencie todas as tonalidades da cor cinza o quanto você puder, sempre tentando se lembrar se você viu a mesma tonalidade particular anteriormente. Semana 2 Nas conversas de outros ouça cuidadosamente o conteúdo emocional e observe quaisquer discrepâncias entre o conteúdo emocional e o significado literal das palavras que as pessoas utilizam. Semana 3 Esteja consciente do sabor de todas as comidas assim que forem consumidas. Diferencie tantas graduações de sabor quanto você puder, e observe as preferências e aversões. Semana 4 Utilize seu sentido do olfato, primeiro tentando estar consciente do fato que você possui um sentido de olfato. Semana 5 Mantenha sua consciência do chão onde você caminha, sente-se e deite-se. Semana 6 Observe as características faciais dos outros e sua reação com relação à pessoas que se assemelham à outras que você possa ter conhecido. Qual é o significado das várias linhas, rugas, tensões ? Semana 7 Ouça os sons, particularmente aqueles que emanam da parte superior do espectro sonoro. Semana 8 Coma algo que você normalmente não comeria, e obrigue-se à comê-lo regularmente até que aquilo para de perturbá-lo. Mude completamente sua dieta divergindo 51
daquilo que você geralmente come, durante esta semana. Medite sobre o significado dos alimentos comestíveis. Semana 9 Passe a distinguir as várias graduações de aroma de um espectro aromático particular – flores, pessoas, etc. Semana 10 Passe a distinguir várias texturas pelo toque de uma classe particular de coisas. Semana 11 Busque pela utilidade e projeto em qualquer coisa que venha às suas mãos. Por que qualquer coisa tem aquela forma em particular? Mova-se entre as modificações da natureza (artefatos) e a Própria Natureza. Semana 12 Ouça as características vocais nas pessoas. Qualquer voz que venha à seus ouvidos é suave, profunda, lamuriosa, agressiva, etc? O que a voz lhe diz sobre o ser interior? Semana 13 Como é a natureza de um objeto alterado por seu ambiente? Semana 14 Ouça os sons que emanam da faixa mais inferior do espectro audível. Semana 15 Sinta seu corpo. Como as tensões musculares afetam a forma ou vigor de seu corpo? Faça uma lista no seu diário. Procure as tensões ou a ausência delas nos corpos dos outros. Semana 16 Diferencie as graduações do azul. Registre cada ocasião em que você descobrir um novo tom, e onde/quando isto ocorreu. Semanas 17-20 Repita os experimentos das semanas um a quatro. Semanas 21-25 Elabore para cada uma destas semanas um experimento baseado em Visão, Toque, Aroma, Paladar e Audição respectivamente. Semana 26 Combine as suas vinte e cinco semanas usando a data em que você as reuniu, através de profunda reflexão sobre o significado dos cinco sentidos, e quaisquer possíveis implicações.
A Palavra ‘Nâtha’ Esta é uma palavra em Sânscrito que significa Senhor ou Mestre, Senhora ou Mestra, dependendo se o ‘a’ final é curto ou longo. É uma convenção em nossa Ordem omitir o ‘a’ final e pronunciá-la como um simples Nath. Isso implica que somos também, como membros da AMOOKOS, iniciados do antigo Nath Sampradaya ou linhagem de Tradição Oral. Nós usamos este título com orgulho, porque ele não é um rótulo vazio.
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Festivais e reuniões Existem festivais de ambas as Tradições Oriental e Ocidental. Os principais são o Equinócio da Primavera (Ar), o Equinócio de Outono (Água), o Solstício de Verão (Fogo), o Solstício de Inverno (Terra), Guru Purnima (Dia de Lua Cheia do Guru – geralmente caindo no final de Julho) (Espírito). Notas (1) (2) (3) (4)
Astrologia Tantrica é publicado pela Mandrake Vide página 69 Vide página 51 Isto pode parecer surpreendente aos astrólogos convencionais, porém em nossa astrologia Tantrica os aspectos de quadratura são fortes e altamente significativos, representando os quatro crepúsculos. (5) Bija mantras são a semente ou essência de uma divindade na forma de som. (6) Para maiores informações sobre os Kleshas, ou bloqueios ao nosso objetivo de consciência desperta, vide página 54 (7) Isso se aplica com força igual às amostras de ritual traduzidos do Sânscrito para o Inglês (8) Dattatreya Upanishad (9) Avadhoot é alguém que se livrou dos sentimentos e obrigações mundanos (10) A Sociedade Teosófica, inaugurada pela Madame Blavatsky, e profundamente influenciada pelo Hinduísmo, incorporou à granel muito conhecimento sem estar realmente consciente de seu significado. Como resultado a Sociedade Teosófica publicou um livro chamado Forças Mais Sutis da Natureza, lidando com estes assim chamados 5 Tattvas. Muito da informação neste livro foi posteriormente adotado pela Ordem Hermética do Áureo Alvorecer, e em segunda ou terceira mão, se tornou a base para muitos de seus experimentos com visualização por skrying. A informação contida neste documento é oriunda das fontes Tantricas originais.
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O Terceiro Grau: Artesãos e Artesãs Simbolismo do Grau Colher de Pedreiro: Utilizada na construção de nossa Loja ou Templo Externo da Ordem do Pavão. Todos os nossos pensamentos e obras devem ser construtivos e práticos. É você quem tem que desenvolver a nossa Arte para o bem de todos os seres humanos. Isto não pode ser feito em um dia. Você terá que reunir tudo o que necessitar. Esta é a preparação adequada. Então você necessitará fazer o fundamento. Gema: Topázio. Cor: Amarelo. Lingam: Argila. Você deve moldá-lo por si mesmo. Estudo particular: Estabelecimento das Construções de Zonule e artefatos de Vontade e Brilho de Genialidade(?). Neste grau era pedido aos membros da AMOOKOS empregar sua arte para construir um item útil para a Grande Loja (Londinium Shambhala I). Colar: 12 contas, feitas de argila. Nome do Zonule: Loja Misteriosa. Animal: Cavalo Branco. Este é o veículo de Kalki. Local de Reuniões: Salas de Trabalhos. O Viajante Demora um pouco para ensinar os Artesãos e Artesãs. Os Caminhos do homem que duvida e não tem Conhecimento e Intuição verdadeiros são sempre confusos e o conduzem à escravidão a partir da qual deve suceder a queda.
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Os mestres são poucos mas os escravos são muitos; apenas o Povo Cósmico pode penetrar os mistérios para obter conhecimento do mundo e do espaço. A partir de sólidos Pensamento e Intuição do Espírito surge a Magia(k) Dinâmica e no Oráculo das Mudanças nós penetramos em nosso Futuro Cósmico. Não pode haver escuridão sem luz e todas as coisas se tornam significativas por meio de seus opostos; mesmo as estrelas são iluminadas pelo combustível da fantasia. Obediência ao Senhor Cósmico da Vida é viver compreendendo a Eterna Lei Viva do Cosmos e sua Eterna Mudança de Contraste. Existem lugares secretos da mente e o poder está nas profundezas do próprio ser da pessoa, mas quem sondará para além do alcance da sórdida vida mundana? Dessa forma os magos utilizam a Mudança para se livrarem de todas as limitações mundanas , pois seu domínio real é o Cosmos Prazeiroso Ilimitado.
Operando no Grau O Rito de Maha Zonule Abertura Faça um quadrado de qualquer tamanho adequado e através de qualquer meio apropriado. Neste rito a nudez é um pré requisito. Oito pratos devem ser colocados nos pontos cardeais e intermediários (Norte, Sul, Leste, Oeste e Nordeste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste). Um prato extra deve estar presente no meio, cheio de água pura, junto com uma flor branca e outros acessórios. Sentado, olhando para o Leste, deve-se visualizar no Leste, então no Sul, Oeste, Norte, Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Noroeste, um Shambhala-Vajra do mais puro brilho, e com cada um deve-se dizer em voz alta ou mentalmente ‘Phat’. Diga: ‘Eu saúdo a linhagem de Adinathas, e lanço o círculo de brilho do Semen. Possa esta Ilha ser Estável , e a Paz de Om residir aqui!’ Visualize-se como um Shambhala Vajra. Em sua cabeça posicione Om; em seus genitais, posicione Nam; em sua mão direita posicione O; em sua mão esquerda posicione Shiv; em seu pé direito posicione A; em seu pé esquerdo posicione Ya. Repita três vezes. Medite em seu coração sobre o Senhor Primordial, Nu, Branco como Neve. Ofuscante, com dois braços e três olhos, ambas as mãos segurando um diamante Shambhala Vajra, estando sentado sobre uma flor branca em uma ilha da AMOOKOS, no centro de um Oceano de Néctar, o Senhor da Magia(k) do Yoga, o Mestre do Yoga do
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Crepúsculo, a Semente do Passado-Presente-Futuro, o Quarto, Conhecedor-ConhecimentoConhecido, o Adinatha. Nos quatro pontos do Leste, Sul, Oeste e Norte estão Seus Lingas de Cristal de Quartzo Rosa, Rubi, Safira e Esmeralda. Nos pontos intermediários estão quatro montes da mais pura cinza. Seu brilho é tal que um Pilar de Luz Branca se estende de Sua Cabeça até o Céu, e para baixo, através da Ilha, até o Submundo. Diga: Eu me curvo perante aquele Meru Lingam na Forma de Consciência, Senhor e Adinatha da AMOOKOS e dos Naths. Pegue uma flor branca, visualize Adinath em sua respiração, expire sobre a flor, coloque a flor sobre a superfície da água-néctar à sua frente. Diga Om Hamsa So Aham (1) e Eu me curvo perante Adinatha na Ilha de AMOOKOS no Centro do Oceano de Néctar. Pegue um prato em sua mão direita e derrame Nectar nos pratos vazios na ordem de Leste, Sul, Oeste, Norte, Sudeste, Sudoeste, Noroeste, Nordeste. Use todo o líquido. Diga Om Hamsa em cada ponto. Este é o supremo rito do Maha Zonule. Neste ponto pode-se oferecer prazer e substâncias à cada um dos oito pontos. Se fizer assim, nenhum deve ser negligenciado. Outra Magia(k) do Yoga adequada pode então tomar lugar. Fechamento Na ordem reversa esvazie os conteúdos dos oito pratos dentro do prato central. Mais uma vez diga: Om Hamsa So Aham eu me curvo perante Adinatha.
Pegue a flor e aspire sua essência de volta para dentro do seu ser. Medite silenciosamente por algum tempo. O néctar no prato é água santa, e pode ser utilizada como tal. De outra forma, um pouco poderá ser bebido, e o restante derramado nas raízes de uma planta ou uma árvore. Ou poderá se lavar com esta. Notas Este Rito de Maha Zonule poderá, se preferível, estar restrito apenas à magia(k) mental. Em tal caso Adinatha se torna o Senhor da Magia(k) Protetora, e pode ser meditado desta forma caso estiver em qualquer dificuldade. Em tal caso a oferenda pode ser feita com os cinco objetos dos sentidos, comida, alento, bebida, prazer sexual, fala, pensamento, tudo. Realize este Rito de Maha Zonule diariamente da melhor forma, ou então semanalmente. Em todos os casos ele deve ser realizado durante uma reunião de Zonules locais.
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A Magia(k) dos Cinco Elementos Visualize os quatro quadrantes de seu Zonule como segue: Lado Leste: Deusa Dirigente: uma Mulher nua sentada em união sexual com um homem. Sua cor é amarelo. Lado Sul: Deusa Dirigente: uma Mulher nua sentada sobre um Leão. Sua cor é vermelho. Lado Oeste: Deusa Dirigente: uma Mulher nua sentada sobre uma Águia. Sua cor é azul. Lado Norte: Deusa Dirigente: uma Mulher nua sentada sobre um Touro. Sua cor é verde. Lado Superior ou Todo Penetrante: Devi Dirigente, uma Mulher Nua situada sobre uma Esfinge. Sua cor é ultra-violeta. Shaktis Secundárias A Devi de cada elemento possui Shaktis secundárias; estas por sua vez possuem suas próprias shaktis secundárias. Na forma elas são como a sua Shakti dirigente, e sentam-se sobre um veículo de certa forma similar àquela Adi (primordial) Shakti. Os Yantras da Devi de cada elemento são coloridos de amarelo, vermelho, azul e verde respectivamente – isso é, eles contém as cores da deusa dirigente, com suas cores complementares. A Adoração das Deusas do Portal – Os Quatro Crepúsculos Ar _ Esta Devi, com todas as Suas Shaktis secundárias, pode ser empregada em magia(k) para Conhecimento. Suas Shaktis secundárias, 1,2,3 e 4 são as Shaktis dos Quatro Ventos do Leste, Sul, Oeste e Norte. Elas são o Ar do Ar, Fogo do Ar, Água do Ar, Terra do Ar, e assentam-se sobre um homem amarelo, vermelho, branco e negro por sua vez. Suas Shaktis secundárias assentam-se sobre membros das espécies de símio e macaco. O Yantra deve ser gravado em ouro.
Este é o Yantra para ser utilizado na magia(k) das quatro Deusas dos elementos mundanos:
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O Yantra da Devi da Esfinge Esta é a forma do Yantra para a Deusa presidindo a esfinge ou Deusa do Éter. Ele possui 64 divisões e sua cor é púrpura. Estes quadrados contendo as Shaktis são os 64 hexagramas do I Ching e as 64 Yoginis. Melhor ainda, este Yantra deve ser gravado em cobre e ouro, e embrulhado em pano vermelho. Fogo _ Esta Devi, com todas as Suas Shaktis secundárias, pode ser adorada para Submissão ou Atração. 1,2,3 e 4 são Ar do Fogo, Fogo do Fogo, Água do Fogo, Terra do Fogo. Ela própria é Fogo Composto. As Shaktis secundárias são todas similares à sua Devi Composta Presidente, mas assentam-se sobre uma Cheetah (*), um Tigre, um Leopardo e uma Pantera respectivamente. As Shaktis secundárias destas quatro sentam-se sobre outros machos carnívoros. O Yantra deve ser gravado em cobre. (*) um animal selvagem Água _ Esta Devi, com todas as Suas Shaktis secundárias, pode ser adorada magicamente para Paz, Fama e Boa Sorte. 1,2,3,4 são Ar da Água, Fogo da Água, Água da Água e Terra da Água. Elas estão reunidas em torno de sua Deusa Presidente, e sentam-se sobre um Falcão, um Falcão (*), uma Águia do Mar e um Abutre. As Devis secundárias destas Quatro sentam-se sobre vários tipos de peixe, insetos, anfíbios e répteis. O Yantra deve ser gravado em prata. (*) seria um outro tipo ? Terra _ Esta Devi, com todas as Suas Shaktis secundárias, pode ser adorada para Parar Coisas, Encontrar Tesouro Escondido, Crescimento e Fertilidade. 1,2,3,4 são Ar da Terra, Fogo da Terra, Água da Terra e Terra da Terra. Elas são como sua Líder, porém estão sentadas sobre um Cavalo, um Bode, um Camelo e um Búfalo. Suas formas secundárias sentam-se sobe roedores, animais que vivem em tocas, toupeiras, doninhas, etc. O Yantra deve ser gravado em chumbo. O Crepúsculo Composto – Devi da Esfinge _ Todas as Suas Shaktis são de cor Ultravioleta, e por convenção diz-se que existem 64 delas. Elas são da natureza de emanação e radiação, e podem viajar no Ar, na Terra, no Fogo ou na Água sobre suas Bestas ou Veículos ou Cavalos que são como Esfinges ou Criaturas Compostas como Grifos, Moebius (?), etc. Elas são chamadas Lady Gamma, Lady Ion, Lady Charm e assim por diante. 58
As formas femininas de todos estes veículos são as próprias Yoginis e podem e devem ser tratadas com respeito. Existem milhares de milhões de outras Shaktis, cuja natureza depende das proporções dos Cinco Elementos.
O Rito de Proteção – o Amuleto ou Armadura dos Elementos Om ! Possa o Éter permear o meu Ser ! Possa o Ar me proteger no Leste ! Possa o Fogo me proteger no Sul ! Possa a Água me proteger no Oeste ! Possa a Terra me proteger no Norte ! Possa A Dourada com suas hostes de Shaktis secundárias me proteger em meu pensamento ! Ar: Medite sobre a Deusa do Leste, plena de luz dourada, muito bela, de pele clara, vestida de espaço, com três linhas de turmeric (?) marcadas sobre Sua testa, circundada por uma auréola como o sol nascente, Sua mão direita indicando o [gesto de] conceder o conhecimento, Sua mão esquerda segurando o Vajra Shambhala, portando tornozeleiras, braçadeiras, braceletes e com uma grinalda de flores amarelas, sentada em união sexual com um homem, uma brisa suave movendo Seus cabelos, a encarnação do Ar. Diga: Possa a Verde, Rodeada pela Miríade de Mamíferos, proteger minha boca e minha garganta! Terra: Medite sobre a bela senhora no Norte, uma garota amável, vestida de espaço, portando todo tipo de gema preciosa, com uma grinalda de folhas, usando tornozeleiras, braçadeiras e braceletes cravados de esmeraldas, em uma vasta pastagem com belas árvores, segurando em Sua mão direita um feixe de trigo, e em Sua mão esquerda um Vajra Shambhala esmeralda; sentada sobre um poderoso touro, a encarnação da Terra. Diga: Possa a Úmida com suas hordas de Peixes, Répteis e Pássaros proteger meu abdômen! Água: Medite sobre a Deusa no Oeste, a bela donzela, vestida de espaço, olhos como poços profundos, ungida com pó de pedras turquesa, gotejando néctar, portando braçadeiras, braceletes, tornozeleiras todos cravejados com safiras, circundada por uma bela névoa azul; segurando em Sua mão direita um Cálice de Shambhala, e em Sua mão esquerda um Vajra Shambhala safira; sentada sobre uma bela águia macho, forte e de olhar penetrante, a encarnação da Água. Diga: E que o fogo Vermelho e a Multidão de Carnívoros protejam meus genitais sempre! Fogo: Medite sobre a Deusa no Sul, cabelos negros, olhos como chamas, vestida de espaço, ungida com ungüento vermelho, usando uma grinalda de flores vermelhas e jóias e rubis, segurando em Sua mão direita uma chama, e com Sua mão esquerda segurando um Vajra Shambhala vermelho; sentada sobre um magnífico e potente leão, com garras e presas poderosas, rodeado por chamas e fogos, cujo calor incendeia o mundo, a encarnação do Fogo.
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Diga: Oh Grande Éter, Maha Shakti, com Sua centena de milhões de raios todo penetrantes, esteja em todo lugar! Éter: Eu medito sobre a Rainha do Universo, toda penetrante, toda abrangente, presente em toda parte, nua como o espaço, cravejada de safiras estrela, portando uma tríplice coroa, circundada por uma luz púrpura intensa; mostrando o sinal de doação com Sua mão direita, e segurando em Sua mão esquerda uma roda Shambhala ametista, sentada sobre uma poderosa esfinge chamada AMOOKOS Pyramidos(2); com a cabeça de um ser humano, os ombros de um leão, as asas de uma águia e os quadris de um touro, criatura composta de todos os elementos, mosaicos, a encarnação do Éter. Diga: Que os Recebedores das Oferendas me protejam nos pontos Intermediários! E possa a paz-liberdade-felicidade por ali residir!
Os Quatro Crepúsculos Períodos para cada uma das quatro Devis dos elementos em um Dia Solsticial
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1a figura: Meia Noite, Meio Dia, Alvorada, Por do Sol 2a figura: o anterior, mais Considerando 16 subdivisões de 90 minutos cada (5400”) Portanto, em um dia e uma noite existem 86400” 3a figura: I CHING 1. Jovem Yang 2. Velho Yang 3. Velho Yin 4. Jovem Yin Cada elemento permite muitas subdivisões.
Cada Devi rege seis horas. Em cada um dos quatro quadrantes Yang ou Yin está em aumento ou diminuição. Os quatro Elementos regem noventa minutos em cada período, os pontos intermediários sendo a Alvorada, Meio Dia e assim por diante. Durante outros dias do ano o cálculo é feito desenhando-se uma carta da respiração do tempo (horóscopo) para a alvorada, e usando os ângulos como sua vara de medição para os períodos corretos de práticas. Vamos expressar com mais clareza e precisão: um dia e uma noite é um ser humano. Os elementos estão em movimento; eles mudam. Devido à um dia e um ser humano serem análogos podemos aprender muito sobre ambos estudando cada um. Siga a natureza. Existe um Cosmo ! Como mostrado no diagrama o I Ching pode auxiliar muito numa apreciação destes pontos.
A Ciência da Respiração do Tempo
A alquimia de Adinatha – AMOOKOS o Shambhala ou Azoth dissolvendo tudo. Estude as páginas 280-8 de “O Grande Tratado”do I Ching. O movimento é seguido pela Inatividade, a Luz é seguida pela Escuridão. Toda complexidade é baseada nesta simplicidade. Diferentes movimentos de Yang e Yin, Shiva e Shakti, estão acontecendo o tempo todo. Nada é fixo e tudo é movimento. Yang e Yin se movem para Yin e Yang. Um estado não pode existir sem o outro. Nosso sistema Solar tal como um segmento da Infinidade do Tao não oculta este fato. O diagrama apresenta um modelo do sistema Solar. A órbita aparente do Sol e da Lua tal como vista da terra é praticamente idêntica. Contudo, mesmo para nós, Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter parecem ser Yang movendose para Yin, os outros quatro sendo Yin movendo-se para Yang. A espinha dorsal ocorre entre Júpiter e Saturno. Estes dois corpos, para o tradicionalista, são Deus e Satã. Deus – um velho benevolente. Satã – um velho sórdido. Não permita que a interpretação convencional obscureça a verdade!
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Um modelo do sistema solar:
Yang Luz Maior Yin Escuridão Maior Estes Oito Planetas possuem uma seqüência e importância definidas para nós, e em particular fazem sua aparição (moldam o ser_N.T.) no desenvolvimento da infância entre a concepção e a idade dos quatro ou cinco anos. Esta é sua ordem: Concepção: O Vazio Plutão – nós aprendemos a ficar a sós dentro do útero Cerebral Mercúrio – nós aprendemos a pensar em duplas (Mamãe e Criança) Júpiter – nós aprendemos a sugar (assimilar) Oral Saturno – nós aprendemos a mascar (ceticismo) Vênus – nós aprendemos a lançar fora (defecar) Anal Urano – nós aprendemos a controlar (não defecar) Netuno – nós aprendemos a fantasiar e sonhar Genital Marte – nós aprendemos a penetrar.
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Estes Oito Grandes Poderes podem ser vistos como um raio se desenvolvendo de Maha-Shakti (nossa mãe) rumo à função genital: a grande luz. Agora você tem que elaborar por si mesmo sobre como o modelo do sistema Solar se torna um modelo de desenvolvimento da criança, e porque a ordem é diferente para uma mulher ou homem do que para o Sol. (Obs.: voce está aprendendo rápido e progredindo bem se o seu corpo está começando à mudar). A árvore familiar da hereditariedade é um Yantra da Vida. Sol ou Pai é Rajas, Lua ou Mãe é Tamas, a Terra é Sattvas. Esta é a planta crescente da humanidade. Todas as coisas crescem do mesmo jeito. Somos parte da Natureza. Ela tem Seu próprio Plano. Podemos crescer para fora e inconscientemente (Pravritti Marg) ou para dentro e conscientemente (Nivritti Marg). A ilustração mostra nossa vida como esta árvore.
Mantra – O Poder das Palavras O Mantra Hamsa Esta parte do terceiro grau lida com os mistérios do mantra Hamsa, conhecido diferentemente como o Ajapa ou Para-prasada mantra. Diz-se que ele é a essência de Om... Diz-se que sua eficácia reside no fato de que ele é a forma do Absoluto, Sol e Lua juntos, e ele é um mantra que todas as pessoas recitam 21600 vezes todos os dias através de sua respiração. Ele é portanto a forma do tempo; como o Zodíaco tem 21600 minutos, e é um círculo completo, logo macrocosmo e microcosmo tem 21600 respirações, que é Hamsa.
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Consciência-Desperta Amookos contrastada com o indivíduo inconsciente – como nós diferimos Adormecido Pravrittamarg Tripla natureza flui para dentro
O Ser dos Cinco Elementos De múltiplas formas, as ações fluem para fora – palavras, trabalho, filhos, um verdadeiro amontoado no qual nos esquecemos de nós mesmos – ervas daninhas tornadas sementes, cultivadas no mundo. Desperto Nivrittimarg Grande Natureza Tripla Flui Para Dentro
O ser dos cinco elementos. Nós sacrificamos todos os prazeres terrenos ao Divino e retornamos à Fonte. A ilha de AMOOKOS – Cresce uma Flor
É um segredo dos Nath-Kaulas que “Tempo é Respiração”. Diz-se que Hamsa é Shabdabrahman ou o Absoluto na forma de som. Diz-se que o Senhor Shiva ou Adinath possui cinco rostos. Cada boca pronunciou mantras, tantras e yantras de forma que as pessoas pudessem ser libertadas do oceano do samsara, ou a roda do tempo. Quatro destes rostos estão nos pontos cardeais e há um rosto superior do qual procedeu o mantra Hamsa e todo penetrante. O Hamsa ou cisne é considerado como sendo o veículo de Brahma ou o Absoluto. Parahamsa é o nome dado à pessoa que alcançou aquele estado, desconhecido para nós, além de Hamsa. Hamsa é o estado intermediário ou de manutenção entre a Criação e a Dissolução. Hamsa sustenta o microcosmo, que também é o macrocosmo. A letra ‘Sa’ é Criação, e ‘Ham’ é Dissolução dentro da respiração contínua de um ser humano, esta toma a forma HA-Sa-HA. HA-Sa pela regra da gramática se torna HAMSa ou o veículo do Absoluto. Sa+HA pela regra da gramática se torna SO-AHAM (Ela ou Shiva eu sou). Este som contínuo do Absoluto está presente dentro do coração de cada homem e cada mulher. Diz-se que Hamsa é a Deusa Gayatri, semente de todos os Vedas.
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Contudo, dentro do mantra Hamsa está contida uma ciência-Nath muito antiga conectada com a inter-relação dentro do corpo humano entre o sol e a lua. A respiração é influenciada pelos vários planetas que são os raios ou bainhas do sol e da lua. Quando a respiração chega à Hamsa, que é sol e lua unidos, o tempo cessa e a pessoa está livre do Kalachakra e [tornase_?] a si próprio Shiva-Shakti. O tema do Mantra não pode ser totalmente separado do poder das palavras. Todas as palavras são compostas das letras do alfabeto. Na AMOOKOS a coletividade destas palavras é uma Grande Shakti ou Energia Feminina.
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Concepção [no] útero: escuridão nascimento: luz impressões
alimento
respiração no centro está o solo fértil O estudo do som na Academia dos Cinco Sentidos deve ter demonstrado à você além de qualquer dúvida que o que as pessoas dizem não é sempre o que elas querem dizer, ou o que você acha que elas querem dizer. “Grandes” palavras como justiça, paz, amor, inspira as pessoas para várias atividades, e você deve sempre estar atento ao fato de que uma palavra pode significar coisas muito diferentes para diferentes pessoas. Devido à este grande poder hipnótico nós chamamos [este poder_?] Deusa Maya. Medite sobre este ponto: A associação de Pensamento pode existir sem as palavras? Um fenômeno muito bem conhecido no hipnotismo é a ‘sugestão pós-hipnótica’. Quando alguém está no transe hipnótico é sugerido à esta que ao ser despertada ela realizará um ou outro ato, muitas vezes usando uma palavra como gatilho por parte do hipnotizador. Por exemplo, pode ser sugerido que ao ouvir a palavra ‘lua’ a pessoa se levantará. Tem sido observado que após uma pessoa ter realizado um ato sobre uma palavra gatilho, se lhe for perguntado o porque, em nosso exemplo, ela se levantou, esta oferecerá alguma razão muito plausível. Ela poderá dizer “eu levantei porque achei que vi alguém que conheço do lado de fora da janela” ou “eu me senti como se estivesse com vontade de esticar minhas pernas”. Não importa quantas vezes elas forem ‘deflagradas’, elas sempre produzirão uma desculpa que poderá até mesmo fazer você duvidar do que sabe. Este fenômeno é utilizado por hipnotizadores de palco, e a platéia gargalha de tal estupidez. Mas a coisa realmente passível de riso é que a maioria das pessoas realizam a maioria dos atos num estado de hipnose, e muitas vezes dão ‘razões’ plausíveis que explicam suas ações. Há Há Há . O meio de condução da hipnose pode ser (1) palavras dos outros (2) emoções dos outros (3) imitação inconsciente dos outros. O sujeito hipnotizado é de uma natureza condicionada, um robô receptivo e ingênuo cujo ser integral pode conter nada além de palavras de outras pessoas. Como Adinathas devemos fazer tentativas planejadas a fim de testar a veracidade destas declarações acima para nós mesmos, com uma mente aberta, na vida quotidiana.
Yoginis do Yantra Corporal Aqui estão as meditações completas sobre as Yoginis do Yantra Corporal. Isso desenvolve o trabalho do capítulo dois.
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Na Alvorada: Medite sobre si mesmo como unificado com Jnana Shakti Ao Meio Dia: Medite sobre si mesmo como unificado com Iccha Shakti Ao Por do Sol: Medite sobre si mesmo como unificado com Kriya Shakti À Meia Noite: Medite sobre si mesmo como unificado com todas as três, Jnana Shakti estando sentada sobre flores brancas na região de seu crânio, Iccha Shakti sobre um lótus vermelho na região do seu coração e Kriya Shakti sobre um lótus na região dos seus genitais.
Kriya Shakti – (símbolo do Espírito) Medite sobre a encarnação da Ação, negra como carvão polido, nua, com belas nádegas arredondadas e altos e grandes seios. Suas tornozeleiras e pulseiras são feitas de prata e incrustadas de safiras. Seus três belos e grandes olhos negros estão contornados com coryllium (provavelmente um tipo de mineral_?_N.do T.). Sua testa está ungida com ungüento púrpura na forma de três linhas; ela está usando dois anéis feitos de osso humano. Sentada sobre a coxa esquerda de Seu Shiva e o abraçando com Sua mão direita, como uma Deusa do Amor, segurando seu pênis ereto com Sua mão esquerda, Ela reluz com néctar, Seu belo corpo tremulando de amor. Em Seu pescoço um colar de flores azul índigo, Seu brilho e aura na cor de negro resplendor. Ao redor Dela e de Seu parceiro há cadáveres e caveiras e Ela e Seu Shiva estão ambos ungidos com as cinzas do campo de cremação.
Jnana Shakti – (símbolo da Lua) Medite sobre a encarnação do Conhecimento como tendo uma bela face e três olhos, e uma lua crescente em Sua testa. Ela é da brancura do puro cristal ou neve, ou tão branca como leite de vaca, e porta em volta de Seu pescoço um belo colar de pérolas que se assemelha à uma chuva de néctar sobre Seus belos seios altos, e Seus ornamentos são feitos do cristal mais puro. Seu belo cabelo está trançado e envolto por um ornamento circular de prata, Seus brincos são feitos de prata e cada um está incrustado com uma bela pérola; Seu corpo é gracioso e esbelto, gotículas de água se precipitam sobre Sua forma. Ela olha com amor para Seu Shiva, tocando Seu bastão de siddhi (poder) com sua mão e abraçando-o para Si com Sua mão direita, todo o Seu ser estremecendo com emoção e Amor. Perceba-os envoltos por guirlandas de flores de puro branco, sentados em um bosque de belas árvores, e rodeados de flores brancas, situado em uma ilha no meio de um lago agradável, a brisa leve suavemente agitando a árvore sob a qual eles estão sentados. Entenda que esta árvore é as letras do alfabeto. Sua semente é ConsciênciaDesperta, suas raízes são puro som. Seus ramos, que são as letras da terra penetram o mundo; suas folhas que são as letras da água abrigam os três cosmos; seus botões, as letras do fogo, a ornamentam como jóias; suas flores, as letras do ar, fazem-na bela e seus frutos, que são as letras do éter, nutrem todos os seres. Néctar puro goteja dos ramos da árvore sobre os corpos de Jnana-Shakti e Seu Shiva. Esta árvore produz frutos e flores simultaneamente, ao longo do ano.
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Iccha Shakti – (símbolo do Sol) Medite sobre a encarnação da Vontade Livre Independente, nua como o espaço, vermelho dourada como dez milhões de sóis e dez milhões de fogos de dissolução. Sua forma vermelha está tremulando de desejo sexual. Após ter se banhado Ela Se ungiu com pasta de sândalo vermelho e Seu próprio sangue menstrual. Ela tem quadris belamente arredondados e grandes seios, Seus olhos inquietos estão perdidos em desejo. Após ter abraçado Seu amor-Shiva com Sua mão direita Ela posicionou seu pênis dentro Dela e está molhada de luxúria. Em cada um de Seus belos braços existem três linhas vermelhas paralelas. Ela porta brincos de ouro, tornozeleiras, braçadeiras e braceletes de ouro. Ela usa uma grinalda de flores vermelhas e Seu cabelo está despenteado. Seus belos lábios estão levemente separados por seu desejo. Ela e Seu parceiro estão ambos sentados sobre um belo lótus vermelho, cujo caule ergueu a flor para a superfície de um oceano de sangue. Três Shaktis do Supremo Shiva Iccha
Jnana
Kriya
Hrim Vigília Vame Dameshvari Fogo Criação Rajas Lalita Conhecedor Brahma Medidor Vermelho
Shrim Sonho Jyeshta Varreshvari Sol Manutenção Sattvas Jvalamuhki Conhecimento Vishnu Vara de Medir Branco
Krim Sono Profundo Raudri Bhagmalini Lua Destruição Tamas Kali Objeto do Conhecimento Rudra Coisa a ser Medida Negro
Quatro Shaktis de Iccha Shakti :- Pita, Malini, Harina, Rakta Quatro Shaktis de Jnana Shakti :- Alvorada, Meia Noite, Poente, Meio Dia Quatro Shaktis de Kriya Shakti :- Nila, Asita, Karbura, Aruna Os significados dos nomes das oito Yogini são: Pita = Amarelo, Malinidevi = Garota [da_?] flor, Harinadevi = Verde, Raktadevi = Vermelho, Nilashakti = Indigo, Asitadevi = Negro, Karburadevi = Cinza, Arunashakti = Magenta. Vide o Yantra Corporal, capítulo dois.
Parameshvari, Maha Éter, Grande Espírito Ultima-Shakti, em união com Ultima-Shiva tem as quinze garotas-Kula (5) acima como Seus membros – as Shaktis Iccha, Jnana e Kriya, com suas quatro Shaktis respectivas. Seus membros são os cinco elementos combinados com os três gunas em diferentes proporções.
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É possível meditar sobre estes membros com sendo dedos de Kali (lua minguante) ou dedos de Lalita (lua crescente) ou como dedos unificados de Jvalamukhi. Cada lua ou Kula tem seus próprios quinze dedos e é ela mesma o dedo da Consciência, o décimo sexto. Também é possível meditar sobre estes quinze membros como partilhando da natureza dos cinco elementos. Aqui estão suas cores mágicas e poderes tradicionais: Púrpura – Lançar fora Vermelho – Submissão Branco – Conhecimento, fama, boa sorte Amarelo – Paralisia Verde – Proteção Se meditados como sendo os quinze membros de cada uma das três shaktis principais de Adinatha eles causam: Vermelho – atração Branco – libertação, paz Negro - morte
Magia(k) Interna do Yantra Corporal Seu trabalho no segundo grau o terá familiarizado com a exteriorização das oito yoginis e sua “adoração” em um Yantra. O ponto de vista Kaula é, entretanto, de que a magia(k) interna é mais potente do que a magia(k) externa; isto é, a absorção é mais potente do que a projeção. Agora aprenda a interiorizar as oito yoginis da seguinte maneira: Visualize oito lótus com suas oito pétalas como estando nas áreas do topo da cabeça, fronte, língua, garganta, abdômen inferior, ânus, base dos genitais e clitóris/pênis. No centro de cada lótus visualize a yogini ou shakti particular: Comece meditando no centro do topo da cabeça terminando no lótus no clitóris/pênis, e então na ordem inversa comece com o clitóris/pênis e termine na cabeça. Permaneça cinco ou dez minutos visualizando estes chakras como cada um irradiando seu próprio tipo de energia. Então visualize os lótus simultaneamente gradualmente se dissolvendo um no outro, de forma que Nilashakti se dissolva em Pitadevi e Rakti-devi se dissolva em Aruna-shakti simultâneamente. Então visualize Pita-devi e Aruna-shakti como se dissolvendo simultaneamente em MaliniDevi e Karbura-Shakti. Então visualize Malini-Devi e Karbura-Shakti simultaneamente se dissolvendo em Asita-shakti e Harina-Devi. Finalmente visualize Asita-Shakti e HarinaDevi se dissolvendo uma na outra na região do coração. Agora visualize que da união destas duas últimas yoginis os dois centros da Lua e do Sol passaram à existir. Visualize uma Devi no centro da Lua e um Deva no Centro do Sol. Visualize que eles estão sentados num bosque agradável no centro do coração tendo relações sexuais. No momento do orgasmo mútuo deles visualize que o Sol e a Lua se tornaram um e medite sobre este êxtase em seu coração. Agora medite sobre os outros centros que emanam a partir deste êxtase amoroso na ordem inversa.
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O Shri Yantra O Shri Yantra é talvez o mais famoso de todos os mandalas Tântricos ou círculos mágickos. Ele é a forma diagramática da Deusa, considerado como o Corpo ou o Cosmo. Ela é a Shakti do Tempo, ou Kali. Seu parceiro, com o qual Ela está Unificada, é Mahakala Adinath – Livre do Tempo. Contudo, como o Shri Yantra está conectado ao processo de Criação, uma vez que esta criação é primariamente um processo sexual, Kali é apresentada no simbolismo do Shri Yantra como Lalita, a forma erótica ou prazeirosa. Nós aprendemos com a Natureza que para que a criação ocorra, o esperma de um homem e o óvulo de uma mulher necessitam se unir. Isto é conhecido no Shri Vidya (Conhecimento do Shri Yantra) como Kamakala.
O Shri Yantra como uma planta Devemos considerar o Shri Yantra como uma planta tanto quanto como um corpo humano; ambos nos ajudam à compreender aspectos de seu simbolismo. Ele não é estático, ele está sempre em movimento. Se o considerarmos como algo separado isso é apenar para compreender esta mudança, e não porque ele seja um símbolo fixo.
Esperma Branco
Óvulo Vermelho
Criança Misto
Duas plantas ou Pessoas criam uma terceira. Considerado como isolado o Shri Yantra representa um ser humano, um Micro-Macrocosmos, o Corpo do Tempo. Como Kali é Tempo e Manifestação, assim também Adinath é algumas vezes representado como um cadáver, ou Testemunha desta Manifestação.
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Lalita é também conhecida como Tripura (três cidades). Estas três cidades são Suas Shaktis ou poderes de Vontade – Conhecimento – Ação, e Criação – Manutenção – Destruição. Elas são também as três cidades chamadas Conhecedor – Meio de Conhecimento – Conhecido, ou, como no nosso primeiro grau, Medidor – Meio de Medição – Medido. Mas porque cada aspecto é a Deusa Primordial, ao meditar sobre o Simbolismo do Um Único, é possível compreender Tudo. A Semente da Planta O bindu é o ponto de Criação, o próprio Som Puro, Imanente, prestes à se propagar dentro do Shri Yantra. O Caule da Planta Este se divide em Lua, Sol e Fogo. A Lua é os cinco triângulos invertidos no centro do diagrama, e o fogo é os cinco triângulos com o ápice para cima. Cinco vezes três triângulos – os quinze dias da quinzena lunar. Quatro vezes três – os doze meses solares do ano. Doze mais quinze – as vinte e sete letras do alfabeto da AMOOKOS. As Flores do Yantra As oito pétalas e as dezesseis pétalas juntas são os vinte e quatro aspectos (6) do Sol e da Lua com os oito planetas, mas não um com o outro. Os três círculos são os três gunas circundando o Corpo do Tempo. O quadrado da terra com seus quatro portais é o Enquadramento Mágico(k) de Três Linhas, que é o Mundo. Ser humano ou planta criada A planta passa adiante sua essência através da semente, para formar uma nova planta, Shri Yantra ou Cosmo. O Shri Chakra Yantra está dentro do Tempo, isso quer dizer que ele é um ser humano ou um Microcosmos com todas as suas Shaktis ou Energias. (O Senhor Shiva Adinath está além do Tempo). Quando a planta floresceu ela é um corpo humano. Antes disso ela está em criação, ou crescimento.
O Shri Yantra como um Corpo O Bindu, ou ponto no centro representa Shiva-Shakti Samarasa – a união de Shiva e Shakti. O pequeno triângulo no centro representa o Cálice de Shambhala, ou Lua, Sol e Fogo, que estão no corpo como cérebro, coração ou plexo nervoso, e a substância cinzenta na espinha. Os oito triângulos representam o Conhecedor ou Medidor, e é a Cidade ou Círculo do Conhecedor. Os dois conjuntos de círculos cada um com dez triângulos representam o meio de conhecimento e ação, os cinco sentidos e os cinco modos de ação junto com as cinco impressões e os cinco elementos. Esta é a Cidade do Meio de Conhecimento, ou a Vara de Medir. O círculo com quatorze triângulos representa as quatorze correntes principais de Energia Psíquica no Corpo, e portanto todas as suas extensões. O círculo com oito pétalas simboliza os poderes e atrações sexuais no corpo, e o círculo com dezesseis pétalas simboliza os meios de atração. O quadrado da Terra ou Enquadramento Mágico(k) é o corpo físico do indivíduo com seus vários elementos.
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Existem portanto nove círculos do Shri Yantra completo (Micro-Macrocosmos). Em cada círculo Lalita existe em uma forma tríplice, presidindo sobre as Shaktis ou poderes de cada um dos Círculos. Cada um deve ser considerado como uma combinação ou transmutação da Lua, Sol e Fogo, o Cálice de Shambhala. Até aqui nós lidamos com apenas dois modos de observar este Yantra, de maneira à ilustrar as profundidades contidas neste.
O Shri Yantra
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VÁRIOS YANTRAS (ESTRUTURA HUMANA)
DA
ÁRVORE
REALIZADORA
ALIMENTO : OS SENTIDOS LIBIDINUM ALLIUM EXCREÇÃO : PENSAMENTO H2O
DE
DESEJOS
E5 *
PRINCIPAIS NADIS DA CABEÇA. NÓS USAMOS ESTES NA MAGIA(K). ENERGETICUM
O2
*
Elemento ESOTERIKOS No. Atômico 999 VAJRA YANTRA SISTEMA NERVOSO NADIS EM BRAÇOS E PERNAS, YANTRA. CABEÇA E GENITAIS. NÓS LUA USAMOS ESTES NA MAGIA(K). COMO A RAIZ
1
MERULINGAM.
O
CENTRAL É UM NADI 1.CÉREBRO, 2 DE
2.SISTEMA NERVOSO UMA
ÁRVORE
RAMIFICADA (O PLEXO SOLAR É O PONTO CENTRAL), 3
SOL. 3.ESPINHA, FOGO.
CANAL DE ALIMENTAÇÃO : A PRÓPRIA MAGIA(K) YANTRA DA RESPIRAÇÃO ALIMENTO: ÁGUA E COMIDA ALIMENTO: O2 EXCREÇÃO: URINA, FEZES, SUOR. EXCREÇÃO: CO2 O SISTEMA SANGUÍNEO NÓS USAMOS ESTES NA MAGIA(K). É A RAIZ DE UMA ÁRVORE NÓS USAMOS ESTES NA RAMIFICADA. MAGIA(K). NÓS USAMOS ESTES NA MAGIA (K). YANTRA DO CRÂNIO, INTERLIGANDO COM O MÚLTIPLO ACORDE HUMANO. 75
Na qualidade de Pai da nossa Terra o Sol pode ser considerado como tendo doze partes ou Kalas que são Porções de Semen. A Lua como Mãe pode ser considerada como tendo quinze partes ou Kalas que também são Porções. Devido à Shakti ser o símbolo da manifestação, podemos considerá-La com Seus quinze Kalas ou Eternidades como um cosmos. A Deusa Primordial é Uma, porém com vários aspectos. Cada aspecto é chamado um Vidya ou Tipo de Conhecimento, e Seu simbolismo ou Seu Yantra nos ensina sobre o Aspecto de Conhecimento particular que Ela encerra. Nós podemos considerar a Deusa primordial sem nome como Uma Unidade com Três Shaktis – estas Três sendo Lalita, Kalika e Jvalamukhi. A última possui vinte e sete flamas ou Jvalas, e diz-se que Ela favorece os sadhus. Ela é Fogo, Kalika é Lua e Lalita é Sol. Jvala é menos conhecida que Lalita ou Kalika, mas está sentada sobre um vulcão e asperge cinzas. Diz-se que a própria Lalita é de três formas – uma Garota, uma Mãe e uma Velha Mulher. Estas se relacionam ao Poder de Menstruação, à Criação, Manutenção e Destruição. Podemos perceber que a Forma Erótica de Lalita contém dentro de Si mesma todos os elementos, considerados em um aspecto ou modo particular. As Quinze Eternidades da Deusa do Shri Yantra possuem nomes como Senhora do Desejo Sexual, Yoni Adornada com Flores, Senhora da Forma do Fogo, Aquela que está sempre Molhada, etc. Cada um dos mantras destas Devis é de uma natureza erótica, em consonância com a Deusa Presidente do Círculo.
Esmagando os Cinco Kleshas Cortando o Emaranhado de Arbustos Os papéis do segundo grau ofereceram um breve resumo do emaranhado chamado de cinco ob-blocos. Você deve ter tido algum tempo para meditar sobre estes e suas possíveis ramificações em seu ser. Esta seção dos nossos ensinamentos de sabedoria fornece algumas técnicas que podem ser de uso prático. Registre seus resultados para si mesmo em seu diário mágicko. Ob-bloco do Ego: Veja a si mesmo como uma manifestação objetiva. Ao invés de pensar, sentir, ter sensação de que “Eu, John Smith, estou fazendo isso e aquilo”, pense “o emaranhado de energias John Smith está fazendo isso e aquilo”. Observe a si mesmo enquanto você está realizando atos. Observe todo o seu comportamento como se fosse outra pessoa realizando o ato. Divida-se enquanto sendo o emaranhado John Smith em Intelecto, Sentimentos, Experiências Corporais. Aniquile estes três. Veja o que sobrou. O que é você sem as suas três Shaktis ? Ob-bloco do Apego: Dê algo de sua posse que seja de estima para alguém. Faça isso de forma que seu ato venha á ter repercussões úteis não para você mas apenas para a outra pessoa. Ob-bloco da Repulsa:
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Visualize-se como um animal social, como estando confortável e acostumado à se mover dentro de círculos sociais fixos. Passe a conhecer e compreender pessoas com as quais normalmente você não se envolveria. Envolva-se numa atividade a qual você usualmente tentaria evitar tal como exercício físico em seu simples propósito ou tarefas domésticas ou um problema matemático ou escrever um poema. Ob-bloco de Apego à Vida: Medite sobre isso: A coisa que eu chamo de “Mim, Mim mesmo, Eu”, é de fato um emaranhado de sentimentos, idéias e desejos gerado pelas circunstâncias prevalescentes e influências cósmicas. Este “eu” é nada mais do que um pedaço de galho levado pela correnteza ao qual se agarra e se chama de meu próprio, então o que restará quando eu morrer? Certamente se existe algo de nós mesmos que é imortal este algo não pode ser aquilo. Ob-bloco da Ignorância: Medite sobre isto: Se “eu” estou tão enganado em identificar a “Mim mesmo” com tais aspectos parciais do universo e em os chamar de “eu” ou “meu” então como posso eu reivindicar conhecimento sobre qualquer outra esfera ou coisa ? Como posso eu esperar ver a árvore no meio de tão denso e emaranhado arbusto ?
Técnicas para esmagar os kleshas utilizando teatro astrológico O palco para este teatro é a vida quotidiana. Os outros atores estão inconscientes. Ato Um – Marte e Netuno O papel sexual. Passivo é oposto e é atraído por Ativo. A técnica é assumir ou Marte ou Netuno e observar como o Marte ou Netuno das outras pessoas reagem com os seus. Você tem que desempenhar seu ato minuciosamente e isso implica que você esteja familiarizado com a fala, padrão de voz e vigor muscular do corpo. Eis como Marte e Netuno funcionam com relação à mulheres e homens. HOMENS HERÓI IRMÃO
MULHERES IRMÃ PRINCESA
Isto deveria ser útil para você. As notas seguintes sobre Marte / herói é derivada dos pós Reichianos. Eles ficariam horrorizados se soubessem que a base para a sua ciência é o conhecimento oculto. Use os dados para “assumir as formas-deus (godforms)”. O aspecto físico disto é muito importante. Combine isso com a informação de Astrologia Tântrika. Marte Herói Auto confiante, sincero mas ainda em guarda. Olhos vivazes e abertos, mandíbulas ajustadas e determinadas. Respiração abdominal. Vigoroso. Desejo de êxito em ser forte. Rápido e vivaz, cheio de energia. Obsessivo. Sempre parece estar pronto para agir. Estrutura corporal levemente estreita. Forte atividade genital. Olhos zangados se a falha parecer possível. Cruel e de temperamento quente. Parece duro. Vê as mulheres como objetos sexuais à conquistar, os homens como irmãos. Marte Irmã 77
Qualidade adolescente quanto ao corpo. Corpo reto e magro com quadris estreitos, cintura esbelta, ombros normais, pequenos, tipo menina levada. Voz aguda. Decidida. Músculos com bom vigor. Parece dura. Vê os homens como irmãos, as mulheres como heróis românticos. Netuno Princesa Sugestiva. Explosões emocionais irracionais. Comportamento caótico. Dramatização. Esperando ser capturada embora temerosa de ser pega. Óbvio comportamento baseado no sexo em combinação com um tipo específico de agilidade corporal. Parte inferior da pélvis macia e dócil. Parte superior rígida e contida. Rigidez genital. Histérica. Costas rígidas e inflexíveis. Pescoço endurecido, cabeça mantida ereta numa atitude de orgulho. Na frente do corpo um tórax duro e abdômen rígido; “inconscientemente” busca situações que as excitem, uso dos olhos, sexualmente submissas. Provoca-resiste-[se]submite. Vê os homens como heróis românticos, as mulheres como irmãs. Netuno Irmão Ombros mantidos erguidos. Testa erguida. Atitude fraternal em relação às mulheres. Olham e agem como se eles tivessem sido frustrados. Nunca dizem não. Nunca dizem sim. Frágeis. Vê as mulheres como irmãs, homens como heróis românticos (por esta razão eles são interessados em esporte ou em qualquer domínio onde o culto ao herói estiver envolvido). Se você for mulher assuma Marte/Irmã e Netuno/Princesa; se você for homem assuma Marte/Herói e Netuno/Irmão. Assuma cada planeta na extensão de uma semana. Tente se familiarizar com ele. Tente ser ele durante o dia e em contato com outras pessoas. Se você tiver um destes planetas situados poderosamente em sua carta natal então ainda assumindo o planeta você deverá se esforçar para perceber como a sua assunção inconsciente deste planeta afeta os outros (o mesmo se aplica aos dois planetas seguintes). Ato Dois – Vênus e Urano HOMENS PLAYBOY PAI
MULHERES PROSTITUTA MÃE
Vênus Playboy Muito interessada em aparência e roupas. Fala macia porém vã. Astuta. Parece amigável com todos, mas dada à atos secretamente rancorosos. Não consegue dizer não. Esbanjadora. Vê as mulheres como mães. Vênus Prostituta Aparência agradável, boa figura, natureza “atrativa”. Vigor corporal suave. Sedutora. Encanto dos olhor e dos modos são tão letais quanto armadilhas para moscas [desta] Vênus. Parece inocente e ingênua. Não consegue dizer não. Lábios sensuais com tendência à fazer beiço. Voz macia e bem modulada. Olhos límpidos. Vê os homens como pais. Urano Pai Pai em relação à esposa. Tirano para os filhos. Ambição seja com poder, dinheiro, autoridade, controle. Sádico. Um homem disciplinador ou fascista ou negociante. 78
Obstinado. Ordeiro. Parcimonioso. Produtividade é o objetivo. Compulsivo. O sexo é apenas uma tensão biológica à ser aliviada. Tudo está reduzido á objetos. Muitas vezes careca. Ampla estrutura óssea. Musculatura pesada. Mandíbula sólida. Ombros largos, nádegas estreitamente contraídas. Inflexível e frio. Um cidadão sólido. Vê as mulheres como filhas (para serem cuidadas). Urano Mãe Tipo mãe mártir. Comportamento maduro. Aparência física deselegante. Falta de graça corporal. Auto renúncia. Focalizada no papel de mãe. Exagero e impulso de estar sempre fazendo coisas para os outros. Vê os homens como garotinhos. Nós lidamos aqui em alguns detalhes com quatro planetas e suas manifestações nas pessoas. As implicações de influências planetárias tão poderosas são claras – elas resultam em estreitamento do ser e da expressão. Você deve achar a prática de astro teatro muito útil tanto em compreender a si mesmo quanto em compreender a expressão restrita de espírito dos outros.
A Teoria do Teatro Astrológico Nós lidamos com os quatro planetas que tem algumas características marcantes. O que distingue o grupo Vênus, Urano, Netuno e Marte de Plutão, Mercúrio, Júpiter e Saturno é que os primeiros são sexualmente fundamentados e os planetas Vênus-Urano-NetunoMarte funcionam num modo sexual e interativo entre os pares. Por que ? Uma razão pode ser encontrada na ordem dos planetas a partir do sol de dentro para fora excluindo a terra, que é ( ... aparentemente falta texto ou figura_N.doT.) Como contrastado com os pares planetários conhecidos. Nós sabemos que esta ordem é: ( ... idem acima). Mas se você examinar a primeira lista novamente você verá os planetas na ordem : ( ... idem acima). Como o modelo para os planetas funciona num organismo humano ? Para compreender isto nós utilizaremos o Eneagrama de Gurdjieff – um dispositivo muito útil para compreender oitavas e padrões de crescimento e decadência. Posicione os planetas no eneagrama tal como no segundo diagrama, e nós teremos uma explicação para ambas as expressões externas Tamasica e Rajasica dos planetas Plutão, Netuno, Urano e Saturno (no lado esquerdo) pertencendo à escuridão. Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter pertencendo à luz. Os pares surgem como segue: Plutão-Mercúrio e Júpiter-Saturno se aderem como pares. Netuno, Urano, Marte e Vênus e seu inter-relacionamento são representados por:
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Podemos compreender melhor isso ao perceber que Netuno e Marte e Vênus e Urano não podem existir exceto por meio de um processo sexual de cruzamento mútuo. As armaduras (estruturas) de respiração dos planetas individuais nos mostram o seguinte:
macio (Netuno)
(Vênus) macio
duro (Urano)
(Marte) duro
Macio e macio não seguem juntos, nem duro e duro. Nauralmente a yoni deve ser macia e o pênis deve ser rijo para que ocorra este interrelacionamento. A lua é macia e o sol é suro. O Grande Tratado no I Ching o ponto de vista astrológico e da AMOOKOS de que uma oitava tanto se expande como se contrai dentro de si mesma. Tal como qualquer planta cresce (consideramos planta como um sinônimo para organismo) um processo mútuo de linhas de tempo para trás e para frente está procedendo. Isso nos capacita à produzir o eneagrama para-frente e para-trás mostrado no diagrama. Você precisará de tempo para assimilar estas idéias. Examine cuidadosamente os diagramas e explicações, meditando sobre estes quando necessário.
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Esmagando o Condicionamento Aceite os seus sentimentos (emocionais e físicos). Permita que eles penetrem sua cabeça. Entregue-se à sua cabeça, coração e corpo – estes muitas vezes funcionam independentemente, com resultados desastrosos. Não permita que sua cabeça esmague seu coração. Não permita que sua cabeça ignore seu corpo. Nós Muitos ocorrem nas junções no Shri Yantra (Corpo humano) – no pescoço e nos genitais. Você pode descobrir tensões crônicas que impedem que um cérebro ou região do corpo sinta (perceba) a outra. Uma grande quantidade de energia está envolvida aqui. Sintomas de Sucesso (mas não o próprio sucesso) Sensações de tremor quente nos músculos do pescoço. Sensação de dormência em áreas do corpo, talvez no rosto, pernas, braços. Aumento espontaneamente fácil da respiração. Sentimentos de ira e frustração. Movimentos corporais espontâneos. Resoluções ou mantras para ajudar à levar as coisas avante: Eu aceito minhas emoções Eu aceito minhas sensações físicas Medite sobre o seguinte Mantra: Hrim – Vermelho, em seus genitais, Criação Shrim – Dourado, em seu coração, Manutenção Krim – Preto, em seu cérebro, Destruição Parameshvari – o seu ser integral Svaha – como sacrifício (círculo completo = Parameshvari) Ou: Om Hrim Shrim Krim (Dattatreya) Parameshvari (Sua Shakti) Svaha – (Em União Sexual) A Força da Vida é energia Você pode considerar a energia da força-da-vida como uma quantidade. Se você tiver inconscientemente [criado uma] armadura de tensão muito dessa energia ficará retida nos músculos, deixando pouco [espaço] para outros processos trabalharem em seu corpo. Quanto mais tenso você estiver, e quanto mais obstáculos, menos “vivo” você se sentirá. Condicionamento Imitação dos pais e outras pessoas em um nível subliminar é freqüentemente a raiz do condicionamento, tal como discutimos sob o tópico ‘Mantra’. Se você experimentar com isto poderá notar, por exemplo, que uma palavra ou gesto rapidamente reverberará ao redor de um ambiente. Esta é a base para muito da hipnose. O condicionamento se move do nível intelectual para o nível físico muito rapidamente. Uma vez estruturado nos músculos o nó psíquico é “esquecido”. O estado ‘Desperto’ é muitas vezes tomado pelos ocultistas para se referir apenas à algum nebuloso reino transcendental. Muito certamente este não é nosso ponto de vista. Nós o consideramos em um nível comum – no aqui e agora. A Espinha Dorsal 81
Esta expressão do I Ching revela a dinâmica Magia(k) da AMOOKOS. A Espinha Dorsal é o ponto fluido embora equilibrado existente entre os dois estados de ativo/passivo. A cabeça é o ‘céu’, a Terra está nos pés. Se você provocar e ajudar yang à se estender muito ele se transformará no seu oposto. Isso também é verdadeiro quanto à yin. Sobre este notável conhecimento dos antigos depende muito do conhecimento da AMOOKOS.
Dois exercícios para fazer entrar mais oxigênio Estas posturas foram extraídas da arte chinesa do Tai Chi. Apenas como exercícios eles são inúteis. Uma certa atitude mental é essencial. Você deve fazer a resolução de sentir seu corpo como parte de cada exercício. Mais particularmente os exercícios devem trazer você [de volta] para a terra (com um estrondo se você tiver sorte). Figura i Os pés são distanciados de 15 a 18 polegadas com os dedões levemente apontando para dentro e os joelhos totalmente flexionados. Deve ser mantido contato entre a totalidade do pé e o solo durante todo o exercício. As mãos estão posicionadas como na figura e todo o corpo deve se curvar uniformemente. Quando se fizer este exercício é importante respirar total e profundamente. Você pode achar que na medida em que for progredindo você experimente sensações de tremor nas extremidades de suas mãos e pés, e você também pode achar que suas pernas começam à vibrar. Você deve manter esta postura por tão longo tempo quanto possível, e certamente por mais tempo do que for confortável, antes de adotar a segunda postura (fig.ii). Figura ii Com os pés na mesma posição e os joelhos ainda flexionados, curve-se para frente, fazendo com que a cabeça fique bem curvada e com seus braços esticados levemente tocando o solo para o equilíbrio. Esta posição invariavelmente fará com que as pernas vibrem e você provavelmente ficará consciente das tensões produzidas nos músculos da barriga da perna e nos tendões na parte posterior do joelho. Deve-se manter uma respiração total e profunda. Para concluir este exercício você deverá ficar ereto muito gradualmente, endireitando sua cabeça e ombros ao final. Estas duas posturas englobam um exercício simples. Figura iii Esta postura é totalmente descrita pela imagem. Novamente você deve tentar respirar total e profundamente ao longo da execução. Este exercício é particularmente bom para soltar a faixa de músculos que cruzam o peito e o diafragma.
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Rito de Proteção do Senhor Datta (Dattatreya) Medite sobre a imagem abaixo que é apropriada; medite sobre si mesmo como estando unificado com Dattatreya ou a Shakti de Dattatreya. Isto pode ser feito quando a pessoa estiver sentindo necessidade de uma grande proteção, ou no início de outros ritos mágickos. Imagem de meditação para a Shakti de Dattatreya: Como uma Sadhvini nua, ungida com pó vermelho, com três linhas vermelhas na fronte, braços e seios, sentada em meditação sob a árvore audumber (?), portando uma grinalda de flores vermelhas sentada no umbra zonule em frente à uma dhuni (?) que arde lentamente; circundada nos quatro lados por quatro ferozes cães pretos que olham para fora na direção dos quatro pontos cardeais, irados e alertas. Imagen de meditação para Dattatreya: Como um Sadhu nu, ungido com cinzas, com três linhas brancas, braços e peito; sentado em meditação sob a árvore audumber (?); usando um colar de sementes de rudraksha; sentado no umbra zonule em frente à uma dhuni (?) que arde lentamente; circundado nos quatro lados por quatro ferozes cães pretos que olham para fora na direção dos quatro pontos cardeais, irados e alertas. Você deve oferecer seus kleshas ou ob-blocos em estado bruto aos cães e à dhuni (?) a fim de alimentá-los. Para estender os cães a partir de você mesmo, você deve visualizar que um raio de luz se estende para cada uma das quatro direções e então se molda no formato de um cão. Ao final da visualização dissolva cada um de volta em luz branca e os reabsorva de volta para dentro de si mesmo.
Estudo do Simbolismo – Ganesha Nesses papéis nós não conseguimos enfatizar suficientemente que o que é conhecido como “Hinduísmo” é conhecimento esotérico ou oculto degenerado. Aquilo que passou às mãos dos ortodoxos foi esvaziado de contexto e perdeu o seu significado. Porém no simbolismo ou iconografia muito do valor oculto real ainda pode ser discernido pelo despertoconsciente. Como um exemplo, nesta seção, nós discutiremos o simbolismo oculto do Deus bem conhecido como Ganapati ou Ganesha. No Hinduísmo atual Ganesha foi degenerado à um Deus que remove obstáculos, e Sua imagem muitas vezes pode ser vista em lojas. Os lojistas O ‘veneram’ para obter sucesso em seu negócio. Se nós observarmos uma imagem contemporânea de Ganesha, a iconografia preservou muito do lado oculto ou esotérico, embora o lado exotérico tenha triunfado. Nós vemos uma estranha composição de elefante e homem, e na parte de baixo do quadro um camundongo ou rato. Este é um glifo dos três mundos – do céu, da terra e do submundo, ou sol, lua e fogo. Mas em um modo muito engenhoso e sábio o simbolismo foi extraído do reino animal ou dos mamíferos. Neste quadro o homem é o meio entre o grande ou macrocosmos e o pequeno ou microcosmos. Devido à este tríplice simbolismo Ganesha está relacionado com os três gunas. Sua associação com ‘obstáculos’ provém da grande força do elefante, a inteligência do humano e a sutileza ou habilidade do camundongo ou rato em penetrar pequenos espaços.
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Ganesha é geralmente apresentado com quatro braços – estes representam as quatro direções do espaço ou os quatro elementos – o Deus sendo o espírito ou quintessência destes. Isso é também uma indicação de como os quatro se transformam em três e os três em um. Ganesha significa Senhor das Hostes. Como é comum no simbolismo Tântrico o Nome é realmente um adjetivo. Este adjetivo também é aplicado à Shiva. As Hostes são as hostes de espíritos ou habitantes dos três mundos. Embora se pense em Ganesh geralmente como o filho de Shiva e Parvati, o ponto de vista mais cósmico é de que Ele é, simplesmente, um aspecto ou símbolo especializado do Deus primordial. Devido ao fato de seguirmos a natureza, é inteiramente natural que a Divindade Primordial seja representada pelo pênis, enquanto que a Deusa é representada por meio da yoni. Conhecedores do processo da geração de uma criança, os antigos, conhecendo sobre o macro e o microcosmos, acharam natural conceber a união sexual de uma mulher e um homem como sendo análoga à criação do cosmos. Você não ficará surpreso em saber que anteriormente existiu um grupo esotérico de adoradores de Ganesh que cultuava o Lingam de Ganesh e Sua Shakti como criadores do nosso cosmos. Imagens contemporâneas do Deus com cabeça de elefante invariavelmente O mostram vestido. Anteriormente este não era o caso. Nós podemos observar as seguintes prescrições para imagens extraídas de uma obra indiana medieval e ocultista : Ganesha: Cor escarlate, três olhos com uma grande barriga. Em Suas quatro mãos Ele segura uma presa (de elefante_?), um laço, uma lança (usada para instigar animais) e concede bênçãos. Ele segura em Sua tromba uma romã e uma lua crescente está em Sua fronte. Ele está adornado com grandes serpentes. O simbolismo relacionando Ganesh como sendo um filho de Shiva e Parvati também possui significado. Seu outro filho é Skanda ou Kartikeya. Ele cavalga um pavão. Se considerarmos Shiva como guru, Seus filhos, unificados à Ele em linhagem espiritual, são as disposições Divina e Heróica. Ganesha e Skanda são príncipes e Shiva é o rei.
O Ganesha Upanishad Nós lhe pediríamos que examinasse isto dentro do ponto de vista de que o mesmo é um resumo do conhecimento oculto ou mágicko. Pense sobre isto com uma mente aberta e o analise pelo que ele é. Nós, nestes papéis, não desejamos nos restringir ao ocultismo do subcontinente indiano. Os deuses e deusas de muitos lugares e tradições podem revelar uma riqueza de material que pode expandir nossa compreensão. Símbolos ou sábios ocultistas podem muitas vezes preservar um corpo integral de sabedoria e magia(k) do yoga. Algo disso foi corrompido ou deturpado através do passar do tempo pelos ignorantes. Mas o sábio pode reconstruir o passado no presente para projeção no futuro. Ganapati Upanishad Prosperidade para aqueles que ouvem – portanto o Shanti. 1 Om Lam eu me curvo perante Ganapati.
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2 Vós sois claramente o tattva. Apenas Vós sois o Criador. Apenas Vós sois o Mantenedor. Apenas Vós sois o Destruidor. De tudo isso Vós certamente sois Brahma. Vós sois claramente a Essência. 3 Eu sempre falo amrita. A verdade eu falo. 4 Protegei-me. Protegei os que recitam. Protegei os ouvintes. Protegei os doadores. Protegei os portadores. Protegei o discípulo que repete. Protegei aqueles no Leste. Protegei aqueles no Sul. Protegei aqueles no Oeste. Protegei aqueles no Norte. Protegei os que estão em cima. Protegei os que estão abaixo. Protegei sempre ! Protegei-me sempre ! 5 Vós sois fala. Vós sois consciência. Vós sois Êxtase. Vós sois Brahma. Vós sois SêrConsciência-Êxtase. Vós sois o Não-Dividido. Vós sois certamente Brahma. Vós sois conhecimento. Vós sois Inteligência. 6 Vós criais todo este mundo. Vós manténs todo este mundo. Todo este mundo é visto em Vós. Vós sois Terra, Água, Ar, Fogo, Éter. Vós estais além das quatro medidas da fala. Vós estais além dos três Gunas. Vós estais além dos três corpos. Vós estais além dos três tempos. Vós estais sempre situado no Muladhara. Vós sois o Ser das Três Shaktis. Vós sois sempre meditado pelos Yogins. Vós sois Brahma, Vós sois Vishnu, Vós sois Rudra, Vós sois Agni, Vós sois Vayu, , Vós sois o Sol, Vós sois a Lua, Vós sois Brahma, Bhur-Bhuvah-Svar. 7 ‘Ga’ é a primeira sílaba, após aquela a primeira letra, além daquele ‘m’, então a meialua tudo junto. Em conjunção com o ‘Om’, esta é a forma do mantra. 8 A letra Ga é a primeira forma, a letra ‘a’ a forma do meio, o ‘m’ a última forma. Bindu a forma superior, Nada a ligação, Samhita a junção. Este é o vidya do Senhor Ganesha. 9 Ganaka é o vidente, Nricad-Gayatri a métrica, Sri Mahaganapati o Deus. “Om Ganapataye Namah”. 10 Pensemos naquele de um só dente, meditemos na tromba arqueada, possa aquela presa nos guiar. 11 Uma presa, quatro braços, portando laço e lança, com Suas mãos dispersando o medo e concedendo bênçãos, com um camundongo como Seu estandarte. 12 Vermelho, com uma grande barriga, com orelhas como peneiras (?), vestindo vermelho, com membros ungidos com essência vermelha, verdadeiramente adorado com flores vermelhas. 13 Para o devoto um piedoso Deva, o Construtor do Mundo, a Primeira Causa, que no início da criação era maior que a natureza e o homem. 14 Aquele que sempre assim medita é um yogin acima dos yogins. 15 Salve o Senhor dos Juramentos, salve Ganapati, salve o Primeiro Senhor, salve Vós, aode-Grande-barriga, Aquele-de-uma-Presa, Destruidor-de-Obstáculos, o Filho de Shiva, ao Doador-de-Bênçãos, salve, salve ! 16 Aquele que estuda este Atharva Shira se move na direção de Brahma. Ele é sempre bem-aventurado. Ele não é preso por quaisquer obstáculos. Ele está liberado dos cinco maiores e dos cinco menores pecados. A meditação matinal destrói os atos não meritórios da noite. Tanto de noite quanto de dia ele está liberado do mal e ele alcança DharmaArtha-Kama e Moksha. 17 Este Atharva Shira não deve ser dado àqueles que não são discípulos. Se movida por engano uma pessoa assim o der, esta é uma má pessoa. 18 Aquele que quiser algo poderá alcançá-lo por meio de 1000 recitações deste. Aquele que asperge Ganapati com este se torna eloqüente. Aquele que recita este num 4o dia se torna um conhecedor do Vidya. Este é um dito Artharva “Aquele que se move na direção de Brahma Vidha jamais está temeroso”. Aquele que adora com grãos fritos se torna 85
famoso e se torna inteligente. Aquele que adora com doce (modaka) ganha o fruto desejado. Aquele que adora com samit e ghee ,por ele tudo é alcançado, tudo é ganho para ele. Aquele que fizer oito Brahmanas compreenderem este se torna como os raios do sol. Durante um eclipse solar, em um grande rio, ou em frente à uma imagem tendo recitado (isto) ele(a) se torna realizado no mantra. Ele(a) se torna liberado de grandes obstáculos. Ele(a) está liberado de grandes infortúnios.
Poder dos Sonhos Nosso ponto de vista é de que Vigília – Sonho – Sono Profundo são um continuum chamado de o 4o . Muitos problemas surgem por causa da mútua interpenetração. Um devaneio é um exemplo disso, pois está realizando uma série inteira de ações complexas sem se estar consciente de qualquer uma delas. Em nossos sonhos, pode existir o estado de vigília. Geralmente nós recordamos fragmentos na manhã seguinte quando despertamos. Estes fragmentos podem conter indicações das atividades do dia anterior, de coisas que aconteceram quando nós estávamos despertos-em-sonho (louca associação), ou despertos-em-sono profundo. Se você estiver interessado em trabalhar com estes fragmentos, os livros de Dr. Ann Faraday poderão se mostrar úteis para você. Contudo é possível ficar atolado no mundo do ‘Poder dos Sonhos’ ou na louca perseguição dos sonhos lúcidos. Os membros devem conduzir seus próprios experimentos com sonhos e estados de consciência. Como existem muitos níveis para este trabalho, e ele é melhor conduzido numa base pessoal, nós não o incluímos como uma parte formal do curriculum. Porém você está fortemente recomendado à incorporar elementos dentro do seu próprio trabalho. Uma visão Tântrica da Consciência As pessoas geralmente experimentam três estados: Estar desperto (Jagrat), sonhando (Svapna), e em sono profundo (Sushupti). Mas o quarto estado, Consciência Desperta (Turiya) geralmente não é considerado pela ciência comum. Todos estes estados se interpenetram entre si. Um devaneio é Svapna em Jagrat. Um sonho lúcido é Jagrat em Svapna. Existem outras subdivisões, e podem ser exploradas. Um dos objetivos da AMOOKOS é o de oferecer aos membros a experiência do quarto estado dentro de cada um dos outros três estados. Registro dos Sonhos Mantenha um diário à parte próximo da sua cama. Use um biro(?) ou lápis para registrar os sonhos. Inclua a data, horário e local do registro. Anote seus sonhos como a primeira coisa na manhã, imediatamente ao acordar. Primeiramente você poderá achar isso difícil de fazer, e haverá dias em que você não registrará nada, entretanto seja perseverante. Anote fragmentos de sonhos, não importa o quão bizarros e aparentemente desconexos. Medite sobre os seus sonhos no umbra zonule. Sonhos como um guia do condicionamento O conteúdo dos sonhos muitas vezes contém referências aos eventos do dia anterior. Estes podem mostrar reações internas às pessoas, eventos e mesmo à saúde. Eles são um grande guia para descobrir condicionamento. A chave para o simbolismo do sonho é muitas vezes um enigma, ambiguidade e trocadilhos. Este código interno é único para todos. 86
Tribo Senoi Este grupo de pessoas incorporou sonhos à sua visão de mundo. Pela manhã, os membros da família compartilhavam seus sonhos. Se alguém encontrava uma entidade hostil em um sonho, ele ou ela tinha que subjugá-la, e forçá-la a dar um presente onírico à ser trazido de volta na vida diária. O presente tinha que ser algo útil ou esteticamente agradável. Os Senois pareciam considerar elementos oníricos hostis como partes separadas de seus próprios Selves (o Si-mesmo de cada um). Tente esta técnica com seus próprios sonhos. Resista à tentação de interpretar os personagens do sonho como sendo “fora” de você mesmo. Amigos oníricos devem ser cultivados. Animais oníricos como leões e tigres podem representar poderes latentes. Antes de adormecer, peça por um sonho específico sobre uma questão específica – talvez alguma divisão ou confusão que você não foi capaz de resolver quer seja na umbra zonule ou na vida comum. A Deusa tântrica dos sonhos é Svapnavati Devi (Aquela que vai no sono). Sonho Lúcido Sonhos lúcidos podem ser deflagrados mecanicamente por meios de retroalimentação (biofeedback). De outra forma, você pode usar símbolos para deflagrar um sonho lúcido. Selecione um símbolo o qual você determine que irá despertá-lo durante um sonho, por exemplo yantras simples confeccionados em jóias, um vajra, ou qualquer outro de tais mnemônicos. Astrologia e Sonhos Yavanacharya (Pitágoras) declarava que os sonhos eram influenciados por diferentes planetas afetando ou transitando em uma carta natal. Este é um campo fértil para investigação. Mas você necessitará manter um registro de sonhos durante algum tempo antes que você possa começar à experimentar. Devaneios Isto é Svapna em Jagrat. Os quatro estados se interpenetram. Um devaneio é associação de pensamento de uma maneira aparentemente aleatória. Tente e mantenha registros destes também.
Siddhis – poderes mágickos: uma visão interna Projeção Astral, a idéia de que seres humanos possuem um corpo sutil anexado ao corpo físico é muito antiga e comum para muitas culturas diferentes. Projeção Astral e as Nadis do corpo Este é o trabalho do Nadi Chakra. As nadis no corpo são os condutores de energia vital ou prana. Existe uma shakti chamada Pranashakti. Seu Yantra é a rede de nadis dentro do corpo. Antes de ser capaz de deslocar estas nadis é necessário estar consciente de Pranashakti dentro de seu próprio corpo. Estas se manifestam como correntes que podem ser muito definidamente sentidas fisicamente. Sua ação sobre a respiração é de 21600 [vezes] (isto é, o número de respirações em um dia e uma noite).
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O brilho ou luminosidade de Pranashakti se estende até algumas polegadas além do corpo. Pranashakti é unificada com Nada (o próprio Som). Quando ela é deslocada, inicialmente as extremidades dos membros da pessoa se tornam frias. Pode-se sentir brisas suaves que parecem se mover por sobre seus membros. Então o corpo fica ou se sente como se estivesse paralisado. Quando Pranashakti se funde com Nada Shakti começa uma sensação de vibração até que é alcançado um estágio onde esta Pranashakti envolvente se torna som. Neste estágio Nasikashakti pode se manifestar. Esta Nasika é um fenômeno de zig-zag acompanhado de fortes sensações emocionais e físicas e talvez um som interno se movendo de um lado das costas para o outro. Isso é muitas vezes confundido com a assim chamada Kundalini – contudo lembre-se de que este termo é utilizado vagamente e incorretamente pelos não iniciados. Quando todo o Prana tiver sido deslocado para dentro de Nada, a saída é feita através do topo da cabeça. Este processo aqui descrito por inteiro é exatamente análogo ao processo da morte. Não é fácil se tornar perito neste método, e sem dúvida caso você tenha equilibrado suas três shaktis dentro de seu corpo isso é ainda mais difícil. Lembre-se que é possível deslocar Pranashakti apenas quando você estiver completamente consciente sobre como estendê-La – em outras palavras, quando você tiver experimentado ou tiver tido relações sexuais com Ela. A dificuldade em tentar a projeção astral antes que a pessoa tenha estabilizado sua própria rede de nadis é que a energia deslocada pode atravessar para dentro de áreas que ainda não foram estabilizadas. Uma antiga tradição Shaivita fornece uma indicação de uma base oculta sobre o som para os diferentes ‘corpos’. BINDU “CORPO” DO ÊXTASE O PRÓPRIO SOM NADA “CORPO” DO CONHECIMENTO O 4o LUA “CORPO” DE IMPRESSÕES CÉREBRO SOL “CORPO” DA RESPIRAÇÃO CORAÇÃO FOGO “CORPO” DO ALIMENTO GENITAIS Um mantra e um corpo humano possuem estes componentes. Embora estes cinco elementos sejam mostrados ‘acima’ um do outro, a verdade é que eles são todo-penetrantes. Como perceber em si mesmo Nada ou o próprio som, isto é um enigma. O eixo para os três centros da Lua, Sol e Fogo, é o Bindu, seu eixo é Nada. O Corpo Astral é considerado como na antiga idéia de um corpo anexado à forma física por meio de um cordão sutil [que é] o corpo da respiração. Ele tem duração no tempo, isso quer dizer que ele vive e morre. Apenas seres humanos e animais possuem um. Os mortos, quer dizer, aqueles cujo cordão está decomposto, não possuem. DURAÇÃO DURAÇÃO DURAÇÃO DURAÇÃO DURAÇÃO PLANETA E
BINDU NADU LUA SOL FOGO
OVULE [DO] TEMPO-ESPAÇO ESPAÇO PROFUNDO LUA SOL (ENTRADA PARA O ESPAÇO PROFUNDO) ESFERA DO SEU CORPO, ISTO É, ESTE OS [OUTROS] PLANETAS
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Outros Sidhis No curso natural da auto-realização mágicka, do contato com seu Espírito Guardião é provável que poderes venham a se desenvolver espontaneamente. Você não deve cometer o erro de considerá-los como como objetivos. Só se você próprio for uma coisa inerte, nenhum siddhi surgirá. Eles vem naturalmente com o crescimento espiritual, quando você estiver relaxado, desperto, e consciente. Apenas uns poucos [siddhis] são mencionados abaixo. Eles estão relacionados aqui de forma que você os reconheça pelo que eles são, todos eles eram poderes tradicionais do conhecimento tântrico: Lembre-se de que a chave para estas 27 portas é: Sahaja-Samarasa-Svecchacaryaequilíbrio, espontaneidade, a realização da verdadeira Vontade da pessoa: 01 Esfera dos três tempos (conhecer o passado, presente e futuro) 02 Penetração nas palavras (conhecimento das línguas) 03 Penetração nos prévios nascimentos (não procure por isto, pois isso pode vir por si mesmo) 04 Telepatia (contato cérebro a cérebro. Quando isto ocorre, é algo grandioso, e não é feito por quaisquer meios ligados ao mundo das idéias ou pensamentos) 05 Invisibilidade (isto pode ser muito útil) 06 Penetração no processo da morte (útil para nossa própria passagem) 07 Ser Tríplice Integral (habilidade de pensar-sentir-experimentar como um) 08 Possuir Totalismo-Pleno (forte como um leão, penetrante como um camundongo, etc.) 09 Penetrar em coisas ocultas 10 Conhecimento do Céu 11 Conhecimento dos Planetas (ciência da respiração do tempo, grau menor) 12 Conhecimento das Constelações (ciência da respiração do tempo, grau médio) 13 Conhecimento do corpo físico e da verdadeira medicina 14 Estar livre da fome e da sede 15 Grande firmeza 16 Introspeção dentro dos mundos do espírito 17 Intuição Divina (pratibha, você pode ter nascido com isso mas ela é raramente uma manifestação espontânea) 18 Conhecimento da consciência 19 Poder da academia quíntupla 20 Viagem em corpo sutil (é mais fácil voar pela Pan-Am, de modo algum confunda isso com imaginação criativa à la Golden Dawn) 21 Grande força 22 Resplendor e brilho (isso é aura, carisma, brilho) 23 Conquista da natureza (você é natureza) 24 Conhecimento do tempo (Você é tempo. Ciência da Respiração-do-Tempo, grau maior) 25 Conhecimento de todas as coisas 26 Reconhecimento de sinais intrínsecos (os padrões das coisas vinculadas à terra) 27 Riqueza
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se você já estiver envolvido com o ocultismo por alguma extensão de tempo, você conhecerá várias pessoas que declaram possuir um ou mais destes poderes. Trate tais declarações com ceticismo. Cada siddhi é uma coisa muito grandiosa e muito mais rara do que a maioria das pessoas o querem fazer acreditar. A obtenção implica num nível de ser de grandiosidade. Abandone a idéia de que qualquer um é capaz de progredir em assuntos de magia(k) do yoga. A idéia atual é a de que em nossas sociedades social-democráticas qualquer um é capaz de obter qualquer coisa que se deseje. Porém destituídas de vontade como 98% das pessoas o são, isso pode ser apenas uma ilusão. Alimento (nosso corpo físico) pode ser bem ou mal cozinhado. A qualidade varia de cozimento para cozimento (preparação). O Ser é o elixir coesivo que nós estamos procurando. Desprovidas do ser espiritual, as pessoas são meras bestas (pashus) e menos do que animais, o que pelo menos é verdadeiro para com suas próprias naturezas. Outro ponto útil para lembrar é que você conhecerá por si mesmo seus próprios poderes, mas os outros não os reconhecerão de forma geral (e de fato não conseguem), à não ser reagindo com relação à você em diferentes modos, mas em geral inconscientemente. Não negligencie o fato de que você possui uma vasta gama do assim chamado poder comum que na maioria das vezes não é usado. As pessoas tem reservatórios de potencial que muitas vezes fica estagnado porque elas não possuem os três poderes de VontadeConhecimento-Ação. O mantra aqui é ‘levar as coisas avante’. Repita isso 108 vezes ou sua vontade mágica(k) ficará empoeirada. Algumas vezes você poderá perder o fio da meada mas se você for sincero você o reencontrará. Um mago não pode fazer dano à outro à menos que ela ou ele tenha consultado outros dois do quinto grau ou grau maior. Em ritos de proteção lembre-se que você pertence à uma linhagem que tem existido por uma extensão de tempo muito longa e que você pode tirar água do poço. Leia o Hexagrama 50, cornucópia é o nosso nome oculto.
Conhecimento sobre o Tempo Rito das três shaktis de 21600
CALMA (Svaha)
ESPONTANEIDADE (Sahaja) 21600 (ponto)
UNIÃO SEXUAL (Samarasa) 90
Estas são três servidoras especializadas da Grande Shakti do Tempo. Elas concedem qualquer coisa que se deseje, se todas as três forem adoradas. 1 Metade direita do corpo é masculino, metade esquerda é feminino. Em sua-seu mão direita uma Lua, em sua-seu mão esquerda também uma Lua. 2 Em sua mão direita ela segura um esquadro, em sua mão esquerda um compasso. 3 Em sua mão direita ela segura um Sol, em sua mão esquerda uma Lua.
Tantra do Tempo Purificação ou infusão de qualquer substância 1 Para preparar um pó, água ou substância misturados com quaisquer dos poderes (shaktis) do Tempo, você deve estar voltado para a direção apropriada, escolher o horário correto, e introduzir (usando o método de respiração) a shakti apropriada dentro de qualquer substância que você esteja preparando magicamente. 2 Se, e apenas se a direção for hostil, você deverá, de antemão, desenhar o Yantra da Tartaruga com sua cabeça voltada para a direção hostil e dentro de um quadrado da terra, mostrado no diagrama. ( i ) Você deve visualizar a seguinte forma de Shiva em seu coração:( ii ) Tão negro como carvão, portando espada, crânio, tridente e damaru (tambor).
( iii ) Então você deverá inseri-Lo no Yantra acima e oferecer incenso, chama, água e alimento, e então recitando o mantra 108 vezes: KSHAM KSHIM KSHUM KSHAIM KSHAUM KSHAH EU ADORO O SENHOR DO LOCAL TAL E TAL, PHAT ! Após esta adoração, introduza o Senhor do Local e proceda. Deixe o Yantra onde ele permaneça pela duração de sua magia(k). 3 Para adorar uma Shakti do Tempo você deverá visualizá-La em seu coração e oferecer mentalmente as cinco impressões sensoriais antes de retirá-La. 4 Após Ela ter sido invocada e devidamente adorada, mais uma vez introduza-A pela respiração antes de terminar o rito. 5 O mantra para cada [uma], que você tem que recitar pelo menos 216 vezes é :OM HRIM SHRIM KRIM (Nome da Shakti) SVAHA
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Kali Kaula Kula Mahakala Akula – a Roda do Tempo Kali é considerada como sendo a Deusa presidente dos Nathas. Sua linhagem de Gurus inclui entre os seus membros ambos Matsyendranath e Gorakhnath. Ela é a Shakti do Tempo. O próprio Tempo é Sri Mahakali, e Seu esposo ou alpha ovule é Shri Mahakala Bhairava, ao mesmo tempo além do Tempo e unificado com o Tempo. O Tempo é visto como terrível porque seu processo inexorável consome o cosmos. De Mahakali emerge um agrupamento de Shaktis menores que são Suas Shaktis de Criação, Manutenção e Destruição. Estas são as Yoginis e Guardiãs das Portas do Yantra Corporal. Algumas vezes mostrados no centro do Kali Yantra estão cinco triângulos, cada ponta dos quais representa uma de suas formas mais íntimas conhecidas como Nityas, uma palavra significando ‘eternidade’ ou ‘dia’. Estes dias são os dígitos minguantes da Lua. Kali, como muitos outros grandes Vidyas, é um cosmos completo dentro de Si Mesma, e ‘astrologia’ é a chave para compreender o Seu simbolismo. Se tornar ‘livre do tempo’ implica em se unificar com Shri Mahakala Bhairava, Adinatha, Alpha Ovule, Dattatreya, Mrityunjaya (Shiva como Conquistador da Morte) etc, etc. O Kalachakra é a roda do tempo, ou a Roda de Kali e suas Shaktis secundárias. Seu caminho é o caminho do Retorno. Retorno para o que? Para o orgasmo que deu início ao nosso próprio planeta em particular ou ao cosmos, e que é Kali Kala Samarasa ou a perfeita assimilação dentro de si mesmo de ambos Sol e Lua, simbolizada pelo eclipse. Kaula Um Kaula é um Conhecedor de Kali Kala. Kula Um Kula ou Clã é uma família ou agrupamento das Shaktis de Kali, alguns dos quais constróem, alguns dos quais mantém, e alguns dos quais se retiram. Akula Carência de Kula, quer dizer, [do] Alpha Ovule.
Principais Subdivisões da Roda do Tempo Kali e Kala são smbolizados pelo Sol e pela Lua. Sua união sexual simboliza aquilo que os une, isto é, seu filho ou a terra. Porque esta tem a propriedade de reconciliar Kali e Kala ela está conectada ao Guna Sattva. A Lua é Tamas e o Sol é Rajas. Todos estes fatores são intercambiáveis. Ambos Sol e Lua possuem quatro modos ou Kulas que correspondem aos quatro elementos Terra, Ar, Fogo e Água. A terra também tem quatro modos. No caso do Sol os modos são conhecidos como Mercúrio, Júpiter, Vênus e Marte. Os Kulas da Lua são Plutão, Saturno, Urano e Netuno. Estes são portanto subdivisões ou Kulas ou agrupamentos de Shiva Shakti. Se considerarmos cada um destes quatro como engajados em relação sexual eles produzem: Shakti + Shiva = Filho Plutão + Mercúrio = Ar Saturno + Júpiter = Terra Urano + Vênus = Água Netuno + Marte = Fogo Lua + Sol = Éter
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Estes são os quinze Nityas de Kali, e os dígitos (Kalas) da lua minguante: Lua Cheia (Sol), Marte, Fogo, Netuno, Urano, Água, Vênus, Akasha, Saturno, Terra, Júpiter, Mercúrio, Ar, Plutão, Lua Nova (Lua). Mahakali é portanto o tempo unificado, ou a coletividade de todos os Seus Kulas ou Yoginis. Um já está libertado – o Alpha Ovule. O truque é ‘recombinar’ os Kulas de forma que (1) tanto o tempo como o seu poder se tornem aparentes para você e os outros de acordo com a Vontade da pessoa, e (2) que a pessoa se perceba a si mesma como fonte e expressão do Tempo.
A Base do Tempo O Número, isto é, o inter-relacionamento de Shiva e Shakti, é a base do Tempo. O círculo completo do Zodíaco com os planetas, constelações siderais, ângulos e Navamshas é a Própria Mahakali. As subdivisões menores do Tempo vem desempenhar seus papéis como o resultado da recombinação dos Kulas menores com os Kulas maiores. Numa carta de respiração do tempo existem dois grandes reinos que são reconciliados dentro de um ser humano, considerados como um símbolo da perfeita assimilação do Sol/Lua ou Shiva/Shakti: Reino 1 Reino 2 Kala (Sol) Kali (Lua) 12 Kalas 15 Kalas Um microcosmo é definido como a combinação dos 12 Kalas do Sol e os quinze Kalas da Lua. Ambos os conjuntos de Kalas são novamente resultantes da união sexual de Shiva e Shakti em várias proporções. Um microcosmo é portanto algumas vezes chamado de um 27, ao passo que um Macrocosmos é um 108. Esta mútua combinação do Sol e da Lua ou Shiva-Shakti é representada no Shri Yantra de um modo unificado pelos 5 triângulos invertidos (5x3), e pelos quatro triângulos com o ápice para cima (4x3).
O Tempo e suas unidades A base do Tempo na concepção do Tantrika é a respiração. Isso é porque ela é a unidade mediana do cosmos integral enquanto alimento. No Ayurveda existe ‘ alimento’ enquanto alimento, ‘alimento’ enquanto respiração e ‘alimento’enquanto impressões sensoriais. Todos os três tipos são consumidos num índice ou vibração diferente. Em um dia e uma noite é dito que um ser humano equilibrado respire 21600 vezes. 10800 são para a noite e 10800 para o dia. Um dia e uma noite são uma respiração para o Sol. Um ano é um dia para o Sol. Uma quinzena lunar é uma respiração para a Lua. A unidade básica para o Zodíaco é também 21600 (minutos de arco). Destes, 10800 são de Kala e 10800 são de Kali. Isso divide o Zodíaco em uma metade Solar e uma metade Lunar. Dentro desta Roda do Tempo existem portanto seis constelações siderais que são Lunares e seis que são Solares. Estes dois conjuntos são cada um dividido em uma metade Solar e uma metade Lunar, e estes dois conjuntos de três são constituídos de um componente Rajásico (Solar), um Tamásico (Lunar) e um componente reconciliador. Isso fornece a divisão fundamental das constelações em 12 – os 12 Kalas do Sol. Eles estão em unidades de 4.
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A Carta de Respiração do Tempo Esta carta individual mostra como as combinações particulares dos 27 Kalas sol-lunares afetam o padrão de respiração de um ser.
Utilização mágicka da Carta de Respiração do Tempo Um ser humano equilibrado respira 21600 vezes em um dia e uma noite. Um ser humano desequilibrado respira ao acaso segundo o padrão encontrado na Carta de Respiração do Tempo.
Os 27 Mensageiros Hormonais ou Dutis O coração ou âmago dos 27 Kalas é Samarasa além do Tempo e Espaço, modificado em 27 variadas combinações de Sol eLua. Este é o Hormônio Supremo. Uma Carta de Respiração do Tempo mostra uma predisposição à um ou mais dos vários hormônios-Kalas. Estes são os que tanto são afetados pela respiração tanto quanto os que a afetam, a aparência física, a estrutura muscular, armaduras e daí em diante.
O Círculo Kaula Este foi composto por até 8, 15, ou 27 Shaktis com seus Shivas, selecionados de acordo com as predisposições em suas Cartas de Respiração do Tempo (CRT’s ) individuais dos vários Kalas, sendo o conceito de que ao montar estas Dutis, Suvasinis ou Nityas criou-se na terra um modelo do Macrocosmos.
Veneno ou Néctar Se estes mensageiros atuam como veneno ou néctar, depende de suas posições individuais em relação à Roda do Tempo no momento do nascimento.
Venenos Estas são configurações que afetam um ser humano nos níveis de Sol, Lua e Fogo a fim de produzir distúrbios psicológicos estruturados na mente, sentimentos e músculos. Planetas como Símbolos dos Hormônios-Dutis Porque os planetas ou Yogins enquanto um círculo dentro de si mesmos contém todos os elementos do Micro-macrocosmos, é possível considerar seus efeitos como uma medida de todos os outros efeitos ocorrendo na roda do tempo.
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Néctar ou Veneno Se for néctar, os planetas oferecem resultados benéficos ao indivíduo em cuja carta eles são encontrados. Se for veneno, o planeta fornece efeitos prejudiciais. De qualquer forma a coisa importante do ponto de vista de um Magista-Natha é que, quer seja ‘bons’ ou ‘maus’, a pessoa que os está manifestando é parcial.
O Néctar Principal é Samarasa O objetivo do mago que opera com o Kala Chakra é a liberação dentro de seu ser do Maha Amrit ou Super Néctar, que oferece tanto acesso quanto nascimento à todos os outros néctares.
Consciência Sama Isto é Equipoise (Equilíbrio), um estado de ser no qual a identificação parcial com uma ou outra coisa não pode acontecer.
O Método de Magia(k) Kala Chakra Isto envolve a luta individual contra identificações particulares baseadas na própria Carta de Respiração do Tempo da pessoa e a busca por Sahaja, Sama, Samarasa baseada no retorno à fonte da pessoa e libertação da ação-reação apresentadas na carta da própria pessoa.
Descubra a Lua ! O aspecto mágico mais vital da ação destes Kalas da Lua é que eles participam de Maya ou captura, e tem poder apenas quando um mago está inconsciente deles. Porque eles afetam simultaneamente os três níveis é impossível atacar seus resultados estabelecidos usando apenas um nível de mente, corpo ou sentimentos.
Observe os outros ! Porque os outros expressam inconscientemente os efeitos das Shaktis hormonais, a observação destas nos outros é a chave para descobrir seus efeitos em você. Por exemplo se você ver 50 pessoas com Plutão Kala forte e cada uma manifestar o mesmo hormônio ou tipo, e se você mesmo souber que você tem Plutão Kala forte é razoável presumir que você também pode estar expressando inconscientemente Plutão Kala. Isso lhe fornece uma base forte para operar.
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As próprias Shaktis se opõe à Magia(k) Kalachakra Porque os Kulas tem como sua função a ocultação ou encantamento de sua própria consciência de Shiva eles se opõe ao processo.
Heroínas e Heróis Você deve ser heróico se vier a se aventurar em profundidade neste caminho do tantra pois tudo em você e muitas coisas externas se opõe ao trabalho. Portanto faça uma forte resolução de conduzir as coisas até o fim.
Yogas no Kalachakra Qualquer lugar onde um Kala numa Carta de Respiração do Tempo estiver conectado com qualquer outro Kala ou Kalas é um yoga ou união de dois fatores hormonais.
Conclusão Final Releia Astrologia Tântrica. Releia os capítulos sobre o Tempo. Se você ainda não tiver feito o trabalho de observação, agora é a hora de começar. Comece um Registro em separado e organize seus resultados tomados a partir de pessoas com as quais você tenha chegado à conhecer na vida real.
O Kaula Upanishad Possa o Kaulika triunfar! Possa Varuni triunfar! Possa a Verdade triunfar! Possa o fogo triunfar ! Possam todas as coisas vivas triunfar 1 Reverência ao Absoluto, Reverência à Terra. Reverência ao Fogo. Reverência ao Ar. Reverência ao Guru ! Vós sois como o Cosmos ! Vós sois aquilo, por sua própria evidência ! Eu falarei sobre a Lei Divina. Eu falarei a verdade ! Aquela deverá me proteger ! Aquela fonte da fala deverá me proteger ! Protegei-me ! Protegei a minha fala ! Om shanti shanti shanti, Agora a investigação sobre o Dharma. (Ele é) conhecimento e mente. Ele é a causa unificada de ambos conhecimento e libertação. O Siddhi que emana do próprio ser de uma pessoa se ergue da libertação. Os cinco objetos dos sentidos constituem o Cosmos expandido. De tudo isso o Conhecimento é a Essência. Yoga é libertação. O absoluto sem partes (Adharma) é o Criador. Ignorância é o mesmo que conhecimento. Ishvara, o Senhor, é o Cosmos. O eterno é o mesmo que o transitório. Conhecimento é idêntico à ausência de conhecimento. Adharma é Dharma. Isto é libertação. Os cinco elos constituem a essência do conhecimento real. O Pinda é o produtor (de tudo). Naquilo há libertação. Isto é conhecimento real. De todos os sentidos o olho (a visão) é o principal. Deve-se comportar de uma maneira oposta àquela esperada. Não se deve fazer isso desprovido de retidão. Tudo isso é a essência de Shambhavi. 96
O amnya não é para ser encontrado no conhecimento. Guru é unidade. Tudo é unidade dentro da mente. Siddhi não existe nos não iniciados. Abandone o orgulho e assim por diante. Não se deveria revelar isto. Não se deveria discutir isto com pashus. Mesmo a frágil discussão pode conter a verdade. Não se deveria fazer distinções. Não fale sobre o segredo do self. Pode-se falar sobre isso para um discípulo. Por dentro um Shakta, por fora um Shaiva, dentro do mundo um Vaishnava. Esta é a regra. A libertação vem do conhecimento do self. Não condene os outros tal como Adhyatmika. Não faça juramentos. Não [se] estabeleça na restrição. Vincular-se não é libertação, um Kaula não deveria praticar externamente. A pessoa torna-se igual à Tudo. A pessoa torna-se libertada. Pode-se ler estes sutras ao nascer do sol. Obtem-se o siddhi do conhecimento. Este é o conhecimento do Self, ou Parameshvari. Possa o Kaula triunfar ! Om shanti shanti shanti. O Kaula Upanishad está completo.
Símbolos Utilizados neste Livro (segue a ordem tal como está, na vertical, com os símbolos ao lado de cada nome) PLUTÃO, MERCÚRIO, JÚPITER, SATURNO, VÊNUS, URANO, NETUNO, MARTE, SOL, LUA, TERRA, ÁRIES, TOURO, GÊMEOS, CÂNCER, LEÃO, VIRGEM, LIBRA, ESCORPIÃO, SAGITÁRIO, CAPRICÓRNIO, AQUÁRIO, PEIXES, ÉTER, ESPÍRITO, AR, ÁGUA, TERRA, FOGO.
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APÊNDICES
Glossário de Termos AGNI O Deus do fogo AMRITA Elixir da Imortalidade AVADHUTA Aquele que se livrou de sentimentos e obrigações mundanos AYURVEDA “Ciência da Longevidade”, Medicina AZOTO “A estrela no Oriente”, um fluido ou solvente alquímico BHAIRAVA Aspecto terrível de Shiva. Sua mão direita ou rosto do sul, de onde vem o termo caminho da mão direita. BHIKKU Mendicante religioso ou monge budista BIJA MANTRA Sílaba semente de um mantra BINDU O ponto no centro de um yantra BRAHMA A essência ou espírito divino da qual emanam todas as coisas criadas CHAKRA Centros de energia dentro da anatomia psíquica animal
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DATTATREYA Guru legendário do Mahabharata e dos Nathas, o qual se acredita possuir três aspectos DEVI Deusa DHARMA Lei ou Dever Cósmico DUTI Mensageiro GUNA “Qualidade”. Diz-se existirem três constituintes básicos de toda matéria. A saber: Sattvas, Rajas, Tamas. ISHVARA Ser Supremo JAGRAT Desperto KALACHAKRA Roda do tempo, horóscopo KAULA Membro de um clã KAMAKALA Consorte do deus do amor, sílaba essencial de um mantra KLESHA “Impedimentos”. Os cinco kleshas ou blocos obstáculos são a Ignorância, o Ego, a Atração, a Repulsa e o Apego à Vida. KULA Clã KUM KUM Um pigmento vermelho obtido de fungos usado para desenhar marcas ritualísticas no corpo. Também turmeric(?) KUNDALINI Energia feminina e serpentina que se diz estar em repouso na base da espinha LAMA Sacerdote budista tibetano 99
LALITA “Aquela que brinca”, deusa primordial insinuante cujo jogo divino cria o universo fenomênico LINGAM Pênis, real e simbólico LOKAPALA Guardião do mundo ou os pontos da bússola (cardeais) MANTRA “Instrumento do Pensamento”, uma série mágica de sons capazes de transformar a consciência e o mundo MERU A montanha cósmica no centro do micro e macrocosmo MODAKA Doces apropriados como alimento sagrado para os deuses MOKSHA Libertação MULADHARA O centro raiz da anatomia psíquica animal. Sua localização exata está sujeita à muito debate, mas é dito pela maioria das autoridades estar localizado na área entre o ânus e os genitais NATHA “Senhor, Soberano ou protetor”, nome adotado pelos membros de um antigo culto tântrico fundado por Matsyendranath PARAHAMSA Mais alto guru, Shiva PARAMPARA O direito de conferir iniciação Tântrica PASHU Besta, Homem da Terra, uma das três categorias de humanidade comumente usadas no Tantra, as outras duas são Diva (Deus) e Vira (Herói) RUDRAKSHA “Olho de Rudra”: Rudra é um antigo nome de Shiva. Rudraksha é uma conta vermelha feita a partir de uma baga seca encontrada apenas no Nepal. Um rosário mágico geralmente tem 108 contas de rudraksha 100
SADHAKA Adepto Tântrico ou mago. Aquele que toma o mais direto ou efetivo caminho para a libertação SADHU Aquele que toma o caminho mais direto para a libertação, homem santo ou mulher santa SAMARASA Equilíbrio, dos humores corporais e mentais SAMPRADAYA Uma linhagem ou tradição particular passada de guru para estudante SAMSARA A ronda de renascimento e morte, os ciclos da existência SANNYASI Aquele que renuncia à todas as preocupações terrenas e está devotado à busca da libertação espiritual. SHABDAHBRAHMAN O princípio divino do som que é a fonte de toda a existência fenomênica SHAKTI “Poder”, geralmente personificado como a consorte feminina de Shiva ou outras divindades SHAMBHALA A cidade cósmica que é um dos objetos da visualização Tântrica. O legendário futuro local de nascimento de Kalki, a encarnação final. SIDDHIS Os poderes mágicos tradicionais que são desenvolvidos pelo adepto Tântrico SVECCHACHARA “Fazer a própria vontade”: Um dos mais altos ideais Tântricos TATTVA “Thatness”: Um dos constituintes essenciais da natureza física UPANISHAD “Sentar-se próximo”: Conhecimento secreto concedido àqueles que se sentam próximo aos pés do guru. Uma classe de escritos místicos que suplanta a ignorância ao revelar o conhecimento sobre o espírito supremo VAJRA “Raio e trovão”, em Tibetano: Dorje. Uma arma mágica que combina elementos da adaga e da vara 101
VAMA MARGA “A corrente esquerda”, talvez derivada da face esquerda ou do norte de Shiva. Geralmente aplicada ao tantra mágico. VEDA “Conhecimento”, geralmente aplicado ao célebre texto antigo da religião hindu, considerado como sendo os sons reais do divino tal como ouvidos pelos xamãs Védicos. Existem quatro deste Veda: Rig, Sama, Yajur e Atharva. O último destes é o menos ortodoxo e o mais mágico. YANTRA “Instrumento ou dispositivo”, um termo genérico aplicado aos diagramas e modelos místicos caracteristicamente utilizados no Tantra como o foco da magia(k) mental.
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