Substituição de Acordes

1 – Repertório do artista/banda: músicas que estejam enquadradas no estilo do

artista/banda e servem para promover o mesmo. É esse repertório repe rtório que tem a busca consciente do ouvinte, que usa os próprios pr óprios critérios na escolha, que consome. Para compor nesse molde deve-se ter conhecimento do mercado e ter direcionamento estratégico. 2 – Trilha sonora: filmes, programas de televiso, eventos, entretenimentos.

!erve para solidificar o processo de intera"o entre o ouvinte e o meio. #om a música sentimos melhor a história do filme, nos unimos na torcida tor cida pelo time ou fa$emos jus aos rituais de passagem. 3 – Propaganda: associa o produto comerciali$ado a lembran"a da música. !erve

para solidificar uma marca e promover o consumo do objeto, do evento ou da pessoa. 4 – Desafiadora: serve para quebrar os padr%es do comum e arriscar novos

hori$ontes. É mudar a música que conhecemos impondo regras novas, é o inusitado. Promove mudan"as no consumo de música e estimula tend&ncias, cria épocas na história. 5 – Espontânea: se enquadram os improvisos e o aleatório. 'quilo que é definido

em tempo real, que depende das circunst(ncias e do meio para e)istir. *ue se no for registrado dei)a de ser. +sa +sa bastante o espont(neo e as condi"%es do momento, usa o ser de forma integral, sua lógica e seu acaso.

!ubstitui"o de acordes  Parte  !n"#o $ar%&ni'a

l pessoal, nessa aula vamos falar um pouco de harmonia, uma vertente chamada !ubstitui"o de 'cordes. 0amos entender o conceito e a aplica"o prtica com e)emplos em audio. 11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1111111111111111 (ntrod!"#o: ' substitui"o de acordes é uma ferramenta da harmonia funcional

que trabalha com a rearmoni$a"o de trechos musicais usando a lógica da fun"o harm2nica, da forma"o dos acordes e da troca de sensa"o, tra$endo uma cor diferente a música. É através dela que imprimimos personalidade em uma interpreta"o ou buscamos novas possibilidades na cad&ncia harm2nica. !n"#o har%&ni'a: #ada acorde dentro de uma cad&ncia harm2nica desempenha

uma fun"o vital para o funcionamento do trecho musical, ou no seria escolhido. 3ssa fun"o est diretamente relacionada com a sensa"o que transmite, o que o acorde imp%e. 4e forma genérica podemos pode mos separar essas fun"%es em 5 categorias abrangentes6 7

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)'orde T&ni'o é aquele que passa sensa"o de repouso, in8cio ou final. →

)'orde *!bdo%inante

tem tenso intermediria. )'orde Do%inante

passa sensa"o de movimento, se afasta do repouso,

→

tenso, instabilidade, quer caminhar para o repouso.

→

7 0amos observar essas fun"%es dentro de um clich& harm2nico9 + ,  , -. , 

u inclu8ndo as sétimas nos demais acordes. +. , . , -. , +.

 primeiro acorde é +. 0+ E - , tem estrutura estvel e passa a ser refer&ncia quando relacionado com os demais acordes. É o ponto de partida, tra$ sensa"o de repouso, marco inicial. )'orde T&ni'o.  segundo acorde é . 0 ) + E, tem estrutura estvel. #omo o primeiro acorde definiu a refer&ncia, ao tocar esse acorde de :;< o nosso ouvido entende a rela"o como afastamento do repouso, afastamento da refer&ncia, movimento. ' música come"ou a andar. )'orde *!bdo%inante .  terceiro acorde é -. 0-  D  , é instvel, tenso. 4entro da sua estrutura duas notas entram em conflito, o !i e o :. 3)iste entre elas 5 tons de dist(ncia =tr8tono>, que é um intervalo dissonante. ?osso ouvido precisa da resolu"o re solu"o dessa tenso, precisa que ela caminhe para o repouso. )'orde Do%inante.  quarto acorde é +., a nossa refer&ncia inicial. *uando ele reaparece resolvemos a tenso do tr8tono e voltamos ao ponto de partida, fechamos o ciclo, repousamos. )'orde T&ni'o. 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 1111111111111111 'gora vamos ver as fun"%es com rela"o ao campo harm2nico9 +a%po $ar%&ni'o aior: Para entender como classificar a fun"o dos acordes

vamos analisar a cad&ncia do e)emplo e )emplo anterior. +. , . , -. , +.

3scala de 4ó 'corde de @;9 Possui as notas =@ A 4 :>. ' tenso foi provocada pelo tr8tono entre : e A. ' nota A e)iste dentro do nosso acorde de repouso, o #;<, ento é a nota : que cria distanciamento. Podemos di$er que todos os acordes do campo harm2nico









'corde de :;<9 Possui as notas =: ' # 3>. #omo ela tem a nota : na estrutura, que j foi definida como nota de afastamento do repouso, mas mas no possui o A, consideramos esse acorde como subdominante, de tenso intermediria. 'corde de #;<9 Possui as notas =# 3 @ A>, so as notas refer&ncia. #omo elas so o ponto de partida na cad&ncia, no imprimem tenso. Bodos Bodos os acordes que tem a nota : ausente na estrutura podem ser enquadrados como t2nicos. 3nto9 7 )'ordes t&ni'os aqueles que no tem a quarta justa da escala =:>. →

)'ordes s!bdo%inantes

a sétima da escala =A>. )'ordes do%inantes

A>.

aqueles que possuem a quarta justa =:> mas no tem

→

aqueles que tem o tr8tono9 quarta e sétima da escala =: e

→

7 3nto no #ampo Carm2nico de 4ó maior fica assim6 @rau   +. =# 3 @ A>  no tem :, ento é T&ni'o. @rau D  D%. =4 : ' #>  tem : mas no tem !i, ento é s!bdo%inante. @rau 5  E%. =3 @ A 4>  no tem :, ento é T&ni'o. @rau E  . =: ' # 3>  tem : mas no tem !i, ento é s!bdo%inante. @rau F  -. =@ A 4 :>  tem tr8tono, ento é do%inante. @rau G  )%. =' # 3 @>  no tem :, ento é T&ni'o. @rau ;  %.0b5 =A 4 : '>  tem tr8tono, ento é do%inante. 11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1111111111111111 +a%po $ar%&ni'o enor: +sa a mesma lógica do campo harm2nico maior, mas

a nota de distanciamento do repouso é a se)ta menor da escala =que é a quarta na relativa maior>. 3scala de 4ó 3scala de 4ó









7 )'ordes t&ni'os aqueles que no tem a se)ta menor da escala. →

)'ordes s!bdo%inantes

no o tr8tono =E-;>.

)'ordes do%inantes

aqueles que possuem a se)ta menor da escala, mas

→

aqueles que tem o tr8tono =quarta e sétima da escala>.

→

7 3nto nos #ampos Carm2nicos de 4ó menor natural, harm2nico e melódico fica assim6

egenda: !n"es  +a%po $ar%&ni'o -ra! 1  +%. =# 3b @ Ab>, +%. =# 3b @ A>, +%6 =# 3b @ '>  no tem Hb, ento soT&ni'os.

111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 1111111111111111 -ra! 2  D%.0b5 =4 : 'b #>  tem o Hb, ento é s!bdo%inante. D%. =4 : ' #>  ?a prtica o acorde de 4m; da melódica no tem fun"o dentro

do campo harm2nico, pois possui ' ao invés de 'b. 3m alguns casos pode ser chamado de subdominante, mas é incomum, pois a cad&ncia !+A 4< B onde o !+A é menor normalmente resolve num acorde maior. 3)9 4m; @; #, raramente resolve no menor9 4m; @; #m. 3nto como o primeiro grau da melódica é um acorde menor, considera-se esse segundo como sem fun"o dentro do campo harm2nico, ele é usado quando a cad&ncia vai para 4ó maior. →

→

→

→

→

→

111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111









111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 1111111111111111 -ra! 4  %. =: 'b # 3b>  tem o Hb, ento é s!bdo%inante. . =: ' # 3b>   acorde de :; tem a nota ' ao invés de 'b, ento no é sub do

campo, mas subdominante blues.

11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1111111111111111 -ra! 5  -%. =@ Ab 4 :> em 4ó menor  no tem fun"o tonal, tem f!n"#o %odal. -. =@ A 4 :> em #m harm2nico e melódico  tem o tr8tono entre a quarta e sétima, ento sodo%inantes. *uando o tom é 4ó menor tonal, modifica-se o acorde de

quinto grau @m; para @;.

11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1111111111111111 -ra! 6  )b. ='b # 3b @>  tem o Hb, Hb, ento é s!bdo%inante.

 acorde de 'm;=bF> no tem a nota Hb, ento é t&ni'o. 3le na verdade é uma inverso do primeiro grau com a nota caracter8stica da escala melódica. #mG =# 3b @ '>. #mG I 'm;=bF>, possuem e)atamente as mesmas notas. 11111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1111111111111111 -ra! .  b. =Ab 4 : 'b>, o =A 4 : 'b>  tem o Hb, ento so s!bdo%inantes. 0amos ver adiante que esse acorde de Ao pode ser visto também como do%inante pois substitui o @;. %.0b5 =A 4 : '>  tem o tr8tono, ento é do%inante.

Jesumo dos acordes e suas fun"%es nos tons maior e menor9









egenda: )'ordes dispon9eis para os tons de + %aior/%enor  f!n"#o har%&ni'a

É a troca do acorde por outro que desempenhe a mesma fun"o dentro do campo harm2nico. *!bstit!i"#o Tipo 1

→

#ad&ncia 9 Bom de 4ó maior +. , . , -. , +. →

'nlise das fun"%es9 T , *D , D , T T dispon9eis no 'a%po har%&ni'o

#;<, 3m;, 'm;

→

*D dispon9eis no 'a%po har%&ni'o D dispon9eis no 'a%po har%&ni'o

4m;, :;<

→

@;, Am;=bF>

→

Podemos mudar a cad&ncia para9 'm; K 4m; K @; K #;< ou6 3m; K 4m; K @; Am;=bF> K 'm; ou6 #;< 3m; K 4m; :;< K @; Am;=bF> K #;< e assim por diante, qualquer combina"o ou soma.

#ad&ncia D9 Bom de 4ó maior

→

+. , -.013 , . , .

'nlise das fun"%es9 T , D , *D , *D Podemos mudar a cad&ncia para9











Tenses dispon9eis por gra! do 'a%po har%&ni'o: #ada acorde dentro de

cada campo harm2nico pode ser feito de inúmeras maneiras, com suspenso, bai)o trocado, notas de tenso, com ou sem sétima. 3ssas possibilidades podem ser encontradas na tabela abai)o9









)E 0s!bdo%inantes e% +%

4m;=bF>, :m;, 'b;<, Ab;, etc6

→

Podemos mudar a cad&ncia para9 + , - ,  , %  % 0)E

ou ainda + , - , )b , b e assim por diante. É preciso pr eciso tomar cuidado quando rearmoni$ar com o '3< para no chocar com a melodia. 3)iste também uma alternativa que é mudar a melodia para enquadrar na nova harmonia. + , - , )b , b









egenda: )'ordes e tenses dispon9eis para os tons de + %aior e + %enor

3laborando as cad&ncias9 B K 4 K !4 K !4

→

+,-,,

'lgumas sugest%es6   #;<=L> K @;=b5> @; =b5> Am;=bF> K 4m;=L> K :m;=L> D  'm; K @;=5> @;=b5> K Ab; K 'b;<=M> 5  #m;=L> K @;=bL> K Ab;=L> K Ao

!ubstitui"o de acordes  Parte D  Br8tono Br8tono l pessoal, essa aula é a continua"o do te)to sobre as fun"%es dos acordes dentro da cad&ncia. 0amos ver outras possibilidades com e)emplos em tablatura e









?ota : O 5 tons I ?ota !i ?ota !i O 5 tons I ?ota :

Tonalidade: 0rios fatores contribuem para a forma"o e determina"o deter mina"o do

conceito de tonalidade. 0ou e)plicar dentro da tonalidade de 4ó
•

B2nica9 vai ser a nota refer&ncia, ela cria o par(metro inicial, o ponto de partida  ?ota 4ó. 3scala9 fornece as outras notas, além da t2nica  4ó . ' escala é composta de ; intervalos, todos medidos a partir da nota de refer&ncia, o 4ó.

!egunda
•

s acordes do campo harm2nico =tr8ades, tétrades, acordes com tenso e suspensos>. #ad&ncias Carm2nicas.









 pri%eiro a'orde 0+ é a refer&ncia, o ponto de partida, cria sensa"o de repouso.  seg!ndo a'orde 0 é o afastamento, gera movimento e interesse, cria a história.  ter'eiro a'orde 0-. é o pice provocado pr ovocado pela tenso do tr8tono, quer ser resolvido. =
a volta ao repouso.

Cistoricamente a aceita"o do tr8tono e da sua resolu"o foram determinantes para a consolida"o da idéia tonal. 3scutamos o tr8tono e entendemos prontamente o caminho que ser tomado, como a disson(ncia ser resolvida. 3sse conceito est to implantado que mesmo no acorde de tr8ade =@>, onde a aus&ncia da sétima =:> dissolve o tr8tono, escutamos a tenso, criamos a e)pectativa. #K:K@K# É usando essa lógica que fa$emos a substitui"o do acorde de tr8tono por outro











#;< K 4m;=L> K Db. K #;< Pelas regras da harmonia tradicional evita-se fa$er um movimento de vo$es chamado Q*uinta paralelasR. Ssso acontece quando e)iste um intervalo de quinta justa entre D vo$es de um acorde acorde e esse intervalo se mantém mantém nas mesmas vo$es vo$es do acorde seguinte. 0eja o e)emplo em tablatura9

?o acorde de 4b; e)iste um intervalo de quinta justa entre o bai)o =corda F, nota 4b> e a nota seguinte =corda E, nota 'b> que se mantém no acorde de #;< =#  @>. 3ssa regra passou a ser ignorada na harmonia funcional, mas é comum encontrar a verso desse acorde substituto sem a quinta, com uma décima primeira aumentada =nota @  lembran"a do acorde de @;> para corrigir o problema.









est associada a presen"a do tr8tono da escala e scala dentro da estrutura do acorde. #omo o Am;=bF> tem o mesmo tr8tono de @; ele pode ser um substituto. #;< K 4m;=L> K %.0b5 K #;<

4eslocando o Am;=bF> 5 tons acima mantemos o tr8tono mas o acorde muda para :m;=bF>, que é o pro)imo pro )imo acorde substituto. #;< K 4m;=L> K %.0b5 K #;<









4eslocando o 4mG 5 tons acima mantemos o tr8tono mas o acorde muda para 'bmG, que é o pro)imo acorde substituto. #;< K 4m;=L> K )b%6 K #;<

*!bstit!i"#o 4: +ma varia"o do acorde de Am;=bF> é o acorde de Ao, eles

possuem 5 notas em comum6









' cada   tom de deslocamento no bra"o da guitarra o acorde diminuto é o mesmo, suas notas só mudam de disposi"o dentro da estrutura do acorde. Ao =A 4 : 'b>









#;< K 4m;=L> K o K #;<

#;< K 4m;=L> K )bo K #;<











*9ntese das sol!"es de s!bstit!i"#o do -.:

















Ber"a #M I +8%.0b5 e +8o O 5 tons I -%.0b5 e -o *uinta 3 I E%6 e Eo O 5 tons I b%6 e bo 3nto '; pode ser substitu8do por 3b;, 3b;=M>, #Mm;=bF>, #Mo, @m;=bF>, @o, 3mG, 3o, AbmG, Abo.

Substituição de Acordes

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